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SEGMENTAÇÃO Academias oferecem serviços exclusivos e atraem um novo perfil de público Edição n• 06 - Nov/Dez 2010 www.gestaofitness.com.br

Ed06_NovDez10

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Gestão Fitness Ed06_NovDez10

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Page 1: Ed06_NovDez10

SEGMENTAÇÃOAcademias oferecem serviços exclusivos

e atraem um novo perfil de público

Edição n• 06 - Nov/Dez 2010www.gestaofitness.com.br

Page 2: Ed06_NovDez10

expedienteA Revista Gestão Fitness é uma publicação bimestral, digital

e gratuita, desenvolvida pela Álom Comunicação em Negócios.

02 | Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10

Jornalismo e RevisãoMadalena [email protected]

Projeto Gráfico e WebdesignIrene Asato Ruizwww.ireneruiz.com

Tecnologia da InformaçãoIvan Carlos de Almeidawww.icarlos.net

Plataforma DigitalYuduwww.yudu.com

DiretoraThais de Almeida

[email protected]

Proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização escrita. Artigos e colunas não representam ne-cessariamente a opinião da revista e são de total responsabilidade de seus autores. As imagens dos artigos e matérias foram cedidas pelos respectivos colunistas e entrevistados. As imagens ilustrativas são provenientes

de banco de imagens e os créditos constam ao lado direito inferior de cada foto.

Contato11 3731-6704

Imagens IlustrativasSxc.hu e Photoexpress

Agradecemos especialmente as empresas que patrocinaram esta edição:

ColunistasCristina SantosCelso CunhaAlessandro MendesMarynês PereiraLuis PerdomoIvan de MarcoJoana DoinKenny CastroLuiz MouraMarcos Tadeu

Ed 06 - Novembro / Dezembro 2010

Page 3: Ed06_NovDez10

http://bit.ly/drX8OC http://bit.ly/bc5qnI http://bit.ly/akPrduhttp://bit.ly/adYexZ

A Gestão Fitness chega à sua 6a edição

fechando o ano de 2010. Um ano marcado pela inovação

da comunicação no mercado fitness com a Gestão Fitness

destacando-se como a primeira revista digital do setor que

trata exclusivamente da gestão de academias e carreira do

profissional de Educação Física.

Em janeiro, a edição será comemorativa de

aniversário e com ela traremos diversas novidades que

variam desde um novo layout até o lançamento de uma

super novidade para o setor. Novidade esta que, como a

Gestão Fitness, se destacará através de seu foco

diferenciado e inovação.

Na edição comemorativa traremos uma matéria

sobre a trajetória da Gestão Fitness neste primeiro ano

onde haverá um espaço para a publicação de depoimentos

dos leitores e parceiros. Participe enviando seus

comentários para o e-mail [email protected]

E claro, continue ampliando seu networking e conhecimento

acessando as notícias do mercado e as novidades

em nossos perfis nas redes sociais.

Forte Abraço

Thais de Almeida

EDITORIAL

Thais de AlmeidaAdministradora de Empresas

com Pós Graduação em Marketing e Comunicação;

Diretora da Álom Comunicação em Negócios - especializada em Publicações Digitais com interface em Mídias Sociais;

Criadora e Editora da Gestão Fitness.

[email protected]

www.twitter.com/gestaofitness

Page 4: Ed06_NovDez10

SU

MÁRIO

Vendas - Por Cristina SantosNota de Falecimento06Marketing - Por Marcos TadeuA “Comoditização” das Academias10Carreira I - Por Kenny CastroDo Personal ao Manager - Parte II14

18 Aspectos Jurídicos - Por Joana DoinA Importância da Regularização Trabalhista

26

Tendências - Por Madalena AlmeidaSegmentação no Fitness

22 Gestão de Pessoas II - Por Alessandro MendesA Fantástica Fábrica de Líderes

34 Gestão de Negócios - Por Ivan de MarcoExercício é Subproduto

38 Gestão de Pessoas II - Por Marynês PereiraVocê está Louco?

42

Gestão Financeira - Por Celso CunhaAnálise de GUT

46 Carreira II - Por Luiz MouraAtualização + Networking = Sucesso

50 Gestão de Pessoas III - Por Luis PerdomoCapital Humano

Page 5: Ed06_NovDez10

Vendas - Por Cristina SantosNota de Falecimento

Marketing - Por Marcos TadeuA “Comoditização” das Academias

Carreira I - Por Kenny CastroDo Personal ao Manager - Parte II

Aspectos Jurídicos - Por Joana DoinA Importância da Regularização Trabalhista

Tendências - Por Madalena AlmeidaSegmentação no Fitness

Gestão de Pessoas II - Por Alessandro MendesA Fantástica Fábrica de Líderes

Gestão de Negócios - Por Ivan de MarcoExercício é Subproduto

Gestão de Pessoas II - Por Marynês PereiraVocê está Louco?

Gestão Financeira - Por Celso CunhaAnálise de GUT

Carreira II - Por Luiz MouraAtualização + Networking = Sucesso

Gestão de Pessoas III - Por Luis PerdomoCapital Humano http://bit.ly/aQTPi8www.blogdoacade.com http://bit.ly/aQTPi8www.blogdoacade.com

http://twitter.com/acadesystemhttp://www.facebook.com/pages/Acade-System/114465761925960?ref=sgm

http://www.youtube.com/CanalAcade

Page 6: Ed06_NovDez10

Como um cliente vai nos respeitar e ver nossa profissão com

a dignidade que merecemos se nem ao menos sabemos

escrever um simples e-mail corretamente?

Por Cristina Santos

06 | Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10

nota de falecimento

Page 7: Ed06_NovDez10

vendas

Nota de falecimento:

Gostaria de “estar informando” que o nosso “mui amigo”

português, faleceu, recentemente, de ataque fulminante da língua!

Quem nunca recebeu aqueles e-mails de bizarrices de pretensos universitários da Fu-

vest, Enem etc. Coisas engraçadas, mas também que me fazem duvidar se é mesmo ver-

dade que alguém possa escrever ou falar de maneira tão inacreditavelmente equivocada.

Pois bem, estava eu sentada em frente ao meu computador, montando uma planilha

de controle do departamento comercial de uma academia, quando entra em meu outlook

o seguinte e-mail:

“Olá Cris, eu sou o ‘fulano’ (vai que alguém se identifica, né?), tenho que fazer meu

tcc da escola e gostaria de fazer sobre o disc. Gostaria que vc me dece algumas dicas por

onde começar a procurar altores para miha (aqui é erro de digitação, coitado!) pesquisa.

Desculpa o encomodo. Obrigado”.

Caros leitores, e isso não é nada! E o pior, é a mais pura verdade. Com vocês, pala-

vras que eu nem imaginava que se escreveriam dessa maneira: comição, endicação, voçe,

pesso. Precisei de um tempo para interpretar as palavras, e de um tempo maior ainda

para acreditar que alguém seria capaz de escrever isso!

Confesso que eu mesma, às vezes, coloco o meu bom e velho corretor ortográfico

para funcionar, porque ninguém é de ferro, mas o pessoal anda com um poder de criação

ímpar. E abusando da amizade dos clientes!

Sem falar no gerundismo, que acabo de forçá-los a ler logo no título deste artigo.

Desculpe-me o incômodo, espero que tenham chegado até aqui.

Ano de eleição, políticos falando sobre educação, dois professores em sala etc. O

fato é que o ensino, mesmo para quem acaba de sair da faculdade, não cuida do nosso

amigo português.

Será que deveria? Por que é importante escrever corretamente? Em meus trabalhos

nas academias, sinto-me na obrigação de corrigir as pessoas, principalmente porque se

espera que o pessoal de atendimento fale, no mínimo, o português corretamente. Perde-

Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10 | 07

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08 | Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10

vendas

se uma venda simplesmente por um erro

de pronúncia ou concordância verbal. Há

clientes que param de nos ouvir quando

esquecemos um simples “s”.

Como um cliente vai nos respeitar e

ver nossa profissão com a dignidade que

merecemos se nem ao menos sabemos es-

crever um simples e-mail corretamente, se

nem ao menos temos uma recepcionista e/

ou consultora que o receba na academia

falando adequadamente nosso idioma??

Temos de cuidar da saúde dos nos-

sos clientes, mas sem nos esquecermos da

saúde do nosso português. Se falando di-

reito já corremos o risco de ser mal enten-

didos, imagina falando errado!

Abraços a todos!

Cristina Santos é profissional de Ed. Física com MBA em Gestão de Pessoas e responsável pelo programa de revitalização profissional para negócios em fitness da Brainfitcrissantos@brainfit.com.brwww.fitnessinteligence.blogspot.com

Page 9: Ed06_NovDez10

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Quando você se dedica a estudar e aplicar as práticas do

marketing, seu negócio começa a tornar-se único,

diferente e sustentável.

Por Marcos Tadeu

10 | Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10

a “comoditização” das academias

Page 11: Ed06_NovDez10

marketing

Tenho, frequentemente, insistido na tese da “comoditização” das academias. É

muito difícil encontrar uma academia pequena e/ou média que tenha um diferencial com-

petitivo real, claro e bem explorado.

A maior parte das academias é formatada, no início, com base em outras academias

que o empreendedor conheceu. Tanto a estrutura quanto os serviços (e principalmente

esses) são pensados para serem “melhores” do que os dos concorrentes, mas não diferen-

tes.

Logicamente ser melhor é um objetivo louvável, mas até que ponto o consumidor

percebe e valoriza essa diferença, mesmo admitindo-se que ela exista? Nos Estados Uni-

dos costuma-se mencionar a chamada “síndrome do Wal-Mart”, caracterizada pela migra-

ção do consumidor de outras lojas para essa rede varejista, devido aos preços mais baixos

praticados para produtos que podem ser encontrados também em outros varejistas. Em-

bora no início o consumidor possa resistir ao apelo, pelo aspecto e serviços quase espar-

tanos do Wal-Mart, em algum momento ele acaba comprando lá, pois não reconhece nos

concorrentes uma diferença significativa a ponto de vencer o preço mais baixo.

Como escreveu John McCarthy, ex-diretor executivo da IHRSA, em 2004, “como-

ditização refere-se à situação que um mercado experimenta toda vez que alguém começa

a fazer uma mesma coisa exatamente do mesmo jeito... Em um mundo comoditizado, a

empresa com o menor preço torna-se, de fato, ‘rei da montanha’...dois fatores – preço e

conveniência – reinam supremos. Nesse ambiente sem perdão, o consumidor pergunta-

se apenas duas questões sobre o produto ou serviço: qual está mais perto e qual é mais

barato?”

É muito comum (muito comum mesmo) encontrar proprietários e gerentes de aca-

demias que dizem: “o diferencial da minha academia é o atendimento!”. Como diz o con-

sultor Almeris Armiliato, “atendimento não é diferencial, é obrigação.” Concordo, com

uma pequena reserva. Creio que o atendimento pode ser um diferencial, mas apenas em

empresas nas quais tudo é planejado para que o cliente sinta-se exclusivo, em geral nos

setores que focam no consumo de alto luxo. Para que seu atendimento seja realmente

o diferencial, você precisa gastar “os tubos” em treinamento, contratar as pessoas cer-

Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10 | 11

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12 | Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10

marketing

tas, pagar salários acima da média e, logi-

camente, terá de cobrar mais (bem mais)

para conseguir oferecer um atendimento

desses. Estou falando sobre a Daslu (antes

dos problemas que enfrenta), os restau-

rantes mais caros, os hotéis dos sonhos.

Por isso, a necessidade de marke-

ting para academias. Porque o marketing

de verdade é diferenciação. Quando você

se dedica a estudar e aplicar as práticas do

marketing, seu negócio começa a tornar-

se único, diferente e sustentável.

E ao falar em marketing, estou fa-

lando de uma prática maior que a propa-

ganda, a comunicação somente. O marke-

ting como sinônimo de gestão estratégica,

que deve permear todos os departamentos

da empresa, sempre voltado para o con-

sumidor, buscando a resposta correta à

pergunta fundamental:

Sua academia é diferente em algu-

ma maneira CONCRETA, REAL, PALPÁVEL e

SIGNIFICATIVA do ponto de vista do con-

sumidor?

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Marcos Tadeu é diretor da FMS – Fitness Management School e representante no Brasil da REX Roundtables. [email protected]

Page 13: Ed06_NovDez10

Gestão Fitness - edição n• 05 - Set/Out 10 | 49

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Page 14: Ed06_NovDez10

O profissional que souber planejar a sua própria carreira,

compreender as necessidades futuras dos clientes e

apresentar produtos adequados será, com certeza,

um profissional de destaque, alcançando sucesso,

estabilidade financeira e longevidade.

Por Kenny Castro

14 | Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10

do personal ao manager – parte ii

Page 15: Ed06_NovDez10

carreira I

O profissional de personal trainer deve administrar sua carreira como uma

empresa, desenvolver um plano de negócio, fazer planejamento estratégico, desenvolver

estratégias de vendas, de novos produtos e treinamento de equipes de colaboradores etc.,

mas não é essa a realidade do mercado de personal hoje. A grande maioria dos profissio-

nais não administra a sua própria carreira, deixando para o mercado e para as academias

a decisão de olhar para o futuro e para as inovações. E não o fazem por não terem na sua

formação acadêmica o mínimo de conhecimento sobre administração, marketing e ven-

das. Nesse artigo, vou falar um pouco sobre algumas ferramentas de vendas e de como

podemos minimizar, em parte, um dos maiores problemas enfrentados pelos personal: a

sazonalidade e a dificuldade de fazer planejamento de longo prazo.

O maior problema enfrentado pelo negócio de personal é a dificuldade em se criar

uma relação comercial de longo prazo com os clientes. Planos mensais são, na maioria

das vezes, negociados, não levando em conta a necessidade de estabelecer uma relação

de compromisso de longo prazo, tanto do cliente em relação à atividade física, quando

do personal em relação aos resultados propostos e que necessitam de um compromisso

de mais tempo do que apenas um mês. Falta de coragem, pouco poder de negociação,

desconhecimento de técnicas de vendas e uma visão de curto prazo levam os profissio-

nais a aceitarem uma negociação em que nenhum dos dois lados sai ganhando. Citando

Peter Drucker: “uma boa negociação acontece quando os dois lados ganham”. Portanto,

devemos tomar a coragem de buscar novos conhecimentos para podermos aplicar no

negócio de personal, e assim entregar o que o cliente está comprando. E o que ele quer

comprar, o personal não vai entregar em “um mês”.

Saúde, bem-estar, condicionamento físico, melhora na estética, emagrecimento etc.

se conquistam com esforço, persistência e continuidade. Manter o foco no resultado, criar

estratégias de motivação e mensurar os ganhos são relevantes para o sucesso de um

treinamento personalizado. Tais objetivos dependem de uma relação com a atividade

física de longo prazo. É sobre essa relação que o personal na venda do seu produto deve

se preocupar: mostrar para o cliente quais as vantagens em se fazer um plano de longo

Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10 | 15

Page 16: Ed06_NovDez10

carreira I

16 | Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10

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Kenny Castro é consultor da Innovar Consultoria

www.kennycastro.blogspot.comE-mail: [email protected]

prazo, criar um compromisso de resultados

duradouros, descobrir a verdadeira razão

de o cliente buscar um trabalho persona-

lizado. Traçar metas, foco e planejar cada

etapa dessa “missão” junto com seu futuro

cliente eleva o nível de emoção e de com-

promisso do personal e do contratante com

o trabalho proposto.

Montar um cenário para a venda, ti-

rar o foco do preço, desenvolver apresen-

tação de venda em notebook ou em fol-

der, se apresentar “bem vestido”, mostrar

profissionalismo, coerência e desenvolver

técnicas comportamentais que lhe ajudem

a descobrir quais os verdadeiros objetivos

do cliente, auxiliará, em muito, a apresen-

tar uma metodologia de trabalho de modo

que o cliente o escute, se encante e queira

comprar o que você está vendendo. É as-

sim que o profissional de personal trainer

deve agir para vender o melhor produto

para que o cliente alcance os resultados.

Não vender apenas atendimento em sala,

mas sim um gerenciamento de toda a rela-

ção com atividade física necessária para

alcançar os resultados e para preparar a

renovação de um novo plano longo de trei-

no, quando cliente e personal estarão tra-

çando novas metas e novas estratégias.

O negócio personal trainer passa

por mudanças e por um processo de pro-

fissionalismo, em que o profissional que

souber planejar a sua própria carreira,

compreender as necessidades futuras dos

clientes e apresentar produtos adequados

será, com certeza, um profissional de des-

taque, alcançando sucesso, estabilidade

financeira e longevidade em uma carreira

que, por ser nova ainda, deve mudar muito

nos próximos anos.

Page 17: Ed06_NovDez10

Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10 | 17www.novavedovat i .com.br

Page 18: Ed06_NovDez10

a importância da regularização

trabalhista para as academias

Não importa mais se a empresa é pequena, média ou muito grande.

Já não faz diferença se ela possui dez ou 300 empregados.

É preciso crescer com organização para poder crescer.

Por Joana Doin

18 | Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10

Page 19: Ed06_NovDez10

Por Joana Doin

aspectos jurídicos

Há algumas décadas, eram considerados arrojados os empresários que con-

seguiam estar um capítulo à frente no filme da vida empresarial. Mas a história mudou e

o que antes era considerado um desafio, hoje se consolidou como um pré-requisito para a

sobrevivência nos negócios.

Sim, sobrevivência. Só sobrevive hoje o empresário que consegue estar à frente de

seu tempo. A rapidez cavalar dos meios de comunicação não dá espaço a erros. É preciso

ser perfeito e acompanhar as tendências do mercado.

Sob o ponto de vista jurídico, não se pode negar que, cada vez mais, o passivo

trabalhista, seja ele real ou potencial, traduz uma das maiores preocupações do mundo

empresarial. E no setor fitness não é diferente.

Assim, a regularização dos empregados tem sido um dos pontos ápices do mundo

corporativo. Mas, fazer isso sem que a academia ou a empresa simplesmente estejam

condenadas à falência é um grande desafio.

De fato, no velho oeste da luta entre a regularização e a economia, constata-se

que muitas academias perdem a vida por pouco. Expõem-se por pouco. Simples atitudes

podem mudar o enredo desse filme: contratos de trabalho bem elaborados, estipulação

do Regimento Interno com os empregados, contratos de personal trainer e tantos outros

instrumentos que, quando implementados com a orientação jurídica adequada, trazem à

instituição a segurança necessária para evoluir empresarialmente. Economiza-se no po-

tencial passivo que já não existe mais.

As rescisões dos contratos de trabalho, quando bem feitas, normalmente não causam

problemas. As regras, quando bem estipuladas, passam a ser cumpridas. O patrão deixa

de ser refém de seu empregado porque não tem nada a esconder. Assim, tem segurança,

inclusive, para poder aplicar as sanções e penalidades que a lei permite. Quantas vezes já

se ouviu falar de empregados que cometem justa causa e não são demitidos porque estão

total ou parcialmente na informalidade?

A repercussão da regularização é nítida e os resultados são imediatos, seja em rela-

ção a eventuais reclamações trabalhistas ou às fiscalizações da Previdência Social e das

Delegacias Regionais do Trabalho.

Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10 | 19

Page 20: Ed06_NovDez10

aspectos jurídicos

20 | Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10

Comente este artigo e deixe suas dúvidas que serão respondidas por

Joana Doin no Clube Gestão Fitness:http://gestaofitness.ning.com/

Joana Doin é advogada e sócia do escritório Joana Doin Consultoria Jurídica, especializado em advocacia preventiva para academias em todo País. [email protected]

E ainda os empregados ficam mais

satisfeitos, mais estimulados, e o em-

pregador mais seguro. Paralelamente, com

a casa bem arrumada, pode-se partir para

atitudes mais arrojadas que permitam a

economia real: contratos de trabalho pelo

regime de tempo parcial, instauração do

banco de horas e pagamento de hora-aula

comissionada são apenas alguns exemplos

de como evoluir na legalidade e de como

economizar dentro da formalidade.

É extremamente gratificante quan-

do uma academia sabe que não precisará

mais pagar horas extras a seus emprega-

dos, por exemplo, porque instituiu o regime

de compensação de jornada de trabalho.

E sabe que está amparada juridicamente

para não fazê-lo, pois, para a Justiça do

Trabalho, melhor do que remunerar pela

jornada extraordinária é não ter que tra-

balhar além do limite legal. E o mais irôni-

co é a sensação aflorada das empresas que

nem cumpriam corretamente o dispositivo

trabalhista, mas que deixaram de correr o

risco do pagamento.

Não importa mais se a empresa é

pequena, média ou muito grande. Já não

faz diferença se ela possui dez ou 300 em-

pregados. É preciso crescer com organiza-

ção para poder crescer. Ao contrário, as

academias estarão fadadas ao insucesso

da informalidade.

De fato, o roteiro desse filme mudou,

e hoje o mocinho que não se previne, cer-

tamente, morre no final.

Page 21: Ed06_NovDez10

aspectos jurídicos

www.onixs.com.br

Page 22: Ed06_NovDez10

Precisamos formar líderes verdadeiros, precisamos

entender como esses seres de outro planeta aparecerão

na porta da nossa empresa às 6 da manhã para

nos ajudar a organizar os nossos colaboradores sem GPS.

Por Alessandro Mendes

22 | Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10

a fantástica fábrica de líderes

Page 23: Ed06_NovDez10

gestão de pessoas I

Henry Ford que me desculpe, mas os “gargalos” empresariais não estão mais

pautados na capacidade de produção em série de produtos e serviços, e sim na capaci-

dade de produção de talentos para liderar.

Como a Ford nos ensinou no século passado, de que adianta ter uma fábrica para

produzir somente para poucos? Como as outras pessoas irão se locomover? De que adian-

ta formarmos somente um líder? Como as outras equipes irão se locomover?

Dizer que o mercado está competitivo, já ultrapassou todos os níveis de redundân-

cias possíveis e imagináveis. Academias vs mercado competitivo já deveria ser consi-

derado pela gramática brasileira como um pleonasmo vicioso. Então vou fugir um pouco

disso e falar que a operação dos negócios está cada vez mais complexa e, logisticamente,

inteligente.

Hoje, os serviços devem entregar qualidades antes nunca exigidas para atender os

clientes, que até ontem usavam sapatos para praticar atividades físicas. Um contracenso

interessante que, cada vez mais, impulsiona aqueles que sabem jogar o jogo da competi-

tividade em detrimento dos que não se atentaram para isso.

Também não é novidade dizer que a única forma de tentar se diferenciar é por meio

do nível de atendimento que se é dado em todos os momentos em que o cliente tem con-

tato com a empresa.

Isso quer dizer que: a necessidade contínua de criar processos de trabalho cada vez

mais elaborados, para atender desejos que nascem quase que diariamente é o que irá

manter as empresas bem posicionadas no futuro. Além disso, para construir equipes que

trabalham de forma interligadas precisamos de um “amarrador” de processos, um ícone

de referência, ou seja, um líder.

É Henry Ford! Quem diria que pouco anos depois de você produzir seus carros, a

maior necessidade dos mercados seria a produção em escala de pessoas.

Dizem que os líderes vêm de berço, dizem que os líderes são construídos de acor-

do com a sua criação, dizem que os líderes são formados nas faculdades e cursos. Na

verdade, muitas pessoas dizem muitas coisas. O que sei é que de onde quer que eles

venham, hoje eles são raros, espécies em extinção. O mercado está cheio de supostos

Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10 | 23

Page 24: Ed06_NovDez10

gestão de pessoas I

24 | Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10

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http://gestaofitness.ning.com/

líderes que, na verdade. têm mais o perfil

de chefe, patrão.

Essa latente necessidade abre pre-

cedente para uma bela oportunidade, não

só para as empresas, mas também para

os profissionais. Precisamos formar líderes

verdadeiros, precisamos entender como

esses seres de outro planeta aparecerão

na porta da nossa empresa às 6 da manhã

para nos ajudar a organizar os nossos co-

laboradores sem GPS.

A grande virada do mundo dos negó-

cios seria se a Apple, a grande empresa de

inovação do milênio, resolvesse produzir “i-

líderes”. Com certeza, eu compraria dois:

um para ajudar nas minhas tarefas diárias

e na gestão das minhas equipes, e outro

para deixar no estoque. Vai que o primeiro

dá defeito!

Seria tão bom viver em um mundo

de engrenagens humanas que conseguis-

sem executar com perfeição os afazeres de

agregador que o líder tem, mas enquanto

não chegamos nesse mundo de Spielberg

com pitadas de Steve Jobs, tentaremos

pelo modo mais difícil. Nós mesmos tere-

mos de produzi-los. E a parte mais interes-

sante dessa historia é: não se engane, de-

pois de produzi-los, provavelmente, você

irá perdê-los.

Para concluir, deixo minha última re-

flexão, que será respondida no próximo ar-

tigo sobre essa pseudo “novela mexicana”

da liderança: se precisamos construir no-

vos líderes para coordenar as nossas equi-

pes, e se depois de formados, eles vão

embora, qual a real vantagem de fazê-lo?

Como fazer para fabricar um líder fujão?

Nos vemos no próximo capítulo. Bons

negócios!

Alessandro Mendes é Bacharel em Marketing e Sócio Gestor e Fundador da Intarget Consultoria

E-mail: [email protected]

www.intargetconsultoria.com.br

Page 25: Ed06_NovDez10

Gestão Fitness - edição n• 05 - Set/Out 10 | 53

www.avaesporte.com.br

Page 26: Ed06_NovDez10

Por Madalena Almeida

26 | Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10

Segmentação no fitneSS

Redes OfeReCem seRvIçOs eXClusIvOs e atRaem um nOvO PeRfIl de PúblICO

a segmentação é um conceito que vem ganhando espaço no setor de fitness brasileiro. Isso porque, cada vez mais, os clientes

buscam serviços exclusivos e personalizados. algumas redes de academia perceberam nessa demanda uma oportunidade

para fugir da forte concorrência dos mercados de massa.

Page 27: Ed06_NovDez10

Gestão Fitness - edição n• 04 - Mai/Jun10 | 29

Desde o desenvolvimento da

produção em grande escala e do fenômeno

da massificação, o conceito de atendimen-

to vem passando por grandes transforma-

ções. Se antes a preocupação era focar o

produto e não, necessariamente, as ne-

cessidades dos clientes, com o aumento

da concorrência e surgimento de consumi-

dores mais esclarecidos e exigentes, a seg-

mentação tornou-se uma forte tendência

também no Brasil. Nesse cenário, o cliente

passou a ser o foco principal das empre-

sas, que buscam, cada vez mais, customi-

zar seus produtos e serviços para atender

às expectativas de seus consumidores de

forma personalizada e com mais eficiência.

São diversas as vantagens para os

empresários que optam por atuar em ni-

chos específicos. Além de conseguir ofe-

recer especialização com um preço atra-

tivo, as empresas conseguem diminuir à

concorrência em relação aos mercados de

massa.

Na área de fitness, a segmentação

também já é uma realidade há algum tem-

po, favorecendo o surgimento de serviços

e produtos mais personalizados.

“O crescimento da segmentação no

mercado de fitness é uma consequência

do próprio desenvolvimento do setor. Toda

vez que um determinado mercado cresce,

a tendência é segmentar. Além da forte

concorrência, o padrão de exigência dos

consumidores também fica mais alto.

Dessa forma, o apelo comercial pas-

sa a ser oferecer um serviço para uma de-

manda específica de acordo com as neces-

sidades próprias do segmento escolhido”,

analisa Almeris Armiliato, consultor na área

de Gestão de Empresas e Diretor da Inner

Gestão de Pessoas.

Segundo ele, o que vem ocorrendo

no Brasil é um fenômeno também comum

em outros países. “A grande vantagem da

segmentação é a proteção que as empre-

sas criam contra novos entrantes no mer-

cado. Quando você se torna especialista em

um segmento é mais difícil para um aven-

tureiro competir nas mesmas condições

de habilidade e conhecimento do público”,

acrescenta.

Novas redes

Entretanto, para se ter resultados

positivos, a segmentação também impõe

tendências

Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10 | 27

Page 28: Ed06_NovDez10

28 | Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10

tendências

algumas regras. Segundo Almeris, um as-

pecto importante para os empresários que

optam por esse caminho é a comunica-

ção. “Quando se oferece algo específico, é

muito importante ter bons contatos com o

público-alvo para se conhecer exatamente

as necessidades desses consumidores,

que possuem valores, crenças e uma per-

cepção diferente de produtos e serviços”,

aconselha o consultor.

Na opinião de Almeris, o conceito de

segmentação deve se consolidar cada vez

mais no mercado de fitness. A preocupa-

ção por maior qualidade de vida e saúde

tem aumentado a procura por academias,

inclusive, por parte de clientes que até há

pouco tempo não eram o público-alvo prin-

cipal desses estabelecimentos, como crian-

ças e idosos.

Para atender a essa demanda, redes

de academias especializadas no atendi-

mento a esses públicos vêm ganhando es-

paço no Brasil. É o caso da B-Active, que

tem como principal pilar a medicina es-

portiva e fisiologia do exercício. A propos-

ta surgiu através de pesquisas realizadas

em grandes centros mundiais para estudar

os benefícios dos exercícios no idoso. Ao

descobrirem que o exercício de impacto era

um grande vilão, os fundadores se volta-

ram para o desenvolvimento de programas

de exercícios resistidos, conhecidos como

exercícios de fortalecimento muscular.

As atividades oferecidas pela B-Ac-

tive têm sido cada vez mais procuradas por

um público que busca programas especia-

lizados para evitar as lesões causadas por

treinos inadequados ao seu tipo físico, e

que oriente quais são as atividades mais

apropriadas para ajudar na prevenção,

reabilitação e melhoria da qualidade de

vida.

A academia conta com mais de 60

aparelhos de ginástica que oferecem pro-

teção articular e ativação muscular. Os

treinamentos são elaborados, de acordo

com a necessidade e perfil de cada aluno,

por um conjunto de médicos especialistas

em medicina esportiva, nutricionistas, fi-

sioterapeutas e professores de educação

física pós-graduados em fisiologia do

exercício. Para todos os clientes, inclu-

sive os de grupos especiais (portadores de

doenças crônicas, como câncer, doença co-

ronariana, pressão alta, diabetes, artrose,

artrite entre outras), os programas são in-

dividualizados e constantemente monito-

rados. Relatórios periódicos são enviados

Page 29: Ed06_NovDez10

tendências

Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10 | 29

Almeris Armiliato

Diretor da Inner Gestão de Pessoas

aos médicos dos alunos para o acompa-

nhamento da evolução física e clínica.

Embora focada e pioneira no Brasil

para a terceira idade a B-Active atende

pessoas de todas as faixas etárias. A B-

Active também está em expansão no País.

A rede abriu, recentemente, a terceira uni-

dade no bairro de Perdizes, em São Paulo.

De olho no público feminino

As mulheres, que sempre foram

maioria nas academias, também têm se

favorecido da segmentação no mercado de

fitness. O público feminino já conta com

serviços mais especializados, como a rede

Curves de academias.

Voltada exclusivamente para o pú-

blico feminino, a Curves oferece equipa-

mentos desenvolvidos pela rede com base

na anatomia feminina. “Diferentemente

dos equipamentos de peso das academias

tradicionais, os equipamentos hidráulicos

da Curves trabalham sempre, pelo menos,

dois grupos musculares ao mesmo tem-

po, otimizando o tempo de treinamento.

Além disso, o equipamento hidráulico tem

a grande vantagem de não oferecer risco

de lesões, pois trabalha, principalmente,

as contrações concêntricas, onde a aluna

poderá exigir o máximo do músculo, po-

dendo ser utilizado por qualquer tipo de

“Toda vez que um determinado mercado

cresce, a tendência é segmentar. Além

da forte concorrência, o padrão de

exigência dos consumidores

também fica mais alto.”

Page 30: Ed06_NovDez10

30 | Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10

tendências

“Ao trabalhar com um público exclusivo

podemos prestar um melhor serviço,

pois sabemos exatamente quais são

suas necessidades. Consequentemente,

a fidelização é muito maior.”

Luciana Mankel

Diretora de operações

da Curves

pessoa, desde a sedentária até a mais bem

condicionada”, comenta Luciana Mankel,

diretora de operações da Curves.

Segundo ela, hoje, boa parte do pú-

blico feminino prefere se exercitar em um

local exclusivo para mulheres. “São pes-

soas, na maioria das vezes, que nunca ma-

lharam ou que preferem estar em compa-

nhia de outras mulheres, com os mesmos

objetivos. Outras procuram um ambiente

mais acolhedor e descontraído, sem ter

que se preocupar com a roupa que usar,

por exemplo, mas apenas com a prática do

exercício. Além delas, a mulher moderna

que trabalha fora e ainda cuida dos filhos,

que não tem tempo para ficar duas horas

em uma academia tradicional e é consci-

ente que precisa cuidar da saúde, também

procura pela Curves, pois oferecemos um

serviço que se encaixa perfeitamente às

suas necessidades”, explica Luciana.

A Curves é uma rede de academias

norte-americana, fundada por Gary Heavin.

Quando pensou em criar esse modelo, se

baseou em uma experiência vivida por

sua mãe, que por ser obesa e apresentar

problemas cardíacos, morreu cedo. Ele sa-

bia que isso poderia ter sido evitado se ela

praticasse uma atividade física e tivesse

uma comunidade de mulheres que a aju-

dasse. Pensando nisso, Heavin desenvolveu

um modelo de academia em que mulheres

Page 31: Ed06_NovDez10

tendências

Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10 | 31

como sua mãe pudessem frequentar. Daí

surgiu a Curves.

No Brasil desde 2003, a Curves tem

mais de 200 unidades franqueadas, dis-

tribuídas em 17 estados. O número de alu-

nas ultrapassa os 40 mil. A Curves tra-

balha com sistema de franquias no mundo

todo. “Por se tratar de uma franquia, ou

seja, de uma proposta que já traz consigo

uma marca e um sistema comprovados,

a probabilidade de sucesso acaba sendo

multiplicada”, garante Luciana.

Malhação rápida

Em relação aos programas, a Curves

oferece um sistema de circuito de exer-

cícios. Em apenas 30 minutos, é realiza-

da uma série completa de fortalecimento

muscular e o treinamento cardiovascular.

Ou seja, a aluna da Curves faz o equiva-

lente a uma hora e meia de exercícios em

uma academia tradicional, só que em a-

penas 30 minutos.

“Ao trabalhar com um público exclu-

sivo podemos prestar um melhor serviço,

pois sabemos exatamente quais são suas

necessidades. Consequentemente, a fide-

lização é muito maior. No caso da Curves, a

segmentação atinge um público que nunca

teve a oportunidade de participar de uma

academia de ginástica, pois não tinha a

motivação necessária por achar que não se

‘encaixava’ no ambiente. Esse público es-

tava em casa, sentado no sofá assistindo

televisão. Ainda temos muitas pessoas que

precisam ser ‘resgatadas’ do sofá, cuidar

mais da saúde e fazer novas amizades”,

acrescenta.

Nesse sentido, a rede também está

engajada em projetos voltados para a pro-

moção da saúde. Neste ano, a Curves lan-

çou mundialmente uma grande campanha

para conscientização do público feminino

sobre a necessidade da prática da atividade

física para prevenção de algumas doenças.

O objetivo é fazer com que um milhão de

mulheres, em todo o mundo, que hoje são

sedentárias, passem a praticar atividades

físicas regularmente. “A Curves está in-

centivando as alunas a serem totalmente

ativas nesta campanha, convidando uma

amiga para caminhar, ensinando uma re-

ceita saudável, levando-a até uma aca-

demia etc. Se cada aluna conseguir cons-

cientizar apenas uma pessoa, em um ano

conseguiremos fortalecer mais de quatro

milhões de mulheres – no mundo, a Curves

Page 32: Ed06_NovDez10

32 | Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10

tem quatro milhões de alunas. Na ver-

dade, acreditamos muito na especificidade

do negócio para uma melhor qualidade no

atendimento. Cada vez mais, as pessoas

buscam atendimento e serviços direciona-

dos e exclusivos. E com as mulheres, isso

não é diferente”, explica.

Atenção aos pequenos

Outro público que vem se benefici-

ando com o crescimento da segmentação

é o infantil. Prova disso é o crescimento

da rede de academias MY GYM Latin Ame-

rica, que iniciou suas operações no Brasil

em março de 2009. A My Gym criou suas

duas primeiras academias em 1983, nas

cidades de Santa Mônica e Van Nuys, na

Califórnia, Estados Unidos. Os fundadores

William Sherman e Yacov Caplin & Susi uti-

lizaram suas experiências nas áreas de es-

porte, dança, desenvolvimento na primeira

infância, cinesiologia e ginástica, desenvol-

vendo um programa em que crianças par-

ticipam ativamente de uma variedade de

atividades estruturadas para adquirir habi-

lidades sociais e autoestima. Hoje, a rede

já está presente em mais de 27 países,

com mais 250 unidades em operação.

“A My Gym se posiciona como único

centro de desenvolvimento físico, social e

mental de crianças no Brasil. Possui me-

“O desenvolvimento urbano

e todos os riscos inerentes da

vida nas grandes cidades fazem

com que os pais busquem lugares

saudáveis para o desenvolvimento

das crianças.”

Leandro Japequino,

diretor-presidente

MY GYM Latin America.

tendências

Leandro Japequino, Mymo (mascote) e Thais Japequino, diretora-executiva da marca.

Page 33: Ed06_NovDez10

tendências

Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10 | 33

todologia única, testada e aprovada em

mais de 29 países”, destaca Leandro Jape-

quino, diretor-presidente MY GYM Latin

America.

No Brasil, a rede conta com sete uni-

dades e possui mais de 500 alunos na rede.

“A My Gym por definição é uma franquia

que oferece aulas estruturadas e indivi-

dualizadas, divididas por faixas de desen-

volvimento para crianças de seis semanas

a 13 anos, além de festas de aniversário,

campings e muitas outras atividades físi-

cas infantis. Todas sempre são estimuladas

em seu limite, aula após aula, mantendo

sempre seu desenvolvimento no potencial

máximo”, acrescenta.

A maioria das atividades é inspirada

na ginástica olímpica. As aulas não ensi-

nam um esporte específico, e sim, incen-

tivam a consciência corporal. “A criança

que frequenta a My Gym pratica qualquer

outro esporte melhor, pois ela ganha se-

gurança, conhecem melhor o seu corpo e

sabem como explorá-lo. A missão da My

Gym é contribuir para que a criança tenha

um alto nível de confiança e autoestima e

se torne um adolescente seguro. As ativi-

dades beneficiam o aumento da resistência

física, equilíbrio, coordenação e habilidades

motoras que resultam na consciência cor-

poral, trabalho em equipe e habilidades es-

portivas. A My Gym não segue os padrões

das academias tradicionais, com apare-

lhos de musculação. Os monitores, treina-

dos e certificados de acordo com o método

norte-americano, são profissionais de edu-

cação física, pedagogos, fisioterapeutas e

psicólogos”, esclarece.

Segundo ele, a atividade física infan-

til é um tema muito antigo, entretanto, a

nova visão dessas atividades, com a criação

de serviços específicos, é uma novidade.

“O Brasil possui grande potencial, pois esse

tipo de negócio é uma ótima oportunidade

para os franqueados. O desenvolvimen-

to urbano e todos os riscos inerentes da

vida nas grandes cidades fazem com que

os pais busquem lugares saudáveis para o

desenvolvimento das crianças. A meta da

My Gym é ter 30 unidades nos próximos

três anos”, revela Leandro.

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Page 34: Ed06_NovDez10

Aposto muito na possibilidade de

ressignificar o papel do exercício físico

na vida das pessoas. Conheço casos

de sucesso de gente que aprendeu

a gostar da jornada, e sei como

são importantes a presença e a

sensibilidade do profissional que

as acompanha nesse processo.

34 | Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10

Por Ivan de Marco

exercício físico É

subproduto

Page 35: Ed06_NovDez10

gestão de negócios

Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10 | 35

Muita gente não gosta de se exercitar. E não é à toa! De modo simples e primi-

tivo, tudo o que acontece em nosso corpo enquanto estamos em uma corrida, uma aula de

bike indoor, uma sessão de musculação ou em outra atividade física programada, coloca

sempre nosso corpo em risco. Perturba o equilíbrio metabólico e estrutural. Cria uma sen-

sação desagradável para a maioria das pessoas.

Atualmente, necessidades básicas de segurança estão garantidas pelo teto da casa,

não precisamos fugir de predadores. Nossa alimentação está garantida pela geladeira e

despensas cheias de comida, portanto, não precisamos correr para caçar.

Outras fontes de prazer e diversão, como televisão, videogames e internet acabam

nos confinando a situações cada vez mais hipocinéticas.

O resultado é que nos acostumamos a ter prazer no sedentarismo. Quando seleciona-

mos em nossa mente atividades prazerosas que gostaríamos de realizar durante o dia, para

muitos de nós fazer exercício físico está longe do “top ten”.

A gente bem que tenta disfarçar essa realidade. Faz propaganda com gente muito bo-

nita, sarada e feliz, aumenta o volume das músicas, grita no palco, inventa nomes diferentes

para as aulas e para os aparelhos e até cria programas de treino específicos para períodos

do ano. Vendemos isso como se, para todo mundo, fazer ginástica fosse tão gostoso quanto

visitar um parque de diversões.

O fato é que não adianta “passar batom no porco” porque exercício físico implica, obri-

gatoriamente, contração e relaxamento muscular voluntários. Como reza a fisiologia, isso

é gastar energia, sair da preguiça e perturbar o equilíbrio gostoso que levamos eras para

conquistar.

Damos sentido para a vida quando fazemos muito do que gostamos, e muito pouca

gente nasce realmente programada para gostar de se exercitar. Arrisco afirmar que muita

gente vai passar pela vida inteira sem realmente desenvolver o gosto pela malhação, mes-

mo que tenha dedicado milhares de horas da vida se exercitando.

Portanto, investir tempo, recursos e energia para convencer as pessoas de que fazer

exercício é agradável não é muito diferente do que tentar fazê-las gostar de uma dolorida,

Page 36: Ed06_NovDez10

36 | Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10

mas necessária, visita ao dentista.

Aposto muito na possibilidade de

ressignificar o papel do exercício físico na

vida das pessoas. Faz anos que trabalho

ajudando pessoas a encontrar uma rela-

ção agradável com a vida ativa e saudável.

Conheço casos de sucesso de gente que

aprendeu a gostar da jornada, e sei como

são importantes a presença e a sensibi-

lidade do profissional que as acompanha

nesse processo, a fim de que essa mudan-

ça possa ocorrer.

A sugestão aqui é para repensarmos

a mensagem que, muitas vezes, envia-

mos. Desde que o mundo despertou para

a consciência da importância da atividade

física regular para a melhora e manuten-

ção da saúde, é possível que tenhamos

nos posicionado de um modo quase arro-

gante, e estejamos mais preocupados em

convencer as pessoas de que suar fazendo

exercício é gostoso do que em estar ao

lado delas validando que esse processo dá

trabalho, exige disciplina e depende de es-

forço voluntário.

Sendo mais honestos com essa men-

sagem desde o começo, podemos ajudar

mais pessoas a compreender a jornada da

vida ativa, preparar e forjar a mente de-

las para o esforço necessário, e até desen-

volver, juntamente com elas, estratégias

de aderência e de prevenção de recaídas

quando elas estiverem desmotivadas.

gestão de negócios

Page 37: Ed06_NovDez10

gestão de negócios

Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10 | 37

Reforço a importância da música

estimulante, do ambiente agradável, das

facilidades tecnológicas, do fomento ao

relacionamento e de tudo o que puder ser

aplicado para caracterizar como diversão e

entretenimento os serviços que promovem

e oferecem atividade física. A possibili-

dade de ajuste individual dessas e outras

variáveis é o nosso “core business”, e não

o exercício físico.

Selecione profissionais que, além de

um corpo saudável, sejam capazes de exi-

bir atitudes saudáveis para cativar pessoas,

usando muita empatia e inteligência inter-

pessoal. Procure treiná-los não apenas nas

qualidades técnicas e de atendimento, mas

também no exercício da sua sensibilidade e

comunicação. Lance produtos, aulas e pro-

gramas que não se preocupem apenas em

preparar o corpo das pessoas para o verão,

mas que também ajudem-nas a dar mais

sentido para a vida.

E faça tudo isso sabendo que a práti-

ca de exercícios físicos é subproduto do

seu serviço, e que, talvez, o produto prin-

cipal seja ajudar as pessoas a se divertir e

buscar sentido para a vida. Inove partindo

desse princípio.

Vamos inverter a mensagem? Em

vez de “venha suar com a gente e, quem

sabe, se divertir”, reformule para “venha

se divertir e talvez suar um pouco”.

Corra o risco de ser como aquele res-

taurante novo, com propostas diferentes

de todos os outros para um simples fei-

jão com arroz e evite lançar um prato novo

atrás do outro e quase obrigar às pessoas

a gostar deles.

Valido aqui, como desejo que seja

validado com seus clientes, que isso vai

dar trabalho. Muito trabalho!

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Ivan de Marco é graduado em Educação Físi-ca, membro do XP Group e possui 14 anos de experiência como Personal Trainer e Life Coach.

E-mail: [email protected]

Page 38: Ed06_NovDez10

Essa organização de trabalho em hierarquias,

que distribui pessoas em baias e cubículos

isolados em frente a um computador não

desaparecerá por completo, mas, aos poucos,

veremos outras opções entrando em cena.

E você precisa estar preparado.

Por Marynês Pereira38 | Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10

você está

louco??

Page 39: Ed06_NovDez10

gestão de pessoas II

O título deste artigo é o mesmo do segundo livro de Ricardo Semler, cuja leitura

recomendo, se você estiver preparado para pensar diferente, pois vejo muita gente que-

rendo mudar, mas não dá um passo sequer na direção da mudança. São pessoas que ficam

sempre reclamando dos resultados e fazendo as mesmas coisas. Entendo que seja difícil

mudar, mas é INSANO querer resultados diferentes fazendo as mesmas coisas. Essa frase

está batida, mas deveria entrar nas cabeças das pessoas que desejam, de fato, mudar re-

sultados.

Vejo muitas pessoas dando desculpas, como falta de tempo e de dinheiro. Dizem que

moram em cidades distantes, sem acesso a cursos etc. Mas hoje em dia é inadmissível esse

tipo de discurso, pois temos toda a tecnologia em nossas mãos.Toda informação disponível

na internet, além dos mais variados formatos de cursos, consultorias e palestras via web.

Percebe-se, claramente, a dificuldade de algumas pessoas em se adaptar ao novo,

deixando o velho modelo para trás.

Ricardo Semler é um empresário que ministra palestras em mais de 170 eventos

pelo mundo. É muito lembrado no meio empresarial mundial e considerado uma referência,

precursor da ideia, hoje em dia tão aclamada, de empresa progressista. Apesar disso, ele é

pouco citado como modelo inovador em gestão nos cursos de administração em nosso País.

Acredito que eu e você saibamos a razão disso. Uma pessoa assim, tão revolucionária,

vai contra os interesses de muita gente. Ele provou que esse modelo de gestão humanista

e progressista é viável, em todos os sentidos. Que é possível confiar em seus colabora-

dores e acreditar que eles farão o melhor, ou seja, que irão se comprometer e assumir a

responsabilidade pelos resultados. Claro que esse modelo de Gestão põe abaixo a TEORIA

X, que acredita que as pessoas só trabalham se forem controladas e severamente punidas,

conceito de 100 anos atrás (Fayol, Weber, Taylor).

No livro, ele conta sua trajetória e as mudanças que promoveu no relacionamento

com seus colaboradores. Criou, entre outras coisas, a quarta-feira OFF, que consiste em

um dia da semana que qualquer colaborador poderia tirar de folga para cuidar de sua vida

pessoal.

Antes que você faça a pergunta baseada nos preceitos da ERA INDUSTRIAL: “Mas

Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10 | 39

Page 40: Ed06_NovDez10

40 | Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10

gestão de pessoas IIa empresa não parou? As pessoas saíram

sem dar satisfação?”, já vou respondendo:

como o foco do negócio migrou do controle

HORA/HOMEM (ERA INDUSTRIAL) para

foco em RESULTADOS e PRODUTIVIDADE,

claro que somente os colaboradores que

estavam com o trabalho em dia saíram, de

fato, às quartas-feiras. Cada um sabia da

sua responsabilidade. Ricardo menciona no

livro que nunca teve problemas com suas

equipes, e a empresa hoje é uma das mais

rentáveis e lucrativas.

Ricardo é um precursor das empre-

sas progressistas e já pensava assim e

aplicava esse conceito em suas corpora-

ções desde 1973. Ele também não se con-

formava que seus colaboradores tivessem

de se deslocar horas no trânsito para irem

ao trabalho. Muitos trabalham em casa ou

em escritórios próximos de suas casas,

que eles fecham parcerias, usando a tec-

nologia em favor do bem-estar de seus co-

laboradores, e assim também contribuindo

para tirar veículos do congestionamento de

nossa cidade.

Portanto, o modelo de gestão atual

que conhecemos não é mais o único. Essa

organização de trabalho em hierarquias,

que distribui pessoas em baias e cubícu-

los isolados em frente a um computador,

controlando jornada de trabalho e remune-

rando por salário fixo, claro que não desa-

parecerá por completo, mas, aos poucos,

veremos outras opções entrando em cena.

E você precisa estar preparado.

Não estou falando somente da

inovação do modelo HOME OFFICE (tra-

balhar em casa), que, na realidade, muda

apenas o lugar, mas continua o mesmo

modelo de gestão com a hierarquia e com

sensível aumento das conference call (reu-

niões por telefone).

A mudança será ampla, não só com

a introdução cada vez maior da tecnolo-

gia ajudando o trabalho e o estudo, mas

também na maneira como lidamos com o

que consideramos local de trabalho e hie-

rarquias, culminando na maneira como

as pessoas serão remuneradas. Logo, ve-

remos a remuneração ser realizada por

produtividade e não mais pelo tempo ou

presença física do trabalhador. Passaremos

a dar mais importância ao conhecimento,

à estratégia e ao planejamento, e veremos

trabalhadores muito mais comprometidos

e responsáveis, pois saberão que o seu tra-

balho é fruto direto da sua competência.

Portanto, deve ter seus dias conta-

dos o modelo de trabalhador que espera o

final do mês para receber o salário, que ele

Page 41: Ed06_NovDez10

gestão de pessoas II

Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10 | 41

acha ser merecido; o trabalhador que culpa

o patrão pela falta de condições ou pelo fra-

co resultado. Será um novo momento, com

pessoas proativas, independentes e, com

certeza, mais felizes. Ninguém mais será

tratado como adolescente, e os “gritinhos

do chefe” deixarão de existir, porque ago-

ra é: VOCÊ FRENTE A FRENTE COM VOCÊ

MESMO E SEUS RESULTADOS.

Você está pensando que estou de-

lirando no MUNDO MARAVILHOSO DE UM

FUTURO DISTANTE, mas muito antes do

que você imagina estará vivendo essa

situação.

Trabalharemos por projetos, envol-

vendo várias pessoas e não departamen-

tos. E ao finalizar o projeto, começa-se

outro, talvez em outro lugar e com

outras pessoas. Apenas participa quem

tem as competências necessárias. E a res-

ponsabilidade é dessa equipe, rompendo

assim com a barreira do departamento, e,

vou mais longe, com as barreiras físicas

gerais, não só de salas, mas de países. E

aí entra a nova geração que já vem com o

DNA da tecnologia e das redes sociais. Eles

sabem trabalhar com equipes mesmo que

não conheçam as pessoas.

Portanto, os profissionais terão de

pensar sistemicamente, sendo mais em-

preendedores e inovadores do que aquele

trabalhador que fica contando as horas

para acabar o seu dia de trabalho. Terão

de ser os responsáveis pela sua carreira

e seu futuro, apresentando seus serviços,

vendendo, divulgando, cuidando da sua

reputação, pagando plano de previdência

privada, plano de saúde etc. Esse novo

modelo requer muita coragem, pois você

só abrirá mão do passado se não tiver

medo do desconhecido.

BEM-VINDO À ERA DO COMPROME-

TIMENTO!

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Marynês Pereira é Business & Career Coach pelo SBC e NeuroCoach – Siriny Pilay (Harvard)

E-mail: [email protected]

Page 42: Ed06_NovDez10

análise de gut: ler, ouvir,

analisar e decidir

Faça uma lista de ações latentes identificadas pelo grupo e

que devam receber notas de importância de acordo com a

trilogia: “Gravidade, Urgência e Tendência”.

Por Celso Cunha

42 | Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10

Page 43: Ed06_NovDez10

gestão financeira

Em nossa última coluna, discorremos sobre fluxo de caixa e citamos ainda a

análise de GUT (Grave, Urgente e Tendência) para ser discutida em uma próxima edição.

Essa hora chegou.

Controlar gastos de acordo com o fluxo de caixa para que possamos cumprir todas

as obrigações da empresa, inclusive a retirada dos sócios sem ter de recorrer a emprés-

timos. Ficou claro que devemos manter uma verba a título de reserva para investir ou

perpetuar o negócio. E essa verba deve ser aplicada em prol da melhoria das condições

de trabalho dos funcionários, atração de novos clientes ou fidelização dos “antigos”.

Mas, em vista das dificuldades, haverá sempre mais a fazer do que o montante permite.

Precisamos então priorizar. E isso é só o início da questão. O que é prioritário para uns

pode não ser para outros.

O indicado é que se faça uma enquete entre os componentes da equipe ou seus

líderes, se o grupo for bastante grande, para que então se defina o que fazer e a ordem

em que às ações serão executadas.

GUT na prática

Após construirmos um montante de valores que compõem o caixa a título de

reserva, o mesmo estará sujeito a julgamentos. Façamos uma lista de ações latentes

identificadas pelo grupo e que devam receber notas de importância de acordo com a

trilogia: “Gravidade, Urgência e Tendência”.

Uma folha pode ser distribuída entre os líderes ou toda a equipe, se preferir, na

qual solicitaremos as pontuações de 1 a 5 de acordo com o grau de importância das

mesmas. Essas possíveis ações de melhoria na estrutura física da empresa, bem como

ações de marketing ou desenvolvimento de pessoal.

É claro que um instrutor que atua na sala de musculação não está a par da goteira

no teto da piscina, ou do mau funcionamento do aparelho de ar-condicionado da sala de

avaliação física, bem como o inverso também é verdadeiro. Então caberá ao avaliador

Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10 | 43

Page 44: Ed06_NovDez10

saber pesar a importância do número de

pessoas de cada departamento que partici-

pará da enquete, a fim de que não ocor-

ram disparates, assim como: armazenar

e definir o que será prioritário e em que

ordem serão executadas as ações após a

soma das notas.

As notas para Gravidade devem da-

das em relação ao dano que poderá ocor-

rer, caso não sejam feitas às mudanças: 1

para dano mínimo e 5 para máximo.

44 | Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10

gestão financeira

As notas para Urgência devem con-

siderar o tempo que temos para dar início

às ações, e também devem ser batizadas

de 1 a 5 de acordo com o grau de neces-

sidade, sendo 5 para a mais urgente.

As notas para Tendência deverão

considerar o andamento da situação, caso

não façamos nada. Mais uma vez de 1 a 5

tentaremos prever o futuro. Se nada fizer-

mos, tenderá a retroagir, nota 1, estagnar

ou se tornar insuportável, esse último com

nota máxima 5.

Tabela ilustrativa para pontuação do GUT:

ANÁLISE DE G U T

PROBLEMAS GRAVE URGENTE TENDÊNCIA GUT

Bebedouros

Piso musculação

Piso salas de ginástica

Anilhas de musculação

Caneleiras de ginástica

Limpeza

Água da piscina

Ergometria

Steps de ginástica

Equipamentos da piscina

Aparelhos de musculação

Page 45: Ed06_NovDez10

gestão financeira

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Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10 | 45

Celso Cunha é Graduado em Administração de Empresas, Especializado em Gestão de Pes-soas, Consultor Financeiro, Empresário do setor de Fitness (Academia e Confecção). E-mail: [email protected]

As pontuações obtidas deverão ser

somadas folha a folha e o resultado encon-

trado definirá a ordem em que às ações

serão tomadas.

Não se espante se entrarem em pau-

ta ações que você não imaginava existir.

Em alguns casos os extremos são

descartados, pois devemos sempre buscar

o equilíbrio qualquer que seja o objeto em

questão. Não adianta termos uma sala de

musculação “medíocre” e uma ergometria

com esteiras comportando telas de LCD.

Ou mesmo uma bela estrutura in-

terna com todos os recursos tecnológicos

sendo usados por “profissionais” pouco ha-

bilidosos ou não capacitados para operar

tais equipamentos.

Essa análise citada aqui é um belo

exemplo de administração participativa

e as disparidades ocorrem devido à ação

democrática de escutar e avaliar o que se

captou. Ouvir outras opiniões é sempre

bom, mesmo que algumas vezes tenhamos

de descartá-las.

Bom trabalho, boa sorte e fique bem!

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atualização +

networking =

sucesso profissional

Os grandes líderes possuem uma enorme capacidade de realização

e os princípios e valores que acompanham sua trajetória são

realmente o que os impulsionam e os diferenciam como

homens de sucesso.

Por Luiz Moura

46 | Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10

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carreira II

Inicialmente, apresentaremos aspectos que fazem o profissional de Educação

Física atingir seus objetivos e orientam em como traçar esse caminho mais rápido. Esse

artigo, com certeza, vai dar uma mexida nos seus pensamentos, mostrando como chegar

na Excelência Profissional dentro da Educação Física e dar um “boom” na sua carreira.

As próximas perguntas são justamente as que irão impulsionar sua atividade profis-

sional. Gostaria que você fizesse um teste, anotando-as e respondendo-as da forma mais

sincera possível: Qual foi sua última atualização? Qual a importância de estar no meio de

profissionais da mesma área de atuação? Quanto você investe por mês em livros, cursos,

filmes, exposições, dvds e acessórios? Como você define os temas e a carga horária para

esse investimento? Acredita na realização de cursos de extensão, palestras, pós-gradua-

ção, curso de idiomas etc.? Já pensou em estudar aspectos diferentes dos apresentados

durante a sua graduação? Possui a relação de feiras e eventos ligados à gestão, marke-

ting, equipamentos e acessórios, administração de empresas e publicidade? Já leu algum

livro sobre marketing pessoal ou neurolinguística? E para não esgotarmos e confundirmos

ainda mais os caminhos a percorrer, preste bem atenção na diferença entre os homens

de sucesso e os homens que continuam tentando e insistindo na mesma forma de agir, a

qual durante anos acreditam ser a ideal, mas por meio da qual não conseguem chegar ao

topo.

Suas atitudes devem estar diretamente ligadas à sua meta. Os homens de sucesso

não buscam trabalhar em empresas durante anos, ou para alguém que os exploram e

depois os descartam. Homens de sucesso não falam muito, eles fazem acontecer. Preste

atenção no comportamento de sucesso, pois o mundo é complexo e somente os líderes

trazem clareza, acreditando sempre na real importância dos grupos e na convicção de seu

projeto.

Cabe lembrar sempre que onde existem homens de sucesso, há sempre outros ho-

mens que os auxiliaram. Daí a importância da sua rede de contatos. Certamente, essa

rede não resolverá suas questões profissionais e precisam estar associadas a sua vontade

em chegar ao topo. Agora vejam como o ilustre Michael Jordan apresenta alguns pensa-

Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10 | 47

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carreira II

48 | Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10

mentos na sua obra Nunca Deixe de Tentar,

na qual cita metas, medos, comprometi-

mento, trabalho em equipe, fundamentos

e liderança.

Sobre METAS apresenta a seguinte

frase: “um passo de cada vez. Não consigo

imaginar nenhuma outra maneira de reali-

zar algo”. Sobre MEDOS, ele diz: “o medo

é uma ilusão”. Sobre COMPROMETIMENTO:

“não existem atalhos”. Sobre TRABALHO

EM EQUIPE: “o talento ganha jogos, mas o

trabalho em equipe e inteligência vencem

campeonatos”. Sobre a importância em

termos uma base estruturada de trabalho,

cita o aspecto FUNDAMENTO: “no instante

em que você se afasta dos fundamentos,

tudo pode ir por água abaixo”. E para fi-

nalizar, sua obra apresenta o pensamento

sobre LIDERANÇA: “sem o respaldo do de-

sempenho e do trabalho duro, as palavras

não significam nada”.

Os grandes líderes possuem uma

enorme capacidade de realização e os

princípios e valores que acompanham sua

trajetória são realmente o que os impul-

sionam e os diferenciam como homens de

sucesso.

Analise os eventos e a proposta dos

palestrantes, além de sua atuação profis-

sional, e atue como um espelho, isso mes-

mo, procure saber quais os passos que ele

seguiu para atingir esse sucesso, e faça

o mesmo. O mundo atual exige que você

consiga se relacionar: mantenha contatos,

aumente sua rede diariamente e crie par-

cerias constantes. As lideranças precisam

ser compartilhadas. E você que busca uma

gestão de sucesso precisa, antes de tudo,

criar oportunidade de ser admirado por sua

inteligência em fazer novos contatos e ami-

gos, admirado por sua compreensão, ad-

mirado por elogiar sua equipe e parceiros

e, com isso, atingir um ambiente em que

todos possuam condições para, sempre

que alguém pensar em alguma atividade

profissional e buscar um parceiro otimista

e eficaz, certamente, seu nome fará parte

dessa lista.

Hoje, no mercado da Educação Física

encontramos sites, profissionais e empre-

sas que podem impulsionar sua carreira,

e precisam ser promovidos nessa matéria,

como as empresas “LA SOLUTIONSs”, “A

SUA CHAVE” e “CDOF”, que divulgam va-

gas para estágio e emprego. Encontramos

também um excelente projeto para quem

busca atualização e capacitação, como o

CEAFES (Centro de Atividade Física, En-

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carreira II

Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10 | 49

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E-mail:[email protected]

velhecimento e Saúde), FPA Cursos, RM

Cursos e os eventos promovidos pela MK-

PRO, em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Não podemos deixar de fora as empresas

Provider Solutions e Acadesytem, em São

Paulo, e como referência para quem bus-

ca qualidade no trabalho em academias,

seguem as academias IDEALE e a MOVI-

MENTE – Atividades Corporais (focada em

Treinamento Funcional), além de inúmeros

profissionais e amigos que fazem o melhor

pela profissão e buscam constantemente

apresentar soluções para o desenvolvi-

mento de sua carreira.

Certamente, o tema não se esgota

por aqui. Poderíamos escrever várias pá-

ginas, criar vários debates e conversar por

horas, isso tudo para uma busca constante

de crescimento e colocação no mercado de

trabalho. Valorize sua profissão, valorize

suas horas de estudo, valorize seus pro-

jetos, não venda sua ideia, não trabalhe

por hora/aula, que é o sistema oferecido

pelas academias, se você pode trabalhar

por conta própria, e o mais importante:

não ofereça descontos aos seus clientes,

pois isso o tornará uma mercadoria que

pode ser trocada a qualquer momento.

Conquiste seu espaço, atualize-se e faça

parcerias constantes. E como etapa final,

segue mais um pouco de estímulo nas pa-

lavras de Anthony Robbins no livro Poder

sem Limites, que apresenta os sete me-

canismos acionadores básicos, que podem

garantir também o seu sucesso: Paixão,

Crença, Estratégia, Clareza de Valores, En-

ergia, Poder de União e Domínio de Comu-

nicação.

Desejo a todos saúde, muito sucesso

nos negócios e entrem em contato sempre

que quiserem!!

Luiz Moura é Gestor de Marketing da MKPRO – São Paulo.

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50 | Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10

Nessa nova realidade, em que o capital da empresa

é o ser humano, vencerá quem tiver habilidade

para desenvolver e cultivar talentos.

capital humano

Por Luis Perdomo

a estratégia final das organizações

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gestão de pessoas III

A evolução natural da sociedade de consumo, do monopólio das matérias pri-

mas para os produtos, desses para serviços e a informação, e, finalmente, para a era do

conhecimento, abre caminho para uma nova e fascinante função social do indivíduo: “O

trabalhador do conhecimento”.

O surgimento dessa nova “classe profissional”, com características e atributos dife-

rentes do trabalhador industrial ou de serviços, impõe uma revisão das estratégias de

gestão em todas as empresas e organizações.

Por trabalhador de serviços entendemos aquele que “serve” ou “disponibiliza um

serviço mais ou menos especializado”, como o pintor de casas, encanador, mecânico, gar-

çons e tantos outros.

Não se envolve, geralmente, na análise e solução de problemas, mas sim na aplica-

ção de técnicas ou tecnologias já conhecidas.

Difere do especialista da indústria por não atuar dentro de um “sistema” ou “línea

de produção” maior com a qual ele contribui com sua especialização.

Já para o trabalhador do conhecimento só fazem sentido o trabalho em equipe, a

coordenação e o autogerenciamento como novo paradigma.

Seu papel é encontrar soluções mais eficientes, econômicas e adequadas para as

demandas dos clientes internos ou externos da organização.

A constante evolução das capacidades hoje em dia (e ainda mais no futuro), sim-

plesmente não permite concentrar as especializações ou conhecimentos necessários para

a organização em unidades menores do que equipes.

O talento individual ainda prevalece, mas somente no momento em que é agregado

às “forças-tarefa” para solução de problemas mais complexos é que demonstra seu valor

para as empresas.

O catálogo de habilidades dentro das organizações permite a mobilização para tare-

fas específicas, ou projetos, de equipes recrutadas em vários antigos “departamentos”.

Pesquisar e lançar novos produtos e serviços, ou até mesmo simples aperfeiçoamen-

tos de serviços, é mais rápido ou eficaz quando se recrutam os melhores em cada ativi-

Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10 | 51

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52 | Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10

gestão de pessoas III

dade: pesquisar, analisar, definir novas ne-

cessidades e formas de atender o cliente, e

muitas outras.

As perguntas do líder neste novo

contexto são: o que estamos fazendo real-

mente agrega valor para o cliente? Em que

direção devemos dirigir o esforço dos co-

laboradores para obter o máximo beneficio

das equipes?

Devemos deixar de fazer algo que es-

tamos fazendo atualmente? Quais produ-

tos, serviços ou atributos são valorizados

hoje e que não serão mais amanhã?

Treinar ou não as pessoas deixou de

ser uma opção estratégica, já que o risco

de treinar alguém e perdê-lo é infinita-

mente menor do que manter colaborado-

res destreinados ou ineficientes.

Somente as pessoas são capazes de

desenvolver o que chamamos de “com-

petências centrais”, como explica C. K. Pra-

halad.

Políticas de fidelização são mais im-

portantes para os colaboradores, que são

o verdadeiro capital da empresa, do que a

compra de sistemas de gestão que se tor-

Page 53: Ed06_NovDez10

gestão de pessoas III

nam obsoletos logo após a sua implanta-

ção.

A capacidade de alavancar ou criar

valor percebido pelos clientes se desloca

rapidamente da tecnologia e poder finan-

ceiro para as pessoas.

As ameaças às empresas são hoje

mais difusas, mas têm um padrão identi-

ficável: é a inovação ou novas formas de

fazer e pensar que representam as princi-

pais ameaças para organizações já esta-

belecidas.

Vantagens competitivas baseadas

em tecnologias (que podem ser rapida-

mente copiadas) duram cada vez menos,

e, poucas vezes, trazem retorno real em

comparação com a verdadeira inovação,

que só é possível com os trabalhadores do

conhecimento.

Nessa nova realidade, em que o ca-

pital da empresa é o ser humano, vencerá

quem tiver habilidade para desenvolver e

cultivar talentos.

Formar a cada momento equipes

multidisciplinares com objetivos específi-

cos, realinhando sempre suas missões de

equipe com a missão da organização, é um

diferencial competitivo verdadeiro.

Ainda precisamos de líderes visio-

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Gestão Fitness - edição n• 06 - Nov/Dez 10 | 53

Luis Perdomo é Administrador de Empresas, Palestrante e Especialista em Estratégia, Marketing e Vendas. É criador do Acade System.

nários, capazes de galvanizar ideias e

crenças na organização, pois somente eles

podem se adiantar no quantum temporal

das novas tendências.

Mas a forma de executar a missão,

fruto dessa visão, se desloca rapidamente

do “sistema ou processo” para a gestão de

equipes e pessoas.

Se você quiser saber mais sobre esse

assunto, recomendo a leitura de A Socie-

dade funcional, de Peter Drucker, e A Nova

Economia e A riqueza na Base da Pirâmide,

de C. K. Prahalad.

Até a próxima reflexão!

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Page 54: Ed06_NovDez10

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