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Os Percursores da Geração da Revista Mensagem1ª Diga os percursores da geração da mensagem?R: A Geração da Mensagem (19!"#$ da %iteratura ango%ana de e&pressão

portuguesa 'ormou"se na continuidade do movimento dos )ovos *nte%ectuais de Ango%a+ cu,o %ema " -amos Desco.rir Ango%a/ " operaria uma revo%ução decisiva nasociedade co%onia% dos 'ins da d0cada de !2Mensagem apresenta"se+ assim+ como o 3rgão cata%isador de um pun4ado de ,ovens ango%anos dispostos assumirem uma atitude de com.ate 'ronta% ao sistemasociocu%tura% vigente na 0poca2 5oi+ sem d6vida+ o mais 'orte contri.uto para averdadeira .usca de uma cu%tura+ de uma %iteratura aut7ntica+ socia% e+ so.retudo+participada28egundo os pr3prios mentores desta Geração+ Mensagem pretendia ser o marcoiniciador de uma cu%tura nova+ de Ango%a e por Ango%a 'undamenta%mente ango%ana2u%tura essa ;ue se dese,ava ;ue 'osse 'orte+ verdadeira+ pu,ante e 4umana2 Por 

estes motivos+ Mensagem proc%amava+ .em a%to+ o s%ogan cu%tura% e po%<tico deredesco.rir Ango%a28e se pretender encontrar as motivaç=es %iter>rias ;ue deram origem a esta'ort<ssima e marcante geração+ ser> essencia% dier ;ue ter> sido o Modernismo.rasi%eiro um dos movimentos %iter>rios estrangeiros ;ue mais incentivou estes ,ovens (,untamente com outros movimentos %iter>rios e cu%turais europeus vigentesna 0poca$ e ;ue mais os 'e avançar com a vontade de produirem uma %iteraturacapa de traduir e&atamente as necessidades+ sentimentos+ in;uietudes+ pro.%emase ansiedades da terra ango%ana2 O intuito principa% desta Geração era+ sem margempara d6vida+ dar  vida ao eco das novas ideias+ vindas da @uropa e da Am0rica do8u%+ e de 'aer passar uma tomada de consci7ncia da iminente necessidade co%etivade agir2uando na revista Mensagem aparece um convite e&p%<cito ao povo ango%ano para;ue se constru<sse uma %<ngua ango%ana+ a Geração " reivindicativa como era "passa a constituir"se uma gritante 'orça ;ue impu%sionar> a cu%tura do pa<s a a'irmar"se num ;uadro socia% e 4umano p%enamente de'inido2 Desta 'orma+ Mensagem deveser c%assi'icada como uma revista %iter>ria de conte6do dec%aradamente po%<tico2)uma 0poca em ;ue o estatuto da vo pertencia em e&c%usivo aos não naturais de Ango%a+ 'oi signi'icativo ;ue os 'i%4os do pa<s tivessem assumido ta% decisão+assumindo a 'a%a ;ue+ em.ora pertencesse B mesma %inguagem codi'icada dodominador (a %<ngua portuguesa$+ era uma 'a%a outra+ por;ue era germinada no

terreno oposto " Mensagem nasce nos musse;ues de Cuanda+ %oca% onde vivia amaioria do povo co%oniado+ e da< parte para as mãos dos inte%ectuais2 @sta 'a%aoutra deveria corresponder a uma nova escrita ;ue teria ;ue com.ater+ semtr0guas+ uma %iteratura co%onia% 'a%seadora das rea%idades e do sentir das gentesa'ricanas2 A nova poesia de Ango%a teria de encarar o ritmo"emoção caracter<stico do4omem a'ricano ritmo"emoção esse ;ue %4e era transmitido pe%a pr3pria natureaem ;ue e%e se integrava e com ;uem vivia em contacto direto e em p%ena comun4ão2 A poesia ango%ana tornava"se+ pois+ socia%+ gritando a dor+ a nosta%gia+ masreivindicando com coragem a trans'ormação das re%aç=es sociais e po%<ticas 2 Assim+esta nova poesia de Ango%a devia denunciar sem medo+ esmagar as covardias+ asimposturas e as mentiras2

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Ao analisar o conjunto das literaturas de língua portuguesa, a crítica e os

historiadores concordam que os fundamentos desses momentos

caracterizam-se pelo surgimento de movimentos literários significativos ou

de obras importantes para o desenvolvimento das literaturas, entre osquais podem ser citados:

• em Cabo Verde, a publica!o da revista Claridade "#$%&-#$&'()

• em *!o +om e ríncipe, a publica!o do livro de poemas Ilha de

nome santo "#$./(, de 0rancisco 1os +enreiro)

em Angola, o movimento 2Vamos descobrir Angola3 "#$.4( e apublica!o da revista Mensagem "#$5#-#$5/()

• em 6oambique, a publica!o da revista Msaho "#$5/()

• na 7uin-8issau, a publica!o da antologia Mantenhas para quem

luta! "#$99(, pelo Conselho acional de Cultura;

• em +imor, a publica!o do livro <Cai=ru< de 7rácio >ibeiro

?m Angola, Cabo Verde, 7uin-8issau, 6oambique e *!o +om e

ríncipe, o escritor africano vivia, at a data da independ@ncia, no meio de

duas realidades s quais n!o podia ficar alheio, a sociedade colonial e a

sociedade africana; A escrita literária eBpressava a tens!o eBistente entre

esses dois mundos e revelava que o escritor, pelo fato de sempre utilizar

uma língua europia, era um 2homem-de-dois-mundos3, e a sua escrita,

de forma mais intensa ou n!o, registrava a tens!o nascida da utiliza!o da

língua portuguesa em realidades bastante compleBas; Ao produzirliteratura, os escritores forosamente transitavam pelos dois espaos, pois

assumiam as heranas oriundas de movimentos e correntes literárias da

?uropa e das Amricas e as manifestaes advindas do contato com as

línguas locais; ?sse embate que se realizou no campo da linguagem

literária foi o impulso gerador de projetos literários característicos dos

países que assumiram o portugu@s como língua oficial; +al realidade entra

ainda em conflito com a poca em que estes territDrios lutavam para

conquistar sua independ@ncia, onde a dualidade colonialismoEnativismo

ficou mais evidente ainda, momento em que países como 7uin-8issau

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passam a produzir literatura em línguas locais com maior profus!o, num

resgate pela sua cultura;

8ibliografia:0F*?CA, 6aria azareth *oares) 6F>?G>A, +erezinha

+aborda; PANORAMA DAS LITERATRAS ARICANAS DE L"N#A

PORT#ESA; Hisponível em

Ihttp:EEJJJ;ich;pucminas;brEposletrasEazarethKpanorama;pdf L; Acesso

em: #4 dez; /'##;

O Luuanda de Luandino e a Mensagem da Cei 

Luís Bernardo HonwanaM#N

ara mim n!o dá falar do Luuanda de Ouandino sem falar da Casa dos ?studantes doGmprio e do seu boletim, a Mensagem;

esses anos de apagamento dP O $rado A%ri&ano, o que considerávamos ser importantena nascente literatura moambicana n!o vinha em livro, n!o tinha espao dedicado naimprensa "tirando, talvez, a 'o( de Mo)am*ique( e mesmo como teBto avulso tinha acircula!o vigiada; ara a polícia política qualquer volante impresso era muitoprovavelmente um Qpanfleto subversivoP;

?ra principalmente a Mensagem que de longe nos trazia tanto do que nDs nosdescobríamos ser, nesses anos de despertar, na Ooureno 6arques colonial; Fs n=merosda Mensagem que passavam de m!o em m!o eram principalmente os das antologias depoesia; F >ui de oronha do +uengueleque(, chegou a muitos de nDs pela primeira vezna famosa edi!o ciclostilada, aquela que tinha na capa a gravura do timbileiro deRavala;

? foi a Mensagem que nos abriu Angola;

Angola trilhava já o caminho que, com as grandes certezas que animam a juventude,sabíamos que seria tambm o nosso; 6as mesmo antes da grande conflagra!o que nos

fez parceiros e aliados num mesmo processo de luta anticolonial, sabíamos ter muito emcomum; A literatura ajudava a identificar essas semelhanas, especialmente quando nostransportava para os espaos onde se sonha o futuro, na costura entre o urbano e aperiferia da cidade colonial;

Angola já era realmente t!o igual a nDs, t!o irm!:

6usseque S cidade de canio)

Contratados S Chibalos)

*ambizanga, CaTatte, 8airro Fperário S 6afafala, Chamanculo, Uipamanine)

Oiceu Vieira Hias, nP7ola >itmos S Haíco, 0anu 6pfumu;;;

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+udo cantado, ou dito numa língua nova, que afeioava o portugu@s s necessidadescomunicativas do sub=rbio da grande cidade e, escala de todo o territDrio, fun!o delíngua franca, antecipando a apropria!o da língua que Cabral e seus pares acabariampor proclamar, anos mais tarde;

Ds sabíamos de cor os poetas de Angola: o Viriato, o AntDnio 1acinto o Agostinho eto,o 6ário AntDnio, todos eles; 6isturávamo-los com o Craveirinha, com o >ui ogar e coma omia de *ousa e dizíamo-los com o mesmo orgulho e desafio nos saraus de poesiado ?*A6 "=cleo dos ?studantes *ecundários Africanos de 6oambique( no velhoCentro Associativo dos egros da ColDnia de 6oambique; ?stou a ver as nossasdeclamadoras e declamadores, todos "maus( discípulos de Villaret na teatralidade do seudizer, batendo com o p no ch!o e com o punho no peito, empolgando-se "antes deempolgar os outros( com o Monangam*-, com oMa.e(u, com a refer@ncia literária queescapa a um primo que por isso ficou o Reca Camar!o; "uma aventura que se passanuma &hunga talvez o que era para nDs um *aile de &hongaria(;

Atravs da Mensagem, estudantes que ramos, fazíamos eco dos debates, tenses edescobertas que certamente convulsionavam a vida dos nossos colegas mais velhos, naCasa dos ?studantes do Gmprio; Aí, seguramente, continuavam e eram trazidas paraoutros níveis as tentativas pioneiras do <Vamos descobrir Angola< ou, do nosso lado, asaga dos Albasinis e da Associa!o Africana;

Acreditávamos que tambm lá, em Oisboa, na famosa esquina da Huque HPWvila com aHona ?stefXnia, o grito de protesto ou de revolta, o despertar da consci@ncia social, aaspira!o libertária, a corrente solidária era o que se procurava nos poemas que se liame tambm o que levava tantos jovens a tentarem, de forma quase ritualística, a aventurada escrita; F eBemplo que se emulava era o da boa m!o cheia de QconsagradosP com que

 já se contava, desde os anos 5') os novis escritores e poetas, muitos deles claramentea braos com uma crise identitária, pareciam ver na literatura, para alm da possibilidadedo eBercício de um talento que acreditavam possuir, uma espcie de via de reden!o,num processo n!o muito distante da <reafricaniza!o dos espíritos< de que falava AmílcarCabral; A necessidade de afirma!o, mesmo quando deficiente em termos de eBpress!oliterária, era um sinal de empatia ou ades!o ao movimento verdadeiramente geracionalde rejei!o do status quo Y social, literário, político;

?ra, como certa crítica apontava, uma poesia com QprogramaP; rograma vago e malarticulado como era inevitável na Qurg@nciaP do momento e foroso nesses tempos decensura e repress!o;

? o interesse despoletado pela poesia alastrava por outras áreas do universo das letras,pelo cinema, pelo debate de ideias Y sempre com a generosidade e o fervor militante queeram o nosso timbre;

A eBplora!o destas outras saídas e possibilidades da produ!o literária terá colhidoalguma inspira!o ou encorajamento no ensaio de Alfredo 6argarido que acompanhava aantologia Poetas de Mo)am*ique;

?ste famoso prefácio n!o preenche, por variadíssimas razes, dizemo-lo hoje, adimens!o de teBto seminal, mas nDs colocávamo-lo "talvez por mero paralelismo:

tratava-se do prefácio a uma antologia potica( na mesma linhagem do <Frphe oire<de *artre, que antecedia  Antologia da No/a Poesia Negra e Malga&he em L0nguaran&esa e do <Cultura egra e Assimila!o< de 6ário de Andrade em apresenta!o Antologia da Poesia Negra de E1press2o Portuguesa; 6argarido fornecia o

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enquadramento histDrico e o fundamento teDrico da poesia antologiada pela Mensagem,e de toda a poesia que para nDs contava3 a realidade as antologias e as revistas Y pelomenos algumas delas Y prenunciavam naquele quadro histDrico os vastos processos demudana no relacionamento entre dominados e dominadores que iriam a breve trecho

ocorrer;

erturbou-nos por isso o encarniamento de >ui Znopfli e ?ugnio Oisboa, contra o teBtode Alfredo 6argarido; ? n!o era apenas por causa dos critrios de inclus!o e do grau deimportXncia relativa que se atribuía aos diferentes poetas; enhum de nDs estaria altura de apreciar plenamente o mrito dos argumentos que se foram produzindo nalonguíssima polmica, mas, de maneira difusa, compreendíamos que no conceito depoesia defendido por Znopfli e Oisboa n!o cabiam os poetas que nDs t!o efusivamentefestejávamos Y incluindo os consagrados *eria realmente QmenorP a oficina de algunsdestes poetas, em rela!o aos que Oisboa e Znopfli pareciam preferir[ "6as sempre sepoderia perguntar: em rela!o a que cXnone de aplica!o universal[( ? como se poderia,em todo o caso, recusar o interesse e importXncia do esforo consciente na renova!o dalíngua, que essa poesia revelava, com ousadias semXnticas, com um novo lBico e com aimporta!o de inesperados fonemas ditados pelas línguas m!e subjacentes ao portugu@sfalado por angolanos, moambicanos e guineenses, trazendo em resultado outros ritmose tambm outra aceitabilidade a uma língua que na eBperi@ncia histDrica dos nossospovos era a língua da humilha!o[

?is que surge Luuanda;

F livro chegou a 6oambique por vias paralelas e, ainda que n!o oficialmente proibido,entrou imediatamente no vasto "e prestigiado( rol de livros de circula!oclandestina; Luuanda, que muitos consideram o teBto inaugural da nova prosa de fic!o

em Angola, constitui o argumento n!o utilizado na polmica entre o 6argarido e seusopositores e em todas as discusses sobre o que a poesia "ou, de maneira geral, aliteratura( moambicana; Com este livro angolano de fic!o talvez ficassemdefinitivamente esclarecidas algumas das questes que foram tenteadas no teBto deapresenta!o de uma antologia da poesia moambicana; ? continuamos nas semelhanase intermutabilidades entre Angola e 6oambique;;;

? n!o sD; ?fectivamente para muitos de nDs Luuanda constituiu uma espcie de ponto dechegada no percurso sociolDgico, esttico e literário iniciado pelos poetas da Mensagem3

As tr@s estorias " o Ouandino quem entre nDs inaugura esta forma de designar o que de

outro modo chamaríamos de conto( que integram este livro compem no seu conjuntoum registo de protesto mas, indubitavelmente, elas t@m mais que lembre as histDriasque se contam volta da fogueira do que as proclamaes inflamadas de alguns dospoemas que se declamavam no =cleo;

6uitos anos mais tarde, quando em Oisboa privei com o Ouandino, e o ouvi na suaconversa mansa e ar tranquilo reconheci sem dificuldade a voz que conta com humor eternura o que aconteceu VavD UíBi e ao *eu eto Reca *antos; Compreendi tambm anaturalidade com que dever!o ter QfluidoP, neste angolano branco falante de quimbundo eadolescido no musseque, os enredos, o ritmo apropriado e as palavras certas para recriarliterariamente a vida do povo sofrido de Ouanda nesse longo QfinzinhoP do colonialismo;

As estDrias do livro Luuanda s!o QcontadasP numa língua de cria!o artística, o Qportugu@sde Ouandino VieiraP como passou a ser designado, pois ningum no musseque falariaeBactamente como a VavD UíBi, a nga Refa ou o Uico 0uta ou como o prDprio narrador

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das estDrias; 6as a dupla Qsubvers!oP do portugu@s e do quimbundo operada na pena deOuandino Vieira serve esplendidamente para nos dar conta dos QcasosP que denunciavamfundas tenses na difícil interac!o entre o colonizado e o colonizador; ?, no processo, elapunha em causa a hierarquiza!o entre o portugu@s e as línguas africanas Y um dos

grandes fundamentos culturais e filosDficos da domina!o colonial;

6uitos analistas fizeram notar que para alm da verdadeira revolu!o formal querepresenta, Luuanda abre-se a m=ltiplas leituras e interpretaes em que, por eBemplo aintegra!o e interpenetra!o entre o portugu@s e o quimbundo, no teBto, seria como quea antevis!o de uma solu!o possível para o problema cultural que sempre haveria queresolver na reconstru!o da na!o angolana, depois de eliminada a presena colonial;

A língua das estDrias do Ouandino n!o era o Qpretogu@sP inconsequente da chamadaliteratura colonial, e o simbolismo da <?stDria do Oadr!o e do apagaio< ou o da <?stDriada 7alinha e do Fvo<, com toda a sua subtileza e humor, n!o passaram despercebidos;em *ociedade ortuguesa de ?scritores, cujo j=ri acreditou "por maioria( estarperante um dos livros mais importantes da literatura portuguesa, nos =ltimos tempos,nem aos grupos vigilantes do regime, que se indignaram perante a premia!o com oprincipal galard!o nacional para a literatura da obra de um escritor t!o subversivo queat estava em pleno cumprimento de pena maior por actividades contra a segurana doestado;

\ouve actos de rep=dio; \ouve manifestaes de solidariedade; ? houve tambm quemse interrogasse sobre se o Luuanda poderia ser considerado ainda como parte daliteratura portuguesa;

0oi significativo que no mesmo ano de #$&5 e em consequ@ncia directa do impacto

do Luuanda na sociedade portuguesa, *alazar tenha mandado encerrar a *ociedadeortuguesa de ?scritores e a Casa dos ?studantes do Gmprio;

A Mensagem deiBou de circular;

He qualquer modo a grande maioria dos seus QantologiadosP Y de Angola, de 6oambiquee das outras colDnias estava nesse momento ou no eBílio ou na pris!o; F mesmoacontecia aos declamadores e ao p=blico dos saraus de poesia do ?*A6, embora oCentro Associativo dos egros de 6oambique tenha ainda permanecido aberto at#$&&;

 

Notas

M#NLuís Bernardo Honwana publicou, em #$&., N4s Matamos o C2o Tinhoso, obra

sucessivamente reeditada e traduzida para várias línguas; F livro composto por setecontos que, individualmente t@m vindo a ser integrados em diversas antologias, o queconfirma a repetida presena de \onJana no centro do cXnone moambicano, e comorefer@ncia para a literatura africana; ApDs a independ@ncia, \onJana foi diretor do7abinete do residente *amora 6achel e *ecretário de ?stado e posteriormente 6inistroda Cultura;

] membro fundador da Frganiza!o acional dos 1ornalistas de 6oambique, daAssocia!o dos ?scritores

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