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PEC 55/2016: Problema ou Solução?
Documento para su presentación en el VIII Congreso Internacional en Gobierno, Administración y Políticas Públicas GIGAPP. (Madrid, España) del 25 al 28 de
septiembre de 2017.
Autor (es): Gomide, Adnara Ribeiro
E-mail: [email protected]
Da Costa, Jaqueline Severino
E-mail: [email protected]
Resumen/abstract:
Este trabalho tem por objetivo expor as principais implicações que permearam a discussão das vertentes favoráveis e contrárias à Proposta de Emenda Constitucional nº 55. O projeto criado pelo governo de o presidente Michel Temer tem como meta conter o aumento dos gastos públicos e tentar equilibrar as contas públicas brasileiras. A argumentação do governo fundamentou-se na avaliação de que houve crescimento descontrolado da despesa primária, em ritmo maior do que o crescimento do Produto Interno Bruto. Um cenário permeado de dúvidas, opiniões divergentes, indagações e falta de clareza quanto aos impactos da proposta sobre a educação. Não é pretensão dos autores chegar a uma conclusão do certo ou errado, mas trazer informações relevantes, de qualidade e credibilidade a quem interessar.
Palabras clave: PEC n° 55, Despesas, Contas Públicas.
Nota biográfica: Escriba una muy breve reseña del autor o autores (campo opcional). Si no desea que se vea nada simplemente seleccione todo el texto y elimine.
1. Introdução
No dia 15 de junho de 2016, o governo de o presidente Michel Temer
encaminhou para o Congresso Nacional (CN) a Proposta de Emenda à Constituição
(PEC) 241/2016, com o objetivo de estabelecer um Novo Regime Fiscal (NRF) para a
União (DIEESE, 2016). Após sua aprovação pelo CN a proposta passou a ser chamada
de PEC nº 55/2016 e então, foi para votação no Senado Federal.
1
A atual situação das contas públicas brasileiras é preocupante. Para Milfont
(2016) a previsão não é animadora. O autor indica que, conforme mencionado no
Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), no ano 2017 o Brasil terá o seu
terceiro déficit primário consecutivo.
O país está com uma dívida elevada, isso afeta negativamente a confiança dos
investidores e pressiona a taxa de juros. Esse desajuste é atribuído, pelo governo federal,
principalmente, ao aumento descontrolado das despesas públicas primárias ao longo de
vários anos consecutivos com uma recente aceleração. Esse aumento, em período
recessivo e de queda da arrecadação, indicou ao governo federal o ajuste fiscal como
medida imprescindível e inadiável para a saúde das contas públicas (CÂMARA DOS
DEPUTADOS, 2016).
Nesse ínterim, o governo empreendeu um grande esforço para tentar ajustar as
contas públicas e este foi materializado na PEC n° 55/2016. À época Vieira &
Benevides (2016), argumentaram que o debate sobre o projeto precisava ser amplo e
transparente, à altura da sua complexidade e dos seus impactos sobre as políticas
públicas, sobre a economia e sobre a população Nesse aspecto, a proposta desse
trabalho é justamente trazer transparência para essa discussão.
Para tanto, foram realizadas pesquisas em jornais eletrônicos e impressos e
estudos técnicos com o objetivo de obter os vários argumentos contrários e a favor da
ideia, a fim de verificar quais serão os possíveis desdobramentos para a educação.
Nas seções que seguem, explica-se a situação financeira do Brasil com uma
breve apresentação da conjuntura econômica brasileira, onde são apresentados dados do
déficit primário, Produto Interno Bruto (PIB), entre outros. O que é uma PEC, a
proposta apresentada, quais seus trâmites e objetivo. Verificam-se justificativas para a
escolha da PEC n° 55/2016 como ferramenta para combater o déficit primário brasileiro,
sendo também apresentadas quais as expectativas do governo e o que se espera ao longo
dos próximos 20 anos. Nos itens seguintes, serão apresentados os desdobramentos para
a educação, as opiniões contrárias, e por fim, as considerações finais.
2. Situação Financeira do Brasil
Henrique Meirelles, Ministro da Fazenda no ano de 2016 afirmou em agosto do
mesmo ano, que o Brasil está em uma crise financeira sem precedentes causadas pelo
2
abando da prudência fiscal e por desonerações fiscais seletivas (MINISTÉRIO DA
FAZENDA, 2016).
A situação financeira do Brasil não piorou do dia para a noite. Em 2008, a
situação das contas públicas do Brasil se inverteu após a crise financeira mundial. As
receitas de impostos e contribuições cresceram menos do que nos anos anteriores, e as
despesas aumentaram mais que a inflação. Esse panorama culminou em déficits
primários persistentes, quando a receita primária se coloca acima da despesa primária.
Já nos anos de 2014 e 2015, não houve perspectivas de alteração (ROARELLI, 2016).
Cabe salientar que a despesa primária é também conhecida como despesa não
financeira trata-se do conjunto de gastos que possibilita a oferta de serviços públicos à
sociedade, deduzindo as despesas financeiras (pagamento de juros e amortização de
dívidas; concessão de empréstimos e financiamento; aquisição de títulos de crédito; e
aquisição de títulos representativos de capital já integralizado). Exemplos de despesa
primária: gastos com pessoal, custeio e investimento (SENADO FEDERAL, 2016).
É por meio da apresentação de superávit primário, que é uma manifestação
indispensável de que o governo é capaz de dominar seus gastos, a despeito de sua
incapacidade em promover melhorias tributárias e previdenciárias (AMORIM, 2014).
O déficit ocorre quando as receitas são maiores que as despesas, já o superávit
primário é o contrário. O superávit primário é a economia que o governo faz para pagar
juros da dívida externa, ou pelo menos parte dela. O empenho se dá entre União, estados
e municípios, além das empresas estatais, para economizar (LIMA, 2009).
O mercado financeiro questiona a solvência fiscal do país, devido ao déficit
primário de 2014 de R$ 32,5 bilhões ou 0,57% do PIB, e em 2015, déficit primário
recorde de R$ 111 bilhões ou 1,88% do PIB, ou seja, dois anos consecutivos de déficit
primário, com evolução, contrapondo-se aos anos anteriores de superávits primários,
(MILFONT, 2016).
Em 2009, a variação da receita ficou bem abaixo da variação da despesa devido
aos reflexos da crise internacional de 2008 nas contas públicas nacionais e das medidas
anticíclicas adotadas pelo Governo Federal. Após uma forte retomada do crescimento
das receitas em 2010, verifica-se, a partir de 2012, o início de um período de quatro
anos de comportamento mais precário das receitas, registrando um desacerto entre esses
indicadores. Parece que está aí a raiz do desequilíbrio fiscal recente (DIEESE, 2016).
3
Em 2010, o governo brasileiro obteve um crescimento no resultado primário,
voltando a valores próximos aos obtidos em 2008. Em 2011, também se observou
crescimento do superávit. De 2012 a 2014, todavia, houve uma queda acentuada deste
indicador, tendo havido, culminando, como já citado, em um déficit primário em 2014.
Comparando-se o resultado primário de 2013 com o de 2014, observa-se uma queda de
cerca de R$ 106 bilhões de reais no resultado primário (MILFONT, 2016).
Os recursos financeiros utilizados para pagar os juros e os encargos da dívida
pública concorrem com as despesas primárias. Ainda que o governo trabalhe com o
conceito de dívida líquida, tenha haveres a receber e apure a dívida líquida pelo critério
da competência, parte dos recursos para pagamento de juros e encargos da dívida de
cada exercício advém das Receitas Primárias obtidas no exercício em curso. A outra
parte vem de novos empréstimos que gerarão no futuro maior concorrência com o
orçamento corrente e mais juros a serem pagos, chamado de “rolagem da dívida”.
Assim, esses valores direcionados ao pagamento de juros e encargos concorrem com o
montante de recursos utilizados para atender as demandas da sociedade prevista na Lei
Orçamentária Anual (LOA) (MILFONT, 2016).
O país possui uma dívida pública que precisa ser paga, assim como seus juros.
Boa parte da dívida pública é proveniente das operações monetárias e cambais do Banco
Central e não porque o governo teve um déficit em suas contas (COUTO & PEREIRA,
2015).
De acordo com o Governo Federal, o quadro de deterioração das contas públicas
ocorreu porque a despesa primária pública cresceu 51% acima da inflação, enquanto a
receita aumentou apenas 14,5%, no período de 2008 a 2015. Ou seja, a despesa teve um
crescimento mais acelerado que a despesa (ROARELLI, 2016).
No Brasil, optou-se por um Estado prestador de serviços, conforme prevê a
Constituição Federal de 1988. O Governo deve gerir o sistema previdenciário, fornecer
educação, segurança e saúde, além de direcionar recursos para a redução da
desigualdade social e diminuição da pobreza. Os aumentos nos gastos previdenciários
justificam-se em parte pelos aumentos reais no salário mínimo, pois o menor valor de
benefício pago pela previdência corresponde ao valor de um salário mínimo
(MILFONT, 2016).
4
Analisando-se o comportamento das despesas obrigatórias e das discricionárias
no período de 1997 a 2014, observa-se que as despesas obrigatórias sempre ocuparam
grande parte do orçamento das despesas primárias da União. E para que haja
crescimento econômico, é cabível um ajuste fiscal que equilibre as contas públicas de
forma que as despesas primárias não apresentem taxas de crescimento superiores às do
PIB (MILFONT, 2016).
Sendo que as despesas obrigatórias são as que o gestor público não possui
discricionariedade quanto à resolução do seu soma, assim como no andamento de sua
realização, por decisão legal ou constitucional. Avaliadas de execução indispensável e
tem preferência em relação às demais despesas, tanto em sua elaboração quanto em sua
execução. Já as despesas discricionárias permitem ao gestor uma flexibilidade em
relação ao uso de seu montante, bem como quanto à oportunidade de sua execução,
concorrem para a produção de bens e serviços (SENADO FEDERAL, 2016).
A presente situação das contas públicas é grave. Haverá, em 2016 o terceiro
déficit primário consecutivo, conforme já previsto no Projeto de Lei de Diretrizes
Orçamentárias (PLDO). Chegou-se em pouco tempo a uma dívida excepcionalmente
alta, o que traz desconfiança aos investidores e pressiona a taxa de juros. Esse desajuste
é atribuído ao aumento descontrolado das despesas ao longo de vários anos, que se
acelerou recentemente. Esse aumento, em período recessivo e de queda da arrecadação,
tornou o ajuste fiscal inadiável (MILFONT, 2016).
A condição necessária para o país sair da crise é a criação de condições para a
retomada do investimento estrangeiro, como a governança de estatais, fundos de pensão
e bancos públicos; novo marco regulatório de óleo e gás; recuperação das agências
reguladoras; realismo nos preços administrados; concessões realistas; redução
sustentada da taxa de juros de equilíbrio da economia e recuperação da confiança
estrangeira na estabilidade da dívida pública. Além disso, acredita-se que a Emenda
Constitucional (EC) nº 55/2016 será a peça central dessa estratégia (MINISTÉRIO DA
FAZENDA, 2016).
3. Proposta de Emenda à Constituição
Emenda constitucional é descrita por Santiago (2016) como uma modificação
imposta ao texto da Constituição Federal (CF) após sua promulgação. É o processo que
5
garante que a constituição de um país seja alterada em partes, para se adaptar e
permanecer atualizada diante de relevantes mudanças sociais. Ou nesse caso,
econômica, como o contexto atual.
A própria CF em seu art. 60 na Seção VIII que trata do Processo Legislativo
prevê a possibilidade da constituição receber emendas sem a necessidade de convocação
de uma nova assembleia constituinte (BRASIL, 1988).
O processo se inicia com a apresentação de uma PEC, de autoria de uma das
casa de Parlamentares. Quando a PEC chega à Câmara dos Deputados (ou é ali criada),
ela é enviada, antes de tudo, para a Comissão de Constituição e Justiça e de Redação
(CCJR). Caso a análise da CCJR não identifique irregularidades no projeto, a emenda é
novamente analisada por uma Comissão Especial. Finalmente, uma vez aprovada pelas
duas comissões, a emenda é votada pelos deputados federais, e depois, o mesmo
processo se repete no Senado Federal, desta vez, com a análise por apenas uma
comissão, a Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJC) e daí ocorre a
subsequente votação. Caso seja aprovado, o projeto se torna lei e passa a vigorar como
parte integrante do texto constitucional (SANTIAGO, 2016).
Influenciado pela recessão em que se imerge o país, o atual governo brasileiro
tem buscado alternativas para conter a crise financeira. Uma delas, que foi destaque por
provocar muitas discussões, é a PEC n° 55/2016, que tramitou no Senado Federal. Essa
proposta, anteriormente nomeada como PEC n° 241, foi apresentada em 16 de junho de
2016 pelo então Vice-Presidente da República, no exercício do cargo de Presidente da
República - Michel Temer, e tem o intuito de limitar a despesa primária total dos três
poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário (PEC nº 55, 2016).
A PEC, então 241/2016 foi aprovada em 29 de novembro de 2016, em primeiro
turno, com 61 votos favoráveis e 14 votos contrários, pelo Congresso Nacional. A
proposta tem o objetivo de reverter o desequilíbrio fiscal que se instalou no Brasil nos
últimos anos. Para o Governo de Michel Temer, essa intranquilidade nas contas
públicas, causada por déficits persistentes, prejudica a confiança dos agentes
econômicos, a sustentabilidade da dívida pública e a retomada do crescimento
econômico (ROARELLI, 2016).
No dia 13 de dezembro de 2016 a PEC, já remunerada de 55/2016, foi aprovada
por 53 votos a favor e 16 votos contra, em segundo turno no Plenário do Senado. O
6
novo texto constitucional foi promulgado em sessão solene do Congresso Nacional no
dia 15 de dezembro de 2016, pelo então presidente do Senado, Renan Calheiros. Assim
surgiu a EC nº 55/2016.
Institui o NRF no âmbito dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da
União, que vigorará por 20 exercícios financeiros, existindo limites individualizados
para as despesas primárias de cada um dos três Poderes, do Ministério Público da União
e da Defensoria Pública da União; sendo que cada um dos limites equivalerá: I - para o
exercício de 2017, à despesa primária paga no exercício de 2016, incluídos os restos a
pagar pagos e demais operações que afetam o resultado primário, corrigida em 7,2% e II
- para os exercícios posteriores, ao valor do limite referente ao exercício anterior,
corrigido pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA
(PEC nº 55, 2016).
Corroborando a proposta, Pinto e Salomão (2016) esclarecem que a escolha pelo
teto das despesas primárias foi mais condizente em contraponto ao aumento da carga
tributária, uma medida adotada historicamente pelos governantes brasileiros.
O argumento do governo se fundamenta na avaliação de que houve crescimento
descontrolado da despesa primária, em ritmo mais acelerado que o crescimento do PIB,
o que tornaria sua trajetória de expansão insustentável no longo prazo (DIEESE, 2016).
A abrangência da proposta alcança todos os Poderes da União e os órgãos
federais com autonomia administrativa e financeira integrantes do Orçamento Fiscal e
da Seguridade Social. O NRF terá duração de 20 anos, contados a partir de 2017, com a
possibilidade de alteração, pelo Executivo, no método de correção dos limites a partir
do décimo exercício de vigência (DIEESE, 2016).
Couri & Bijos (2016) relatam que:
Vale observar, em acréscimo, que, como a elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e da Lei Orçamentária Anual (LOA) ocorre no exercício anterior ao que se referem, o índice que será aplicado para efeito de definição do limite da despesa primária ainda não será conhecido. Quanto a isso, a PEC prevê que seja considerada, na elaboração e aprovação da LDO e da LOA, as estimativas propostas pelo Poder Executivo e suas atualizações. Durante a execução, quando conhecida a inflação do período anterior, ajustam-se os limites individuais.
Não se incluem na base de cálculo e nos limites estabelecidos: transferências
constitucionais; créditos extraordinários; despesas não recorrentes da Justiça Eleitoral
7
com a realização de eleições; e - despesas com aumento de capital de empresas estatais
não dependentes (PEC nº 55, 2016).
Com a medida, espera-se preservar o investimento público em períodos de crise,
o que pode contribuir para suavizar os efeitos da queda do PIB. Este aspecto revela o
potencial anticíclico do regime fiscal proposto, em contraponto ao modelo atual,
caracterizado como pro cíclica (EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS INTERMINISTERIAL
nº 83, 2016).
Saúde e educação terão tratamento distinto. Para 2017, a saúde terá 15% da
Receita Corrente Líquida, sendo este o somatório recolhido pelo governo, descontado
das transferências obrigatórias previstas na Constituição. Já a educação, ficará com 18%
da arrecadação de impostos (DIEESE, 2016). A partir de 2018, ambas passarão a seguir
o critério da inflação IPCA.
Para o Senador Cristovam Buarque a proposta não é, necessariamente, um corte
de gastos, mas, sobretudo, um esforço que o governo terá que definir suas prioridades,
onde deverá argumentar de qual rubrica retirará recursos para aumentar outros,
demandando assim, grande esforço político e legislativo (AGÊNCIA SENADO, 2016).
Do total de 23,8% do PIB correspondente às despesas do governo, apenas 19,7%
serão afetadas pelas medidas, e estas, diminuirão para 16,7% em 2026, ou seja, um
ajuste de 3% do PIB (PINTO & SALOMÃO, 2016).
Assim, se houver crescimento real da economia em determinado período, a
tendência é que haja uma redução da despesa primária em percentual do PIB. Em
acrescimento, deverá haver um crescimento da receita primária em percentual do PIB,
tendo em vista que as receitas primárias tendem a responder de forma mais do que
proporcional ao crescimento da atividade econômica. Resultando que, em momentos de
crescimento, o país provoque um espaço fiscal suficiente para que a política fiscal possa
ser utilizada para estimular a economia (COURI & BIJOS, 2016).
O NRF é instituído pelo acréscimo dos artigos 101 a 105 ao ADCT pelo art. 1º
da PEC. Complementado com a revogação do art. 2º da Emenda Constitucional nº 86,
de 17 de março de 2015, promovida pelo art. 2º da PEC (VIEIRA JUNIOR, 2016).
A EC estabelece os limites durante sua vigência, por Poder e Órgãos com
autonomia orçamentária e financeira, da seguinte forma: a) Apuração da despesa paga
no exercício de 2016 (art. 102, § 3º, I); b) Para 2017, o limite de pagamento das
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despesas primárias será fixado como sendo aquele correspondente à despesa paga em
2016 corrigida pelo IPCA; c) Nos exercícios seguintes, 2018 em diante, o limite
continua a ter como base o valor pago em 2016 – e não a despesa paga em 2017 -,
corrigido pela variação acumulada do IPCA; d) A LDO, bem como a elaboração e a
execução da LOA de 2018 em diante, deverão observar os limites definidos pela PEC n°
55 (PEC nº 55, 2016).
O art. 103 do ADCT determina as medidas que o ente deve adotar no caso de
descumprimento do limite estabelecido. Se o Poder ou Órgão com autonomia
orçamentária e financeira descumprir o limite, o ajuste subsequente recai principalmente
na possibilidade de expansão dos gastos com pessoal (PROPOSTA DE EMENDA À
CONSTITUIÇÃO, 2016). Nesse sentido, limita-se a estas sanções, sem o
acompanhamento de propostas adicionais de alteração na legislação penal ordinária que
tipifica crimes fiscais.
No art. 104, a proposta altera a regra de fixação das aplicações mínimas de
recursos nas áreas de saúde e educação (PROPOSTA DE EMENDA À
CONSTITUIÇÃO, 2016).
As projeções para avaliar seu impacto nos pisos da saúde e educação mostram
que as diferenças entre os mínimos atuais e os propostos podem se ampliar no futuro,
com a retomada do crescimento econômico. O governo argumenta que esta EC
estabelece valores mínimos, nada impedindo alocações superiores, como está ocorrendo
em 2016. Ademais, questiona a comparação de cenários fiscais, com e sem a PEC, na
medida em que, na ausência da PEC n° 55, o PIB e receitas cresceriam menos, com
prejuízo para o todo o país (CÂMARA DOS DEPUTADOS, 2016).
Por fim, o art. 105 estabelece que as vedações propostas não constituirão em
obrigações de pagamentos futuros por parte do governo ao erário(PROPOSTA DE
EMENDA À CONSTITUIÇÃO, 2016).
As reformas devem ser feitas na previdência social e nos reajustes salariais
exorbitantes de algumas categorias do funcionalismo público. Estas medidas
contribuiriam no sucesso da EC n° 55 e na redistribuição de recursos de certas rubricas
para outras de maior prioridade (PINTO & SALOMÃO, 2016).
9
Os críticos da proposta alegaram que poderia haver prejuízo ao ganho real do
salário mínimo, visto que também é uma despesa obrigatória, fato que foi negado pelo
relator Senador Eunício Oliveira (PMDB-CE).
— Jamais me prestaria a esse papel de reduzir o salário mínimo. Isso não é realidade. O salário mínimo está totalmente preservado — assegurou Eunício Oliveira (Partido do Movimento Democrático do Brasil - PMDB/CE), que também garantiu não haver perdas para saúde e educação.
Prevaleceu a vontade da maioria pela manutenção da redação, sem alterações,
conforme previsto inicialmente na proposta.
4. Desdobramentos para a Educação
De acordo com o art. 104 desta proposta, para o ano de 2017, os recursos
mínimos destinados à saúde e à educação passariam a ser retificados através do IPCA,
da mesma forma como o limite máximo das despesas primárias (D’ABADIA, 2016).
No caso da EC 55, a única medida relevante em matéria constitucional é a
desvinculação das receitas designadas à saúde e educação. Ou seja, o NRF não precisa
de emenda constitucional, o que precisa de mudança constitucional é a desvinculação de
receitas para saúde e educação. Nesse sentido, a PEC do novo regime fiscal é, na
verdade, a PEC da desvinculação da saúde e da educação. No Brasil, o mínimo para os
gastos públicos com educação, instituído pelo Artigo 212 da Constituição Federal, é de
18% da Receita Líquida de Impostos (RLI). Já o mínimo para a saúde foi alterado pouco
tempo antes por meio da Emenda Constitucional 86, que institui um percentual da
Recente Corrente Líquida (RCL) de forma escalonada, 13,2% da RCL em 2016, 13,7%
em 2017, 14,2% em 2018, 14,7% em 2019 e 15% a partir de 2020 (ROSSI, 2016).
Com a EC 55 antevê que em 2017 o gasto com educação será 18% da RLI, o
gasto com saúde será 15% da RCL e ambos terão como teto o gasto em 2017 reajustado
pela inflação. Ou seja, o gasto federal real mínimo com saúde e educação será
congelado no patamar de 2017.a PEC 55 torna impraticável qualquer evolução na saúde
e educação públicas no Brasil, ao contrário, abre-se espaço para o sucateamento dessas
áreas e para a abolição de seu modo universal (ROSSI, 2016).
A flexibilização dos gastos com a saúde e educação proposta é importante para a
eficácia dos limites de execução da despesa primária. Caso contrário, a coexistência de
uma regra que impeça o crescimento das despesas com regras específicas que aumentam
10
as despesas acima da inflação aprofundarão a rigidez orçamentária existente (COURI &
BIJOS, 2016) acreditam.
Sendo assim, como não existe expectativa de inflação zero para o período (ao
contrário, espera-se uma inflação razoavelmente alta), é certa a elevação nominal dos
gastos com saúde e educação. Um ponto a ser avaliado em relação a essas áreas consiste
no crescimento da demanda, muito relacionado com o crescimento da população, o que
pode tornar a relação do gasto per capita menor do que o atual caso o governo
permaneça sempre nos mínimos possíveis (D’ABADIA, 2016).
No entanto, da mesma forma como ocorre atualmente, nada obriga que o
Governo Federal gaste somente o mínimo nessas áreas. Por exemplo, em 2016, foi
programado um gasto em saúde maior do que o mínimo pedido pelo art. 198, § 2º, I, da
CF. O valor alocado para ações e serviços de saúde foi de R$109 bilhões, enquanto o
mínimo exigido seria de R$100 bilhões (D’ABADIA, 2016).
Por outro lado, a estrutura demográfica brasileira está mudando rapidamente,
com a redução da população jovem e o aumento da população idosa. Com a redução do
número médio de filhos por mulher, há assim uma redução do número de matrículas na
educação básica. Como exemplo desse fenômeno, o Censo Escolar do Ministério da
Educação de 2015 apontou uma redução de 7,2 milhões de matrículas no ensino
fundamental entre 2000 e 2014. No mesmo sentido, o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) estima que até 2030 a população de crianças e jovens com idade
entre 5 e 19 anos, que são os que estão na faixa etária elegível para a Educação Básica,
irá reduzir em 20%, caindo de 52,9 para 41,5 milhões (D’ABADIA, 2016).
Em função desse movimento, é possível que mesmo com a ausência de
crescimento real dos valores destinados à manutenção e ao desenvolvimento do ensino
básico, os valores reais por estudante aumentem com a redução do número total de
estudantes. Dessa forma, é razoável imaginar que os efeitos da cogitada desvinculação
dos investimentos em educação da arrecadação de impostos podem não gerar impactos
tão significativos quanto o que se tem propagado (D’ABADIA, 2016).
Entretanto, quanto aos ensinos Médio e Superior, a EC n° 55 vem na contramão
da Medida Provisória (MP) 746/2016 e demonstra o desencontro nas ações do
Ministério da Educação e da Presidência da República. A MP propõe o ensino integral e
a descentralização de mais recursos para as Escolas do Ensino Médio que aderirem à
11
reforma, ao passo que a EC n° 55 corta o custeio das escolas, universidades e institutos
públicos, quebrando a política de expansão de oferta de vagas e a inclusão de ampla
camada da população, que ficará à margem do sistema educacional nos próximos vinte
anos (FETEMS, 2016).
Em contrapartida a esse quadro, Araújo et al. (2016) em um estudo para verificar
o custo necessário para a efetivação das 20 metas estabelecidas pelo Plano Nacional de
Educação (PNE) aprovados pela Lei 13.005 de 24 de junho de 2014, indicam que o
atual investimento nesta área, acrescido de apenas um ponto percentual (6,2% do PIB)
já seria suficiente para o cumprimento das 19 primeiras metas. A vigésima meta,
destinar, no mínimo, 10% do PIB para a educação até 2024 não seria necessário, pois os
objetivos anteriores já estariam contemplados.
Para chegar a este resultado, os autores realizaram cálculos orientados pelo
Custo Aluno Qualidade Inicial – CAQi1 e criaram o Custo Aluno Qualidade_PNE que
contempla os gastos de implantação de escolas regulares e a sua manutenção (mão de
obra, bens e serviços, formação profissional, administração e supervisão, construção e
equipamentos) e o custo aluno indicado pelo Instituto de Pesquisa e Econômica
Aplicada (IPEA). Numa relação estabelecida com este custo, incluso investimentos na
educação superior, as estimativas das faixas educacionais e as 19 metas indicadas na
PNE, os autores chegaram ao valor de referência em 6,2% do PIB, ou seja, abaixo do
estipulado pela meta 20, mas que atenderia a todas as outras metas. Isto seria uma boa
estimativa para estimular a eficiência e eficácia dos investimentos governamentais na
educação (O QUE É CAQi E CAQ?, 2016).
6. Opiniões Contrárias à EC nº 55
Observando as movimentações que o setor da educação fez, foi evidente sua
opinião contrária à EC n° 55. Protestos e greves foram constantes no setor desde o
início de suas discussões da proposta.
1 Criado pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação, o CAQi é um indicador que mostra quanto deve ser investido ao ano por aluno de cada etapa e modalidade da educação básica. São considerados os custos de manutenção das creches, pré-escolas e escolas para que estes equipamentos garantam um padrão mínimo de qualidade para a educação básica, conforme previsto na Constituição Federal, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/1996) e no Plano Nacional de Educação (Lei 13.005/2014), entre outras leis. Para o cálculo, este custo contempla as condições e os insumos materiais e humanos mínimos necessários para que o processo de ensino-aprendizagem. A premissa consiste na garantia de insumos adequados como condição necessária, ainda que não suficiente, para o cumprimento do direito humano à educação e para a qualidade do ensino (O QUE É CAQi E CAQ?, 2016).
12
Conforme a EC, o art. 104 do ADCT instituirá que, a partir do exercício
financeiro de 2017, as aplicações mínimas de recursos a que se refere o caput do art.
212, da Constituição, corresponderão, em cada exercício financeiro, às aplicações
mínimas reminiscentes do exercício anterior, ajustadas pela variação do IPCA,
publicado pelo IBGE, ou de outro índice que vier a substituí-lo, para o período de
janeiro a dezembro do exercício seguidamente anterior (MENDLOVITZ, 2016).
O desenho da PEC parece aportar-se em uma concepção de progresso que
desconsidera a função proeminente dos investimentos públicos em educação, saúde,
assistência social e cultura no desenvolvimento. De tal modo, a EC parece passar ao
largo da perspectiva de despesas sociais como um investimento capaz de dinamizar a
economia e seu próprio financiamento (IPEA, 2016).
Representantes da esfera da educação mencionam que a proposta representa para
o setor público de ensino superior um modelo que prega um Estado Mínimo e o
atendimento privado em todas as áreas (em especial nas áreas sociais), que ainda tem
predomínio da ação estatal. E ainda, que o direito à educação será atingido convertendo-
se em fonte de renda para o mercado privado (PERBONI, 2016).
Para a representante do grupo “Auditoria Cidadã”, Maria Lucia Fattorelli:
O esquema da dívida é o mesmo no mundo todo. Se gera uma dívida de forma ilegal, aplica-se juros para fazer essa dívida crescer de forma absurda, e depois cria-se o aparato legal para justificar a retirada de direitos sociais, em nome do pagamento de juros e amortizações da dívida (2016).
Outro argumento proposto indica que a EC n° 55 irá “legalizar” tudo aquilo que
a classe vem denunciando como inconstitucional: ataques à saúde, à educação e aos
direitos sociais (ADUSB, 2016). Para a Federação dos trabalhadores em Educação de
Mato Grosso do Sul (Fetems), o desempenho dos alunos não é resultado exclusivo da
atuação dos seus mestres, vez que o ensino-aprendizagem envolve diversos outros
elementos, como a estrutura das escolas, as condições de trabalho e o próprio nível
cognitivo de cada discente.
O governo federal terá que restringir investimentos na manutenção e expansão
da rede, deverá desvincular percentuais constitucionais obrigatórios e terá que abolir a
destinação do percentual de 10% do PIB para a educação. Essas ações ferem a garantia
do direito à educação pública e gratuita prevista na CF. Subtrair direitos dos
trabalhadores representará a desqualificação da educação brasileira. O congelamento
dos salários e carreira dos profissionais em educação por vinte anos será a válvula do
13
desmonte da carreira docente que atualmente já não é atrativa. Teremos um “apagão” de
profissionais qualificados para atender as escolas e universidades (FETEMS, 2016).
Segundo o Dieese (2016), a proposta terá impacto direto no poder aquisitivo dos
salários dos trabalhadores já que, atualmente, no caso dos servidores públicos, a Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF) determina que os critérios de aumento dos gastos com
pessoal se deem com base na Receita Corrente Líquida (RCL). No caso dos
trabalhadores da iniciativa privada, além do impacto com a possível alteração na
metodologia do reajuste do salário mínimo, os trabalhadores para quem ele é referência
podem vir a ter seus ganhos reais comprometidos. Ou seja, toda a população brasileira
irá ser penalizada com a muito provável redução, em quantidade e qualidade, dos
serviços públicos de saúde e educação.
O estudo endossa o entendimento de que as medidas apresentadas seguem a
linha de redução do papel do Estado. A limitação dos gastos públicos determinará,
também, a limitação das funções do setor público enquanto fomentador de
investimentos, provedor de direitos sociais fundamentais e garantidor de distribuição da
renda DIEESE (2016).
Dados do Seminário Sobre a Base Nacional Comum Curricular, realizado em
Dourados-MS (2016), indicam que se a proposta já estivesse sido implementada, o
Brasil estaria hoje muito atrasado no setor educacional (Gráfico 1):
Gráfico 1- Despesa com a função educação no período 2002 a 2015 (bilhões de R$).
Fonte: DIEESE (2016)
No campo dos
direitos fundamentais
relacionados à
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inviolabilidade da vida humana e às condições mínimas inerentes à dignidade das
pessoas, as alterações propostas geram redução nos recursos alocados nessas áreas da
educação e da saúde, atingindo o núcleo essencial desses direitos fundamentais,
conectados diretamente com o princípio da dignidade da pessoa humana (VIEIRA
JÚNIOR, 2016).
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7. Considerações Finais
É evidente que o sistema adotado pela União perfaz um cenário insustentável.
Fundamentado em objetivos predefinidos e executáveis por ano, não foi capaz de
imprimir, ou tampouco alcançar equilíbrio financeiro com o aumento constante das
despesas estatais. Seu produto foi o atual descontrole das despesas acompanhado da
piora nos resultados fiscais e do crescente aumento do montante da dívida pública.
Embora ainda não se possa afirmar categoricamente que a EC n° 55/2016 simbolizará o
melhor remédio fiscal para o Brasil, possivelmente, ela irá ocupar um importante papel
na etapa de mudanças direcionada ao comedimento das contas públicas.
Em função dos argumentos apresentados, verifica-se que o estabelecimento de
uma regra de crescimento uniforme do mínimo a ser aplicado em educação gera o
benefício da não compressão dos gastos em tempos de dificuldades econômicas, como
os atuais, bem como ajuda evitar gastos não prioritários em momentos de bonança
econômica. Se por um lado a metodologia da EC n° 55/2016 impede o crescimento real
das despesas aplicadas em saúde e educação, por outro impede também a sua queda
real, em momentos de queda da receita pública.
Ao mesmo tempo, importante questionar a apresentação de uma proposta
pontual que limita o teto de gastos. Quais alternativas poderiam ser adotadas para o
equilíbrio econômico-financeiro do país? Essa emenda é realmente o único caminho?
Outras despesas não poderiam ser incluídas neste processo?
Neste novo capítulo da Administração Pública Brasileira, espera-se dos gestores
um posicionamento assertivo na correção do gargalo histórico no desenvolvimento
brasileiro por meio de diretrizes justas e acuradas no gerenciamento dos recursos
públicos, considerando suas oscilações e momentos de escassez. Espera-se que
vindouras decisões amenizem as dificuldades de atuação do Estado, além de mitigar os
vícios e erros pontuais em seus processos de gestão pública, contribuindo para a difusão
e estabelecimento de práticas contábeis sustentáveis nas esferas governamentais.
Não foi pretensão de este trabalho indicar uma conclusão do que é certo ou
errado acerca da EC nº 55/2016. Procurou-se trazer informações relevantes, de
qualidade e credibilidade, não concluindo o que é certo ou errado quanto à aplicação da
EC, pois há opiniões divergentes, mas espera-se que o leitor, após apreciação do
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trabalho, possa agregar conhecimento, ter uma melhor compreensão sobre o assunto e
consiga construir sua própria opinião.
Como a EC nº 55/2016 foi sancionada pelo então presidente Michel Temer há
menos de um ano, a emenda ainda irá desencadear diversas repercussões. Portanto,
recomenda-se que futuros pesquisadores possam prosseguir analisando a visão crítica da
sociedade como um todo sobre as ações governamentais. Esse fomento pode ocorrer
através do acompanhamento de suas consequências, verificando indicadores de gestão
durante os próximos vinte anos, bem como a elaboração de avaliações sistemáticas de
seus resultados nos âmbitos sociais e financeiros do país.
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Referências
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