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àNm Vl- TERÇA FEíftA 16 DjS. JANEIRO Í>E 1833. , ... i\_ 4,."-
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Publica-se ás Terças, Quintas e Sabbados.0na-se: por 0, mezes %<mp®, por 6, _$00 0, por umaiiiio 8^000,. annutf&os 40 rs. por linha.
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Quem é viva sempre apparece, dá licença?— Gentes que milagre é esle ? Leocadia
vai mandar repicar os sinos de S. Franciscodq Paula. -5-
»' '**'Não é preciso, quando a gente não mor-
re, por esses lugares em que foi viver por ai-gum tempo, chega o dia de matar saudades.
Ora, meu Deus! ha seguramente umanno que prima Amélia não me visita.
Que quer você ? estive doente, fui parafóra e ha 8 dias que cheguei.
E porque não me procurou logo ?—Porque por estes dias de festa andei com
papai e maraãi, por alguns dos nossos arre-baldes.
Ora priminha que de saudades eu tenholido!
A calcular por mim eu faço idéa. Olhevéspera de Heis lembrei-me muito de vocô.estive lia Tonia do Caju, e encontrando porabi muitas das nossas amigas, não pude es-quece-la.
Já chegou, e já começa na sua maré dedivertimentos.
O que quer você, é o que a gente levadesta vida. Olhe diverti-me véspera e dia de*Reis a mais não poder. A ponta do Cajüfe:este anno o lugar mais concorrido. As laesromarias de Reis affluirão para ali, como can-didatos era tempo de eleições.
Ou noivos á moca rica.
uma casa, edi. erlirão-se muito. A musica e (tambem se comeu e bastante, e em mais deo canto era bem Imdí^imo. Espeve deixe „ver uma casa.se me lembro do Hymtío Sque cantarão.,, oh ' - Eu me parece, priminha que os taes sejá me lembro, ei-lo :
CORO.' ¦•"•* -.'-'-'.
'XX'-Pastores cantai^':Cantai com fervor,O grato penhor,Da paz festejai,O grande prazer,Que 6 mundo dominaAs vozes afinaDo coro do céo.. ?• ,<
N'uma pobre mangedoura -Qual um mísero plebeu,Para a sajvação do mundoO DEUS predito nasceu.
Ante o seu berço de folhasO christão vê-se prosiado,Adorando prasenlchoO Messias desejado.
y(L!%,, ¦-.,-. - -ei ,, ."a--
.-. 4YW...»^táam.
Exultai pois," oh ! vi ven tes,Cora nosco folgai lambem,Adorar vinde ligeiroO SENHOR nato era Belém.Muito'bonito.
l_ a musica era divina ; tambem houveontro que andou em tim Omnibus, destes mo-demos que tem prateleiras de dispensa, eporsignal que era composto de moços e moçasbem lindas; e outro que tinha uni exlraordi-nario numero de moças, cada qual a mais
nhores tres Reis Magos, erão uns formidáveiscumilões, porque a grande festa desta noiteconsiste principalmente era lautas ceias.
E neste tempo não é lá das melhores cou-sinhas, porque tudo que é preciso á senho-ra barriga, está á misericórdia de Deos.
Uraa arroba de carne secca já eslá eus-tando 7#000 !
-— E os armazéns e.trapiehes atravancadosde vinho, e este generoso dia ein dia lica;.-do mais caro ? : -;!>^b;
Minha rica você não sabe que* o senhorMauopolio é ura Rei absoluto quu dominanesta lerra.
ila laiMa falta de dinheiro !Assim todos se queixão.Olhe ainda um destes dias
ciante se queixar, e era verso.Isso havia de ser bello!Escute lá oque elle dizia.
vi um nego-
Queixas dura legtóiaat.Diabo'! não vendo nada !Vou dar parte de quebrado !Como não?! se em todo dia,Vendi somente um crusado !!
Diabo leve o negocio,Mais quem m>J.e está metlido !Ura crusa.loj Virgem Santa!
'
Desta vez fico |4rdido!
e
— Ou isso. Houve nina sociedade aqui da bella e mais fascinada. Passeou-** muitu Icidade qúe foi embarcada, e que albgarâo lá dansou-se lambem muito, e ji se sabe què |
Crusado ! só o .lixeirohida mais tem dWdem.do !«tenr-d «comida, a luopa,líi^la um-s, inda o cab-ado!
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Nada ! não estou p'ra isto,De negocio não quero nada,Quero tudo ver na rua,
Quero a casa esvasiada !
Ura crusado! quera diria,
Que foi hoje o que vendi?!Vou-mepôr no andar da rua,Embora digão que fugi!
lição de ser espoza de Isaac, para que aliuaen- [ me tens servido, vai á terra de Mesopatamia
Passão-se dias e diasDesta maneira a vender! a^.aaaOra bravo! com um crusado
y .....
Heide passeiari e comer!>
Na verdade que é bonito!Ora viva, que massada !Vou-mé embora; fugir vou,Deixo a casa esvasiada.
Vou pra longe dos credoresAssim o destinou meu fado !Como não? Se em todo o diaVendi somente um crusado ?
E que tal priminha ?Parecem-me lamentações de Jeremias.Ou desculpas de máo pagador. Olhe
quem esta passando bem nestes tempos é ostaes senhores negociantes, porque de tudohoje no Rio.de Janeiro se faz monopólio.
Não é tanto assim, ha muitas honrosasexcepções, além cie que temos ura chefe de
policia que não é para graças.Lá isso é verdade, o Desembargador Fi-
gueira de Mello é activo por demais, tem Ira-zido muita gente atrapalhada. Veja o tal iii-titulado padreco que chuchava tres e quatromissas por dia. Que creança priminha.
Está bora basta por hoje, vira só dizerlhe adeos e tenho lagarellado como qualque:matrona quando falia das prendas que temsua filha.
Oh ! isso é uma bella massada.Adeus priminha, como estou na cidade
agora, havemos de nos reunir todos os dias;tenho tantas saudades de palestrar.
E temos cousinhas bellas.Bem adeos, ura abraço e um beijo por
despedida.Tome lá, meu ladráosinho.
ias em teu seio essa paixão?Rachel (fica perturbada á vista do velho que
de repente appareceu, o responde tremendo),;—Não sou eu que aalimento, é pelo contra-rio esta paixão qué rae ajimentaa mim,
— Eliezer.— Minha filha, esquece esseamor desgraçado que alimentas na alma !...tu jamais poderás ser espoza de Isaac, e teucoração é bastante"nobre para vir a ser suacoqcubina.
(Rachel esconde nas. mãos a cara e chora.)Isaac. — Calla-te, meu velho Eliezer, nãn
faças chorar a pobre menina, que eu amomuito.
Eliezer. — Aprquvesse a Deos que estasfossem as suas únicas lagrimas, se acazo ellate ama tanto como diz.
Rachel. — Duvida de tudo, raeu bom Sr.Eliezer; mas não duvides da grandeza do raefuamor por Isaac. .,•,', }:
Eliezer. — Pobre rapariga... Melhor fôraque tu não lhe livesses amor algum !
Rachel. — Oh ! Santo Deos de Abrahão aque desgraça me destinas lu ?J...—Dize, meuSr. Eliezer, que fatalidade nos vem annunciar?; jamais leu rosto me pareceu tão tris.lVcomo hoje! um não sei que de sinistro raidiz que tu és portador de alguma desgraça!
Eliezer. — E de uma grande desgraça mi-nha filha.
DRAIà bíblicoEM TRES ACTOS.
POR
(Cnotinuação do n. 3)
SCENA IV.Os mesmos e Eliezer.
Isaac. —- Dize depressa, meu velho Eliezer,náo assustes com teus agouros a pobre iné-nina.
Eliezer. — Ab !... o que eu te venho di-zer a li, Rachel, é : que é absolutamente prt-ciso que suffoques em teu peilo o amor qmtins por Isaac% ... £ , ,
Rachel. — Impossível! impossivel!ÍZAAG — Que dizes, Eliezer! que me ch\v
ella de amai-... ella a quem eu amo tanto !Eliezer. — Assim é preciso ! — Agora vai-
te, minha pobre Cachei, vai-te que eu tenhcque fallar a Isaac, e lembra-te do que té heiíito, esquece este amor, roga ao Senhor Deospara que possas olvidar Isaac, ouse continuasa amal-o morre rás de desgosto.
Rachel. — Morrerei.Eliezer. — Anda vai, minha filha, vai e
que Deos seja com ligo.(Rachel afíasta-se a chorar, tendo trocado
com Isaac uma. vista d'olhos).' SCENA V.
Isaac e Eliezer.Isaac. — Meu bom Eliezer, porque éque
tu hoje estás tão triste, porque diceste tantacpalavras de amargura á minha pobre Rachel ?
Eliezer. — Não digas lua Rachel, [saac,porque o Senhor Deos nâo a destina para tuaesposa.
Isaac. — Quom t'o ha dito Eliezer?Eliezer. — A vontade de teu pai e meu Sr.
Abrahão.Isaac. — Que le dnse pois meu pai ?Eliezer. —Ha pouco, Abrahão estava com-
migo na sua cabana, e eis o que me disse aEliezer, eu estou muito velho, e a morte de
a casa de meus parentes e escolhe entre suas/ilhas, uma para mulher de meu filho Isaac,leva grandes presentes a meus parentes e par-te era breve. E feiz-me jurar pelo Senhor Deosque creou o mundo que havia de executar oque me ordenava e parto dentro era pouco.
(Isaac tinha-se sentado no tronco de umapalmeira cortada, e com. a cara escondida en-tre as mãos, chorava de pezar. Eliezer conti-nuou:)'
Em quanto os outros servos preparavão tu-do para a parluja como lhes ordenei, vim pro-curar-te a ti e a Rachel, para lhes dizer que seesquecessem üm do outr\ que esle amor eraum amor desgraçado, que não tinha a bençãole Deos. —Para que choras tu Isaac? Deos Jelestina para pai de um grande povo, tu terás
uma longa posteridade ; esquece-te desse amor[ue has tido na tua infância, como urabrin eole criança. O Senhor Deos será comraigo, eu.
fe trarei uma mulher mais bella, e mais vir-Miosa ainda que Rachel, ella não será escravaiem filha d'uma raça, inimiga da tua,..com!» é'lachel,
queé vinda de Segor, uma das ciuco•idades que por suas iniquidades atrahirão a .olera do Senhor Deos do Céo,
Isaac. — Ah ! que importâo seus pais ! se a>obre menina é boa virtuosa se nós nos ama-uos tanto !'.
Eliezer. — Esquece-a , Isaac, esquece-a !Isaac. —Nao.rposso, Eliezer!
| Eliezer.—Mas tu, teias de cumprir a von-lade de teu.pai, e receberás por esposa a mu-her que eu te trouxer ?
Isaac. — Sim!,.. mas amarei Rachel em-egredo !
Eliezer. — Será um crime, que o Senhor>eos punirá !
Isaac —Vai-te, Eliezer, vai cumprir o leuhiram enio.
Eliezer. — Eu parto, e que o Senhor se -
jà cora tigo.
(Retira-se vagarosamente,!
SCENA VI.
Isaac só.
(Isaac. que á despedida de Eliezer se sentade novo sobre o tronco da palmeira, levanta-se depois exclamando) :
— Oh! Deos do Ceo... oh ! Deos de raeupai Abrahão, que mal te hei eu feito, que cri-me hei cometido para assim. me lazeres sof-frer?! Será a partilha do homem na terra osoíTriinento?!! — Que farei agora, Deos doCéo? iDesobedecer a meu pai? impossivel ! obom do velho que rae estima tanto morreriase lhe causa-se tal desgosto!... £ EsquecerRachel? impossivel tambem ! a pobre virgem,que tanto me ama, morreria de magna e ó
minha mulher Sara muito mais encurtou mi-Eliezer (que tem escutado quasi toda a can- nha vida pela dor que me causou, eu quero m,H gra"r'e na minha alma o raeu amor para
ção oceulto atraz de uma palmeira.) — Então, pois, antes de morrer dar uma mulher a mei a poder olvidar.Rachel, se tu conheces quentq é louca a am- filho Isaac, vai tu, Eliezer, que lão fielmente (Continua).
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S -DO .TEJO
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POESIAS
III.Bernardim Ribeiro. .
Em escarpado serro junto ao Tejo,Que vulto a negrejar!
Dns vagas escumosas que lhe batemNão sente o remolhar.
Do vento o sibilar pela ramagemNão escuta o rumor;
E nem do motho, que pousou no cedroO cântico de dor.Não esouta o carpir da matta agreste
Que verga e caenochaò;Nem a afficliva grita da maruja
De naufrago galeão.
Quem é o vulto negro,Que está no serro em pé?Seu peito é já vasio,Não sente n'elle afé?
Não tem amigo, esposa,Uma amauie, ou um pai ?Por que não vê no rioO temporal que vai?
-Ax". x ¦ x : r :Por que não sente as vagas,Que vão lhe aos pés bater ? W'.Da floresta ou do nautaO alflictivo gemer ?
E' que o infeliz tambem gemeu outrora.E tauto e tanto, que até mudo ficou,As lagrimas no peito se gelarão,Dü lautas e amargas, que chorou.A quelle coração anava muitoDa realeza o dia mente mais gentil;Amava, como o nauta, em tempestade,Ama a luz do fanal, ou um céo de Abril.Mas p'ra que,ousou erguer seu pensamentoAté a regia filha do alto rei?E' que da Infanta o bardo fora o mestreE á alma tenra tinha dado a lei*Mas da fortuna a roda perpassandoA alma desua alma lhe roubou;Seu coração partido de saudadesPelas margens do Tejo divagou.
Qual espectro oa campa alevantado,De serro.em serro nas broncas penediasAndou o terno vale repetindoDe sms Saudades ternas harmonias.'Nas noutes em que a lua mais brilhava.O saudoso alaude hia tanger;Da philomela aos cantos excediãoOs seus cantos de mago entristecer.E quando a tempestade enegreciaCom suas sombras o puro azul do céo,Soltes os ventos, os trovões, e as vagas',Envolta a turra em luetuoso véo;Sabia o bardo de sua erma grutaA vagar da montanha no soidão;C.ébriò da tempestade co' os horroresSentia algum alivio ao coração.
Agora, alia uoite triste o TejoVai o bardo saudoso recordando,A repelir os cantos* namorados,
Qu;í o uie ali cantava.*E só apenas quando o Tejo mortoSeja de todo no correr dos séculosE que não se ouvirá no mundo o nomeDe Barnardim Ribeiro.Kio de Janeiro, 5 de janeiro de 1855.
Bernardino Pinheiro
nas íi ores.Um presente me fizerãoDe duas bellas flores,Puro encanto dos jardins,Dous verdadeiros amores.
Uma — o cravo — feiticeiro,A outra — a roza — estimada;Um lhe chamão — formoso,A oulra lhe chamão — Éitda»A ambas eu live amor,Du ambas sem p re gostei;Quer da roza qu' é rainha,Quer do cravo que é oA~- rei.
Mas a vi, a roza tão bellaHir pouco a. pouco mUrcíiando..
|yi o cravo tãò formosoPouco a pouco ir se finando
Eis aqui ( disse eu comigo)Retratada a realeza !Ha pouco como ostentavãoVigor, encanto, e belleza
Agora ? tudo é mudado IPálidos ! próximos a acabar!..,Eis ali... quem uão verá, •Que todo vào murchar ?!,,
Eis de que serve a bellezaPor momentos afamadaMasque a vi Ihice tornaPara sempre desgraçada !
MOTTE
(ALLUSÃO)«Os encantos do Caju
, «São bellos e saborososGLOSA v.\
Corao não sou -_- Tatií '-L-
Acho bom e apreciado,Por demais idolatrado,« Os encantos do Caju.Gosto como de um bejtíDos prazeres tão gosto ;oá,Dos momentos lão ditososQue ali se goza a viver,' ;Que heide sempre dizer <«Sãobellos esaborosos
mottè } f# Quem amor não tem na vida«Não deve jamais vivbr.« Sem amor se desfruetar« />eve por força morrer.
u/provisoQue vida não passará,Triste, feia, aborrecida,Sem achar praser em nada« Quem amor não tem na .vida?Viver assim neste munda wDeve ser um padecer,Quem uão goza o doce amor« Não deve jamais viver.
Sem carinhos d'uma bellaNesta vida se jjozar,E' um martírio sem íim« Sem amor se desfruetar.Vida assim, nunca foi vida,Pois amor é que é viver, iK quem não goza seus fn&foso ZJeve por força morier.
O Poeta do Caju.
MOTTEUm beijo da minha amadaE' cousiuha sabo roza.
GLOSAComer a bella cocadaAssim depois de jantar,E' o mesmo que chuxarUm beijo da minha amada.Ainda mesmo zangadaCom carinhade vaidosaE' bastante apetitosa,Tem da pimenta o ardor,Dos lábios todo o sabor,E' cousiuha saborosa.
O Poeta do Caju,
¦
¦''¦:'A'':yyÁ<
*
As vozes dos animaes-Pai rão pega e papagaio;-Ecacarejaa gallinha;Os ternos pombos àrrulhao,Gêmea rola innocenllíiha.Muge a vacca; berra o touro;Grasna a rãa; ruge o leão;O gato mia; uíva o lobo:Tambem üíva e ladra o cão.Relincha o nobre cavallo;Os elephantes dão urros;Atimida ovelha bala;Zurrar é próprio dos burros.Regouga a sagaz raposa,( Brutinho muito matreiro;)Nos ramos cantão as aves;'Mas pia omocho agoureiro.Sabem as aves ligeiraO canto seu variar,Fazem gorgeiós âs vezes,A s vezes põem-se a chilrarO pardal damninho aos camposNão aprendeu a cantar,Como os ratos, e as doninhas.Apenas sabe chiafc >w&€•¦*O negro corvo crocita;Zune o mosquito enfadonho;A serpente no desertoSolta assobio medonho.Chia a lebre; grasna o pato;Ouvem-se os porcos grunhir;libando o sueco das flores,Costuma a abelha zumbir»Jíramão os tigres, as onças,Pia, pia, o pintainho;Cucurica e canta o gallo;bate e gane o cachorrinho.A vitellinha dá berros,Ocordeirinho balidos;O macaquinho dá guiuchos,A criancinha vagidos.
A falia foi dada ao homem,Rei dos outros animaes:'^Nos
versos lido acima, \§i encontrou, em pobre rima,As vozes dos principae
Ay.yyyykAyiiAA.
¦ -
t
Ía.
CoasuStorio Medico, e G!rurg;Ico.
Os abaixo assignados, formados em medi-ema com consultório na rua da Quitanda n •41 A, onde podem ser encontrados das 9 ho-ras ás 2 horas da tarde, curando cora especia-lidade ashernease^quebraduras, tendo tiradoos mais felizes resultados, aplicando o eficazmedicamento do Sr. Joaquim Figiio Candiani'o qual a bem da humanidade não duvidou*patentear-lhe o seu segredo. As pessoas dotora da cidade poderão dirigir as suas informa-f;oes por escripto ao consultório, na certeza deque, sempre encontrarão professores a soecor-rerem os chamadas.
Dr. Joaquim Pereira a Araujo.Cirurgião, A. M. Marques Pinheiro.
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..CTBOTOT.rm-rrr^-fM^ ij&gamíBmzBBEsaaüsB^
ção e solidez de seus pianos, que fabricados
sob a vista do sociq Frion em Londres,-pffe-recém garantias incontestáveis aos Srsv com-
^^t-ÚmmmmXmSt.-
¦ Wm
4hf de um nai iniusto e ihhumano, .., ,SahioAZLdal via... 8 lão insano! 1 Piores, nãosó nas^iafidades recommen-
P»s4iqje no mais alto grão d'explendor" o me causa tédio, e mortal pavor! 1
lis duro qüe o bronze, e dura pedraMais que isto, .tens; o. coração !E's ura bárbaro ;, e em teu peitoJamais nutrisle mesquinha affeição!
fmmv3rjTtB,iai.wm'JiMii!i±A.m±*.ixiaMitwzs'j-±»i±irixi.-T,lrirnn\ n ui irTnprTg-_--Mt.n»i>
LOG0fiB!FHO
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A pri mei ra é das primei rasA que tomar a dianteiraE estando no meio da pazJá mais faltou a feira.
Á segunda ê uin — s —maisUma letra o representa,(Tom duas a mesma cousa éE com trez não Vaugiiienta,Une terceira e quartaQue verás com grã claresa,Que as moças todas, não temEste dote /da na tu reza.Se Analia fosse àssim !Eu não a 'diixaria
jamais !.Ah ! que s' ella fosse assimEu teria dó dos seus ais ?
W o-nome d'uma beliaMui prendosa e galanteQtte do sacco do AlfereslL'.a fistrêlla brilhante.
daveis para este clima, como pela moderação
dos preços.
Alugâo excellentes pianos de gabinete afi-
nados no tom de orchestra. Rua dos Ourives
n.° 61.
Jj- AS NOUTES D'ÜM CAIXEIRO tOü
MEMOBIAS D'UM PROVINCIANO.POR
/' AÜTONÍO FÁÜSTlNO..Dedicadas a muito nobre e respeitável
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^ classe dos caixeiros'. desta cidade.¦<% Sahio á luz o-l."volume (Testa obra, e ^$ acha-se á venda, por l$rs., nas ruas do Js>|nuvidor ns. 13 e 9í. è da Valia 65. j£
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Depois da orchestra executar a excellente symphonia — BATALHA DE ALMOSTEÍÍSubirá á scena o muito, applaudido e apparato.so draraá em 5 actos e 6 quadros :
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A decifração das charadas do N. 3, são :1.? Phalaris. — 2.a Malaio.
ERRATA.Na ultima estrophe da canção do dramr
Isaac, publicada no numero anterior, em lugar de.se ler:
A desigual posição lembrandoEndoudeço com vago pensar.
Lea-se:Minha vil condição recordandoEndoudeço cora vago pensar.
l.° A Infância de Paulo e Virgínia.2.° Virgínia protectora da escrava Zizina.3.° A traição. Embarque de Virgínia para
Franca.
4.° O juramento; Ser esposa só de Paulo5.6 Avoltaiimtàíirginia de Françav O nau
fragio do navio S. Geran.6.° Morte de Paulo e Virgínia.
AfflUMOS61 Rua dos Ourives 61
Este drama é enriquecido de uma moral completa; suas.scenas familiares; sãpxheias deamor e ternura entre Paulo e a desditosa Virgínia que muito se amào ; sobresahindo o es-tremoso carinho5 das duas mães affedths á seus' filhos !¦ A joven e infeliz Virgínia vietima doorgulho e capricho de uraa tia, é obrigada a deixar sua mãi e Paulo, e partir para França,onde esta má ti$,;á obriga a casar com um fidalgo arruinado, a quem ella protegia. Virgíniafiel a seus juramentos, promette ser .esposa de Paulo, só d'èlle. A orgulhosa tia vendofrustrados os sei|s planos, a despresa, expulsa e obriga a embarcar-se para a Ilha de Franca,onde tinha
"sidoItra.içoeiramente arrancada.
O scenario diste drama é de grande illusão, entre elle avista da tempestade de noite,em todo o s.eu hirror, com a qual lutão alguns navios, que parecera ser engolidos pelas agda-das ondas. A disditosa Virgínia e os marinheiros pedem soccorro. O povo e tropa aciunu-.ão-sc na praia presenciando o desgraçado •
NAUEftAGIO DO NAVIO,& m"'¦}¦¦ ..,
>¦ ••
que conduz Virgihia, a qual naufraga. Pauio lança-se ás fúrias, da tempestade era seu soccorro,O tombadilho dopftvio torna-se deserto. Virgínia cora as mãos erguidas pede ao céomise-ricordia ; o mar torna-se cada vez mais agitado; o navio desarvora, pouco a pouco, e depoisse abysma nas ofidas que rapidamente o cobrem , sendo esta vista a mais interessante ede uraa illusão completa. Assim finalisa este bello drama. Soguir-se-ha a '
Um bonito dansado.
~^RAN
Logo depois ò Sr; Martinho cantará'•A ensracaídà ária áo Boieeiro.¦¦ PIANOS inglezes. Frion e Raphael, forne-cedores privilegiados da casa dê S. M. I. edothealro Lyrico Fluminense. Tem sempre noseu estabelecimento o raais rico e variado sor-linaento de pianos que existe nesta corte, dosfabricantes de maior repulação ; elegantes fór- jmás de cauda, meia cauda, portáteis, mesa e ^ Empresa não se poupou a fadigas e despezas para tornar esle «espectaculo digno dogabinete, construídos de madeiras indígenas respeitável Publico e de seus Assignantes, de quem espera merecer protecção.do Pará, páu setim, jacarandá, raiz de no- N> B Os bilhetes podem ser procurados no Escriptorio, rna da Valia N.° 65.gueira, sycomoro, erable, mogno, etc. Von-
Terminando ò expectaculo com a farça intitulada :
 GATA TSAMOMADA MULHER.
dem muito em centn. e garantem a eonstruc- r/p. dea. ai. morando.—rua da vau.a n. 65.