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Fotos: Breno Pataro Prefeitura lança edital para construção de 5 mil unidades habitacionais em BH Área que será destinada à edificação residencial tem cerca de 2 milhões e 600 mil metros quadrados Lançado pela Urbel, chamamento público convoca empresas interessadas em construir apartamentos para o programa Minha Casa, Minha Vida na região Nordeste, iniciativa que irá beneficiar cerca de 30 mil pessoas Foi publicado no Diário Oficial do Município (DOM) na terça, dia 30, um chamamento público destinado às empresas do ramo da construção civil interessadas em construir uni- dades habitacionais para o pro- grama Minha Casa, Minha Vida. A iniciativa, coordenada pela Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte (Urbel), se junta às outras ações já desenvolvidas pela Prefeitura ligadas ao setor habitacional. Serão construídos condomínios residenciais de interesse social, que resultam no total de 5 mil apartamentos, além de outras obras de urbanização que com- plementam o trabalho a ser reali- zado no bairro Capitão Eduardo, na região Nordeste da capital. As intervenções devem beneficiar cerca de 30 mil pessoas e os empreendedores interessados em participar do chamamento podem providenciar a documen- tação exigida no edital até o dia 16 de setembro. De acordo com o edital, as empresas devem estar devi- damente habilitadas junto ao agente financeiro (Caixa Eco- nômica Federal ou o Banco do Brasil) e adequadas às normas do Minha Casa, Minha Vida. Cabe à empresa vencedora a responsabilidade pelo licencia- mento urbanístico e ambiental de todo o empreendimento. Isso inclui os estudos e projetos necessários à obtenção ou atua- lização das licenças e a emissão de alvarás, e também a execução das unidades habitacionais e das obras de infraestrutura urbana. A entrega dos envelopes será feita exclusivamente no dia 16 de setembro. A classificação das empresas é realizada por uma comissão especial composta por cinco membros da Urbel e o trabalho começa no dia 17. O resultado final será publicado no DOM, onde será divulgada a pontuação de cada uma das empresas participantes. A área pública tem aproxi- madamente 2 milhões e 600 mil metros quadrados, dos quais cerca de 462 mil serão destinados para a edificação residencial. Os apar- tamentos irão atender as famílias inscritas no programa Minha Casa, Minha Vida, classificadas na faixa 1, ou seja, aquelas que possuem renda mensal de até R$ 1.600. A região irá receber também infra- estrutura para garantir aos mora- dores as condições adequadas de habitabilidade, como água, luz, telefone, coleta de lixo, rede de esgoto e transporte. No Plano de Ocupação e Estudo Urbanístico está prevista ainda a instalação de equipamentos públicos como centros de saúde, escolas, espa- ços livres de uso público e áreas comerciais. Para as áreas verdes, 1,2 milhão de metros quadrados serão preservados. “Esse empreendimento é de suma importância porque cria alternativas que reduzem o déficit habitacional de Belo Horizonte [cerca de 65 mil moradias. Cada unidade que se faz é menos uma moradia que precisa ser disponibilizada para a população”, disse a diretora de habitação da Urbel, Júnia Neves. Ela reforça também que toda essa intervenção trará desenvolvimen- to para região, já que o local será contemplado com uma série de equipamentos públicos e abre também um novo campo para que novas atividades econômicas sejam desenvolvidas. Ao fim das obras, a expectativa é que sejam deslocadas para o terreno cerca de 30 mil pessoas, sendo 20 mil moradores dos apartamentos e 10 mil que representam a população itinerante, como os comerciantes e a população dos bairros vizinhos. Os recursos financeiros para a construção das 5 mil unidades habitacionais serão aportados pelo agente financeiro, sendo R$ 65 mil por apartamento. A Prefeitura de Belo Horizonte irá contribuir com R$ 100 milhões, o que significa R$ 20 mil por unidade. O prazo para a entrega dos 5 mil apartamentos é de 48 meses após o contrato de agente financeiro feito pela empresa. Para acessar o edital e seus anexos a empresa interessada deve realizar um depósito no valor de R$ 18,60 na conta corrente da Urbel, no Ban- co do Brasil (agência 1615-2/conta 44.500-2). O atendimento acontece de segunda a sexta-feira, das 9h30 às 12h e das 14h30 às 17h, na sede da Urbel (avenida do Contorno, 6.664, no bairro Santo Antônio). Planos para reduzir o déficit habitacional A construção dessas moradias é apenas um dos muitos esforços que estão sendo empreendidos pela Prefeitura para enfrentar o déficit habitacional. A isenção de impostos e tributos é um dos exemplos de tais iniciativas. Famílias contempladas com empreendimentos habitacionais de interesse social pagam valor reduzido no Imposto Sobre Transmissão de Bens Imóveis por Ato Oneroso “Inter Vivos” (ITBI) e no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). As constru- toras desses apartamentos também têm valor reduzido do Imposto Sobre Serviços (ISS). Recentemente foi aprovado pela Câmara Municipal um projeto de lei, de autoria do Executivo, que possibilita a transfor- mação de terrenos públicos em Áreas Especiais de Interesse Social (Aeis). Com isso o município dispõe de mais locais para implantar novas moradias populares. A Prefeitura de Belo Horizonte também apoia programas habitacionais, oferecendo um aporte de recursos próprios para a construção de unidades habitacionais, além de doar terrenos públicos pertencentes ao município para a implantação desses empreendimentos. De acordo com o diretor presidente da Urbel, Genedempsey Bicalho, neste ano foram entregues 1.470 unidades habitacionais para a faixa de renda até R$ 1.600 no empreendimento Jardim Vitória II, também na região Nordeste. “Outras 2.985 unidades se encontram em diversas fases de construção e serão entregues de forma escalonada a partir do ano que vem. A meta potencial do município é produzir cerca de 22 mil moradias para a população de baixa renda até o final de 2016”, explicou Bicalho. BELO HORIZONTE Ano XIX N. 4.365 R$ 0,85 Tiragem: 2.500 2/8/2013 Diário Oficial do Município - DOM

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Prefeitura lança edital para construção de 5 mil unidades habitacionais em BH

Área que será destinada à edificação residencial tem cerca de 2 milhões e 600 mil metros quadrados

Lançado pela Urbel, chamamento público convoca empresas interessadas em construir apartamentos para o programa Minha Casa, Minha Vida na região Nordeste,

iniciativa que irá beneficiar cerca de 30 mil pessoas

Foi publicado no Diário Oficial do Município (DOM) na terça, dia 30, um chamamento público destinado às empresas do ramo da construção civi l interessadas em construir uni-dades habitacionais para o pro-grama Minha Casa, Minha Vida. A iniciativa, coordenada pela Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte (Urbel), se junta às outras ações já desenvolvidas pela Prefeitura ligadas ao setor habitacional. Serão construídos condomínios residenciais de interesse social, que resultam no total de 5 mil apartamentos, além de outras obras de urbanização que com-plementam o trabalho a ser reali-zado no bairro Capitão Eduardo, na região Nordeste da capital. As intervenções devem beneficiar cerca de 30 mil pessoas e os empreendedores interessados em participar do chamamento podem providenciar a documen-tação exigida no edital até o dia 16 de setembro.

De acordo com o edital, as empresas devem estar devi-damente habilitadas junto ao agente financeiro (Caixa Eco-nômica Federal ou o Banco do Brasil) e adequadas às normas do Minha Casa, Minha Vida.

Cabe à empresa vencedora a responsabilidade pelo licencia-mento urbanístico e ambiental de todo o empreendimento. Isso inclui os estudos e projetos necessários à obtenção ou atua-lização das licenças e a emissão de alvarás, e também a execução das unidades habitacionais e das obras de infraestrutura urbana. A entrega dos envelopes será feita exclusivamente no dia 16 de setembro. A classificação das empresas é realizada por uma comissão especial composta por cinco membros da Urbel e o trabalho começa no dia 17. O resultado final será publicado no DOM, onde será divulgada a pontuação de cada uma das empresas participantes.

A área pública tem aproxi-madamente 2 milhões e 600 mil metros quadrados, dos quais cerca de 462 mil serão destinados para a edificação residencial. Os apar-tamentos irão atender as famílias inscritas no programa Minha Casa, Minha Vida, classificadas na faixa 1, ou seja, aquelas que possuem renda mensal de até R$ 1.600. A região irá receber também infra-estrutura para garantir aos mora-dores as condições adequadas de habitabilidade, como água, luz, telefone, coleta de lixo, rede de

esgoto e transporte. No Plano de Ocupação e Estudo Urbanístico está prevista ainda a instalação de equipamentos públicos como centros de saúde, escolas, espa-ços livres de uso público e áreas comerciais. Para as áreas verdes, 1,2 milhão de metros quadrados serão preservados.

“Esse empreendimento é de suma importância porque cria alternativas que reduzem o déficit habitacional de Belo Horizonte [cerca de 65 mi l moradias. Cada unidade que se faz é menos uma moradia que precisa ser disponibilizada para a população”, disse a diretora de

habitação da Urbel, Júnia Neves. Ela reforça também que toda essa intervenção trará desenvolvimen-to para região, já que o local será contemplado com uma série de equipamentos públicos e abre também um novo campo para que novas atividades econômicas sejam desenvolvidas. Ao fim das obras, a expectativa é que sejam deslocadas para o terreno cerca de 30 mil pessoas, sendo 20 mil moradores dos apartamentos e 10 mil que representam a população itinerante, como os comerciantes e a população dos bairros vizinhos.

Os recursos financeiros para a construção das 5 mil unidades

habitacionais serão aportados pelo agente financeiro, sendo R$ 65 mil por apartamento. A Prefeitura de Belo Horizonte irá contribuir com R$ 100 milhões, o que significa R$ 20 mil por unidade. O prazo para a entrega dos 5 mil apartamentos é de 48 meses após o contrato de agente financeiro feito pela empresa. Para acessar o edital e seus anexos a empresa interessada deve realizar um depósito no valor de R$ 18,60 na conta corrente da Urbel, no Ban-co do Brasil (agência 1615-2/conta 44.500-2). O atendimento acontece de segunda a sexta-feira, das 9h30 às 12h e das 14h30 às 17h, na sede da Urbel (avenida do Contorno, 6.664, no bairro Santo Antônio).

Planos para reduzir o déficit habitacionalA construção dessas moradias é apenas um dos muitos esforços

que estão sendo empreendidos pela Prefeitura para enfrentar o déficit habitacional. A isenção de impostos e tributos é um dos exemplos de tais iniciativas. Famílias contempladas com empreendimentos habitacionais de interesse social pagam valor reduzido no Imposto Sobre Transmissão de Bens Imóveis por Ato Oneroso “Inter Vivos” (ITBI) e no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). As constru-toras desses apartamentos também têm valor reduzido do Imposto Sobre Serviços (ISS).

Recentemente foi aprovado pela Câmara Municipal um projeto de lei, de autoria do Executivo, que possibilita a transfor-mação de terrenos públicos em Áreas Especiais de Interesse Social (Aeis). Com isso o município dispõe de mais locais para implantar novas moradias populares. A Prefeitura de Belo Horizonte também apoia programas habitacionais, oferecendo um aporte de recursos próprios para a construção de unidades habitacionais, além de doar terrenos públicos pertencentes ao município para a implantação desses empreendimentos.

De acordo com o diretor presidente da Urbel, Genedempsey Bicalho, neste ano foram entregues 1.470 unidades habitacionais para a faixa de renda até R$ 1.600 no empreendimento Jardim Vitória II, também na região Nordeste. “Outras 2.985 unidades se encontram em diversas fases de construção e serão entregues de forma escalonada a partir do ano que vem. A meta potencial do município é produzir cerca de 22 mil moradias para a população de baixa renda até o final de 2016”, explicou Bicalho.

BELO HORIZONTEAno XIX • N. 4.365 • R$ 0,85 Tiragem: 2.500 • 2/8/2013Diário Oficial do Município - DOM