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Tr E TRACÇÃO TRACÇÃO ELÉCTRICA ELÉCTRICA © Manuel Vaz Guedes, 2002 Sumário 14/Out/2002 Veículos para Tracção Eléctrica. Tracção ferroviária, rodoviária, industrial e especial. A Locomotiva Eléctrica e Diesel–eléctrica Tracção Eléctrica 2002, 14 a 18 de Outubro /////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////// A existência de redes de transporte ferroviário interligadas criou a possibilidade de realizar grandes viagens, o que levou à oferta de alguns serviços que obrigaram à criação de veículos rebocados especiais. Um caso paradigmático é o do vagão-restaurante. Se o esforço de tracção deste tipo de veículos é assegurado pela locomotiva (eléctrica ou diesel- –eléctrica) já as necessidades próprias em energia tornam estes veículos um caso especial na electrificação dos veículos ferroviários. Em épocas passadas em que se procurava fornecer além da refeição um ambiente luxuoso, os aspectos principais na electrificação de um vagão restaurante eram apenas os de fornecer a quantidade de calor necessária à confecção das refeições (pratos tradicionais), o frio necessário à conservação dos alimentos e a iluminação bastante à manutenção do ambiente. Note-se que o número de refeições era limitado, podendo sempre existir serviços de refeições sequentes. Actualmente, a oferta de um serviço variado e a necessidade de responder prontamente a qualquer solicitação alimentar do viajante obrigaram à utilização de um conjunto de aparelhos (fornos de microondas, estufas de aquecimento, torradeiras, batedeiras) além de diferenciados sistemas de preservação de alimentos (arcas e balcões frigoríficos). Esta situação criou a necessidade de o vagão-restaurante ser alimentado directamente da catenária, criando uma instalação eléctrica própria. Em Portugal, onde as viagens na linha do Norte (pela extensão, e pelo horário) carecem do apoio de um vagão-restaurante, foi desenhado um veículo misto de carruagem e de bar, e foi criado um serviço de refeições no lugar nas diferentes carruagens, que transfere o problema do aquecimento das refeições para cada carruagem. Para o aquecimento das refeições a energia em cada carruagem é obtida da instalação eléctrica global do comboio. Tr E

E Tracção Eléctrica · 2002. 10. 14. · No aspecto exterior a decoração do vagão-restaurante pode adaptar-se à marca do concessionário do serviço e à sua forma de servir

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ELÉCTRICAELÉCTRICA

© Manuel Vaz Guedes, 2002

Sumário — 1 4 / Ou t/2 0 0 2

Veículos para Tracção Eléctrica.Tracção ferroviária, rodoviária, industrial e especial.A Locomotiva Eléctrica e Diesel–eléctrica

Tracção Eléctrica

2002, 14 a 18 de Outubro///////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////

A existência de redes de transporte ferroviáriointerligadas criou a possibilidade de realizargrandes viagens, o que levou à oferta de

alguns serviços que obrigaram à criação de veículosrebocados especiais.Um caso paradigmático é o do vagão-restaurante.Se o esforço de tracção deste tipo de veículos éassegurado pela locomotiva (eléctrica ou diesel-–eléctrica) já as necessidades próprias em energiatornam estes veículos um caso especial na electrificaçãodos veículos ferroviários.Em épocas passadas em que se procurava fornecer além da refeição um ambiente luxuoso, osaspectos principais na electrificação de um vagão restaurante eram apenas os de fornecer aquantidade de calor necessária à confecção das refeições (pratos tradicionais), o frio necessárioà conservação dos alimentos e a iluminação bastante à manutenção do ambiente. Note-se queo número de refeições era limitado, podendo sempre existir serviços de refeições sequentes.Actualmente, a oferta de um serviço variado e a necessidade de responder prontamente aqualquer solicitação alimentar do viajante obrigaram à utilização de um conjunto deaparelhos (fornos de microondas, estufas de aquecimento, torradeiras, batedeiras) além dediferenciados sistemas de preservação de alimentos (arcas e balcões frigoríficos). Esta situaçãocriou a necessidade de o vagão-restaurante ser alimentado directamente da catenária, criandouma instalação eléctrica própria.Em Portugal, onde as viagens na linha do Norte (pela extensão, e pelo horário) carecem doapoio de um vagão-restaurante, foi desenhado um veículo misto de carruagem e de bar, e foicriado um serviço de refeições no lugar nas diferentes carruagens, que transfere o problemado aquecimento das refeições para cada carruagem. Para o aquecimento das refeições aenergia em cada carruagem é obtida da instalação eléctrica global do comboio.

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© Manuel Vaz Guedes, 2002

Alguns dos actuais veículos rebocados que são utilizados como vagão-restaurante em diversaslinhas estrangeiras tem uma aparência característica: não têm acesso lateral do exterior epossuem um pantógrafo; também são decorados de acordo com marca do concessionário doserviço de restauração.

A cozinha está equipada com fornos especiais destinados a aquecer as refeições preparadasnuma cozinha central fixa, e transportados, depois de confeccionadas, em contendoresrefrigerados. Existe ainda um grelhador especial para o fornecimento de grelhados. O pessoalde serviço, duas ou três pessoas, é polivalente, o que permite uma exploração mais racional.No aspecto exterior a decoração do vagão-restaurante pode adaptar-se à marca doconcessionário do serviço e à sua forma de servir (McDonalds; Frommage–Express).

Um exercício interessante consiste na elaboração de umanteprojecto para um cozinha automotora (automotoradiesel–hidráulica para via métrica; tipo LRV 2000)destinada a operar como comboio de socorro emsituações de catástrofe. Uma imagem de umvagão–cozinha antigo poderá servir de auxiliar nestaprimeira fase de projecto.

– MVG –