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COMO FAZERUMA REDAÇÃONOTA milTEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO

SUMÁRIO

A redação para o Enem e para os vestibulares Pág. 1

Pág. 2

Pág. 3

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Pág. 5

Pág. 9

Pág. 10

Pág. 11

A estrutura dissertativo-argumentativa

Como se posicionar

As atualidades

A estrutura da redação

Meios para enriquecer o texto

Erros mais comuns na produção textual

Coerência e Coesão

Pág. 12Exemplo de uma redação nota mil!

A REDAÇÃO PARA O ENEM E PARAOS VESTIBULARES

Fato é que a redação do tipo dissertativo é a mais solicitada, e ela demanda um caráter argumentativo.

Ou seja, você precisa produzir um texto que defenda um ponto de vista a partir de conhecimento de mundo, de

seus argumentos formados com base naquilo que você aprendeu tanto no meio acadêmico quanto fora dele, tal

como numa obra de literatura.

Dito isso, nós vamos te passar algumas dicas bem importantes para que você mande bem na sua redação

de vestibular.

Vamos nessa!

Se você é um dos milhões de estudantes que estão em fase de preparação para as seleções universitárias, então provavelmente vive pensando na redação. Não se preocupe, é mais comum do que você pensa! Isso acontece, porque ela é uma das partes de maior peso na seleção. E o temor dos estudantes é justificável: zerada a redação, foram-se as chances de conseguir uma vaga na universidade. E por isso ela é tão importante.

A redação do Enem, por exemplo, é parecida com a de outros vestibulares, mas não é a mesma. Apesar de compartilhar a estrutura dissertativo-argumentativa com algumas provas, traz a necessidade de uma proposta de intervenção, algo que não está presente em outras seleções.

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A ESTRUTURADISSERTATIVO-ARGUMENTATIVA

Em termos de estrutura, conhecer a redação dissertativo-argumentativa te ajudará a fazer diversos

processos seletivos, por ser o tipo mais solicitado. E você precisa dar atenção àquilo que já ouviu em

diversos momentos do seu percurso acadêmico-escolar: uma redação é composta de introdução,

desenvolvimento e conclusão.

Voltemos ao ponto de vista: é preciso tomar partido!O seu ponto de vista é uma das partes mais

importantes do caráter argumentativo da sua redação. Logo, você precisa assumir, de pronto, que a temática

permita dois caminhos a serem seguidos ao longo da argumentação.

E por que ele é tão importante? Porque a banca quer saber se você tem senso crítico, se você está refletindo

sobre a questão posta e se você está construindo uma opinião a partir de embasamentos válidos, lógicos.

Além disso, porque ela vai querer saber como você pondera sobre os dois caminhos possíveis, e se está

assumindo o que mais se alinha aos seus argumentos.

A redação dissertativo-argumentativa é, sem dúvida, a mais cobrada por seleções de universidades. Podemos citar, entre algumas, a UFRGS, a USP e a UERJ, alguns dos vestibulares mais concorridos do país. É sempre assim? Não, não é! UFSC e UNICAMP, por exemplo, têm lá suas particularidades. Então, se você pretende prestar seleção para alguma dessas duas universidades, terá de estudar também sobre outros gêneros textuais.

Dissertar é discorrer, discursar. O caráter dissertativo da redação reside no fato de você ter que criar um texto que fale sobre o tema da coletânea. É isso que se faz na escola? Sim, é! Então, qual a diferença? O caráter argumentativo do texto!

Argumentar significa apresentar fatos, ideias, razões lógicas, provas que comprovem uma afirmação e uma tese. Nesse sentido, você precisa estar ciente de que você deve, além de abordar o tema proposto no teste, assumir um ponto de vista e defendê-lo com argumentos válidos, coerentes.

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Mas há outra face dessa moeda: e quando você lê notícias somente de um posicionamento político, e suas

experiências na rede começam a ser filtradas nesse sentido? Ou seja, o seu perfil estaria sendo traçado para

esse posicionamento, e você veria mais dele, e menos do oposto.

Você consegue entender que, nesse caso, o indivíduo começará a ver, somente, um tipo de notícias? Alguns

consideram que neste caso ocorre uma limitação da “experiência noticiaria” do indivíduo.

Então, para essa redação, o candidato precisava tomar um partido claro: ou os algoritmos contribuem para

otimizar a experiência do usuário ou limitam a sua liberdade de acesso a conteúdos diversificados.

Seguindo uma lógica, não daria para argumentar que os filtros são bons se colocando contrariamente à

manipulação; nem daria pra argumentar que eles são ruins afirmando que eles facilitam a vida. Tudo é um

processo de reflexão na construção de uma boa redação!

Tomando, por exemplo, a prova do Enem de 2018, que abordou A manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet, seria preciso dizer se você concorda com a manipulação do comportamento ou se se você discorda dela.

Retomemos um pouquinho o assunto: você, na internet, é gerido por algoritmos invisíveis, que atuam a todo momento para otimizar a sua experiência online. Quando você pesquisa, por exemplo, “passagens de avião para Europa” em uma plataforma de buscas, é bastante provável que esses resultados sejam associados ao seu perfil. Então, muitas das ofertas que você verá dali adiante são, também, sobre passagens de avião para o Velho Mundo.

Por que isso acontece? Porque esses algoritmos, os robozinhos, querem que você veja mais daquilo que quer, e menos daquilo que não quer, ou pelo que não demonstra interesse, aparentemente. Nesse caso, temos um exemplo que favorece a experiência do usuário. Seja acessando uma rede social ou lendo o jornal online, seria possível encontrar um preço acessível para a próxima viagem, sem despender tempo a essa procura, naquelas “janelinhas” com propagandas que a todo momento aparecem nas páginas de internet.

COMO SE POSICIONAR?

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É PRECISO ESTAR POR DENTRODAS ATUALIDADES

Imagine que o tema da próxima redação sejam as queimadas da Amazônia, por exemplo. Nesse caso, é provável que a coletânea da prova traga informações

sobre as queimadas, como dados estatísticos, eventos que as originam, mapeamentos geográficos sobre

onde acontecem.Contudo, nem só de dados é feita uma boa prova.

Você poderia citar, por exemplo, problemas relacionados ao combate, como defasagem de pessoal ou

equipamento das instituições que se dedicam a essa tarefa, caso tenha lido uma notícia que não está

presente na prova.

Por outro lado, poderia construir uma argumentação baseada na biologia ou na botânica, argumentando que

determinados biomas necessitam de queimadas por questões de solo, de controle de pragas, de recuperação

e rebrota, a exemplo do Cerrado.

Se você quiser um resumão de todas as atualidades que bombaram até outubro de 2019, nós disponibilizamos

um material, e você pode encontrá-lo nesse link.

É fácil perceber como estar por dentro das atualidades é um fator diferencial para a produção de um bom texto. Se você precisa se posicionar em relação à temática, e isso é feito a partir de um processo argumentativo, você precisa ter o que dizer, indo além das informações disponibilizadas na prova.

Para toda e qualquer boa produção textual, uma das bandeiras da prova é a intertextualidade. Significa dizer que, relacionando temas de áreas distintas de maneira eloquente, elaborada, não há chance de você ir mal.

Para que você faça argumentações bem postas, é preciso ter conhecimentos paralelos que ajudem na construção da defesa do seu ponto de vista.

DicaA melhor maneira de estar em dia com as atualidades é lendo,

e lendo bastante, caso sejam almejadas as melhores notas.

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DicaVocê pode ter 20 pontos aserem discutidos sobre um

determinado assunto,porém,você precisa saber

eleger os melhores,os mais impactantes, os com

maior impacto discursivo.

A ESTRUTURA DA REDAÇÃO

O passo inicial para você fazer uma boa redação é organizar as ideias. Como você terá de argumentar e defender seu ponto de vista, um plano de texto que reflita estrutura e organização é indispensável.

Suponhamos que o assunto da redação seja Conservadorismo no Brasil e no mundo. A coletânea traria dois, talvez três textos motivadores para você refletir inicialmente sobre o tema.

A técnica de brainstorming tem por finalidade concatenar ideias tematicamente relevantes. No nosso, o resultado seria mais ou menos assim:

Conservadorismo

Direitos LGBT

Armamentos paracivis

Punição e repressão

Direitos de família

Redução da maioridade penal

Xenofobia(repulsa aos estrangeiros)

Pena de morte

Casamento entre pessoas

do mesmo sexo

Descriminalização

das drogas

Legalizaçaõdo aborto

Estado laico

Nacionalismo

Ditadura militar

Anticomunismo

Segmento evangélico

Linha de argumento 1 Linha de argumento 2

Note quantos assuntos podem ser relacionados ao conservadorismo. Perceba, também, que seria praticamente impossível citar todos esses assuntos em uma redação de vestibular, comumente com 30 linhas, certo?

Por isso é importante organizar as ideias e escolher as melhores. Às vezes, menos é mais! Salvo com dinheiro, em que menos é menos mesmo!

Tomando a técnica acima como referência, falemos da introdução. Nela, você deve expor a temática em uma linha ou duas, e, na sequência, apresentar a sua tese. Ela deve conter uma exposição de dois argumentos e o seu ponto de vista.

Então, um modelo de introdução (aparentemente o preferido dos candidatos) contém o seguinte:

Uma frase que apresente o problema > O primeiro argumento > O segundo argumento > O posicionamento do autor.

Lembre-seA introdução é uma das partesmais importantes do texto,pois é ela que dá o norte ao leitor.

INTRODUÇÃO

Na sequência, temos o desenvolvimento da argumentação. Geralmente, essa parte do texto contém dois parágrafos, nos quais cada um aborda um dos argumentos selecionados pelo candidato.

Aqui é preciso argumentar. Ou seja, essa é a parte principal à qual você deve dedicar o seu repertório interdisciplinar. Por exemplo, ao falar de conservadorismo moderno, é possível traçar um paralelo com conservadorismos ou nacionalismos passados, historicamente reconhecidos.

2º parágrafo: argumento 13º parágrafo: argumento 2

DESENVOLVIMENTO

DicaCitar exemplos daquilo que já aconteceu no

passado como forma de evidenciar queo seu conhecimento do Ensino Médio não

foi em vão é uma forma bem produtiva dereservar alguns pontos a mais na sua nota.

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Por fim, é preciso encerrar a redação com uma conclusão que retome o seu ponto de vista de maneira clara. Para concluir o texto, você deve retomar o assunto principal de acordo com o seu ponto de vista, além de apresentar um fechamento lógico para a sua argumentação. É importante que não apareçam elementos novos, os quais não apareceram ao longo do texto.

[Concluindo…] > fechamento sobre o assunto, de acordo com o ponto de vista exposto ao longo do texto.

Por que dizemos “mais ou menos assim”, tanto para a introdução quanto para a conclusão? Porque essas são configurações tradicionais, porém não temos a intenção de engessar o estudante, dizendo que as partes do texto devem ser dessa maneira. É só mais tradicional e seguro!

No caso do Enem, aqui o estudante precisa apresentar uma proposta de intervenção, ou seja, oferecer algum

tipo de empreendimento na questão central do tema, de maneira a modificar aquilo que é identificado com um

fato a ser contornado na redação. Oferecer uma proposta de intervenção não significa, necessariamente, oferecer

uma solução para um problema complexo.

Não se preocupe, pois ninguém espera que um estudante presumidamente oriundo, recém, do Ensino

Médio ofereça uma solução para um problema da nação.

Veja abaixo um exemplo desse modelo mais prudente e tradicional:

CONCLUSÃO

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Trata-se de um modelo que deve ser seguido? Não, porém ele é o mais usado, e, se você está começando

seus estudos agora e vai realizar a prova em alguns dias, o melhor a fazer é treinar com um modelo que seja

compreendível, internalizável no pouco tempo que resta.

INTRODUÇÃO

Apresentação do tema

Argumento 1 desenvolvido

Fatos Dados

Eventos Notícias

Argumento 2 desenvolvido

Estudos

A partir do exposto Retomada do tema

Por causa do exposto aolongo da redação

1+1=2?

concluí-se que...

Sem elementosnovos

Pesquisas Teóricos

Tese... argumento 1...

argumento 2...

Ponto de vista do estudante

DESENVOLVIMENTO

DESENVOLVIMENTO

CONCLUSÃO

Enriquecer o texto significa, sobretudo, interdisciplinaridade. O que se espera em boas redações é que o estudante empregue conhecimentos compatíveis com o seu nível de ensino, oriundos dos temas das disciplinas do Ensino Médio, pelo menos, e adequados à temática abordada.

Porém, não só essas são as fontes de “enriquecimento intelectual” de um texto. Temos uma fonte quase infinita de elementos válidos que podem enriquecer a argumentação.

Por exemplo, se o tema da redação fosse Maus-tratos contra animais, você poderia citar dados de quantos animais são abandonados por dia, resgatados das ruas, figuram em albergues caninos. Além disso, você poderia citar notícias, como a famigerada que aconteceu no Carrefour ou a que assolou um condomínio residencial, com um Yorkshire como vítima.

Você pode citar filósofos como Hannah Arendt, argumentando que se trata de um reflexo da banalização

do mal... e por aí vai.

O que não vale? Citar o seu vizinho que bate no cachorro! Por que não? Porque a redação é anônima,

então ninguém sabe quem você é nem quem é o seu vizinho!

E se eu souber poucas fontes? Bom, daí é preciso dar um jeito! Primeiro, você pode empregar conhecimentos da

coletânea, porém cuidado para não copiá-los!

MEIOS PARA ENRIQUECER O TEXTO

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Aquilo que você deve evitar, se possível:

Empregar a 1ª pessoa! Evite-a, pois o caráter argumentativo demanda impessoalidade, alcançada com a 3ª pessoa.

Usar “onde” para referências não geográficas. A escola onde eu estudo é uma frase malvista pela gramática. É mais adequada A escola em que estudo.

Empregar números de uma só palavra, como 200. Se só há uma palavra, é grafado: duzentos!

A preposição PRA não pode ser contraída, como pra advogada ou pro filósofo. Ela existe? Sim, existe. Mas teria que ser algo assim: ... entregou os documentos pra a advogada” ou pra o filósofo alemão.... Feio né?

Quem visa com o sentido de almejar VISA A ALGO, com preposição, mesmo que vise a um verbo: “O presi-dente visa a estabelecer relações bilaterais”. Se houver um termo com artigo feminino seguindo o verbo, temos que “O presidente visa à paz mundial”, com crase.

Lembrar algo X Lembrar-SE DE algo. Assim como esquecer.

Implicar ALGO, sem preposição, no sentido de originar. A infração implicou uma multa ao condutor.

Usar através quando deveria usar por meio de. Na dúvida, por meio de (99% dos casos são de).

Começar um período com Pois: evite! (É errado em 97% dos casos.)

Usar menos do que duas conjunções por parágrafo!

ERROS MAIS COMUNS NAPRODUÇÃO TEXTUAL

ImportanteAlém disso, tenha em mente que não

você pode fugir ao tema ou

à tipologia textual!

Por isso a organização do texto

é tão importante.

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COERÊNCIA E COESÃO

Coerência e coesão são fundamentais para quem almeja tirar nota máxima.

Primeiro, falemos da coerência. Há dois tipos:

COERÊNCIA

Note que, na redação em questão, é possível perceber com facilidade todos os elementos necessários para uma redação de sucesso.

Primeiro, na introdução, a candidata expõe uma temática, de maneira a introduzir um pano de fundo para as questões que chegam com a sua tese.

Depois, ela apresenta seus dois argumentos, os quais podem ser identificados um em cada um dos parágrafos de desenvolvimento, para a argumentação: 1) a falta de políticas públicas2) a ausência de consciência.

Além disso, para a tese, ela cita que essa realidade constitui um desafio a ser resolvido, apresentando o seu posicionamento.

Coesivos

Conclusão

Tese e argumentos

EXEMPLO DE UMA REDAÇÃO NOTA DEZ

Segundo as ideias do sociólogo Habermas, os meios de comunicação

são fundamentais para a razão comunicativa. Visto isso é possível

mencionar que a internet é essencial para o desenvolvimento da

sociedade.

Entretanto, o meio virtual tem sido utilizado muitas vezes para

a manipulação do comportamento do usuário pelo controle de

dados, podendo induzir o indivíduo a compartilhar determinados

assuntos ou a consumir certos produtos.

Isso ocorre devido à falta de políticas públicas efetivas que

auxiliem o indivíduo a “navegar” de forma correta na internet, e à

ausência de consciência, de grande parte da população, sobre a

importância de saber utilizar adequadamente o meio virtual. Esta

realidade constitui um desafio a ser resolvido não somente pelos

poderes públicos, mas também por toda a sociedade.

NOME: Lívia de Alencar Taumaturgo

Para a consistência da argumentação, você pode perceber que todos os parágrafos de desenvolvimento estão com referências, de escolas, entidades e autores. Esse amparo dá credibilidade à argumentação da autora.

Note, também, a quantidade de elementos coesivos sinalizados no texto. Por isso, para demonstrar que você possui um repertório coesivo diversificado, é preciso estar acostumado com o uso e com a semântica sobretudo das conjunções canônicas.

No contexto relativo à manipulação do comportamento do usuário pode-se citar, no

século XX, a Escola de Frankfurt, já abordava sobre a “ilusão de liberdade do mundo

contemporâneo”, afirmando que as pessoas eram controladas pela “Indústria

Cultural”, disseminada pelos meios de comunicação de massa.

Atualmente, é possível traçar um paralelo com esta realidade, visto que milhões

de pessoas no mundo são influenciadas, e, até mesmo manipuladas, todos os dias,

pelo meio virtual, por meio de sistemas de busca ou de redes sociais, sendo

direcionadas a produtos específicos, o que aumenta, de maneira significativa, o

consumo exacerbado.

Isso é intensificado devido à carência de políticas públicas efetivas que auxiliem o

indivíduo a “navegar” corretamente na internet, explicando-lhe sobre o

funcionamento do controle de dados e ensinando-lhe como ser um consumidor consci-

ente. Ademais, é importante destacar que grande parte da população não tem

consciência da importância da utilização, de forma correta, da internet, visto que

as instituições formadoras de conceitos morais e éticos não têm preconizado como

deveriam, o ensino de uma “polarização digital”, como faz o projeto Digipo (“Digi-

tal Polarization Initiative”), o qual auxilia os indivíduos acessarem páginas con-

fiáveis e, assim diminuir o compartilhamento de notícias falsas, que muitas vezes,

são lançadas por moderadores virtuais.

Neste sentido, como disse o empresário Steve Jobs, “a tecnologia move o mundo”,

ou seja, é preciso que medidas imediatas sejam tomadas para que a internet

possa ser utilizada no desenvolvimento da sociedade, ajudando as pessoas a se

comunicarem plenamente.

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Por fim, é possível perceber um fechamento lógico para a redação, alinhado com o ponto de vista apresentado ao longo dela. Como lá na introdução a autora disse se tratar de um desafio a ser resolvido, na conclusão ela trata de retomar o tema, promovendo uma solução baseada naquilo que ela argumentou.

Se no começo do texto havia dois problemas (políticas públicas e consciência), aqui, ambos são tocados, políticas públicas e a conscientização.

Além disso, de uma maneira bem interessante ela formula soluções, apresentando os possíveis agentes que mudam o cenário de figura.

Bem legal, não? Essa é uma excelente referência para você ter pra si!

Portanto, cabe aos estados, por meios de leis e de investi-

mentos, com o planejamento adequado, estabelecer políticas

públicas efetivas que auxiliem a população a “navegar” de

forma correta na internet, mostrando às pessoas a relevân-

cia existente em utilizar o meio virtual racionalmente, a fim

de diminuir de maneira considerável, o consumo exacerbado,

que é intensificado pela manipulação do comportamento do

usuário pelo controle de dados.

Além disso é de suma importância que as instituições educa-

cionais promovam, por meio de campanhas de conscien-

tização, para pais e alunos, discussões engajadas sobre a

imprescibilidade de saber usar, de maneira cautelosa, a

internet, entendendo a relevância de uma “polarização digi-

tal” para conscientização da razão comunicativa, com

intuito de utilizar o meio virtual para o desenvolvimento

pleno da sociedade.

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