11
ECLESIOLOGIA VII (12/04/06) IDENTIDADE DA IGREJA Os desafios para organização da Igreja no século XXI. Perspectivas para o futuro. 1. O espiritual que venha saciar a sede de Deus e do Sagrado. - a mística que não se degenere no misticismo. 2. Assumir radicalmente o caráter pneumático, mais do que o carismático. - lutar pela existência da igreja pneumática, plena do ar do Espírito que não se reduza ao mero pentecostalismo. 3. Querigmática. - restaurar a experiência do primeiro século: o anúncio do Ressuscitado. A Igreja poderá fazer MISSÃO sem intromissão? Tendo permissão? Perspectivas: 1. Comunitária; 2. Profética; 3. Catecumenato; 4. Estética: literatura, arte, música, cinema. E a presença da MÍDIA. ECLESIOLOGIA VIII (19/04/06). TURNING POINT - PONTO DE MUTAÇÃO - É o ponto de mudança, crise de paradigmas. - O que aconteceu na Igreja nos “pontos de mutação”? - Quais foram às novas idéias, os novos pensamentos que levaram às mudanças? - A pessoa de São Francisco de Assis, Santo Agostinho que prevê a queda do império, o Pentecostalismo, a Ação Católica, o século XIII com o nascimento da teologia. - Sempre podemos encontrar um ponto de mudança para o qual quase que a totalidade dos outros fatos se convergem. - Nosso ponto de convergência: a encíclica “SALVATE FRATRES” de Paulo VI MYSTICI CORPORIS CHRISTI - Pio XII em 29 de jun. de 1943, 5° ano do seu pontificado. Diante de uma ênfase que ele julga unilateral, Pio XII procura unir com maior precisão os dois pontos de vista, o da visibilidade e o da interioridade, até então mais menos dissociados. Para o papa, a expressão Corpo místico de Cristo, valorizada pela Escola romana de Leão XIII, é a definição mais adequada da Igreja. O que S. Paulo chama de Corpo de Cristo, é um corpo social visível e hierarquizado. É Corpo de Cristo não num sentido puramente metafórico ou moral, mas em sentido bem mais real, sem que se possa falar de uma espécie de continuidade física entre Cristo e os crentes: é precisamente isso que se procura significar com o termo “místico”. Esse Corpo místico de Cristo é idêntico, na história, à Igreja católica romana. Daqueles que, sem ser membros dessa Igreja, vivem, entretanto, da graça de Cristo se diz que “ordenam-se ao Corpo místico”. A encíclica estabelecia uma unidade indissociável entre a Igreja visível e a invisível, entre a Igreja do direito e a Igreja do amor. Afirmava-se também a

Eclesiologia - esquema

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Eclesiologia, esquema de estudo

Citation preview

Page 1: Eclesiologia - esquema

ECLESIOLOGIA VII(12/04/06)

IDENTIDADE DA IGREJA

Os desafios para organização da Igreja no século XXI.

Perspectivas para o futuro.

1. O espiritual que venha saciar a sede de Deus e do Sagrado.- a mística que não se degenere no misticismo.

2. Assumir radicalmente o caráter pneumático, mais do que o carismático.- lutar pela existência da igreja pneumática, plena do ar do Espírito que não se reduza ao mero pentecostalismo.

3. Querigmática.- restaurar a experiência do primeiro século: o anúncio do Ressuscitado.

A Igreja poderá fazer MISSÃO sem intromissão? Tendo permissão?

Perspectivas:1. Comunitária;2. Profética;3. Catecumenato;4. Estética: literatura, arte, música, cinema. E a presença da MÍDIA.

ECLESIOLOGIA VIII(19/04/06).

TURNING POINT - PONTO DE MUTAÇÃO- É o ponto de mudança, crise de paradigmas.- O que aconteceu na Igreja nos “pontos de mutação”?- Quais foram às novas idéias, os novos pensamentos que levaram às mudanças?- A pessoa de São Francisco de Assis, Santo Agostinho que prevê a queda do império, o Pentecostalismo, a Ação Católica, o século XIII com o nascimento da teologia. - Sempre podemos encontrar um ponto de mudança para o qual quase que a totalidade dos outros fatos se convergem.- Nosso ponto de convergência: a encíclica “SALVATE FRATRES” de Paulo VI

MYSTICI CORPORIS CHRISTI - Pio XII em 29 de jun. de 1943, 5° ano do seu pontificado. Diante de uma ênfase que ele julga unilateral, Pio XII procura unir com maior precisão os dois pontos de vista, o da visibilidade e o da interioridade, até então mais menos dissociados. Para o papa, a expressão Corpo místico de Cristo, valorizada pela Escola romana de Leão XIII, é a definição mais adequada da Igreja. O que S. Paulo chama de Corpo de Cristo, é um corpo social visível e hierarquizado. É Corpo de Cristo não num sentido puramente metafórico ou moral, mas em sentido bem mais real, sem que se possa falar de uma espécie de continuidade física entre Cristo e os crentes: é precisamente isso que se procura significar com o termo “místico”. Esse Corpo místico de Cristo é idêntico, na história, à Igreja católica romana. Daqueles que, sem ser membros dessa Igreja, vivem, entretanto, da graça de Cristo se diz que “ordenam-se ao Corpo místico”.A encíclica estabelecia uma unidade indissociável entre a Igreja visível e a invisível, entre a Igreja do direito e a Igreja do amor. Afirmava-se também a possibilidade de os não-católicos ser “ordenados” ao Corpo místico: “em virtude de uma aspiração ou de um desejo insconsciente”, eles podiam “se encontrar numa certa relação com o Corpo místico do Redentor”.

VATICANO IIConvocado por João XXIII em 25 de jan. de 1959 acontece em set. de 62. Em 03 de jun. de 63 morre o papa.

SALVATE FRATRESReinício do Conc. Vat. II em 29 de 09 de 63, pelo papa Paulo VI.

ECCLESIAM SUAMEscrita em 06 de ago. de 64 na festa da Transfiguração do Senhor vem apresentar uma imagem à Igreja daquele tempo, baseada em três pontos principais:

LUMEN GENTIUM

Page 2: Eclesiologia - esquema

Igreja - Sinal - Sacramento.

1. MYSTICI CORPORIS CHRISTI- preocupou-se em estabelecer a instituição perfeita, baseando-se no jurisdicismo.- com problemas: eram enviados a uma espécie de testes para provar a sua fé.- retoma Roberto Belarmino. Trento. A Igreja é a hierarquia mais os sacramentos.- o mundo precisa ser combatido. É preciso fugir do mundo que está perdido.- anátemas contra os erros que são entendidos como lamentáveis inclinações para o mal permitida por Cristo para testar os méritos dos clérigos. 2. SALVATE FRATRES- o diálogo de todos na inclusão dos trabalhos do Vaticano II.- abandonar a caducidade e o defeituoso para apresentar o genuíno - no seu jeito histórico de ser, não apenas o ser imaculada - e o fecundo.- apresenta o verdadeiro drama do Concilio: a unidade da Igreja que manifesta o anti-sinal da divisão contrária a proposta de Cristo quando afirma sua união com o Pai - “Eu e o Pai somos um” -. Os outros cristãos não unidos à Igreja manifestam um grande desafio às estruturas.

3. ECCLESIAM SUAM- a Igreja no nosso tempo, abordando três temas específicos:- 1° Consciência da Igreja: um auto-exame. Quem sou eu? Porque estou no mundo? Qual a minha missão? E as funções do bispo?- 2° Renovação da Igreja.- 3° Diálogo: Igreja é diálogo. 4. LUMEN GENTIUM- o texto da encíclica pode ser dividida em três partes.- 1° A Igreja é um corpo, o corpo de Cristo.- 2° União dos fiéis com Cristo: os vínculos jurídicos, as virtudes teologais, a habitação do Espírito Santo e a Eucaristia como sinal de unidade.- 3° Anátemas: cuidar e combater todos os erros relativos à vida ascética e à confissão sacramental. Amar a Igreja.

ECLESIOLOGIA IX(26/04/06).

UNIDADE III. POVO DE DEUS- Enquanto conceito é bíblico, veterotestamentário, judeu.- Os judeus têm a total consciência de formar um povo que, às vezes, precisa resistir às perseguições, articulando-se entre si. Foram escolhidos e esta eleição lhes dá uma característica essencial que é a eleição. Fazer parte de um povo maior.- A pertença: “vocês serão o meu povo e Eu serei o vosso Deus”. Jr 31,33

1. A idéia de POVO: selada a partir de Jesus Cristo quando confirma um novo pacto que é a Igreja – manifestação da expressão da luz.- em São Paulo, Coríntios, Romanos por Igreja, entende-se o POVO.- Lumen Gentium 9: em qualquer tempo e nação é aceito por Deus todo aquele que o teme e pratica a justiça”. Por meio do Batismo – portal de entrada – e da Eucaristia – mesa convocatória – como portais e os ministérios como chave de união de todas as Igrejas cristãs.

2. Seis causas da nova concepção da IGREJA: Os porquês?1ª surgimento de agnósticos – Kant, Comte, Nietzsche, Freud - e ateístas - Feuerbach, Marx.2ª ao consolidar a autoridade/autoritarismo do papa, houve a necessidade de que ele se pronunciasse em nome da Igreja. Yves Congar afirma tal idéia.3ª a restauração tomista ressurgindo depois do abandono proposto pela Escolástica. O tomismo mune o teólogo católico de uma sólida base teológica.4ª o retorno à Patrística e à Bíblia como fontes de água genuína.5ª o incremento da via missionária como efervescência e a missiologia como disciplina que poderá levar ao ecumenismo. “Descobrir Jesus no outro, não tentar levá-lo como Senhor desconhecido”.6ª a questão social que trouxe um novo momento para a teologia, especialmente na França e a publicação da Rerum Novarum em 1891.

- A Igreja precisa aprofundar mais seus ideais, indo além do hierárquico, surgindo aí a preocupação do POVO como presença irrecusável.

Page 3: Eclesiologia - esquema

- O Concílio se ocupou da atividade apostólica da natureza da Igreja, mais do que dogmática e das verdades fixas. Quis ser pastoral, um diálogo, a superação do “bastão da severidade” para o “bastão da misericórdia”.- O povo de Deus torna-se o sujeito, o ponto central como elemento ativo, deixando de ser extensão dos braços do bispo, mas tem autonomia própria terrestre laical. É uma superação da eclesiologia tradicional vigente onde o leigo - /- era posto à deriva.

ECLESIOLOGIA X(03/05/06)

UNIDADE IV: MODELOSBÍBLIA: modelos de ministérios na Bíblia.- a idéia de povo foi sendo constituída de modos diversos.- os modelos na Escritura desvelam possibilidades panorâmicas e históricas:

1. JESUS: tinha um modelo? Fundou a Igreja?- vive na sua prática algumas opções que assume como parte de uma herança cultural e como convicções. - é um profeta, portanto, herdeiro da tradição mosaica, revelada também pelo seu vínculo a João Batista.- Jesus bebe das fontes de um Messias que vem dos pobres (Zc 9), está, portanto, dentro de um movimento.

1.1. Em Jesus havia algo de personalidade que lhe era próprio, distinto, único:- os 12 pensados como discipulado por convocação, não apenas convite- o Pai-Nosso que simbolizou o reconhecimento de Javé como Abbá- o seguimento - “Siga-me” - na celebração comum, nas parábolas - “Sermão da montanha” - que demonstrou seu estilo próprio de conduzir o Reino- o perdão, característica única e especial para o cristão, como capacidade das pessoas ficarem mais próximas para reconectar os fios que se romperam. Depois do perdão você ficará mais próximo do que antes.

1.2. A mensagem de Jesus traz um gérmen de novidade e não simplesmente a produção do Cristianismo. A pregação dos três anos é uma tentativa de aprofundar suas experiências como redescoberta do amor primeiro que está dentro de cada um e precisa ser reavivado.

2. CRUZ - MORTE - COLAPSO - ASSASSINATO DO PROFETA: desarticulou aquilo que Jesus duramente tentou edificar. O fracasso se torna necrófilo, cadavérico, brutal. O silêncio que se deu depois do grito da cruz- entre o FRACASSO - PÁSCOA - PENTECOSTES há uma angústia profunda. Aí acontece uma nova revelação de Deus.- At 3,15: Jesus realiza na cruz um movimento coerente e doloroso de entrega total que germina a inovação, o surgimento da Igreja plenamente ligada com o mistério da Ressurreição. É a passagem da ausência de Deus para uma nova perspectiva. A Igreja é semeada e brota. Deus a fecunda na Páscoa e a gera no Pentecostes. O Espírito Santo se revela e a Igreja é a expressão desta revelação. O Espírito Santo é a alma da Igreja, sua coluna. - para suprir o fracasso ... dá-se o Pentecostes.- os discípulos acreditavam nas aparições de Jesus depois da ressurreição, entretanto, podemos supor certas tensões: vêem-no como um fantasma, um ser imaterial que passa por portas e paredes- passa-se a entender que será preciso construir um novo modelo a partir daquele que eles - a comunidade - estavam vivendo, que acabou por se traduzir no surgimento das Tradições.

ECLESIOLOGIA XI(10/05/06)

NOVOS MODELOS

BÍBLIA: as comunidades do Novo Testamento.

1. As comunidades paulinas.- são originárias do Cristianismo- modelos da Igreja missionária, alicerçadas na pregação para fora explorando novos territórios na expansão do Evangelho de Jesus.- suas principais imagens são o povo de Deus, o corpo de Cristo, a Igreja peregrina e missionária.

2. As comunidades apostólicas.- 1 e 2 Timóteo, Tito e Pedro são articuladas em torno da Instituição, a casa de Deus bem fundada.- é uma imagem ligada à arquitetura, à moradia.- um modelo menos carismático e mais funcional, puramente institucional.

Page 4: Eclesiologia - esquema

ECLESIOLOGIA XII(17/05/06).

IMAGENS DE IGREJA / ÍCONES

- a Igreja é a expressão do amor de Deus pelo Espírito.- as imagens são apenas representações - re | presentação - símbolos, sinais, sacramentos.

JESUS é o ícone do Pai: “Quem me viu, viu o Pai” (Jo 14,9b). É a face humana do Eterno, daquele que é incomensurável. Ele quis ter um rosto, é uma das pessoas da Trindade que se encarnou.

- QUAL É A MELHOR IMAGEM DO ROSTO DA IGREJA? O ÍCONE MAIS PERFEITO QUE A REVELA?

LUMEN GENTIUM 6 - apresenta várias imagens de Igreja propostas como metáforas do Reino de Deus.- a natureza íntima da Igreja se revela em imagens que tentam visibilizar o mistério.

IMAGENS PRÉVIAS DOS LIVROS PROFÉTICOS

1. REDIL: grupo de ovelhas guardado e protegido com valor, segundo a ação de Jesus que pode ser observado em Jo 10 e Is 40,11.- o pastor verdadeiro sabe o nome de cada ovelha.- esta imagem permanece por três séculos, mesmo sem ser plenamente cristã: representa um grupo de pessoas reunidas por seguir Cristo, o Bom Pastor.

2. LAVOURA: campo de Deus, videira, oliveira, lagar. Todas as imagens ligadas ao plantio, à semente, ao semeador.- a raiz santa que foram os patriarcas.- a terra da oliveira onde sai o azeite revela a imagem do ungido. - esta terra foi plantada pelo celeste agricultor - Mt 21,33 - como a vinha eleita.

3. CONSTRUÇAO: civil, arquitetônica, a organização da URBI.- 1Cor 3,9: a construção de Jesus, onde Jesus é a PEDRA.- lugar que acolhe sem qualquer pretensão, apenas por ser pessoa.- a acolhida é uma imagem da Igreja que não pode ser apenas pastoral.

4. MÃE:- Gl 4,26; Ap 12,17: é a Jerusalém Celeste, a Nossa Mãe, Esposa Imaculada do Cordeiro.- Ef 5,26: Cristo entregou-se para santificá-la.- é personificada em Maria (LG 8).

ECLESIOLOGIA XIII(24/05/06).

DIMENSAO ECUMÊNICA DA IGREJA

- existem outros modelos institucionais de Igreja além do católico.- outras igrejas que não a Católica Romana.- perdemos 1% dos católicos a cada ano.

Princípios fundamentais do Ecumenismo.

1. Ecumenismo entre igreja não é feito pelas igrejas:- é uma graça de Deus: um desejo, um empenho, um dom.- foi expresso por Jesus na Oração Sacerdotal: “que todos sejam um”, “que o mundo creia porque nos vê unidos” (Jo 17,21).

2. Buscar a renovação eclesial:- a Igreja está sempre em reforma na busca contínua da própria renovação.- precisa atualizar suas respostas permanecendo sempre fiel à Palavra que é o ponto de unidade.

3. Conversão do coração:- tomar o Evangelho de Cristo como paradigma das nossas conversões.

Page 5: Eclesiologia - esquema

4. Oração em comum.5. Aprender a nos conhecermos:- reconhecermo-nos mutuamente.6. Realizar uma formação que promova o ecumenismo.7. Promover projetos de ações ecumênicas:8. Ver, valorizar a pessoa e não a confissão religiosa a que se autodenomina.9. Doar-se fortemente nas questões sociais.

Os grandes dilemas que causaram as CISÕES

1. 451 - Concílio de Calcedônia: ruptura.- Nestorianismo: negaram-se a aceitar a divindade de Jesus.- São as chamadas “Igrejas Anticalcedonianas” e as que aceitaram tal doutrina foram chamadas de “Ortodoxas”.

2. 1054 - Ruptura entre Miguel Cerulário - patriarca de Constantinopla - e Leão IX – patriarca da Igreja Romana.- é o grande cisma entre o Oriente e o Ocidente.

3. 1204 - IV Cruzada e destruição de Constantinopla.- consolidou-se assim a Absoluta Intransigência.

4. Paulo VI e Atenágoras rasgam a bula de ex-comunhão mútua.- constituíram IGREJAS AUTOCÉFALAS. Os ortodoxos dividiram-se em patriarcados:Bartolomeu I – arcebispo de Constantinopla e Istambul (Patriarcado Ecumênico Fundamental).Pedro - papa e patriarca de Alexandria.Inácio IVElia II - patriarca catolicus da Geórgia.Pawle – patriarca catolicus da Sérvia e metropolita de Belgrado. Sua Santidade S.S. Máximo – patriarca catolicus da Bulgária.

IGREJA ORTODOXA GREGA:Sua Beatitude S.S. Cristodolus - arcebispo de Atenas e patriarca do Chipre, Albânia, Finlândia, Japão, Bielorússia e Ucrânia e prelado para América do Norte.

5. 1534 - Edital da Supremacia de Henrique VIII.- anglicanos: liderados pelo arcebispo de Chamteburry romperam com Roma no sentido de coesão e não propriamente dogmático.- não são necessariamente protestantes, apesar de romperem com Roma.- constituem-se em:High Church – igreja católica sem vínculo com Roma (anglo-católicos, anglicanismo ritualista).Law Church – igreja evangélica semelhante ao protestantismo calvinista.Broad Church – igreja liberal que tenta conciliar as duas tendências.

ECLESIOLOGIA XIV(31/05/06).

MODELOS VOLTADOS ÀS IGREJAS DO 1° SÉCULO

1. A IGREJA DO TATO - pé, mão:- evangelho de Marcos: ano 65/70 em Roma e Alexandria.- formada pelo grupo de cristãos da diáspora e os de língua grega.- a força está na idéia do caminho: a igreja do caminho que prega um Jesus perambulante, caminhando sempre na direção das cidades onde devia pregar. O que grupo que o segue são os “rabis”. - um Jesus rebelde, autor de milagres que salvam os empobrecidos.- retrata uma Igreja missionária, movente, errante que não se firma em torno do templo ou de figuras hierárquicas.

2. A IGREJA DA VISÃO - olhos: querem ver a Deus, vislumbrar sua presença.- evangelho de Mateus: ano 70/80 provavelmente na Síria em Fenícia por grupos judaicos ligados ao farisaísmo.- a perspectiva da lei, restaurar o Moisés presente em Jesus.- é o Evangelho dos discursos, a Igreja da Palavra, sinais vinculados ao discurso.- as pessoas têm grande pureza de coração e lutam para mantê-la, pois só assim acreditam que poderão ver a Deus.

3. A IGREJA DO PALADAR - gosto:- evangelho de Lucas: ano 70/80 talvez depois da queda de Jerusalém que se deu no ano 95.

Page 6: Eclesiologia - esquema

- o importante são os detalhes – nomes, personalização, testemunho – para reparar os sofridos que estavam jogados à beira do caminho.- a pessoa precisa sentir-se inserida, sabendo que Deus saboreia sua presença.- o refinamento das particularidades, da acolhida, do tornar-se reconhecido e passar a reconhecer.

4. A IGREJA DO OLFATO - crisma: sentado com o óleo perfumado o crismado precisa “cheirar Deus”.- evangelho de João: depois dos anos 90/100.- uma Igreja preocupada com os significados, os signos.- não se preocupa mais com os eventos, mas se centraliza nos seus significados.- é o evangelho dos 7 sinais, 7 milagres que são ações significativas do poder de Deus.- é um ataque aos agnósticos.- a busca da vivência do conflito dentro da história e os gnósticos queriam desconsiderar a história.- o conflito como chave da expressão eclesial.

5. A IGREJA DA AUDIÇÃO - CARTAS PAULINAS: “a fé vem pelo ouvido”.- Paulo é o proclamador da Palavra.- a Igreja se faz nas casas, um corpo organizado, articulado nas casas que formam a Igreja na cidade.- a casa que agrega cristãos, no sentido familiar, judaico, expressão da caminhada dos que crêem em Jesus Cristo.- : convocar. Não tem sentido hierárquico, do templo.

6. MARIA: vinculada em conexão com nosso modelo de Igreja.- referência de fé para toda a Igreja e para toda a cristandade.- apresenta significados especiais:1° Valorização do povo como sujeito: no cotidiano, no Pentecostes, nas romarias onde se valoriza o povo. 2° Nova espiritualidade: vive a contradição, uma realidade utópica. 3° Maternidade: dogma de nossa fé. Theotókos afirmado no Concílio de Nicéia. - deu a luz à história ao que era eterno.- nasceu sem pecado por ser a progenitora de Deus, filha predileta do Pai.

ECLESIOLOGIA XV(07/06/06).

A ESTRUTURA DA IGREJA

NOTAS

1. PREÂMBULO:- toda Igreja também na sua estrutura deve estar ligada à Trindade – graça, alegria, serviço interior.- referência trinitária: COMMUNIO - comunhão de pessoas e não adestramento de indivíduos

2. NOTAS: ATRIBUTOS: PROPRIEDADES: ESSÊNCIA: FUNDAMENTOSUNA - SANTA - CATÓLICA - APOSTÓLICA- faltando alguma não é Igreja;- são critérios de verificação da veracidade, é herege ou cismática.

3. CONSTANTINOPLA I:- ano 380: Graciano e Teodósio convocam contra os arianos, na pessoa de Máximo, o Cínico.- reuniram-se no ano 381: 150 bispos, basicamente orientais, sendo presididos por Melício de Antioquia e depois sucedido por Gregório Nazianzeno, depois Nectário, que permaneceu até o fim, em 9 de julho de 381, sendo promulgado pelo imperador Teodósio, em 30 de julho do mesmo ano.- estabeleceu o Credo do Símbolo Niceno-Constantinopla que no 3° artigo apresenta consignadas as quatro notas como expressão da fidelidade da Igreja e suas quatro características fundamentais.

NOTAS EM RELAÇÃO À TRINDADE

1. UNIDADE DO ESPÍRITO: dimensão escatológica do Espírito Santo.- é uma obra do Espírito Santo e favorecida por ele num só corpo, num só povo, num só sacramento, na communio ecclesiarum.- é uma ação exercida como dádiva, dom que deve estar ligada à Trindade não entendida como tarefa puramente humana.- só existe unidade se houver respeito às pluralidades. - a unidade precisa ser criada em torno do Espírito Santo que nos une, atualizando-se as perspectivas: o auxílio aos pobres, a busca da paz - verdades utópicas.

Page 7: Eclesiologia - esquema

2. SANTIDADE - dimensão cristológica: “communio santorum”.- a comunhão daqueles que seguem Jesus se expressa na idéia de que só há uma Igreja, na qual todos podem sentar-se à mesa da Eucaristia.- a santidade surge a partir dos sinais santos que são:

2.1. Sinais sacramentais: “deveis ser o que vedes - na mesa da Eucaristia - e, deveis receber o que sois”. S. Agostinho,

2.2. Caráter pessoal.2.3. Dimensão escatológica:- não é santidade: a) exemplaridade individual porque os aproxima do inexistente e trazem ares inumanos; b) perfeição ética do santo.- é santidade: a) veneração àquele que já chegou ao que buscamos; b) dão-nos a esperança escatológica.

3. CATOLICIDADE: segundo o todo, caminhando na plenitude que abrangendo a totalidade, a universalidade, a abertura à vontade do Pai. - abertura aos horizontes.

4. APOSTOLICIDADE:- seguir aos apóstolos como herdeiros do que eles plantaram.- sucedê-los na responsabilidade pelo envio da mensagem.- conflito entre a reunião – sínodo – e a missão – hierarquia.

ECLESIOLOGIA XVI(14/06/06).

MINISTÉRIOS

COMO SE ORGANIZA A IGREJA PARA OS SEUS SERVIÇOS- Qual é o ministério da Igreja?- qual é o ministério na Igreja?- o que a Igreja faz?

1. ATUALIDADE DA QUESTÃO

1.1. não há satisfação com os modelos autoritários, que, por vezes, são frustrantes em conflito com a idéia da rede, no conjunto das ações e dos meios de comunicação social.- é preciso sair do “modelo piramidal” para se incluir no “modelo participativo”, onde todos participam, incluindo a idéia de Conselho que atua com o pároco.

1.2. Concílio Vaticano II: Lumen Gentium.- uma nova maneira dos movimentos se articularem e, de fato, existirem.- reconhecimento do padre como ministério de síntese e não a síntese de todos os ministérios.

1.3. Cultura.- a modernidade exige posturas “democráticas”.- aplicação de leis civis numa realidade eclesial, com toda a burocracia e competência que se exige.- reconhecer a presença da tecnocracia, da formação tecnológica.

2. MINISTÉRIO: um carisma assumido conscientemente na forma de serviço à comunidade.- múnus: “munera”, cargo ou função que pesa.- “officium”, tarefa, obrigação a cumprir.- “servitium”, serviço, servo que precisa obedecer a um mandatário; é comissionado por alguém.- Ef 4, 12: todos cumprimos uma tarefa em nome de Cristo que, num ministério global, nos envia.- recebemos o mandato do Espírito Santo - que é a fonte de todos os ministérios - e devemos dar a resposta.- não é uma obra em favor do bispo.

ECLESIOLOGIA XVII(21/06/06).

FORMAS DOS MINISTÉRIOS

PODEM SER OCASIONAIS OU TEMPORÁRIOS

Page 8: Eclesiologia - esquema

- São modos que se articulam entre si.

1. HABITUAIS / FREQUENTES- ministros da Eucaristia, ministros do Batismo etc.

2. ORDENADOS / SAGRADOS- diaconato, presbiterado, episcopado.

3. FORMAIS REAIS- matrimônio: ministros da família, ministro leigo permanente.- agentes reais presentes nas pastorais.- ministérios específicos: Eucaristia, Batismo.

TRANSFORMAÇÕES NECESSÁRIAS- todo mandato deve ser reconhecido publicamente.- reconhecer todas as comunidades eclesiais como ministeriais.- solenizar as escolhas e os mandatos.- ser testemunho vivo dentro da Igreja.- abrir espaço para incorporação das mulheres.- valorização dos ministérios leigos- criar diaconatos femininos: diaconisas; teólogas; doutoras da Igreja que já são reconhecidas na Patrologia, porque não existir uma “Matrologia”; apóstolas – Rm 16, 7; Cl 4, 15. - favorecer os ministérios mais amplos que ajudam a Igreja a alargar seu campo de visão: coordenação - ministros da unidade; estudos da Bíblia - formação, escola da fé, catequese, CEBI’S - gerando maior sensibilidade com a Palavra de Deus; ministros da Palavra e da Liturgia - que conduzam as celebrações com propriedade; ministros da Solidariedade - que se empenhem na luta social dos povos.

ECLESIOLOGIA XVIII(28/06/06).O SER DA IGREJA

A IDENTIDADE MAIS PROFUNDA PRESENTE NO SINAL- Os sinais podem divergir dependendo da cultura, mas a Igreja possui sinal universal.

EVANGELIZAR- a ação eclesial como expressão de ação que a torna crível.

de Deus.A IGREJA CONDUZ A EXPERIÊNCIA E TAMBÉM EXPERIENCIA de significados.

de interioridade.

no caminho.A EVANGELIZAÇAO PELO SEGUIMENTO na metodologia.

nos conflitos.