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Ebook 266 pede-me-o-que-queres-que-eu-te-dê1 (1)

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Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha

1ª Edição: junho/2013

Capa e Diagramação:

Junio Amaro

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Introdução

A diferença entre conhecer e experimentar. Je-sus Cristo é um ícone da cultura ocidental, com o advento das tecnologias virtuais é um nome que aparece em várias mídias. Ele está na internet, no ci-nema, nas revistas, na televisão. Nem sempre apre-sentado da forma corretamente bíblica, mas em nosso país, por exemplo, todos já sabem quem é Je-sus. É bem verdade que ainda existem nações que precisam conhecê-lo e que só de citar o seu nome a pessoa correrá risco de vida. Este é um tema impor-tante que deve ser abordado, mas não é sobre isso que quero falar aqui neste livro, especificamente.

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Quero falar de um mal sutil, não tão explícito quanto a igreja perseguida, mas que certamente levará um volume considerável de pessoas ao infer-no: Pessoas que dizem conhecer a Jesus, saber de quem se trata, contar histórias a seu respeito, mas que na prática NUNCA TIVERAM UMA EXPERIÊNCIA COM ELE, NUNCA EXPERIMENTARAM DE FATO DO SEU AMOR.

Ninguém é mais o mesmo depois que experi-menta do verdadeiro amor que vem de Jesus. Nin-guém pode afirmar com convicção que se conver-teu ao evangelho e nunca teve uma experiência com o amor do Filho de Deus. Quando falo aqui de experiência não quero dizer que ela tenha que ser necessariamente de natureza sobrenatural (vi um anjo, tive um sonho e nele Jesus falou comigo, fui curado de uma doença terminal), mas também de coisas mais simples, mais cotidianas como não amar mais o pecado e desfrutar da vida com um olhar diferente, cheio de compaixão. Cada um tem a sua forma de passar por essa experiência, o que há de comum é o fato dela ser marcante, inesquecível e acontecer não uma única vez, mas constantemen-te na nossa história.

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Jesus deseja nos dar estas experiências e cabe a nós deixarmos ser envolvidos por essa proposta, sem medo, sem preconceitos, sem preguiça, dese-josos de estar com Ele. Neste livro quero mostrar essa realidade, pessoas que tiveram essa oportuni-dade na Bíblia, suas vidas cruzaram com o amor de Jesus e como elas jamais foram as mesmas e des-ta forma encorajar você a ter a sua própria história com nosso Senhor e Salvador.

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1 – nICodEMoS: InCoMPrEEnSÍVEL

nAturEZA do AMor do PAI E

do FILHo

Imagine a seguinte situação: Você está tranquilo em sua casa e de repente ela é invadida por um la-drão, ele assalta sua casa e ainda mata o seu único filhinho. Diante de tal cenário trágico você só tem três caminhos para agir:

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• Você persegue o ladrão e o mata, a fim de com-pensar a morte de seu filho, isto nós chamamos de vingança.

• Você aciona a polícia que captura o ladrão, o prende e após um julgamento irá cumprir uma pena na prisão, isto nós chamamos de justiça.

• Você pode perdoar o ladrão e adotá-lo no lugar do seu filho, parece o caminho mais absurdo, mas ele se chama graça e foi o que Deus fez por mim e por você.

“E havia entre os fariseus um homem, chamado Nicodemos, príncipe dos judeus.

Este foi ter de noite com Jesus, e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus; por-que ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele.

Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.

Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a en-trar no ventre de sua mãe, e nascer?

Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do

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Espírito, não pode entrar no reino de Deus.O que é nascido da carne é carne, e o que é nas-

cido do Espírito é espírito.Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos

é nascer de novo.O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz,

mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; as-sim é todo aquele que é nascido do Espírito.

Nicodemos respondeu, e disse-lhe: Como pode ser isso?

Jesus respondeu, e disse-lhe: Tu és mestre de Is-rael, e não sabes isto?

Na verdade, na verdade te digo que nós dize-mos o que sabemos, e testificamos o que vimos; e não aceitais o nosso testemunho. Se vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais?

Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do Homem, que está no céu.

E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levanta-do;

Para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

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Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”

(João 3.1-16)Nicodemos era um homem que estava atrás de

respostas. Jesus é a resposta. Aquela conversa na calada da noite marcaria toda a história do evange-lho. Ali o Filho de Deus falou de seu Pai, seus planos para o homem e a razão de ele estar aqui na Terra. Jesus fala sobre nascer de novo, só é possível ter um relacionamento com ele se morrermos para mundo e experimentarmos o novo nascimento. Para aque-le doutor era uma ideia um tanto confusa, como entrar no ventre da mãe novamente para nascer? O que Jesus tentou mostrar para ele é que aquele novo nascimento não era físico, mas espiritual.

Em João 3.16 está o resumo de todo o projeto de Deus para o homem, Deus criou o homem para ter relacionamento com ele, desde o Éden isto fica claro. Antes de cair no pecado o homem se encon-trava todos os dias com Deus e eles conversavam pelo jardim. Era uma amizade sincera e gostosa, que o homem abriu mão ao ser enganado pela ser-pente. Mas Deus não abriu mão desta relação, mas

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para restabelecê-la teria que pagar o maior dos pre-ços: dar o seu próprio Filho para morrer no lugar do homem. Aí está a maior de todas as graças, aí está o amor de Deus, tão poderoso, poderia fazer tudo de novo do zero, mas ele preferiu investir no homem. Esse amor é incompreensível, constrangedor, arre-batador! Jesus se sujeitou a vergonha da cruz por que também nos ama.

Há alguns anos o filme “A paixão de Cristo” mo-veu multidões para os cinemas, o filme que de for-ma bem naturalista mostrava o martírio de Cristo na via dolorosa até a morte na cruz tocou as plateias. Mas uma polêmica envolvia a película: Muitos crí-ticos entendiam que o filme era antissemitista, isto é, coloca as pessoas contra os judeus, pois levava a crer que eles eram os responsáveis pela crucifica-ção de Jesus. Naquela época o diretor do filme, Mel Gibson, foi convidado a participar do programa de entrevista de maior audiência, o programa da apre-sentadora Ophra, ela, provocativa, engatilhou logo de cara uma pergunta sobre esta questão:

_ E aí, Mel Gibson, quem matou Jesus: os judeus ou os romanos?

_ Nem um nem outro, foi você! – respondeu o

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diretor emudecendo a apresentadora e a plateia.Ele tem razão, todos nós matamos Cristo na-

quela cruz. Ele morreu ali por mim e por você, para nos dar uma chance de experimentar a vida eterna. Jamais podemos perder de vista esta realidade: a maior prova de amor de Deus foi essa, dar seu pró-prio Filho.

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2- A MuLHEr AdÚLtErA:

o AMor QuE trAZ o

PErdão

“Jesus, porém, foi para o Monte das Oliveiras.E pela manhã cedo tornou para o templo, e todo

o povo vinha ter com ele, e, assentando-se, os en-sinava.

E os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mu-lher apanhada em adultério;

E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando.

E na lei nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes? Isto diziam eles,

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tentando-o, para que tivessem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra.

E, como insistissem, perguntando-lhe, endirei-tou-se, e disse-lhes: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela.

E, tornando a inclinar-se, escrevia na terra.Quando ouviram isto, redarguidos da consciência,

saíram um a um, a começar pelos mais velhos até aos últimos; ficou só Jesus e a mulher que estava no meio. E, endireitando-se Jesus, e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aque-les teus acusadores? Ninguém te condenou?

E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais” (João 8.1-11)

Nós sempre estamos muito bem preparados para julgar as pessoas e condená-las. Mas quando a tarefa é olhar para nós mesmos somos bem mais bondosos e compassivos. Precisamos entender que ninguém é melhor ou pior que alguém, somos todos iguais aos olhos de Cristo.

Nesta passagem da palavra que você acabou de ler podemos ver isso. Ali os homens usaram uma

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mulher pega em adultério para testar Jesus. Para eles pouco importava a justiça, queriam ver como Jesus sairia daquela pegadinha que estavam plan-tando para ele: Se ele fala para não apedrejarem a mulher, diriam que ele era complacente com o pecado, se ele apóia o apedrejamento eles diriam que ele não tinha nada de especial e era tão fariseu quanto eles. O que fazer?

Jesus os ignorava, tentava vencê-los pelo cansa-ço ou desinteresse, mas aqueles homens estavam obstinados a “desmascarar” Jesus, expor suas limi-tações ou suas hipocrisias, quanto eles estavam en-ganados...

Finalmente, quando Jesus desafia aquele que nunca pecou a atirar a primeira pedra o que ele na verdade está querendo dizer é: Só alguém de ficha limpa pode começar a condenação, só al-guém que não tem culpa no cartório, um sujeito tão santo que se converteu com o próprio teste-munho, nunca errou e nunca vai errar pode co-meçar a sentença desta mulher, depois os outros podem fazê-lo. Por que eles foram embora? Por-que nenhum deles era esse homem, escondidos em suas hipocrisias eles sabiam que se jogassem

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a pedra passariam a ser observados e julgados pe-los outros que estavam ali, e no primeiro tropeço seriam os próximos a serem apedrejados.

O que, no entanto, poucas pessoas percebem nesse texto é que JESUS ERA UMA PESSOA QUE PODERIA TER JOGADO A PRIMEIRA PEDRA, Ele era essa pessoa sem pecado, sem culpa, ficha limpa, ele poderia ter se colocado nessa posição, tinha autoridade e testemunho para isso. Mas o que ve-mos da parte dele é algo diferente: “Se ninguém te condenou mulher não serei eu que farei isso, vá e não peques mais”. O amor dele se expressou para aquela mulher por meio do perdão, ele ama o pecador, não ama o pecado. Deu a oportunidade para ela reco-meçar a vida, abandonar a prática do pecado e sem julgamentos a liberou, trocou a pedra pela vida.

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3 – LÁZAro: o AMor QuE É MAIor QuE A

MortE

“Tendo, pois, Maria chegado onde Jesus esta-va, e vendo-o, lançou-se aos seus pés, dizendo-lhe: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido.

Jesus pois, quando a viu chorar, e também chorando os judeus que com ela vinham, moveu--se muito em espírito, e perturbou-se.

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E disse: Onde o pusestes? Disseram-lhe: Se-nhor, vem, e vê. Jesus chorou.

Disseram, pois, os judeus: Vede como o amava.E alguns deles disseram: Não podia ele, que

abriu os olhos ao cego, fazer também com que este não morresse?

Jesus, pois, movendo-se outra vez muito em si mesmo, veio ao sepulcro; e era uma caverna, e tinha uma pedra posta sobre ela.

Disse Jesus: Tirai a pedra. Marta, irmã do de-funto, disse-lhe: Senhor, já cheira mal, porque é já de quatro dias.

Disse-lhe Jesus: Não te hei dito que, se creres, verás a glória de Deus?

Tiraram, pois, a pedra de onde o defunto jazia. E Jesus, levantando os olhos para cima, disse: Pai, graças te dou, por me haveres ouvido.

Eu bem sei que sempre me ouves, mas eu dis-se isto por causa da multidão que está em redor, para que creiam que tu me enviaste.

E, tendo dito isto, clamou com grande voz: Lázaro, sai para fora.

E o defunto saiu, tendo as mãos e os pés liga-dos com faixas, e o seu rosto envolto num lenço.

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Disse-lhes Jesus: Desligai-o, e deixai-o ir.Muitos, pois, dentre os judeus que tinham vindo

a Maria, e que tinham visto o que Jesus fizera, cre-ram nele” (João 11.32-45).

Jesus era um homem do povo, amigo de todos, mas tinha seus melhores amigos, Lázaro, Marta e Maria faziam parte deste grupo. Ele era tão íntimo deles que a casa deles era sempre opção de pousa-da do Filho de Deus. Como já foi dito, Deus gosta de ter relacionamento com o homem.

O texto mostra algo muito forte, em certa altura da situação, ao chegar perto de onde Lázaro estava se-pultado há dias, Jesus se depara com um quadro de luto, as irmãs de Lázaro chorando e seus amigos muito tristes, e a Palavra fala que ele chorou. Ele sabia que iria ressuscitar Lázaro, fato previsto por ele mesmo instantes antes com a irmã do finado, no entanto, ele se identificou com o sofrimento de todos. Nosso Deus não é uma entidade fria e calculista, ele tem sentimen-tos e se identifica com o sofrimento humano. Deus se importa com suas lutas e tribulações mesmo sabendo o final da história, isto é prova de amor.

A ressurreição de Lázaro mostra que não há li-mites para a manifestação do amor de Deus, ele é

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maior do que todas as circunstâncias, inclusive a morte. Não importa o deserto que você está pas-sando, ou se o seu sonho e projeto já morreram, se suas esperanças acabaram. Ele olha lá do alto e co-necta com seus anseios, se buscarmos a presença Dele, Ele tem respostas. Ele ressuscita nossos pro-jetos.

Agora diante disto existem duas atitudes: Marta: correu em direção a Jesus e cobrou dele o

atraso em chegar que não permitiu que Lázaro fos-se curado de sua enfermidade, a ponto de morrer. Mesmo Jesus falando com ela que o ressuscitaria ela não entendeu, acho que Cristo fala da ressurrei-ção no último dia. Nossa ansiedade e incredulidade são oponentes fortes na nossa relação com o amor de Deus. Quando não compreendemos essa ampli-tude e ilimitação de seu poder falados no parágrafo anterior, nos deixamos levar pelo natural e perde-mos nossa fé. Fé é importantíssima para a operação dos milagres e é uma atitude que agrada o coração de Deus. Cuidado para não agirmos impulsivamen-te, precipitadamente e com isso não entendermos as intenções de Deus em relação aos nossos sonhos e projetos mortos. Quando Ele ia operar o milagre

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e pediu para retirar a pedra, Marta insistiu que o defunto já cheirava mal, nossos sentidos nos en-ganam, nos deixamos levar pelo que vemos e não olhamos com os olhos de Cristo uma situação, ela não cria que ele em putrefação poderia ser ressus-citado. Mesmo diante da ação de Deus resistimos e preferimos olhar para o fedor das circunstâncias em vez de desfrutar do bom perfume de Cristo.

Maria: Enquanto a pragmática Marta rodeava Jesus com suas ansiedades, incredulidades e ques-tionamentos, Maria estava em casa sendo conso-lada. Ao ver Cristo, chorou aos seus pés e tocou o coração Dele a ponto de fazê-lo chorar, ela também lamentou o atraso de Cristo, mas não foi de forma alguma questionadora. Nossa ação pode vir com choro, mas com o reconhecimento de quem é o Senhor da vida, como já foi dito Jesus se identifica com nossas emoções. Maria chegou em Jesus com doçura e não com murmuração e cobrança, mesmo triste com a morte do irmão ela o respeitou.

O amor de Jesus transformou os três irmãos, mas também tocou todos que estavam ali, houve vida em Lázaro e nova vida em todos os que teste-munharam o milagre.

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4 – o LAdrão nA CruZ: o AMor QuE

SALVA

“E também por cima dele estava um título, escrito em letras gregas, romanas, e hebraicas: ESTE É O REI DOS JUDEUS.

E um dos malfeitores que estavam pendurados blasfemava dele, dizendo: Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo, e a nós.

Respondendo, porém, o outro, repreendia-o,

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dizendo: Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma condenação?

E nós, na verdade, com justiça, porque recebe-mos o que os nossos feitos mereciam; mas este ne-nhum mal fez.

E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quan-do entrares no teu reino.

E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso” (Lucas 23.38-43).

Às vezes o que precisamos é de um momento de lucidez, uma clareza de mente. No momento mais terrível da trajetória de Cristo na terra, a cruz, ele teve a oportunidade de transformar uma vida. Junto com ele havia dois ladrões sendo crucifica-dos, sabe-se que só recebiam esse tipo de condena-ção as piores pessoas da sociedade daquela época: ladrões, assassinos, gente da pior espécie segundo o conceito humano comum. Portanto, ao contrário de Cristo, dentro da perspectiva natural eles mere-ciam estar ali, pois, foram julgados e condenados a essa pena capital.

Ninguém teve uma visão tão próxima do martí-rio final de Cristo do que aqueles dois ladrões. Mas apesar de estarem vendo a mesma cena, cada um

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a interpretou de uma forma, cada um entendeu de um jeito e cada um teve a recompensa por sua pe-culiar interpretação do fato diante deles: a crucifica-ção do Salvador do mundo.

O primeiro ladrão citado optou em zombar de Cristo, seguiu o padrão dos soldados romanos que jocosamente diziam que Jesus era o

Rei dos Judeus, um deboche. Ele cobrou de cris-to esta realeza e o desafio, se de fato era o Filho de Deus, se livrasse e livrasse-o daquela condição. Mui-tos de nós infelizmente agimos como ele, cauteriza-dos por uma vida de pecado, não somos sensíveis o suficiente para reconhecer quem é Jesus nem quan-do Ele está bem pertinho de nós. Seja as decepções da vida, seja a prática sistemática do pecado, perde-mos o ouvido espiritual, não entendemos quando o Espírito Santo está nos tentando convencer do erro. Essa lepra espiritual vai se desenvolvendo de tal forma que, em determinado momento, passamos a ver o Cristo como uma figura de valor menor, um serviçal que tem que fazer nossas vontades. O pro-vocamos, o desafiamos, cobramos dele que atenda nossas vontades terrenas em vez de buscarmos cumprir a vontade Dele.

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O segundo ladrão, sim, foi transformado pelo amor de Cristo. Ao vê-lo em seus últimos momen-tos na cruz, ele entendeu o que de fato estava acon-tecendo ali na sua frente. Aquele homem que es-tava sendo crucificado ao seu lado não tinha culpa alguma, mais que isso, era o Messias, o Salvador. Ele então reconhece essa realidade e com isso expe-rimenta a salvação. Talvez ele tenha levado toda a sua vida no erro, mas em seu último suspiro fez algo certo e com isso recebeu a promessa de entrar no céu. Tudo que Deus quer é um coração contrito e quebrantado, ele não resiste a essa atitude, nessa situação o amor dele transborda sobre nós e abre caminho para nossa salvação.

“Abre, Senhor, os meus lábios, e a minha boca en-toará o teu louvor.

Pois não desejas sacrifícios, senão eu os daria; tu não te deleitas em holocaustos. Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus” (Salmo 51.15-17).

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5 – PEdro: o InIMItÁVEL,

MAS ALtAMEntE

InSPIrAtIVo AMor dE CrISto

“E, depois de terem jantado, disse Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de Jonas, amas-me mais do que

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estes? E ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta os meus cordeiros.

Tornou a dizer-lhe segunda vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Disse-lhe: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta as minhas ove-lhas.

Disse-lhe terceira vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Simão entristeceu-se por lhe ter dito ter-ceira vez: Amas-me? E disse-lhe: Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo. Jesus disse-lhe: Apas-centa as minhas ovelhas” (João 21.15-17).

Pedro certamente foi o discípulo de Jesus que mais esteve em evidência nos evangelhos, você verá ele o tempo todo como uma espécie de porta voz dos doze diante de Cristo. Seu temperamento sanguíneo e impulsivo lhe permitiu protagonizar interessantes experiências com Jesus. Sua história começa com uma pesca maravilhosa para em se-guida ele largar tudo e seguir o mestre. Em vários momentos ele quis mostrar a Deus sua devoção, sua dedicação. Pedro era tanto usado pelo Espírito Santo, quando reconheceu Jesus como Deus, como foi usado pelo diabo, quando tentou convencer Cristo de que não seria necessário passar pela cruz.

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Mas certamente nada o preparou para o grande baque que teria quando negou a Jesus durante o julgamento de sua crucificação.

Pedro havia prometido a Jesus que jamais per-mitiria que ele fosse capturado e morto. Mas Jesus, sabedor de todas as coisas, o avisou que não só isso não ocorreria como Pedro o negaria antes do galo cantar. Quando Jesus foi preso Pedro até cortou a orelha de um soldado para evitar a captura, mas Jesus o repreendeu e curou o homem. Seguindo Cristo de longo chegou ao pátio do lugar onde ele passaria por um dos vários momentos terríveis da-quela noite. Ali a profecia se cumpriu: questionado por três pessoas se andava com Cristo ele negou e em seguida o galo cantou fazendo-o lembrar das palavras proféticas de algum tempo atrás. A Bíblia fala que, tomado pela consciência do que havia ocorrido, ele chorou amargamente naquela noite.

Fica claro que não foi só aquela noite que ele carregou aquele sentimento, e certamente que quando ficou sabendo das primeiras aparições de Cristo após a sua ressurreição ele deve ter fi-cado apreensivo, pensando: “O que será que ele está pensando de mim, eu o neguei, será que ele vai

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me perdoar, será que serei digno de continuar sua obra?”

O momento finalmente chegou e eles se encon-traram onde tudo começou, numa pesca no mar da Galilélia, ali em um momento a sós eles travam o diálogo que você leu no início desse capítulo. Muito se fala a respeito do significa destas perguntas de Cristo: “Tu me amas?”. Para entender o que aconte-ceu ali precisamos fazer uma análise exegética do texto, isto é, precisamos ler o texto na língua origi-nal em que foi escrito, o grego antigo.

Nesta língua a palavra que temos no português AMOR tem três significados, aqui aparecem dois deles:

• αγαπας (Ágapas) o amor de Deus• φιλω (Filo) o amor fraterno, de amigoJesus na primeira pergunta: “Pedro, tu agapas-

-me?” e ele responde: “Senhor filéo-te”, a mesma coisa acontece na segunda pergunta. Na terceira vez Jesus muda a pergunta: “Pedro tu filéo-te”. Ao final de cada resposta Jesus o mandava cuidar das suas ovelhas. O que significa tudo isso? Jesus per-guntava a Pedro se ele seria capaz de amá-lo como Deus ama as pessoas e Pedro respondia que não,

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somente poderia amá-lo como um amigo. Mas a cada vez que ele falava isso, Jesus o dava a missão de cuidar das outras pessoas.

Jesus mostra para Pedro na última pergunta, que para nós é impossível fazer, algo para que Deus nos ame mais ou menos, o amor de Deus é incon-dicional e imutável. Pedro jamais magoara Jesus a ponto deste não lhe dar mais atenção ou valor. Deus nos ama apesar de nós mesmos. Nós, e Pedro, não somos capazes de amar assim, mas foi a nós que Jesus deu a responsabilidade de cuidar dos ou-tros, de apresentar o amor de Cristo aos que ainda não experimentaram.

Esta experiência arrebatadora mudou a vida de Pedro, basta ver como foi usado em Pentecostes, na fundação da igreja primitiva e como está mais doce em suas cartas no final da Bíblia. É essa experiência que Deus quer que você passe hoje, agora!

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ConCLuSão

NADA PODE NOS SEPARAR DO AMOR DE DEUS QUE ESTÁ EM CRISTO

Mais que transformadora e arrebatora, a experi-ência do amor de Cristo é irresistível, indestrutível. Nenhuma circunstância é capaz de sobrepujar ou enfraquecer esse sentimento, ele é eterno, imate-rial, sem reservas e sem critérios humanos. Nunca seremos capazes de entendê-lo ou explicá-lo. É lou-cura para os sábios deste século e escândalo para os que vivem sobre o julgo da religiosidade. Se você vive na igreja e não experimentou esse amor sua trajetória está incompleta, não se contente com a

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vida que tem hoje, busque esta experiência em sua vida.

Talvez você acredite que não é digno desse amor, mas ninguém é. Talvez você ache que Ele lhe esqueceu por algum momento, ou que algumas áreas de sua vida não estão sendo assistidas por ele. Talvez você cresceu em um lar cristão, na igreja, mas nunca entendeu a natureza desse Deus. Talvez você ainda não se envolveu em uma igreja e só conheça Jesus de nome.

Em todos os casos a resposta que tenho para você é a mesma:

“Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?

Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho pou-pou, antes o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas?

Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem é que condena? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e tam-bém intercede por nós.Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a persegui-ção, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?

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Como está escrito: Por amor de ti somos en-tregues à morte todo o dia; Somos reputados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coi-sas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra cria-tura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos 8.35-39).

Não duvide da palavra de Deus, se você não co-nhece Jesus, ELE O CONHECE, ELE ESTÁ AÍ AO SEU LADO, TORCENDO PARA QUE VOCÊ ABRA O SEU CORAÇÃO E SE DEIXE SER TRANFORMADO PELO AMOR DELE. NÃO RESISTA, APENAS EXPERIMENTE!

“Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais.

Então me invocareis, e ireis, e orareis a mim, e eu vos ouvirei.

E buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso coração” (Jeremias 29.11-13).

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Richarde Guerra é for-mado como Técnico em Química Industrial pelo CE-FET/ MG e Licenciatura em Química pela UFMG, possui pós-graduação em Estudos Pastorais e mestrado em

Teologia da Ação Pastoral na América Lati-na, pela FATE/BH. É professor no Centro de Treinamento Ministerial Diante do Trono e Seminário Teológico Carisma. É pai de Daniel Guerra e casado com Priscila Guerra e pastor de jovens da Igreja Batista da Lagoinha.

Telefone e e-mail para contatos: (31) 8489-3057 / [email protected]

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JESuS tE AMA E QuEr

VoCÊ!

1º PASSO: Deus o ama e tem um plano maravilhoso para sua vida. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigê-nito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.“ (Jo 3.16.)

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2º PASSO: O Homem é pecador e está separado de Deus. “Pois todos pecaram e ca-recem da glória de Deus.“ (Rm 3.23b.)

3º PASSO: Jesus é a resposta de Deus, para o conflito do homem. “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.“ (Jo 14.6.)

4º PASSO: É preciso receber a Jesus em nosso coração. “Mas, a todos quantos o rece-beram, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome.“ (Jo 1.12a.) “Se, com tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação.” (Rm 10.9-10.)

5º PASSO: Você gostaria de receber a Cristo em seu coração? Faça essa oração de decisão em voz alta: “Senhor Jesus eu preciso

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de Ti, confesso-te o meu pecado de estar longe dos teus caminhos. Abro a porta do meu coração e te recebo como meu único Salvador e Senhor. Te agradeço porque me aceita assim como eu sou e perdoa o meu pe-cado. Eu desejo estar sempre dentro dos teus planos para minha vida, amém”.

6º PASSO: Procure uma igreja evangé-lica próxima à sua casa.

Nós estamos reunidos na Igreja Batista da Lagoinha, à rua Manoel Macedo, 360, bairro São Cristóvão, Belo Horizonte, MG.

Nossa igreja está pronta para lhe acom-panhar neste momento tão importante da sua vida.

Nossos principais cultos são realizados aos domingos, nos horários de 10h, 15h e 18h horas.

Ficaremos felizes com sua visita!

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Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha

Gerência de Comunicação

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CEP: 31110-440 - Belo Horizonte - MG

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