80
DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu UNIC Faculdade de Medicina Disciplina: Clínica Cirúrgica Professor: Haig Terzian

DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA

DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA

Gabriel Novaes de Rezende Batistella

Gustavo Bandeira Santos

Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu

Universidade de Cuiabá – UNIC

Faculdade de MedicinaDisciplina: Clínica Cirúrgica

Professor: Haig Terzian

Page 2: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

Anatomia Estômago

Page 3: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

Anatomia Estômago

Page 4: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

Anatomia Estômago

Page 5: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

Anatomia Estômago

Page 6: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

Anatomia Duodeno

Page 7: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

Anatomia Duodeno

Page 8: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

Anatomia Duodeno

Page 9: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

Fisiologia

•DEFESA DA MUCOSA GÁSTRICA

Pré-epitelial: - Muco (Bicarbonato + fosfolípideos)

Epitelial: - Migração e regeneração celular Pós-epitelial: - Fluxo sanguíneo - Prostaglandina

Page 10: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

Conceito

•É uma lesão no estômago ou duodeno que ultrapassa os limites da região muscular da mucosa, podendo chegar a comprometer todas as camadas teciduais do órgão

Page 11: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

Fisiopatologia

•Desequilíbrio entre a agressão ácida e a defesa da mucosa gástrica (depleção de prostaglandinas endógenas, infecções por H. pylori, entre outras)**

Grupos etiológicos:1. Helicobacter pylori – 80% infecções

oligossintomáticas2. Antiinflamatórios não hormonais – (25 a

30%)3. Síndromes Hipersecretoras

4. Gastrinomas e Síndrome de Zollinger-Ellison

5. Mastocitose Sistêmica e Leucemia eosinofílica

6. Úlcera péptica idiopática e viropépticas

Page 12: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

DOENÇA ULCEROSA PÉPTICADOENÇA ULCEROSA PÉPTICA

“Lesão gástrica ou duodenal que se estende além da muscular da mucosa”.

FATORES CAUSAIS:

•Secreção de ácido e pepsina;

•Infecção pelo H. pylori;

•Ingestão de AINEs.

Page 13: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

EPIDEMIOLOGIAEPIDEMIOLOGIA

• Incidência de úlcera gástrica e duodenal: 1,8% ou 500 mil novos casos/ano (EUA);

• Estima-se que 3 a 4 milhões de pacientes por ano procuram atendimento para diagnóstico e tratamento e que outros 3 a 4 milhões estejam se automedicando;

• 4 milhões de recorrências por ano;

Page 14: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

EPIDEMIOLOGIAEPIDEMIOLOGIA

• 130 mil operações/ano;

• 9 mil óbitos/ano;

• Pico de incidência entre 55 e 65 anos de idade;

• Mais frequente em classes socioeconômicas inferiores e na população não-branca;

• Mais comum em mulheres (2:1).

Page 15: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

FATORES DE RISCOFATORES DE RISCO• Idade >40 anos;

• Sexo feminino;

• Ingestão de AINEs;

• Gastroparesia;

• Refluxo gastroduodenal;

• Gastrite e H. pylori;

• Alcoolismo e tabagismo;

• Corticosteróides.

Page 16: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

CLASSIFICAÇÃOCLASSIFICAÇÃO• Úlceras gástricas:

– Tipo 1: 60 a 70% dos casos, tipicamente na curvatura menor, e a maioria está associada a gastrite antral difusa ou atrófica multifocal;

– Tipo 2: ~15% dos casos, também na curvatura menor, mas associada a úlcera duodenal ativa ou crônica;

– Tipo 3: 20% dos casos e localizadas até 2cm a partir do piloro;

– Tipo 4: <10% dos casos, comum na América Latina e localizada na parte proximal do estômago ou na cárdia.

• Úlceras duodenais.

Page 17: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

CLASSIFICAÇÃOCLASSIFICAÇÃO

Page 18: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

PATOGÊNESEPATOGÊNESE

• Mais de 95% das úlceras duodenais e 80% das úlceras gástricas estão associadas à infecção pelo H. pylori.

• Virtualmente todos os casos de doença ulcerosa sem infecção estão relacionados com o uso de AINEs, principalmente em idosos.

Page 19: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

Helicobacter pyloriHelicobacter pylori• Bastonete gram-negativo flagelado;

• Reside no epitélio gástrico, dentro ou abaixo da mucosa, o que o protege de ácidos e antibióticos;

• Potente produtor de urease

(converte ureia em

amônia e bicarbonato);

• Associado com o

linfoma do MALT.

Page 20: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

Helicobacter pyloriHelicobacter pylori

Lesão tissular local

Resposta imune local

Redução das células D

QuimiotaxiaCitocinas

IL-8IgM, IgG e IgA

Infiltração celular

SomatostatinaCitotoxinasMucinase

FosfolipaseFAP

Gastrina

Secreção ácida

Page 21: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

AINEsAINEs

• Fator importante no desenvolvimento de complicações e morte;

• Aproximadamente 1 em 10 pacientes que usam AINEs diariamente tem um úlcera aguda (EUA);

• Aumentam o risco de complicações gastrintestinais em 2 a 10 vezes.

• Gastrite associada em apenas 25% dos casos.

Page 22: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

ÚLCERAS DUODENAISÚLCERAS DUODENAIS

• Secreção diminuída de bicarbonato;

• Aumento na secreção noturna de ácido;

• Aumento da carga ácida duodenal;

• Aumento na secreção diurna de ácido;

• Aumento da sensibilidade à gastrina;

• Aumento da gastrina basal;

• Aumento do esvaziamento gástrico.

Page 23: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

MANIFESTAÇÕES CLÍNICASMANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

• Dor epigástrica que alivia com a alimentação;

• Perfuração (5% dos casos) – peritonite química e pneumoperitôneo;

• Sangramento intestinal (25 a 40% dos casos) – melena e enterorragia;

• Obstrução mecânica – retardo no esvaziamento gástrico, anorexia, náuseas e vômitos.

Page 24: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

Síndrome de Zollinger-EllisonSíndrome de Zollinger-Ellison

• Hipersecreção do ácido gástrico, doença ulcerosa péptica e tumor de células não-beta das ilhotas pancreáticas;

• Gastrinomas (cabeça do pâncreas, duodeno ou linfonodo regional);

• Sintomas associados - diarreia, perda de peso e esteatorreia.

Page 25: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO

• Radiografia contrastada;

• Endoscopia digestiva alta;

• Teste para o H. pylori – sorologia, teste da urease, histologia e cultura;

• Nível sérico de gastrina.

Page 26: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

TRATAMENTO CLÍNICOTRATAMENTO CLÍNICO• Evitar o tabaco, álcool e café;

• Suspender os AINEs;

• Antiácidos (hidróxido de magnésio e alumínio);

• Antagonistas do receptor H2 (famotidina, cimetidina;

• Inibidores da bomba de prótons (omeprazol e pantoprazol);

• Sucralfato.

Page 27: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

ERRADICAÇÃO do H.pyloriERRADICAÇÃO do H.pylori

• Terapia Tripla:

– Claritromicina ou amoxicilina;

– Metronidazol;

– Inibidor da bomba de prótons;

– Antagonista do receptor H2.

• Recorrência em apenas 2% dos casos;

Page 28: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

Abordagem ao paciente com sangramento pela

DUP

Page 29: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

•80% dos sangramentos gastrointestinais superiores são autolimitados.

•Mortalidade global de 8-10% aos que continuam a sangrar

Mortalidade

aumenta

com

idade!!!!

Page 30: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

•O passo inicial no paciente som sangramento de TGI superior aguda é uma reanimação inicial e continuada adequada.

•Após reanimação, realizar EDA para avaliar a causa e a gravidade do sangramento

Intensidade da

terapia

Risco de novo sangramento

Page 31: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

• Fatores prognósticos

•Fatores que aumentam a mortalidade

Choque inicial

Choque

Transfusão

Sangue na sonda

nasogástrica

Sangramentos recorrentes

Sangramento intra-hospitalar

Idade

Estados mórbidos diversos

Page 32: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

• Vaso visível na endoscopia

• Porejamento de sangue vermelho brilhante

• Coágulo de sangue fresco ou antigo na base da úlcera

Sangramento na UP Estigmas na hemorragia

Ressangramento 50%

Mortalidade 16%, Cirurgia 24%

>5 un. transfusão

Page 33: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

Métodos de investigação

• Endoscopia digestiva alta - HGIS por DUP

• A EDA fornece o diagnóstico e também possibilita tratamento!

Termoterapia

Injestão de etanol

Injestão de epinefrina

Page 34: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

Sangramento controlado?

• Terapia clínica com antissecretores (IBP)

• Testes para o H. pylori - TRATAMENTO SE +

• Documentar o desaparecimento do H. pylori

• Se sangramento continuar ou recorrer

Cirurgia?

Page 35: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

Procedimentos cirúrgicos para DUP e suas complicações

Page 36: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

•Apesar dos avanços clínicos no controle da secreção ácida e erradicação do H. pylori o tratamento cirúrgico ainda é muito importante nestes pacientes!!!

Page 37: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

• Aumento das cirurgias de emergência

• Diminuição das cirurgias eletivas

• Alta taxa de recidiva das UP após descontinuação da terapia clínica

Últimas Décadas...

Page 38: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

Quais as indicações para cirurgia?

• São 4!

• Intratabilidade (Rara, por melhora da Clínica)

• Hemorragia

• Perfuração

• Obstrução

Page 39: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

Vagotomia troncular

Page 40: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

•Secção dos nervos vagos esquerdo e direito acima dos ramos hepático e celíaco, logo acima da junção gastroesofágica.

•Provavelmente a cirurgia mais realizada para DU duodenal.

•Neste método, ainda se emprega algum tipo de drenagem

Page 41: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

Vagotomia Troncular Clássica

Page 42: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

Piloroplastia de Heineke-Mikulicz

Page 43: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

•Quando o bulbo duodenal se encontra muito fibrosado, uma piloroplastia de Finney, ou uma gastroduodenostomia de Jaboulay, pode ser uma alternativa útil.

Sabiston.

Page 44: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC
Page 45: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

Vagotomia superseletiva

Page 46: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

•Também chamada de vagotomia de célula parietal

•Dividem apenas os nervos vagos que suprem a porção produtora de ácido do estômago no corpo e fundo gástrico.

•preserva a inervação vagal do antro pilórico

Page 47: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

• Identificar nervo Laterjet anterior e posteriormente

• pata-de-ganso (Fundo e corpo do estômago - inervação) - seccionar!!!

• Seccionar até 7cm do piloro

• Superiormente até 5cm da junção GE

• Tomar cuidado com o “Nervo criminoso de Grassi”

Procedimento

Page 48: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

7cm!

Page 49: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

•Cirurgia muito dependente do cirurgião...

•Necessita de acompanhamento prolongado.

•Menor associação com Dumping

•Talvez não seja o melhor procedimento para as úlceras pré-pilóricas.

Page 50: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

Vagotomia troncular e antrectomia

Page 51: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

•As indicações mais comuns para antrectomia ou gastrectomia são a DUD, úlcera gástrica e grandes tumores gástricos benignos.

•Contraindicações: Cirrose, cicatrizes extensas do duodeno proximal

•Somado da vagotomia, apresenta muito pouco recidivas, sendo padrão ouro no que concerne às taxas de recorrência

Page 52: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

•Balancear a taxa de recorrência com as síndromes pós-gastrectomia e pós-vagotomia.

•20% pacientes que realizar antrectomia.

Page 53: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC
Page 54: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

Gastrectomia subtotal

Page 55: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

•Raramente utilizada para pacientes com DUP

•Geralmente utilizada em pacientes pós vagotomias tronculares e antrectomia que obtiveram ulcerações recorrentes

Excluir Zollinger-

Ellison

Page 56: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

procedimentos laparoscópicos

Page 57: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

•Praticamente todas as cirurgias anteriores podem ser feitas laparoscopicamente.

•Incidências similares de Dumping e diarréia pós-vagotomia

•Preocupação principal: recidiva

Page 58: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

Indicações Cirúrgicas!

Cirurgia?

• Se sangramento continuar ou recorrer

Lembrar do slide no começo da apresentação!

Page 59: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

•Necessária em 8-20% dos pacientes que desenvolvem complicações de suas UPs

•São para múltiplos propósitos: Evitam perfurações, hemorragia, obstrução à saída do trato gástrico

Page 60: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

•Indicações:

•Dor abdominal intratável

•Sangramento

•Perfuração

•Obstrução

Page 61: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

• Se a cirurgia for eletiva:

• Suspender agentes antissecretores 72h antes para minimizar o crescimento bacteriano.

• Todos devem ter pesquisa de H. pylori documentada e tratada

• Descontinuar AINEs

Cuidados pré-operatórios

Page 62: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

Table 47-5   -- Surgical Treatment Recommendations for Complications Related to Peptic Ulcer Disease  

Duodenal Ulcer  

Intractable: parietal cell vagotomy  

Bleeding: truncal vagotomy with pyloroplasty and oversewing of bleeding vessel  

Perforation: patch closure with treatment of H. pylori with or without parietal cell vagotomy (see text)  

Obstruction: rule out malignancy and parietal cell vagotomy with gastrojejunostomyGastric UlcerIntractable  •   Type I: distal gastrectomy with Billroth I  •   Type II or III: distal gastrectomy with truncal vagotomyBleeding  •   Type I: distal gastrectomy with Billroth I  •   Type II or III: distal gastrectomy with truncal vagotomyPerforated  •   Type I, stable: distal gastrectomy with Billroth I  •   Type I, unstable: biopsy, patch, and treatment for H. pylori  •   Type II or III: patch closure with treatment of H. pylori  

Obstruction: rule out malignancy and antrectomy with vagotomy  

Type IV: depends on ulcer size, distance from the gastroesophageal junction, and degree of surrounding inflammation (see text)  

Giant gastric ulcers: distal gastrectomy, with vagotomy reserved for type II and III gastric ulcers

Page 63: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

úlcera duodenal intratável

Page 64: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

•Não cicatriza com uma terapia de 8-12 semanas ou recaída após suspensão da terapia.

•Obter nível sérico de gastrina (Excluir gastrinoma)

•Cirurgia: Vagotomia de células parietais

Page 65: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

úlcera gástrica intratável!

Page 66: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

•Tipo 1- malignidade como preocupação maior, necessária excisão da úlcera (Gastrectomia distal com anastomose à Billroth I) - Não necessita de vagotomia troncular.

•Tipo II ou III - Gastrectomia distal com vagotomia troncular (Pesquisas confirmar melhor procedimento do que o de Céls. parietais)

Page 67: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

úlcera duodenal sangrante

Page 68: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

•Tratamento endoscópico: sucesso em 75% das vezes

•Quase todos os sangramentos novos fatais ocorrem nas primeiras 24h

•Cirurgia pode ser necessária, sutura em U com vagotomia troncular e piloroplastia.

Page 69: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

úlcera gástrica sangrante

Page 70: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

•Tipo l: Gastrectomia distal com anastomose à Billroth l.

•Tipo II e III: Gastrectomia distal em combinação com vagotomia.

Page 71: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

Úlceras perfuradas

Page 72: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

•Duodenal: Fechamento omental com tampão e vagotomia de Céls. Parietais ou Vagotomia troncular.

•Gástrica: Gastrectomia distal com anastomose à Billroth tipo l. (Paciente estável, UG tipo 1) Nos pacientes instáveis colocar apenas um tampão.

Page 73: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

Obstrução do trato de saída

Page 74: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

•Consiste na indicação menos comum de cirurgia.

•Mais comum nas úlceras duodenais e gástricas tipo III e exige exclusão de processo maligno.

•Preparação pré-cirúrgica: Descompressão nasogástrica, correção dos desiquilíbrios hidroeletrolíticos e terapia supressora de ácidos.

Page 75: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

•Úlceras gigantes: >2cm de diâmetro, geralmente na curvatura menor, processo maligno em 10% dos casos.

•Terapia Clínica cicatriza 80% destas úlceras

•Repetir endoscopia a cada 6-8 semanas

Page 76: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

pós-gastrectomia

Síndromes

Page 77: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

Pós-operatórias

• mortalidade 1%

• sangramento, retardo de esvaziamento 5%

Page 78: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

Secundária à ressecção gástrica

• Síndrome de Dumping: Acontece após a ingestão de uma refeição. Pode ser precoce ou tardio

• Precoce: 20-30 mins após refeição, sintomas gastrointestinais e cardiovasculares. (Mais comum gastrectomia Billroth tipo II 50-60%)

• Tardio: 2-3h após refeição, raro, indistinguível do choque insulínico ou hipoglicêmico. Paciente deve reduzir ingesta de carboidratos

Page 79: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

• Distúrbios metabólicos mais comuns após procedimentos gástricos: Anemia, absorção prejudicada de gordura, osteoporose e osteomalacia

Page 80: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Gabriel Novaes de Rezende Batistella Gustavo Bandeira Santos Igor Carlos Dueti Vilalba. S. Abreu Universidade de Cuiabá – UNIC

Síndrome Pós-vagotomia

• Diarréia pós-vagotomia

• Atonia gástrica pós-vagotomia