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    de Desenvolvimento Profissional

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    Sumrio

    Primeira Parte - ICMS - Imposto sobre Circ.Mercadorias e Servios

    Previso Constitucional e Legislao Complementar 04 Princpios Gerais do ICMS 06 Definio Termos Comuns Matria 06 Fatos Geradores do ICMS 07 Contribuintes 07 Base de Clculo 08 Alquotas 09 No Incidncia/Suspenso/Iseno/Diferimento 10 Tcnica de Arrecadao 11

    Segunda Parte Anlise de Documentos Fiscais

    Procedimentos Gerais na Emisso/Recepo de Documentos 13

    Terceira Parte Consideraes Gerais sobre o Regime de Substituio Tributria

    Consideraes Iniciais 18 Antecipao do Imposto 18 Definies de Contribuinte Substituto e Substitudo 18 Base de Clculo do ICMS-ST e Responsabilidades 19 Compensao do Imposto 20 Alquota 20 CFOPS 20 Estabelecimento Industrial Emisso do Doc.Fiscal e Escriturao 20 Estabelecimento Distribuidor ou Atacadista Emisso e Escriturao 23 Estabelecimento Varejista Emisso e Escriturao 24 Inaplicabilidade do Regime de Substituio Tributria 24 Novas Alteraes 24 Restituio e Ressarcimento 25 Devolues Tratamento Fiscal 26 Substituio no DIFAL 27

    Anexo Resoluo SEFAZ 537/2012 28

    Anexo I Livro II RICMS/RJ 40

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    Curso ICMS- Substituio Tributria

    Este seminrio objetiva esclarecer os procedimentos fundamentais para cumprimento das obrigaes principal e acessria do ICMS- Substituio tributria, de forma a capacitar o aluno a ter uma viso crtica de situaes que possam ensejar uma autuao fiscal ou permitir a empresa uma reduo de carga tributria.

    Na primeira parte, iniciaremos com uma viso geral do funcionamento do ICMS Imposto sobre Circulao de Mercadorias e Servios de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicao e logo a seguir, na segunda parte, trataremos das normas especficas pertinentes ao ICMS Substituio Tributria.

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    PRIMEIRA PARTE Conceitos Bsicos Estabelecidos na Legislao do ICMS

    1. PREVISO CONSTITUCIONAL E LEGISLAO COMPLEMENTAR

    O Inciso II do Art. 155 da CF, abaixo transcrito, permite aos Estados e ao Distrito Federal institurem o Imposto sobre Circulao de Mercadorias e Servios de Transporte Intermunicipal e Interestadual e de Comunicao (ICMS).

    Art.155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir imposto sobre: ..............................................................................................................................................

    II operaes relativas circulao de mercadorias e sobre prestaes de servios de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicao, ainda que as operaes e as prestaes se iniciem no exterior;

    J o 2 e seus incisos, do mesmo Art. 155 da CF, define as regras gerais que regero este tributo. Transcrevemos, a seguir, aquelas regras que julgamos mais importantes e pertinentes ao presente seminrio. 2 O imposto previsto no inciso II atender ao seguinte:

    I - ser no-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operao relativa circulao de mercadorias ou prestao de servios com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal; II - a iseno ou no incidncia, salvo determinao em contrrio da legislao: a) no implicar crdito para a compensao com o montante devido nas operaes ou prestaes seguintes; b) acarretar a anulao do crdito relativo s operaes anteriores; III - poder ser seletivo, em funo da essencialidade das mercadorias e dos servios;

    IV - ........................................................................................................................................... V - ............................................................................................................................................ VI - salvo deliberao em contrrio e dos Estados e do Distrito Federal, nos termos do disposto no Inciso XII, g, as alquotas internas, nas operaes relativas circulao de mercadorias e nas prestaes de servios, no podero ser inferiores s previstas para as operaes interestaduais; VII - em relao s operaes e prestaes que destinem bens e servios a consumidor final localizado em outro Estado, adotar-se-: a) a alquota interestadual, quando o destinatrio for contribuinte do imposto; b) a alquota interna, quando o destinatrio no for contribuinte dele;

    VIII .......................................................................................................................................... IX - incidir tambm: a) sobre a entrada de mercadoria importada do exterior, ainda quando se tratar de bem destinado a consumo ou ativo fixo doe estabelecimento, assim como sobre servio prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o estabelecimento destinatrio da mercadoria ou do servio; b) sobre o valor total da operao, quando mercadorias forem fornecidas com servios no compreendidos na competncia tributria dos municpios; X - no incidir: a) sobre operaes que destinem ao exterior produtos industrializados, excludos os semi-elaborados definidos em lei complementar; b) sobre operaes que destinem a outros Estados petrleo, inclusive lubrificantes, combustveis lquidos e gasosos dele derivados, e energia eltrica; c) sobre o ouro, nas hipteses definidas no art. 153, 5;

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    XI - no compreender, em sua base de clculo, o montante do imposto sobre produtos industrializados, quando a operao, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado industrializao, configure fato gerador dos dois impostos; XII - cabe lei complementar: a) definir seus contribuintes; b) dispor sobre substituio tributria; c) disciplinar o regime de compensao do imposto; d) fixar, para efeito de sua cobrana e definio do estabelecimento responsvel, o local das operaes relativas circulao de mercadorias e das prestaes de servios; e) excluir da incidncia do imposto, nas exportaes para o exterior, servios e outros produtos alm dos mencionados no inciso X, a; f) prever casos de manuteno de crdito, relativamente remessa para outro Estado e exportao para o exterior, de servios e de mercadorias; g) regular a forma como, mediante deliberao dos Estados e do Distrito Federal, isenes, incentivos e benefcios fiscais sero concedidos e revogados.

    Conforme a previso constitucional acima, as regras bsicas do ICMS, a nvel nacional, esto reguladas pelas Leis Complementares 87/96 e 99/99.

    HIERARQUIA DAS LEIS NO ICMS ANLISE DA PIRMIDE DE KELSEN

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    2. PRINCPIOS GERAIS DO ICMS

    2.1. Imposto seletivo O ICMS norteado pelo Princpio da Essencialidade, o qual grava os produtos em funo de sua essencialidade, ou seja, h diferenas nas alquotas do imposto em razo do grau de menor ou maior necessidade, por parte da populao, em consumir cada produto.

    2.2. Imposto no cumulativo O ICMS est sujeito ao princpio constitucional da no cumulatividade. Isto significa que o montante do imposto devido resulta da diferena a maior em determinado perodo, entre o imposto devido sob os produtos sados do estabelecimento e o pago relativamente aos produtos nele ingressados.

    2.3. Princpio da incidncia sobre a sada da mercadoria O ICMS tm como momento de incidncia o instante da sada da mercadoria, no interessando a natureza da operao realizada. bem verdade que exigido do contribuinte que a natureza da operao seja claramente indicada na nota fiscal, contudo, a obrigao de pagar o imposto no decorre do tipo de operao realizada, mas da sada da mercadoria (seja por venda, por doao, por transferncia ou por qualquer outro motivo), ou seja, o fato gerador e o momento de incidncia do produto independem dos efeitos econmicos da operao.

    2.4. Princpio da incidncia mltipla O ICMS acompanha a mercadoria em todas as fases de sua circulao, desde sua origem (importao ou produo) at sua entrega ao consumidor final.

    2.5. Princpio documental Em resposta a: funo do sistema orgnico do ICMS, torna-se imprescindvel para o controle das operaes a emisso de documentos fiscais, nos quais fiquem consignados os respectivos valores. Mesmo para aquelas operaes em que, por disposio legal, no ocorra o fato gerador ou no se exija o tributo, a emisso de documentos (notas fiscais) indispensvel. Como regra geral, pode-se afirmar que no pode haver sada de mercadoria sem documento fiscal que a acoberte. Assim como, no pode haver entrada de mercadoria sem que fique em poder do seu recebedor cpia do documento que suportou a sada.

    2.6. Princpio da escriturao Em decorrncia do princpio da no cumulatividade e da forma como so documentadas as operaes realizadas com mercadorias, torna-se necessria a escriturao fiscal, de modo que, a qualquer tempo, se possa conhecer com clareza e preciso a situao do contribuinte, de forma no s a se positivarem as operaes gravadas, como tambm o dbito ou crdito do imposto.

    3. DEFINIO TERMOS COMUNS A MATRIA 3.1. No Incidncia Em linhas gerais, por no incidncia entende-se a no ocorrncia do fato gerador, em virtude da legislao no descrever a situao como hiptese de incidncia. 3.2. Iseno o prprio poder pblico competente para exigir o tributo que tem o poder para isentar. Existir um benefcio fiscal que dispensar o pagamento do imposto. A iseno um caso de excluso do crdito tributrio (art. 175, I - CTN).

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    3.3. Imunidade uma no incidncia qualificada, uma vez que a Constituio Federal suprime ao legislador a competncia ou o poder de tributar determinadas situaes expressamente previstas pela Carta Magna.

    3.4. Diferimento do Imposto Nestes casos verifica-se a ocorrncia do fato gerador do imposto normalmente, sendo apenas postergado o recolhimento do imposto dele decorrente.

    3.5. Suspenso do Imposto Nestes casos a lei suspende a cobrana do imposto visando a ocorrncia de determinado evento futuro, em regra geral, esse evento futuro relaciona-se ao retorno das mercadorias em determinado prazo.

    3.6. Substituio Tributria Processo pelo qual transferida a obrigao de recolher o imposto de uma pessoa para outra, geralmente a substituio tributria implica no reconhecimento antecipado da ocorrncia do fato gerador.

    3.7. Fato Gerador o fato real ou no, definido em Lei, necessrio e suficiente caracterizao da ocorrncia da obrigao principal (obrigao de pagar o tributo).

    4. FATOS GERADORES DO ICMS

    Os fatos geradores do ICMS esto definidos no Art. 2 da LC. 87/96.

    O Imposto incide sobre:

    A. Operaes relativas circulao de Mercadorias, inclusive o fornecimento de alimentao e bebidas em bares, restaurantes e estabelecimentos similares;

    B. Prestaes de servios de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens, mercadorias e valores;

    C. Prestaes onerosas de servios de comunicao; D. Fornecimento de mercadorias com prestao de servios no compreendidos na competncia

    tributria dos municpios, ou, quando sujeitos ao ISS, a lei complementar que trata deste imposto, imponha a tributao separada do ICMS sobre as mercadorias empregadas;

    E. Entrada de mercadoria importada, por pessoa fsica ou jurdica, ainda quando se tratar de bens destinados a consumo ou ativo permanente do estabelecimento;

    F. Sobre servio prestado no exterior ou cuja prestao se tenha iniciado no exterior; G. Sobre a entrada, no territrio do Estado destinatrio, de petrleo, inclusive lubrificantes e

    combustveis derivados de petrleo e de energia eltrica, quando no destinados comercializao/industrializao.

    5. CONTRIBUINTE (Artigo 15 - Livro I RICMS/RJ)

    Contribuinte qualquer pessoa, fsica ou jurdica, que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operaes de circulao de mercadoria ou prestaes de servios de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicao, ainda que as operaes e as prestaes se iniciem no exterior.

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    tambm contribuinte a pessoa fsica ou jurdica que, mesmo sem habitualidade: A. Importe mercadorias do exterior, ainda que as destine a consumo ou ao ativo permanente do

    estabelecimento; B. Seja destinatria de servio prestado no exterior ou cuja prestao se tenha iniciado no exterior; C. Adquira em licitao de mercadoria apreendidas ou abandonadas; D. Adquira lubrificantes e combustveis lquidos e gasosos derivados de petrleo oriundos de

    outro Estado, quando no destinados comercializao.

    6. BASE DE CLCULO (Artigos 4 a 13 - Livro I - RICMS/RJ)

    A base de clculo do ICMS ser:

    A) O valor da operao Nas sadas de mercadorias Transmisso de propriedades de mercadorias depositadas; Transmisso de mercadorias sem trnsito pelo transmitente. B) O valor da operao, No fornecimento de alimentao e bebidas incluindo mercadorias e Servio C) O preo de servio Na prestao de servios de transporte interestadual e

    intermunicipal e de comunicao. D) O preo corrente Nas sadas de mercadorias em prestao de servios de

    competncia do Municpio. E) Valor da Mercadoria + Na entrada de bens importados. IPI + PIS+ COFINS IOF + Despesas

    Aduaneiras F) O valor de que decorreu A entrada

    Na entrada no territrio do Estado de destino, de lubrificantes e combustveis lquidos e gasosos derivados de petrleo.

    G) O valor, no Estado de origem, do servio prestado.

    Na utilizao por contribuinte, de servio iniciado em outro Estado e no esteja vinculado a operao ou prestao subseqente.

    INTEGRA A BASE TRIBUTVEL:

    A. Seguros, juros e demais importncias pagas, recebidas ou debitadas, bem como os descontos sob condio;

    B. Frete, caso o transporte seja efetuado pelo prprio remetente ou por sua conta e ordem e seja cobrado em separado;

    C. O IPI, quando a operao for realizada de contribuinte para no contribuinte ou entre contribuintes e o produto no se destinar industrializao ou comercializao.

    Base de Clculo Nas Transferncias

    Na sada de mercadoria para estabelecimento localizado em outro Estado, pertencente ao mesmo titular, a base de clculo do imposto :

    A O valor correspondente entrada mais recente da mercadoria; B. O custo da mercadoria produzida, assim entendida a soma do custo da matria-prima, material

    secundrio, mo-de-obra e acondicionamento;

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    C. Tratando-se de mercadorias no industrializadas, o seu preo corrente no mercado atacadista do estabelecimento remetente.

    7. ALQUOTAS As alquotas vigentes do ICMS so:

    7.1. Interna

    A. Alquota 7 % Nas operaes com mercadorias integrantes da cesta bsica;

    B. Alquota 18%: Nas operaes:

    a) Nas prestaes com destino a consumidor final ( no contribuinte ) b) Nas demais prestaes ou operaes internas.

    Obs: Dever ser acrescido 1% de Adicional do Fundo de Combate a Pobreza e s Desigualdades, exceto nas hipteses previstas no Decreto 33.123/2003.

    7.2. Importao (RJ)

    As alquotas nas operaes de importao podero variar em funo do local em que a mercadoria ser desembaraada.

    7.3. Interestaduais

    a. Com destino a no contribuinte do imposto: 18% b. Com destino a contribuinte localizado:

    - Nas regies Norte, Nordeste, Centro-Oeste e no Estado do Esprito Santo: 7% - Nas regies Sul e Sudeste,exceto Esprito Santo: 12%

    c. Aquisies, em outro Estado, de mercadoria para uso/consumo ou ativo fixo por contribuinte a diferena entre alquota interna e a interestadual.

    7.4. A Tributao do Diferencial de Alquota

    At o incremento da Lei Complementar 87/96, a aquisio de outro Estado, por estabelecimento contribuinte do ICMS, para seu consumo prprio ou para o ativo imobilizado constitua fato gerador do ICMS. De se notar que o frete que acompanha essas mercadorias, e que sai tributado de outro estado sofre a incidncia de diferencial de alquota por estar elencado nos art. 11, II c e 12, XIII e art. 13 3 da Lei Complementar 87/96. Somente ser devido em situaes de venda para contribuinte. Quando a venda interestadual for para no contribuinte, o entendimento de que prevalecer a alquota original de 18 %, inexistindo a figura do diferencial de alquota.

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    8. NO INCIDNCIA, SUSPENSO, ISENO E DIFERIMENTO DO ICMS

    8.1 Da No Incidncia

    O Art. 47 do RICMS/02 prev os seguintes casos de no incidncia do ICMS.

    O Imposto no incide sobre:

    A. Operaes e prestaes que destinem ao exterior mercadorias, inclusive produtos primrios e produtos industrializados semi-elaborados, ou servios;

    B. Operaes de qualquer natureza de que decorra a transferncia de propriedade de estabelecimento industrial, comercial ou de outra espcie;

    C. Operaes de qualquer natureza de que decorra a transferncia de bens mveis salvados de sinistro para companhias seguradoras;

    D. Operaes relativas a mercadorias que tenham sido ou que se destinem a ser utilizadas na prestao, pelo prprio autor da sada, de servio de qualquer natureza definido em lei complementar como sujeito ao imposto sobre servios, de competncia dos Municpios, ressalvadas as hipteses de incidncia previstas nesta mesma lei complementar;

    E. Operaes interestaduais relativas energia eltrica e petrleo, inclusive lubrificantes e combustveis lquidos e gasosos dele derivados, quando destinados industrializao; ou a comercializao.

    F. Operaes com ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial; G. Operaes com livros, jornais, peridicos e o papel destinado sua impresso; H. Operaes decorrentes de alienao fiduciria em garantia, inclusive a operao efetuada pelo

    credor em decorrncia do inadimplncia de devedor; I. Operaes de arrendamento mercantil, no compreendida a venda do bem arrendado ao

    arrendatrio.

    - Art. 3 nico Equipara-se operao de exportao a sada de mercadoria realizada com o fim especfico de exportao para o exterior, destinadas a:

    A. Empresa comercial exportadora, inclusive trading ou outro estabelecimento da mesma empresa;

    B. Armazm alfandegado ou entreposto aduaneiro.

    8.2 Da Suspenso

    O artigo 52 do RICMS/00 prev os casos de suspenso do ICMS:

    Sadas para conserto, reparo ou de industrializao, desde que retornem em 180 dias prorrogveis;

    Sadas para fins de demonstrao, quando o destinatrio for contribuinte e estabelecido neste Estado, desde que retornem em 30 dias prorrogveis;

    8.3 Da iseno

    A iseno corresponde a uma norma aditiva, que no caso do ICMS so os convnios celebrados e ratificados entre os Estados, que modifica a norma bsica , fazendo com que o imposto, em regra, devido, no o seja em certas circunstncias.

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    Exemplo: Sadas para feiras e exposies, desde que retornem em 60 dias, conforme I Convnio do RJ/67.

    8.4 Do diferimento

    O diferimento significa que a postergao do lanamento do tributo para momento subseqente, ou seja o ICMS no ser cobrado na primeira sada e sim acaba sendo recolhido na operao subseqente. Exemplo: Venda de sucata nas operaes internas.

    9. TCNICA DE ARRECADAO ( DA NO CUMULATIVIDADE)

    O Art. 19 da LC. 87/96 confirma a Constituio Federal dizendo que:

    O imposto no cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operao relativa circulao de mercadorias ou prestao de servios de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicao com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou por outro Estado. Basicamente, pode-se afirmar que os valores do ICMS pagos quando da aquisio de mercadorias e servios prestados, destinados a emprego no processo de industrializao ou comercializao de mercadorias e servios, cuja sada ser sujeita ao imposto, constituem crdito do contribuinte. Esses valores devem constar em destaque nas Notas Fiscais relativas as aquisies dos referidos produtos e servios. Por outro lado, os valores do ICMS lanados nas notas fiscais correspondentes as mercadorias comercializadas pelo contribuinte constituem dbito desta em favor do Fisco. O direito ao crdito de ICMS de mercadorias destinadas ao ativo imobilizado iniciou-se em

    01/11/96 (na proporo de 1/48)

    As entradas para uso e consumo do adquirente daro direito a crdito a partir de 01/01/2020.

    9.1. Limitaes do Direito ao Crdito Ainda conforme o Art. 20 da LC. 87/96 e Artigo 26 do RICMS/RJ, so os seguintes os casos que no direito a crdito do imposto: As entradas de mercadorias ou utilizao de servios resultantes de operaes ou prestaes isentas ou no tributadas, ou que se refiram a mercadorias ou servios alheios atividade do estabelecimento. Salvo prova em contrrio, presumem-se alheios atividade do estabelecimento os veculos de transporte pessoal. vedado o crdito relativo a mercadoria entrada no estabelecimento ou a prestao de servios a ele feita:

    I. Para integrao ou consumo em processo de industrializao ou produo rural, quando a sada do produto resultante no for tributada ou estiver isenta do imposto, exceto nas exportaes;

    II. Para comercializao ou prestao de servios, quando a sada ou a prestao subseqente no forem tributadas ou estiverem isentas do imposto, exceto as destinadas ao exterior.

    9.2. Do Estorno do Crdito De acordo com os artigos 37 a 40 do RICMS/RJ, dever ser estornado o imposto que tiver sido creditado sempre que o servio tomado ou a mercadoria entrada no estabelecimento: A. For objeto de sada ou prestao de servio no tributada ou isenta, sendo esta circunstncia

    imprevisvel na data da entrada da mercadoria ou da utilizao do servio;

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    B. For integrada ou consumida em processo de industrializao, quando a sada do produto resultante no for tributada ou estiver isenta do imposto;

    C. Vier a ser utilizada em fim alheio atividade do estabelecimento; D. Vier a perecer, deteriorar-se ou extraviar-se.

    Em qualquer perodo de apurao do imposto, se bens do ativo permanente forem utilizados para produo de mercadorias cuja sada resulte de operaes isentas ou no tributadas ou para prestao de servio isentos ou no tributados, dever ser feito o estorno dos crditos escriturados.

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    SEGUNDA PARDE ANLISE DE DOCUMENTOS FISCAIS

    1. PROCEDIMENTOS GERAIS DE EMISSO E RECEPO DE DOCUMENTOS FISCAIS

    1.1. Conceito de Documento Fiscal

    A Nota Fiscal documento que serve aos fiscos municipal, estadual e federal para que se promovam as fiscalizaes inerente aos registros contbeis e fiscais do faturamento e da circulao de mercadorias.

    1.2. Cuidados na emisso e na recepo das Notas Fiscais

    Ressaltamos que a Nota Fiscal documento que deve est emitido dentro das regras legais, sem rasuras ou acertos, perfeitamente identificando contribuinte destinatrio, endereos, natureza de operao, descrio de produtos e mercadorias, valores, destaques de tributos, expresses obrigatrias quando necessria em funo de isenes ou no incidncia de tributos, transportador, dentre outras informaes. Na recepo do documento fiscal, de fundamental importncia a verificao da sua correta emisso, visto que se este for recepcionado e acatado estando irregular, o contribuinte destinatrio passa a responder solidariamente ao contribuinte emissor do documento. Um cuidado adicional, de se manter um cadastro dos fornecedores de forma a no se correr o risco de acatar NFs de contribuintes em situao irregular, tanto perante o fisco estadual como perante o fisco federal. Sempre verificar:

    Se no caso de no incidncia, iseno ou imunidade, existe a expresso legal que a sujeite. Se contm declarao inexata ou diversa em suas vias; Se preenchida de forma legvel, sem rasuras ou emendas que prejudique a clareza. Se utilizada dentro do prazo permitido de emisso. Se o contribuinte tem regularidade em sua Inscrio Estadual ou CNPJ. Se de fato fruto de operao realizada. Se no foi emitida por pessoa distinta da que constar como emitente. Destaque do imposto, se existente. Dados do destinatrio como nome, CNPJ, IE, endereo. Data da emisso e da sada da mercadoria. Dados do Transportador e do veculo. Espcie e volume da mercadoria transportada. Coluna observaes: atentar para identificao do endereo de entrega quando no for o

    mesmo do destinatrio. O CFOP e a natureza da operao. O CST e o Cdigo fiscal.

    1.3. Conceitos de Documentos Inidneos

    Com base nos artigos 24 do Livro VI do RICMS/00, considerado inidneo, para todos os efeitos fiscais, fazendo prova apenas em favor do Fisco, o documento que:

    I - omita indicao prevista na legislao;

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    II - no seja o exigido para a respectiva operao ou prestao, a exemplo de "Nota de Conferncia", "Oramento", "Pedido" e outros do gnero, quando indevidamente utilizados como documentos fiscais; III - no guarde requisito ou exigncia prevista na legislao ou cuja impresso no tenha sido autorizada pelo Fisco; IV - contenha declarao inexata, esteja preenchido de forma ilegvel ou contenha rasura ou emenda que lhe prejudique a clareza; V - apresente divergncia, entre dado constante de suas diversas vias; VI - seja utilizado fora do prazo de validade que lhe for atribudo pela legislao tributria para o fim respectivo; VII - seja referente mercadoria destinada a contribuinte no inscrito no cadastro estadual, ou esteja com sua inscrio suspensa nos termos da legislao tributria, sempre que obrigatria tal inscrio; VIII - seja emitido por quem no esteja inscrito ou, se inscrito, esteja com sua inscrio baixada, suspensa ou com atividade impedida ou paralisada; IX - no corresponda, efetivamente, a uma operao realizada; X - tenha sido emitido por pessoa distinta da que constar como emitente.

    1.4. Cdigos Fiscais de Operaes e Prestaes CFOP.

    1.000 Entradas e/ou aquisies de servios no Estado. 2.000 Entradas e/ou aquisies de servios de outros Estados. 3.000 Entradas e/ou aquisies de Servios do Exterior. 5.000 Sadas e/ou prestaes de servios para o Estado. 6.000 Sadas e/ou prestaes de servios para outros Estados. 7.000 Sadas e/ou Prestaes de servios para o Exterior.

    1.5. Natureza das operaes.

    As operaes de movimentao de mercadorias podem ser representadas pelas seguintes, no impedindo a existncia de outras em funo da especificidade de determinadas atividades.

    Vendas Exportaes Remessas em consignaes Simples Faturamento. Remessa para industrializao. Remessa para concerto Remessa para armazenagem Compra de Produtor Rural Entrada por Importaes Devolues de remessas de... Devolues de vendas

    1.6.Cdigos de situao Tributria CST.

    O objetivo do CST descrever, de forma clara, qual o tipo de tributao que o produto est sofrendo naquela operao e qual sua origem, se nacional ou estrangeira.

    Na utilizao dos CST devem ser observadas as seguintes regras bsicas:

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    1.Nas operaes sujeitas a mais de uma situao tributria constantes de uma mesma Nota Fiscal os valores relativos ao mesmo cdigo devem ser subtotalizados;

    2. Para escolha do CST correto, os contribuintes no devem considerar o tratamento fiscal do IPI que constar do respectivo documento fiscal. A anlise para essa escolha deve limitar-se apenas ao tratamento do ICMS. importante observar que o Cdigo de Situao Tributria no separado por ponto, trao ou barra. Ele uma sequncia de 3 algarismos arbicos sem separao, uma combinao de 3 dgitos, um ao lado do outro.

    CST - Cdigos de Situao Tributria O CST composto por trs dgitos. O primeiro dgito indica a origem da mercadoria, enquanto o

    segundo e o terceiro dgito indicam a tributao da operao em relao ao ICMS. TABELA A - ORIGEM DA MERCADORIA

    0 Nacional, exceto as indicadas nos cdigos 3 a 5 1 Estrangeira - Importao direta, exceto a indicada no cdigo 6 2 Estrangeira - Adquirida no mercado interno, exceto a indicada no cdigo 7 3 Nacional, mercadoria ou bem com Contedo de Importao superior a 40% (quarenta por cento) 4 Nacional, cuja produo tenha sido feita em conformidade com os processos produtivos bsicos de que tratam o Decreto-Lei n 288/67, e as Leis ns 8.248/91, 8.387/91, 10.176/01 e 11.484/07 5 Nacional, mercadoria ou bem com Contedo de Importao inferior ou igual a 40% (quarenta por

    cento) 6 Estrangeira - Importao direta, sem similar nacional, constante em lista de Resoluo CAMEX 7 Estrangeira - Adquirida no mercado interno, sem similar nacional, constante em lista de Resoluo CAMEX

    TABELA B - TRIBUTAO PELO ICMS 10 Tributada e com cobrana do ICMS por substituio tributria Nota ECONET: o cdigo 10 utilizado pelos contribuintes substitutos tributrios, quando a operao

    prpria regularmente tributada, e h a cobrana do ICMS Substituio Tributria na operao. 30 Isenta ou no tributada e com cobrana do ICMS por substituio tributria Nota ECONET: o cdigo 30 utilizado pelos contribuintes substitutos tributrios, quando a operao

    prpria isenta ou no tributada, e h a cobrana do ICMS Substituio Tributria na operao. 60 ICMS cobrado anteriormente por substituio tributria Nota ECONET: o cdigo 60 ser utilizado quando o contribuinte emitente do documento fiscal esteja

    na condio de substitudo, tendo o ICMS referente operao sido recolhido anteriormente, por substituio tributria.

    70 Com reduo de base de clculo e cobrana do ICMS por substituio tributria Nota ECONET: o cdigo 70 utilizado pelos contribuintes substitutos tributrios, quando h a cobrana do ICMS Substituio Tributria na operao, e h previso de reduo de base de

    clculo. A legislao no estipula se a reduo de base de clculo em questo seria em relao operao prpria ou em relao substituio tributria. Desta forma, entende-se que, tanto em um quanto em outro caso, havendo previso de reduo de base de clculo, ser utilizado o cdigo 70.

    90 Outras Nota ECONET: o cdigo 90 ser utilizado nos casos que no se enquadrem nos cdigos anteriores.

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    CSOSN - Cdigo de Situao da Operao do Simples Nacional

    201

    Tributada pelo Simples Nacional com permisso de crdito e com cobrana do ICMS por substituio tributria

    Classificam-se neste cdigo as operaes que permitem a indicao da alquota do ICMS devido pelo Simples Nacional e do valor do crdito, e com cobrana do ICMS por substituio

    tributria. Nota ECONET: o cdigo 201 ser utilizado pelo contribuinte na condio de substituto tributrio. No

    vislumbramos na legislao possibilidade de utilizao de crdito pelo destinatrio da operao, sendo a operao sujeita ao regime da substituio tributria - eis que, neste regime, em regra, o

    contribuinte substitudo no apropria o crdito nas entradas, eis que tambm no ter o destaque do ICMS nas operaes subsequentes. Entendemos que o cdigo 201 ser utilizado na hiptese da operao ser destinada a revendedor que seja optante pelo regime normal de apurao. Assim,

    caso, posteriormente, o contribuinte substitudo faa jus ao ressarcimento do ICMS, se a legislao do Estado permitir que tal procedimento seja por meio do aproveitamento do crdito, este j estar

    indicado no documento fiscal relativo operao realizada pelo contribuinte substituto.

    202 Tributada pelo Simples Nacional sem permisso de crdito e com cobrana do ICMS por

    substituio tributria Classificam-se neste cdigo as operaes que no permitem a indicao da alquota do ICMS devido pelo Simples Nacional e do valor do crdito, e no estejam abrangidas nas hipteses

    dos cdigos 103, 203, 300, 400, 500 e 900, e com cobrana do ICMS por substituio tributria.

    Nota ECONET: o cdigo 202 ser utilizado pelo contribuinte na condio de substituto tributrio. Em contraponto ao cdigo 201, entendemos que o cdigo 202 ser utilizado nas hipteses em que o destinatrio no possa de modo algum aproveitar o crdito do ICMS pago pelo remetente. Como

    exemplo, podemos citar os casos do destinatrio optante pelo Simples Nacional; do emitente sujeito tributao do ICMS, no Simples Nacional, por valores fixos mensais; e do emitente que apura os

    impostos (inclusive o ICMS), no Simples Nacional, pelo regime de caixa.

    203 Iseno do ICMS no Simples Nacional para faixa de receita bruta e com cobrana do

    ICMS por substituio tributria Classificam-se neste cdigo as operaes praticadas por optantes pelo Simples Nacional

    contemplados com iseno para faixa de receita bruta nos termos da Lei Complementar n 123, de 2006, e com cobrana do ICMS por substituio tributria.

    Nota ECONET: o cdigo 203 ser utilizado pelo contribuinte na condio de substituto tributrio, caso este contribuinte enquadre-se na iseno do ICMS pela faixa de receita bruta. Alguns Estados,

    como, por exemplo, Paran e Bahia, concedem iseno do ICMS para algumas faixas de receita bruta. No Paran, so isentos do ICMS os contribuintes cuja receita bruta acumulada nos doze

    meses anteriores ao do perodo de apurao no ultrapasse R$ 360 mil (artigo 3 do Anexo VIII do RICMS/PR). No Estado da Bahia, as microempresas optantes pelo Simples Nacional cuja receita

    bruta acumulada nos doze meses anteriores ao do perodo de apurao no ultrapasse R$ 180 mil so isentas do ICMS (artigo 277 do RICMS/BA). Nestes casos, em que tenhamos a iseno do ICMS

    determinada pela receita bruta do emitente, caso o contribuinte enquadre-se na condio de substituto tributrio, ser utilizado o cdigo 203.

    500 ICMS cobrado anteriormente por substituio tributria (substitudo) ou por antecipao Classificam-se neste cdigo as operaes sujeitas exclusivamente ao regime de substituio tributria na condio de substitudo tributrio ou no caso de antecipaes.

    Nota ECONET: ser utilizado o cdigo 500 sempre que o contribuinte optante pelo Simples Nacional, emitente da nota, esteja na condio de substitudo, tendo o ICMS referente operao

    recolhido anteriormente, por substituio tributria ou por antecipao. 900 Outros Classificam-se neste cdigo as demais operaes que no se enquadrem nos cdigos 101,

  • 17

    102, 103, 201, 202, 203, 300, 400 e 500. Nota ECONET: o cdigo 900 ser utilizado nos casos que no se enquadrem nos cdigos

    anteriores.

    Fonte: site Econet 1.7. Carta de Correo.

    Entretanto, este documento s poder ser utilizado para corrigir determinados campos da Nota Fiscal, desde que no modifiquem:

    a) as variveis que determinam o valor do imposto tais como: base de clculo, alquota, diferena de preo, quantidade, valor da operao ou da prestao;

    b) a correo de dados cadastrais que implique mudana do remetente ou do destinatrio; (CNPJ/Inscrio)

    c) a data de emisso ou de sada.

    Nos casos que impliquem erro/ausncia de valor no documento fiscal, reajustamento de preo, regularizao em virtude de diferena de preo ou quantidade, deve ser emitida uma Nota Fiscal complementar/suplementar, conforme for o caso, consoante o disposto no artigo 32, Livro I do Regulamento do ICMS Rio de Janeiro.

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    TERCEIRA PARTE Conceitos Bsicos Estabelecidos na Legislao do ICMS- Substituio Tributria

    1. Consideraes Iniciais sobre o Regime de Substituio Tributria

    Conforme j vimos anteriormente, a responsabilidade pelo pagamento do ICMS pode ser atribudo terceira pessoa vinculada ao fato gerador da respectiva obrigao tributria. Entende-se por substituio tributria a atribuio de responsabilidade conferida a contribuinte do ICMS pela lei estadual, para reter e efetuar o pagamento do ICMS devido pelas operaes subseqentes com uma mercadoria, devendo ser assegurada a imediata e preferencial restituio da quantia paga, caso no se realize o fato gerador presumido.

    O instituto da substituio tributria amplamente utilizado pelos Estados e pelo Distrito Federal, e caracteriza-se pelo fato de a legislao atribuir a uma terceira pessoa, vinculada ao fato gerador do ICMS, a responsabilidade pelo recolhimento do imposto que seria devido pelo contribuinte que deu sada mercadoria naquele momento.

    Com efeito, nos termos do artigo 6 da Lei Complementar Federal n 87/1996, lei estadual poder atribuir a contribuinte do imposto a responsabilidade pelo seu pagamento, hiptese em que assumir a condio de substituto.

    A aplicao da substituio tributria no representa somente um recolhimento antecipado do imposto, vez que tambm altera o responsvel pelo seu recolhimento. Ou seja, mesmo no tendo dado causa ocorrncia do fato gerador, o Fisco cobrar do responsvel tributrio o imposto que seria devido pelo contribuinte originrio.

    2. Antecipao do Imposto

    As mercadorias tributadas neste regime diferenciado, elencadas nos Anexos I e II do Livro II do Decreto 27.427/2000, atual RICMS do Estado do Rio de Janeiro, submetem-se ao pagamento do ICMS de forma antecipada, atribuindo a um contribuinte a condio de responsvel pelo recolhimento desse tributo, que seria devido e recolhido to-somente na ocorrncia das operaes subseqentes de circulao.

    3. Definies de Contribuintes Substituto e Substitudo

    Contribuinte substituto aquele que promove a reteno do imposto (reteno do ICMS na fonte) relativa s sadas subseqentes com a mercadoria, bem assim o recolhe aos cofres do estado. Regra geral, so contribuintes substitutos o industrial, o importador, e em determinados casos, os atacadistas/ distribuidores, de acordo com art. 1 do Livro II do RICMS-RJ.

    Os contribuintes substitutos tributrios so assim eleitos nos Convnios e/ou Protocolos ICMS, bem como em atos estaduais especficos, que, caso a caso, submetem determinadas mercado-rias/produtos a esse regime especial.

    J o contribuinte substitudo o que recebe a mercadoria com ICMS retido na fonte pelo contribuinte substituto. No se credita e nem se debita do imposto. So contribuintes substitudos o atacadista, o distribuidor e o varejista.

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    4. Base de Clculo do ICMS-ST e Responsabilidades

    A qualidade de contribuinte substituto poder ser atribuda, entre outros, ao industrial, comerciante, importador ou qualquer outra categoria de contribuinte, ao produtor, extrator, gerador, inclusive de energia, importador, industrial, distribuidor, comerciante ou transportador, pelo pagamento do imposto devido nas operaes ou prestaes subseqentes, ao depositrio, a qualquer ttulo, em relao mercadoria depositada por contribuinte, bem como ao contratante de servio ou terceiro que participe da prestao de servio de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicao. A base de clculo, dependendo de cada caso, ser o valor das operaes ou prestaes anteriores, preo mximo ou nico de venda a varejo fixado pela autoridade competente ou o valor da mercadoria sobre o preo fixado de venda no varejo, incluindo-se os valores correspondentes a frete e carreto, seguro, imposto, e outros encargos transferveis ao destinatrio, adicionado da parcela resultante da aplicao, sobre o referido montante, de percentual de margem de valor agregado determinado pela legislao, deduzindo-se do valor obtido o valor do imposto devido pela operao do prprio fabricante, cumprindo-se, assim, o princpio da no-cumulatividade.

    Margem de Valor Agregado A margem de valor agregado determinada com base em preos usualmente praticados no mercado, obtidos por levantamento, ainda que por amostragem ou atravs de informaes e outros elementos fornecidos por entidades representativas dos setores, adotando-se a mdia ponderada dos preos coletados. A mercadoria submetida ao regime de substituio tributria em operao interestadual possui a margem de valor agregado estabelecida em Convnio ou Protocolo.

    Margem de Valor Agregado Ajustada Os protocolos e convnios que tratam de operaes sujeitas ao regime de substituio tributria determinam como MVA original aquela aplicvel s operaes internas. A MVA ajustada utilizada em operaes interestaduais. A denominao "ajustada" se d em razo de a alquota interestadual ser varivel de acordo com o estado destinatrio e tambm quando se tratar de mercadoria importada.

    Cumpre observar que as MVAs ajustadas a serem utilizadas constam do Anexo I do Livro II do RICMS-RJ/00.

    O contribuinte que receber, de dentro ou de fora do Estado, mercadoria sujeita substituio tributria, sem que tenha sido feita a reteno total na operao anterior, fica solidariamente responsvel pelo recolhimento do imposto que deveria ter sido retido. Esse conceito tambm se aplica em relao mercadoria sujeita substituio tributria apenas nas operaes internas.

    Sendo assim, o atacadista, o distribuidor e o varejista no podem eximir-se da penalidade, se deixar de recolher o ICMS, na qualidade de responsvel (contribuinte substituto de carter eventual), quando no retido anteriormente, alegando que o imposto dever ser cobrado primeiro do industrial ou do importador (contribuintes substitutos de carter permanente). Quanto multa a ser aplicada, esta ser de 25%, do valor do imposto que deixar de ser recolhido, na qualidade de responsvel, quando no retido anteriormente, na forma do art. 59,LV, c da Lei n 2.657/96.

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    A base legal do disposto acima encontra-se estabelecida nos arts. 1, incisos I, II e III, 4 e 5, incisos I, II e III, do RICMS-RJ.

    5. Compensao do Imposto - Princpio da No-Cumulatividade

    O regime de Substituio Tributria no fere ao princpio constitucional da no-cumulatividade, visto que, no seu clculo, deve ser efetuada a compensao, sob a forma de crdito, do imposto normalmente incidente na operao realizada pelo substituto tributrio.

    6. Alquotas

    O imposto retido ser calculado mediante a aplicao da alquota vigente nas operaes internas fixadas no artigo 14 da Lei 2.657/1996 e do RICMS/RJ, acrescidas do percentual relativo ao Fundo Estadual de Combate Pobreza e s Desigualdades Sociais FECP.

    7. CFOPS

    Os Cdigos Fiscais de Operaes e Prestaes (CFOP) objetivam identificar as operaes e prestaes realizadas pelos contribuintes do ICMS nos documentos ,livros fiscais, nas guias de informaes , inclusive as sujeitas ao Regime de Substituio Tributria .

    Os CFOPs sujeitos ao Regime de Substituio Tributria variam de acordo com a situao.

    Vejamos os exemplos a seguir:

    1) CFOP SUBSTITUIO TRIBUTRIA - P. Estabelecimento que adquire, para revenda, mercadorias sujeitas ao regime de substituio tributria com reteno do ICMS na fonte pelo estabelecimento remetente situado no mesmo Estado deve lanar as Notas Fiscais no livro Registro de Entradas com o cdigo fiscal 1102 ou 1403?

    R.: Deve lanar com o CFOP 1.403 Compra para comercializao em operao com mercadoria sujeita ao regime de substituio tributria.

    CFOP SUBSTITUIO TRIBUTRIA INTERNA RETENO PELO DESTINATRIO - P - Que Cdigo Fiscal de Operaes e Prestaes - CFOP deve ser utilizado nas compras de mercadorias sujeitas substituio tributaria apenas nas operaes internas, em que a reteno ser efetuada pelo destinatrio?

    R: O remetente, localizado em outra unidade da Federao, de mercadoria sujeita ao regime de substituio tributria apenas nas operaes internas no Estado do Rio de Janeiro deve emitir a Nota Fiscal com o CFOP 6.101 ou 6.102, conforme o caso. O destinatrio deve registrar a Nota Fiscal nos livros fiscais com o CFOP 2.403, e por ocasio da subseqente sada interna, deve utilizar o CFOP 5.403.

    8. Estabelecimento Industrial Emisso do Documento Fiscal O contribuinte substituto, no desempenho desta funo, deve emitir Nota Fiscal, por ocasio da sada da mercadoria, que contenha, alm das indicaes exigidas na legislao, o valor que serviu de base de clculo para a reteno e o valor do imposto retido.

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    8.1 Exemplo Prtico de Clculo - ICMS retido e FECP -ST

    Vamos admitir, hipoteticamente, que determinada empresa industrial A tenha vendido 10 gales de tinta para a empresa atacadista B , pelo preo unitrio de R$ 400,00, a nota fiscal emitida pela indstria A dever apresentar os seguintes dados:

    - Valor da mercadoria R$ 4.000,00 - Valor do IPI (10%) R$ 400,00 - Valor do frete R$ 500,00 - Valor do seguro R$ 300,00 - Total da Nota Fiscal: R$ 5.200,00

    Valor do ICMS devido pela prpria operao do fabricante (R$ 5.200,00 - R$ 400,00 x 19%) 5.200,00 - R$ 400,00 (IPI) x 19% ............................. R$ 912,00

    Base de clculo do ICMS retido na fonte (supondo a margem de lucro/valor agregado de 30%) (R$ 5.200,00 + 1.560,00)..................... R$ 6.760,00

    Valor do ICMS retido na fonte (R$ 6.760,00 X 19% - R$ 912,00) = R$ 372,40 Valor total a ser pago pelo atacadista (R$ 5.200,00 + R$ 372,40) = R$.5.572,40

    O valor da parcela do adicional relativo ao FECP em razo da substituio tributria, ser obtido, de acordo com a Resoluo SEF 6556/2003, artigo 4:

    I - em operaes internas, aplicando-se o percentual de 1% (um por cento) sobre a diferena entre o valor da base de clculo de reteno do imposto e o valor da base de clculo da operao prpria;

    II - em operaes interestaduais que destinem mercadorias ao Estado do Rio de Janeiro, aplicando-se o percentual de 1% (um por cento) sobre o valor da base de clculo de reteno do imposto. No nosso exemplo, adotaremos o clculo para operao interna:

    Base de Clculo ICMS Retido R$ 6.760,00 Base de Clculo ICMS Op.Prpria R$ 4.800,00 Diferena R$ 1.960,00 FECP a ser recolhido 19,60

    Assim o contribuinte recolher os R$ 372,40 apurado como ICMS retido em operaes internas, desmembrado conforme a seguir:

    - R$ 352,80 , ICMS - ST; e - R$ 19,60 - ICMS- FECP.

    A reteno do ICMS devido por substituio tributria , em operao interestadual para o Estado do Rio de Janeiro, deve ser feita pela alquota de 19%. Os prazos para pagamento do imposto retido pelo contribuinte substituto esto fixados na legislao do Estado do Rio de Janeiro:

    O pagamento do imposto retido deve ser feito:

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    para contribuinte substituto deste estado DARJ vencimento dia 09; para remetentes localizados em outra unidade federada, inscrito ou no no CADERJ como contribuinte substituto - GNRE especfica para cada convnio ou protocolo ou em funo de Termo de Acordo firmado com este Estado.

    No caso de remetente, estabelecido em outro Estado, que tenha firmado "Termo de Acordo" com o Estado do Rio de Janeiro para recolhimento do ICMS-ST, o prazo de recolhimento ser o dia 9 (nove) do ms subsequente ao da sada da mercadoria. O documento de arrecadao a ser utilizado para esse recolhimento a GNRE, j que ser realizado pelo remetente de outro Estado.

    No sendo o imposto recolhido dessa forma, ser cobrado do remetente na entrada da mercadoria no territrio fluminense, devendo ser efetuado no posto de fiscalizao de fronteira ou no primeiro municpio fluminense por onde transitar a mercadoria. ( Resoluo SEF 537/2012)

    O contribuinte fluminense destinatrio de mercadoria ou bem sujeitos substituio tributria, quando proveniente de outra unidade da Federao, nos termos do caput e dos 1 e 3 do artigo 3 da Resoluo 537/2012, sem que tenha sido feita a reteno total na operao anterior, ou quando esta for feita parcialmente, fica responsvel pelo pagamento do imposto que deveria ter sido retido, sendo exigvel o montante integral ou parcial, conforme o caso, no momento da entrada da mercadoria ou bem no territrio fluminense. Identificada a falta de reteno a que alude o caput e os 1 e 3 do referido artigo ou a inexistncia do pagamento de que trata o 4, todos deste artigo, no curso de fiscalizao de trnsito da mercadoria ou em barreira fiscal fluminense, lavrar-se- auto de infrao, exigindo-se o ICMS devido:

    I - do remetente, caso inscrito no SICAD; II - do destinatrio inscrito e localizado no Estado do Rio de Janeiro, caso o remetente no seja inscrito do SICAD ou na hiptese em que, dispondo de inscrio, esta se encontre na situao cadastral de paralisada, suspensa, baixada, impedida ou cancelada, nos termos da legislao especfica, devendo, nesses casos, a critrio da autoridade fiscal, ser cientificado o autuado no prprio local em que for constatada a infrao, observado o disposto no 9 do art. 4 desta Resoluo, ou por via postal, com prova de recebimento no domiclio tributrio do sujeito passivo, ou por meio eletrnico, nos termos previstos na legislao tributria.

    No sendo o imposto recolhido dessa forma, ser cobrado do remetente na entrada da mercadoria no territrio fluminense, devendo ser efetuado no posto de fiscalizao de fronteira ou no primeiro municpio fluminense por onde transitar a mercadoria.

    Art. 4 Em operao com mercadoria proveniente de outro estado sujeita ao regime de substituio tributria em que no h convnio, protocolo ou termo de acordo atribuindo a qualidade de contribuinte substituto ao remetente, fica atribuda ao contribuinte fluminense destinatrio localizado neste Estado a condio de substituto, responsvel pela reteno e o pagamento do ICMS devido nas sadas internas subsequentes quela interestadual, nos termos do art 21, inciso VI da Lei n 2.657/96, observado o disposto nos pargrafos deste artigo.

    1 Considera-se ocorrido o fato gerador no caso de que trata o caput deste artigo no momento da entrada da mercadoria ou bem no territrio deste Estado, inclusive na hiptese de destinatrio varejista fluminense, em razo do disposto no art. 23, inciso IV, item 2, e

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    1, 2 e 3 do art. 39 da Lei 2.657/96 devendo a autoridade fiscal exigir neste momento a apresentao do comprovante de pagamento do ICMS devido, observado o disposto nos 7, 8 e 9 deste artigo.

    4 O valor do ICMS devido por substituio tributria de que trata este Captulo IV, ser obtido por meio da multiplicao da alquota aplicvel s operaes internas pela base de clculo fixada nos termos dos 2 e 3 deste artigo, deduzido do imposto destacado pelo remetente em sua nota fiscal.

    5 O imposto apurado consoante o 4 deste artigo ser pago em DARJ nico em separado, gerado pelo Portal de Pagamentos da SEFAZ- RJ na Internet (www.fazenda.rj.gov.br), utilizando-se a natureza "Substituio Tributria por Responsabilidade", englobando o ICMS incidente nas sadas internas subsequentes quela interestadual, inclusive o percentual relativo ao Fundo Estadual de Combate Pobreza e s Desigualdades Sociais (FECP), apurado, separadamente, pela aplicao da alquota de 1% (um por cento) sobre a base de clculo fixada nos termos do 2 deste artigo.

    7 O pagamento do ICMS inclusive o relativo ao adicional relativo ao FECP devido nos termos deste Captulo dever ser comprovado no posto de fiscalizao interestadual, devendo uma das vias do comprovante de recolhimento, junto com o DANFE de remessa, acompanhar o transporte da mercadoria, observado o disposto no artigo 5 e ressalvada a hiptese de o remetente firmar Termo de Acordo nos termos do art. 10, ambos desta Resoluo.

    8 Caso seja constatado o descumprimento do disposto no caput e nos 1 a 7 deste artigo, bem como no art. 5, II, "b", desta Resoluo, a autoridade fiscal dever lavrar auto de infrao, exigindo o total do imposto devido e demais acrscimos legais do contribuinte inscrito neste Estado destinatrio da mercadoria ou bem sujeitos substituio tributria.

    9. Estabelecimento Distribuidor ou Atacadista Emisso da NF

    O distribuidor ou atacadista deve, ao emitir a nota fiscal de venda, calcular o dbito do ICMS pela sada da mercadoria, deduzindo desse valor o crdito pela entrada, segundo as normas comuns de tributao. O valor obtido no ser repassado fase seguinte de comercializao, constituindo-se no imposto devido por sua prpria operao, sendo preenchidos obrigatoriamente o campo Valor Total dos Produtos e Valor Total da NF.

    9.1. Exemplo prtico Vamos tomar para clculo os dados hipotticos constantes do item 9.1, retro transcrito, supondo que a empresa atacadista B tenha adquirido da empresa industrial A 10 gales de tinta pelo preo unitrio de R$ 400,00 a pea; e a revenda ser por R$ 650,00 ( valor unitrio) , assim, teremos os seguintes clculos:

    Operao Interna R$ Valor da Operao R$ 6.500,00 Valor do ICMS destacado na Nota Fiscal de compra (1) R$ 912,00 Valor do ICMS sobre a venda (2) R$ 1.235,00 Valor do ICMS devido na operao (3) - (2-1) R$ 323,00 Valo do ICMS retido (4) ( ICMS retido na fase anterior ) R$ 372,40 Valor do ICMS a ser cobrado do varejista (4) (3) 49,40 Valor Total da Nota Fiscal 6.549,40

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    10. Estabelecimento Varejista Emisso

    Na venda que o contribuinte varejista realizar ao consumidor final deve emitir Cupom Fiscal por equipamento Emissor de Cupom Fiscal (ECF), indicando a situao tributria F (que quer dizer fonte), de acordo com o artigo 9, Inciso III, Livro VIII do RICMS/RJ. Observamos que, quando o contribuinte no estiver obrigado ao uso do ECF, o documento fiscal por ele emitido conter a declarao imposto retido por substituio.

    11. Inaplicabilidade do Regime de Substituio Tributria

    O regime de substituio tributria do ICMS, no se aplica, como regra geral, operao que destine mercadorias a sujeito passivo por substituio da mesma mercadoria, bem como s transferncias para outro estabelecimento, exceto varejista, pertencente ao prprio contribuinte por substituio (substituto tributrio), hiptese em que a responsabilidade pela reteno/recolhimento do imposto recair sobre o estabelecimento que promover a sada da mercadoria com destino empresa diversa, consoante o disposto no artigo 38, Livro II do RICMS/2000.

    Salienta-se, entretanto, as vendas a consumidor final no esto abrangidas pelo regime de substituio tributria por inexistir, no caso, operaes subseqentes, tendo-se, pois, encerrado, na hiptese, o ciclo de tributao.

    12. Novas Alteraes

    O Decreto n 44.318/2013 foi retificado no DOE de 14.08.2013, de forma a tratar sobre: a) a indicao de data para produo de efeitos em relao aos novos produtos includos no regime; b) a aplicabilidade do regime de substituio tributria nas operaes com batentes, buchas e coxins, bem como azeites de oliva, em recipientes com capacidade inferior ou igual a 2 litros.

    Mencionado ato alterou o RICMS/RJ, relativamente ao regime de substituio tributria, de forma a tratar sobre: a) a aplicabilidade do regime de substituio tributria tambm diferena entre a alquota interna e a interestadual quando da entrada destinada ao ativo permanente ou ao uso ou consumo do estabelecimento destinatrio; b) a base de clculo do imposto; c) as hipteses de utilizao de MVA original ou ajustada; d) a regra para ajuste da margem de valor agregado na hiptese de operao interestadual destinada ao Estado do Rio de Janeiro com as mercadorias que especifica em que a alquota interna aplicvel, nominal ou efetiva decorrente de reduo de base de clculo, seja inferior ao percentual de 19%, j considerado o Fundo Estadual de Combate Pobreza; e) a reduo de base de clculo de forma incidncia do imposto resulte no percentual de 13% sobre o valor da operao prpria, sendo que 1% ser destinado ao FECP nas operaes com os produtos do segmento de cosmticos, perfumaria, artigos de higiene e de toucador; f) o levantamento de estoque e parcelamento do imposto relativo ao estoque das mercadorias que ingressarem no regime; g) a incorporao de Protocolos ICMS quem tratam sobre o regime de substituio tributria nas operaes com autopeas e produtos alimentcios; h) a vigncia em relao s mercadorias que ingressarem no regime de substituio tributria por fora do presente ato, em especial os produtos alimentcios no submetidos ao regime anteriormente, a partir de 1 de setembro de 2013.

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    13. Restituio e Ressarcimento Procedimentos Fiscais

    13.1. Restituio

    assegurado ao contribuinte substitudo o direito restituio do valor do imposto pago por fora da substituio tributria correspondente ao fato gerador que no se realizar, caracterizado pela inocorrncia de operao subseqente por motivo de perda, roubo, quebra, extravio, inutilizao ou consumo de mercadoria.

    A no-realizao do Fato Gerador ser comunicada repartio fiscal de circunscrio do contribuinte, no prazo de dez dias a contar da data em que ocorrer o evento que, no prazo mximo de 90 dias, efetuar as verificaes cabveis e autorizar o crdito correspondente ao imposto retido atualizado, o qual ser lanado no campo 007 - Outros Crditos do livro RAICMS, consignando-se a expresso restituio de imposto retido. Em no havendo deliberao no prazo de 90 dias, o contribuinte substitudo poder efetuar o crdito atualizado objeto do pedido, observando que, em havendo deciso contrria irrecorrvel dever efetuar o estorno do crdito no prazo mximo de 15 dias da notificao tambm devidamente atualizado, de acordo com os artigos 17, 18 e 19 do Livro II do RICMS-RJ.

    13.2. Ressarcimento

    O atacadista ou distribuidor que receber a mercadoria submetida ao regime de substituio tributria com o imposto retido, e havendo a posterior revenda para fora do Estado, este (atacadista/distribuidor) pode se ressarcir do imposto retido , mediante nota fiscal (de ressarcimento) em nome do estabelecimento que tenha efetuado a reteno, pelo valor do imposto que lhe foi retido. Assim sendo, o estabelecimento que efetuou a primeira reteno poder deduzir, do prprio recolhimento Unidade da Federao de localizao do atacadista ou distribuidor, a importncia do imposto retido em questo. O remetente (substitudo-atacadista) pode creditar-se do imposto relativo entrada daquela mercadoria, na proporo da quantidade sada, calculando-o sobre o valor que serviu de base de clculo da operao prpria do contribuinte substituto original, escriturando-o, no mesmo perodo de apurao, no campo 007 - Outros Crditos, do livro RAICMS. A repartio fiscal visar a nota fiscal emitida para fim de ressarcimento, a qual vir acompanhada de relao que discrimina as operaes interestaduais, facultada a apresentao em meio magntico, na forma estabelecida pela Secretaria de Estado de Fazenda e Controle Geral, no podendo o valor a ser ressarcido ser superior ao valor retido na aquisio da respectiva mercadoria (art. 20, 1 e 2, do RICMS-RJ). A Resoluo SEF n 3.004, de 3/2/99 dispe sobre os documentos que instruiro o pedido de resssarcimento: I. nota fiscal emitida pelo contribuinte para fim de ressarcimento; II. relao discriminada das operaes interestaduais de sada que deram origem ao ressarcimento solicitado, acompanhada das respectivas notas fiscais; III. relao discriminada das operaes interestaduais de entrada vinculadas s supracitadas sadas acompanhadas das respectivas notas fiscais; IV. cpias da GNRE (Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais) relativas s operaes interestaduais vinculadas ao ressarcimento.

    Os documentos referidos devem ser protocolados no Departamento Especializado de Fiscalizao de Substituio Tributria (DEF -06).

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    14. Devolues Tratamento Fiscal

    Caso venha a ocorrer devoluo, total ou parcial, de mercadoria cujo imposto tenha sido retido anteriormente, o contribuinte substituto originrio poder creditar-se do imposto destacado e do imposto retido ( quando o recolhimento foi em nome do prprio) desde que constem do documento fiscal referente mercadoria devolvida , consoante o disposto no artigo 35 do RICMS-RJ:

    - o nmero e a data da Nota Fiscal emitida quando da remessa originria; - a discriminao dos motivos da devoluo; - o valor da mercadoria devolvida, bem como os respectivos impostos destacados e retido.

    No caso de recolhimento em nome do destinatrio, aplica-se o procedimento abaixo:

    De acordo com o Art. 16 da Resoluo SEF 537/2012, no caso de devoluo ou remessa interestadual de mercadoria de que trata o art. 4. desta Resoluo, cujo imposto por substituio tributria tenha sido pago antecipadamente por DARJ pelo adquirente ou pelo remetente em seu nome, este deve adotar o seguinte procedimento:

    I - emitir nota fiscal com destaque do imposto, indicando no campo "Informaes Complementares":

    a) o nmero e a data da nota fiscal relativa aquisio;

    b) no caso de devoluo, as razes que deram causa;

    c) o valor do ICMS substituio tributria referente entrada, calculado proporcionalmente quantidade que est sendo devolvida ou remetida para outra unidade federada;

    d) o valor e a data da GNRE ou do DARJ referente aquisio original;

    II - lanar a nota fiscal a que se refere o inciso anterior no livro Registro de Sadas em "Operaes com dbito do ICMS", anotando na coluna "Observaes" que se trata de "devoluo/ST" ou "remessa interestadual/ST";

    III - utilizar como crditos fiscais, total ou proporcionalmente, conforme o caso, o imposto destacado na nota fiscal de aquisio da mercadoria e ao pagamento antecipado constante no documento relativo ao pagamento do imposto, escriturando-os no quadro "Crdito do Imposto

    - Outros Crditos" do livro Registro de Apurao do ICMS, na mesma folha destinada apurao relacionada com as suas prprias operaes.

    1. Caso o contribuinte utilize a Escriturao Fiscal Digital (EFD), a nota fiscal a que se refere o inciso I dever ser informada no registro C100, sem o preenchimento dos campos 23 e 24, devendo ser informados:

    I - o Registro C113 com o nmero e a data da nota fiscal relativa aquisio;

    II - o Registro C112 com o valor e a data da GNRE ou do DARJ referente aquisio original;

    III - o Registro C197 com cdigo RJ10100000 Outros Crditos (devoluo/ST ou remessa interestadual/ST), com o valor total ou proporcionalmente, conforme o caso, do imposto destacado

  • 27

    na nota fiscal de aquisio da mercadoria e do pagamento antecipado constante no documento relativo ao pagamento do imposto.

    2. Quando for impossvel determinar a correspondncia do ICMS pago por substituio tributria quando da aquisio da respectiva mercadoria, tomar-se- o valor do imposto pago por ocasio da ltima aquisio do mesmo produto, proporcionalmente quantidade sada.

    15. Substituio Tributria no diferencial de alquotas

    Em operao interestadual, na entrada de mercadorias destinadas a uso, consumo ou ativo permanente do adquirente, o valor a recolher ser calculado mediante aplicao do percentual relativo diferena entre a alquota interna e a interestadual sobre a respectiva base de clculo. Exemplo:

    Origem: RJ

    Destino - MG

    A) Valor de aquisio R$ 1.000,00 B) Base de Clculo do ICMSr R$ 1.000,00 C) Clculo do ICMS/ST (R$ 1.000,00 x (18-12%)) R$ 60,00 D) Clculo do FECP referente ST (R$ 1.000,00 x 1%) R$ 10,00 E) Valor total do ICMS/ST (C+D) R$ 70,00

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    RESOLUO SEFAZ N. 537 DE 28 DE SETEMBRO DE 2012 Dispe sobre a

    Substituio Tributria no Estado do Rio de Janeiro.

    O SECRETRIO DE ESTADO DE FAZENDA, no uso de suas atribuies e tendo em vista o disposto no art. 9. da Lei Complementar n. 87, de 13 de setembro de 1996, o Captulo V da Lei n. 2.657, de 26 de dezembro de 1996, e o contido nos Livros II e IV do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto n. 27.427, de 17 de novembro de 2000, nos termos do Processo n. E-04/008.832/2012,

    R E S O L V E:

    Captulo I

    Disposies Preliminares

    Art. 1. Esta Resoluo disciplina a operacionalizao e os procedimentos a serem realizados pelos contribuintes substitutos e demais obrigados, substitudos e transportadores, em operaes internas e interestaduais com as mercadorias a seguir indicadas, sem prejuzo da aplicabilidade das demais normas especficas fixadas na legislao do imposto sobre operaes relativas circulao de mercadorias e sobre prestaes de servios de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicao (ICMS):

    I - aquelas de que trata o Anexo I do Livro II do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto n. 27.427, de 17 de novembro de 2000 (RICMS/00); e

    II - as mercadorias relacionadas no art. 1. do Livro IV do RICMS/00.

    Captulo II

    Do remetente designado contribuinte substituto nas operaes internas

    Art. 2. Na sada interna das mercadorias a que se referem os incisos I e II do art. 1. desta Resoluo fica atribuda ao estabelecimento industrial localizado neste Estado a responsabilidade pela reteno e o pagamento do ICMS relativo s operaes subsequentes destinadas a contribuinte do imposto, observadas as disciplinas especficas fixadas na legislao tributria, especialmente ao disposto nos 1., 5. e 6. do art. 1., art. 19 e art. 45 do Livro IV do RICMS, no que se refere ao lcool etlico hidratado combustvel (AEHC), ao leo combustvel e ao querosene de aviao (QAV), ao gs natural veicular (GNV), ao lcool etlico anidro combustvel (AEAC) e ao leo lubrificante acabado.

    1. Na importao de mercadoria sujeita ao regime de substituio tributria fica o estabelecimento importador, na qualidade de contribuinte substituto, responsvel pela reteno e o pagamento do ICMS relativo s operaes subseqentes, no momento da

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    sada da mercadoria do seu estabelecimento.

    2. O contribuinte fluminense destinatrio de mercadoria, bem ou servio sujeitos substituio tributria em operao ou prestao originada no prprio Estado do Rio de Janeiro nos termos do caput deste artigo, sem que tenha sido feita a reteno total na operao anterior, fica solidariamente responsvel pelo recolhimento do imposto que deveria ter sido retido, nos termos do art. 25 da Lei n. 2.657/96.

    3. Os sujeitos passivos de que trata este captulo devero observar, para a formao da base de clculo do imposto devido por substituio tributria, quando inexistir o preo mximo, ou nico, de venda a varejo fixado pela autoridade competente ou preo final a consumidor sugerido pelo fabricante ou importador, o preo a consumidor final usualmente praticado no mercado do Estado do Rio de Janeiro, em condies de livre concorrncia (PMPF) de que trata o 10 do art. 24 da Lei n. 2657/96, quando adotado expressamente pela legislao tributria, ou, na sua falta, alternativamente, a Margem de Valor Agregado aplicvel s operaes internas (MVA Original).

    4. Considera-se devido o imposto por substituio tributria na hiptese do caput deste artigo na sada do estabelecimento do contribuinte substituto.

    Captulo III

    Do remetente designado contribuinte substituto em operaes interestaduais com destino ao Estado do Rio de Janeiro

    Art. 3. Na hiptese de contribuinte substituto, industrial ou no, localizado em outra unidade federada signatria de acordo firmado com o Estado do Rio de Janeiro (protocolo ou convnio), fica atribuda ao remetente na operao interestadual, ainda que o imposto j tenha sido retido anteriormente, a responsabilidade pela reteno e o pagamento do ICMS relativo s operaes subsequentes destinadas a contribuinte do imposto localizado neste estado.

    1. O disposto no caput deste artigo tambm se aplica na hiptese de o remetente firmar com o Estado do Rio de Janeiro Termo de Acordo a que se refere o Captulo VI desta Resoluo.

    2. Nas hipteses de que tratam o caput e o 1. deste artigo, a Secretaria de Estado de Fazenda poder conceder ao sujeito passivo por substituio localizado em outra unidade da Federao inscrio no Cadastro de Contribuintes do Estado do Rio de Janeiro do ICMS (SICAD), nos termos do art. 21 do Livro II do RICMS/00 e do artigo 31, II da Resoluo SEF n. 2.861, de 24 de outubro de 1997, observadas as disciplinas especficas fixadas na legislao tributria.

    ( 2. do Art. 3., alterado pela Resoluo SEFAZ n. 538/2012 , vigente a partir de 05.10.2012)

    [redao(es) anterior(es) ou original]

    3. Caso o remetente no possua inscrio no SICAD, o transporte da mercadoria deve estar acompanhado do comprovante do pagamento do imposto, nos termos do 2. do art. 21 do Livro II do RICMS/00 e do demonstrativo de pagamento de que trata o 3. do art. 11 da Resoluo SEFAZ n. 468, de 27 de dezembro de 2011.

  • 30

    4. O contribuinte fluminense destinatrio de mercadoria ou bem sujeitos substituio tributria, quando proveniente de outra unidade da Federao, nos termos do caput e dos 1. e 3. deste artigo, sem que tenha sido feita a reteno total na operao anterior, ou quando esta for feita parcialmente, fica responsvel pelo pagamento do imposto que deveria ter sido retido, sendo exigvel o montante integral ou parcial, conforme o caso, no momento da entrada da mercadoria ou bem no territrio fluminense.

    5. Identificada a falta de reteno a que alude o caput e os 1. e 3. ou a inexistncia do pagamento de que trata o 4., todos deste artigo, no curso de fiscalizao de trnsito da mercadoria ou em barreira fiscal fluminense, lavrar-se- auto de infrao, exigindo-se o ICMS devido:

    I - do remetente, caso inscrito no SICAD;

    II - do destinatrio inscrito e localizado no Estado do Rio de Janeiro, caso o remetente no seja inscrito do SICAD ou na hiptese em que, dispondo de inscrio, esta se encontre na situao cadastral de paralisada, suspensa, baixada, impedida ou cancelada, nos termos da legislao especfica, devendo, nesses casos, a critrio da autoridade fiscal, ser cientificado o autuado no prprio local em que for constatada a infrao, observado o disposto no 9. do art. 4. desta Resoluo, ou por via postal, com prova de recebimento no domiclio tributrio do sujeito passivo, ou por meio eletrnico, nos termos previstos na legislao tributria.

    6. .................................................................

    ( 6. do Art. 3., revogado pela Resoluo SEFAZ n. 538/2012 , com vigncia a partir de 05.10.2012)

    [redao(es) anterior(es) ou original]

    7. Inexistindo preo mximo ou nico de venda a varejo fixado pela autoridade competente ou preo final a consumidor sugerido pelo fabricante ou importador, os sujeitos passivos de que trata este Captulo III devero utilizar o PMPF, quando expressamente adotado pela legislao estadual, ou, na sua falta, alternativamente, a Margem de Valor Agregado aplicvel s operaes interestaduais (MVA Ajustada) para a determinao da base de clculo do imposto devido por substituio tributria.

    8. Considera-se devido o imposto por substituio tributria na hiptese do caput deste artigo na sada do estabelecimento do contribuinte substituto.

    Captulo IV

    Das aquisies realizadas em operaes provenientes de outra unidade federada por contribuinte substituto localizado neste Estado com mercadoria sujeita substituio tributria quando no h convnio, protocolo ou termo de acordo atribuindo a qualidade de contribuinte substituto ao remetente

    Art. 4. Em operao com mercadoria proveniente de outro estado sujeita ao regime de substituio tributria em que no h convnio, protocolo ou termo de acordo atribuindo a qualidade de contribuinte substituto ao remetente, fica atribuda ao contribuinte fluminense destinatrio localizado neste Estado a condio de substituto, responsvel pela reteno e o pagamento do ICMS devido nas sadas internas subsequentes quela

  • 31

    interestadual, nos termos do art. 21, inciso VI, da Lei n. 2.657/96, observado o disposto nos pargrafos deste artigo.

    1. Considera-se ocorrido o fato gerador no caso de que trata o caput deste artigo no momento da entrada da mercadoria ou bem no territrio deste Estado, inclusive na hiptese de destinatrio varejista fluminense, em razo do disposto no art. 23, inciso IV, item 2, e 1., 2. e 3. do art. 39 da Lei n. 2.657/96, devendo a autoridade fiscal exigir neste momento a apresentao do comprovante de pagamento do ICMS devido, observado o disposto nos 7., 8. e 9. deste artigo.

    2. A base de clculo na hiptese de que trata o caput deste artigo o preo mximo, ou nico, de venda a varejo fixado pela autoridade competente ou preo final a consumidor sugerido pelo fabricante ou importador.

    3. Inexistindo os preos mencionados no 2. deste artigo, os sujeitos passivos de que trata este Captulo IV devero utilizar o PMPF, quando expressamente adotado pela legislao estadual, ou, na sua falta, alternativamente, a Margem de Valor Agregado aplicvel s operaes interestaduais (MVA Ajustada) para a determinao da base de clculo do imposto devido por substituio tributria.

    4. O valor do ICMS devido por substituio tributria de que trata este Captulo IV, ser obtido por meio da multiplicao da alquota aplicvel s operaes internas pela base de clculo fixada nos termos dos 2. e 3. deste artigo, deduzido do imposto destacado pelo remetente em sua nota fiscal.

    5. O imposto apurado consoante o 4. deste artigo ser pago em DARJ nico em separado, gerado pelo Portal de Pagamentos da SEFAZ-RJ na Internet (www.fazenda.rj.gov.br), utilizando-se a natureza Substituio Tributria por Responsabilidade, englobando o ICMS incidente nas sadas internas subsequentes quela interestadual, inclusive o percentual relativo ao Fundo Estadual de Combate Pobreza e s Desigualdades Sociais (FECP), apurado, separadamente, pela aplicao da alquota de 1% (um por cento) sobre a base de clculo fixada nos termos do 2. deste artigo.

    6. A responsabilidade prevista no caput deste artigo aplica-se tambm ao estabelecimento depositrio, na operao de remessa de mercadoria para depsito neste Estado.

    7. O pagamento do ICMS inclusive o relativo ao adicional relativo ao FECP devido nos termos deste Captulo dever ser comprovado no posto de fiscalizao interestadual, devendo uma das vias do comprovante de recolhimento, junto com o DANFE de remessa, acompanhar o transporte da mercadoria, observado o disposto no artigo 5. e ressalvada a hiptese de o remetente firmar Termo de Acordo nos termos do art. 10, ambos desta Resoluo.

    8. Caso seja constatado o descumprimento do disposto no caput e nos 1. a 7. deste artigo, bem como no art. 5., II, b, desta Resoluo, a autoridade fiscal dever lavrar auto de infrao, exigindo o total do imposto devido e demais acrscimos legais do contribuinte inscrito neste Estado destinatrio da mercadoria ou bem sujeitos substituio tributria.

  • 32

    9. A cincia da exigncia do crdito tributrio constitudo nos termos do 8 deste artigo dever ser realizada:

    I - pessoalmente, no prprio local da lavratura do auto de infrao, por pessoa habilitada nos termos do ato constitutivo da sociedade e alteraes contratuais;

    II - por meio de procurador, no prprio local da lavratura do auto de infrao, exclusivamente na hiptese em que o instrumento de mandato atribua de forma expressa esta possibilidade;

    III - por via postal, com prova de recebimento no domiclio tributrio do sujeito passivo, ou por meio eletrnico, nos termos previstos na legislao tributria, na hiptese de no serem possveis os meios indicados nos incisos I e II deste pargrafo;

    10. O destinatrio da mercadoria a que se refere o caput deste artigo deve manter arquivada uma via do comprovante de recolhimento e uma via do demonstrativo de pagamento de que trata o artigo 11 da Resoluo SEFAZ n. 468/11, junto ao DANFE de remessa que acompanhou o transporte da mercadoria.

    Captulo V

    Dos documentos de arrecadao para o pagamento do ICMS e do adicional do FECP devidos em operao com mercadorias sujeitas ao regime de substituio tributria

    Art. 5. O pagamento do ICMS e do adicional relativo ao FECP, devidos por operao com mercadorias sujeitas ao regime de substituio tributria de que trata esta Resoluo, dever ser efetuado:

    I - por meio da Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais - GNRE, gerada pelo Portal de Pagamentos da SEFAZ-RJ, na Internet (www.fazenda.rj.gov.br), utilizando-se a natureza da receita Substituio Tributria por Responsabilidade, conforme Anexo II desta Resoluo, na hiptese de se tratar de contribuinte substituto localizado em outra Unidade da Federao por fora:

    a) de convnio ou protocolo firmado entre o Estado do Rio de Janeiro e a Unidade da Federao onde o remetente est localizado, conforme caput do art. 3. desta Resoluo;

    b) de Termo de Acordo firmado pelo contribuinte com o Estado do Rio de Janeiro, na hiptese de no haver convnio ou protocolo firmado entre o Estado do Rio de Janeiro e a Unidade da Federao onde est localizado o remetente, conforme 1. do art. 3. desta Resoluo;

    II - por meio do Documento de Arrecadao do Estado do Rio de Janeiro - DARJ, gerado pelo Portal de Pagamentos da SEFAZ-RJ na Internet (www.fazenda.rj.gov.br), no caso de o recolhimento ser efetuado:

    a) pelo remetente industrial localizado no Estado do Rio de Janeiro, em operaes internas, ou pelo importador, designados contribuintes substitutos, conforme artigo 2. desta Resoluo, utilizando-se a natureza Substituio Tributria por Operao Prpria,

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    conforme Anexo I desta Resoluo;

    b) pelo contribuinte fluminense destinatrio de mercadoria ou bem proveniente de outra Unidade da Federao, na qualidade de contribuinte substituto, utilizando-se a natureza Substituio tributria por Responsabilidade, conforme Anexo II desta Resoluo;

    c) nas demais hipteses em que o imposto seja devido pelo adquirente ou destinatrio localizado no Estado do Rio de Janeiro ou pelo transportador, por fora de responsabilidade solidria ou por substituio, na forma do 2. do artigo 2., dos 3. a 7. do art. 3. e dos 6. e 7. do artigo 4. desta Resoluo, utilizando-se a natureza Substituio Tributria por Responsabilidade, conforme Anexo II desta Resoluo.

    III - por meio da Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais - GNRE ou meio do Documento de Arrecadao do Estado do Rio de Janeiro - DARJ, gerados pelo Portal de Pagamentos da SEFAZ-RJ, na Internet (www.fazenda.rj.gov.br), utilizando-se a natureza Substituio Tributria por Responsabilidade, conforme Anexo II desta Resoluo, na hiptese de pagamento efetuado pelo remetente localizado em outra Unidade da Federao, em nome do destinatrio designado substituto tributrio, na hiptese de que trata o Captulo IV desta Resoluo, conforme Anexo II desta Resoluo.

    Pargrafo nico - O adicional relativo ao FECP deve ser calculado, na forma do art. 4. da Resoluo SEF n. 6.556/03, e recolhido juntamente com o ICMS no mesmo DARJ ou na mesma GNRE, conforme o caso, devendo ser informado separadamente na emisso do documento de arrecadao.

    Art. 6. Ressalvadas as disciplinas especficas a que se referem os arts. 7. e 17 desta Resoluo, o ICMS devido deve ser pago at:

    I - o dia 9 (nove) do ms subsequente ao da sada da mercadoria, nas hipteses disciplinadas na alnea a do inciso II do art. 5. desta Resoluo e nas alneas a e b do inciso I do mesmo artigo, exclusivamente na hiptese em que for cumprida a exigncia fixada no 2. do art. 3.;

    II - a data da sada da mercadoria do estabelecimento:

    a) do contribuinte substituto localizado em outra unidade federada por fora de convnio ou protocolo, caso o remetente no providencie a sua inscrio no SICAD, descumprindo o disposto no art. 21 do Livro II do RICMS/2000, ou que, dispondo de inscrio, esta se encontre na situao cadastral de paralisada, suspensa, baixada, impedida ou cancelada, nas hipteses de que tratam as alneas a e b, do inciso I, do artigo 5. desta Resoluo;

    b) do remetente localizado em outra unidade federada, na hiptese de que trata a alnea c do inciso II do art. 5. desta Resoluo;

    III - a data entrada da mercadoria:

    a) no estabelecimento do adquirente responsvel, nos casos disciplinados no 2. do art. 2. desta Resoluo;

  • 34

    b) no territrio fluminense, em se tratando de operao interestadual, nas demais hipteses de que trata esta Resoluo.

    1. Na hiptese de que trata o inciso II deste artigo, o sujeito passivo por substituio deve efetuar o pagamento do imposto devido a este Estado em relao a cada operao, devendo uma via do documento de arrecadao e uma via do demonstrativo de pagamento de que trata o art. 11 da Resoluo SEFAZ n. 468/11 acompanhar o transporte da mercadoria, GNRE ou DARJ, conforme o caso.

    2. No caso previsto no 1. deste artigo dever ser emitido um DARJ ou uma GNRE, conforme o caso, distinto para cada um dos destinatrios, devendo constar no demonstrativo de pagamento de que trata o art. 11 da Resoluo SEFAZ n. 468/11, o tipo, a srie, o nmero e a data de emisso da nota fiscal e o CNPJ de seu emitente.

    3. O contribuinte de que trata o 2. do art. 3. desta Resoluo que, apesar de inscrito no SICAD e de consignar o total do imposto retido nas notas fiscais de sada destinadas ao Estado do Rio de Janeiro, estiver inadimplente com o fisco fluminense, poder ter sua inscrio impedida pelo titular da repartio fiscal de circunscrio.

    4. A partir da data do impedimento a que se refere o 3. deste artigo, o trnsito das mercadorias deve ser acompanhado pelo DARJ ou pela GNRE relativo operao, conforme o caso, e pelo demonstrativo de pagamento de que trata o art. 11 da Resoluo SEFAZ n. 468/11.

    5. Na hiptese de descumprimento do disposto no 4. deste artigo, ser exigido o total do imposto devido do contribuinte destinatrio inscrito neste Estado, observado o disposto no 9. do art. 4. desta Resoluo.

    Art. 7. Nos termos do disposto no 1. do art. 14 do Livro II do RICMS/2000, exclusivamente nas hipteses disciplinadas na alnea a do inciso II do artigo 5. desta Resoluo e nas alneas a e b do inciso I do mesmo artigo, caso seja cumprida a exigncia fixada no 2. do art. 3. deste ato, o ICMS devido nas operaes com cimento pode ser pago at o dia 10 (dez) do ms subsequente ao da sada da mercadoria.

    Art. 8. O DARJ e a GNRE de que trata esta Resoluo devem ser emitidos exclusivamente pelo Portal de Pagamentos da SEFAZ-RJ, na Internet, no endereo www.fazenda.rj.gov.br.

    Art. 9. Fica a Superintendncia de Arrecadao, Cadastro e Informaes Econmico-Fiscais - SUACIEF - autorizada a instituir, alterar ou extinguir naturezas de receita e cdigos de identificao internos de recolhimento e a baixar normas complementares visando atualizao dos Anexos desta Resoluo.

    Captulo VI

    Do "Termo de Acordo"

    Art. 10. Fica facultado ao contribuinte estabelecido em outra unidade da Federao firmar "Termo de Acordo" para a reteno e o pagamento do ICMS na remessa para este Estado de mercadoria submetida ao regime de substituio tributria somente em operaes

  • 35

    internas, em que no haja Convnio ou Protocolo firmado pelo Estado do Rio de Janeiro.

    1. O imposto de que trata o caput deste artigo, nos termos da alnea b do inciso I do artigo 5. e do inciso I do artigo 6. desta Resoluo, ser recolhido por meio de GNRE, at o dia 9 (nove) do ms subseqente ao da sada da mercadoria do estabelecimento do remetente, excetuada a hiptese prevista no art. 7. desta Resoluo.

    2. Fica atribuda aos titulares das Inspetorias de Fiscalizao Especializada correspondentes a competncia para firmar o Termo de Acordo, cujo modelo ser institudo por meio de Portaria a ser editada pelo Subsecretrio Adjunto de Fiscalizao.

    3. A Subsecretaria Adjunta de Fiscalizao editar ato, sempre que necessrio, para divulgar relao consolidada dos termos de acordo firmados com a Secretaria de Estado de Fazenda.

    4. O Termo de Acordo somente ser firmado com contribuinte inscrito no SICAD, ou que solicite sua inscrio concomitantemente com a apresentao da proposta de sua assinatura.

    Art. 11. So competentes para assinar os termos de acordo de que trata este Captulo, no caso de sociedade annima, seus diretores eleitos constantes da Ata de Assemblia mais recente e, nos demais casos, os scios com poderes de gerncia ou administrao, conforme estabelecido no contrato social.

    1. Na hiptese de o acordante se fazer representar por mandatrio, a legitimidade deste comprovar-se- pela juntada ao processo do respectivo instrumento de mandato, alm de cpia do estatuto ou contrato social do outorgante e identidade e CPF do outorgado.

    2. O instrumento de mandato deve ser especfico para a assinatura de cada termo de acordo.

    3. Consideram-se vlidos os atos praticados por mandatrio at o momento em que, no processo, o mandante declare, expressamente, a extino do mandato.

    Art. 12. O "Termo de Acordo" no ser firmado, ou poder ser cancelado a qualquer tempo, nas seguintes hipteses, observadas em relao ao contribuinte:

    I - for julgado insatisfatrio elemento constante de seus documentos ou livros fiscais ou comerciais;

    II - for enquadrado em qualquer das hipteses previstas no art. 43, do Livro I, do Decreto n. 27.427, de 17 de novembro de 2000;

    III - for notificado para exibir livro ou documento, no o fizer no prazo concedido;

    IV - utilizar, em desacordo com a finalidade prevista na legislao, livro ou documento, bem como alterar lanamento neles efetuado ou declarar valor notadamente inferior ao preo corrente da mercadoria ou de sua similar;

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    V - deixar de entregar, por perodo superior a 60 (sessenta) dias, documento ou declarao exigida pela legislao;

    VI - deixar de recolher imposto devido em prazo estabelecido na legislao;

    VII - for constatado indcio de infrao legislao, mesmo no caso de deciso final que conclua pela no existncia de crdito tributrio respectivo, por falta ou insuficincia de elemento probatrio.

    Art. 13. No caso de, por qualquer motivo, no ser efetuada a reteno de que trata o art. 10 ou quando houver reteno a menor, a responsabilidade pelo pagamento do imposto que deixou de ser retido, e demais acrscimos legais, caber ao contribuinte destinatrio da mercadoria ou bem proveniente de outra unidade da federao, aplicando-se hiptese o disposto nos 3. a 7. do art. 3. desta Resoluo.

    Captulo VII

    Da escriturao fiscal a ser adotada por contribuinte que receba ou remeta mercadoria sujeita ao regime de Substituio Tributria

    Art. 14. Observado o disposto nos Captulos II e III do Ttulo V Livro II do RICMS e da disciplina especfica de que trata o art. 17 desta Resoluo, o contribuinte que receber de dentro ou de fora do Estado mercadoria sujeita substituio tributria, sem que a reteno ou o pagamento antecipado do imposto tenha sido feito, deve, na qualidade de responsvel pelo pagamento do imposto relativo s operaes subsequentes, escriturar o livro Registro de Entradas da seguinte forma:

    I - a nota fiscal relativa aquisio deve ser escriturada na coluna "Outras" de "Operaes sem Crdito do Imposto";

    II - a base de clculo e o valor do ICMS relativo substituio tributria devido pelo responsvel devem ser escriturados na coluna "Observaes", utilizando-se colunas distintas para tais indicaes, sob o ttulo comum "Substituio Tributria", na mesma linha do lanamento da nota fiscal correspondente aquisio e totalizados no ltimo dia do perodo previsto para apurao do ICMS substituio tributria.

    1. Caso o contribuinte utilize o sistema eletrnico de processamento de dados, os valores relativos ao imposto retido e a respectiva base de clculo devem ser escriturados na linha imediatamente abaixo a do lanamento da operao prpria, sob o ttulo comum "Substituio Tributria" ou o cdigo "ST".

    2. Caso o contribuinte utilize a Escriturao Fiscal Digital (EFD), dever informar:

    I - no registro C100, sem preenchimento dos campos 21 a 24, a nota fiscal relativa aquisio;

    II - nos campos 05 e 07 do registro C197, a base de clculo e o valor do ICMS relativo substituio tributria devido pelo responsvel;

    III - no campo 2 do registro C197, o cdigo RJ71000001.

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    Art. 15. O valor total do ICMS devido por substituio tributria a que se refere o art. 14 desta Resoluo e a respectiva base de clculo devem ser escriturados no campo "Observaes" do livro Registro de Apurao do ICMS, na mesma folha correspondente as da operao do prprio contribuinte, assim como, a data de pagamento dos respectivos DARJ.

    Pargrafo nico - Caso o contribuinte utilize a Escriturao Fiscal Digital (EFD), dever informar no campo 15 do registro E210 o valor total do ICMS devido por substituio tributria a que se refere o art. 14 desta Resoluo.

    (Prgrafo nico do Art. 15., alterado pela Resoluo SEFAZ n. 775/2014 , vigente a partir de 31.07.2014)

    [redao(es) anterior(es) ou original]

    Art. 16. No caso de devoluo ou remessa interestadual de mercadoria de que trata o art. 4. desta Resoluo, cujo imposto por substituio tributria tenha sido pago antecipadamente por DARJ pelo adquirente ou pelo remetente em seu nome, este deve adotar o seguinte procedimento:

    I - emitir nota fiscal com destaque do imposto, indicando no campo "Informaes Complementares":

    a) o nmero e a data da nota fiscal relativa aquisio;

    b) no caso de devoluo, as razes que deram causa;

    c) o valor do ICMS substituio tributria referente entrada, calculado prop