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Quarta-feira, 9 de dezembro de 20152
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Cibelli Marthos
Tribuna Charge
Acertada, mas tardia a iniciati-va do governo estadual, que anunciou a formação de uma força-tarefa para combater o Aedes aegypti, mosquito trans-
missor da dengue, febre chikungunya e do zika vírus.
A iniciativa, anunciada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), vai incorporar a Polícia Militar, a Defesa Civil, médicos, enfer-meiros, além de contratar mais 500 agentes de saúde comunitários. Dez secretarias de Estado se uniram no combate ao mosquito, diagnóstico da doença, tratamento e gestão nos casos da doença.
A PM e a Defesa Civil vão se somar aos agentes da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) no trabalho de vistoriar locais que possam ser criadouros e removê-
-los. Havendo necessidade, o Exército tam-bém poderá ser acionado. Será criado um fundo estadual específico para enfrentamento das arboviroses, visando responder a todas as demandas que se fizerem necessárias. O valor será superior a R$ 50 milhões por ano.
A ação com conceito de tardia se justifi-ca ao verificar que o Estado já conta com 630.021 mil casos confirmados de dengue. Esta força-tarefa deveria ter sido constituí-da quando os casos estavam em um pata-mar inferior.
Não é de hoje que São Paulo concentra mais da metade das ocorrências da doença de todo o País. E os números são cada vez maiores. Há quem possa dizer que a quan-tidade é proporcional à população. Para estes o dado que vale é o da incidência da doença pela quantidade de habitantes. Pois bem. O estado de Goiás registrou a maior incidência de dengue do País, com 2.314 casos por 100 mil habitantes, seguido por São Paulo, com 1.615 casos por 100 mil ha-bitantes, e Pernambuco, com incidência de 901 casos por 100 mil habitantes.
Um alento para os brasileiros é a fabri-cação da vacina. Em outubro deste ano, a vacina contra dengue da Sanofi Pasteur re-cebeu parecer favorável e positivo da Co-missão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). Em março deste ano, a Sanofi Pasteur submeteu o dossiê regulatório à Anvisa para obtenção do registro. A chega-da do medicamento está prevista para 2016. Em pessoas com mais de 9 anos, a proteção ocorrerá nos casos de hospitalizações e nas formas graves da doença, como a dengue hemorrágica.
Enquanto a vacina não chega e o Poder Público demora para agir, cabe ao cidadão fazer a sua parte. Segundo a Superintendên-cia de Controle de Endemias, 80% dos cria-douros do mosquito estão nas residências.
Contra a dengueediTorial
MarCo aurélio Melo,
Pela ordem natural das coisas, o Congresso Nacional não pode entrar em recesso em uma situação como essa”.
Frase
No mundo sempre vai haver os dois lados de uma moeda. Para o bem ou para o mal, entre o céu e o in-ferno, a imparcialidade é vista por maus olhos. No balanço da vida, a dama da Justiça sempre vai pender para um dos lados.
Não existe o certo ou er-rado, só escolhas que cada um toma durante a vida. As escolhas são idealizadas por lados ou por caminhos, mas, em todas as oportunidades, elas serão direcionadas para um extremo.
As pessoas criticam o lado contrário da sua mo-ral, enquanto recebem crí-ticas dos seus opostos. Na política nacional, os polos que lideram os extremos são PSDB e PT. Na Argentina, por exemplo, os presiden-ciáveis eram extremistas, um que se intitulava de “pero-nista” e de “centro”, tinha um adversário que afirmava que sua “ideologia é o de-senvolvimento moderno do século 21”.
Ainda pensando em ex-tremos, 6,4% da população brasileira são muito ricos, enquanto o restante é de classe média ou vive em situação de pobreza. Nos Estados Unidos, um grande percentual de pessoas com sobrepeso compõe a popu-lação, enquanto países da
ExtremosÁfrica, como a Etiópia, são alvos da falta de comida.
As guerras existem justa-mente por conta das extre-midades de opiniões, ofere-cendo como consequência a morte e a desgraça da hu-manidade, extraindo o que há de pior em cada lado.
O jornalismo sério é o retrato de como as pessoas teriam que agir. Com a obri-gação de apurar e entender as diferentes óticas existen-tes, entender a pluralidade de opinião e conhecer os extremos de tudo o que se submeter a falar, cada in-divíduo tem por obrigação ser áltero. Alteridade nada mais é que entender o ou-tro como outro.
Alteridade e tolerância são palavras que são muito utilizadas, porém não são colocadas em prática. Saber que o outro é diferente de você, e que sua moral e sua ética podem ser diferentes dos demais é um primeiro passo para o respeito.
Todos podem ter suas res-pectivas opiniões, mas nem todos devem ser obrigados a concordar com você. Antes de julgar e falar, ter ciência de todos os fatos e se infor-mar são critérios para uma formação de opinião.
Renato Ramos é professor de artes e diretor-presidente do Grupo Se Ligue.
arTigoRenatoRamos
ministro do STF, sobre o processo de impeachment contra Dilma.
Má fase
Os políticos de Suzano não estão sendo perdoa-dos nas redes sociais. O prefeito Paulo Tokuzumi (PSDB), a vice-prefeita Vi-viane Galvão (DEM), o ex--prefeito Marcelo Candi-do, além de vereadores e secretários, aparecem em um vídeo onde é demons-trada a incredulidade dos eleitores pela classe políti-ca e a falta de esperanças para as eleições de 2016.
Desligado
A instalação do semáforo há alguns meses na aveni-da João Peckny, em Poá, parece não ter surtido o efeito desejado. O equipa-mento, que está em fren-te a um supermercado e a um ponto de ônibus, ficou poucos dias ligado e ago-ra permanece apenas no amarelo piscante, sendo que não organiza o trân-sito como deveria.
Troca
O clima na Prefeitura de Ferraz não está dos me-lhores desde que o pre-feito Acir Filló (PSDB) foi afastado do cargo na últi-ma sexta-feira. Alguns fun-cionários de “confiança” já foram trocados, ainda que momentaneamente, pelo prefeito em exercício José Izidro Neto (PMDB).
Apoio
Izidro se reuniu com os vereadores na tarde de anteontem e afirmou que o afastamento do tucano não mudou a relação com a Câmara. “Estamos todos em casa. O relacionamen-to é sempre muito bom”.
