Dp Filosofia 4semestre

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Dp Filisofia

Citation preview

DISCIPLINA:Filosofia do Direito

OBJETIVOS DA DISCIPLINADesenvolver viso crtica sobre o direito, o rigor e o mtodo de pensar jurdico a partir das formulaes da filosofia em seus fundamentos clssicos, ainstrumentalizaro futuro operador do direito para os embates jurdicos argumentativos, capacitando ainda este operador construo plena da cidadania para si e para a sociedade brasileira.

SEMANA 1Indicao da leitura bsica:SACADURA ROCHA, MARCONDES, Danilo. Textos bsicos de filosofia. Dos pr-socrticos a Wittgenstein. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2005.Procedimentos de aprendizagem:- Prezado aluno, esta semana dedicada ao estudo defilosofia de Nietzsche.- Aobra originalrecomendada :Genealogia da Moral- A seguir esto relacionados osConceitos Fundamentaisa serem entendidos: a) moral; b) cristianismo; c) genealogia.Friedrich Nietzsche e o seu estilo peculiarEm Nietzsche no h uma neutralidade estilstica, no h uma linguagem neutra que pudesse sugerir uma linguagem impessoal. No pretende simular um pensamento no motivado, no originado. Ele se apresenta como um pensador desencarnado.O leitor de Nietzsche identifica os seus escritos, sabe quem est escrevendo e qual a sua motivao, percebe a personalidade que se constitui. Ele j criticava um pretenso desinteresse do filsofo. A neutralidade equivale a uma dissimulao, abstinncia fingida; para ele nunca h desinteresse, no h verdade desinteressada. Ele no pretende falar em nome de uma verdade, ou uma verdade neutra, ele fala em nome prprio, na primeira pessoa do singular. Isso no significa que ele seja um pensador autocentrado ou subjetivista. Muito pelo contrrio, ele dissolveu a prpria pessoa (o eu j so muitos, essa voz j so muitas que falam pela boca de Nietzsche). Da muitos impulsos, muitas inclinaes e pontos de vistas e perspectivas.Mesmo quando ele escreve sobre a histria (Genealogia da moral), no da maneira dos historiadores. Quando ele fala dos nobres e dos escravos, da besta loura, do asceta, dos deuses e dos artistas, no so descries factuais, mas um esforo de trazer tona a emergncia de certa noo de bem e de mau, etc.Os vrios estilos de Nietzsche devem ser entendidos como uma luta contra um estilo dominanteem filosofia. Oesforo deste pensador de se insinuar entre seus leitores e o mundo, e de mostrar que se fomos convencidos de alguma coisa, foi por causa de seus escritos. Concordar, portanto, no tanto uma questo de argumento. A escolha do leitor em relao a um texto no se pauta em submeter-se a um argumento, mas uma afinidade a um modelar a um modo de vida. No h pensamento abstrato e vazio, h um pensamento enraizado num corpo, expresso de um tipo de vida.A viso de Nietzsche no est disponvel facilmente, necessrio interpret-lo, com todas as armadilhas anunciadas pelo autor. O caminho no existe. Existem vrios. O caminho uma fico, assumida e defendida pela maioria dos filsofos, para dissimular que o caminho deles.Mostrando-se um filsofo experimentador e fragmentrio, contrrio ao estatuto da verdade, ele assume os vrios perspectivismos. Cada um dos filsofos prope uma verdade sistemtica para superao dos predecessores. Nietzsche no questiona outro filsofo, pe em questo o valor da verdade. O que est em jogo a importncia da verdade, o desejo de verdade, a vontade de verdade que caracteriza o pensamento Ocidental desde Plato.A justia liga-se, para Nietzsche, a uma relao de confronto entre homens que lhes reclama a capacidade de avaliao e de medio de uma pessoa e outra. Essa relao primeira aparece entre comprador e vendedor, entre credor e devedor. A o primeiro momento em que uma pessoa defronta-se com a outra, precisando medir, estabelecer preos, medir valores, imaginar equivalncias, e todo esse procedimento constitui o que hoje chamamos pensamento. Da porque, para Nietzsche, talvez a prpria palavra homem designasse o ser que mede valores, o animal avaliador, expressando um sentimento de si do homem. com base nessa forma rudimentar de direito pessoal, da troca, que, transposto posteriormente a complexos sociais, chega-se grande generalizao de que cada coisa tem seu preo,de que tudo deve ser pago, estabelecendo-se o mais velho cnone da justia como a boa vontade entre homens de poder aproximadamente igual de entender-se entre si mediante um compromisso e, quanto aos de menor poder, for-los a um compromisso entre si. Tira-se, portanto, a primazia do direito penal como fonte de justia, como pretendia Dhring, para atribu-la ao direito das obrigaes (MELO, Eduardo Resende, Nietzsche e a Justia, p.137).Responder as seguintes questes:1-Em que sentido Nietzsche problematiza conceito tradicional de verdade?2-O que vem a ser a genealogia para Nietzsche?1-O que vem a ser a culpa para Nietzsche?2-Qual a crtica feita por Nietzsche ao cristianismo?3-Qual a importncia da linguagem para Nietzsche?Indicao de leituras complementares:MARAS, Julin. Histria da Filosofia. So Paulo: Martins Fontes, 2004.Indicao de palavras-chaves para busca na Internete em bibliotecas:Nietzsche, genealogia, moral, cristianismo.SEMANA 2Indicao da leitura bsica:SACADURA ROCHA, Jos Manuel.Fundamentos de Filosofia do Direito Da antiguidade a nossos dias.So Paulo: ed. Atlas, 2007. CAPTULO 13 (COM FICHRIO).Procedimentos de aprendizagem:- Esta semana dedicada aoPensamentoJurisprudencial - I.- Estudar tipos e escolas jurisprudncias inauguradas no sculo XIX.- Conceitos fundamentais a serem entendidos: a) jurisprudncia e positivismo; b) jurisprudncia de conceitos e suas escolas.- AObra Originalrecomendada : A Luta pelo Direito.- Apostila:http://br.geocities.com/unigalera1/Jurisprudencia.docFundamentos do positivismo jurdicoSavigny (1779-1861) foi o principal representante da Escola Histrica, que se contrape idia do direito natural (baseado na razo), tendo trazido para a discusso da cincia jurdica a idia da influncia do tempo e do espao no direito. Puchta, estudioso do direito romano, foi discpulo de Savigny (e mentor de Jhering). A partir do estudo minucioso do direito romano, Puchta elaborou a jurispudncia dos conceitos, intitulada pirmide de conceitos.A Escola Histrica contrapunha-se, em certa medida, codificao, ao direito codificado, que remetia ao perodo Justiniano e que tinha como objetivo sistematizar o direito consuetudinrio, popular, no escrito. Este movimento pela codificao originou-se do pandectismo e tinha como referncia a Escola da Exegese.A Escola da Exegese tem sua histria dividida em trs perodos: primrdios (1804-1830); apogeu (1830-1880) e declnio (1880 ao final do sc. XIX). Baseia-se no princpio de que a lei deve ser submetida razo expressa na prpria lei e no aos critrios de quem a aplica.A doutrina pandectista, que se baseava na compilao de decises de antigos jurisconsultos e convertidas em leis pelo imperador romano Justiniano (483-565), originou-se do direito cientfico alemo, na primeira metade do sc. XIX, que, por sua vez, deu lugar jurisprudncia dos conceitos, cuja principal obra, O Esprito do Direito Romano (em quatro volumes, publicada entre 1852 e 1865), foi escrita por Rudolf von Jhering.Jhering, num segundo momento, ir abandonar e criticar a jurisprudncia dos conceitos para se voltar jurisprudncia dos interesses, a partir de 1861, adotando uma viso sociolgica, ilustrada pela citao abaixo:A vida no o conceito; os conceitos que existem por causa da vida. No o que a lgica postula que tem de acontecer; o que a vida, o comrcio, o sentimento jurdico postulam que tem de acontecer, seja isso logicamente necessrio ou logicamente impossvel.Responder as seguintes questes:1-Explique o que foi a Escola Histrica.2-Explique o que foi o pandectismo.3-Explique o que foi a Escola Exegese.4-Explique a jurisprudncia dos interesses.5-Explique como se constituiu os fundamentosdo positivismo jurdico.Indicao de leituras complementares:Curso de Filosofia do Direito Eduardo Bittar & Guilherme de Almeida Ed. Atlas So Paulo. Captulo 17Indicao de palavras-chaves para busca na Internete em bibliotecas:Positivismo Jurdico; Cdigo de Napoleo; Jurisprudncia; Pandectismo; Escola Analtica

SEMANA 3

Indicao da leitura bsica:SACADURA ROCHA, Jos Manuel.Fundamentos de Filosofia do Direito Da antiguidade a nossos dias.So Paulo: ed. Atlas, 2007. CAPTULO 13 (COM FICHRIO).Procedimentos de aprendizagem:- Esta semana dedicada aoPensamentoJurisprudencial - II.- Estudar tipos e escolas jurisprudncias inauguradas no sculo XIX.- Conceitos fundamentais a serem entendidos: a) jurisprudncia de interesses e Ihering.- AObra Originalrecomendada : A Luta pelo Direito.- Apostila:http://br.geocities.com/unigalera1/Jurisprudencia.docJhering e a jurisprudncia dos interessesIhering nasceu numa famlia de juristas. Para ele,"A vida do direito uma luta uma luta dos povos, do poder estatal, das classes e dos indivduos. De facto, o direito s tem significado como expresso de conflitos, representando os esforos da humanidade para se domesticar. Infelizmente, porm, o direito tem tentado combater a violncia e a injustia com meios que, num mundo racional, seriam tidos por estranhos e desgraados. que o direito nunca tentou verdadeiramente resolver os conflitos da sociedade, mas apenas alivi-los, pois promulga regras segundo as quais esses conflitos devem ser travados at ao fim."Ihering acena com a natureza conflitiva do direito, discordando que seja uma cincia pura, mas o resultado de embates entre os homens. As grandes conquistas dos homens na histria foram o resultado de muitas lutas e conflitos.O direito empregado em dois sentidos: o subjetivo e o objetivo. O sentido objetivo o conjunto dos princpios legais aplicados pelo Estado ordem da vida comum, correspondendo norma de coexistncia, posicionando-se fora do sujeito de direitos; e o sentido subjetivo a traduo do direito abstrato aos interesses da pessoa, correspondendo faculdade de pretender, de ter a intenso de alguma coisa, de ter vontade de algo. Para este autor, a luta e a convico que os homens devem ter de seus direitos, condio fundamental para a permanncia e revitalizao da lei.Para a preservao de toda moral, os homens tm o dever de lutar pelos seus direitos e nunca abandonar as suas causas e convices.Jhering afirma que apenas aquelas normas erigidas pela sociedade que se respaldem na coao (...) fazem jus designao de Direito, no que se acha implcito que (...) o Estado a nica fonte do Direito.Eis como Ihering define a coao:Por coao, no sentido mais amplo, entendo a realizao de uma finalidade mediante a subjugao de uma vontade alheia. Assim, o mundo do direito definido pela coao e esta legitimada pelo Estado. Para Ihering, direito, coao e Estado esto interligados. A coao se d no sentido fsico e psquico. Eis como o autor define o direito:O direito a forma que reveste a garantia das condies vitais da sociedade, fundada no poder coercitivo do Estado.Responder as seguintes questes:1-Explique a formao de Jhering.2-Como Jhering se posiciona diante do direito?3-Para Jhering, o que o direito objetivo?4-Para Jhering, o que o direito subjetivo?5-Como Jhering define coao?Indicao de leituras complementares:Curso de Filosofia do Direito Eduardo Bittar & Guilherme de Almeida Ed. Atlas So Paulo. Captulo 17Indicao de palavras-chaves para busca na Internete em bibliotecas:Positivismo Jurdico; coao; Jurisprudncia; direito objetivo; direito subjetivo

SEMANA 4Indicao da leitura bsica:SACADURA ROCHA, Jos Manuel.Fundamentos de Filosofia do Direito Da antiguidade a nossos dias.So Paulo: ed. Atlas, 2007. CAPTULO 14 (COM FICHRIO).Procedimentos de aprendizagem:- Esta semana dedicada ao estudo doPositivismo Jurdico - I.-Ser estudado o pensamento de Hans Kelsen.- AObra Originalrecomendada : Teoria Pura do Direito.- Conceitos fundamentais a serem estudados: a) cascata de normas e norma fundamental; b) causalidade e imputao; c) positivismo e razo jurdica.- Apostila:http://br.geocities.com/unigalera1/KelsenII.htmHans Kelsen: o positivismo jurdicoSe a sociedade sugere que no se deve matar, a norma jurdica no enuncia a obrigao de no matar. Ela apenas ordena ao juiz que aplique uma sano ao assassino. A sano no distinta da obrigao, e o Direito tambm no est dissociado do Estado. O pensamento de Kelsen, muito racional, visa elaborar a teoria pura do direito, separando-o, definitivamente, de toda ideologia.O Direito uma pirmide de normas. As normas jurdicas formam o objeto da cincia do direito ou, o que a mesma coisa, o direito um sistema de normas. O Estado no cria o Direito. No est submetido a ele. Ele o Direito. Para fazer que isso seja compreendido, Kelsen compara o problema das relaes do Estado e do Direito com o Deus e do mundo, observando que [...] foi necessrio um esforo infinito para convencer o homem de que Deus nada mais do que a personificao da natureza, concebida como um sistema de leis. O Direito uma ordem que tem como funo a regulamentao do emprego da fora nas relaes entre os homens; o Estado tambm. Portanto, eles coincidem, j que apenas uma e mesma comunidade social no pode ser constituda por duas ordens diferentes.A ordem estatal possui uma estrutura piramidal, pois ela [...] aparece como uma srie de graus jurdicos, uma hierarquia cujos diferentes nveis so ligados uns aos outros pelo princpio da delegao. Cada norma obrigatria uma vez que est em conformidade com uma ordem superior. Kelsen explica, assim, o Direito como forma.A teoria pura do Direito escapa da ideologia, o que explica a quantidade de oposies que encontrou. Seu positivismo radical choca. De acordo com Kelsen, a norma jurdica pode muito bem ser injusta ou ilegtima: problema do poltico, no do jurista. Este ltimo considera apenas a coerncia da pirmide normativa.Um primeiro obstculo logo surge: certamente, a pirmide deve ter um pice, a norma superior deve ser ligada a uma norma suprema. Kelsen responde que se trata de uma norma hipottica ou norma fundamental, hiptese necessria cincia do Direito. Outra dificuldade: as normas esto contidas nos textos e esses textos devem ser objeto de uma interpretao. O rgo de explicao escolhe dar um sentido ao texto, entre outros sentidos possveis. Os sentidos relacionam-se, necessariamente, com o contedo o que rompe a estrutura da ordem jurdica, separada da sociedade. Kelsen, ao separar o direito da ideologia, corre um grande risco de reduzi-lo a um formalismo abstrato.Responder as seguintes questes:1-Para Kelsen, o que uma norma injusta ou ilegtima?2-Como Kelsense posiciona diante do direito?3-Para Kelsen, o que uma pirmide normativa?4-Como Kelsen se posiciona na relao direito e ideologia?5-Explique o positivismo jurdico de Kelsen..Indicao de leituras complementares:Curso de Filosofia do Direito Eduardo Bittar & Guilherme de Almeida Ed. Atlas So Paulo. Captulo 18.Indicao de palavras-chaves para busca na Internete em bibliotecas:Positivismo Jurdico; Kelsen; Teoria Pura do Direito; norma fundamental;

SEMANA 5

Indicao da leitura bsica:SACADURA ROCHA, Jos Manuel.Fundamentos de Filosofia do Direito Da antiguidade a nossos dias.So Paulo: ed. Atlas, 2007. CAPTULO 14 (COM FICHRIO).Procedimentos de aprendizagem:- Esta semana dedicada ao estudo doPositivismo Jurdico - II.-Ser estudado o pensamento de Hans Kelsen.- AObra Originalrecomendada : Teoria Pura do Direito.- Conceitos fundamentais a serem estudados: a) cincia do Direito; b) responsabilidade e irresponsabilidade legal; c) justia em kelsen.- Apostila:http://br.geocities.com/unigalera1/KelsenII.htmA teoria Kelseniana da norma fundamentalPode-se afirmar que o positivismo jurdico e os jusnaturalistas assumema unidadecomo a primeira caracterstica do ordenamento jurdico. Pensam o direito como um sistema unitrio de normas. Para o jusnaturalismo a unidade do direito uma unidade substancial ou material, relativa ao contedo das normas; para o positivismo jurdico trata-se de uma unidade formal, relativa ao modo pelo qual as normas so postas.Kelsen exprime essa diferena falando de dois tipos diversos de ordenamentos normativos: o ordenamento esttico (ao qual pertencem a moral e o direito concebido jusnaturalisticamente) e o ordenamento dinmico, que prprio do direito concebido positivisticamente. Segundo os jusnaturalistas, portanto, o direito constitui um sistema unitrio, porque todas suas normas podem ser deduzidas por um procedimento lgico uma da outra at que se chegue a uma norma totalmente geral, que a base de todo o sistema e que constitui um postulado moral auto-evidente. J segundo os juspositivistas, ao contrrio, o direito constitui uma unidade num outro sentido: no porque as suas normas possam ser deduzidas logicamente uma da outra, mas porque elas todas so postas (direta ou indiretamente, isto , mediante delegao a autoridades subordinadas) pela mesma autoridade, podendo assim todas serem reconduzidas mesma fonte originria constituda pelo poder legitimado para criar o direito. Assim, se pergunto a um juspositivista por que no devo roubar, ele me responde que no devo porque assim estabeleceu o juiz ou o costume ou o legislador (segundo se tratade um ordenamento judicirio, consuetudinrio ou legislativo); e se insisto e pergunto por que devo obedecer ao que estabelece o juiz ou o costume etc., ele me responder que devo porque assim estabeleceu o poder supremo.Kelsen afirma que a norma fundamental aquela que pode fechar o sistema, que assegura a unidade formal do ordenamento.Responder as seguintes questes:1-Segundo Kelsen, defina norma fundamental.2-Para Kelsen, o que ordenamento esttico?3-Para Kelsen, o que ordenamento dinmico?4-Kelsen era um jusnaturalista?5-O que unidade do direito para Kelsen?Indicao de leituras complementares:Curso de Filosofia do Direito Eduardo Bittar & Guilherme de Almeida Ed. Atlas So Paulo. Captulo 18.Indicao de palavras-chaves para busca na Internete em bibliotecas:Positivismo Jurdico; Kelsen; Teoria Pura do Direito; Dogmatismo Jurdico.

SEMANA 6

Indicao da leitura bsica:MARAS, Julin. Histria da Filosofia. So Paulo: Martins Fontes, 2004.Procedimentos de aprendizagem:- Prezado aluno, esta semana dedicada fenomenologia de Husserl. - A seguir esto relacionados osConceitos Fundamentaisa serem entendidos: a) fenomenologia; b) relao sujeito-objeto; c) conhecimento.- AObra Originalrecomendada : Idias para uma fenomenologia pura e uma filosofia fenomenolgica

Edmund Husserl e a fenomenologiaQuando se fala em fenomenologia, citado o nome de Edmund Husserl (1859-1938), seu fundador, que entre o final do sculo XIX e as primeiras dcadas do sculo XX constituiu uma tendncia filosfica que, na verdade, ultrapassa muito a elaborao de apenas mais uma doutrina, a ponto de se poder dizer que a fenomenologia algo que transpe os limites da filosofia como disciplina, porque ela renovou o pensamento e fez com que ele se buscasse compreender na sua mais profunda radicalidade. Ento, pode-se dizer que a partir da a fenomenologia funda verdadeiramente a filosofia contempornea. Inclusive porque Husserl pretende reconstituir a prpria vocao da filosofia e, nesse sentido, pode-se dizer que ele toca no prprio cerne da filosofia, o seu prprio estilo. Da o extraordinrio significado dessa renovao que est implicada ento nesse modo de reconstituir a prpria maneira da filosofia exercer a sua tarefa que , sobretudo, interrogar.Pode-se dizer que Jean Paul Sartre, enquanto intelectual que deu prosseguimento fenomenologia, jamais manteve com Husserl uma relao de discpulo.A reflexo de Husserl tem como ponto de partida uma questo muito persistente ao longo de toda a tradio e de toda a histria da filosofia que a relao entre sujeito e objeto, uma relao, portanto, de conhecimento.Para entender qual a novidade trazida por Husserl, tem-se que lembrar um pouco esquematicamente como se constituiu na modernidade essa abordagem da relao entre o sujeito e o objeto. H trs vertentes: em primeiro lugar a vertente realista, que aquela que sustenta o primado do objeto e, portanto, entende que a representao que se faz das coisas est subordinada aos objetos em si mesmos ou s coisas em si mesmas, apreendidas pelos sentidos e depois registradas pelo intelecto de tal modo que o ponto de partida para o conhecimento o objeto ou as coisas mesmas. A segunda vertente o idealismo, que se atm, pelo contrrio, primazia do sujeito, da mente, das idias, e constitui, ento, um ponto de partida para a reconstituio de um acordo entre as coisas e a mente, entre o objeto e o sujeito uma correspondncia que se estabelece a partir de uma anlise das idias que me fazem ento chegar at certa conformidade entre essas idias e as coisas. So duas tendncias que se opem entre si. A terceira vertente originria do sculo XVIII e que repercute at hoje, que procura uma soluo de meio termo, na filosofia da cincia e nas teorias do conhecimento, a filosofia de Kant. Procurou superar esse impasse entre o idealismo e o realismo, redistribuindo as funes do conhecimento, tentando entender qual o contributo que o prprio objeto, as prprias coisas do ao conhecimento, e qual a contribuio que o prprio sujeito ou a mente fornece ao processo de conhecimento. Portanto, redistribuiu as funes entre o sujeito e o objeto, deixando, assim, de privilegiar um ou outro conforme se fazia antes.Verifica-se que essa terceira soluo , aparentemente, de muito bom senso, porque ela institui um meio termo entre o sujeito e as coisas, e, principalmente, ela configura o conhecimento como um trabalho conjunto entre apreenso sensvel das coisas mesmas e o nosso intelecto que formaliza ou fornece uma estrutura formal para essa apreenso, resultando, assim, uma sntese dessas duas instncias que seria, ento, o prprio conhecimento.O resultado mais importante vinculado a essa concepo do conhecimento enquanto sntese do elemento objetivo e do elemento subjetivo a concepo de relatividade do conhecimento. claro que o conhecimento se constitui de forma relativa ao sujeito, tem a ver com o sujeito, no poderia constituir-se sem essa contribuio fundamental do sujeito. Isso Kant chamou de fenmeno, ou a realidade no como ela poderia ser em si mesma, mas tal como ela aparece ao sujeito do conhecimento, uma vez que ela nos aparece formalmente condicionada por certas estruturas lgicas da nossa prpria mente. atravs dessa noo de fenmeno que se pode reconstituir a relao entre o sujeito e o objeto em termos de uma correlao, ou seja, no existe objeto que no esteja comprometido com o sujeito que o conhece ou o que o representa, porque essa representao consiste, sobretudo, num modo pelo qual essas coisas aparecem a ns de acordo com certas condies que so nossas, da nossa mente ou subjetivas. Tem-se de um lado o sujeito do conhecimento, que apenas uma conscincia que apreende o fenmeno, ou seja, que apreende a realidade tal como ele prprio a constitui pelo menos formalmente. E de outro lado tem-se o objeto, que nada mais que esse fenmeno apreendido pela conscincia.Segundo Husserl, quando se define conscincia, nota-se que conscincia conscincia de alguma coisa. um modo que o sujeito tem de visar o mundo, visar as coisas, um movimento de olhar. Esse tipo de relao Husserl chamou de intencionalidade, isto , o modo pelo qual a conscincia visa as coisas, quando afirma que o sujeito tem a inteno de alguma coisa.Responder as seguintes questes:1-Explique o conceito de conscincia em Husserl..2-Explique como se constitui o conhecimento em Husserl.3-O que o elemento objetivo na construo do conhecimento para Husserl.4-O que o elemento subjetivo na construo do conhecimento para Husserl.5-Explique o que sujeito do conhecimento para Husserl.Indicao de leituras complementares:Curso de Filosofia do Direito Eduardo Bittar & Guilherme de Almeida Ed. Atlas So Paulo. Captulo 20.Indicao de palavras-chaves para busca na Internete em bibliotecas:Fenomenologia de Husserl; teoria dos objetos de Husserl; Intersubjetividade Jurdica.

SEMANA 7

Indicao da leitura bsica:SACADURA ROCHA, Jos Manuel.Fundamentos de Filosofia do Direito Da antiguidade a nossos dias.So Paulo: ed. Atlas, 2007. CAPTULO 15 (COM FICHRIO).Procedimentos de aprendizagem:- Esta semana dedicada ao estudo doPensamento Egolgico e Culturalismo-Ser estudado o pensamento de Carlos Cossio.- AObra Originalrecomendada : El Derechoem el Derecho Judicial.- Conceitos fundamentais a serem estudados: a) direito e cultura; b) sentido da conduta humana e direito.- Apostila:http://br.geocities.com/unigalera1/CossioII.htmA influncia da fenomenologia no pensamento de Carlos CssioCarlos Cssio teve forte influncia da Fenomenologia de Edmund Husserl. Assim faz-se necessrio um breve relato da corrente fenomenolgica.Quando se fala em fenomenologia, citado o nome de Edmund Husserl (1859-1938), seu fundador, que entre o final do sculo XIX e as primeiras dcadas do sculo XX constituiu uma tendncia filosfica que, na verdade, ultrapassa muito a elaborao de apenas mais uma doutrina, a ponto de se poder dizer que a fenomenologia algo que transpe os limites da filosofia como disciplina, porque ela renovou o pensamento e fez com que ele se buscasse compreender na sua mais profunda radicalidade. Ento, pode-se dizer que a partir da a fenomenologia funda verdadeiramente a filosofia contempornea. Inclusive porque Husserl pretende reconstituir a prpria vocao da filosofia e, nesse sentido, pode-se dizer que ele toca no prprio cerne da filosofia, o seu prprio estilo. Da o extraordinrio significado dessa renovao que est implicada ento nesse modo de reconstituir a prpria maneira da filosofia exercer a sua tarefa que , sobretudo, interrogar.Pode-se dizer que Jean Paul Sartre, enquanto intelectual que deu prosseguimento fenomenologia, jamais manteve com Husserl uma relao de discpulo.A reflexo de Husserl tem como ponto de partida uma questo muito persistente ao longo de toda a tradio e de toda a histria da filosofia que a relao entre sujeito e objeto, uma relao, portanto, de conhecimento.Para entender qual a novidade trazida por Husserl, tem-se que lembrar um pouco esquematicamente como se constituiu na modernidade essa abordagem da relao entre o sujeito e o objeto. H trs vertentes: em primeiro lugar a vertente realista, que aquela que sustenta o primado do objeto e, portanto, entende que a representao que se faz das coisas est subordinada aos objetos em si mesmos ou s coisas em si mesmas, apreendidas pelos sentidos e depois registradas pelo intelecto de tal modo que o ponto de partida para o conhecimento o objeto ou as coisas mesmas. A segunda vertente o idealismo, que se atm, pelo contrrio, primazia do sujeito, da mente, das idias, e constitui, ento, um ponto de partida para a reconstituio de um acordo entre as coisas e a mente, entre o objeto e o sujeito uma correspondncia que se estabelece a partir de uma anlise das idias que me fazem ento chegar at certa conformidade entre essas idias e as coisas. So duas tendncias que se opem entre si. A terceira vertente originria do sculo XVIII e que repercute at hoje, que procura uma soluo de meio termo, na filosofia da cincia e nas teorias do conhecimento, a filosofia de Kant. Procurou superar esse impasse entre o idealismo e o realismo, redistribuindo as funes do conhecimento, tentando entender qual o contributo que o prprio objeto, as prprias coisas do ao conhecimento, e qual a contribuio que o prprio sujeito ou a mente fornece ao processo de conhecimento. Portanto, redistribuiu as funes entre o sujeito e o objeto, deixando, assim, de privilegiar um ou outro conforme se fazia antes.Verifica-se que essa terceira soluo , aparentemente, de muito bom senso, porque ela institui um meio termo entre o sujeito e as coisas, e, principalmente, ela configura o conhecimento como um trabalho conjunto entre apreenso sensvel das coisas mesmas e o nosso intelecto que formaliza ou fornece uma estrutura formal para essa apreenso, resultando, assim, uma sntese dessas duas instncias que seria, ento, o prprio conhecimento.O resultado mais importante vinculado a essa concepo do conhecimento enquanto sntese do elemento objetivo e do elemento subjetivo a concepo de relatividade do conhecimento. claro que o conhecimento se constitui de forma relativa ao sujeito, tem a ver com o sujeito, no poderia constituir-se sem essa contribuio fundamental do sujeito. Isso Kant chamou de fenmeno, ou a realidade no como ela poderia ser em si mesma, mas tal como ela aparece ao sujeito do conhecimento, uma vez que ela nos aparece formalmente condicionada por certas estruturas lgicas da nossa prpria mente. atravs dessa noo de fenmeno que se pode reconstituir a relao entre o sujeito e o objeto em termos de uma correlao, ou seja, no existe objeto que no esteja comprometido com o sujeito que o conhece ou o que o representa, porque essa representao consiste, sobretudo, num modo pelo qual essas coisas aparecem a ns de acordo com certas condies que so nossas, da nossa mente ou subjetivas. Tem-se de um lado o sujeito do conhecimento, que apenas uma conscincia que apreende o fenmeno, ou seja, que apreende a realidade tal como ele prprio a constitui pelo menos formalmente. E de outro lado tem-se o objeto, que nada mais que esse fenmeno apreendido pela conscincia.Segundo Husserl, quando se define conscincia, nota-se que conscincia conscincia de alguma coisa. um modo que o sujeito tem de visar o mundo, visar as coisas, um movimento de olhar. Esse tipo de relao Husserl chamou de intencionalidade, isto , o modo pelo qual a conscincia visa as coisas, quando afirma que o sujeito tem a inteno de alguma coisa.Para delimitar o objeto da cincia do direito,CarlosCossioapoiou-se na teoria dos objetos de Husserl, a qual sintetizou, tipificando em quatro objetos:- Objetos Ideais:so irreais (no so verificveis no tempo e no espao); no esto na experincia e so neutros ao valor. Apreendemos os objetos ideais por inteleco, atravs do mtodo Racional-dedutivo.- Objetos Naturais:so reais, esto na experincia, mas so neutros ao valor. Estes objetos so apreendidos por explicao, segundo o mtodo emprico-indutivo.- Objetos Culturais:os objetos culturais tm existnciaespcio-temporal, esto na experincia e so valiosos positiva ou negativamente. O ato gnoseolgico de que nos valemos para conhecer os objetos culturais a compreenso, segundo o mtodo queCossiodenomina Emprico-dialtico.- Objetos Metafsicos:estes so reais, i.e, tm existncia, mas no esto na experincia, conquanto sejam valiosos positiva ou negativamente.Se enquanto juristaCossiosofreu forte influncia de Kelsen, no menos relevante foi a influncia daPhnomenologiede Edmund Husserl, enquanto filsofo. Tendo em vista que a fenomenologia, mais especificamente em sua vertente existencialista, permeia todo o pensamento cossiano, faz-se necessrio analis-la, pois, embora que sucintamenteResponder as seguintes questes:1-Explique a influncia da fenomenologia de Husserlno pensamento de Carlos Cssio.2-Baseando-se na teoria dos objetos de Husserl, segundo Carlos Cssio, o que so objetos ideais?3-Baseando-se na teoria dos objetos de Husserl, segundo Carlos Cssio, o que so objetos naturais?4-Baseando-se na teoria dos objetos de Husserl, segundo Carlos Cssio, o que so objetos culturais?5-Baseando-se na teoria dos objetos de Husserl, segundo Carlos Cssio, o que so objetos metafsicos?Indicao de leituras complementares:Curso de Filosofia do Direito Eduardo Bittar & Guilherme de Almeida Ed. Atlas So Paulo. Captulo 19.Indicao de palavras-chaves para busca na Internete em bibliotecas:Fenomenologia de Husserl; teoria dos objetos de Husserl; Intersubjetividade Jurdica.

SEMANA 8

Indicao da leitura bsica:SACADURA ROCHA, Jos Manuel.Fundamentos de Filosofia do Direito Da antiguidade a nossos dias.So Paulo: ed. Atlas, 2007. CAPTULO 16 (COM FICHRIO).Procedimentos de aprendizagem:- Esta semana dedicada ao estudo doExistencialismo Jurdico.-Ser estudado o pensamento de Jean-Paul Sartre.- AObra Originalrecomendada : Verdade e Existncia (InOs Pensadores).- Conceitos fundamentais a serem estudados: a) existncia e essncia; b) Ser-em-si e Ser-para-si.

O existencialismo de SartreO que Jean Paul Sartre admira na concepo de Husserl da conscincia aquilo que ele chamar de conscincia translcida, sendo um vazio, um simples movimento, um ato. Ele completa essas metforas dizendo o seguinte: A conscincia um vento que se lana livre na direo das coisas e que, portanto, no pode capt-las nem aprision-las na realidade slida, de um compartimento intelectual. Embora Husserl seja um cartesiano, ele nos liberta dessa coisa pensante pela qual Descartes havia definido a conscincia. Descartes definiu a conscincia como uma coisa pensante, uma substncia pensante. Husserl nos liberta disso. A conscincia no uma essncia, apenas um movimento. E Sartre nos liberta daquela interioridade densa, daquele mundo de memria e de lembrana de Marcel Proust (1871-1922). Sartre afirma que essa vida interior nada mais que um refgio em que tentamos nos manter a salvo da exterioridade. Segundo ele, a conscincia no nada, dentro de ns no h essa densidade das coisas, esse compartimento em que ns desejamos nos esconder. Ento, ele diz: no fim das contas tudo est fora, e at ns mesmos estamos fora de ns mesmos. No em nenhum refgio que as pessoas iro se descobrir. Elas iro se descobrir na rua, na cidade, no meio da multido, coisa entre coisas, homem entre homens.O centro do existencialismo de Sartre est diretamente relacionado sua concepo de conscincia com uma intencionalidade pura, como um simples movimento na direo das coisas. H um trecho da obra O Ser e o Nada em que ele afirma que o primeiro passo de uma filosofia deve ser expulsar as coisas da conscincia e restabelecer a verdadeira relao entre a conscincia e o mundo (a conscincia do mundo como conscincia posicional do mundo).Na terminologia sartreana, a conscincia, esse nada, esse vazio, ele chamar depara-sie o ser, esse ser denso, todo coisa, todo fechado, todo macio, ele chamar deser em si. importante observar que o termopara-sique Sartre usa para definir a conscincia, no deve ser entendido como uma volta reflexiva para si, para si mesmo. Sartre est querendo dizer exatamente o contrrio, esseparasignifica para fora; a conscincia deve lanar-se para fora. isso que Husserl teria proposto segundo a interpretao de Sartre.A conscincia esse movimento para fora. O si do para-si o sujeito, ele no est dentro de si como pensava os cartesianos, ele est fora de si e, portanto, esse para-si significa esse movimento para atingir o sujeito. Ns somos um movimento para chegar em ns mesmos. Esse movimento, no entanto, nunca se completa.A esse para-si se ope aquilo que est diante dele, um mundo, as coisas, esse macio de ser, que Sartre chama deem si.Esse o substancial, esse aquele todo denso de realidade, todo fechado em si mesmo. Da o nome do livro O ser e o nada. Nada a conscincia, o eu; o ser esse ser em si macio, fechado, em si mesmo que est diante da conscincia.O para-si no se constitui como ser, ele se constitui como a negao de ser em si e, portanto, quando se fala de sujeito, no se est falando de uma realidade afirmativa, est-se falando de uma realidade que negativa ou negadora, porque a conscincia se constitui ao negar aquilo que est diante dela, que o ser pleno.Responder as seguintes questes:1-Defina o que conscincia para Jean Paul Sartre.2-Explique o existencialismo de Jean Paul Sartre.3-O que o para-si na filosofia de Sartre.1-O que o ser em si na filosofia de Sartre.2-Explique o que o ser e o nada em seu pensamento.- Apostila:http://br.geocities.com/unigalera1/Sartre.docIndicao de leituras complementares:Curso de Filosofia do Direito Eduardo Bittar & Guilherme de Almeida Ed. Atlas So Paulo. Captulo 20.Indicao de palavras-chaves para busca na Internete em bibliotecas:Sartre; Existencialismo; Liberdade; Ser-para-si.

SEMANA 9

Indicao da leitura bsica:SACADURA ROCHA, Jos Manuel.Fundamentos de Filosofia do Direito Da antiguidade a nossos dias.So Paulo: ed. Atlas, 2007. CAPTULO 16 (COM FICHRIO).Procedimentos de aprendizagem:- Esta semana dedicada ao estudo doExistencialismo Jurdico-Ser estudado o pensamento de Jean-Paul Sartre.- AObra Originalrecomendada : Verdade e Existncia (InOs Pensadores).- Conceitos fundamentais a serem estudados: a) liberdade e lei; b) individual x coletivo; c) deciso existencial.- Apostila:http://br.geocities.com/unigalera1/Sartre.docA Liberdade em SartrePara entender o significado e o alcance da liberdade no pensamento de Sartre, necessrio partir da seguinte frase do filsofo:A existncia precede a essncia. Na garantia da determinao da exatido do conhecimento, as teorias tradicionais partiam do conhecimento da essncia de algum objeto (inclusive o ser humano), e s depois se atentavam para a existncia.Quando Sartre inverte essa ordem, colocando a existncia como precedendo a essncia, o que ele quer, em primeiro lugar, distinguir os objetos naturais ou fabricados, cuja forma e finalidade se acham especificamente determinadas por antecipao, do ser humano, cujo conhecimento dependeria da compreenso de um processo de existncia que no pode ser antecipado por qualquer elemento determinante responsvel por uma definio fixa e definitiva. Nesse sentido ele diz que o ser do homem consiste em existir, o que significa que a realidade humana se define, no curso de sua existncia, justamente porque no haveria qualquer essncia na qual essa definio estaria antecipada de modo determinado.Segundo Sartre, a liberdade essa ausncia de essncia enquanto determinao prvia. s atravs da compreenso dessa indeterminao da realidade humana que existe a liberdade. Mais no sentido de Herclito, do movimento e da mudana, que se pode compreender a existncia. Indeterminao e ausncia so as vias de compreenso da existncia, porque isso significa que a realidade humana deve ser abordada muito mais na perspectiva da negatividade do que pelas determinaes afirmativas de seus possveis atributos. E h uma razo para isso: visto que o ser humano processo de existir e no essncia dada, ele se caracteriza muito mais pela mudana do que pela permanncia; interessa compreender no o que o homem (porque, precisamente, ele no nada antes do processo existencial), mas o que ele se torna no percurso da existncia. Assim pode-se dizer que a compreenso da realidade humana no se faz em termos de ser, mas em termos de vir-a-ser ou de devir.Esse processo pelo qual o homem vem a ser, a cada momento, aquilo que ele se torna, a liberdade, na medida em que o homem torna-se ou se faz aquilo que ele escolhe a partir de uma total indeterminao.Responder as seguintes questes:1.Explique o que liberdade em Sartre.2.O que so objetos naturais ou fabricados.3.Como se distingue objetos naturais ou fabricados do ser humano?4.O que o vir-a-ser ou o devir no pensamento de Sartre?5.Existe alguma influncia de Herclito no pensamento de Sartre? Explique.Indicao de leituras complementares:Curso de Filosofia do Direito Eduardo Bittar & Guilherme de Almeida Ed. Atlas So Paulo. Captulo 20.Indicao de palavras-chaves para busca na Internete em bibliotecas:Sartre; Existencialismo; Liberdade; devir.

SEMANA 10Indicao da leitura bsica:SACADURA ROCHA, Jos Manuel.Fundamentos de Filosofia do Direito Da antiguidade a nossos dias.So Paulo: ed. Atlas, 2007. CAPTULO 17 (COM FICHRIO).Procedimentos de aprendizagem:- Esta semana dedicada ao estudo daNo-violnciacomo instrumento jurdico do Estado.-Ser estudado o pensamento de Hannah Arendt.- A Obra Original recomendada : Da Violncia;A Condio Humana.- Conceitos fundamentais a serem estudados: a) poder e violncia; b) democracia, autoritarismo e totalitarismo.- Apostila:http://br.geocities.com/unigalera1/Arendt.docHannah Arendt e o TotalitarismoO totalitarismo no se reduz teocracia (sistema de governo em que autoridade poltica exercida por pessoas que se consideram representantes de Deus na Terra). Ele no busca , de forma nunhuma, salvar as almas, mas, sim, transform-las.O totalitarismo despreza as diferenaspersonalizadas: decorre disso, por exemplo, a desconfiana a respeito da psicanlise, da arte, da cultura, da memria e, obviamente, da religio, todas essas atividades suspeitas de adular impetuosas subjetividades. Com o totalitarismo, trata-se de fazer apelo, no entusiasmo e no fanatismo, adeso de cada um verdade de todos. No se trata, como no regime autoritrio, de tirar o homem da guerra para lhe impor a paz, mas de torn-lo parte interessada de uma guerra generalizada e permanente, concebida como a prpria lei do movimento da Histria. Essa construo do homem novo passa por uma tecnologia do adestramento. Em primeiro lugar, a singularidade que se trata de atacar, por meio de uma combinao particular de propaganda e de terror policial. A propaganda tem exatamente como objetivo a robotizao das conscincias.Segundo Hannah Arendt, o regime totalitrio no opera jamais sem ter a lei como guia. Julga com muita severidade o liberalismo clssico e a falncia das democracias ocidentais.A desumanizao do outro um dos elementos mais marcantes do totalitarismo e, na compreenso de Hannah Arendt, ela permite entender a importncia que adquire o campode concentrao para o movimento nazista. O campo de concentrao uma espcie de laboratrio em que se trabalha para extirpar do prisioneiro sua humanidade. Ele funciona tambm como experimento em que as relaes de poder da sociedade totalitria so colocadas prova, ou melhor, o campo o caso limite em que possvel examinar e aplicar em toda sua pureza as relaes de poder caractersticas de um estado totalitrio.No que concerne desumanizao, importante lembrar que o campo de concentrao leva a cabo um processo que havia se iniciado com a perseguio e excluso da diferena. Foi colocado em prtica mecanismos para desqualificar o ser humano que se traduz como perda da identidade, da individualidade e da dignidade. certo que esse processo de desqualificao detectvel na sociedade de massa, ssim como o sentimento que lhe correspondente e que Hannah Arendt chama de solido.Responder as seguintes questes:1.Quais so os elementos mais marcantes do totalitarismoem Hannah Arendt? Explique.2.O que Hannah Arendt entende por teocracia?3.O que significa o campo de concentrao na anlise que Hannah Arendt faz do totalitarismo?4.O que significa o fenmeno da solido para Hannah Arendt?5.Como o ser humano visto no totalitarismo, segundo Hannah Arendt?Indicao de leituras complementares:Curso de Filosofia do Direito Eduardo Bittar & Guilherme de Almeida Ed. Atlas So Paulo. Captulo 21.Indicao de palavras-chaves para busca na Internete em bibliotecas:Arendt; No-violncia; Espao pblicoem Hannah Arendt; Violncia e Arendt; Totalitarismo.

SEMANA 11

Indicao da leitura bsica:SACADURA ROCHA, Jos Manuel.Fundamentos de Filosofia do Direito Da antiguidadeanossos dias.So Paulo: ed. Atlas, 2007. CAPTULO 17 (COM FICHRIO).Procedimentos de aprendizagem:- Esta semana dedicada ao estudo daNo-violnciacomo instrumento jurdico do Estado.-Ser estudado o pensamento deHannahArendt.- A Obra Original recomendada : DaViolncia;A Condio Humana.- Conceitos fundamentais a serem estudados: a) poder individual e coletivo; b)espao pblico e poltica; c) responsabilidade, tica e lei.- Apostila:http://br.geocities.com/unigalera1/Arendt.docA organizao poltica e de governoemHannahArendtHannahArendttendo, apsAs Origens do Totalitarismo, chegado concluso de que a idade contempornea criou uma forma de organizao poltica e de governo inteiramente sem precedentes, o totalitarismo, se fazia necessrio para a filosofia compreender como tal concepo de esfera poltica fora possvel. Motivada por essa pergunta, a autora vairevisitara histria da filosofia a fim de buscar as maneiras pelas quais a vida poltica foi vista nas diferentes pocas. Nessa busca, ela descobre que entre os gregos antigos do perodo clssico teve lugar um modo de compreenso da esfera poltica muito avanado. Na verdade, no entender dela, o mais avanado e completo de que os homens j foram capazes em toda a sua histria. Nessa sociedade, a esfera poltica, ou pblica, era considerada a mais alta forma de vida a que um homem podia se dedicar. Nem a vida domstica na famlia, na administrao dos assuntos privados, econmicos , nem a vida de prazer, nem a vida dedicada ao acmulo de riquezas, nenhuma poderia ser to elevada e completa quanto a vida poltica. E nenhuma outra permitia, como ela, realizar a dimenso propriamente humana do homem. Nenhuma outra o permitia, a no ser aquela despendida com os iguais na esfera pblica, no espao da palavra e da ao, debatendo e decidindo, em comum todos os assuntos concernentes vida coletiva. A experincia da democracia grega, de gesto coletiva dos assuntos concernentes vida da cidade, representou paraHannahArendta prpria descoberta da esfera poltica no sentido mais acabado do termo.Mas o que fizeram os homens das geraes humanas posteriores com essa esfera? SegundoArendt, eles a alteraram radicalmente e modificaram profundamente seu sentido. Ao ponto de chegarmos ao sculo XX e nos depararmos com uma organizao poltica da sociedade o totalitarismo que elimina todo o espao da ao e da palavra, instaurando em seu lugar o controle ideolgico, a violncia e o extermnioem massa. Nessearremedo de vida poltica do presente no h lugar para a deliberao comum, nem para o debate dos assuntos que reclamam a ateno de todos. Nele, a vida poltica se reduziu ao exerccio do voto. Ningum mais tem clareza sobre sua responsabilidade pelos rumos tomados pelo mundo comum. Todos acreditam dever apenas se ocupar com sua individualidade, com a esfera privada da famlia e dos assuntos particulares. Nesse mundo todos os investimentos dos indivduos se voltam para seu eu, ou, no mximo, para a unidade familiar. Perdeu-se inteiramente o sentido originrio e autntico, conferido pelos gregos, de vida poltica, que dizia respeito ao cuidado daquilo que era dotado do mais alto valor e merecia em conseqncia, o mais alto apreo de todos: os assuntos comuns, o mundo comum a todos. Perdeu-se, ainda, junto com a vida poltica autntica, a prpria dimenso coletiva da vida humana: o partilhar de palavras e aes, representado no debate, na construo de projetos coletivos e de lutas conjuntas. Tudo o que concerne ao coletivo, ou, na terminologia deHannahArendt, esfera poltica est, em nosso mundo, profundamente doente. Da a amarga avaliao que a autora tece acerca de nossos tempos: por excelncia, sombrios.Responder as seguintes questes:1.ComoHannahArendtanalisa a organizao poltica e de governo sob o totalitarismo?2.Quais as diferenas bsicas queHannahArendtv entre a sociedade clssica grega e a sociedade moderna do sc. XX?3.Como fica a dimenso humana do homem nas sociedades totalitrias?4.Qual o grande valor queHannahArendtv na sociedade grega clssica?5.O que quer dizerHannahArendtcom a expresso tempos sombrios?Indicao de leituras complementares:Curso de Filosofia do Direito EduardoBittar& Guilherme de Almeida Ed. Atlas So Paulo. Captulo 21.Indicao de palavras-chaves para busca na Internete em bibliotecas:Arendt; No-violncia; Espao pblicoemHannahArendt; Violncia eArendt; Totalitarismo.

SEMANA 12Indicao da leitura bsica:Habermas, col. Os Pensadores, So Paulo, Nova Cultural, 2000.

Procedimentos de aprendizagem:- Esta semana dedicada ao estudo deHabermas.- AObra Originalrecomendada : Teoria da Comunicao.- Conceitos fundamentais a serem estudados: a) teoria da comunicao; b) modernidade; c) racionalidade.Habermas e a ambivalncia do direitoHabermas afirma e reafirma o carter extremamente ambguo do direito.De um lado, ele mantm-se ligado s fontes de integrao comunicativa por meio, principalmente, dos processos de formao democrtica da vontade, abertos aos argumentos e problematizaes de todos os eventuais interessados. ...sociedade (p.13).(abre canais para que os imperativos proveniente de interaes comunicativas alcancem os sistemas econmicos e jurdicos com a pretenso de seu direcionamento)Como meio organizacional de uma dominao poltica, referida aos imperativos funcionais de uma sociedade econmica diferenciada, o direito moderno continua sendo um meio extremamente ambguo da integrao social. Com muita freqncia o direito confere a aparncia de legitimidade ao poder ilegtimo. primeira vista, ele no denota se as realizaes de integrao jurdica esto apoiadas no assentimento dos cidados associados, ou se resultam de mera autoprogramao do Estado e do poder estrutural da sociedade (Habermas, Direito e democracia, p.62). na crtica de Habermas a Weber, que abrange no s a concepo weberiana do direito moderno, mas a obra desse grande pensador como um todo, que fica clara a sua contribuio para o esclarecimento da articulao entre moral, direito e democracia no mundo moderno. Assim necessrio um breve relato da posio de Weber frente ao mundo moderno.O diagnstico feito por Max Weber da modernidade que esta se encontra numa racionalidade sem sentido. Na modernidade ocidental o homem est preso a um destino povoado por foras que, se por um lado, fornecem-lhe controles valiosos e favorveis adaptao, por outro, autonomizam-se e explicitam a falta de sentido da vida.O lugar central do direito na teoria habermasiana da modernidade, assim como na sua crtica a Weber, decorre precisamente do fato de que a ele cabe efetuar, no mundo moderno, a comunicao entre esses dois momentos. Para Habermas, Weber percebe unicamente a problemtica da institucionalizao do aspecto racional-instrumental, deixando de contemplar a institucionalizao do momento prtico-normativo no mundo contemporneo. A causa principal dessa desateno a desvinculao entre direito e moralidade ou, o que o mesmo em outras palavras, entre legalidade e legitimidade.Responder as seguintes questes:1.Explique o carter ambguo do direito para Habermas.2.Quais as diferenas entre Weber e Habermas quanto modernidade?3.Qual o lugar central do direito na teoria de Habermas?4.O que Habermas quer dizer com a frase com muita freqncia o direito confere a aparncia de legitimidade ao poder ilegtimo.?5.Explique a teoria da comunicao de Habermas.Indicao de palavras-chaves para busca na Internete em bibliotecas:Habermas; comunicao; racionalidade.