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EDIÇÃO 10 · ANO IV · ABRIL DE 2017

EDIÇÃO 10 · ANO IV · ABRIL DE 2017 - acibr.org.br · Hoje contamos com 22 e o princípio é que, mesmo sendo concorrentes tem problemas comuns e os caminhos para buscar as soluções

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EDIÇÃO 10 · ANO IV · ABRIL DE 2017

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2 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017

NÚCLEOS E NOVOS ASSOCIADOS

Novos Associados

Coordenadores deNúcleos Setoriais

• Alpha Monitoramento• Aroma do Café• Bravacinas Clínica Vacinação• Capacita Brusque• Carolitas Café• CDM Máquinas e Equipamentos• Chemizz Camisaria• Classificados Meu Balcão• Copacabana Ind. e Com.• Estilo Equipamentos Escritório• Fenix Impressão• Fiel Limpeza• Gerar - Geração de Emprego, Renda e Apoio ao Desenvolvimento Regional• Goulart Produções e Eventos• Marcin Seguros• Ntools Informática• Prollar Serviços Especializados• RipRipi• Splendore• Supermercado Mix• Tecelagem Oliveira• Theichmann Pães e Doces• TIE Tecnologia Informação Empresarial

PANIFICADORAS E CONFEITARIAS FERNANDO ZENPanificadora Zen

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃOLUCIANO QUINTINOUniver Soluções

MULHERES EMPRESÁRIASROSANGELA ANDRADEAndrade Eventos e Consultoria

MOVELEIROSDANIEL DOS SANTOSKaza Móveis

METALMECÂNICAADALBERTO SPECK DIASPerfil Máquinas e Equipamentos

GESTÃO AMBIENTALVALTER FLORIANICaçamba Cidade Limpa

FABRICANTES DE TOALHASARTUR EDUARDO MARCHILufamar Tecidos

LABORATÓRIOS DE ANÁLISES CLÍNICASWERNER GUSTAVO VIEIRA WILLRICHLaboratório TWA – Verner Willrich

JOVENS EMPREENDEDORES – ACIBr JOVEMEDUARDO JONAS IMHOFEduardo Imhof Corretor de Imóveis

INSTITUIÇÕES EDUCACIONAIS DE BRUSQUEMAICON RODRIGO MORESCOColégio Amplo

EMPRESÁRIOS DE BOTUVERÁEDUARDO BARNIMineração Rio do Ouro

EMPRESARIAL DE GUABIRUBALUANA SCHUMACHER VAZGuabifios Produtos Texteis

ESCOLAS DE IDIOMASKARINA RISTOW KOHLERLink Language School

ACADEMIAS DE BRUSQUEJOÃO HEITOR DEBRASSI BENVENUTIExtremme Academia

COMÉRCIO EXTERIORLUCIANE KORMANNBorgWarner PDS Brasil

CORRETORES E IMOBILIÁRIAS DE BRUSQUEHORST HEINIGEscritório Imobiliário Heinig

CONSTRUTORASVALTER ORLANDIKRCON Empreendimentos

EMPRESAS CONTÁBEIS DE BRUSQUE E REGIÃOANDRÉ RAMOS KLABUNDESupervisão Serviços Contábeis

FARMÁCIAS E DROGARIASCLAUDETE WILLRICH SANI Farmácia Lindóia

CORRETORES DE SEGUROSGLODOALDO PINHEIROErpa Seguros

GASTRONOMIAJONATHAN ANTONY CASAGRANDECasa Grill Restaurante

TURISMOROSELAINE ERTHALRose Cia de Viagens

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3REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017

EDITORIAL

REVISTA DA ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE BRUSQUE

EXPEDIENTE

Impressão: Gráfica Mercúrio

A ACIBr utiliza material reciclado em sua embalagem de jornal

Conselho Editorial: Valzete Walendowsky, Janice Kunitz,

Cândido Horácio Godoy e Aliomar Luciano dos Santos.

Textos e fotos: Ideia Comunicação Corporativa - Jornalistas

Responsáveis: Carina Machado, Guédria B. Motta, e Taiana Eberle

Planejamento Gráfico e diagramação: Diego Bernardi

Veiculação Trimestral: 1.200 Exemplares

HALISSON HABITZREUTERPresidente

Depois de um ano que deixou muita gente de cabelo em pé, finalmente boas notícias: as previsões para 2017 são otimistas. Pelo menos é o que indicam especialistas de Federações Empresariais, da Indústria, do Comércio e de Serviços em nosso país.

Análises indicam que o cenário econômico negativo de 2016 – com queda de 3,2% no Produto Interno Bruto (PIB), inflação de 6,8%, retração de 6,0% nas vendas do varejo, perda de 3% do PIB Industrial e mais de 12 milhões de desempregados – ficará para trás. As projeções para este ano são positivas e inspiram confiança.

Além disso, está previsto também saldo comercial favorável, forte ingresso de capitais via investimentos diretos e financeiros, resgate da inclinação ao investimento por parte de empresários nacionais e estrangeiros e recuperação do consumo ao longo do ano. Esse processo deve dar início à retomada do emprego e redução das taxas de desemprego.

Essas mudanças positivas já começaram a se apresentar ainda em 2016, com as reduções da pressão inflacionária e da desconfiança, por causa da mudança de governo. Com empresários e consumidores mais confiantes, o ambiente político mais consistente, as medidas necessárias para o crescimento são tomadas mais facilmente.

A crise de confiança é um dos fatores mais relevantes para a explicação da crise econômica que o país atravessa atualmente. A incerteza é a base da desconfiança, e a confiança é a base do capitalismo. Funciona mais ou menos assim: quando a confiança do consumidor está em baixa, ele não compra. Consequentemente o mercado esfria. Sem confiança nas perspectivas do mercado o empresário não investe. Mais do que isso, ele deixa de empregar. Com menos emprego, o trabalhador consome menos, a economia desacelera ainda mais, e o empresário investe e emprega sempre menos. À medida que essa situação se repete exponencialmente dentro de uma economia, as consequências são a crise e a estagnação que o brasileiro atualmente conhece muito bem.

Obviamente que a confiança não foi o único elemento a desempenhar um papel importante na crise que o país atravessa. A situação decorre de uma série de erros técnicos das últimas equipes econômicas. O nosso modelo de desenvolvimento dos últimos 15 anos

baseou-se somente em consumo e ele se esgotou. Faltou investimento. O investimento deve acompanhar o desenvolvimento, e o setor público deve dar espaço a quem investe.

Mas temos esperança que as coisas vão melhorar.Uma parcela importante da recessão interna e da paralisação do mercado advém das incertezas resultantes da crise política. Por isso, com a perspectiva das recentes definições no quadro político, a tendência é de melhora do panorama para este ano. Alguns elementos sustentam o otimismo, entre os quais: uma melhoria em curso dos índices de confiança; uma queda observável, embora muito lenta, na inflação; uma provável recuperação do PIB; expectativas de redução dos juros; e a retomada da atividade econômica, graças a um aumento no consumo das famílias.

A tendência de melhora é muito clara. E não é mais para 2018. Pode ser já no segundo semestre de 2017. Estamos contando com uma contenção de gastos do governo e uma redução de juros, com consequente retirada de dinheiro do mercado financeiro, para injeção no comércio. Os índices indicam que tanto os consumidores quanto os empresários estão aumentando as expectativas otimistas. Isso nos garantirá um ano difícil, porém melhor. Mais confiança significa uma perspectiva de aumento de compras e, consequentemente, de investimentos, com reaquecimento da economia.

Nossa aposta neste momento é no empreendedorismo e no associativismo. Os empreendedores geram tecnologia, criam incubadoras, promovem cursos, lançam novos produtos, têm foco na eficiência, geram empregos e renda e, consequentemente, o desenvolvimento econômico do município. Estamos percebendo que o associativismo e a troca de informações que ele promove deixa o conjunto mais forte e atuante.

Estamos trabalhando para ampliar o número de núcleos setoriais. Hoje contamos com 22 e o princípio é que, mesmo sendo concorrentes tem problemas comuns e os caminhos para buscar as soluções podem ser encontrados em conjunto pelos empresários de cada setor.

Mesmo com um cenário econômico que anseia por reformas urgentes e importantes, acreditamos que este ano será melhor que 2016.

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4 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017

ÍNDICE

GRÁFICA MERCÚRIO

Calendário de Atividades 6

Entrevista Especial: "A Indústria 4.0 já é uma realidade" 8

Julho: o mês do doce sabor da tradição alemã 12

Entrevista: ACIBr projeta ações para ter um 2017 produtivo 14

Núcleo de Corretores e Imobiliárias - Reivindicações ao prefeito 18

Empresa Destaque: A arte de resolver problemas 19

12ª Convenção das Soluções Empresariais da FACISC 20

Diretor ACIBr: Ademir José Pereira 21

Empresa Destaque: O cardápio italiano do Restaurante do Nido 22

ACIBr apresenta Escola de Negócios para a FACISC 24

2º Ciclo de Palestras do Núcleo de Metalmecânica 26

Empresa Destaque: O doce sabor de empreender 27

ACIBr recebe certificação do Movimento Nacional ODS, Nós Podemos Santa Catarina 28

Feira Multissetorial Núcleos e Associados ACIBr 30

ACIBr marca presença em reunião plenária da FACISC 32

E-commerce: um novo negócio 34

Protesto Expresso 36

Empresa Destaque: Mergulhar na nova vida 37

Hiper: a Startup que cresceu 85% no ano passado 38

Artigo Comunicação 39

Mais eficiência na abertura de empresas 40

Programa “Observador Mirim” vai atender duas mil crianças 41

Polícia Militar recebe novo efetivo 42

ACIBr participa de Momento Técnico do CEAB 43

“A Reforma do Ensino Médio: desafios e perspectivas” 44

Brusque vai sediar nova Escola de Soldados 46

ACIBr e CDL solicitam criação de um Fundo para a Polícia Civil 47

Profissionais de educação física participam de Curso de Hidroginástica 48

Escritório Regional da Jucesc oferece novos serviços 49

Núcleo Empresas Contábeis 50

Artigo Núcleo Instituições Educacionais 51

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6 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017

Início Reuniões Diretoria 06/02Início Reuniões Núcleos Setoriais 06/02Palestra filantrópica em benefício APAE Primeiro semestreCampanha Eu Ajudo na Lata(Arrecadação Lacres) Fevereiro à dezembroReunião Conselho Deliberativo - Palestra: Entendendo as consequências da evolução tecnológica 20/03Reunião Itinerante Diretoria/Botuverá 27/03Dia D – Campanha Vacinação Gripe H1N1 AbrilSeminário EMPRETEC - Sebrae / ACIBr 24 à 29/Abril2º Feirão de Imóveis – Núcleo Construtoras 07, 08 e 09/04Almoço de Ideias– FIESC/SENAI – Jeferson de Oliveira Gomes 04/05Campanha Mania de Ler – ACIBr/CDL/SESC (Doação de Livros) Maio à agostoDIA D – EcoPonto – Núcleo Gestão Ambiental 11/051ª Multifair – Feira Multissetorial dos Núcleos ACIBr 25, 26, 27 E 28/05Reunião Itinerante Diretoria/Guabiruba 29/05Reunião Plenária FACISC Regional Vale do Itajaí Junho/julhoSessão de Negócios – Sebrae/ACIBr 19/06Reunião Conselho de Núcleos Setoriais 21/06IV Festival Nacional da Cuca– Núcleo Panificadoras/Confeitarias 08 E 09/07Doação Cobertores Campanha Agasalho -ACIBr/CDL/SINDILOJAS 10/075º Fórum de RH 18/0719º Jantar Dia do Panificador – Núcleo Panificadoras/Confeitarias 29/07Feirão do Imposto – Núcleo ACIBr Jovem Julho2º Festival Gastronômico TEMPERÔ – Núcleo Gastronomia 05/07 à 09/08Assembleia Geral Eleitoral: Diretoria Gestão 2017/2019e Conselhos Deliberativo e Fiscal Triênio 2017/2020 Julho/agosto

Almoço Ideias 10/08Dia D – EcoPonto – Núcleo Gestão Ambiental 10/08Reunião Conselho Deliberativo 25/09Seminário EMPRETEC –Sebrae/ ACIBr OutubroMissa em Ação de Graças 83 anos fundação ACIBr 01/10Aniversário 83 anos fundação ACIBr – Distribuição bolo aos associados e visitantes 02/10Jantar Festivo 83 anos / Solenidade Posse Diretoria / Conselhos / Coordenadores NúcleosACIBr 09/10

Missa em Ação de Graças Dia Mundial do Pão – Núcleo Panificadoras/Confeitarias 15/10Reunião Itinerante Diretoria/Guabiruba 23/10Dia D – EcoPonto – Núcleo Gestão Ambiental 09/11Reunião Itinerante Diretoria/Botuverá 13/11Happy Hour Novos Associados 22/11Última Reunião Diretoria 27/11Reunião Conselho de Núcleos Setoriais 30/11Reunião Conselho Deliberativo 04/12Confraternização Diretoria e Colaboradores 06/12

Calendário de atividades

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8 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017

ESPECIAL ENTREVISTA

cada nova tecnologia que surge, o mundo dá mais um passo no intuito de aliar seus equipamentos, produtos e serviços às novas facilidades. Esta constante evolução, tornou muitos processos extintos, deu velocidade a outros, e transformou a forma como as indústrias atuam. Além disso, as novas tecnologias também foram responsáveis

por grandes mudanças na forma com que as pessoas se relacionam, se comunicam entre si, debatem e expõem suas opiniões.

Eis que chegamos a um momento que não só as pessoas utilizam tecnologias para se comunicar, mas as próprias máquinas estão fazendo isso. Aquilo que víamos em filmes, 15, 20 anos atrás, está acontecendo agora, trazendo novos conceitos e mudando a forma com que as indústrias vinham trabalhando há anos. É a chamada Indústria 4.0, a quarta revolução industrial, que já é uma realidade no mundo inteiro, segundo o diretor regional do Senai de Santa Catarina e professor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Jefferson de Oliveira Gomes.

Revista ACIBr: O que é a Indústria 4.0 e no que ela consiste?Professor Jefferson: Internet Industrial, Manufatura Avançada,

Indústria 4.0 são termos que definem um fenômeno que ocorre em todo o planeta, com reflexos na economia e no comportamento humano. Esse fenômeno está baseado na hiperconectividade, avanço do big data (volume de dados) e de sistemas de sensoriamento, inteligência artificial e customização em massa. Os termos podemos dizer que são uma questão de branding, a forma como os países querem vender. Quando você vende Indústria 4.0, vende uma alcunha da Alemanha. Logo você relaciona com produtos, com fábricas altamente tecnológicas e, consequentemente, marcas alemãs são lembradas. Se você fala Internet Industrial das coisas, é uma alcunha já americana, a necessidade de conectar produtos e coisas, por si só, faz com que isso seja aplicado no chão de fábrica. É uma derivação do que já temos, equipamentos que já existem, e que se pode acoplar tecnologia, conectando-os. Tudo isso está embarcado numa mesma lógica do que a gente já experimenta no nosso dia a dia. Você usa um smartphone, trabalha com aplicativos para fazer várias coisas. Antigamente você usava um telefone celular para se comunicar e falar com alguém. Hoje você usa para verificar o trânsito, para trocar informações e fotos com os seus próximos, para jogar, enfim, você tem uma miríade de ações nesse computador de bordo, que tem 500 vezes mais tecnologias de processamento de dados, do que a nave que pousou na lua. Se estamos em uma época como essa, tão fácil para nós, imagine que essa facilidade de precificação de sensores, de digitalização, eletrônica, internet, big data, essa quantidade

de tecnologias está disponível também para o chão de fábrica e isso vai alterar necessariamente a forma de se fabricar coisas. É a isso que se dá a alcunha de Indústria 4.0, porque é a quarta revolução industrial. A primeira revolução foi a relacionada à máquina a vapor; a segunda à eletricidade; a terceira foi relativa à eletrônica, robótica e tecnologia de dados; e a quarta é essa ligada à conexão de tudo.

RA: O entendimento de muitas pessoas, é de que a Indústria 4.0 é algo que está por vir, mas como o senhor mesmo frisou, já é uma realidade no mundo inteiro, inclusive no Brasil. Quais são os impactos disso?

Prof. Jefferson: É normal pensar que a indústria vai modificar ao longo do tempo. Hoje temos aproximadamente três bilhões e meio de pessoas trabalhando na face da Terra com algum tipo de carteira

“A Indústria 4.0 já é uma realidade”

Diretor do Senai de Santa Catarina e professor do ITA, Jefferson de Oliveira Gomes, fala sobre a chamada quarta revolução industrial

Segundo o professor Jefferson Gomes, a Indústria 4.0 já chegou e muitas mudanças já começam a ser sentidas

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FOTO EDSON JUNKES

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9REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017

ESPECIAL ENTREVISTA

assinada. Dessas pessoas, um bilhão, já estão em profissões que não existiam antes de 2011. E o melhor de tudo é que a expectativa do Fórum Econômico Mundial é que em sete anos, 65% das profissões que serão ofertadas, serão novas, ou seja, não existem hoje. Não estamos falando de futuro, estamos falando de um presente imenso. E esse presente tem consequências. Como temos sistemas robotizados de informações, quando você vê um Netflix, um YouTube, quando você procura coisas, esses canais já lhe dão os seus gostos. Esse mecanismo de inteligência artificial têm trazido a concepção da informação selecionada. Em termos práticos: se você gostou de um tipo de filme, ele vai mostrar o mesmo tipo de filme; se você gostou de um mesmo tipo de vídeo no YouTube, ele vai continuar trazendo opções semelhantes para você escolher. Se você gosta de uma aptidão política, você vai receber coisas sobre aquilo. O que os especialistas têm dito inclusive é que esse processo faz com que a gente esteja mais próximo dos nossos pares, e cada vez mais distante dos nossos diferentes. Mas isso é filosofia. Em termos de indústria, ora, eu não conheço nenhuma que ainda liga para uma empresa de caminhões para chamar o caminhão para buscar a sua carga. Não conheço nenhuma indústria de alimentos de Santa Catarina, que não sabe exatamente em que lugar está o caminhão que está transportando milho para as granjas. Tem uma sequência de coisas que a gente nem percebe. As máquinas de usinagem, de fabricação, são incorporadas com computadores que são extremamente eficazes e eficientes. O problema é que a gente tem algumas consequências com tamanha avalanche tecnológica disponível hoje no nosso dia a dia. Eu sinto essas consequências, porque olho para o meu celular e penso: ‘como é que eu posso saber tão pouco sobre o que está aí dentro e uso tanto’. Temos tantos recursos hoje disponíveis nos equipamentos, nas indústrias, porém, aquelas pessoas que estão utilizando esses equipamentos não estão formadas para as opções existentes. Você está formado para utilizar um smartphone? Não, você comprou e foi usando. A mesma coisa é quando se compra uma máquina, existe um treinamento de duas semanas, mas não se explora a potencialidade existente. E isso é o que está fazendo a diferença entre as Nações na questão de produtividade. Nações têm investido fortemente na necessidade tecnológica e no uso daquela tecnologia. Em termos práticos podemos dizer que em vez de falar de quando o futuro vai chegar, o fato é que já chegou.

RA: O senhor falou de sistemas robotizados, robôs autônomos, que estão sendo utilizados nesses novos processos. No Brasil isso ainda não acontece, por quê?

Prof. Jefferson: Em vários países é comum a utilização de robôs autônomos. Diferentemente dos robôs convencionais, que fazem aquelas operações que o ser humano comanda, que é o tipo que todo

mundo mais conhece, embora aqui no Brasil sejam pouco utilizados perto de outros países, já é comum o uso de robôs que tomam decisões. O uso de robôs autônomos tem sido crescente no planeta, a diferença é que a nossa legislação não permite o uso deles. É possível nos EUA, na Alemanha, na Coréia, na China, mas aqui não é permitido por causa da segurança. Todo mundo está fazendo isso lá fora com bastante propriedade e nós temos ainda uma lei muito travada nessas questões

de utilização.

RA: Quais são as consequências da Indústria 4.0, dessa velocidade tecnológica que vai

impulsionar novas carreiras e mudar a forma de atuação das indústrias?

Prof. Jefferson: Eu sempre falo que temos quatro pilares para explicar as consequências da Indústria 4.0. Todos têm igual importância nesse

contexto. O primeiro deles: temos um conjunto de tecnologias pilares que estão muito baratas hoje

em dia. Digitalização, inteligência artificial, sensores, construção de máquinas, big data, acesso à internet.

Essas tecnologias estão num limiar de precificação tão baixo, que é possível montar soluções. Se você tem seis ou sete soluções, comece a misturá-las e você terá soluções novas. Depois, faça isso com distintos setores: terá mais soluções ainda. Comece agora, dentro dos setores, têxtil, alimentar, etc, a misturar para distintos departamentos da empresa, ou seja, a quantidade de opções tecnológicas para novos produtos é imensa. Então essa será uma consequência, aliás, já é uma consequência em um curto espaço de tempo, basta olhar a quantidade de produtos sendo lançados e que você nem imaginava que surgiriam.

A segunda consequência diz respeito ao desenvolvimento de novos produtos, o surgimento de novas empresas. Para se ter ideia, 60% das novas empresas de base tecnológica do Brasil, surgiram nos últimos três anos. Ou seja, a quantidade de novos produtos que está sendo desenvolvida com empresas pelo mundo afora, é enorme. Estive em um encontro, este ano, em Berlim, de startups, que são idealizadores e

Jefferson de Oliveira Gomes

É Diretor Regional do Senai de Santa Catarina, engenheiro

e professor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica

– ITA

A primeira revolução foi a relacionada à máquina a vapor; a segunda à eletricidade;

a terceira foi relativa à eletrônica, robótica e tecnologia de dados; e a quarta é essa ligada à

conexão de tudo

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10 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017

ESPECIAL ENTREVISTA

inovadores que desenvolvem com três ou quatro pessoas uma empresa para lançamento de produtos. Tinham aproximadamente 200 candidatos tentando o investimento de empresas lá na Alemanha. Nesse evento, havia cinco empresas brasileiras e a que ganhou foi uma de Chapecó. A empresa é de uma menina e de um menino que desenvolveram um sensor para monitorar a qualidade do transporte da carga de carne. Esse desenvolvimento deles não saiu por U$ 30, ou seja, a quantidade de tecnologias baratas que existe, faz com que haja uma consequência dinâmica na formação de empresas. Então essa ordem natural que se vê de grande e sólidas empresas, ou elas se tornarão mais sólidas porque vão perceber que vale a pena o desenvolvimento com essas pequenas empresas, ou vão ter problemas. Esse surgimento de novas cadeias de processos e fornecimento será importante.

O terceiro ponto que vamos observar em um curto espaço de tempo, tem questões ligadas à utilização de robôs, questões ligadas à ética, e os produtos que podem ser desenvolvidos agora sem ter problemas com as leis. Enfim, vamos observar mudanças de atitude em relação às regulações e legislações. Por exemplo: home office. Não faz mais sentido, em muitas profissões, com esses sistemas existentes, você ter a pessoa trabalhando na empresa. O grande problema é como você mede se essa pessoa está trabalhando. Pode-se combinar que isso se meça por entregas. Porém, o ajuste de expectativas do que o empregador e o que o empregado podem esperar de entregas é diferente. Com esse processo de desenvolvimento de inteligência artificial, lá nos EUA eu visitei um local em que utilizava mecanismos para medir essa produtividade. Mas isso pode ter implicações diretas sobre as questões de regulações, legislações e comportamentos.

O último pilar, mas não menos importante é: e as pessoas, estão preparadas para isso tudo? Um terço das profissões já existentes hoje no planeta não existiam antes de 2011, 65% das profissões daqui sete anos ainda nem existem. Diante disso, posso afirmar com muita tranquilidade: nenhuma educação está preparada para atender as crianças hoje, porque não sabemos que profissional vamos formar. Essa ideia de formar do jeito que estamos fazendo, nos resulta em altíssima evasão, mais de 40% da evasão dos jovens é porque não tem significado. A educação mudou o seu sentido, ela precisa ter significado. Em termos práticos: a gente perde contingente não porque eles não são bons em matemática e português, mas porque simplesmente optamos por ensinar naquele modelo do século 19. Isso não é mais atrativo tendo todas essas informações à mão. Se formos pegar todos os nossos dados de educação, aumentamos drasticamente a quantidade de anos dos nossos alunos, mas não conseguimos transformar isso em produtividade para um país, em aumento de PIB. Se começarmos a modelar a educação baseada em significados e também dando acesso à experimentação, essa coisa de construir coletivo, muitas escolas estão fazendo isso pelo mundo afora. O Senai acabou de lançar um modelo em que permite que o aluno consiga tomar seus próprios caminhos no Ensino Médio. Esse mundo novo precisa formar as pessoas com essas tecnologias abundantes, mas dentro de significados.

Hoje na indústria de Santa Catarina temos 800 mil trabalhadores. Precisamos pensar no jovem e formá-lo para um futuro que nós não sabemos bem quais são as profissões, mas sabemos quais são as bases tecnológicas para aquelas profissões. É muito simples entender que qualquer profissão nova o cidadão vai estar em contato permanente com

programação, com sensoriamento, com inteligência artificial, enfim, sabemos quais são tecnologias básicas estarão naquela vida. Além disso, é importante frisar que 70% das novas profissões que estão sendo concebidas, estão nos escritórios.

RA: E como ficam os profissionais que já estão formados e atuam no mercado de trabalho?

Prof. Jefferson: Hoje temos na indústria de Santa Catarina 800 mil trabalhadores, em quatro anos, metade terá mais que 45 anos de idade. Temos uma geração de pessoas muito experientes, mas com péssimo conhecimento em termos de conectividade, de digitalização, de tudo o que falei anteriormente. Precisamos reformar, não tem jeito. O modelo de ensino para um jovem de 45 anos de idade é completamente distinto do modelo para um jovem de 16, 17 anos. Já não é a mesma sala de aula para o jovem, quem dirá para o mais experiente. Então, se você usa o smartphone para tanta coisa, você poderia utilizá-lo para fazer várias outras coisas desde que elas tivessem significado. Este modelo de ensino para reformar pessoas também está sendo trabalhado e vai ser uma função da Indústria 4.0. E daí, um calcanhar de Aquiles danado que temos, é o que várias nações já perceberam e estão trabalhando fortemente para isso: é esse descompasso de gênero, que é muito alto nas nossas indústrias. Infelizmente ainda temos no Brasil muito a questão do machismo. A menina pode gostar de matemática, mas dificilmente ela vai derivar para uma linha tecnológica porque está dentro do aspecto da sociedade, do microcosmo que ela vive. Não só em casa, mas dentro da escola tudo isso já é muito comum.

Os EUA começaram a desenvolver várias movimentações para isso e na Europa também. Nos EUA tem um programa chamado women in computer science, exclusivo de mulheres na ciência da computação e bingo: o resultado é muito maior, melhor, porque as mulheres são mais concentradas. Não estou dizendo que um gênero é melhor que o outro. Precisa haver uma mixagem, quando eu falo isso não estou falando de inclusão social, estou falando de posicionamento econômico. Todos os países que são grandes hoje têm trabalhado fortemente na mixagem de gênero. O fato é que mixar percepções distintas, isso passa diretamente pela mixagem de gêneros. Se eu tiver só 10 homens trabalhando no desenvolvimento de produtos, as percepções em função da questão cultural serão altamente baseadas em concepções de um gênero. Então essa indústria nova, com tudo tão barato, vai necessitar disso. E pra finalizar essa questão eu posso dizer que a empresa que ganhou o prêmio de startup tem como presidente uma mulher, uma jovem.

Não estamos falando de futuro, estamos falando de um presente imenso. E esse

presente tem consequências

O diretor regional do Senai de Santa Catarina ressalta a importância da área de educação aliada a significados, dentro do modelo Indústria 4.0

FOTO EDSON JUNKES

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11REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017

ASSUNTO

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12 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017

Saiba maisO Núcleo de Panificadoras e Confeitarias de Brusque e Região, criado em 1993, foi um dos pioneiros na ACIBr. Tem como objetivo impulsionar o crescimento das empresas nucleadas, através da implantação de melhorias de processo e gestão, ampliando o mercado. O grande desafio do Núcleo tem sido discutir problemas comuns e buscar soluções conjuntas para gerar ganhos de qualidade, produtividade e competividade, visando fortalecer as empresas na área administrativa, de produção e comercial para produzir alimentos de excelência que atendam as exigências da clientela.

Em seu planejamento estratégico, o Núcleo programa eventos como reuniões mensais, visitas técnicas, missões empresariais para conhecer feiras e eventos do setor, palestras e cursos. Promove anualmente o Jantar Festivo em comemoração ao Dia do Panificador, celebrado em 8 de julho, e também Missa em Ação de Graças no Dia Mundial do Pão, no dia 16 de outubro. O Festival Nacional da Cuca é outro importante evento do Núcleo, que cada vez mais promove e fortalece as empresas que o integram, e também divulga as delícias produzidas na região.

CULINÁRIA

os dias 8 e 9 de julho o Pavilhão da Fenarreco, em Brusque, irá reunir, pelo quarto ano consecutivo amantes dos mais variados tipos de cucas do Brasil, com a realização de mais uma edição do Festival Nacional da Cuca. Promovido pelo Núcleo

de Panificadoras e Confeitarias da Associação Empresarial de Brusque (ACIBr) em parceria com a Prefeitura de Brusque, para este ano as expectativas da organização do evento são de que um maior número de pessoas possa prestigiar o Festival, já consagrado no município e na região, e que cada vez mais mantém as tradições culinárias germânicas ao mesmo tempo em que inova em receitas e sabores.

ProgramaçãoEm 2017, novamente o Festival irá oferecer ao público as

opções de Café Colonial, Combo (cuca+café) e o Mercado da Cuca, com a venda de cucas tradicionais e gourmets de doze panificadoras integrantes do Núcleo. Além disso, o 4º Festival Nacional da Cuca também terá o tradicional Concurso da Cuca Nota 10 do Brasil, onde os competidores irão preparar as receitas ao vivo, que posteriormente serão avaliadas por um júri. As cucas

Julho: o mês do doce sabor da tradição alemã

4º Festival Nacional da Cuca, realizado pelo Núcleo de Panificadoras e Confeitarias da ACIBr acontece dias 8 e 9 de julho e mais uma vez deverá reunir amantes e apreciadores de cucas de todo o país

Evento já consagrado no município, visa manter as tradições culinárias germânicas, ao mesmo tempo em que inova em receitas e sabores

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CULINÁRIA

Esperamos que o público e as famílias prestigiem, mais uma vez, esse evento

delicioso, que já se consolidou no calendário da cidade

Fernando Zen, coordenador do Núcleo Panificadoras e Confeitarias da ACIBr

Conheça as panificadoras Integrantes do Núcleo da ACIBr e que participaram do 3º Festival Nacional da Cuca:

-Ristow

-Sassipan

-Zen

-Carolina Josefina

-Limoeiro

-Panissa

-Sodepan

-Danine

-Moriá

- Guabiruba

- Panificadora Ventura

- Sol Panificadora e Confeitaria

que ficarem em primeiro, segundo e terceiro lugar receberão premiações em dinheiro, e as inscrições e regulamentação do concurso deverão ser divulgadas no mês de abril, mais próximo à data do evento.

Além disso, para este ano também está prevista a feira de equipamentos e produtos para os interessados no segmento gastronômico, bem como oficinas especiais de culinária. “Em 2016 tivemos a parceria com o Sesc, que realizou as Oficinas de Cuca para as crianças, o que foi um sucesso. Nesta edição queremos fazer não só para os pequenos, mas também para os idosos. Estamos elaborando isso ainda, para realizar da melhor forma, mas temos certeza que será mais uma atração especial do evento”, comenta o coordenador do Núcleo da ACIBr, Fernando Zen. Demais parcerias também estão sendo fechadas com

Em 2017, novamente o Festival irá oferecer ao público as opções de Café Colonial, Combo (cuca+café) e o Mercado da Cuca, com a venda de cucas tradicionais e gourmets de doze panificadoras integrantes do Núcleo

empresas da região, para garantir a qualidade e as atrações do evento.

Outra novidade que está sendo pensada pela organização do Festival é uma parceria com o Núcleo de Tecnologia da Informação da ACIBr, para que sejam desenvolvidos métodos que possam contabilizar o número de público e contribuir para a melhoria do evento. “Cada vez mais queremos nos organizar para oferecer da melhor forma o Festival da Cuca. Esperamos que o público e as famílias prestigiem, mais uma vez, esse evento delicioso, que já se consolidou no calendário da cidade”, completa Zen.

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ENTREVISTA

erminamos 2016 deixando para trás um cenário caótico no que diz respeito à crise política e econômica do Brasil. A troca de comando no governo federal, os escândalos a cada nova fase da Operação Lava Jato e todos os esquemas de corrupção, levaram o país a um momento negro de sua

história. Por outro lado, foi também um ano de disputas eleitorais nos 5.568 municípios brasileiros. Milhares de eleitores exerceram seu direito ao voto e fizeram suas escolhas. A aposta agora, é que os prefeitos, vices e vereadores que assumiram o Executivo e Legislativo, façam uma boa gestão para que toda a população possa ganhar.

Na contramão de notícias nem tanto positivas, vimos a Associação Empresarial de Brusque buscando soluções para auxiliar seus associados a passarem por esse momento de crise. Tanto que a entidade encerrou o ano de 2016 com um balanço positivo de atividades: 211 ações no total, que contaram com a participação de 8.332 pessoas. Eventos promovidos pela ACIBr e seus 22 núcleos

setoriais, como cursos (17), palestras (50), visitas técnicas (23) e eventos diversos com o objetivo constante de levar conhecimento, promover troca de ideias, novos modelos de negócio e experiências aos associados. O trabalho continua neste ano, em que a entidade levantará novamente bandeiras importantes para os municípios em que atua.

Confira a entrevista com o presidente da entidade, Halisson Habitzreuter:

Revista ACIBr: Quais são os principais projetos da Associação Empresarial neste ano de 2017?

Halisson Habitzreuter: O que temos de ações já estabelecidas são os nossos Almoços de Ideias, o jantar de posse da nova diretoria que será escolhida no mês de julho, o já tradicional Festival da Cuca, como também o Temperô – Festival Gastronômico, o Feirão de Imóveis, esses últimos três eventos realizados através dos nossos

ACIBr projeta ações para ter um 2017 produtivo

Presidente Halisson Habitzreuter traça um panorama dos projetos e bandeiras da entidade para este ano

Halisson Habitzreuter ressalta o constante trabalho da entidade na busca de parcerias e ações em benefício de desenvolvimento dos seus associados

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15REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017

ENTREVISTA

núcleos setoriais e que vamos dar continuidade, pois comprovaram seu sucesso em 2016. Estamos fazendo também através do Núcleo de Mulheres Empresárias, a Multifair, uma feira multissetorial, que vai envolver todos os nossos núcleos e associados, e que será um evento de grande porte e muito importante para nossa cidade e para a entidade também. Um diferencial da Associação Empresarial, que gostamos sempre de frisar, é que nós costumamos dar continuidade as ações que foram sucesso nas gestões anteriores. Isso demonstra uma grande evolução da entidade.

A associação também está trabalhando forte em cima da Escola de Negócios, acreditamos muito nesse projeto. Hoje estamos com 19 cursos e o objetivo é ampliar cada vez mais. O diferencial é que apesar de serem cursos à distância, são de grande qualidade e com um custo baixíssimo, além de proporcionar para o empresário uma ferramenta de avaliação dos seus colaboradores. É um grande instrumento, levamos esse case à Facisc e gostaríamos que isso fosse implantado de forma estadual pelas ACIs. Acreditamos que a Escola de Negócios vai colaborar com os empresários na questão de qualificação e, consequentemente, no aumento da produtividade e desempenho do próprio empreendedor e dos seus colaboradores. Lembrando que tudo isso é extensivo aos empresários e aos seus colaboradores das empresas associadas à ACIBr.

RA: A ACIBr conta com uma gama de serviços e produtos à disposição de seus associados. Quais os planos de ampliação?

Habitzreuter: Neste ano queremos aumentar a gama de serviços que a associação disponibiliza aos associados. Finalizamos os convênios no mês de fevereiro e já estão à disposição das empresas. Um deles é o convênio com a Neoway, um serviço onde as empresas podem prospectar os seus potenciais clientes conforme desejam, através de pesquisas. É um serviço que usa de inteligência artificial, big data, em que a pesquisa é segmentada e filtra as informações, considerando 34 milhões de empresas, 194 milhões de indivíduos, seus ativos, processos judiciais, entre outras informações importantes. Conseguimos uma parceria com a Neoway, onde o nosso associado pagará pela consulta que realizar, sem mensalidade. Fechamos também um convênio com a Data Center, que atua na área da telemetria de negócios, em que é possível medir sua produtividade. Outro convênio que estabelecemos foi com o Hospital Azambuja, onde nossos associados terão descontos consideráveis na questão de exames e atendimentos, sendo extensivo aos colaboradores das empresas associadas. Temos os serviços já conveniados com a Facisc, os nossos, e agora estamos ampliando essa gama. Esse é um dos objetivos de 2017: quando encontrarmos bons serviços para nossos associados, a ACIBr tem intenção de fazer esses convênios para trazer produtos a um custo menor. Mas sempre lembrando que a entidade faz esse tipo de convênio com produtos exclusivos, porque não podemos dar preferência a um associado em detrimento de outro.

Temos como projeto também o calendário de viagens, junto com a Fundação Empreender, onde a ACIBr auxilia os associados a visitarem feiras, congressos, visitas técnicas, não só no estado,

mas também em todo país e no exterior. Queremos auxiliar nossos associados a conhecerem novos mercados, fazerem essas visitas que muitas vezes abrem pensamentos e ideias, principalmente nosso grande público, levando em conta que a maioria dos nossos associados, 80%, são pequenas e médias empresas e para eles é uma grande oportunidade.

RA: Quais serão as principais bandeiras e pleitos da entidade neste ano?

Habitzreuter: Continuaremos trabalhando na questão da segurança pública, porque embora tenhamos recebido 16 novos policiais militares, sempre há aqueles que irão se aposentar, tirar licença, pedir transferência. Enfim, vamos trabalhar nesse pleito, pois entendemos que é uma bandeira constante. Onde não há segurança pública, não há desenvolvimento econômico, acreditamos realmente nisso.

Outra bandeira da entidade é no acompanhamento e fiscalização de obras importantes para a nossa região, como a duplicação da rodovia Antônio Heil (SC-486). Inclusive mantemos conversas com a ACI de Itajaí, e estamos ambas as entidades fiscalizando essa obra, pois se houver alguma parada ou problema, vamos atuar em conjunto. Da mesma forma a Barragem de Botuverá, nós queremos que essa obra aconteça, então estamos pressionando os órgãos públicos e Itajaí também está nos dando suporte nisso. São duas obras que são benéficas para nossas cidades e acreditamos que o nosso futuro está voltado para a região de Itajaí e litoral. Tanto é que a própria administração municipal está tentando se desvincular da AMMVI (Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí) para se associar à AMFRI (Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí), com acertada visão de que Brusque vai crescer para aquele lado. Tanto no que diz respeito à questão industrial e econômica, quanto turística, que é voltada para o litoral, Itajaí e Balneário Camboriú. Foi nessa gestão que criamos o Núcleo de Turismo da ACIBr e pretendemos dar total apoio, pois é um segmento da economia que pode florescer muito em nossa cidade, temos muito a evoluir. O próprio Convention Bureau que temos aqui é muito frágil e pequeno, então temos que desenvolver ele e acreditamos que o caminho seja através da associação, que é um local onde se encontram as três cidades Brusque, Botuverá e Guabiruba, e quando falamos em turismo agregamos ainda a cidade de Nova Trento. Precisamos vender a região, ajustar os calendários dessas cidades para não haver conflitos de datas e eventos, para que haja um trabalho em conjunto e que dali ocorra o fortalecimento do Convention. Essas são bandeiras perenes.

Outra preocupação nossa é com relação ao projeto e implantação do tratamento do esgoto doméstico na nossa cidade. Acreditamos que nesse período agora será falado muito nessa questão e a Associação Empresarial vai querer participar dessa discussão com o intuito de acompanhar e fiscalizar, para que não ocorra nenhum problema. Sabemos que ali serão valores expressivos, o transtorno será muito grande, e se for feito uma coisa errada, a população e todo comércio vão sentir muito. Não queremos dar margem a erros, então vamos

Temos que cuidar do nosso país para que possamos deixar um lugar melhor para os

nossos filhos, não só na questão de segurança, mas em tudo, como sociedade

Vamos ser parceiros nas boas práticas, mas não vamos nos furtar de fiscalizar e apontar o

dedo quando preciso

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ENTREVISTA

fiscalizar e trabalhar no que for possível. A primeira lei que criou o Samae tinha um conselho consultivo, do qual a Associação Empresarial e outras entidades faziam parte. Em meados do ano 2.000 houve uma alteração nessa lei e o conselho foi extinto. Nós gostaríamos que esse conselho fosse novamente instituído e faremos esse pedido à administração municipal, pois entendemos que é muito importante participarmos. A troca de pessoas nas gestões acontece, e entendemos que a participação das entidades no acompanhamento dos projetos e obras de extrema relevância.

RA: Em 2016 já foram iniciadas algumas conversas sobre a instalação da Praça do Empreendedor no município. Esse será um dos projetos da entidade neste ano?

Habitzreuter: Sim, vamos trabalhar em cima da implantação da Praça do Empreendedor, que é uma determinação do governo estadual. Já estamos em conversas com a prefeitura e também com a CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), pois pretendemos, ambas as entidades, assumirmos a administração dessa praça, para manter a eficiência. Não podemos sofrer ingerências em virtude do prefeito x ou y, e que haja descontinuidade do serviço. Então acreditamos que isso possa ser feito com a gerência das entidades, até pelo exemplo de Blumenau, onde a Praça do Empreendedor fica instalada dentro de um shopping. Acreditamos que possa ser implantado este modelo aqui e com isso obtermos bastante sucesso. Ainda estamos conversando sobre o local para esta implantação. Da mesma forma estamos conversando internamente para termos um diálogo constante com a administração municipal. Pretendemos colaborar no que for possível, para termos melhorias no nosso município com relação à classe empresarial e abertura de empresas, impostos, enfim, uma maior transparência da gestão. Queremos fazer essas reivindicações à prefeitura de Brusque com o objetivo comum de termos serviços melhores. Da mesma forma faremos com a Câmara de Vereadores. Mas não é porque trabalharemos dessa forma que vamos nos furtar de fiscalizar quando necessário. Vamos ser parceiros nas boas práticas, mas não vamos nos furtar de fiscalizar e apontar o dedo quando preciso. Vamos conversar e trabalhar para conseguir o melhor para Brusque. Temos que torcer para a administração pública ter sucesso, porque com isso o município todo ganha. Se eles tiverem fracasso, o município todo se prejudica. Está se batendo muito na tecla de que a gestão política antiga está falida e que é preciso criar uma nova. E qual é essa nova forma? Acho que essa ideia da parceria público-privada é muito importante na questão da eficiência, porque o governo para de fazer burrada e de pensar o município de quatro em quatro anos, sem dar continuidade a ações que deram certo. Por outro lado, entendo que o povo, a classe empresarial como um todo, precisa participar mais da política. Vemos que nos países mais desenvolvidos como os EUA e os europeus, a população se envolve mais com política e esse envolvimento faz com que haja esse ganho em eficiência, em transparência. Esse que é o novo modelo de gestão. A gente acredita nisso e que a população toda, classe empresarial, se envolva mais.

RA: Quais são as perspectivas da entidade com relação à economia do país?

Habitzreuter: Já sabíamos que o final de 2016 e o início de 2017 seriam tumultuados. No nosso último Almoço de Ideias o palestrante nos alertou que o pior já havia passado e que a tendência era melhorar. Estamos sentindo essa melhora gradativa, porém, ela está acontecendo de forma muito lenta. A recessão veio muito rápido e a recuperação está demorando. A própria alta do dólar incentivou bastante nossa indústria local, mas até que isso gire e as indústrias se preparem para atender a demanda, principalmente na nossa região que tem a indústria têxtil muito forte, isso demora um tempo. E temos que considerar ainda o reflexo que isso tem lá na ponta, no final da cadeia produtiva, que é o comércio, que demora mais ainda para se recuperar, já que o poder de compra de grande parte da população ficou limitado. Tudo isso aliado ao medo, que faz com que a pessoa deixe de gastar, de investir. O fantasma da crise faz isso e precisamos ter a retomada da confiança também. Eu acredito que, olhando para a classe empresarial, essas medidas que o governo Temer está querendo tomar, como as Reformas da Previdência, Tributária, isso realmente acontecendo, será importante, são medidas necessárias. O povo vai sentir, principalmente a reforma da Previdência. Será um remédio amargo, mas o Brasil precisa disso para voltar a crescer. Precisamos das reformas para resolvermos a questão de déficit do país, que gasta mais do que arrecada.

No lado empresarial, em termos de competitividade mundial, estamos muito atrás por conta da alta carga tributária e da questão trabalhista, que é muito arcaica. Nossa CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) foi criada em 1945, hoje nossa realidade não é mais aquela, não existe mais aquele tipo de empresa, e o colaborador também por si só, é uma pessoa muito mais qualificada e inteligente. Nossa realidade, o custo país, a insegurança jurídica é muito grande e precisamos resolver isso através das reformas trabalhista e tributária, para podermos ter mais competitividade e isso não se aplica apenas às empresas que exportam. Quando se fala em competitividade é justamente para as empresas que produzem aqui, vendem dentro do Brasil, mas que estão competindo com uma empresa que produz fora e está vendendo aqui. Se ela não tiver condições de competir, nunca vai chegar no preço e na qualidade igual. Então precisamos melhorar isso.

E a reforma política também, penso que é algo muito importante, pelo fato da situação em que o país enfrenta. A crise que estamos passando é uma crise política que refletiu para a parte econômica e não podemos passar por isso novamente. Precisamos dessa reforma política para organizar nosso próprio sistema. Não temos como nos auto organizar, auto gerir, da forma como está. Eu acredito, sou um entusiasta, que deveríamos rever nosso próprio sistema de governo como um todo. Em vez de ser tão centralizado em Brasília o governo deveria pensar numa reforma federativa que concedesse mais poderes para os estados e municípios, isso significa deixar dinheiro, não é levar e trazer, é deixar de levar. Acredito que dessa forma poderíamos dar grandes passos na questão da segurança, saúde e educação, tendo essa autonomia legislativa em alguns setores e autonomia financeira. O Brasil tem muita coisa para fazer, vemos boa vontade do governo federal, e esperamos que ele consiga. Não é porque é o Michel Temer, ou o PMDB, é porque precisamos disso realmente. No governo passado não havia o mínimo interesse, mas precisamos que algo seja feito, e esperamos isso do atual governo. Queremos que aconteça, somos brasileiros, vamos ficar aqui, não existe essa possibilidade de morar no exterior. Temos que cuidar do nosso país para que possamos deixar um lugar melhor para os nossos filhos, não só na questão de segurança, mas em tudo, como sociedade. É unânime o discurso em todos os locais e entidades que vamos, é isso que o país clama e esperamos isso dos nossos dirigentes.

Temos que torcer para a administração pública ter sucesso, porque com isso o município todo

ganha. Se eles tiverem fracasso, o município todo se prejudica

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NÚCLEO DE CORRETORES E IMOBILIÁRIAS

a manhã do dia 13 de março, o prefeito de Brusque, Jonas Oscar Paegle, participou de um encontro do Núcleo de Corretores e Imobiliárias da Associação Empresarial de Brusque (ACIBr). Na oportunidade foram apresentados alguns pedidos que se transformaram em ofícios,

protocolados dia 23 de março, na Prefeitura e na Câmara Municipal.“O prefeito ouviu nossas reivindicações e sugeriu que fosse

apresentado este documento ao poder público. Já nos adiantou, inclusive, que tem possibilidade de atender alguns pedidos. Nós entendemos que, quando trabalhamos juntos, a sociedade ganha”, afirma o coordenador do Núcleo de Corretores e Imobiliárias, Horst Heinig, que também é delegado do Creci e secretário do Conselho Estadual de Núcleos de Imobiliárias de Santa Catarina (Cenisc).

Segundo ele, a principal reivindicação é sobre a demora da emissão da guia do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI). Em alguns protocolos entregues pela prefeitura o prazo chega a ser até de 30 dias. No ofício encaminhado, o Núcleo solicita que esta emissão seja imediata ou aconteça, no máximo, em 48 horas. “Existem negociações que só se concretizam após a liberação da escritura e, com essa demora, o comprador pode desistir do negócio”, observa Heinig.

Outro pedido é para que o Núcleo de Corretores e Imobiliárias de Brusque possa integrar a equipe da prefeitura responsável pela avaliação de imóveis. Quando se paga o IPTU, por exemplo, é possível encontrar certas discrepâncias de avaliação: alguns imóveis extrapolam o valor, enquanto outros pagam abaixo do que é justo. “O corretor faz um curso de avaliação de imóveis, trabalha na área, tem esta experiência de mercado. Por essa razão, é capaz de avaliar corretamente”, ressalta Heinig. Hoje, a estimativa é de que 30 escrituras tramitem por dia no setor responsável da prefeitura.

O guichê exclusivo para atendimento de corretores e imobiliárias também foi pauta do encontro. Segundo o coordenador do Núcleo, o benefício foi conquistado em gestões anteriores, mas se desvirtuou do objetivo inicial, passando a atender também engenheiros, arquitetos e demais profissionais não autorizados. “Nós usamos muito este serviço e não podemos passar uma tarde inteira esperando para pagar uma consulta de viabilidade. Por isso mesmo conseguimos o guichê em gestões anteriores, que agora também é usado por outras pessoas.

Nossa reivindicação é que seja exigido o Creci, que é a identidade do corretor de imóveis”, salienta.

Mais reivindicaçõesAinda sobre o ITBI, o Núcleo de Corretores e Imobiliárias

de Brusque solicita que o valor seja revisto pela prefeitura. Hoje o pagamento está fixado em 2% e o pedido é que baixe para 1,5%. Atualmente, em uma compra de imóvel de R$ 300 mil, por exemplo, só o ITBI custará R$ 6 mil. Com a escritura, o valor pode chegar a R$ 10 mil, o que é um montante considerável para quem está comprando um imóvel.

Da mesma forma, representando as incorporadoras, é solicitada a isenção do IPTU. Hoje, quando o loteamento é integralizado, o incorporador tem a isenção do IPTU nos dois primeiros anos e paga 50% no terceiro ano. Os loteadores alegam, no entanto, que o negócio costuma demorar bem mais para se vender e, às vezes, chega à marca de cinco anos para total conclusão.

“Estamos nesta mudança de governo, desta vez legitimado pelo voto, e nós precisamos trabalhar para que se melhorem as condições do corretor de seguros e das imobiliárias da cidade”, completa Heinig.

Reivindicações ao prefeitoDepois de encontro com chefe do Executivo, foi protocolado ofício na Prefeitura e Câmara de Vereadores

No dia 13 de março, os membros do Núcleo de Corretores e Imobiliárias da Associação Empresarial de Brusque (ACIBr) participaram de uma reunião com o prefeito de Brusque, Jonas Oscar Paegle

O coordenador do Núcleo de Corretores e Imobiliárias, Horst Heinig, diz que uma das principais reivindicações é que a emissão da guia do ITBI seja imediata

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19REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017

EMPRESA DESTAQUE

um grupo de amigos despretensioso. Formado, na maioria, por pessoas atuantes na área da saúde. Juntos, eles compartilham jantares, férias, viagens. Compartilham também do mesmo foco: a criatividade e uma certa tendência a resolver necessidades e demandas que aparecem no mundo, o tempo inteiro. Adalberto

Luiz Comin e Valdir Rosa Correia integram este grupo e, há cerca de sete anos, decidiram colocar algumas destas ideias em prática e começaram a empreender.

“Passamos a fazer pesquisas de desenvolvimento na área da saúde. Envolvemos também um terceiro sócio, Jonata Apolinário, que é engenheiro elétrico e trouxe este conhecimento da parte técnica. Neste momento estamos nos adequando às exigências da Anvisa e a expectativa é que três produtos possam ser lançados ainda este ano no mercado, para o consumidor final”, afirma o sócio da empresa, Adalberto Luiz Comin.

Segundo ele, a principal inspiração para o negócio veio da própria mudança de paradigma que já está ocorrendo no mundo: soluções físicas para tratamentos de doenças. “A indústria farmacêutica está sendo questionada, porque qualquer substância que entra no corpo traz consequências. Já a medicina com princípios físicos não é invasiva”, explica Comin.

Um dos aparelhos desenvolvidos pela empresa utiliza luz de Led para o tratamento de dores e cicatrização. Não é tão simples quanto parece: segredos como frequência e outros dispositivos são resultados de quase seis anos de pesquisa nas áreas de química, física e engenharia elétrica.

Tratamentos para Alzheimer, estimulação do cérebro para o aprendizado, insônia, enxaqueca e ansiedade são algumas aplicações de outro produto desenvolvido pela New Tech Life. “Duas destas abordagens já foram liberadas pela Anvisa no Brasil. Nós estamos estudando muito, lendo todos os tipos de artigos

publicados sobre o assunto no mundo”, enfatiza o empreendedor. “Também temos um aparelho para coluna. Como passamos muito tempo em pé ou sentados, as vértebras se comprimem. Isso provoca inflamação e dor. Cerca de 70% das pessoas reclamam de dor nas costas. Com o nosso aparelho, três minutos de exercício diário são suficientes para a dor ir embora”, salienta.

Automação IndustrialHá quase três anos, Comin, Correia e Apolinário se deram

conta de que era possível desenvolver outras competências dentro da empresa. E só então foi formalizada a New Tech Life.

“Nosso objetivo inicial era fazer os aparelhos médicos. Mas, pela capacidade da equipe em resolver problemas, surgiu a área de automação”, conta o sócio cotista, Valdir Rosa Correia.

O primeiro cliente veio por indicação. Era uma grande empresa farmacêutica de manipulação com sede em Florianópolis. O desafio era criar uma encapsuladora de óleo para cápsulas médicas e o projeto levou um ano e meio para ser finalizado. Com sucesso, claro.

“Nossa proposta é trabalhar caso à caso. Não se reproduz nada. A automação então se tornou um ramo de negócio da empresa quando percebemos a carência do mercado local e regional. Desde então também atendemos a indústria”, relata Comin.

Hoje, a New Tech Life é integradora da Yaskawa (maior fabricante de robôs do mundo) e da SMC. Isso significa que, quando alguma empresa decidir implementar um robô com estas tecnologias na região, a New Tech Life será indicada para integralizar este processo.

“O Censo de 2015 constatou que são 10 braços robóticos para cada 10 mil trabalhadores no Brasil. Na Europa esse número chega a 140. No Japão, 170. Nos Estados Unidos, 145. Então tem muito espaço para crescer”, observa Comin.

A arte de resolver problemasConheça os gestores inventivos da New Tech Life

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Os empreendedores da New Tech Life:

Valdir Rosa Correia e Adalberto Luiz Comin

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20 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017

CAPACITAÇÃO

os dias 15, 16 e 17 de março, foi realizada em Florianópolis a 12ª Convenção das Soluções Empresariais da FACISC – Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina, que reuniu representantes das entidades de todo o Estado. Na oportunidade a Associação Empresarial

de Brusque (ACIBr) esteve presente no evento, representada por Sônia Regina Fumagalli, do departamento Comercial, e por Valeska Rescaroli, do setor de Marketing da instituição.

Ao longo do encontro, ambas conferiram o lançamento de novas Soluções; o novo plano de marketing para as Soluções Empresariais; a nova roupagem da rede Util Card e Util Mais; a nova parceria da FACISC com o Cartório de Protesto; e as palestras nas áreas de Gestão, Negócios e Marketing (chamadas ‘trilhas’); entre outras ações.

O presidente da FACISC, Ernesto Reck, participou do evento e destacou a importância das Soluções Empresariais na oportunidade. “É extremamente importante fidelizarmos nossos associados, principalmente nesse momento de turbulência econômica. Eles precisam perceber que farão a diferença com os produtos das

Soluções. Precisamos nos reinventar e compartilhar as experiências e a Convenção é um momento certo já que reúne os integrantes do sistema vindos de todo o estado”, declarou.

PalestrasNo primeiro dia do evento, o público conferiu importantes

palestras, como a ministrada por Patrik Castilho da Clint Solutions, sobre como as empresas e organizações estão preparadas para o novo perfil dos consumidores e o setor digital. Outra importante capacitação foi sobre estratégias de Marketing Digital, como a criação dos personas e influenciadores digitais, tema apresentado pelo content writer da Clint Solutions, Roberson Pinheiro.

Já no segundo dia, 16 de março, a 12ª Convenção das Soluções Empresariais da FACISC teve como atrações outras duas palestras: ‘Você tem preço ou valor’, com a jornalista Laine Valgas e o educador físico Affonso Kulevicz; e ‘Inovação e Criatividade – Fora da Caixa, dentro da caixa’, com o jornalista e comunicador Marco Piangers.

No dia 17 de março, foram apresentadas aos participantes da Convenção ações da Fundação Empreender, do Programa de Gestão

12ª Convenção das Soluções Empresariais da FACISCEvento reuniu as associações empresariais de todo o Estado ao longo de três dias de capacitação

A 12ª Convenção das Soluções Empresariais da FACISC reuniu representantes das Associações Empresariais de todo o Estado

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21REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017

A assessora Administrativa da ACII- Itajaí, Marilene Bernardi Batistoti Pezzini, com Valeska Rescarolli e Sônia Fumagali, da ACIBr

CAPACITAÇÃO

DIRETOR ACIBR

e Vivência Empresarial (PGVE), que desenvolve o gerenciamento das Associações Empresariais do Estado, para alavancar os resultados dos negócios e o associativismo. Novidades de soluções como o Certificado Digital, SCPC/Boa Vista, e Printe – Programa de Proteção Intelectual da FACISC, também foram apresentadas na oportunidade.

AvaliaçãoA colaborada da ACIBr, Sônia Regina Fumagalli participou

pela sétima vez da Convenção e acredita que em todas as edições do evento foi possível aprender e levar aos empresários de Brusque e região soluções que possam contribuir para otimizar os processos operacionais nas empresas. Em relação à edição de 2017 ela considerou toda a programação com um rico conteúdo, que será passado para as empresas associadas à ACIBr, a partir de agora. “Esta 12ª Convenção superou as expectativas. Além do conteúdo das palestras, que ajudaram a reciclar as novas formas de apresentar a venda de produtos, os profissionais comerciais das associações que integram a Federação tiveram a oportunidade de trocar ideias, sanar dúvidas e buscar mais treinamento para oferecer às empresas, o que foi muito válido”, destacou a comercial da ACIBr.

Da mesma forma, Valeska Rescarolli, do setor de Marketing da entidade acredita que participar da Convenção foi uma oportunidade de trocar informações e experiências com outras ACIs, ter uma noção da realidade das outras cidades, bem como aumentar a rede de contatos. “Também pudemos conhecer melhor as soluções que são

ocê sabia que todos os diretores da Associação Empresarial de Brusque (ACIBr), além das próprias demandas da entidade, também estão envolvidos em Conselhos Públicos do município? A partir desta edição você vai ler na Revista da ACIBr um pouco deste trabalho

que os empresários de Brusque prestam, gratuitamente, à comunidade de Brusque, Guabiruba e Botuverá.

Ademir José Pereira é diretor para Assuntos de Comércio e Turismo dentro da ACIBr. Na entidade ele segue as diretrizes pontuadas pelo presidente, Halisson Habitzreuter. Também acompanha ativamente as reuniões nas noites de segunda-feira e auxilia na resolução das demandas e problemas apresentadas.

Dentro dos Conselhos vinculados à prefeitura, Ademir participa do Conselho Gestor do Fundo de Habitação e Interesse Social, Conselho de Turismo e Conselho de Saneamento Básico. Este último o empresário ocupa a cadeira de suplente.

“Este ano, infelizmente, o trabalho dos Conselhos ainda não começou em função da nova administração. Sabemos que eles estão mapeando as ações desenvolvidas e, em breve, devem convocar todos os conselheiros e nos informar como o trabalho vai funcionar. A ACIBr é uma entidade representativa dos empresários e o nosso papel, enquanto conselheiro, é defender o interesse das empresas,

Ademir José PereiraRepresentante da ACIBr nos Conselhos do Fundo de Habitação e Interesse Social, Turismo e Saneamento Básico

porque nos Conselhos são resolvidas muitas matérias que temos que estar por dentro e dar o nosso parecer, favorável ou não. Não podemos deixar as coisas acontecerem simplesmente por acontecer”.

VO diretor da ACIBr, Ademir José Pereira, representa a entidade em Conselhos Municipais

oferecidas aos associados, sem contar na parte de Comunicação, que trouxe importantes contribuições, já que a Federação está investindo em novas técnicas e ferramentas, como a ‘inbound marketing’, que trabalha com o chamado marketing de conteúdo para melhorar processos dentro das ACIs, tanto na parte interna como externas”, ressaltou Valeska.

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22 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017

EMPRESA DESTAQUE

ão é apenas pela polenta com galinha e pelo macarrão caseiro. Essa descendência italiana transcende o cardápio e se fortifica no atendimento. Afinal de contas, italiano que se preza fala alto, gesticula, está sempre preocupado em receber bem, em oferecer mesa farta.

E esse espírito está presente no Restaurante do Nido que, desde março de 2014, tem nova sede, na rodovia que liga os municípios de Brusque e Botuverá.

A vocação para o negócio, no entanto, começou com o pai de Nido, seu Leomar, há mais de 30 anos. Foi ele quem deixou a região de Ourinhos, interior de Botuverá e trouxe a esposa e seus sete filhos para o Centro do município, com o desafio de administrar o restaurante de Zenor Sgrott. “Minha mãe era trabalhadeira e todos nós, filhos, passamos a ajudá-la. A dona Neném, esposa do seu Zenor, também nos orientou. Foram 10 anos cuidando do restaurante e da lanchonete da família. Depois meu pai ainda gerenciou um segundo estabelecimento, até abrir seu próprio restaurante, com um mercadinho ao lado. Isso aconteceu no início da década de 1990”, conta Nido.

Naquela época, o movimento de clientes já era intenso, especialmente pela exploração do calcário. E, quem precisava vir ao Centro, passava o dia inteiro no local, pela limitação de horários do transporte coletivo.

E foi a convite novamente de Zenor Sgrott que Nido passou a administrar uma associação com campo de futebol suíço. Ali servia lanches, churrasco e abria para almoço aos domingos. Foi assim por cerca de cinco anos, até receber uma proposta semelhante da Sociedade União, em 1999. Desde então, ele passou a atender também festas particulares, jantar de formatura e casamentos. “A pessoa escolhia o cardápio e a gente elaborava. Era comida caseira. Assim começou o Restaurante do Nido. Em 2004 Botuverá recebeu o Odonto Sesc, um ônibus que prestou atendimento odontológico por quase cinco meses na cidade. Eram 14 pessoas que precisavam de almoço. Comecei a fazer marmita. Depois, abri o restaurante durante a semana. Todo dia vinha uma, duas, três pessoas a mais. O ônibus do Sesc foi embora e eu continuei o trabalho, agora com clientela”, recorda Nido.

O envolvimento da famíliaA esposa de Nido, Josiane Gianesini Leoni, começou a se

aperfeiçoar em alimentação. Muito do que sabe também aprendeu com dona Neném. “Quando tinha 20 anos fiz meu primeiro casamento, para umas 50 pessoas. A dona Neném estava junto. Foi ela quem me incentivou a continuar, disse que eu não iria mais me perder”, conta Josiane, que já ajudava o marido na época da lanchonete, quando eram apenas namorados.

Foi por volta de 2008 que o casal teve uma ideia. Guabiruba já era famosa por seu marreco recheado com repolho roxo, prato típico alemão. Então eles decidiram honrar seus ancestrais com o que sabiam fazer de melhor: polenta com galinha, prato típico italiano. Mas, só isso não era o suficiente. E assim surgiu a chapa com fogão à lenha e o uso das panelas de barro, sucesso absoluto do negócio!

“Meu pai sempre dizia que o que manda muito é a família da gente. Minha mulher sempre trabalhou certinho e a minha filha vem no mesmo caminho. É preciso ter amor por aquilo que se faz e o fundamental é atender bem o cliente. Para mim, cliente tem sempre razão e gosto de ouvir o que eles tem a dizer”, ensina Nido.

Esta vocação em acolher bem talvez explique o sucesso do local. A família até investe recursos em um pouco de mídia, mas quem chega ao local, todos os dias, veio quase sempre motivado pela propaganda do boca a boca.

Hoje a filha do casal, Josiele, que estuda Processos Gerenciais, é responsável pela administração do negócio. Josiane cuida da cozinha e Nido serve as mesas.

ReconhecimentoNo primeiro domingo de atendimento em 2017, 250 pessoas

passaram pelo Restaurante do Nido. O salão é climatizado, tem capacidade para receber 600 pessoas sentadas e realiza mais de 40 eventos por ano. Atende o público de domingo à sexta-feira. Sábado o espaço é exclusivo para festas em geral.

O Restaurante do Nido é certificado pelo Programa Alimento Seguro e, no ano passado, recebeu o prêmio de “Melhores do Ano”, como restaurante mais comentado da região.

O cardápio italiano doRestaurante do Nido

Panela de barro no fogão à lenha: a alquimia da comida sempre quentinha

A família: Nido, a esposa Josiane e a filha Josiele

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24 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017

INOVAÇÃO

Associação Empresarial de Brusque (ACIBr) esteve no dia 8 de fevereiro na sede da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (FACISC), em Florianópolis. O objetivo da visita foi apresentar a Escola de Negócios da entidade para a Federação e

discutir possíveis parcerias para que o produto desenvolvido pela ACIBr possa ser ampliado para outras associações empresariais do Estado.

Lançada em outubro de 2016, a Escola de Negócios da ACIBr é mantida em parceria com o Centro Universitário de Brusque (Unifebe) e disponibiliza 24 cursos de curta duração, nas áreas de Administração e Recursos Humanos. Todos os cursos são oferecidos na modalidade de Ensino à Distância e direcionados exclusivamente às empresas associadas à entidade e seus colaboradores.

Na oportunidade, o presidente da ACIBr, Halisson Habitzreuter; o diretor Executivo da entidade, Candido Godoy; o reitor da Unifebe e diretor para Assuntos das Pequenas e Micro Empresas da ACIBr, Günther Lother Pertschy; e o coordenador do curso de Administração da universidade, George Wilson Aiub; falaram sobre os objetivos da Escola, os cursos disponibilizados, o funcionamento da plataforma

e principalmente os diferenciais do mesmo.“Esse é um produto feito para empresas, não é um programa

acadêmico adaptado a elas. Ou seja, desde o início ele foi criado com o ‘DNA empresarial’, com linguagem acessível, que possa atingir tanto empresários de pequenos, médios e grandes negócios como seus colaboradores de várias faixas etárias”, comentou Habitzreuter.

Da mesma forma, o reitor da Unifebe e diretor da ACIBr também

Podemos realmente pensar em uma parceria estadual, como um produto para ser oferecido

às empresas, melhorando o nível do nosso empreendedor catarinense para ser mais competitivo em relação a outros Estados

Vice-presidente do Setor da Indústria da FACISC, André Gaidzinski

ACIBr apresenta Modelo de ensino, voltado para empresários e colaboradores associados à entidade, foi elogiado por representantes da Federação

Escola de Negócios para a FACISC

Participaram do encontro o coordenador do curso de Administração da Unifebe, George Wilson Aiub; o presidente da ACIBr, Halisson Habitzreuter; o reitor da Unifebe e diretor para Assuntos das Pequenas e Micro Empresas da ACIBr, Günther Lother Pertschy; o vice-presidente do Setor da Indústria da Federação, André Gaidzinski; o diretor Executivo da FACISC, Gilson Zimmermann; o diretor Executivo da ACIBr, Candido Godoy; e o assistente de projetos do setor de Inovação, Diogo Borba

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25REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017

empresarial de Brusque e de todo o Estado. Esperamos realmente que isso possa ser um produto da FACISC, disponibilizado para outras associações empresariais e que irá contribui para a capacitação profissional de todas essas empresas e seus colaboradores”, ressaltou.

INOVAÇÃO

destacou a inovação da Escola, que não se limita a um treinamento, mas sim a uma formação em todos os níveis de qualquer organização. “Com tecnologia de ponta, facilidade e flexibilização em relação ao tempo das pessoas, a Escola é perfeita para o que precisamos nas nossas organizações nos dias atuais. E com certeza quem aderir a ela terá grandes resultados em seus negócios”, pontuou.

IneditismoPara o vice-presidente do Setor da Indústria da Federação,

André Gaidzinski, a Escola de Negócios é algo inédito e pode ser direcionada para outras regiões de Santa Catarina para atender a demanda das 34 mil empresas e 146 associações empresariais no Estado que integram a FACISC. “O que mais precisamos hoje no nosso país é de Educação e a Escola de Negócios vem em um formato diferenciado, que particularmente nunca tinha visto. Ela é voltada para a classe empresarial, para os associados do sistema FACISC, para que eles tenham melhor formação e capacitação dentro de seu setor. Podemos realmente pensar em uma parceria estadual, como um produto para ser oferecido às empresas, melhorando o nível do nosso empreendedor catarinense para ser mais competitivo em relação a outros Estados”, avaliou.

Além dele, participaram do encontro o diretor Executivo da FACISC, Gilson Zimmermann, e o assistente de projetos do setor de Inovação, Diogo Borba.

Para o presidente da ACIBr, as expectativas são as melhores possíveis, já que a Escola de Negócios tem um grande potencial e pode ser adaptada conforme as necessidades das demais empresas em Santa Catarina. “A FACISC conseguiu ver o diferencial desse produto e acreditamos que será uma grande ferramenta para a classe

Saiba maisTodos os cursos da Escola de Negócios ACIBr são direcionados às empresas associadas à entidade e seus colaboradores, todos com um preço único de R$ 75. Para se inscrever basta acessar o endereço eletrônico www.acibr.org.br e clicar em “Escola de Negócios”. Lá o processo é simples e consiste em escolher o curso desejado, fazer um rápido cadastro e começar o estudo.Totalmente digitais, os cursos são à distância e oferecem ao aluno mais flexibilidade de acesso ao conteúdo, na escolha do melhor dia e horário para receber o conhecimento. A plataforma disponibiliza textos e vídeos, além de leituras complementares e sistema próprio de avaliação.Na área de Administração são oferecidos cursos como Qualidade nas Empresas, Administração do Tempo, Atendimento ao Cliente, Curso Básico de Liderança, Desenvolvimento de Líderes, Técnica de Vendas, entre outros. Já na área de Recursos Humanos, Treinamento de Equipes, Gestão de Conflitos Organizacionais, Marketing Pessoal e Rotinas Trabalhistas são algumas opções.Os colaboradores das empresas associadas também podem adquirir os cursos diretamente. Basta entrar em contato com a ACIBr e fazer a inscrição. Na oportunidade será solicitado a comprovação de vínculo com a empresa associada, que pode ser uma declaração da empresa ou cópia da folha de pagamento. Mais informações: (47) 3351-1588.

Além de apresentar a Escola de Negócios para

a FACISC, também foram discutidas possíveis

parcerias para que o produto desenvolvido pela

ACIBr possa ser ampliado para outras associações empresariais do Estado

Há 10 anos produzindo qualidade.Águas Negras - Botuverá - Sc

Tel: 47 3359 4172 | Facebook: Dalfios Fiaçãowww.dalfiosfiacao.com.br

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26 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017

CAPACITAÇÃO

Núcleo de Metalmecânica da Associação Empresarial de Brusque (ACIBr) realiza no dia 26 de abril a segunda edição do Ciclo de Palestras do Núcleo. Com temas atuais e profissionais renomados, o evento acontece nas dependências do Centro Empresarial, Social e Cultural de

Brusque (CESCB) e será voltado para empresas do setor associadas da entidade, ou que tenham interesse em participar.

Na oportunidade serão apresentadas duas palestras: a primeira, com início às 19h, sobre ‘Otimização de processos de Usinagem’, que busca definir melhores parâmetros de usinagem, de estratégias de corte, visando redução do tempo e maximização da vida da ferramenta de corte. Já a segunda palestra, às 20h30, será sobre ‘Impressão 3D – Metálica’ e irá apresentar as novas tecnologias e tendências desse processo.

Ambas serão ministradas por profissionais técnicos dos Institutos SENAI de Inovação em Manufatura Integrada e SENAI de Inovação em Laser. “Como em nossa região há muitas empresas que atuam no segmento de usinagem e ferramentaria, estamos trazendo para este encontro temas que agreguem conhecimento e informação nestas áreas”, comenta o coordenador do Núcleo, Adalberto Speck Dias.

25 anos Além do 2º Ciclo de Palestras, 2017 será de diversas atividades

para o Núcleo, que completa 25 anos de sua fundação e cada vez mais busca unir as empresas do segmento e fortalecer o setor na região. “Incentivar o desenvolvimento através da busca pelo conhecimento, parcerias e troca de experiências, preparando-as para um mercado cada vez mais exigente e competitivo sempre foi nossa meta. E é uma imensa alegria ver que aquela ideia lançada lá atrás, em realizar um

evento que agregasse conhecimento e desenvolvimento das nossas empresas, já está em sua segunda edição”, completa o coordenador.

Com isso, as expectativas do grupo são de que, assim como na edição de 2016 do Ciclo, os profissionais participem e confiram novidades que estão sendo colocadas no mercado para que possam aplicá-las dentro do ambiente de trabalho, aumentando assim o desempenho, qualidade e nível de competitividade em suas empresas.

“Dentre os objetivos do nosso Núcleo, a troca de experiência, o acesso ao conhecimento e a capacitação de nossos colaboradores estão sempre na lista de prioridades. E é com esse intuito que procuramos realizar ações que estejam diretamente ligadas a isso, para contribuir com o desenvolvimento e crescimento das empresas e dos profissionais envolvidos”, acrescenta Dias.

Pelo Ciclo ser realizado em apenas um único dia, o Núcleo já está pensando na 3ª edição do evento, no segundo semestre de 2017. Além disso, diversas ações e visitas técnicas em empresas da região também estão sendo programadas para fortalecer as empresas nucleadas que fazem parte do segmento.

2º Ciclo de Palestras do Núcleo de Metalmecânica

Evento acontece em abril e faz parte das comemorações dos 25 anos de fundação do Núcleo

Como participarAs palestras serão realizadas na sala 3 do CESCB, no pavimento térreo, com capacidade para 60 pessoas. Interessados em participar do evento podem adquirir os ingressos, no valor de R$ 25, disponíveis na sede da ACIBr ou com os integrantes do Núcleo Metalmecânico. Durante o intervalo entre as palestras será servido um coffe break. Mais informações: (47) 3351-1588.

O

As expectativas do Núcleo são de que, assim como

na edição de 2016 do Ciclo de Palestras, os

profissionais participem e confiram novidades que

estão sendo colocadas no mercado para que

possam aplicá-las dentro do ambiente de trabalho

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27REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017

EMPRESA DESTAQUE

izem que cozinhar é uma arte. Ou um dom. Mas, quando as duas peculiaridades se unem, o resultado é o sucesso. Essas são algumas das características da empresária e chef pâtissier Rafaela Ludvig Walendowsky, que desde 2010 comanda as delícias produzidas artesanalmente por

sua empresa, a Rafaela Doces. Formada em Chef Internacional e Pâtissier e Bacharel em

Gastronomia, pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali), a brusquense conta que o gosto pelo mundo culinário surgiu ainda na infância, quando brincava de cozinhar. Com o passar dos anos a brincadeira passou a ser um hobby e a produção de bolos, doces e sobremesas era garantia nos finais de semana e nos encontros de família e amigos, o que facilitou na escolha da profissão na hora do vestibular.

é uma satisfação minha poder ajudar as pessoas a realizarem a sua festa, seus sonhos. Desde a escolha dos doces, até a montagem da mesa, sempre fico muito feliz”, detalha.

Crescimento Com a vontade de continuar se especializando e cada vez

mais contribuir para o seu negócio, desde 2016 a empresa passou a integrar o Núcleo de Gastronomia da Associação Empresarial de Brusque (ACIBr), o que para a empresária, foi enriquecedor. “É muito bom participar, para ficar por dentro do que está acontecendo no mercado. Além disso, por ser um Núcleo multisetorial sempre compartilhamos experiências, o que é muito válido. Fizemos o 1º Temperô, em 2016, que trouxe resultados muito positivos, para todos os empreendimentos envolvidos e também para a cidade, já que o Festival foi além das nossas expectativas”, comenta.

A busca por novidades é outro fator que contribui para o sucesso do negócio de Rafaela, já que a empresa tem o desafio de trabalhar com doces tradicionais ao mesmo tempo em que os oferece em formatos e complementos diferenciados. Ou seja: a empreendedora busca conhecer o paladar de sua clientela e o adapta às novidades do mercado. “É um trabalho que exige bastante, desde o atendimento ao cliente, administração, até a produção com ingredientes de qualidade. É sempre um grande desafio, mas busco fazer tudo com amor e entender o que os clientes querem para que o evento que eles estejam fazendo seja sempre o melhor possível”, completa Rafaela, que sempre superou os desafios da vida e dos negócios, com garra e determinação.

O doce saborde empreender

Empresa Rafaela Doces comemora sucesso na produção de doces artesanais, que cada vez mais conquistam o paladar de clientes de Brusque e região

A empresária e chef pâtissier Rafaela Ludvig Walendowsky, desde 2010 comanda as delícias produzidas artesanalmente por sua empresa, a Rafaela Doces, atendendo clientes de toda a região

O segredo é fazer com muito amor e carinhoRafaela Ludvig Walendowsky, empresária e chef pâtissier

Apesar da diversidade de áreas que a Gastronomia oferece, durante o período em que se aperfeiçoou na culinária, a chef buscou conhecer os mais variados segmentos culinários: foi estagiária em um bistrô italiano no Mato Grosso e também no Costão do Santinho, em Florianópolis, local onde atuou por três anos sendo dois deles na confeitaria do resort.

A partir da experiência, a brusquense passou a firmar ainda mais as certezas de que gostaria de trabalhar com as doces delícias de confeitar. Após a formação, mesmo recebendo propostas, Rafaela resolveu inovar, empreender e montar o próprio negócio e assim fundou a Rafaela Doces, que até hoje funciona na rua Francisco Walendowsky, no bairro Primeiro de Maio.

Inicialmente os atendimentos eram para pequenos eventos e festas, mas com o tempo e o gosto dos clientes, a demanda aumentou, e atualmente a empresa atende encomendas de toda a região para aniversários, casamentos, lanches, formaturas, chás de bebês e eventos em geral.

Para criar tantas delícias e tantos doces, que muitas vezes parecem pequenas ‘obras de arte’, Rafaela acredita que dois ingredientes são fundamentais para a inspiração. “O segredo é fazer com muito amor e carinho. São doces artesanais, feitos um a um, e sempre busco passar boas energias para cada cliente. Além disso,

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28 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017

ODS

Associação Empresarial de Brusque (ACIBr) participou no dia 29 de março, em Florianópolis da primeira Assembleia Geral de 2017 do Movimento Nacional ODS Nós Podemos em Santa Catarina. O evento reuniu diversos representantes de entidades, organizações e

empresas de todo o Estado. O encontro contou com um balanço das atividades desenvolvidas

pelo Movimento ao longo de 2016, a apresentação das estratégias e ações para 2017, e o lançamento do novo Selo do Movimento, que os signatários poderão utilizar a partir de agora para certificar o seu compromisso com os ODS. “Ver tantas pessoas aqui hoje, mostra o quanto estamos comprometidos. Esta é uma prova que estamos no caminho certo. O Movimento não é feito por apenas uma pessoa, o Movimento somos todos nós”, afirmou a Coordenadora Geral do Movimento ODS Nós Podemos SC, Adelita Adiers.

Atualmente, mais de cem organizações participam do Movimento em todo o Estado. Em Brusque, 15 delas assinaram a repactuação, e continuarão com os trabalhos ao longo de 2017.

“A assembleia teve como objetivo justamente fazer essa repactuação com as organizações que já estavam como signatárias dos Oito Objetivos do Milênio (ODM). Foi uma forma de sabermos se elas querem continuar conosco para pensar em estratégias com os

17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), até 2030. E vamos continuar na busca por mais pessoas, entidades e empresas que estão engajadas na causa para aderirem ao Movimento em Brusque”, ressaltou a coordenadora geral do Movimento do município, que também é adjunta na coordenação de Mobilização Estadual, Camile Rebeca Bruns.

CertificaçãoDurante o encontro também foi realizada a entrega da Certificação

de Adesão aos 59 signatários do Movimento ODS Nós Podemos SC, pessoas e organizações que comprovaram a sua atuação em prol dos

ACIBr recebe certificação do Movimento Nacional ODS, Nós Podemos Santa Catarina

Entrega ocorreu em Florianópolis, durante Assembleia Geral do Movimento

Como participarEmpresas, organizações, entidades e pessoas físicas que desejam participar do Movimento podem entrar em contato com a organização através da fanpage: Movimento Nacional ODS Nós Podemos Brusque; ou então acessar o site do Movimento Estadual: http://nospodemos-sc.org.br, no link ‘Seja ODS’ para realizar a inscrição. Lá também estão disponíveis para conhecimento os 17 ODS e as metas traçadas para cada um.

A consultora de Núcleos da ACIBr, Rose

Debatin Civinski, com a Coordenadora Geral

do Movimento ODS Nós Podemos SC, Adelita Adiers, e o diretor de

Assuntos da Indústria, Nelson Zen Filho, durante a certificação aos signatários

do Movimento ODS Nós Podemos SC

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29REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017

ACIBr recebe certificação do Movimento Nacional ODS, Nós Podemos Santa Catarina

ODS

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.A ACIBr esteve entre as entidades que receberam a certificação,

representada pelo diretor de Assuntos da Indústria, Nelson Zen Filho, e a consultora de Núcleos da ACIBr, Rose Debatin Civinski. A entidade participa do movimento desde o lançamento dos Oito Objetivos do Milênio, e é uma das organizações que deu continuidade a projetos e metas que envolvem os 17 ODS. “Foi muito bom participarmos desse encontro, para a entidade conhecer melhor o que tem sido proposto por esse Movimento e divulgar aos seus associados. Hoje o empresariado tem muitas atividades, em especial por esse momento econômico e político do nosso país, e cabe à ACIBr orientá-los, realizar projetos e dar andamento aos mesmos, em prol da sociedade. Esse Movimento é a longo prazo e cabe a nós engajarmos as empresas e demais entidades. Reunindo forças, com certeza superamos as dificuldades, melhoramos nosso padrão de vida na cidade, no Estado, no país e no mundo. Parabéns a todos pelo envolvimento e organização desse evento, que ficará para as próximas gerações”, salientou Zen na oportunidade.

Saiba maisOs 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são considerados uma agenda para pessoas, prosperidade e para o planeta, com objetivos a serem alcançados até 2030. Enquanto os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) estavam mais focados em políticas públicas, envolvendo assuntos como miséria, mortalidade infantil, doenças epidêmicas e saneamento básico, os 17 ODS envolvem questões do mundo corporativo, tais como o consumo, produção, energia limpa. Em vigor desde o início de 2016, os ODS também determinam um prazo de 15 anos para a conquista das 169 metas propostas e 234 indicadores, que foram pactuados pelos 193 países signatários da ONU, entre eles o Brasil.

Em nosso Estado, o Movimento Nacional ODS Nós Podemos Santa Catarina, formado por um grupo de voluntários, está mobilizando setores públicos, privados e sociedade civil para alcançarem esses objetivos. Ao todo, são 105 signatários que atuam em oito comitês do Movimento em Santa Catarina, nas cidades de: Blumenau, Brusque, Chapecó, Criciúma, Grande Florianópolis, Itajaí, Jaraguá do Sul e Joinville.

Em Brusque, 15 organizações assinaram

a repactuação, e continuarão com os

trabalhos ao longo de 2017. Representantes

de entidades, empresas e pessoas físicas do

município marcaram presença no evento e

receberam a certificação do Movimento Estadual

O encontro contou com um balanço das atividades desenvolvidas pelo Movimento ao longo de 2016, a apresentação das estratégias e ações para 2017. Atualmente, mais de cem organizações participam do Movimento em todo o Estado

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30 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017

ECONOMIA

ntre os dias 25 e 28 de maio, a Associação Empresarial de Brusque (ACIBr), junto com o Núcleo das Mulheres Empresárias da entidade, realiza no Pavilhão da Fenarreco, a Feira Multissetorial Núcleos e Associados ACIBr – Multifair. O evento, destinado às empresas que

fazem parte dos Núcleos ou do quadro de associados da entidade, tem como objetivo enfatizar a diversidade econômica de Brusque e fortalecer os diversos setores da indústria, comércio e serviços, a fim de movimentar e gerar negócios a todas as empresas participantes.

“A Feira irá movimentar a economia de Brusque e também fixar as marcas da nossa região, das cidades de Guabiruba e Botuverá. Estarão expostos produtos e serviços dos mais variados segmentos, do comércio, da indústria, o que também será muito interessante para o consumidor que poderá verificar o que é feito em nossa região e conhecer um pouco mais da força do nosso empresariado”, ressalta o presidente da ACIBr, Halisson Habitzreuter.

Fortalecimento dos setoresAlém disso, a Feira tem como intuito incrementar vendas,

conectar novos clientes para Brusque e região, conhecer compradores potenciais de diferentes áreas, reforçar as relações comerciais com clientes atuais, gerar alianças estratégicas, apresentar produtos e inovações, e posicionar as marcas, para prospectar e gerar grandes negócios. O evento contará com estandes de empresas dos mais variados setores, com seus serviços

Feira Multissetorial Núcleos e Associados ACIBr

Multifair acontece em maio e deverá fortalecer a economia de Brusque e região

A Feira Multissetorial da ACIBr terá a participação de Núcleos e associados que compõem o quadro

de sócios da entidade

e produtos, e os Núcleos Setoriais da entidade.“A Multifair também irá nos conectar com a sociedade,

pois será uma oportunidade de mostrarmos o que, enquanto entidade, estamos fazendo, bem como os produtos e serviços que as empresas associadas têm para oferecer. É um grande evento e esperamos que todos possam participar e nos prestigiar”, completou Habitzreuter.

A diretora de Núcleos e/ou Câmaras da ACIBr, Susymeri Ogliari participou do lançamento da Multifair, no dia 9 de fevereiro, que reuniu coordenadores e vice-coordenadores dos 22 Núcleos da ACIBr. Da mesma forma ela destacou o potencial da Feira em promover a interação entre os próprios Núcleos e empresas que os integram e que fazem parte da entidade. “Todos os setores da economia em um mesmo lugar fará com que possamos conhecer

Participe!A programação da Multifair terá palestras com especialistas e apresentação de cases de sucessos de empresas associadas à entidade. Integrantes dos Núcleos da ACIBr ou associados da entidade interessados em participar da Multifair, podem entrar em contato com a ACIBr no: (47) 3351-1588. Andrade Eventos no (47) 3355 9520.

FEIRA MULTISSETORIALNÚCLEOS E ASSOCIADOS

ACIBr

MULTIFAIR

FEIRA MULTISSETORIALNÚCLEOS E ASSOCIADOS

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31REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017

ECONOMIA

tudo o que a nossa variada economia possui. É um projeto que vai dar certo, já que quem está envolvido no associativismo também busca gerar negócios, fazer network, trocar ideias e crescer. E com certeza esse evento vem ao encontro da proposta da entidade, de propagar e gerar resultado para o município”, completa.

Para a coordenadora do Núcleo das Mulheres Empresárias da ACIBr, Rosangela Andrade, as expectativas também são as melhores para o evento, que deverá gerar importantes negócios e fortalecer ainda mais as empresas e marcas que integram a entidade. “A ACIBr acreditou no nosso Núcleo, que também é multissetorial, e estamos juntas para fazer com que esse evento aconteça. É um projeto novo, ousado, e queremos envolver todos

Programe-seA Multifair acontece nos dias 25 a 28 de maio, no Pavilhão da Fenarreco, em Brusque. A entrada é gratuita. Confira os horários de funcionamento:

- 25 de maio, quinta-feira (abertura): das 18h30 às 22h- 26 de maio, sexta-feira: das 14h às 22h- 27 de maio, sábado: das 14h às 22h- 25 de maio, domingo: das 13h às 19h

os associados, para que eles se conheçam também entre si. O Núcleo das Mulheres acredita no potencial da Multifair, que irá agregar valor de negócios com todos que irão participar dela. Queremos fomentar a economia, mostrar o que as nossas empresas têm de novidades para o mercado e esperamos a participação de todos”, completou.

O lançamento do evento, no dia 9 de fevereiro, reuniu coordenadores e vice-coordenadores dos 22 Núcleos da ACIBr

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ESTADUAL

Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina - FACISC realizou na noite de 30 de março, a reunião plenária no Vale do Itajaí. A Associação Empresarial de Balneário Camboriú e Camboriú - Acibalc, representada pelo presidente Augusto

München, pela conselheira Superior Ciça Muller e pelos VP's da entidade foi a anfitriã do encontro. A reunião contou com a presença do presidente da FACISC, Ernesto João Reck, pela vice-presidente regional, Maria Izabel Pinheiro Sandri, pelos presidentes Halisson Habitzreuter da Associação Empresarial de Brusque, Carlos Tavares D'Amaral da Associação Empresarial de Blumenau, Peter Volkmann da Associação Empresarial de Pomerode, por representantes do Conselhos Estadual dos Jovens Empreendedores - Cejesc, do Conselho Estadual da Mulher Empreendedora - Ceme e por coordenadores de Núcleos da Acibalc.

As questões relacionadas à infraestrutura, no que diz respeito às obras de modernização do Aeroporto de Navegantes, a ampliação da bacia de evolução dos Portos de Itajaí e Navegantes, a reforma da rodovia SC-412 denominada Jorge Lacerda, a duplicação da BR-470 e as reformas no país, foram os assuntos discutidos durante o encontro e que nortearão as ações das entidades nos próximos meses. Os pleitos já foram levados aos deputados representantes catarinenses em outras ocasiões, como durante o

Fórum Parlamentar Catarinense que aconteceu no dia 1º de agosto de 2016, em Blumenau, e no dia 21 de agosto em São José, na Grande Florianópolis. Nos dois momentos a FACISC promoveu um encontro entre as classes política e empresarial, com o objetivo de aproximá-los e cobrar celeridade.

Prioridade BR-470A atenção se volta principalmente às obras de duplicação da

BR-470, que já foi pauta de diversas audiências públicas em que as Associações do Vale solicitaram a intervenção de parlamentares junto ao Governo Federal. Trechos importantes, como os entre as cidades de Navegantes e Indaial, se dão a passos lentos na rodovia que liga o oeste ao litoral do Estado de Santa Catarina. Passados quase seis anos, as obras da duplicação avançam em apenas dois dos quatro lotes contratados e diversas áreas às margens da rodovia ainda aguardam desapropriação.

O movimento da classe empresarial não é de hoje. As Associações do Vale do Itajaí e a FACISC iniciaram em março de 2016 a campanha "Faça igual ao governo: vá devagar” e “Imprudência mata. Incompetência também”. Encabeçada pela Associação Empresarial de Rio do Sul, o mote foi criado para despertar a atenção do Governo e dos usuários da BR. Em números, mais de 500 pessoas perderam a vida desde que a promessa de

ACIBr marca presença em reunião plenária da FACISCPresidentes das Associações Empresariais do Vale do Itajaí discutiram assuntos relacionados à duplicação de rodovias, Barragem de Botuverá e as reformas em evidência no país

Durante o encontro o presidente da ACIBr enalteceu a união das entidades na busca da celeridade das obras em rodovias tão importantes para a região, como também o acompanhamento dos trâmites da Barragem de Botuverá

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ESTADUAL

Nossas entidades precisam estar unidas e pleitear de forma única essas obras, que são

tão necessáriasHalisson Habitzreuter, presidente ACIBr

agilizar a duplicação aconteceu em junho de 2010. Reck enfatizou durante a reunião, a importância do

envolvimento de todos os presidentes no mesmo movimento por meio de um discurso unificado, trabalhando estratégias de forma conjunta e colaborativa na busca de resolução e atendimento dos pleitos. Ele reafirmou o apoio da FACISC à causas tão nobres e que impactam diretamente o desenvolvimento econômico. "Fico muito feliz em saber que o discurso está alinhado. Esforços em conjunto para problemas em comum. Precisamos nos reinventar e cobrar daqueles em que depositamos o nosso voto de confiança, para nos representar a nível estadual e federal", enfatizou.

Para o Presidente da Associação Empresarial de Pomerode, Peter Volkmann, o que precisamos é pressionar a classe política nacional de forma prática e objetiva. "Vivemos uma deficiência de representatividade em nossa região. Representamos hoje 30% do PIB catarinense e temos quatro representantes do poder público".

“Todas as associações empresariais têm em comum a questão da infraestrutura regional, mais voltada principalmente às nossas rodovias, os acessos. Nossa rodovia Antônio Heil, duplicação da BR-470, melhorias na rodovia Jorge Lacerda. Nossas entidades precisam estar unidas e pleitear de forma única essas obras, que são tão necessárias”, reforça o presidente da ACIBr, Halisson Habitzreuter.

Barragem de BotuveráUm dos assuntos em pauta também foi a Barragem de

Botuverá, obra que concluída trará benefícios à região do Vale do Itajaí, mais diretamente aos municípios de Brusque, Itajaí e Balneário Camboriú. Na oportunidade o presidente da ACIBr, fez considerações a respeito de todo processo. “Foi uma obra muito comentada e terá apoio de toda nossa regional para que seja concluída o quanto antes. Vamos continuar acompanhando e fiscalizando”, ressaltou Habitzreuter.

A próxima plenária da regional da Facisc será realizada entre

os meses de junho e julho, na sede da Associação Empresarial de Brusque.

Startup Cejesc Também durante a plenária, os Conselhos dos Jovens

Empreendedores e da Mulher Empreendodora compartilharam programas e projetos em desenvolvimento. O Conselho Estadual dos Jovens Empreendedores, na ocasião, apresentou o Startup Cejesc.

A iniciativa dos jovens empreendedores do Estado foi apresentada em fevereiro durante a Assembleia Geral Ordinária - AGO na cidade de Taió. Um dos objetivos do Programa de Empreendedorismo e Inovação é desenvolver negócios com potencial inovador e acelerá-los por meio da rede de associativismo catarinense.

Os benefícios segundo o VP Eduardo Pedrini são inúmeros. Integrar empresários e executivos em prol da imersão no contexto de Lean Startup, podendo estes abordar e desenvolver frentes em suas organizações orientadas nos moldes do empreendedorismo startup. Interação com grupos, exercendo o aprendizado dos conceitos por meio da interação com pré-startups. Painel Interativo Corporativo para compartilhar o ciclo de aprendizado. Fomento Empreendedor Colaborativo, com visão geral a ciclos de investimento em startup. Desenvolvimento de um modelo de inovação aberta para empresa, assim, organizando desafios internos e de inovação.

Geração Empreendedora Já o Conselho Estadual da Mulher Empreendedora, destacou

o projeto Geração Empreendedora que visa despertar, estimular e orientar o desenvolvimento do espírito empreendedor e da cultura associativista nos estudantes de ensino médio, criando uma geração consciente, pró-ativa e capacitada para transformar o cenário socioeconômico.

O programa envolve principalmente dois públicos distintos: empresários e alunos do ensino médio. O objetivo é aproximar ambos para que os alunos possam vivenciar e conhecer mais sobre empreendedorismo na prática.

Ainda em fase de implantação o projeto ocorrerá nas 12 regionais que possuem Núcleos das Mulheres Empresárias e contará com o apoio destes para a sua realização, cabendo às nucleadas a aplicação do projeto em suas cidades.

Texto: Assessoria de Comunicação Acibalc

Presidente da ACIBr, Halisson Habitzreuter,

presidente FACISC, Ernesto João Reck,

assessor jurpidico ACIBr, Osmar Peron Jr e pela

vice-presidente regional da FACISC, Maria Izabel

Pinheiro Sandri

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COMÉRCIO ELETRÔNICO

e-commerce, comércio eletrônico através de plataformas digitais, têm tido motivos para comemorar. Segundo dados do Webshoppers, estudo de maior credibilidade sobre o comércio virtual brasileiro realizado pela Ebit, o e-commerce faturou R$44,4

bilhões em 2016 no Brasil, atingindo um crescimento nominal de 7,4%. O estudo também apontou que 48 milhões de consumidores compraram no comércio eletrônico pelo menos uma vez no ano, registrando alta de 22% ante 2015. Com números tão interessantes, levando em consideração que passamos por uma das maiores crises econômicas e políticas do país, há motivos para comemorar, e a Ebit prevê que o e-commerce deverá crescer 12% neste ano de 2017, com quase R$50 bilhões em faturamento.

Os números são atrativos principalmente para as empresas que têm interesse de entrar no comércio digital. Porém, há um caminho a se percorrer, e o primeiro passo é entender que o e-commerce será um novo negócio dentro da sua empresa.

Segundo o sócio e gestor de negócios da Híbrido, empresa que atua na concepção de projetos de e-commerce, professor de pós na Universidade Católica de Santa Catarina e de E-commerce na MB Treinamentos, Nicolas Tamanini Marchewsky, o grande desafio de uma empresa que já está estabelecida ao implantar seu e-commerce, é cultural. “É necessário enxergar esse negócio

como algo novo dentro da empresa, tem grandes desafios políticos internos, de comissões, representantes, relacionamentos com gerentes de lojas, entre outros. O grande desafio é entender que isso é mais um negócio, tem que ser investido tal como, não é um negócio que é grátis ou com custo baixo. Tem todo um tempo de maturação, no mínimo de 18 a 24 meses, logo, não é do dia para noite que gira e acontece, tem que haver um trabalho, um acompanhamento”, enfatiza.

Hoje existe no comércio eletrônico do Brasil cerca de 150 mil lojas, mas não é um negócio simples. “É lógico que é um cenário melhor, que não precisa ter tanta gente trabalhando no início, mas tem todo um investimento em marketing, em tecnologia e assim por diante”, ressalta Marchewsky.

Perfil dos consumidoresO perfil do cliente de e-commerce é diferente dos que compram

na loja física. Quando falamos de cliente no comércio eletrônico, estamos nos referindo a 40 milhões de compradores só no Brasil. “Uma loja no bairro, no Centro da cidade, o perfil do público é aquele que está ali perto. Na internet você vai poder atingir muito mais pessoas, lógico que o desafio é maior, é preciso saber como se comunicar para atender o nicho específico”, ressalta Marchewsky.

Além disso, o consumidor on line é muito mais exigente, tem

E-commerce:um novo negócio

O comércio eletrônico já é uma realidade no Brasil, onde 150 mil empresas atuam.O importante é ter a percepção que ele pode ser um novo negócio para sua empresa

O

Na avaliação de Nicolas Tamanini Marchewsky, o

grande desafio de uma empresa que já está

estabelecida ao implantar seu e-commerce, é cultural

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COMÉRCIO ELETRÔNICO

mais ferramentas à mão, muito mais tecnologia, que pode usar para barganhar e comprar. E, se não for muito bem atendido, ele pode facilmente acabar com a imagem de uma empresa. “Então com certeza muda o perfil, especialmente o perfil de engajamento que eles têm com a marca, que pode ser positivo ou negativo, e as ferramentas que ele têm à mão para decidir a compra”, explica o professor.

Hoje há grandes empresas de comércio eletrônico, que estão entre os maiores faturamentos do Brasil quando falamos em varejo, como a Dafiti, a Netshoes, a própria B2W formada pela Americanas.com, Submarino, Shoptime, Sou Barato e Submarino Finance. Essas empresas, segundo Marchewsky, querem se consolidar no mercado. Trazendo para nossa região, há empresas que têm alcançado importantes resultados. Algumas começaram pequenas, como a Rope Store, que estão emergindo e crescendo muito. No que se refere a indústrias na região, o professor cita algumas como a Karsten, Trussardi, Korova, e a brusquense Fischer, que estão atuando de maneira correta, e colhendo bons frutos de suas lojas virtuais.

Passo a passoO primeiro passo para ter um e-commerce é entender o modelo

do negócio em que a empresa pretende atuar: varejo ou atacado. “Além disso, o que ela precisa ter de funções, de ferramentas, se vai necessitar de representante dentro da plataforma, se terá que trabalhar apenas no varejo. Em seguida, é preciso procurar uma empresa que faça o desenvolvimento da loja virtual. Desse tipo de empresa tem inúmeras. Uma dica é analisar quem está tempo no mercado, qual tipo de cliente que essa empresa já atende, os diferenciais da plataforma, e se atende o que é preciso quando falamos de ferramentas”, comenta Marchewsky.

Existem ferramentas gratuitas ou de baixo custo, de R$ 100, R$ 200 mensais, até ferramentas de R$ 100 mil, R$ 1 milhão. Logo, o que se levará em conta é o modelo do negócio e momento que a empresa vive. “Às vezes um empreendedor sozinho não tem tanto a investir, mas uma empresa maior, que precisa integrar o e-commerce com seu sistema de gestão, deixar tudo acontecendo de uma maneira mais prática, precisa de uma ferramenta mais robusta para o processo ser mais ágil. Então tem que buscar mesmo profissionais especializados para ajudar em todo esse processo, e ter também alguém dentro da própria empresa para chamar o e-commerce de filho. Um gestor, um coordenador, que terá que estar no dia a dia lutando pelo e-commerce, buscando novos produtos, mídia, atendendo clientes. Depois essa pessoa vai tendo mais pedidos, mais clientes e começa a criar uma equipe”, afirma o professor.

O grande desafio é entender que isso é mais um negócio, tem que ser investido tal como, não é

um negócio que é grátis ou com custo baixoNicolas Tamanini Marchewsky

LogísticaMas não basta apenas ter uma loja virtual, um bom controle

de estoque e produtos atrativos se a entrega não funcionar. É preciso, na opinião de Marchewsky, ter uma boa logística interna de produto. Uma boa coordenação e ordenação dos produtos no centro de distribuição. “O teu estoque é primordial, então precisa estar sempre correto. Processos internos bem agilizados, para isso a tecnologia ajuda muito. E parceiros de transporte de qualidade. Hoje os Correios fazem praticamente 85% das entregas, mas tem várias entregadoras surgindo que também prezam por um serviço de qualidade”, frisa.

A logística começa primeiro internamente: acelerar o processo de atendimento, para o pedido e o produto saírem logo do CD, e seguirem para a entrega.

MarketingOutra questão muito importante é o marketing. Não basta

apenas colocar a loja no ar e imaginar que as vendas acontecerão como num passe de mágica. “Em média 13.1% do faturamento é reinvestido em marketing, ou seja, é muito diferente da comunicação off line que estamos acostumados, que investe de dois a três por cento. Tem-se talvez investimentos menores no começo para implantar o e-commerce, talvez de 10% a 15% do que custaria uma loja física com móveis e outros componentes, menos pessoas trabalhando, porém, o investimento em marketing é muito maior. E realmente tem que ser, pois são mais de 150 mil lojas no Brasil. Então para ficar conhecido, para trazer pessoas até o seu negócio, não é um desafio fácil”, reforça o professor.

Fato é que o e-commerce não é um negócio tão simples assim, e deve ser encarado como uma nova oportunidade para as empresas que pensam em investir nesse mercado. O importante é pensar em todos os passos necessários, contar com profissionais especializados e fazer o devido acompanhamento e investimentos para alcançar bom resultados e atingir clientes no mundo inteiro.

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ACESSO

protesto é um ato formal pelo qual se comprova a inadimplência e o descumprimento de uma obrigação originada em títulos e outros documentos de dívida. Todas as dívidas vencidas e não pagas que tenham amparo legal de documentos podem ser protestadas

atendendo a especificidade de cada transação. A ACIBr mantém convênio com a FACISC/IEPTB-SC para o Protesto Expresso.

De acordo com o administrador e coordenador comercial do Instituto de Estudos de Protesto de Títulos do Brasil – Seção de Santa Catarina (IEPTB/SC), Sérgio Acy Kollet, o protesto é a divulgação de uma dívida feita em cartório. Após o pedido, o cartório faz uma intimação ao devedor, que tem três dias úteis para quitar a dívida. “Se o pagamento não for efetuado dentro desse prazo, o título será protestado e aparecerá no Serasa, Boa Vista e SPC Brasil durante cinco anos. No cartório, o devedor ficará negativado até a dívida ser paga”, explica Kollet.

A ACIBr passou a oferecer em março deste ano o serviço de Protesto Expresso, em parceria com a Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc) e com o IEPTB/SC. O principal objetivo da ferramenta é a blindagem do mercado frente aos grandes índices de inadimplência existentes.

Protesto Expresso

Ferramenta disponibilizada

pela ACIBr agiliza recuperação de

crédito

Saiba maisQuer obter mais informações

sobre o Protesto Expresso contate o e-mail [email protected]

ou ligue para (47) 3351-1588.

Como funciona

O associado irá receber um login e senha para encaminhar os títulos a protesto, tudo de forma online e sem burocracia. Sem precisar se

deslocar da empresa, o único custo é o de R$ 5,00 por título

apontado no sistema.

Os benefícios são a rapidez do processo, economia para as empresas, e a facilidade, já

que o processo é todo online.Sérgio Acy Kollet

Kollet frisa que o serviço proporciona economia e velocidade na cobrança de títulos e documentos de dívidas vencidas. “Os benefícios são a rapidez do processo, economia para as empresas que não precisam pagar as custas e emolumentos de cartório, pois ficam por conta do devedor, e a vantagem é a facilidade. Não precisa ir ao cartório, o processo é todo online”, ressalta. Os títulos são apresentados via web com custo de inserção de R$ 5,00 por título.

O diretor executivo da ACIBr, Candido Horácio Godoy, destaca que a entidade busca constantemente disponibilizar novos serviços aos associados para facilitar o dia a dia das empresas. “O Protesto Expresso é oferecido com suporte completo da ACIBr e IEPTB/SC”, frisa.

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EMPRESA DESTAQUE

vida do empresário Sedenir José Bonacina é uma destas histórias que merecem ser contadas. Durante quatro anos ele cursou Tecnologia em Processos Industriais, das 18h30 às 21h30. Era preciso deixar a academia um pouco antes do horário, porque às 22h iniciava o expediente em

uma indústria da cidade, que se estendia até as 5h. Em casa, Sedenir costumava dormir até o meio-dia. Acordava, almoçava e ia limpar piscina para ter uma renda extra.

“Em 2007 eu deixei o trabalho na indústria e fui me fortalecendo no ramo de piscinas. Tinha 154 clientes efetivos, para os quais prestava serviço de assistência. Nesta época a Setrat passou a ter cinco funcionários e uma recepcionista. Nossa prestação de serviço era de limpar piscina duas vezes por semana, o ano inteiro. Eu era responsável pela manutenção e toda a parte técnica”, conta Sedenir.

Mas, no ano seguinte, a empresa quebrou. Limpar piscina era trabalhoso e, o retorno financeiro, pouco expressivo. Sedenir, então, repassou seus clientes para dois funcionários e voltou para a carteira assinada, ainda no ramo de piscinas, mas no município de Itajaí. Novamente a lida se tornou puxada: saía de Brusque às 6h, quase nunca cumpria o intervalo de almoço de 1h30min na tentativa de adiantar as assistências programadas e, ainda assim, chegava em casa pelas 20h30, 21h. Foi assim até 2011.

“Eu não aguentava mais, estava sem perspectivas. Disse aos donos que queria ir para frente. Não esperava aumento de salário, mas queria ser vendedor, trabalhar na loja, estar mais bem vestido. A empresa não me deu oportunidade. Pedi a conta e pensei em comprar uma caminhonete e continuar a assistência técnica em Itajaí. Mas, conversando com a minha esposa, decidimos abrir novamente a Setrat”, recorda Sedenir.

Cristiane Costa Bonacina nunca deixou de acreditar no marido. Tinha consciência do quanto ele entendia de piscinas: sabia vender, sabia trabalhar, era bom no que fazia. E as economias da família, que serviriam para construir a casa própria, foram investidas na empresa.

“Reativamos o CNPJ e mudamos a Razão Social, de manutenção para comércio. A nova Setrat estava localizada na rótula do Steffen e o

começo foi difícil. Eu trabalhava em outra empresa no setor financeiro e, algumas vezes, precisamos pagar nossos funcionários com o meu salário. A gente só tinha dinheiro para abrir a loja e quando se começa é assim: não tem crédito e nem boleto. Tudo precisa ser pago a vista. Foi difícil”, afirma Cristiane.

Como a Setrat foi reativada em novembro, até o mês de março do ano seguinte foram registradas vendas. Depois, com a chegada do outono e inverno, o setor entrou em recessão. “Foi um período complicado até a entrada do verão. Depois aprendemos uma política diferente, para manter clientes efetivos o ano inteiro. A estratégia foi ampliar o mix de produtos com banheiras, spas, assessoria, aquecimento residencial e assistência técnica”, destaca Sedenir.

Cristiane, que ajudava o marido aos sábados, também deixou a carteira assinada para se dedicar à empresa da família.

Ampliação e mudançasA Setrat fundou em 2013 uma filial da empresa em Guabiruba,

depois de um ano de estudo de viabilidade. Muitos clientes vinham do município vizinho e, em apenas um ano, o crescimento foi de quase duas mil pessoas na cidade. Mas, na prática, os moradores de Guabiruba continuavam fazendo suas compras na Setrat de Brusque e, por essa razão, em fevereiro de 2016 a empresa encerrou suas atividades no local.

Em contraponto, em outubro de 2015 a Setrat mudou de endereço em Brusque, agora instalada na rotula de acesso à Rodovia Ivo Silveira. No local o showroom foi ampliado e, com o fechamento em Guabiruba, as duas empresas se tornaram uma, com estrutura melhorada.

“Hoje a meta é estabilizar o crescimento e manter a excelência no atendimento, assistência técnica e pós-venda. A nossa empresa cresceu rápido, mais de 25% ao ano e não conseguimos acompanhar isso em termos de estrutura, funcionários, treinamentos, loja, caixa... Nossa meta agora é se reestruturar e se manter forte no mercado. Quando conseguirmos alcançar esse objetivo, nenhuma crise nos derruba”, enfatiza Sedenir, que em 2017 comemora 10 anos desta história de luta, trabalho e muita inspiração.

Mergulhar na nova vidaSetrat Piscinas e a história inspiradora de seus proprietários

A Setrat Piscinas é fruto do trabalho e do empenho deste casal:

Cristiane e Sedenir Bonacina

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TECNOLOGIA

om o advento da tecnologia, a gestão empresarial, outrora traduzida em livros, se transformou em informação digital. Os softwares se tornaram ferramentas indispensáveis para todos os tipos de negócio e, diante de uma demanda crescente e de um consumo quase em massa, restou à

padronização. O final da década de 1990 foi marcado por estes programas mais “quadradões”, engessados, difíceis de entender e de operar. Enquanto se dava valor aos adicionais e penduricalhos pouco acessados, não se levava em consideração a experiência de uso.

“E nós enxergamos uma oportunidade de mudar isso. Criamos a Hiper para mudar a forma como o micro e pequeno empresário de varejo administra seu negócio, através de um produto simples, que fala a linguagem do pequeno empresário, fácil de comprar, de aprender e de usar”, explica o empresário Thiago Vailati, que ao lado dos amigos Marcos Fischer e Marinho Silva Jr, fundou a Hiper em Brusque, no ano de 2012.

Os três jovens empreendedores se conheceram no trabalho para uma grande rede varejsta de Brusque. Lá, eles eram responsáveis pelo desenvolvimento do sistema de gestão de todos os processos da empresa. “Isso nos permitiu ganhar um profundo conhecimento de como este mercado funcionava. Dessa forma, vivíamos na pele o que o nosso público de hoje precisa e isso fez toda a diferença na hora que decidimos empreender e desenvolver um produto para alcançar o mercado nacional”, conta Thiago.

Segundo ele, desde o primeiro dia de vida da Hiper, o foco sempre esteve na consolidação de uma grande empresa, com expressividade nacional. O objetivo também se tornou o principal desafio, por transitar em um mercado pulverizado, com

Hiper: a Startup que cresceu 85% no ano passado

Três jovens empreendedores brusquenses almejam a liderança no mercado nacional

Saiba maisStartups são empresas ou, muitas vezes, simples grupos de pessoas trabalhando juntas sem estarem formalmente constituídos como empresas, que estão atuando num ambiente de muitas incertezas relacionadas ao produto, mercado-alvo, modelo de negócio ou escalabilidade. Uma startup busca desenvolver um modelo de negócio escalável, ou seja, que possa ser replicável para um número muito grande de clientes e de forma acelerada.Normalmente, startups conseguem fazer coisas disruptivas em mercados consolidados, simplesmente por serem mais leves e mais rápidas que grandes corporações. “Vemos com grande frequência startups fazendo empresas de longa data e ótima saúde financeira terem que sair da zona de conforto para não perder mercado. Não basta apenas competir pelo produto mais completo, os clientes buscam pela melhor experiência, querem trabalhar com empresas com as quais se identificam. Estamos numa era onde não é o maior que vence e, sim, o mais rápido”, afirma Thiago.

concorrentes na região e em todo o Brasil. “Em contrapartida não há um líder hoje no mercado de software para a base da pirâmide de varejo, onde estão as micro e pequenas empresas. Entendemos que era uma grande oportunidade e encaramos o desafio. Costumo dizer que não há ninguém sentado na cadeira do líder deste nicho de mercado. Nosso sonho grande é ocupar a cadeira do líder”, enfatiza o jovem empresário.

Novos conhecimentosDesde a fundação da empresa, os três sócios sentiram a

necessidade de buscar mais conhecimento. Participaram de diversos eventos, cursos e workshops, tanto em Santa Catarina, quanto em demais Estados e também no exterior.

“Em 2014 entramos para o programa StartupSC, idealizado pelo Sebrae-SC, que desempenha um papel muito nobre no ecossistema empreendedor do nosso Estado. O foco do StartupSC é oferecer, gratuitamente, capacitação para empreendedores de startups do nosso Estado, contando com um time qualificado de mentores e uma programação de workshops sobre temas voltados à estratégia de entrada no mercado, marketing digital, desenvolvimento de produtos, captação de investimento e vendas”, lembra Thiago.

Outro momento importante na história da empresa foi no final de 2014, quando os fundadores receberam o investimento de uma aceleradora de startups de São Paulo, chamada Ace (na época chamava-se Aceleratech), eleita a melhor aceleradora da América Latina. Com o

C

Os empreendedores da Hiper:Marinho Silva Jr, Tiago Vailati e Marcos Fischer

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TECNOLOGIA

Você já parou para pensar nisso? Sim, a propaganda impacta na economia, porque auxilia as empresas a atingirem a principal função do marketing, que é a troca, ou seja, vender. O aumento da demanda gera crescimento e com isso há necessidade de aquisições de máquinas e equipamentos, novas contratações (emprego) e assim, vai!

O ano de 2017 está só começando e nos próximos meses haverá uma injeção no mercado brasileiro de, pelo menos, R$ 30 bilhões via saques de contas inativas do FGTS.Este dinheiro poderá ser aplicado em diversas formas de investimento (poupança ou no mercado de capitais, por exemplo) ou parar no mercado de bens de consumo e serviços. Isso vai depender, principalmente, de como o comércio e a indústria irão se comportar em termos de divulgação (propaganda) de seus produtos e serviços para estimular o consumo.

O governo já deu sua mãozinha, mas as empresas precisam agir! Agora, mais do que nunca é essencial adotar ações mercadológicas em termos de comunicação com o seu público-alvo. É preciso considerar que a concorrência é acirrada, e os clientes estão diante de um crescente leque de opções diversas e abrangentes, consequentemente, as preferências dos mercados mudam rapidamente de tempos em tempos. E buscando a ampliação da integração da empresa com o seu mercado-alvo, cada organização deve institucionalizar a inserção de investimentos contínuos e planejados em marketing promocional (comunicação / divulgação).

Isto fortalecerá, automaticamente, a área de vendas e

A propaganda impacta na economiapossibilitará substancial crescimento do faturamento. Mas para estes resultados serem, realmente, efetivos é preciso que se tenham amplos conhecimentos do mercado consumidor, do mercado publicitário e da utilização de cada uma das ferramentas do composto promocional de marketing, observando formas eficazes de comunicação com o público-alvo da empresa, ou seja, cada caso é um caso. E para tal, é preciso reconhecer a necessidade de apoio profissional de empresa especializada em comunicação e marketing. Pois, adianta a empresa ter um produto de qualidade superior ou realizar uma super promoção se ninguém ficar sabendo? Não! Então, é preciso agir, mas de forma profissional.

Em 2016, apesar da turbulência política e econômica, o mercado publicitário brasileiro movimentou, aproximadamente, R$ 130 bilhões. Na média manteve-se no patamar de 2015, com alguns crescimentos, como em mídia externa (17%) e Internet (6,6%). A empresa de pesquisa Katar IBOPE Media, identificou como as mídias que receberam maior investimento, como sendo: TV (aberta e fechada), jornais, TV Merchandising, rádio, revista, Internet (display e OOH) e cinema.

Enfim, agora é a hora de estruturar a empresa, se preparar em termos de divulgação de seus produtos e serviços (marketing promocional), pois as perspectivas para 2017 são positivas, as opções são inúmeras para os consumidores se os concorrentes são agressivos na sedução dos mesmos. Não basta ter um produto bom, é preciso ir além em termos de marketing promocional.

ComunicaçãoARTIGO

Bárbara S. Sabino - IFSC - Câmpus GasparFrancisco J. Sabino - Sabino Comunicação

investimento, eles passaram a contar com uma rede de mentores para apoiar em assuntos-chave do negócio como marketing, vendas e produto.

“Em 2016, fomos selecionados pela Endeavor, a maior organização global de apoio a empreendedores, para fazermos parte do programa Promessas, hoje chamado de ScaleUp, cujo objetivo é capacitar empreendedores para que se tornem grandes exemplos no Brasil e no mundo, através de mentorias de altíssimo nível com empreendedores da rede Endeavor e troca de experiências com empresas em estágios parecidos. Estes momentos foram transformadores para o negócio e para nós como empreendedores”, avalia Thiago.

Os jovens ainda costumam acompanhar os acontecimentos mundiais. Por isso já participaram de duas capacitações no Vale do Silício, na Califórnia (EUA). Estiveram também em Nova Iorque (EUA) para participar do NRF Big Show, a maior conferência global de tendências e tecnologias para varejo, e uma vez em Londres (UK) durante uma capacitação oferecida pelo Consulado Britânico e o Ministério de Ciência e Tecnologia do Brasil, para o qual foram selecionados em nível nacional. Durante a primeira semana de fevereiro deste ano eles também participaram de uma conferência que abordou as tendências de Software como Serviço novamente no Vale do Silício.

PerspectivasApenas no ano passado a Hiper alcançou a marca de 85% de

crescimento em relação a 2015 e em plena estagnação econômica. Para este ano a meta também é desafiadora: crescer 90%.

Segundo Thiago, a valorização pessoal dos 80 colaboradores da empresa cria uma sinergia na qual é possível que todos compartilhem do mesmo sonho. Para ele, as novas gerações não se interessam em trabalhar onde não se tem um propósito.

“É comum ver nas empresas três quadrinhos nas paredes com frases românticas e extensas sobre a missão, visão e valores. Propósito vai muito além do velho trio ‘missão, visão e valores’. Missão e visão precisam ser simples de entender e tem que estar gravadas na mente das pessoas e os valores nas suas atitudes. Isso acaba criando uma espécie de personalidade para a empresa e traz resultados. Hoje, somos em 80 pessoas no time da Hiper e uma grande parte veio de outros Estados para se juntar a nós. Isso acontece por causa do propósito. Estamos provando que é possível fazer um negócio de grande impacto sem estar nas capitais”, destaca.

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ABERTURA DE EMPRESAS

oi realizada na tarde do dia 7 de março, na prefeitura de Brusque, um encontro entre o presidente da Associação Empresarial de Brusque (ACIBr), Halisson Habitzreuter e o coordenador do Núcleo de Empresas Contábeis da entidade, André Klabunde, com o prefeito Jonas Oscar Paegle. Também

participaram da reunião outros empresários vinculados ao Núcleo da ACIBr, o vice-prefeito, Ari Vequi, o secretário de Desenvolvimento Econômico, João Beuting, o então procurador geral do Município, Mário Wilson da Cruz Mesquita, o diretor geral de TI, Willian Molina e o vereador Deivis Silva.

O objetivo do encontro era reforçar o conteúdo de dois ofícios entregues à municipalidade em 2016, com uma série de sugestões para melhorar o atendimento e a prestação do serviço público. “Conversamos sobre assuntos que não são novos. Reiteramos os pleitos cobrados na gestão anterior e ficamos contentes com a receptividade. O prefeito, seu vice e demais secretários entenderam a necessidade da implementação tecnológica para melhorar os processos, principalmente na abertura de empresas e na emissão de guias, impostos, multas, entre outros”, afirma o presidente da ACIBr, Halisson Habitzreuter.

Já o coordenador do Núcleo de Empresas Contábeis da ACIBr, André Klabunde, explica que a principal reclamação do empresário está relacionada à morosidade para abrir sua empresa. “Para exemplificar, estou com um protocolo de abertura de empresa há 40 dias sem nenhuma informação. E ainda se trata de um Micro Empreendedor Individual. Por isso nós criamos estes dois ofícios com algumas proposições, para que estes gargalos sejam resolvidos ou, de alguma forma, atenuados”, ressalta Klabunde.

Para o membro do Núcleo de Empresas Contábeis da ACIBr, Beno Alcides Buttchevits, há muitas possibilidades de agilizar o processo, através do uso adequado do sistema, da emissão de guias pela internet e do cruzamento de dados. “Posso dar outro exemplo. Em novembro do ano passado solicitamos a abertura de uma empresa e a vistoria da Vigilância Sanitária. No dia 15 de fevereiro a prefeitura foi até lá fechar a empresa, por falta de alvará sanitário. Mas a vistoria ainda nem havia sido feita. A impressão que se tem é que a Vigilância

Sanitária, a Fundema, o setor de Tributação e o IBPLAN (Instituto Brusquense de Planejamento) são peças diferentes. Mas tudo isso é a prefeitura e os trabalhos, infelizmente, não estão alinhados”, avalia.

Beno também falou sobre a abertura de empresas no Estado de São Paulo. “Lá, dependendo do ramo de atividade, quando se faz a abertura da empresa, já se cria a inscrição e libera a emissão de nota fiscal. Os alvarás são um processo à parte e as vistorias acontecem nos dias seguintes. Isso gera emprego e pagamento de impostos e estas são questões que precisamos evoluir em Brusque”, enfatiza.

Praça do EmpreendedorO procurador geral do Município, Mário Wilson da Cruz

Mesquita, explanou sobre a Praça do Empreendedor, citando o exemplo de Blumenau. No município vizinho a estrutura funciona dentro de um shopping e reúne todos os órgãos responsáveis pela abertura de empresas.

Em contraponto, o presidente da ACIBr, Halisson Habitzreuter, falou sobre a atuação da Junta Comercial, que mantém seu escritório modelo em funcionamento anexo à entidade. Lá existe um colaborador cedido pela prefeitura de Brusque, um segundo colaborador, cedido pela prefeitura de Guabiruba e mais dois funcionários mantidos pela ACIBr, que custeia também as despesas de estrutura e de treinamento.

“A Junta Comercial de Brusque atende os municípios de Guabiruba, Botuverá, Nova Trento, São João Batista, Gaspar, Itajaí, Balneário Camboriú e Itapema. Esta procura acontece por causa da eficiência. Mas os gargalos são sempre os mesmos e estão relacionados com a prefeitura. Não adianta colocar todos os setores em uma única sala se não for possível resolver as questões burocráticas e os problemas de comunicação. A Praça do Empreendedor é só um detalhe e envolve custos. É claro que nós queremos colaborar, mas também exigimos a coordenação do sistema porque acreditamos que a iniciativa privada, aliada a expertise da Junta Comercial, pode trazer mais eficiência ao setor. Agora, se for possível melhorar a questão da comunicação dos setores aqui dentro da prefeitura, não é necessário fundar a Praça do Empreendedor, pois o assunto já estará resolvido”, observa Habitzreuter.

Mais eficiência na abertura de empresas

Associação Empresarial de Brusque (ACIBr), através de seu Núcleo de Empresas Contábeis, cobra da prefeitura mais agilidade nos processos

Núcleo de Empresas Contábeis da ACIBr cobra mais eficiência na abertura de empresas e emissão de guias

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41REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017

Mais eficiência na CIDADANIA

á está previsto para iniciar ainda no primeiro semestre de 2017, o programa “Observador Mirim”, desenvolvido pelo Observatório Social de Brusque (OSBr) e destinado para duas mil crianças regularmente matriculadas na quarta série das escolas públicas e particulares de Brusque, Guabiruba e Botuverá. A proposta já passou

por um trabalho piloto no ano passado e atendeu cerca de 800 estudantes. “O objetivo é estimular o civismo e a cidadania. Que as

crianças entendam como funcionam os poderes da República. O que faz o presidente, os juízes, os deputados... Quem é o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. O que faz um promotor público, entre outros conhecimentos. Tudo isso é apresentado de forma lúdica, através de brincadeiras e historinhas”, conta o diretor do OSBr, Evandro Gevard.

Em cada escola serão realizados três encontros, com a duração de 1h30 cada. Todas as crianças recebem um caderno ilustrado pelo cartunista Aldo, com patrocínio da Receita Federal e Unimed. Elas também ganham uma lupa, que remete ao mascote do projeto: o Lupinha. Além da leitura e explicação desta apostila cheia de desenhos, o projeto conta com um teatro sobre orçamento público e brincadeiras como o “passa e repassa”, para que as crianças possam fixar ainda mais o aprendizado recebido.

“O programa foi inspirado em projetos como o Proerd, da Polícia Militar e o Bombeiro Mirim. Buscamos a parceria com as escolas porque sentimos um grande desconhecimento da população, sobretudo com relação ao pagamento de tributos. Muitas pessoas acham que não pagam impostos porque ganham pouco. Mas, quanto menos se ganha, mais se paga tributos no Brasil, porque a maior carga tributária incide em produtos de consumo, como roupas, alimentos, equipamentos eletrônicos, entre outros”, detalha Gevaerd.

Para o diretor executivo do OSBr, quanto mais consciência o cidadão tem de que ele financia todo o sistema público, mais criterioso

Programa “Observador Mirim”vai atender duas mil crianças

Desenvolvido pelo Observatório Social, projeto estimula o civismo e a cidadania

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Programa “Observador Mirim” vai atender cerca de duas mil

crianças em Brusque, Guabiruba e Botuverá

Noções de civismo e cidadania são apresentadas de forma lúdica e divertida

ele fica na hora do voto. “Ele também passa a exigir do gestor público competência na aplicação do dinheiro. Cobra para que os cargos públicos não sejam ocupados por pessoas desqualificadas, mas com formação técnica e experiência profissional”, ressalta.

Nova geraçãoHoje, todas as apostas do Observatório Social de Brusque

estão depositadas nestes pequenos cidadãos, através do poder transformador da educação. Gevaerd acredita que as novas gerações possam estar mais sensibilizadas com a política em todas as suas esferas e demonstrar uma atitude mais proativa, sobretudo diante do acomodamento das gerações mais velhas. “Hoje as pessoas tomam conhecimento de tudo que está errado, ficam indignadas, mas não tomam nenhum tipo de atitude. E eu espero que esta nova geração cresça mais consciente do seu papel”, salienta o diretor do OSBr.

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SEGURANÇA

o dia 9 de março, na sede do 18º Batalhão de Polícia Militar de Brusque, foi realizada a apresentação oficial dos 16 novos policiais militares que vão iniciar o trabalho no município. A Associação Empresarial de Brusque (ACBIr), através de seu presidente, Halisson

Habitzreuter, participou do evento e demonstrou alegria por contribuir decisivamente para esta conquista, ao lado de outras entidades empresariais e do poder público.

“Estamos felizes por recepcionar os novos policiais, já que esta vinda demandou muito serviço para a ACIBr e todas as entidades envolvidas, bem como o poder público de Brusque, Guabiruba e Botuverá. Com tantas pessoas trabalhando juntas foi possível receber este reforço de efetivo. Estamos contentes porque acreditamos que a segurança é importante para o desenvolvimento das nossas três cidades e é também um anseio da população como um todo. Nós, além de empresários, somos cidadãos e queremos um município mais seguro”, afirma Habitzreuter

Parceria CDLA Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) Brusque é parceria da

ACIBr na luta de uma condição melhor para a segurança pública no município e na região. Por isso, foi com sentimento de gratidão que o presidente da CDL, Michel Belli, participou da solenidade de apresentação dos 16 novos policiais militares que vão compor o 18º Batalhão de PM de Brusque.

“É um motivo de honra porque acompanhamos de perto esta luta. A CDL, como as demais entidades empresariais e o poder público, esteve diversas vezes em Florianópolis e Blumenau, conversando com as respectivas autoridades. Sabemos as dificuldades que enfrentamos e receber estes novos policiais é motivo de orgulho, porque fizemos parte desta reivindicação”, explica o presidente da CDL Brusque, Michel Belli.

Polícia Militarrecebe novo efetivo

Associação Empresarial de Brusque (ACIBr) trabalhou ativamente em prol desta conquista

Gratidão e apoioPara o comandante da PM em Brusque, Tenente-Coronel

Moacir Gomes Ribeiro, foi uma satisfação apresentar os 16 policiais militares que vão reforçar o policiamento do município e atender a uma demanda reprimida. Ao todo, o Batalhão recebeu 29 novos policiais: dois foram direcionados para Ilhota, oito para Gaspar, dois para Guabiruba, um para Botuverá e 16 ficam na sede, em Brusque.

“Para nós é uma conquista. Eles vão trabalhar em áreas especificas que exigiam reforço. E isso só foi possível pelo envolvimento das entidades empresariais e do poder público, que fizeram várias visitas ao Comando Geral e ao próprio secretário de Segurança Pública. Este apoio foi indispensável. E aqui está o resultado da pressão política que foi feita, com o objetivo de proporcionar para Brusque e região um efetivo melhor”, enfatiza Gomes.

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ACIBr recepcionou os novos polícias militares que já compõem o 18º Batalhão de PM de Brusque

Para o presidente da ACIBr, Halisson Habitzreuter, não

há desenvolvimento econômico onde não há segurança pública

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presidente da Associação Empresarial de Brusque (ACIBr), Halisson Habitzreuter, participou no dia 14 de fevereiro, do Momento Técnico do Clube de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Brusque (CEAB). O evento contou com a participação do secretário municipal de Obras, Renato de

Borba, que apresentou os trabalhos desenvolvidos pela pasta atualmente, bem como as obras e convênios que estão no planejamento da atual administração para serem executados pelos próximos quatro anos.

PlanejamentoSegundo Borba, as ações da Secretaria se concentram na

manutenção da cidade, e na oportunidade a prefeitura ainda atuava na resolução dos danos causados pelas fortes chuvas que atingiram Brusque no dia 5 de janeiro. “Foram deslizamentos, alagamentos, entupimentos de redes fluviais, e danos no sistema viário. Nesse curto prazo de tempo que assumimos a pasta estamos dando prioridade a essas ações e após isso vamos continuar com as obras já previstas e conveniadas”, ressaltou.

Durante o encontro, os integrantes do CEAB e o presidente da ACIBr esclareceram dúvidas quanto a elaboração de projetos e execução de algumas obras, bem como deram sugestões e falaram sobre as suas expectativas para a prefeitura, como a exigência de profissionais e técnicos qualificados, para minimizar possíveis prejuízos posteriormente nas obras. “Foi uma reunião muito produtiva, o tema foi relevante, já que todos precisam da infraestrutura e nos colocamos à disposição a possíveis discussões, para ajudar a prefeitura e a comunidade de Brusque em algum projeto ou obra que contemple a cidade. O Clube há tempo é parceiro da ACIBr e convidamos a entidade para participar desse evento já que este é um assunto que interessa toda a comunidade e também o setor empresarial”, avaliou o presidente do CEAB, Carlos Henrique Beuting, que pretende fortalecer ainda mais a parceria entre CEAB e ACIBr e para viabilizar as demandas do município.

FortalecimentoDa mesma forma, o presidente da ACIBr, ressaltou a importância

de ações em conjunto entre as entidades de classe, que são parceiras de longa data. “Como entidade, temos objetivos comuns, como a duplicação da rodovia Antônio Heil, tanto no trecho estadual como no municipal. E o CEAB pode nos oferecer as informações técnicas de que a obra está dentro do prazo, se está sendo feita de acordo com os projetos apresentados. Da mesma forma, com a implantação da terceira subestação da Celesc, a Barragem de Botuverá, as ações de manutenção que surgiram com as chuvas de janeiro, e demais obras previstas na cidade. Pretendemos fazer isso e trabalhar em prol não só da classe empresarial, mas da população de Brusque como um todo”, comentou Habitzreuter.

ACIBr participa deMomento Técnico do CEAB

Evento do Clube de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Brusque contou com apresentação dos trabalhos da Secretária de Obras de Brusque

O secretário de Obras Renato de Borba; o diretor Regional CREA-SC/Inspetoria Brusque Armando Alberto Walendowsky; o presidente do CEAB, Carlos Henrique Beuting; e o presidente da ACIBr Halisson Habitzreuter

Durante o encontro, os integrantes do CEAB e o presidente da ACIBr esclareceram dúvidas quanto a elaboração de projetos e execução de algumas obras, bem como deram sugestões e falaram sobre as suas expectativas para a prefeitura, como a exigência de profissionais e técnicos qualificados

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ENCONTRO

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EDUCAÇÃO

a tarde do dia 22 de fevereiro, no auditório do Bloco C do Centro Universitário de Brusque (Unifebe), foi realizada mais uma edição do Café de Ideias, organizado pelo Núcleo de Instituições Educacionais da Associação Empresarial de Brusque (ACIBr). O evento contou com a presença do

Diretor de Articulação com os Municípios da Secretaria Estadual de Educação, Osmar Matiola, que ministrou a palestra “A Reforma do Ensino Médio: desafios e perspectivas”.

“O objetivo é falar sobre as implicações que a Reforma do Ensino Médio terá nas escolas públicas e privadas, já que existem bastante dispositivos que serão alterados. Vale ressaltar que Santa Catarina participou de forma direta neste processo, através da presença do secretário Estadual de Educação, Eduardo Deschamps, que é também o presidente do Conselho Nacional da Educação (CNE). O Estado acabou intervindo no projeto que, desde 2013 tramitava no Congresso. No ano passado, com a decisão do Governo Federal em adotar a Reforma através de Medida Provisória, essa participação se tornou ainda mais intensa. Na minha opinião, através desta participação do Governo de Santa Catarina, se conseguiu alterar dispositivos que estavam na reforma inicial e isso melhorou significativamente a proposta”, explica o Diretor de Articulação com os Municípios, Osmar Matiola.

Segundo ele, a Reforma do Ensino Médio foi sancionada na 1ª quinzena de fevereiro em Brasília e contou com a presença de estudantes catarinenses. “O principal objetivo é melhorar a qualidade do Ensino Médio, que está estagnada desde 2005, conforme os indicadores de desempenho dos alunos avaliados pelo Ministério da Educação (MEC). Há uma década nós não conseguimos avançar. Além disso, existe a questão do acesso e o número expressivo de jovens entre 15 e 17 anos fora da escola. Antes, o Ensino Médio era generalista, focava na preparação do estudante para o Ensino Superior. Com a Reforma, há a possibilidade de o aluno optar pelo curso que está mais relacionado com o seu projeto de vida. Isso torna mais flexível a sua trajetória pelo Ensino Médio e diminui a evasão escolar”, enfatiza Matiola.

De acordo com o Diretor de Articulação, a participação contrária à Reforma, sobretudo da comunidade acadêmica, professores e movimentos estudantis foi motivada por reivindicações já atendidas. Disciplinas como Artes, Educação Física, Filosofia e Sociologia permanecem na grade curricular da Educação Básica.

“Foram pontos aperfeiçoados enquanto se tramitou no Senado. Agora temos os debates junto ao Conselho Nacional de Educação. A Reforma não é imediata. Vai levar pelo menos um ano para ser regulamentada e, talvez, mais um ano pra entrar em vigor, junto com o novo currículo nacional”, observa.

Mais conhecimento sobre a ReformaDe acordo com o coordenador do Núcleo de Instituições

Educacionais da Associação Empresarial de Brusque (ACIBr), Maicon

“A Reforma do Ensino Médio: desafios e perspectivas”

Café de Ideias no Núcleo de Instituições Educacionais da ACIBr contou com a presença do diretor de Articulação com os Municípios, Osmar Matiola

A gente vem conversando sobre o modelo atual, que não funciona mais. A mudança é necessária

Maicon Rodrigo Moresco

O Diretor de Articulação com os Municípios da Secretaria Estadual de Educação, Osmar Matiola, ministrou a palestra “A Reforma do Ensino Médio: desafios e perspectivas”

Rodrigo Moresco, a intenção da escolha pelo profissional vinculado à Secretaria Estadual de Educação tinha como objetivo entender exatamente de que forma as instituições de ensino serão impactadas pela Reforma do Ensino Médio.

“Queremos reconhecer o que está sendo proposto como mudança e de que forma isso vai acontecer. Também queremos entender até que ponto é possível interagir e adotar este novo modelo que está sendo proposto, sobretudo em termos de educação profissionalizante”, afirma Moresco.

Segundo ele, nas próprias discussões do Núcleo, a Reforma era considerada uma mudança que precisava acontecer. “A gente vem conversando sobre o modelo atual, que não funciona mais. A mudança é necessária. Agora, na fase final do Ensino Médio, há a possibilidade do aluno decidir por uma área na qual tem mais aptidão e se dedicar. Hoje o estudante não tem mais pré-disposição em conhecer tudo, sobre tudo. E isso é um fator de evasão escolar, através da grade massificada,

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EDUCAÇÃO

engessada e da quantidade de conteúdo”, salienta Moresco.Já o reitor da Unifebe, Günther Lother Pertschy, destaca a importância

de fortalecer o Ensino Médio para receber no Ensino Superior estudantes mais preparados. “A universidade é a instância final deste processo. Então, quanto mais se discute a qualidade dos anos finais da Educação Básica, melhor será o ingresso no Ensino Superior”, pontua.

Para a diretora do Senac Brusque, Ana Cristina Belli, o Café de Ideias foi a oportunidade para refletir sobre as mudanças que as políticas públicas estão trazendo ao Ensino Médio e de que forma sua instituição

Professores e gestores em educação prestigiaram o evento

de ensino pode atuar em benefício dos alunos e da comunidade. “O principal ponto positivo é que as mudanças propostas vão reter mais alunos na escola. O mundo mudou e nossos adolescentes e jovens também têm necessidades diferentes. É preciso mudar para que eles tenham uma motivação maior na continuidade dos estudos”, afirma.

Fazem parte do Núcleo de Instituições Educacionais da Associação Empresarial de Brusque (ACIBr) o Colégio São Luiz, Faculdade São Luiz, Grupo Uniasselvi / Assevim, Colégio Cultura, Unifebe, Colégio Cônsul Carlos Renaux, Senai, Senac, Sesi, Sesc e Colégio Amplo.

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SEGURANÇA

epois de muita articulação com o Governo Estadual, deputados e o comando da Polícia Militar em Santa Catarina, Brusque foi contemplada com uma Escola de Formação de Soldados. A Associação Empresarial de Brusque (ACIBr) contribuiu decisivamente para

este resultado e não poupou esforços para esta conquista. “Foi realmente uma luta na qual as entidades, principalmente a ACIBr e a CDL, visitaram diversas autoridades no Estado, reivindicando a Escola de Formação de Soldados. Quando Blumenau disse que não tinha condições de realizar a escola nós intensificamos este lobby. É importante frisar também o apoio que tivemos do poder público em Brusque, Guabiruba e Botuverá”, avalia o presidente da ACIBr, Halisson Habitzreuter.

Segundo ele, apenas com a união de todos foi possível alcançar o objetivo almejado. “A segurança é fundamental para qualquer sociedade e a classe empresarial espera que estes esforços em conjunto possam trazer uma melhora nesta área para Brusque e região”, acrescenta.

Apoio fundamentalDe acordo com o Comandante da PM em Brusque, Tenente-

Coronel Moacir Gomes Ribeiro, esta mobilização das entidades de classe foi indispensável para o êxito do pedido. “Na nossa instituição, que é a Polícia Militar, a parceria com a ACIBr é fundamental para o apoio e engajamento em torno de uma segurança pública melhor para todos nós”, enfatiza.

Segundo Gomes, o Batalhão já estava quase sem esperanças de sediar uma Escola de Soldados e, por esta razão, se uniu às entidades

e ao poder público de Brusque, Guabiruba e Botuverá. “E se houve sucesso e o objetivo foi alcançado não tenho dúvidas que foi graças a estas parcerias. Não só no sentido de aplicar recursos necessários através do Fundo Municipal, como também de se deslocar até o Comando Geral em Florianópolis. Isso demonstra que não temos apenas estrutura financeira e material. Temos, também, o que é mais importante: o apoio da sociedade organizada”, detalha.

Para o Tenente-Coronel, são muitas as vantagens de sediar uma Escola de Soldados. A primeira delas é que, ainda em formação, os alunos podem contribuir em operações e policiamentos dos eventos que acontecem na cidade. Como são esperados mais de 30 soldados, haverá um significativo reforço na segurança pública neste período.

“Outro ponto importante está em apresentar aos PMs em formação a qualidade de vida que existe na nossa cidade. A expectativa é que eles se tornem candidatos para continuar o trabalho aqui depois de formados. O policial em formação é alguém mais maduro, que já tem curso superior e, muitas vezes, chega ao município acompanhado pela família. Então é importante que conheça, goste da cidade e, se possível, se estabeleça aqui”, observa.

A Escola de Soldados deve iniciar em Brusque logo na primeira quinzena de maio e a formatura está prevista até dezembro. É possível que estes policiais recém-formados, inclusive, trabalhem na Operação Veraneio, nas cidades do litoral, sem precisar deslocar outros policiais que atuam no 18º Batalhão de Brusque.

“Quero novamente agradecer a parceria da sociedade organizada, em especial a ACIBr. Foi com a união de esforços e voltados para um objetivo em comum que conseguimos trazer a Escola de Soldados para Brusque”, ressalta Gomes.

Brusque vai sediarnova Escola de Soldados

Formação inicia em maio e deve reunir mais de 30 policiais militares

Representantes da Segurança Pública do Estado participaram de uma reunião com a comitiva de Brusque e região, liderada pela ACIBr, em outubro do ano passado

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SEGURANÇA

a tarde de 28 de março, o presidente da Associação Empresarial de Brusque, Halisson Habitzreuter, e o diretor executivo da entidade, Cândido Horácio Godoy, visitaram a sede da Delegacia Regional de Brusque para entregar ofícios ao delegado Fernando de Faveri. O pedido

que solicita o repasse de 2% do IPVA que o Estado disponibiliza aos municípios foi reivindicado ao prefeito de Brusque, Jonas Oscar Paegle, e ao seu vice, José Ari Vequi, ao prefeito de Guabiruba, Matias Kohler e ao prefeito de Botuverá, José Luiz (Nene) Colombi. A iniciativa conta com a parceria da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Brusque.

“Viemos aqui cumprir o nosso acordo. A Associação Empresarial, juntamente com a CDL, se comprometeu no ano passado em colaborar com a Polícia Civil e Militar na questão da segurança pública. Para a Policia Civil tínhamos o compromisso de criar um Fundo para aperfeiçoamento e aparelhamento, nos moldes do que já existe na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros. Depois de várias conversas, inclusive com a municipalidade, nós tivemos a ideia de fazer um repasse de 2% da verba que os municípios recebem do Estado, através do valor do IPVA”, conta o presidente da ACIBr, Halisson Habitzreuter.

Segundo ele, este pedido foi formalizado aos prefeitos de Brusque, Guabiruba e Botuverá. “Todos foram bastante solícitos com a ideia e consideraram justo o percentual. Então a gente aguarda com bastante euforia para que isso se transforme em projeto de lei, encaminhado pelo Executivo para a aprovação na Câmara dos três municípios. Também vamos conversar com o presidente e demais vereadores no momento oportuno, para que a aprovação aconteça o quanto antes”, salienta Habitzreuter.

O presidente da ACIBr enfatiza que segurança pública é indispensável para a ordem social e deveria ser vista com mais sensibilidade pelo poder público, nas esferas municipal, estadual e federal. “Não existe desenvolvimento econômico em um local onde não existe segurança pública. Isto é básico. Então contamos com o respaldo dos prefeitos de Brusque, Guabiruba e Botuverá”, ressalta.

Fummpom e FunrebomO presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) Brusque,

Michel Belli, lembra do Fundo Municipal de Melhoramento da Polícia Militar (Fummpom) e Fundo Municipal de Reaparelhamento do Corpo de Bombeiros (Fumrebom). “Isso faz com que a nossa Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros sejam os mais bem equipados do Estado. O Fundo funciona muito bem. Então a gente quer que a Polícia Civil também seja beneficiada e quem ganha com isso são os munícipes de Brusque, Guabiruba e Botuverá”, avalia Belli.

Neste momento, ACIBr e CDL fecham o ciclo de visitas iniciais aos prefeitos, aguardam a criação do projeto de lei e esperam que a Câmara dos Vereadores das três cidades possam abraçar a mesma

causa. “Vale ressaltar que não é um imposto a mais que o cidadão vai pagar. É apenas o repasse de 2% do valor que o Estado já encaminha aos municípios através do IPVA”, explica.

GratidãoO delegado regional, Fernando de Faveri, recebeu com alegria

a atitude dos empresários vinculados a ACIBr e CDL. “A aprovação deste projeto nos dá uma nova dinâmica de atuação, para resolver, notadamente, despesas urgentes e para a manutenção da Polícia Civil no município. Hoje os recursos estão concentrados em Florianópolis. As despesas de mero expediente dependem do almoxarifado na Capital. Então desde uma lâmpada queimada ou de uma torneira com problemas, tudo depende de toda uma tramitação de documentos que, às vezes, pode levar um dia, semanas ou meses”, relata o delegado.

Segundo ele, o Fundo auxiliaria neste sentido, conforme já acontecem nas demais corporações da cidade: Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. “Nada mais justo, por uma questão de igualdade e isonomia, que a Polícia Civil também venha a ser contemplada. Assim, todas as instituições de segurança pública se sentem valorizadas”, observa.

Para o delegado, segurança pública é um tema que transcende a atividade policial e que envolve toda a sociedade, desde a população, os empresários, as entidades de classe e o poder público. “Esta solicitação veio de entidades respeitadas e fortes. Isso nos deixa extremamente felizes e confiantes e esperamos trabalhar cada vez mais próximos”, finaliza.

ACIBr e CDL solicitam criaçãode um Fundo para a Polícia Civil

Entidades apresentam solicitação aos prefeitos de Brusque, Guabiruba e Botuverá, e ao Delegado da Polícia Regional, Fernando de Faveri

O presidente da ACIBr, Halisson Habitzreuter e o diretor Executivo da entidade, Cândido Horácio Godoy, conversaram com o delegado regional Fernando de Faveri sobre a criação de um Fundo para a Polícia Civil

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NÚCLEO ACADEMIAS

os dias 17 e 18 de março diversos profissionais de educação física da região e de cidades como Blumenau e Joinville, estiveram reunidos em Brusque para participar do Curso de Hidroginástica com a professora Roxana Brasil, considerada uma das melhores instrutoras do país e com atuação

internacional. O evento foi promovido pelo Núcleo de Academias da Associação Empresarial de Brusque (ACIBr), e realizado na Academia Extreme, na unidade da rua Bulcão Viana.

O objetivo da capacitação foi contribuir para uma formação mais sólida e eficiente dos profissionais que atuam na área. “Com certeza foi um curso muito válido. A professora Roxana é uma referência na área de hidroginástica e o Núcleo acredita que um profissional não pode ficar muito tempo sem se atualizar. E isso motiva os alunos e conquista muitos outros, já que a hidroginástica não é voltada somente para pessoas da terceira idade”, comentou na oportunidade o coordenador do Núcleo de Academias da ACIBr, João Heitor Debrassi Benvenuti.

Capacitar para praticarAo todo, foram 12 horas de aulas práticas e teóricas, com diversos

métodos diferentes, onde foram abordadas as melhores formas de aproveitar as características do meio aquático para aprimorar a hidroginástica; treinos combinados sem a repetição de exercícios; técnicas e planejamentos eficazes; entre outros temas. Além disso, Roxana também trouxe diversas informações da área acadêmica, que possam ser implantadas na prática. “O fitness aquático tem várias atividades e uma das vertentes é a hidroginástica, por isso é preciso estar atento às novidades. A população brasileira está

Profissionais de educação físicade Brusque e região participam

de Curso de Hidroginástica

Capacitação foi oferecida

pelo Núcleo de Academias da

ACIBr e contou com a renomada

professora e personal trainer

Roxana Brasil

O médico Dr. Sebastião Alexandre I. de Lima, especializado em Ortopedia e Traumatologia; a renomada professora Roxana Brasil; o coordenador do Núcleo de Academias da ACIBr, João Heitor Debrassi Benvenuti, da Extreme Academia; e Lourdes Zanon, da CCN Academia

envelhecendo e treinar na água certamente irá oferecer melhor qualidade e quantidade de vida. Hoje temos pessoas com mais de 60 anos ativas, fisicamente bem mais preparadas do que muitos jovens, e todo esse olhar, essa reflexão aquática, foi o que também trouxemos para essa capacitação”, comentou a renomada professora.

Quem acompanhou alguns momentos do curso também foi

O evento foi promovido pelo Núcleo de Academias ACIBr e teve como objetivo contribuir para uma formação mais sólida e eficiente dos profissionais que atuam na área

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NÚCLEO ACADEMIAS

NOVIDADE

escritório regional de Brusque da Junta Comercial do Estado de Santa Catarina (JUCESC) ampliou sua prestação de serviço. Além da abertura e alterações de Empresa Individual (EI), abertura (constituição) de Empresa Individual de Responsabilidade Limitada

(Eireli), desde o mês de março foi disponibilizada também a abertura (constituição) de Sociedade Empresária, um trabalho interrompido em 2014 e que agora será retomado.

“Também almejamos, a partir de maio, fazer no Escritório Regional de Brusque, as alterações e transformações de Sociedade Empresária, Eireli e Empresa Individual”, explica o analista de registro mercantil da JUCESC, do escritório regional de Brusque, André Luís Brito Beck.

Com este incremento na prestação de serviço, a única atividade que o escritório regional da JUCESC não contempla é a Sociedade Anônima que, por questões técnicas, tramita, é analisado e recebe o registro apenas em Florianópolis, pela necessidade de ser submetido ao órgão colegiado.

“Todos os demais serviços vão passar a ser feitos aqui na unidade de registro mercantil de Brusque. Para o empresário o ganho é bastante significativo, porque isso reflete na celeridade dos processos. Nos encaminhamentos para análise e registro em Florianópolis, a média de tempo, entre o encaminhamento dos processos e a análise propriamente dita, é de 15 dias. Nós queremos reduzir em 1/3 este prazo, ou seja, atender a necessidade do empresário em até cinco dias”, afirma Beck.

Segundo ele, além da agilidade de atendimento, esta prestação de serviço na cidade também facilita a atuação dos escritórios de contabilidade, pelo acesso mais direto ao escritório regional. Em caso de dúvidas ou problemas que ocorram no decorrer do processo, é possível se dirigir diretamente ao escritório regional, sem a

Profissionais de educação físicade Brusque e região participam

de Curso de Hidroginástica

o médico Dr. Sebastião Alexandre I. de Lima, especializado em Ortopedia e Traumatologia. Para ele, é importante que as pessoas pratiquem atividades adequadas às suas condições físicas e também de acordo com a idade. “Às vezes, algumas pessoas insistem em manter a mesma atividade física, quando o corpo já mudou. E se respeitamos essa transição, os resultados serão muito melhores”, comentou.

A orientação também é que antes de iniciar alguma atividade física, as pessoas busquem indicação médica, bem como profissionais qualificados para a realização das atividades, para não prejudicar a saúde.

Troca de experiênciasEntre os 57 participantes do curso estava a educadora física

Daiana Neiss, que atua em Brusque. Para ela, além de ter sido uma

boa oportunidade de se atualizar o curso permitiu o network e a troca de ideias e experiências entre os profissionais. “Foi uma troca muito boa, nos unimos mais, pessoas de outras cidades também participaram e trouxeram as suas experiências e foi ótimo. Temos um público muito grande que participa das aulas de hidroginástica e foi uma excelente oportunidade de aprendizado”, comentou.

A também educadora física Andreia Waltrick foi uma das participantes que veio de Blumenau para prestigiar o curso. “Essas oportunidades são poucas aqui em nossa região e quando têm, temos que aproveitá-las. A professora é uma grande referência, e tê-la aqui em Brusque, foi fantástico. Tivemos várias orientações de muitos detalhes e cuidados que às vezes acabam passando, mas que fazem toda a diferença no dia a dia. Foi muito importante essa reciclagem”, avaliou.

necessidade de se reportar à Junta em Florianópolis. “A facilidade e a rapidez aumenta, não só para as empresas de

Brusque, mas também aos demais municípios que são vinculados formalmente ao nosso escritório, que são Guabiruba, Botuverá, Nova Trento e São João Batista, bem como as demais cidades da região que também optam pelos nossos serviços”, enfatiza Beck.

O escritório regional da JUCESC em Brusque funciona anexo à Associação Empresarial de Brusque (ACIBr). O horário de atendimento da Junta é de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h30min às 17h. Mais informações pelo telefone (47) 3351-1588.

Escritório Regional da Jucesc oferece novos serviços

Desde o mês de março está em funcionamento a abertura/constituição de Sociedades Ltdas

A equipe do escritório regional de Brusque da Junta Comercial do Estado de Santa Catarina

O

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50 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017

Núcleo Empresas Contábeis

Obrigações Acessórias: você sabe o que é?

Você sabia que a simples emissão de uma NFe é uma obrigação acessória?O Brasil possui atualmente mais de 150 obrigações acessórias representadas

por declarações e arquivos digitais. Na era digital, o fisco cada vez mais se utiliza da tecnologia para fiscalizar,

cruzando informações de uma maneira inimaginável até bem pouco tempo atrás. O resultado se vê no aumento significativo de autuações fiscais.

A maioria das empresas de contabilidade perde quase a totalidade de seu esforço de trabalho com as obrigações acessórias, por isso a qualidade das informações prestadas pelo empresário ao seu contador são de muita importância. São elas que vão alimentar essas obrigações acessórias e a qualidade desta informação é que poderá evitar futuras autuações.

Pense nisso empresário!

Abertura e alterações de empresas

Os caminhos para a formalização e alterações estão complicados!

Atualmente Santa Catarina possui um programa chamado REGIN, criado em 2006 com a finalidade de unificar e agilizar o procedimento de constituição e alteração de empresas no Estado. Criado com a melhor das intenções, passou por seus momentos de glória, funcionou muito bem, agora não podemos afirmar o mesmo, o colapso chegou.

O sistema que foi criado para agilizar e padronizar, atualmente está atrapalhando as alterações e constituições de empresas, tendo em vista que dele parte a autorização de todos os órgãos públicos para se iniciar os registros de uma empresa.

A simples autorização para se iniciar a abertura de uma empresa, chega a demorar 20 dias. Após este período de espera, inicia-se os registros dos atos, passando primeiramente pela Junta Comercial que irá registrar o Contrato e liberar o CNPJ; em seguida dependerá da liberação do Alvará dos Bombeiros, Vigilância Sanitária, algumas atividades necessitarão da dispensa ou licença da Fundema.

Com estes documentos em mãos, é solicitado o Alvará da Prefeitura que em alguns casos poderá ser Provisório e, por último, libera-se a Inscrição Estadual e enfim, o empresário estará regularizado perante o Governo para trabalhar.

Fazendo uma conta rápida, chegamos a conclusão de que estamos vivendo um verdadeiro caos para registrar uma empresa. Segue abaixo:

1º Passo: REGIN – 15 Dias 2º Passo: Registro Contrato e CNPJ – 5 Dias3º Passo: Alvará Bombeiros – 4 Dias4º Passo: Alvará Sanitário – 20 Dias 5º Passo: Prefeitura de Brusque – 30 Dias6º Passo: Secretaria da Fazenda SC – 1 DiaO empresário leva em média 75 dias para conseguir

se formalizar. Neste período, o empresário deixa de arredar impostos e dar empregos formais, aumentado ainda mais o problema financeiro da nossa economia.

Será que não está faltando interesse dos Governos Municipais, Estaduais e Federais com os empresários e futuros empresários?

Empresário e contador: uma via de mão dupla

A relação entre contadores e empresários é saudável e produtiva se ambas as partes agirem com ética e respeito.

O contador deve tratar as informações da empresa de forma correta, tanto de acordo com as leis vigentes como com a sua ética profissional. Também é obrigação do empresário administrador da empresa tratar as informações de forma apropriada, fazendo com que as informações que são enviadas para o contador estejam sempre corretas, pois o contador mesmo que receba informações errôneas, seja ela em documentos ou arquivos eletrônicos, essas informações não podem ser modificadas ou alteradas, porque nos dias atuais o governo se utiliza das tecnologias para vigiar e fiscalizar o contribuinte.

A responsabilidade dos profissionais da contabilidade é muito grande, pois precisam estar sempre preparados para fornecer uma orientação correta para o administrador da empresa, e por outro lado ter pleno conhecimento das diversas legislações para atender as exigências do Fisco.

Alguns empresários gestores possuem imperfeições em sua administração que prejudicam a relação com o escritório de contabilidade e consequentemente o trabalho apresentado pelo contador. São várias atitudes que demonstram falta de compromisso com o contabilista, como pagamentos atrasados do honorário dos serviços prestados, informações incorretas, falta de atenção ao trabalho prestado pela empresa de contabilidade.

A relação entre contador e empresário deve ser uma via de mão dupla, ou seja, o empresário deve se conscientizar do seu papel e dar o primeiro passo no trabalho conjunto a ser realizado com o seu contador.

Há aqueles empresários que esperam o melhor do contabilista, mas, para isso, fornecem a matéria-prima necessária para que o resultado devolvido pelo contador seja o esperado.

Isso resume um pouco da ética de trabalho de muitos profissionais da contabilidade, esperar pelo melhor dos clientes para poder fornecer excelência em troca. Recomendamos aos empresários que trabalhem em via dupla com seu contador e que sempre valorizem e olhem para esse ofício como algo importante e significativo para a sua empresa.

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51REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017

Na semana antes do ano letivo iniciar, o Núcleo de Instituições Educacionais de Brusque teve o prazer de se encantar com o professor Max Haetinger, e nos trouxe algumas reflexões.

Cada vez mais ouvimos falar que a educação precisa ser repensada, que modelos usados já não servem mais, que agora os alunos aprendem de forma diferente. Uma coisa é fato: informação e conteúdo estão disponíveis em todos os lugares, é fácil encontrar quase tudo sobre tudo.

O desafio é relacionar-se num mundo que está cada vez mais conectado virtualmente. Resgatar o contato entre as pessoas, sentir a emoção do “olho no olho”. Saber conversar, ouvir e respeitar os indivíduos que possuem personalidades tão distintas e maneiras tão peculiares de se envolver recursos tecnológicos para sala de aula e fazer desse ambiente um espaço de colaboração.

A sala de aula deve ser ambiente de perguntas e não de respostas prontas, onde o professor, é mediador dessa busca pela curiosidade que move, auxiliando-os a descobrirem juntos, a juntar as informações que encontram, a

descartar o que não será preciso e enaltecer aquilo que buscavam.Livro didático é apenas o início de uma grande descoberta que pode

ser feita em grupo, discutida, levantada hipóteses. Não é tarefa fácil para o professor, fazemos parte de uma geração em transição, onde nossa educação não acontecia dessa forma, afinal éramos também alunos diferentes.

O que precisamos é aprender uns com os outros, formação, informação. Ouvir o nosso aluno, e fazer com que ele aprenda a ouvir. Aprender entre os professores com práticas que funcionam, aprender com a sociedade que está em constante transformação.

Para isso, o professor precisa comunicar-se de maneira clara, fazer isso bem. Assim como o aluno. Sem comunicação não há aprendizagem, não há troca. Nosso desafio é fazer com que a sala de aula seja o espaço que encanta, por ser o espaço que gera vida, conhecimento e aprendizagem, e tudo isso gere prazer, o prazer por fazer parte de um processo onde aprender e ensinar é uma troca mútua, independente de ser o professor ou o aluno.

Núcleo Instituições Educacionais

Encantar em sala de aula!

ARTIGO

Louise Dorow Caetano - Supervisora de Educação SESI Escola

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