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ETEP FACULDADES COMPARAÇÃO ENTRE OS MÉTODOS DE FABRICAÇÃO DE UM VIRABRAQUIM: FUNDIÇÃO X FORJAMENTO. Alunos: Amanda Santos de Castro RA: 091157 Ana Claudia Carvalho RA: 091318 Bruna Cristina C. Melo RA: 091196 Bruno Garrido RA: 061094 Gabriela Vilas Boas RA: 092604 Mariana Elisa da Silva RA: 092112 Pamela Castro M. Silva RA: 091240 Matéria: Processos de Fabricação II Turma: 14 EMNA Professor: Dr. José Eduardo Salgueiro Lima

ED Processos de Fabricação

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ETEP FACULDADES

COMPARAÇÃO ENTRE OS MÉTODOS DE FABRICAÇÃO DE UM VIRABRAQUIM: FUNDIÇÃO X FORJAMENTO.

Alunos: Amanda Santos de Castro RA: 091157

Ana Claudia Carvalho RA: 091318

Bruna Cristina C. Melo RA: 091196

Bruno Garrido RA: 061094

Gabriela Vilas Boas RA: 092604

Mariana Elisa da Silva RA: 092112

Pamela Castro M. Silva RA: 091240

Matéria: Processos de Fabricação II

Turma: 14 EMNA

Professor: Dr. José Eduardo Salgueiro Lima

ETEP Faculdades

São José dos Campos

2012

Page 2: ED Processos de Fabricação

SumárioOBJETIVO..................................................................................................................................2

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................................3

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...........................................................................................4

2.1 - FUNDIÇÃO.....................................................................................................................4

2.2 - CONFORMAÇÃO PLÁSTICA.......................................................................................7

3. MÉTODOS E MATERIAIS.....................................................................................................9

3.1 – PROCESSO FORJADO..................................................................................................9

3.1.1 – DESCRIÇÃO DO PROCESSO..............................................................................10

3.1.2 – EQUIPAMENTOS.................................................................................................12

3.1.3 – PROPRIEDADES MECÂNICAS..........................................................................14

3.1.4 – DEFEITOS.............................................................................................................15

3.1.5 – CUSTO X BENEFÍCIO.........................................................................................16

3.1.6 – VANTAGENS E DESVANTAGENS DO PROCESSO........................................16

3.2 – PROCESSO FUNDIDO................................................................................................17

3.2.1 – DESCRIÇÃO DO PROCESSO..............................................................................18

3.2.2 – MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS.......................................................................19

3.2.3 – PROPRIEDADES MECÂNICAS..........................................................................20

3.2.4 – DEFEITOS.............................................................................................................20

3.2.5 – CUTO X BENEFÍCIO............................................................................................20

3.2.6 – VANTAGENS E DESVANTAGENS DO PROCESSO........................................21

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES...........................................................................................21

4.1 – COMPARAÇÃO ENTRE OS PROCESSOS................................................................22

5 CONCLUSÃO........................................................................................................................24

6 REFERÊNCIAS......................................................................................................................25

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Page 3: ED Processos de Fabricação

OBJETIVO

Este estudo tem por objetivo mostrar as vantagens e as limitações de ambos os

processos e permitirá ao leitor uma determinação segura de qual o melhor caminho a

seguir quando considerar fundidos e forjados

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Page 4: ED Processos de Fabricação

1 INTRODUÇÃO

A maioria dos componentes de aço tem seu inicio como fundido: o metal passa

por uma fusão, vazamento em um molde e solidificação. No caso do processo de

fundição, devido ao fato do molde ter a forma próxima à forma final da peça, o que

resta a fazer são algumas operações de acabamento.

No caso dos forjados a primeira forma é um lingote. Lingotes normalmente são

de grandes dimensões com seções retangulares e bastante pesadas. Estes lingotes, ou

placas ou tarugos são forjados no perfil em martelos e prensas. Muita usinagem é

requerida até a sua configuração final.

Apesar de haver uma extensa área de utilização comum, existe uma tendência de

se usar forjados exclusivamente em determinadas situações e fundidos em outras.

Mesmo partindo de processos iniciais bastante parecidos fundidos e forjados podem ter

vantagens bastante distintas.

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Page 5: ED Processos de Fabricação

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 - FUNDIÇÃO

O processo de fundição nada mais é que um conjunto de atividades necessárias

para dar forma aos materiais por meio de fusão. Em suma, consiste em verter material

fundido (liquído) sobre um molde de aço, em geral feito de areia, seja este material

ferro, aço, bronze, ouro, prata, alumínio ou qualquer outro metal.

A fundição compreende três processos: Primeiro se constrói um modelo em

madeira, plástico ou metal com a forma desejada, em seguida, faz-se um molde aço,

colocando areia em torno do modelo, que depois é retirado e finalmente o metal fundido

é colocado no molde.

A fundição é um processo de fabricação inicial, porque permite a obtenção de

peças com formas praticamente definitivas, com mínimas limitações de tamanho,

formato e complexidade, e também é o processo pelo qual se fabricam os lingotes. É a

partir do lingote que se realizam os processos de conformação mecânica para a obtenção

de chapas, placas, perfis, etc.

É um dos processos mais antigos e também um dos mais versáteis,

principalmente quando se considera os diferentes formatos e tamanhos das peças que se

pode produzir por esse processo.Sua principal vantagem é obter, de maneira econômica,

peças de geometria complexa, porém existem também desvantagens, os aços fundidos,

por exemplo, podem apresentar elevadas tensões residuais, microporosidade, zonamento

e variações de tamanho de grão. Tais fatores resultam em menor resistência e

ductilidade, quando comparados aos aços obtidos por outros processos de fabricação

como conformação a quente.

Exemplos de peças fundidas: acessórios de tubulações, peças de um forno, bloco

do motor de automóveis e aviões, pistões, anéis dos pistões, bases de máquina

ferramenta, rodas, e eixos de manivela.

Tipos de fundição

É usual classificar os processos de fundição quanto ao material ou quanto ao

método pelo qual o molde é fabricado. Portanto, é possível classificar os processos de

fundição em dois grupos: 

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Page 6: ED Processos de Fabricação

- Fundição em moldes de areia;

- Fundição em moldes metálicos.

Fundição em areia  

A fundição em areia é a mais usada, não só na produção de peças de aço e ferro

fundido, porque os moldes de areia são os que suportam melhor as altas temperaturas de

fusão desses dois metais, mas também para a produção de peças de ligas de alumínio,

latão, bronze e magnésio.O processo em areia, particularmente a moldagem em areia

verde é o mais simples e mais usado nas empresas do ramo. A preparação do molde,

neste caso, consiste em compactar mecânica ou manualmente uma mistura refratária

plástica chamada areia de fundição, sobre um modelo montado em uma caixa de

moldar.

Fundição de Precisão ( Cera perdida )

Produzir peças por fundição é basicamente fazer um modelo, fazer um molde a

partir desse modelo, e vazar (despejar) metal líquido dentro do molde

O que diferencia um processo do outro é tanto o modo como o metal líquido é

vazado (pode ser por gravidade ou pressão) quanto o tipo de moldagem utilizado (em

moldes de areia ou em moldes metálicos).

Por outro lado, a escolha do processo é determinada principalmente pelo tipo de

produto final que você quer obter. Assim, se você quiser produzir um produto fundido

com determinado peso máximo de 5 kg, formato complexo, melhor acabamento de

superfície e tolerâncias mais estreitas em suas medidas, ou seja, um produto com

características aliadas à qualidade do produto usinado, será necessário usar o processo

de fundição de precisão.

Por esse processo, pode-se fundir ligas de alumínio, de níquel, de magnésio, de

cobre, de cobre-berílio, de bronze-silício, latão ao silício, ligas resistentes ao calor, além

do aço e do aço inoxidável para a produção de peças estruturais para a indústria

aeronáutica, para motores de avião, equipamentos aeroespaciais, de processamento de

dados, turbinas a gás, máquinas operatrizes, equipamentos médicos, odontológicos,

ópticos etc.

Em qual aspecto a fundição de precisão se diferencia dos outros processos de

fundição? Exatamente na confecção dos modelos e dos moldes. Enquanto nos processos

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Page 7: ED Processos de Fabricação

por fundição em areia, o modelo é reaproveitado e o molde é destruído após a produção

da peça, na fundição de precisão tanto o modelo quanto o molde são destruídos após a

produção da peça.

Os modelos para a confecção dos moldes são produzidos em cera a partir de uma

matriz metálica formada por uma cavidade com o formato e dimensões da peça

desejada. A cera, que não se assemelha àquela que usamos no assoalho da nossa casa, é

um material que derrete com o calor. E é no estado líquido que ela é injetada dentro da

matriz para formar os modelos.

O molde é produzido a partir de uma pasta ou lama refratária feita com sílica ou

zirconita, na forma de areia muito fina, misturada com um aglomerante feito com água,

silicato de sódio e / ou silicato de etila. Esta lama endurece em contato com o ar e é nela

que o modelo de cera ou plástico é mergulhado. Quando a lama endurece em volta do

modelo, forma-se um molde rígido. Após o endurecimento da pasta refratária, o molde é

aquecido, o modelo derretido, e destruído. Essa casca endurecida é o molde

propriamente dito e é nele que o metal líquido é vazado. Assim que a peça se solidifica,

o molde é inutilizado. Por causa das características desse processo, ele também pode ser

chamado de fundição por moldagem em cera perdida.

Fundição sob Pressão

Os moldes metálicos também são usados no processo de fundição sob pressão.

Este consiste em forçar o metal líquido a penetrar na cavidade do molde, chamado de

matriz.

2.2 - CONFORMAÇÃO PLÁSTICA

Entende-se como conformação dos metais a modificação de um corpo metálico

para outra forma definida. Os processos de conformação podem ser divididos em dois

grupos: processos mecânicos, nos quais as modificações de forma são provocadas pela

aplicação de tensões externas, e processos metalúrgicos, nos quais as modificações de

forma estão relacionadas com altas temperaturas.

Os processos mecânicos são constituídos pelos processos de conformação

plástica, para os quais as tensões aplicadas são geralmente inferiores ao limite de

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Page 8: ED Processos de Fabricação

resistência à ruptura do material, e pelos processos de conformação por usinagem, para

os quais as tensões aplicadas são sempre superiores ao limite mencionado, sendo a

forma final, portanto, por retirada de material. Devido a sua natureza, esses processos

são também denominados “Processos de Conformação Mecânica”.

Os processos metalúrgicos subdividem-se em conformação por solidificação,

para os quais a temperatura adotada é superior ao ponto de fusão do metal e a forma

final é obtida pela transformação líquido-sólido, e conformação por sinterização, em

que a temperatura de processamento é inferior ao ponto de fusão do metal (metalurgia

do pó).

Os processos de conformação plástica dos metais permitem a obtenção de peças

no estado sólido, com características controladas, através da aplicação de esforços

mecânicos em corpos metálicos iniciais que mantêm os seus volumes constantes. De

uma forma resumida, os objetivos desses processos são a obtenção de produtos finais

com especificação de:

a) dimensão e forma;

b) propriedades mecânicas;

c) condições superficiais

Os processos de conformação plástica podem ser classificados de acordo com

vários critérios:

a) quanto ao tipo de esforço predominante;

b) quanto à temperatura de trabalho;

c) quanto à forma do material trabalhado ou do produto final;

d) quanto ao tamanho da região de deformação (localizada ou geral);

e) quanto ao tipo de fluxo do material (estacionário ou intermitente);

f) quanto ao tipo de produto obtido (semi-acabado ou acabado).

Os processos quanto ao tipo de esforço predominante podem ser classificados

em:

a) processo de conformação por compressão direta;

b) processo de conformação por compressão indireta;

c) processo de conformação por tração;

d) processo de conformação por cisalhamento;

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Page 9: ED Processos de Fabricação

e) processo de conformação por flexão.

Nos processos de conformação por compressão direta, predomina a solicitação

externa por compressão sobre a peça de trabalho. Nos processos de conformação por

compressão indireta, as forças externas aplicadas sobre a peça podem ser tanto de tração

como de compressão, mais as que efetivamente provocam a conformação plástica do

metal são de compressão indireta, desenvolvidas pela reação da matriz sobre a peça. O

principal exemplo de processo de conformação por tração é o estiramento de chapas, em

que a peça toma a forma da matriz através da aplicação de forças de tração em suas

extremidades. Os processos de conformação por cisalhamento envolvem forças

cisalhantes suficientes para romper o metal no seu plano de cisalhamento. Os melhores

exemplos desse tipo de processo são a torção de barras e o corte de chapas.

Em relação à temperatura de trabalho, os processos de conformação podem ser

classificados em processos com trabalho mecânico a frio e com trabalho mecânico a

quente. Quando a temperatura de trabalho é maior que a temperatura que provoca a

recristalização do metal, o processo é denominado como trabalho a quente e, abaixo

dessa temperatura, o trabalho é denominado como a frio.

No trabalho mecânico a frio, provoca-se o aparecimento no metal do chamado

efeito de encruamento, ou seja, o aumento da resistência mecânica com a deformação

plástica. O trabalho mecânico a frio permite aumentar a resistência mecânica de certos

metais não-ferrosos que são endurecíveis por tratamentos térmicos. No trabalho

mecânico a quente, a deformação plástica é realizada numa faixa de temperatura, e

durante um determinado tempo, em que o encruamento é eliminado pela recristalização

do metal.

Um metal na sua condição encruada possui energia interna elevada em relação

ao metal não-deformado plasticamente. Aumentando-se a temperatura, há uma

tendência do metal retornar à condição mais estável de menor energia interna. O

tratamento térmico para obter esse efeito é denominado recozimento e, além da

recuperação da estrutura cristalina do metal, este tratamento provoca a diminuição da

resistência mecânica e a elevação da ductilidade.

Os métodos de classificação dos processos de conformação plástica mais comum

são os dois mencionados anteriormente. Existem também outros métodos, cujos

empregos, no entanto, são menos comuns. Um deles é a classificação de acordo com a

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Page 10: ED Processos de Fabricação

forma do metal trabalhado, como por exemplo os processos de conformação de chapas

(laminação, estampagem, dobramento, etc.) e de tubos e fios (trefilação, extrusão, etc.).

3. MÉTODOS E MATERIAIS

3.1 – PROCESSO FORJADO

É o processo de conformação mecânica, ou seja, mediante aplicação de esforços

mecânicos altera-se plasticamente a forma dos materiais. O forjamento é o antecessor de

todos os processos de transformação por deformação plástica. As tribos hindus desde

1500 antes de cristo trabalhavam o ouro, a prata e o ferro. A arte do forjamento foi

utilizada até a idade média para a fabricação de armas e armaduras. De todos os

processos de fabricação, a conformação mecânica tem um fundamental papel porque

produz peças com excelentes propriedades mecânicas com a mínima perda do material,

oferecendo assim um menor custo de fabricação. Parte-se de uma geometria

relativamente simples, que após prévio aquecimento ou não, e uma ou mais operações,

podemos gerar uma ou mais peças com a mais complexa geometria.

3.1.1 – DESCRIÇÃO DO PROCESSO

O processo de forjamento pode ser classificado quanto à temperatura de

trabalho, ou seja, o material a ser conformado é ou não previamente aquecido a uma

determinada temperatura e quanto ao método de aplicação da carga.

Conformação após aquecimento (a quente):

Permite grandes deformações

Menores valores de esforços

Boa precisão dimensional

Conformação sem aquecimento (a frio):

Deformações limitadas

Necessita maiores esforços mecânicos

Ótima precisão

O forjamento pode ser dividido em dois principais métodos:

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Page 11: ED Processos de Fabricação

Forjamento por impacto – método preferido para forjamento individual, isto é, o

“shapeamento” do metal ou outro material é feito através da aplicação de uma pressão

instantânea em uma área relativamente pequena. O martelo pode ser acionado por ar

comprimido ou hidraulicamente. Este tipo de forjamento pode produzir uma grande

variedade de “shapes” e tamanhos e, se reduzidas pode criar um alto grau de

refinamento dos grãos não mesmo tempo. A desvantagem do processo é a necessidade

de usinagem após o processo.

Forjamento por pressão – Nesse tipo de processo uma pressão continua e

devagar é aplicada na área a ser forjada. Esta operação pode ser realizada a quente ou a

frio. A operação a frio é utilizada em materiais recozidos, e o processo a quente é feito

em peças para maquinaria pesada. O forjamento por pressão é mais econômico do que o

forjamento por impacto, e grandes tolerâncias dimensionais são obtidas. Estes tipos de

operação podem ser divididos em: forjamento em matriz aberta e forjamento em matriz

fechada. O primeiro caso pode ser utilizado em grandes forjamentos, onde podem ser

necessárias sucessivas aplicações de força em diferentes partes da peça. O forjamento

em matriz fechada proporciona as melhores condições de obtenção de peças totalmente

isentas de qualquer alteração interna ou externa, devido a não destruição da estrutura do

material e dado a pouca alteração do estado físico da matéria prima original durante a

conformação. Pode se produzir pecas mais complexas pelo forjamento em matriz

fechada do que pelo outro método.

Tipos de Forjamento:

Forjamento em Matriz Aberta   - O material é conformado entre matrizes planas

ou de formato simples, que normalmente não se tocam. É usado geralmente para

fabricar peças grandes, com forma relativamente simples (como eixos de navios e de

turbinas, ganchos, correntes, âncoras, alavancas, excêntricos, ferramentas agrícolas,

etc.) e em pequeno número, e também para pré-conformar peças que serão submetidas

posteriormente a operações de forjamento mais complexas.  

Forjamento em Matriz Fechada   - O material é conformado entre duas metades

de matriz que possuem, gravadas em baixo-relevo, impressões com o formato que se

deseja fornecer à peça. A deformação ocorre sob alta pressão em uma cavidade fechada

ou semi-fechada, permitindo assim obter-se peças com tolerâncias dimensionais

menores do que no forjamento livre. Nos casos em que a deformação ocorre dentro de

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Page 12: ED Processos de Fabricação

uma cavidade totalmente fechada, sem zona de escape, é fundamental a precisão na

quantidade fornecida de material: uma quantidade insuficiente implica falta de

enchimento da cavidade e falha no volume da peça, um excesso de material causa

sobrecarga no ferramental, com probabilidade de danos ao mesmo e ao maquinário.

Dada a dificuldade de dimensionar a quantidade exata fornecida de material, é

mais comum empregar um pequeno excesso. As matrizes são providas de uma zona oca

especial para recolher o material excedente ao término do preenchimento da cavidade

principal. O material excedente forma uma faixa estreita (rebarba) em torno da peça

forjada. A rebarba exige uma operação posterior de corte (rebarbação) para remoção.

3.1.2 – EQUIPAMENTOS

Basicamente existem duas grandes famílias de equipamentos para forja, as

prensas e os martelos e cada um deles se subdividem de forma genérica em alguns tipos

peculiares

Martelo - A peça mais comumente usada dos equipamentos de forja é o martelo

de forja. Os três tipos básicos de martelo são: martelo de queda livre, martelo de

contragolpe e o martelo de duplo efeito.

Martelo de Queda Livre com Prancha - No martelo de queda livre, a matriz

superior e a massa cadente são elevadas por rolos de atrito engrenados à uma prancha,

correntes ou outros mecanismos.

Quando o mecanismo é liberada, a massa cadente cai sob a influência da

gravidade para produzir a energia da pancada. A mecanismo é imediatamente elevado

para nova pancada.

O forjamento com um martelo é normalmente feito com pancadas repetidas. Os

martelos podem atingir entre 60 e 150 pancadas por minuto dependendo do tamanho e

capacidade. A energia suprida pelas pancadas é igual à energia potencial devido ao peso

da massa cadente e da altura de queda.

Os martelos de queda são classificados pelo peso da massa cadente. Entretanto,

uma vez que o martelo é uma máquina limitada energeticamente, no qual a deformação

se processa até que a energia cinética seja dissipada pela deformação plástica da peça de

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Page 13: ED Processos de Fabricação

trabalho ou pela deformação elástica das matrizes e da máquina, é mais correto

classificar essas máquinas em termos da energia transmitida.

Martelos de Duplo Efeito- Uma capacidade maior de forja é atingida com um martelo

de duplo efeito no qual o martelo é acelerado no seu curso descendente por pressão de

vapor ou ar comprimido em adição à gravidade. O vapor ou ar comprimido podem

também ser usados para elevar o martelo no seu curso ascendente.

Martelos de Contragolpe - Nos martelos de queda o choque produzido pela

queda da massa é transmitido para toda a estrutura da máquina, bem como para as

fundações. Para amenizar este fato foram desenvolvidos os martelos de contragolpe, em

que ambas as partes (superior e inferior) se movimentam ao mesmo tempo encontrando-

se no meio do percurso. Desta forma a reação do choque praticamente inexiste e não é

transmitida para a estrutura da máquina e fundações. Mas dada a configuração deste tipo

de martelo temos como desvantagens:

Maior desalinhamento entre as partes superior e inferior da matriz;

A força de forjamento deve estar localizada no meio da matriz para evitar

grandes atritos entre as massas e as guias;

Não é possível manipular a peça durante o movimento do martelo;

Maiores despesas de manutenção.

Uma característica comum aos martelos é que em função do forjamento ser feito

por meio de golpes, o martelo adquire grande flexibilidade, pois enquanto as prensas

são limitadas em termos de força (só podem ser aplicadas se a força requerida for menor

que a disponível), nos martelos esta limitação não existe uma vez que o martelo aplicará

golpes sucessivos até que a conformação desejada se processe. Desta forma os martelos

são mais indicados para o uso com matrizes de múltiplas cavidades em que em um

único bloco existem as cavidades para pré-conformação e conformação final.

Prensas

Prensas de fuso - São constituídas de um par porca/parafuso, com a rotação do

fuso, a massa superior se desloca, podendo estar fixada no próprio fuso ou então fixada

à porca que neste caso deve ser móvel, dando origem a dois subtipos de prensas; as de

fuso móvel; e as de porca móvel. Ligado ao fuso há um disco de grande dimensão que

funciona como disco de inércia, acumulando energia que é dissipada na descida. O

acionamento das prensas de fuso pode ser de três tipos:

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Page 14: ED Processos de Fabricação

• Através de discos de fricção;

• Por acoplamento direto de motor elétrico;

• Acionado por engrenagens.

Prensas excêntricas ou mecânicas - Depois do martelo de forja, a prensa

mecânica é o equipamento mais comumente utilizado. Pode ser constituído de um par

biela/manivela, para transformar um movimento de rotação, em um movimento linear

recíproco da massa superior da prensa. O curso do martelo neste tipo de prensa é menor

que nos martelos de forjamento e nas prensas hidráulicas. O máximo de carga é obtido

quando a massa superior está a aproximadamente 3 mm acima da posição neutra central.

São encontradas prensas mecânicas de 300 a 12.000 toneladas. A pancada de

uma prensa é mais uma aplicação de carga crescente do que realmente um impacto. Por

isto as matrizes sofrem menos e podem ser menos maciças. Porem o custo inicial de

uma prensa mecânica é maior que de um martelo.

Prensas hidráulicas - As prensas hidráulicas são máquinas limitadas na carga,

na qual a prensa hidráulica move um pistão num cilindro. A principal característica é

que a carga total de pressão é transmitida em qualquer ponto do curso do pistão. Essa

característica faz com que as prensas hidráulicas sejam particularmente adequadas para

operações de forja do tipo de extrusão. A velocidade do pistão pode ser controlada e

mesmo variada durante o seu curso.

A prensa hidráulica é uma máquina de velocidade baixa, o que resulta em

tempos longos de contato com a peça que pode levar a problemas com a perda de calor

da peça a ser trabalhada e com a deterioração da matriz. Por outro lado a prensagem

lenta de uma prensa hidráulica resulta em forjamento de pequenas tolerâncias

dimensionais.

As prensas hidráulicas são disponíveis numa faixa de 500 a 50.000 toneladas. O

custo inicial de uma prensa hidráulica é maior do que o de uma prensa mecânica da

mesma capacidade.

3.1.3 – PROPRIEDADES MECÂNICAS

A função primaria do forjamento é a de tornar a massa mais compacta, soldando

as pequenas trincas internas, o que será muito fácil se estes defeitos forem submetidos a

razoáveis esforços de compressão, desde que as faces opostas das trincas sejam

apropriadas. O forjamento, porem, não poderá fazer desaparecer as heterogeneidades

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Page 15: ED Processos de Fabricação

químicas nem as inclusões não metálicas. O forjamento pode somente orientá-las no

sentido do alongamento que sofre o lingote, e, se este alongamento é grande, se obterá o

que se chama de fibragem. Este alinhamento ao longo de zonas, alternadamente puras e

impuras, se traduz no que se refere às características mecânicas do produto, no sentido

transversal, as características de alongamento, de estricção e de resiliencia serão

nitidamente piores do que no sentido longitudinal. O forjador sempre deve ter em

mente colocar as fibras resultantes da segregação do lingote, de modo mais favorável

para que elas estejam no sentido dos esforços mais importantes que devam sofrer as

peças.

Tensão de deformação do aço, à alta temperatura, em solicitações simples

A tensão sob a qual o aço se deixa deformar depende não somente de sua

composição, de sua temperatura, da velocidade de deformação e da deformação

existente no instante considerado. É unicamente por uma aproximação muito grosseira

que se pode ter uma idéia, para um dado tipo de aço, da tensão de deformação

correspondente para cada temperatura e velocidade de deformação. Entretanto tais

valores da tensão de deformação podem ser utilizados na prática, pois o que se procura

na realidade é a ordem de grandeza das forças necessárias para a deformação plástica do

aço quente.

Essas curvas representam os resultados obtidos durante ensaios de compressão,

executados em condições tais que a deformação permaneça homogênea.

Influencia do atrito

No forjamento, como em mecânica, o atrito intervém e muito. Tudo o que

acabamos de dizer refere-se à tensão de deformação e deformação homogênea. Na

prática essas condições ideais nunca se realizam porque o atrito intervém, representando

um papel muito importante em forjamento como em todos os processos de trabalho

mecânico. Esforços tangenciais, devido ao atrito, aparecem ao contato da ferramenta,

agindo sobre a peça em processo de forjamento. Resulta simultaneamente uma

perturbação do campo das tensões e das deformações e uma elevação aparente da

resistência à deformação.

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Page 16: ED Processos de Fabricação

3.1.4 – DEFEITOS

Os produtos forjados também apresentam defeitos típicos. Eles são:  

Falta de redução – caracteriza-se pela penetração incompleta do metal na cavidade da

ferramenta. Isso altera o formato da peça e acontece quando são usados golpes rápidos e

leves do martelo.

Trincas superficiais – causadas por trabalho excessivo na periferia da peça em

temperatura baixa, ou por alguma fragilidade a quente.  

Trincas nas rebarbas – causadas pela presença de impurezas nos metais ou porque as

rebarbas são pequenas. Elas se iniciam nas rebarbas e podem penetrar na peça durante a

operação de rebarbação.  

Trincas internas – originam-se no interior da peça, como conseqüência de tensões

originadas por grandes deformações.  

Gotas frias – são descontinuidades originadas pela dobra de superfícies, sem a

ocorrência de soldagem. Elas são causadas por fluxos anormais de material quente

dentro das matrizes, incrustações de rebarbas, colocação inadequada do material na

matriz.  

Incrustações de óxidos – causadas pela camada de óxidos que se formam durante o

aquecimento. Essas incrustações normalmente se desprendem, mas, ocasionalmente,

podem ficar presas nas peças.  

Descarbonetação – caracteriza-se pela perda de carbono na superfície do aço, causada

pelo aquecimento do metal.  

Queima – gases oxidantes penetram nos limites dos contornos dos grãos, formando

películas de óxidos. Ela é causada pelo aquecimento próximo ao ponto de fusão.  

3.1.5 – CUSTO X BENEFÍCIO

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Page 17: ED Processos de Fabricação

3.1.6 – VANTAGENS E DESVANTAGENS DO PROCESSO

Vantagens - Controlando a deformação durante o processo de forjamento, pode-

se melhorar as propriedades mecânicas da peça produzindo um alinhamento direcional,

melhorando assim propriedades de tensão, ductilidade, impacto e resistência à fadiga.

As fibras podem ser alinhadas na direção em pontos onde ocorrem máximas

tensões. Menor custo de fabricação, pois se tem a mínima perda de material.

Desvantagens - As peças a serem forjadas geralmente necessitam de usinagem

antes do processo de forjamento.

Os equipamentos são muito caros.

3.2 – PROCESSO FUNDIDO

A fundição é o processo pelo qual os metais ou ligas metálicas em estado líquido

(fundido) são vazados em um molde para a fabricação dos mais variados tipos de peças,

objetos decorativos, jóias/bijuterias, carcaças de máquinas, lingotes e outros. Em muitos

casos, a fundição é o processo mais simples e econômico de se produzir uma peça,

principalmente quando esta é de grande porte, de geometria intrincada ou com canais

internos e cavidades.

A fundição pode dar origem a peças acabadas, já em seu formato final, ou não.

Nesse caso, elas podem passar por processos de conformação mecânica (por exemplo,

forja), ajustes dimensionais, soldagem ou usinagem (para peças que serão usinadas é

comum deixar um sobremetal). Mas, de modo geral, as peças fundidas passam por

processos de acabamento como corte de canais, usinagem, e rebarbação. Quando

necessário, as peças também podem passar por tratamento térmico para conferir maior

resistência já que as peças fundidas apresentam menor resistência mecânica do que as

peças produzidas por processos de conformação.

Existem vários processos diferentes para se produzir peças fundidas, os mais

comuns são: fundição por gravidade, por centrifugação, sob pressão e de precisão. Cada

um se ajusta a determinadas exigências de qualidade, custo e tempo. Mas, basicamente,

o início do processo, é a produção de um modelo ou de um molde.

Os modelos são usados para dar forma ao fundido quando o molde utilizado é do

tipo não permanente (geralmente de areia). Os modelos podem ser de madeira, plástico,

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Page 18: ED Processos de Fabricação

isopor, metal ou mesmo de cera e podem ser aplicados produtos desmoldantes (talco,

grafite) para facilitar sua retirada de dentro do molde.

Nos processos de fundição também podem ser utilizadas peças chamadas de

machos que servem para formar canais ou furos em peças que precisem ser vazadas. Os

machos devem ser feitos de um material resistente o suficiente para suportar o processo

de vazamento do metal fundido, mas devem ser quebráveis após o processo de

solidificação e esfriamento para que possa ser retirado da peça.

Os moldes, por sua vez, são o negativo da peça a ser produzida e o tipo de

material com que são feitos depende do processo que será utilizado.

3.2.1 – DESCRIÇÃO DO PROCESSO

A matéria-prima metálica para a produção de peças fundidas é constituída pelas

ligas metálicas ferrosas (ligas de ferro e carbono) e não-ferrosas (ligas de cobre,

alumínio, zinco e magnésio). O processo de fabricação dessas peças por meio de

fundição pode ser resumido nas seguintes operações:

- Confecção do modelo - Essa etapa consiste em construir um modelo com o formato

aproximado da peça a ser fundida. Esse modelo vai servir para a construção do molde e

suas dimensões devem prever a contração do metal quando ele se solidificar bem como

um eventual sobremetal para posterior usinagem da peça. Ele é feito de madeira,

alumínio, aço, resina plástica e até isopor.

- Confecção do molde - O molde é o dispositivo no qual o metal fundido é colocado

para que se obtenha a peça desejada. Ele é feito de material refratário composto de areia

e aglomerante. Esse material é moldado sobre o modelo que, após retirado, deixa uma

cavidade com o formato da peça a ser fundida.

- Confecção dos machos - Macho é um dispositivo, feito também de areia, que tem a

finalidade de formar os vazios, furos e reentrâncias da peça. Eles são colocados nos

moldes antes que eles sejam fechados para receber o metal líquido.

- Fusão - Etapa em que acontece a fusão do metal.

- Vazamento - O vazamento é o enchimento do molde com metal líquido.

- Desmoldagem - Após determinado período de tempo em que a peça se solidifica

dentro do molde, e que depende do tipo de peça, do tipo de molde e do metal (ou liga

metálica), ela é retirada do molde (desmoldagem) manualmente ou por processos

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Page 19: ED Processos de Fabricação

mecânicos.

- Rebarbação - A rebarbação é a retirada dos canais de alimentação, massalotes e

rebarbas que se formam durante a fundição. Ela é realizada quando a peça atinge

temperaturas próximas às do ambiente.

- Limpeza - A limpeza é necessária porque a peça apresenta uma série de incrustações

da areia usada na confecção do molde. Geralmente ela é feita por meio de jatos

abrasivos.

Essa seqüência de etapas é a que normalmente é seguida no processo de fundição por

gravidade em areia, que é o mais utilizado. Um exemplo bem comum de produto

fabricado por esse processo é o bloco dos motores de automóveis e caminhões.

3.2.2 – MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

Molde Permanente ou Coquilha

Manuais ou mecanizados, todos tem em comum duas coisas: o fato de que o

material básico para a confecção dos moldes é, na maioria dos casos, areia e que após a

produção da peça o molde é destruído.

Acontece que, ao lado de todas as vantagens que a areia apresenta na confecção

de moldes, existem sempre os problemas comuns à sua utilização para a fundição:

quebras ou deformações dos moldes, inclusões de grãos de areia na peça fundida,

problemas com os materiais aglomerantes e com as misturas de areia, e assim por

diante. .

Dependendo do trabalho que se quer realizar, da quantidade de peças a serem

fundidas e, principalmente, do tipo de liga metálica que será fundida, o fabricante tem

que fundir suas peças em outro tipo de molde: os moldes permanentes, que dispensam o

uso da areia e das misturas para sua confecção.

Os processos de fundição por molde permanente usam moldes metálicos para a

produção das peças fundidas. Por esses processos realiza-se a fundição por gravidade ou

por pressão.

Usar um molde permanente significa que não é necessário produzir um novo

molde a cada peça que se vai fundir. A vida útil de um molde metálico permite a

fundição de até 100 mil peças. Um número tão impressionante deveria possibilitar a

extensão de seu uso a todos os processos de fundição. Só que não é bem assim.

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A utilização dos moldes metálicos está restrita aos metais com temperatura de

fusão mais baixas do que o ferro e o aço. Esses metais são representados pelas ligas com

chumbo, zinco, alumínio, magnésio, certos bronzes e, excepcionalmente, o ferro

fundido. O motivo dessa restrição é que as altas temperaturas necessárias à fusão do

aço, por exemplo, danificariam os moldes de metal.

Os moldes permanentes são feitos de aço ou ferro fundido ligado, resistente ao

calor e às repetidas mudanças de temperatura. Moldes feitos de bronze podem ser

usados para fundir estanho, chumbo e zinco.

Os produtos típicos da fundição em moldes permanentes são: bases de máquinas,

blocos de cilindros de compressores, cabeçotes, bielas, pistões e cabeçotes de cilindros

de motores de automóveis, coletores de admissão.

Esses produtos, se comparados com peças fundidas em moldes de areia,

apresentam maior uniformidade, melhor acabamento de superfície, tolerâncias

dimensionais mais estreitas e melhores propriedades mecânicas.

3.2.3 – PROPRIEDADES MECÂNICAS

Se o componente é feito de uma liga padrão, as características estão informadas

na especificação padrão. Se for feito de alguma outra liga, os testes padronizados de

tração fornecerão os valores. Estes valores serão referentes à direção na qual foi

submetido o testes e às medidas tomadas neste sentido. Os fundidos são isotrópicos,

apresentando propriedades similares em todas as direções.No caso de ligas equivalentes,

a ductilidade e a resistência ao impacto do aço fundido ficam entre os valores

longitudinais e transversais apresentados pelo forjado.

3.2.4 – DEFEITOS

      -  inclusão da areia do molde nas paredes internas ou externas da peça. Isso causa

problemas de usinagem: os grãos de areia são abrasivos e, por isso, estragam a

ferramenta. Além disso, causam defeitos na superfície da peça usinada.

     -  defeitos de composição da liga metálica que causam o aparecimento de partículas

duras indesejáveis no material. Isso também causa desgaste da ferramenta de usinagem.

    -   rechupe, ou seja, falta de material devido ao processo de solidificação, causado por

projeto de massalote malfeito.

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Page 21: ED Processos de Fabricação

   -   porosidade, ou seja, a existência de "buraquinhos" dentro de peça. Eles se originam

quando os gases que existem dentro do metal líquido não são eliminados durante o

processo de vazamento e solidificação. Isso causa fragilidade e defeitos superficiais na

peça usinada.

3.2.5 – CUTO X BENEFÍCIO

Projeto e custo do Ferramental

Geração de sucatas e retornos

Quantidade total a ser produzida

Custo total do processamento

Disponibilidade de equipamentos

Experiência Profissional

Tempo até o inicio da produção

3.2.6 – VANTAGENS E DESVANTAGENS DO PROCESSO

Vantagens:

1. A moldagem por areia verde é o mais barato dentre os outros métodos de

produção de moldes.

2. Há menor distorção de formato do que nos métodos que usam areia seca,

porque não há necessidade de aquecimento.

3. As caixas de moldagem estão prontas para a reutilização em um mínimo

espaço de tempo.

4. Boa estabilidade dimensional.

5. Menor possibilidade de surgimento de trincas.

Desvantagens:

1. O controle da areia é mais crítico do que nos outros processos que também

usam areia.

2. Maior erosão quando as peças fundidas são de maior tamanho.

3. O acabamento da superfície piora nas peças de maior peso.

4. A estabilidade dimensional é menor nas peças de maior tamanho.

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Page 22: ED Processos de Fabricação

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Tantos os fundidos como os forjados têm muitos critérios de projeto em comum,

e cada um tem seus procedimentos específicos. Nesta situação existe uma grande

dificuldade de definição entre fundidos e forjados. A solução seria a determinação

prévia pelo projetista do método de fabricação a ser utilizado, antes de fazer o projeto

definitivo.

Os aços forjados têm características boas em relação aos fundidos, como:

•São mais resistentes;

•Possuem microestrutura mais refinada;

•Mais confiáveis (menos defeitos);

•Mais baratos para grandes lotes;

• Suas plantas de produção são mais adaptáveis a diferentes produtos.

Porém, foi evidenciado que os fundidos tendem a ter uma vantagem definitiva

sobre os forjados quando uma das três condições a seguir for encontrada:

Quando a composição química única for requerida;

Quando a peça for grande ou complexa;

Quando os esforços aplicados forem multiaxiais;3

4.1 – COMPARAÇÃO ENTRE OS PROCESSOS

A maioria dos componentes de aço tem seu inicio como fundido: o metal passa

por fusão, vazamento em um molde e solidificação. No caso do processo de fundição,

devido ao fato do molde ter a forma próxima à forma final da peça, o que resta a fazer

são algumas operações de acabamento. No caso dos forjados a primeira forma é um

lingote. Lingotes normalmente são grandes e pesados. Estes lingotes, ou placas ou

tarugos são forjados no perfil em martelos e prensas. Muita usinagem é requerida até a

sua configuração final.

No forjamento o metal é deformado em estado sólido, então grandes esforços

são requeridos para mudar as formas iniciais para a configuração desejada. Quanto mais

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Page 23: ED Processos de Fabricação

a espessura, maior será a força de deformação necessária, em termos práticos, há um

limite de secção e/ou espessura da parede a ser produzido pelo forjamento. Por outro

lado, no processo de fundição, o metal parte do estado liquido preenchendo diretamente

o molde até a forma desejada. Por isso, os fundidos podem ter as mais variadas formas e

secções.

Os forjados são fabricados a partir de lingotes fabricados em aciarias e com

composição produzida nas aciarias, que tendem a produzir faixas limitadas de

composição e uma solicitação especifica pode sair proibitivamente cara. Nas fundições,

devido a grande flexibilidade a diversidade de composições químicas obtidas é

virtualmente ilimitada.

Para aços fundidos é relativamente fácil saber as características mecânicas da

peça. Se o componente é feito de uma liga padrão, as características estão informadas na

especificação padrão. Se for feito de alguma outra liga, os testes padronizados de tração

fornecerão os valores. Estes valores serão referentes à direção na qual foram submetidos

os testes e às medidas tomadas neste sentido. O forjamento tem propriedades

direcionadas pelo processo de deformação. Entretanto a tensão limite de resistência o

alongamento percentual e a resistência ao impacto diminuem na direção transversal ao

eixo de forjamento. Os forjados são anisotrópicos, isto é, apresentam diferentes valores

de propriedades para diferentes direções. Os fundidos são isotrópicos, apresentando

propriedades similares em todas as direções.

Em termos de temperaturas extremas, resistência a corrosão e resistência ao desgaste,

fundidos e forjados geralmente tem desempenho equivalente. No caso especifico de

corrosão, os aços inoxidáveis fundidos com quantidades controladas de ferrita serão

superiores aos seus correspondentes forjados.

A modificação de um projetos é um problema específico. Neste caso, o fundido

apresenta uma vantagem bastante distinta, uma vez que, modificações no modelo ou em

caixas de macho são relativamente fáceis e de menor custo, entretanto uma modificação

de uma matriz para forjamento, mesmo para pequenas alterações, é geralmente muito

difícil, de custo elevado e novas matrizes poderão ser necessárias.

Quando se trata de usinar peças simples tanto o fundido quanto o forjado,

requerem a mesma quantidade de usinagem, mas quando as peças são mais complexas

os fundidos tendem a requerer menos usinagem que os forjados.

Os aços fundidos são quase sempre mais leves que os forjados.

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Page 24: ED Processos de Fabricação

O processo de forjamento tende a reduzir a porosidade e as descontinuidades

superficiais, podendo também eliminar as cavidades externas, já nos fundidos, essas,

são reparáveis por soldagem.

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5 CONCLUSÃO

Conclui se que os aços fundidos são, e continuarão sendo, uma importante

solução para a fabricação em geral. Sua resistência e habilidade de ser produzido na

forma requerida pelos projetistas são a garantia de competitividade. Redução de custos e

otimização do desempenho de componentes automotivos podem ser obtidos através da

fundição, desde que o engenheiro de produto envolva os possíveis fornecedor /

especialistas no inicio de um novo projeto. Isto deve ocorrer para que os requisitos de

resistência mecânica e tolerâncias dimensionais e/ou de montagem sejam

adequadamente selecionados, evitando-se exageros que agregam custos ao produto ao

invés de valor.

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Page 26: ED Processos de Fabricação

6 REFERÊNCIAS

http://www.poli.usp.br/d/pmr2202/arquivos/Processos%20de%20Fundi

%C3%A7%C3%A3o%20e%20Sinteriza%C3%A7%C3%A3o.pdf

http://www3.fsa.br/mecanica/arquivos/02%20Fundi%C3%A7%C3%A3o.pdf

http://www.abal.org.br/aluminio/processos_fundicao.asp

http://www.joinville.ifsc.edu.br/~valterv/.../Aula%206%20Forjamento.pdf

 http://www.pt.wikipedia.org/wiki/Fundição

http://www.metalmat.ufrj.br/downloads/livro_FUNDICAO.pdf

http://www.ciencia.hsw.uol.com.br/aluminio3.htm

http://www.qualisteel.com.br/processo.html

http://www.altivo.com.br

http://www.sindiforja.org.br/comparando.htm

http://www.magmasoft.com

http://cursos.unisanta.br/mecanica/ciclo6

http://www.infomet.com.br

CETLIN, P. R.; HELMAN, H. Fundamentos da Conformação. São Paulo: Artliber

Editora, 2005.

Processo de Fabricação. Vol. 1. Apostila do curso Técnico em Mecânica Telecurso

2000.

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