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Publica-se ás terças, quintas e sàbbàdos,(não sendo dia santo). Subscreve-se para estaifolha, por 3 mezes 2^000.—Avulso 80 rs.Annuncios 40 rs.por linha* sendo entreguesnoescriptorio, rua da Valia n/65.

DUS i>0 MEZ E SEUS ÁCONTECiMEMTOS. \ Accéita.,e qua|-quctarfig0 gradoso , ^i Terça 14 ^ Trasladação dé S.Paulo primeiro /não sendo politico ou offehsivo á moral

Sl iüSl lf lêüe Léib' pil arli8°s Wl Wmmi êQuarta i5 — Santa Gertrudes ráagnà. — Mor- ^rs' pór linhâ> COrr6ctos» | resporisabilisando-

te de Keppler, em 1630. /sé pela inserção seus autores,.

NOTICIAS DO PORTOEXTRAHIDAS DE DIVERSOS

JORNAES.

Carta fie cm pretendente em Lisboa a um amigo do Porto.

Como estão as águas turbasNão peço por ora nada,Pois a bicha anda assanhada*O governo treraelica, ;;

Quem sabe no qu' isto fica ?

,Por isso, meu caro amigo*No entanto por cá fico, \Virocpstas ao Frederico,., •*. .Nada quero destas gentes*Que sò despacha os parentes.

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\ Como o sol vai p'ro occaso*Eu tambem o apedrejo*Porqu' isto segundo vejo;Já lá vem muito de traz*E boa gente assim faz!

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Em cahindo o ministérioDou foguetes, trique traques,Illudo assim os basbaques*E.sou logo um figurãoDa nova situação!

Posta gorda mui rendosaArranjo logo por certo,Não precisa ser esperto*Quem a cousa assim levarHade por força chuchar..

Segundo o que cá se diz, yParece que o joven Rei,Ku de boa via. o sei,ftão tardará a tomarAs rédeas p'ra governar.

O regente aborrecidoQuer de sl largar a carga*Ao ministério amargaA iminente verdadeDa real maioridade. ....-"

0 Saldanha, meu amigo,"Pouco tarda a dar á casca/E se escapa da borrasca,Equ' antes por sorteSer raptado pela morte;

Vi chegar o joveriRciQue vem muito bem disposto-,A chegada causou gostoMenos ao lio RodrigoPois que antevê o p'rigo.

Também corre o Fontes riscoDe cahir, e como um pato,Este Crosne caricato,Qu' a fazenda fez;em nacos*Hirá pentear maíacõsí

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, •'.*'.- .•-•i:-,-:"\Fazer banha ~de fomentoInda o havemos de vêrPois segundo ouvi dizerE' remédio mui felizPara untar ferros carris.

•O homem que já foi Jervis*E que é senhor visconde,Hade ir não sei p'ra ondeAtravez de mar e riosSomente catar bugios.

O Fredericd, meu amigo;Quedo reino quer ser par*,Logo qne a pasta largar.Vai funcpionar oulra vezNo seu grêmio escocez !

O que virá não sei euP'ra peiormão pôde ser,Pois s'isto permanecer,O paiz — digo, sustentoRebentará de fomento ?

Os parlidos 'stão em campo.

Todos agução o áonie,Por toda aparte se senteDa politica a andado ra,E da caldeira a lervura.

A tal historiado raptoDá por cá 'bem

que fallarÁtéjá ouvi contó/« Quem tem filhas e dinheiroFoge para ó estrangeiro. >>

Pois o foi senhor SoveralQue quiz ser hòróe da festa ?Diz-Se qu'elleou não tem" testa0ji que p'ra chuchar dò boioQuiz passar por máo e tolo.

Vemos cousas, meu amigo* <:

Qúe fazem tudo pasmarUm ministro apoiar VUm crime sem que se -vexè ?Fal lem agora no caleche !

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O acceitar um presenteConcussão se denorúiná,Mas quem rouba uma meninaP'ra lh'empolgar o dinheiro,

'E' heróe, é cavalheiro í l

Meu amigo, tudo 'sta podre*

Está já em corrupção,A tal regeneraçãoComo toda a gente dizFoi o oidium no paiz /

Não ha mal que sempre dure,Nem bem que se não acabeVisto isto já se sabe,Esle mal em quanto a mim.Tambera ba de ter uni fim,

Houve por cá um petisco,Que foi muito int'ressanle,0 ministerial giganteRateu-se a outra semanaCom o amigo SanfAnna !

Do dize tu direi eu,E' que nasceu o duello,Sem se fazer amarelloO Sampaio o desafioAcceitou com todo o brio.

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Carregadas as pistolas,Os padrinhos escolhidos,Ei-los vão mui decididos.Tela'honra combater,—Ou triuiuphar ou morrer

Diz-se ram, o bom do Sant'Anna) ryky..

Quando ntòecto estava,A um melr<Jr,lque voava,Se lembrou de disparar,Pois é amigo de caçar.

Porém nole, meu amigo,Não fez o mesmo o Sampaio,Elle vio voar um gaio,Deixou-o hir, pois tinha ganaD'atirar contra o Sant'Anna.

A' primeira não pegou,Deu de novo ao gatilho,Andou tudo n'umsarilhoPois a baila descortezAo Sant'Anna sangue fez !

E' uma scena burlescaEm Portugal um duello,Air! bom páo e de marteloP'ra ensinar ao .'duelislas,O que é fogo de vis las.

Saiba que o vapor TerceiraQue no registo servia,A morrer de hidropeziaEstava já condenadoS' á terra não. é levado!.

A possa marinha, amigoEstá mesmo uma desgraça,E' uma grande pirraça,Que o visconde d'Athouguia «

Quer fazer á. monarchia,

Não o quero enfadar mais,Alé outra vez adeos,Dê por lá recados meus,A quem por mim perguntar .'Se isso lhe não custar.

Anniversario.—- Por ser-heje o anni versa-rio natalicio de S.M. o Senhor D. Pedro V,tpie faz 17 annos, ao toque d'alvorada, deu-se a salva competente, tocando as musicas ás'portas dos quartas, onde se lançarão fogue-tes ao ar. No quartel de Infantaria ií. 2 ha ánoite uma linda illuminação.

• Sarau poético. —Parece que o sarau pee-tico do Sr. Castilho será hoje, no salão da casada Sociedade Philarmonica.

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Festividade. — No domingo teve lugar nacapella do Senhor dos Navegantes, em Sobrei-ras, a festividade que a este Senhor fora feitaá custa, do capitão e tripulantes da barca Si-lencio. De lanle esteve n'aquelle silio tocan-do a musica de caçadores n. q.

Arraial. — Na terça feira teve lugar a fun-ção e arraial da Senhora do Pilar, na igreja doconvento da Serra. A concorrência foibastan-te. porem menor que nos outros nnnos. Omuito vento e poeira fez com que o povo seretirasse muito cedo.

Procissão. -~ No domingo sahio em pro-rlssâo-da freguezia clc S. Mamede para Malho-fsinhos, a Senhora d'Água de Lupi, mais deseis mil pessoas a acompanharão cantando aladainha.

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Anniversario. em Braga. —Foi ante-hon-lem festejado o anniversario do Senhor D. Pe-dro V. Houve Te-Deum em que officiou o car-(leal arcebispo primaz. .0 governador civilmandou dar um "jantar aos presos; eocom-mandante e officiaes do regimento n. 8, man-darão destribuir outro a cento e tantos pobres.'

Fatalidade.—No dia 31 de agosto no con-celho de Barcellos, estava uma rapariga a con-versar com Üm estudante ; esle vendo apro-ximar-so o pai delia retirou-se, esquecendocom a precipitação, umacaçadeira que trazia;o pai chegou, e pegando ha arma do estudan-te para dar com ella em sua filha, a arma dis-parou-se casualmente, matando a infeliz, ra-pariga.

Romaria.-- Amanhãa é a romaria do SantaÉu ferri ia-, para a qual já hoje tem atravessadoa cidade alguns romeiros das aldeias com des-canto, sem proferirem as palavras pouco de-cen tes, segundo o. antigo e péssimo costumenos dias desta romaria.

Castigo militar. — Hontem nó quartel daforre da Marca, na frente do regimento n. 6,foi castigado com 50 chibatadas urn soldadodo mesmo regimento, por ter no domingo roa-bado a um lavrador no silio dos Clérigos 510.

Donativos.— O negociante portugez do Riode Janeiro, o Sr. José Ferreira Cardoso, par-lindo ultimamente desta para aquella cidade,deu ordem a seu irmão Domingos FrancisceJunior, para distribuir tres contos deréis, doseguinte modo : —A' Misericórdia um contode réis— á Ordem cia Trindade 250$— aohospital do Terço 250$—ao,s meninos desam-parados 250$ — ás meninas dasamparados,250$—ao Asylo de Mendicidade 150$— aeAsylo da Infância 150$— á irmandade da La-pa 100$ — á do Bomfim 100$ — á socieda-le Humanitária 100$ — á Creche 100$ — ae

asylo das raparigas arrependidas 100$— aosórfãos 50$ — ás irmandàdes de fradellos eTaipas 50$ a cada uma —± a 50$ para duasesmollas. ,

Romaria. — Foi hontem a romaria da Se-nhora da Luz em S. João da Foz. A concor-rencia foi extraordinária, e não consta quehouvesse desordem alguma. Na cidade não fl-eou nem celeche, nem sege, nem carrocãoem disponibilidade.

ElTEITO D'UM ATTENTADO, E MEIO D'EVITARoutro. — No dia 9, pelas 7 da.manhã passa-rão por Monte Alegre, em direcção á raia daGalisa duas senhoras que se diz serem asExms. viuva Ferreiriiiha, e sua filha escolta-das por algumas pessoas de sua confiança ! !

Esta senhora hão achando segurança nopai', cunlra a prepotência da familia Saldanhasó vio meio de evitar novo altenlado coulraos s ms digites sacados de mãi e.lutorn. pro-curando refugio fora do território portuguez.

Rei dos Floristas. — Ocelebre Constanli-no, portuguez, que em França mereceu o no-mede Rei dos Floristas, pela perfeição comque imita as Ílores naturaes, acha-se eflecli-vãmente em Lisboa, de onde tem de regressara Pariz para dirigir por mais dous annos o seuestabelecimento, por lei sido esla a condiçãocom que o vendeu. Este grande artista por-tuguez linha emigrado ch Lisboa cm 183':.

Resistência. — No dia 26 do passado, nolugar de Candosa, conselho de Taboa, indoo escrivão do juizo de direito da coramarca,dar posse judicial, ao procurador de JoãoCarlos dò Amaral Osório, de uma casa qnomora o parocho, e , d'uma propriedade quese diz pertença do passai, o povo sem dis-tineçãò de sexo nem idade, amotinou-se to-cando a rebate, o armado com fouces, omachados, embaraçou a posse, que não pôdeeíTéctuar-se.

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Exportação de prata. ¦—Anfhontem foidespachada na Alfândega para exportação,grande quantidade de prata. Tinha o pesode34 mil pintos!

Cholera. — Tem-se manifestado em cjiffe?rentes povoações da Galliza, havendo casosfulminantes. Em Ayarnonte, e margem es-querdado Guadiana, conlinua esta epicle-mía, com bastante intensidade.

Moinho A vapor.—O Sr. José Barbosa,um dos distinetos industriaes desta cidade,acaba de estabelecer na sua propriedade darua do Fernandes Thomaz, um moinho avapor. E' na actualidade, um grande serviçofeito ao publico. -

Pharol. —A irmandade da Lapaf mandouconstruir uni pharol, para ser collocado iiaPovoa deVarzim. E' um bom serviço feito aosnavegantes.

brutalidade. —Tem sido geral a indigna-ção que causou a barbaridade de castigos da-dos por um brazilleiro, morador no CampoAlegre freguezia de Massarellos a.uma infelizrapariga que eru sua creada, á qual applicavao systema de castigos empregado no, Brazilpara as escravas negras.

A authoridade tornou chonheciraento da fac-to, e é de esperar que faça o seu dever.

A humanidade, e a moralidade-lucrarãomuito com um escarmento a esses amos bar-baros ; pois a deshumanidade com que muitostratão as pobres raparigas da aldêa que veraservir para a cidade, faz coin que ellas fugindoaos mãos Irados se lanção na, carreira, da prós-lituição, por.não lerem quem lhes dê abrigo.

Apresentação.—Corre que o sahio Sacra 'Familias, que desde 1834 estava emigrado,no estrangeiro, pedira ser apresentado a El-Rei D. PEDRO. V., fazendo-lhe.protesto desubmissão, e resolveu voltar a.Poçtugal.

Assassinato.-No dia 27 do passado naVilla de Pucariça, pelas sete hora"s da noute,foi assassinado com uma facada no ventre,Joaquim Rodrigues da Conceição, mestre aí-bardeirOj por Domingos Pereira, canastreiro,da mesma Villa.

O assassino foi preso, e promelte em sendosolto matar a mulher, os cabos de policia queo prenderão, e as testemunhas que depoze-rem contra-elle!!

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íncfndio. — Foi devorada por um incêndiona gandra cPAssequíns, a meia íepoa da .Villad'Agueda, um pinhal, o alguns campos spmea-dos enlre as povoações de Gesteira, Rio-Covo,Raiva, Alhandra, e Souralvo, percorrendo comespantosa velocidade mais de uma legoa doci rcu rn fere ncia. v •

O incêndio principiou no dia 25, e durouaté ao dia 26 — 0 prejuízo calcula-se era 15contos de reis.

procissão de penitencia. — No dia 30 sahioem Braga, da igreja da Misericórdia, uraa pro-cissão de penitencia, acompanhada de muitasirmandàdes e immenso povo, para que Deos

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-afaste o ílagello dá fome. Tem pelo "mesmo

motivo havido sermões, a que concorre muitopovo.

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paquete do brazil. — O vapor D. Maria 2.áentrou em Lisboa procedente dos porto1 s doBrazil, na sexta feira, trazendo a squ bordoperto de.200 passageiros, e grande correspon-dencia, porque os brazileiros^ por espirito denacionalidade,, preferirão os vapores da Èotü-panhia Luzo-Brazileira. .Honra lhes seja feita !

esmolla. —-No beneficio que-se fez na Fio-resta Egypeia* a favor dá viuva' do operário,que foi victima da explosão ,de pólvora, as-sislio D. Maria Christina de Bourbónj que deud'esraolla vinte soberanos.

IQ* No seguinte N. daremos a continuaçãode mais interessantes noticias.

Móvò milagre;bE UMA IMAGEM DA SANTÍSSIMA VIRGEM, QUE

; VOLVE OS OLHOS, EM 0CCAZIÃO DÉySE.LHE D ERIGIREM ORAÇÕES !

Uma imagem da Santíssima Virgem, vene-rada na igreja dos religiosos conventuaes de Ci-vita-Vechia sob o titulo de N. S. da Piedade,renova o prodígio de Rimini e de S. Ginèsio.A relação deste acontecimento acha-se impres-sa em Roma, munida com o imprimatur doassessor da sagrada congregação dos Ritos, doMaire do paço è do Vice-gerente de Roma.'Ileune por conseguinte todas as condiçõesque se requerem para sua autlíenticidáde everacidade.

Eis aqui a relação que traduzimos do ita-liano.

Em 20 de Abril de.185J, pelasquatrohorasda tarde, reünirão-sé alguns meninos paraouvirem instrucções do cura da parochia, eprepararsm-se para a primeira communhão.Cinco d'entre elles, depois de confessados, fo-rão á capella de S. Antonio de Padua para ren-derem acções de graças. A' direita da estatuado santo havia suspenso ,um retábulo a oleo,que representava a Santíssima Virgem com osolhos elevados ao céo e as mãos postas era at-titude de orar. Dous destes meninos se collo-caráo era frente da imagem ; e como orassemcom os olhos fitos nella, derepente puzerão-sea gritar com espanto : — A senhora nos olhae volve os olhos — A' estas palavras corremos tres outros, e voem a mesma couza. Umadevota mulher que fazia tambem oração na ca-peila corre ao reclamo dos meninos, e che**-gando para perto vê o mesmo prodígio. Em.pouco tempo a capella se enche de fieis de to-das as classes, desprende-se da parede o qua-dro, collocão-no sobre o altar entre vellas ac-cesas entoão-se os cânticos sagrados, e a San-tissima Virgem renova o prodígio volvendo osolhos, ora elevando-os e abaixando-os, oraorisontalmeiite e dirigindo-os cora piedadepara os circunstantes. Esle prodígio continuaainda alé hoje (21 de Maíoj. É assim que aMãe de Deos quer mostrar sua misericórdia efazer-se visivelmenle propicia ao povo fiel.

Civila Vecchia, cJi de Maio de 1854.^ Lüuüérs.

IIYY THEATRO-' tÉY-...

S. PEDRO DALCANTARÂ.feÈNEFICiO DA ACTRIZ D. ÍZÀBÉL.

Terça feira 21 do corrente,%sobe á scénáneste theatro, com todo o apparato militar queé divido, o níellòdrama era 3 actos: O HE-ROISMO DE UM PORTUGUEZ, OÜ AS RUI-NAS ÜE BABILÔNIA; escusado é tecer elo-gios a esla compozição, e só diremos que nosprincipaes theatros da Europa, foi repetidapor immeqsas vezes, e coroada de bastantesapplausos, pelas scertas de amor é heroísmoque apresenta ; entre ellas a brilhante entra-trada de Giafar á fren te do ;§eu exercito, quemarchará ao som de uma* música guerreira.A escolha desla peça foi assaz bem lembradae porisso será grande a concorrência de espéc-tadorés, paru admirarem á riqueza e apparatocom que ella de novo; apparece era scena. Anova Comedia THEOPHILO, OU A MINHAVOCAÇÃO, tambem deve merecer toda acei-tação, pois que é quasi no mesmo sentido doNOVIÇO, com adiílerença que Theophilo, (onosso Martinho) não é muito affeçtò ás bellas,passando por um santarrão seminarista ; todoo.enredo é divertido e engraçado. Felecitamftsa Beneficiada pela lembrança que teve, e lhedesejamos um bom beneficio

, M.M-. A.

BENEFICIO DA SRA. D. IZABEL.Terça feira 21, terá lugar o. beneficio da

Actriz D. Izabel; e nesta época,em que quasitodas as idéas se achão, preocupadas com acompanhia lyrica, quasi que vai esquecendo adramática! .'Porem hoje esperamos não acon-teça assim, visto que 0 lheaíro de S. Pedroapresenta um espectaeullo todo digno de apre-ciar-se, não só pela pompa e apparato desedrama,, como pelos novos intervallos, e inte-ressante papel que vai desempenhar a Bene-ficiada. Por tanto, deixemos por uma noite oProvisório, e vamos dar apreço á companhiadramática, de que faz parte essa bella Actriz,merecedora da protecção do nosso publico.

D. Eiãalia M. dos S. Pereira.

Aos Srs. Náuticos e Engenheiros.A commodidade de preço, e o bem servido

que fica qualquer pessoa, que procura a offi-ema de instrumentos do Sr. Anlonio Maria deMascaranhas, rua do Ouvidor n.° 35, me obri-ga a traçar estas linhas, a favor deste mesmoestabelecimento situado em tão bom lugar. .O-instrumentos.náuticos-- engenharia — óptica— physica e astronomia, são aii concertados,e feitos com. tal primor, que bem merecemelogios; por tanto a officina do Sr. Mascara-nhas, é digna de attenção; porque ali imperaa perfeição nes instrumentos que aprezenla,como tambem nos mais diffices coucertos deque se encarrega. *

O náutico J. E. P.

A Illusão-

Meia noite, e eu velandoSem poder suprimir esta dòr,lista sorte ã que eátòü condemnadoFaz da vida apagai* o ardor,Este mundo p'ra mim é ingratoK' dos maiies o meu causador.

Assim dizia tim manceboQue uma joven adorou*.Eu vi*o, coitado, chorando !Coulo nunca alguoiu chorou ;Du repente o pranto enchugaE sua vida assim coutou.'Desde que hásci lê ágoráUm prazer nunca- encontrei*Tenho passado tormentosJá tantos qüe nem eu sei>Em roda.de mim só encantos 'Cousa que nunca gozei..A mãi que perde seu filho.Não soffre. mais do que éu !Por mim não tehlfo nihguejn|E aquelle lá vai pYo Céo ;A i.iãi enxuga seus óll.osÈ a lembrança desvaneceu

J ¦ ' ' ¦ '>,Ç."

A .

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O desgraçado captivoChora a sua liberdade*Mas nesse seu captiveitòCanta a sua infelicidade :Eu só espero alivio, •Alivio só na eternidade; \Surge aurora radianteNaquelles montes datem ¦Surge p'ra tudo alegria,Só assim tristeza vemyO amor qne tinha dantesQuem pódedar-ine? Ninguém»Amei como pode amarO poeta a solidão,Era um amor que nutriaMeu infeliz coração,Mas esse amor enganou-meVivia n'uma illusãoiDe repente de seus olhos *Duas lagrimas cahirão ;Vi o misuro vascilar:Seus membros todos tremiaoVi elle cahir no chão,Par ais que enternecião. ;Levanta-te oh infulizAjunta o meu ao leu penar,Viviremos sempre juntos jAté essa dòr meligar;Mas elle a mim não attendô %E volta de novo a cantar.Meia noite, e eu velandoSem poder suprimir esta dòr,.Eslá sorte a que esloii condemnadoFaz da vida apagar o ardor,liste mundo p'ra mim é ingrato

É dos inales o meu causador;Lyra.

RETRATO D'UMA BELLA NO SEGUINTESONETO.

D'altura mediana, não pequenaDe corpo mui esbelto e faceiroso,D'um garbo tão modesto e gracioso ;Que só a pincel pintado, não á penna.O rosto sobr'o redondo, côr morena,Negro cabello abundante e famosoSobransolha preta, nariz formosoDe prespecliva dócil e serena.Delicada na feição, cutis finaUns olhos mui travessos, feiticeirosüus dentes côr da neve crystalina ;Seus gestos seduetores, prazenteiros,Eis-aqui o fiel retraio d'Ubaldiua :Em signaes esculpido, verdadeiros.

M. S. M.

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Page 4: ecreativa e Micioza - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/709697/per709697_1854_00120.pdf · Annuncios 40 rs.por linha* sendo entreguesno ... Pois a bicha anda assanhada* O governo treraelica,

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Meu principio representa

A nota', ao meio partida,—!Assim pois continuando

No brejo sou conhecida.-r-1

Ao amigo, ou conhecido

A's vezes assim o trato,—-1Do peixe lula o seu fira

Com elle pois eu remato.—1

Minha classe é numerosa,

Eu mordendo, cauzba morte.

D. J. S.

Mais pobre que elle, não quero ser,Mas inda posso o que elle leve vir a ler.—1

Por ser uma pequena fera

No Peru a encontrarás, (*)E é o ncme duma moça

Que em qualquer parte aacharás.—2

Eis o nome de minha mana

,Que de mira está auzente,

Sinto por ella saudades

O que ella por mim não sente.

Seguir-se-ha, polo Sr. Julio Tíerlleb, rabe-

quista allemão, em obséquio á beneficiada,-umas variações de behiot.

Pelo Sr. João Pereira da Silva, tambem emobséquio, no novo instrumento Sax-ophone,urna -peça coneeríante sobre motivos da ope-ra—TROVADOR.

E pelo mesmo Sr. Julio IJartleb, varioçõesde—KALLIVODA, '

Em seguida as Sras. Petit é Berthani dan-sarào '

A POLKA LUIAT

Dará fim ao espectaculo a comedia em umacto, representada pela primeira vez nestelhea tro, intitulada;

T ilo, ou a minha vocação.

IM H|WI lllll ¦'¦ llllli ¦!--.«.C.

À decifração da charada do N. 119, èII a toei ra.

(*) Anna, pequena fera no Peru, veja noDocionario.af:^y^CT,!^ffl'^W-g__r.\'*L'Bl^Tt'ia'___!g!_^ IW».IIHIIl.Mm»MWIMM_

THEATROS. PEDRO ü'ALCÂNTARA.

Terça feira 21 de^íovembro de 1854.BENEFICIO DA ACTRIZ

ISABEL MABIA QUITES.

Recita dos Srs. Accionistas e livre deAssignatura.

Terminada a ouvertura—barcarolla—re-presentar-se-ha o mellodrama em Ires actos.dó grande espetáculo, escripto em francez poiMr. Gilberto Pexérécourt, e traduzido livre-niente pelo Sr. Francisco Xavier Pereira daSilva, intitulado:

A Beneficiada Hsòngaa-se de haver feito comeste espectaculo uraa bella escolha, esperandoque o generoso publicc desta cidade a elle con-correrá.

Os bilhetes de camarotes, cadeiras e geraes,achão-se desde já á venda em casa da Bene-lidada, rua do Theatro n. 35 segundo andar.jc;___ti__-_r "_l ¦IBl-J.'.J-Jl^..lnJi_»l—n^i.jy.ir^mpty» sBBmonBxnmi

ra

'Haza dá KTovà f69 Largo áo Capim, .69'

Vemlem-se Bilhetes, Meios Bilhetes, Quar-los, Oitavos e Vigésimos da loteria, assignadospor Francisco Rodrigues d'01iveira e C.a-

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Vendem-se Bilhetes, Meios Bilhetes, Quar-tos, Oitavos, e Vigésimos, da loteria, asslgua-dos por Feiippe José Ribeiro.

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eo fleuaDQs.a.A virtude desta celebre preparação, paralustrar e fortificar os cabellos, é admirável ! !

experimentai e vereis se vos engano. O vidroque não tiver a firma do auetor S. Ferreira éfalsificado ; preço de eada vidro 1$000.

gua Romanalegitima e verdadeira ; assim como pós paralimpar e cíarecer os dentes, 1$000.

sseucia dea melhor preparação que tem apparecido atéhoje ; conservando-so por muito tempo nosleuços,seu delicado aroma; cada vidro 1$Ò00.

Essência de Âlcauforapara fortificar as gengivas, eurar ou impedir oescorbuto, e toda qualquer moléstia a que asgengivas são sugeiias, assim como

'lambem dã

um aroma agradável ao hálito.

• Gotas' Bontalgicas |para .'icessar, por maior que seja a dôr dedentes, cada vidro 1$>000.

A' venda na rua do Cano n. 97, botica.N. 13. S. Ferreira, encarrega-se de qual-

,quer preparação, sobre perfumarias, seja qualfòr; garantindo a qualidade.'

GONOItllHlSàS E FLORES fííUNCAS.P.ecommendamos aos s uhores doutores em

medicina a applicação ; e a> respeitável pu-blico o uso dos drages do Dr. Sarmento,considerado como o melhor remédio até hojeconhecido, para cura segura e prompta, dasmoléstias acima dila*. Vendem-se unicamentena rua <PAlfândega n. 134.

mCONTRA VER!PREPARADAS PELü PHARMACEUTICO X

Francisco fogueira da Silva Guimarães.C3

V HES.ISSO DE IIH PORTliGli-ZOU

AS RUÍNAS DE BAE7LQNX&Os principaes papeis serão desempenhados

pela Srâ. D. Ludovina, e os Srs. Gusmão, De-Giovani, Paula Dias, Motla, e Amoedo.

A scena passa-se nas ruinas,de Babilônia,perto de Bagdad-v ú

Tanlos são os interessantes lances destedrama, qüe seria impossível referil-os: dire-mos somente que todo elle ó cheio de ricas eapparalosas scenas enlre ellas a

ESTRADA TRIÚMPHÂNTÈ DE GÍAFa' a' FRENTEDE SEU EXERCITO.

Xm\ No fira do primeiro acto a orchestra tocaráa nova quadrilha offerecida á beneficiada,pelo Sr. João Pereira da Silva, intitulada —

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Estas pasii.

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tilhas são as únicas verdadeiras, preparadas com o principio activo do Anèelin,^itttoo

o «rama oQ.nj quaampa «.rnuem o memor vcrnnfugo que ha, e assim considerado por muitos illustres e sábios Médicos, .. tZr-^tTX ' ° ll¥r0 lhialgUnS fCOmfleÜléS q"e caus;iü ;li âe S;ll'!0'1ÍM* ^ m irritásões, etc., ^uo

qae se intitula .—a AMEMCAÍ.A. mui solúveis o fáceis de se tomarem.TYP. DOS PODRES — RUA DA YAUA ti. Co.