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Publica-se ás Terças, Quintas e Sabbados.0na-se: por 0, mezes %<mp®, por 6, _$00 0, por umaiiiio 8^000,. annutf&os 40 rs. por linha.

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Quem é viva sempre apparece, dá licença?— Gentes que milagre é esle ? Leocadia

vai mandar repicar os sinos de S. Franciscodq Paula. -5-

»' '**'Não é preciso, quando a gente não mor-

re, por esses lugares em que foi viver por ai-gum tempo, chega o dia de matar saudades.

Ora, meu Deus! ha seguramente umanno que prima Amélia não me visita.

Que quer você ? estive doente, fui parafóra e ha 8 dias que cheguei.

E porque não me procurou logo ?—Porque por estes dias de festa andei com

papai e maraãi, por alguns dos nossos arre-baldes.

Ora priminha que de saudades eu tenholido!

A calcular por mim eu faço idéa. Olhevéspera de Heis lembrei-me muito de vocô.estive lia Tonia do Caju, e encontrando porabi muitas das nossas amigas, não pude es-quece-la.

Já chegou, e já começa na sua maré dedivertimentos.

O que quer você, é o que a gente levadesta vida. Olhe diverti-me véspera e dia de*Reis a mais não poder. A ponta do Cajüfe:este anno o lugar mais concorrido. As laesromarias de Reis affluirão para ali, como can-didatos era tempo de eleições.

Ou noivos á moca rica.

uma casa, edi. erlirão-se muito. A musica e (tambem se comeu e bastante, e em mais deo canto era bem Imdí^imo. Espeve deixe „ver uma casa.se me lembro do Hymtío Sque cantarão.,, oh ' - Eu me parece, priminha que os taes sejá me lembro, ei-lo :

CORO.' ¦•"•* -.'-'-'.

'XX'-Pastores cantai^':Cantai com fervor,O grato penhor,Da paz festejai,O grande prazer,Que 6 mundo dominaAs vozes afinaDo coro do céo.. ?• ,<

N'uma pobre mangedoura -Qual um mísero plebeu,Para a sajvação do mundoO DEUS predito nasceu.

Ante o seu berço de folhasO christão vê-se prosiado,Adorando prasenlchoO Messias desejado.

y(L!%,, ¦-.,-. - -ei ,, ."a--

.-. 4YW...»^táam.

Exultai pois," oh ! vi ven tes,Cora nosco folgai lambem,Adorar vinde ligeiroO SENHOR nato era Belém.Muito'bonito.

l_ a musica era divina ; tambem houveontro que andou em tim Omnibus, destes mo-demos que tem prateleiras de dispensa, eporsignal que era composto de moços e moçasbem lindas; e outro que tinha uni exlraordi-nario numero de moças, cada qual a mais

nhores tres Reis Magos, erão uns formidáveiscumilões, porque a grande festa desta noiteconsiste principalmente era lautas ceias.

E neste tempo não é lá das melhores cou-sinhas, porque tudo que é preciso á senho-ra barriga, está á misericórdia de Deos.

Uraa arroba de carne secca já eslá eus-tando 7#000 !

-— E os armazéns e.trapiehes atravancadosde vinho, e este generoso dia ein dia lica;.-do mais caro ? : -;!>^b;

Minha rica você não sabe que* o senhorMauopolio é ura Rei absoluto quu dominanesta lerra.

ila laiMa falta de dinheiro !Assim todos se queixão.Olhe ainda um destes dias

ciante se queixar, e era verso.Isso havia de ser bello!Escute lá oque elle dizia.

vi um nego-

Queixas dura legtóiaat.Diabo'! não vendo nada !Vou dar parte de quebrado !Como não?! se em todo dia,Vendi somente um crusado !!

Diabo leve o negocio,Mais quem m>J.e está metlido !Ura crusa.loj Virgem Santa!

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Desta vez fico |4rdido!

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— Ou isso. Houve nina sociedade aqui da bella e mais fascinada. Passeou-** muitu Icidade qúe foi embarcada, e que albgarâo lá dansou-se lambem muito, e ji se sabe què |

Crusado ! só o .lixeirohida mais tem dWdem.do !«tenr-d «comida, a luopa,líi^la um-s, inda o cab-ado!

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Nada ! não estou p'ra isto,De negocio não quero nada,Quero tudo ver na rua,

Quero a casa esvasiada !

Ura crusado! quera diria,

Que foi hoje o que vendi?!Vou-mepôr no andar da rua,Embora digão que fugi!

lição de ser espoza de Isaac, para que aliuaen- [ me tens servido, vai á terra de Mesopatamia

Passão-se dias e diasDesta maneira a vender! a^.aaaOra bravo! com um crusado

y .....

Heide passeiari e comer!>

Na verdade que é bonito!Ora viva, que massada !Vou-mé embora; fugir vou,Deixo a casa esvasiada.

Vou pra longe dos credoresAssim o destinou meu fado !Como não? Se em todo o diaVendi somente um crusado ?

E que tal priminha ?Parecem-me lamentações de Jeremias.Ou desculpas de máo pagador. Olhe

quem esta passando bem nestes tempos é ostaes senhores negociantes, porque de tudohoje no Rio.de Janeiro se faz monopólio.

Não é tanto assim, ha muitas honrosasexcepções, além cie que temos ura chefe de

policia que não é para graças.Lá isso é verdade, o Desembargador Fi-

gueira de Mello é activo por demais, tem Ira-zido muita gente atrapalhada. Veja o tal iii-titulado padreco que chuchava tres e quatromissas por dia. Que creança priminha.

Está bora basta por hoje, vira só dizerlhe adeos e tenho lagarellado como qualque:matrona quando falia das prendas que temsua filha.

Oh ! isso é uma bella massada.Adeus priminha, como estou na cidade

agora, havemos de nos reunir todos os dias;tenho tantas saudades de palestrar.

E temos cousinhas bellas.Bem adeos, ura abraço e um beijo por

despedida.Tome lá, meu ladráosinho.

ias em teu seio essa paixão?Rachel (fica perturbada á vista do velho que

de repente appareceu, o responde tremendo),;—Não sou eu que aalimento, é pelo contra-rio esta paixão qué rae ajimentaa mim,

— Eliezer.— Minha filha, esquece esseamor desgraçado que alimentas na alma !...tu jamais poderás ser espoza de Isaac, e teucoração é bastante"nobre para vir a ser suacoqcubina.

(Rachel esconde nas. mãos a cara e chora.)Isaac. — Calla-te, meu velho Eliezer, nãn

faças chorar a pobre menina, que eu amomuito.

Eliezer. — Aprquvesse a Deos que estasfossem as suas únicas lagrimas, se acazo ellate ama tanto como diz.

Rachel. — Duvida de tudo, raeu bom Sr.Eliezer; mas não duvides da grandeza do raefuamor por Isaac. .,•,', }:

Eliezer. — Pobre rapariga... Melhor fôraque tu não lhe livesses amor algum !

Rachel. — Oh ! Santo Deos de Abrahão aque desgraça me destinas lu ?J...—Dize, meuSr. Eliezer, que fatalidade nos vem annunciar?; jamais leu rosto me pareceu tão tris.lVcomo hoje! um não sei que de sinistro raidiz que tu és portador de alguma desgraça!

Eliezer. — E de uma grande desgraça mi-nha filha.

DRAIà bíblicoEM TRES ACTOS.

POR

(Cnotinuação do n. 3)

SCENA IV.Os mesmos e Eliezer.

Isaac. —- Dize depressa, meu velho Eliezer,náo assustes com teus agouros a pobre iné-nina.

Eliezer. — Ab !... o que eu te venho di-zer a li, Rachel, é : que é absolutamente prt-ciso que suffoques em teu peilo o amor qmtins por Isaac% ... £ , ,

Rachel. — Impossível! impossivel!ÍZAAG — Que dizes, Eliezer! que me ch\v

ella de amai-... ella a quem eu amo tanto !Eliezer. — Assim é preciso ! — Agora vai-

te, minha pobre Cachei, vai-te que eu tenhcque fallar a Isaac, e lembra-te do que té heiíito, esquece este amor, roga ao Senhor Deospara que possas olvidar Isaac, ouse continuasa amal-o morre rás de desgosto.

Rachel. — Morrerei.Eliezer. — Anda vai, minha filha, vai e

que Deos seja com ligo.(Rachel afíasta-se a chorar, tendo trocado

com Isaac uma. vista d'olhos).' SCENA V.

Isaac e Eliezer.Isaac. — Meu bom Eliezer, porque éque

tu hoje estás tão triste, porque diceste tantacpalavras de amargura á minha pobre Rachel ?

Eliezer. — Não digas lua Rachel, [saac,porque o Senhor Deos nâo a destina para tuaesposa.

Isaac. — Quom t'o ha dito Eliezer?Eliezer. — A vontade de teu pai e meu Sr.

Abrahão.Isaac. — Que le dnse pois meu pai ?Eliezer. —Ha pouco, Abrahão estava com-

migo na sua cabana, e eis o que me disse aEliezer, eu estou muito velho, e a morte de

a casa de meus parentes e escolhe entre suas/ilhas, uma para mulher de meu filho Isaac,leva grandes presentes a meus parentes e par-te era breve. E feiz-me jurar pelo Senhor Deosque creou o mundo que havia de executar oque me ordenava e parto dentro era pouco.

(Isaac tinha-se sentado no tronco de umapalmeira cortada, e com. a cara escondida en-tre as mãos, chorava de pezar. Eliezer conti-nuou:)'

Em quanto os outros servos preparavão tu-do para a parluja como lhes ordenei, vim pro-curar-te a ti e a Rachel, para lhes dizer que seesquecessem üm do outr\ que esle amor eraum amor desgraçado, que não tinha a bençãole Deos. —Para que choras tu Isaac? Deos Jelestina para pai de um grande povo, tu terás

uma longa posteridade ; esquece-te desse amor[ue has tido na tua infância, como urabrin eole criança. O Senhor Deos será comraigo, eu.

fe trarei uma mulher mais bella, e mais vir-Miosa ainda que Rachel, ella não será escravaiem filha d'uma raça, inimiga da tua,..com!» é'lachel,

queé vinda de Segor, uma das ciuco•idades que por suas iniquidades atrahirão a .olera do Senhor Deos do Céo,

Isaac. — Ah ! que importâo seus pais ! se a>obre menina é boa virtuosa se nós nos ama-uos tanto !'.

Eliezer. — Esquece-a , Isaac, esquece-a !Isaac. —Nao.rposso, Eliezer!

| Eliezer.—Mas tu, teias de cumprir a von-lade de teu.pai, e receberás por esposa a mu-her que eu te trouxer ?

Isaac. — Sim!,.. mas amarei Rachel em-egredo !

Eliezer. — Será um crime, que o Senhor>eos punirá !

Isaac —Vai-te, Eliezer, vai cumprir o leuhiram enio.

Eliezer. — Eu parto, e que o Senhor se -

jà cora tigo.

(Retira-se vagarosamente,!

SCENA VI.

Isaac só.

(Isaac. que á despedida de Eliezer se sentade novo sobre o tronco da palmeira, levanta-se depois exclamando) :

— Oh! Deos do Ceo... oh ! Deos de raeupai Abrahão, que mal te hei eu feito, que cri-me hei cometido para assim. me lazeres sof-frer?! Será a partilha do homem na terra osoíTriinento?!! — Que farei agora, Deos doCéo? iDesobedecer a meu pai? impossivel ! obom do velho que rae estima tanto morreriase lhe causa-se tal desgosto!... £ EsquecerRachel? impossivel tambem ! a pobre virgem,que tanto me ama, morreria de magna e ó

minha mulher Sara muito mais encurtou mi-Eliezer (que tem escutado quasi toda a can- nha vida pela dor que me causou, eu quero m,H gra"r'e na minha alma o raeu amor para

ção oceulto atraz de uma palmeira.) — Então, pois, antes de morrer dar uma mulher a mei a poder olvidar.Rachel, se tu conheces quentq é louca a am- filho Isaac, vai tu, Eliezer, que lão fielmente (Continua).

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S -DO .TEJO

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POESIAS

III.Bernardim Ribeiro. .

Em escarpado serro junto ao Tejo,Que vulto a negrejar!

Dns vagas escumosas que lhe batemNão sente o remolhar.

Do vento o sibilar pela ramagemNão escuta o rumor;

E nem do motho, que pousou no cedroO cântico de dor.Não esouta o carpir da matta agreste

Que verga e caenochaò;Nem a afficliva grita da maruja

De naufrago galeão.

Quem é o vulto negro,Que está no serro em pé?Seu peito é já vasio,Não sente n'elle afé?

Não tem amigo, esposa,Uma amauie, ou um pai ?Por que não vê no rioO temporal que vai?

-Ax". x ¦ x : r :Por que não sente as vagas,Que vão lhe aos pés bater ? W'.Da floresta ou do nautaO alflictivo gemer ?

E' que o infeliz tambem gemeu outrora.E tauto e tanto, que até mudo ficou,As lagrimas no peito se gelarão,Dü lautas e amargas, que chorou.A quelle coração anava muitoDa realeza o dia mente mais gentil;Amava, como o nauta, em tempestade,Ama a luz do fanal, ou um céo de Abril.Mas p'ra que,ousou erguer seu pensamentoAté a regia filha do alto rei?E' que da Infanta o bardo fora o mestreE á alma tenra tinha dado a lei*Mas da fortuna a roda perpassandoA alma desua alma lhe roubou;Seu coração partido de saudadesPelas margens do Tejo divagou.

Qual espectro oa campa alevantado,De serro.em serro nas broncas penediasAndou o terno vale repetindoDe sms Saudades ternas harmonias.'Nas noutes em que a lua mais brilhava.O saudoso alaude hia tanger;Da philomela aos cantos excediãoOs seus cantos de mago entristecer.E quando a tempestade enegreciaCom suas sombras o puro azul do céo,Soltes os ventos, os trovões, e as vagas',Envolta a turra em luetuoso véo;Sabia o bardo de sua erma grutaA vagar da montanha no soidão;C.ébriò da tempestade co' os horroresSentia algum alivio ao coração.

Agora, alia uoite triste o TejoVai o bardo saudoso recordando,A repelir os cantos* namorados,

Qu;í o uie ali cantava.*E só apenas quando o Tejo mortoSeja de todo no correr dos séculosE que não se ouvirá no mundo o nomeDe Barnardim Ribeiro.Kio de Janeiro, 5 de janeiro de 1855.

Bernardino Pinheiro

nas íi ores.Um presente me fizerãoDe duas bellas flores,Puro encanto dos jardins,Dous verdadeiros amores.

Uma — o cravo — feiticeiro,A outra — a roza — estimada;Um lhe chamão — formoso,A oulra lhe chamão — Éitda»A ambas eu live amor,Du ambas sem p re gostei;Quer da roza qu' é rainha,Quer do cravo que é oA~- rei.

Mas a vi, a roza tão bellaHir pouco a. pouco mUrcíiando..

|yi o cravo tãò formosoPouco a pouco ir se finando

Eis aqui ( disse eu comigo)Retratada a realeza !Ha pouco como ostentavãoVigor, encanto, e belleza

Agora ? tudo é mudado IPálidos ! próximos a acabar!..,Eis ali... quem uão verá, •Que todo vào murchar ?!,,

Eis de que serve a bellezaPor momentos afamadaMasque a vi Ihice tornaPara sempre desgraçada !

MOTTE

(ALLUSÃO)«Os encantos do Caju

, «São bellos e saborososGLOSA v.\

Corao não sou -_- Tatií '-L-

Acho bom e apreciado,Por demais idolatrado,« Os encantos do Caju.Gosto como de um bejtíDos prazeres tão gosto ;oá,Dos momentos lão ditososQue ali se goza a viver,' ;Que heide sempre dizer <«Sãobellos esaborosos

mottè } f# Quem amor não tem na vida«Não deve jamais vivbr.« Sem amor se desfruetar« />eve por força morrer.

u/provisoQue vida não passará,Triste, feia, aborrecida,Sem achar praser em nada« Quem amor não tem na .vida?Viver assim neste munda wDeve ser um padecer,Quem uão goza o doce amor« Não deve jamais viver.

Sem carinhos d'uma bellaNesta vida se jjozar,E' um martírio sem íim« Sem amor se desfruetar.Vida assim, nunca foi vida,Pois amor é que é viver, iK quem não goza seus fn&foso ZJeve por força morier.

O Poeta do Caju.

MOTTEUm beijo da minha amadaE' cousiuha sabo roza.

GLOSAComer a bella cocadaAssim depois de jantar,E' o mesmo que chuxarUm beijo da minha amada.Ainda mesmo zangadaCom carinhade vaidosaE' bastante apetitosa,Tem da pimenta o ardor,Dos lábios todo o sabor,E' cousiuha saborosa.

O Poeta do Caju,

¦

¦''¦:'A'':yyÁ<

*

As vozes dos animaes-Pai rão pega e papagaio;-Ecacarejaa gallinha;Os ternos pombos àrrulhao,Gêmea rola innocenllíiha.Muge a vacca; berra o touro;Grasna a rãa; ruge o leão;O gato mia; uíva o lobo:Tambem üíva e ladra o cão.Relincha o nobre cavallo;Os elephantes dão urros;Atimida ovelha bala;Zurrar é próprio dos burros.Regouga a sagaz raposa,( Brutinho muito matreiro;)Nos ramos cantão as aves;'Mas pia omocho agoureiro.Sabem as aves ligeiraO canto seu variar,Fazem gorgeiós âs vezes,A s vezes põem-se a chilrarO pardal damninho aos camposNão aprendeu a cantar,Como os ratos, e as doninhas.Apenas sabe chiafc >w&€•¦*O negro corvo crocita;Zune o mosquito enfadonho;A serpente no desertoSolta assobio medonho.Chia a lebre; grasna o pato;Ouvem-se os porcos grunhir;libando o sueco das flores,Costuma a abelha zumbir»Jíramão os tigres, as onças,Pia, pia, o pintainho;Cucurica e canta o gallo;bate e gane o cachorrinho.A vitellinha dá berros,Ocordeirinho balidos;O macaquinho dá guiuchos,A criancinha vagidos.

A falia foi dada ao homem,Rei dos outros animaes:'^Nos

versos lido acima, \§i encontrou, em pobre rima,As vozes dos principae

Ay.yyyykAyiiAA.

¦ -

t

Ía.

CoasuStorio Medico, e G!rurg;Ico.

Os abaixo assignados, formados em medi-ema com consultório na rua da Quitanda n •41 A, onde podem ser encontrados das 9 ho-ras ás 2 horas da tarde, curando cora especia-lidade ashernease^quebraduras, tendo tiradoos mais felizes resultados, aplicando o eficazmedicamento do Sr. Joaquim Figiio Candiani'o qual a bem da humanidade não duvidou*patentear-lhe o seu segredo. As pessoas dotora da cidade poderão dirigir as suas informa-f;oes por escripto ao consultório, na certeza deque, sempre encontrarão professores a soecor-rerem os chamadas.

Dr. Joaquim Pereira a Araujo.Cirurgião, A. M. Marques Pinheiro.

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..CTBOTOT.rm-rrr^-fM^ ij&gamíBmzBBEsaaüsB^

ção e solidez de seus pianos, que fabricados

sob a vista do sociq Frion em Londres,-pffe-recém garantias incontestáveis aos Srsv com-

^^t-ÚmmmmXmSt.-

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4hf de um nai iniusto e ihhumano, .., ,SahioAZLdal via... 8 lão insano! 1 Piores, nãosó nas^iafidades recommen-

P»s4iqje no mais alto grão d'explendor" o me causa tédio, e mortal pavor! 1

lis duro qüe o bronze, e dura pedraMais que isto, .tens; o. coração !E's ura bárbaro ;, e em teu peitoJamais nutrisle mesquinha affeição!

fmmv3rjTtB,iai.wm'JiMii!i±A.m±*.ixiaMitwzs'j-±»i±irixi.-T,lrirnn\ n ui irTnprTg-_--Mt.n»i>

LOG0fiB!FHO

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A pri mei ra é das primei rasA que tomar a dianteiraE estando no meio da pazJá mais faltou a feira.

Á segunda ê uin — s —maisUma letra o representa,(Tom duas a mesma cousa éE com trez não Vaugiiienta,Une terceira e quartaQue verás com grã claresa,Que as moças todas, não temEste dote /da na tu reza.Se Analia fosse àssim !Eu não a 'diixaria

jamais !.Ah ! que s' ella fosse assimEu teria dó dos seus ais ?

W o-nome d'uma beliaMui prendosa e galanteQtte do sacco do AlfereslL'.a fistrêlla brilhante.

daveis para este clima, como pela moderação

dos preços.

Alugâo excellentes pianos de gabinete afi-

nados no tom de orchestra. Rua dos Ourives

n.° 61.

Jj- AS NOUTES D'ÜM CAIXEIRO tOü

MEMOBIAS D'UM PROVINCIANO.POR

/' AÜTONÍO FÁÜSTlNO..Dedicadas a muito nobre e respeitável

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^ classe dos caixeiros'. desta cidade.¦<% Sahio á luz o-l."volume (Testa obra, e ^$ acha-se á venda, por l$rs., nas ruas do Js>|nuvidor ns. 13 e 9í. è da Valia 65. j£

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e'a -Assignantes.

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Depois da orchestra executar a excellente symphonia — BATALHA DE ALMOSTEÍÍSubirá á scena o muito, applaudido e apparato.so draraá em 5 actos e 6 quadros :

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A decifração das charadas do N. 3, são :1.? Phalaris. — 2.a Malaio.

ERRATA.Na ultima estrophe da canção do dramr

Isaac, publicada no numero anterior, em lugar de.se ler:

A desigual posição lembrandoEndoudeço com vago pensar.

Lea-se:Minha vil condição recordandoEndoudeço cora vago pensar.

l.° A Infância de Paulo e Virgínia.2.° Virgínia protectora da escrava Zizina.3.° A traição. Embarque de Virgínia para

Franca.

4.° O juramento; Ser esposa só de Paulo5.6 Avoltaiimtàíirginia de Françav O nau

fragio do navio S. Geran.6.° Morte de Paulo e Virgínia.

AfflUMOS61 Rua dos Ourives 61

Este drama é enriquecido de uma moral completa; suas.scenas familiares; sãpxheias deamor e ternura entre Paulo e a desditosa Virgínia que muito se amào ; sobresahindo o es-tremoso carinho5 das duas mães affedths á seus' filhos !¦ A joven e infeliz Virgínia vietima doorgulho e capricho de uraa tia, é obrigada a deixar sua mãi e Paulo, e partir para França,onde esta má ti$,;á obriga a casar com um fidalgo arruinado, a quem ella protegia. Virgíniafiel a seus juramentos, promette ser .esposa de Paulo, só d'èlle. A orgulhosa tia vendofrustrados os sei|s planos, a despresa, expulsa e obriga a embarcar-se para a Ilha de Franca,onde tinha

"sidoItra.içoeiramente arrancada.

O scenario diste drama é de grande illusão, entre elle avista da tempestade de noite,em todo o s.eu hirror, com a qual lutão alguns navios, que parecera ser engolidos pelas agda-das ondas. A disditosa Virgínia e os marinheiros pedem soccorro. O povo e tropa aciunu-.ão-sc na praia presenciando o desgraçado •

NAUEftAGIO DO NAVIO,& m"'¦}¦¦ ..,

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que conduz Virgihia, a qual naufraga. Pauio lança-se ás fúrias, da tempestade era seu soccorro,O tombadilho dopftvio torna-se deserto. Virgínia cora as mãos erguidas pede ao céomise-ricordia ; o mar torna-se cada vez mais agitado; o navio desarvora, pouco a pouco, e depoisse abysma nas ofidas que rapidamente o cobrem , sendo esta vista a mais interessante ede uraa illusão completa. Assim finalisa este bello drama. Soguir-se-ha a '

Um bonito dansado.

~^RAN

Logo depois ò Sr; Martinho cantará'•A ensracaídà ária áo Boieeiro.¦¦ PIANOS inglezes. Frion e Raphael, forne-cedores privilegiados da casa dê S. M. I. edothealro Lyrico Fluminense. Tem sempre noseu estabelecimento o raais rico e variado sor-linaento de pianos que existe nesta corte, dosfabricantes de maior repulação ; elegantes fór- jmás de cauda, meia cauda, portáteis, mesa e ^ Empresa não se poupou a fadigas e despezas para tornar esle «espectaculo digno dogabinete, construídos de madeiras indígenas respeitável Publico e de seus Assignantes, de quem espera merecer protecção.do Pará, páu setim, jacarandá, raiz de no- N> B Os bilhetes podem ser procurados no Escriptorio, rna da Valia N.° 65.gueira, sycomoro, erable, mogno, etc. Von-

Terminando ò expectaculo com a farça intitulada :

 GATA TSAMOMADA MULHER.

dem muito em centn. e garantem a eonstruc- r/p. dea. ai. morando.—rua da vau.a n. 65.