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Dra. Sandra Abrantes Krug Seabra Abril 2014 I Congresso Internacional sobre Segurança do Paciente ISMP Brasil V Fórum Internacional sobre Segurança do Paciente: Erros de Medicação

Dra. Sandra Abrantes Krug Seabra Abril 2014 I Congresso ... · Fatores Críticos de Sucesso Para Acreditação Para o Gerenciamento e Uso de Medicamentos Para a Alta Confiabilidade

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Dra. Sandra Abrantes Krug Seabra Abril 2014

I Congresso Internacional sobre Segurança do Paciente ISMP Brasil

V Fórum Internacional sobre Segurança do Paciente: Erros de Medicação

Fatores Críticos de Sucesso Para Acreditação

Para o Gerenciamento e Uso de Medicamentos

Para a Alta Confiabilidade

O que é Acreditação Sistema de verificação externa,

para determinar a conformidade com um conjunto de padrões,

de caráter voluntário,

periódico

e reservado.

Um pouco da História da

Acreditação

1910 – Primeira tentativa de avaliação dos cuidados em Saúde: “the end result system of hospital standardization”

1917 – “Minimum Standards for

Hospitals”

Um pouco da história da Acreditação (cont.)

1951 - Joint Commission on Accreditation of Hospitals:

American College of Surgeons; American College of Physicians;

American Hospital Association; American Medical Association;

Canadian Medical Association (início)

1987 - Joint Commission on Accreditation of HealthCare

Organizations – JCAHO

1998 - Criação da JCI - Joint Commission International

EFQM

ISO

Prêmio Baldrige

Utilização de padrões e avaliadores externos

Abordagem da Administração

Controle da Administração

Melhoria contínua e TQM

Por que as organizações buscam Acreditação? Avaliação objetiva e garantia da qualidade

Melhoria dos processos (assistenciais, gestão e recursos humanos)

Pressões Competitivas

Melhoria do processo Custos

Ferramenta de Marketing

Globalização da assistência à saúde

Demandas do consumidor

Cultura da organização

SEABRA, 2007

Pacientes buscam Acreditação?

Critérios de Avaliação da Qualidade em

Serviços

Veloc, Atendimento

Atendimento/ Atmosfera

Acesso

Consistência

Tangíveis Custo

Flexibilidade

Competência

Credibilidade/ Segurança

Adaptado de Gianesi e Corrêa (1994)

Quais os resultados da Acreditação? - Profissionais, Organização e Pacientes Qualificação dos profissionais

Desempenho organizacional (conformidade a padrões, consistência nos processos, melhores resultados)

Reconhecimento da organização (credibilidade, confiança, segurança, qualidade percebida)

Atendimento ao paciente (segurança, respeito, comunicação, velocidade de atendimento)

Ampliação de mercado

Eficiência

Estrutura física: segurança Tecnologia: uso racional

Visão de futuro SEABRA, 2007

Quais os fatores críticos de sucesso para a Acreditação?

Estratégicos: Envolvimento das lideranças e do grupo médico, reconhecimento estratégico da qualidade, foco no paciente e na melhoria contínua; imersão da organização no processo

Culturais: Sintonia com Valores da organização

Sensibilização, educação e treinamento

Estrutura para Acreditação

Trabalho em equipe, empowerment dos funcionários, clima para mudanças

Domínio da metodologia da qualidade

SEABRA, 2007

Reconhecimento estra-tégico da qualidade

Foco no paciente e na melhoria contínua

Sensibilização, edu- caçãoe treinamento

Imersão da organização

Valores da organização

Metodologia da qualidade

Qualificação dos profissionais Desempenho organizacional

Reconhecimento da organização

Segurança - Atendimento do paciente

Trabalho em

equipe

Empower-

ment dos

funcionários

Clima para

mudança

Pressões

competitivas

Eficiência Visão de futuro Tecnologia

Motivações: Avaliação objetiva e garantia da qualidade

Melhoria de Processos

Cultura Organizacional Tecnologia, imagem, marketing

Fatores críticos de sucesso

Diferenciação

pela Qualidade

Acesso Ampliação de mercado

SEABRA, 2007

Envolvimento das lideranças

Envolvimento médico

Segurança do Paciente

Redução do risco de dano desnecessário associado

ao cuidado em saúde a um mínimo aceitável.

Mínimo aceitável? Mínimo aceitável se refere à

noção coletiva de um dado conhecimento corrente,

recursos disponíveis e o contexto no qual o cuidado é

entregue

X

o risco de não tratamento ou de outro tratamento.

INTERNATIONAL CONGRESS OF ACCREDITATION Rio 13th-15 June 2011 Carmen Audera WHO Patient Safety Programme

Fatores Críticos de Sucesso

Seleção e Aquisição

Estoque

Prescrição

Preparo e Dispensação

Administração

Monitoramento

Liderança Um indivíduo devidamente qualificado supervisiona todo

o processo medicação.

Alinhamento à estratégia da organização – segurança da medicação

Planejamento e revisão de todo o processo anualmente – fatores internos e externos

Foco na melhoria contínua

Cumprir as metas internacionais de segurança do paciente!

Estratégias para Segurança do Paciente – fortemente encorajadas hoje

Checklist pré-operatório Bundles para prevenir infecção de corrente sanguínea

associada a catéter central Intervenções para diminuir a utilização de uso de catéter

urinário Bundles para prevenir pneumonia associada à ventilação

mecânica Higienização das mãos Lista de abreviaturas não permitidas Precauções de barreira para prevenir infecções associadas ao

cuidado Ultrasonografia durante colocação de catéter central SHEKELLE et alli. Annals of Internal Medicine, March 2013.

Estratégias para Segurança do Paciente –encorajadas hoje

Intervenções para redução de quedas Uso de farmacêuticos clínicos para reduzir eventos adversos com

drogas Obtenção do consentimento informado para melhorar o

entendimento do paciente quanto aos riscos potenciais dos procedimentos

Treinamento de equipes Times de Resposta Rápida Uso de métodos complementares para detectar eventos adversos

ou erros Uso de exercícios de simulação para segurança do paciente Prescrição computadorizada Práticas para reduzir exposição a radiação (CT e fluoroscopia) Uso de indicadores de desempenho cirúrgicos SHEKELLE et alli. Annals of Internal Medicine, March 2013.

Seleção e Aquisição dos Medicamentos

Padronização de medicamentos

Medicamentos novos na lista

Revisão da lista

Medicamentos não padronizados

Falta de medicamentos

Cadeia de suprimentos: riscos e rastreamento

Armazenamento de medicamentos

Condições adequadas para estabilidade

Substâncias controladas

Medicamentos de emergência

Armazenamento de medicamentos (cont.) E os medicamentos trazidos de casa?

E as amostras grátis?

Recolhimento de medicamentos

Supervisão dos locais de armazenamento

Prescrição de Medicamentos O que é uma prescrição completa?

E o “SE NECESSÁRIO”?

LASA

Prescrições por peso

Como a instituição garante a prescrição segura?

Prescrição de Medicamentos (cont.) Reconciliação Medicamentosa

X

Prescrição de Medicamentos (cont.)

Revisão da Prescrição Médica: Pertinência da droga

Dose

Frequência

Via

Duplicidade terapêutica

Alergias

Interações entre medicamentos

Interações com alimentos

Antes da dispensação!!

Preparo e Dispensação Local e Processo de Preparo

Treinamento em técnicas assépticas

Etiquetagem

Administração

Indivíduo autorizado e treinado

Paciente correto?

Todas as certezas…

Conferência com a prescrição à beira

do leito

Monitoramento

Efeitos adversos das medicações

Near misses (quase falhas)

Erros de medicação

Análise e agregação de dados

Cultura de segurança

RCA = Root cause analysis Nível de Análise Perguntas Achados Causa raiz? Por que? Ação?

O que aconteceu? Evento Sentinela Breve descrição

Quando?

Serviços impactados

Por que aconteceu? Processo ou ati- Passos do proces-

vidade no qual o so desenhado

evento ocorreu (fluxograma)

Quais são os fatores Quais passos en-

mais próximos? volvidos no evento?

Fatores humanos Quais fatores foram

relevantes no result?

Equipamento Como a performance

afetou o resultado?

Fatores ambientais Quais fatores direta-

controláveis mente afetaram/

Fatores ambientais Estão realmente fora

não controláveis do controle da org?

Outros Outros fatores que in-

fluenciaram o result?

Outras áreas ou servi-

ços impactados?

FMEA

Failure Modes and Effects Analysis

Análise de modos de falha e efeitos

Como este processo pode deixar de fazer o que

deve fazer?

O que devemos fazer para prevenir essas falhas

potenciais de processo?

February 2014 Volume 40 Number 2

Avaliação do uso de Práticas Seguras de Medicação

2000 – Auto-avaliação sobre Segurança em Medicação para hospitais – 1400 hospitais

2004 – Atualização – 1600 hospitais

2011 – 1310 hospitais

1999 – “Errar é Humano” – Institute of Medicine

2002 – Metas nacionais (EUA) de Segurança do Paciente / Checklist Cirúrgico (OMS)

2005 - Metas Internacionais de Segurança do Paciente

Método Dez elementos chave:

1. Informação sobre o Paciente

2. Informação da Medicação

3. Comunicação das ordens e outras informações

4. Etiquetagem, acondicionamento e nomenclatura da medicação

5. Padronização das medicações, armazenamento e distribuição

6. Aquisição de equipamentos, uso e monitoramento

7. Fatores ambientais, processos e padrões do staff

8. Competências e Educação do staff

9. Educação do Paciente

10. Qualidade e Gerenciamento de Risco

2000/2011: Elementos que MAIS melhoraram

1. Comunicação das prescrições de medicamentos Prescrição eletrônica – incluindo sistema de suporte à

decisão (ex alertas), uso de protocolos e drogas padronizadas

Lista de abreviaturas proibidas

Processo efetivo para resolver conflitos em relação à segurança de uma prescrição

Prescrição disponível à beira do leito no momento da administração

Proibição de ordens verbais ou por telefone de quimioterapia

2000/2011: Elementos que MAIS melhoraram (cont.)

2. Educação do Paciente

Foco no paciente: esquemas terapêuticos customizados para pacientes com alto risco de não adesão ao tratamento

Importância da identificação do paciente antes da administração de medicamentos

Erros potenciais com medicamentos

Educadores: principalmente enfermeiros e médicos. Ainda poucos farmacêuticos!

2000/2011: Elementos que MAIS melhoraram (cont. 2) 3. Processos de Qualidade e Gerenciamento de Risco

Cultura – suporte da liderança e dos pares para todo o staff quando erros sérios

Inclusão de objetivos de segurança no planejamento estratégico Escritório de Segurança do Paciente Incentivo ao relato de erros Detecção, relato e análise de erros: marcadores eletrônicos para

potenciais eventos adversos, análise de erros de outras instituições para avaliar vulnerabilidade

Redundâncias: uso de código de barras na farmácia e a beira do leito

Correlações

Cultura Justa

Educação do staff sobre prevenção

de erros de medicação

Detecção, relato e análise de erros de medicação

Qualidade e Gerenciamento de Risco

Comunicação de Prescrições Informações sobre drogas

Educação e Competências do Staff

Presença de Escritório de Segurança de

Medicação

Custo e Dificuldade de Implementação

Mais fáceis, menos custo Scores mais altos

Lista de abreviaturas proibidas

Proibição do uso de amostras grátis

Mais difíceis, mais custo Scores mais baixos

Prescrição eletrônica

Código de barra

Alertas eletrônicos na prescrição médica

Sugestão: ler!!

Organização de alta confiabilidade

Performance consistente, com altos níveis de segurança durante longos períodos de tempo.

Chassin: “Para alcançar

alta confiabilidade…”

Liderança

Cultura da Segurança

Metodologia de qualidade

“robusta”

Programa de Cultura de Segurança

‘Hospitais com cultura de segurança caracterizam-se pela comunicação baseada na confiança mútua, por percepções compartilhadas sobre importância da segurança e pela confiança na eficácia das medidas preventivas’’.

Diferencia: erro humano / comportamento de risco / comportamento de descaso

Identifica e discute temas sistêmicos relacionados a comportamentos não seguros.

Programa de Cultura de Segurança

Organização estabelece um código de conduta: identifica e corrige comportamentos inaceitáveis

Liderança garante educação e informação sobre a cultura de segurança a todos indivíduos que trabalham na organização

Liderança garante recursos

Sistema simples, acessível e confidencial para reportar eventos

Liderança garante que os eventos serão analisados

Liderança avalia e monitora a cultura de segurança

Concluindo,

Rumo ao Dano Zero Foi definida uma série de mudanças incrementais que os

hospitais podem fazer em direção à alta confiabilidade. Estas mudanças envolvem:

comprometimento da alta liderança em atingir dano zero

uma cultura de segurança permeando toda a organização

uso de ferramentas de melhoria de processos altamente efetivas.

High-Reliability Health Care: Getting There from Here MARK R. CHASSIN and JEROD M. LOEB

The Milbank Quarterly, Vol. 91, No. 3, 2013 (pp. 459–490)

Obrigada,

[email protected]