Dra. Natalia Champs Homeopatia Evidências científicas ufmg - 2014-2.pdf

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  • Homeopatia: Evidncias Cientficas

    Natlia Silva ChampsPediatra e Pneumologista Peditrica, Mestre e Doutoranda- UFMG

    Especialista em Homeopatia - Instituto Mineiro de HomeopatiaHomeopata da PBH PRHOAMA / PICS - BH

  • O que cincia?

    Conjunto de conhecimentos humanos a respeito da natureza, da sociedade e do pensamento, adquiridos atravs do

    desvendamento das leis objetivas que regem os fenmenos e sua explicao. e sua explicao.

    Um cientista refere-se a qualquer pessoa que exera uma atividade sistemtica para obter conhecimento.

  • Muitos cientistas parecem ter uma descrena patolgica em certos temas, o que vem criando ultimamente uma atitude

    Como deve ser um bom cientista?

    que vem criando ultimamente uma atitude insalubre e anticientfica destinada a

    bloquear a verdade e a verdadeira cincia, em favor do exclusivo modo de pensar e

    dos interesses de certos grupos.Doutor Brian Josephson

  • Como deve ser um bom cientista? Analisa os fenmenos isento de preconceitos.

    O preconceito uma opinio no submetida razo VoltaireVoltaire

    Triste poca! mais fcil desintegrar um tomo que um preconceito Einstein

    Os preconceitos tm razes mais profundas que os princpios

    Maquiavel

  • Peridicos

  • Com abstract:2 revises sistemticas

    Favorveis: 59%

    PubmedTermo: Homeopathy: 4936 artigosEm 2014: 103 artigos

    2 revises sistemticas11 ensaios clnicos20 estudos transversais4 estudos de casos1 estudo retrospectivo2 estudos qualitativos7 estudos em animais ou clulas6 estudos fsico qumicos11 estudos histricos, ticos, opinies de autores

    Contra: 5%No se posicionam: 36%

  • Homeopathy Basic Research experiments: http://www.carstens-stiftung.de/hombrex

    Incio: 2002 Reviso das pesquisas bsicas em homeopatia

    Plataforma HomBRex

    Reviso das pesquisas bsicas em homeopatia Objetivo: avaliao do princpio de similitude e dos mecanismos

    de ao da homeopatia. Desde 2002, os experimentos quase dobraram em nmero de

    publicaes. Nos ltimos anos, o nmero de publicaes do Brazil aumentou

    significativamente, de 13 (antes de 2004) para 164 (de 2004 a 2013).

  • Pesquisas no Brasil Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertaes

    dispe de trabalhos acadmicos em universidades como aUFMG, USP, Unicamp, Unifesp, dentre outras.

    Chamada MCTI/CNPq/MS - SCTIE - Decit N 07/2013 Poltica Nacional de Prticas Integrativas eComplementares (PICS) no Sistema nico de Sade.

  • Quais os mtodos mais adequados para a pesquisa em homeopatia?

    Ao se realizar pesquisas cientficas em homeopatia, devemos buscar uma adequao s premissas da metodologia cientfica

    atual e s premissas da homeopatia.

  • Princpios fundamentais

    Lei da Semelhana Dinamizao Individualizao Experimentao no homem so Medicamento nico

  • Premissas homeopticas

    Meta-anlises de ensaios clnicos que desrespeitaram esta individualizao do tratamento, administrando o mesmo medicamento para diversos indivduos portadores mesmo medicamento para diversos indivduos portadores de uma mesma doena, no mostraram resultados significativos, ferindo a episteme do modelo homeoptico. Marcus Zulian

  • Revises e metanlises Primeira metanlise, 1991, Kleijnen et al.

    Analisou a qualidade metodolgica de 107 ensaios clnicos homeopticos placebos-controladosConcluram que apenas 22 trabalhos (20%) foram Concluram que apenas 22 trabalhos (20%) foram considerados de qualidade metodolgica satisfatria. Dentre esses, 15 estudos (68%) mostraram eficcia do tratamento homeoptico frente ao placebo. Concluram haver evidncia positiva, mas no suficiente para se tirarem concluses definitivas.

  • Revises e metanlises Linde et al., 1997

    Reviso sistemtica de 89 ensaios clnicos homeopticos placebo-controladosConcluiu que os resultados do tratamento homeoptico no eram efeito-placebo (efeitos 2,45 vezes superior ao placebo). Concluiu que os resultados do tratamento homeoptico no eram efeito-placebo (efeitos 2,45 vezes superior ao placebo).

    Linde et al., 1998Buscaram avaliar a eficcia da homeopatia em estudos que priorizaram a individualizao do tratamentoMeta-anlise com 32 ensaios clnicos placebos-controlados, sugerindo que o tratamento homeoptico individualizado mais efetivo que o placebo.

  • Revises e metanlises Metanlise, 2005, The Lancet Questiona a eficcia da homeopatia. Seleo para anlise apenas os estudos com alta qualidade metodolgica segundo

    o critrio especfico do nmero de participantes envolvidos (8 ensaios clnicoshomeopticos e 6 ensaios clnicos alopticos)homeopticos e 6 ensaios clnicos alopticos)

    Os resultados mostraram fraca evidncia para um efeito especfico dosmedicamentos homeopticos.

    Partindo da premissa de que os efeitos das ultradiluies homeopticas soimplausveis, pela dificuldade de explic-los segundo os parmetros da pesquisafarmacolgica dose-dependente, os autores concluram que os efeitos clnicos dahomeopatia so efeitos placebo.

    Nessa meta-anlise os critrios homeopticos foram desprezados, pois apenas 16%dos ensaios clnicos homeopticos selecionados inicialmente (e nenhum dos oitoestudos de melhor qualidade metodolgica clssica includos na segunda anlise)respeitavam a individualizao na escolha do medicamento.

  • Tratamento homeoptico da asma na infncia

    Estudos retrospectivos: Bearzi et al, 1985: reduo da intensidade e da frequncia

    das crises;Mosquera Pardo MF, 1990: reduo de hospitalizao de Mosquera Pardo MF, 1990: reduo de hospitalizao de3,3% para 1,7%;

    Eizayaga et al,1996: reduo na frequncia e gravidadedas crises.

    Estudo duplo cego controlado com placebo: Riveron-Garrote et al, 1998: reduo das crises, com uma

    diferena estatisticamente significante a favor dahomeopatia individualizada.

  • Estudo prospectivo, randomizado, placebo controlado e duplo-cego

    White et al, 2003: acrescentou o tratamento homeoptico ou placebo ao tratamento convencional: sem diferena

    Tratamento homeoptico da asma na infncia

    ou placebo ao tratamento convencional: sem diferenaMas: incluso de crianas bem controladas, sem crises h

    mais de 12 meses e o PFE inicial de 100,4% do predito. Assim, existe um efeito de teto, ou seja, como as crianas estavam bem elas j se encontravam prximas ao mximo possvel, no seria esperado que elas pudessem melhorar.

  • Prospectivos: Cabrera Leal GA et al, 2010: melhora dos sintomas e

    reduo dos ingressos hospitalares;Grndling C et al, 2011: reduo da intensidade da maior

    Tratamento homeoptico da asma na infncia

    Grndling C et al, 2011: reduo da intensidade da maior parte dos sintomas estudados;

    Estudos de custo-efetividade: Frenkel et al, 2002 Witt et al, 2005 Thompson et al, 2011 Rossi et al, 2009 e 2012

  • Revises e Metanlises: Linde K 1997, Linde K 1998, Cucherat M 2000: efeito

    positivo da homeopatia;Altunc U 2007, McCarney RW 2011: sem evidncias de

    Tratamento homeoptico da asma na infncia

    Altunc U 2007, McCarney RW 2011: sem evidncias deefeito positivo da homeopatia;

    MAS: os estudos includos foram Freitas 1995, queutilizou apenas um medicamento homeoptico em baixapotncia para todos os pacientes (blatta orientalis C6 trsvezes ao dia), e o segundo estudo o de White 2003, queteve vis de seleo.

  • Tratamento homeoptico das doenas agudas

    Sinha MN et al, 2011: Tratamento de otite mdia agudaProspectivo randomizado placebo controlado41 pacientes para tratamento convencional: analgsicos,

    antipirticos, anti-inflamatriosantipirticos, anti-inflamatrios40 pacientes para tratamento homeoptico individualizado3 dia: antibiticos para os pacientes que no melhorassemResultados: todos os pacientes curados.No grupo convencional 97,5% necessitaram de ATB.No grupo homeoptico nenhum necessitou de ATB.A melhora dos sintomas foi mais rpida no grupo de

    tratamento homeoptico.

  • Evidncias da eficcia da homeopatia em doenas epidmicas

    Mokkapatti, 1992Ensaio clnico placebo controlado para avaliar a eficcia da Euphrasiaofficinalis 30cH na preveno de conjuntivite.No houve diferena estatisticamente significativa na incidncia e na No houve diferena estatisticamente significativa na incidncia e na gravidade da doena entre os grupos.

    Varela et at, 1995tratamento homeoptico (n = 58) e aloptico (n = 50)Pulsatilla nigricans 6cH: gnio epidmico da referida epidemia. O tratamento homeoptico foi significativamente mais eficaz que o aloptico na melhora dos sintomas.

  • Evidncias da eficcia da homeopatia em doenas epidmicas

    Jacobs, 2003Metanlise de trs ensaios clnicos homeopticos randomizadosEvidenciou que o tratamento homeoptico individualizado foi significativamente mais eficaz que o placebo em epidemias de diarreia significativamente mais eficaz que o placebo em epidemias de diarreia infantil.

    Jacobs, 2006Ensaio clnico randomizado Mostrou que o tratamento homeoptico no-individualizado (complexo de cinco medicamentos homeopticos comumente indicados no tratamento da diarreia infantil), que desprezou a sintomatologia do gnio epidmico, no apresentou resposta significativa perante o placebo.

  • Evidncias da eficcia da homeopatia em doenas epidmicas

    Marino, 2008, Brasil Epidemia de dengue em So Jos do Rio Preto 2001, Eupatorium perfoliatum CH30 (gnio epidmico)

    dose nica para 40% da populao de um bairro com alta dose nica para 40% da populao de um bairro com alta incidncia de dengue. A incidncia caiu 81,5%. Esta queda foi mais pronunciada que nos outros bairros que no receberam a interveno (p

  • Modelos biolgicos de pesquisas As substncias dinamizadas apresentam o mesmo efeito

    primrio (informao) da substncia de origem no estado bruto.

    Benveniste, 1988, Revista Nature Benveniste, 1988, Revista NatureEstudo in vitro que mostrou o efeito das ultradiluies de anticorpos anti-IgE na degranulao de basfilos

    Resultados questionados: Maddox J 1988, Ovelgonne 1992, Hirst 1993. Modelo de difcil reproduo.

  • A ao das ultradiluies de histamina na inibio dadegranulao de basfilos induzida por anti-IgE (Elon1999, Saint-Laudy 2000 e 2006, Brown 2001, Guggisberg2005, Ennis M 2010)

    Modelos biolgicos de pesquisas

    2005, Ennis M 2010) Ennis M (farmacologista e pesquisadora da Queens

    University): essa pesquisadora declarou-se surpresa comos resultados, que no puderam ser explicados pelafarmacologia convencional.

    A ao das ultradiluies de tiroxina no retardo dametamorfose e do desenvolvimento de girinos. (Endler1994 e 1995, Guedes 2004)

  • Modelos fsico-qumicos de pesquisas

    Explicao para a transmisso da informao dos efeitosprimrios das substncias atravs das doses dinamizadas.

    Pesquisas que estudam as modificaes da naturezaeletromagntica da gua, que geram domnios deeletromagntica da gua, que geram domnios decoerncia estvel no solvente, produzindo aglomeradosou clusters de molculas de gua, como uma assinaturaeletromagntica da substncia na gua.

    Del Giudice 1988, Lo SY 1996 e 2000, Gregory JK 1997,Chaplin MF 2007.

  • Termoluminescncia de baixa temperatura As ultradiluies de diferentes substncias irradiaram o

    mesmo espectro de termoluminescncia das referidassubstncias em doses ponderais. (Rey L 1998 e 2003 e

    Modelos fsico-qumicos de pesquisas

    substncias em doses ponderais. (Rey L 1998 e 2003 e2007, van Wijk 2006, Porto MEG 1998, Miranda AR2008).

  • Estudos empregando mtodos ultra-sensveis(microscopia eletrnica de transmisso, difrao deeltrons e espectrometria de emisso atmica),demonstraram a existncia de nanopartculas nas

    Modelos fsico-qumicos de pesquisas

    demonstraram a existncia de nanopartculas nasultradiluies homeopticas, sugerindo que essaspartculas infinitesimais podem estar relacionadas atividade das preparaes homeopticas (Chikramane AR2008, Nandy P 2011).

  • Modelos fsico-qumicos de pesquisas

    Professor Luc Montagnier as altas diluies usadas em homeopatia esto certas.

    Elas so estruturas de gua que imitam as molculasoriginais.originais.

    "O que descobrimos que o DNA produz mudanasestruturais na gua, que persistem em diluies muitoaltas e que levam a sinais eletromagnticos ressonantesque podemos medir.

    Montagnier considera Benveniste um "Galileu moderno"que estava muito frente de seu tempo e que foi atacadopor investigar um assunto mdico e cientfico que aortodoxia tinha erroneamente ignorado e at demonizado.

  • Avaliao do tratamento com Homeopatia, Acupuntura e Medicina

    Antroposfica na melhoria da Antroposfica na melhoria da qualidade de vida de mulheres

    atendidas no Sistema nico de Sade da SMSA/BH

  • Justificativa e Relevncia do Projeto

    Projeto inicial: Impacto do tratamento homeoptico naqualidade de vida de usurios de uma unidade bsica desade da SMSA-BH.

    Resultados sugeriram uma alterao na qualidade de vida Resultados sugeriram uma alterao na qualidade de vidados pacientes de forma positiva e significativa nosdomnios social, fsico e meio ambiente (WHOQOL-Bref).

  • Objetivo Objetivo Geral:

    Avaliar a qualidade de vida de mulheres atendidas comPrticas Integrativas e Complementares no Sistemanico de Sade em Belo Horizonte, Minas Gerais.nico de Sade em Belo Horizonte, Minas Gerais.

    Objetivos especficos:Comparar a qualidade de vida em mulheres antes eaps seis e 12 meses de tratamento com PICS no SUS.Comparar a qualidade de vida em mulheres antes eaps seis e 12 meses de tratamento com a medicinaaloptica tradicional no SUS.

  • Material e Mtodos

    Estudo observacional tipo coorte prospectivo abertorandomizado.

    Financiamento aprovado pela chamada MCTI/CNPq/MS -SCTIE - Decit N 07/2013 Poltica Nacional de PrticasSCTIE - Decit N 07/2013 Poltica Nacional de PrticasIntegrativas e Complementares (PICS) no Sistema nicode Sade.

  • Critrios de incluso:Mulheres acima de 18 anos.Queixa crnica.

    Material e Mtodos

    Nunca fizeram uso da PIC a qual est sendo encaminhada.

    Critrios de excluso:Recusa em assinar o TCLE.Desistncia de participar da pesquisa.

  • Grupo 1Comeo Imediato com PIC

    Grupo 2Tratamento convencional por 6m antes do incio da PIC.

    Aps 6 meses

    Randomizao

    Mulheres 18 anos com queixas de doenas crnicas. TCLE.Ficha de Informaes e questionrio QV1 (WHOQOL BREF )

    QV2 (WHOQOL BREF) + questionrioManuteno do tratamento com PICS por 6

    meses

    Questionrio QV3 (WHOQOL BREF) + questionrio

    Final do estudo

    QV2 (WHOQOL BREF) + questionrioInicio do tratamento com PIC

    Questionrio QV3 (WHOQOL BREF) + questionrioFinal do estudo

    Aps 12 meses

  • Descrio de possveis impactos cientficos e sociais e produtos

    Disponibilizar informaes mais amplas sobre asade da mulher usuria de PICS oferecidas pelasade da mulher usuria de PICS oferecidas pelaSMSA-PBH.

    Os resultados sero submetidos publicaocientfica com o intuito de gerar subsdios paramelhoria das polticas pblicas voltadas para estaprtica especfica.

  • Obrigado!Obrigado!