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DUDA NOGUEIRA LÍNGUA PORTUGUESA 2021 edição Revista atualizada ampliada 3.231 QUESTÕES COMENTADAS Alternativa por alternativa Mais de

DUDA NOGUEIRA LÍNGUA PORTUGUESA · Trata-se do estudo do plural e do grau dos subs-tantivos e dos adjetivos. Mais questões em concor-dância. QUESTÕES NÍVEL MÉDIO 1. FGV 01

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DUDA NOGUEIRA

LÍNGUA PORTUGUESA

2021

7ªedição

Revistaatualizadaampliada

3.231 QUESTÕES COMENTADAS Alternativa por alternativa

Mais de

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Flexão nominal

TABELA DE INCIDÊNCIA DE QUESTÕES

Distribuição das questões organizada por ordem didática de assuntos

Assunto Número de Questões Peso

QUESTÕES NÍVEL MÉDIO

1. FGV 4 16,00%

2. IBADE 1 4,00%

3. VUNESP 11 44,00%

4. UECE 1 4,00%

5. ACP 2 8,00%

6. CONSULPLAN 1 4,00%

QUESTÕES NÍVEL SUPERIOR

1. INSTITUTO ÂNIMA SOCIESC 1 4,00%

2. FEPESE 1 4,00%

3. MPE 1 4,00%

QUESTÕES INÉDITAS 2 8,00%

Total 25 100%

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Flexão nominal

Trata-se do estudo do plural e do grau dos subs-tantivos e dos adjetivos. Mais questões em concor-dância.

QUESTÕES NÍVEL MÉDIO

1. FGV

01. (FGV – Técnico Médio – DPE - RJ/2019) “Até mesmo de um corpúsculo disforme pode sair um espírito realmente forte e virtuoso”.

Nessa frase, há uma forma diminutiva de corpo; a frase abaixo em que o diminutivo sublinhado perdeu o sentido original de diminutivo e passou a significar outra realidade é:

a) Havia na parede uma portinhola por onde se compravam as entradas para o jogo;

b) Era uma revistinha francesa que cabia no bolso da camisa;

c) Os alunos verificaram na folhinha as datas pre-vistas para as provas finais;

d) Comeu muitos biscoitinhos de araruta, gosto-síssimos;

e) Apesar de ser um vidrinho bem diminuto, o preço era alto.

COMENTÁRIOS

Alternativa “a”: Diminutivo: pequena porta, especialmente de automóvel ou de trem.

Alternativa “b”: Diminutivo: revista pequena, pois cabia no bolso – era menor que o bolso.

Alternativa “c”: Folhinha não é uma folha pequena, mas sim um calendário. Significado de calendário: folhinha; impresso que traz os dias, as semanas e os meses do ano, acrescentando os feriados, as fases da lua e as festas oficiais de um país.

Alternativa “d”: Diminutivo: pequenos biscoitos.

Alternativa “e”: Diminutivo: o vidro era pequeno, mas o preço era alto.

Alternativa correta: letra “c”.

02. (FGV – Técnico - MPE - AL/2018) Os substantivos coletivos em língua portuguesa podem ser específi-cos (“cardume” só se aplica a peixes) e gerais (“grupo” se aplica a uma grande diversidade de elementos).

Assinale a opção em que o termo precedido da preposição de tem a função de especificar um termo coletivo geral anterior.

a) “mercadinho de bairro”.

b) “maços de espinafre”.

c) “consumiria de imediato”.

d) “postos de combustível”.

e) “comportamento de muita gente”.

COMENTÁRIOS

Alternativa “a”: Mercadinho: pequeno mer-cado. Além de não ser um substantivo coletivo, o sufixo é diminutivo.

Alternativa “b”: Maço: conjunto de coisas (papéis, cédulas, cartas) atadas pelo mesmo liame, ou contidas no mesmo invólucro (cigarros etc.). Especifica que há vários espinafres e é classificado como substantivo coletivo.

Alternativa “c”: Consumir é verbo. Descartada facilmente a alternativa.

Alternativa “d”: Posto: lugar destinado a aten-dimento público. Pode ser de combustível, de saúde, telefônico etc. Não se trata de um substantivo coletivo.

Alternativa “e”: Comportamento: modo de se comportar, de proceder, de agir diante de algo ou alguém. Não é substantivo coletivo.

Alternativa correta: letra “b”.

03. (FGV – Técnico - MPE - AL/2018) “A crise não trouxe apenas danos sociais e econômicos”; se jun-tarmos os adjetivos sublinhados em um só vocábulo, a forma adequada será

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Revisaço® – Língua Portuguesa • Duda Nogueira168

a) sociais-econômicos.

b) social-econômicos.

c) sociais-econômico.

d) socioeconômicos.

e) socioseconômicos.

COMENTÁRIOS

µ Nota da autora: É necessário fazer duas aná-lises. 1. A flexão de número do adjetivo composto: apenas o último elemento admite variação; 2. O emprego do hífen após a reforma ortográfica: com o prefixo socio- apenas deverão ser hifenizados os compostos em que o segundo termo comece com o ou com h.

Alternativa “a”: O primeiro elemento não pode variar e não pode haver hífen.

Alternativa “b”: O vocábulo sociais deve assu-mir a forma sócio e não há hífen.

Alternativa “c”: O vocábulo sociais deve assumir a forma sócio, econômico deve ser pluralizado e não há hífen.

Alternativa “d”: Forma correta, como mencio-nado na nota.

Alternativa “e”: O primeiro vocábulo fica invari-ável por se tratar de adjetivo composto.

Alternativa correta: letra “d”.

04. (FGV – 2015) Da mesma forma que temos o adjetivo composto “judaico-cristã”, poderíamos ter outro adjetivo composto formado com os adjetivos “técnica e científica”. Nesse caso, assinale a opção que indica a forma correta desse adjetivo.

a) Técnico-científica.

b) Científica-técnica.

c) Científica-técnico.

d) Técnica-científica.

e) Técnico-cientifico.

COMENTÁRIOS

Alternativa “a”: Adjetivos compostos: variam apenas o último elemento.

Cuidado com as exceções = surdos-mudos, azul--marinho, azul-celeste.

Alternativa “b”: Científico-técnica.

Alternativa “c”: Científico-técnica.

Alternativa “d”: Técnico-científica.

Alternativa “e”: Técnico-científica.

Alternativa correta: letra “a”.

2. IBADE

Texto para responder à questão.

A urgência da responsabilidade afetiva em tempos digitais

Desenvolver empatia com os sentimentos nossos e dos outros é imprescindível

Há uma piadinha sendo compartilhada na internet que resume bem o conceito de empatia e reciprocidade no relacionamento. “Essa boquinha aí só beija ou também tem res-ponsabilidade afetiva, deixa tudo claro desde o início e não dá corda só para alimentar o ego?”, diz o meme, que mostra como esse termo vem se popularizando. Ele é recorrente também em textos e vídeos e está relacionado ao modo como nossas palavras, ações e omissões afetam as pessoas.

Ter responsabilidade afetiva é ser sincero sobre o que você sente pela pessoa com quem está se relacionando e o que espera dessa troca. Trata-se daquela velha máxima do clássico O Pequeno Prín-cipe, do francês Antoine de SaintExupéry, em que a raposa diz ao personagem-título: “És responsável por aquilo que cativas”. Trazendo o que foi escrito pelo autor lá em 1945 para os dias de hoje, seria como contar para a pessoa que você conheceu em um aplicativo de relacionamento, por exemplo, que está à procura de relações casuais. Ou não fazer promessas (como viagens, encontros, conhe-cer a família) que sabe que não vão acontecer.

“Essa é uma situação de colapso da respon-sabilidade afetiva, a de se colocar em um número maior de relações do que você pode conduzir. Inevitavelmente, alguém vai se machucar nessa história”, afirma Christian Dunker, autor do livro A Reinvenção da Intimidade: Políticas do Sofrimento Cotidiano (Ubu Editora). Se alguém está saindo com duas (ou mais) pessoas ao mesmo tempo, existe a chance de desenvolver um sentimento mais profundo, uma intimidade maior, por alguém. Por esse motivo, todos os envolvidos em uma relação precisam estar cientes dos riscos para escolher se querem corrê-los ou não.

(Fonte:https://claudia.abril.com.br/sua-vi-da/a-urgencia-deresponsabilidade-afetiva-em-

-tempos-digitais/, acesso em janeiro de 2020, por Bárbara dos Anjos Lima e Fernanda Colavitti)

05. (IBADE – Técnico de Enfermagem – IAPEN AC/2020) A forma destacada em: “Há uma piadinha sendo compartilhada na internet que resume bem o conceito de empatia e reciprocidade no relaciona-mento.” classifica-se morfologicamente como:

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Flexão nominal 169

a) um verbo com valor negativo, depreciativo.

b) um substantivo com valor aumentativo.

c) um substantivo com valor diminutivo indicando afetividade.

d) uma conjunção com semântica de deboche, sar-casmo e ironia.

e) um advérbio expressando circunstância de dúvida, incerteza, hipótese.

COMENTÁRIOS

µ Nota da autora: Chega-se à resposta, elimi-nando as alternativas mais descabidas. É importante relembrar os usos dos diminutivos na linguagem contemporânea. São usados para indicar: afetivi-dade, admiração, surpresa, ironia, depreciação, antipatia. Além disso, pode também atenuar ou reforçar o sentido.

Atenuar: desarmar certas palavras que, na sua forma original, são desagradáveis. Exemplo: Ele preci-sará fazer uma operaçãozinha – não será complicada.

Reforçar: possui sentido de ordem. Exemplo: Vá depressinha lá.

Para complementar, existem as formas conso-lidadas do diminutivo: palavras que, embora uti-lizem o sufixo diminutivo, não têm significação de diminutivo, dependendo, sempre, do contexto em que são utilizadas - Terrinha: Portugal; pombinhos: casal feliz; santinho: propaganda eleitoral impressa em formato pequeno, com foto do candidato e infor-mações sobre ele; folhinha: folha com o calendário impresso; Patricinha: mulher que se veste com exces-sivo apuro; vaquinha: ajuda mútua, caixinha.

Alternativa “a”: Não é verbo e muito menos possui sentido pejorativo.

Alternativa “b”: O sufixo -inho possui valor diminutivo.

Alternativa “c”: É substantivo “a” piadinha, é diminutivo porque possui o sufixo -inho e indica afe-tividade, pois o vocábulo está ligado ao sentimento e as emoções (de rir, no caso).

Alternativa “d”: Não é conjunção e não indica deboche, sarcasmo ou ironia.

Alternativa “e”: Não se trata de advérbio, não indica dúvida, incerteza ou hipótese.

Alternativa correta: letra “c”.

3. VUNESP

06. (VUNESP – 2014) Comer ___________ de nozes, castanhas, amêndoas e outras sementes oleaginosas todos os dias pode ser um dos segre-

dos para a longevidade dos ___________. Um estudo feito nos Estados Unidos descobriu que pessoas que ___________ esse hábito desfrutam ___________ uma melhor qualidade de vida do que aquelas que nunca consomem esses alimen-tos. (...) A pesquisa foi publicada nesta quinta-feira na revista The New England Journal of Medicine. (http://veja.abril.com.br/noticia/saude/comer-no-zescontribui-com-a-longevidade 21.11.2013)

Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do texto, segundo a norma-padrão da língua portuguesa.

a) porções... cidadãos ...mantêm... de

b) porções...cidadões...mantêm...por

c) porçãos...cidadãos...mantêm...a

d) porções...cidadãos...mantem...de

e) porçãos...cidadões...mantem...por

COMENTÁRIOS

µ Nota da autora: Cuidado! As pessoas (sujeito plural) que mantêm (verbo plural) esse hábito.

Por eliminação:

1. porções = eliminadas C e E;

2. cidadãos = eliminada B;

3. mantêm = eliminada A e encontramos a res-posta.

4. desfruta DE algo.

Alternativa correta: letra “a”.

07. (VUNESP 2014) Considere o trecho: – Mas você não levou relógio nenhum, filha. Você esqueceu ele na mesinha de cabeceira.

O substantivo mesinha está empregado no dimi-nutivo, com a intenção de mostrar que se trata de um objeto de

a) grande valor estético.

b) utilidade questionável.

c) pequenas proporções.

d) grande apreço.

e) alto valor monetário.

COMENTÁRIOS

µ Nota da autora: Mesinha: sf (dim de mesa) Mesa pequena. M.-de-cabeceira: o mesmo que mesa de cabeceira.

Vejamos: A, D e E são eliminadas por se referirem a algo grande; a B é eliminada porque não há relação com algo duvidoso, questionável.

Alternativa correta: letra “c”.

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08. (Vunesp – Escrevente Técnico Judiciário – TJ – SP/2013) Assinale a alternativa cujas palavras se apresentam flexionadas de acordo com a norma--padrão.

a) Os tabeliãos devem preparar o documento.

b) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis.

c) Para autenticar as certidãos, procure o cartório local.

d) Ao descer e subir escadas, segure-se nos corri-mãos.

e) Cuidado com os degrais, que são perigosos!

COMENTÁRIOS

Alternativa “a”: tabeliães.

Alternativa “b”: cidadãos.

Alternativa “c”: certidões.

Alternativa “d”: Corrimão: corrimãos.

Alternativa “e”: degraus.

Alternativa correta: letra “d”.

09. (Vunesp – Investigador de Polícia – SP/2013) No período – Quase igual ao horror pelos cães conheci-dos, ou de conhecidos, cuja lambida fria, na intimidade que lhes tenho sido obrigado a conceder, tantas vezes, me provoca uma incontrolável repugnância. – os ter-mos em destaque, conforme o contexto que deter-mina seus usos, classificam-se, respectivamente, como

a) adjetivo, adjetivo e substantivo.

b) substantivo, adjetivo e substantivo.

c) adjetivo, substantivo e substantivo.

d) adjetivo, adjetivo e adjetivo.

e) substantivo, substantivo e adjetivo.

COMENTÁRIOS

} cães conhecidos = adjetivo. Eliminadas b e e.

} ou de conhecidos = substantivo. Eliminadas a e d.

} incontrolável repugnância = a repugnância é incontrolável = substantivo.

Alternativa correta: letra “c”.

10. (Vunesp – Escrevente Técnico Judiciário – TJ – SP/2012) A flexão de número do termo “preços-som-bra” também ocorre com o plural de

a) guarda-costa.

b) reco-reco.

c) guarda-noturno.

d) sem-vergonha.

e) célula-tronco.

COMENTÁRIOS

Alternativa “a”: guarda-costa = verbo + substan-tivo = apenas o substantivo é variável = guarda-costas.

Alternativa “b”: Composto formado por pala-vras repetidas ou muito parecidas só varia a segunda = reco-recos.

Alternativa “c”: nesta expressão guarda é subs-tantivo seguido de adjetivo noturno – variam ambos por concordância.

Alternativa “d”: sem-vergonha admite plural inserindo o artigo plural: os sem-vergonha.

Alternativa “e”: Substantivo composto em que o segundo elemento define – limita o primeiro, indi-cando tipo ou finalidade, somente o primeiro ele-mento varia: preços-sombras e células-tronco.

Alternativa correta: letra “e”.

11. (Vunesp – Agente de Segurança Penitenciária – SP/2012) Em – Como evitar que motoristas bêbados fiquem impunes… – a palavra motoristas é um subs-tantivo. O mesmo emprego se dá com a palavra em destaque na alternativa:

a) “O Brasil possui uma legislação que dificulta…”

b) “… a lei é falha. “

c) “Sem o teste, não há como se punir com rigor.”

d) “Do jeito que está, não existe Lei Seca no País”.

e) “Os números mostram a ineficácia do atual Código de Trânsito.

COMENTÁRIOS

Alternativa “a”: A legislação: substantivo.

Alternativa “b”: Adjetivo.

Alternativa “c”: Conjunção.

Alternativa “d”: Adjetivo.

Alternativa “e”: Adjetivo.

Alternativa correta: letra “a”.

12. (Vunesp – Oficial de Justiça – TJ – SP/2009) Analise as afirmações:

I. Em – … galões de água expostos sobre carros… – a preposição sobre poderia ser substituída por sob, sem prejuízo de sentido.

II. Fazem o plural da mesma forma que o substan-tivo galões as palavras cidadão, mamão e órfão.

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Flexão nominal 171

III. O feminino de chefe se faz da mesma forma que presidente em – A presidente argentina…

Está correto o que se afirma em

a) I, apenas.

b) III, apenas.

c) I e II, apenas.

d) II e III, apenas.

e) I, II e III.

COMENTÁRIOS

µ Nota da autora: Chefe e presidente são subs-tantivos comuns de dois gêneros. Mesmo a contra-gosto de alguma presidente.

Observação: A forma Presidenta passou a ser aceita. Motivo: lei.

Lei nº 12.605, De 3 de abril de 2012

Determina o emprego obrigatório da fle-xão de gênero para nomear profissão ou grau em diplomas.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º As instituições de ensino públicas e privadas expedirão diplomas e certificados com a flexão de gênero correspondente ao sexo da pessoa diplomada, ao designar a profissão e o grau obtido.

Art. 2º As pessoas já diplomadas poderão requerer das instituições referidas no art. 1º a reemissão gratuita dos diplomas, com a devida correção, segundo regulamento do respectivo sistema de ensino.

Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 3 de abril de 2012; 191º da Independência e 124º da República.

DILMA ROUSSEFF

Aloizio Mercadante

Eleonora Menicucci de Oliveira

Este texto não substitui o publicado no DOU de 04.04.2012 (Fonte: http://blogdotas.terra.com.

br/2012/04/ 12/agora-e-lei-presidenta)

Afirmação I: Sobre e sob possuem sentidos opostos: acima e abaixo, respectivamente.

Afirmação II: Cidadãos e órfãos. Somente mamões é plural igual.

Afirmação III: É a única afirmação correta.

Alternativa correta: letra “b”.

Texto:

A mídia é sempre aquela. Mas…

Será a mídia a guardiã da ética, anjo protetor do decoro, sentinela do Estado de Direito? _____ vertiginosas dúvidas. No Brasil e no mundo, são poucos os órgãos midiáticos que ainda praticam o jornalismo à sombra dos velhos, insubstituíveis princípios: fidelidade canina à verdade factual, exercício desabrido do espírito crítico, fiscalização diuturna do poder _____ quer que se manifeste.

(…)

_____ avança o processo de afastamento do jornalismo do papel inicial de serviço público. No Brasil, a rota é diversa daquela percorrida em outros países, em decorrência do nosso atraso, a nos manter em um tempo especial, suspenso, mas não equilibrado, entre Idade Média e contempora-neidade. (www.cartacapital.com.br/2007/06/a-mi-dia-e-sempre-aquela-mas/view)

13. (Vunesp – Escrevente Técnico Judiciário – TJ – SP/2008) Considerando I – guardiãos, II – guardi-ães e III – guardiões, é correto afirmar que o plural masculino do termo guardiã, que ocorre no primeiro parágrafo, está devidamente expresso apenas em

a) I.

b) II.

c) III.

d) I e III.

e) II e III.

COMENTÁRIOS

µ Nota da autora: Plurais de guardião: guardi-ães e guardiões.

Alternativa correta: letra “e”.

14. (Vunesp – Escrevente Técnico Judiciário – TJ – SP/2008) Assinale a alternativa em que os termos fazem o plural a exemplo de pré-universitária.

a) azul-marinho, super-homem.

b) pôr do sol, reco-reco.

c) infraestrutura, pós-graduação.

d) homem-bomba, pé-de-moleque.

e) viúva-negra, pau-a-pique.

COMENTÁRIOS

µ Nota da autora:Dica – Plural dos substan-tivos compostos. A formação do plural dos subs-tantivos compostos depende da forma como são

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Revisaço® – Língua Portuguesa • Duda Nogueira172

grafados, do tipo de palavras que formam o com-posto e da relação que estabelecem entre si. Aqueles que são grafados sem hífen comportam-se como os substantivos simples:

} aguardente e aguardentes

} girassol e girassóis

} pontapé e pontapés

} malmequer e malmequeres

O plural dos substantivos compostos cujos ele-mentos são ligados por hífen costuma provocar mui-tas dúvidas e discussões. Algumas orientações são dadas a seguir:

I. Flexionam-se os dois elementos, quando for-mados de:

} substantivo + substantivo = couve-flor e couves--flores

} substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amo-res-perfeitos

} adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis--homens

} numeral + substantivo = quinta-feira e quintas--feiras

II. Flexiona-se somente o segundo elemento, quando formados de:

} verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda--roupas

} palavra invariável + palavra variável = alto-fa-lante e alto-falantes

} palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-recos

III. Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando formados de:

} substantivo + preposição clara + substantivo = água-de-colônia e águas-de-colônia

} substantivo + preposição oculta + substantivo = cavalo-vapor e cavalos-vapor

} substantivo + substantivo que funciona como determinante do primeiro, ou seja, especifica a função ou o tipo do termo anterior.

Exemplos:

} palavra-chave → palavras-chave

} bomba-relógio → bombas-relógio

} notícia-bomba → notícias-bomba

} homem-rã → homens-rã

} peixe-espada → peixes-espada

IV. Permanecem invariáveis, quando formados de:

} verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora

} verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os saca-rolhas

V. Casos Especiais:

o louva-a-deus e os louva-a-deus

o bem-te-vi e os bem-te-vis

o bem-me-quer e os bem-me-queres

o joão-ninguém e os joões-ninguém.

(Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf28.php).

Alternativa “a”: Azul-marinho é invariável; super-homens.

Alternativa “b”: Pôr-do-sol – substantivo mas-culino – pores-do-sol. Reco-reco – palavra formada por elemento onomatopaico (imita a voz natural ou o som de alguma coisa) varia só o segundo ele-mento= reco-recos.

Alternativa “c”: Prefixo é invariável: pré-uni-versitárias. Na alternativa correta: infraestruturas e pós-graduações. Após a reforma ortográfica, o vocábulo infraestrutura deixou de ter hífen. Regra: Prefixo termina em vogal e o radical inicia com vogal distinta = sem hífen.

Alternativa “d”: homens-bomba; pés-de-mo-leque.

Alternativa “e”: Viúvas-negras: substantivo + adjetivo= variam os dois elementos. Pau-a-pique (paredes de varas entrecruzadas) substantivo + pre-posição + substantivo: varia só o primeiro elemento= paus-a-pique.

Alternativa correta: letra “c”.

Charge:

(www.chargeonline.com.br)

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Flexão nominal 173

15. (Vunesp – Escrevente Técnico Judiciário – TJ – SP/2008) Na situação de comunicação apresentada, o aumentativo em “palhação” faz com que a palavra assuma um valor

a) de espanto.

b) de tamanho.

c) afetivo.

d) de admiração.

e) pejorativo.

COMENTÁRIOS

Alternativa “a”: De espanto: seria surpresa.

Alternativa “b”: De tamanho: seria o grau aumentativo do substantivo palhaço.

Alternativa “c”: Afetivo: seria demonstração de afeição.

Alternativa “d”: De admiração: seria demons-tração de surpresa ou respeito.

Alternativa “e”: Pejorativo: adjetivo que expressa sentido depreciativo, negativo no contexto.

Alternativa correta: letra “e”.

16. (Vunesp – Escrevente Técnico Judiciário – TJ – SP/2007) O grau do adjetivo maior em – … situação de fragilidade ainda maior – repete-se em:

a) A floresta tropical da Amazônia será substituída por uma vegetação menos rica que a savana.

b) As populações da África são as mais vulneráveis do planeta.

c) Os novos projetos de desenvolvimento sustentá-vel são os melhores até agora apresentados.

d) O cenário para o meio ambiente é o mais som-brio já projetado.

e) O relatório científico deste ano teve um tom mais ameno que o do ano passado.

COMENTÁRIOS

µ Nota da autora: Questão de grau de adjetivo. Caso seja necessário relembrar a teoria, vá às dicas, no final do capítulo.

Alternativa “a”: Menos rica – grau comparativo de inferioridade: o advérbio menos anteposto ao adjetivo menos que.

Alternativa “b”: A mais = grau superlativo relativo de superioridade. As populações da África = (os seres) se sobressaem em relação às outras populações.

Alternativa “c”: Os melhores = grau superlativo relativo de superioridade.

Alternativa “d”: O mais sombrio = grau superla-tivo relativo de superioridade.

Alternativa “e”: Mais ameno – grau compara-tivo de superioridade e formado pelo advérbio ainda anteposto ao adjetivo ameno e a conjunção que (ou do que) vem posposta ao adjetivo. Mais ameno que / ainda maior que.

Lembre-se: “maior” equivale a “mais grande”, por isso comparativo de superioridade.

Alternativa correta: letra “e”.

4. UECE

17. (UECE – Agente Penitenciário – CE/2011) O plural do diminutivo das palavras “renovação” e “sinal está corretamente escrito em

a) renovaçõesinhas e sinalsinhos.

b) renovaçõeszinhas e sinaiszinhos.

c) renovaçõezinhas e sinaizinhos.

d) renovaçõizinhas e sinaezinhos.

COMENTÁRIOS

µ Nota da autora: Renovação/Renovações/Renovaçõezinhas – Sinal/Sinais/Sinaizinhos.

Plural dos Diminutivos = Flexiona-se o substan-tivo no plural, retira-se o “s” final e acrescenta-se o sufixo diminutivo“ zinhos (as)”.

Exemplos:

} renovação = renovações(s) + zinhas = renova-çõezinhas

} sinal = sinai(s) + zinhos = sinaizinhos

Os substantivos terminados em ão fazem o plural de três maneiras.

– substituindo o – ão por – ões (Exemplo: reno-vação – renovações)

– substituindo o – ão por – ães (Exemplo: cão – cães)

– substituindo o – ão por – ãos (Exemplo: grão – grãos)

Os substantivos terminados em – al, – el, – ol, – ul flexionam-se no plural, trocando o – l por – is.

Exemplos: sinal – sinais / caracol – caracóis / hotel – hotéis

Exceções: mal e males, cônsul e cônsules.

Alternativa correta: letra “c”.

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Revisaço® – Língua Portuguesa • Duda Nogueira174

5. ACP

18. (ACP – Escrivão de Polícia – RS/2010) Rela-cione as colunas, associando as palavras da primeira coluna aos respectivos modos de formação de plural.

(1) Forma o plural somente em “ãos”.

(2) Forma o plural somente em “ães”.

(3) Forma o plural somente em “ões”.

(4) Admite mais de uma forma para o plural.

I. () menção

II. () escrivão

III. () contramão

IV. () sermão

V. () cidadão

VI. () ancião

VII. () tabelião

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, na segunda coluna, é

a) 1 – 1 – 4 – 2 – 3 – 2 – 4.

b) 1 – 2 – 4 – 3 – 2 – 4 – 3.

c) 2 – 1 – 3 – 4 – 1 – 3 – 2.

d) 3 – 2 – 1 – 3 – 1 – 4 – 2.

e) 3 – 4 – 1 – 1 – 3 – 2 – 4.

COMENTÁRIOS

Item I: Menção – plural: menções (3);

Item II: Escrivão – plural: escrivães (2);

Item III: Contramão – plural: contramãos (1);

Item IV: Sermão – plural: sermões (3);

Item V: Cidadão – plural: cidadãos (1);

Item VI: Ancião – plural: admite mais de uma forma: anciães, anciões, anciãos (4);

Item VII: Tabelião – plural: tabeliães (2).

Alternativa correta: letra “d”.

19. (ACP – Inspetor de Polícia – RS/2010) A única palavra que forma o plural da mesma maneira que alemão é

a) casarão.

b) corrimão.

c) acórdão.

d) capelão.

e) aldeão.

COMENTÁRIOS

Alternativa “a”: casarões.

Alternativa “b”: corrimões ou corrimãos.

Alternativa “c”: acórdãos.

Alternativa “d”: Capelão – alemão: palavras for-mam o plural dos substantivos terminados em ão = ães: capelães – alemães.

Alternativa “e”: aldeãos, aldeões ou aldeães.

Alternativa correta: letra “d”.

6. CONSULPLAN

20. (Consulplan – Técnico Judiciário – Área Admi-nistrativa - TSE/2012) Em vales-presentes, o plural se fez com a flexão dos dois elementos. Assinale a palavra composta em que se devem pluralizar igual-mente os dois elementos.

a) reco-reco

b) tique-taque

c) guarda-roupa

d) primeiro-ministro

COMENTÁRIOS

Alternativa “a”: reco-recos: no caso de com-postos formados por palavras repetidas, somente o segundo é flexionado.

Alternativa “b”: tique-taques: em compostos formados por palavras onomatopaicas, apenas o segundo varia.

Alternativa “c”: verbo + substantivo = guarda--roupas. O verbo é invariável – sentido de guardar a roupa.

Cuidado! Em guarda-civil, por exemplo, temos substantivo (o guarda) + adjetivo e os dois elemen-tos são vaiáveis: guardas- civis.

Alternativa “d”: O vocábulo vales-presentes é composto por substantivo + substantivo e os elementos variam. Em “primeiro-ministro”, temos numeral + substantivo e os dois elementos também são variáveis: primeiros-ministros.

Alternativa correta: letra “d”.

QUESTÕES NÍVEL SUPERIOR

1. INSTITUTO ÂNIMA SOCIESC

01. (Instituto Ânima Sociesc – Professor de Ensino Fundamental – Jaraguá do Sul SC/2020) No trecho: “Isso está abrindo um horizonte riquís-

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Flexão nominal 175

simo de possibilidades” o vocábulo destacado é um adjetivo:

a) Superlativo absoluto analítico.

b) Comparativo de superioridade analítico.

c) Comparativo de superioridade sintético.

d) Comparativo de igualdade.

e) Superlativo absoluto sintético.

COMENTÁRIOS

µ Nota da autora: Não pode ser comparativo por haver apenas um elemento e não haver com-paração alguma. É superlativo porque há exagero, basta saber se é absoluto ou relativo, analítico ou sintético. Dica nos comentários a seguir.

Alternativa “a”: Superlativo: exagero; abso-luto: um elemento; não é analítico porque não pos-sui advérbio.

Alternativa “b”: Não compara elementos, não possui estas estruturas: mais ... (do) que, menos ... (do) que, tão ... quanto.

Alternativa “c”: Não é comparativo.

Alternativa “d”: Como visto na alternativa “b”, não existe comparação.

Alternativa “e”: Superlativo: exagero; abso-luto: um elemento; sintético: o exagero é feito atra-vés do sufixo.

Alternativa correta: letra “e”.

2. FEPESE

02. (FEPESE – Promotor de Justiça – SC/2014) Analise o enunciado da questão abaixo e assinale se ele é falso ou verdadeiro:

( ) Considerando os substantivos mal, quintal, mês, ônibus, caráter, rapaz, vez, entre outros nomes terminados em [l], [s], [r] ou [z], pode-se formular a seguinte regra de formação do plural:

O plural de todos os nomes terminados em [l], [s], [r] ou [z] é feito com acréscimo da uma vogal temá-tica [e] e da desinência de número [s], mantendo-se o mesmo radical do singular.

( ) Verdadeiro ( ) Falso

COMENTÁRIOS

µ Nota da autora: questão de concordância (flexão nominal, plural dos substantivos).

Regras:

Os substantivos terminados em “-s” formam o plural com acréscimo de “-es”: gás/gases, mês/meses, país/países. Quando paroxítonos ou propa-

roxítonos, passam a ser invariáveis – o artigo (ou o numeral) indica a pluralização: um lápis/dois lápis, o atlas/os atlas, um ônibus/três ônibus, o pires/os pires, o vírus/os vírus.

Plurais dos vocábulos da questão: mal – males, quintal – quintais, mês – meses, ônibus – não possui, caráter – caracteres, rapaz – rapazes, vez – vezes.

Alternativa errada.

3. MPE

Texto para a questão.

A relação entre democracia e capitalismo foi sempre uma relação tensa, se não mesmo de con-tradição. O capitalismo só se sente seguro se gover-nado por quem tem capital ou se identifica com as suas “necessidades”, enquanto a democracia é o governo das maiorias que nem têm capital nem razões para se identificar com as “necessidades” do capitalismo, bem pelo contrário. O conflito é distributivo: a pulsão para a acumulação e concen-tração da riqueza por parte dos capitalistas e a rei-vindicação da redistribuição da riqueza por parte dos trabalhadores e suas famílias. A burguesia teve sempre pavor de que as maiorias pobres tomassem o poder e usou o poder político que as revoluções do século XIX lhe concederam para impedir que tal ocorresse. Concebeu a democracia liberal de modo a garantir isso mesmo, através de medidas que mudaram no tempo, mas mantiveram o objetivo: restrições ao sufrágio, primazia absoluta do direito de propriedade individual, sistema político e eleito-ral com múltiplas válvulas de segurança, repressão violenta de atividade política fora das instituições, corrupção dos políticos, legalização dos lóbis.

No imediato pós-guerra, muito poucos paí-ses tinham democracia, vastas regiões do mundo estavam sujeitas ao colonialismo europeu que servira para consolidar o capitalismo euro-norte--americano, a Europa encontrava- se devastada por mais uma guerra provocada pela supremacia alemã, e, no Leste, consolidava-se o regime comu-nista que se via como alternativa ao capitalismo e à democracia liberal. Foi neste contexto que surgiu o chamado capitalismo democrático, um sistema assente na ideia de que, para ser compatível com a democracia, o capitalismo deveria ser fortemente regulado, o que implicava a nacionalização de setores importantes da economia, a tributação progressiva, a imposição da negociação coletiva e até, como aconteceu na então Alemanha Ociden-tal, a participação dos trabalhadores na gestão das empresas. No plano científico, Keynes repre-

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Revisaço® – Língua Portuguesa • Duda Nogueira176

sentava, então, a tradição econômica, e Hayek, a dissidência. No plano político, os direitos econô-micos e sociais foram o instrumento privilegiado para estabilizar as expectativas dos cidadãos e defendê-las das flutuações constantes e imprevisí-veis dos “sinais dos mercados”. Esta mudança alte-rava os termos do conflito distributivo, mas não o eliminava. ………………, tinha todas as condições para acirrá-lo logo que abrandasse o crescimento econômico, o que se registrou nas três décadas seguintes. E assim sucedeu.

Desde 1970, os Estados centrais têm vindo a gerir o conflito entre as exigências dos cidadãos e as exigências do capital, recorrendo a um conjunto de soluções que gradualmente foram dando mais poder ao capital. Primeiro, foi a inflação, depois, a luta contra a inflação acompanhada do aumento do desemprego e do ataque ao poder dos sindi-catos, a seguir, o endividamento do Estado em resultado da luta do capital contra a tributação, da estagnação econômica e do aumento das despesas sociais decorrentes do aumento do desemprego e, finalmente, o endividamento das famílias, seduzi-das pelas facilidades de crédito concedidas por um setor financeiro livre de regulações estatais, para iludir o colapso das expectativas a respeito do con-sumo, educação e habitação.

Até que a engenharia das soluções fictícias che-gou ao fim, com a crise de 2008, e se tornou claro quem tinha ganho o conflito distributivo: o capital. Prova disso: o disparar das desigualdades sociais e o assalto final às expectativas de vida digna da maioria (os cidadãos) para garantir as expectativas de rentabilidade da minoria (o capital financeiro). A democracia perdeu a batalha, mas só não perderá a guerra se as maiorias perderem o medo e força-rem o capital a voltar a ter medo, como sucedeu há 60 anos.

Adaptado de: SANTOS, B. S. Democracia ou capitalismo?. Disponível em: < http://visao.sapo.

pt/boaventura-sousa-santos=s23499#ixzz3BLyL-Z6xe>. Acesso em: 28 de junho de 2014.

03. (MPE-MS – Promotor de Justiça – MS/2014) Considere as seguintes afirmações sobre palavras do texto.

I - A palavra corrupção (primeiro parágrafo) e a palavra corruptela são palavras cognatas.

II - A palavra lóbis (primeiro parágrafo) é a forma plural da palavra lóbi.

III - A palavra assente (segundo parágrafo) poderia ser substituída por firmado, sem acarretar alte-ração do significado.

Quais estão corretas?

a) Apenas I.

b) Apenas II.

c) Apenas III.

d) Apenas I e II.

e) I, II e III.

COMENTÁRIOS

µ Nota da autora: Questão de flexão nominal, processo de formação das palavras e ortografia.

Afirmação I: Certo. Palavras cognatas nascem de uma mesma raiz e apresentam a mesma origem etimológica. Corrupção: Ação ou efeito de corrom-per (Etm. do latim: corruptio.onis); corruptela: cor-rupção. Eliminadas B e C.

Afirmação II: Certo quanto à pluralização e sig-nifica ação que visa influir na votação de uma determi-nada lei. Eliminada A.

Afirmação III: Certo. Assente: construído de maneira estável e firme; sólido. Firmado: que se firmou; firme, estável. Eliminada D.

Alternativa correta: letra “e”.

QUESTÕES CARREIRAS FISCAIS

Não há questões recentes da área fiscal.

QUESTÕES INÉDITAS01. (Duda Nogueira) Assinale a alternativa cujas palavras se apresentam flexionadas de acordo com a norma-padrão.

a) abelhas-europa; abelhas-europas; laranjas-baiana; salários-mínimo;

b) aves-maria; salve- rainhas; beija-flores; altos-fa-lante

c) os fora da lei; os fora de série; corres-corres; lam-be-lambes

d) abelha-europas; salários-mínimos; beijas-flor; os corre-corres

e) foras da lei; os lambe-lambe; ave-marias; laranja--baianas

COMENTÁRIOS

µ Nota da autora: Visando a questões futuras, vamos a algumas exceções e novidades.

a) abelhas-europa ou abelhas-europas

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Flexão nominal 177

u DICAModernamente, os autores têm admitido duas

pluralizações para os substantivos compostos for-mados por dois substantivos em que o segundo indi-que tipo ou finalidade do primeiro: ambos no plural ou somente o primeiro. O Volp corrobora com isso.*

- Correção: laranjas-baianas e salários-mínimos

u DICAÉ a soma de substantivo com adjetivo.

Salário-mínimo, com hífen, é o nome dado ao trabalhador que recebe o salário mínimo, sem hífen, o salário propriamente dito.*

b) ave-marias e salve-rainhas

u DICAInterjeição + substantivo: somente o último

elemento se pluraliza.

- beija-flores

u DICAverbo + substantivo: somente o último ele-

mento se pluraliza.

- alto- falantes:

u DICAadvérbio + adjetivo: somente o último ele-

mento se pluraliza.

c) os fora da lei e os fora de série

u DICA

Três ou mais palavras: Se o segundo elemento for uma preposição, só o primeiro irá para o plural.

Cuidado! Se o primeiro elemento for invariável, o substantivo todo ficará invariável.

- corres-corres

u DICA

Modernamente, os autores têm admitido duas pluralizações para os substantivos compostos for-mados por dois verbos: ambos no plural ou somente o último: corres-corres ou corre-corres.

- lambe-lambes

u DICA

O Volp, 5° edição, registra somente o plural lam-be-lambes para o substantivo lambe-lambe, cujo significado é, segundo o dicionário Houaiss, “fotó-grafo ambulante que fica geralmente postado em praças e jardins públicos”.

Os vocábulos das alternativas D e E foram expli-cados acima.

*Fonte: disponível em < http://www.gramaticaonline.com.br/>

Alternativa correta: letra “c”.

02. (Duda Nogueira) Em “A aluna néscia* é a per-sonagem principal daquela história.” e “O aluno nés-cio* é o personagem principal daquela história.”, as flexões de gênero foram empregadas corretamente.

*Néscio(a): característica de quem não possui conhecimento, capacidade, sentido ou coerência.

( ) certo ( ) errado

COMENTÁRIOS

Pode-se usar a personagem ou o personagem.

A palavra personagem pode ser um substantivo feminino ou um substantivo masculino e se refere a uma pessoa importante, a um protagonista, a uma figura dramática.

Normalmente, na língua portuguesa, os substan-tivos acabados em –agem são femininos: barragem, tatuagem, garagem, passagem, viagem… Assim, a palavra personagem se apresenta como sendo um substantivo sobrecomum feminino.

Talvez por influência da regra do francês em que as palavras terminadas em –age são masculinas, a palavra personagem sofreu evolução na língua por-tuguesa, apresentando-se também como um subs-tantivo sobrecomum masculino.

Outras opções também corretas:

A aluna néscia é o personagem principal daquela história.

O aluno néscio é a personagem principal daquela história.

Alternativa correta.

�DICAS

1. FLEXÃO DO SUBSTANTIVO

1.1. FLEXÃO DE GÊNEROGênero é a propriedade que as palavras têm de

indicar sexo real ou fictício dos seres. São dois gêne-ros: masculino e feminino.

1.1.1. SUBSTANTIVOS BIFORMES E SUBS-TANTIVOS UNIFORMES

Atente-se ao que facilita: uni = uma; bi = duas.

Biformes: possuem duas formas, uma para o masculino e outra para o feminino.

Masculino FemininoMenino Menina

Amigo Amiga

Gato Gata

Candidato Candidata

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Revisaço® – Língua Portuguesa • Duda Nogueira178

Uniformes: possuem uma única forma e são classificados em:

1.1.2. EPICENOSTêm um só gênero e nomeiam bichos.

Onça macho Onça fêmea

Jacaré macho Jacaré fêmea

Foca macho Foca fêmea

1.1.3. SOBRECOMUNSTêm um só gênero e nomeiam pessoas.

1) a criança

2) a testemunha

3) o cônjuge

4) o carrasco

5) o ídolo

Observação: há substantivos que, variando de gênero, variam em seu significado:

– o rádio (aparelho receptor) e a rádio (estação emissora)

– o capital (dinheiro) e a capital (cidade)

1.1.4. COMUNS DE DOIS GÊNEROSIndicam o sexo das pessoas por meio do artigo.

o dentista a dentista

um jovem uma jovem

o imigrante a imigrante

1.2. FORMAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS BIFORMES E UNIFORMES

1.2.1. SUBSTANTIVOS BIFORMES

Regra geral Troca-se a terminação -o por -a Aluno – Aluna

Substantivos terminados em -ês Acrescenta-se -a ao masculino Freguês – Freguesa

Substantivos terminados em -ão

Fazem o feminino de três formas:

Troca-se -ão por -oa Patrão – Patroa

Troca-se -ão por -ã Campeão – Campeã

Troca-se -ão por -onaSolteirão – Solteirona

Barão – Baronesa

Exceções:Ladrão – Ladra

Sultão – Sultana

Substantivos terminados em -or

1. Acrescenta-se -a ao masculino Doutor – Doutora

2. Troca-se -or por -triz Imperador – Imperatriz

Substantivos com feminino em-esa, -essa, -isa

-esa Cônsul – Consulesa

-essa Conde – Condessa

-isa Poeta – Poetisa

Substantivos que formam o feminino trocando o -e final por -a Elefante – Elefanta

Substantivos que têm radicais diferentes no masculino e no feminino Bode – Cabra / Boi – Vaca

Substantivos que formam o feminino de maneira especial, isto é, não seguem nenhuma das regras anteriores: Czar – Czarina / Réu – Ré

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Flexão nominal 179

1.2.2. FLEXÃO DE NÚMERO DO SUBSTANTIVO

1.2.2.1. PLURAL DOS SUBSTANTIVOS SIMPLES

Os substanti-vos termina-

dos em

vogal, ditongo oral e n fazem o plural pelo

acréscimo de s

pai – pais / ímã – ímãs

hífen – hifens (sem acento, no plural)

Exceção: cânon – cânones.

m fazem o plural em ns homem – homens

r e z fazem o plural pelo acréscimo de es

revólver – revólveres / raiz – raízes

Atenção! O plural de caráter é caracteres.

al, el, ol, ul flexionam-se no plural, trocando o l por is

quintal – quintais / caracol – caracóis / hotel – hotéis

Exceções: mal e males, cônsul e cônsules.

-il fazem o plural de duas maneiras:

Quando oxítonos, em is. canil – canis

Quando paroxítonos, em eis. míssil – mísseis.

Obs.: a palavra réptil pode formar seu plural de duas maneiras: répteis ou reptis (pouco usada).

Os substanti-vos termina-

dos em

-s fazem o plural de duas maneiras:

Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o acréscimo de es.

ás – ases

retrós – retroses

Quando paroxítonos ou proparoxíto-nos, ficam invariáveis.

o lápis – os lápis

o ônibus – os ônibus.

-ão fazem o plural de três maneiras

substituindo o – ão por – ões ação – ações

substituindo o – ão por – ães cão – cães

substituindo o – ão por – ãos grão – grãos

x ficam invariáveis o látex – os látex.

1.2.2.2. PLURAL DOS SUBSTANTIVOS COMPOSTOS

A formação do plural dos substantivos compostos depende da forma como são grafados, do tipo de pala-vras que formam o composto e da relação que estabelecem entre si. Aqueles que são grafados sem hífen comportam-se como os substantivos simples.

aguardente e aguardentes pontapé e pontapés

girassol e girassóis malmequer e malmequeres

O plural dos substantivos compostos cujos elementos são ligados por hífen costuma provocar muitas dúvidas e discussões. Vamos a elas.

1Flexionam-se os dois elementos, quando

formados de

substantivo + substantivo couve-flor e couves-flores

substantivo + adjetivo amor-perfeito e amores-perfeitos

adjetivo + substantivo gentil-homem e gentis-homens

numeral + substantivo quinta-feira e quintas-feiras

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Revisaço® – Língua Portuguesa • Duda Nogueira180

2

Flexiona-se somente o segundo ele-mento, quando

formados de

verbo + substantivo guarda-roupa g guarda-roupas

palavra invariável + palavra variável alto-falante g alto-falantes

palavras repetidas ou imitativas reco-reco g reco-recos

3

Flexiona-se somente o primeiro ele-mento, quando

formados de

substantivo + preposição clara + substantivo água-de-colônia g águas-de-colônia

substantivo + preposição oculta + substantivo cavalo-vapor g cavalos-vapor

substantivo + substantivo que funciona como determinante do primeiro, ou seja, especifica

a função ou o tipo do termo anterior

palavra-chave g palavras-chave

bomba-relógio g bombas-relógio

notícia-bomba g notícias-bomba

homem-rã g homens-rã

peixe-espada g peixes-espada

4Permanecem

invariáveis, quando formados de

verbo + advérbio o bota-fora e os bota-fora

verbo + substantivo no plural o saca-rolhas e os saca-rolhas

5 Casos Especiais

o louva-a-deus g os louva-a-deus

o bem-te-vi g os bem-te-vis

o bem-me-quer g os bem-me-queres

o joão-ninguém g os joões-ninguém

1.3. FLEXÃO DE GRAU DO SUBSTANTIVOGrau é a propriedade que as palavras têm de exprimir as variações de tamanho dos seres.

Grau Definição Exemplo

Neutro Indica um ser de tamanho considerado natural. rocha, papel, lápis

Aumentativo

— Indica o aumento do tamanho do ser. bocarra (boca), muralha (muro), pedrona (pedra)

Analítico O substantivo é acompanhado de um adjetivo que indica grandeza. casa grande

Sintético É acrescido ao substantivo um sufixo indicador de aumento. Fácil: sintético = sufixo. casarão

Diminutivo

— Indica a diminuição do tamanho do ser. gatinho (gato), bigodinho (bigode), vidro (vidrinho)

Analítico Substantivo acompanhado de um adjetivo que indica pequenez. casa pequena

Sintético É acrescido ao substantivo um sufixo indicador de diminuição. Fácil: sintético = sufixo. casinha

1.4. FLEXÃO DE GÊNERO DO ADJETIVOOs adjetivos concordam com o substantivo a que se referem (masculino e feminino.

1.4.1. ADJETIVOS UNIFORMES E BIFORMES

Biformes Têm duas formas, sendo uma para o masculino e outra para o feminino.

Estudioso, estudiosa, vencedor, vencedora

uniformes Têm uma só forma tanto para o masculino como para o feminino. Feliz, confiante, contente

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Flexão nominal 181

1.5. FLEXÃO DE NÚMERO

1.5.1. PLURAL DOS ADJETIVOS SIMPLESOs adjetivos simples flexionam-se no plural de acordo com as regras estabelecidas para a flexão numérica

dos substantivos simples.

mau e maus feliz e felizes

ruim e ruins boa e boas

Em concursos – Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça função de substantivo, ficará inva-riável, ou seja, se a palavra que estiver qualificando um elemento for, originalmente, um substantivo, ela man-terá sua forma primitiva.

A palavra violeta é um substantivo, porém, se estiver qualificando um elemento, funcionará como adje-tivo. Ficará invariável. Ex.: camisas violeta, ternos violeta.

Comparando

Blusas vinho – substantivo adjetivado = singular Blusas verdes – adjetivo = plural

Tetos musgo – substantivo adjetivado = singular Tetos azuis – adjetivo = plural

Livros monstro – substantivo adjetivado = singular Livros grandiosos – adjetivo = plural

1.5.2. PLURAL DOS ADJETIVOS COMPOSTOSAdjetivo composto é aquele formado por dois ou mais elementos. Normalmente, esses elementos são

ligados por hífen.

Regra: apenas o último elemento concorda com o substantivo a que se refere; os demais ficam na forma masculina, singular. camisas verde-claras

Em concursos – Caso um dos elementos que forma o adjetivo composto seja um substantivo adjetivado, todo o adjetivo composto ficará invariável.

As palavras ouro e café são originalmente substantivos, porém, se estiverem qualificando um elemento, funcionarão como adjetivos. Caso se ligue a outra palavra por hífen, formará um adjetivo composto; como é um substantivo adjetivado, o adjetivo composto inteiro ficará invariável.

Ex.: 1) Camisas amarelo-ouro. 2) Telhados marrom-café.

Observações importantes

Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer adjetivo composto iniciado por cor-de-… são sempre invariáveis.

Ex.: Blusas azul-marinho, Blusas azul-celeste, Blusas cor-de-rosa

Os adjetivos compostos surdo-mudo e pele-vermelha têm os dois elementos flexionados.

Ex.: Meninos surdos-mudos, Crianças peles-vermelhas

1.6. FLEXÃO DE GRAUOs adjetivos flexionam-se em grau para indicar a intensidade da qualidade do ser. São dois os graus do

adjetivo: o comparativo e o superlativo.

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Revisaço® – Língua Portuguesa • Duda Nogueira182

1.6.1. GRAU COMPARATIVO

Igualdade tão como (quanto)

Superioridade mais (do que)

Inferioridade menos (do que)

Em concursos – Na comparação, a preposição é facultativa: mais que ou mais do que, menos que ou menos do que.

1.6.2. GRAU SUPERLATIVOO superlativo expressa qualidades num grau muito elevado ou em grau máximo. O grau superlativo pode

ser absoluto ou relativo.

Absoluto Relativo

Ocorre quando a qualidade de um ser é intensificada, sem relação com outros seres.

Ocorre quando a qualidade de um ser é inten-sificada em relação a um conjunto de seres.

Analítico Sintético Superioridade Inferioridade

a intensificação se faz com o auxílio de palavras que dão ideia

de intensidade (advérbios).

O secretário é muito inteligente.

A intensificação se faz por meio do acréscimo de sufixos.

O secretário é inteligentís-simo.

Clara é a mais bela da sala.

Clara é a menos bela da sala.

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Pronome

TABELA DE INCIDÊNCIA DE QUESTÕES

Assunto Número de Questões Peso

QUESTÕES NÍVEL MÉDIO

1. CESPE/CEBRASPE 5 3,70%

2. FCC 10 7,41%

3. FGV 4 2,96%

4. VUNESP 23 17,04%

5. CESGRANRIO 4 2,96%

6. CONSULPLAN 2 1,48%

QUESTÕES NÍVEL SUPERIOR

1. CESPE/CEBRASPE 15 11,11%

2. FCC 10 7,41%

3. FGV 12 8,89%

4. VUNESP 13 9,63%

5. IBFC 1 0,74%

6. FUNDATEC 3 2,22%

7. CONSULPLAN 5 3,70%

8. FEPESE 4 2,96%

9. MPE 6 4,44%

10. IBGP 1 0,74%

11. CETREDE 2 1,48%

12. INDECAP 1 0,74%

QUESTÕES DIFÍCEIS

1. CESPE/CEBRASPE 2 1,48%

2. VUNESP 1 0,74%

3. UFPR 2 1,48%

4. FCC 5 3,70%

5. CETRO 1 0,74%

6. IC 1 0,74%

QUESTÕES INÉDITAS 2 1,48%

Total 135 100%

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Pronome

As questões de pronome estão diretamente ligadas à sintaxe de regência. Em alguns casos, é necessário saber a teoria de colocação pronominal – próclise, ênclise e mesóclise. Essencial saber quais palavras atraem o pronome oblíquo. Dicas no final do capítulo.

QUESTÕES NÍVEL MÉDIO

1. CESPE/CEBRASPE

Fragmento de texto para responder à questão.

(...) Estúpida, tímida e livre. Não vitoriosa como seria um galo em fuga. Que é que havia nas suas vísceras que fazia dela um ser? A galinha é um ser. É verdade que não se poderia contar com ela para nada. Nem ela própria contava consigo, como o galo crê na sua crista. Sua única vantagem é que havia tantas galinhas que morrendo uma surgiria no mesmo instante outra tão igual como se fora a mesma.

Clarice Lispector. Uma galinha. In: Laços de família: contos. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

01. (Cebraspe – Técnico Ministerial – MPE CE - 2020 - adaptada) No trecho “É verdade que não se poderia contar com ela para nada”, o uso da próclise justifica-se pela presença da palavra negativa “não”.

( ) certo ( ) errado

COMENTÁRIOS

Advérbio e palavras negativas atraem o pro-nome pessoal oblíquo, ou seja, a próclise é obriga-tória nesses casos.

Alternativa correta.

Texto para responder à questão.

Entre todos os fatores técnicos da mobilidade, um papel particularmente importante foi desem-penhado pelo transporte da informação — o tipo de comunicação que não envolve o movimento de corpos físicos ou só o faz secundária e marginal-mente. Desenvolveram-se, de forma consistente, meios técnicos que também permitiram à informa-ção viajar independentemente dos seus portado-res físicos — e independentemente também dos objetos sobre os quais informava: meios que liber-taram os “significantes” do controle dos “significa-dos”. A separação dos movimentos da informação em relação aos movimentos dos seus portadores e objetos permitiu, por sua vez, a diferenciação de suas velocidades; o movimento da informa-ção ganhava velocidade num ritmo muito mais rápido que a viagem dos corpos ou a mudança da situação sobre a qual se informava. Afinal, o aparecimento da rede mundial de computadores pôs fim — no que diz respeito à informação — à própria noção de “viagem” (e de “distância” a ser percorrida), o que tornou a informação instanta-neamente disponível em todo o planeta, tanto na teoria como na prática.

Zygmunt Bauman. Globalização: as consequências humanas.

Trad. Marcus Penchel. Rio de Janeiro: Zahar, 1999 (com adaptações).

02. (Cebraspe – Técnico Ministerial – MPE CE - 2020 - adaptada) As formas pronominais “os quais”

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