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1Principais Doenças dos Bezerros //

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PRINCIPAIS DOENÇAS DOS BEZERROS

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Introdução 03Onfalopatias 04

Poliartrite 07Diarreias 08

Doenças respiratórias 10Tristeza parasitária 12

Protocolo Sugestivo 14

ÍNDICE

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A fase de cria é a mais sensível de qualquer sistema de produção. Os bezerros, principalmente nas primeiras semanas de vida correm maior risco de adquirir doenças, sendo muito importante a atenção dos tratadores quanto aos cuidados básicos que devem ter com esses animais.

ONFALOPATIAS

POLIARTRITE (CARUARA)

DIARREIAS

DOENÇAS RESPIRATÓRIAS

TRISTEZA PARASITÁRIA

Estudos comprovam que as mais altas taxas de morbidade e mortalidade ocorrem em bezerros até o desmame, sendo que os problemas sanitários mais frequentes são as infecções de umbigo, diarreias, pneumonias, tristeza parasitária, verminoses, entre outras.

Ao lado, listamos as doenças mais comuns e prejudiciais à saúde dos bezerros:

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As onfalopatias são àquelas doenças que acometem o umbigo podendo ser classificadas como não infecciosas (hérnias, persistência de úraco, neoplasias, defeitos congênitos) e infeciosas, sendo que as onfalopatias podem ser denominadas como extra-abdominais (onfalites) ou intra-abdominais (onfaloflebites).

As onfalopatias infecciosas são as mais comuns e ocorrem na primeira semana de vida do bezerro. Como ao nascimento há a ruptura do cordão umbilical, até a completa cura e cicatrização, o umbigo é porta de entrada para os microrganismos do ambiente e da própria flora da

ONFALOPATIAS

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pele do animal. Dentre as principais bactérias oportunistas causadoras das onfalites podemos destacar: Staphylococcus spp., Streptococcus spp., Actinomyces pyogenes, Escherichia coli e Proteus spp. Além das infecções bacterianas podem haver infestações pela larva da mosca Cochliomya hominivorax conhecida popularmente por “bicheira”.

A infecção pode progredir além do umbigo, infeccionando os vasos sanguíneos umbilicais do animal, condição denominada onfaloflebite, que pode progredir aos órgãos internos causando abscessos hepáticos, septicemia, poliartrite, pneumonia, encefalite, endocardite, cistite, nefrite etc.

Nessas infecções umbilicais o sinal mais comum é o edema de umbigo (inchaço), ocorrendo também em alguns casos a presença de uma secreção serosa, hiperemia (coloração avermelhada) e dor à palpação. Quando há bicheira, a inflamação é mais pronunciada havendo larvas e sangramento no local.

O bezerro pode se manifestar apático, febril, e pode-se isolar do rebanho e permanecer deitado por longos períodos. Em casos mais graves, devido a progressão da infecção adentro do animal, podem haver outros sinais clínicos decorrentes de doenças secundárias como a poliartrite, por exemplo (descritos mais adiante nesse material).

De acordo com os sinais clínicos apresentados pelos bezerros podemos classificar a lesão umbilical.

Veja na página a seguir a tabela proposta por Seino (2014).

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Fonte: Adaptado de Seino (2014)

Avaliação do umbigo com o uso de graduação conforme à gravidade da lesão:

A melhor forma de prevenção é fazer a correta desinfecção e cura de umbigo de forma que o umbigo fique o mínimo de tempo possível aberto. Associado a esse procedimento, indica-se a administração de um produto com ação metafilática, que irá prevenir e ao mesmo tempo tratar os animais sob risco de infecção, nesse caso os bezerros recém-nascidos. A sugestão da J.A é o Pró-Bezerro, produto à base do antimicrobiano Penicilina Benzatina de longa ação, associado a um antiparasitário, protegendo o animal contra as doenças de umbigo e suas consequências durante todo o seu primeiro mês de vida

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Poliartrite é uma inflamação generalizada das articulações muito comum em bezerros. Nesses animais, ocorre em decorrência a entrada de bactérias pela cicatriz umbilical que irá adentrar ao organismo até atingir as articulações do animal. Como sinais clínicos podemos citar o som de crepitação da articulação, abscessos nas articulações, claudicação (animal manca), aumento de volume ou deformação das articulações, entre outros.

POLIARTRITEComo métodos de prevenção fazemos as mesmas indicações de todas as onfalopatias: preconizar as boas práticas de manejo e higiene, fazer a correta desinfecção e cura de umbigo, além de fazer uso de medicação com ação metafilática que irá conter a infecção do umbigo antes dela progredir e causar doenças secundárias como a poliartrite por exemplo.

(CARUARA)

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DIARREIASA diarreia é um distúrbio muito comum em bovinos, principalmente na categoria mais jovem e se caracteriza por grande perda de líquidos e eletrólitos corporais, causando desidratação variável. Dependendo do grau de desidratação, o animal pode perder grande quantidade de peso e até mesmo ir a óbito.São diversos os fatores desencadeantes dessa enfermidade, dentre esses agentes enteropatogênicos, podemos citar bactérias (Escherichia coli, Salmonella sp., Clostridium perfringens), vírus (rotavírus e coronavírus); protozoários (Eimeria sp., Cryptosporidium spp.); além de fatores nutricionais como a ingestão excessiva de leite ou rações. Como não há tratamento curativo para diarreias virais, iremos dar ênfase aqui naquelas de origem bacteriana e parasitária.

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Os diferentes tipos de diarreias podem apresentar sinais similares com poucas particularidades entre eles. Na tabela abaixo, veja as características das principais diarreias de origem bacteriana e parasitária dos bezerros:

Tipo de Diarreia Agente Epidemiologia Achados Clínicos

Colibacilose (curso branco)Diarreia pastosa, esbranquiçada ou amarelada, abundante e podendo progredir rapidamente para diarreia aquosa severa, seguida por desidratação, acidose metabólica e morte.

E. colienterotoxigênica;

Idade < 3 a 5 dias;Geralmente de 12 a 18h

após o nascimento;Comum ocorrer surtos;

Diarreia esbranquiçada, aguda, profusa;

Salmonelose (paratifo)Fezes líquidas com presença de muco, estrias de sangue e cor esverdeada ou acinzentada, forte odor e animal com febre alta. É mais frequente em animais abaixo de 3 meses de idade.

Salmonella spp; Todas as idades;Surtos;

Diarreia amarelada e aguda;

CriptosporidioseOs bezerros nascem fracos e logo após o nascimento apresentam diarreia amarela, emagrecimento progressivo, desidratação, depressão e morte entre 10 e 15 dias após o início dos sinais clínicos.

Cryptosporidium spp; Idade: 5 a 35 dias; Diarreia líquida a pastosa;

Eimeriose (curso negro)Fezes líquidas, escuras, contendo muco e sangue, com forte odor e que se aderem à cauda dos animais. É uma enterite contagiosa frequente em bovinos, ocorrem geralmente em animais de 1 a 6 meses de idade. Os animais adultos também podem apresentar a doença. A transmissão ocorre pela ingestão de água e alimentos contaminados, sendo que condições precárias de higiene, alta densidade de animais e umidade excessiva favorecem o aparecimento da doença.

Eimeria spp;

Todas as idades;Comum em locais com baixa

higiene;Confinamento;

Diarreia hemorrágica;

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O Complexo de Doenças Respiratórias de Bezerros (CDRB) envolve a broncopneumonia que é caracterizada pela inflamação dos bronquíolos e parênquima pulmonar devido a instalação de microrganismos nesse órgão. Dentre os agentes causadores dessa enfermidade podemos destacar aqueles bacterianos, sendo os principais a Mannheimia (Pasteurella) haemolytica, Pasteurella multocida,

Histophiis somni (Haemophilus sommus).

Existem fatores ambientais que influenciam no aumento do aparecimento e proliferação de doenças respiratórias na bezerrada dentre eles, a alta taxa de lotação, poeira e ventilação inadequada, tudo isso auxiliando a depressão do sistema imune do animal e propiciando o desenvolvimento de agentes patogênicos. A higiene e

RESPIRATÓRIASDOENÇAS

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manejo adequado na propriedade, adicionado à prática da colostragem é essencial para o controle dessa enfermidade na bezerrada.

Os animais precisam ser observados com frequência e qualquer sinal suspeito já deve ser motivo de um exame clínico mais minucioso. Animais acometidos manifestam tosse, secreção nasal, febre alta, alterações na auscultação pulmonar entre outros. A atenção para esses animais é essencial. Casos não tratados com rapidez podem evoluir para fibrose, aderências ou abscessos no tecido pulmonar sendo que depois dessa fase quase não há mais possibilidade de sucesso no tratamento.

Como tratamento às broncopneumonias de origem bacteriana a J.A Saúde Animal sugere o uso do Diclotril na dose de 1 mL/40 kg uma vez ao dia durante 3 a 5 dias, ou como segunda opção, o uso de Mastissulfa, 2 mL/15 kg, uma vez ao dia, durante 3 a 5 dias.

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A tristeza parasitária bovina (TPB), também conhecida como tristezinha, pendura, mal da ponta ou piroplasmose, é uma doença infecciosa e parasitária causada pela bactéria do gênero anaplasma (anaplasmose) e um protozoário do gênero babesia (babesiose), transmitida aos animais através do carrapato dos bovinos.

A tristeza parasitária é uma das principais causas de morte em bezerros nos primeiros meses de vida, principalmente os de

raças europeias, importados ou não, e aqueles provenientes de cruzamentos industriais em taurinos e zebuínos.

Embora este problema esteja presente tanto em rebanhos de corte quanto em rebanhos leiteiros, podemos destacar as criações leiteiras, onde muitas vezes não é fornecido o colostro nas quantidades e frequência adequadas. A eficiência imunitária nessa fase é fator fundamental na prevenção dessa enfermidade na bezerrada.

TRISTEZAPARASITÁRIA

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Por incrível que pareça, um reduzido contato com os carrapatos é desejável nessa fase jovem do animal. A permanência de bezerros em sistemas de “gaiolas” muitas vezes não permite o animal tenha esse contato e, dessa forma, desenvolva uma defesa natural contra a doença. Essa defesa será muito importante quando animal sair das gaiolas ou casinhas para ir posteriormente aos piquetes e ter um contato maior com os parasitas.

Dentre os principais sinais da doença podemos citar: respiração acelerada, anemia, mucosas pálidas ou amareladas, febre alta e ausência de apetite sendo que em casos mais graves pode ocorrer andar

cambaleante e incoordenação motora.

O tratamento dos animais doentes deve ser feito o quanto antes. A sugestão de tratamento da J.A é o uso de Ganavet Plus na dose de 1 mL/20 kg em dose única associado ao uso de Diclotril 1mL/20 kg uma vez ao dia, durante 3 dias. Pode-se utilizar também o Catofós B12, que irá estimular a produção de células sanguíneas e a recuperação do apetite do animal. Esse é um tratamento completo que visa eliminar tanto a Anaplasmose quanto a Babesiose, além de fornecer ao animal um bom suporte para a recuperação da doença.

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Onfalopatias(onfalites e onfaloflebites)

Diarreia parasitária

Doenças respiratórias

Diarreia bacteriana

Tristeza parasitária

PROTOCOLO SUGESTIVO DE TRATAMENTO Principais Doenças dos Bezerros

Pró-Bezerro®

Aplicar 1 seringa de 5 mL.(via intramuscular)

Iodo a 10%(uso local)

Fluidoterapia(soro)

Doença Tratamento e modo de uso Terapia Suporte

Ganavet® PlusAplicar 1 mL/20 kg, em dose única.(via intramuscular)

Diclotril®

Aplicar 1 mL/20 kg, 1 vez/dia, durante 3 dias.(via intramuscularou intravenosa)

MastissulfaAplicar 2 mL/15 kg, 1 vez /dia, durante 3 a 5 dias.(via intramuscularou intravenosa)

Turbo CálcioAplicar 1 mL/kg.(via intravenosa)

Turbo CálcioAplicar 1 mL/kg.(via intravenosa)

Catofós®

Aplicar 5 mL/kg1 vez/dia, durante3 dias.(via intramuscularou intravenosa)

Diclotril®

Aplicar 1 mL/40 kg, 1 vez/dia, durante 3 a 5 dias.(via intramuscularou intravenosa)

1ª opção

Diclotril®

Aplicar 1 mL/40 kg, 1 vez/dia, durante 3 a 5 dias.(via intramuscularou intravenosa)

1ª opção

MastissulfaAplicar 2 mL/15 kg, 1 vez /dia, durante 3 a 5 dias.(via intramuscularou intravenosa)

2ª opção

MastissulfaAplicar 2 mL/15 kg, 1 vez /dia, durante 3 a 5 dias.(via intramuscularou intravenosa)

2ª opção