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Economia - Cespe Prova Comentada Profs. Heber Carvalho e Jetro Coutinho Profs Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 19 Fala galera! Tudo na paz? Seguinte, domingo, dia 09/03, rolou a prova de Economista para a SUFRAMA. A banca foi o Cespe. Falando da prova, eu a considerei de dificuldade mediana. Uma ou outra questão difícil, algumas muito fáceis, mas a maioria na média. Tenho certeza que nossos alunos do curso de Economia aqui no Estratégia tiveram todo o apoio para fazer uma excelente prova. Com CERTEZA ABSOLUTA nosso curso alcançou mais de 90% das questões da prova e as outras não diretamente comentadas eram possíveis de serem inferidas com os conhecimentos adquiridos. Só percebi uma possibilidade de recurso na questão 52. Aquele abração pra todos vocês e sigam firmes! Segue a prova comentada! A tabela acima apresenta os coeficientes técnicos de horas de trabalho da mão de obra na produção de uma unidade de alimento e de uma unidade de tecido em duas economias, identificadas como A e B. A partir dessas informações, julgue os itens a seguir. 51 A economia A tem menos custo de oportunidade na produção de tecidos que a economia B. Comentários: Repare que a questão fala que os coeficientes técnicos representam os coeficientes de HORAS trabalhadas para uma unidade de alimento e tecido. No caso em questão, a economia A tem maior custo de oportunidade na produção de tecidos, pois deixa de ganhar 3 unidades de alimento ao resolver produzir tecidos. Já a economia B deixa de ganhar apenas 2 unidades de alimento para produzir tecidos. Dessa forma, o custo de oportunidade de A é MAIOR. Gabarito: Errado.

Economia - Cespe Prova Comentada Profs. Heber Carvalho e ... · A teoria das vantagens comparativas nos informa que cada economia ... a Pme e a Pmg do insumo Y ... Considere que uma

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Profs. Heber Carvalho e Jetro Coutinho

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Fala galera! Tudo na paz? Seguinte, domingo, dia 09/03, rolou a prova de

Economista para a SUFRAMA. A banca foi o Cespe.

Falando da prova, eu a considerei de dificuldade mediana. Uma ou outra questão difícil, algumas muito fáceis, mas a maioria na média. Tenho

certeza que nossos alunos do curso de Economia aqui no Estratégia tiveram todo o apoio para fazer uma excelente prova. Com CERTEZA

ABSOLUTA nosso curso alcançou mais de 90% das questões da prova e as outras não diretamente comentadas eram possíveis de serem inferidas

com os conhecimentos adquiridos.

Só percebi uma possibilidade de recurso na questão 52.

Aquele abração pra todos vocês e sigam firmes!

Segue a prova comentada!

A tabela acima apresenta os coeficientes técnicos de horas de trabalho da mão de obra na produção de uma unidade de alimento

e de uma unidade de tecido em duas economias, identificadas

como A e B. A partir dessas informações, julgue os itens a seguir.

51 A economia A tem menos custo de oportunidade na produção de tecidos que a economia B.

Comentários:

Repare que a questão fala que os coeficientes técnicos representam os coeficientes de HORAS trabalhadas para uma unidade de alimento e

tecido. No caso em questão, a economia A tem maior custo de oportunidade na

produção de tecidos, pois deixa de ganhar 3 unidades de alimento ao resolver produzir tecidos.

Já a economia B deixa de ganhar apenas 2 unidades de alimento para produzir tecidos.

Dessa forma, o custo de oportunidade de A é MAIOR.

Gabarito: Errado.

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52 Na economia B, o custo de oportunidade na produção de

alimentos é menor que o da economia A.

Comentários: Para a Economia B, o custo de produzir alimentos significa deixar de

ganhar 3 unidades de tecidos. Já para a Economia A, o custo de produzir alimentos significa deixar de

ganhar 4 unidades de tecidos.

Assim, o custo de oportunidade de B é menor que o de A, por isso, cabe recurso nessa questão.

Gabarito: Errado

Gabarito proposto: Certo

Comentários:

53 Na comparação entre as duas economias, verifica-se que a economia B tem vantagem comparativa na produção de tecidos.

Comentários:

A teoria das vantagens comparativas nos informa que cada economia deve se especializar na produção de bens em que é mais eficiente. Veja

que a Economia A é mais eficiente tanto na produção de alimentos quanto na de tecidos, mas qual é a melhor solução para as duas economias em

conjunto? A melhor solução é que A produza Alimentos ( já que é mais eficiente que

B) e B produza tecidos (pois já que A produzirá alimentos, B deve produzir tecidos). Pois, desse modo, a sociedade terá 3 unidades de

alimento e 3 de tecido. De qualquer outra forma a sociedade terá mais de

um bem do que de outro e, assim, não teremos uma satisfação melhor.

Gabarito: Certo

54 Na comparação entre as duas economias, verifica-se que a economia B possui vantagem absoluta na produção de tecidos.

Comentários:

Veja que em uma hora, a economia B 3 tecidos OU 2 alimentos, desse modo, ela deve optar por produzir o que for mais eficiente. Assim, ela

optará por produzir tecidos.

Gabarito: Certo

55 A economia B apresenta vantagem relativa na produção de

alimentos e tecidos, em comparação com a economia A.

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Comentários: Na verdade, a Economia A possui vantagem relativa, pois, em uma hora,

produz mais alimento e mais tecido que a Economia B.

Gabarito: Errado

Em relação aos efeitos preço, renda e substituição em uma microeconomia, julgue os itens seguintes.

56 Dois bens são complementares se a elasticidade-preço cruzada

da demanda é positiva.

Comentários: Dois bens serão complementares se a elasticidade-preço cruzada da

demanda for negativa.

Gabarito: Errado

57 Quando a elevação do preço do bem causa redução da

quantidade demandada, diz-se que o bem é inferior.

Comentários: Nesse caso, o bem é um bem normal.

Gabarito: Errado

No que se refere à teoria do consumidor, julgue os itens que se

seguem. 58 Quando preços dos bens e renda do consumidor são

multiplicados por escalar positivo, a restrição orçamentária não é

alterada.

Comentários: Multiplicar por um escalar positivo é o mesmo que multiplicar a renda e os

preços na mesma proporção. E, como vimos na nossa aula 01, página 49, ao multiplicar renda e preços na mesma proporção, a restrição

orçamentária não é alterada, pois a equação da linha de orçamento permanece a mesma.

Gabarito: Certo

59 A escolha ótima do consumidor é sempre caracterizada pela

igualdade entre a taxa marginal de substituição dos bens e a razão entre os seus respectivos preços.

Comentários:

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Estudamos o caso das preferências bem comportadas e, para estas, a

igualdade entre a TMgS e a razão entre os respectivos preços é válida. No entanto existem as preferências mal comportadas e, nesse caso, tal

relação não é válida. Assim, não é sempre que a escolha ótima do consumidor será caracterizada pela relação apresentada no enunciado.

Gabarito: Errado.

60 Considere uma economia com dois bens, B1 e B2, estando B1

representado no eixo das ordenadas, e B2, no eixo das abscissas. Nessa situação, se o preço de B1 for duplicado e o de B2 for

triplicado, a restrição orçamentária do consumidor será deslocada para a esquerda e ficará mais inclinada.

Comentários:

Eixo das ordenadas é o eixo vertical. Eixo das abscissas é o eixo

horizontal. Assim, B1 estará no eixo vertical e B2 no eixo horizontal. Exatamente como vimos em nossa aula, caso haja mudança nos preços,

haverá mudança também nos interceptos da curva de orçamento. O intercepto do bem B1 é representado por m/p1 enquanto o intercepto

do bem B2 é representado por m/p2. Vimos durante o nosso curso que o aumento do preço do bem do intercepto vertical (B1) torna a reta de

restrição menos inclinada e que o aumento do preço do bem do intercepto horizontal (B2) torna a reta de restrição mais inclinada (vertical). Assim,

como o preço de B2 aumentou mais que B1 (triplicou, enquanto B1 duplicou), o resultado final é que o efeito de B2 será maior, tornando,

portanto, a reta de restrição mais inclinada.

Gabarito: Certo.

Considerando a função utilidade U = 2x0,4 y0,6, com px = 1 e py = 6,

em que pi é o preço do bem i e a renda do consumidor é igual a 50 unidades monetárias, julgue os seguintes itens.

61 O consumidor escolhe de forma ótima 25 unidades do bem x.

Comentários:

Antes de começarmos os comentários, é importante notar que a função utilidade em questão é um função Cobb-Douglas e que, além disso, o

enunciado ainda nos deu a renda do consumidor. Dessa forma, podemos usar o bizú que aprendemos na aula para resolver as questões desse

enunciado.

Vimos durante a aula que, para funções Cobb-Douglas, a fórmula que

mostra a quantidade ótima do consumidor é:

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Onde “a” é o coeficiente de X, “b” é o coeficiente de Y, “m” é a

renda do consumidor e Px é o preço de X. Assim, substituindo os

valores, teremos:

Resolvendo a equação, encontraremos que X = 20. Ou seja, a quantidade

ótima do consumo de X é igual a 20 e não a 25, como afirma a questão.

Gabarito: Errado

62 O nível de satisfação ótimo do consumidor é superior a 17 unidades.

Comentários: Para encontrarmos o nível de satisfação ótimo do consumidor, temos que

ter o consumo ótimo da quantidade dos bens X e Y, mas como o consumo ótimo de X é 20, já podemos concluir que o nível de satisfação é superior

a 17 unidades.

Gabarito: Certo

63 O consumidor escolhe de forma ótima 5 unidades do bem y.

Comentários:

Da mesma forma como fizemos para o bem X, faremos para o bem Y, só tomando o cuidado de fazer as alterações nas variáveis.

Substituindo as variáveis:

Ao resolvermos a equação acima, chegaremos ao resultado do consumo ótimo de Y que é de 5 unidades.

Gabarito: Certo

64 A demanda marshalliana do bem x é igual a

.

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Comentários:

A demanda marshalliana não foi um tópico em que demos muita atenção, mas acredito que era possível responder esse item só com a fórmula de

quantidade ótima para funções Cobb-Douglas. Uma demanda marshalliana é uma função que fornece os valores que resolvem o

problema de maximização da utilidade, apenas relacionando a quantidade ótima com o preço do bem. Ou seja, é uma função de demanda “ótima”,

a função de demanda que representa a demanda ótima. Para o bem X, essa função é o próprio bizú que passamos na aula.

Assim, a demanda marshalliana para o bem X será:

Ou seja, a demanda é

e não

.

Gabarito: Errado

Considerando a função de produção Cobb-Douglas descrita por f(x,y) = Axayβ, em que x e y são os fatores de produção e “a” e

“β”, os parâmetros, julgue os itens subsequentes.

65 A produtividade média e a produtividade marginal do insumo y são dadas, respectivamente, por Axayβ-1 e βAxayβ-1.

Comentários:

Questão bem tranquila! Só precisamos de algum conhecimento dos conceitos de produtividade média (produção total dividida pela

quantidade) e produtividade marginal (derivada da produtividade total). Apenas temos que levar em consideração o que pediu a questão: a Pme e

a Pmg do insumo Y (só do Y).

Produtividade Média do insumo y:

Como o ”y” do denominador está dividindo, ele é igual, devido a uma

propriedade matemática, a ser multiplicado por y-1. Ou seja:

Y = Axayβ.y-1 que é igual a Y = Axayβ -1!

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Produtividade Marginal do insumo y: para isso teremos o cálculo da

derivada. Como estamos querendo saber só a Pmg do insumo y, só derivaremos a variável referente ao insumo y, assim, usaremos a regra

da derivada aprendida em nossa aula que é tombarmos o expoente e, depois, no coeficiente de y, subtrairmos 1. Dessa forma, a função

produtividade dada no enunciado tem como coeficiente de y o “β”. Assim, repare que no item, na equação da produtividade marginal do insumo y, o

“β” está multiplicando (pois foi “tombado”) e também, no insumo y aparece no expoente a expressão “β-1”, caracterizando assim a correta

aplicação da regra da derivada.

Gabarito: Certo.

66 Se a tecnologia de produção tem rendimentos constantes à escala, então a produtividade marginal dos fatores é constante.

Comentários: Não há, no curto prazo, essa relação entre rendimentos constantes e

produtividade marginal.

Gabarito: Errado.

67 Se a + β > 0, a economia apresenta rendimentos crescentes à escala.

Comentários:

Atenção em questões desse tipo! Concurseiro que não presta atenção toma prejú! Para que a economia apresente rendimentos crescentes à

escala, a soma dos coeficientes deve maior que 1 e não maior que 0.

Gabarito: Errado

Considere que uma firma opera em concorrência perfeita,

praticando preço de mercado unitário de 6 unidades monetárias e cuja função custo total é descrita por

CT = 0,2Q2 - 5Q + 30, em que Q é a função de produção. Com base nessas informações, julgue os itens que se seguem.

68 A empresa está no equilíbrio de longo-prazo.

Comentários:

Questão que trabalha mais percepção do que conteúdo. Repare o termo “30” no final da função custo. Esse valor independe da produção (pois não

é multiplicado por nenhum Q). Se esse valor não depende da produção ele é um custo fixo. E, se temos custo fixo, estamos no curto prazo, pois

no longo prazo só possuímos custos variáveis.

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Gabarito: Errado

69 A empresa vende mais que 25 unidades.

Comentários:

Questão de dificuldade mediana. Repare que o enunciado comenta que o preço de venda é de 6, que a firma opera sobre concorrência perfeita e

nos dá a função custo. E qual é a característica da concorrência perfeita que relaciona preço e custo? Exatamente isso que você pensou ( ou eu

espero que tenha pensado! Kkkkkkkkkkk)! Na concorrência perfeita, temos a igualdade P = Cmg. Assim, basta encontrarmos o custo marginal

e igualá-lo ao preço. Assim, acharemos a quantidade ótima! Vamos lá?

O custo marginal é a derivada da função custo total. Pelas regras de derivada que aprendemos no curso, a função custo marginal ficará assim:

Cmg = 0,4Q – 5.

Igualando P = Cmg, ficaremos com:

6 = 0,4Q – 5. Isolando Q, temos que Q = 27,5.

Gabarito: Correto.

70 A firma opera com lucro positivo superior a 120 unidades monetárias.

Comentários:

Essa questão fica mais fácil de ser respondida se soubermos responder o item anterior. Como vimos no curso, o Lucro é as Receitas – Custos.

Receita é Preço x Quantidade e o Custo a questão nos deu. Assim:

Receitas = P.Q = 6 x 27,5 = 165.

Custos: 0,2(27,5)2 – 5(27,5) + 30 = 43,75

Lucro = R – C = 165 – 43,75 = 121,25.

Gabarito: Correto.

Considerando o sistema de contas nacionais, os conceitos de déficit e de dívida pública e as identidades e os agregados

macroeconômicos, julgue os itens a seguir.

71 Quanto maior for o crescimento da economia de um país, maior será a necessidade de geração de superávits primários, para se

manter constante a relação dívida pública/PIB.

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Comentários:

Quanto maior for o crescimento de um país, MENOR será a necessidade de geração de superávits primários, pois como o denominador PIB cresce

bastante, isso diminui a relação dívida pública/PIB e, assim, pode haver um menor esforço para alcançar superávits.

Gabarito: Errado.

72 No cálculo do produto interno líquido a preços de mercado,

considera-se o fluxo de bens de propriedade de residentes do país, excluindo-se tanto a depreciação quanto os impostos

indiretos e os subsídios.

Comentários: Mais uma questão que necessita de atenção. O enunciado está dizendo

que no conceito PILPM são excluídos a depreciação, os Imp. Indiretos e os

subsídios. Isso não é verdade, pois o conceito de PILPM leva em consideração (ou seja, NÃO exclui) os Impostos Indiretos. Para lembrá-

los, calculamos o PILPM pela fórmula:

PIL = PNBcf – Depreciação + II – Sub.

Gabarito: Errado

73 O produto nacional calculado sob a ótica da renda pode ser expresso pela soma dos salários e dos lucros das empresas,

deduzindo-se as despesas com aluguéis e com juros, para se evitar a dupla contagem.

Comentários:

Na verdade, sob a ótica da renda, são levadas em consideração os

aluguéis e juros, portanto, a questão está errada. Quando levamos em consideração alguma variável, nós somamos ela no cálculo, não

deduzimos, como afirma a questão.

Gabarito: Errado.

74 As tabelas de recursos e usos (TRU), que representam as operações de produção, importação e consumo (intermediário

e final) por atividade econômica, apresentam como saldo o valor adicionado e, consequentemente, o produto interno bruto

(PIB) do país.

Comentários: Não comentamos sobre as TRU em nosso curso. Sentimos muito por

isso...

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Mas a questão está correta, sim, pois o saldo do valor adicionado

representa o PIB do país. Calculamos em nosso curso o PIB sob a ótica do valor adicionado. Assim, dava para chutar “certo” mesmo não sabendo

exatamente o que eram as TRU.

Gabarito: Certo

No que diz respeito ao comércio exterior, à formação de blocos econômicos e ao fenômeno da globalização, julgue os itens

seguintes.

75 O MERCOSUL é considerado um mercado comum, porque há livre movimentação de capital e trabalho entre os países-membros

do bloco.

Comentários:

Questão bem simples também! Vimos que o MERCOSUL tem o OBJETIVO de se tornar um mercado comum, mas que ele ainda não chegou lá. Na

página 47 da aula 9 parte II, vimos que, atualmente, o MERCOSUL é considerado uma união aduaneira imperfeita e não um mercado comum.

Gabarito: Errado

76 Os efeitos do processo de globalização são tanto positivos quanto negativos, uma vez que esse fenômeno permitiu a

melhor alocação de fatores de produção, mas aumentou a interdependência econômica de países com poucas relações

comerciais.

Comentários: Questão de conhecimentos gerais! Exatamente isso. Esse enunciado

resume bem as características do Comércio Internacional que vimos no

nosso curso.

Gabarito: Certo

77 O livre-comércio de mercadorias entre dois países tende a aumentar a riqueza de ambos os países, ainda que um deles

seja mais eficiente, em termos absolutos, na produção de qualquer mercadoria.

Comentários:

Questão também correta. Mesmo que um deles seja mais eficiente, em termos absolutos, na produção de uma mercadoria, o comércio TENDE a

aumentar a riqueza entre os dois países. Se um país possui vantagem na produção de uma mercadoria, ele irá se especializar na produção dessa

mercadoria e precisará adquirir as outras mercadorias no mercado

internacional. Assim, o comércio entre países beneficia os dois países.

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Gabarito: Certo

O balanço de pagamentos é o registro contábil das transações econômicas de um país com o resto do mundo. Acerca desse

assunto, julgue os próximos itens.

78 Um dos objetivos da criação do Fundo Monetário Internacional (FMI) foi a concessão de empréstimos aos

países-membros para se reduzir a duração e se diminuir a intensidade do desequilíbrio nos balanços de pagamentos

desses países.

Comentários: Esse foi, de fato, um dos objetivos do FMI. Vimos esse assunto logo no

começo de nossa aula 09, parte II.

79 Conceder subsídios às exportações e estabelecer restrições não

tarifárias às importações, embora sejam medidas contrárias aos preceitos do livre- comércio, são formas de se elevar o saldo da

balança comercial e reduzir o déficit no balanço de pagamentos.

Comentários: Certo! As questões 51 e 53 da nossa aula 09, parte I, ajudam muito a

responder essa questão. A Balança Comercial do BP é composta pelas exportações e importações (X – M) . Assim, quando há subsídios às

exportações há um aumento das exportações (aumenta o X). Quando há restrição para as importações há uma diminuição das importações

(diminui o M). Assim, como houve aumento de X e diminuição de M, há uma melhora no saldo X – M e, então, uma melhor no saldo da BC, que

reduz o déficit no Balanço de Pagamentos.

Gabarito: Certo

80 Um país está sujeito a perder reservas internacionais caso o

ingresso líquido de recursos financeiros registrados na conta de capital e na conta financeira supere o déficit registrado no

balanço de transações correntes.

Comentários: Na verdade, não. Se o ingresso líquido de recurso financeiros na CCF é

superior ao déficit em TC, isso significa que o BP é superavitário. Dessa forma, como o BP é superavitário há GANHO em reservas internacionais e

não perda como afirma a questãor. Obs: Cuidado para não confundir as reservas internacionais com a VARIAÇÃO das reservas internacionais.

Gabarito: Errado

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81 A valorização do real frente ao dólar norte-americano aumenta o poder de compra do exportador brasileiro e encarece os

produtos importados, o que resulta na elevação do saldo da balança comercial.

Comentários:

Tá tudo ao contrário! A valorização do real frente ao dólar norte-americano DIMINUI o poder de compra do exportador brasileiro (pois o

produto dele fica mais “caro” para os estrangeiros que compram seus produtos) e BARATEIA os produtos importados, o que resulta na PIORA do

saldo da balança comercial.

Gabarito: Errado.

Acerca dos agregados monetários, bem como dos instrumentos e

efeitos econômicos das políticas monetária e fiscal, julgue os itens subsequentes.

82 As operações de mercado aberto são os instrumentos mais

eficazes de política monetária, nas quais o Banco Central vende títulos para aumentar a liquidez da economia e produzir

uma elevação da renda.

Comentários: Na verdade, quando o Banco Central vende títulos ele DIMINUI a liquidez

na economia, pois entrega título e retira moeda.

Gabarito: Errado

83 A elevação da taxa de recolhimento compulsório, que mede a

relação entre os encaixes legais e os depósitos à vista de bancos comerciais, reduz o volume de meios de pagamento em

circulação na economia, movimento que é representado pelo deslocamento da curva LM para a esquerda.

Comentários:

Certíssimo! Quando elevamos a taxa de recolhimento compulsório, praticamos política monetária restritiva (há redução do volume de meios

de pagamento em circulação) e, assim, a curva LM se desloca para a esquerda.

Gabarito: Certo.

84 A adoção de uma política fiscal restritiva por meio da elevação

de impostos tende a aumentar a renda, deslocando a curva IS

para a direita.

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Comentários:

Erradíssimo! Uma política fiscal restritiva tende a DIMINUIR a renda e desloca a curva IS para ESQUERDA.

Gabarito: Errado

85 A senhoriagem é uma política limitada em razão do risco de se

criar processo inflacionário, embora possa ser utilizada para se financiar o déficit público e se manter constante a relação dívida

pública/PIB.

Comentários: Falamos da senhoriagem na aula 14 de nosso curso. E todas essas

implicações que a questão cita estava lá no nosso material e estão, de fato, corretas.

Gabarito: Certo

86 Os meios de pagamentos ampliados (M2) correspondem à soma dos meios de pagamentos restritos (M1) com os depósitos

especiais remunerados, depósitos de poupança e títulos emitidos por instituições depositárias.

Comentários:

Correto! Questão meio decoreba, então, não temos muito o que acrescentar...

Gabarito: Certo

Considerando o papel do governo na economia, os postulados da

teoria keynesiana, as curvas de oferta e demanda agregada e a

relação destas com a curva de Philips, julgue os itens que se seguem.

87 Com a adoção de uma política monetária contracionista,

reduz-se a taxa de juros e aumenta-se o volume real de moeda, deslocando-se a curva LM para a direita e para cima, contudo, sem

gerar efeitos na curva de demanda agregada.

Comentários: No way, man! Esses são efeitos da política monetária EXPANSIONISTA.

Mas, no caso de uma política monetária expansionista, o deslocamento da LM é para direita e para baixo.

Gabarito: Errado

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88 A adoção de uma política fiscal expansionista tende a elevar a

inflação e a demanda agregada e a reduzir a taxa de desemprego, relação entre preços e mercado de trabalho

ilustrada na curva de Philips.

Comentários: Questão correta! Essa questão abordou conhecimentos das nossas aulas

12 e 13. Como esses são efeitos esperado de uma política fiscal expansionista, não tenho muito o que acrescentar...

Gabarito: Certo

89 O governo tem como funções a busca da adequada alocação de

bens públicos e a promoção de distribuição de renda equitativa, de forma que a estabilidade e o crescimento

econômicos são alcançados pela própria dinâmica do sistema

de mercado.

Comentários: Errado! Vimos que as funções do governo são 3: alocativa, distributiva e

estabilizadora. Nesse item, o Cespe apenas atribui ao governo as duas primeiras funções, o que é errado, já que vimos que o Governo, de forma

proativa, age também para estabilizar a economia, ou seja, essa estabilidade não é automática.

Partindo do pressuposto da Teoria da Mão Invisível de Adam Smith até

poderíamos tentar um recurso, mas duvido que o Cespe aceite.

Gabarito: Errado.

90 Na teoria geral do emprego, Keynes refuta a noção de pleno

emprego ao admitir que os salários nominais são rígidos e o desemprego é involuntário o que, dado um baixo nível de

demanda agregada, pode levar à recessão econômica.

Comentários: Conversamos sobre as ideias de Keynes na nossa aula 10. Na aula, vimos

que Keynes considerava que os salários nominais são rígidos e que o desemprego (aula 13) tem um viés involuntário.

Repare que apesar da questão não ter citado o curto prazo, ela cita Keynes e, por isso, podemos inferir que estamos tratando do curto prazo.

Gabarito: Certo

Com relação às políticas fiscal e monetária do setor público, julgue

os itens a seguir.

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91 Considerando-se que a poupança nacional seja superior ao

investimento agregado e que as reservas internacionais sejam constantes, será correto afirmar que o país apresentará déficit

em transações correntes.

Comentários: Se a poupança NACIONAL é superior ao investimento agregado isso

significa que a poupança externa é negativa, pois Poupança = Investimento. Assim como vimos na aula, uma poupança externa

negativa significa um SUPERÁVIT em TC.

A condição das reservas internacionais constantes demonstra apenas que o BP está em equilíbrio (pois não há variação das reservas

internacionais).

Gabarito: Errado.

92 A variação positiva das reservas internacionais faz que o

BACEN tenha de vender títulos públicos no mercado para manter a taxa de juros, SELIC, constante, o que resulta diretamente da

fixação da taxa de juros pelo BACEN.

Comentários: Exatamente! Se houve variação positiva das reservas internacionais o

país gastou suas reservas internacionais e há menor moeda estrangeira no país. Assim, a tendência natural seria a moeda estrangeira se

valorizar. Para que isso não aconteça, o BACEN pode optar por retirar moeda NACIONAL de circulação (vendendo títulos públicos, por exemplo)

e assim, como haverá diminuição da circulação tanto de moeda nacional quanto da estrangeira, haverá novo equilíbrio (com um nível de oferta de

moeda mais baixo) e a taxa de juros permanecerá constante.

Gabarito: Certo

93 A redução do compulsório por parte do Banco Central do

Brasil (BACEN), independentemente do comportamento dos bancos comerciais, amplia a liquidez da economia.

Comentários:

Para ampliar a liquidez da economia, a redução do compulsório pelo BACEN depende do comportamento dos bancos comerciais. O que ocorre

é que quando o BACEN reduz o compulsório e os bancos comerciais emprestam esses recursos que antes estavam contingenciados, há

ampliação da liquidez da economia. Diferentemente, se os bancos resolverem não repassar esses recursos, sob a forma de empréstimos ou

o que for, para os clientes, não haverá ampliação da liquidez.

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Gabarito: Errado

94 A emissão de letras financeiras do tesouro (LFT) para financiar

a dívida pública brasileira reduz o poder da política monetária.

Comentários: Se houve emissão de LFT (que são títulos públicos) há uma diminuição da

moeda em circulação e, assim, uma redução do poder da política monetária.

Gabarito: Certo

Julgue os itens subsequentes, relativos à estrutura orçamentária e

à evolução do déficit e da dívida pública no Brasil.

95 A DBGG considera o total das dívidas de responsabilidade do

governo junto ao setor privado.

Comentários: Sim, a DBGG compreende o total das dívidas do governo junto ao setor

privado, ao setor público financeiro, ao BACEN e ao resto do mundo. Vimos esse conceito na página 15 da nossa aula 14. No caso, a questão

só falou da dívida junto ao setor privado, mas ela não está incorreta, pois a questão não falou em “somente”.

Gabarito: Certo

96 Uma operação de crédito internacional a favor do governo

federal aumenta a DBGG.

Comentários:

Sem problemas aqui, né? Se o Governo Federal pega um empréstimo internacional emprestado, ele aumenta sua Dívida. Assim, a DBGG

aumenta seu saldo (aumenta a dívida) já que a DBGG leva em consideração também a dívida do Governo em relação ao resto do

mundo.

Gabarito: Certo

97 O cálculo da dívida bruta do governo geral (DBGG) considera as operações compromissadas realizadas pelo BACEN.

Comentários:

O conceito de Dívida que NÃO leva em consideração as operações compromissadas é o de dívida mobiliária. O conceito DBGG leva em

consideração essas operações.

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Gabarito: Certo

98 O cálculo da dívida bruta realizado no Brasil difere daquele

realizado pelo FMI.

Comentários: Na verdade, o cálculo da dívida bruta segue as orientações emanadas

pelo FMI. Conversamos rapidamente sobre isso na página 5 da nossa aula 14.

Gabarito: Errado

Considere que uma economia seja descrita pelas equações abaixo,

em que u é a taxa de desemprego, g é a taxa de crescimento da economia, π é a taxa de inflação, gm é a taxa de crescimento da

oferta de moeda e t é o indicativo de tempo, base anual.

ut = ut - 1 - 0,2(gt - 0,03)

πt = πt - 1 - (ut - 0,06)

gt = gmt - πt

Com base nas informações apresentadas acima, julgue os itens

que se seguem. 99 Caso o Banco Central reduza a taxa de inflação de 10% para

5% ao ano de uma única vez, a taxa de desemprego subirá para 13%.

Comentários:

Questão bem simples! É só substituir o valor na fórmula da inflação (já

que temos duas taxas de inflação)! A inflação atual é 10% (“t-1”), pois o Bacen quer reduzir a taxa de 10% para a de 5 % (essa taxa de 5% então

é a futura, “t”).

nt = nt-1 – (ut – 0,06)

0,05 = 0,10 – ut + 0,06 (Aqui, já substituí e fiz o jogo de sinais)

Assim, ut = 0,11 = 11%

Gabarito: Errado

100 O produto potencial da economia é de 3% ao ano.

Comentários:

Infelizmente, não abordamos esse tema no curso...

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O pior é que era fácil pois na equação sobre desemprego levamos em

consideração o produto da economia e o produto potencial. O produto potencial entra diminuindo no cálculo. Tá vendo aquele 0,03 lá na

equação de desemprego? Então, é justamente o produto potencial, que escrito de outra forma, é o 3% que o item fala.

Gabarito: Certo

101 Se for observada inflação de 10% ao ano e a economia estiver

operando no nível do produto potencial, a taxa de crescimento da oferta de moeda será de 13% ao ano.

Comentários:

Fácil, fácil, só substituir na última fórmula, de acordo com as especificações do enunciado.

gt = gmt – nt

0,03 = gmt – 0,1

Gmt = 0,03 + 0,1 = 0,13 = 13%

Gabarito: Certo

Acerca de bens públicos, julgue os itens a seguir. 102 Os shopping centers são tradicionalmente classificados como

bens públicos.

Comentários: Shopping centers apresentam rivalidade e exclusão do consumo, por isso,

não podem ser classificados como bens públicos.

Gabarito: Errado

103 O sistema monetário nacional pode ser considerado um

exemplo de bem comum.

Comentários: Sei lá o que o Cespe quis dizer com essa questão! Kkkkkkkkkkkk

Deixando a brincadeira de lado, acredito que o termo “bem comum” se

aproximaria do conceito de “bem público”, nesse caso. E assim, podemos inferir que o gabarito é Errado, pois o sistema monetário apresenta

características de exclusão no consumo e rivalidade.

O Cespe deu uma viajada? Com certeza.

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Gabarito: Errado.

Com relação aos conceitos de dívida pública e superávit primário,

julgue os itens seguintes.

104 No cálculo da dívida líquida do setor público, não são consideradas as dívidas junto a instituições como Caixa

Econômica Federal, Banco do Brasil, BNDES e demais bancos públicos federais.

Comentários:

Correto, pois a DLSP não leva em consideração o setor público financeiro.

Gabarito: Certo

105 O superávit fiscal primário corresponde à diferença entre

receitas e gastos governamentais, excetuadas as despesas com pagamento de juros. No conceito acima da linha, as receitas são

apuradas pelo regime de caixa, enquanto as despesas são apuradas pelo regime de competência.

Comentários:

Na verdade, não há relação entre os critérios acima/abaixo da linha e os

regimes de contabilização. Mas, no conceito primário, as receitas e despesas são apuradas, ambas, pelo regime de caixa.

Gabarito: Errado.