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www.acm.org.br Nº 225 • Julho/Agosto 2002 Jornal da ACM Jornal da ACM Associação Catarinense de Medicina Filiada à Associação Médica Brasileira CORREIOS IMPRESSO ESPECIAL Nº. 68001020/20001 DR/SC ASSOCIAÇÃO CATARINENSE DE MEDICINA Médicos de todo estado vão eleger a nova Diretoria da Associação Catarinense de Medicina no próximo dia 29 de agosto, num pleito de chapa única que tem à frente o cirurgião Viriato João Leal da Cunha. Na mesma data os associados ainda votarão nos novos dirigentes da Associação Médica Brasileira, também com chapa de consenso, para a reeleição do atual Presidente da entidade, Dr. Eleuses Vieira de Paiva. Médicos Catarinenses têm compromisso com o voto Médicos Catarinenses têm compromisso com o voto Eleições ACM/AMB Páginas Centrais

Edição 225- Jul/Ago 2002

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Médicos catarinenses tem compromisso com o voto

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www.acm.org.br Nº 225 • Julho/Agosto 2002

Jornal da ACMJornal da ACMA s s o c i a ç ã o C a t a r i n e n s e d e M e d i c i n a

Filiada à Associação Médica BrasileiraCORREIOS

IMPRESSO ESPECIALNº. 68001020/20001

DR/SCASSOCIAÇÃO CATARINENSE

DE MEDICINA

Médicos de todo estado vão eleger a nova Diretoria daAssociação Catarinense de Medicina no próximo dia 29de agosto, num pleito de chapa única que tem à frente ocirurgião Viriato João Leal da Cunha. Na mesma data osassociados ainda votarão nos novos dirigentes daAssociação Médica Brasileira, também com chapa deconsenso, para a reeleição do atual Presidente daentidade, Dr. Eleuses Vieira de Paiva.

Médicos Catarinensestêm compromissocom o voto

Médicos Catarinensestêm compromissocom o voto

Eleições ACM/AMB

Páginas Centrais

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EXPEDIENTEInformativo da Associação

Catarinense de Medicina - ACMRodovia SC-401, Km 4,

Bairro Saco Grande - Florianópolis/SCFone/Fax: (48) 231-0300

DIRETORIAPresidente

Dr. Carlos Gilberto CrippaVice-Presidente

Dr. Viriato João Leal da CunhaSecretário Geral

Dr. Jorge Anastácio Kotzias FilhoDiretor de Patrimônio

Dr. João José Luz SchaeferDiretor de Publicações

Dr. André Sobierajsk dos SantosDiretor Científico

Dra. Regina Célia S. ValinDiretor de Esporte

Dr. Gilberto D. da VeigaDiretor de Defesa de ClasseDra. Nilzete L. Bresolin

Diretor Sócio-CulturalDra. Sandra M. W. Rinaldi

Diretor AdministrativoDr. Irineu M. Brodbeck

Diretor de PrevidênciaDr. Waldemar de Souza Júnior

Diretor FinanceiroDr. Dorival VitorelloDiretor de Regionais

Dr.Tarcísio Crocomo

VICE-DISTRITAISSul � Dr. Júlio Márcio Rocha

Planalto � Dr. Fernando Luiz PagliosaNorte � Dr. Marcos F. F. Subtil

Vale do Itajaí � Dr. Péricles HenriqueZarske de Mello

Centro-Oeste � Dr. Élcio Luiz BonamigoExtremo-Oeste � Dr. Airton José Macarini

DELEGADOS JUNTO À AMBDr. Remaclo Fischer Júnior

Dr. Jorge Abi Saab NetoDr. Almir Gentil

Dr. Théo BubDr. Luiz Carlos Espíndola

Dr. Roberto BenvenuttiDr. Milton Ernesto ScopellDr. Altair Carlos PereiraDr. Manoel Bardini Alves

Dr. Oscar Antônio Defonso

EdiçãoTexto Final - Assessoria de Comunicação

JornalistasLena Obst Reg. 6048 MT/RS

Denise Christians Reg. 5698 MT/RS

FotografiaRenato Gama

Diagramaçãoe

ImpressãoGráfica e Editora Agnus Ltda.

Tiragem7.000 exemplares

EDITORIAL

O DIREITO E O DEVER DO VOTO

O voto constitui-se no mais importantedireito do cidadão brasileiro, que em 2002deverá escolher seus novos representan-tes frente à Presidência da República, Se-nado, Câmara de Deputados, Governos eAssembléias Legislativas. Para os médicos,neste ano existe ainda um compromisso amais e especial com as urnas: a escolha dasnovas diretorias da Associação Médica Bra-sileira (AMB) e das entidades associativasestaduais. O pleitoacontece no próximodia 29 de agosto e de-verá mobilizar profis-sionais de todo país,num dos momentosem que a união deforças na defesa damedicina é primordi-al e indispensável.

Na AssociaçãoCatarinense de Me-dicina, a chapa deconsenso, que temcomo candidato àPresidência o Dr. Vi-riato João Leal daCunha, é a demons-tração mais clara deque a conscientiza-ção coletiva da classe vem crescendo eobtendo resultados históricos. O momen-to é de integração e não de disputas. Omomento é de garantir a legitimidade detodo um processo iniciado com a efetivaunião de objetivos, de posicionamentos,de ações e de resultados, traduzida emconquistas sem precedentes, como a cri-ação do COSEMESC (Conselho Superi-or das Entidades Médicas) e a futura ins-talação de uma sede única entre as re-presentantes dos médicos catarinenses.

Para consolidar o caminho já percor-rido até aqui, a presença dos médicos noprocesso eleitoral da nossa ACM seráfundamental. Cada voto registrado seráuma demonstração de apoio à entidadeassociativa, será a confirmação do enten-dimento das inúmeras ações que vêmsendo executadas pelo bem da medici-na, dos médicos e da saúde da popula-ção, em todas as regiões de Santa Cata-

rina.Na AMB, a chapa

também única, plei-teia a reeleição doatual Presidente, Dr.Eleuses Vieira dePaiva, parceiro danossa ACM, presen-ça marcante em nos-sos eventos, compa-nheiro e �defensorpúblico� dos projetosque tiveram seu ber-ço em solo catarinen-se. A indicação paralevá-lo a um novomandato foi feita demaneira unânime en-tre os dirigentes dasentidades associati-

vas de todos os estados do país, referen-dando a transparência, a representativi-dade, o fortalecimento alcançados pelaAMB nos últimos anos e confirmando anecessidade de manutenção das ações jáiniciadas.

Por tudo isso, no próximo dia 29 deagosto o seu voto é importante, a sua par-ticipação é imprescindível.

Vamos fazer a nossa parte na democra-cia e atender ao chamado das urnas. Va-mos ajudar a decidir os destinos da práti-ca médica em Santa Catarina.

�CADA VOTO

REGISTRADO SERÁ UMA

DEMONSTRAÇÃO DE

APOIO À ENTIDADE

ASSOCIATIVA, SERÁ ACONFIRMAÇÃO DO

ENTENDIMENTO DAS

INÚMERAS AÇÕES QUE

VÊM SENDO

EXECUTADAS PELO BEM

DA MEDICINA, DOS

MÉDICOS E DA SAÚDE

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COSEMESC PEDE LEI QUE GARANTAQUALIDADE DOS CURSOS DE MEDICINA

�A sociedade não precisa demais médicos e sim de médicoscom formação de qualidade eadequadamente distribuídos nopaís, através de uma política deincentivo, melhores condições detrabalho e de atendimento à po-pulação�.

II Congresso Brasileirode Política Médica (15/06/2002-SP)

Entidades médicas de Santa Catari-na entregaram ao Secretário de Estadoda Saúde, João José Cândido da Silva,no último dia 30 de julho, a propostade um Anteprojeto de Lei que estabe-lece critérios para a criação, autorizaçãode funcionamento e avaliação dos cur-sos de medicina no estado. O documen-to foi assinado pelo Coordenador doCOSEMESC (Conselho Superior dasEntidades Médicas) e Presidente daACM (Associação Catarinense de Me-dicina), Dr. Carlos Gilberto Crippa; Pre-

SECRETÁRIO JOÃO JOSÉ CÂNDIDO DASILVA RECEBEU O ANTEPROJETO DAS

MÃOS DOS INTEGRANTES DOCOSEMESC, EM AUDIÊNCIA QUE

CONTOU COM O APOIO PÚBLICO E APRESENÇA DE DIRIGENTES DE OUTRAS

ENTIDADES DA SAÚDE: CONSELHOREGIONAL DE ODONTOLOGIA,ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DEODONTOLOGIA, ASSOCIAÇÃO

BRASILEIRA DE ENFERMAGEM ESINDICATO DOS FARMACÊUTICOS

sidente do CREMESC (Conselho Re-gional de Medicina), Dr. Newton JoséMartins Mota; e Presidente do SI-MESC (Sindicato dos Médicos), Dr.Cyro Soncini, que vêm realizando umaampla campanha pela qualidade do en-sino médico em Santa Catarina.

O Anteprojeto de Lei será encami-nhado pelo Poder Executivo para a As-sembléia Legislativa, com o argumen-to de que é direito da sociedade serbem atendida e não há medicina dequalidade sem formação médica comtodos os requisitos técnicos necessári-

os: planejamento pedagógico, corpo do-cente comprometido, instalações, ativi-dades de pesquisa, vagas para residên-cia, pós-graduação, entre outros. O do-cumento destaca ainda que cabe à co-munidade exercer o poder fiscalizadordos cursos, tendo como instrumento oConselho Estadual de Educação.

O Anteprojeto foi recebido com apromessa de empenho do Secretário edeve substituir a Lei 11.378, que teveargüição de inconstitucionalidade de-clarada no início deste ano de 2002,exclusivamente em decorrência de ví-cio de origem, que agora deverá ser cor-rigido com a participação do Poder Exe-cutivo.

FACULDADES DEVEM SERAVALIADAS

PELO CONSELHO DE EDUCAÇÃOFaculdades de medicina devem ser avaliadas periodicamente,com critérios que vislumbrem a qualidade do ensino dos novosprofissionais do setor, futuros responsáveis pelo atendimento dapopulação catarinense. Este foi o posicionamento defendido pelosdirigentes do Conselho Superior das Entidades Médicas de SantaCatarina (COSEMESC), ao entregar ao Conselho Estadual deEducação (CEE) uma proposta de �Instrumento de Avaliação dosCursos de Graduação em Medicina�. O documento foi entregueno dia 02 de julho, com a presença de representantes da Associa-ção Catarinense de Medicina (ACM), Conselho Regional de Me-dicina (CREMESC) e Sindicato dos Médicos (SIMESC).

A proposta está centrada na verificação do tripé do ensinomédico: Corpo Docente, Organização Curricular e Instalações.Nos quesitos da avaliação foram obedecidos os princípios quenorteiam os documentos similares a nível federal (Instrumento

de Verificação das Condições deOferta dos Cursos de Graduaçãoem Medicina � MEC), atualizadode acordo com as Diretrizes Curri-culares para os cursos de medici-na, aprovadas pelo Conselho Na-cional de Educação.

DOCUMENTO FOI ENTREGUE AOSDIRIGENTES DO CONSELHO ESTADUAL DEEDUCAÇÃO PELAS MÃOS DO VICE-PRESIDENTE DA ACM, DR. VIRIATO LEALDA CUNHA

FÓRUM DEBATE SOBRE O TEMADirigentes das entidades médicas reuniram-se, no últi-

mo dia 05 de julho, com os coordenadores das seis faculda-des de medicina em atividade no estado para o �Fórum deAvaliação do Ensino Médico Catarinense�. O encontro acon-teceu na sede da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVA-LI) e teve como um dos temas centrais de debate o docu-mento entregue ao Conselho Estadual de Educação, noúltimo dia 02/07, pelas entidades que compõem o COSE-MESC.

O Coordenador do Fórum, Dr. Bruno Schlemper, avaliaque o evento foi muito proveitoso. �As entidades médicase os cursos de medicina estão trabalhando integrados nesteprocesso, inclusive com a participação de um representan-te do CEE (Conselho Estadual de Educação), Ricardo JoséAraújo de Oliveira, com o objetivo comum de contribuirpara a qualidade do ensino�. O médico destaca ainda quejá ficou definida a data do 3o Fórum, que será dia 27/9, emBlumenau, com o tema �Avaliação de Desempenho Discente�.

Atualmente Santa Catarina tem faculdades de medicinaem seis instituições de ensino superior: UFSC (Florianó-polis), FURB (Blumenau), Univali (Itajaí), Univille (Join-ville), Unisul (Tubarão) e Unesc (Criciúma). Em 2002, oestado terá 144 novos médicos formados. Em 2005, o nú-mero de novos médicos deve ser de 394, já que as seis fa-culdades médicas em atividade já terão turmas com gradescurriculares concluídas.

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A Comissão de Defesa de Classe daACM, reunida em 26 de junho de 2002,discutiu os seguintes assuntos:

* O II Congresso Brasileiro e o III Con-gresso Paulista de Política Médica, reali-zado em São Paulo, nos dias 13 a 15/06/2002, do qual participaram o Dr. RemacloFischer Junior e a Dra. Vera Regina Fer-nandes, que tratou, entre outras coisas, daapresentação de propostas aos Programasde Saúde dos Candidatos Presidenciáveise Deputados. Merece destaque o compro-misso de �dar um basta� à abertura indis-criminada de Escolas Médicas, além deapoio à criação de um piso salarial de cará-ter regional, bem como a participação efe-tiva das entidades da classe nas propostaspara a saúde. O Brasil tem hoje 262 milmédicos, em uma relação de 1/646 médi-co/habitantes. As 111 escolas de medicinaexistentes no Brasil formam anualmente

MOVIMENTO MÉDICO DE JOINVILLE RATIFICADOPELAS ENTIDADES DA CLASSE

Diretoria, médicos representantes deDepartamentos de Especialidades da So-ciedade Joinvilense de Medicina (SJM) eassociados da entidade mantêm o movi-mento contra o Saúde Bradesco na região.A ação recebe o apoio do Conselho Supe-rior das Entidades Médicas de Santa Ca-tarina (COSEMESC), que congrega a As-

sociação Catarinense de Medicina (ACM),o Conselho Regional de Medicina (CRE-MESC) e o Sindicato dos Médicos (SI-MESC), legitimando a justa reivindicaçãodos médicos de reajuste nos honoráriospagos pelos serviços prestados ao referidoplano de saúde, conforme já definiu aAgência Nacional de Saúde Suplementar

(ANS), autorizando que operadoras de pla-nos reajustem suas mensalidades por con-ta do aumento da remuneração dos profis-sionais. Há mais de cinco anos os médicosque atendem pelo Bradesco não recebemqualquer reajuste. Após várias tentativasde negociação por parte dos dirigentes daSJM, a empresa posicionou-se contrária emalterar os valores atuais, apesar da majora-ção das mensalidades dos planos já repas-sada aos seus clientes.

O movimento iniciou no dia 01 de julho,a partir de uma Assembléia Geral da SJM,quando foi decidido que os profissionais se-guirão prestando atendimento aos usuáriosdo plano, desde que cobrem seus honoráriosdiretamente dos clientes do Saúde Brades-co, com emissão de recibo para posterior res-sarcimento, no valor de R$ 35,00. Os médi-cos da região tiveram acesso ao balancete doBradesco, que através dos números apontouresultados extremamente favoráveis nos úl-timos anos, demonstrando mais uma vez quenão há justificativa para a empresa não cum-prir as determinações da ANS.RESULTADOS DA REUNIÃO DA COMISSÃO

DE DEFESA DE CLASSE11 mil médicos para uma necessidade de4 mil.

No debate sobre os Planos de Saúde,foi apresentada a Pesquisa Nacional en-comendada pelas entidades nacionais edesenvolvida pela DATAFOLHA, apre-sentando o �ranking� oficial dos pioresconvênios em cada estado brasileiro. EmSC os piores foram: Seguro Bradesco,seguido por CASSI e GEAP.

* O Dr. Ricardo Russi apresentou àComissão suas considerações sobre oCódigo de Processo Ético Administrati-vo e novos Cooperados da Unimed deFlorianópolis.

* O Dr. Carlos Alberto Pierri relatoua atual situação da luta da ASESC (As-sociação dos Estabelecimentos de Saú-de no Estado de Santa Catarina), na so-

lução de problemas com os planos daCASSI, GEAP e UNIPESC. Além dis-so, o médico informou os detalhes sobreo lançamento do Cartão de Conveniên-cias elaborado pela ASESC, Unimed,Sindicato dos Médicos do Estado deSanta Catarina, ACM e ODONTOCOP,que deverá entrar em vigor neste segun-do semestre de 2002.

Dra. Nilzete Liberato Bresolin

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AMB AVALIA AÇÕES DO 1º SEMESTRE DE 2002A Diretoria da ACM esteve presente na

reunião do Conselho Deliberativo daAMB, realizada no dia 28 de junho, na ci-dade de Porto Alegre (RS), onde foramapresentados os resultados das ações exe-cutadas pela entidade associativa nacionalneste ano de 2002. Destaques maiores fi-caram com a �Pesquisa dos Piores Planosde Saúde no Brasil�, e os �Fóruns Regio-nais de Ensino Médico�, que confirmarama importância destes trabalhos e a ampladivulgação junto à classe e à sociedade.

A forte atuação política da AMB tam-bém mereceu a atenção dos Presidentesdas Federadas presentes ao encontro, es-pecialmente tendo em vista as eleiçõesnacionais que se realizarão em outubro. Oposicionamento da Associação Médica Bra-

sileira com relação ao pleitopara a Presidência da Repú-blica pode ser conferido na�Carta dos Médicos aos Can-didatos� (veja íntegra na pá-gina 06 desta edição), onde aentidade pede o comprome-timento público com as me-lhorias indispensáveis para asaúde e a prática ética da me-dicina no país.

Outra prioridade da AMBneste ano vem sendo a defesa do ato mé-dico, tendo em vista as ameaças vivencia-das em algumas especialidades em queprofissionais de outras áreas têm executa-do atividades inerentes à medicina, preju-dicando ainda mais o mercado de trabalho

e gerando riscos à saúde da populaçãocomo um todo. Ainda nessa área, a AMBvem atuando em parceria com o ConselhoFederal de Medicina e com o ConselhoNacional de Residência Médica para o con-trole adequado no respeito às especializa-ções efetivamente reconhecidas pelo CFMe a implantação definitiva do Projeto deQualificação de Especialistas.

REUNIÃO DO CONSELHO DELIBERATIVO DA ASSOCIAÇÃO MÉDICABRASILEIRA TEVE A PARTICIPAÇÃO DO PRESIDENTE DA ACM, DR.CARLOS GILBERTO CRIPPA, E DO SECRETÁRIO GERAL DAENTIDADE, DR. JORGE ANASTÁCIO KOTZIAS FILHO

NOVO VALOR DAS CONSULTAS ESPECIALIZADAS PELO SUSO valor da remuneração das consultas

especializadas e dos atendimentos médi-cos de urgência e emergência do SUS foireajustado em 196%. O anúncio foi feitona sede da AMB em Brasília, no dia 26 dejunho, com a presença do Ministro da Saú-de, Barjas Negri, e do Deputado Federalpor Santa Catarina, Vicente Caropreso, queé membro da Comissão de SeguridadeSocial e Família da Câmara dos Deputa-dos, e um dos grandes articuladores para adeterminação dos novos valores. A Porta-ria MS que determina o reajuste está emvigor desde 01 de julho, elevando o valorpago aos estados e municípios para as con-sultas médicas que, de R$ 2,55 foi para R$7,55.

Também foram reajustadas as consul-tas de urgência e emergência, que passa-ram de R$ 3,16 para R$ 8,16 (158%). Asconsultas com observação do paciente au-mentaram de R$ 7,47 para R$ 12,47 (40%),

enquanto as consultas ortopédicas comimobilização provisória subiram de R$ 6,91para R$ 10,00 (44,7%).

Também na mesma Portaria foi criadoo piso para consultas especializadas, queterão inicialmente o valor de R$ 3,39. Comisso, o Ministério da Saúde quer garantirmais recursos para o gasto percapita noatendimento ambulatorial. Os estados queainda não gastam esse valor mínimo comassistência ambulatorial só poderão rece-ber recursos adicionais se estiverem emGestão Plena do SUS (entre eles SantaCatarina), ou seja, com autonomia paragerir a verba federal que recebem.

Dirigentes CatarinensesAvaliam a Conquista

Dirigentes das entidades médicas ca-tarinenses também participaram da audi-ência em Brasília em que o Ministro da

Saúde assinou o reajuste do valor da con-sulta pelo Sistema Único de Saúde. Oencontro teve a presença do Vice-Presi-dente da ACM (Associação Catarinensede Medicina), Dr. Viriato João Leal daCunha, e do Conselheiro do CREMESC(Conselho Regional de Medicina) e Cor-regedor do Conselho Federal de Medici-na, Dr. Roberto Luiz d�Ávila, que desta-caram a importância da conquista obtida,graças à forte atuação das entidades naci-onais da classe médica.

As lideranças alertam apenas para a ne-cessidade de que este reajuste abranja atotalidade das consultas, uma vez que con-templa apenas as consultas executadas porestabelecimentos e profissionais credenci-ados ao SUS, sem vínculo com a rede pú-blica. Além disso, reajustar o valor das con-sultas não é suficiente, já que os outros pro-cedimentos médico-hospitalares tambémestão com seus valores congelados há seisanos.

A expectativa maior está na promessado Ministro numa nova recomposição dosvalores, de maneira mais abrangente e to-talizando o pagamento da consulta em R$10,00 a partir de janeiro de 2003.

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A Nação Brasileira vive um momento extremamente importante diante das eleições gerais que ocorrerão em outubro próximo.Nós médicos, compromissados com as questões sociais, prestamos nossa contribuição mediante este documento, onde elencamos osprincipais pontos relativos à assistência médica e à promoção da saúde.

1. Considerar o capítulo de saúde da Constituição como uma conquista do povo brasileiro.2. Aceitar o modelo vigente que considera livre a iniciativa privada na saúde, devidamente inserida, de modo complementar, num

Sistema Único de Saúde baseado na hierarquização, descentralização e participação social.3. Considerar inaceitável, entretanto, a desigualdade na atenção às pessoas, especialmente na garantia de acesso e na disponibiliza-

ção dos recursos.4. Insistir na tese de que esta desigualdade ocorre pela diferença no volume de recursos que são destinados para atividades seme-

lhantes.5. Garantir, na regulamentação do setor privado:

a) que as entidades profissionais estabeleçam piso para a remuneração dos serviços prestados por seus filiados;b) o respeito à liberdade de escolha do usuário de planos de saúde para que se preserve a relação médico / paciente.

6. Possibilitar a participação das entidades médicas, especialmente das Sociedades de Especialidades, na elaboração de critériospara avaliação de desempenho e garantia da qualidade nos serviços de saúde público e privado.

7. Reivindicar que a vinculação de recursos ao setor público, ainda flagrantemente insuficientes, seja capaz de garantir, além docusteio com valores atualizados, investimentos capazes de recuperar instalações e atualizar equipamentos, preservando a capaci-dade, ora comprometida, mas também capaz de ampliar a oferta de serviços.

8. Considerar falacioso o argumento de que o problema não é falta de recursos mas incompetência de gestão. Lembrar que insufi-ciência de recursos compromete a gestão.

9. Rever os valores pagos pelos serviços prestados ao SUS.10. Ressaltar a necessidade de controle da incorporação tecnológica, considerada algumas vezes excessiva no setor privado, com

ociosidade e desperdício. Enquanto isto, no setor público existe insuficiência, causando retardos incompatíveis com o atendi-mento eficaz, criando deficiências gritantes que desmoralizam o setor.

11. Definir um amplo projeto de promoção à saúde, com ênfase nas ações preventivas, incluindo não apenas controle epidemiológicoe imunização, mas também fiscalização da rede de esgoto, água, coleta e tratamento do lixo com prioridade absoluta, para o qualse exige orçamento específico.

12. Considerar os institutos de pesquisa e laboratórios farmacêuticos oficiais como estratégicos na busca de auto-suficiência emimunobiológicos e na regulação da política de medicamentos.

13. Apoiar os Programas de Saúde da Família (PSF) e o de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), reivindicando ampla reformula-ção na parte de Recursos Humanos, principalmente no que tange à formação, qualificação e capacitação do profissional médico,cuja presença deverá ser obrigatória em toda e qualquer equipe.

14. Reivindicar a estruturação do SUS no nível de atenção primária, na qual os Programas acima referidos desempenham papelrelevante, priorizando profissionais que residam ou passem a residir nas comunidades ou regiões próximas aos seus locais detrabalho e que sejam contratados formalmente pelos municípios, estados ou governo federal.

15. Solicitar a devida atenção para os relatórios da CINAEM e para as propostas das entidades médicas que visam a melhoria daformação profissional:a) controlar a expansão indiscriminada de faculdades de medicina sem avaliação de necessidade social do curso;b) restabelecer a responsabilidade do Conselho Nacional de Saúde para este reconhecimento;c) exigir das escolas existentes o cumprimento de requisitos mínimos, estabelecidos pela CINAEM;d) Proibir abertura de novas faculdades sem que exista nestas um complexo hospitalar e ambulatorial, bem como corpo clínico

e recursos docentes capazes de garantir a boa formação;e) estudar, em conjunto com as entidades, a implantação de serviço social voluntário aos egressos de escolas médicas, que lhes

garantam créditos nos concursos de residência médica;f) estimular a adaptação dos currículos que permitam a preparação desses egressos a exercer o atendimento à população, ao

invés de prepará-los precocemente para especialidades e áreas de atuação;g) aceitar currículos diferenciados sempre que as condições da escola permitam, sem abdicar da formação que permita o serviço

social voluntário ao término do curso;h) reconhecer a importância da Residência Médica, sem que isto implique em considerar a formação como não terminal, ade-

quando número de vagas ao de formandos, levando em conta as necessidades do modelo de saúde brasileiro, evitando queentrem no exercício profissional os que não conseguiram vaga na Residência e não estejam preparados para o exercício;

i) diante da desigualdade da formação médica em diferentes países, liberar, para o exercício no País, apenas os médicos estran-geiros que se submeterem à revalidação do diploma em centros credenciados para tanto, pelos Ministérios da Educação e daSaúde, de acordo com as normas do CFM.

Por fim, as Entidades Médicas se colocam à disposição dos dirigentes governamentais para assessoramento necessário na definiçãodas estratégias para a viabilização destas propostas.

ASSOCIAÇÃO MÉDICA BRASILEIRACONSELHO FEDERAL DE MEDICINA

CONFEDERAÇÃO MÉDICA BRASILEIRAFEDERAÇÃO NACIONAL DOS MÉDICOS

CARTA DOS MÉDICOS BRASILEIROSAOS CANDIDATOS NAS ELEIÇÕES DE 2002

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Uma homenagem histórica aconteceuna sede da Associação Catarinense deMedicina na noite de 11 de julho, quandoo cirurgião Ernesto Damerau completou 70anos de idade e foi homenageado pela una-nimidade das entidades estaduais que re-presentam a classe médica. Emocionado esurpreso com a grandeza do momento emque estava vivendo, o homenageado danoite ouviu breves pronunciamentos dosdirigentes da ACM, Conselho Regional deMedicina, Sindicato dos Médicos, Acade-mia Catarinense de Medicina, Unimed,Unicred e dos hospitais Caridade, CelsoRamos e Universitário. Para coroar aindamais a solenidade, o médico foi jubiladopela Universidade Federal de Santa Cata-rina, instituição onde o cirurgião ajudou aformar as últimas gerações de profissionaise a qual dedicou parte especial de suas ati-vidades.

�Não posso falar da homenagem semme emocionar. Foi uma surpresa total,pois jamais pensei que fosse merecedorde um momento com tamanha proporção.

HOMENAGEM HISTÓRICA NA CLASSE MÉDICACATARINENSESem querer estabelecer comparativos e

sem menosprezar as diversas homenagensque já recebi, inclusive de cidadão hono-rário de Florianópolis e de Biguaçu, alémde outras tantas, nenhuma foi tão impor-

tante e tão expressiva para mim quantoesta, por mostrar o quanto sou queridopela minha própria classe. Foi a coroaçãode toda a minha vida de trabalho e dedi-cação. Não com falsa modéstia, mas achoque se dei tanto para a medicina catari-nense, recebi muito mais�, declarou comvoz embargada o homenageado.VICE-PRESIDENTE DA ACM, DR.VIRIATO LEAL DA CUNHA,CUMPRIMENTOU O HOMENAGEADO DANOITE

DR. ERNESTO DAMERAU COMEMOROU SEUANIVERSÁRIO DE 70 ANOS E AS HOMENAGENSRECEBIDAS PELAS ENTIDADES MÉDICAS AO LADO DAESPOSA E DAS QUATRO FILHAS

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Discurso, depoimento, tes-temunho, desabafo, oração,fala, pronunciamento, homiliaou sei mais o que, aquilo quenosso querido irmão ErnestoDamerau disse na ACM, nanoite do último dia 11 de julho,foi uma purificação, uma liçãode vida.

Nunca vi nada parecido.Sem retóricas, sem impostaçãode voz, sem posturas ou gestosestudados, sem ânimos ocultos,sem premeditação, sem frasesde efeito, em outras palavras,sem truques, o que jorrou desua palavra traduziu ao pé daletra, na mais copiosa catarse desentimentos genuínos, o queele é, o que sempre foi: - a somajusta e perfeita da grandezacom a humildade.

A lei, que dizem ser dura,cega, surda e muda, abateu-se,indiferente e impessoal, sobreeste ser humano maravilhoso,proibindo-o oficialmente deexercer um dos seus mais pra-zerosos e legítimos talentos: -ensinar. Mas não conseguirácontê-lo. Ele seguirá ensinandode graça, como, a rigor, já fazia.Seguirá oferecendo a novas ge-rações o seu modelo de compe-tência, ética e dedicação à me-dicina.

Lembro-me de nosso encon-tro fortuito, há poucos anos, naante-sala do centro cirúrgico do

ERNESTO DAMERAUDR. MARIO GENTIL COSTA

Hospital de Caridade. Ele ter-minara mais uma cirurgia. Can-sado, livrou-se do gorro e damáscara, abriu o sorriso, meabraçou e disse:

- Que é que tás fazendoaqui, cara? Me conta!

- Matando a saudade � res-pondi, à falta de melhor justifi-cativa. E emendei: - E tu? Ain-da andas operando muito?

- Tô saindo agora de um esô-

fago.- Tu tás é maluco � foi o co-

mentário vulgar que me ocor-reu.

- Eu gosto. Tu acreditas queeu ainda gosto?

- Eu sei. Todo mundo sabe.Só não sei como é que tuagüentas.

Aí, simples e modesto comosó ele sabe ser, veio com esta:

- É a única coisa que eu seifazer.

- Ah, Ernesto, deixa disso!O que tu sabes fazer, vale mui-to mais do que qualquer outracoisa.

E com o olhar perdido no va-zio, cheio de pureza, ele com-pletou, como se contemplasseum horizonte imaginário:

- �Só tenho um medo: o quevai ser de mim, se, algum dia,

não puder mais operar?�

Achei melhor não insistirnuma questão sem resposta.Afinal, esse tipo de dúvida nosaflige a todos quando estamosdiante do fantasma da aposen-tadoria. Só não estava prepara-do para o que veio em seguida:

- Vem mais vezes aqui, Cos-tinha. Não sei se tu sabes que,

apesar de a gente não convivermuito, eu me identifico muitocontigo.

Aquilo... quase uma confis-são de amor... me encheu asmedidas... Não lembro o quelhe respondi, mas não importa;não havia, mesmo, o que res-ponder. Nunca fora capaz deimaginar que aquele ídolo, quesempre jogou de titular na mi-nha seleção, �se identificassemuito comigo�. Dissimulei o al-voroço interior que me invadiae tratei de descer a ladeira, poisnão queria ouvir mais nada. Econsidero um privilégio ter vi-vido o suficiente para dizer-lheo quanto significou para mim.

Há pessoas raras que já tra-zem impressa em si mesmas avocação da santidade. ErnestoDamerau é uma dessas, poissanto, no meu entender, é todoaquele que tem pureza de in-tenção, lisura de propósitos e sededica ao trabalho produtivoem prol do bem comum, semcobiçar lisonjas, glórias e hon-rarias. Santo é aquele que, combondade, moral e altruísmo,busca o crescimento sem am-bições desmedidas, respeitan-do o direito alheio, amando avida e se pautando sempre pelabusca da paz, do progresso, dasabedoria e do conhecimento.Santo é todo aquele que, exer-cendo qualquer profissão emsua plenitude, se sacrifica, só dábons exemplos, só colecionaamigos e se converte no alvounânime de seu aplauso incon-tido.

A meu ver, dois são os esta-dos mais superlativos ao alcan-ce do homem: - o Gênio e oSanto. Gênio ele pode não ser.Mas se, para ser santo, basta teroperado dois milagres, não te-nho dúvidas de que ErnestoFrancisco Damerau operou

HOMENAGEM

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Conhecer a realidade de perto decada Regional Médica da ACM e divul-gar o trabalho desenvolvido pela Asso-ciação Catarinense de Medicina embenefício e defesa da classe são metasda atual Diretoria. Para tanto, visitasvêm sendo realizadas pelo interior doestado. No último dia 19 de julho o Pre-sidente da entidade, Dr. Carlos Gilber-to Crippa, o Vice-Presidente, Dr. Viria-to João Leal da Cunha, e o SecretárioGeral, Dr. Jorge Anastácio Kotzias Fi-lho estiveram em Chapecó, no Oeste ca-tarinense, onde além da presença dosmédicos da cidade e municípios vizi-nhos, os representantes regionais daACM, Conselho de Medicina (CRE-MESC) e Sindicato dos Médicos (SI-MESC) também prestigiaram o encon-tro.

DIRETORIA DA ACM REALIZADEBATE EM CHAPECÓ

�Acho muito importante a descentra-lização da Associação Catarinense deMedicina em relação às suas Regionais.Com a presença da Diretoria da ACMem nosso município tivemos a oportu-nidade de conhecer as ações que a en-tidade tem realizado e discutir uma sé-rie de problemas relativos à clínica mé-dica: escolas de medicina, Sistema Úni-co de Saúde, mercado de trabalho � in-clusive a questão do Mercosul, a cria-ção da sede única das entidades e os re-sultados do FEMESC, ocorrido esteano em Lages, entre outros pontos sig-nificativos�, destacou o Dr. Oreste Pe-dro Maia Andrade, Vice-Presidente daAssociação Médica Regional Oeste Ca-tarinense.

Também para o médico Rajá Elias,Delegado do CREMESC na Região

Oeste, a visita foi extremamente pro-veitosa. �Para nós foi importante co-nhecer as ações da ACM, o que a enti-dade tem feito por seus associados anível local e estadual, e para que a Di-retoria da entidade também pudesseconhecer a nossa realidade, saber comoos médicos do interior se sentem fren-te aos inúmeros e crescentes desafiosdo setor. Por fim, o Delegado aprovei-tou o momento para destacar a impor-tância do associativismo. �É necessá-rio que os médicos percebam a impor-tância da união de esforços, filiem-seà ACM e ao SIMESC para que, maisfortes, possamos enfrentar os nossosnovos rumos, em especial as questõesde trabalho e ética médica�.

PRESIDENTE DA ACM, DR. CARLOSGILBERTO CRIPPA, RELATOU AS

INÚMERAS AÇÕES DA ENTIDADE PARA OSMÉDICOS DA REGIÃO, QUE

DEMONSTRARAM SEU INTERESSE PELO

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A Sociedade Brasileira deCirurgia Plástica, entidadeoficial dos cirurgiões plásticosbrasileiros, que congrega 3.650profissionais em todo o país,através do seu ConselhoDeliberativo, acaba de instituir o�Dia Nacional do CirurgiãoPlástico�, a ser comemoradosempre em 07 de dezembro. ASociedade lembra aos médicosque através de seu sitewww.cirurgiaplastica.org.br épossível obter mais informaçõessobre a nova data, além dahistória da cirurgia plástica nopaís e a sua importância nocenário nacional, destacando-secomo a segunda maior entidademédica da especialidade nomundo.

LEGALIZAÇÃO DO PRÓ-LABORE É DISCUTIDACOM O SECRETÁRIO DE ESTADO DA SAÚDE

A comissão formada pelas entidades mé-dicas catarinenses para a regularização dopagamento do Pró-Labore aos médicos quetrabalham nos hospitais públicos da redeestadual começa a obter as primeiras res-postas em defesa da classe. Atendendo pe-dido de audiência encaminhado pelo Dr.Remaclo Fischer Junior, Vice-Presidente daAssociação Médica Brasileira � Região Sule ex-Presidente da ACM, no último dia 08de agosto, os membros da comissão estive-ram reunidos com o Secretário de Estadoda Saúde, Dr. João José Cândido da Silva, e

com o Diretor para Assuntos Hospitalaresda SES, Ledo Leite, para tratar sobre o as-sunto. Durante o encontro, os médicos rei-vindicaram a suspensão de todo e qualquercorte nos valores devidos ao Pró-Labore,que hoje é pago a cerca de 1.100 médicoscatarinenses que atuam nos hospitais do Es-tado, num total de aproximadamente 1,4milhão por mês.

O grupo também solicitou ao Secretá-rio o fim do desconto de 20% destinadosao INSS, além do empenho dos gestoresda saúde catarinense na busca da regulari-

zação deste sistema de produtividade, quebeneficia não apenas aos médicos, mastambém à comunidade atendida nos esta-belecimentos públicos de saúde. O posi-cionamento do Secretário durante a reu-nião foi favorável aos pedidos, comprome-tendo-se em auxiliar a classe na defesa doPró-Labore.

Também participaram da audiência osmédicos Anamar Soncini (SIMESC), Rei-naldo Machado (CREMESC), MaurícioBüendgens (Hospital Celso Ramos) e Di-mas Espíndola (SES). Novas reuniões en-tre o grupo já estão previstas, para tratarespecialmente sobre a estratégia jurídica aser empregada para a regularização do Pró-Labore.

RESOLUÇÃO NORMATIZA RELAÇÃO DOS PLANOSDE SAÚDE COM OS MÉDICOS E CLIENTES

O Conselho Federal de Medicina anun-cia a todos os médicos do país que atravésde Resolução aprovada em Sessão Plená-ria, as empresas de seguro-saúde, de medi-cina de grupo, cooperativas de trabalhomédico, de auto-gestão ou outras que atu-am sob forma de prestação direta ou inter-mediação dos serviços médico-hospitalaresdevem seguir os seguintes princípios emseu relacionamento com os médicos e comos usuários de seus planos de saúde:n Respeitar a autonomia do médico e do pa-

ciente em relação à escolha de métodosdiagnósticos e terapêuticos.

n Admitir adoção de diretrizes ou protoco-los médicos somente quando elaboradospelas Sociedades Brasileiras de Especia-lidades em conjunto com a AssociaçãoMédica Brasileira.

n Praticar justa e digna remuneração pro-fissional pelo trabalho médico, submeten-do a tabela de honorários a aprovação doCRM de sua jurisdição.

n Efetuar o pagamento de honorários, di-retamente aos médicos, sem retenção denenhuma espécie.

n Negociar com entidades representativas dosmédicos o reajuste anual da remuneraçãoaté o mês de maio, impedindo que o hono-rário profissional sofra processo de reduçãoou depreciação.

n Vedar a vinculação dos honorários médi-cos a quaisquer parâmetros de restriçãode solicitação de exames complementa-res.

n Respeitar o sigilo profissional, sendo ve-dado a essas empresas estabeleceremqualquer exigência que implique na re-velação de diagnósticos e fatos de que omédico tenha conhecimento devido aoexercício profissional.A edição da Resolução é vista como con-

quista pelo catarinense Remaclo Fischer Ju-nior, Conselheiro da AMB junto ao CFM,que participou da Sessão Plenário que apro-vou as novas determinações. �É uma vitó-ria para a classe médica, que precisa ver seusdireitos respeitados pelos planos de saúde�.

As empresas que descumprirem os termosda Resolução poderão ter seus registros can-celados no Conselho Regional de Medicinade sua jurisdição e o fato comunicado ao Ser-viço de Vigilância Sanitária e à Agência Na-cional de Saúde Suplementar (ANS) para asprovidências cabíveis. Além disso, o não cum-primento das novas normas também resulta-rá em procedimento ético-profissional con-tra o Diretor Técnico das empresas.

INSTITUÍDO DIA DOCIRURGIÃOPLÁSTICOBRASILEIRO

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�SEMANA DA SAÚDE DA MAMA� MOBILIZACATARINENSESSanta Catarina protagonizou uma ver-

dadeira �guerra� contra o câncer de mamadurante a III Semana Nacional da Saúdeda Mama, realizada entre 05 a 12 de agos-to. A ação foi coordenada pela SociedadeCatarinense de Mastologia, presidida pelomédico Carlos Gilberto Crippa, que des-tacou como metas da ação orientar a popu-lação feminina sobre a realidade da doen-ça e estimular as mulheres para a funda-mental prevenção, especialmente atravésdo auto-exame periódico. Paralelamente àSemana, a capital catarinense foi sede doXII Encontro Catarinense de Mastologia,do I Congresso Catarinense de Onco-Mas-tologia e do II Encontro Catarinense daMulher Mastectomizada, todos com sedena Associação Catarinense, nos dias 08 e09 de agosto.

GRUPO DE RADIOLOGISTAS CATARINENSES REUNIU-SE EMJOINVILLE, NO ENCONTRO DO CLUBE DO INTERIOR DR.

ANTÔNIO FERREIRA FILHO

SOCIEDADE DE RADIOLOGIAREALIZA ATIVIDADES EMTODO ESTADO

A Sociedade Catarinense de Radiologia informa que ocor-reu nos dias 24 e 25 de junho, em Joinville, o encontro doCLUBE DO INTERIOR DR. ANTÔNIO FERREIRA FI-LHO que teve a organização do Dr. José Olavo Timos, con-tando com as seguintes palestras:- Densitometria Óssea � Palestrante Dra. Vera Szejnfeld- Avaliação da Próstata, Biópsia Dirigida e Avaliação por Ul-tra-som e RM da Endometriose � Palestrante Dr. Jacob Sze-jnfeld- Biópsias, Punção Aspirativa X Core � Palestrante Dr. Rui deLucca

A próxima reunião do Clube já está marcada para o dia 04de outubro, na cidade de Lages.

A Sociedade comunica também que está trabalhando jun-to à Sociedade Paranaense de Radiologia para a realização daI JORNADA PARANÁ - SANTA CATARINA DE RADIO-LOGIA, programada para os dias 06, 07 e 08 de setembro de2003.

Realizado no último mês de junho, na cidade de Joaça-ba, o Seminário de Perícia Médica reuniu especialistas detodo o estado, sob a coordenação do Dr. Élcio Bonamigo.Entre os temas de debate, foram tratados o nexo causal, aincapacidade para o trabalho, a adequação de funções,LER/DORT, depressão e outras patologias produzidaspelo �mundo moderno�. A mesa de abertura do eventoteve, entre outros convidados especiais, a participação dosDrs. Anselmo Duran, Presidente da Associação MédicaRegional de Joaçaba, Ramiro Sola Caminã, representanteda Secretaria da Saúde do Município, e os médicos peri-tos do INSS Luiz Antônio Deczka, Luiz Carlos Pedroso eIone Rofner.

O anfitrião do evento, Dr. Élcio Bonamigo, garante queeste foi um dos debates mais importantes realizados naregião nos últimos anos. �Tratamos de um assunto queprecisava de maiores esclarecimentos, porque havia mui-ta reclamação, tanto dos médicos peritos, como das de-mais especialidades e da própria população. Além disso, oexcelente nível dos palestrantes e a participação dos pre-sentes com perguntas de interesse comum enriqueceu ain-da mais o Seminário�.

JOAÇABA SEDIA SEMINÁRIODE PERÍCIA MÉDICA

PRESENÇAS DE DESTA-QUE: DRA. MARGARETESIMAS ABI SAAB, PRESI-DENTE DA SOCIEDADECATARINENSE DE PERÍCI-AS MÉDICAS E PERITA DAUFSC, DR. ÉLCIO BONA-MIGO E ESPOSA, DR. JA-SON LUIZ MEDEIROS SAN-TOS, CHEFE DO GERENCI-AMENTO DE BENEFÍCIOSPOR INCAPACIDADE DO

A ABERTURA DO ICONGRESSO

CATARINENSE DEONCO-MASTOLOGIA

CONTOU COM APRESENÇA DE

AUTORIDADES E DOSORGANIZADORES DOS

EVENTOS: DRS.CARLOS GILBERTOCRIPPA E CACILDA

FURTADO

Diversos grupos participaram na orga-nização dos eventos, como a AMUCC (As-sociação da Mulher Catarinense Portado-ra de Câncer) e o CEPON (Centro de Pes-quisas Oncológicas). Na programação,

além dos debates sobre o tratamento dasdoenças da mama, foram incluídos aindaum chá beneficente, no Clube Paula Ra-mos, para arrecadar recursos às ações deprevenção do câncer de mama e às mulhe-res carentes e portadoras da doença, alémde uma �Concentração� na Beira Mar Nor-te, encerrando os trabalhos.

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CONSENSO NAS ELEIÇÕESDAS NOVAS DIRETORIAS

DA ACM E DA AMBO consenso é a �palavra de ordem� nas eleições que vão

escolher as novas Diretorias da Associação Médica Brasileira(AMB) e da Associação Catarinense de Medicina (ACM), queacontecerão no próximo dia 29 de agosto. Para a AMB, o votodos médicos de todo o país será para a reeleição do atual Pre-sidente, Dr. Eleuses Vieira de Paiva. Já para a Presidência daACM, a chapa única tem à frente o cirurgião Viriato João Lealda Cunha, atual Vice-Presidente da entidade.

União Médicos Catarinenses, sede única das entidades, qua-lidade das faculdades de medicina, defesa de classe, luta pormelhores condições de trabalho e de remuneração para os pro-fissionais, aproximação com colegas médicos de todo estado,conscientização política da categoria e ações em prol de umaassistência médica digna para a população seguem sendo asmetas centrais do trabalho da próxima Diretoria da ACM, ges-tão 2002/2005.

Também no dia 29 de agosto ainda acontecerão os pleitosdas Regionais Médicas e a definição dos novos Delegados daentidade associativa estadual, que terão a responsabilidade deescolher os novos membros do Conselho Fiscal da ACM.

O candidato à reeleição da Presidência da AMB, Dr. Eleu-ses Vieira de Paiva, foi indicado de maneira unânime entre asFederadas da entidade nacional para permanecer no cargo, ten-do em vista sua importante contribuição à classe e a necessida-de de manutenção das conquistas alcançadas. O médico é es-pecialista em Radiologia e Medicina Nuclear. Foi Presidenteda Associação Paulista de Medicina e Vice-Presidente da AMBpela Região Centro-Sul. Também já ocupou os cargos de Dire-tor da Sociedade Brasileira de Biologia/Medicina Nuclear e dePresidente da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Rio Preto(SP). Em seu primeiro mandato como Presidente da AMB teveação destacada em todo território nacional, garantindo lutas his-tóricas pela qualidade da medicina e da assistência à saúde dasociedade. Dr. Eleuses de Paiva também protagonizou proje-tos de grande relevância para a classe, como a pesquisa paraidentificar os planos de saúde que desrespeitam os médicos, ainauguração de um escritório político da entidade em Brasília ea efetiva união junto ao Conselho Federal de Medicina, servin-do de exemplo maior da integração dos médicos em todo o país.

ASSOCIAÇÃO MÉDICABRASILEIRA QUER MANTER E

AMPLIAR CONQUISTAS

Presidente � Dr.Viriato João Lealda CunhaAtual Vice-Presidente daACM. Formado em 1982, naUFSC. É Cirurgião do Apa-relho Digestivo, especialis-ta em Endoscopia Digesti-va pela Sociedade Brasilei-ra de Endoscopia Digestiva

e Mestre em Técnica Operatória eCirurgia Experimental pela EscolaPaulista de Medicina. Professor as-sistente do Departamento de Clíni-ca Cirúrgica da UFSC e membro doCapítulo de Santa Catarina do Colé-

gio Brasileiro de Cirurgiões.

Vice-Presidente �Dr. Genoir SimoniFormado em 1988, naUFSC. É EndocrinologistaPediátrico e atualmente éresponsável pelo ambulató-rio da especialidade e pelaemissão de pareceres naUnidade de Neonatalogia

na área de Endocrinologia Pediátri-ca do Hospital Universitário. É mé-dico da Secretaria de Estado da Saú-de, no Hospital Infantil Joana deGusmão, onde é Coordenador doPrograma de Residência Médica em

Pediatria e Chefe do Servi-ço de Ambulatório.

Secretário Geral �Dr. LucianoNascimentoSaporitiFormado em 1995, naUFSC. É especialista emGastroenterologia e Endos-copia Digestiva. É sócio-ti-

tular da Federação Brasileira de Gas-troenterologia e da Sociedade Brasi-leira de Endoscopia Digestiva. Atu-almente faz parte do Serviço de Clí-nica Médica do Hospital GovernadorCelso Ramos, onde também exercea função de preceptor da Residênciaem Clínica Médica.

DIRETORIAACM

COMPROMISSO COM O VOTO

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Diretor Administrativo � Dr. LuizCarlos GiulianoFormado em 1987, na UFSC. Fez resi-dência em Medicina Interna no HU daUFSC, em Cardiologia Clínica no Insti-tuto de Cardiologia de Santa Catarina, eem Cardiologia Invasiva no serviço deHemodinânica e Angioplastia S. Ariê, noHospital Beneficência Portuguesa, deSão Paulo. É chefe do Serviço de He-modinâmica do Instituto de Cardiologiae médico do Serviço de Cardiologia In-tervencionista do Hospital SOS Cárdio.

Diretor de Publicações Científicas� Dr. Armando José D�AcamporaFormado em 1978, na UFSC. CirurgiãoGeral e Proctologista, chefe do Serviçode Cirurgia Geral do Hospital Florianó-polis. Foi Chefe do Departamento deClínica Cirúrgica da UFSC, instituiçãoonde foi responsável pelo Laboratóriode Técnica Operatória, e é professor eCoordenador do Mestrado em CiênciasMédicas. Doutor em medicina pelaUNIFESP-EPM, já foi Diretor de Pu-blicação Científicas da ACM em duasgestões.

Diretor Científico � Dr. MaurícioJosé Lopes PereimaFormado em 1984, na UFSC. É Cirur-gião Pediátrico e Doutor em Medicinapela Universidade Federal de São Pau-lo. É Cirurgião Pediatra do Hospital In-fantil Joana de Gusmão, onde é Chefedo Serviço de Queimaduras. ProfessorAdjunto da UFSC, já foi Secretário Ge-ral e Tesoureiro da ACM, além de Pre-sidente da Sociedade Catarinense deCirurgia Pediátrica. É Diretor Científi-co da Sociedade Catarinense de Quei-maduras.

Diretor de Patrimônio � Dr.Dorival Antônio VitorelloFormado em 1987, na UFSC. Fez re-sidência em Ginecologia e Obstetrí-cia na Maternidade Carmela Dutra(SES), em Florianópolis. Foi Presi-dente do Departamento Catarinensede Tocoginecologia, fundador e primei-ro Presidente da Sociedade de Gine-cologia e Obstetrícia de Santa Catari-na (SOGISC). É membro do CorpoClínico da Carmela Dutra e é o atualDiretor Financeiro da ACM.

Diretor de Previdência eAssistência � Dr. Waldemar deSouza JúniorFormado em 1989, na UFSC. Fez es-pecialização em Ortopedia e Trauma-tologia no Hospital Miguel Couto, noRio de Janeiro. É Coordenador do Cen-tro Cirúrgico do Hospital GovernadorCelso Ramos e sócio fundador daASESC (Associação dos Estabeleci-mentos de Saúde no Estado de SantaCatarina). Exercerá seu segundo man-dato à frente da Diretoria de Previdên-cia e Assistência da ACM.

Diretor das Regionais � Dr.Marcos Fernando Ferreira SubtilFormado em 1976, na Escola de Me-dicina da Santa Casa de Misericórdiade Vitória (Espírito Santo). Especi-alizou-se em Ortopedia e Traumatolo-gia no Hospital de Beneficência Por-tuguesa e em Medicina do Trabalho naUniversidade Estadual, ambas institui-ções do Rio de Janeiro. Foi Presidenteda Regional de Jaraguá do Sul e ocu-pa hoje o cargo de Vice-Distrital Norteda ACM.

Diretor de Defesa de Classe � Dr.Carlos Alberto PierriFormado em 1974, na UFSC. É especia-lista em Ortopedia e Traumatologia. Pre-sidente da Associação de Estabelecimen-tos de Saúde (ASESC), Presidente do Sin-dicato da Grande Florianópolis da Fede-ração dos Hospitais do Estado e coorde-nador do Departamento de Convênios daACM. Ex-Presidente da Sociedade Cata-rinense de Ortopedia e Traumatologia,atualmente é Cirurgião na especialidadeno Hospital Infantil Joana de Gusmão.

Diretora Sócio-Cultural � Dra.Sílvia Maria SchmidtFormada em 1988, na UFSC. É espe-cialista em Dermatologia, atualmentecompondo o Corpo Clínico do Hospi-tal Universitário, na capital catarinen-se. É Conselheira Administrativa daUnimed de Florianópolis e membro daDiretoria da Sociedade Brasileira deDermatologia � Seccional de Santa Ca-tarina.

Diretor Financeiro � Dr. SérgioFelipe Pisani MüllerFormado em 1976, na UFSC. É Onco-logista e especialista em Cancerologiapela Sociedade Brasileira de Cancero-logia (AMB). Tem formação em Cance-rologia no Centro de Pesquisa HaroldoLevy, na Fundação Antônio Prudente,no Hospital A. C. Camargo, em São Pau-lo. Foi um dos fundadores e diretor doCEPON (Centro de Pesquisas Oncoló-gicas), em Florianópolis, onde atual-mente faz parte do corpo clínico.

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Diretor de Esportes - Dr. LuizAlberto NunesFormado em 1981, na UFSC. É especi-alista em Cirurgia Geral e Vídeo-Lapa-roscopia. É Chefe do Serviço de Emer-gência do Hospital Universitário daUFSC e Cirurgião dos Serviços de Ci-rurgia Geral do HU e Hospital Carida-de. Já foi Diretor de Esportes da ACMna gestão sob a Presidência do Dr. Jor-ge Abi Saab Neto.

Diretor do Departamento deConvênios � Dr. Ubiratan CunhaBarbosaFormado em 1983, na UniversidadeFederal de Goiás. Especializou-se emCirurgia Geral e Ginecologia/Obstetrí-cia no Hospital do Servidor Público Es-tadual de São Paulo. Fez estágio emVídeo-Laparoscopia no Hospital deManchester, Inglaterra. É professor doDepartamento de Tocoginecologia daUniversidade Federal de Santa Cata-rina.

Diretora de Comunicação � Dra.Eliane Vieira de AraújoFormada em 1979, na UFSC. Fez resi-dência médica em Pediatria, no Hospi-tal Infantil Joana de Gusmão. Foi mé-dica dos Serviços de Oncologia e de In-fectologia Pediátrica, além de Coorde-nadora do Hospital Dia em AIDS, noJoana de Gusmão, onde atualmenteexerce a função de Diretora-Técnica.

Sul � Dra. Mirna Iris Felippe ZilliFormada em 1984, na UFSC. É especi-alista em Hematologia pela SociedadeBrasileira de Hematologia e Hemotera-pia. Dirigiu o Hemocentro de Criciúmaentre os anos de 1998 a 2001 e foi Presi-dente da Regional Médica da Zona Car-bonífera, também na gestão 98/01. Atu-almente faz parte dos Corpos Clínicosdos Hospitais São José e São João Ba-tista, em Criciúma.

Planalto � Dr. Fernando LuizPagliosaFormado em 1981, na Universidade dePasso Fundo (RS). Especializou-se emPediatria no Hospital Infantil DarcyVargas, em São Paulo, e em Homeopa-tia, na Associação Paulista de Homeo-patia. Foi Presidente da Fundação Ho-meopática Benoit Mure, em Florianó-polis, e Vice-Presidente da Regional doSindicato dos Médicos de Santa Cata-rina. Atualmente é Diretor de ServiçosMédicos da Secretaria de Saúde deLages.

Norte � Dr. Marcos ScheidemantelFormado em 1982, na UFSC. Especi-alizou-se em Nefrologia e fez curso deMedicina do Trabalho. Foi Diretor doHospital Regional Hans Dieter Schmi-dt, em Joinville. Atualmente é mestran-do em Saúde e Meio Ambiente na Uni-ville e professor da disciplina de Medi-cina do Trabalho na faculdade de Me-dicina de Joinville.

Vale Itajaí � Dr. Sérgio Marcos MeiraFormado em 1985, na UFSC. Pediatra emBlumenau e fundador da Unidade de Tera-pia Intensiva Pediátrica do Hospital SantoAntônio, a qual dirigiu de 1990 a 1992. Émédico dos Hospitais Santo Antônio, SantaIsabel e Santa Catarina. Foi professor auxi-liar de Pediatria na FURB e é Presidente daAssociação Médica de Blumenau, pela se-gundo mandato. Pós-graduado no MBA daFundação Getúlio Vargas, é o atual Secre-tário do SIMESC em Blumenau.

Centro-Oeste � Dr. Luiz AntônioDeczkaFormado em 1974, na Universidade Fe-deral do Paraná. Pediatria, já foi Presiden-te da Regional Centro-Oeste da ACM eVice-Presidente Distrital da ACM. É Res-ponsável pelo Serviço de Pediatria e Neo-natologia do Hospital Santa Terezinha, emJoaçaba, desde 1977, membro do Depar-tamento de Neonatologia da SociedadeBrasileira de Pediatria e Presidente daRegional de Pediatria do Vale do Rio doPeixe.

Extremo-Oeste � Dr. LuizFernando GranzottoFormado na Universidade de Rio Gran-de (RS). Especialista em Otorrinolaringo-logia pelos Hospitais Nossa Senhora daConceição, Cristo Redentor, Fêmina e daCriança-Conceição. Participou de estági-os em Otorrinolaringologia na Universida-de de Bordeaux, França, onde também fezacompanhamento em Vestibulometria, noHospital Saint André, e em Eletrococleo-grafia, além de participar de estágio no La-boratório de Cirurgia Experimental deOtorrinolaringologia do Hospital du Tun-du.

VICE-PRESIDENTES DISTRITAIS

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Diversas foram e são as ve-zes em que estamos sendo con-sultados acerca da obrigatorieda-de no pagamento da chamadaContribuição Confederativa porparte de empresas que atuamnas áreas da saúde, tais comohospitais, clínicas etc. Normal-mente, tais empresas têm rece-bido boleto de cobrança bancá-ria de algum sindicato, sendoassim instada ao pagamento dacitada contribuição, sem tera menor informação do quese trata e se é de-vida ou não.

Um dos exem-plos que chegouao nosso conheci-mento foi a tenta-tiva de cobrançade contri-buição destanatureza por parteda FEHOESC �Federação dosHospitais e Estabelecimentosde Serviços de Saúde do Esta-do de Santa Catarina, e do SIN-DILAB- Sindicato dos Labora-tórios de Análises Clínicas, Pa-tologia Clínica e Anato-cito-pa-tologia do Estado de Santa Ca-tarina

Esclareça-se de início que

ARTIGO JURÍDICO

A OBRIGATORIEDADE DO PAGAMENTODA CONTRIBUIÇÃO CONFEDERATIVA

GOSS & OLIVEIRA � ADVOGADOS ASSOCIADOS

existem três contribuições sin-dicais previstas na ConstituiçãoFederal, quais sejam: a Contri-buição Sindical, a ContribuiçãoConfederativa e a ContribuiçãoAssistencial.

No que diz respeito à cha-mada contribuição confederati-va, é necessário afirmar que foia mesma instituída por força dodisposto no inciso IV, do artigo8º, da Constituição Federal.

Em que pese a previsãoconstitucional acima

referida, tal dis-positivo é care-cedor de regula-mentação legal,fato que tem ge-rado diversos

questiona-m e n t o s

nos Tribunais Pátrios.Nesta esteira, a contribuição

confederativa constitui-se deobrigação consensual porquedepende da vontade do contri-buinte expressa em assembléiaque fixa o valor da contribui-ção. Assim, a citada contribui-ção é facultativa e espontânea.E não poderia ser diferente!

O Prof. Sérgio Pinto Martinsem sua obra Contribuições Sin-dicais, ed. Atlas S.A. 1988, pág.

100, ensina:

�(...)Não existindo lei, não pode

ser a contribuição confederati-va cobrada pelos sindicatos,como na prática estes estão fa-zendo . O mais absurdo é quena assembléia geral compare-cem apenas os associados dosindicato que poderiam estabe-lecer, a primeira vista, uma con-tribuição com efeito erga omnespara toda a categoria, inclusivea quem não tem interesse emse associar ao sindicato.

(...)�(...)Não se pode dizer também

que, ante a impossibilidade daexigência da contribuição con-federativa, o sindicato iria ficarprivado da receita sindical, poiso sindicato ainda tem outras re-ceitas: a mensalidade sindical, acontribuição assistencial e tam-bém a contribuição sindical. As-sim, não ficará inviabilizado onormal andamento das ativida-des do sindicato.

(...)A contribuição confederativa,

porém, não é apenas uma contri-

buição dos associados, mas desti-nada ao custeio do sistema confe-derativo. Ademais, tal dispositi-vo legal é anterior à atual Consti-tuição, não podendo o legisladorordinário prever que futuramenteiria ser criada uma contribuiçãoconfederativa. Assim, entendemos,também, que a alínea b do art.548 da CLT não dá suporte legalpara a cobrança da contribuiçãoconfederativa, que, portanto, ne-cessita de lei ordinária própriapara que possa ser exigida, salvoem relação à contribuição dos as-sociados fixada na assembléia ge-ral.

(...)Sem dúvida, inexistindo lei

ordinária, o sindicato não temcondições de exigir a referidacontribuição, pois a Constitui-ção não determinou, como nãopoderia fazê-lo, todas as pecu-liaridades pertinentes a essa exi-gência.�

O entendimento uníssonodos tribunais pátrios, com baseno princípio da liberdade de fi-liação sindical (art. 8º, �caput�da C.F. 1988), é no sentido deque a contribuição confedera-tiva não pode ser exigida dequem não é filiado ao sindica-to correspondente, ou seja, so-mente pode ser cobrado dasempresas associadas.

Assim, não resta qualquerdúvida quanto a não obrigato-riedade do pagamento da con-tribuição confederativa pelasempresas não filiadas ao Sindi-cato, e cuja filiação não é obri-gatória pelo menos enquantonão regulamentado o já citadodispositivo constitucional.

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INFORME PUBLICITÁRIO

Desenvolvido pela Federa-

ção da Unimeds de Santa

Catarina como portal da saú-

de, o clicUnimed conquista

dimensões nacionais e passa a

ser o portal da Unimed do Bra-

sil, sediado atualmente em

Florianópolis.

O objetivo do Portal Unimed

é atender à necessidade de

aperfeiçoamento de intercâm-

bio entre as Unimeds de todo o

país, otimizando a comunica-

ção entre elas para

disponibilizar informações

sobre a utilização dos pla-

nos de saúde, divulgar dados

sobre saúde para os clientes

e estimular e propagar a edu-

cação continuada entre os mé-

dicos cooperados.

Segundo o diretor adminis-

trativo do portal, Carlos

Augusto Cardim de Oliveira, o

Portal Unimed é um instrumen-

to importante para a

fidelização e integração de

90 mil médicos cooperados e

agiliza a comunicação entre

as cidades brasileiras, ofe-

recendo informações e facili-

dades para os médicos de cada

uma das 364 cooperativas es-

palhadas por todo o país.

Os resultados também pode-

rão ser observados no aper-

feiçoamento ao atendimento de

clientes, por meio de uma fer-

ramenta de comunicação mais

ágil e moderna. O portal é com-

posto de duas grandes áreas:

Unimed Online e Profissionais

da Saúde.

A Unimed Online é a intranet

das Unimeds, a área

operacional do portal,

direcionada aos departamen-

tos das cooperativas médicas,

como por exemplo à área dos mé-

dicos auditores. O espaço

dedicado a publicações da

auditoria médica recebe fre-

qüentes atualizações e pode

ser acessado na web a partir

Portal catarinense éincorporado pela Unimed

do Brasil

Santa Catarina terá um Comitê de Mor-talidade Infantil para avaliar os índices demortes em crianças, suas principais causasno estado e regiões que merecem maioratenção. A ação está sendo encaminhadapela Sociedade Catarinense de Pediatria(SCP), que no último dia 30 de julho este-ve com sua Diretoria reunida em audiênciajunto ao Secretário de Estado da Saúde, Dr.João José Cândido da Silva, para apresentaro projeto da ação e solicitar o apoio da SES.�Nossa meta é auxiliar o Estado de SantaCatarina a definir e implantar estratégiascontra a mortalidade e suas causas�, defineo Presidente da SCP, Dr. Remaclo FischerJunior, que foi um dos colaboradores na cri-ação do Programa Capital Criança, desen-volvido pela Prefeitura Municipal de Flori-anópolis, responsável pela redução do índi-ce de mortalidade infantil em cerca de 50%na região, registrando percentuais equiva-

SOCIEDADE DE PEDIATRIA ELABORA COMITÊPARA CONTROLE DA MORTALIDADE INFANTIL

lentes aos países de primeiro mundo.O Secretário da Saúde recebeu o proje-

to da SCP e comprometeu-se em apoiar aação junto ao Executivo catarinense. Paratanto, já estão sendo agendados novos con-tatos entre a Sociedade e a Secretaria, for-malizando as normas e atribuições do novoe importante Comitê.

Entre as tarefas já previstas no comba-te à mortalidade infantil estão uma refor-çada atenção aos programas de Pré-Natale o acompanhamento dos recém-nascidos,além da prevenção a doenças respiratóri-as, desnutrição e acidentes domésticos,entre outras. Está incluída ainda a classi-ficação das maternidades que podematender bebês de baixo, médio e alto ris-co, quantificando as equipes e determi-nando centros de referências regionaliza-dos, na busca pela implantação de pólosde atendimento complexo para cada re-

gião catarinense, contando com UTI neo-natal, assim como equipamentos e pes-soal especializado para o trabalho.

A Sociedade Catarinense de Pediatriatambém tem outros projetos de destaqueem Santa Catarina, entre eles a aberturade espaço para o debate com a comunida-de sobre os direitos das crianças e dos ado-lescentes, inclusive questionando os �bai-xinhos� sobre o que eles esperam do seupediatra.

DR. REMACLO FISCHER JUNIOR,PRESIDENTE DA SOCIEDADE CATARINENSEDE PEDIATRIA, APRESENTOU O PROJETO DOCOMITÊ À SECRETARIA DE ESTADO DASAÚDE

DR. REMACLO FISCHER JUNIOR,PRESIDENTE DA SOCIEDADE CATARINENSEDE PEDIATRIA, APRESENTOU O PROJETO DOCOMITÊ À SECRETARIA DE ESTADO DASAÚDE

Page 20: Edição 225- Jul/Ago 2002

Jornal da ACM20

Homeopatia, Manipulação em geral, Fitoterápicos, Florais: Bach e Califórnia

Centro: Av. Othon Gama D’Eça, 569 - (048) 224-2770Estreito: Rua Cel. Pedro Demoro, 2104 - (048) 244-7900

Florianópolis - SC

Há um ano na Presidência da Socieda-de Brasileira de Medicina do Esporte, omédico cardiologista Tales de Carvalhotem entre as suas metas de trabalho duasque considera prioritárias: a valorização domédico do esporte e o combate ao uso in-discriminado de suplementos alimentares,anabolizantes e drogas. Como cardiologis-ta advoga um tratamento e uma preven-ção que têm como base uma ação não far-macológica. �Desde que assumi o cargo,propus-me a valorizar o papel do médicodo esporte, que atua não somente em clu-bes esportivos com atletas, mas tambémna medicina com enfoque preventivo, quecombate as doenças da civilização, as crô-nico-degenerativas, como as cardiovascu-lares, diabetes, osteoporose, depressão,obesidade, entre outras�, diz o Dr. Tales,defensor de que o médico do esporte deve�prescrever� mudanças do estilo de vida.

Além dessa nova linha de ação da Soci-edade, o médico destaca também o com-bate a uma atitude que, segundo ele, temmuita força nas academias: o uso dos su-plementos alimentares, anabolizantes edrogas como forma de melhorar a perfor-mance (aumentar o rendimento) e a apa-rência (emagrecer ou ganhar massa mus-cular). �Os suplementos, quando utiliza-dos indiscriminadamente ou sem a pres-crição de médico especialista (em situaçõesespeciais), não têm benefícios comprova-dos e ainda fazem mal. Já os anabolizantesempregados para o aprimoramento do ren-dimento desportivo trazem prejuízos com-provados. Por isso tenho trabalhado paracombater o seu uso e para esclarecer tantoa população como os profissionais que mi-

DESTAQUE CATARINENSE

DR. TALES DE CARVALHO

litam em equipes desportivas e nas acade-mias�.

Paulista de nascimento (natural de Lo-rena) e catarinense por opção, o médicoveio para Florianópolis em 1988, depoisde viver em várias cidades do país. Gra-duou-se em 1971 pela Universidade Fe-deral do Pará, e fez especialização em Car-diologia, em 1972, pela Faculdade deMedicina da Universidade de São Paulo,FMUSP. Doutor em Medicina, tem váriosartigos publicados em periódicos e inúme-ros trabalhos publicados em anais de even-tos, além de um livro.

�Quero desmistificar atitudes que ge-ram gastos desnecessários à saúde e quemuitas vezes podem colocar a vida em ris-co. Acho que a medicina está muito conta-minada pelos interesses econômicos. Daminha tese de doutorado extraí informa-ções para o trabalho que apresentei noCongresso Mundial de Cardiologia emSydney/Austrália, em maio deste ano, eque mostra o equívoco que há em usar osprocedimentos intervencionistas de ma-neira generalizada, pois não reduz a morte

por infarto, em caso de doenças coronaria-nas. Acredito na eficácia do tratamento queutiliza a mudança de estilo de vida, adotahábitos mais saudáveis�.

Fôlego InvejávelO Presidente da Associação Brasileira de

Medicina do Esporte tem um fôlego de cau-sar inveja: acorda às 6h ou 6h30 e dormepor volta da meia noite. Neste tempo, diri-ge a clínica Cardiosport, onde realiza pro-gramas de reabilitação; é consultor do Mi-nistério da Saúde para desenvolver progra-mas de atividades físicas que visem a pro-moção da Saúde; é professor do Centro deEducação Física, Fisioterapia e Desportos� CEFID/ UDESC, onde desenvolve vári-as atividades na graduação e pós-graduaçãoe coordena uma linha de pesquisa na fisio-logia do exercício e na reabilitação de do-enças crônico-degenerativas. Além disso,também coordena o Programa Saúde emForma da Unimed de Florianópolis, viaja(quase todas as semanas) para dar cursos epalestras em outras universidades e emCongressos, e ainda integra o Grupo de Er-gometria e Reabilitação Cardíaca da Socie-dade Brasileira de Cardiologia. No meiodisso tudo, encontra tempo para correr pelomenos quatro vezes por semana.

�Eu faço somente o que gosto, descarto oque não me interessa. Considero isto muitoimportante, pois é o grande segredo para fa-zer muita coisa sem se desgastar�, ensina Dr.Tales, que é casado com Gabriela de Carva-lho e é pai de quatro filhos: um advogado,um dentista e dois ainda na faculdade, cur-sando Direito e Medicina. Quanto ao futuro,pretende continuar atuando nas duas ques-tões que considera mais importantes (já cita-das) e em pesquisa. �Precisamos formar maisprofissionais com visão de prevenção e rea-bilitação, com base científica forte�.

Sua gestão encerra em junho de 2003,no congresso brasileiro da especialidade,que será realizado pela primeira vez emSanta Catarina e que terá Florianópoliscomo sede.

DR. TALES DE CARVALHO É PRESIDENTE DASOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA DO ESPORTEE ATUA NAS ÁREAS DE CARDIOLOGIA, REABILITAÇÃOCARDÍACA, FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO, MEDICINADESPORTIVA, CLÍNICA MÉDICA E ADMINISTRAÇÃO

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Jornal da ACM 21

Meu esporte prefe-rido

Meu lado artístico

O queestoulendo

ALÉM DO CONSULTÓRIO ...O queestoulendo

Mesmo em São Paulo, onde está fazen-do seu doutorado, o nefrologista Itamarde Oliveira Vieira encontrou um local apro-priado, no Hospital da Clínicas, para nãoparar seu treinamento. Diariamente, omédico corre uma hora. Uma vez por se-mana, repousa para, no dia seguinte, cor-rer um tempo maior. �Depois que come-cei a correr e ter uma alimentação balan-ceada, apesar de ter 50 anos, tenho dispo-sição de quem tem 30 e quero correr pormais 25 anos�.

A prática esportiva na vida do nefrolo-gista iniciou em 1980. �Como eu não sa-bia como fazer para correr adequadamen-te, passei a jogar tênis, que me causou umatendinite. Optei pela bola e machuquei opé. Para me recuperar, comecei a andar edepois correr novamente. Desta vez, a cor-rida me deu muito prazer e, em menos deum ano, participei de minha primeira ma-ratona, em 1989�.

De lá pra cá, foram mais 36 maratonasdentro e fora do país. �A primeira delas,em Blumenau, foi a mais marcante, assim

A leitura é um hábito que o uro-logista Sebastião José Westphalcultiva desde sua juventude. Em1977, chegou a ser premiado pelaleitura de 63 títulos da BibliotecaPública de Rio do Sul, cidade ondenasceu. �O prêmio foi um livro, enão poderia ser diferente, Viagensde Guliver, de Jonathan Swift, queguardo até hoje�, conta o médicoque também incentiva seus três fi-lhos para a leitura.

As preferências literárias do uro-logista, que se formou na UFSC em1983, são por histórias de aventu-ras, policiais e romances. Entre oslivros históricos destaca Santa Ca-tarina 100 Anos de História. Já en-tre seus autores preferidos estãoAgatha Christie, para ele a melhorde todas, pela época e pelo tramacativante de seus livros, HaroldRobins, Jack Higgins, DanielleStell, Mário Gentil Costa e OdilonFehlauer, itajaiense que, segundoo médico, tem uma escrita cativan-te. �Costumo ler dois títulos pormês. É relaxante, permitindo umarecarregada nas baterias�.

Suas leituras mais recentes fo-ram Cromossomo 6, do Robin Cook,Sonhos e Pesade los , de OdilonFehlauer, Ajuste de Contas, de JackHiggins, A Vida Sexual de CatherineM, de Catherine Millet, DicionárioBrasileiro de Insultos, de Altair J.Aranha. (�Este é para xingar osamigos de forma erudita�), e A Leide Murphy no Século XXI, de ArthurBloch.

DR. WESTPHAL: �OS LIVROS SÃORELAXANTES E AJUDAM ARECARREGAR AS BATERIAS�

Meu lado artístico

Quando entrou pela primeira vez emcontato com um instrumento musical, aosoito anos, o radiologista Oscar AntônioDefonso teve uma experiência que elechama de rebelde. Foi num conservató-rio, no colégio interno Liceu Coração deJesus, em São Paulo. �Eu queria tocar asmúsicas que gostava e o professor as dapartitura�, conta. Já adolescente, com 13ou 14 anos, Dr. Defonso começou a tocarbateria e montou a banda de rock Tutti-Fruti com o músico Luiz Sérgio MartinsCarlini. �Quando eu saí da banda para es-tudar medicina, a Rita Lee entrou. Foiuma época muito legal. Em 1968, ficamosem primeiro lugar no Festival da Cançãoda TV Excelcior com a música Pra que?�.

Conta o médico que �naquela época,passava o dia tocando rock e até hoje soufanático pelos Beatles. Cheguei a ir namissa de sétimo dia de George Harrison�.

Quando começou a exercer a medici-na, o tempo do Dr. Oscar Defonso paradedicar-se à música diminuiu e, hoje, tocaapenas em sua casa, na cidade de Canoi-nhas, ou quando encontra um amigo para

acompanhá-lo. �Agora, eu apenas brinco.Tenho em casa pianos, um violão Fockeracústico, teclados, um sintetizador e umacraviola, instrumento com 12 cordas de-senvolvido por Paulinho Nogueira. Gostode tocar Beatles, o bom e velho Blues,Bossa Nova e MPB. Sem esquecer, é cla-ro, que é sempre muito bom namorar aosom de Roberto Carlos�.

DR. DEFONSO: �TENHO EM CASA PIANOS, UMVIOLÃO FOCKER ACÚSTICO, TECLADOS, UMSINTETIZADOR E UMA CRAVIOLA�

Meu esporte prefe-rido

como no ano passado, em Porto Alegre,onde fiz um bom tempo�.

A exigência da melhora na qualidade daalimentação também marcou a vida domédico. �Nessa vida atribulada que a gen-te tem, a prática de um esporte é muitoimportante, pois nos dá disposição e forta-lece para vencer os desafios e administrarqualquer situação que se apresente. Alémdisso, para nós médicos é imprescindívelexibir saúde, como exemplo aos nossos pa-cientes�.

DR. ITAMAR:�DEPOIS QUECOMECEI ACORRERPASSEI A TERDISPOSIÇÃO DEUMA PESSOACOM 30 ANOS,APESAR DE JÁTER 50�

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Jornal da ACM22

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Jornal da ACM 23

Antes do século XX o vinho foi usadocomo medicamento em hospitais e ambu-latórios. Era citado que o vinho inibia o cres-cimento dos micróbios que causam as do-enças humanas. Na verdade, estes micror-ganismos morrem pelo teor de álcool e pelaacidez natural.

Tinham indicações específicas: os vinhosbrancos como diuréticos; alguns vinhos tin-tos prescritos para má digestão, como os Bor-deaux; e até mesmo a Champanhe fez par-te do receituário médico da época, para otratamento sintomático da náusea ou comoexpectorante.

Os pesquisadores sempre procuraramavaliar esta bebida com tanto glamour atra-vés dos tempos. Em 1940 já havia a cita-ção, baseada em estudo científico, de queo vinho contém vitaminas A e C, além decomponentes do complexo B. As análisestambém apontavam a presença de mine-rais, que são parte dos componentes ali-mentares necessários ao organismo huma-no, treze destes oligominerais.

Talvez a citação mais interessante, po-lêmica e que persiste até os dias atuais,tenha nascido na Universidade de Bor-deaux, em 1970: de que o vinho de algu-ma forma protegia o aparelho circulatório.Este fato teve comprovação em trabalhosexperimentais feitos em coelhos, publica-do doze anos mais tarde.

Estudos da Organização Mundial de Saú-de, à época, mostravam uma estatística mui-to interessante, paradoxal. O índice do nívelde colesterol no mundo cresce de paísescomo o Japão até o mais elevado, a Finlân-dia. Este dado é lógico: a alimentação japo-nesa é composta de baixo teor de gordura

ESPAÇO DO CLUBE DO VINHO

VINHO E SAÚDEDR. ANTONIO SBISSA

PRESIDENTE DO CLUBE DO VINHO DA ASSOCIAÇÃO CATARINENSE DE MEDICINA

saturada, já que a carne predominante é ade peixe, com mais baixo teor de gordura ecolesterol, além de muito arroz, que comose sabe, não contém colesterol. Já na Fin-lândia o nível do colesterol do povo é muitoalto, pois a alimentação é muito rica em gor-duras saturadas. Portanto, como seria de seesperar, as doenças do coração, que têm ní-tida relação com o nível de colesterol, têmos mais baixos índices no Japão e os maisaltos na Finlândia.

Mas nesta análise havia um dado epi-demiológico curioso: a França tambémapresentava alto nível de colesterol, masas doenças do coração incidiam em umnível proporcionalmente menor.

Na década de 90 este fato passou a serconhecido como o paradoxo francês. Ummédico da França, Jacques Richard, atri-buiu este paradoxo à ingestão costumeirade vinho, que afirmou poderia ser um fa-tor protetor contra a aterosclerose, isto é,contra a oclusão das artérias, que causa aangina e o infarto.

A literatura sempre cita uma entrevistade um cientista francês, em um famosoprograma de televisão americano � 60 mi-nutos da NBC � que popularizou este co-nhecimento. O poder de divulgação damídia americana trouxe às pessoas esteconhecimento. Assim, o vinho, parceiro dohomem desde o antigo Egito, em 3000 AC,recomendado pelo Apóstolo Paulo, paraalívio de um mal do estômago, e citado naBíblia como benéfico para a saúde e a ale-gria, poderia realmente fazer bem.

O vinho também foi enaltecido pelosGregos, que inclusive lhe reservaram umadivindade, Dionisius, e também por eles

foi levado para Marselha em 600 AC. Agoraprotegia os franceses, principalmente aosudoeste. Protegia das doenças do coraçãoeste povo com colesterol alto, fumante deGauloise (um temível cigarro) e pouco apre-ciador da atividade física.

Qual a verdade ? O que existia no vi-nho para protegê-los ?

O povo francês, como se sabe, bebe vi-nho costumeiramente, na refeição, com osalimentos, quase sempre num ritual longeda pressa, do fast food. Este ritual foi mes-mo enfatizado por um psicólogo da Uni-versidade da Pensilvânia, que chegou aafirmar que a proteção do francês não édevida ao que come ou bebe, mas comocome e como bebe.

Pode até ter alguma razão. No entanto,os estudos mostraram outros fatos físicosque poderiam ser a causa da menor inci-dência de obstrução das artérias francesas:o efeito dos flavonoides presentes no vi-nho, que são anti-oxidantes naturais, e oefeito do próprio etanol, álcool etílico, queem pequenas doses pode aumentar o ní-vel do colesterol de alta densidade, o co-lesterol bom.

Os anti-oxidantes, por diminuírem a ca-pacidade de oxidação do colesterol de bai-xa densidade (o colesterol mau), teorica-mente, também diminuem a infiltração dasgorduras na parede da artéria e o processoprogressivo de oclusão dos vasos. O au-mento do colesterol de alta densidade (co-lesterol bom), por uma espécie de com-petição com o colesterol de baixa densida-de, tem ação semelhante.

Não existem ainda evidências médicasdefinitivas. São citados argumentos de quea proteção dos franceses é genética, isto é,uma maior resistência das artérias à infiltra-ção de colesterol.

Também existe um viés muito impor-tante: a predisposição de algumas pessoasao alcoolismo. Estas pessoas não podem in-gerir álcool de qualquer origem. Existemvárias doenças que também contra-indi-cam o uso de álcool.

Mas com estas ressalvas, para a alegriade muitos, a ingestão de até quatro coposdiários de vinho durante as refeições é umprazer enaltecido através dos tempos e,possivelmente, um benefício para a saúde

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Jornal da ACM24

NOITE BAIANA NO DR. GOURMETA noite baiana do Dr. Gourmet na ACM, realizada em 12 de julho, foi um sucesso

absoluto, reunindo mais de 90 pessoas que foram experimentar os quitutes da Bahia,em clima de muita descontração. Para começar, duas baianas estrategicamente instala-das na entrada do restaurante serviam acarajé e abará feitos na hora. A idéia do cardápiosurgiu de três colegas que se reúnem semanalmente: os médicos José Ferreira Bastos,Eduardo da Silva Ribeiro e Ângelo Roncale da Cruz, enquanto saboreavam o Acarajéda Jú, que também fez parte do �time� de gourmet�s da noite.

�Foi uma experiência muito gratificante�, avalia o Dr. Bastos, que costuma se �aven-turar� nas artes culinárias, como os demais colegas. �Para o cardápio, selecionamos algu-mas entradas frias e três pratos quentes: bobó de camarão, moqueca mista e carne de solcom pirão de leite�, recorda o médico.

Para o Dr. Eduardo Ribeiro, baiano legítimo e radicado em Santa Catarina há 20anos, foi muito positivo ver a adesão dos médicos, seus familiares e amigos, que serevelaram ansiosos para provar os pratos típicos da Bahia. �Já deu até vontade de fazeruma noite de comidas árabes, só que desta vez nós mesmos iremos preparar. Mas já vouavisando que somos três curiosos na cozinha, não somos gourmets�.

O médico pernambucano Ângelo Roncale, que mora em Florianópolis há nove anos, eco-autor da promoção, acredita que a confraternização foi perfeita. �O importante foi criara oportunidade de rever e conversar com colegas fora do ambiente de trabalho, num climade descontração�.

MÉDICOS GOURMET�SDA NOITE DE 12 DEJULHO: DRS. ÂNGELORONCALE GOMES DACRUZ, EDUARDO CÉSARDA SILVEIRA E JOSÉFERREIRA BASTOS

OS CONVIDADOS DO JANTAR FORAMRECEBIDOS POR BAIANASSERVINDO ACARAJÉ E ABARÁ,DEMONSTRANDO O VERDADEIROCLIMA DO ENCONTRO

OS PRATOS TÍPICOS FIZERAMO MAIOR SUCESSO ENTRE OSPARTICIPANTES DO JANTAR

Início: 09 de Setembro/2002Horários: 2ªs e 4ªs-feiras, das 20 às 21 horasLocal: sede ACMInscrições: Fone: (48) 231-0342 Fax: (48) 231-0335 E-mail: [email protected]

Curso de Dançade Salão naACM VAGAS LIMITADAS

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Jornal da ACM 25

CORREÇÃOPor falha editorial, o Jornal ACM divul-gou erroneamente os nomes dos médi-cos que receberam Mérito Científico nacomemoração do 65º Aniversário daACM. Como forma de corrigir o erro co-metido, pedimos desculpas aos leitorese republicamos novamente a lista de as-sociados homenageados.

MÉRITOSCIENTÍFICOS 2002• Dr. Nelson Grisard –

Florianópolis• Dr. Sérgio Gouvêa de Araújo

Silva – Joinville• Dr. Dalisbor Marcelo Weber da

Silva – Jaraguá do Sul• Dr. Antônio Carlos Althoff –

Criciúma• Dr. Ismar Luiz Morelli –

Brusque• Dr. Vidal de Souza – Lages• Dr. João Natel Pollonio

Machado – Blumenau

NOVOS CONVÊNIOSKadianRua Irmãos Vieira, nº 34 � Campinas � SãoJosé.Prestação de serviços relacionados com ainstalação de dispositivos de segurança vei-cular e sistemas de som, aos associados,seus dependentes e funcionários da ACM.Benefício:Desconto de 5% na tabela dos serviços,para pagamento à vista, ou parcelamentoem 3 vezes, pelo preço de tabela praticadapela empresa.

Farmácia de Manipulação eHomeopatia Alana MayFornecimento de medicamentos e produ-tos aos associados, seus dependentes e fun-cionários da ACM.Benefício:Desconto de 10% nas compras à vista. Avantagem estende-se às filiais da PraçaGetúlio Vargas, nº 312, e na Rua LauroLinhares, nº 2123, loja 5 - Shopping Trin-dade.

Hotel Pousada João de BarroRua José Zipperer Neto, 290 � Centro89295-000 � Rio Negrinho /SCBenefício:Desconto de 20% sobre a tabela balcão nasdiárias em alta e baixa temporada aos as-sociados e dependentes da ACM. As re-servas deverão ser realizadas diretamentecom o hotel, através do fone/fax (47)644.2325, mencionando �ConvênioACM�.

Clínica Bucalle OrtodontiaAv. Rio Branco, 873 � Centro88.015-200 - Florianópolis/SCtelefone 224-1608Prestação de serviços relacionados com or-todontia geral aos associados, seus depen-dentes e funcionários da ACM, medianteapresentação da carteira .Benefício:Desconto de 20% pelos serviços de tratamen-to e manutenção prestados aos associados daACM, pelos valores estabelecidos em tabelaprópria (ABO).

Page 26: Edição 225- Jul/Ago 2002

Jornal da ACM26

Estava num vôo em direçãoa Washington - já na fila de em-barque � quando a segurança re-tirou-me da mesma para averi-guar o meu potencial terrorista� é claro que após as medidasconvencionais do potencial ter-rorista fui colocada no vôo. Con-siderando que isto acontece co-migo e com muitas conhecidas,amigas, filha de amigos, sobri-nhas etc., principalmente quan-do viajam desacompanhadas doelemento anti-terrorista � o ho-mem, conclui que mulheres vi-ajando desacompanhadas sãopotencialmente perigosas.

A filha de uma amiga foi reti-rada da fila de embarque trêsvezes e três vezes solicitaramque retirasse o par de botas quecalçava. Ela é loira, bonita, ca-sada, porém, estava desacompa-nhada. Eram férias escolares eseu marido havia permanecidonos EUA. Minha sobrinha foiretirada da fila e levada a umasala separada para interrogatório.Ela é médica, ruiva, alta, boni-ta, entretanto, o elemento indi-cador de perigo � seu noivoamericano � havia permanecidoem sua cidade e a mesma esta-va cometendo o grave delito deviajar desacompanhada.

Mas vamos voltar ao presen-te ...

Após chegar no aeroporto deWashington, fui procurar o por-tão com destino a Indianápolis.Passei por toda a rotina de re-vista para entrar na ala de em-barque e recebi o privilégio deser revistada a parte. Todas asbolsas de mão foram abertas,uma delas continha um par desapatos, arma extremamente pe-rigosa depois do homem bom-ba-sapato. O celular foi revista-do e o objetivo de minha viajem

CRÔNICA MÉDICA

MINHA EXPERIÊNCIA TERRORISTADRA. CACILDA M. R. FURTADO

questionado. O livro de Sarama-go que eu carregava consistiamais um elemento terrorista,principalmente após as declara-ções que fez associando as açõesde Israel na Palestina, com o ge-nocídio nazista nos campos deconcentração.

Sendo liberada, fiz um peque-no pit stop na sala vip e encami-nhei-me ao portão, quase na horado embarque. O vôo já estava natela e uma fila se formava. Quan-do levantei-me, fui chamada aparte para mais uma revista (es-queci-me de dizer que no mes-mo andar já havia acontecido istoduas vezes). Fui levada até atrásdo balcão de embarque, onde umfuncionário indiano recomeçoutodo ritual de revista e de avalia-ção do potencial terrorista. Per-guntei a ele se o fato de eu sermulher viajando sozinha ou sepelo fato de eu ter um par de sa-patos na bolsa de mão ou se pelofato de estar lendo Saramago,havia sido encaixada em algumperfil terrorista . O mesmo riu eperguntou em que país eu vivia,em que região do país e termi-nou dizendo que apenas teria seapaixonado por mim, mas que eudeveria entrar no avião, retendocom ele meu cartão de embar-que.

Surpreendentemente só euhavia sido encaminhada para ovôo. Sentei-me no assento IA eaguardei aproximadamente 20minutos, após os outros passa-geiros começarem a chegar.Quem viaja comigo sabe quedisponho de um reflexo condi-cionado em vôo � ou leio oudurmo � optei por dormir ime-diatamente.

Despertei com o avião já emsolo. Desci. Um frio tremendo,um aeroporto escuro e na estei-

ra minha mala não estava. Diri-gi-me então ao �Achados e Per-didos� e conversei com o funci-onário explicando a ausência damala. O mesmo solicitou o ticketde bagagem e entrou em pâni-co!!!

Eu não estava em Indianápo-lis e sim em Conecticut, quaseno Canadá, acima de Nova Ior-que. Havia sobrevoado Washing-ton, Nova Iorque, Filadélfia, pro-vavelmente todos os alvos alme-jados por todos os terroristas, echegado a Conecticut. Havia sidocolocada no vôo errado, e pior detudo, completado o vôo sem quenenhum sistema de segurançahouvesse detectado. O funcioná-rio da empresa aérea deu novostelefonemas, deve ter incluído aCIA e o FBI. Conversaram portelefone comigo e perguntaramcomo havia acontecido. Expli-quei que pelo excesso de segu-rança, conferiram passaporte comcartão de embarque, foto do pas-saporte com a pessoa, sotaque,expressão facial, bagagem demão e esqueceram de conferirse o avião era o mesmo do cartãode embarque.

Colocaram-me no hotel den-tro do Aeroporto e decidiramque às 6 horas (era meia-noite),eu deveria tomar um vôo paraChicago e de lá outro vôo paraIndianápolis. Cheguei no hotel,preenchi a ficha de hóspede eentão pediram-me um cartão decrédito. Expliquei que como oerro não fora meu, todas as des-pesas deveriam ser pagas pelacompanhia aérea. Retrucaramque precisavam do cartão de cré-dito também como meio deidentificação, segundo a funci-onária era mais completa que opassaporte que eu tinha recémentregue para fotocopiarem.

Entreguei o novo cartão GoldUnicred, aparentemente foiuma boa credencial.

Às 4 horas da manhã desper-tei e preparei-me para o embar-que. Desta vez a revista limitou-se a uma apenas, no momentode acessar a área dos portões.Recebi um assento posterior,com um assento vago e um se-nhor na extremidade. No ban-co traseiro apenas uma jovemsenhora. Não sei se pelo climaque reina atualmente nos EUA,não sei se pela forma que meobservavam, principalmentequando peguei o saco de vômi-to e comecei a escrever esta his-tória, considerei a possibilidadede ambos serem agentes doFBI, que atualmente circulamà paisana nos vôos. Escrevi par-te da história, porém como es-tava frio e com sono, levantei-me e neste momento ambos ospossíveis agentes ficaram aler-tas! Abri o compartimento debagagem, recolhi um cobertor eum travesseiro, cobri-me e dor-mi toda a viagem.

Acordei-me novamente jápousando no aeroporto de Chi-cago. No hotel, passaporte, car-tão de crédito e a impressão deque milhares de câmaras me ob-servavam. Retornei em vôo fre-tado para Orlando para o Con-gresso Americano de Oncologia,onde no Hotel não se podia per-manecer sem um objetivo defi-nido, sem crachá de identifica-ção exposto e permanecer noquarto só com controle de horaem hora, para oferecerem sucosou qualquer coisa que lhes per-mita verificar que uma bombanão estava sendo construída. Jáno centro de convenções temcães, guardas, câmaras ...

Na televisão e jornais notíci-as de possibilidade de contami-

Page 27: Edição 225- Jul/Ago 2002

Jornal da ACM 27

DEPARTAMENTO CIENTÍFICO/BIBLIOTECA � ACM

NOVA TABELA DE PREÇOS SERVIÇO SCAD (BIREME)Válida para pedidos atendidos a partir do dia 1º de setembro 2002

Os preços do serviço SCAD variam de acordo com o local de atendimento do pedido.Tabela expressa em unidade SCAD

* O limite máximo de páginas por artigo enviado por e-mail ou fax é de 25 páginas.Artigos com mais de 25 páginas serão atendidos exclusivamente por correio.

O SCAD CONSIDERA A COTAÇÃO DO DÓLAR DAS NAÇÕES UNIDAS E VARIA DE MÊS PARA MÊS, NOS ATENDIMENTOS A PARTIR DAS BIBLIOTECAS

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ATENDIMENTO POR SISTEMA LOCAL (1) AMÉRICA LATINA, CARIBE (2) OUTROS SISTEMAS (3)

(1) BIREME e Bibliotecas do Brasil (2) Bibliotecas da América Latina, Caribe e OPAS(3) US National Library of Medicine (US8.1) British Library (GB4.1)

Page 28: Edição 225- Jul/Ago 2002