4
RESENHA HISTÓRICA 2002 a 2009 BREVE Em 2009 foram publicados os DL 247 e 248/2009 — Carreira de Enfermagem. A grelha salarial — DL 122/2010 — publicada SEM ACORDO do SEP, impôs uma profunda desvalorização do trabalho, agravada pela regra de transição que impediu a justa valorização salarial decorrente da obtenção do grau académico de licenciado. SEP/Dep. Nac.Informação/2015/Abril O congelamento das progressões, a não valorização dos Enfermeiros Especialistas, a diferenciação salarial resultante do vínculo, etc., agudizaram ainda mais os problemas. Este caderno reivindicativo identifica os problemas e apresenta propostas para discussão com os enfermeiros e negociação. Instituições passam da “esfera pública” primeiro para Sociedade Anónima (SA—2003), depois para Empresa Pública (EPE—2005) e emergem as PPP, ainda que todas integrem o SNS. O Regime de Contrato de Trabalho em Funções Públicas (Lei 59/2008) Matérias que anteriormente faziam parte integrante das Carreiras, impôs que sejam agora reguladas através de portarias, designadamente, Horários, Trabalho Extra, Remunerações, etc. Determina como legalmente se processa a Contratação Colectiva dos ACT, a quem se aplica, etc. Foi publicado o SIADAP/Avaliação de Desempenho (Lei 66-B/2007) Imposição dos princípios do SIADAP na Avaliação do Desempenho dos Enfermeiros: 1. Mudança de Nível Remuneratório de 3 em 3 Menções Positivas (6 em 6 anos) ou ao fim de 10 pontos; 2. Quotas para Menções de Mérito. Gestão de Pessoal nas Instituições: 1. Transformou os Quadros em Mapas/Postos de Trabalho a rever em função do Orçamento anual da Instituição; 2. Impôs a Mudança de Nível Remuneratório exclusivamente dependente do numero de Menções da Avaliação do Desempenho (e de Pontos), dependente da vontade do CA e da existência de verba orçamentada; 3. A Instituição pode recrutar para qualquer Catego- ria ou Função e o vencimento é passível de negociação com o CA. A admissão passou a ser por Contrato Individual de Trabalho (CIT). O Governo entende que aos CITs se aplica o Código do Trabalho do Sector Privado, com menos direitos, e que a Regulamentação das condições de trabalho (Carreira, Remunerações, Horários, etc) é por Instrumento de Regulamentação do Trabalho (IRCT)/Acordo Colectivo de Trabalho – ACT. SEP defende, desde 2002, que os CIT são “funcionários públicos atípicos”. A Lei-Quadro sobre Vínculos, Carrei- ras e Remunerações (Lei 12-A/2008, agora Lei 35/2014) impôs: Vínculo: A passagem de todos os Funcionário Públicos a Contrato de Trabalho em Funções Públicas (CTFP). 1. Os Diplomas de Carreira, mesmo a de Enfermagem (ESPECIAL), passaram a ser generalistas. Muitas matérias anteriormente integradas na Carreira passam para Portarias e ACT; 2. Os Escalões/Índices passaram a Posições/Níveis Remuneratórios integrados na Tabela Remuneratória Única (TRU) com 115 Posições que enquadra os vencimentos de todos os trabalhadores da AP (também dos Enfermeiros); 3. Fixou o numero de posições remuneratórias por categoria, consoante as carreiras são Uni ou Pluricategoriais; 4. Fixou regras para a construção de grelhas salariais: o ultimo nível da 1ª categoria não pode ser superior ao 1º nível da 2ª categoria e os “saltos” entre os níveis têm de ser decrescentemente crescentes; 5. Fixou regras de Transição para as novas Carreiras (incluindo Carreiras Especiais/Enfermagem): - A Transição não se faz por Área Funcional (como era anteriormente) mas em função da Remuneração que se detém; - TRANSIÇÃO PARA A NOVA CARREIRA, MANTENDO O SALÁRIO; - Em função destas regras de transição fixou a possibilidade (termos e condições) de existirem Categorias Subsistentes. Lei das Carreiras Gerais e Remunerações condicionam as Carreiras Especiais: ovimento de DISCUSSÃO R Caderno Reivindicativo 2015

E Harmonização Salarial e Pro˜ssional dos Enfermeiros com ...forumenfermagem.org/newsletter/images/Greve4e5JunhoComunicadoEnf.pdf · valorização dos Enfermeiros Especialistas,

Embed Size (px)

Citation preview

RESENHA HISTÓRICA2002 a 2009

BREVE

Em 2009 foram publicados os DL 247 e 248/2009 — Carreira de Enfermagem. A grelha salarial — DL 122/2010 — publicada SEM ACORDO do SEP, impôs uma profunda desvalorização do trabalho, agravada pela regra de transição que impediu a justa valorização salarial decorrente da obtenção do grau académico de licenciado.

SEP/

Dep

. Nac

.Info

rmaç

ão/2

015/

Abr

il

O congelamento das progressões, a não valorização dos Enfermeiros Especialistas, a diferenciação salarial resultante do vínculo, etc., agudizaram ainda mais os problemas. Este caderno reivindicativo identifica os problemas e apresenta propostas para discussão com os enfermeiros e negociação.

Instituições passam da “esfera pública” primeiro para Sociedade Anónima (SA—2003), depois para Empresa Pública (EPE—2005) e emergem as PPP, ainda que todas integrem o SNS.

O Regime de Contrato de Trabalho em Funções Públicas (Lei 59/2008)Matérias que anteriormente faziam parte integrante das Carreiras, impôs que sejam agora reguladas através de portarias, designadamente, Horários, Trabalho Extra, Remunerações, etc. Determina como legalmente se processa a Contratação Colectiva dos ACT, a quem se aplica, etc.

Foi publicado o SIADAP/Avaliação de Desempenho (Lei 66-B/2007)Imposição dos princípios do SIADAP

na Avaliação do Desempenho dos Enfermeiros:

1. Mudança de Nível Remuneratório de 3 em 3 Menções Positivas (6 em 6 anos) ou ao fim de 10 pontos;

2. Quotas para Menções de Mérito.

Gestão de Pessoal nas Instituições:1. Transformou os Quadros em Mapas/Postos de

Trabalho a rever em função do Orçamento anual da Instituição;

2. Impôs a Mudança de Nível Remuneratório exclusivamente dependente do numero de Menções da Avaliação do Desempenho (e de Pontos), dependente da vontade do CA e da existência de verba orçamentada;

3. A Instituição pode recrutar para qualquer Catego-ria ou Função e o vencimento é passível de negociação com o CA.

A admissão passou a ser por Contrato Individual de Trabalho (CIT). O Governo entende que aos CITs se aplica o Código do Trabalho do Sector Privado, com menos direitos, e que a Regulamentação das condições de trabalho (Carreira, Remunerações, Horários, etc) é por Instrumento de Regulamentação do Trabalho (IRCT)/Acordo Colectivo de Trabalho – ACT. SEP defende, desde 2002, que os CIT são “funcionários públicos atípicos”.

SEP continua a defender e a lutar pela harmonização de todas as condições laborais entre todos os enfermeiros independentemente da natureza do Contrato de Trabalho. Designadamente: - Que a remuneração base mensal seja a 1.ª Posição Remuneratória e detenham Grelha Salarial - Que possam concorrer ao Concurso de Enf.º Principal;Na última reunião negocial (Março/2015) Ministério da Saúde ficou, novamente, de ponderar solução.

SEP continua a defender e a lutar pela harmonização de todas as condições laborais, designadamente salariais, entre todos os enfermeiros independentemente da Unidade Funcional do ACES em que exercem funções.Relativamente à revisão do D.L. relativo às USF, o SEP exige, entre outros aspectos: - A não retirada de qualquer componente remuneratória dos enfermeiros ou diminuição do actual valor; - A harmonização do “modelo de Suplementos” entre todos os profissionais das USFs e sua aplicação aos

actuais e futuros profissionais.

As admissões registadas em 2014 são insuficientes para colmatar as saídas de enfermeiros que optaram pela aposentação antecipada e/ou emigração. A admissão de 1 000 enfermeiros para os Cuidados de Saúde Primários e Hospitais do Sector Público Administrativo (SEP exigiu 1500 enfermeiros), consagrada no Despacho recentemente publicado, é extremamente insuficiente.

Em 2013 e 2014, o Ministro da Saúde ignorou a evidência que demonstra que a natureza do exercício das funções tem consequências para o bem estar fisico, psiquico e social dos enfermeiros. O resultado é, entre outros aspectos, a exaustão das equipas, a desmotivação e bournout.

O SEP continua a exigir:Monitorização das necessidades e plano de admissão de acordo as Dotações Seguras e orientação da OMS para os cuidados de Saúde Primários (1 enfermeiro/300 famílias).

O plano de admissões deverá ainda ter em conta as saídas para aposentações e/ou emigração;

Admissão de 2500 Enfermeiros/ano, durante 5 anos;

Todos os postos de trabalho identificados como necessários para fazer face às necessidades próprias e permanentes dos serviços deverão significar a admissão de enfermeiros através de um Contrato por Tempo Indeterminado.

A Lei-Quadro sobre Vínculos, Carrei-ras e Remunerações (Lei 12-A/2008, agora Lei 35/2014) impôs:Vínculo: A passagem de todos os Funcionário Públicos a Contrato de Trabalho em Funções Públicas (CTFP).

O SEP EXIGE:Reposição das 35 horas/semanais e aplicação a todos os enfermeiros;

Manutenção das compensações pelo exercício de funções em condições particularmente penosas e aplicação a todos os enfermeiros;

Direito à dispensa de trabalho nocturno para todos os enfermeiros a partir dos 50 anos de idade, salvo aceitação contrária expressa do trabalhador.

Reposição do valor integral das “horas de qualidade/suplementares” (DL 62/79);

Regime específico de acesso à aposentação com direito a pensão completa;

25 dias de férias a majorar com anos de idade e de serviço aplicável a todos os enfermeiros independentemente da relação jurídica de emprego.

1

2

3

4

5

61. Os Diplomas de Carreira, mesmo a de Enfermagem (ESPECIAL), passaram a ser generalistas.

Muitas matérias anteriormente integradas na Carreira passam para Portarias e ACT; 2. Os Escalões/Índices passaram a Posições/Níveis Remuneratórios integrados na Tabela

Remuneratória Única (TRU) com 115 Posições que enquadra os vencimentos de todos os trabalhadores da AP (também dos Enfermeiros);

3. Fixou o numero de posições remuneratórias por categoria, consoante as carreiras são Uni ou Pluricategoriais;

4. Fixou regras para a construção de grelhas salariais: o ultimo nível da 1ª categoria não pode ser superior ao 1º nível da 2ª categoria e os “saltos” entre os níveis têm de ser decrescentemente crescentes;

5. Fixou regras de Transição para as novas Carreiras (incluindo Carreiras Especiais/Enfermagem): - A Transição não se faz por Área Funcional (como era anteriormente) mas em função da

Remuneração que se detém; - TRANSIÇÃO PARA A NOVA CARREIRA, MANTENDO O SALÁRIO;

- Em função destas regras de transição fixou a possibilidade (termos e condições) de existirem Categorias Subsistentes.

Lei das Carreiras Gerais e

Remunerações condicionam as Carreiras

Especiais:

ovimento de DISCUSSÃORCadernoReivindi

cativo 2015

E Harmonização Salarial e Pro�ssional dos Enfermeiros com CIT

F Harmonização Salarial nos Cuidados de Saúde Primários

G Admissão de Enfermeiros

H Regimes de Trabalho, Condições da sua prestação e exercício de funções em condições penosas

...nas reuniões/”passagem nos serviços” que o SEP vai fazer em todas as instituições.

Participa

CADERNO REIVINDICATIVO

2013 PROBLEMAS

PROPOSTAS em NEGOCIAÇÃO desde 2013 Ponto da Situação Abril 2015

EMPR

EGO

Carência de Enfermeiros

Admissão de mais enfermeiros; mecanismos de admissão mais céleres; instituições recrutar; Cálculo das necessidades de acordo com as Dotações Seguras; Mapas de pessoal para 2014 e anos seguintes devem consagrar o aumento do número de postos de trabalho;

2013 - Sem admissões relevantes; 2014 - Depois das lutas institucionais foram admitidos cerca de 1100 nas EPE, que, praticamente, não chegaram para “cobrir as saídas”; Concursos nas ARS (2010 e 2013) e IPST ainda a decorrer. 2015 (jan. e fev.) - Admitidos cerca de 400 nas EPE; publicado Despacho de 1000 vagas para abertura de concurso nacional/centralizado para os centros de saúde e institucional para os hospitais do SPA (muito longe das Dotações Seguras); publicado Despacho que permite a contratação direta e imediata, por Tempo Indeterminado ou a Termo, pelas EPE.

Precariedade

Contratação de todos os enfermeiros que exercem funções próprias dos serviços de natureza permanente: - a CIT por Tempo Indeterminado nas EPE e PPP; - concursos nas Instituições do Setor Público Administrativo.

Apesar da regularização de centenas de “Vínculos Precários”, ainda existem alguns Enfermeiros com Contrato a Termo, em “Regime de Subcontratação” e a “Recibo Verde” (PPP).

CARR

EIRA

DE

ENFE

RMAG

EM

Desenvolvimento Profissional

Enfermeiro Principal – Todas as instituições consagrem 20% de postos de trabalho e abertura de concursos.

Por solicitação do Ministério da Saúde, instituições identificaram necessidades de Enfermeiros Principais. Nem todas utilizaram % máxima prevista na Carreira e que não requer autorização das Finanças (20% = 5.570). Continuam as negociações sobre critérios de atribuição do número de postos de trabalho/instituição e vagas/ano, durante os próximos 3 anos.

Designação de Enfermeiros em chefia para os Serviços, Unidades Funcionais e conjunto de Serviços/Unidades – Términos da negociação e publicação em Diário da República; Início do funcionamento das Direções de Enfermagem em todas as instituições.

Portaria nº 245, publicada em Agosto de 2013.

Algumas instituições ainda não homologaram as Direções de Enfermagem. Várias fizeram-no à margem da lei.

Avaliação do Desempenho – términos da negociação e publicação em Diário da República da Direção de Enfermagem; Início do funcionamento das Direções de Enfermagem em todas as instituições com vista à prossecução das suas competências e a emissão de Parecer sobre as normas de atuação, critérios de avaliação dos objetivos e comportamentos profissionais elaborados pelos Conselhos Coordenadores de Avaliação.

Até 31.dez.2014 aplica-se o D.L. 437/91 e Despacho Regulamentar nº 2/93. Avaliação do Desempenho através da Portaria 242/2011 inicia-se em janeiro/2015. A generalidade das Instituições, apesar de terem iniciado o processo: - ainda não concretizaram as primeiras Entrevistas de Orientação Inicial; - a totalidade dos Enfermeiros Avaliadores não está instituída de acordo

com a lei.

Desvalorização Económica do trabalho e Discriminação Salarial

Mudança de posição remuneratória (progressão); Reposicionamento tendo em conta o percurso profissional e competências desenvolvidas; Devida remuneração pela exclusividade de funções; Que nenhum enfermeiro independentemente do vínculo aufira remuneração mensal inferior à primeira posição da Carreira de Enfermagem; Valorização remuneratória para os enfermeiros detentores do título de especialista; Valorização económica dos enfermeiros integrados em categoria subsistentes (Chefes e Supervisores); Modelo remuneratório que harmonize os salários dos enfermeiros nos Cuidados de Saúde Primários.

Apesar de prometer que em 2014 haveria descongelamento gradual das Carreiras, governo manteve congelamento das progressões e, escudando-se “na crise e nas limitações orçamentais”, não aceitou negociar: - reposicionamento dos enfermeiros; - exclusividade; - valorização económica dos Especialistas através da mudança automática de

2 posições remuneratórias, após obtenção do título; - valorização económica dos Chefes e Supervisores;

Sobre a harmonização salarial/profissional dos CIT, o Ministério da Saúde impunha condições, intoleráveis, à negociação. Decorrente da intervenção sindical: − várias Instituições harmonizaram os salários; − a partir de Set/2014 a maioria das Instituições passaram a admitir pelos

1.201€, agravando a injustiça salarial; − nos C.S. Primários, o Secretário de Estado anunciou o início do processo

negocial em Out/2014. Até ao momento não apresentou qualquer proposta.

A maioria das Instituições está a atribuir o Suplemento Remuneratório inerente às funções de Chefia.

Regimes de Trabalho, Condições da sua prestação e exercício de funções em condições penosas

Manutenção das atuais modalidades de regime de trabalho consagradas no DL 437/91, designadamente o tempo completo de 35 horas/semanais e aplicação a todos os enfermeiros; Manutenção das compensações pelo exercício de funções em condições particularmente penosas e aplicação a todos os enfermeiros; Reposição do valor integral das “horas de qualidade/suplementares” (DL 62/79) e aplicação a todos os enfermeiros; Regime específico de acesso à aposentação com direito a pensão completa; Manutenção do atual regime de férias e a sua aplicação a todos os enfermeiros independentemente da relação jurídica de emprego.

Imposição das 40h a toda a Ad. Pública e diminuição dos dias de férias. Em torno das 40h: - apesar dos cerca de 60 processos em Tribunal interpostos pelo SEP; - apesar das várias Ações de Luta;

o Ministro da Saúde continua a recusar aceitar que a natureza das funções dos enfermeiros é de especial risco e penosidade e a aplicação das 35h semanais para todos os enfermeiros;

Apesar de conquistarmos a aplicação dos D.L. 62/79 para todos os Enfermeiros a CIT, o Governo mantém o corte de 50% no valor das horas.

Em Junho de 2013, o SEP entregou no Ministério da Saúde o Caderno Reivindicativo, com um conjunto de Propostas de Princípios de Solução para os diversos problemas dos Enfermeiros. Desenvolveu inúmeras ações de luta, nacionais e institucionais, concretizadas essencialmente na “agenda dos Orçamentos de Estado”.

49

2.952,21 3.158,18 3.312,65 3.364,14

53 56 57

1º 2º 4º3º

POSIÇÕES REMUNERATÓRIAS

ENFERMEIRO CHEFE E SUPERVISOR

NÍVEIS REMUNERATÓRIOS

ENFERMAGEM

Pela valorização do trabalho, pela harmonização salarial e pro�ssional de todos os enfermeiros e repondo a paridade com outras pro�ssões, o SEP propõe:

49

2.952,21

27 32 37 42 4821

3.158,18 3.312,65 3.364,14

1.510,43 1.819,93 2.076,84 2.334,30 2.595,76 2.900,72

53 56 57

1º 2º 4º3º 5º 6º

POSIÇÕES REMUNERATÓRIAS

ENFERMEIRO PRINCIPAL

NÍVEIS REMUNERATÓRIOS

ENFERMEIRO

NÍVEIS REMUNERATÓRIOS

ENFERMAGEM

Grelha Salarial para Enfermeiro e Enfermeiro Principal

Grelha Salarial para Enfermeiro Chefe e Enfermeiro Supervisor

Os enfermeiros em funções de Direção e Chefia (Supervisores, Chefes e Enfermeiros recrutados de entre os Principais, e, transitoriamente, de entre os Especialistas) receberão pelo exercício de funções: Remuneração inerente à Categoria acrescida de Suplemento Remuneratório.

Na negociação do DL nº 122/2010, o Ministério da Saúde impôs o Suplemento de 300 e 200 euros, respectivamente para o exercício de funções de Direção e Chefia.

O Governo/M. da Saúde já reconheceu que os Enfermeiros Especialistas devem deter um “acréscimo remuneratório”. Contudo, a solução concretizadora imposta (art.º 12º, Portaria 242/2011) traduz-se, como o SEP tem afirmado, em “zero” (uma das razões que determinou não haver qualquer acordo com o SEP). O SEP recolocou (em 2013 e 2014) a proposta inicial da mudança automática de duas posições remuneratórias após a obtenção do titulo. O Governo não tem mostrado vontade de negociar/resolver argumentando, por um lado que a solução já está prevista na Portaria, e, por outro, que a Lei do Orçamento não permite.É neste contexto que o SEP:

- Interveio junto do Provedor de Justiça; - Apresenta a Proposta de um Suplemento Remuneratório, no valor de 600€, a atribuir a todos os Enfermeiros Especialistas.

SEP e SERAM recolocam: Funções de Direção —750 euros, 50% de 1510,43 (valor da posição remuneratória 1 — nível 21)Funções de Chefia—600 euros, 40% de 1510,43 (valor da posição remuneratória 1—nivel 21)

A

B

C

D

Suplemento Remuneratório pelas funções de Direção e Che�a

Valorização dos Enfermeiros Especialistas

CADERNO REIVINDICATIVO

2013 PROBLEMAS

PROPOSTAS em NEGOCIAÇÃO desde 2013 Ponto da Situação Abril 2015

EMPR

EGO

Carência de Enfermeiros

Admissão de mais enfermeiros; mecanismos de admissão mais céleres; instituições recrutar; Cálculo das necessidades de acordo com as Dotações Seguras; Mapas de pessoal para 2014 e anos seguintes devem consagrar o aumento do número de postos de trabalho;

2013 - Sem admissões relevantes; 2014 - Depois das lutas institucionais foram admitidos cerca de 1100 nas EPE, que, praticamente, não chegaram para “cobrir as saídas”; Concursos nas ARS (2010 e 2013) e IPST ainda a decorrer. 2015 (jan. e fev.) - Admitidos cerca de 400 nas EPE; publicado Despacho de 1000 vagas para abertura de concurso nacional/centralizado para os centros de saúde e institucional para os hospitais do SPA (muito longe das Dotações Seguras); publicado Despacho que permite a contratação direta e imediata, por Tempo Indeterminado ou a Termo, pelas EPE.

Precariedade

Contratação de todos os enfermeiros que exercem funções próprias dos serviços de natureza permanente: - a CIT por Tempo Indeterminado nas EPE e PPP; - concursos nas Instituições do Setor Público Administrativo.

Apesar da regularização de centenas de “Vínculos Precários”, ainda existem alguns Enfermeiros com Contrato a Termo, em “Regime de Subcontratação” e a “Recibo Verde” (PPP).

CARR

EIRA

DE

ENFE

RMAG

EM

Desenvolvimento Profissional

Enfermeiro Principal – Todas as instituições consagrem 20% de postos de trabalho e abertura de concursos.

Por solicitação do Ministério da Saúde, instituições identificaram necessidades de Enfermeiros Principais. Nem todas utilizaram % máxima prevista na Carreira e que não requer autorização das Finanças (20% = 5.570). Continuam as negociações sobre critérios de atribuição do número de postos de trabalho/instituição e vagas/ano, durante os próximos 3 anos.

Designação de Enfermeiros em chefia para os Serviços, Unidades Funcionais e conjunto de Serviços/Unidades – Términos da negociação e publicação em Diário da República; Início do funcionamento das Direções de Enfermagem em todas as instituições.

Portaria nº 245, publicada em Agosto de 2013.

Algumas instituições ainda não homologaram as Direções de Enfermagem. Várias fizeram-no à margem da lei.

Avaliação do Desempenho – términos da negociação e publicação em Diário da República da Direção de Enfermagem; Início do funcionamento das Direções de Enfermagem em todas as instituições com vista à prossecução das suas competências e a emissão de Parecer sobre as normas de atuação, critérios de avaliação dos objetivos e comportamentos profissionais elaborados pelos Conselhos Coordenadores de Avaliação.

Até 31.dez.2014 aplica-se o D.L. 437/91 e Despacho Regulamentar nº 2/93. Avaliação do Desempenho através da Portaria 242/2011 inicia-se em janeiro/2015. A generalidade das Instituições, apesar de terem iniciado o processo: - ainda não concretizaram as primeiras Entrevistas de Orientação Inicial; - a totalidade dos Enfermeiros Avaliadores não está instituída de acordo

com a lei.

Desvalorização Económica do trabalho e Discriminação Salarial

Mudança de posição remuneratória (progressão); Reposicionamento tendo em conta o percurso profissional e competências desenvolvidas; Devida remuneração pela exclusividade de funções; Que nenhum enfermeiro independentemente do vínculo aufira remuneração mensal inferior à primeira posição da Carreira de Enfermagem; Valorização remuneratória para os enfermeiros detentores do título de especialista; Valorização económica dos enfermeiros integrados em categoria subsistentes (Chefes e Supervisores); Modelo remuneratório que harmonize os salários dos enfermeiros nos Cuidados de Saúde Primários.

Apesar de prometer que em 2014 haveria descongelamento gradual das Carreiras, governo manteve congelamento das progressões e, escudando-se “na crise e nas limitações orçamentais”, não aceitou negociar: - reposicionamento dos enfermeiros; - exclusividade; - valorização económica dos Especialistas através da mudança automática de

2 posições remuneratórias, após obtenção do título; - valorização económica dos Chefes e Supervisores;

Sobre a harmonização salarial/profissional dos CIT, o Ministério da Saúde impunha condições, intoleráveis, à negociação. Decorrente da intervenção sindical: − várias Instituições harmonizaram os salários; − a partir de Set/2014 a maioria das Instituições passaram a admitir pelos

1.201€, agravando a injustiça salarial; − nos C.S. Primários, o Secretário de Estado anunciou o início do processo

negocial em Out/2014. Até ao momento não apresentou qualquer proposta.

A maioria das Instituições está a atribuir o Suplemento Remuneratório inerente às funções de Chefia.

Regimes de Trabalho, Condições da sua prestação e exercício de funções em condições penosas

Manutenção das atuais modalidades de regime de trabalho consagradas no DL 437/91, designadamente o tempo completo de 35 horas/semanais e aplicação a todos os enfermeiros; Manutenção das compensações pelo exercício de funções em condições particularmente penosas e aplicação a todos os enfermeiros; Reposição do valor integral das “horas de qualidade/suplementares” (DL 62/79) e aplicação a todos os enfermeiros; Regime específico de acesso à aposentação com direito a pensão completa; Manutenção do atual regime de férias e a sua aplicação a todos os enfermeiros independentemente da relação jurídica de emprego.

Imposição das 40h a toda a Ad. Pública e diminuição dos dias de férias. Em torno das 40h: - apesar dos cerca de 60 processos em Tribunal interpostos pelo SEP; - apesar das várias Ações de Luta;

o Ministro da Saúde continua a recusar aceitar que a natureza das funções dos enfermeiros é de especial risco e penosidade e a aplicação das 35h semanais para todos os enfermeiros;

Apesar de conquistarmos a aplicação dos D.L. 62/79 para todos os Enfermeiros a CIT, o Governo mantém o corte de 50% no valor das horas.

Em Junho de 2013, o SEP entregou no Ministério da Saúde o Caderno Reivindicativo, com um conjunto de Propostas de Princípios de Solução para os diversos problemas dos Enfermeiros. Desenvolveu inúmeras ações de luta, nacionais e institucionais, concretizadas essencialmente na “agenda dos Orçamentos de Estado”.

49

2.952,21 3.158,18 3.312,65 3.364,14

53 56 57

1º 2º 4º3º

POSIÇÕES REMUNERATÓRIAS

ENFERMEIRO CHEFE E SUPERVISOR

NÍVEIS REMUNERATÓRIOS

ENFERMAGEM

Pela valorização do trabalho, pela harmonização salarial e pro�ssional de todos os enfermeiros e repondo a paridade com outras pro�ssões, o SEP propõe:

49

2.952,21

27 32 37 42 4821

3.158,18 3.312,65 3.364,14

1.510,43 1.819,93 2.076,84 2.334,30 2.595,76 2.900,72

53 56 57

1º 2º 4º3º 5º 6º

POSIÇÕES REMUNERATÓRIAS

ENFERMEIRO PRINCIPAL

NÍVEIS REMUNERATÓRIOS

ENFERMEIRO

NÍVEIS REMUNERATÓRIOS

ENFERMAGEM

Grelha Salarial para Enfermeiro e Enfermeiro Principal

Grelha Salarial para Enfermeiro Chefe e Enfermeiro Supervisor

Os enfermeiros em funções de Direção e Chefia (Supervisores, Chefes e Enfermeiros recrutados de entre os Principais, e, transitoriamente, de entre os Especialistas) receberão pelo exercício de funções: Remuneração inerente à Categoria acrescida de Suplemento Remuneratório.

Na negociação do DL nº 122/2010, o Ministério da Saúde impôs o Suplemento de 300 e 200 euros, respectivamente para o exercício de funções de Direção e Chefia.

O Governo/M. da Saúde já reconheceu que os Enfermeiros Especialistas devem deter um “acréscimo remuneratório”. Contudo, a solução concretizadora imposta (art.º 12º, Portaria 242/2011) traduz-se, como o SEP tem afirmado, em “zero” (uma das razões que determinou não haver qualquer acordo com o SEP). O SEP recolocou (em 2013 e 2014) a proposta inicial da mudança automática de duas posições remuneratórias após a obtenção do titulo. O Governo não tem mostrado vontade de negociar/resolver argumentando, por um lado que a solução já está prevista na Portaria, e, por outro, que a Lei do Orçamento não permite.É neste contexto que o SEP:

- Interveio junto do Provedor de Justiça; - Apresenta a Proposta de um Suplemento Remuneratório, no valor de 600€, a atribuir a todos os Enfermeiros Especialistas.

SEP e SERAM recolocam: Funções de Direção —750 euros, 50% de 1510,43 (valor da posição remuneratória 1 — nível 21)Funções de Chefia—600 euros, 40% de 1510,43 (valor da posição remuneratória 1—nivel 21)

A

B

C

D

Suplemento Remuneratório pelas funções de Direção e Che�a

Valorização dos Enfermeiros Especialistas

RESENHA HISTÓRICA2002 a 2009

BREVE

Em 2009 foram publicados os DL 247 e 248/2009 — Carreira de Enfermagem. A grelha salarial — DL 122/2010 — publicada SEM ACORDO do SEP, impôs uma profunda desvalorização do trabalho, agravada pela regra de transição que impediu a justa valorização salarial decorrente da obtenção do grau académico de licenciado.

SEP/

Dep

. Nac

.Info

rmaç

ão/2

015/

Abr

il

O congelamento das progressões, a não valorização dos Enfermeiros Especialistas, a diferenciação salarial resultante do vínculo, etc., agudizaram ainda mais os problemas. Este caderno reivindicativo identifica os problemas e apresenta propostas para discussão com os enfermeiros e negociação.

Instituições passam da “esfera pública” primeiro para Sociedade Anónima (SA—2003), depois para Empresa Pública (EPE—2005) e emergem as PPP, ainda que todas integrem o SNS.

O Regime de Contrato de Trabalho em Funções Públicas (Lei 59/2008)Matérias que anteriormente faziam parte integrante das Carreiras, impôs que sejam agora reguladas através de portarias, designadamente, Horários, Trabalho Extra, Remunerações, etc. Determina como legalmente se processa a Contratação Colectiva dos ACT, a quem se aplica, etc.

Foi publicado o SIADAP/Avaliação de Desempenho (Lei 66-B/2007)Imposição dos princípios do SIADAP

na Avaliação do Desempenho dos Enfermeiros:

1. Mudança de Nível Remuneratório de 3 em 3 Menções Positivas (6 em 6 anos) ou ao fim de 10 pontos;

2. Quotas para Menções de Mérito.

Gestão de Pessoal nas Instituições:1. Transformou os Quadros em Mapas/Postos de

Trabalho a rever em função do Orçamento anual da Instituição;

2. Impôs a Mudança de Nível Remuneratório exclusivamente dependente do numero de Menções da Avaliação do Desempenho (e de Pontos), dependente da vontade do CA e da existência de verba orçamentada;

3. A Instituição pode recrutar para qualquer Catego-ria ou Função e o vencimento é passível de negociação com o CA.

A admissão passou a ser por Contrato Individual de Trabalho (CIT). O Governo entende que aos CITs se aplica o Código do Trabalho do Sector Privado, com menos direitos, e que a Regulamentação das condições de trabalho (Carreira, Remunerações, Horários, etc) é por Instrumento de Regulamentação do Trabalho (IRCT)/Acordo Colectivo de Trabalho – ACT. SEP defende, desde 2002, que os CIT são “funcionários públicos atípicos”.

SEP continua a defender e a lutar pela harmonização de todas as condições laborais entre todos os enfermeiros independentemente da natureza do Contrato de Trabalho. Designadamente: - Que a remuneração base mensal seja a 1.ª Posição Remuneratória e detenham Grelha Salarial - Que possam concorrer ao Concurso de Enf.º Principal;Na última reunião negocial (Março/2015) Ministério da Saúde ficou, novamente, de ponderar solução.

SEP continua a defender e a lutar pela harmonização de todas as condições laborais, designadamente salariais, entre todos os enfermeiros independentemente da Unidade Funcional do ACES em que exercem funções.Relativamente à revisão do D.L. relativo às USF, o SEP exige, entre outros aspectos: - A não retirada de qualquer componente remuneratória dos enfermeiros ou diminuição do actual valor; - A harmonização do “modelo de Suplementos” entre todos os profissionais das USFs e sua aplicação aos

actuais e futuros profissionais.

As admissões registadas em 2014 são insuficientes para colmatar as saídas de enfermeiros que optaram pela aposentação antecipada e/ou emigração. A admissão de 1 000 enfermeiros para os Cuidados de Saúde Primários e Hospitais do Sector Público Administrativo (SEP exigiu 1500 enfermeiros), consagrada no Despacho recentemente publicado, é extremamente insuficiente.

Em 2013 e 2014, o Ministro da Saúde ignorou a evidência que demonstra que a natureza do exercício das funções tem consequências para o bem estar fisico, psiquico e social dos enfermeiros. O resultado é, entre outros aspectos, a exaustão das equipas, a desmotivação e bournout.

O SEP continua a exigir:Monitorização das necessidades e plano de admissão de acordo as Dotações Seguras e orientação da OMS para os cuidados de Saúde Primários (1 enfermeiro/300 famílias).

O plano de admissões deverá ainda ter em conta as saídas para aposentações e/ou emigração;

Admissão de 2500 Enfermeiros/ano, durante 5 anos;

Todos os postos de trabalho identificados como necessários para fazer face às necessidades próprias e permanentes dos serviços deverão significar a admissão de enfermeiros através de um Contrato por Tempo Indeterminado.

A Lei-Quadro sobre Vínculos, Carrei-ras e Remunerações (Lei 12-A/2008, agora Lei 35/2014) impôs:Vínculo: A passagem de todos os Funcionário Públicos a Contrato de Trabalho em Funções Públicas (CTFP).

O SEP EXIGE:Reposição das 35 horas/semanais e aplicação a todos os enfermeiros;

Manutenção das compensações pelo exercício de funções em condições particularmente penosas e aplicação a todos os enfermeiros;

Direito à dispensa de trabalho nocturno para todos os enfermeiros a partir dos 50 anos de idade, salvo aceitação contrária expressa do trabalhador.

Reposição do valor integral das “horas de qualidade/suplementares” (DL 62/79);

Regime específico de acesso à aposentação com direito a pensão completa;

25 dias de férias a majorar com anos de idade e de serviço aplicável a todos os enfermeiros independentemente da relação jurídica de emprego.

1

2

3

4

5

61. Os Diplomas de Carreira, mesmo a de Enfermagem (ESPECIAL), passaram a ser generalistas.

Muitas matérias anteriormente integradas na Carreira passam para Portarias e ACT; 2. Os Escalões/Índices passaram a Posições/Níveis Remuneratórios integrados na Tabela

Remuneratória Única (TRU) com 115 Posições que enquadra os vencimentos de todos os trabalhadores da AP (também dos Enfermeiros);

3. Fixou o numero de posições remuneratórias por categoria, consoante as carreiras são Uni ou Pluricategoriais;

4. Fixou regras para a construção de grelhas salariais: o ultimo nível da 1ª categoria não pode ser superior ao 1º nível da 2ª categoria e os “saltos” entre os níveis têm de ser decrescentemente crescentes;

5. Fixou regras de Transição para as novas Carreiras (incluindo Carreiras Especiais/Enfermagem): - A Transição não se faz por Área Funcional (como era anteriormente) mas em função da

Remuneração que se detém; - TRANSIÇÃO PARA A NOVA CARREIRA, MANTENDO O SALÁRIO;

- Em função destas regras de transição fixou a possibilidade (termos e condições) de existirem Categorias Subsistentes.

Lei das Carreiras Gerais e

Remunerações condicionam as Carreiras

Especiais:

ovimento de DISCUSSÃORCadernoReivindi

cativo 2015

E Harmonização Salarial e Pro�ssional dos Enfermeiros com CIT

F Harmonização Salarial nos Cuidados de Saúde Primários

G Admissão de Enfermeiros

H Regimes de Trabalho, Condições da sua prestação e exercício de funções em condições penosas

...nas reuniões/”passagem nos serviços” que o SEP vai fazer em todas as instituições.

Participa