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Walter Franco Lopes da Silva Economia Brasileira Contemporânea 2009 Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br

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Walter Franco Lopes da SilvaEconomia Brasileira Contemporânea

2009Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A,

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IESDE Brasil S.A. Al. Dr. Carlos de Carvalho, 1.482. CEP: 80730-200 Batel – Curitiba – PR 0800 708 88 88 – www.iesde.com.br

Todos os direitos reservados.

© 2008 – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais.

S586 Silva, Walter Franco Lopes da. / Economia Brasileira Con-temporânea. / Walter Franco Lopes da Silva. 1. ed —

Curitiba : IESDE Brasil S.A. , 2009. 92 p.

ISBN: 978-85-7638-813-5

1. Desenvolvimento. 2. Inflação. 3. Crescimento econômico. 4. Políticas públicas. 5. Industrialização. I. Título.

CDD 330.981

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Walter Franco Lopes da SilvaMestre em Ciências Sociais pela University of London, Institute for Latin American Studies. Pós-Graduado em Economia de Empresas, e Graduado em Administração de Empresas, pela Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP). Consul-tor de Investimentos e Novos Negócios. Profes-sor de Economia e Administração nos cursos de Bacharelado, Pós-Graduação e Graduação Tec-nológica da Universidade Cidade de São Paulo (UNICID).

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sum

ário

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sum

ário As transformações da economia brasileira no século 20 11

11 | Breve histórico e a questão do desenvolvimento econômico no Brasil

14 | O período entre a Primeira Guerra Mundial e a Crise de 1929

15 | As bases do processo de substituição das importações

A crise dos anos 30 e o processo de industrialização 25

25 | A crise dos anos 1930 como motor do processo de industrialização

25 | As duas teses que explicam o início do processo de industrialização do Brasil

29 | Outras razões para justificar o processo de substituição das importações

30 | Dinâmica, desequilíbrios e crises do modelo

31 | Crítica à política de substituição de importações

31 | O governo de Getulio Vargas: consolidação das políticas industriais e conseqüências

Do Estado Novo à crise do endividamento 39

39 | A consolidação das estratégias dos governos Vargas até o período de 1951-1954

44 | O governo de JK: as políticas de modernização e o plano de metas

As décadas de 1960 a 1980: dívida externa, recessão, inflação e crise do setor público

53

53 | O agravamento da inflação

56 | Desestabilização econômica, desemprego e crises

58 | Planos econômicos: conseqüências e problemas

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Da abertura econômica de Collor ao Plano Real 69

69 | Governo Collor e a abertura econômica

73 | Governo FHC, Plano Real e reformas estruturais

76 | Governo Lula e a consolidação da estabilidade econômica

78 | Panorama do desempenho econômico de 2007 e perspectivas

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Apresentação Econom

ia Brasileira

Contem

porâneaEste livro tem por objetivo estudar a Economia Brasileira Contempo-rânea, de forma a propiciar ao aluno uma visão ampla e crítica dos principais temas políticos, econômicos e sociais que afetam o Brasil nos dias de hoje. Esse estudo se dará a partir de uma visão histórica das políticas públicas e de desenvolvimento implantadas pelos di-versos governos nas últimas décadas, e do entendimento de temas importantes como inflação, estabilização, emprego e desigualdade social, presentes no dia-a-dia dos brasileiros. Estudaremos também os principais desafios que se apresentam hoje ao país, no que se refere a seu crescimento econômico e à sua viabilidade de sustenta-ção a longo prazo. Por fim, trataremos do importante papel que vem sendo desempenhado pelo Brasil no âmbito internacional e seu cres-cente papel como economia emergente nos mercados globalizados.Na primeira aula, o foco será uma breve análise histórica e o estudo das principais transformações por que a economia brasileira passou, no período compreendido entre o final do século XIX até a Crise de 1929. Esse estudo de como a economia brasileira se encontrava or-ganizada permitirá compreender as razões das estratégias adotadas no país com a tomada do poder por Getulio Vargas, a partir dos anos 1930. Em seguida, estudaremos a importância – fazendo uma análise histórica e crítica – das bases do processo de substituição das im-portações, iniciado no Brasil na primeira metade do século XX. Esse processo trouxe enormes desafios para o país e possibilitou uma mu-dança significativa na estrutura da sociedade brasileira, com reflexos até os dias de hoje.Na segunda aula, estudaremos os impactos da Crise dos anos 1930 na economia brasileira, e de que forma o governo Vargas deu início ao processo de substituição de importações. Estudaremos também o papel dos governos e da iniciativa privada no processo de indus-trialização no Brasil, que abandona seu perfil basicamente rural e agroexportador para se transformar em um país urbano, exportador também de produtos industrializados e detentor de um parque in-dustrial em grande transformação.

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Na terceira aula, trataremos primeiramente da consolidação de Ge-tulio Vargas no poder – no período conhecido como Estado Novo, de 1937 a 1945 –, a importante fase do período pós-guerra, a transição para o governo Dutra e o Nacionalismo Econômico de Vargas, a partir de 1951. Em seguida, estudaremos as principais características e feitos das políticas de modernização do governo de Juscelino Kubitschek, cujos impactos podem ser ainda sentidos na sociedade brasileira. Fa-remos uma análise de como os diversos planos de desenvolvimento permitiram o crescimento significativo da inflação no Brasil, bem como o agravamento de crises econômicas nos governos subseqüentes.Na quarta aula, estudaremos o agravamento da inflação no Brasil, ocorrido nos anos 1960. Veremos também a fase compreendi-da entre o chamado “Milagre Econômico” da década de 1970 e a “Década Perdida”, de 1980: dívida externa, recessão, inflação e crise do setor público. Nesse capítulo, trataremos das diversas tentativas por parte dos governos em controlar a inflação por meio de planos econômicos, assim como a difícil missão de viabilizar o crescimento e o desenvolvimento econômico nacional no período.Por fim, na quinta aula estudaremos as importantes transformações ocorridas no Brasil na década de 1990, após um longo período de profundas mudanças econômicas, políticas e sociais que possibilita-ram a contenção da inflação e permitiram a continuidade das atuais políticas de crescimento e de desenvolvimento nacionais. Nesse estudo, enfocaremos a importância da abertura comercial do Brasil para o mundo durante o governo Fernando Collor e a busca pela es-tabilidade econômica durante os governos Itamar Franco e Fernan-do Henrique Cardoso. Concluiremos nosso estudo sobre Economia Brasileira Contemporânea tratando da consolidação do controle da inflação e do desafio do crescimento econômico durante o governo Luiz Inácio Lula da Silva, bem como a estratégia de inserção do Brasil no mundo globalizado, as ações voltadas à redução das desigualda-des sociais e à busca pelo desenvolvimento sustentado.Boa leitura e bom estudo!

Econom

ia Brasileira

Contem

porânea

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As transformações da economia brasileira no século 20

Breve histórico e a questão do desenvolvimento econômico no Brasil

Desde o início do século passado a questão do desenvolvimento econô-mico do Brasil – e mais recentemente, a questão do seu desenvolvimento sustentado – vem sendo uma das grandes preocupações de diversos estu-diosos e economistas. Vale lembrar que o Brasil é uma nação muito jovem, cuja formação como país livre e democrático remonta a pouco mais de um século a partir da Proclamação da República – em 15 de novembro de 1889 –, e que experimentou, nesse breve período de tempo, diversos tipos de gover-no e uma série de políticas econômicas que nem sempre propiciaram atingir um padrão de desenvolvimento econômico que atendesse às necessidades da grande maioria de sua população.

Quando pensamos em formação da economia brasileira nestes últimos cinco séculos, a primeira visão que vem em nossas mentes, por um lado, é a de um grande fornecedor internacional de matérias-primas e de bens pri-mários para os grandes mercados das economias centrais, da Europa e dos Estados Unidos. E, por outro lado, a de um importante comprador de bens de consumo e de bens de capital desses mesmos países.

A partir da segunda metade do século XIX, observa-se um sensível au-mento da renda da população brasileira, em decorrência da rápida expan-são das exportações brasileiras de produtos agrícolas. Paralelamente a esse crescimento da renda, o país presencia o florescer de uma classe média e de trabalhadores assalariados que se tornariam juntos os grandes consumi-dores de produtos manufaturados nos principais centros urbanos do país. Entretanto, como esse mercado consumidor ainda não se encontrava muito desenvolvido no Brasil e a renda disponível era ainda pouca e muito concen-trada, raras manufaturas de grande escala se estabeleceram com o intuito de suprir os mercados locais com produtos manufaturados made in Brazil.

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Economia Brasileira Contemporânea

A resposta a essa expansão na demanda interna veio, diferentemente do que poderíamos imaginar, por meio de um significativo aumento das com-pras de produtos manufaturados, importados dos antigos centros europeus. Diferentemente, portanto, de um processo natural de aumento da produção interna, como poderia ser esperado em se tratando de um país com tantos recursos, mão-de-obra disponível, diversas vantagens comparativas, além de relativa estabilidade político-econômica.

Mas quais eram então as verdadeiras razões para o não-desenvolvimento da indústria local, em resposta a esse significativo crescimento de seu mer-cado consumidor?

Uma primeira e simplista análise poderia alegar que esse acomodamento da indústria manufatureira local se deveu a certos aspectos culturais e tradi-cionais.1 Entretanto, na visão de Bulmer-Thomas (1994, p. 132), o fornecimen-to de produtos fabricados no exterior ganhou espaço no mercado brasileiro até meados dos anos 1930, devido principalmente à baixa competitividade das indústrias brasileiras em comparação às suas concorrentes européias. O autor vai ainda mais fundo em sua análise, e destaca que essa baixa compe-titividade das indústrias brasileiras no início do século passado era resultado dos seguintes fatores:

inexistência no Brasil de capital fixo e de capital de giro disponível para os industriais, ou seja, praticamente, a inexistência de poupança interna;

o governo brasileiro não impunha barreiras à entrada de produtos com baixas margens de ganhos, dificultando a competitividade dos produtores locais, ou seja, uma quase penalidade ao produtor e à pro-dução nacional;

as instituições financeiras estabelecidas localmente não tinham inte-resse em financiar o micro e o pequeno industrial no Brasil, o foco era basicamente o financiamento do comércio exterior e o governo;

os pequenos industriais não dispunham de peso político na estrutura social brasileira, a fim de imporem suas demandas aos governos, por outro lado, a classe política não dialogava com os setores industriais menos estruturados e de menor porte;

ausência de energia, já que a indústria moderna exigia muitos depósi-tos de carvão, ou eletricidade gerada por poucas hidrelétricas, assim, a

1 A priori, uma análise super-ficial poderia nos remeter à valorização de bens prove-nientes dos grandes centros europeus, a exemplo de Paris ou Londres, em razão da forte ligação comercial existente entre comerciantes locais e exportadores europeus. Por outro lado, muitas vezes, também esses últimos eram donos dos estabelecimentos comerciais no Brasil, entre outros motivos.

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As transformações da economia brasileira no século 20

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importação de máquinas e equipamentos modernos exigia a disponi-bilidade de tais recursos para o seu funcionamento, e o Brasil, em mui-tos casos, não dispunha de infra-estrutura para atender à demanda;

dificuldades de transporte no vasto território nacional, ou seja, a lo-gística para o produtor local era praticamente o maior entrave para ganhos de escala no fornecimento em nível nacional.

Esses fatores, somados à dificuldade do desenvolvimento de tecnologia local, impunham ao industrial brasileiro enormes desafios para poder com-petir de igual para igual com a organizada e bem-estruturada produção vinda dos grandes centros europeus e norte-americanos. E isso principalmente no que se refere aos bens de consumo duráveis (como máquinas e equipamen-tos) e demais equipamentos de transporte, por exemplo.

Devido a esse cenário pouco propício ao investimento, restou como a melhor alternativa para o industrial local a presença um pouco mais desta-cada apenas em alguns setores-chave como os de alimentos e bebidas, têxtil e de confecções, além de uma presença significativa também no setor de mineração. Dados da Pan-American Union (apud BULMER-THOMAS, 1994), destacados no quadro abaixo, demonstram que em 1913 já existia uma forte presença de industriais brasileiros no setor de alimentos: podemos observar que as importações de alimentos representavam pouco menos que 14% do total importado pelo país nas primeiras décadas do século XX, cabendo, por-tanto, ao industrial local a produção e o suprimento da grande maioria de gêneros alimentícios para os consumidores brasileiros.

Importação de alimentos Ano 1913

US$ mil Do total das importações

Pan-

Am

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an

Uni

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BULM

ER-T

HO

MA

S,

1994

).

Brasil 45.004 13,90%

Dando continuidade a essa análise, e conforme demonstrado no quadro abaixo, em que observamos as estatísticas do total das riquezas produzidas no Brasil na segunda década do século XX, percebemos que apenas 12,1% do total do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, em 1920, vinha da indústria manufatureira.2 Esse dado demonstra a enorme dependência do país em re-lação à importação de produtos manufaturados e, também, à pequena im-portância da atividade manufatureira na geração total de riquezas.

2 Dados da Cepal (1978): Ma-nufacturing Output.

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Economia Brasileira Contemporânea

Produção industrial Ano 1920

US$ milhões Do total do PIB

(CEP

AL,

197

8)

Brasil 440 12,1%

As estatísticas da Comissão Econômica para a América Latina (Cepal) re-forçam ainda a importância significativa de setores como o de alimentos e bebidas, o têxtil e de confecções no total do PIB, sendo responsáveis por quase 75% do total da produção das riquezas produzidas no país pelo setor industrial. Os dados disponíveis são para o Brasil de 1920, conforme descrito no quadro abaixo3:

Total do PIB (%)Ano 1920

Alimentos e bebidas Têxtil Confecções Subtotal Metais

(IBG

E, 1

987)

Brasil 40,7% 25,2% 8,2% 74,1% 3,3%

O período entre a Primeira Guerra Mundial e a Crise de 1929

Apesar das dificuldades presentes no mercado brasileiro, diversas inicia-tivas de industrialização tomaram fôlego no período compreendido entre o início do século XX e os anos 1930, com destaque para setores voltados à exportação de alimentos semi-industrializados e industrializados, da cons-trução civil, bem como o têxtil e de confecções. Diversos movimentos foram percebidos no âmbito social, com o aumento significativo de migrações in-ternas de mão-de-obra para os grandes centros, com o objetivo de atender à crescente demanda burocrática do governo e das empresas, além de busca por melhorias na qualidade de vida e novas oportunidades.

Com o início da Primeira Guerra Mundial, o Brasil, bem como seus demais parceiros latino-americanos, viram-se diante de uma boa oportunidade de crescimento de suas exportações para os países europeus, que demanda-vam, por exemplo, produtos semimanufaturados, alimentos e matérias-primas, necessários ao seu abastecimento durante os períodos de conflitos armados. O Brasil, por sua vez, viu-se obrigado a rapidamente “substituir im-portações” por uma imediata produção local, devido à simples impossibili-dade de comprar de seus tradicionais fornecedores europeus em guerra.

3 Dados ajustados a preços de 1970 pelo IBGE (1987): considerando-se que 75% da mão-de-obra se encontrava nos setores de mineração e de construção civil.

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As transformações da economia brasileira no século 20

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Infelizmente, esse movimento forçado de substituição de importações não foi aproveitado pelo Brasil para consolidar e fomentar sua indústria nacional nas décadas seguintes. Pelo contrário, o governo não aproveitou a oportunidade para desenvolver uma política industrial voltada à manu-tenção desse esforço produtivo a longo prazo, capacitando mão-de-obra local ou mesmo criando um mercado interno para esses produtos. No final da década de 1920, a Crise de 1929 nos EUA agravaria mais a situação da economia brasileira, ainda fortemente dependente das exportações de café, causando profundas mudanças políticas e sociais em nosso país.

As bases do processo de substituição das importações

O entendimento da economia brasileira contemporânea exige, em pri-meiro lugar, uma breve discussão a respeito das bases da formação de nossa sociedade. E quando pensamos em formação da sociedade brasileira moder-na temos, necessariamente, que entender a importância das políticas adota-das e das instituições criadas durante o governo Getulio Vargas4, que foi, sem dúvida, o grande estadista brasileiro do século XX.

Tendo sido presidente por um longo período de tempo, da Revolução de 1930 até o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, Getulio Vargas forjou o Estado brasileiro moderno da forma como o conhecemos hoje. Ou seja, grande parte das leis, das instituições e das características presentes na so-ciedade e nas instituições brasileiras atualmente deve-se ao legado do pe-ríodo Vargas e de suas políticas modernizadoras e transformadoras.

Contudo, não podemos nomear Getulio Vargas como o único responsável pelas políticas modernizadoras e voltadas ao crescimento e desenvolvimen-to do Brasil. Diversos outros governos, democráticos ou não, contribuíram positiva ou negativamente para a transformação de nossa sociedade desde o início da República. Esse é o caso das políticas desenvolvidas por Juscelino Kubitschek, e por algumas políticas implementadas durante o período dos governos militares (1964-1985). Mais recentemente, o trabalho de estabili-zação econômica desenvolvido pelos três últimos governos – Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva – pode ser elogiado por ter encerrado longos períodos de inflação crônica e de instabilidades econômicas. Mas, de qualquer forma, o Brasil ainda carece de um planeja-mento para desenvolvimento sustentado de longo prazo.

4 Os governos de Getulio Vargas podem ser divididos em: Governo Transitório (1930-1934), Governo Consti-tucional (1934-1937), Estado Novo (1937-1945) e Período Democrático (1951-1954).

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Economia Brasileira Contemporânea

Na realidade, pensar e estudar um único modelo de desenvolvimento para o Brasil é algo impossível de ser feito, já que várias políticas foram sendo implantadas pelos diversos governos no decorrer de sua história, o que, com algumas rupturas e continuidades, de uma forma ou de outra, determina-ram as características de nossa economia e a face de nosso país no mundo atual. Logo, o que na verdade o Brasil nunca usufruiu foi de um planejamen-to governamental realmente de longo prazo e que atendesse às suas reais necessidades de desenvolvimento sustentado, e com menos interrupções ou rupturas no decorrer de todos esses períodos.

Aliás, essa questão da não continuidade de um plano de desenvolvimen-to econômico coordenado é uma das grandes características da economia brasileira. E esse fato, combinado com as características do nosso padrão de desenvolvimento enquanto Colônia (de 1500 a 1822), e mesmo duran-te o Império (de 1822 a 1889), foi o responsável pelo forjamento da nossa identidade nacional e da nossa dificuldade em identificar uma vocação forte para o planejamento de longo prazo. Portanto, acreditamos que entender de Economia Brasileira Contemporânea é entender da população, da exten-são territorial, das riquezas naturais, da diversidade cultural, dos indicado-res econômicos e das políticas que vêm caracterizando a formação do Brasil moderno.

Sempre que pensamos na montagem de nosso parque industrial, temos que pensar nas políticas voltadas para a substituição de importações. Por outro lado, é importante destacar, logo no início de nossa análise, que subs-tituir importações por produtos fabricados localmente deve necessariamente atender à lógica do desenvolvimento. Isso porque a substituição de importa-ções não pode apenas atender à lógica do produzir tudo localmente, a qual-quer custo e de qualquer forma. Ou seja, conforme descreveu Paulo de Tarso Soares (in: REGO, 2003, p. 284), somente quando a substituição de importa-ções se faz de maneira significativa e sistemática é que podemos caracterizá-la como um modelo que contribui para o crescimento da economia como um todo. Mas o que leva um país a implantar uma política de substituição de importações?

Há diversas teorias que explicam a necessidade da implantação de uma política de substituição de importações. Dentre elas, podemos destacar:

A interrupção do fornecimento externo – como decorrência de guerras, de bloqueios comerciais, de escassez, dentre outros fatores.

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O crescimento significativo do mercado interno – como resultado do aumento da renda média da população, ou do aumento das expor-tações dos produtos locais, que venham a contribuir para a sua substi-tuição por importados similares.

As políticas de desenvolvimento – ocorre quando os governos in-vestem em determinados setores, exigindo o aumento do suprimento de matérias-primas ou de outros insumos produzidos localmente.

Celso Furtado (1959) estudou e cunhou a expressão substituição de impor-tações como um movimento decorrente de determinados fatores, por exem-plo a política desenvolvimentista e de industrialização do governo Getulio Vargas a partir de 1930, que, combinada com as dificuldades de importação por um longo período de tempo, levou a um crescimento significativo do mercado consumidor interno. Esses fatores podem levar a uma busca pela produção local, a fim de possibilitar o crescimento interno da demanda por bens.

Ampliando seus conhecimentos

Anos 20 – café e indústria

(FGV/CPDOC, 2008)

Em síntese: Durante a Primeira República (1889-1930) a economia brasileira ainda se caracterizava pelo predomínio da atividade agroexportadora. O café, o açúcar, a borracha, o cacau e o fumo eram os principais geradores de divisas para o país. Já se registrava, entretanto, o funcionamento de diversas indús-trias, inauguradas desde o final do século XIX. Diversos fatores explicam o nas-cimento da indústria no Brasil. Um deles foi a formação de um capital inicial a partir do comércio exportador e da lavoura cafeeira. Ao aumentar a renda da população e a demanda de produtos de consumo não-duráveis, a política de valorização do café também contribuiu para a expansão da atividade indus-trial. Outro elemento de estímulo para a indústria foi a política de incentivo à imigração. Outro, ainda, foi a Primeira Guerra Mundial, que alterou o quadro das relações econômicas internacionais do Brasil.

Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, em 1914, o fluxo internacio-nal de comércio sofreu uma drástica desaceleração. Aumentaram as dificul-

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Economia Brasileira Contemporânea

dades para a exportação do café brasileiro, que foram ainda mais agravadas pela volumosa safra de 1917-1918. Paralelamente, porém, o conflito mundial favoreceu o processo de industrialização do Brasil. A interrupção da entrada de capitais estrangeiros e a obrigação de honrar os compromissos da dívida externa minaram os estoques de divisas nacionais. Como conseqüência, foi necessário controlar as importações, já prejudicadas devido à guerra, e pro-mover a produção nacional de artigos industrializados. Estima-se que a pro-dução industrial brasileira cresceu a uma taxa anual de 8,5% durante os anos de conflito.

Ao mesmo tempo que incentivava, a guerra criava limites à expansão da nossa indústria ao impedir a reposição e manutenção de máquinas e equipa-mentos. O problema era que o Brasil continuava carente de uma indústria de base que inclui a produção de aço, ferro e cimento. Data somente de 1924 o início da produção de aço no país, pela siderúrgica Belgo-Mineira, enquanto a produção de cimento, pela Companhia de Cimento Portland, só se iniciou em 1926.

O processo de industrialização da década de 1920 se dividiu em duas etapas: a primeira até 1924, coincidindo com a terceira valorização do café (1921-1924), quando foram realizados importantes investimentos em maqui-naria que levaram à modernização da indústria; a segunda, de 1924 até 1929, quando ocorreu um processo de desaceleração na produção industrial, em virtude da retomada do fluxo de importações graças a uma taxa de câmbio que tornava mais barato o produto estrangeiro.

A despeito da relação simbiótica entre café e indústria, que se refletia in-clusive na união das famílias por meio de casamentos ou no duplo papel do cafeicultor-industrial, não se pode negar a existência de disputas entre fazen-deiros e industriais, principalmente quanto à delicada questão da elevação de tarifas. Tanto a burguesia cafeeira quanto a nascente burguesia industrial que-riam proteger seus interesses. Assim, em 1922 foi criado o Instituto de Defesa Permanente do Café, órgão destinado a organizar o mercado produtor nacio-nal. Não tardou muito para que essa função passasse a ser atribuição do estado de São Paulo, com a criação, em 1924, do Instituto do Café de São Paulo. Os industriais também se organizaram em diversas associações de classe, em ci-dades como São Paulo, Porto Alegre e Juiz de Fora. Mas foi o Centro Industrial do Brasil (CIB), sediado no Rio de Janeiro, o que mais se destacou por procurar articular os interesses empresariais em todo o país. Ao longo das greves ocor-

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As transformações da economia brasileira no século 20

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ridas entre 1917 e 1920, conseguiu garantir a união do setor industrial frente à classe operária. O CIB também procurou limitar a intervenção do Estado na questão social, a fim de evitar um excesso de ônus para os industriais e o cer-ceamento de sua liberdade na condução das relações com o operariado.

A crise política dos anos 1920 foi caracterizada pela rejeição do sistema oligárquico, que era associado ao “rei Café”. Seu desfecho foi o fim da hegemo-nia da burguesia cafeeira na condução da economia e da política brasileiras. Mas a estreita relação entre café e indústria fez com que tanto os cafeiculto-res quanto os industriais fossem identificados como beneficiários da política do governo. De fato, os industriais – supostamente representantes dos novos tempos – aliaram-se em sua maioria aos setores mais conservadores das forças em luta. Ao se inaugurar a Era Vargas, apesar das dificuldades políticas e econômicas enfrentadas, a industrialização do país já iniciara um caminho sem retorno.

A política econômica

(FGV/CPDOC, 2008)

A crise de 1929 afetou profundamente a economia brasileira. A queda do preço do café, reduzido a 1/3 de seu valor entre 1929 e 1931, provocou uma redução dramática da capacidade de importar e das receitas fiscais, além de ameaçar de falência o mais importante setor econômico do país, a já endivi-dada cafeicultura. De outro lado, a interrupção dos fluxos financeiros interna-cionais inviabilizava o financiamento da dívida externa dos governos federal e dos estados e até mesmo o pagamento dos juros, o que tinha repercussões negativas sobre a taxa de câmbio.

Diante desse quadro, a resposta inicial do Governo Provisório de Vargas, a par de medidas extremas e inevitáveis, como a suspensão dos pagamentos externos (setembro de 1931) e o estabelecimento do monopólio do câmbio pelo Banco do Brasil, seguiu linhas tradicionais. Procurou-se cortar despesas, negociar pontualmente as dívidas da cafeicultura e buscar um acordo com os credores externos.

Após a demissão de José Maria Whitaker, Oswaldo Aranha assumiu o Mi-nistério da Fazenda e Artur de Sousa Costa, o Banco do Brasil. Em março de

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Economia Brasileira Contemporânea

1932, foi assinado o terceiro acordo para a consolidação da dívida externa brasileira, estabelecendo um rescalonamento dos pagamentos, mas Aranha continuou a negociar novos adiamentos. Em junho de 1932 foi criada a Caixa de Mobilização Bancária (Camob), que deveria funcionar como mecanismo de proteção contra crises do sistema financeiro. No mesmo mês, a Carteira de Redesconto do Banco do Brasil foi autorizada a trabalhar com títulos de longo prazo no financiamento da agricultura e da indústria.

Contudo, a gravidade dos problemas enfrentados e acontecimentos po-líticos imprevistos tornaram esse curso insustentável. A Revolução Constitu-cionalista de 1932 e uma grande seca no Nordeste passaram a exigir pesados gastos governamentais, ampliando um já expressivo déficit. Por fim o gover-no promulgou a Lei do Reajustamento Econômico (Decreto 23.533, de 1.° de dezembro de 1933), que previa o perdão de até 50% das dívidas dos cafeicul-tores junto a fornecedores e ao sistema financeiro. Além dessas medidas, com a criação do Instituto Brasileiro do Café, o governo federal voltou a ter uma política ativa de sustentação do preço do produto.

Os déficits governamentais, a política para com a dívida da cafeicultura e a diminuição da capacidade de importar terminaram por evitar uma crise de liquidez de maior gravidade, mantiveram de alguma forma a renda dos cafei-cultores e trouxeram alguma proteção às atividades industriais, criando con-dições para uma razoável recuperação econômica.

Com Sousa Costa já ocupando o Ministério da Fazenda, os sinais de me-lhoria puderam ser sentidos na liberação do câmbio, em setembro de 1934, e nas amplas negociações com o governo americano para a obtenção de uma solução mais duradoura para a dívida externa e a assinatura de um novo tra-tado comercial (1935).

O agravamento da conjuntura internacional, provocado pela diminuição do ritmo de crescimento da economia americana, forçaria porém uma nova reversão do quadro. Ao final de 1937, a situação da balança comercial brasilei-ra levou ao restabelecimento do monopólio cambial e à criação de controles sobre as importações. Diante da dificuldade brasileira de honrar o pagamento de credores e fornecedores, o governo norte-americano passou a pressionar o governo brasileiro para que revisse não somente sua política cambial, mas também os tratados comerciais firmados com a Alemanha.

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As transformações da economia brasileira no século 20

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Atividades de Aplicação1. O texto afirma que “desde o início do século passado a questão do de-

senvolvimento econômico do Brasil – e mais recentemente a questão do seu desenvolvimento sustentado – vem sendo uma das grandes preocupações de diversos estudiosos e economistas.” Isso é:

a) errado, pois nunca a questão econômica brasileira gerou interesse de estudiosos e economistas.

b) correto, pois o Brasil sempre foi foco de interesse de estudiosos de-vido às suas características, que são, dentre outros fatores, tama-nho geográfico e posição estratégica no continente americano.

c) correto, pois o desenvolvimento econômico é importante apenas para os países em desenvolvimento, uma vez que as economias centrais já se encontram desenvolvidas e não necessitam crescer mais.

d) errado, pois o Brasil não gera interesse de estudiosos e economis-tas devido à sua irrelevância no comércio global.

2. A inexistência, no Brasil, de capital fixo e de capital de giro disponível para os industriais, ou seja, a praticamente inexistência de poupança interna é resultado:

a) de gastos excessivos com produtos importados comprados das economias industrializadas.

b) de gastos excessivos com o desenvolvimento da indústria brasilei-ra durante cinco séculos.

c) da ausência de um Banco Central atuante no mercado de poupan-ça interna durante o período do império.

d) de anos de colonização, políticas de desenvolvimento inadequa-das e falta de planejamento de longo prazo e estratégias de fo-mento econômico no Brasil.

3. O texto menciona: “Há diversas teorias que explicam a necessidade da implantação de uma política de substituição de importações.” Dentre elas, poderíamos destacar:

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Economia Brasileira Contemporânea

a) a busca por uma produção local, e de melhor qualidade, de bens no Brasil.

b) a exigência de produtos mais sofisticados por parte dos novos consumidores locais, cansados dos produtos europeus e norte-americanos.

c) a interrupção do fornecimento externo, como decorrência de guer-ras, de bloqueios comerciais e de escassez, entre outros fatores.

d) a não ligação entre substituição de importações e as ações de po-líticas públicas no Brasil.

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Gabarito

As transformações da economia brasileira no século 20

1. B

2. D

3. C

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