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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA O IMPACTO AMBIENTAL NO PANTANAL Por: Simone Marques Borges Silva Ramos Orientador Prof. Francisco Carrera Rio de Janeiro 2013 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · facilmente , estão ameaçados de extinção, no entanto no pantanal estão presentes em grandes populações. O clima no verão

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

O IMPACTO AMBIENTAL NO PANTANAL

Por: Simone Marques Borges Silva Ramos

Orientador

Prof. Francisco Carrera

Rio de Janeiro

2013

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

O IMPACTO AMBIENTAL NO PANTANAL

Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial

para obtenção do grau de especialista em Direito Ambiental

Por: Simone Marques Borges Silva Ramos

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AGRADECIMENTO

Agradeço inicialmente a Deus a quem devo o que sou, a todos os autores, corpo docente

do Instituto A vez do mestre curso de pós-graduação, ao professor Francisco Carreira pela orientação

dada nesta pesquisa e por ter acreditado na realização desta pesquisa, aos meus amigos Roberta Gadelha

e Rodrigo Gadelha e aos demais de sala de aula que contribuíram direta ou indiretamente para a

confecção deste trabalho acadêmico.

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DEDICATÓRIA

Dedico está monografia a Deus por tornar este caminho mais fácil de ser percorrido ao

meu esposo Heber Rocha Ramos, que tanto colaborou para a confecção e o aperfeiçoamento deste

trabalho. Ajudando-me em todos os aspectos tanto financeiro como no apoio moral e dedicação na

conquista deste objetivo. Agradeço também aos meus familiares Belém – PA pela fé e confiança

demostrada. Aos meus amigos em especial Roberta Gadelha e Rodrigo Gadelha, de terem contribuído

neste trabalho.

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METODOLOGIA

A metodologia pesquisada destina-se em mostrar o estudo desenvolvido quanto ao

impacto ambiental do pantanal. O presente trabalho constitui-se em uma descrição das características

jurídicas do fenômeno em estudo.

Para tanto o estudo que hora se apresenta foi levado a efeito a partir do método da

pesquisa bibliográfica, em que se buscou o conhecimento em diversos tipos de publicações, como livros

e artigos em jornais, revistas, sites e outros periódicos.

Por outro lado, a pesquisa que resultou nesta monografia, também foi empreendida

através do método dogmático, por que teve como marco referencial e fundamento exclusivo a dogmática

desenvolvida pelos estudiosos.

Logo a metodologia de avaliação de impacto ambiental no pantanal que possui

instrumentos de planejamento e gestão ambiental para a Amazônia, cerrado e pantanal, demandas e

propostas para tal desenvolvimento, em seus recursos naturais, sejam eles programas de educação e

desenvolvimento em suas tecnologias ambientais.

As opiniões expressas, bem como a revisão do texto, são de responsabilidades de autores,

esses que mostram os aspectos ambientais como por xemplo; edições do IBAMA –Instituto Brasileiro

do Meio Ambiente e dos recursos naturais renováveis.Diretória de Gestão estratégica, programa de

educação ambiental e divulgação Técnico - Cientifica e projetos de divulgação.

A pesquisa desenvolvida relata um bioma extremamente importante ao planeta, mas que

nem sempre é voltado para avaliação de impactos que ocorreram sobre si, que também são considerados

pela UNESCO como Patrimônio Natural Mundial a reserva da biosfera.

As ações humanas sobre o meio ambiente podem ser positivas ou negativas, dependendo

da intervenção desenvolvida. A ciência e a tecnologia podem se utilizadas corretamente, contribuir.

Enormemente para que o impacto humano sobre a natureza de acorde com o tipo de

alteração, podendo ser ecológica, social ou econômica.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.........................................................................................................................................8

CAPÍTULO 1

AS DEVASTAÇÕES NO PANTANAL

1.1 As Devastações e Implantação das Hidroelétricas no Pantanal..............................................9 1.2 Os Animais Aquáticos no Pantanal............................................................................................11

CAPÍTULO 2

ALTERAÇÕES E DESIQUILÍBRIO NO MEIO AMBIENTE

2.1 Os Principais Impactos Ambientais que Assolam o Pantanal.......................................................14 2.2 A Qualidade do Ar no Pantanal.......................................................................................................15 2.3 Produção Agrícola e Poluição...........................................................................................................16

CAPÍTULO 3

OS IMPACTOS E SEUS ASPECTOS

3.1 – Explorações no Meio Ambiente.....................................................................................................17

3.2 – Impactos Ambientais no Cerrado no Pantanal............................................................................17

3.3 Impactos Ambientais na Mata Atlântica.........................................................................................20

3.4 Impactos Ambientais na Amazônia.................................................................................................22

3.5 Impactos Ambientais nos Campos Sulinos......................................................................................22

3.6 Impactos Ambientais na Caatinga...................................................................................................24

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CAPÍTULO 4

A PREVEÇÃO AO MEIO AMBIENTE

4.1 Política de Preservação Ambiental..................................................................................................26

4.2 A Fiscalização Quanto a Indústria Civil..........................................................................................27

4.3 Planos e Ações de Desenvolvimento para o Pantanal.....................................................................29

CONCLUSÃO..........................................................................................................................................32

BIBLIOGRAFIA.....................................................................................................................................34

ÍNDICE....................................................................................................................................................36

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho é um estudo sobre o impacto ambiental no pantanal. Neste contexto,

o trabalho dedica-se a evidenciar os princípios mais importantes. Quanto ao pantanal que sofre grandes

devastações, queimadas incontroláveis são praticadas na preparação do solo para agricultura e as secas

são as principais causas do alastramento das queimadas nas matas do pantanal que é um rio rico em

biodiversidade, essas características, fazem dessa região uma das planícies inundáveis do planeta como

o Mato Grosso do Sul.

O problema, tendo vista que os impactos ambientais são as alterações ou desequilíbrio do

meio ambiente, que se dão por meio de uma determinada ação de sua importância na vida dos seres

humanos. Esclarecer quais são as características das regiões do pantanal, tanto no Brasil quanto em

outros países das regiões do pantanal como uma biodiversidade muito rica e desenvolver informações

atualizadas. É necessário informar também que o pantanal é um bem precioso, porém não é combatida a

exploração, logo aprofundar cada vez mais nesse trabalho um entendimento diante de tantos incêndios

florestais em especial o pantanal, que passa por uma longa estiagem.

Os agroquímicos explorados para a utilização intensiva de mercúrio, bem como remoção

da vegetação nativa nos planaltos para implementação de lavouras e seus habitantes.

A partir da lei No 6938/81, o CONAMA criou a resolução 01/86, que em seu artigo

primeiro define como impacto ambiental qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e

biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das

atividades humanas que, direta ou indiretamente são afetadas.

O impacto ambiental das queimadas passa a ser um tema preocupante, pois envolve a

fertilidade dos solos, a destruição da biodiversidade, a fragilização de agro ecossistemas, a destruição

de linhas de transmissão e outras formas de patrimônio público e privado, a produção de gases nocivos à

saúde humana, a diminuição da visibilidade atmosférica, o aumento de acidentes em estradas e a

limitação do tráfego aéreo, entre outros.

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CAPÍTULO I

AS DEVASTAÇÕES NO PANTANAL

O pantanal sofre com as grandes queimadas que comprometem a preparação do solo para

a agricultura e as secas que são as principais causas do alastramento do fogo no pantanal. As queimadas

interferem diretamente na qualidade do ar, na física, na química e na biologia dos solos, na vegetação

atingida pelo fogo e indiretamente podem afetar os recursos hídricos.

São muitos os tipos de queimadas, envolvendo queimadas e vegetações diferentes. Uma

pastagem adubada, pode gerar determinados gases, em particular óxidos nítricos, em quantidade muito

superior a de uma pastagem que não recebeu fertilizantes. As condições meteorológicas (presença de

vento, temperatura ambiente),o relevo e a hora da queimada são condicionantes da temperatura atingida

pelo fogo do tempo necessário para a queima total do material vegetal disponível.

Em função da temperatura e do tempo, os gases gerados podem ter uma natureza muito

diferente (mais ou menos oxidados). O mesmo ocorre no tocante à biologia do solo em função da hora

da queimada ( de dia ou de noite, ao meio –dia ou ao entardecer...), as reações fotoquímicas ao nível das

emissões gasosas serão diferenciadas.

Não é possível generalizar sobre os impactos ambientais das queimadas do pantanal, nem

na Amazônia, nem no Brasil todo. Mas o fato da maioria das queimadas praticadas no Brasil ser de

natureza agrícola, indica uma pequena contribuição de suas emissões de carbono no problema do efeito

estufa. A maioria do carbono emitido pelas queimadas no inverno é retirado da atmosfera no verão,

quando a vegetação está em fase de crescimento.

1.1-AS DEVASTAÇÕES E IMPLANTAÇÃO DAS HIDROÉLETRICAS NO PANTANAL

Um dos biomas mais ricos do planeta, o pantanal não está livre da ameaça do homem.

Em busca de cada vez mais meios de obter energia para seu desenvolvimento, os homens procuram

novas alternativas, no entanto, nem sempre a sustentabilidade entra na pauta desse frenético

crescimento.

Uma nova preocupação aflige ambientalista e cidadãos atentos à preservação ambiental:

O homem encontrou no complexo do pantanal uma maneira de obter energia.

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A implantação de hidroelétricas é uma das grandes polêmicas que envolvem o tema da

sustentabilidade. Afinal, ao mesmo tempo em que a usina é geradora de energia limpa, o impacto

ambiental proporcionado pela sua construção, alagando grandes áreas de floresta, mudando o regime

dos rios, é motivo de grande preocupação.

Esse contraste motivou inúmeros debates, sobretudo a partir da construção da Usina de

Hidroelétrica de Belo Monte. Planejada para ser construída no Rio Xingu, a efetivação do projeto

acarretará na destruição de uma grande área de mata nativa, incluindo as áreas de reserva indígena. Em

contrapartida, Belo Monte será a terceira maior hidroelétrica do mundo, atrás apenas de Três Gargantas,

na China, e Itaipu de concessão brasileira Paraguaia.

Sobre o tema em questão, veja-se o exposto abaixo:

Ministério Público busca na Justiça

Suspensão de hidrelétricas no Pantanal.

“Os Ministérios Públicos Federal (MPF) e Estadual (MPE) de Mato Grosso do Sul ingressaram com ação civil pública na 1ª Vara Federal de Coxim/MS para suspender a instalação de empreendimentos hidrelétricos no entorno do Pantanal até a realização de estudo sobre o impacto cumulativo das atividades. Atualmente, há 126 empreendimentos instalados ou em vias de instalação e 23 estudos de inventário em análise. A ação direciona-se contra União Federal, Estados de Mato Grosso do Sul e de Mato Grosso, Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e Instituto do Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul (IMASUL). Danos irreversíveis Pesquisas científicas alertam sobre os riscos da instalação de empreendimentos hidrelétricos na Bacia do Alto Paraguai (BAP). Segundo os pesquisadores, se as hidrelétricas, mesmo as de pequeno porte - chamadas de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) -, forem instaladas na BAP, o ciclo das cheias no Pantanal será alterado, provocando efeitos negativos em todo o bioma, que depende do pulso natural das inundações para ter vida. Sem o devido estudo do impacto acumulado das atividades e de medidas eficazes para evitar o colapso do sistema, danos irreversíveis podem ser causados ao meio ambiente e às mais de 4 mil famílias que dependem exclusivamente da Bacia para sobreviver. Reflexos ainda devem ser sentidos no turismo, na agricultura e na pesca, além de prejuízos a sítios arqueológicos da região”.

1.2- OS ANIMAIS AQUATICOS NO PANTANAL

O pantanal pode ser chamado de mar interior, devido a variedade de animais aquáticos e

alguns deles podem ser encontrados na água o mar. É resultado da separação do oceano há milhões de

anos.Algumas das espécies animais como: mais de 650 espécies de aves; 1100 espécies de borboletas;

80 espécies de mamíferos (onça pintada, capivara, veado campeiro, lobo- guará, macaco prego, bugio,

tamanduá, cachorro do mato, anta, bicho- preguiça, suçuarana, quati, tatu, e muitos outros),263 espécies

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de peixes (pintado,dourado,pacu) e uma infinidade de répteis, (jacarés,cobras,sapos,rãs).Inclusive

muitas destas espécies, principalmente a capivara e o jacaré no restante do país não se encontra

facilmente , estão ameaçados de extinção, no entanto no pantanal estão presentes em grandes

populações.

O clima no verão na maior parte do tempo é úmido, no inverno também ainda existe

umidade no ar, devido ao processo de evapotranspiração. A inundação acontece por área ser plana,

muitas vezes as águas da cabeceira do rio Paraguai,podem demorar quatro meses para atravessar todo o

pantanal, o terreno não existe muitas montanhas, serras ou vale profundos.

Sobre este ponto, veja-se a reportagem abaixo:

A MORTANDADE DE PEIXES NO RIO NEGRO(*)

Thomaz Lipparelli

Biólogo, Mestre e Doutor em Biologia de Peixes Neotropicais pela UNESP

Ex-Superintendente de Pesca e Recursos Hídricos de MS

(*)Artigo Publicado no Jornal Correio do Estado, edição 04/02/10

As alterações limnologias naturais, no mundo todo, provocam mortandades de peixes. Entretanto no Pantanal, há uma alteração natural de grande magnitude chamada regionalmente de "dequada". Apesar de o fenômeno ser bastante conhecido pelo homem pantaneiro, pouco se sabe cientificamente, as suas implicações ecológicas. A falta de sua compreensão faz com que muitos não saibam diferenciar o fenômeno de uma mortandade natural e aquela provocada pelo homem.

Do ponto de vista natural, este fenômeno pode funcionar como fator regulador da estrutura e da dinâmica das comunidades aquáticas, afetando sensivelmente os peixes e outras estruturas.

As variações do nível de água e do período de inundações, provoca uma série de interações entre os ambientes aquáticos e terrestres, resultando no aumento ou diminuição do pH, da concentração de sais, da concentração de gases (oxigênio, gás carbônico e metano) e dos nutrientes (fósforo, carbono e nitrogênio), entre outros elementos. Estas alterações podem provocar a deterioração da qualidade da água, tornando insustentável à vida dos organismos aquáticos.

A permanência da água nos campos alagados e sob altas temperaturas, propicia a formação de águas estagnadas, onde o processo de decomposição da matéria orgânica acaba se intensificando, gerando ambientes atóxicos (sem oxigênio) e com elevados teores de gás carbônico e metano, podendo atingir níveis eco toxicológicos letais. Com a redução do processo de alagamento, estas águas estagnadas acabam sendo carreadas pelos canais de drenagem ao corpo dos rios, ocasionando a morte de peixes pela redução da concentração de oxigênio disponível e, consequentemente, deste gás em seu sangue. Com a diminuição de oxigênio no sangue há um aumento da concentração de gás carbônico, ocasionando uma elevada acidose sanguínea e, consequentemente, a morte

Espécie invasora ajuda a preservar animais silvestres no Pantanal, de acordo com estudo realizado por pesquisadores da Embrapa Pantanal e de instituições internacionais, que está sendo publicado na conceituada revista Oryx.

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O trabalho mostra que dois potenciais problemas para a biologia acabaram virando solução para a conservação de espécies nativas naquela região do Brasil: a atividade da caça e a presença de uma espécie invasora. Normalmente, essas seriam ameaças ao ecossistema, mas no Pantanal elas conservam a fauna local.

Ainda, sobre o tema, veja-se abaixo:

Espécie invasora ajuda a preservar animais silvestres do Pantanal O pivô da história é o porco monteiro, uma espécie domesticada, introduzida no Pantanal, que faz parte da tradição da caça do pantaneiro. De acordo com o pesquisador Ubiratan Piovezan, da Embrapa Pantanal (Corumbá-MS), que integrou o grupo de pesquisa, no passado a caça ilegal era uma ameaça à fauna da planície. “Atualmente a caça das espécies nativas do Pantanal praticamente não ocorre”, diz. “Provavelmente o Pantanal é um dos poucos locais da região neotropical em que a fauna silvestre e populações humanas coexistem e a caça de animais nativos não é uma prática comum”, complementa. A boa notícia é que os caçadores locais preferem o porco introduzido – o monteiro -, que funciona como uma espécie substituta. A oferta da carne do porco monteiro é constante, aceita culturalmente e prontamente disponível aos consumidores. A gordura obtida é usada para cozinhar alimentos e também para conservar carnes. A equipe entrevistou e analisou a atuação de aproximadamente 100 caçadores de 71 propriedades, entre 2002 e 2005. Eles solicitaram aos caçadores para descrever suas práticas de caça, utilizando formulários ilustrados. Foram estudados mais de 250 crânios de animais caçados, que foram avaliados em conjunto com as entrevistas. O título do artigo publicado na revista Oryx é Espécie Invasora e Caça Tradicional Contribuindo para a Conservação da Vida Silvestre: o Caso de Suínos Selvagens no Pantanal. O texto é assinado pelos pesquisadores Arnaud Desbiez, associado ao Royal Zoological Society of Scotland, também professor da Escola Superior de Conservação Ambiental e Sustentabilidade do Instituto de Pesquisas Ecológicas (Escas/IPÊ); Alexine Keuroghlian, pesquisadora da WCS-Brasil, pelo pesquisador Ubiratan Piovezan, da Embrapa Pantanal, e pelo professor Richard Bodmer, da Universidade de Kent, na Inglaterra. No texto, os cientistas alertam, entretanto, que o efeito ecológico da presença da espécie no Pantanal ainda não é bem conhecido. Não se sabe se os aspectos positivos da substituição das espécies nativas pelo porco na atividade de caça podem compensar os seus danos potenciais. “Até o momento parece que a introdução da espécie e a caça estão ajudando a conservar a fauna local”, afirmam. “É importante lembrar que o impacto do porco monteiro precisa ser melhor definido, especialmente na ocorrência de mudanças climáticas e impactos antrópicos, como por exemplo, aumento de desmatamento e mudanças no ambiente aquático. Tais alterações podem causar escassez de recursos que eventualmente poderiam causar competição com as espécies nativas. Nesta situação, será muito importante ter um manejo adequado dos animais exóticos”, diz Alexine. Sociedade Suste.

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CAPÍTULO II

ALTERAÇÕES E DESEQUILIBRIO NO MEIO AMBIENTE

O desequilíbrio no meio ambiente diante dos seres humanos, pessoas que buscam

contato com a natureza.Nas últimas duas décadas, a cultura tem se desenvolvido, logo os problemas

enfrentados como a erosão que são provocadas pela agricultura e o intenso uso de agrotóxicos que está

poluindo as águas superficiais e subterrâneas do pantanal

A maior planície inundável do mundo está no pantanal, pois está presente nos Estados de

Mato Grosso e Mato grosso do Sul. Com atitudes muita baixa, recebe as águas de várias regiões que são

acompanhadas de toneladas de sedimentos que tornam o solo desse bioma extremamente rico.

Embora não possua tantas espécies endêmicas como a Mata Atlântica e Amazônia, a sua

biodiversidade é riquíssima, com destaque incrível variedade de aves e peixes.

Ele é a paisagem brasileira que mais enche os olhos dos visitantes pela sua beleza e

exuberância. Por isso, possui um grande potencial para o turismo ecológico que, se explorado de forma

racional e sustentável, pode se tornar uma das principais fontes de desenvolvimento para a região.

Sobre o tema, veja-se abaixo:

Desequilíbrios Ecológicos

Em busca de seu próprio conforto e de aperfeiçoamento da tecnologia, há muito tempo o homem vem promovendo modificações no ambiente, prejudicando o ecossistema do qual ele faz parte. O aperfeiçoamento tecnológico, industrial e científico, nos últimos tempos, tem provocado drásticas alterações na atmosfera, na água de mares, lagos, rios, e no solo. Além do mais, provocou desequilíbrio nas cadeias alimentares. Levando a extinção de certos componentes da cadeia alimentar, com isso provocou o aumento numérico de espécies de níveis tróficos mais inferiores produzindo efeitos muito desagradáveis. • Poluição ambiental Nem todo desequilíbrio ecológico é produzido pelo homem, como por exemplo, os incêndios acidentais provocados por raios devastando áreas florestais, no entanto, o homem é o maior causador de tais desequilíbrios. Dentre eles, o de importância maior, que é a poluição do ambiente. • Poluição da água Os principais poluentes da água são: lançamento de esgoto, detergentes, resíduos industriais e agrícolas e petróleo nos rios. • Poluição atmosférica Os poluentes encontrados no ar, principalmente das cidades industrializadas, são: monóxidos de carbono (CO), dióxido de carbono (CO2), fração particulada, óxido de nitrogênio (NO2) e óxido de enxofre (SO2).

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• Inversão térmica A camada de ar próxima à superfície do globo terrestre é mais quente. Sendo menos densa ela sobe e à medida que atinge alturas maiores vai esfriando. Com o movimento do ar as partículas sofrem dispersão. No inverno pode ocorrer inversão térmica, ou seja, nas camadas próximas ao solo fica o ar frio e acima dessa camada, o ar quente. Os poluentes liberados na camada de ar frio estacionam. • Poluição radioativa A poluição radioativa aumenta a taxa de mutação, uma de suas maiores conseqüências é o surgimento de variados tipos de câncer, alguns com cura desconhecida.

2.1 - OS PRINCIPAIS IMPACTOS AMBIENTAIS QUE ASSOLAM O PANTANAL

Os impactos no pantanal, são provocados por garimpos irregulares, turismo e migração

desordenados e predatórios, tráfico de animais silvestres, pecuária extensiva, caça e pesca predatórias.

Definimos como impacto ambiental ao pantanal, todo e qualquer atividade humana,

direta ou indiretamente que afetam:

I- A saúde, a segurança, o bem – estar da população

II- As atividades sociais e econômicas

III- A biota

IV- As condições estéticas e sanitárias do meio ambiente

V- A qualidade dos recursos ambientais

Ou seja, impacto ambiental é qualquer alteração causada pela ação humana que afetam os

itens descritos acima . Alguns dizem que os fenômenos naturais também podem ser considerados

impactos ambientais, tipo furações, não são considerados, etc... Outros já dizem que, mesmo estes

causando destruições, não são considerados impactos ambientais, pois impacto ambientais, pois apenas

o que não seria natural é o meio ambiente.

Existem impactos ambientais no mundo, onde o homem causou mudanças na terra, que

os outros seres aqui presentes não estavam preparados para receber o surgimento dos plásticos por

exemplo, que não surgiria, pelo menos por um bom tempo, naturalmente, então quando é jogado no

meio ambiente, este não está preparado para decompor este material. O desmatamento é um grande

problema também, pois o solo é descoberto e sofre erosão, resultando no processo de desertificação.

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2.2- A QUALIDADE DO AR NO PANTANAL

As queimadas interferem diretamente na qualidade do ar, na física, na química, e na

biologia dos solos, na vegetação atingida pelo fogo e indiretamente podem afetar os recursos hídricos.

São muitos os tipos de queimadas, envolvendo vegetações diferentes e que ainda a

produção de gases nocivos que comprometem a saúde humana, a diminuição da visibilidade

atmosférica. Pois existe uma pastagem adubada que geram determinados gases, em particular óxidos

nítricos, em qualidade muito superior a de uma pastagem que não recebeu fertilizantes.

As condições meteorológicas (presença de vento, temperatura ambiente), o relevo e a

hora da queimada são condicionantes da temperatura atingida pelo fogo e do tempo necessário para a

queima total do material vegetal disponível.

Em função da temperatura e do tempo, os gases gerados podem ter uma natureza muito

diferente (mais ou menos oxidados). O mesmo ocorre no tocante à biologia do solo. Em função da hora

da queimada (de dia ou de noite, ao meio-dia ou ao entardecer etc...), as reações fotoquímicas ao nível

das emissões gasosas serão diferenciadas.

Não é possível generalizar sobre os impactos ambientais das queimadas, nem na

Amazônia, nem no Brasil. Mas o fato da maioria das queimadas praticadas no Brasil ser de natureza

agrícola, indica uma pequena contribuição d suas emissões de carbono no problema do efeito estufa. A

maioria do carbono emitido pelas queimadas no inverno é retirado da atmosfera no verão, quando a

vegetação está em fase de crescimento.

A preocupação em proteger o meio ambiente é bastante atual, mas não é recente. Há

muito se fala em preservar a natureza, conservar o solo, garantir a sobrevivência dos animais etc. No

entanto, nos últimos tempos, essa preocupação tem crescido significativamente, trazendo à tona temas já

conhecidos da população em geral, como efeito estufa, buracos na camada de ozônio, extinção de

animais, entre outros, além de temas com os quais a grande massa ainda não está familiarizada, quais

sejam preservação de reservas biológicas, biodiversidade, desenvolvimento sustentável etc.

A relevância conferida ao meio ambiente é tal que, em 1988, sua tutela foi elevada ao

nível constitucional, estando expressa no art. 225 da Carta Magna — "Todos têm direito ao meio

ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,

impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e

futuras gerações".

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Ademais, no inciso VI do § 1º do citado artigo da Lei Maior, observa-se a grande

preocupação com a prevenção de lesões ao meio ambiente, onde fica estabelecido como dever do Poder

Público a promoção da "educação ambiental em todos os níveis de ensino".

O Direito Ambiental pátrio é norteado por diversos princípios que lhe são peculiares, dos

quais se extrai o desiderato teleológico de realizar-se mais efetiva a tutela do bem jurídico a que lhe

compete dar amparo.

2.3- PRODUÇÃO AGRÍCOLA E A POLUIÇÃO

Nesse aspecto os contrastes nacionais são enormes. Um exemplo basta para ilustrar essa

situação. São Paulo e Paraná respondem por quase 50% da produção agrícola nacional e contribuem em

média com 2% das queimadas. Já o Mato Grosso, sozinho contribui com quase 20% das queimadas do

país (o dobro do total das regiões Sul e Sudeste juntas) para uma produção agrícola muito limitada.

O Pantanal se estende pelos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e abrange áreas

da Bolívia e Paraguai, chega a 220 mil Km2.

Sua fauna é considerada a mais rica de todo o continente americano, fato comprovado

pela ONU. Mas infelizmente, nos últimos anos a fauna do Pantanal tem sido destruída. Com a grande

exploração de pele e penas de animais, essas espécies estão desaparecendo rapidamente.

Outro ponto que contribui com essa causa é a poluição dos rios, causada pelas indústrias

e garimpeiros. Também o processo de construção de rodovias que resulta no desmatamento das

margens.

Um dos grandes fatores dos problemas ambientais do Pantanal é a construção da hidrovia

Paraguai e Paraná, para a navegação de barco de carga. Com isso, possibilitará o empobrecimento da

biodiversidade do Pantanal e atingirá as populações que habitam na região, pois, a grande maioria

depende da pesca.

Impactos sobre o ecossistema pantanal, pecuária extensiva, emulação com a fauna nativa.

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CAPÍTULO III

OS IMPACTOS E SEUS ASPECTOS

3.1- EXPLORAÇÕES NO MEIO AMBIENTE

Trata-se da exploração no meio ambiente, comprometendo a fauna e flora diante de

incêndios florestais que compromete a biodiversidade, características essas que fazem desta região uma

das mais inundadas do planeta. O Mato Grosso do Sul aproximadamente 65% do pantanal está neste

território e 35% restante estão presentes na porção Sul do Mato Grosso. Além do Brasil, o pantanal

também está em outros dois países Sul-americanos.

Com a exploração, a redução das reservas pesqueiras e possibilidade de extinção de

algumas espécies de animais de pesca predatórias como o jacaré. Assim também como o garimpo de

ouro e pedras preciosas, processo de erosão, contaminação dos rios. Turismos e migração desordenada

e predatória, fogos na região,causando a morte das aves.

Aproveitamento dos serrados, a má administração das lavouras causa grandes erosões no

solo e na utilização de biocidas e fertilizantes contamina os rios, plantio de cana –de- açúcar .Provoca

dano a preservação ambiental, trazendo grandes perigos para a contaminação de rios.

3.2- IMPACTOS AMBIENTAIS NO CERRADO E NO PANTANAL

Os impactos ambientais tanto no cerrado como no pantanal tem como principal motivo, atividade econômica. No cerrado pelas atividades agropecuárias somou-se àquele causado pela exploração mineral vegetal, pelo crescimento das cidades e pelas queimadas.

As queimadas no cerrado podem ocorre de forma espontânea, porque nos períodos de

estiagem, a vegetação rasteira fica muito ressecada, com aparência de palha seca , podendo incendiar-se

devido ao calor do Sol. Na maior parte das vezes, no entanto, é o ser humano quem provoca as

queimadas para limpar a terra ou renovar as áreas de pastagens.

O impacto no cerrado, foi atingido pela construção de Brasília e das rodovias que

passaram a integrar a nova capital ao resto do pais, esse bioma vem rapidamente sendo degradado por

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causa do crescimento da agropecuária, notadamente nos últimos anos. Segundo o WWF, o cerrado

perdeu 80% de sua vegetação original.

A pecuária, que ocupa 60% do cerrado, e o cultivo da soja, que representa 45,3% do total

plantado no país, causaram vários impactos ambientais nesse bioma, como: O assoreamento do leito dos

rios; a poluição em algumas nascentes de rios das bacias Amazônica e do São Francisco causada pelos

agrotóxicos utilizados nas plantações; e a destruição de grandes áreas de vegetação original, em razão do

aumento das rodovias e do grande crescimento populacional.

Veja-se a reportagem abaixo que possui pertinência com o tema1:

“Cerrado e Pantanal

O Núcleo dos Biomas Cerrado e Pantanal – NCP foi criado em 2004 no âmbito

da Secretaria de Biodiversidade e Florestas/MMA. Sua principal atribuição é

articular e propiciar a execução de iniciativas voltadas para a conservação e o uso

sustentável desses biomas junto aos Programas e Projetos em execução no

Ministério do Meio Ambiente e nas demais ações do governo, configurando-se

como um espaço privilegiado para a interlocução com a sociedade civil organizada.

Ao NCP compete ainda prestar apoio técnico e administrativo à Comissão Nacional

do Programa Cerrado Sustentável – CONACER, coordenar o processo de revisão e

atualização das Áreas e Ações Prioritárias para a Conservação, Utilização

Sustentável e Repartição de Benefícios da Biodiversidade no Cerrado, bem como

articular, implementar e monitorar o Projeto Iniciativa GEF CERRADO. Este

projeto, cuja agência implementadora é o Banco Mundial, é um dos instrumentos

do Ministério do Meio Ambiente para a implementação de parte dos objetivos e das

diretrizes preconizados pelo Programa Nacional de Conservação e Uso Sustentável

do Bioma Cerrado

Programa Cerrado Sustentável, instituído por meio do Decreto 5577/2005. Este

projeto enquadra-se na modalidade de guarda-chuva, e abarcará quatro sub-

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projetos, que têm a missão de alcançar os objetivos e as metas estabelecidas para

a Iniciativa”

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Ainda, sobre o tema2: �

“Cerrado. O pai das águas do Brasil e a cumeeira da América do Sul Considerado o celeiro do mundo e o berço das águas do Brasil, o Cerrado brasileiro desfruta de uma biodiversidade ainda pouco conhecida por muitos brasileiros e brasileiras. A IHU On-Line desta semana dá continuidade à série referente aos diferentes biomas brasileiros. A revista já abordou os biomas Floresta Amazônica, o Pampa, o Pantanal e a Floresta de Araucária. Buscando conhecer um pouco mais a cumeeira da América do Sul e o pai das águas do Brasil, vários pesquisadores e pesquisadoras contribuem nesta edição.

Pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, José Felipe Ribeiro explica didaticamente no que consiste o Cerrado, analisando por que é um mito a ideia de que no bioma Cerrado há apenas seca. Jorge Enoch Furquim Werneck Lima, pesquisador em Hidrologia da Embrapa Cerrados, afirma que esse bioma contribui para oito das 12 regiões hidrográficas brasileiras, além de ratificar que a água do Cerrado não é importante apenas para a manutenção do bioma, mas também para todas essas regiões.

Para o professor titular da Pontifícia Universidade Católica de Goiás – PUC Goiás, Altair Sales Barbosa, enquanto o desejo de explorar o Cerrado tiver raízes estrangeiras, a possibilidade de criação de um programa racional de desenvolvi-mento será nula.

Já para a coordenadora do Laboratório de Sementes do Instituto do Trópico Subúmido – ITS da PUC Goiás, Marilda da Conceição Ribeiro e Barros, a flora do Cerrado é reconhecida por vários pesquisadores nacionais e internacionais como um grande celeiro na oferta de bioprodutos com aplicações em quase todos os setores da economia de modo direto e indireto.

Enquanto isso, o engenheiro florestal César Victor do Espírito Santo alerta que nas últimas quatro décadas houve um advento da expansão da fronteira agrícola no Brasil e que o Cerrado passou a ser um local de grande importância no cenário nacional e mundial em termos de produção agrícola e pecuária.

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O debate conta também com a contribuição do “desbravador da soja no Cerrado”, Romeu Afonso de Souza Kiihl, que frisa que o Brasil central, hoje, é responsável por mais da metade da soja que produzimos no país. O economista, sociólogo, antropólogo e professor emérito de Ciências Econômicas na Universidade de Paris-Sul, Serge Latouche, esteve na Unisinos e conversou com a IHU On-Line. Jacqueline Lima Dourado, doutora em Ciências da Comunicação pela Unisinos, professora do curso de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal do Piauí – PPGCOM/UFPI e membro do Grupo Cepos, colabora nesta edição com o artigo Estereótipos preconceituosos: telenovelas estabelecem um modelo de tolerância de olho no mercado homossexual. Nélio Ott Junior, profissional que compõe a equipe de transportes da Unisinos, narra a sua trajetória de vida pessoal e profissional.”

3.3-IMPACTOS AMBIENTAIS NA MATA ATLÂNTICA.

Desde a extinção do pau-brasil até o vertiginoso crescimento urbano-industrial

brasileiro, não temos muito que comemorar: estatísticas atuais dão conta de 90% da floresta, que

estendia no Rio Grande do Sul, já foi destruída. Além disso, os pontos remanescentes estão localizados

em locais de difícil acesso.

As cidades e as necessidades de terras para o cultivos de cana-de-açúcar, cacau e café

causaram a derrubada da mata original. Os principais impactos ambientais decorrentes dessa destruição

foram: poluição das águas fluviais e subterrâneas, contaminação e erosão do solo e poluição do ar

atmosférico. Além das cidades e regiões metropolitanas, o espaço ocupado antigamente pela mata

atlântica abriga hoje as grandes regiões industriais, como complexos petrolíferos e os maiores portos do

pais.

Suas maiores áreas preservadas estão no estado de São Paulo , Rio de Janeiro, Minas

Gerais, Espírito Santo, nas serras do Mar e da Mantiqueira, em virtude do relevo acidentado que torna

difícil a ocupação humana.

Quanto à mata da Araucária, a retirada da madeira, para a produção de móveis de papel

de jornal e a agropecuária são os principais fatores de sua devastação acentuada. Da década de 1930 até

hoje 100 mil pinheiros foram derrubados.

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A Mata Atlântica é uma formação vegetal que está presente em grande parte da região litorânea brasileira. Ocupa, atualmente, uma extensão de aproximadamente 100 mil quilômetros quadrados. É uma das mais importantes florestas tropicais do mundo, apresentando uma rica biodiversidade.

A Mata Atlântica encontra-se, infelizmente, em processo de extinção. Isto ocorre desde a chegada dos portugueses ao Brasil (1500), quando iniciou- se a extração do pau-brasil, importante árvore da Mata Atlântica. Atualmente, a especulação imobiliária, o corte ilegal de árvores e a poluição ambiental são os principais fatores responsáveis pela extinção desta mata.

Veja-se a reportagem abaixo3:

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Desmatamento

Infelizmente a Mata Atlântica é o bioma brasileiro mais ameaçado da atualidade. Um estudo feito pela ONG S.O.S Mata Atlântica e o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), apontou que o desmatamento foi de 235 km² entre os anos de 2011 e 2012. As florestas foram as mais prejudicadas pelo desmatamento com perda de 219 km² de vegetação. A vegetação de restinga teve perda de 15 km², enquanto os mangues perderam 0,17 km². Licenças para desmatamentos irregulares e a indústria do carvão foram as principais causas deste desmatamen

3.4- IMPACTO AMBIENTAL NA AMAZÔNIA

Atualmente, o desmatamento é o principal responsável pela avançada destruição desse

bioma, onde as queimadas preparam os terrenos para os grandes projetos agropecuários. Dados recentes

da WWF salientam que 15% da Amazônia foi destruída . E que é mais grave: O novo Código Florestal

Brasileiro que pode acelerar essa destruição, pois prevê que áreas maiores de mata possam ser

desmatadas na Amazônia.

Desde a década de 1940, a região tem sido alvo de projetos agropecuários incentivados

pelo governo. Na década de 1970, houve uma intensificação desses projetos.

Queimadas e desmatamento foram os métodos utilizados para abertura de de pastos,

fazendo assim com que a região ficasse comprometida diante de tantas devastações.

Outros fatores também foram responsáveis pela degradação da região como : Construção

de usinas hidrelétricas (Tucuraí, Balbina, Samuel e outros); Extração de madeiras para exportação, para

o Japão e a Europa; Crescimento demográfico; Garimpos de ouro; Extrativismo mineral; Construção de

rodovias e ferrovias.

3.5- IMPACTOS AMBIENTAIS NOS CAMPOS SULINOS

A criação de gado deteriora os solos e seu uso prolongado causa erosão e a arenização. A

agropecuária, através do uso excessivos, prolongado do solo, provoca o seu empobrecimento,

dificultando o surgimento de uma nova vegetação. Está aberto o caminho para o processo de arenização.

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O cultivo da soja e do trigo na Campanha Gaucha também provoca o desgaste do solo

e sua erosão.

Muitas vezes, as queimadas antecipam o cultivo agrícola , diminuindo ainda mais a

matéria orgânica dos solos e as áreas ocupadas pelos campos.

Veja-se abaixo precedente judicial nesse sentido.

APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PÚBLICO NÃO ESPECIFICADO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. MEIO AMBIENTE. PRÁTICA DA QUEIMADA PARA FINS DE LIMPEZA DE CAMPO.

Legislação Código Florestal

– Lei 4.771

/65, parágrafo único permite o uso do fogo em práticas agropastoris conforme as particularidades locais e regionais. Código Florestal Estadual – Lei 9.519/92 permite o uso do fogo como tratamento fitossanitário, para eliminação de pragas e doenças, silenciando sobre atividades agropastoris.

Norma estadual não pode contrariar a norma federal. Competência estadual suplementar, apenas para delimitação das regiões e disciplinar o seu uso.

Não há empecilhos à permissão da utilização da queimadas, respeitado o Decreto 2661

/98. Precedente.

Peculiaridades locais

Queimada de campos é prática antiga nos Campos do Sul do Brasil. Renovação das pastagens

Queimada controlada não causa desequilíbrio ambiental.

Inexistência de dano ambiental

A prova pericial aponta para a ausência de dano ambiental. Inexistência de degradação do solo.

A responsabilização exige a prova do dano e o nexo de causalidade.

Reforma da sentença

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3.6-IMPACTOS AMBIENTAIS NA CAATINGA

A ocupação do sertão nordestino foi feita no período denominado ciclo do gado, assim chamado por ter na pecuária sua principal atividade econômica.

A atividade pecuária foi complementar a riqueza da época a cana de açúcar e desenvolveu-se ao longo do rio São Francisco(rio dos currais) durante os séculos xvl ,xvll E xvlll.

A forma extensiva com que foi realizada, sem maiores cuidados com os solos utilizados, tornou a pecuária não só responsável pelo povoamento do sertão, mas uma das principais causas da devastação da caatinga, bioma característico dessa área.

A maior parte da caatinga já desapareceu, e 68% sofreram profundas alterações causadas pelo homem. Do que restou, cerca de 3% recebe algum tipo de proteção ambiental.

Os grandes latifundiários são os grandes responsáveis por essa degradação, pois além de desmatar a vegetação original, monopolizam o uso dos açudes, provocando seu assoreamento. As águas do São Francisco, o único rio perene da região, são usadas para irrigação, provocando a sinalização do solo. Aos pequenos proprietários, resta viver em extrema miséria ou migrar para as capitais nordestinas e outras regiões brasileiras.

Outro problema ambiental refere-se ao processo de desertificação de grandes áreas de caatinga, provocado pelo desmatamento da vegetação nativa (agropecuária e lenha) e pela degradação do solo. Alem disso, vários tipos de indústria utilizam espécies arbóreas nativas para a produção de energia.

Veja-se abaixo reportagem nesse sentido4:

SISTEMAS PRODUTIVOS E A DETERIORAÇÃO DA CAATINGA

Desde tempos imemoráveis o homem tem exercido uma pressão sobre os recursos naturais da Caatinga para atender suas necessidades e interesses. Contemporaneamente, a utilização da Caatinga ainda se fundamenta em processos meramente extrativistas para obtenção de produtos de origem pastoril, agrícola e madeireiro. Os sistemas produtivos introduzidos da caatinga são desenvolvidos, desde longínquas datas, de acordo com as necessidades e interesses do homem (SILVA, 2010).

Uma das mais célebres atividades econômicas impactantes no bioma Caatinga é a agricultura. O agricultor, na busca de transformar áreas hostis em áreas agrícolas, realiza a derrubada da cobertura vegetal e a queima dos montantes florísticos. Todavia, o que intensifica esta atividade sobre o geossistema local, é o fato dos agricultores, com a finalidade de conseguir maior produtividade e lucro, acabam expandindo suas áreas agrícolas, exercendo uma pressão indiscriminada sobre o solo.

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O uso intensivo do solo, sem descanso e sem técnicas de conservação, realizado em meia a caatinga, provoca erosão e compromete a produtividade, repercutindo diretamente na situação econômica do agricultor. Com isso, corre-se o grande risco de, a cada ano, a colheita diminuir, assim como também a possibilidade de atenuar as reservas de alimento para o período de estiagem. Neste sentido, tem-se o agravante de que “as práticas agrícolas muito extensivas e a baixa produtividade da fertilidade do solo, aliada a erosão acelerada, fazem com que a recuperação ou a reconstituição da vegetação seja muito lenta ou impossível” (MELO, 2001).Quando da análise da pecuária desenvolvida de forma extensiva em meio à caatinga, observa-se como resultado um sobre pastoreio que além de contrariar os limites naturais do geossistema local, ele também condiciona inúmeros problemas ambientais: declínio das espécies vegetais palatáveis e seleção negativa; compromete a reprodução das plantas e regeneração da cobertura arbórea e arbustiva; suprime a estepe herbácea em virtude do pisoteio; compromete a capacidade hídrica e a percolação d‘água, pois os solos se encontram impermeáveis; e compacta o solo favorecendo o escoamento superficial das águas pluviais (SILVA, 2010).

Numa outra vertente de deterioração da caatinga, tem-se o extrativismo vegetal predatória como um dos “atores principais”. A vegetação da caatinga traz consigo uma rica diversidade de espécies lenhosas de grande concentração de carbono e, consequentemente, de grande poder de queima, excelente para o fornecimento de energia, além de servir para outras finalidades.

A extração de lenha representa cerca de 33% da demanda energética do Nordeste brasileiro, segundo pesquisas da GEF (Global Environment Facility) Caatinga. De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética, juntamente com o carvão vegetal, a lenha representou, no ano de 2006, uma participação na matriz energética brasileira de 12,4%. Isto indica que a lenha é a base do fornecimento energético da Região Nordeste, sendo que o Estado de Pernambuco é o quarto maior produtor de lenha com 1,3 milhões de metros cúbicos produzidos.

Afora a extração de madeira para obtenção de carvão vegetal, para o consumo doméstico ou para energia calorífica nas panificadoras, tem-se, ainda, o recorte vegetal para construção de cercas de pau a pique (cercas de arame farpado com mourões de madeira) que servem para a atividade da pecuária extensiva.

De acordo com Silva (2008, p.103), esse consumo predatório dos recursos florestais é incentivado pelos baixíssimos ou inexistentes valores pagos por esse recurso, uma vez que a retirada da lenha em alguns locais é realizada com o intuito de expandir as áreas de cultivo e formação de pastos para o gado, sem a obrigatoriedade de nenhuma remuneração financeira para o recurso retirado. Isto implica numa apropriação ilícita da natureza.

O uso dos recursos naturais da caatinga tem sido pautado por concepções imediatistas guiadas pelo modelo de desenvolvimento e de organização socioeconômica local. O resultado tem sido um processo intenso de degradação socioambiental da região de caatinga, seja por quem tem acesso e concentra os recursos naturais, seja por quem os pressiona por estratégia de sobrevivência.

As atividades econômicas mal desenvolvidas tem desempenhado um papel preponderante para o desequilíbrio ambiental, o que tem fomentado inúmeros impactos ambientais e o surgimento do processo da desertificação, pois uma vez instaurada a degradação ambiental, não muito tarde pode vim a surgir, como resposta, o processo de desertificação (SILVA, 2011), o qual é compreendido, de acordo com a Convenção de Combate à Desertificação (CCD) como “a degradação da terra nas zonas áridas, semiáridas e subúmidas secas, resultante de variações climáticas e atividades humanas”.

Rampazzo apud Silva (2008, p. 89) salienta “que não só os desgastes ambientais estão interligados – desflorestamentos e erosão do solo –, mas também os desgastes ambientais e os padrões de desenvolvimento se interligam – políticas energéticas e desflorestamento –, ameaçando o desenvolvimento econômico”.

Diante dos inúmeros impactos ambientais atribuídos as atividades econômicas predatórias, torna-se imprescindível que se possa prover novas formas de desenvolvimento, onde se preconize não só o aspecto socioeconômico, mas também, a dimensão ambiental.

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CAPÍTULO IV

A PREVENÇÃO AO MEIO AMBIENTE

4.1- POLITICA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL

A preservação do meio ambiente no Brasil, em virtude da importância se seus

ecossistemas, não diz respeito apenas ao nossos governantes, mas é de responsabilidade mundial.

Entretanto, a conscientização de nossa população é essencial para essa preservação.

Grande números de brasileiros, apesar das campanhas educativas de sensibilização para a causa

ambienta, ainda não se vê como parte integrante do meio ambiente, causando impactos ambientais de

trágicas consequências em nosso ecossistemas.

O IBAMA é o órgão oficial encarregado da preservação dos biomas e ecossistemas

brasileiros. Para realizar sua tarefa, apoiando na constituição Federal, dividiu o território brasileiro em

unidades de conservação, que são “espaços territoriais e seus recursos naturais, incluindo as águas

jurisdicionais, com a características naturais relevantes , instituídos pelo poder publico, com objetivos

de conservação e limites.

STJ - RECURSO ESPECIAL REsp 1245149 MS 2011/0038371-9 (STJ)

Data de publicação: 13/06/2013

Ementa: ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA.

OCUPAÇÃO E EDIFICAÇÃO EM ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE. CASAS DE

VERANEIO ("RANCHOS"). LEIS 4.771/65 (CÓDIGO FLORESTAL DE 1965), 6.766/79 (LEI DO PARCELAMENTO DO SOLO URBANO) E 6.938/81 (LEI DA POLÍTICA NACIONAL DO MEIO

AMBIENTE). DESMEMBRAMENTO E LOTEAMENTO IRREGULAR. VEGETAÇÃO CILIAR OU

RIPÁRIA. CORREDORES ECOLÓGICOS. RIO IVINHEMA. LICENCIAMENTO AMBIENTAL.

NULIDADE DA AUTORIZAÇÃO OU LICENÇA AMBIENTAL. SILÊNCIO ADMINISTRATIVO. INEXISTÊNCIA, NO DIREITO BRASILEIRO, DE AUTORIZAÇÃO OU LICENÇA AMBIENTAL

TÁCITA. PRINCÍPIO DA LEGITIMIDADE DO ATO ADMINISTRATIVO. SUSPENSÃO DE OFÍCIO DE LICENÇA E DE TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA. VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC. PRECEDENTES DO STJ. 1. Trata-se, originariamente, de Ação Civil Pública ambiental movida pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul contra proprietários de 54 casas de veraneio ("ranchos"), bar e restaurante construídos em Área de Preservação Permanente - APP, um conjunto de aproximadamente 60 lotes e com extensão de quase um quilômetro e meio de ocupação da margem esquerda do Rio Ivinhema, curso de água com mais de 200 metros de largura. Pediu-se a desocupação da APP, a demolição das construções, o reflorestamento da região afetada e o pagamento de indenização, além da emissão de ordem cominatória de proibição de novas intervenções. A sentença de procedência parcial foi reformada pelo Tribunal de Justiça, com decretação de improcedência do pedido. ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE CILIAR 2.

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Primigênio e mais categórico instrumento de expressão e densificação da "efetividade" do "direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado", a Área de Preservação Permanente ciliar (= APP ripária, ripícola ou ribeirinha), pelo seu prestígio ético e indubitável mérito ecológico, corporifica verdadeira trincheira inicial e última - a bandeira mais reluzente, por assim dizer - do comando maior de "preservar e restaurar as funções ecológicas essenciais.

Publicação: 25/03/2009

Ementa: ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. DENUNCIAÇÃO À LIDE.

NULIDADE DA SENTENÇA. INEXISTÊNCIA. REINTEGRAÇÃO DE POSSE. OCUPAÇÃO

IRREGULAR. TERRENO DE MARINHA. ÁREA DE PRAIA. IMPOSSIBILIDADE DE REGULARIZAÇÃO. PRESERVAÇÃO AO MEIO AMBIENTE. DEVER DO PODER PÚBLICO. ART.

225 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL /88. POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. ART. 3º DA LEI 6.938 /81. APELAÇÃO PROVIDA. 1. Trata-se de apelação cível interposta contra r. sentença, que julgou improcedente o pedido da União em ação de reintegração de posse de área localizada no terreno de marinha, onde está edificado o estabelecimento comercial, denominado "Barraca Sonho a Mais", localizado na praia de Sonho Verde, no município de Paripueira/AL. 2. O efeito devolutivo da apelação decorrente do art. 515, parágrafo 1º do CPC impõe a análise da denunciação à lide formulada pelo réu, ora apelado, contra o Município de Paripueira/AL, na primeira instância, que fora julgada prejudicada ante a sentença que rejeitou o pedido do autor extinguindo o feito com resolução de mérito. 3. Não obstante a revelia do denunciado, improcede a denunciação à lide, sendo afastada a responsabilidade do Município de Paripueira /AL, exclusivamente, no que se refere a ocupação irregular perpetrada pelo apelado/denunciante, pois, não pode transferir ao poder público sua responsabilidade pela conduta indevida. 4. A sentença não padece de qualquer nulidade, porque o juiz ao julgar o processo com resolução de mérito esvaziou o pedido de tutela antecipada articulada pela União, assim como analisou a questão da ocupação da praia de forma fundamentada, considerando o conjunto probatório, inclusive o parecer técnico elaborado pelo órgão ambiental estadual que noticiava o impacto ambiental existente, apesar de ter concluído de forma contrária aos interesses do apelante. 5. Quanto ao mérito recursal, assiste razão à União quando aduz que a causa versa acerca de interesse maior que a simples posse imobiliária, qual seja, a preservação ambiental.

4.2 A FISCALIZAÇÃO QUANTO AS INDÚSTRIAS CIVIL

A indústria civil, por exemplo, no Brasil está a todo vapor neste setor uma parte do

material usado é a madeira , principalmente aquelas mais resistentes.A maioria dessas madeireiras são

do Mato Grosso, podendo ou não ser de região pantaneira, o fato é que consideramos por estatística a

quantidade que em uma cidade em desenvolvimento usa em madeira , será que a quantidade de recurso

vegetal é proporcional a quantidade retirada, isto se falando em retirada legalmente , manejo florestal.

Pois as arvores são cortadas e levadas até serrarias, ilegais, ou não elas fazem todo o

processo de preparação e carregam em caminhões que iram distribuir por todo país. O produto chega a

uma revendedora da região para ser vendida, será que nesta correria do mundo atual, as pessoas que

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estão construindo, o vendedor de madeira e os que ganham a vida através deste produto estão

preocupadas co a origem da madeira? Pois fazemos parte do ciclo usando o produto final, mas estamos

de mãos atadas para corromper tais ações humanas citadas anteriormente, a alternativa viável séria nós

consumidores procurar saber origem do produto, mas será que o dono da madeira da região vai saber

dizer se existe certificação, por que a madeira passa na mão de tantos que se torna fácil realizar alteração

na documentação.

A fiscalização deve partir lá na origem do produto, isso através de uma boa política de

desenvolvimento sustentável. Somente através disso podemos falar do pantanal as mesmas palavras do

inicio do texto e imagens, mas sem algo físico e concreto.

“As ações humanas citadas, cidadãos comuns, não tem o controle, técnicos em meio

ambiente, com certeza podem fazer algo a mais”.

Veja-se, abaixou, outro precedente judicial nesse sentido:

TRF-5 - Apelação Civel AC 351384 CE 2001.81.00.002427-2 (TRF-5)

Data de publicação: 03/07/2007

Ementa: ADMINISTRATIVO. REGISTRO DE TRR - TRANSPORTADOR REVENDEDOR RETALHISTA. EXIGÊNCIA DA PORTARIA 201/99. LEGALIDADE. FATO CONSUMADO. - A Portaria 201/99 da ANP encontra-se amparada no art. 8º, XV da Lei 9.478 /99 que confere a Agência Reguladora a regulação e fiscalização das atividades relacionadas com o abastecimento nacional de combustíveis. - Legitimidade da Portaria nº 201/99 que exige comprovação de regularidade perante o Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores - SICAF de empresa Transportador Revendedor Retalhista - TRR. - A expedição de Portaria do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão em que figura o autor na lista de fornecedores que, em razão do deferimento da unidade cadastradora, é admitido no SICAF configura fato consumado a considerar o autor na condição de TRR. - Apelação e remessa oficial improvidas.

TRF-5 - Agravo de Instrumento AGTR 102576 CE 0098877-81.2009.4.05.0000 (TRF-5)

Data de publicação: 18/03/2010

Ementa: Administrativo. Agência Nacional de Petróleo. Fiscalização de atividades relacionadas ao abastecimento nacional de combustíveis. Auto de infração. Ausência de demonstração de violação ao princípio da legalidade. Agravo de instrumento improvido

TRF-5 - Apelação Civel AC 351384 CE 0002427-07.2001.4.05.8100 (TRF-5)

Data de publicação: 03/07/2007

Ementa: ADMINISTRATIVO. REGISTRO DE TRR - TRANSPORTADOR REVENDEDOR RETALHISTA. EXIGÊNCIA DA PORTARIA 201/99. LEGALIDADE. FATO CONSUMADO. - A Portaria 201/99 da ANP encontra-se amparada no art. 8º, XV da Lei 9.478 /99

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que confere a Agência Reguladora a regulação e fiscalização das atividades relacionadas com o abastecimento nacional de combustíveis. - Legitimidade da Portaria nº 201/99 que exige comprovação de regularidade perante o Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores - SICAF de empresa Transportador Revendedor Retalhista - TRR. - A expedição de Portaria do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão em que figura o autor na lista de fornecedores que, em razão do deferimento da unidade cadastradora, é admitido no SICAF configura fato consumado a considerar o autor na condição de TRR. - Apelação e remessa oficial improvidas.

TRF-2 - APELAÇÃO EM MANDADO DE SEGURANÇA AMS 26242 RJ 99.02.23203-5 (TRF-2)

Data de publicação: 27/11/2006

Ementa: “ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. CANCELAMENTO DE REGISTRO DE DISTRIBUIDORA DE COMBUSTÍVEIS. INATIVIDADE. PORTARIA Nº 58/98 DA ANP. FERIMENTO AOS PRINCÍPIOS DA IRRETROATIVIDADE DAS LEIS, BEM COMO DEVIDO PROCESSO LEGAL. 1. Conquanto é de se reconhecer o poder da ANP para regular, autorizar e fiscalizar as atividades relacionadas com o abastecimento nacional de combustíveis, especialmente as de distribuição e revenda de derivados de petróleo e álcool, não se pode admitir a violação da Constituição Federal , com a imposição de sanções com base em ato normativo posterior aos fatos objeto da punição, quais sejam o cancelamento de registro de distribuidora por inatividade, nos três mês anteriores ao da edição da Portaria nº 58/99. 2. Ausência de procedimento administrativo, com possibilidade de ampla defesa e contraditório, relativamente à dita inatividade. 2. Precedente da E. Quarta Turma deste E. TRF da 2a Região. 3. Apelo provido. Ordem concedida

4.3-PLANOS E AÇÕES DE DESENVOLVIMENTO PARA O PANTANAL

Os planos visam subsidiar políticas, legislação, programas importantes para tais desenvolvimento no pantanal.

A implementação do gasoduto Brasil/ Bolívia, abre algumas perspectivas industriais para a região, mas poderá desencadear alterações nos ecossistemas aquáticos do pantanal e da bacia platina.

Além disso, a hidrovia Paraguai – Paraná desperta a atenção da sociedade pelos impactos que poderá promover. Da mesma forma, a construção de estradas, diques e canais devem ser precedidas de estudos de impacto ambiental e sócio- econômico. Todas estas obras possivelmente serão avaliadas pela Embrapa Pantanal em momento oportuno no rio Taquari, o fechamento de canais naturais, o restabelecimento de margens e de arrombados devem ser meticulosamente avaliados do ponto de vista ambiental e socioeconômico, de demandado atenção especial das autoridades pelos sérios prejuízos que estão causando à economia do pantanal.

O ecoturismo, embora seja uma das principais alternativas socioeconômicas para a região, necessita de planejamento para ser explorado em bases sustentáveis.

Todo esse conjunto de problemas atuais e potenciais decorrentes da atividade humana nos planaltos e na planície, demonstra que as ações a serem alicerçadas em estudo integrados, onde as relações de causa e efeito necessitam estar bem delineadas e aceitas pela sociedade.

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Sobre esse tema, veja precedente judicial abaixo colacionado

Ementa

ADMINISTRATIVO. LICITAÇÃO. PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO PANTANAL. CONTRATAÇÃO DE EMPRESA DE GERENCIAMENTO. REVOGAÇÃO. ARTIGO 49.

DA LEI N. 8.666

/1993. SÚMULA N. 473/STF. OCORRÊNCIA DE FATOS SUPERVENIENTES SUFICIENTES. AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO. "A autoridade competente para a aprovação do procedimento somente poderá revogar a licitação por razões de interesse público decorrente de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta, devendo anulá-la por ilegalidade, de ofício ou por provocação de terceiros, mediante parecer escrito e devidamente fundamentado" (artigo 49)

, caput, da Lei n. 8.666

/93). A revogação, consoante o ensinamento de Marçal Justen Filho, funda-se "em juízo que apura a conveniência do ato relativamente ao interesse público. No exercício de competência discricionária, a Administração desfaz seu ato anterior para reputá-lo incompatível com o interesse público. (...) Após praticado o ato, a Administração verifica que o interesse público poderia ser melhor satisfeito por outra via. Promoverá, então, o desfazimento do ato anterior"("Comentários à Lei de Licitações

e Contratos Administrativos", 9ª ed., Dialética, São Paulo, 2002, p. 438). In casu, diante da ocorrência dos fatos supervenientes apontados pela autoridade impetrada, que tenham modificado a necessidade de contratação da empresa gestora, a revogação mostra-se devidamente motivada. A ausência de recursos orçamentários suficientes e a necessidade de melhor aproveitamento dos escassos recursos disponíveis, porque reduzidos, são fatos supervenientes inviabilizadores da contratação da empresa de gerenciamento. Com efeito, "a inexistência de reserva orçamentária é mais que um motivo justo para revogar-se a licitação (Lei 8.666

/1993). Nela se traduz um impedimento ao avanço do procedimento" (MS n. 4482/DF, Rel. Min. Humberto Gomes de Barros, DJ de 21/10/1996). Os custos previstos na Fase I do Programa Pantanal para distribuição à empresa de gestão eram de US$ 5.700.000,00 (cinco milhões e setecentos mil dólares) (fl. 82), razão pela qual não estava o Governo Brasileiro obrigado a contratar a impetrante, em conformidade com o que dispõe a Cláusula 4.13 das Disposições Especiais do Contrato de Empréstimo n. 1.290/OC-BR firmado com o BID. A revogação da licitação em exame fundamenta-se, também, na demonstração, após o início do Programa Pantanal, de que a própria Administração estava apta a realizar parte do projeto, possibilitando uma melhor gestão dos recursos, em atendimento aos princípios da eficiência e economicidade. Verificado que o provável financiamento do Japan Bank for Internacional Cooperation - JBIC ao Projeto foi orçado em 47,54% do total dos recursos, procede a alegação da autoridade impetrada de que, estando ainda na fase preliminar de negociações com aquela instituição financeira, "seria ocioso contratar, imediatamente, serviço de apoio ao gerenciamento de ações que só serão efetivamente desenvolvidas daqui a dois ou três anos" (fl. 124). Ausência de demonstração pela impetrante da alegada inexperiência dos técnicos do

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Ministério do Meio Ambiente e dos co-executores na execução de projetos dessa natureza; da exigência de sua contratação condição ao empréstimo pelo BID; e da proibição de que a verba destinada ao gerenciamento seja realocada para outras atividades sem o prévio consentimento daquela instituição financeira. Constatação, pelo Tribunal de Contas da União, de irregularidades no procedimento licitatório para a contratação da empresa de gerenciamento para o Programa Pantanal e recomendação, pela Secretaria Federal de Controle Interno na Corregedoria-Geral da União, de seu cancelamento e instauração de um novo, "com alteração substantiva da composição da comissão de licitação, adotando-se critérios mais objetivos de julgamento, com maior transparência ao processo" (fl. 291). Segurança denegada.

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CONCLUSÃO

Um dos principais problemas ambientais no Pantanal, ocorre devido a utilização de pesadas cargas de agroquímicos; a exploração diamantes de ouro do planaltos, com a utilização intensiva de mercúrio.

Outro aspecto é a remoção da vegetação nativa nos planaltos para implementar as lavouras de pastagens , pois com isso, os habitats estão sendo destruídos , o que também acelera os processos erosivos. Como consequência disso, temos o assoreamento dos rios na planície, a qual tem intensificado as inundações com sérios prejuízos a fauna, flora e economia do pantanal.

É possível concluir que, a remoção da vegetação nativa nos planaltos para implementação de lavouras e de pastagens. Pois o impacto causado no cerrado pelas atividades agropecuárias somou-se aquele causado pela exploração mineral e vegetal, pelo crescimento das cidades e pelas queimadas.

Logo as queimadas no cerrado ocorrem de forma espontânea, porque nos períodos de estiagem, a vegetação rasteira fica muito ressecada, com aparência de palha seca, podendo incendiar-se devido o calor do sol.

Pois na maioria das vezes o ser humano quem provoca as queimadas para limpar a terra ou renovar as áreas de pastagens.

Todavia no cerrado, o equilíbrio ecológico do pantanal que também é afetado pela ação humana. Logo existem outros tipos de exploração, seja com a pesca, a caça, o garimpo, o turismo e agropecuária, praticadas, de maneira predatória, além da construção de rodovia hidrelétricas, provocam alterações que causam impactos direto sobre a região.

Várias são as consequências: Desmatamento, queimadas, poluição das águas por agrotóxicos e pelo mercúrio utilizado nos garimpos, compactação do solo, diminuição ou extinção de espécies animais e vegetais entre outras.

Quanto a implantação de hidrelétricas é uma das grandes polemicas que envolvem a sustentabilidade, pois a usina é geradora de energia limpa, e o impacto ambiental proporcionado pela sua construção , alagando grandes áreas de floresta, mudando o regime dos rios , que é de grande preocupação.

O pantanal é uma região com alto índice pluviométrico (Quantidade de chuvas), e periódicos alagamento ocasionados pelo transbordamento de inúmeros córregos e lagos, cujas aguas fertilizam o solo com uma camada de lama humífera (Húmus), constituída por resto de animais e vegetais misturados a área

A flora e o cerrado são considerados um dos mais extraordinários patrimônios naturais do Brasil, possui uma biodiversidade faunística apenas superada pela existente na Amazônia, porém apresentando maior número de indivíduos e espécies.

É possível concluir também que o desequilíbrio provocados pelo homem são imensos, agressivos e cada vez mais constantes, quando se envolve dinheiro, as pessoas não pensam que no futuro

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isso poderá prejudicar seus filhos e netos, em um mundo capitalista fica difícil reverter essa situação, que só irá parar quando não houver mais nenhuma arvore.

Existe também a poluição da agua causada por esgotos que saem e vão parar diretamente nos rios, que ficam totalmente poluídos e que consequentemente iram desaguar em mares e o oceano poluindo as aguas.

Quanto à poluição atmosférica é possível citar a poluição do ar, devido a emissão de gases de cidades industrializadas, os poluentes geralmente são o monóxido de carbono, óxido de enxofre, oxido de nitrogênio e dióxido de carbono. Esses gases podem provocar problemas respiratórios na poluição além de contribuir para um afetado planeta que se chama o aquecimento global que nada mais é perfurações na camada de ozônio devido os gases poluentes.

Porém o homem quer progredir com tecnologia e indústrias, mas esquecem de preservar o meio ambiente. Um dos maiores problemas que o mundo enfrenta hoje é a poluição ambiental, que vem aumentando a cada ano que passa causa danos graves e irreparáveis para a terra. A poluição ambiental é composta por cinco tipos básicos; ar, agua, solo, ruído e luz.

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Cerrado-Professor. Alexandre S. Osório

Livro: Biomas do Brasil- professor Édio

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http://www.educacional.com.br/especiais/biomas/popBiomaPantanal

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INDICE

ÍNDICE

METODOLOGIA...............................................................................................................................5

SUMÁRIO...........................................................................................................................................6

INTRODUÇÃO...................................................................................................................................8

CAPÍTULO 1

AS DEVASTAÇÕES NO PANTANAL

1.1 As Devastações e Implantação das Hidroelétricas no Pantanal..............................................9 1.2 Os Animais Aquáticos no Pantanal............................................................................................11

CAPÍTULO 2

ALTERAÇÕES E DESIQUILÍBRIO NO MEIO AMBIENTE

2.1 Os Principais Impactos Ambientais que Assolam o Pantanal.......................................................14 2.2 A Qualidade do Ar no Pantanal.......................................................................................................15 2.3 Produção Agrícola e Poluição...........................................................................................................16

CAPÍTULO 3

OS IMPACTOS E SEUS ASPECTOS

3.1 – Explorações no Meio Ambiente.....................................................................................................17

3.2 – Impactos Ambientais no Cerrado no Pantanal............................................................................17

3.3 Impactos Ambientais na Mata Atlântica.........................................................................................20

3.4 Impactos Ambientais na Amazônia..............................................................................................22

3.5 Impactos Ambientais nos Campos Sulinos......................................................................................22

3.6 Impactos Ambientais na Caatinga..............................................................................................24

CAPÍTULO 4

A PREVEÇÃO AO MEIO AMBIENTE

4.1 Política de Preservação Ambiental..................................................................................................26

4.2 A Fiscalização Quanto a Indústria Civil..........................................................................................27

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4.3 Planos e Ações de Desenvolvimento para o

Pantanal.....................................................................29

CONCLUSÃO..........................................................................................................................................32

BIBLIOGRAFIA.....................................................................................................................................34

ÍNDICE....................................................................................................................................................36