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Doenças Exantemáticas:Sarampo
Carla CavalcantiEronildo EliasJessica Barros
Jorgelito MonteiroKarina Pereira
Kherolley Romana 4º Módulo
Doenças Exantemáticas
∞Definição
É uma doença infecciosa sistêmica em que manifestações cutâneas acompanham o quadro clínico, gerando dificuldade diagnóstica e são causadas por uma grande quantidade de agentes etiológicos.
Doenças Exantemáticas
Entre as doenças clássicas exantemáticas infecciosas estão o sarampo, o exantema súbito, a escarlatina, a rubéola e o eritema infeccioso.
Doenças Exantemáticas
∞Definição
• Exantema - é uma erupção cutânea ao longo da superfície do corpo composta por máculas ou pápulas que podem apresentar aspecto irregular e edemaciado, estando ou não em associação com prurido, descamação, lesões bolhosas e crostas; acometendo uma região específica ou espalhando-se por todo o corpo.
• Enantema – lesões mucosas.
∞Classificação dos Exantemas
• Exantema Maculopapular
Manifestação cutânea mais comum nas doenças infecciosas sistêmicas.
• Pode ser caracterizado por diversos tipos:
Morbiliforme
Escarlatiniforme
Rubeoliforme
Urticariforme.
∞Classificação dos Exantemas
MORBILIFORME: pequenas maculopápulas eritematosas (03 a 10 mm), avermelhadas. Ex: sarampo.
ESCARLATINIFORME: eritema difuso, puntiforme, vermelho vivo, sem solução de continuidade. Ex: escarlatina.
∞Classificação dos Exantemas
RUBEOLIFORME: semelhante ao morbiliforme, porém de coloração rósea, com pápulas um pouco menores. Ex: rubéola.
URTICARIFORME: erupção papuloeritematosa de contornos irregulares. Típico de reações medicamentosas, alergias, mononucleose e malaria.
∞Classificação dos Exantemas
•Exantema Papulovesicular
Presença de pápulas e lesões elementares de conteúdo líquido (vesicular).
É comum a transformação de maculo-pápulas em vesículas, vesico-pústulas, pústulas e crostas. Podendo ser localizado (herpes simples e zoster) ou generalizado (varicela, varíola, impetigo, estrófulo).
Sarampo
O Sarampo é uma doença respiratória infectocontagiosa aguda, grave e afeta principalmente crianças. O vírus do sarampo é um vírus de RNA de fita simples que pertence à família Paramyxovirus do gênero Morbillivirus. A transmissão ocorre por contato direto com gotículas respiratórias. As vias de entrada do vírus são as membranas mucosas do nariz, orofaringe e conjuntiva.
Sarampo
O homem é o único reservatório do vírus, ele se instala na mucosa do nariz para se reproduzir e depois vai para a corrente sanguínea
• Período de Incubação – dura 10 dias (variando
de 7 a 18 dias) desde a data da exposição ao vírus até o início do exantema.
• Período de Transmissibilidade – dura de 4 a 6 dias antes do aparecimento do exantema e até 4 dias após seu surgimento.
∞Sinais e Sintomas
Aproximadamente 3 dias antes do aparecimento do exantema a criança apresenta:
•Febre;
•Tosse produtiva;
•Coriza;
•Exantema Máculo-papular;
∞Manifestações Clínicas
A evolução clínica apresenta três períodos bem definidos: o Período de Infecção, a Remissão e o Período Toxêmico.
∞Manifestações Clínicas
•Período de Infecção - dura cerca de 7 dias, onde surge febre, acompanhada de tosse produtiva, coriza, conjuntivite e fotofobia. Do 2° ao 4° dias desse período, surge o exantema, quando se acentuam os sintomas iniciais, o paciente fica prostrado e aparecem as lesões características do sarampo: exantema cutâneo máculo-papular de coloração vermelha.
∞Manifestações Clínicas
• Remissão - caracteriza-se pela diminuição dos sintomas, declínio da febre. O exantema torna-se escurecido e, em alguns casos, surge descamação fina.
• Período Toxêmico – o sarampo é uma doença que compromete a resistência do hospedeiro, facilitando a ocorrência de superinfecção viral ou bacteriana. Por isso, são frequentes as complicações, principalmente nas crianças até os 2 anos de idade, em especial as desnutridas, e adultos jovens.
∞Diagnóstico
É feito através da presença de sintomas característicos da doença, pode também ser confirmado sorologicamente.
∞Diagnóstico Laboratorial
• ELISA, para dosagem de IgM e IgG;
• Hemaglutinação, para dosagem de anticorpos totais;
• Imunofluorescência , para dosagem de IgM e IgG;
• Isolamento do vírus em cultura de células, a partir de secreção nasofaríngea e urina.
∞Diagnóstico Diferencial
Exantemas têm sido também observados em outras infecções e por isso o diagnóstico diferencial do sarampo deve ser realizado para as doenças exantemáticas febris agudas. Dentre essas, destacam-se as seguintes: Rubéola, Exantema Súbito, Dengue, Enteroviroses, Eritema Infeccioso.
∞Diagnóstico Diferencial
• Rubéola – doença de natureza viral. O exantema é róseo, discreto e, excepcionalmente, confluente, com máxima intensidade no segundo dia, desaparecendo até o sexto dia, sem descamação. Há presença de linfoadenopatia, principalmente retroauricular e occipital.
• Exantema Súbito - uma doença de natureza viral, apresenta exantema semelhante ao da rubéola e pode durar apenas horas. Inicia-se, caracteristicamente, no tronco, após o desaparecimento da febre e não há descamação.
∞Diagnóstico Diferencial
• Eritema infeccioso - caracterizado por exantema, febre, adenopatia, artralgia e dores musculares, ocorrendo principalmente em crianças de 4 a 14 anos de idade, sendo moderadamente contagioso.
• Dengue – caracteriza-se por início súbito, com febre, cefaleia intensa, mialgia, artralgias, dor retro-orbital, dor abdominal difusa e erupção máculo-papular generalizada, que aparece frequentemente com o declínio da febre. É também uma doença de natureza viral.
∞Diagnóstico Diferencial
•Enteroviroses - apresentam 3 a 4 dias de febre, podem aparecer exantemas de vários tipos, predominando o máculo-papular discreto. São mais frequentes em crianças de baixa idade, na maioria dos casos acometendo a região palmo-plantar e não provocando descamação.
∞Tratamento
Não existe tratamento específico para a infecção por sarampo. É recomendável a administração da vitamina A em crianças acometidas pela doença, a fim de reduzir a ocorrência de casos graves e fatais.
∞Tratamento
∞ Crianças menores de 6 meses de idade – 50.000UI (unidades internacionais): uma dose, em aerossol, no dia do diagnóstico; e, outra dose no dia seguinte.
∞Crianças entre 6 e 12 meses de idade – 100.000UI: uma dose, em aerossol, no dia do diagnóstico; e, outra dose no dia seguinte.
∞Crianças maiores de 12 meses de idade – 200.000UI: uma dose, em aerossol ou cápsula, no dia do diagnóstico; e, outra dose no dia seguinte.
∞Tratamento
∞ Alguns cuidados especiais:
• Repouso;
• Dieta líquida ou branda, de acordo com a aceitação da criança;
• Antitérmicos e analgérgicos devem ser utilizados quando houver febre elevada e/ou cefaleia;
• Oferecer líquidos a vontade;
• Limpeza das pálpebras com água morna para remoção de crosta e secreções;
• Tratar com antibióticos as complicações bacterianas (otites, pneumonia).
∞Prevenção
A vacinação é um instrumento muito importante na prevenção desta doença e na diminuição da sua morbidade e mortalidade. É também importante a saúde pública da sociedade, pois o Ministério da Saúde visa a erradicação da doença.
∞Vacinação (Imunização)
O objetivo das imunizações é estimular o organismo a produzir anticorpos contra determinados germes, principalmente bactérias e vírus. O nosso sistema imunológico cria anticorpos específicos sempre que entra em contato com algum germe.
A lógica da vacina é tentar estimular o organismo a produzir anticorpos sem que ele precise ter ficado doente antes. Tenta-se apresentar ao sistema imune a bactéria ou vírus de forma que haja produção de anticorpos, mas não acontecendo o desenvolvimento da doença.
∞Vacinação (Imunização)
A vacina contra sarampo é composta de vírus vivos atenuados, ela vai induzir o organismo a produzir anticorpos contra o vírus. Deve ser aplicada a partir dos nove meses de idade, pela via subcutânea, de preferência no terço médio da face posterior do braço, ou na região glútea.
∞Prevenção
∞Esquema Básico :
• Primeira Dose - Bebê entre os 12 e os 15 meses;
• Segunda Dose – Crianças entre os 4 e os 6 anos de idade.
• Pessoas entre 7 e 19 anos devem tomar duas doses, com intervalo de 30 dias e para adultos entre 20 e 50 anos, é recomendada apenas uma dose.
∞Contra indicação
• Soro-prevenção é recomendado para pessoas que não podem tomar a vacina, como:
Mulheres grávidas;
Recém-nascidos;
Pessoas ainda não imunizadas que estiveram em contato com algum doente;
Portadores de leucose, linfoma e tumor maligno;
Febre alta e comprometimento geral importante.
∞Medidas de Controle
•Vacinação de Rotina;
•Vacinação de Grupos de Risco;
•Vacinação de Bloqueio;
• Investigação Epidemiológica;
• Isolamento de Casos.
∞Assistência de Enfermagem
• Manter o quarto do paciente arejado, livre de correntes de ar;
• Dar banho quente com sabão neutro;
• Fazer a higiene ocular, nasal (com solução fisiológica), bucal e aplicação de vaselina nos lábios;
• Administrar líquidos em abundância, por via oral e/ou parenteral;
∞Assistência de Enfermagem
• Observar as evacuações, a diurese urina e vômitos;
• Controlar o balanço hídrico, a dieta hipercalórica e hipervitaminada (começando com alimentação líquida ou pastosa);
• Fazer o controle dos sinais vitais a cada seis horas.
• Realizar notificação compulsória dos casos hospitalares, isolamento total e rigoroso.
∞Referências • MURAHOVSCHI J. Pediatria: Diagnóstico e Tratamento, São Paulo: Sarvier. . (1994)• • CARNEIRO S. C. S., CESTARI T., ALLEN S. H., SILVA M. R. Viral exanthems in the tropics. Clin Dermatol. 2007.• • SILVA N. V. A., Doenças Exantemáticas da Infância com Manifestações Orais. Universidade do Porto. Porto,
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Brasília, 2005.• • FOLSTER-HOLST R., KRETH H.W. Viral exanthems in childhood – infectious (direct) exanthems. Part 1: Classic
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FOCACCIA R., editores. Tratado de Infectologia. 2ª ed. São Paulo (SP): Atheneu; 2002.• • SANDERS C. V., LOPEZ F. A. Cutaneous manifestations of infectious diseases: approach to the patient with
fever and rash. Trans Am Clin Climatol Assoc. 2001.• • Prevenção do Sarampo. Disponível em <
http://www.calendariodevacinas.com.br/dose-inicial-de-vacina-contra-sarampo-deve-ser-dada-aos-12-meses/#ixzz2YHCD0lCT>. Acesso em 06 de Julho de 2013.