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Gestão Fitness Ed06_NovDez10
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SEGMENTAÇÃOAcademias oferecem serviços exclusivos
e atraem um novo perfil de público
Edição n• 06 - Nov/Dez 2010www.gestaofitness.com.br
expedienteA Revista Gestão Fitness é uma publicação bimestral, digital
e gratuita, desenvolvida pela Álom Comunicação em Negócios.
02 | Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10
Jornalismo e RevisãoMadalena [email protected]
Projeto Gráfico e WebdesignIrene Asato Ruizwww.ireneruiz.com
Tecnologia da InformaçãoIvan Carlos de Almeidawww.icarlos.net
Plataforma DigitalYuduwww.yudu.com
DiretoraThais de Almeida
Proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização escrita. Artigos e colunas não representam ne-cessariamente a opinião da revista e são de total responsabilidade de seus autores. As imagens dos artigos e matérias foram cedidas pelos respectivos colunistas e entrevistados. As imagens ilustrativas são provenientes
de banco de imagens e os créditos constam ao lado direito inferior de cada foto.
Contato11 3731-6704
Imagens IlustrativasSxc.hu e Photoexpress
Agradecemos especialmente as empresas que patrocinaram esta edição:
ColunistasCristina SantosCelso CunhaAlessandro MendesMarynês PereiraLuis PerdomoIvan de MarcoJoana DoinKenny CastroLuiz MouraMarcos Tadeu
Ed 06 - Novembro / Dezembro 2010
http://bit.ly/drX8OC http://bit.ly/bc5qnI http://bit.ly/akPrduhttp://bit.ly/adYexZ
A Gestão Fitness chega à sua 6a edição
fechando o ano de 2010. Um ano marcado pela inovação
da comunicação no mercado fitness com a Gestão Fitness
destacando-se como a primeira revista digital do setor que
trata exclusivamente da gestão de academias e carreira do
profissional de Educação Física.
Em janeiro, a edição será comemorativa de
aniversário e com ela traremos diversas novidades que
variam desde um novo layout até o lançamento de uma
super novidade para o setor. Novidade esta que, como a
Gestão Fitness, se destacará através de seu foco
diferenciado e inovação.
Na edição comemorativa traremos uma matéria
sobre a trajetória da Gestão Fitness neste primeiro ano
onde haverá um espaço para a publicação de depoimentos
dos leitores e parceiros. Participe enviando seus
comentários para o e-mail [email protected]
E claro, continue ampliando seu networking e conhecimento
acessando as notícias do mercado e as novidades
em nossos perfis nas redes sociais.
Forte Abraço
Thais de Almeida
EDITORIAL
Thais de AlmeidaAdministradora de Empresas
com Pós Graduação em Marketing e Comunicação;
Diretora da Álom Comunicação em Negócios - especializada em Publicações Digitais com interface em Mídias Sociais;
Criadora e Editora da Gestão Fitness.
www.twitter.com/gestaofitness
SU
MÁRIO
Vendas - Por Cristina SantosNota de Falecimento06Marketing - Por Marcos TadeuA “Comoditização” das Academias10Carreira I - Por Kenny CastroDo Personal ao Manager - Parte II14
18 Aspectos Jurídicos - Por Joana DoinA Importância da Regularização Trabalhista
26
Tendências - Por Madalena AlmeidaSegmentação no Fitness
22 Gestão de Pessoas II - Por Alessandro MendesA Fantástica Fábrica de Líderes
34 Gestão de Negócios - Por Ivan de MarcoExercício é Subproduto
38 Gestão de Pessoas II - Por Marynês PereiraVocê está Louco?
42
Gestão Financeira - Por Celso CunhaAnálise de GUT
46 Carreira II - Por Luiz MouraAtualização + Networking = Sucesso
50 Gestão de Pessoas III - Por Luis PerdomoCapital Humano
Vendas - Por Cristina SantosNota de Falecimento
Marketing - Por Marcos TadeuA “Comoditização” das Academias
Carreira I - Por Kenny CastroDo Personal ao Manager - Parte II
Aspectos Jurídicos - Por Joana DoinA Importância da Regularização Trabalhista
Tendências - Por Madalena AlmeidaSegmentação no Fitness
Gestão de Pessoas II - Por Alessandro MendesA Fantástica Fábrica de Líderes
Gestão de Negócios - Por Ivan de MarcoExercício é Subproduto
Gestão de Pessoas II - Por Marynês PereiraVocê está Louco?
Gestão Financeira - Por Celso CunhaAnálise de GUT
Carreira II - Por Luiz MouraAtualização + Networking = Sucesso
Gestão de Pessoas III - Por Luis PerdomoCapital Humano http://bit.ly/aQTPi8www.blogdoacade.com http://bit.ly/aQTPi8www.blogdoacade.com
http://twitter.com/acadesystemhttp://www.facebook.com/pages/Acade-System/114465761925960?ref=sgm
http://www.youtube.com/CanalAcade
Como um cliente vai nos respeitar e ver nossa profissão com
a dignidade que merecemos se nem ao menos sabemos
escrever um simples e-mail corretamente?
Por Cristina Santos
06 | Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10
nota de falecimento
vendas
Nota de falecimento:
Gostaria de “estar informando” que o nosso “mui amigo”
português, faleceu, recentemente, de ataque fulminante da língua!
Quem nunca recebeu aqueles e-mails de bizarrices de pretensos universitários da Fu-
vest, Enem etc. Coisas engraçadas, mas também que me fazem duvidar se é mesmo ver-
dade que alguém possa escrever ou falar de maneira tão inacreditavelmente equivocada.
Pois bem, estava eu sentada em frente ao meu computador, montando uma planilha
de controle do departamento comercial de uma academia, quando entra em meu outlook
o seguinte e-mail:
“Olá Cris, eu sou o ‘fulano’ (vai que alguém se identifica, né?), tenho que fazer meu
tcc da escola e gostaria de fazer sobre o disc. Gostaria que vc me dece algumas dicas por
onde começar a procurar altores para miha (aqui é erro de digitação, coitado!) pesquisa.
Desculpa o encomodo. Obrigado”.
Caros leitores, e isso não é nada! E o pior, é a mais pura verdade. Com vocês, pala-
vras que eu nem imaginava que se escreveriam dessa maneira: comição, endicação, voçe,
pesso. Precisei de um tempo para interpretar as palavras, e de um tempo maior ainda
para acreditar que alguém seria capaz de escrever isso!
Confesso que eu mesma, às vezes, coloco o meu bom e velho corretor ortográfico
para funcionar, porque ninguém é de ferro, mas o pessoal anda com um poder de criação
ímpar. E abusando da amizade dos clientes!
Sem falar no gerundismo, que acabo de forçá-los a ler logo no título deste artigo.
Desculpe-me o incômodo, espero que tenham chegado até aqui.
Ano de eleição, políticos falando sobre educação, dois professores em sala etc. O
fato é que o ensino, mesmo para quem acaba de sair da faculdade, não cuida do nosso
amigo português.
Será que deveria? Por que é importante escrever corretamente? Em meus trabalhos
nas academias, sinto-me na obrigação de corrigir as pessoas, principalmente porque se
espera que o pessoal de atendimento fale, no mínimo, o português corretamente. Perde-
Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10 | 07
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08 | Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10
vendas
se uma venda simplesmente por um erro
de pronúncia ou concordância verbal. Há
clientes que param de nos ouvir quando
esquecemos um simples “s”.
Como um cliente vai nos respeitar e
ver nossa profissão com a dignidade que
merecemos se nem ao menos sabemos es-
crever um simples e-mail corretamente, se
nem ao menos temos uma recepcionista e/
ou consultora que o receba na academia
falando adequadamente nosso idioma??
Temos de cuidar da saúde dos nos-
sos clientes, mas sem nos esquecermos da
saúde do nosso português. Se falando di-
reito já corremos o risco de ser mal enten-
didos, imagina falando errado!
Abraços a todos!
Cristina Santos é profissional de Ed. Física com MBA em Gestão de Pessoas e responsável pelo programa de revitalização profissional para negócios em fitness da Brainfitcrissantos@brainfit.com.brwww.fitnessinteligence.blogspot.com
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Quando você se dedica a estudar e aplicar as práticas do
marketing, seu negócio começa a tornar-se único,
diferente e sustentável.
Por Marcos Tadeu
10 | Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10
a “comoditização” das academias
marketing
Tenho, frequentemente, insistido na tese da “comoditização” das academias. É
muito difícil encontrar uma academia pequena e/ou média que tenha um diferencial com-
petitivo real, claro e bem explorado.
A maior parte das academias é formatada, no início, com base em outras academias
que o empreendedor conheceu. Tanto a estrutura quanto os serviços (e principalmente
esses) são pensados para serem “melhores” do que os dos concorrentes, mas não diferen-
tes.
Logicamente ser melhor é um objetivo louvável, mas até que ponto o consumidor
percebe e valoriza essa diferença, mesmo admitindo-se que ela exista? Nos Estados Uni-
dos costuma-se mencionar a chamada “síndrome do Wal-Mart”, caracterizada pela migra-
ção do consumidor de outras lojas para essa rede varejista, devido aos preços mais baixos
praticados para produtos que podem ser encontrados também em outros varejistas. Em-
bora no início o consumidor possa resistir ao apelo, pelo aspecto e serviços quase espar-
tanos do Wal-Mart, em algum momento ele acaba comprando lá, pois não reconhece nos
concorrentes uma diferença significativa a ponto de vencer o preço mais baixo.
Como escreveu John McCarthy, ex-diretor executivo da IHRSA, em 2004, “como-
ditização refere-se à situação que um mercado experimenta toda vez que alguém começa
a fazer uma mesma coisa exatamente do mesmo jeito... Em um mundo comoditizado, a
empresa com o menor preço torna-se, de fato, ‘rei da montanha’...dois fatores – preço e
conveniência – reinam supremos. Nesse ambiente sem perdão, o consumidor pergunta-
se apenas duas questões sobre o produto ou serviço: qual está mais perto e qual é mais
barato?”
É muito comum (muito comum mesmo) encontrar proprietários e gerentes de aca-
demias que dizem: “o diferencial da minha academia é o atendimento!”. Como diz o con-
sultor Almeris Armiliato, “atendimento não é diferencial, é obrigação.” Concordo, com
uma pequena reserva. Creio que o atendimento pode ser um diferencial, mas apenas em
empresas nas quais tudo é planejado para que o cliente sinta-se exclusivo, em geral nos
setores que focam no consumo de alto luxo. Para que seu atendimento seja realmente
o diferencial, você precisa gastar “os tubos” em treinamento, contratar as pessoas cer-
Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10 | 11
12 | Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10
marketing
tas, pagar salários acima da média e, logi-
camente, terá de cobrar mais (bem mais)
para conseguir oferecer um atendimento
desses. Estou falando sobre a Daslu (antes
dos problemas que enfrenta), os restau-
rantes mais caros, os hotéis dos sonhos.
Por isso, a necessidade de marke-
ting para academias. Porque o marketing
de verdade é diferenciação. Quando você
se dedica a estudar e aplicar as práticas do
marketing, seu negócio começa a tornar-
se único, diferente e sustentável.
E ao falar em marketing, estou fa-
lando de uma prática maior que a propa-
ganda, a comunicação somente. O marke-
ting como sinônimo de gestão estratégica,
que deve permear todos os departamentos
da empresa, sempre voltado para o con-
sumidor, buscando a resposta correta à
pergunta fundamental:
Sua academia é diferente em algu-
ma maneira CONCRETA, REAL, PALPÁVEL e
SIGNIFICATIVA do ponto de vista do con-
sumidor?
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Marcos Tadeu é diretor da FMS – Fitness Management School e representante no Brasil da REX Roundtables. [email protected]
Gestão Fitness - edição n• 05 - Set/Out 10 | 49
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O profissional que souber planejar a sua própria carreira,
compreender as necessidades futuras dos clientes e
apresentar produtos adequados será, com certeza,
um profissional de destaque, alcançando sucesso,
estabilidade financeira e longevidade.
Por Kenny Castro
14 | Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10
do personal ao manager – parte ii
carreira I
O profissional de personal trainer deve administrar sua carreira como uma
empresa, desenvolver um plano de negócio, fazer planejamento estratégico, desenvolver
estratégias de vendas, de novos produtos e treinamento de equipes de colaboradores etc.,
mas não é essa a realidade do mercado de personal hoje. A grande maioria dos profissio-
nais não administra a sua própria carreira, deixando para o mercado e para as academias
a decisão de olhar para o futuro e para as inovações. E não o fazem por não terem na sua
formação acadêmica o mínimo de conhecimento sobre administração, marketing e ven-
das. Nesse artigo, vou falar um pouco sobre algumas ferramentas de vendas e de como
podemos minimizar, em parte, um dos maiores problemas enfrentados pelos personal: a
sazonalidade e a dificuldade de fazer planejamento de longo prazo.
O maior problema enfrentado pelo negócio de personal é a dificuldade em se criar
uma relação comercial de longo prazo com os clientes. Planos mensais são, na maioria
das vezes, negociados, não levando em conta a necessidade de estabelecer uma relação
de compromisso de longo prazo, tanto do cliente em relação à atividade física, quando
do personal em relação aos resultados propostos e que necessitam de um compromisso
de mais tempo do que apenas um mês. Falta de coragem, pouco poder de negociação,
desconhecimento de técnicas de vendas e uma visão de curto prazo levam os profissio-
nais a aceitarem uma negociação em que nenhum dos dois lados sai ganhando. Citando
Peter Drucker: “uma boa negociação acontece quando os dois lados ganham”. Portanto,
devemos tomar a coragem de buscar novos conhecimentos para podermos aplicar no
negócio de personal, e assim entregar o que o cliente está comprando. E o que ele quer
comprar, o personal não vai entregar em “um mês”.
Saúde, bem-estar, condicionamento físico, melhora na estética, emagrecimento etc.
se conquistam com esforço, persistência e continuidade. Manter o foco no resultado, criar
estratégias de motivação e mensurar os ganhos são relevantes para o sucesso de um
treinamento personalizado. Tais objetivos dependem de uma relação com a atividade
física de longo prazo. É sobre essa relação que o personal na venda do seu produto deve
se preocupar: mostrar para o cliente quais as vantagens em se fazer um plano de longo
Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10 | 15
carreira I
16 | Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10
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Kenny Castro é consultor da Innovar Consultoria
www.kennycastro.blogspot.comE-mail: [email protected]
prazo, criar um compromisso de resultados
duradouros, descobrir a verdadeira razão
de o cliente buscar um trabalho persona-
lizado. Traçar metas, foco e planejar cada
etapa dessa “missão” junto com seu futuro
cliente eleva o nível de emoção e de com-
promisso do personal e do contratante com
o trabalho proposto.
Montar um cenário para a venda, ti-
rar o foco do preço, desenvolver apresen-
tação de venda em notebook ou em fol-
der, se apresentar “bem vestido”, mostrar
profissionalismo, coerência e desenvolver
técnicas comportamentais que lhe ajudem
a descobrir quais os verdadeiros objetivos
do cliente, auxiliará, em muito, a apresen-
tar uma metodologia de trabalho de modo
que o cliente o escute, se encante e queira
comprar o que você está vendendo. É as-
sim que o profissional de personal trainer
deve agir para vender o melhor produto
para que o cliente alcance os resultados.
Não vender apenas atendimento em sala,
mas sim um gerenciamento de toda a rela-
ção com atividade física necessária para
alcançar os resultados e para preparar a
renovação de um novo plano longo de trei-
no, quando cliente e personal estarão tra-
çando novas metas e novas estratégias.
O negócio personal trainer passa
por mudanças e por um processo de pro-
fissionalismo, em que o profissional que
souber planejar a sua própria carreira,
compreender as necessidades futuras dos
clientes e apresentar produtos adequados
será, com certeza, um profissional de des-
taque, alcançando sucesso, estabilidade
financeira e longevidade em uma carreira
que, por ser nova ainda, deve mudar muito
nos próximos anos.
Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10 | 17www.novavedovat i .com.br
a importância da regularização
trabalhista para as academias
Não importa mais se a empresa é pequena, média ou muito grande.
Já não faz diferença se ela possui dez ou 300 empregados.
É preciso crescer com organização para poder crescer.
Por Joana Doin
18 | Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10
Por Joana Doin
aspectos jurídicos
Há algumas décadas, eram considerados arrojados os empresários que con-
seguiam estar um capítulo à frente no filme da vida empresarial. Mas a história mudou e
o que antes era considerado um desafio, hoje se consolidou como um pré-requisito para a
sobrevivência nos negócios.
Sim, sobrevivência. Só sobrevive hoje o empresário que consegue estar à frente de
seu tempo. A rapidez cavalar dos meios de comunicação não dá espaço a erros. É preciso
ser perfeito e acompanhar as tendências do mercado.
Sob o ponto de vista jurídico, não se pode negar que, cada vez mais, o passivo
trabalhista, seja ele real ou potencial, traduz uma das maiores preocupações do mundo
empresarial. E no setor fitness não é diferente.
Assim, a regularização dos empregados tem sido um dos pontos ápices do mundo
corporativo. Mas, fazer isso sem que a academia ou a empresa simplesmente estejam
condenadas à falência é um grande desafio.
De fato, no velho oeste da luta entre a regularização e a economia, constata-se
que muitas academias perdem a vida por pouco. Expõem-se por pouco. Simples atitudes
podem mudar o enredo desse filme: contratos de trabalho bem elaborados, estipulação
do Regimento Interno com os empregados, contratos de personal trainer e tantos outros
instrumentos que, quando implementados com a orientação jurídica adequada, trazem à
instituição a segurança necessária para evoluir empresarialmente. Economiza-se no po-
tencial passivo que já não existe mais.
As rescisões dos contratos de trabalho, quando bem feitas, normalmente não causam
problemas. As regras, quando bem estipuladas, passam a ser cumpridas. O patrão deixa
de ser refém de seu empregado porque não tem nada a esconder. Assim, tem segurança,
inclusive, para poder aplicar as sanções e penalidades que a lei permite. Quantas vezes já
se ouviu falar de empregados que cometem justa causa e não são demitidos porque estão
total ou parcialmente na informalidade?
A repercussão da regularização é nítida e os resultados são imediatos, seja em rela-
ção a eventuais reclamações trabalhistas ou às fiscalizações da Previdência Social e das
Delegacias Regionais do Trabalho.
Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10 | 19
aspectos jurídicos
20 | Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10
Comente este artigo e deixe suas dúvidas que serão respondidas por
Joana Doin no Clube Gestão Fitness:http://gestaofitness.ning.com/
Joana Doin é advogada e sócia do escritório Joana Doin Consultoria Jurídica, especializado em advocacia preventiva para academias em todo País. [email protected]
E ainda os empregados ficam mais
satisfeitos, mais estimulados, e o em-
pregador mais seguro. Paralelamente, com
a casa bem arrumada, pode-se partir para
atitudes mais arrojadas que permitam a
economia real: contratos de trabalho pelo
regime de tempo parcial, instauração do
banco de horas e pagamento de hora-aula
comissionada são apenas alguns exemplos
de como evoluir na legalidade e de como
economizar dentro da formalidade.
É extremamente gratificante quan-
do uma academia sabe que não precisará
mais pagar horas extras a seus emprega-
dos, por exemplo, porque instituiu o regime
de compensação de jornada de trabalho.
E sabe que está amparada juridicamente
para não fazê-lo, pois, para a Justiça do
Trabalho, melhor do que remunerar pela
jornada extraordinária é não ter que tra-
balhar além do limite legal. E o mais irôni-
co é a sensação aflorada das empresas que
nem cumpriam corretamente o dispositivo
trabalhista, mas que deixaram de correr o
risco do pagamento.
Não importa mais se a empresa é
pequena, média ou muito grande. Já não
faz diferença se ela possui dez ou 300 em-
pregados. É preciso crescer com organiza-
ção para poder crescer. Ao contrário, as
academias estarão fadadas ao insucesso
da informalidade.
De fato, o roteiro desse filme mudou,
e hoje o mocinho que não se previne, cer-
tamente, morre no final.
aspectos jurídicos
www.onixs.com.br
Precisamos formar líderes verdadeiros, precisamos
entender como esses seres de outro planeta aparecerão
na porta da nossa empresa às 6 da manhã para
nos ajudar a organizar os nossos colaboradores sem GPS.
Por Alessandro Mendes
22 | Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10
a fantástica fábrica de líderes
gestão de pessoas I
Henry Ford que me desculpe, mas os “gargalos” empresariais não estão mais
pautados na capacidade de produção em série de produtos e serviços, e sim na capaci-
dade de produção de talentos para liderar.
Como a Ford nos ensinou no século passado, de que adianta ter uma fábrica para
produzir somente para poucos? Como as outras pessoas irão se locomover? De que adian-
ta formarmos somente um líder? Como as outras equipes irão se locomover?
Dizer que o mercado está competitivo, já ultrapassou todos os níveis de redundân-
cias possíveis e imagináveis. Academias vs mercado competitivo já deveria ser consi-
derado pela gramática brasileira como um pleonasmo vicioso. Então vou fugir um pouco
disso e falar que a operação dos negócios está cada vez mais complexa e, logisticamente,
inteligente.
Hoje, os serviços devem entregar qualidades antes nunca exigidas para atender os
clientes, que até ontem usavam sapatos para praticar atividades físicas. Um contracenso
interessante que, cada vez mais, impulsiona aqueles que sabem jogar o jogo da competi-
tividade em detrimento dos que não se atentaram para isso.
Também não é novidade dizer que a única forma de tentar se diferenciar é por meio
do nível de atendimento que se é dado em todos os momentos em que o cliente tem con-
tato com a empresa.
Isso quer dizer que: a necessidade contínua de criar processos de trabalho cada vez
mais elaborados, para atender desejos que nascem quase que diariamente é o que irá
manter as empresas bem posicionadas no futuro. Além disso, para construir equipes que
trabalham de forma interligadas precisamos de um “amarrador” de processos, um ícone
de referência, ou seja, um líder.
É Henry Ford! Quem diria que pouco anos depois de você produzir seus carros, a
maior necessidade dos mercados seria a produção em escala de pessoas.
Dizem que os líderes vêm de berço, dizem que os líderes são construídos de acor-
do com a sua criação, dizem que os líderes são formados nas faculdades e cursos. Na
verdade, muitas pessoas dizem muitas coisas. O que sei é que de onde quer que eles
venham, hoje eles são raros, espécies em extinção. O mercado está cheio de supostos
Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10 | 23
gestão de pessoas I
24 | Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10
Comente este artigo em nosso Clube Gestão Fitness:
http://gestaofitness.ning.com/
líderes que, na verdade. têm mais o perfil
de chefe, patrão.
Essa latente necessidade abre pre-
cedente para uma bela oportunidade, não
só para as empresas, mas também para
os profissionais. Precisamos formar líderes
verdadeiros, precisamos entender como
esses seres de outro planeta aparecerão
na porta da nossa empresa às 6 da manhã
para nos ajudar a organizar os nossos co-
laboradores sem GPS.
A grande virada do mundo dos negó-
cios seria se a Apple, a grande empresa de
inovação do milênio, resolvesse produzir “i-
líderes”. Com certeza, eu compraria dois:
um para ajudar nas minhas tarefas diárias
e na gestão das minhas equipes, e outro
para deixar no estoque. Vai que o primeiro
dá defeito!
Seria tão bom viver em um mundo
de engrenagens humanas que conseguis-
sem executar com perfeição os afazeres de
agregador que o líder tem, mas enquanto
não chegamos nesse mundo de Spielberg
com pitadas de Steve Jobs, tentaremos
pelo modo mais difícil. Nós mesmos tere-
mos de produzi-los. E a parte mais interes-
sante dessa historia é: não se engane, de-
pois de produzi-los, provavelmente, você
irá perdê-los.
Para concluir, deixo minha última re-
flexão, que será respondida no próximo ar-
tigo sobre essa pseudo “novela mexicana”
da liderança: se precisamos construir no-
vos líderes para coordenar as nossas equi-
pes, e se depois de formados, eles vão
embora, qual a real vantagem de fazê-lo?
Como fazer para fabricar um líder fujão?
Nos vemos no próximo capítulo. Bons
negócios!
Alessandro Mendes é Bacharel em Marketing e Sócio Gestor e Fundador da Intarget Consultoria
E-mail: [email protected]
www.intargetconsultoria.com.br
Gestão Fitness - edição n• 05 - Set/Out 10 | 53
www.avaesporte.com.br
Por Madalena Almeida
26 | Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10
Segmentação no fitneSS
Redes OfeReCem seRvIçOs eXClusIvOs e atRaem um nOvO PeRfIl de PúblICO
a segmentação é um conceito que vem ganhando espaço no setor de fitness brasileiro. Isso porque, cada vez mais, os clientes
buscam serviços exclusivos e personalizados. algumas redes de academia perceberam nessa demanda uma oportunidade
para fugir da forte concorrência dos mercados de massa.
Gestão Fitness - edição n• 04 - Mai/Jun10 | 29
Desde o desenvolvimento da
produção em grande escala e do fenômeno
da massificação, o conceito de atendimen-
to vem passando por grandes transforma-
ções. Se antes a preocupação era focar o
produto e não, necessariamente, as ne-
cessidades dos clientes, com o aumento
da concorrência e surgimento de consumi-
dores mais esclarecidos e exigentes, a seg-
mentação tornou-se uma forte tendência
também no Brasil. Nesse cenário, o cliente
passou a ser o foco principal das empre-
sas, que buscam, cada vez mais, customi-
zar seus produtos e serviços para atender
às expectativas de seus consumidores de
forma personalizada e com mais eficiência.
São diversas as vantagens para os
empresários que optam por atuar em ni-
chos específicos. Além de conseguir ofe-
recer especialização com um preço atra-
tivo, as empresas conseguem diminuir à
concorrência em relação aos mercados de
massa.
Na área de fitness, a segmentação
também já é uma realidade há algum tem-
po, favorecendo o surgimento de serviços
e produtos mais personalizados.
“O crescimento da segmentação no
mercado de fitness é uma consequência
do próprio desenvolvimento do setor. Toda
vez que um determinado mercado cresce,
a tendência é segmentar. Além da forte
concorrência, o padrão de exigência dos
consumidores também fica mais alto.
Dessa forma, o apelo comercial pas-
sa a ser oferecer um serviço para uma de-
manda específica de acordo com as neces-
sidades próprias do segmento escolhido”,
analisa Almeris Armiliato, consultor na área
de Gestão de Empresas e Diretor da Inner
Gestão de Pessoas.
Segundo ele, o que vem ocorrendo
no Brasil é um fenômeno também comum
em outros países. “A grande vantagem da
segmentação é a proteção que as empre-
sas criam contra novos entrantes no mer-
cado. Quando você se torna especialista em
um segmento é mais difícil para um aven-
tureiro competir nas mesmas condições
de habilidade e conhecimento do público”,
acrescenta.
Novas redes
Entretanto, para se ter resultados
positivos, a segmentação também impõe
tendências
Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10 | 27
28 | Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10
tendências
algumas regras. Segundo Almeris, um as-
pecto importante para os empresários que
optam por esse caminho é a comunica-
ção. “Quando se oferece algo específico, é
muito importante ter bons contatos com o
público-alvo para se conhecer exatamente
as necessidades desses consumidores,
que possuem valores, crenças e uma per-
cepção diferente de produtos e serviços”,
aconselha o consultor.
Na opinião de Almeris, o conceito de
segmentação deve se consolidar cada vez
mais no mercado de fitness. A preocupa-
ção por maior qualidade de vida e saúde
tem aumentado a procura por academias,
inclusive, por parte de clientes que até há
pouco tempo não eram o público-alvo prin-
cipal desses estabelecimentos, como crian-
ças e idosos.
Para atender a essa demanda, redes
de academias especializadas no atendi-
mento a esses públicos vêm ganhando es-
paço no Brasil. É o caso da B-Active, que
tem como principal pilar a medicina es-
portiva e fisiologia do exercício. A propos-
ta surgiu através de pesquisas realizadas
em grandes centros mundiais para estudar
os benefícios dos exercícios no idoso. Ao
descobrirem que o exercício de impacto era
um grande vilão, os fundadores se volta-
ram para o desenvolvimento de programas
de exercícios resistidos, conhecidos como
exercícios de fortalecimento muscular.
As atividades oferecidas pela B-Ac-
tive têm sido cada vez mais procuradas por
um público que busca programas especia-
lizados para evitar as lesões causadas por
treinos inadequados ao seu tipo físico, e
que oriente quais são as atividades mais
apropriadas para ajudar na prevenção,
reabilitação e melhoria da qualidade de
vida.
A academia conta com mais de 60
aparelhos de ginástica que oferecem pro-
teção articular e ativação muscular. Os
treinamentos são elaborados, de acordo
com a necessidade e perfil de cada aluno,
por um conjunto de médicos especialistas
em medicina esportiva, nutricionistas, fi-
sioterapeutas e professores de educação
física pós-graduados em fisiologia do
exercício. Para todos os clientes, inclu-
sive os de grupos especiais (portadores de
doenças crônicas, como câncer, doença co-
ronariana, pressão alta, diabetes, artrose,
artrite entre outras), os programas são in-
dividualizados e constantemente monito-
rados. Relatórios periódicos são enviados
tendências
Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10 | 29
Almeris Armiliato
Diretor da Inner Gestão de Pessoas
aos médicos dos alunos para o acompa-
nhamento da evolução física e clínica.
Embora focada e pioneira no Brasil
para a terceira idade a B-Active atende
pessoas de todas as faixas etárias. A B-
Active também está em expansão no País.
A rede abriu, recentemente, a terceira uni-
dade no bairro de Perdizes, em São Paulo.
De olho no público feminino
As mulheres, que sempre foram
maioria nas academias, também têm se
favorecido da segmentação no mercado de
fitness. O público feminino já conta com
serviços mais especializados, como a rede
Curves de academias.
Voltada exclusivamente para o pú-
blico feminino, a Curves oferece equipa-
mentos desenvolvidos pela rede com base
na anatomia feminina. “Diferentemente
dos equipamentos de peso das academias
tradicionais, os equipamentos hidráulicos
da Curves trabalham sempre, pelo menos,
dois grupos musculares ao mesmo tem-
po, otimizando o tempo de treinamento.
Além disso, o equipamento hidráulico tem
a grande vantagem de não oferecer risco
de lesões, pois trabalha, principalmente,
as contrações concêntricas, onde a aluna
poderá exigir o máximo do músculo, po-
dendo ser utilizado por qualquer tipo de
“Toda vez que um determinado mercado
cresce, a tendência é segmentar. Além
da forte concorrência, o padrão de
exigência dos consumidores
também fica mais alto.”
30 | Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10
tendências
“Ao trabalhar com um público exclusivo
podemos prestar um melhor serviço,
pois sabemos exatamente quais são
suas necessidades. Consequentemente,
a fidelização é muito maior.”
Luciana Mankel
Diretora de operações
da Curves
pessoa, desde a sedentária até a mais bem
condicionada”, comenta Luciana Mankel,
diretora de operações da Curves.
Segundo ela, hoje, boa parte do pú-
blico feminino prefere se exercitar em um
local exclusivo para mulheres. “São pes-
soas, na maioria das vezes, que nunca ma-
lharam ou que preferem estar em compa-
nhia de outras mulheres, com os mesmos
objetivos. Outras procuram um ambiente
mais acolhedor e descontraído, sem ter
que se preocupar com a roupa que usar,
por exemplo, mas apenas com a prática do
exercício. Além delas, a mulher moderna
que trabalha fora e ainda cuida dos filhos,
que não tem tempo para ficar duas horas
em uma academia tradicional e é consci-
ente que precisa cuidar da saúde, também
procura pela Curves, pois oferecemos um
serviço que se encaixa perfeitamente às
suas necessidades”, explica Luciana.
A Curves é uma rede de academias
norte-americana, fundada por Gary Heavin.
Quando pensou em criar esse modelo, se
baseou em uma experiência vivida por
sua mãe, que por ser obesa e apresentar
problemas cardíacos, morreu cedo. Ele sa-
bia que isso poderia ter sido evitado se ela
praticasse uma atividade física e tivesse
uma comunidade de mulheres que a aju-
dasse. Pensando nisso, Heavin desenvolveu
um modelo de academia em que mulheres
tendências
Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10 | 31
como sua mãe pudessem frequentar. Daí
surgiu a Curves.
No Brasil desde 2003, a Curves tem
mais de 200 unidades franqueadas, dis-
tribuídas em 17 estados. O número de alu-
nas ultrapassa os 40 mil. A Curves tra-
balha com sistema de franquias no mundo
todo. “Por se tratar de uma franquia, ou
seja, de uma proposta que já traz consigo
uma marca e um sistema comprovados,
a probabilidade de sucesso acaba sendo
multiplicada”, garante Luciana.
Malhação rápida
Em relação aos programas, a Curves
oferece um sistema de circuito de exer-
cícios. Em apenas 30 minutos, é realiza-
da uma série completa de fortalecimento
muscular e o treinamento cardiovascular.
Ou seja, a aluna da Curves faz o equiva-
lente a uma hora e meia de exercícios em
uma academia tradicional, só que em a-
penas 30 minutos.
“Ao trabalhar com um público exclu-
sivo podemos prestar um melhor serviço,
pois sabemos exatamente quais são suas
necessidades. Consequentemente, a fide-
lização é muito maior. No caso da Curves, a
segmentação atinge um público que nunca
teve a oportunidade de participar de uma
academia de ginástica, pois não tinha a
motivação necessária por achar que não se
‘encaixava’ no ambiente. Esse público es-
tava em casa, sentado no sofá assistindo
televisão. Ainda temos muitas pessoas que
precisam ser ‘resgatadas’ do sofá, cuidar
mais da saúde e fazer novas amizades”,
acrescenta.
Nesse sentido, a rede também está
engajada em projetos voltados para a pro-
moção da saúde. Neste ano, a Curves lan-
çou mundialmente uma grande campanha
para conscientização do público feminino
sobre a necessidade da prática da atividade
física para prevenção de algumas doenças.
O objetivo é fazer com que um milhão de
mulheres, em todo o mundo, que hoje são
sedentárias, passem a praticar atividades
físicas regularmente. “A Curves está in-
centivando as alunas a serem totalmente
ativas nesta campanha, convidando uma
amiga para caminhar, ensinando uma re-
ceita saudável, levando-a até uma aca-
demia etc. Se cada aluna conseguir cons-
cientizar apenas uma pessoa, em um ano
conseguiremos fortalecer mais de quatro
milhões de mulheres – no mundo, a Curves
32 | Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10
tem quatro milhões de alunas. Na ver-
dade, acreditamos muito na especificidade
do negócio para uma melhor qualidade no
atendimento. Cada vez mais, as pessoas
buscam atendimento e serviços direciona-
dos e exclusivos. E com as mulheres, isso
não é diferente”, explica.
Atenção aos pequenos
Outro público que vem se benefici-
ando com o crescimento da segmentação
é o infantil. Prova disso é o crescimento
da rede de academias MY GYM Latin Ame-
rica, que iniciou suas operações no Brasil
em março de 2009. A My Gym criou suas
duas primeiras academias em 1983, nas
cidades de Santa Mônica e Van Nuys, na
Califórnia, Estados Unidos. Os fundadores
William Sherman e Yacov Caplin & Susi uti-
lizaram suas experiências nas áreas de es-
porte, dança, desenvolvimento na primeira
infância, cinesiologia e ginástica, desenvol-
vendo um programa em que crianças par-
ticipam ativamente de uma variedade de
atividades estruturadas para adquirir habi-
lidades sociais e autoestima. Hoje, a rede
já está presente em mais de 27 países,
com mais 250 unidades em operação.
“A My Gym se posiciona como único
centro de desenvolvimento físico, social e
mental de crianças no Brasil. Possui me-
“O desenvolvimento urbano
e todos os riscos inerentes da
vida nas grandes cidades fazem
com que os pais busquem lugares
saudáveis para o desenvolvimento
das crianças.”
Leandro Japequino,
diretor-presidente
MY GYM Latin America.
tendências
Leandro Japequino, Mymo (mascote) e Thais Japequino, diretora-executiva da marca.
tendências
Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10 | 33
todologia única, testada e aprovada em
mais de 29 países”, destaca Leandro Jape-
quino, diretor-presidente MY GYM Latin
America.
No Brasil, a rede conta com sete uni-
dades e possui mais de 500 alunos na rede.
“A My Gym por definição é uma franquia
que oferece aulas estruturadas e indivi-
dualizadas, divididas por faixas de desen-
volvimento para crianças de seis semanas
a 13 anos, além de festas de aniversário,
campings e muitas outras atividades físi-
cas infantis. Todas sempre são estimuladas
em seu limite, aula após aula, mantendo
sempre seu desenvolvimento no potencial
máximo”, acrescenta.
A maioria das atividades é inspirada
na ginástica olímpica. As aulas não ensi-
nam um esporte específico, e sim, incen-
tivam a consciência corporal. “A criança
que frequenta a My Gym pratica qualquer
outro esporte melhor, pois ela ganha se-
gurança, conhecem melhor o seu corpo e
sabem como explorá-lo. A missão da My
Gym é contribuir para que a criança tenha
um alto nível de confiança e autoestima e
se torne um adolescente seguro. As ativi-
dades beneficiam o aumento da resistência
física, equilíbrio, coordenação e habilidades
motoras que resultam na consciência cor-
poral, trabalho em equipe e habilidades es-
portivas. A My Gym não segue os padrões
das academias tradicionais, com apare-
lhos de musculação. Os monitores, treina-
dos e certificados de acordo com o método
norte-americano, são profissionais de edu-
cação física, pedagogos, fisioterapeutas e
psicólogos”, esclarece.
Segundo ele, a atividade física infan-
til é um tema muito antigo, entretanto, a
nova visão dessas atividades, com a criação
de serviços específicos, é uma novidade.
“O Brasil possui grande potencial, pois esse
tipo de negócio é uma ótima oportunidade
para os franqueados. O desenvolvimen-
to urbano e todos os riscos inerentes da
vida nas grandes cidades fazem com que
os pais busquem lugares saudáveis para o
desenvolvimento das crianças. A meta da
My Gym é ter 30 unidades nos próximos
três anos”, revela Leandro.
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Aposto muito na possibilidade de
ressignificar o papel do exercício físico
na vida das pessoas. Conheço casos
de sucesso de gente que aprendeu
a gostar da jornada, e sei como
são importantes a presença e a
sensibilidade do profissional que
as acompanha nesse processo.
34 | Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10
Por Ivan de Marco
exercício físico É
subproduto
gestão de negócios
Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10 | 35
Muita gente não gosta de se exercitar. E não é à toa! De modo simples e primi-
tivo, tudo o que acontece em nosso corpo enquanto estamos em uma corrida, uma aula de
bike indoor, uma sessão de musculação ou em outra atividade física programada, coloca
sempre nosso corpo em risco. Perturba o equilíbrio metabólico e estrutural. Cria uma sen-
sação desagradável para a maioria das pessoas.
Atualmente, necessidades básicas de segurança estão garantidas pelo teto da casa,
não precisamos fugir de predadores. Nossa alimentação está garantida pela geladeira e
despensas cheias de comida, portanto, não precisamos correr para caçar.
Outras fontes de prazer e diversão, como televisão, videogames e internet acabam
nos confinando a situações cada vez mais hipocinéticas.
O resultado é que nos acostumamos a ter prazer no sedentarismo. Quando seleciona-
mos em nossa mente atividades prazerosas que gostaríamos de realizar durante o dia, para
muitos de nós fazer exercício físico está longe do “top ten”.
A gente bem que tenta disfarçar essa realidade. Faz propaganda com gente muito bo-
nita, sarada e feliz, aumenta o volume das músicas, grita no palco, inventa nomes diferentes
para as aulas e para os aparelhos e até cria programas de treino específicos para períodos
do ano. Vendemos isso como se, para todo mundo, fazer ginástica fosse tão gostoso quanto
visitar um parque de diversões.
O fato é que não adianta “passar batom no porco” porque exercício físico implica, obri-
gatoriamente, contração e relaxamento muscular voluntários. Como reza a fisiologia, isso
é gastar energia, sair da preguiça e perturbar o equilíbrio gostoso que levamos eras para
conquistar.
Damos sentido para a vida quando fazemos muito do que gostamos, e muito pouca
gente nasce realmente programada para gostar de se exercitar. Arrisco afirmar que muita
gente vai passar pela vida inteira sem realmente desenvolver o gosto pela malhação, mes-
mo que tenha dedicado milhares de horas da vida se exercitando.
Portanto, investir tempo, recursos e energia para convencer as pessoas de que fazer
exercício é agradável não é muito diferente do que tentar fazê-las gostar de uma dolorida,
36 | Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10
mas necessária, visita ao dentista.
Aposto muito na possibilidade de
ressignificar o papel do exercício físico na
vida das pessoas. Faz anos que trabalho
ajudando pessoas a encontrar uma rela-
ção agradável com a vida ativa e saudável.
Conheço casos de sucesso de gente que
aprendeu a gostar da jornada, e sei como
são importantes a presença e a sensibi-
lidade do profissional que as acompanha
nesse processo, a fim de que essa mudan-
ça possa ocorrer.
A sugestão aqui é para repensarmos
a mensagem que, muitas vezes, envia-
mos. Desde que o mundo despertou para
a consciência da importância da atividade
física regular para a melhora e manuten-
ção da saúde, é possível que tenhamos
nos posicionado de um modo quase arro-
gante, e estejamos mais preocupados em
convencer as pessoas de que suar fazendo
exercício é gostoso do que em estar ao
lado delas validando que esse processo dá
trabalho, exige disciplina e depende de es-
forço voluntário.
Sendo mais honestos com essa men-
sagem desde o começo, podemos ajudar
mais pessoas a compreender a jornada da
vida ativa, preparar e forjar a mente de-
las para o esforço necessário, e até desen-
volver, juntamente com elas, estratégias
de aderência e de prevenção de recaídas
quando elas estiverem desmotivadas.
gestão de negócios
gestão de negócios
Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10 | 37
Reforço a importância da música
estimulante, do ambiente agradável, das
facilidades tecnológicas, do fomento ao
relacionamento e de tudo o que puder ser
aplicado para caracterizar como diversão e
entretenimento os serviços que promovem
e oferecem atividade física. A possibili-
dade de ajuste individual dessas e outras
variáveis é o nosso “core business”, e não
o exercício físico.
Selecione profissionais que, além de
um corpo saudável, sejam capazes de exi-
bir atitudes saudáveis para cativar pessoas,
usando muita empatia e inteligência inter-
pessoal. Procure treiná-los não apenas nas
qualidades técnicas e de atendimento, mas
também no exercício da sua sensibilidade e
comunicação. Lance produtos, aulas e pro-
gramas que não se preocupem apenas em
preparar o corpo das pessoas para o verão,
mas que também ajudem-nas a dar mais
sentido para a vida.
E faça tudo isso sabendo que a práti-
ca de exercícios físicos é subproduto do
seu serviço, e que, talvez, o produto prin-
cipal seja ajudar as pessoas a se divertir e
buscar sentido para a vida. Inove partindo
desse princípio.
Vamos inverter a mensagem? Em
vez de “venha suar com a gente e, quem
sabe, se divertir”, reformule para “venha
se divertir e talvez suar um pouco”.
Corra o risco de ser como aquele res-
taurante novo, com propostas diferentes
de todos os outros para um simples fei-
jão com arroz e evite lançar um prato novo
atrás do outro e quase obrigar às pessoas
a gostar deles.
Valido aqui, como desejo que seja
validado com seus clientes, que isso vai
dar trabalho. Muito trabalho!
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Ivan de Marco é graduado em Educação Físi-ca, membro do XP Group e possui 14 anos de experiência como Personal Trainer e Life Coach.
E-mail: [email protected]
Essa organização de trabalho em hierarquias,
que distribui pessoas em baias e cubículos
isolados em frente a um computador não
desaparecerá por completo, mas, aos poucos,
veremos outras opções entrando em cena.
E você precisa estar preparado.
Por Marynês Pereira38 | Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10
você está
louco??
gestão de pessoas II
O título deste artigo é o mesmo do segundo livro de Ricardo Semler, cuja leitura
recomendo, se você estiver preparado para pensar diferente, pois vejo muita gente que-
rendo mudar, mas não dá um passo sequer na direção da mudança. São pessoas que ficam
sempre reclamando dos resultados e fazendo as mesmas coisas. Entendo que seja difícil
mudar, mas é INSANO querer resultados diferentes fazendo as mesmas coisas. Essa frase
está batida, mas deveria entrar nas cabeças das pessoas que desejam, de fato, mudar re-
sultados.
Vejo muitas pessoas dando desculpas, como falta de tempo e de dinheiro. Dizem que
moram em cidades distantes, sem acesso a cursos etc. Mas hoje em dia é inadmissível esse
tipo de discurso, pois temos toda a tecnologia em nossas mãos.Toda informação disponível
na internet, além dos mais variados formatos de cursos, consultorias e palestras via web.
Percebe-se, claramente, a dificuldade de algumas pessoas em se adaptar ao novo,
deixando o velho modelo para trás.
Ricardo Semler é um empresário que ministra palestras em mais de 170 eventos
pelo mundo. É muito lembrado no meio empresarial mundial e considerado uma referência,
precursor da ideia, hoje em dia tão aclamada, de empresa progressista. Apesar disso, ele é
pouco citado como modelo inovador em gestão nos cursos de administração em nosso País.
Acredito que eu e você saibamos a razão disso. Uma pessoa assim, tão revolucionária,
vai contra os interesses de muita gente. Ele provou que esse modelo de gestão humanista
e progressista é viável, em todos os sentidos. Que é possível confiar em seus colabora-
dores e acreditar que eles farão o melhor, ou seja, que irão se comprometer e assumir a
responsabilidade pelos resultados. Claro que esse modelo de Gestão põe abaixo a TEORIA
X, que acredita que as pessoas só trabalham se forem controladas e severamente punidas,
conceito de 100 anos atrás (Fayol, Weber, Taylor).
No livro, ele conta sua trajetória e as mudanças que promoveu no relacionamento
com seus colaboradores. Criou, entre outras coisas, a quarta-feira OFF, que consiste em
um dia da semana que qualquer colaborador poderia tirar de folga para cuidar de sua vida
pessoal.
Antes que você faça a pergunta baseada nos preceitos da ERA INDUSTRIAL: “Mas
Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10 | 39
40 | Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10
gestão de pessoas IIa empresa não parou? As pessoas saíram
sem dar satisfação?”, já vou respondendo:
como o foco do negócio migrou do controle
HORA/HOMEM (ERA INDUSTRIAL) para
foco em RESULTADOS e PRODUTIVIDADE,
claro que somente os colaboradores que
estavam com o trabalho em dia saíram, de
fato, às quartas-feiras. Cada um sabia da
sua responsabilidade. Ricardo menciona no
livro que nunca teve problemas com suas
equipes, e a empresa hoje é uma das mais
rentáveis e lucrativas.
Ricardo é um precursor das empre-
sas progressistas e já pensava assim e
aplicava esse conceito em suas corpora-
ções desde 1973. Ele também não se con-
formava que seus colaboradores tivessem
de se deslocar horas no trânsito para irem
ao trabalho. Muitos trabalham em casa ou
em escritórios próximos de suas casas,
que eles fecham parcerias, usando a tec-
nologia em favor do bem-estar de seus co-
laboradores, e assim também contribuindo
para tirar veículos do congestionamento de
nossa cidade.
Portanto, o modelo de gestão atual
que conhecemos não é mais o único. Essa
organização de trabalho em hierarquias,
que distribui pessoas em baias e cubícu-
los isolados em frente a um computador,
controlando jornada de trabalho e remune-
rando por salário fixo, claro que não desa-
parecerá por completo, mas, aos poucos,
veremos outras opções entrando em cena.
E você precisa estar preparado.
Não estou falando somente da
inovação do modelo HOME OFFICE (tra-
balhar em casa), que, na realidade, muda
apenas o lugar, mas continua o mesmo
modelo de gestão com a hierarquia e com
sensível aumento das conference call (reu-
niões por telefone).
A mudança será ampla, não só com
a introdução cada vez maior da tecnolo-
gia ajudando o trabalho e o estudo, mas
também na maneira como lidamos com o
que consideramos local de trabalho e hie-
rarquias, culminando na maneira como
as pessoas serão remuneradas. Logo, ve-
remos a remuneração ser realizada por
produtividade e não mais pelo tempo ou
presença física do trabalhador. Passaremos
a dar mais importância ao conhecimento,
à estratégia e ao planejamento, e veremos
trabalhadores muito mais comprometidos
e responsáveis, pois saberão que o seu tra-
balho é fruto direto da sua competência.
Portanto, deve ter seus dias conta-
dos o modelo de trabalhador que espera o
final do mês para receber o salário, que ele
gestão de pessoas II
Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10 | 41
acha ser merecido; o trabalhador que culpa
o patrão pela falta de condições ou pelo fra-
co resultado. Será um novo momento, com
pessoas proativas, independentes e, com
certeza, mais felizes. Ninguém mais será
tratado como adolescente, e os “gritinhos
do chefe” deixarão de existir, porque ago-
ra é: VOCÊ FRENTE A FRENTE COM VOCÊ
MESMO E SEUS RESULTADOS.
Você está pensando que estou de-
lirando no MUNDO MARAVILHOSO DE UM
FUTURO DISTANTE, mas muito antes do
que você imagina estará vivendo essa
situação.
Trabalharemos por projetos, envol-
vendo várias pessoas e não departamen-
tos. E ao finalizar o projeto, começa-se
outro, talvez em outro lugar e com
outras pessoas. Apenas participa quem
tem as competências necessárias. E a res-
ponsabilidade é dessa equipe, rompendo
assim com a barreira do departamento, e,
vou mais longe, com as barreiras físicas
gerais, não só de salas, mas de países. E
aí entra a nova geração que já vem com o
DNA da tecnologia e das redes sociais. Eles
sabem trabalhar com equipes mesmo que
não conheçam as pessoas.
Portanto, os profissionais terão de
pensar sistemicamente, sendo mais em-
preendedores e inovadores do que aquele
trabalhador que fica contando as horas
para acabar o seu dia de trabalho. Terão
de ser os responsáveis pela sua carreira
e seu futuro, apresentando seus serviços,
vendendo, divulgando, cuidando da sua
reputação, pagando plano de previdência
privada, plano de saúde etc. Esse novo
modelo requer muita coragem, pois você
só abrirá mão do passado se não tiver
medo do desconhecido.
BEM-VINDO À ERA DO COMPROME-
TIMENTO!
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Marynês Pereira é Business & Career Coach pelo SBC e NeuroCoach – Siriny Pilay (Harvard)
E-mail: [email protected]
análise de gut: ler, ouvir,
analisar e decidir
Faça uma lista de ações latentes identificadas pelo grupo e
que devam receber notas de importância de acordo com a
trilogia: “Gravidade, Urgência e Tendência”.
Por Celso Cunha
42 | Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10
gestão financeira
Em nossa última coluna, discorremos sobre fluxo de caixa e citamos ainda a
análise de GUT (Grave, Urgente e Tendência) para ser discutida em uma próxima edição.
Essa hora chegou.
Controlar gastos de acordo com o fluxo de caixa para que possamos cumprir todas
as obrigações da empresa, inclusive a retirada dos sócios sem ter de recorrer a emprés-
timos. Ficou claro que devemos manter uma verba a título de reserva para investir ou
perpetuar o negócio. E essa verba deve ser aplicada em prol da melhoria das condições
de trabalho dos funcionários, atração de novos clientes ou fidelização dos “antigos”.
Mas, em vista das dificuldades, haverá sempre mais a fazer do que o montante permite.
Precisamos então priorizar. E isso é só o início da questão. O que é prioritário para uns
pode não ser para outros.
O indicado é que se faça uma enquete entre os componentes da equipe ou seus
líderes, se o grupo for bastante grande, para que então se defina o que fazer e a ordem
em que às ações serão executadas.
GUT na prática
Após construirmos um montante de valores que compõem o caixa a título de
reserva, o mesmo estará sujeito a julgamentos. Façamos uma lista de ações latentes
identificadas pelo grupo e que devam receber notas de importância de acordo com a
trilogia: “Gravidade, Urgência e Tendência”.
Uma folha pode ser distribuída entre os líderes ou toda a equipe, se preferir, na
qual solicitaremos as pontuações de 1 a 5 de acordo com o grau de importância das
mesmas. Essas possíveis ações de melhoria na estrutura física da empresa, bem como
ações de marketing ou desenvolvimento de pessoal.
É claro que um instrutor que atua na sala de musculação não está a par da goteira
no teto da piscina, ou do mau funcionamento do aparelho de ar-condicionado da sala de
avaliação física, bem como o inverso também é verdadeiro. Então caberá ao avaliador
Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10 | 43
saber pesar a importância do número de
pessoas de cada departamento que partici-
pará da enquete, a fim de que não ocor-
ram disparates, assim como: armazenar
e definir o que será prioritário e em que
ordem serão executadas as ações após a
soma das notas.
As notas para Gravidade devem da-
das em relação ao dano que poderá ocor-
rer, caso não sejam feitas às mudanças: 1
para dano mínimo e 5 para máximo.
44 | Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10
gestão financeira
As notas para Urgência devem con-
siderar o tempo que temos para dar início
às ações, e também devem ser batizadas
de 1 a 5 de acordo com o grau de neces-
sidade, sendo 5 para a mais urgente.
As notas para Tendência deverão
considerar o andamento da situação, caso
não façamos nada. Mais uma vez de 1 a 5
tentaremos prever o futuro. Se nada fizer-
mos, tenderá a retroagir, nota 1, estagnar
ou se tornar insuportável, esse último com
nota máxima 5.
Tabela ilustrativa para pontuação do GUT:
ANÁLISE DE G U T
PROBLEMAS GRAVE URGENTE TENDÊNCIA GUT
Bebedouros
Piso musculação
Piso salas de ginástica
Anilhas de musculação
Caneleiras de ginástica
Limpeza
Água da piscina
Ergometria
Steps de ginástica
Equipamentos da piscina
Aparelhos de musculação
gestão financeira
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Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10 | 45
Celso Cunha é Graduado em Administração de Empresas, Especializado em Gestão de Pes-soas, Consultor Financeiro, Empresário do setor de Fitness (Academia e Confecção). E-mail: [email protected]
As pontuações obtidas deverão ser
somadas folha a folha e o resultado encon-
trado definirá a ordem em que às ações
serão tomadas.
Não se espante se entrarem em pau-
ta ações que você não imaginava existir.
Em alguns casos os extremos são
descartados, pois devemos sempre buscar
o equilíbrio qualquer que seja o objeto em
questão. Não adianta termos uma sala de
musculação “medíocre” e uma ergometria
com esteiras comportando telas de LCD.
Ou mesmo uma bela estrutura in-
terna com todos os recursos tecnológicos
sendo usados por “profissionais” pouco ha-
bilidosos ou não capacitados para operar
tais equipamentos.
Essa análise citada aqui é um belo
exemplo de administração participativa
e as disparidades ocorrem devido à ação
democrática de escutar e avaliar o que se
captou. Ouvir outras opiniões é sempre
bom, mesmo que algumas vezes tenhamos
de descartá-las.
Bom trabalho, boa sorte e fique bem!
atualização +
networking =
sucesso profissional
Os grandes líderes possuem uma enorme capacidade de realização
e os princípios e valores que acompanham sua trajetória são
realmente o que os impulsionam e os diferenciam como
homens de sucesso.
Por Luiz Moura
46 | Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10
carreira II
Inicialmente, apresentaremos aspectos que fazem o profissional de Educação
Física atingir seus objetivos e orientam em como traçar esse caminho mais rápido. Esse
artigo, com certeza, vai dar uma mexida nos seus pensamentos, mostrando como chegar
na Excelência Profissional dentro da Educação Física e dar um “boom” na sua carreira.
As próximas perguntas são justamente as que irão impulsionar sua atividade profis-
sional. Gostaria que você fizesse um teste, anotando-as e respondendo-as da forma mais
sincera possível: Qual foi sua última atualização? Qual a importância de estar no meio de
profissionais da mesma área de atuação? Quanto você investe por mês em livros, cursos,
filmes, exposições, dvds e acessórios? Como você define os temas e a carga horária para
esse investimento? Acredita na realização de cursos de extensão, palestras, pós-gradua-
ção, curso de idiomas etc.? Já pensou em estudar aspectos diferentes dos apresentados
durante a sua graduação? Possui a relação de feiras e eventos ligados à gestão, marke-
ting, equipamentos e acessórios, administração de empresas e publicidade? Já leu algum
livro sobre marketing pessoal ou neurolinguística? E para não esgotarmos e confundirmos
ainda mais os caminhos a percorrer, preste bem atenção na diferença entre os homens
de sucesso e os homens que continuam tentando e insistindo na mesma forma de agir, a
qual durante anos acreditam ser a ideal, mas por meio da qual não conseguem chegar ao
topo.
Suas atitudes devem estar diretamente ligadas à sua meta. Os homens de sucesso
não buscam trabalhar em empresas durante anos, ou para alguém que os exploram e
depois os descartam. Homens de sucesso não falam muito, eles fazem acontecer. Preste
atenção no comportamento de sucesso, pois o mundo é complexo e somente os líderes
trazem clareza, acreditando sempre na real importância dos grupos e na convicção de seu
projeto.
Cabe lembrar sempre que onde existem homens de sucesso, há sempre outros ho-
mens que os auxiliaram. Daí a importância da sua rede de contatos. Certamente, essa
rede não resolverá suas questões profissionais e precisam estar associadas a sua vontade
em chegar ao topo. Agora vejam como o ilustre Michael Jordan apresenta alguns pensa-
Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10 | 47
carreira II
48 | Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10
mentos na sua obra Nunca Deixe de Tentar,
na qual cita metas, medos, comprometi-
mento, trabalho em equipe, fundamentos
e liderança.
Sobre METAS apresenta a seguinte
frase: “um passo de cada vez. Não consigo
imaginar nenhuma outra maneira de reali-
zar algo”. Sobre MEDOS, ele diz: “o medo
é uma ilusão”. Sobre COMPROMETIMENTO:
“não existem atalhos”. Sobre TRABALHO
EM EQUIPE: “o talento ganha jogos, mas o
trabalho em equipe e inteligência vencem
campeonatos”. Sobre a importância em
termos uma base estruturada de trabalho,
cita o aspecto FUNDAMENTO: “no instante
em que você se afasta dos fundamentos,
tudo pode ir por água abaixo”. E para fi-
nalizar, sua obra apresenta o pensamento
sobre LIDERANÇA: “sem o respaldo do de-
sempenho e do trabalho duro, as palavras
não significam nada”.
Os grandes líderes possuem uma
enorme capacidade de realização e os
princípios e valores que acompanham sua
trajetória são realmente o que os impul-
sionam e os diferenciam como homens de
sucesso.
Analise os eventos e a proposta dos
palestrantes, além de sua atuação profis-
sional, e atue como um espelho, isso mes-
mo, procure saber quais os passos que ele
seguiu para atingir esse sucesso, e faça
o mesmo. O mundo atual exige que você
consiga se relacionar: mantenha contatos,
aumente sua rede diariamente e crie par-
cerias constantes. As lideranças precisam
ser compartilhadas. E você que busca uma
gestão de sucesso precisa, antes de tudo,
criar oportunidade de ser admirado por sua
inteligência em fazer novos contatos e ami-
gos, admirado por sua compreensão, ad-
mirado por elogiar sua equipe e parceiros
e, com isso, atingir um ambiente em que
todos possuam condições para, sempre
que alguém pensar em alguma atividade
profissional e buscar um parceiro otimista
e eficaz, certamente, seu nome fará parte
dessa lista.
Hoje, no mercado da Educação Física
encontramos sites, profissionais e empre-
sas que podem impulsionar sua carreira,
e precisam ser promovidos nessa matéria,
como as empresas “LA SOLUTIONSs”, “A
SUA CHAVE” e “CDOF”, que divulgam va-
gas para estágio e emprego. Encontramos
também um excelente projeto para quem
busca atualização e capacitação, como o
CEAFES (Centro de Atividade Física, En-
carreira II
Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10 | 49
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E-mail:[email protected]
velhecimento e Saúde), FPA Cursos, RM
Cursos e os eventos promovidos pela MK-
PRO, em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Não podemos deixar de fora as empresas
Provider Solutions e Acadesytem, em São
Paulo, e como referência para quem bus-
ca qualidade no trabalho em academias,
seguem as academias IDEALE e a MOVI-
MENTE – Atividades Corporais (focada em
Treinamento Funcional), além de inúmeros
profissionais e amigos que fazem o melhor
pela profissão e buscam constantemente
apresentar soluções para o desenvolvi-
mento de sua carreira.
Certamente, o tema não se esgota
por aqui. Poderíamos escrever várias pá-
ginas, criar vários debates e conversar por
horas, isso tudo para uma busca constante
de crescimento e colocação no mercado de
trabalho. Valorize sua profissão, valorize
suas horas de estudo, valorize seus pro-
jetos, não venda sua ideia, não trabalhe
por hora/aula, que é o sistema oferecido
pelas academias, se você pode trabalhar
por conta própria, e o mais importante:
não ofereça descontos aos seus clientes,
pois isso o tornará uma mercadoria que
pode ser trocada a qualquer momento.
Conquiste seu espaço, atualize-se e faça
parcerias constantes. E como etapa final,
segue mais um pouco de estímulo nas pa-
lavras de Anthony Robbins no livro Poder
sem Limites, que apresenta os sete me-
canismos acionadores básicos, que podem
garantir também o seu sucesso: Paixão,
Crença, Estratégia, Clareza de Valores, En-
ergia, Poder de União e Domínio de Comu-
nicação.
Desejo a todos saúde, muito sucesso
nos negócios e entrem em contato sempre
que quiserem!!
Luiz Moura é Gestor de Marketing da MKPRO – São Paulo.
50 | Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10
Nessa nova realidade, em que o capital da empresa
é o ser humano, vencerá quem tiver habilidade
para desenvolver e cultivar talentos.
capital humano
Por Luis Perdomo
a estratégia final das organizações
gestão de pessoas III
A evolução natural da sociedade de consumo, do monopólio das matérias pri-
mas para os produtos, desses para serviços e a informação, e, finalmente, para a era do
conhecimento, abre caminho para uma nova e fascinante função social do indivíduo: “O
trabalhador do conhecimento”.
O surgimento dessa nova “classe profissional”, com características e atributos dife-
rentes do trabalhador industrial ou de serviços, impõe uma revisão das estratégias de
gestão em todas as empresas e organizações.
Por trabalhador de serviços entendemos aquele que “serve” ou “disponibiliza um
serviço mais ou menos especializado”, como o pintor de casas, encanador, mecânico, gar-
çons e tantos outros.
Não se envolve, geralmente, na análise e solução de problemas, mas sim na aplica-
ção de técnicas ou tecnologias já conhecidas.
Difere do especialista da indústria por não atuar dentro de um “sistema” ou “línea
de produção” maior com a qual ele contribui com sua especialização.
Já para o trabalhador do conhecimento só fazem sentido o trabalho em equipe, a
coordenação e o autogerenciamento como novo paradigma.
Seu papel é encontrar soluções mais eficientes, econômicas e adequadas para as
demandas dos clientes internos ou externos da organização.
A constante evolução das capacidades hoje em dia (e ainda mais no futuro), sim-
plesmente não permite concentrar as especializações ou conhecimentos necessários para
a organização em unidades menores do que equipes.
O talento individual ainda prevalece, mas somente no momento em que é agregado
às “forças-tarefa” para solução de problemas mais complexos é que demonstra seu valor
para as empresas.
O catálogo de habilidades dentro das organizações permite a mobilização para tare-
fas específicas, ou projetos, de equipes recrutadas em vários antigos “departamentos”.
Pesquisar e lançar novos produtos e serviços, ou até mesmo simples aperfeiçoamen-
tos de serviços, é mais rápido ou eficaz quando se recrutam os melhores em cada ativi-
Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10 | 51
52 | Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10
gestão de pessoas III
dade: pesquisar, analisar, definir novas ne-
cessidades e formas de atender o cliente, e
muitas outras.
As perguntas do líder neste novo
contexto são: o que estamos fazendo real-
mente agrega valor para o cliente? Em que
direção devemos dirigir o esforço dos co-
laboradores para obter o máximo beneficio
das equipes?
Devemos deixar de fazer algo que es-
tamos fazendo atualmente? Quais produ-
tos, serviços ou atributos são valorizados
hoje e que não serão mais amanhã?
Treinar ou não as pessoas deixou de
ser uma opção estratégica, já que o risco
de treinar alguém e perdê-lo é infinita-
mente menor do que manter colaborado-
res destreinados ou ineficientes.
Somente as pessoas são capazes de
desenvolver o que chamamos de “com-
petências centrais”, como explica C. K. Pra-
halad.
Políticas de fidelização são mais im-
portantes para os colaboradores, que são
o verdadeiro capital da empresa, do que a
compra de sistemas de gestão que se tor-
gestão de pessoas III
nam obsoletos logo após a sua implanta-
ção.
A capacidade de alavancar ou criar
valor percebido pelos clientes se desloca
rapidamente da tecnologia e poder finan-
ceiro para as pessoas.
As ameaças às empresas são hoje
mais difusas, mas têm um padrão identi-
ficável: é a inovação ou novas formas de
fazer e pensar que representam as princi-
pais ameaças para organizações já esta-
belecidas.
Vantagens competitivas baseadas
em tecnologias (que podem ser rapida-
mente copiadas) duram cada vez menos,
e, poucas vezes, trazem retorno real em
comparação com a verdadeira inovação,
que só é possível com os trabalhadores do
conhecimento.
Nessa nova realidade, em que o ca-
pital da empresa é o ser humano, vencerá
quem tiver habilidade para desenvolver e
cultivar talentos.
Formar a cada momento equipes
multidisciplinares com objetivos específi-
cos, realinhando sempre suas missões de
equipe com a missão da organização, é um
diferencial competitivo verdadeiro.
Ainda precisamos de líderes visio-
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Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10 | 53
Luis Perdomo é Administrador de Empresas, Palestrante e Especialista em Estratégia, Marketing e Vendas. É criador do Acade System.
nários, capazes de galvanizar ideias e
crenças na organização, pois somente eles
podem se adiantar no quantum temporal
das novas tendências.
Mas a forma de executar a missão,
fruto dessa visão, se desloca rapidamente
do “sistema ou processo” para a gestão de
equipes e pessoas.
Se você quiser saber mais sobre esse
assunto, recomendo a leitura de A Socie-
dade funcional, de Peter Drucker, e A Nova
Economia e A riqueza na Base da Pirâmide,
de C. K. Prahalad.
Até a próxima reflexão!
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