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E E MARCELO TULMAN NETO Leticia do Nascimento N°26 Samuel Dantas N°38 CRIACIONISMO X EVOLUCIONISMO SÃO PAULO 2016

E E MARCELO TULMAN NETO · No segundo e no terceiro, estabeleceu os céus, as terras e mares do mundo. Nos dois dias seguintes apareceram os primeiros seres vivos e a separação

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E E MARCELO TULMAN NETO

Leticia do Nascimento N°26 Samuel Dantas N°38

CRIACIONISMO X EVOLUCIONISMO

SÃO PAULO 2016

1

E E MARCELO TULMAN NETO

Leticia do Nascimento

Samuel Dantas

CRIACIONISMO X EVOLUCIONISMO

Monografia apresentada á E E Marcelo Tulman Neto para obtenção de nota e para a conclusão do 3° ano Do ensino médio. Orientador: Prof° Clayton e Cássio

SÃO PAULO 2016

2

RESUMO

Criacionismo x evolucionismo. Qual as teorias? Quais as informações? É isso

que vamos abordar nesse tcc, falaremos nessas duas teorias, o que a ciência, a

religião, filósofos e até mesmo a sociedade diz a respeito do assunto, e tentaremos

responder a famosa pergunta, “Qual a origem do homem?” Tudo iremos tratar nesse

trabalho. Tudo sobre o criacionismo, a bíblia, a fé, tudo aquilo que o homem não pode

explicar, e sobre o evolucionismo vamos falar sobre todos os tipos de pesquisas feitas

por cientistas sobre origem da vida. Trataremos também sobre química, citologia, etc.

Queremos passar com esse tcc os dois lados da moeda, não queremos focar em

apenas um lado, e trata-lo como exclusivo, nosso foco são as duas teorias,

apresentaremos todo o tipo de argumento defendendo cada uma para que você possa

tirar suas próprias conclusões e decidir de qual lado você está.

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ABSTRAT

Creationism vs. evolutionism. What theories? What information? That is what

we will cover in this tcc, will speak on these two theories, which science, religion,

philosophers and even society says about the subject, and try to answer the famous

question, "What is the origin of man?" All will treat this work. All about creationism,

bible, faith, all that man can not explain, and the evolutionism we talk about all kinds

of research by scientists about the origin of life. We deal also chemistry, cytology, etc.

We want to go with this tcc the two sides of the coin, we do not focus on only one side,

and treat it as unique, our focus is on the two theories, we will present all kinds of

argument made each one so you can draw your own conclusions and decide which

side you are.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 5

2 O QUE É CRIACIONISMO? .................................................................................... 6

3 O QUE DIZ A RELIGIÃO? ....................................................................................... 6

3.1 Movimentos criacionistas entre pessoas de diferentes religiões; ........................ 10

4- DE ACORDO COM A TEORIA CRIACIONISTA: .................................................. 12

4.1 Grupos criacionistas ........................................................................................... 13

4.2 Newton, o criacionista ........................................................................................ 15

5 O QUE É EVOLUCIONISMO? ............................................................................. 16

6 O QUE DIZ A CIÊNCIA? ....................................................................................... 16

6.1 Charles Robert Darwin (1809-1882) ................................................................... 20

6.2 Idéias de Darwin ................................................................................................. 22

6.3 Jean Baptiste Lamarck (1744-1829) ................................................................... 23

6.4 Idéias de Lamarck .............................................................................................. 26

7 QUESTIONÁRIO ................................................................................................... 27

GRÁFICOS ................................................................................................................ 28

9- ARGUMENTOS A FAVOR DO CRIACIONISMO .................................................. 33

9.1 Porque o criacionismo é óbvio ........................................................................... 33

9.2 O cosmos e o universo ....................................................................................... 37

9.3 O desígnio no universo ...................................................................................... 40

9.4 Descartes e a existência de deus ....................................................................... 42

9.5 O argumento da eficácia da razão. .................................................................... 44

10 ARGUMENTOS A FAVOR DO EVOLUCIONISMO ............................................ 46

10.1 Dados da citologia ............................................................................................ 48

10.2 Bioquímica ........................................................................................................ 49

10.3 Seleção natural ................................................................................................ 50

10.4 Anatomia .......................................................................................................... 52

11 CONCLUSÃO ...................................................................................................... 54

ANEXOS ................................................................................................................... 56

12 BIBLIOGRAFIA ................................................................................................... 57

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1 INTRODUÇÃO

Assim como o evolucionismo, o criacionismo é uma teoria que tenta explicar a

origem da vida e a evolução do homem. No entanto, é importante ressaltar que a teoria

criacionista segue uma linha de pensamento distinta da teoria evolucionista.

O criacionismo se baseia na fé da criação divina, como narrado na Bíblia

Sagrada, mais especificamente no livro de Gênesis na qual Deus criou todas as

coisas, inclusive o homem. Lembrando que diversas culturas possuem sua versão

própria do criacionismo, como é o caso da mitologia grega, da mitologia chinesa,

cristianismo entre outras.

Esta teoria não e aceita no meio cientifico pois não pode ser confirmada com

bases cientificas. Contudo tem gerado controvérsias, nomeadamente nos EUA, pois

os criacionistas afirmam que está se trata duma proposta científica plausível e que

deveria ser tida em conta, no seio comunidade científica.

Já o evolucionismo é uma teoria elaborada e desenvolvida por diversos

cientistas para explicar as alterações sofridas pelas diversas espécies de seres vivos

ao longo do tempo, em sua relação com o meio ambiente onde elas habitam. O

principal cientista ligado ao evolucionismo foi o inglês Charles Robert Darwin (1809-

1882), que publicou, em 1859, a obra Sobre a origem das espécies por meio da

seleção natural ou a conservação das raças favorecidas na luta pela vida, ou como é

mais comumente conhecida, A Origem das Espécies.

Assim, a teoria da evolução das espécies baseia-se nestes conceitos: origem

da vida; provas de evolução a partir de campos biológicos diversos (semelhanças

quanto à forma, embriológicas, bioquímicas ou achados paleontológicos); fatores de

evolução: herança (que conserva os caracteres), variabilidade (mutação,

recombinação de genes), seleção natural (o meio atua sobre as variações, com os

mais fortes a imporem-se aos mais fracos) e isolamento.

6

2 O QUE É CRIACIONISMO?

Criacionismo é a teoria que explica a origem do Universo, da Terra e de todos

os seres vivos que nela habitam a partir da ação de uma entidade divina. O

criacionismo é considerado o oposto do Evolucionismo.

A teoria do criacionismo é predominantemente aceita por membros de

doutrinas religiosas, principalmente por defenderem a ideia da complexidade e

perfeição dos seres vivos, nomeadamente dos humanos, e do funcionamento geral

da natureza.

3 O QUE DIZ A RELIGIÃO?

O criacionismo está intrinsecamente ligado às religiões, sendo baseado na

existência de um ser antropomórfico dotado de grandes poderes e conhecimentos

divinos.

Esta teoria nos lembra da ancestral polêmica gerada pela discussão entre

Ciência, Filosofia e Religião, sobre as origens do Universo e da própria Humanidade.

Ela procura dar sua versão sobre esta questão, do ponto de vista religioso. Assim, ela

sustenta que todos os seres vivos existentes foram criados por um ou mais entes

inteligentes. Esta é a hipótese de maior recepção em todo o planeta, elaborada em

oposição à teoria evolucionista, fruto de pesquisas científicas.

Não há, porém, uma única teoria criacionista, mas várias, conforme a religião e

o livro sagrado que se adota. Segundo a mitologia grega, o homem seria produto dos

trabalhos de Epimeteu, que teria gerado o Homem repleto de imperfeições, sem

vitalidade, a partir de um modelo de barro. Compassivo, seu irmão Prometeu, com o

sacrifício próprio, roubou o fogo dos deuses para trazer à Humanidade a vida tão

desejada.

O Cristianismo tem sua própria teoria explicativa, narrada na Bíblia, seu livro

sagrado. Segundo esta religião, o homem foi criado por Deus, logo após a gênese dos

7

céus e da terra. Aqui também a Humanidade foi modelada no barro, mas nesta versão

ela ganha a vida através do sopro divino, exalado em suas narinas. De acordo com

as crenças abordadas, variam as argumentações, mas muitas delas apresentam

várias semelhanças. O Gênesis, primeiro livro do Antigo Testamento, por exemplo,

narra a origem do mundo e do Homem com metáforas e símbolos muito parecidos

com os das narrativas mesopotâmicas.

Apesar do Criacionismo ser uma teoria essencialmente religiosa, recentemente

ela tem adquirido contornos mais filosóficos, com discussões sobre a independência

da matéria imortal, a série de emanações do Ser Divino e a criação.

As explicações sobre a existência humana se iniciam com os mitos, que

procuram justificar, através da imaginação, a vida, a história humana, tudo que ocorre

á nossa volta e não podemos compreender. Pesquisadores do século XIX

acreditavam que a crença em uma entidade divina superior, que criou tudo que existe,

era uma conquista do homem em uma fase cultural mais elevada, mas recentemente

descobriu-se que povos africanos primitivos, bem como das ilhas do norte do Japão,

América, Austrália central e em várias outras partes do mundo, já cultivavam essa

mesma fé.

Desconhece-se a natureza dessa entidade, mas geralmente algumas

religiões adotam uma visão antropomórfica deste ser – imaginam o Criador à imagem

e semelhança do Homem, não só fisicamente, mas também emocionalmente.

Geralmente, porém, esta criação se dá através da voz ou do pensamento deste ente.

As narrativas, embora diferentes de uma cultura para outra, apresentam sempre

traços em comum.

As ideias criacionistas, de modo geral, estendem a interferência divina além

do ato criador. Deus, segundo a filosofia judaico-cristã, intervém diretamente no plano

da matéria, uma vez que provoca, por exemplo, o dilúvio, assim como inspira Noé a

construir sua arca e a conduzir nela diversos pares de animais, que povoarão

posteriormente o mundo novo.

Atualmente o Criacionismo está mais conectado à crença

do protestantismo norte-americano. Neste país, vários esforços têm sido realizados

para introduzir nas aulas de Ciências a teoria criacionista, embora suas referências

explícitas ainda sejam inconstitucionais. Seus adeptos tentam sutilmente revestir

essas teses sob o título de “análise crítica da evolução”, para burlar a Constituição.

Outras religiões aceitam algumas ideias de cunho mais científico, como os seis dias

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relativos à duração do ato criador, interpretados como seis eras geológicas, enquanto

os considerados fundamentalistas abominam essa concepção.

Conceitualmente, o criacionismo é uma forma de explicação sobre a origem do

mundo onde se busca atribuir a constituição das coisas à ação de um sujeito criador.

Sem dúvida, essa teoria ganhou espaço em diferentes culturas espalhadas pelo

mundo e apareceu muito antes que o discurso científico viesse a tratar dessa mesma

questão. Nos mais diferentes contextos culturais, temos a elaboração de um mito

criacionista capaz de nos revelar interessantes concepções sobre a civilização que o

produziu.

Entre os egípcios havia a crença de que antes do mundo surgir existiam somente

as trevas e a chamada “água primordial” (o que faz clara referência ao Rio Nilo). A

partir dessa água primordial teria surgido o deus Atum, que deu origem a

descendentes responsáveis pela criação dos ares, das terras e do céu. Na mitologia

grega, o criacionismo seria fruto dos filhos gerados a partir de Caos. Entre todos os

descendentes, foi da união de Urano (céu) e Gaia (terra) que o mundo teria surgido.

Uma das mais conhecidas narrativas criacionistas do mundo Ocidental foi

instituída pelas religiões judaico-cristãs. O chamado criacionismo bíblico relata que

Deus teria feito a terra em sete dias. No primeiro dia teria construído o universo e a

Terra. No segundo e no terceiro, estabeleceu os céus, as terras e mares do mundo.

Nos dois dias seguintes apareceram os primeiros seres vivos e a separação do dia e

da noite. No sexto e último dia, surgiram os demais animais e o homem.

Com o surgimento da teoria evolutiva, muitos passam a criticar

sistematicamente as teorias criacionistas e passaram a considerá-las uma espécie de

pensamento falso. Em contrapartida, muitos criacionistas passaram a advogar em

defesa do Neocriacionismo, teoria onde a vida teria sido atribuída por um ser superior

que abriu portas para que todo o processo evolutivo acontecesse. A partir dessas

disputas, vemos ciência e religião se colocarem em campos de forte oposição.

Entretanto, podemos colocar as duas teorias em grau de importância

equivalente ao admitirmos que ciência e religião possuem grande importância no

interior de muitas culturas. Dessa maneira, antes de detrair alguma destas teorias,

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seria interessante encará-las como formas de interpretação distintas do mundo, sem

necessariamente colocar em disputa o alcance de uma verdade absoluta. Pautadas

em princípios distintos, criação e evolução podem coexistir no campo de debates

desse assunto milenar.

10

3.1 Movimentos criacionistas entre pessoas de diferentes religiões;

Hinduísmo

No hinduísmo, o tempo não é linear como em outras crenças. Aqui, o tempo

tem uma natureza circular, pois a criação e a evolução são repetidas eternamente, em

ciclos de renovação e destruição simbolizados pela dança rítmica do deus Shiva. "Na

noite do Brahma – essência de todas as coisas – a natureza é inerte e não pode se

mover até que Shiva assim o deseje. Shiva desperta de seu sono profundo e através

de sua dança faz aparecer a matéria à sua volta. Dançando, Shiva sustenta seus

infinitos fenômenos e, quando o tempo se esgota, ainda dançando, ele destrói todas

as formas por meio do fogo e se põe de novo a descansar".

Islamismo

O criacionismo islâmico é a crença de que o universo (incluindo a humanidade)

foi criado diretamente por Deus, como é explicado no Alcorão. Ele geralmente vê o

Livro do Gênesis como uma versão corrompida da mensagem de Deus. Os mitos da

criação do Alcorão são vagos e permitem uma ampla gama de interpretações

semelhantes aos de outras religiões abraâmicas. Os muçulmanos em geral aceitam

as posições científicas sobre a idade da Terra e do universo, porém, ao contrário dos

muçulmanos Ahmadi, não aceitam a evolução. Os muçulmanos acreditam que os

humanos foram inseridos na Terra em uma data muito posterior a partir da criação da

terra.[carece de fontes]

O Islã também tem seu próprio evolucionismo teísta, que sustenta que a análise

científica dominante sobre a origem do universo, é apoiada pelo Alcorão. Alguns

muçulmanos acreditam no criacionismo evolucionista, especialmente entre os

movimentos liberais dentro do islamismo.

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Khalid Anees, presidente da Sociedade Islâmica da Grã-Bretanha, em uma

conferência chamada "Criacionismo: Ciência e Fé nas Escolas", fez as citações

seguintes:[26] Não há contradição entre o que é revelado no Alcorão e a seleção

natural e sobrevivência do mais apto. No entanto, alguns muçulmanos, como Adnan

Oktar, não concordam que uma espécie possa se desenvolver a partir de outra.[27]

Mas também há um movimento crescente de criacionismo islâmico.

Semelhante ao criacionismo cristão, não há preocupação em relação a conflitos

percebidos entre o Alcorão e os principais pontos da teoria evolucionista. O local

principal desse movimento é a Turquia, onde menos de 25% das pessoas acreditam

na evolução.[28]

Existem vários versículos do Alcorão que alguns escritores modernos têm

interpretado como sendo compatíveis com a expansão do universo, as teorias do Big

Bang e Big Crunch.[29] [30] [31]

Muitos países de maioria islâmica aboliram o uso de livros didáticos que contêm

dados sobre a evolução humana.[32]

Judaísmo e cristianismo

Na tradição judaico-cristã sobre a criação divina do mundo, que é baseado em

Gênesis, um ser único e absoluto, denominado Javé ou Jeová (ou Deus), perfeito,

incriado, que existe por si só e não depende da existência do Universo, é o elemento

central da estrutura criacionista. Exercendo seu infinito poder criativo, ele criou o

Universo em seis dias e no sétimo descansou. Sempre através de palavras, no

primeiro dia, ele fez a luz e separou o dia da noite; no segundo dia, ele criou o céu; no

terceiro dia, a terra e o mar, as árvores e as plantas; no quarto dia, o Sol, a Lua e as

estrelas; no quinto dia, os peixes e as aves; e, no sexto dia, ele criou os animais e,

por fim, ele fez o homem e a mulher (Adão e Eva) à sua imagem e semelhança.

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4- DE ACORDO COM A TEORIA CRIACIONISTA:

-Deus criou o homem e os demais seres vivos já na forma atual há menos de 10 mil

anos;

-Os fósseis (inclusive de dinossauros) são animais que não conseguiram embarcar na

Arca de Noé a tempo de salvarem-se do dilúvio;

-Deus teria criado todos os seres vivos seguindo um propósito e uma intenção;

-O homem foi feito à imagem e semelhança de Deus e, portanto, não descende de

primatas;

-Não há como comprovar a hipótese evolutiva em laboratório e, portanto, ela não é

científica;

-Desde Darwin, vários aspectos de sua teoria já foram revistos, o que prova sua

inconsistência;

-A Segunda Lei da Termodinâmica demonstra que os sistemas tendem naturalmente à

entropia (desorganização);

-A perfeição dos seres vivos comprova a existência de um Criador inteligente;

-Mesmo admitindo a evolução, ela só poderia ser de origem divina por caminhar

sempre no sentido da maior complexidade e do aperfeiçoamento biológico;

-A origem da vida ainda não é explicada de modo satisfatório pelos evolucionistas

13

4.1 Grupos criacionistas

Neocriacionismo

Também chamado de Design inteligente, corrente surgida por volta de 1920 nos

EUA, defende a idéia de que houve influência de uma entidade inteligente na criação

dos seres vivos. Grupos religiosos desta corrente têm lutado para incluir este ensino

nas escolas em pé de igualdade com o ensino da evolução. Os evolucionistas a

consideram apenas o criacionismo clássico travestido de pseudociência para poder

ser ensinado nas escolas, assim foi considerado em decisão judicial pelo juiz John

Jones, que proibiu seu ensino em escolas públicas.

Criacionismo Clássico

Quanto à difusão do criacionismo clássico, segundo uma pesquisa do Instituto

Gallup veiculada pela Folha SP, 90% dos norte-americanos acreditam em um Deus

criador, sendo que 45% acham que a criação ocorreu exatamente como o livro do

Gênesis descreve. A pesquisa mostra que entre os membros da Academia Nacional

de Ciências americana, 10% expressam crença num deus, o que não significa

necessariamente que sejam criacionistas. A maioria é evolucionistas teístas, como

Francis Collins, que deixa claro seu repúdio tanto ao criacionismo quanto ao design

inteligente em seu livro “The Language of God: A Scientist Presents Evidence for

Belief” (publicado em Julho de 2006).

Criacionismo da lacuna

O Criacionismo da lacuna sustenta que há uma enorme e não mencionada

lacuna entre dois eventos da Bíblia. Há várias hipóteses sobre onde estaria essa

lacuna. Algumas possibilidades são:

entre a primeira e a segunda frase do Gênesis,o que significa que após Gênesis 1:1,

que diz "No princípio, criou Deus os céus e a terra", milhões ou bilhões de anos

passam. Durante esse período, algo catastrófico leva a Terra à decadência, então

acontece Gênesis 1:2: A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre

14

a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas. Nesse ponto, os

seis dias da criação (ou, no caso, recriação) começam.

Entre o sétimo dia da criação (o dia do descanso) e quando Adão come a maçã,

causando a Queda do Homem,o que significa que Adão e Eva viveram no Paraíso por

milhões ou bilhões de anos antes da Queda.

Criacionismo da idade diária

Vê o problema do tempo a partir de um ângulo diferente. Essa explicação

afirma que, uma vez que Deus não criou o sol e a lua até o quarto dia da criação, o

conceito de dias de 24 horas não existia quando a criação começou e quando o "dia"

no mundo foi usado pela primeira vez. Então, um "dia da criação" pode ser qualquer

período. Os criacionistas da idade diária vêem cada "dia" da criação como um período

de milhões ou bilhões de anos, considerando a idade cientificamente determinada da

Terra dentro da moldura da Bíblia.

Criacionismo moderno

É a forma mais comum de criacionismo nos Estados Unidos atualmente. Esse

tipo de criacionista aceita alguns aspectos da evolução. Por exemplo: ele acredita que

a microevolução (evolução dentro das espécies) pode ocorrer com a permissão de

Deus; entretanto, rejeita a macro evolução (evolução entre as espécies) e a teoria da

seleção natural. Um criacionista moderno acredita que Deus criou cada tipo de

organismo a partir do nada.

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4.2 Newton, o criacionista

Richard Bentley, clérigo e destacado erudito clássico, apresentou a primeira

série de palestras em 1692. Na preparação para suas palestras, Bentley buscou a

ajuda de Newton, que já era famoso por seus Principia (1687). Bentley esperava

demonstrar que, segundo as leis físicas que governam o universo natural, teria sido

impossível os corpos celestes surgirem sem a intervenção de um agente divino.

Desde então, Bentley e Newton trocaram uma correspondência “quase

teológica”. Newton declarou: “Quando escrevi meu tratado sobre nosso sistema, tinha

meus olhos voltados a princípios que podiam funcionar considerando a crença da

humanidade em uma Divindade, e nada me dá maior prazer do que vê-lo sendo útil

para este fim.

Newton escreveu de novo: “Os movimentos que os planetas têm hoje não

podiam ter originado em uma causa natural isolada, mas foram impostos por um

agente inteligente”

Outros escritos confirmam a forte crença de Newton num Criador, a quem ele

se referia freqüentemente como o “Pantokrator”, termo grego, o Todo-Poderoso, “com

autoridade sobre tudo que existe, sobre a forma do mundo natural e sobre o curso da

história humana”.

Newton expressa suas convicções com clareza: “Precisamos crer que há um

só Deus ou monarca supremo a Quem podemos temer e guardar Suas leis e dar-Lhe

honra e glória. Devemos crer que Ele é o Pai de quem vêm todas as coisas, e que

ama Seu povo como seu Pai. Devemos crer que Ele é o ‘Pantokrator’, Senhor de todas

as coisas, com poder irresistível e ilimitado domínio, do qual não podemos esperar

escapar, se nos rebelarmos e seguirmos a outros deuses, ou se transgredirmos as

leis de Sua soberania, e de Quem podemos esperar grandes recompensas se

fizermos Sua vontade. Devemos crer que Ele é o Deus dos judeus, que criou os céus

e a terra e tudo que neles há, como expresso nos Dez Mandamentos, de modo que

podemos agradecer-Lhe pelo nosso ser e por todas as bênçãos desta vida, e guardar-

nos de usar Seu nome em vão ou adorar imagens de outros deuses. ”

16

5 O QUE É EVOLUCIONISMO?

Evolucionismo é uma teoria elaborada e desenvolvida por diversos cientistas

para explicar as alterações sofridas pelas diversas espécies de seres vivos ao longo

do tempo, em sua relação com o meio ambiente onde elas habitam. O principal

cientista ligado ao evolucionismo foi o inglês Charles Robert Darwin (1809-1882),

que publicou, em 1859, a obra Sobre a origem das espécies por meio da seleção

natural ou a conservação das raças favorecidas na luta pela vida, ou como é mais

comumente conhecida, A Origem das Espécies.

6 O QUE DIZ A CIÊNCIA?

A teoria evolucionista é fruto de um conjunto de pesquisas, ainda em

desenvolvimento, iniciadas pelo legado deixado pelo cientista inglês Charles Robert

Darwin.

No final do século XVIII a sociedade ainda não atingia os níveis de

desenvolvimento social que agora conhecemos, a maioria da população destinava a

totalidade de seu tempo a cobrir suas necessidades básicas em um duro ambiente

trabalhista e ficavam fora de seu alcance costure tão habituais hoje em dia como a

previdência e a educação. Isto fazia com que a ciência fosse patrimônio de uma

minoria culta e com certa holgura econômica.

Neste panorama começaram-se a fraguar as primeiras teorias evolutivas. A

população de modo geral seguia as diretrizes religiosas referidas na Gênese sobre a

origem da vida e a criação das espécies, o que atualmente conhecido Criacionismo,

no que todas as espécies, animais e vegetais foram criadas por Deus em um momento

único e tal como hoje as conhecemos. Mas dentro da minoria instruída já existia um

importante grupo de cientistas para os que estava suficientemente claro que isto não

17

era assim, senão que as espécies estavam sujeitas a variações no tempo que as fazia

aparecer, se desenvolver, e se extinguir, ou se transformar em outras, isto é, evoluir.

O tão conhecido naturalista Charles Darwin nasceu na Inglaterra em 1809 e foi o

responsável, juntamente com Alfred Wallace, pela publicação da Teoria da Evolução.

.Darwin elaborou sua principal obra a partir de uma pesquisa realizada em

várias partes do mundo, após uma viagem de circum-navegação ocorrida entre 1831

e 1836, coordenada pelo Almirantado britânico. Nessa viagem, o cientista inglês

pôde perceber como diversas espécies aparentadas possuíam características

distintas, dependendo do local em que eram encontradas.

Darwin pôde perceber ainda que entre espécies extintas e espécies presentes

no meio ambiente havia características comuns. Isso o levou a afirmar que havia um

caráter mutável entre as espécies, e não uma característica imutável como antes era

comum entender. As espécies não existem da mesma forma ao longo do tempo, elas

evoluem. Durante a evolução, elas transmitem geneticamente essas mudanças às

gerações posteriores.

Entretanto, para Darwin, evoluir é mudar biologicamente (e não

necessariamente se tornar melhor), e as mudanças geralmente ocorrem para que

exista uma adaptação das espécies ao meio ambiente em que vivem. A esse

processo de mudança em consonância com o meio ambiente Charles Darwin deu o

nome de seleção natural.

A teoria elaborada por Charles Darwin causou grande polêmica no meio

científico. Isso mesmo tendo existido antes dele cientistas que já afirmavam que toda

a alteração no mundo orgânico, bem como no mundo inorgânico, é o resultado de

uma lei, e não uma intervenção miraculosa, como escreveu o naturalista francês

Jean-Baptiste de Lamarck (1744-1829).

Havia ainda à época uma noção de que as espécies tinham suas

características fixadas desde o início de sua existência, não havendo o caráter de

mudança não divina apontada pelo cientista inglês. Tal concepção era fortemente

influenciada pela filosofia religiosa cristã, da criação por Deus de todos os seres vivos

desde o início do mundo. Até Charles Darwin teve suas convicções religiosas

abaladas com os resultados de suas pesquisas, o que o levou a se recusar a

apresentá-los por cerca de vinte anos.

18

Uma polêmica constante na teoria evolucionista está relacionada com os

seres humanos. No que se refere à evolução de homens e mulheres, o evolucio-

nismo indica que nós temos um ancestral comum com algumas espécies de

macacos, como o chimpanzé. Pesquisas recentes de decodificação do genoma

indicam uma semelhança de 98% entre os genes de seres humanos e chimpanzés.

Porém, isso não quer dizer que o homem descende do macaco. Indica apenas que

somos parentes.

Antes que a teoria da evolução de Charles Darwin fosse aceita como correta

pelo meio científico (e isso só aconteceu uns cem anos depois de sua morte) vários

outros pesquisadores (alguns nem tanto...) criaram teorias para tentar explicar a

evolução dos seres vivos. Um deles foi Jean – Baptiste Pierre Antoine de

Monet (1744-1829).

Também conhecido como Chevalier de Lamarck, o naturalista francês que

ainda estudou medicina, física e meteorologia, publicou a teoria que hoje chamamos

de “lamarckismo” no seu livro “Philosophie Zoologigue” (1809).

A teoria de Lamarck baseou-se em dois princípios básicos: o conceito de que

é uma característica intrínseca dos seres vivos evoluírem para um nível de

complexidade e perfeição cada vez maiores, motivo pelo qual Lamarck acreditava

que os seres haviam evoluído de micro-organismos simples originados de matéria

não viva (teoria da geração espontânea, bastante popular na época de Lamarck),

para organismos mais complexos; O segundo princípio foi o do “uso e desuso”, que

o foi o ponto crucial da teoria de Lamarck e dizia, basicamente, que o que não é

usado atrofia e o que é usado se desenvolve sendo passado para as gerações

futuras. Ou seja, órgãos, membros e outras características dos seres vivos que

fossem usadas acabariam se desenvolvendo e passando de geração para geração.

Ocorrendo a transmissão hereditária das características adquiridas.

Entretanto a publicação em 1859 de “A origem das espécies” , de Charles

Darwin, abalou o fundamento principal da teoria de Lamarck afirmando que a

evolução das espécies se daria pelo processo de seleção natural e não pelo uso e

desuso. Segundo a teoria de Darwin algumas pequenas variações nos organismos

surgiriam ao acaso e, caso essas variações os tornassem mais aptos que os outros

organismos estes sobreviveriam transmitindo suas características aos seus

descendentes. Ou seja, na teoria de Lamarck o uso acarretaria a evolução, já na

teoria de Darwin a evolução se daria pelo acaso aliado a seleção natural.

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Para simplificar, vamos usar um exemplo bastante comum para explicar a

teoria de Lamarck: imagine que as girafas, antigamente, tinham pescoços bem

menores que o das girafas atuais e que, por isso, elas tivessem que esticar seus

pescoços repetidamente para alcançar as copas das árvores e se alimentar. Esse

movimento constante de estiramento do pescoço (uso) teria causado um

alongamento no pescoço das primeiras girafas e, por isso, seus descendentes teriam

nascido com pescoços mais longos que seus pais e assim sucessivamente até

originar as girafas de pescoço longo que vemos atualmente.

Já Darwin explicaria de outra forma: segundo sua teoria entre as girafas de

antigamente com pescoços pequenos teriam nascido, aleatoriamente, alguns

indivíduos com pescoço mais longo o que faria com que conseguissem alcançar a

comida na copa das árvores. Já as girafas que nasceram com pescoço pequeno não

conseguiriam alcançar a comida e morreriam de fome ou simplesmente ficariam em

desvantagem na hora de acasalar. Assim, apenas as girafas de pescoço longo

conseguiriam procriar transmitindo suas características para seus descendentes e

estes para as próximas gerações.

Aqui, ambas as teorias concordam que as características seriam transmitidas

para as gerações posteriores e gradativamente sendo aperfeiçoadas. Ou seja,

Lamarck não estava completamente errado, mas seu erro foi crucial para que sua

teoria caísse por terra.

O fato é que a teoria de Lamarck caiu em descrédito e a teoria da evolução

de Darwin, hoje chamada de “Teoria da Evolução Sintética” é que foi aceita como

verdadeira pelos cientistas.

20

6.1 Charles Robert Darwin (1809-1882)

Darwin desenvolveu com grande rapidez suas idéias evolucionistas em várias

frentes, seus cadernos de notas não refletem um processo ordenado de agregado e

racionalização. Em julho de 1837 começou a recolher em seu livro de notas feitos

referentes à formação e transformação dos animais domésticos e as plantas. A fim

de resolver o problema do mecanismo da evolução, começou por estudar a formação

de raças em animais domésticos e plantas cultivadas. Já que o homem conseguiu

obter formas muito diferentes na cada uma destas espécies, aparece muito clara a

transformação e diversificação de diferentes linhas de descendência. Selecionando

instâncias adequados guia-se a criação em uma direção determinada. Darwin

pensou, portanto, que a "seleção" devia ser a chave na formação de novas espécies,

mas não encontrava na natureza uma força que atuasse em sentido análogo à

seleção realizada pelo homem.

A leitura casual o 28 de setembro de 1838 do "Ensaio sobre a população", de

Thomas Robert Malthus, ajudou-lhe a encontrar a explicação, tanto tempo buscada,

sobre a formação das espécies. Malthuspostuló que as populações humanas

tendem a crescer em progressão geométrica, enquanto os meios de subsistência de

que dispõem o fazem só em progressão aritmética. Darwin aplicou o conceito de luta

pela existência ao reino animal e vegetal e deduziu que as variações que se

produzem nos indivíduos de uma espécie tenderão a se conservar em seus

descendentes no caso de ser favoráveis, porque à longa serão eliminados os

indivíduos menos adaptados ao médio. Chamou a atenção que deveram passar 40

anos para que alguém percebesse os envolvimentos evolutivos do

princípio malthusiano, que era de domínio público. O princípio de Malthus tinha como

fim argumentar contra a mudança, para rebatir a ilusão dos ilustrados de que por

médio da reforma social pode ser produzido o progresso humano. O raciocínio de

Malthus foi que o progresso é impossível a não ser que exista um abastecimento

ilimitado de recursos. Para Malthus a luta pela existência descartava toda mudança.

Charles Darwin elaborou pela primeira vez a teoria da evolução como um

argumento coerente em um breve bosquejo (conhecido como "o sketch", "esquema"

21

ou "notas sobre a transmutación das espécies") de 35 páginas escrito em junho de

1842, seguido por um ensaio mais extenso (conhecido como "o Essay", "ensaio" ou

"rascunho sobre as espécies"), de 231 páginas, em 1844, que contém em essência

as principais idéias de sua principal obra, publicada 15 anos mais tarde. O 5 de julho

de 1844 escreve aEmma: "Acabo de finalizar o esquema de minha teoria das

espécies. Se, como acho, minha teoria no futuro fosse lida, embora só fosse por um

crítico competente, suporá um avanço considerável na ciência. Nenhum dos

rascunhos o escreveu para o publicar, mas Darwin lhe encarregou a sua mulher a

publicação do ensaio de 1844 em caso de morte prematura. Sem publicar nada

sobre o tema, continuou trabalhando nele durante muitos anos. No mesmo ano em

que Darwin completou seu "ensaio sobre as espécies", 1844, se publicou na

Inglaterra uma obra de autor anônimo, "Vestiges of the "Natural Historyof Creation"

(Vestígios da História Natural da Criação). Tratava-se de uma extensa obra popular

com especulações evolucionistas, que acrescentou muito pouco à discussão

científica do problema. Este livro teve um grande sucesso entre o público geral, não

científico, mas também se comentou detalhadamente em revistas científicas

importantes, e provocou uma forte reação contrária da comunidade científica.

Produziu-se uma grande curiosidade sobre o autor dos "Vestiges", já que o livro

tinha-se publicado como anônimo, mas anos mais tarde, em 1884, ao se publicar

a duodécima edição, póstuma, se soube que era escrito por Robert Chambers, um

editor escocês. O principal mérito deste livro foi preparar ao público para receber a

obra de Darwin. Suas atividades de escritor e estudioso alternava-as com conversas

e intercâmbio de idéias com cientistas importantes, tais como Robert Brown,

Alexander von Humboldt, o astrônomo e matemático John Herschell, a quem

conhecia durante seu passo por Cidade do Cabo, e por suposto com John

Séc. Henslow e Charles Lyell.

22

6.2 Idéias de Darwin

- Os indivíduos de uma mesma espécie apresentam variações em todos os

caracteres, não sendo portanto idênticos entre si.

- Todo organismo tem grande capacidade de reprodução, produzindo muitos

descendentes. Entretanto, apenas alguns dos descendentes chegam à idade

adulta.

-O número de indivíduos de uma espécie é mantido mais ou menos

constante ao longo das gerações.

Assim, há grande "luta" pela vida entre os descendentes, pois apesar de

nascerem muitos indivíduos poucos atingem a maturalidade, o que mantém

constante o número de indivíduos na espécie.

Na "luta" pela vida, organismos com variações favoráveis ás condições do

ambiente onde vivem têm maiores chances de sobreviver, quando comparados aos

organismos com variações menos favoráveis.

Os organismos com essas variações vantajosas têm maiores chances de

deixar descendentes. Como há transmissão de caracteres de pais para filhos, estes

apresentam essas variações vantajosas.

Assim, ao longo das gerações, a atuação da seleção natural sobre os

indivíduos mantém ou melhora o grau de adaptação destes ao meio.

23

6.3 Jean Baptiste Lamarck (1744-1829).

A teoria da evolução mais estruturada da época elaborou-a este colaborador

de Buffon e também professor do Museu de História Natural. No ano 1800 pronuncia

uma conferência inaugural na que expõe uma teoria coerente sobre a transformação.

Admite a existência de uma evolução das espécies e trata de dar-lhe uma explicação

racional. A idéia central é que dita evolução é obra da natureza, que se vale de

infinitos recursos para produzir espécies; entre eles dois são os mais importantes: o

tempo e as condições favoráveis.

Os efeitos destes fatores determinam a transformação progressiva das

faculdades dos organismos, que se fortalecem pouco a pouco, se diversificam e dão

local a mudanças que se transmitem àdescendencia.

Segundo Lamarck, existe na natureza uma gradación #sutil, que vai dos

animais mais simples aosmamíferos e ao ser humano. No entanto, dentro da cada

grupo, as espécies não seguem esta gradación, senão que se diversificam porque

as influências do médio provocam outras transformações. Assim, agradación fica

alterada pelas atividades dos organismos no momento de sua própria transformação

e pela herança destas transformações.

Deste modo, Lamarck situa a evolução à margem do criacionismo e ao nível

do próprio indivíduo. Deus vai passar a ser, segundo ele, o criador da natureza, a

qual produzirá os seres vivos.

Ao aceitar a noção de Buffon da grande idade do mundo, deduziu que as

condições que a superfície terrestre deviam haver sofridos grandes mudanças, de

modo que os seres vivos tiveram de se adaptar a elas. Em sua opinião, fizeram-no

aprendendo e lutando, tratando sempre de se adaptar, e, enquanto, alterando sua

forma e seu comportamento. O clássico exemplo alegado para ilustrar a idéia

de Lamarck é o do alongamento do pescoço da girafa: por esticar uma e outra vez o

pescoço para chegar melhor ao alimento, consegue ter vértebras mais longas.

Todas as mudanças úteis que a girafa conquistou durante sua vida,

apareceram em sua descendência, voltando a ocorrer com esta o próprio.

Atualmente, isto se conhece com o nome de teoria dos caráteres adquiridos. Do

24

mesmo modo, o desaparecimento de órgãos justificava-se com o falhanço de usá-

los, como o peixe cego que habita em cavernas tenebrosas.

A diferença destas ideias com as de Darwin é mais #sutil do que se acha

habitualmente. Darwin também falava da influência do uso e desuso dos órgãos

como base da variação, mas Lamarck cria em uma força interior ao indivíduo que

provocava todas estas mudanças.

Lamarck, ao invés do que se acha, é prudente e trata de evitar todo conflito

frontal com a igreja; mas nessas proposições formuladas de forma hipotética utiliza

para o aparecimento do ser humano os mesmos argumentos que para o

aparecimento das espécies, e define as etapas necessárias para seu aparecimento:

....se uma raça qualquer de cuadrúmanos, designadamente a mais aperfeiçoada

de todas, perdesse pela força das circunstâncias, ou por qualquer outra causa, o

hábito de trepar às árvores e de agarrar os ramos com os pés, como se fossem

mãos, para aferrarse, e se os indivíduos desta raça, durante uma série de gerações,

se vissem obrigados a servir dos pés para caminhar e deixassem de empregar as

mãos ao igual que os pés, não cabe dúvida que (...) esses cuadrúmanos se

transformarão, à sobremesa, em bímanos e que o polegar de seus pés deixará de

estar separado do resto dos dedos, com o que ditos pés só servirão para caminhar.

(Curiosamente, os experimentos para provar a "herança dos caráteres

adquiridos" tiveram um augetardio na década dos 50 do século XX, após

que Lysenko empreendesse em 1948 uma extensa campanha contra o

"reaccionario mendelismo-morganismo" dos países capitalistas. Ocorreu-se lhe

plantar grandes extensões de cereais nas gélidas estepas russas e siberianas faria

com que as plantas adquirissem resistência ao frio para, assim, incrementar a

extensão de terras dedicadas ao cultivo de cereais e acabar com o problema da

alimentação. Greve dizer o que ocorreu: a ruína deste projeto, o atraso em ciência

genética da União Soviética em várias décadas com respeito ao resto dos países e,

como não, o esquecimento de Lysenko.)

Continuando com o que nos ocupa, os ataques de Cuvier terminaram por

convencer a seus coetâneos incapacidade de Lamarck como científico: seguia

convencido de que a matéria estava formada pelos quatro elementos aristotélicos(

terra, fogo , ar e água) e se opunha às novas teorias sobre os elementos químicos

de Lavoisier. Cuvier chegou a dizer: "A teoria da evolução do

senhor Lamarck passará à história como modelo de desatino".

25

No final do século XIX, verdadeiro número de cientistas o redescubrieron e se

valerão dele para contra restar o darwinismo.

Embora a teoria lamarckiana não resistiu o avanço de novos conhecimentos

contribuiu de maneira importante à gradual aceitação da evolução biológica.

. Com tudo, Lamarck nunca expôs com clareza nem razoou de forma coerente

suas opiniões, daí que suas ideias nunca fossem tomadas muito em sério durante sua

vida. Sua teoria da evolução sofreu grandes contratempos a mãos de Cover, que

defendia suas próprias ideias desde uma posição científica bem mais

sólida. Lamarck morreu sem excessivo reconhecimento científico para suas ideias,

que não foram reveladas com rigor até a segunda metade do século XIX em que se

lhe reconheceu compensador profundo e avançado para sua época. Darwin recolheu

muito de seus pensamentos para o desenvolvimento de sua doutrina da evolução das

espécies.

26

6.4 Idéias de Lamarck

- A vida origina-se por geração espontânea. Era está uma ideia largamente aceitada

na época, e somente foi descartada muito depois graças à os trabalhos de Pasteur.

- A vida tem uma tendência inata à perfeição. Este grande impulso vital (élan vital,

como lhe chamo a literatura vitalista francesa) é o verdadeiro motor da evolução.

- O caminho da evolução é essencialmente linear. As formas de vida, impulsionadas

por sua tendência inata, evoluem para uma crescente perfeição ao longo de uma única

senda essencial. A escala zoológica representa justamente uma série de estádios ao

longo desse caminho.

- A essa grande tendência deve ser agregado a noção de que as diferentes formas de

vida podem ser paradas nos diferentes estádios, ou ainda se desviar para caminhos

laterais. Esta ideia antecipa em verdadeiro sentido a moderna e darwinista ideia da

evolução como série de ramificações sucessivas, embora sem dúvida foi uma noção

secundária para Lamarck.

- A adaptação dos organismos ao médio deve-se, não só a seu impulso vital

que empurra-os para uma crescente perfeição, senão a um mecanismo específico de

ajuste ao médio: a herança dos caráteres adquiridos. Do resumo das ideias

lamarckistas , desprende-se que existem dois grandes mecanismos de evolução. Em

primeiro lugar existe um impulso vital para a perfeição, que é um motor interno da vida

mesma, tem um caráter general e uma grande direção principal. Em segundo local

existe o fenômeno da adaptação ao médio mediante a herança dos caráteres

adquiridos, que é um mecanismo condicionado às circunstâncias particulares, e cujo

sentido e caráter são por tanto específicos para a cada situação. A cada um destes

dois postulados lamarckistas de evolução foi fonte de inspiração para uma escola

particular de pensadores.

27

7 QUESTIONÁRIO

NOME: _______________________________________________

1 - Qual seu gênero?

( ) Homem ( ) Mulher

2- Qual sua faixa etária? ( ) Menor de 15 anos ( ) De 16 a 18 anos ( ) De 19 a 30 anos ( ) De 31 a 40 anos ( ) Maior de 40 anos

3- Qual sua religião? ( ) Catolicismo ( ) Evangélico ( protestante) ( ) Espiritismo ( ) Outra

4- Em sua opinião qual teoria explica a origem da vida? ( ) Teoria da evolução ( evoluímos das espécies) ( ) Teoria do criacionismo ( fomos criados por Deus ) 5- Você crê em alguma das alternativas abaixo? ( ) Céu e inferno ( ) Reencarnação ( ) Vida eterna ( ) Nenhuma das alternativas 6 – Você já ouviu falar em um dos cientistas abaixo? ( ) Oswald Avery ( ) Jean Baptiste ( ) Gregor Mendel ( ) Charles Darwin 7- Em sua opinião quem criou o universo? ( ) Deus ( ser divino) ( ) Big bang ( grande explosão a partir do nada ) 8- Como você resumiria a evolução das espécies? ( ) Fato ( ) Absurdo 9- O ser humano necessita de religião? Porque? ________________________________________ 10 - È possível harmonizar fé com a Ciência? ( ) Sim ( )Não

28

35%

65%

QUAL SEU GÊNERO?

Homem

Mulher

18%

52%

4%

6%

20%

QUAL SUA FAIXA ETÁRIA?

Menor de 15 anos

De 16 a 18 anos

De 19 a 30 anos

De 31 a 40 anos

Maior de 40 anos

OBS: 32% das mulheres tem de 16 a 18 anos e 20% dos

homens tem de 16 a 18 anos

OBS: 12% das pessoas maiores de 40 anos são mulheres e 8% são

homens

GRÁFICOS

29

15%

65%

0%

10%

10%

QUAL SUA RELIGIÃO?

Catolicismo

Evangélico

Budismo

Espiritismo

Outra

OBS: 4% não tinha religião

30%

70%

EM SUA OPNIÃO QUAL TEORIA EXPLICA A ORIGEM DA VIDA?

Teoria daevolução(evoluimosdas espécies)

Teoria docriacionismo(fomoscriados por Deus

OBS: 4% que acredita na teoria da evolução são espiritas, 4% são evangélicas e 8% são católicas.

30

60%15%

17%

8%

VOCÊ CRÊ EM ALGUMAS DAS ALTERNATIVAS ABAIXO?

Céu e inferno

Reecarnação

Vida eterna

Nenhuma dasalternativas

OBS: das pessoas que acreditam em céu e inferno 14% acreditam na teoria do evolucionismo.

10%

0%

15%

75%

VOCÊ JÁ OUVIU FALAR DE UM DOS CIENTISTAS ABAIXO?

Oswald Avery

Jean Baptiste

Gregor Mendel

Charles Darwin

OBS: 14% que já ouviu falar em Charles Darwin não tem

religião

31

65%

35%

EM SUA OPINIÃO QUEM CRIOU O UNIVERSO?

Deus( ser divino)

Big Bang( grandeexplosão apartir donada)

OBS: 2% das pessoas que acredita no big bang é católica, e 2% que acredita em Deus acredita na teoria da evolução.

75%

25%

COMO VOCÊ RESUMIRIA A EVOLUÇÃO DAS ESPÉCIES?

OBS: 2% que resumiu a evolução como absurdo não conhece nenhum

cientista.

32

70%

30%

O SER HUMANO NECESSITA DE RELIGIÃO?

Sim

Não

OBS: 4% das pessoas que disseram que sim não tinha religião

75%

25%

É POSSIVÉL HARMONIZAR A FÉ COM A CIÊNCIA?

Sim

Não

OBS: 50% das pessoas que responderam sim tem alguma religião

33

9 ARGUMENTOS A FAVOR DO CRIACIONISMO

9.1 Porque o criacionismo é óbvio

Afirmo que o ateísmo é uma forma de fé porque a ciência prova que algo existe ou não.

A verdade possui sintonia com a moderação e, seguramente, não se consegue

defender uma verdade com ofensa ou sarcasmo. Por esse motivo, decidi escrever

esse artigo para esclarecer alguns pontos importantes sobre as críticas que recebo

em relação à minha fé e sobre os questionamentos feitos por alguns que se dizem

ateus e se propõem a atacar a quem quer que seja que tenha alguma fé diferente da

sua.

Afirmo que ateísmo é uma forma de fé porque a ciência prova que algo existe

ou não. Por isso há o sinal científico de existe e não existe. Basta consultar um livro

de matemática, física e outras ciências que usam a lógica para aprender a respeito.

Assim, se alguém afirmar cientificamente algo, deve provar. Se não submeter ao crivo

da prova científica, é fé. Como ateus não provam que Deus não existe, afirmam por

fé. Do contrário, no máximo poderão afirmar: “não sei se Deus existe”.

Preliminarmente sei que o mundo está em constante evolução. A altura média

do homem hoje é maior do que há 100 anos atrás. Há evoluções geológicas

decorrentes de erosões, movimentos sísmicos, e outras. Há também animais que se

extinguem e várias outras formas de evolução. A linha do evolucionismo que sou

contrário é a que afirma ou induz que o universo surgiu espontaneamente ou que

afirma que o homem originou-se do macaco.

Alguns ateus alegam que não há artigos científicos sobre o criacionismo. Acho

que artigos desta natureza são dispensáveis. Os artigos científicos não costumam

debater coisas óbvias. O que é aceito como pressuposto, premissa ou verdade

universal dificilmente se torna objeto de polêmicas que mereçam grande concentração

de esforço da pesquisa científica.

34

Achar, por exemplo, que estruturas complexas, funcionais, regidas por leis

científicas modeláveis surgiram espontaneamente parece ser pouco razoável.

Quanto mais complexas, mais difíceis são de serem criadas. Mais difíceis ainda

de terem surgido espontaneamente.

Por exemplo, não vejo artigos científicos que confrontam posições de cientistas

que queiram provar que um mais um não seja dois. Isso é uma premissa aceita e, se

alguém quiser fazer uma demonstração diferente, esta pessoa precisará derrubar esta

premissa.

Se levarmos para o lado prático, esta situação pode ser ilustrada pela seguinte

situação: se astronautas encontrarem na lua uma casa construída de acordo com as

normas de engenharia, um grupo de pessoas poderá pensar que alguém construiu a

casa seguindo as referidas normas. Outras poderão achar que foi um processo

evolutivo que permitiu o surgimento daquela casa, já que a lua não é habitada por

seres humanos.

Quem acha que alguém construiu a casa, parte da premissa que pessoas

estiveram lá. Quem acha que surgiu por processos evolutivos, tentará encontrar

argumentos que justifiquem esta hipótese partindo de algumas premissas.

Ambos entenderão que a casa teve etapas intermediárias de construção e

provarão isso. As evidências mostrarão diversas etapas da “evolução” ou “construção”

daquela casa. Se for um mecanismo mais complexo, será mais difícil ainda acreditar

que teria surgido espontaneamente.

Se ninguém assistiu a construção não haverá testemunhas e o debate se

estabelecerá. Neste caso, eu ficaria com os que acreditam que alguém esteve lá, pois

não é comum casas com instalações elétricas e hidráulicas aparecerem construídas

aqui na terra, muito menos na lua onde os materiais e condições físico-químicas são

diferentes daqui. Se for um equipamento mais complexo, mais certeza ainda eu teria

de que alguém projetou e construiu. Jamais vi algo na engenharia que me fizesse

acreditar diferente.

Se eu fosse pesquisar o tema, investiria na linha de descobrir quem esteve lá,

jamais na outra de achar que a construção surgiu espontaneamente.

Estudando, percebi que tanto na física clássica quanto na física quântica, no

mundo macro e no mundo micro, há leis universais modeláveis. Há efeitos de alta

complexidade que envolvem estruturas macroscópicas e microscópicas.

35

Estudando química e física nuclear percebi que estruturas cristalinas

microscópicas são complexas e bem construídas, com perfeição extraordinária.

Reações químicas e nucleares possuem perfeição e beleza digna de estudos,

pesquisas e apreciação. Estas coisas todas teriam surgido espontaneamente? As leis

que as regem teriam sido estabelecidas sem nenhuma interferência externa? A

sincronia e perfeição da natureza e do ser humano, tudo se organizou

espontaneamente?

Acreditar no surgimento espontâneo do universo seria o mesmo que acreditar

que ao explodir-se uma montanha, uma cidade poderia ser erguida, ou o mesmo que

a explosão de um ferro velho poderia fazer surgir um carro novo, ou que a explosão

de uma gráfica produziria vários livros impressos, encadernados e prontos para o uso.

A estrutura de uma cidade, de um carro e de um livro é bem mais simples que

toda a estrutura do universo, tanto no aspecto micro, quanto no aspecto macro.

Portanto, prefiro acreditar que há um criador.

Debater o universo afastando-se a hipótese de um criador é uma linha passível

de escolha, mas é contraditória em si mesmo. Enquanto for inconclusiva, está sub

judice, portanto, não merece a mesma credibilidade do que é comprovado

cabalmente. Muito menos afeta argumentos contrários baseados em leis

universalmente aceitas.

Há muitos artigos científicos que debatem a parte do evolucionismo que afasta

a hipótese de um criador. Isso é fruto das várias linhas de pesquisas existentes.

Podem ser honestas, mas certamente há equívocos. Se não houvesse, todos falariam

as mesmas coisas e isso não é verdade. Quanto mais impreciso e difícil de provar,

maior a necessidade de buscar mais argumentos para tentar evidenciar algo que

contraria a lógica geral de várias leis e premissas científicas: matéria e energia não

surgem do nada, senão várias leis científicas já teriam sido derrubadas, como a Lei

de Lavoisier e os estudos de Einstein, Plank e outros.

Quanto ao homem ter vindo do macaco, é uma teoria lastreada em evidências

que entendo serem insuficientes. Não há consenso sobre o tema.

Respeito quem pensa diferente, mas não acredito que meus ancestrais tenham

sido macacos, a não ser que me provem cabalmente. Isso não aconteceu e, pelo que

percebo, as divergências neste debate só reforçam o que acredito.

Ademais, creio em Deus. Eu o conheço. Creio mais ainda, que Jesus Cristo,

Seu filho, morreu na cruz e ressuscitou para pagar pelos meus pecados e para me

36

garantir vida eterna. É a minha fé. Quem zomba de mim por causa disso mostra a sua

índole e insegurança no que acredita. Tudo bem. Tenho muita paz e segurança no

que creio e não preciso de aprovação para que eu continue crendo.

Eu creio tanto na existência de Deus que declaro isso às pessoas como forma

de mostrá-las o caminho que sigo e que sou feliz. Se alguém quiser segui-lo, a própria

pessoa atestará a sua eficácia. Contudo, respeito às opiniões e escolhas de cada um,

sejam religiosos ou ateus. Não tenho desconforto com opiniões divergentes da minha,

mas tenho segurança que Deus não só existe como tem sido fundamental em cada

etapa da minha vida. Minha história mostra isso.

Quem se irrita com opiniões ou convicções diferentes evidencia claramente

insegurança no caminho que segue. O mecanismo consciente ou inconsciente que

provoca o desequilíbrio capaz de fazer alguém xingar ou ofender outro apenas por

crer diferente é fruto, naturalmente, de uma fé fundamentalista e, também, intolerante.

37

9.2 O COSMOS E O UNIVERSO

As coisas existentes apontam para uma causa. Uma coisa nova deve ter tido

uma causa antecedente e, portanto, adequada, e assim, até chegar-se a uma Causa

Primeira, que não é um efeito, senão, a causa pura, não causada. “Há sinais dum

desígnio inteligente em toda a natureza. [...] não pode haver poesia sem poeta. Não

pode haver cântico sem cantor. Não pode haver leis sem legislador; e se o universo

está sob o governo da lei, está ipso facto debaixo do autor da lei”.1 A criação nos traz

o invisível ao alcance do visível.

Se o universo originou-se do nada; a matéria é eterna; a matéria não é eterna,

logo, o universo não se originou do nada. A natureza por si só, não é capaz de originar-

se a si mesma, ela não pode reproduzir-se, o que vem a verificarmos que a existência

de um universo demanda a existência de um Criador, como sendo uma causa prévia

e também eficiente. Cada efeito deve-se ter uma causa adequada. Daí é dito que todo

efeito tem uma causa. Portanto, deve haver uma Causa Primeira que criou o universo.

No entanto, existe uma causa que é eterna. A matéria é uma coisa que fora criada,

surgiu do nada pelo poder criador de uma Primeira Causa.

Essa causa necessariamente tem e deve ser real, porque é impossível que o

nada venha a produzir mais que o nada. Ex nihilo, nihil fit – do nada, nada pode

surgir. “Afirmar que algo se fez existir é afirmar que agiu antes de existir, o que seria

um absurdo. A não-existência não pode engendrar a existência”.2 Se não há nada

que possa criar alguma coisa, isso permite, na verdade exige, que uma realidade não

física seja a causa primeira. A probabilidade de alguma coisa física vir a existir do

nada é zero, não se têm conhecimento de um só evento ou estado físico observado

por outro meio que se tenha originado do nada.

A razão humana argumenta que o universo deve ter tido um princípio. É sabido

que todo efeito deve ter uma causa suficiente. Visto que o universo é um efeito, é

indispensável que venha a ter uma causa. Uma pergunta que surge seria: Como é

que o universo veio a existir? ou Qual a sua origem? Se todo efeito tem uma causa; o

38

universo surgiu através de um efeito; logo, o universo deve ter uma Primeira Causa.

Esta Primeira Causa tem de ser necessariamente um Criador. “Como se originou tudo

isso? A pergunta é natural, pois as nossas mentes são constituídas de tal forma que

esperam que todo efeito tenha uma causa. Logo, concluímos que o universo deve ter

tido uma Primeira Causa, ou um Criador. ‘No princípio – Deus’ (Gênesis 1.1)”.

Relacionado a isso, notificamos que Deus, através de poder infinito, fez com

que a matéria viesse a existência (“No princípio, criou Deus os céus e a terra” Gênesis

1.1; “1 ¶ Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das

coisas que se não vêem. 2 Porque por ela os antigos alcançaram testemunho. 3 Pela

fé entendemos que os mundos pela palavra de Deus foram criados; de maneira que

aquilo que se vê não foi feito do que é aparente.” (Hebreus 11:1-3 ACF)

Nenhum efeito se pode produzir sem uma causa. O homem e o universo são

efeitos, portanto, devem ter tido uma causa, alguma coisa os originou. Baseados

nisso, chegamos então a uma causa não causada, no caso Deus. “Para que alguma

coisa exista, todas as condições necessárias para a sua existência tem de ser

cumpridas. Nessa série de causas tem de haver ao menos um estado de existência

que exista mas que não deriva a sua existência de alguma outra coisa. Ele é auto

existente, isto é, não foi causado”.

Quando uma casa é levantada, sabemos que por detrás dela está a figura de

um construtor, alguém que planejou a execução da mesma, verificou os detalhes, fez

os planos e finalmente a edificou. Uma casa prova necessariamente o fato de um

construtor. Igualmente o universo prova o fato de um Criador. “Porque toda a casa é

edificada por alguém, mas o que edificou todas as coisas é Deus.” (Hebreus 3:4 ACF)

A germinação de um feijão nos tem muito a ensinar. Verificamos o seu

nascimento, seu crescimento, bem como o seu desenvolvimento. Isto pode ser visto

da mesma forma em qualquer outra semente da mesma espécie. Paralelamente a

isso a ordem na natureza segue um plano lógico. No universo, as coisas não

acontecem como que por mero acaso ou por simples acidente.

Cada fato, cada evento, tem um plano específico, arquitetado por uma Mente

Sábia, previamente planejado e executado por um Construtor. Portanto, o Cosmos e

39

o universo revelam o poder de Deus. Notavelmente, o universo fora criado e planejado

por Deus para fins dignos.

40

9.3 O DESÍGNIO NO UNIVERSO

Imaginemos um relógio. Alguém o fez com certeza, não existiria do nada.

Alguém vir a declarar que não existiu um engenheiro que construiu o relógio, e que

este veio a existência de repente, seria o mesmo que ridicularizar a inteligência e a

própria razão humana. É uma grande insensatez presumir que o universo apareceu

ou “aconteceu”.

“O exame dum relógio revela que ele leva os sinais de desígnio porque as

diversas peças são reunidas com um propósito prévio. Elas são colocadas de tal modo

que produzem movimentos e esses movimentos são regulados de tal maneira que

marcam as horas. Disso inferimos duas coisas: primeiramente, que o relógio teve

alguém que o fez, e em segundo lugar, que o seu fabricante compreendeu a sua

construção, e o projetou com o propósito de marcar as horas. Da mesma maneira,

observamos o desígnio e a operação dum plano no mundo e, naturalmente,

concluímos que houve alguém que o fez e que sabiamente o preparou para o

propósito ao qual está servindo”.

Se o desígnio e a formosura evidenciam-se no universo; existe um arquiteto;

logo, o universo deve ser obra dum Arquiteto. Este arquiteto deve ser dotado de

inteligência suficiente para explicar sua obra, da mesma forma que um relojoeiro

explica a construção do seu relógio. A inteligência não se vê no relógio, mas no

relojoeiro que o projetou. “Assim como um relógio indica um relojoeiro, as evidências

do plano e propósito do mundo apontam para um Criador com propósito”. Nós não

vemos o relojoeiro trabalhando, arquitetando o seu relógio, assim, da mesma forma,

nós não vemos o Arquiteto que projetou este universo, mas mesmo assim sabemos

que funciona.

Existem leis no universo que invariavelmente são cumpridas. Como surgiram

essas leis? Quem as estabeleceu? Isso implica necessariamente na presença de um

legislador uma vez que existem leis. Pois sem lei, não há a necessidade de um

legislador.

41

Se não há “mente no universo”, também não há mente em nós. Isto quer dizer

que se uma mente não originou este mundo, se as leis que o governam hoje não foram

ditadas com inteligência e propósito sábio, como é possível que nossas mentes

tenham a capacidade de esquadrinhar, descobrir e compreender as ditas leis? [...] A

harmonia em nosso modo de pensar e as leis da natureza apontam na direção de uma

causa inteligente e dirigente. [...] A ordem no mundo e a ordem na nossa mente estão

de acordo porque foram criadas, assim, pelo Deus Sábio.

O mundo foi feito por uma causa inteligente. Exemplos: o esterco dos animais

serve para adubar a terra, mostrando assim a inteligência na criação. O corpo

humano, é algo fantástico, condizendo com um Criador Sábio, todas as suas partes

se ajustam perfeitamente umas às outras e todas elas cooperam para o bom

funcionamento do corpo humano. A perfeita assimetria do olho com a luz é uma prova

de que houve um determinado propósito. “Qualquer coisa que mostre vestígios de

desígnios deve ter sido traçada por algum ser inteligente. O universo mostra sinais de

ordem e desígnio; portanto, deve haver um Planejador; e Deus, por definição, é o

Criador e Planejador. Portanto, Deus existe”.

Se existe um plano; existe um planejador; existe um plano, logo, existe um

planejador.

42

9.4 DESCARTES E A EXISTÊNCIA DE DEUS

Descartes, filósofo francês (1596 – 1650), tinha como principal método de

estudo, o questionamento de toda verdade que lhe era apresentada, passando-a

primeiro , pelo crivo severo da razão, desconsiderando tudo o que a razão não

aceitasse.

Um de seus estudos foi sobre a existência ou não de Deus. Sem considerarmos

as questões religiosas e de crenças envolvidas em tal assunto, vejamos o que dizia

Descartes.

Para ele a única coisa que realmente pode ser considerada verdadeira é o

pensamento, visto que todo pensamento por si só prova sua existência, ou seja,

mesmo que uma pessoa duvide que o pensamento exista, essa sua dúvida já é um

pensamento. Essa proposição de Descartes fez surgir sua célebre frase: “Penso, logo

existo”, que apesar de pequena guarda grande dimensão filosófica.

Uma vez de posse dessa nova linha de raciocínio, a razão, Descartes passa a

examinar a ideia de perfeição. Quando dizemos que alguma coisa é imperfeita,

estamos usando a ideia de perfeição sob a forma de falta de alguma coisa, ou seja, a

ausência de algo que tornaria perfeita a coisa estudada.

Caso essa coisa estudada estivesse completa, teríamos a noção de um ser

perfeito. Demonstrando que a ideia de perfeição não se origina nos sentidos, mas na

razão, Descartes abre o caminho para a prova racional da existência de Deus. Ao

questionar a origem da ideia de Deus, ele depara com o problema de que essa ideia

não poderia ter surgido do nada, pois o nada, nada cria e nenhum ser, muito menos

um ser perfeito, pode ter surgido do nada.

Seguindo este raciocínio, Descartes afirmou, também, que um ser imperfeito

não pode ser a causa da criação de um ser perfeito, pois o menos não pode ser a

causa do mais. A ideia de perfeição nasce junto com o homem, é uma ideia inata.

43

Resta a ideia de que a perfeição não tendo sua origem no nada e nem tampouco em

um ser imperfeito por natureza, só pode ter sido posta na razão por um ser perfeito.

Um ser perfeito pode ser a sua própria causa, ao contrário de um ser imperfeito.

A ideia de perfeição posta na razão sugere a existência de um ser perfeito, pois seria

contraditória a existência da perfeição sem um ser perfeito que a tenha criado.

Assim, a existência de uma ideia de perfeição que existe em nossa mente,

comprova a existência de um ser perfeito que a criou e a colocou em nossa razão, ou

seja, um ser que pode ser chamado de Deus.

44

9.5 O ARGUMENTO DA EFICÁCIA DA RAZÃO.

A razão humana, com sua extraordinária complexidade e com muitíssimas

sutilezas e seus poderes abstratos, comprova a necessidade de admitirmos, em nossa

ontologia, o Criador e Planejador desses poderes, sendo, ele mesmo, o Intelecto

supremo. A razão humana é apenas uma pequena demonstração da razão divina. Até

mesmo as tentativas racionais do homem, par provar que Deus não existe, não

passam de demonstrações que Deus verdadeiramente existe, porquanto essas

tentativas são um uso e uma exibição da razão, o que, quando devidamente

examinado, inevitavelmente nos conduz de volta a Deus. Esse argumento é uma

faceta do argumento teológico, discutido acima, no ponto anterior.

Alguns teólogos dividem esse argumento didaticamente em fases. A primeira

fase deste argumento é de “causa e efeito”. Ao nosso redor existem efeitos tais como

matéria e movimento. Há três alternativas para a sua explicação: (1) eles existem

eternamente; (2) surgiram do nada ou (3) foram causados. Vamos examinar essas

alternativas em ordem. Primeiro, não é provável que o universo tenha existido

eternamente, pois toda evidência indica um universo que está se desgastando. De

acordo com a segunda lei da termodinâmica, o sol e as estrelas estão perdendo

energia em considerável proporção. Se tivessem existido desde a eternidade, já

estariam esgotados. Os materiais radioativos estão perdendo a sua radiação. Os

estudos espectrográficos das estrelas mostram que todos os corpos estão viajando

para fora a partir do centro, indicando um começo. Segundo, dizer que a matéria e o

movimento emergiram do nada é uma contradição: “Do nada, nada surge.”

Terceiro, a explicação mais razoável é que a matéria e o movimento foram criados

num ponto do tempo. Atualmente, a maioria dos cientistas data o universo de maneira

variada, entre cinco e vinte bilhões de anos de antiguidade. Alguns propõem uma série

de emergências ou um criador impessoal, mas, considerando a existência de

inteligências e a grande complexidade da criação, é mais provável que o universo seja

obra de um Criador inteligente, como exposto na Bíblia. Não é provável que uma fonte

suba mais alto que seu manancial, ou que seres racionais surjam de uma fonte

irracional.

45

Outra fase do argumento a partir da razão é que o homem possui um

conhecimento inato de Deus. Isto se evidencia pela crença universal não ser supremo

de algum tipo. É difícil encontrar uma tribo que não acredite não ser ou força superior.

“O homem é incuravelmente religioso”. Isto não significa que todos os homens tenham

uma crença completamente firmada em Deus, mas parece indicar que a crença

religiosa e a tendência para adorar uma divindade são naturais ao homem. Até mesmo

o ateu, que nega a existência de Deus, demonstra que é confrontado com a ideia de

Deus e deve de algum modo dispor do conceito.

46

10 ARGUMENTOS A FAVOR DO EVOLUCIONISMO

DADOS DA PALEONTOLOGIA

A paleontologia é uma das ciências que cedo forneceu dados a favor do

evolucionismo

Os dados paleontológicos baseiam-se no estudo dos fósseis, isto é, de partes,

vestígios ou marcas de atividade de seres vivos que viveram em épocas geológicas

anteriores e que ficaram conservados em sedimentos nos quais eram

contemporâneos.

A grande maioria dos seres vivos, quando morre, não sofre fossilização. Este

processo só ocorre em condições excecionais (após a morte, o organismo tem que

ficar em condições que o preservem ou retardem a usa decomposição.

Assim compreende-se que a paleontologia se depare com diversas limitações.

Contudo, nalguns casos, é possível acompanhar a história evolutiva de um

determinado grupo de seres vivos. Essa história pode ser representada por árvores

(ou séries) filogenéticas, que são representações gráficas do percurso evolutivo de

um determinado grupo, partindo dos seus ancestrais, até as formas atuais

Além da reconstituição da filogenia de determinado grupo, a paleontologia

fornece outros argumentos a favor da evolução.

Um conjunto de fósseis especialmente interessante, do ponto de vista

evolucionista, são os fósseis de formas intermédias ou sintéticas. Os fósseis de forma

intermédia apresentam características que existem, na atualidade, em pelo menos

dois grupos de seres vivos.

Um exemplo de uma forma intermédia é o archeopyeryx , que terá surgido no

período jurássico. Este fóssil revela a existência de asas e penas, características as

aves, e, simultaneamente, dentes de uma longa cauda com vertebras, características

dos répteis.

47

Algumas formas intermédias correspondem a pontos de ramificação, que

conduziram a formação de novos grupos taxonômicos, e permitem construir arvores

filogenéticas parciais. Nesse caso as formas fósseis são designadas formas fósseis

de transição.

48

10.1 - DADOS DA CITOLOGIA

A teoria celular elaborada por Schleideiden e Schwan, em 1839, constituiu uma

nova citologia a favor da evolução. Ao considerarem que todos os organismos são

constituídos por células, e que a célula é a unidade estrutural e funcional, estes

investigadores contribuíram para ideia de que existe uma base comum para todos os

seres vivos.

Para além disso, os processos e o mecanismo celular são semelhantes,

constituindo um forte argumento a favor de uma origem comum. Ex: a mitose e a

meiose são idênticas nas células animais e vegetais.

Os estudos de bioquímica e fisiologia celular viram a revelar a existência de

vias metabólicas idênticas em organismos muito diferentes como animais e as plantas.

Essa concepção de universalidade estrutural e funcional entre os seres vivos constitui,

assim, uma prova fundamental a favor de uma origem comum e, consequentemente,

da existência de um processo evolutivo.

49

10.2 BIOQUÍMICA

Nos últimos anos, os estudos de natureza bioquímica vieram dar um impulso

notável argumentação evolucionista, não só quantitativamente mas qualitativamente.

As provas bioquímicas apoiam a evolução na medida em que reforçam a ideia

de origem comum dos diferentes grupos de seres vivos. Estes argumentos baseiam-

se:

- No facto de todos os organismos serem basicamente constituídos pelo mesmo

tipo de biomoléculas (proteínas, lípidos, glícidos, ácidos nucleicos);

- O facto do DNA e o RNA serem centrais no mecanismo global de produção

de proteínas onde intervém um código genético universal;

- Universalidade do ATP como energia biológica utilizada pelas células;

- Existência de outras vias metabólicas comuns para além da síntese proteica

como os processos respiratórios e modos de actuação das enzimas;

Ao estudarem-se as proteínas percebe-se que, quanto mais próximas

evolutivamente se encontrarem as espécies mais semelhanças apresentam ao nível

das proteínas. Este estudo também permite que se estabeleçam filogenias, onde se

põe a hipótese de que a partir de uma molécula de DNA ancestral comum, por

diferentes mutações, surgiram diferentes genes e, consequentemente, a sequência

dos aminoácidos é diferente, originando diferentes moléculas.

Outra forma de estimar a proximidade entre espécies é analisando o DNA,

através da hibridação do mesmo. Nesta técnica, misturam-se cadeias de DNA

desenroladas de espécies diferentes e espera-se que ocorra o emparelhamento.

É também possível estabelecer um grau de parentesco entre diferentes grupos

de animais são a partir de dados sorológicos que se baseiam-se nas reacções

específicas entre antigenes e anticorpos, através da interpretação dos mecanismos

de aglutinação.

50

10.3 SELEÇÃO NATURAL

O processo de seleção natural originário das teses evolutivas de Charles

Darwin é adotado pelos cientistas como a teoria mais viável na justificação da

capacidade que determinados seres vivos possuem de sobreviverem ao longo do

tempo, em detrimento de outros, e da sua aptidão para se converterem em múltiplas

variedades de espécies. Todo este mecanismo está comprovado por meio de

evidências fósseis.

Segundo Darwin, a seleção natural ocorre através da conformação de certas

propriedades benéficas ao contexto ambiental, as quais são legadas hereditariamente

para os sucessores dos seres vivos. Desta forma, estas características favoráveis

configuram paradigmas que se fortalecem no seio dos entes vivos. Por sua vez os

traços não propícios vão rareando até desaparecerem, pois não são mais transmitidos

para a posteridade. Este é o procedimento elementar da teoria evolutiva.

Assim, os seres com fenótipos bons – elementos orgânicos que podem ser

examinados, como as formas da matéria, seu crescimento, características

bioquímicas, fisiológicas e comportamentais – apresentam maior dom para resistir às

intempéries e se multiplicar do que os que portam fenótipos desfavoráveis. No

desfecho deste enredo este mecanismo pode revelar a aptidão de certas entidades

ao meio ambiente, as quais serão localizadas em recantos ecológicos específicos.

As modificações realizadas com sucesso revigoram a perpetuação vital dos

seres nos quais elas são implementadas, capacitando-os a reproduzir-se e, assim, a

transmitir estas mutações aos entes vindouros, os quais, evolutivamente, podem vir a

constituir novos espécimes.

Sempre focando na configuração de novos elementos e no seu legado

hereditário, a seleção natural não faz diferença entre seleção ecológica, realizada pelo

meio, e seleção sexual, empreendida pela reprodução das espécies, pois cada

atributo do ser pode estar presente ao mesmo tempo nestas duas categorias. Uma

variedade determinada, por exemplo, além de tornar o ser mais capaz de resistir aos

desafios naturais, é herdada pelos sucessores, que terão mais condições de se

perpetuar do que os que apresentam mutações não condizentes com o mecanismo

de adaptação ao ambiente.

51

Um caso tradicional de seleção natural é o que ocorreu com as mariposas

portadoras de pigmentos enegrecidos depois de meados do século XIX. Com a

intensificação do crescimento das indústrias, houve uma ampliação do envio de

substâncias poluentes para a atmosfera, e o consequente depósito de fuligem nas

plantas.

Assim, os insetos desta espécie, que antes predominavam na cor branca

acinzentada, foram, aos poucos, substituídos pelos de coloração mais escura, pois

estes eram confundidos com o caule dos arbustos, da mesma cor. Resultado: estas

mariposas eram vistas mais raramente pelas aves, naturais adversárias destes

espécimes, portanto passaram a transcender as mais claras, sobrevivendo e

transmitindo este atributo aos seus herdeiros.

52

10.4 ANATOMIA

A anatomia comparada baseia-se no estudo comparado das formas e

estruturas dos organismos com o fim de estabelecer possíveis relações de parentesco

entre elas. Essas relações de parentesco ou filogenéticas são evidenciadas pela

presença de órgãos homólogos, análogos e vestigiais.

Órgãos ou estruturas homólogas: são órgãos com a mesma origem

embriológica, estrutura básica e posição idêntica no organismo, mas que podem

apresentar funções e aspectos diferentes. A sua existência explica-se por fenómenos

dedivergência, que significa que, à medida que os diferentes grupos se iam adaptando

a diversos ambientes e nichos ecológicos, sofrendo pressões selectivas diferentes

(como a selecção natural, mutação, deriva genética, etc), estes órgãos evoluíram de

forma diferente a partir de uma estrutura ancestral comum, que depois passou a

desempenhar funções diferentes. Isto reflecte uma evolução divergente. Exemplos

disso são os membros anteriores dos Vertebrados.

Órgãos ou estruturas análogas: são órgãos que têm origem embriológica,

estrutura e posição relativa diferentes, desempenhando a mesma função e forma.

Estes órgãos surgem quando espécies ancestrais diferentes colonizam habitats

semelhantes, sofrendo pressões selectivas semelhantes, adquirindo adaptações

semelhantes. Isto reflecte uma evolução convergente e um efeito adaptativo da

selecção natural. Exemplos de órgãos análogos são os espinhos dos cactos e os das

eufórbias.

Órgãos ou estruturas vestigiais: são órgãos que resultam da atrofia de um

órgão primitivamente desenvolvido. Nestes órgãos a selecção actua em sentido

regressivo, privilegiando os indivíduos que possuem estes órgãos na sua formamenos

desenvolvida. Exemplos destes órgãos no ser humano são: o apêndice intestinal,

vértebras caudais, músculos auriculares e o dente do siso.

As existências de estruturas vestigiais evidenciam que, ao contrário do que

defendem os fixistas, os indivíduos de uma dada espécie não se mantiveram

imutáveis, alterando-se ao longo do tempo, sendo seleccionados de acordo com as

condições ambientais.

53

Reflexão:

São várias as áreas do conhecimento a partir das quais se podem retirar dados

que apoiam o evolucionismo, uma delas é a anatomia comparada. Constitui um dos

exemplos mais clássicos, pois surgiu aquando da organização dos primeiros sistemas

de classificação, que se basearam no grau de semelhança de caracteres

morfológicos.

54

11 CONCLUSÃO

Entendemos que tanto o criacionismo quanto o evolucionismo são duas teorias

totalmente diferentes, a base maior do criacionismo é a fé , e a do evolucionismo a

ciência, a frase mais dita atualmente é “a fé e a ciência não se misturam” talvez pelo

fato da ciência contradizer a fé, de estudar o mundo natural, não ficar no senso comum

e etc, mas apesar da base dessas teorias serem totalmente diferentes, existe uma

coisa semelhante entre elas, essas duas teorias tentam explicar a mesma coisa ,

tentam de todas as formas explicar qual a origem da vida, e para defender a teoria

muitos usam diversos argumentos para tentar nos convencer que é a verdadeira, mas

mesmo com muitos argumentos nada pode ser realmente comprovado, afinal é

apenas uma teoria.

As duas teorias são um quanto polêmicas e alvo de debate ,não só nos dias

de hoje mas de antigamente também porque sempre tentaram descobrir a nossa

verdadeira origem , praticamente a sociedade inteira tomada como verdade o que está

escrito na bíblia em gênesis 1:1 que fomos criados por Deus mas depois isso mudou

e ai passou a existir diversas opiniões sobre a criação , começaram questionar que

fomos realmente criados por Deus como muitos até hoje questionam por causa da

teoria da evolução que diz totalmente o contrário, a teoria evolucionista veio à tona,

com isso vamos dizer que o mundo acabou se dividindo, entre os a favor do

evolucionismo, e os que eram a favor do criacionismo mas apesar de não existir a que

seja realmente verdadeira e a que seja falsa acreditamos em uma delas , sabemos

que não existe provas concretas mas é ai que colocamos nossa fé em pratica, para

nós nem sempre a ciência está certa, acreditamos em Deus como diz o criacionismo,

na bíblia, não podemos afirmar que Deus existe porque nunca vimos ele, mas assim

como o vento existe e não vemos ele, porque não acreditar em Deus? dez de

pequenos fomos doutrinados pelos nossos pais a crer que existe um ser divino, que

é Deus, mas não acreditamos somente pelo fato da gente ter sido ensinados pelos

nossos pais, pois poderíamos crescer e se distanciar do ensinamento que tivemos ou

questionar, porque os jovens hoje em dia questionam sobre tudo, poderíamos mudar

nosso pensamento e passar a acreditar no evolucionismo , no que a ciência diz, algo

que é ensinado nas apostilas de biologia nas escolas, mas não mudamos nosso

pensamento até hoje, acreditamos no criacionismo porque para nós é a teoria mais

55

convincente, os filósofos tem ótimos argumentos a favor do criacionismo o que nos

faz acreditar mais ainda nesta teoria , apesar de teoria do evolucionismo de Charles

Darwin não ser tão ilógica assim, é algo que descartamos quando lemos os

argumentos a favor do criacionismo.

Deixamos todas nossas crenças de lado para estudar sobre o evolucionismo

que é um tema que a gente nunca teve curiosidade de se aprofundar, nós abrimos a

nossa mente pra conhecer mais sobre a famosa evolução, pesquisamos tudo sobre o

assunto , e lemos os diversos tipos de argumentos que foram colocados no trabalho,

mas não encontramos argumentos que fosse bom o suficiente para nós convencer,

para fazer a gente acreditar que não fomos criados do jeito que somos, mas que

evoluímos, para nós o ser humano é muito perfeito, vamos concordar que é

impressionante a forma que o corpo humano funciona , o abrir e fechar de olhos, o

andar, o acordar, o enxergar, o ouvir, o sentir, só alguém muito sábio , seria capaz de

nos criar, e é difícil argumentarem contra isso.

.

56

ANEXOS

57

12 - BIBLIOGRAFIA

http://solascriptura-tt.org/TeologiaPropriaTrindade/CrencaExistenciaDeus-CleversonFaria.htm 20/08/2016 ás 16:23

http://www.infoescola.com/filosofia/descartes-e-a-existencia-de-deus/

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https://docs.google.com/document/d/1AQfI2aQSU2lu5D4F0_nUAvtnVgSynd1K1CAyNfB7wsY/edit?hl=pt_BR

25/08/2016 ás 13:59

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28/08/2016 ás 14:310

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http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/filosofia/filosofia

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07/03/2016 ás 16:00

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16/03/2016 ás 13:46

http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiageral/evolucionismo.htm

16/03/2016 ás 14:01

http://www.infoescola.com/biologia/teoria-de-lamarck/

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http://www.resumosetrabalhos.com.br/teorias-evolucionistas.html

20/03/2016 ás 14:58

http://www.resumosetrabalhos.com.br/teorias-evolucionistas.html

20/03/2016 ás 15:20

http://www.ib.usp.br/evolucao/inic/cienc.htm

27/03/2016 ás 16:32

http://historiageralcomgd.blogspot.com.br/2009/07/teorias-evolucionistas-e-criacionistas.html 27/03/2016 ás 17:10

59