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ANO 44 / Nº 3.976 / R$ 2,00 15 A 21 DE JUNHO / 2012 Iniciativas de tirar o chapéu Itaporã realiza 9ª Festa do Leitão no Rolete Artuzi promete dar o troco a seus algozes Dois acontecimentos marcaram a semana que passou, em Dourados; a realização da I Feira do Livro e a instalação de uma cabine de leitura na Praça Antônio João. P.02 EDSON FREITAS “Não me prenderam e me cassaram me acusando de ladrão? pois agora chegou a hora de dar o troco!”, garante, enigmático, o ex-prefeito. P.04 ARQUIVO ARQUIVO P.10 DIRETOR: JOSÉ HENRIQUE MARQUES João Grandão usa entrega de máquinas para marcar sua volta RETORNO 40 máquinas pesadas foram entregues à prefeituras S 50 Diesel menos poluente é ignorado por postos Poucos postos em Dourados oferecem o diesel S 50. Veículos fabricados em 2012 só podem utilizar este combustível. P.05 TORPEDOS Marçal pode tornar-se a principal liderança política de Dourados P.03 PROTESTO Dourados prepara a 1ª ‘Marcha das Vadias’ Organizadores do evento esperam realizá-lo no mês de julho e reunir pelo menos duas mil pessoas nas ruas da cidade. P.08 REVANCHE Revelações deverão ser feitas antes do dia 30 DATA CÂMARA 2012 Dez partidos formam três blocos para a disputa Três coligações partidárias, envolvendo dez partidos, já ensaiam a possibilidade de realizar a convenção eleitoral em conjunto, no dia 30, prazo final definido pela legislação. P.03 Ari Artuzi diz que foi forçado a renunciar a Prefeitura de Dourados Depois de sair de cena com pouca saúde política, a bordo de ambulâncias, o ex-deputado federal João Grandão e atual delegado regional do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) no MS mostra que está recuperado. P.03 EDSON FREITAS

Edição 187

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De 15 a 21 de junho de 2012

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Page 1: Edição 187

ano 44 / nº 3.976 / R$ 2,00 15 a 21 de junho / 2012

Iniciativas de tirar o chapéuItaporã realiza 9ª Festa do Leitão no Rolete

Artuzi promete dar o troco a seus algozes

Dois acontecimentos marcaram a semana que passou, em Dourados; a realização da I Feira do Livro e a instalação de uma cabine de leitura na Praça Antônio João. p.02

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“Não me prenderam e me cassaram me acusando de ladrão? pois agora chegou a hora de dar o troco!”, garante, enigmático, o ex-prefeito. p.04

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p.10

diretor: José HenRique MaRques

João Grandão usa entrega de máquinas para marcar sua volta

retorno

40 máquinas pesadas foram entregues à prefeituras

s 50

Diesel menos poluente é ignorado por postosPoucos postos em Dourados oferecem o diesel S 50. Veículos fabricados em 2012 só podem utilizar este combustível. p.05

torpedos

Marçal pode tornar-se a principalliderança política de Dourados p.03

protesto

Dourados prepara a 1ª ‘Marcha das Vadias’Organizadores do evento esperam realizá-lo no mês de julho e reunir pelo menos duas mil pessoas nas ruas da cidade. p.08

revanche

Revelações deverão ser feitas antes do dia 30

data

câmara 2012

Dez partidos formam três blocos para a disputaTrês coligações partidárias, envolvendo dez partidos, já ensaiam a possibilidade de realizar a convenção eleitoral em conjunto, no dia 30, prazo final definido pela legislação. p.03

Ari Artuzi diz que foi forçado a renunciar a Prefeitura de Dourados

Depois de sair de cena com pouca saúde política, a bordo de ambulâncias, o ex-deputado federal João Grandão e atual delegado regional do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) no MS mostra que está recuperado. p.03

edson freitas

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Iniciativas de tirar o chapéu

Jornalista responsável: José Henrique Marques - DRT/MS 192 CNPJ: 08.792.017/0001-30 - INPI Nº 013887 de 17/08/1974 - Cartório 1º Ofício nº 11/68Fundada em 08-03-1968 por Theodorico Luiz Viégas

Dois acontecimentos marcaram a semana que passou, em Dourados. A reali-zação da I Feira do Livro, uma promoção da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), e a instalação de uma cabine de leitura na Praça Antonio João, por iniciativa do jornalista Nicanor Coelho. Duas ideias que visam promover a leitura entre os dou-radenses, dignas de nota.

Dado o tumulto e fila formada pelos visitantes da Feira de Livros presume-se que o evento foi um sucesso. Derruba um pouco por terra o mito de que brasileiro não gosta de ler. Muito mais crível é a tese de que o brasileiro não tem dinheiro para ler. Mas quando ele tem acesso a livros de preços razoáveis ficou comprovado que ele compra.

O jornalista Nicanor Coelho é um entusiasta da leitura. Mais que isso, um promotor do livro e da cultura. A instalação da sua cabine à inglesa, que pretende ser

parte da Rede de Bibliotecas Comunitárias (RBC), ousadia louvável do jornalista, não é a primeira ação de Nicanor Coelho que entre outras coisas já publicou diversos livros pela sua editora e é fundador da Academia Douradense de Letras. Já é imortal, ele e seu trabalho.

Enquanto o país e particularmente Dourados sofre as conseqüências de des-vios de dinheiro da Educação, por políticos e funcionários corruptos, iniciativas assim dão alento ao cidadão que teima em ter esperança.

Muitos políticos (muitos mesmo) serão lembrados pelos escândalos de corrupção que protagonizaram, foram coadjuvantes ou coniventes. Outro tanto pelos desmandos, trapalhadas, inoperância, incompetência. Al-guns Poucos pelo bem que proporcionaram. Já iniciativas tão simples (contudo grandio-sas), farão lembrar os seus idealizadores pelo bem que estão fazendo pela educação.

15 a 21 de junho de 201202 Opinião

Editorial

frasE da sEmana

“O estresse é feroz, inimaginável. Descobri, pela primeira vez, que estava sozinha. Encarei a morte e a solidão. Lembro-me do medo quando minha pele tremeu. Tem um lado que marca a gente pelo resto da vida”.

Presidenta Dilma Rousseff, em relato sobre as torturas que ela sofreu nos porões da ditadura

clichÊ Mauro Malin (*)

Uma parte do que sai nos jornais, necessariamente uma pequeníssima parte, contém informações mais retumban-tes do que a maior parte do noticiário corrente, por mais que este seja apurado, escrito e editado para fazer alarde. Alarde merecido ou fabri-cado.

A coluna de Melchiades Filho na Folha de S. Paulo de segunda-feira (11/6), sob o título “Carrossel laranja”, tem essa dimensão. Segun-do o jornalista, relatório do Ministério da Fazenda sobre movimentação financeira da Delta soma R$ 115 milhões em “transações atípicas” destina-das a um grupo de empresas de fachada cuja atividade se resumia em “emitir notas frias para esquentar os montantes desviados”.

Até aqui, apenas o famo-so caixa dois. Mas de quem? No início do texto, Melchiades afirma, com base na documen-tação do inquérito, que o bi-cheiro Carlos Cachoeira “era, na verdade, o braço regional de uma quadrilha que atuava em todo o país com o objetivo de fraudar licitações e sugar dinheiro público”.

No penúltimo parágrafo, o articulista é bem específico:

“Mais 1: a mesma teia de laranjas aparece em projetos do PAC da Copa, do PAC da Mobilidade, do PAC do etc. Mais 2: essas firmas fantasmas foram empregadas também por outras construtoras gran-des. Mais 3: seus pagamentos e saques cresceram em períodos eleitorais”.

Tudo sopesado, Melchia-des Filho conclui que “o laran-jal é (ou deveria ser) a nova fronteira das investigações”. Em outras palavras: a Delta pode ser a parte visível da pandilha.

Política, administração e crime organizado

Informações que cir-cularam pela internet em

meados de abril apontavam Cachoeira como a ponta vi-sível de um amplo grupo de bicheiros/exploradores de caça-níqueis de diferentes regiões brasileiras. O que se tem agora é mais do que isso. Tratar-se-ia de uma organi-zação que agrega mafiosos e construtoras, uma ampliação da dobradinha Cachoeira-Delta. Nas palavras do co-lunista da Folha, “um amplo esquema multipartidário de corrupção e a sujeição do sistema político ao crime organizado”.

A DeltA e outrAsA revista Época talvez

seja a melhor fonte de infor-mações consistentes acumula-das sobre o caso Cachoeira e conexos. Há quase três meses comparece semanalmente com notícias cada vez mais amplas sobre o escândalo. Na edição datada de 11 de junho, apresenta o personagem Rub-maier Ferreira de Carvalho, que ocupa uma das salas do escritório de contabilidade Teccon. Diz a reportagem que...

“a PF encontrou as di-gitais de Rubmaier na Brava Construções e na Alberto & Pantoja, as duas maiores empresas de fachada da rede de Cachoeira. Pelas contas bancárias das duas empresas passaram cerca de R$ 40 milhões entre 2010 e 2011. A maior parte desses recursos foi depositada pela Delta”.

Entre os R$ 115 milhões mencionados acima e esses R$ 40 milhões cabem R$ 75 mi-lhões. Seria parcela correspon-dente à participação de outras construtoras no esquema?

Jornalismo e investiga-ções policiais

Questiona-se, com razão, o “jornalismo sobre investiga-ções”, tal como caracterizado pelo professor da Universi-dade de Brasília Solano Nas-cimento, autor do livro Os

novos escribas: reportagens inteiramente calcadas em atividades do Ministério Pú-blico ou da polícia, carentes de investigação jornalística propriamente dita.

Tão grave quanto isso, ou pior, é a falta de jornalismo sobre determinadas investi-gações judiciais, ou aspectos dessas investigações. É que às vezes a mídia simplesmente não tem força para enfrentar a coalizão de interesses que se ergue entre o vislumbre de uma grande história e a possi-bilidade de contá-la.

Foi-se o tempo em que fraudar licitações, obter adi-tivos e outras modalidades de roubo de recursos públicos eram praticados num circuito restrito de empresas e fun-cionários públicos. Crimes de colarinho branco tornaram-se negócios atraentes para gân-gsteres.

Esse parece ser o maior ensinamento do episódio Ca-choeira, Demóstenes et cater-va. Se roubar o Estado se tor-nou tão bom negócio, porque permaneceria território exclu-sivo de empresas, funcionários públicos e políticos?

Mas, atenção: quando um esquema é desvendado, ele, por isso mesmo, já foi superado e novas modalida-des entraram em operação. Na moita.

Ou o distinto público supõe que os interessados iriam renunciar às quotas de dinheiro fácil e enriqueci-mento súbito, subproduto tão notório do processo eleitoral e administrativo brasileiro? Não é demais lembrar que obras de grande visibilidade são uma espécie de campanha eleitoral entre as datas bienais em que o cidadão é chamado às urnas. O espetáculo do marketing político é como as sessões do velho Cineac Trianon, no Rio de Janeiro: começa quando você entra na sala de projeção.

Cpi do Cachoeira: e se a Delta não for uma andorinha solitária?

chargE

De todos os sentidos, o mais importante para a aprendizagem do amor, do viver juntos e da cidadania é a audição. Disse o escritor sagrado: “No princípio era o Verbo”. Eu acrescento: “Antes do Verbo era o silêncio.” É do silêncio que nasce o ouvir. Só posso ouvir a palavra se meus ruídos interiores forem silenciados. Só posso ouvir a verdade do outro se eu parar de tagarelar. Quem fala muito não ouve. Sabem disso os poetas, esses seres de fala mínima. Eles falam, sim. Para ouvir as vozes do silêncio. Veja esse poema de Fernando Pessoa, dirigido a um poeta: “Cessa o teu canto! Cessa, que, enquanto o ouvi, ouvia uma outra voz como que vindo nos interstícios do brando encanto com que o teu canto vinha até nós. Ouvi-te e ouvia-a no mes-mo tempo e diferentes, juntas a cantar. E a melodia que não havia se agora a lembro, faz-me chorar...” A magia do poema não está nas palavras do poeta. Está nos interstícios silenciosos que há entre as suas palavras. É nesse silêncio que se ouve a melodia que não havia. Aí a magia acontece: a melodia me faz chorar.

Não nos sentimos em casa no silêncio. Quando a conversa para por não haver o que dizer tratamos logo de falar qualquer coisa, para por um fim no silên-cio. Vez por outra tenho vontade de escrever um ensaio sobre a psicologia dos elevadores. Ali estamos, nós dois, fechados naquele cubículo. Um diante do outro. Olhamos nos olhos um do outro? Ou olhamos para o chão? Nada temos a falar. Esse silêncio, é como se fosse uma ofensa. Aí falamos sobre o tempo. Mas nós dois bem sabemos que se trata de uma farsa para encher o tempo até que o elevador pare.

Os orientais entendem me-

lhor do que nós. Se não me enga-no o nome do filme é “Aconteceu em Tóquio”. Duas velhinhas se visitavam. Por horas ficavam juntas, sem dizer uma única palavra. Nada diziam porque no seu silêncio morava um mundo. Faziam silêncio não por não ter nada a dizer, mas porque o que tinham a dizer não cabia em palavras. A filosofia ocidental é obcecada pela questão do Ser. A filosofia oriental, pela questão do Vazio, do Nada. É no Vazio da jarra que se colocam flores.

O aprendizado do ouvir não se encontra em nossos currícu-los. A prática educativa tradi-cional se inicia com a palavra do professor. A menininha, Andréa, voltava do seu primeiro dia na creche. “Como é a professora?”, sua mãe lhe perguntou. Ao que ela respondeu: “Ela grita...” Não bastava que a professora falasse. Ela gritava. Não me lembro de que minha primeira professora, Da. Clotilde, tivesse jamais gri-tado. Mas me lembro dos gritos esganiçados que vinham da sala ao lado. Um único grito enche o espaço de medo. Na escola a violência começa com estupros verbais.

Milan Kundera conta a es-tória de Tamina, uma garçonete. “Todo mundo gosta de Tamina. Porque ela sabe ouvir o que lhe contam. Mas será que ela ouve mesmo? Não sei... O que conta é que ela não interrompe a fala. Vocês sabem o que acontece quando duas pessoas falam. Uma fala e outra lhe corta a palavra: ‘é exatamente como eu, eu...’ e começa a falar de si até que a primeira consiga por sua vez cortar: ‘é exatamente como eu, eu...’Essa frase ‘é exatamente como eu...’ parece ser uma ma-neira de continuar a reflexão do outro, mas é um engodo. É uma revolta brutal contra uma violência brutal: um esforço

para libertar o nosso ouvido da escravidão e ocupar à força o ouvido do adversário. Pois toda a vida do homem entre os seus semelhantes nada mais é do que um combate para se apossar do ouvido do outro...”

Será que era isso que acon-tecia na escola tradicional? O professor se apossando do ouvido do aluno ( pois não é essa a sua missão?), penetrando-o com a sua fala fálica e estuprando-o com a força da autoridade e a ameaça de castigos, sem se dar conta de que no ouvido silencioso do aluno há uma melodia que se toca. Talvez seja essa a razão porque há tantos cursos de ora-tória, procurados por políticos e executivos, mas não haja cursos de escutatória. Todo mundo quer falar. Ninguém quer ouvir.

Todo mundo quer ser es-cutado. (Como não há quem os escute, os adultos procuram um psicanalista, profissional pago do escutar.) Toda criança também quer ser escutada. Encontrei, na revista pedagógica italiana “Cem Mondialità” a sugestão de que, antes de se iniciarem as ativida-des de ensino e aprendizagem, os professores se dedicassem por semanas, talvez meses, a simplesmente ouvir as crianças. No silêncio das crianças há um programa de vida: sonhos. É dos sonhos que nasce a inteligência. A inteligência é a ferramenta que o corpo usa para transformar os seus sonhos em realidade. É pre-ciso escutar as crianças para que a sua inteligência desabroche.

Sugiro então aos profes-sores que, ao lado da sua justa preocupação com o falar claro, tenham também uma justa pre-ocupação com o escutar claro. Amamos não é a pessoa que fala bonito. É a pessoa que escuta bonito. A escuta bonita é um bom colo para uma criança se assen-tar... (*)Filosofo e escritor.

A arte de ouvirlinotipo rubeM alves (*)

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Imagem de protesto na Espanha - que correu o mundo na semana passada - aplicaria-se bem a Dourados!

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e com uma máquina po-derosa para cavar votos. Como em 2014 seu padri-nho político, Delcídio do Amaral, é candidato ao Governo, João Grandão não vem como para-quedista, vem para disputar uma vaga.

Em altaMesmo sem manda-

to Grandão não perdeu prestigio dentro do PT. Pelo contrário, carregado pelo braço pelo senador Delcídio do Amaral, ele foi conduzido à direção da De-legacia do MDA no estado, um importante órgão do Governo Federal respon-sável pelo investimento de milhões de reais na agri-cultura, principalmente na agricultura familiar e em projetos de reforma

agrária, um setor estraté-gico, onde João Grandão continua transitando com a desenvoltura com que ain-da frequenta os ministérios em Brasília e que o levou a dois mandatos de deputado federal.

Tudo indica que João Grandão pre-para sua volta para a Câmara Federal. Preo-cupação para os dois atuais federais por D o u r a d o s , Marçal Filho e Geraldo Resende, ambos do PMDB. Com o poder que tem nas mãos, hoje, Gran-dão será candidato com potencial para garantir uma vaga. Como Dourados, em tese, não tem votos su-ficientes para eleger três

deputados federais, Apenas dois desses três nobres douradenses terão um lu-gar ao sol de Brasília. Com João Grandão na cama o cobertor vai ficar curto.

Ainda durante o even-to, foi assinado termo de co-operação entre o Governo

do Estado e o Ministério do Desenvolvi-mento Agrá-rio. A inten-ção é incenti-var em Mato Grosso do Sul o programa

Rede Brasil Rural, onde será criada uma platafor-ma virtual para a comer-cialização de produtos da agricultura familiar. Essa será mais uma máquina pesada para João Grandão operar no estado.

João Grandão está de volta para embolar meio de campo

“Há pessoas que só fazem promessas pelo prazer de não mantê-las.” (William Hazlitt)

“Eu segurei muitas coisas em minhas mãos, e eu perdi tudo; mas tudo que eu coloquei nas mãos de Deus eu ainda possuo.” (Martin Luther King)

“As decepções na vida são como quebra-molas - coisas que se tem que ultrapassar para poder desfrutar do resto da viagem.” (H. Jackson Brown)

José Henrique Marques

LideMarçal pode tornar-se principalliderança política de Dourados

Aparentemente o deputado federal Marçal Filho (PMDB) está numa sinuca de bico quanto a sua postulação à Prefeitura de Dourados nas eleições de 7 de outubro. Tudo por conta da postura dúbia do governador André Puccinelli que, espertamente, vem desfrutando do res-caldo da Operação Uragano, não obstante estar também bastante encrencado. Em surdina argumenta ser temero-so viabilizar milhões para campanhas eleitorais, leia-se caixa 2. Mas, dialeticamente pavimenta sua eleição ao Senado Federal.

Como não quer arriscar e nem se indispor com o prefeito Murilo Zauith, o governador vem fazendo pouco caso com a candidatura de Marçal Filho, que já admite um plano B: recuar e lançar a esposa, a radialista Kelia-na Fernandes, do PSC, criando assim um fato novo e lhe dando cacife para se lançar a deputada estadual lá na frente. Isso é tudo o que quer André e Murilo.

Mas, por quê Marçal descartaria uma aliança com o PSB se tem tudo para indicar Keliana como vice? O depu-tado sabe que seu futuro político depende de autonomia. Ficar embretado entre o prefeito e o governador é muito arriscado. Ambos, com certeza, terão outros ungidos para a Câmara Federal em 2014.

Nesse prisma fica muito forte a tese de que Marçal não tem nada a perder se manter sua candidatura a pre-feito de Dourados - claro se viabilizar um mínimo de es-trutura. Caso seja derrotado terá feito uma pré-campanha à Câmara Federal, reafirmará o compromisso do PMDB de disputar essa eleição e afastará a suspeita de capitular em troca de favores condenáveis na vida pública.

Uma vez vitorioso se tornará a grande e principal liderança política do interior de Mato Grosso do Sul. Irá impor uma derrota exemplar a notáveis do espectro pe-tista ao peemedebista do governador Puccinelli. É bom lembrar que o eleitorado de Marçal Filho é o mesmo que elegeu Laerte Tetila (PT) e Ari Artuzi (então PDT) e onde Murilo tem alta rejeição.

RetrancaCereais – Informações

dão conta que o Ministério Público Federal e a Polícia Federal estariam atentos a grupo empresarial-político que deve receber uma bo-lada de R$ 150 milhões por conta da famigerada e vergo-nhosa renúncia fiscal.

Representatividade – De olho no eleitorado da Grande Dourados, o gover-nador André Puccinelli quer o deputado estadual George Takimoto como seu primeiro suplente na chapa que enca-beçará ao Senado Federal em 2014. As conversas estão adiantadas.

Hipermercado – A Car-refour, rede internacional fundada na França, em 1960, prepara para sua entrada no mercado de Dourados. Teria comprado por R$ 15 milhões a área onde funciona a ga-ragem da Viação Motta, na Marcelino Pires.

Recuo – O senador Delcí-dio do Amaral (PT) já repensa seu projeto de candidatar-se ao governo em 2014. É que a movimentação do governador André Puccinelli nas eleições municipais está “fechando” o Estado para o PMDB. André está tratorando lideranças.

Marketing – O prefeito Murilo Zauith (PSB) está com a bola cheia em Doura-dos, apesar dos problemas crônicos na área de saúde. Investe na classe média. Sabe que na periferia com obra ou sem obra terá que ter algo a mais para se re-eleger.

Base – O grupo político do ex-governador Zeca do PT trabalha para estruturar em todo o MS a tendência Cons-truindo um novo Brasil (CNB), a corrente majoritária, em ní-vel nacional, do partido. Quer chegar mais forte na eleição do diretório regional em 2013.

Reflexão

[email protected]

torpedos

Quem cala consente, não é mesmo deputado do baixo clero?

Telegráfica

Depois de sair de cena com pouca saúde política, a bordo de ambulâncias, o ex-deputado federal João Grandão e atual delegado regional do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) em Mato Grosso do Sul está de volta, com a saúde plenamente restabe-lecida e, agora, carregado por veículos muito mais potentes: 19 retroescava-deiras entregues a diversas prefeituras do estado para serem utilizadas no apoio à agricultura familiar. In-vestimento da ordem de R$ 6,5 milhões, recursos do PAC II.

Além das 19 retro-escavadeiras, 21 equipa-mentos foram entregues, na semana passada, pelo Ministério. Autoridade maior do MDA no estado, João Grandão ganhou lugar de destaque na cerimônia. Nas fotos em que aparece, além das máquinas, outras figuras de peso fazem com-panhia a Grandão, como o ministro, Pepe Vargas (MDA), seu padrinho e se-nador, Delcídio do Amaral (PT), senador Waldemir Moka (PMDB), governador André Puccinelli e depu-tados federais, estaduais e prefeitos.

O ex-deputado ficou um longo período fora das lentes da imprensa, mas na última semana resolveu sair da sala que ocupa na Delegacia do MDA, em Campo Grande, para resta-belecer seu contato com a mídia e dizer a quem possa interessar que está de volta – muito bem acompanhado

15 a 21 de junho de 2012 03PolíticaCobertor CurtoColuna NascimeNto

Três coligações par-tidárias, envolvendo dez partidos, já ensaiam a possibilidade de realizar a convenção eleitoral em conjunto, no dia 30, prazo final definido pela le-gislação, para confirmar a formação de chapas proporcionais e o apoio à candidatura majoritária do atual prefeito Murilo Zauith em caso deste con-firmar o desejo de tentar um novo mandato.

O PT, que detém duas vagas na Câmara (Dirceu Longhi e Elias Ishy), vai se aliar ao PSL presidido no Município pelo ex-verea-dor Luiz Machado. Antes deles, no começo de junho, foi criado o “P4”, grupo

formado pelos pretenden-tes a uma vaga de verea-dor pelo PV-PTB-PCdoB-PRTB e que também já decidiu, antecipadamente, pelo apoio à eventual can-didatura à reeleição do atual prefeito.

No final de semana, foi concluída mais uma coligação: DEM-PR-PPS-PSB, quatro partidos que já contam com seis ve-readores com mandato e todos interessados em disputar a reeleição. No primeiro, são vereadores Idenor Machado, Cido Medeiros, Pedro Pepa e Gino Ferreira. Albino Mendes ocupa o mandato pelo PR e Walter Hora é vereador do PPS.

Essa formação pré-eleitoral, envolvendo os dez partidos, ainda de-pende de homologação nas respectivas convenções, quando também deverá ser definida a forma de participação na disputa. A tendência dos dez é apoiar a proposta de candidatura à reeleição do atual pre-feito Murilo Zauith, pelo PSB, o que deve ser con-firmado apenas na última semana do mês. O Partido Socialista decidiu que vai realizar a convenção no último dia permitido pela lei eleitoral, 30. Pode acon-tecer de todos os eventuais futuros aliados optarem pela mesma data.

Nesse compasso, per-

manecem de fora desse arco de alianças, até que se confirmem novas arti-culações que vem sendo feitas nos bastidores, o PDT e o PRB, dentre os partidos que atualmente possuem representação na Câmara, e o PMDB, que ensaia outro projeto no campo majoritário. Cemar Arnal e Alberto Alves dos Santos “Bebeto” são candidatos à reeleição pelo primeiro e Juarez do Esporte deverá tentar um novo mandato pelo segun-do, da mesma forma que a vereadora Délia Razuk é a única representante no PMDB.

(*) Do Douranews.

Partidos de Dourados já formaram três blocos para disputar a Câmara

eleição 2012 clóvis de oliveira (*)

Tudo indica que João Grandão

prepara sua volta para a Câmara

Federal

O ex-deputado federal João Grandão ocupou lugar de destaque na cerimônia

Arquivo

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15 a 21 de junho de 201204 PolíticaBomBa Valfrido SilVa

Artuzi ameaça sacudir o Estado, antes das convenções, com revelações sobre retornos

arquivoO assento preferido para

receber visitas continua sen-do a indefectível cadeira de fios, só um pouco mais reforçada que a do flagran-te do crime pelo qual foi acusado, por isso tendo sido preso e depois renunciando à prefeitura de Dourados. O puxadinho da casa que ga-nhou de Humberto Teixeira no emblemático Canaã, com a famosa churrasqueira onde Eleandro Passaia sapecava uma costela à moda gaúcha para o chefe deu lugar a uma acanhada varanda ao lado de uma birosca da nova esposa, na Vila Industrial. O que não mudou no Ari Valdecir Artuzi, depois do xilindró e do câncer (do qual se diz curado) é a disposição de falar de política. E, enquanto sonha com alguma brecha na lei da ficha-limpa que lhe dê o direito de se candidatar pelo menos a vereador, já nestas eleições, promete sacudir o Estado, nos próximos dias,

com bombásticas revelações sobre os famigerados retor-nos. “Não me prenderam e me cassaram me acusando de ladrão? pois agora chegou a hora de dar o troco!”, garan-te, enigmático, o ex-prefeito.

Depois de vários telefo-nemas, cada dia de um núme-ro diferente, sempre dando apenas um toque (senha para o retorno) não apenas porque usa celular a cartão, mas pelo trauma dos grampos da Owari e da Uragano, mais uma vez lá vou eu ao encontro do Val-decir. Ele está inquieto pela embromação de Marçal Filho, o único adversário que vê em condições de “surrar” Murilo Zauith nas urnas. “Já ganhou a eleição”, diz, muito mais como torcedor sedento de vingança contra aquele que acusa de ter tramado sua deposição do quê pelos indicativos de pesquisas que dão confortável dianteira ao ocupante da cadeira que ainda considera sua.

Diante de alguns pré-

candidatos a vereador em busca de orien-tação para a formação de coligações, Val-decir adianta o assunto da prometida e re-veladora entre-vista que quer dar ao Blog “lá pelo dia 25” deste mês. Per-gunto se tem provas do que

pretende revelar. Ele sai pela tangente, dan-do a entender que nessa ques-tão de retorno, tudo continua como Dantes no Quartel de Abrantes, com a “novidade” de que os paga-

mentos agora não são mais em contas correntes ou che-

ques, mas em espécie. “Outro dia viram um deputado con-versando com um empreitei-ro debaixo de uma árvore na estrada ali perto da Embrapa, e não tinha nenhum carro com pneu furado”, ironiza o ex-prefeito. Lá pelas tantas ele me puxa pelo braço até a calçada, para um teretetê de pé-de-orelha. Entre abraços e acenos de vizinhos e de transeuntes (Valdecir conti-nua “felomenal”) pergunta se fotos servem como provas. Eu quero saber do que se trata, se são fotos como as dele, contando a bufunfa, se também tem gravações, enfim, se a alcaguetagem é padrão Passaia. Ele garante que sim, dando mais uma pista, ao deixar escapar que “lá continua valando aquela tabela, de 40, 60 e 80, fora os cardeais, que levam o que querem”. Como quem cai na real, empurra-me para dentro do carro, mas jurando que vai falar tudo, “escrever

e assinar embaixo” antes das convenções municipais.

Mais uma bravata de quem não se conforma por ter deixado escapar a galinha dos ovos de ouro? Poderia até ser, não fosse o fato de estar em cartaz e fazendo o maior sucesso nas telas do noticiário político-policial do Mato Grosso do Sul uma pelí-cula mais ou menos parecida como a protagonizada há dois anos pelo próprio Valdecir. E, pior, quando começam a vazar os primeiros capítulos do próximo enredo, mais in-trigante ainda, onde as notas antes retornadas da poeira (que deu origem ao furacão) das obras de asfalto e “la-vadas” nas barrentas águas drenadas dos poluídos córre-gos da periferia agora saem tinindo de “branquinhas” das límpidas e cristalinas águas de competitivas piscinas da terra de seu Marcelino. Ou seja, retorno olímpico. Coisa de craque.

Não me prenderam me acusando

de ladrão? Chegou a hora de dar

o troco

Valdecir Artuzi prometendo fazer feitiço contra o feiticeiro

A menos de duas se-manas da convenção para a definição do rumo a ser to-mado pelo PMDB na eleição municipal de 7 de outubro, as negociações continua-vam restritas a esporádicos contatos com convencio-nais, de um lado conduzidos por Keliana Fernandes (na foto, a radialista, aquela, das comprometedoras conver-sas com Eleandro Passaia, no processo da Uragano e namorada do pretenso can-didato Marçal Filho) e, de outro, por Antônio Nogueira, vice-presidente municipal da sigla, insistindo no apoio à recandidatura de Murilo Zauith, do PSB. A destoar dos óbvios desdobramentos deste processo de “conven-cimento” dos peemedebistas só o esperneio do deputado Geraldo Resende, que há poucos dias foi na jugular de André Puccinelli, cobrando apoio mais “convincente” do governador (para logo depois voltar atrás - deve ter levado um puxão de orelhas daque-

les!), dizendo não ter dúvidas de que na hora certa isto pode acontecer. Pela imprensa, na mesma linha da chantagem de Resende, o próprio Marçal vem insinuando que uma vez abandonado por Puccinelli já tem um plano B - leia-se, Kaliana Fernandes, com a pré-candidatura posta, pelo PSC do mesmo Passaia, exa-tamente para esse tipo de emergência, já que Zauith não conversa, não liga, não manda recado, nada!

Para os que ainda têm alguma dúvida quanto ao desfecho deste imbróglio, conforme já cansei de escre-ver aqui, interessante notar a linha de argumentação de Keliana Fernandes, no tête-à-tête com os convencionais. Quando a prosa envereda para o “faz-me rir” (ou al-guém acha que vão votar em Marçal por sua bela voz?), na versão de um deles, a moça se sai mais ou menos assim: “sabe como é, né, estamos na dependência do André, ele prometeu ajudar, mas se der

alguma zebra, se meu lindo perder na convenção, aí eu saio candidata e vamos pra cima do Murilo!”. Que tal?

Já Antônio Nogueira, coerente com o discurso adotado desde o ano passa-do, quando o PMDB resol-veu embarcar no barco de Murilo Zauith não só para aquela travessia, mas até que a cidade saísse - por inteira - do olho do furacão, o que incluía o projeto de reeleição e, pegando carona no mote (Dourados no rumo certo) da administração da qual é um dos avalistas, deixou de lado até suas picuinhas com Ge-raldo Resende e tenta, agora, convencer os liderados do de-putado com poder de voto de que este é, de fato, o melhor rumo a seguir. Esta estratégia de Nogueira inclui o nome do primo, o médico Sebastião, como provável companheiro de chapa de Zauith, embora, diante do iminente fracasso de Marçal Filho perante o diretório outros nomes come-cem a ser sondados, dentro do

partido, como Sérgio Henri-que Araújo, ex-presidente da OAB, ligado profissionalmen-te até pouco tempo a Geraldo Resende e atualmente asses-sorando a Câmara Municipal por indicação de Délia Razuk, além de contar com a sim-patia de André Puccinelli, e Celso Dal Lago, empresário do setor sucroalcooleiro que também tem a simpatia do governador.

Coincidência ou não, quando Marçal Filho fala de plano B para o caso de André Puccinelli fazer corpo-mole, corre no rádio peão o mais re-cente apelido a ele atribuído - o de “candidato ostra”, uma referência ao molusco com essas características, por muitos apreciado por seus poderes afrodisíacos, mas, no caso do pré-candidato peemedebista, pela condição de clausura em relação ao estúdio de sua emissora de rádio, de onde não sai nem mesmo para recepcionar o governador de quem se acha credor de apoio.

Plano “B”

Nogueira e Keliana são os negociadores do PMDBV.S.

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15 a 21 de junho de 2012 05CidadeS 50 NascimeNto

Diesel menos poluente é ignorado por postos

Pastor Sérgio Nogueira (*)reflexão

Coluna

(*) Diretor da Faculdade Teológica Batista Ana Wollerman e coordena-dor do curso de Teologia a distância da UNIGRAN. Pastor da Igreja Batista Memorial Charles Compton em Dourados, membro da Mantenedora da Pes-talozzi e presidente da OSCIP-ABCDE que mantém 3 CEINs atendendo 341 crianças. Apresentador do Programa Reflexão na TV Grann Dourados.

Coluna

[email protected]

RIO + 20: “...a natuReza aguaRda a manIfestaçãO dOs fIlhOs de deus...”

A cidade do Rio de Janeiro recebe nestes dias, depois de 20 anos da “ECO 92”, mais uma grande Conferência, com a presença de Chefes de Estado, representantes de quase todas as nações, para uma dis-cussão e deliberação que deverá atender os interesses da sustentabilidade no planeta Terra: a Rio + 20.

Será que as discussões estão se dando em torno dos interesses de todos ou dos chamados poderosos? Como nossas vidas serão afetadas pelas decisões dos representantes na Conferência? Como devemos nos posicionar diante de tudo isto? Vejamos o que a Bíblia tem a dizer: “A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação a um só tempo, geme e suporta angústias até agora” (Rm 8:19, 22)

Nos versículos acima podemos perceber que des-de a época do apóstolo Paulo, havia uma preocupação em relação ao cuidado do que o Senhor fez, isto porque a ação do homem já era predatória.

Segundo o relato bíblico em Gênesis 1 e 2 Deus entregou tudo o que houvera criado para que o homem administrasse. Como cristãos, temos sido muita das vezes irresponsáveis quanto ao uso dos recursos natu-rais criados por Deus. O homem enquanto mordomo de Deus tem a responsabilidade de usar com sabedoria os recursos da natureza, em favor da sua subsistência e sobrevivência. Acontece que a ganância tem tomado os corações dos homens e não conseguimos ver na maioria dos casos uma preocupação com o ecossistema.

É preciso trabalhar com a idéia de reciclagem dentro de nossas casas e na comunidade! Algumas campanhas de conscientização e outras com objetivo de levantar fundos com a coleta de latinhas de alumí-nio, realizadas pelos jovens e adolescentes tem sido bem sucedidas, conquistando inclusive alguns recur-sos para suas organizações. Se existir um sistema de coleta seletiva de lixo em sua comunidade é um dever como cristão, cooperar e caso não exista, será muito interessante estabelecer uma iniciativa desta natureza. É possível começar com uma experiência de colocar alguns recipientes no pátio das igrejas e escolas onde as pessoas poderão trazer de suas casas e depositar embalagens plásticas, papelão, alumínio e vidro.

Vivemos numa sociedade marcada pelo consumis-mo. O consumismo está relacionado em termos com o desperdício. Desperdiçamos roupas, sapatos, comida, água, energia e tantas outras coisas. Encontramos pessoas que doam em vez de acumular. Esta é uma boa ação, pois sempre há algo que pode estar sobrando para alguém, mas que ao ser doado para quem precisa, evitará o desperdício.

A partir dos anos 70, ainda no século passado, com a crise do petróleo e os alertas científicos, passou-se a ter a percepção de que os recursos naturais são finitos e que o desenvolvimento humano não pode se dar, destruindo os recursos do meio ambiente. Precisamos nos tornar adeptos do “desenvolvimento sustentável”. Nossas famílias e igrejas precisam se engajar nesta causa, com um viver ajustado às condições do ambien-te, possibilitando a regeneração sistêmica do próprio ecossistema. Convido você a refletir sobre o cuidado com o meio ambiente. Faça a sua parte! Proteja o que é de todos nós!

Desde janeiro de 2012, estão em vigor as regras do Proconve (Programa de Controle da Poluição do Ar para Veículos Automo-tores), que regulamentam a utilização do Diesel S50 e do Diesel S10 (tipos de diesel até 95% menos po-luente). O assunto requer atenção dos postos reven-dedores, pois até 2014 os novos combustíveis irão substituir os tipos de die-sel utilizados hoje. O que significa que a deman-da de consumo mudará gradativamente, exigindo adequações e possíveis in-vestimentos por parte dos postos. Mas em Dourados, poucos postos têm o produ-to para ser vendido.

A colocação de bom-bas para vender o S50 é exigida porque os veículos a diesel fabricados desde janeiro deste ano já pos-suem motores adaptados a ele e que não funcionam bem com o diesel vendido até agora no Brasil - S500. Embora sejam, ainda, rela-tivamente poucos os veícu-los com os motores novos, esse número tende a subir dia a dia. Isso significa que os postos irão conviver por algum tempo com dois tipos de veículos.

“Os veículos atuais poderão usar o novo diesel, mas os veículos que terão a nova tecnologia não po-derão usar o Diesel S1800 ou S500, com o risco de causar grandes prejuízos e diminuição da vida útil dos novos motores”, informa nota divulgada pelo Pron-vove.

De acordo com a Pe-trobras, atualmente, nos países membros da União Europeia, o diesel mais usado é o S10. Nos Estados Unidos, o padrão é S15 e S500. A Colômbia vende o

diesel 50 e o diesel 500, no Chile tem o S50 e o S15. O Paraguai é o mais atrasado: usa o diesel 2.500, enquanto que na Argentina tem uma parte o S10 e a maior parte do país o S 1.500.

dIesel s 50O S50 significa diesel

que emite 50 partículas por milhão (ppm) de enxofre. O uso do combustível nos novos motores resultará na redução de, no mínimo, 80% da emissão de material particulado; e, com o uso do Arla 32 (Agen-t e R e d u t o r Líquido Auto-motivo, produ-to é colocado em um tanque próprio, nos catalisadores), permitirá re-duzir em até 98% a emissão de NOx (óxidos nitrosos), um dos gases de efeito es-tufa. Os efeitos no meio ambiente não serão senti-dos de imediato, porque o S50 só reduz drasticamente as emissões de enxofre se usado nos veículos com motor “Euro 5”, que passa-ram a ser fabricados pelas montadoras no país a partir, também, de 1º de janeiro de 2012.

Embora novo e tec-nologicamente superior ao diesel atualmente vendido (S500 e S1500), a previsão de utilização do S50 é para somente até 2013, quando irá substituir o S10, ainda menos poluente. Então, a partir de 2014, serão ven-didos no país apenas dois tipos de óleo diesel: o S10 para os motores novos fa-bricados a partir de 2012 e o S500 para o interior do país. De qualquer forma, os postos terão que desde já adequarem-se para vender

o combustível menos poluen-te.

Segundo o Governo, a expectativa é que, ao longo de 2012, sejam fabricados cer-

ca de 170 mil novos veículos a diesel com motor Euro 5. O consumo de S50 nesse primeiro ano é estimado en-tre 2 bilhões e 3 bilhões de litros, contra um consumo total de 50 bilhões de litros anuais de diesel.

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) determinou que pelo menos cerca de três mil postos em todo país, localizados principalmente ao longo das principais

rodovias, ofereçam o pro-duto.

ajustesOutro ponto importante

é a necessidade de utilizar o Agente Redutor Líquido Automotivo – Arla 32, à base de ureia, a cada abasteci-mento. O Arla 32 deverá ser mais um produto oferecido e armazenado no posto.

Ou seja, no quesito abastecimento serão ne-cessários vários ajustes e é importante se planejar e se adequar em tempo. Os principais pontos são:

- Preparação ou ins-talação de mais um tanque para armazenamento e co-mercialização do Diesel S50, que posteriormente em 2013, se tornará S10.

- Estruturação para armazenamento e comer-cialização do Arla 32.

- Cuidados extras com limpeza e drenagem dos tanques, pois o novo diesel é mais suscetível à conta-minação.

- Orientação e treina-mento dos colaboradores para o abastecimento dos novos veículos, incluindo a utilização do Arla 32 e o máximo cuidado para evitar erros de abastecimento e prejuízos.

Nos países membros da

União Europeia, o diesel mais usado é o S10

ilustração

Combustível reduzirá 80% da emissão de material particulado, diminuindo poluição

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Edson FreitasColuna

[email protected] a 21 de junho de 2012 Estampa06Destaque

Recentemente em Campo Grande lideranças do PDT douradense se encontraram com o governador André Puccinelli e com o presidente regional do partido Dagoberto Nogueira para discutir a indicação do vice do pré-candidato do PMDB Marçal Filho à Prefeitura de Dourados. Na foto, o vereador Cemar Arnal, André Puccinelli, o empre-sário Nicácio Cantero e Dagoberto Nogueira.

AniversariantesTatiane Albuquerque, de Dourados, dia 17Katiana Farina,

de Itaquiraí, dia 27

Cristine Ribeiro, de Itaquiraí, dia 20

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EnfoqueFernanda Brito [email protected] 15 a 21 de junho de 2012 07

O cirurgião dentista Alexandre Sevilha esteve em Bauru-SP de 16 a 20 de maio recebendo sua habilitação em “Sedação Consciente com Óxido Nitroso”, no curso ministrado pelo professor César Rios de Almeida,presidente da Associação Brasileira de Analgesia Inalatória. “A técnica de sedação consciente é extremamente segura e amplamente usada nos atendimentos odontológicos dos Estados Unidos, além de ser uma excelente opção nos tratamentos de pacientes que têm medo de ir no dentista”, afirma o dentista douradense, que trabalha com implanto-dontia e periodontia, e é o proprietário da MaxSorriso Odontologia,clínica que atende todas as especialidades odontológicas.

destaques

• O s i p ê s - r o s a já começaram a florar em várias região da cidade deixando a nossa Dourados mais en-cantadora.

• As inscrições já estão abertas para o concurso que tem Gisele Bündchen como madri-nha, e que terá etapa em

Campo Grande no dia 11 de agosto. A oportunida-de é para garotas de 18 a 22 anos. Elas terão de comprovar que vivem em bairros pobres, mediante apresentação de compro-vante de residência. As interessadas devem se inscrever até o dia 30 de junho, pelo site oficial do evento: http://www.topcu-fa.com.br

Dro

p’s

Parabéns TaissaGonçalves Leal,aprovada em Medici-na pela Unaerp (Ribeirão Preto-SP), para o orgulho dos pais, Dalva Gonçal-ves e Julio Leal.

aniversariantes

• Quem também co-memora idade nova no dia 23 é o Rodrigo Pedroso. Felicidades!

• A universitária Ma-riana Ajala troca de idade no dia 28. Parabéns!

• O universitário Car-los Henrique Garciaque aniversaria no dia 21. Felicidades!

• O empresário Artêmio Franco Junior (Paraíso das Tintas) com-pleta mais um ano de vida no dia 21. Felicidades!

• O arte-finalista Severiano Ramos estreia idade nova dia 23. Parabéns!

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15 a 21 de junho de 201208 CidadeProtesto José Henrique Marques

Dourados prepara a 1ª ‘Marcha das Vadias’Durante o evento as mulheres usam não só roupas cotidianas, mas também roupas consideradas provocantes como blusinhas transparentes, lingerie, saias, salto alto ou apenas o sutiã

Um grupo de doura-denses formado por mu-lheres e homens, prepara a primeira “Marcha das Vadias” em Dourados, pro-vavelmente para o mês de julho, com cerca de duas mil pessoas. Para isso já realizaram várias reuniões de planejamento, a última aconteceu sábado (17) à tar-de, no Parque Antenor Mar-

tins, no Jardim Flórida. Assim, Dourados en-

trará no rol das cidades de vários países do mundo e do Brasil que realizam o evento em defesa da li-berdade e da cidadania da mulher.

A Marcha das Vadias ou Marcha das Va-gabundas sur-giu em Toron-to, no Canadá, em 3 de abril de 2011, depois que um policial atribuiu às ves-timentas das mulheres para justificar di-versos casos de abuso sexual na Universidade de Toronto. O primeiro protesto reuniu 3 mil pessoas. Desde então se tornou um movimento internacional.

Durante a marcha

as mulheres usam não só roupas cotidianas, mas também roupas conside-radas provocantes como blusinhas transparentes, lingerie, saias, salto alto ou apenas o sutiã.

Já ocorreu também em Los Angeles, Chicago,

Buenos Aires e Amsterdã, entre outras cidades im-portantes do planeta. No Bras i l , São Paulo, Vitória (ES), Recife

(PE), Fortaleza (CE), Sal-vador (BA), Belo Horizonte (MG), Brasília, Curitiba (PR), Pelotas (RS), Floria-nópolis (SC), Porto Alegre (RS), Santa Maria (RS), Londrina (PR) também promoveram o evento.

Marchadas Vadias foi criada

no Canadá, em 2011

Mulheres querem o direito de vestir roupas sensuais e não serem assediadas por isso

edson freitas

Aqui em Mato Grosso do Sultem um Brasil melhor.

Com o PAC, o Governo Federal, em parceria com o Estado e os Municípios, fortalece a economia, gera empregos

e melhora a sua vida e a de todos os brasileiros.

Urbanização - Parque Linear Córrego Segredo

Anel Rodoviário

BR 359Minha Casa, Minha Vida - Campo Grande

Obras de urbanização como em Bacia dos Córregos, Cabaça e Segredo, em Campo Grande.

Drenagem e saneamento integrado, como ampliação do sistema de esgotamento sanitário em Três Lagoas, benefi ciam mais de 236 mil famílias.

O Minha Casa, Minha Vida vai realizar o sonho da casa própria de 29.392 famílias.

Obras em Rodovias Federais como no Anel Rodoviário de Campo Grande/BR 262 e BR 359.

Construção de Unidade de Fertilizantes em Três Lagoas.

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ConsCiênCia CósmiCaAdemar de Lima *Expansionista consciencial & pesquisador

Continuando a falar sobre raças de cães uma das que mais se adaptou entre o convívio familiar é o Pinscher e o Pinscher miniatura. É um animal vivo, ativo e tem boa índole. Muito afetuoso, devotado e um bom companheiro para toda a família.

É também um animal corajoso, vigi-lante, com uma personalidade autêntica e se mostra como um bom cão de guarda. O pêlo é curto, denso e bem assentado.

A coloração da pelagem é preta, cas-tanha com marcas pretas, castanha-es-cura ou cinza com marcas vermelhas. O seu peso pode chegar até onze a dezesseis quilos. Já o pinscher miniatura apresenta coloração preto com marcas ferrugem ou castanho-escuro com marcas ferrugem pesando entre dois a quatro quilos.

Chamado também de Pinscher Miniatura apresenta características particulares como a personalidade for-te, muita energia e um grande apego ao dono.

Para manter o pêlo destes animais sedoso e com brilho intenso uma escova-dinha esporádica dá bom resultado.

Os problemas de saúde que geral-mente atingem essa raça são: dentição dupla (os dentes de leite não caem), lu-xação de patela (deslocamento do joelho) e problemas na cabeça do fêmur.

São bons cães de guarda, brinca-

lhões e também muito possessivos e desconfiados com estranhos. Sensíveis e delicados tem fama de histéricos, porém, se bem educados serão uma excelente companhia.

Os donos desses animais devem estar cientes de que não poderão mi-mar excessivamente esse animal pois poderá ficar dificil a convivência com terceiros.

Teimosos, orgulhosos e independen-tes, não se sentem intimidados quando em contato com animais maiores, en-frentando-os sem o menor receio. Por serem naturalmente dominantes, muitos enfrentam os próprios donos quando contrariados.

Dedicação, paciência e persistência são peças-chave para um maior grau de obediência desta raça

Sobre raças de cães: o Pinscher

(*) Anderson Vendruscolo, Carlos Eduardo Zanetti , Creilda Santos Alves, Cristiani Paula Souza, Kcleyr Gonçalves dos Santos, Robson Soares Capecci , Simoni Nunes Amaro, Winnie Batista Gonçalves.

15 a 21 de junho de 2012 09Saúde

Conhecer é a melhor forma de prevenir

Infecção urinária, questão da física (1/5)Das experiências ex-

tracorpóreas as que mais gosto são sobre as aulas a respeito de diversos as-suntos, em todas as áreas do conhecimento humano e tudo simultâneo. O que mais me impressiona é que as dúvidas que tenho são respondidas no ato como se fosse numa sala de aula da terceira dimensão, além de que eu não planejo nada, apenas me harmonizo e me-dito antes de dormir. Nas minhas pesquisas sobre esquizofrenias, eu sempre digo que estas aulas “me salvam” da discriminação, ou seja, caracterizam que realmente são experiências extracorpóreas da energia consciencial que sou nou-tras dimensões inimagina-das pela ciência humana, atual autoeleita detentora de verdades absolutas e inquestionáveis do nosso momento sócio/histórico.

Dentre as centenas de experiências desse tipo destaco para um assunto tão importante quanto os outros, porém bastante in-teressante e até certo ponto despercebido das ciências biológicas e biomédicas. Bio significa vida para es-tas ciências e com isso as pesquisas desenvolvidas focam apenas o orgânico, desprezando completa-mente o atômico eletrôni-co e outros fundamentos estudados pela Física. A ciência biomédica estuda apenas a energia eletro química que atua no fun-cionamento orgânico das células e órgãos, que se-gundo consta essa energia vital para a saúde do nosso corpo físico é composta de sais minerais, proteínas e vitaminas, de onde o sódio (no popular) provoca as descargas elétricas neces-sárias para o funcionamen-

ciona a base de energias, e todas essas energias são compostas de átomos que sozinhos ou juntos criam campos magnéticos. Eu sempre brinco dizendo que nossa glândula hipófise é o aeroporto da alma que somos e que esta não é com-posta de nenhuma energia das quais conhecemos ou que já tivemos notícia. Afirmo também que somos Cósmicos e que fazemos parte e somos o micro e o macro Cosmo, ou seja, so-mos infinitamente gigantes e infinitamente pequenos – difícil de entender não é? Mas o mais interessante foi saber que somos um equi-líbrio de forças e energias e quando uma dessas ener-gias aumenta e se sobrepõe as outras, adoecemos. Mas as doenças na maioria não são orgânicas? As denomi-nadas infecções não são alterações orgânicas? Você

não toma “remédios” para consertar o organismo? O procedimento padrão diz que quando você está com infecção urinária o reme-dinho mais apropriado é o fluconasol, por quê? (não sou contra nenhum fárma-co, questiono a generaliza-ção apenas).

Tomei conhecimento de que na realidade quando a energia eletro química se sobrepõe à energia eletro-magnética de cada célula de seus órgãos excretores de urina e acontece uma “oxidação”, um desarran-jo energético que produz “taquions” e este produz resíduo (vírus), que não é considerado algo orgânico nem minério, mas que a presença dele desarmoniza todo o funcionamento or-gânico, elétrico, eletrônico e eletromagnético de cada célula, como num efeito cascata.

CraCk da redação

ComPoSição químiCaO crack é obtido a partir da mistura

da pasta-base de coca ou cocaína refinada (feita com folhas da planta Erythroxylum coca), com bicarbonato de sódio e água. Quando aquecido a mais de 100ºC, o composto passa por um processo de de-cantação, em que as substâncias líquidas e sólidas são separadas. O resfriamento da porção sólida gera a pedra de crack, que concentra os princípios ativos da cocaína.

Por ser produzido de maneira clan-destina e sem qualquer tipo de controle, há diferença no nível de pureza da droga, que também pode conter outros tipos de substâncias tóxicas - cal, cimento, quero-sene, ácido sulfúrico, acetona, amônia e soda cáustica são comuns.

Forma de uSo e ação no organiSmoAo ser aquecida a pedra se funde e

vira gás, que depois de inalado é absorvido pelos alvéolos pulmonares e chega rapida-mente à corrente sanguínea. Enquanto a cocaína em pó leva cerca 15 minutos para chegar ao cérebro e fazer efeito depois de aspirada, a chegada do crack ao sistema nervoso central é quase imediata: de 8 a 15 segundos, em média. É por esta razão que essa droga pode ocasionar dependência mais rapidamente.

A ação do crack no cérebro dura en-tre cinco e dez minutos, período em que é potencializada a liberação de neurotrans-missores como dopamina, serotonina e noradrenalina. “O efeito imediato inclui sintomas como euforia, agitação, sensação de prazer, irritabilidade, alterações da percepção e do pensamento, assim como

to das células.A Física estuda os áto-

mos e constata que tudo nos universos é constituído de partículas atômicas que reagem umas com as outras através da energia Eletro-magnética e comprovou recentemente que cada célula orgânica é composta de milhões de átomos de-vidamente arranjados por essa energia de imantação

com duas polaridades, onde as partes iguais se repelem e as desiguais se unem for-mando outro campo mag-nético ou gravitacional. Por isso todos os planetas, luas e meteoros obedecem a rotas precisas ao redor de estrelas devido aos campos magnéticos atuando cons-tantemente em todos eles.

Fiquei sabendo e a ci-ência já sabe que tudo fun-

agênCia Brasil

alterações cardiovasculares e motoras, como taquicardia e tremores”, explica o psiquiatra Felix Kessler, do Centro de Pes-quisa em Álcool e Drogas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

FatoreS de riSCoCuriosidade pela experiência, influ-

ência do meio e de questões psicológicas e sociais são algumas situações que podem levar ao consumo do crack. Droga de efeito rápido e intenso, ele leva o usuário rapi-damente à dependência e, por isso, é fun-damental prevenir o seu consumo. Veja no infográfico abaixo quais são os principais fatores de risco para o uso do crack.

A chegada do crack ao sistema nervoso central leva, em média, de oito a 15 segundos

arquivo

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Itaporã

A 9ª edição da Festa do Leitão no Rolete será realizada no dia 1 de julho. O evento é organizado pela Assuita (Associação de Suinocultores de Itaporã). O almoço será servido no salão paroquial da igreja matriz São José, área central de Itaporã. De acordo com Osmar Carbonaro, presidente da Assuita, mais de 25 suínos serão preparados para o evento. Na última edição da festa (2011), foram consumidos 660 quilos de carne e 600 quilos de costelinha. Cerca de 2 mil pessoas participaram do evento. Parte da renda da festa será destinada para a Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais). Mais informações através do telefone 9961 5593. Os convites serão vendidos a R$ 20 e crianças até 10 anos não pagam. No local será servido arroz, carne suína frita no tacho, pururuca, feijão com cabotian, sala-das, mandioca e farofa.

JardIm - A saúde na fronteira brasileira com o Paraguai vive momentos de alento e expectativa. Do Centro de Diag-nóstico inaugurado em 2003 à construção de um hospital e de um Spa, a Associação das Famílias para Unificação e Paz Mundial (Universal Peace Federation) cumpre etapas para reabilitar propriedades, oferecendo parte delas ao usufruto de pacientes dos municípios de Bela Vista, Bonito, Caracol, Guia Lopes da Laguna, Jardim e Nioaque. Em 12 agosto deste ano, as autoridades municipais de Jardim e Guia Lopes, a 239 quilômetros de Campo Grande, receberão a médica Reiko Moribe. Há investimentos japoneses no projeto, que devem ser de aproximadamente US$ 10 milhões, conforme valores divulgados na época da apresentação do projeto. (Correio do Estado)

Japorã – Recente reunião em Campo Grande entre o senador Delcídio Amaral (PT), o deputado federal Antonio Carlos Biffi (PT), o deputado estadual Londres Machado (PR) e o prefeito de Japorã, Rubens Freire Marinho (Rubão do PT) confirmou a pré-candidatura à prefeitura de Japorã de Vanderley Bispo (PT), que encabeçara um arco de alianças que deve contar com diversos partidos, entre eles o PT, PSDB, PR, PSC, PTN, PSD, PSB e PDT, sendo ainda que estejam em conversações outros importantes partidos do município que estão sendo procurados para consolidar esta aliança.

NavIraí – O município receberá em breve um dos maio-res investimentos em saneamento básico dos últimos anos. A prefeitura da cidade trabalha para finalizar um pacote de R$ 4,7 milhões em drenagem de águas pluviais e asfalto. Deste valor R$ 2,5 milhões já estão garantidos com receita própria. A licitação está em processo final, aguardando apenas a abertura dos envelopes para divulgação da empresa vencedora. Quatro bairros serão beneficiados com drenagem: Sol Nascente, Ipê, Odércio Nunes e Jardim Progresso.

retroescavadeIras - A segunda etapa de entrega das retroescavadeiras em Mato Grosso do Sul beneficiou mais 21 municípios do estado. As máquinas foram doadas pelo Mi-nistério do Desenvolvimento Agrário (MDA) sábado (16). A iniciativa permitirá que as cidades reestruturem as estradas vicinais e construam barragens para o enfrentamento do pe-ríodo da seca. Confira a relação dos municípios beneficiados com a segunda entrega das retroescavadeiras no Mato Grosso do Sul: Vale do Ivinhema – Ivinhema, Bataiporã, Santa Rita do Pardo, Novo Horizonte do Sul, Anaurilândia, Angélica e Nova Andradina; Cone Sul – Eldorado, Sete Quedas, Mundo Novo, Tacuru, Naviraí, Iguatemi, Japorã e Itaquiraí: Grande Dourados – Vicentina, Juti, Fátima do Sul, Deodápolis, Jatei e Glória de Dourados.

BoNIto - O Instituto das Águas da Serra da Bodoquena (IASB), estimou que o 49th Annual Meeting of the Associa-tion for Tropical Biology and Conservation - ATBC 2012, evento a ser realizado em Bonito (MS) na próxima semana (18 a 22/6), vai gerar cerca de 10 toneladas de gases do efeito estufa (GEEs) com atividades locais durante o evento. A fim de compensar estas emissões, 143 mudas serão plantadas em áreas que requeiram o reflorestamento na região de Bonito. As emissões foram calculadas por meio do Programa Plante Bonito, desenvolvido pelo IASB desde 2007. Com uma meto-dologia própria, baseada no GHG Protocol Brasil, o programa faz estimativas para eventos, publicações, viagens e atividades empresariais.

Municípios Em foco

15 a 21 de junho de 201210 RegionalMunicípios Municípios Rede de água do Assentamento Santa

Rosa terá investimento de R$ 1,1 mi

ItaquIraí Da ReDação

Os recursos da Funasa e da Prefeitura beneficiarão cerca de 200 famílias; obras já foram iniciadas

Recursos no valor de R$ 1 milhão de reais, da Fundação Nacional de Saú-de (Funasa), provenientes de emenda do deputado federal Antonio Carlos Biffi, e contrapartida da Administração de Itaqui-raí, no valor de R$ 111 mil, beneficiarão todas as 200 famílias do Assentamento Santa Rosa, com rede de água. A obra teve início no dia 12 de junho.

O trabalho será exe-cutado pela Sanesul, que fará a perfuração de 5 poços artesianos, nos lotes 31, 54, 125, 141 e 159 do Assentamento Santa Rosa e fará a instalação da rede de água. “Os assentados costumam perfurar poços caseiros, mas eles não são suficientes para abaste-cer todo o assentamento, além de causarem muitos

transtornos quando secam ou desmoronam. Por isso a rede de abastecimento nos assentamentos é funda-mental”, explica a prefeita Sandra.

Fundado em 1998, o Santa Rosa é um dos 12 assentamentos rurais de Itaquiraí. Apenas algumas famílias desse local tinham acesso à água potável, com instalações precárias, feitas pelos próprios moradores. “A água é um recurso bási-co para todo ser humano. A instalação da rede beneficia as famílias do Santa Rosa, que além de utilizar a água para consumo próprio, pre-cisam dela para desenvolver os trabalhos na agricultura familiar, que é o ganha pão dos assentados”, conta a o vice-prefeito Aldo Farina.

Para o agricultor fa-miliar Celso Aparecido Ta-rogo (Xuxa) que reside no Assentamento Santa Rosa desde a fundação, a notícia da instalação da rede água

deixou os assentados muito felizes. “Esperamos tanto pela água. Quando vimos o caminhão que fará os poços artesianos chegar, ficamos muito contentes”, revela.

Celso conta que perfu-rou três poços caseiros no lote e, todos desbarranca-ram. Há três anos ele em-prestava água do vizinho. De acordo com o agricultor, a rede de água melhora muito a vida do assentado.

“Podemos fa-zer irrigação da pastagem, plantar uma horta, evitar que o gado beba água das nascentes” , afirma.

De acor-do com a diretora do De-partamento de Convênios, Katiana Farina, o pedido para instalação de água no Assentamento Santa Rosa foi feito em 2007. “A de-mora se deve à burocracia dos trâmites legais, pois são necessários aprovação do projeto, licenciamen-to ambiental e licitação”, explica.

Além disso, já foram feitos projetos para instala-ção de rede de água nos seto-res 3, 4, 5, do Assentamento Indaiá e no Assentamento Guassu, que contam com recursos de emendas par-lamentares do ex-deputado João Grandão e do deputado Vander, no valor de R$ 1 milhão, e nos setores 6, 7 e 11 do Indaiá e na parte do Complexo de Assentamen-tos Santo Antonio que ainda não possui água encanada. “A Administração Munici-pal preza pela qualidade de vida da população, por isso, busca investimentos para os recursos básicos. As parcerias são fundamentais para essas ações”, revela a secretária de Finanças, Maria Miranda.

Os maiores investi-mentos em instalação de água na área rural de Ita-quiraí tiveram início em 2005. Até então, o único local que possuía água era parte do Assentamento Indaiá – Represa.

Mais informações no site da Prefeitura Muni-cipal de Itaquiraí: www.itaquirai.ms.gov.br

arquivo

Trabalho será executado pela Sanesul, que fará a perfuração de 5 poços artesianos, no Assentamento Santa Rosa

Durante recente en-trevista coletiva o deputado estadual Onevan de Matos disse que “agora é para va-ler”. Foi a expressão que usou para assumir a condi-ção de pré-candidato a ser transformada em candidatu-ra oficial a prefeito de Navi-raí, em convenção que deve ser realizada em data a ser oficializada, antes do prazo final - dia 30 de junho.

Junto dele, na entrevis-ta coletiva de imprensa, esti-veram vários pré-candidatos a vereador pelo Partido da Social Democacria Brasilei-ra (PSDB). Entre as presen-ças destacadas estavam a do presidente do partido do deputado - Eugênio Guedes, o presidente da Câmara Mu-nicipal - Gean Carlos Volpato (PMDB), os ex-vereadores Deoclécio Zeni, Laurentino

Onevan de Matos assume, finalmente, pré-candidatura NavIraí eDilson oliveiRa

Pavão de Arruda, Solange Mello, o suplente de vere-ador pelo PP - Elias Cons-trutor, o servidor público municipal aposentado Jair Mariano (da ambulância), entre outros correligionários tucanos.

Onevan disse que agora, ele e o PSDB devem correr em busca da definição da

candidatura a vice-prefeito. Ao lado de Gean Volpato, declarou que uma nova reu-nião com peemedebistas deve acontecer no final de semana. O deputado afirmou que espera que o nome seja indicado pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro. A confirmação pode acontecer na próxima

segunda-feira. Ele não quiz comentar sobre nomes, e se limitou a dizer que pro-vavelmente será um nome do PMDB, que segundo ele, pode sair após o fechamento de acordo. O mais comentado é o nome do empresário do ramo hoteleiro e ex-gerente municipal de Obras - Luis Henrique Bruno.

Onevan falou que con-tinuam também as conver-sações para definição de um coligação para a eleição proporcional (vereadores), com chapa de 26 nomes dis-tribuídos entre partidos co-ligados. Onevan informou que estão sendo feitas con-versações com o Partido dos Trabalhadores (PT) e fora da entrevista coletiva, disse ao SULNEWS que também estão adiantadas as conversa-ções com o PDT e o PTdoB.

O deputado Onevan de Matos será candidato pelo PSDB

edson freitas

Emendado deputado federal Biffi

foi de R$ 1 milhão

arquivo

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9611-2431

15 a 21 de junho de 2012 11Entretenimento

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VENOMQuem gosta de quadrinhos e viu o filme

Homem Aranha 3, conhece o Venom, um dos principais vilões do universo do Homem Aranha e que não foi bem aproveitado neste filme.

Agora a Sony divulga que está de olho no diretor Josh Trank (Poder Sem Limites) para dirigir um filme solo deste personagem.

Avi Arad e Matthew Tolmach (produ-tores do inédito O Espetacular Homem-Aranha) deram entrevista dia desses onde afirmam: “Queremos que o filme seja o mais próximo possível dos quadrinhos. Especialmente em relação à história de Eddie Brock”. Ele era jornalista, escreveu a história errada e foi demitido por causa disso.”

E Tolmach continuou: “Essa é a verda-deira essência dos personagens da Marvel, a aproximação com a história emocional. Fazendo isso, o resto é diversão”.

Tolmach disse ainda que o encontro entre o Aranha e Venom pode acontecer algum dia, na aventura solo do simbionte ou em alguma sequência da nova série do super-herói: “Faz sentido juntar os dois, mas o que eu quero dizer, sem entregar muita coisa, é que espero poder ver esses personagens convivendo em paz algum dia”, falou.

Na entrevista os produtores garantem que a nova versão de Venom não terá nenhu-ma relação com o personagem interpretado por Topher Grace em Homem-Aranha 3. Quer relembrar Venom? Olha a foto:

VINGADORESDe carona com Andrew Garfield,

protagonista de O Espetacular Homem-Aranha, que já sugeriu incluir o Homem Aranha aos Vingadores, no cinema, o pro-dutor do reboot, Avi Arad, em entrevista ao site Crave Online, Afirmou que “tudo é possível” e acrescentou mais:

“Se algo assim acontecer e a história certa surgir, é ótimo para a Disney, é ótimo para a Sony. Nosso pensamento está na direção certa. Mas agora trabalharemos no filme do Venom, que é a nossa prioridade. Para mim, Os Vingadores foi um sucesso es-perado, então não tivemos vontade de fazer isso só por causa do sucesso do filme.”

Os direitos para adaptação cinemato-gráfica de Os Vingadores e Homem-Aranha

pertencem a estúdios diferentes, apesar de serem propriedades da Marvel. Aí então vemos que para acontecer uma aventura com os personagens unidos nas telas, terá que ter antes um acordo financeiro entre Disney e Sony.

O ESPETACULAR HOMEM ARANHAJá que passamos aí pelo dia dos namo-

rados, vou aproveitar para mostrar aqui um novo pôster do Aranha. Desta vez, o cara está pendurado sobre a cidade agarrado com Gwen Stacy, sua namorada em uma cena pra lá de romântica. Veja que fofos:

SUPER HOMEM – O HOMEM DE AÇODepois de um tempo sem divulgação,

eis que finalmente surgiram novas imagens de peças do figurino de Superman – Homem de Aço, que foram expostos na feira License Expo 2012, em Las Vegas. As fotos dão uma boa ideia de como serão os personagem Superman, JorEl e Faora no filme. Confira algumas:

[email protected]íticas? Elogios? Sugestões?

Neste período você pre-cisa pôr as barbas de molho, porque inicia o seu Inferno Astral. Porém, não se preocupe

em demasia, pois bastará agir com cautela e discrição para não se expor a nenhum tipo de confronto que poderá causar um desequilíbrio energético.

Muitas energias se con-centram em seu signo desde que o Sol iniciou o seu trânsito, onde ocorreu o alinhamento com Vê-

nus. Além dos benefícios que isso pro-porciona do ponto de vista energético, melhorando os seus relacionamentos pessoais, agora você inicia um período de grandes oportunidades.

Este é um momento em que você, caro ariano, precisará procurar mais harmonia e equilíbrio, pois sua energia precisa se con-

centrar principalmente no campo pro-fissional. Seu dia a dia será preenchido por inúmeros compromissos e somente uma boa capacidade organizacional será capaz de ajudá-lo.

GÊMEOS

CÂNCER

ÁRIES Neste período as inúme-ras solicitações podem estar deixando você um pouco agitado e inquieto, mas você não deve se

preocupar em demasia, pois tudo irá se resolver positivamente para o seu lado. As oportunidades que Júpiter lhe proporcionou durante o trânsito em seu signo podem se realizar.

TOURO

Neste período o leonino enfrenta algumas turbu-lências que não facilitam a sua vida. Porém, se as coisas não funcionarem

conforme seus desejos, lembre-se de que as situações difíceis servem para fortalecê-lo. Procure ser criativo e, sobretudo, seja diplomático em seus contatos pessoais.

LEÃO O virginiano ainda está sob os influxos do pla-neta Marte em trânsito em seu signo e pode se beneficiar desta pre-

sença investindo nos seus planos profissionais e pessoais. Um dia a dia muito intenso de acontecimentos pode, porém, prejudicar a sua saúde se você não se concentrar.

VIRGEM

O libriano inicia um período de boas opor-tunidades com Júpiter e Vênus em trânsito num signo de Ar e em bom

aspecto como o seu. O momento atu-al lhe oferecerá ótimas ocasiões de expansão, com inúmeros convites que virão finalmente coroar todos os esforços destes últimos tempos!

Se as coisas não estão indo como você desejaria e nuvens pretas apare-cem em seu horizonte, procure se manter cal-

mo para não piorar as coisas. Nada que você possa fazer irá mudar a situação atual: procure analisá-la sob outro angulo e encontrará meios de contorná-la.

Nesta semana o seu re-gente, Júpiter, está ini-ciando um trânsito em oposição ao seu signo. Este fato astrológico in-

dica a necessidade de fazer boas esco-lhas para poder encontrar o equilíbrio e a harmonia, seja no campo profissio-nal, que no pessoal e amoroso. Evite tomar decisões precipitadas.

LIBRA ESCORPIÃO SAGITÁRIO

O capricorniano pode precisar de muito jogo de cintura para poder contornar e superar os percalços que a vida in-

siste em colocar à sua frente. As mudanças que você esta desejando implementar podem demorar mais do que o necessário para serem completadas.

Os astros favorecem o signo de Aquário, que neste momento desfruta de um período de expan-são e oportunidades. O

campo profissional está lhe propor-cionando alguns projetos interessan-tes, onde a sua criatividade natural lhe será muito útil. Você precisará também de maleabilidade.

Se você encontrar muitas curvas em seu caminho, tire o pé do acelerador! Os piscianos do primeiro decanato, já sob a influ-

ência de Netuno, em trânsito em seu signo, podem sentir uma urgência maior para adentrar ainda mais no caminho da espiritualidade e ter um ótimo fim de semana!

CAPRICÓRNIO AQUÁRIO PEIXES

Por enquanto é só, pessoal. Semana que vem tem mais.

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Sonhos e Realidades do Poeta Nicanor CoelhoEle está sempre fazen-

do várias coisas, é uma pes-soa ativa, criativa e critica. A sua luta por espaço começou quando entrou para a escola estudando no colégio Ministro João Paulo dos Reis Veloso, no tradicional bairro “Vila Matos” e como todo menino na sua idade gostava de esporte, po-rém a sua dificuldade estava na desigualdade da sua estatura. Esta é a história do grande jornalista Nicanor Coelho.

Na aula de educação física tudo corria na base do vale tudo, onde o maior sem-pre levava a melhor, ele era o menor. No futebol, era a lei do mais forte, isso também ele não era e no handebol era o ponto fraco onde os adversários arremessavam. No basquetebol não dava para competir, daí então ele sabia que precisava buscar outra forma de participação.

Quando em uma come-moração surgiu uma oportuni-dade de participar com o Tea-tro, a saída foi se juntar com alguém do seu tamanho, o colega Amarildo Ricci, e juntos montaram “Pedro Malazarte” com texto de Alípio Ramos e Eurides Ramos sucesso em fita de cinema com o ator Mazzaropi no final dos anos cinquenta.

A euforia com o teatro a

principio foi grande, chegou até a participar de oficinas na extinta Funced com o objetivo de se aprimorar no assunto, mais logo o fogo se apagou.

Indo para o curso ginasial e sempre buscando uma fres-ta, se juntou ao movimento es-tudantil, passando a participar da UDE (União Douradense de Estudantes) e ali junto com o com o João Carlos Torraca, Clovis de Oliveira, Enio Ribeiro, Elias Ferreira, Ataíde Junior, Luiz Carlos Ribeiro, logo se filiou no PCB (Partido Comu-nista Brasileiro) que tinha uma grande atuação no movimen-to estudantil.

Uma das regras dos par-tidos de esquerda com os seus quadros era a formação política e social. Cultura e comunicação eram funda-mentais para o avanço da filosofia de esquerda, com isso o envolvimento com a mídia foi inevitável.

Nicanor destaca a impor-tância de duas professoras da área de literatura Zenaide Soares de Almeida e Maria de Fátima Ferreira e me disse que as suas orientações foram fundamentais no seu desen-volvimento literário.

Escrever matérias jorna-lísticas ou textos de filosofia política alimentava o dia a dia mais não satisfazia. Ele

Culturalmente Falando Ilson Boca [email protected] a 21 de junho de 2012

Ilson Boca [email protected]

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Na banca da Dona Chica, além de deliciosos churros, temos bolos de mandioca, cueca virada, rapadura, melado, feijão de corda etc.

PoesiaCantinho da

Amor é um fogo que arde sem se ver, é ferida que dói, e não se sente; é um contentamento descontente, é dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer; é um andar solitário entre a gente; é nunca contentar-se de contente; é um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade; é servir a quem vence, o vencedor; é ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor nos corações humanos amizade, se tão contrário a si é o mesmo Amor?

AMOR É UM FOGO...Luiz Vaz de Camões

Imagem da Feira Livre

arquIVo

boCa VeNaNCIo

buscava algo menos passagei-ro, então passou a valorizar as suas escritas poéticas, e escreveu o seu primeiro livro “Nomes”. Ele escrevia poe-sias mais não se denominava poeta e sim escritor, dizia que poetas tinha outros mais assumidos, ele simplesmente escrevia poemas.

Como um bom realiza-dor, para entrar no mundo da literatura articulou a criação da Academia Douradense de Letras e juntamente com o poeta escritor Carlos Magno Amarílla fundou o grupo Arandu.

Essa foi até então a sua maior contribuição à litera-tura, a partir dai ela ganhou uma nova dimensão na nossa cidade em produção e popu-

laridade. A academia juntou a classe literária fortalecendo o movimento.

O grupo Arandu através de sua Revista criou um espa-ço novo para a literatura alter-nativa e cientifica, até então fora da mídia. Como produtor, o grupo tem colocado no mercado, um grande número de poetas e escritores através das suas publicações.

O seu segundo livro, “Vida Cachoeirinha”, é uma inspiração poética sobre o convívio em um bairro da cidade que teve a sua forma-ção diferenciada dos demais, bairro que é um exemplo de superação e, aos poucos, com a luta de seus moradores vem conquistando melhor quali-dade de vida. Considero uma obra poético-sociológica de grande importância.

A próxima ação do Aran-du é o lançamento da Rede de Bibliotecas Comunitárias, como uma forma de popu-larizar a literatura levando as bibliotecas para próximo das pessoas, incentivando a leitura.

Eu, que o conheço na sua luta, fico torcendo para que os seus sonhos coletivos se realizem sempre contem-plados de sucesso para o bem da literatura. E fico grato por essa nossa conversa.