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Agosto | 2011 |S6 |D7 |S8 |T9 |Q10 |Q11 |S12 Ano II R$ 2,50 88 O porte dos benefícios do Brasil Maior para Caxias Roberto HUNOFF Os lugares favoritos dos ladrões de carro Desafiada pela leitura , Maria Helena virou livreira Essa roupa me é familiar... Caderno | Dia dos Pais Renato HENRICHS Vem aí o fim da sauna nos Pavilhões A ampliação de seis vagas na Câmara, que se encaminha para aprovação apesar dos protestos populares, deve custar cerca de R$ 1,5 milhão por ano. Porém, os políticos propõem outro cálculo: quanto a sociedade caxiense ganha em representatividade se o plenário passar de 17 para 23 vereadores? A CONTA DO LEGISLATIVO

Edição 88

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A ampliação de seis vagas na Câmara, que se encaminha para aprovação apesar dos protestos populares, deve custar cerca de R$ 1,5 milhão por ano. Porém, os políticos propõem outro cálculo: quanto a sociedade caxiense ganha em representatividade se o plenário passar de 17 para 23 vereadores?

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Agosto | 2011|S6 |D7 |S8 |t9 |Q10 |Q11 |S12

Ano ii

R$ 2,50

88

O porte dos benefícios do Brasil Maior para Caxias

Roberto Hunoff

Os lugares favoritos dos

ladrões de carro

Desafiada pelaleitura,

Maria Helenavirou livreira

Essa roupa me é familiar...

Caderno | Dia dos Pais

RenatoHEnRiCHS

Vem aí o fim da sauna nos Pavilhões

A ampliação de seis vagas na Câmara, que se encaminha para aprovação apesar dos protestos populares, deve custar cerca de

R$ 1,5 milhão por ano. Porém, os políticos propõem outro cálculo: quanto a sociedade caxiense ganha em representatividade

se o plenário passar de 17 para 23 vereadores?

A ContA DolEgiSlAtivo

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2 6 a 12 de agosto de 2011 Semanalmente nas bancas, diariamente na internet.O Caxiense

Índice

expediente

Assine

www.oCAXiEnSE.com.br

Redação: Camila Cardoso Boff, Carol De Barba, Felipe Boff (editor), Jaisson Valim (editor), Janine Stecanella, José Eduardo Coutelle, Luciana Lain, Marcelo Aramis (editor), Maurício Concatto, Paula Sperb (editora), Renato Henrichs, Roberto Hunoff e Robin SiteneskiComercial: Pita Loss e Calebe De BoniCirculação/Assinaturas: tatyany Rodrigues de OliveiraAdministrativo: Luiz Antônio Boffimpressão: Correio do Povo

Para assinar, acesse www.ocaxiense.com.br/assinaturas, ligue 3027-5538 (de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h30 às 18h) ou mande um e-mail para [email protected]. trimestral: R$ 30 | Semestral: R$ 60 | Anual: 2x de R$ 60 ou 1x de R$ 120

Jornal o Caxiense ltda.Rua Os 18 do Forte, 422, sala 1 | Lourdes | Caxias do Sul | 95020-471Fone 3027-5538 | E-mail [email protected]

@RoseBrogliato Entrevista Sartori @ocaxien-se. Caso FAS: Ser uma boa pessoa não coloca ninguém acima da lei e da ética. Ou coloca? #sartori

@RC_Dias Aliás, parabéns @felipeboff e jor-nal @ocaxiense. Muito boa, picante, a entrevis-ta com o prefeito Sartori. Assuntos da cidade, do cotidiano #sartori

@BetaMattana Que lead maravilhoso do Jais-son Valim na matéria de Victor José Faccioni. Prende a atenção para ler o texto até o final =D#faccioni

@MiltonCorlatti Parabéns @ocaxiense pela entrevista de Victor Faccioni, este fez muito por Caxias. Grande homem público.

Entrevista bem concatenada de O Caxiense com prefeito Sar-

tori. Jornalista Renato Henrichs foi feliz quando diz na coluna

que “não dá para generalizar”.gustavo toigo,

vereador do PDt

BM diz que homicídios caíram 19% |É pedir muito, é sonhar. Caxias poderia ser cidade modelo

ao Brasil em segurança pública. Fiquei honrada em ver ma-téria no Fantástico sobre a qualidade de limpeza da cidade. Poderia ser assim também com os inúmeros homicídios e assaltos. Número ZERO em homicídios e assaltos. Mais segurança para a população.

Joice Moreira

Sartori é a favor de mais vereadores |Não precisamos de mais vereadores. A população espera

meses pelo fim de uma greve no sistema de saúde e os caras não têm acordo porque não têm grana, mas para sustentar mais 6 vereadores eles têm. Oferece o salário-base do comér-cio ou dos metalúrgicos para eles. tô revoltado!

Carlos Pontalti

Mais prejuízos para os cofres públicos da cidade!!!Sandré Cardoso

Mais seis caras para escolher nome de rua, cidadão caxien-se e tirar o dinheiro de onde realmente deveria ir!!!

Gustavo Pozzer da Silva

Sessões solenes em horário de trabalho, debates inúteis, como aquele de tirar estacionamento da São Leopoldo e da Luiz Michelon, entre muitos outros. Hora de honrar mais a camisa do povo.

Carlos Vanzetto

A Semana | 3As notícias que foram destaque no site

Roberto Hunoff | 4As análises caxienses sobre o plano Brasil Maior

o Caxiense entrevista | 5Só os super-heróis não salvam o cinema, alerta Ana Maria Bahiana

Boa gente | 7Ótima música e literaturade qualidade duvidosa

Câmara | 8Perdas e ganhos com o aumento do número de vereadores

Mapa do crime | 11Por onde circulam o roubo e o furto de veículos

Perfil | 14Maria Helena Lacava conta a história que não está nos livros

guia de Cultura | 16A volta de Dona Flor e a chegada de iberê

Artes | 19O voo alto das pombas e as asas das araras

HQCX | 20Quando os signos significam muito

Dupla CA-Ju | 21tensão no Caxias, atenção no Juventude

guia de Esportes | 22Handebol com rodada dupla

Renato Henrichs | 23Festa da Uva investe as suadas economias em solução para o calor nos Pavilhões

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Roberto [email protected]

“Ousado” foi uma das definições usadas pelo presidente da CiC de Caxias do Sul, Milton Corlatti, ao avaliar o plano Brasil Maior lan-çado esta semana pela presidente Dilma Rousseff com o objetivo de proteger a indústria brasileira, ame-açada pela forte concorrência dos importados. O plano surge como resposta à tese unânime do setor de que o Brasil caminha para a desin-dustrialização. Embora satisfeito com as medidas anunciadas, Cor-latti alertou para a necessidade de o projeto tornar-se realidade, lem-brando que outros foram anuncia-dos, mas nunca saíram do papel. também cobrou ações do governo para combater a corrupção e o ex-cesso de gastos.

Já as centrais sindicais fi-caram frustradas. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Ca-xias dos Sul e deputado federal As-sis Melo (PC do B) considerou im-portantes as medidas de proteção à indústria, mas lamentou a ausência de ações em benefício dos traba-lhadores. Cobrou, por exemplo, a redução da jornada de 44 para 40 horas semanais, com a manuten-ção dos direitos trabalhistas. Outra preocupação é que a desoneração da folha, com eliminação dos 20% patronais para a Previdência de alguns setores industriais, poderá

representar ameaça futura aos di-reitos dos trabalhadores.

Para o deputado federal do Pepe Vargas (Pt), a proteção à indústria deve ser defendida pelos trabalhadores, porque é o segmento de maior geração de empregos no país. Ele ressalta que a concorrên-cia desleal dos produtos asiáticos precisa ser contida para garantir a continuidade dos postos de tra-balho. Pepe salientou que as recla-mações dos trabalhadores poderão ser analisadas nas discussões que o Congresso Nacional realizará sobre a medida provisória. E reconheceu que o governo falhou se acaso não consultou as lideranças das centrais sobre o plano antes do seu anúncio.

os setores de Caxias e região diretamente beneficiados, num pri-meiro momento, serão os de confec-ções, têxteis, softwares e de móveis, que deixarão de contribuir com os 20% para a Previdência. A indús-tria metalmecânica, a mais repre-sentativa da cidade, se beneficiará com a continuidade da isenção do iPi sobre caminhões e do Progra-ma de Sustentação dos investimen-tos, que garante taxas mais baixas de juros para a modernização das indústrias. Empresas exportadoras também foram contempladas no plano do governo.

Para marcar seus 62 anos de fun-dação, que transcorrem neste sá-bado, a Marcopolo homenageou os funcionários. O Dia do Colaborador Marcopolo, instituído em 2002 para reconhecer e valorizar todos os inte-grantes do quadro de pessoal da em-presa, foi realizado na sexta-feira (5). Atualmente a fabricante de carroça-rias de ônibus tem 16.750 colabora-dores em todo o mundo, dos quais 12.289 no Brasil. Somente em Caxias do Sul são quase 9 mil profissionais. A Marcopolo também homenageará 1.056 colaboradores de todas as uni-dades brasileiras por tempo de servi-ço e 81, com 25 anos de casa, ganha-rão o Prêmio Honra ao Mérito.

Afora as liquidações já presen-tes em grande parte do varejo, o comércio investe forte no Dia dos Pais como forma de garantir boas vendas em agosto. Até o dia 13 todos os consumidores que adqui-rirem acima de R$ 100 nas lojas do Prataviera Shopping receberão como brinde uma camiseta perso-nalizada com a caricatura do pai.

O San Pelegrino Shopping Mall aposta na paixão pela velocida-de com um concurso. A melhor resposta à pergunta “Por que meu pai merece um grande prêmio?” dará ao autor e a um acompanhan-te uma viagem para assistir ao GP Brasil de Fórmula-1, em São Paulo.

No iguatemi, compras acumu-ladas acima de R$ 500 darão aos pais um passeio de carona em um carro de luxo.

A expectativa dos comer-ciantes ouvidos pela Câmara dos Dirigentes Lojistas é de crescimento médio de 6% sobre a mesma data do ano passado. Na avaliação de Valtuir Rizzo, diretor financeiro e de marketing da entidade, o frio intenso será determinante para o resultado positivo das vendas. O valor médio esperado por com-pra será de R$ 101 a R$ 200.

O Fórum de inovação, iniciativa da Câmara de indústria, Comér-cio e Serviços (CiC) de Caxias do Sul, tratará em sua segunda edição do tema Ideias inovado-ras multiplicando negócios. Mar-cado para segunda e terça-feira (dias 8 e 9), o evento terá pales-tras e apresentação de cases.

O coordenador do instituto Pro-Futuro, de São Paulo, James Wri-ght, palestrará na reunião-almoço sobre Inovação e os modelos de negócio para o futuro. A captação de recursos para inovação, assunto que interessa particularmente às empresas, será abordada por Paulo Resende, analista de Promoção da Finep do Rio de Janeiro, no final da tarde de segunda-feira. A terça--feira será reservada para rodadas de negócios com técnicos do BRDE, Finep e Caixa Econômica Federal.

Com expectativa de entrega no final deste ano, o centro comercial Murano Estação foi lançado nesta semana para comercialização. O empreendimento da incorporado-ra tubocenter será erguido em São

Pelegrino, perto do Largo da Esta-ção. Serão seis salas por andar, gale-ria térrea com acesso independente, auditório e estacionamento de dois andares no subsolo. Os espaços po-derão ser locados ou adquiridos.

Comemoração

Foco nos pais

Inovação

Centro comercial

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A distribuidora de combustíveis Rodoil anunciou novas parcerias. Passará a vender lubrificantes da Chevron Brasil e oferecerá, por meio da Cielo, taxas especiais de paga-mento no cartão de crédito. Na re-gião, são 85 postos ligados à distri-buidora.

A CiC de Caxias do Sul criou o projeto Momento da Associada, que será realizado em duas reuniões-al-moço de cada mês. O objetivo é de oportunizar um espaço para divul-gação institucional da empresa e de seus produtos. Serão janelas de até três minutos, sem custo às associa-das.

A empresária Renata Stedi-le marcou para quarta-feira (10) a abertura da nova loja da Forum no iguatemi Caxias.

A Soprano completou 57 anos de atividades na quinta-feira (4). Com matriz em Farroupilha e fábricas em Caxias do Sul, Escada (PE) e Campo Grande (MS), a empresa tem mais de 1,5 mil colaboradores.

A guerra ampliou o quadro de diretores com a contratação de Luiz Mesquita de Arruda Camargo para a área comercial. Paulista de nasci-mento, o novo executivo atua há 10 anos em indústrias do setor auto-motivo do Sul do país. Na Guerra responderá pelas vendas internas e externas e pelo marketing. Para completar a estrutura diretiva da empresa falta somente o anúncio do diretor-geral, esperado para breve.

Curtas

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imagine a cena. Você chega para retirar seu carro em um posto de gasolina e não o encontra mais, porque a empresa havia entregue as chaves a um homem que se apresentou como amigo do clien-te. Essa história aconteceu com um empresário de Caxias e, claro, acabou no Judiciário. Em segun-da instância, desembargadores do tribunal de Justiça decidiram condenar o estabelecimento a uma indenização de R$ 36 mil.

A ré afirmou que o freguês cos-tumava autorizar outras pessoas a buscar os automóveis.

Posto entrega carro de cliente para ladrão

Homicídios seguemtrajetória de queda

Muito vento, muito frio e muita reclamação

futuro incerto para quatro famílias do Alto da Maestra

nos trilhos de uma polêmica barulhenta

SEgunDA | 1º.ago QuARtA | 3.ago

QuintA | 4.ago

SEXtA | 5.ago

tERÇA | 2.ago

A Semanaeditada por Jaisson valim | [email protected]

A noite em que elas foram as coadjuvantes

É possível que, em um evento promovido pela Festa da Uva, as 25 candidatas a soberana se trans-

Uma decisão do tribunal de Jus-tiça torna ainda mais nebuloso o futuro de quatro famílias que tive-ram suas casas em uma área públi-ca do loteamento Altos da Maestra destruídas pela prefeitura. A corte derrubou a medida, em primeira instância, que mandava o Municí-pio a reerguê-las. A administração

Donos do Vagão Bar encami-nham a liberação do centro da polêmica da semana. Para dar um fim à balbúrdia em frente ao es-tabelecimento, que tira o sossego de vizinhos, a prefeitura resolveu interditá-lo.

Os clientes se revoltaram e dis-cutiram em fóruns, como no site do jornal O Caxiense, contra os defensores da medida. iniciaram uma mobilização pela web contra o fechamento e chegaram até a ace-nar com uma passeata. Em outra frente, os donos trataram de tentar atender às exigências da prefeitu-ra e dos bombeiros. Prometem até segurança privada para monitorar o local às sextas e sábados.

A neve fraca que o instituto Na-cional de Meteorologia registrou em Caxias na quinta-feira (4) mar-cou a semana, mas não foi a única peripécia do tempo.

Na terça-feira, rajadas supera-ram 60 km/h e espalharam trans-tornos por onde passaram. Foram painéis publicitários avariados, telhados arrancados de imóveis e rede elétrica danificada.

Foi uma semana rica para aque-les que adoram usar as redes so-ciais para reclamar do clima.

Caxienses enfrentaram vendaval que danificou painéis publicitários; protegidas do frio, as ex-soberanas da Festa da Uva receberam homenagem

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Janeiro começou mal, com uma alta de 90%. Mas os seis meses se-guintes reverteram o cenário de-solador a ponto de o comando da Brigada Militar na Serra já ter um alívio. A redução nos homicídios em Caxias atingiu 19%. Até julho, a corporação registrou 62 casos no ano, contra 77 no mesmo período de 2010.

municipal executou a reintegração de posse em 23 de julho com um mandado que havia perdido a va-lidade dias antes.

formem em coadjuvantes? A homenagem às rainhas, prin-

cesas ou aias das edições passadas mostra que, embora rara, essa situ-ação ocorre.

Em um restaurante nos Pavi-lhões, os organizadores entrega-ram uma medalha homologada pela Casa da Moeda e um broche de ouro e pérolas, em formato de cacho de uva.

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por JAiSSon [email protected]

universo dos heróis nunca esteve tão movimentado. Só nos últimos meses, amigos fundaram uma Es-cola Para Jovens Superdotados em X-Men, os Autobots voltaram para executar a vingança em trans-formers e o Capitão América enfrentou o nazismo. tanta ação tem uma justificativa. Hollywood resolveu chamá-los para uma mis-são quase secreta e árdua: salvar o cinema da decadência.

Com outras palavras, quem nar-ra essa história – com final ainda imprevisível – é Ana Maria Bahia-na, uma das mais respeitadas jor-nalistas culturais brasileiras. Ela explica que o fenômeno se tornou uma das reações dos estúdios para enfrentar a crise econômica e a mudança nos hábitos de consumo de entretenimento, dois inimi-gos amedrontadores. Com medo de perder dinheiro, explica Ana

Maria, os executivos acabam por apostar só em filmes com maior chance de ter retorno. Ou resol-vem querer que a maior parte dos longas se transforme em 3D, mes-mo que utilizem toda a potencia-lidade do formato. “O filme que é simplesmente uma narrativa com 3D apenas para você ter o prato voando na sua cabeça vai ser uma bobagem. Em muitos casos, vai dar uma dor de cabeça como a que eu tive tentando assistir a Capitão América”, conta.

Na próxima sexta-feira (12) e sá-bado (13), a jornalista – que vive nos Estados Unidos e tem acesso aos bastidores de Hollywood – pretende oferecer uma experiência bem mais agradável para apre-ciadores do cinema em Caxias. Em uma promoção da prefeitura, ela apresenta a segunda etapa do curso Como ver um filme, em que discutirá a linguagem dos gêneros cinematográficos (saiba como fa-zer a inscrição, gratuita, no Guia

de Cultura). Ela volta à cidade um ano e quatro meses depois das pri-meiras aulas enquanto se prepara para lançar seu curso em livro, até o fim de 2011.

Como surgiu a ideia de fazer o curso?

Começou com uma conversa, al-guns anos atrás, com uma amiga, editora de livros. A gente discutia se escritores leem livros de ma-neira diferente. Aí a conversa evoluiu para: “será que as pessoas que fazem cinema veem filmes de maneira diferente?” Eu comecei a dizer que sim, com base em ex-periências que havia tido – inclu-sive de ver filmes com uma plateia só de profissionais. Dessa conversa surgiu, então, a ideia de fazer um livro. A ideia é de compartilhar

com o espectador não profissional a experiência de ver o filme como um profissional e de compartilhar informações suficientes para que a pessoa aproveite mais o filme, que

se torne quase capaz de ver o filme como uma pessoa que faz cinema. Enquanto escrevia o livro, a Casa do Saber, do Rio, me convidou para fazer um cur-so sobre o material. Era uma maneira de eu testar as minhas ideias com a plateia, ver se isso funciona. O curso foi o maior sucesso, felizmente,

e daí pegou seu embalo. Foi para São Paulo, Porto Alegre, Fortaleza. Ele tomou uma vida própria.

Essa experiência com o curso mudou o livro?

O curso me deu mais foco e mais

o Caxiense entrevista

“O 3D não é a panaceia, não é a pedra filosofal, não vai resolver nada. Agora, o 3D benfeito, vai ser um grande sucesso”

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“Não tem público para taNto super-herói”

Jornalista Ana Maria Bahiana, que prepara nova edição de curso sobre cinema em Caxias, fala sobre os riscos de apostar em uma mesma fórmula,

conta os bastidores de Hollywood e dá a receita para o filme ideal

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detalhe. Quando você vive no meio da indústria há tanto tempo, você presume que todo mundo sabe o que as pessoas sabem, o que é muito arrogante. Esse contato com o público melhorou o livro.

De que forma o contato com di-retores, atores ou produtores altera a sua avaliação sobre um filme?

O filme que o diretor, o roteiris-ta ou o ator descreve frequente-mente não é o filme que você vê. Já muitas vezes eu fui ver o filme e pensei: “até que tem uma boa ideia, mas o filme deixa a desejar”. Aí, você vai entrevistar o diretor e o ator e o que eles tentavam fazer era maravilhoso, mas infelizmen-te, por “n” condições, nem sem-pre vai para o resultado final. isso também eu gosto de compartilhar nos meus cursos. A jornada de um filme é longa, perigosa e in-certa. Nem sempre aquilo que foi imaginado no começo do projeto chega no final para as pessoas. E o oposto também acontece. Às ve-zes, o criador tinha uma ambição desse tamanhinho, e, no processo de se fazer o filme, aquilo se trans-formou em uma coisa ainda mais espetacular. É uma jornada muito tortuosa.

no seu blog, você discute muito questões sobre o futuro do cine-ma, como a queda na bilheteria norte-americana. o que acontece com Hollywood?

isso é cíclico. A indústria ame-ricana é forte porque, entre outras coisas, foi capaz de se reinventar e se adaptar a várias crises anterio-res. Essa crise é uma mistura da re-tração de público, que já vinha de 10 anos – desde 2001, quando ela se agravou, já havia essa erosão do público, preferindo que os filmes fossem até eles em DVD, depois em Blue-Ray e agora pela inter-net (baixando ou vendo streaming com alta qualidade). E há outros substitutos do entretenimento, como o videogame, webisode (epi-sódios oferecidos na internet), a própria presença na internet. O entretenimento se tornou mais

amplo do que ir ao cinema, sentar e ver o filme. Em 2008, a crise só agravou isso. Os estúdios hoje não são mais aquelas pequenas gran-des empresas que têm uma gran-de figura. Elas fazem parte de um grande conglomerado. Nesse mo-mento, em que há uma depressão financeira desse porte, eles aper-tam o botão de pânico. E o botão de pânico tem sido: “só vamos fazer aquilo que a gente acha que tem certeza que vai dar certo”. É uma fórmula que pode dar certo no início, mas que a longo prazo é suicida, porque cansa. É o que a gente está vendo este ano. Não tem público para tanto super-herói nem para 3D vagabundo. Uma crise desse porte já aconteceu nos anos 60 e 70. Resultou naquela geração extraordinária dos anos 70. Por enquanto, a resposta da indústria não tem sido muito inte-ligente, mas é a resposta que eles sempre têm quando há uma crise financeira.

o 3D que você citou é visto como um dos formatos que podem sal-var o cinema. Como você avalia essa possibilidade?

Ele não é a panaceia, não é a pe-dra filosofal, não vai resolver nada. O 3D sempre existiu. O cinema falou, o cinema ficou colorido, o cinema ficou maior, e o passo se-guinte seria recuperar a visão tri-dimensional do ser humano, criar essa ilusão no cinema. Não vai re-solver a crise, embora todo mun-do ache que vai resolver porque vai atrair mais pessoas no cinema e porque o ingresso vai ficar mais caro. Simplesmente pegar um fil-me e reverter para 3D ou fazer um 3D nas coxas só para ter uma cobra voando na sua direção ou um tiro passando pela sua cabeça não vai fazer as pessoas irem ao cinema ou pagarem mais caro. Agora, o 3D benfeito, o filme feito em câmera 3D com os recursos todos pensa-do para ser experiência imersiva, vai ser um grande sucesso, como Avatar.

Há críticos que avaliam que o verdadeiro vigor criativo na área

audiovisual está na tv, com as séries, e não no cinema. você concorda com essa avaliação?

Eu não digo que está somente, mas digo que está bastante nas séries de tV. Quando os estúdios apertaram o botão de pânico e vão apenas no que pode dar certo, fica um vácuo. Até os anos 90 esse vácuo era coberto pelos indepen-dentes, e agora os independentes estão em uma situação de penú-ria. Esse vácuo hoje é coberto pela televisão. Uma porção de atores, diretores e roteiristas encontra re-fúgio na televisão. Mas, de novo, a televisão não é a pedra filosofal. O caso do Frank Da-rabont (de À Espe-ra de um Milagre) que quis sair do The Walking Dead (sé-rie em que a maior parte da população se transforma em zumbi após ser in-fectada por um ví-rus misterioso) é um caso claro. Ele quis sair porque aperta-ram os orçamentos, e ele não está acostu-mado com isso. A televisão é um meio com suas limitações. Ele não quis aceitar isso.

Há uma velha discussão entre os críticos sobre a possibilidade de conciliar o sucesso comercial com qualidade artística. É possí-vel esse casamento?

Não é apenas possível como é a marca de excelência. Um criador que fale com o público amplo e compreenda a disciplina e as frus-trações de você fazer o cinema comercial sem perder sua visão autoral merece meu Oscar pes-soal. Aí, você vai dar em Chaplin (tempos Modernos), Billy Wilder (Quanto Mais Quente Melhor), Stanley Kubrick (laranja Mecâni-ca), Scorsese (taxi Driver), Spiel-berg (A lista de Schindler), So-derbergh (traffic), David Fincher (A Rede Social). Os irmãos Coen (onde os fracos não têm vez) co-meçaram a não ter medo do suces-so. tenho problemas com diretor

que diz “só vou naquilo que mi-nha musa manda fazer”. Acho le-gal, respeito, mas digo: “cara, seria tão melhor se você saísse da toca e corresse esse risco”. tenho o mes-mo problema com os Michael Bay (transformers) da vida, que di-zem: “tá bom, vamos fazer aquela fórmula x + 2 + 3 ao quadrado e a gente explode aqui e aqui”. Cara, se arrisca a pensar. tenho maior respeito pela pessoa que é capaz de pensar, de ter a visão criativa e de enfrentar o processo difícil, frus-trante e árduo de fazer um filme para uma grande plateia.

você é uma das elei-toras no globo de ouro. no Brasil, há um lugar-comum que aponta o prê-mio como uma pré-via do oscar, mas os resultados dos últi-mos anos desmen-tem a afirmação. o que diferencia os dois prêmios?

O Globo de Ouro ainda prenuncia o Oscar. tirando al-

guns absurdos em que colegas gostam de votar, como o turista no ano passado, ele faz a triagem. Nas escolhas finais as premiações são diferentes, mas, na seleção dos indicados, ainda há um overlap-ping (algo como sobreposição) im-portante. É um momento em que a Academia diz: “presta atenção na-queles dali, ó. Dessa peneira, tem de sair os que nós vamos escolher”. Existem vários motivos para as di-vergências. A personalidade das pessoas que votam é bem diferen-te. Na Academia, são pessoas que fazem cinema. Nós somos pessoas que veem cinema. O corpo de vo-tantes (no Globo de Ouro) é menor. A decisão de uma pessoa tem uma repercussão muito maior do que na Academia. tem a questão do tempo também. As campanhas ga-nham maior ferocidade depois do Globo de Ouro. E essa sofisticação toda da campanha foi algo da últi-ma década, que é quando começa a haver divergência maior.

“Um criador que compreenda as frustrações de fazer cinema comercial sem perder sua visão autoral merece meu Oscar pessoal”

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Foi na chácara de Maria Fochesatto Anesi, avó de Juliano, que a música-tema da Festa da Uva 2012 foi criada em alguns encontros inspiradores com o colega de composição, Gustavo Viegas. “Fica na colônia de Galópolis. A casa tem mais de 100 anos, era do meu tata-ravô. tem o engenho de açúcar, as pipas do meu bisavô...”, conta Ju-liano sobre o lugar naturalmente inspirador que parece ser o retrato da história da imigração italiana. A voz e o violão dele já renderam parcerias com vários artistas e com a Orquestra Municipal, além da gravação de três CDs: trio de violões âmbar (2005), flamenco Sul (2007) e Sonora Paisagem (2011). Este último, que deve ser lança-do até o final do ano, tem as composições de Juliano inspiradas nas paisagens da região, arranjos de Éder Bergozza e letras de Nivaldo Pereira. “Quando eu era criança, assisti la Bamba, me emocionei e decidi que queria ser músico. A música é a paixão da minha vida”, declara-se o artista. A formação em Comércio Exterior nunca teve espaço na dedicação “incondicional” à música. Em breve, ele deve voltar à UFRGS, onde chegou a cursar Bacharelado em Violão, para se especializar em Canto.

Os domingos musicais na casa dos Viegas, ao som de Elis Regina e Chico Buarque, os preferidos da mãe, e do rock do pai transforma-ram os filhos André, João e Gustavo em músicos, guitarrista, bate-rista e baixista. O violão que a mãe tinha para fazer curso logo virou brinquedo nas mãos dos garotos, que hoje poderiam ter uma banda. Gustavo, 31 anos, começou as aulas de violão aos 14. Desde o início da carreira profissional, ele dividiu o palco com grandes nomes da música caxiense, como Rafa Schuller, Sandro Stecanella, Marcos De Ros, Patrícia Vianna e Dan Ferreti. Com 12 anos de carreira, Gus-tavo dá aulas de baixo e violão, toca na banda de flamenco La Soleá, onde conheceu Juliano Brito, e com a banda de Fran Duarte. Ago-ra ele se prepara para lançar um trabalho que consolida a parceria com os irmãos. Aprovado pelo Financiarte 2010, o DVD Passagem busca apoio para os shows e tem previsão de lançamento para este semestre. Vencedor do Concurso da Música-tema da Festa da Uva 2012, composta em parceria com Juliano Brito, Gustavo comemora a superação de um desafio. "É diferente outras músicas. tem um tema determinado, um limite de tempo. Mas conseguimos compor uma música comercial e artística. Queríamos uma música bonita. E acho que conseguimos. O resultado é uma música bem sincera."

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livros | Biblioteca Municipal

Todos os meses, centenas de pessoas passam pela Biblioteca Municipal Dr. Demetrio Niederauer para retirar liv-ros. A maioria procura autoajuda, livros de espiritismo e best sellers. "Pouquíssimos leem os clássicos, os cânones da literatura. Mas não é só em Caxias", diz Uili Bergamin, sobre sua decepção com comportamento do leitor. Apesar de considerar que "qualquer livro pode ser uma porta para a literatura", Uili não confia nos best sellers como portas para a "alta literatura". Da lista dos mais pedidos da biblioteca, Uili não leu nenhum.

por MARCElo ARAMiS

o vingador | Ve-terano do Vietnã, Cal Dexter tem a missão de encontrar os as-sassinos de um típi-co mocinho (rico e voluntário de uma ONG, morto no início da história, na Guerra da Bósnia). Corrup-ção da CiA, um gân-gster muito perigoso e até Osama Bin Laden complicam a trama de Frederick Forsyth.

Dois irmãos | Yaqub e Omar são irmãos gêmeos. E se odeiam. A partir do conflito entre os ir-mãos, a primeira obra brasileira da lista nar-ra o drama de uma família de imigrantes libaneses que vive em Manaus. Ciúme, re-volta e incesto são os temas que prometem aquecer a trama de Milton Hatoum

Querido John | Um soldado rebelde e uma jovem idealista. Entre os dois, o atenta-do de 11 de setembro, cartas apaixonadas e litros de lágrimas der-ramados. "5 milhões de livros vendidos nos EUA" é o principal argumento na capa do livro de Nicholas Sparks, que também virou filme para mul-tiplicar as vendas.

De todo o Meu Ser | Aos sete anos, Marianne descobre a mediunidade, algo com que nem, ela nem a sociedade inglesa da Segunda Guerra Mundial sabem lidar. Romance de Leonel, psicografado por Mô-nica de Castro, o livro representa um dos gêneros campeões de leitura nas prateleiras da biblioteca.

Encontre Deus na Cabana | Se o Código Da vinci desencadeou uma sé-rie de decodificadores e o Segredo criou novas leis da atração de leitores, por que A Cabana não teria um puxadinho? O teólogo Randal Rauser anali-sa a obra de Young e responde as dúvidas deixadas em frestas da primeira cabana.

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por JoSÉ EDuARDo [email protected]

epresentatividade política x gasto de dinheiro público. Colocados assim, em oposição, esses dois ar-gumentos resumem o debate atual sobre a ampliação das cadeiras no Legislativo caxiense. Embasada no primeiro, a ampla maioria dos parlamentares prepara a aprova-ção – possivelmente, nesta semana – de uma emenda à Lei Orgânica do Município para criar seis novas vagas, fazendo o plenário passar de 17 para 23 vereadores depois das eleições de 2012. Munida do segundo, uma parcela da popu-lação contra-ataca, organizando abaixo-assinados e protestos para impedir a mudança.

Diz-se que contra fatos não há argumentos. Mas talvez a máxima não se aplique a este caso.

Fato: a ampliação custará mais caro, sim, ao Município – cerca de R$ 1,5 milhão por ano. Argu-mento: a Câmara caxiense tem crédito neste quesito, pois nem de longe recebe todo o dinheiro a que teria direito – e, ainda assim, devolve anualmente o que sobra de seu próprio orçamento. Fato: proporcionalmente, a sociedade teria mais representantes no Le-gislativo, e isso possibilitaria a elei-ção de candidatos de mais bairros ou segmentos da comunidade e a entrada de mais partidos no jogo político. Argumento: não necessa-riamente esses novos integrantes representariam melhor a socieda-

de, e não há garantia de que as no-vas vagas não sejam ocupadas por partidos e políticos tradicionais, que já participaram de legislaturas anteriores e se enfileiram na lista de suplentes – em teoria, o aumen-to de vagas também facilitaria a reeleição dos vereadores que têm o poder de decidir sobre ele. Entre fatos e argumentos, porém, há ain-da hipóteses e projeções.

De acordo com os números da última eleição, se o aumento de vereadores passasse a valer hoje, apenas um dos partidos ausentes na atual configuração da Câma-ra – desenhada após idas e vindas de titulares e suplentes – ganharia representação. Seria o DEM, com Osvaldo Della Giustina, que es-trearia como vereador. Além dele, haveria mais dois estreantes no Legislativo: ildefonso ivan Barbo-sa da Fonseca (Pt) e Edi Carlos Pereira de Souza (PSB). Os ex--vereadores Pedro incerti (PDt), Getúlio Paulo Demori (PP) e Vitor Hugo Gomes (Pt) completariam a lista dos seis. O Pt ainda teria a maior bancada, mas a oposição seguiria em minoria. O custo extra de R$ 1,5 milhão – estimado pelo atual presidente da Câmara, Mar-cos Daneluz (Pt) –, com salários dos novos parlamentares, assesso-res e outras despesas, seria facil-mente absorvido pelo orçamento da Casa, e ainda haveria sobra a ser devolvida ao Município. Os novos gastos não chegam a meta-de do valor restituído à prefeitura no ano passado, por exemplo. E a

infraestrutura para acomodar os novos vereadores e suas equipes não demandaria grandes investi-mentos, uma vez que a ampliação do prédio da Câmara, iniciada há pouco mais de dois anos, está pra-ticamente concluída. A nova área edificada, com cerca de 800m², aguarda apenas divisórias, mobília e equipamentos.

A resistência à posição da maioria dos vereadores (leia na página ao lado), que já aprovaram a ampliação por 14 votos a 3 em primeiro turno – como se trata de uma emenda à Lei Orgânica, exige votação em dois turnos, in-cluindo o voto do presidente, que normalmente só é dado em caso de empate –, parte de uma popu-lação liderada por jovens, alguns ainda estudantes. Recém-formada em Direito, Janaine Longhi Castal-dello, 22 anos, criou um abaixo--assinado digital que circula na internet para protestar contra a Câmara. “Decisões que afetam de forma financeira a população são tomadas e ninguém faz nada”, critica Janaine, que buscou a web como meio de mobilização para atingir uma parcela maior da so-ciedade de forma mais rápida. Em pouco mais de dois dias, o abaixo--assinado criado por ela teve 817 visualizações. Desse total, entre-tanto, somente 115 pessoas aderi-ram à campanha.

Aluna de um curso técnico de Contabilidade, Carine Della Flo-ra da Rosa, 20 anos, organizou

seu abaixo-assinado no formato tradicional, de papel. “Não acho justo o aumento do número de vereadores. Caxias tem muitas ou-tras prioridades. Os médicos estão parados. isso não vai agregar nada para a cidade”, justifica. A ofensiva de Carine reuniu mais de 600 as-sinaturas, aliando-se à de Janaine.

Para completar, o engenheiro Douglas Demori ajudou a criar o movimento 17 já são o suficiente. Nem a distância de Caxias – ele mora atualmente em Porto Alegre, onde faz mestrado – apaziguou sua insatisfação com o esperado aumento dos custos da Câmara. Após ler reportagem sobre a apro-vação da proposta em primeiro turno, Demori reuniu amigos e começou a organizar e divulgar uma passeata, que pretende per-correr o Centro neste sábado. Os manifestantes devem partir às 14h da Praça João Pessoa, no bairro São Pelegrino, com apitos, narizes de palhaço e bandeiras, gritando palavras de ordem até alcançar a Praça Dante Alighieri. Demori destaca que a iniciativa não con-tou com apoio algum de entidades estudantis, sindicais ou políticas. “Foi a mobilização de um grupo de cidadãos”, explica. Não se sabe ainda que resultado dará a pressão de Janaine, Carine e Demori, mas sabe-se onde ela vai chegar. Os três prometem levar os grupos de re-sistência até os corredores da Câ-mara para acompanhar a segunda e definitiva votação, exigindo, pelo menos, que sejam ouvidos.

Contas políticas

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a proVa Dos seisProposta de ampliar o Legislativo de 17 para 23 parlamentares, prestes a ser aprovada,

provoca um debate público sobre o papel e o custo de cada vereador

8 6 a 12 de agosto de 2011 Semanalmente nas bancas, diariamente na internet.O Caxiense

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funcionar a democracia sem os políticos.”

Denise Pessôa (Pt)A favor. “Quanto mais vereadores, mais democrática vai ser a Câmara. Não estamos discu-tindo a qualidade

do vereador. É o voto que qualifi-ca. Sem um parlamento forte não se pode fiscalizar o Executivo. Por que abrir mão dessa representati-vidade? A diversidade faz bem.”

guiovane Maria (Pt)A favor. “O dire-tório e a executiva do Pt deliberaram pelo aumento para 23 vereadores. Com isso o Legislativo se

torna mais democrático.

Marcos Daneluz (Pt)A favor. “Não é re-tirando a possibili-dade de novos par-lamentares que se vai melhorar a qua-lidade, produtivida-

de e competência dos vereadores. O aumento fortalece as minorias para participarem do Legislativo. Surgirão novas lideranças. Se elas vierem comprometidas, aí se terá ganho político.”

Rodrigo Bel-trão (Pt)Contra (até quarta--feira, dia 3). “O Pt não tinha posição e me manifestei con-trário no primeiro turno. tenho con-

versado com a minha base. Se hou-ver anseio popular, posso mudar o meu voto. Mas não tenho uma po-sição flutuante. A sociedade ainda está processando as informações.”

Alaor de olivei-ra (PMDB)A favor. “Quando entrei na Câmara pela primeira vez já eram 21 vereadores. Com o aumento, a Câmara terá maior pluralidade de opi-

Ari Dallegrave (PMDB)A favor. “Acho que a representativida-de é importante. O número de candida-tos de todas as regi-ões também deverá

aumentar nas próximas eleições. Com 17, a Câmara está elitizada. Quem é favorável ao ‘quanto me-nos, melhor’ responde a um cha-vão da sociedade. O parlamento não pode entrar nessa.”

geni Peteffi (PMDB)indecisa. A verea-dora disse que não tinha posição for-mada, embora te-nha votado a favor no primeiro turno.

Mauro Pereira (PMDB)A favor. “A socie-dade estará mais re-presentada na Casa. Quanto mais verea-dores, melhor. Pes-soas de segmentos e bairros mais pobres

estarão representadas.”

Edio Elói frizzo (PSB)A favor. “Sem dúvi-da, aumenta a repre-sentatividade. São poucas as pessoas com estrutura fi-

Renato nunes (PRB)A favor. “Acredi-to que Caxias, com quase 500 mil habi-tantes, vai ser me-lhor representada. Há quase 40 anos já

tinha esse número. Desta forma os vereadores poderão atender me-lhor os moradores e dar assistên-cia.”

Arlindo Bandei-ra (PP)A favor. “A cidade precisa a cada dia mais representação. trabalho muito. Es-tou todo dia na rua e ainda não consigo

atender a toda a população.”

Daniel guerra (PSDB)Contra. “O que se vê hoje é que a po-pulação é contrária ao aumento do nú-mero de vereadores. O comprometimen-

to para com a sociedade acaba, para muitos vereadores, quando ele é declarado eleito. O número não conta, mas sim a qualidade. Precisam estar realmente com-prometidos com os interesses da sociedade.”

Renato oliveira (PC do B)A favor. “É uma de-cisão partidária. A Câmara de Caxias, há 30 anos, já ti-nha 21 vereadores. Há duas legislatu-ras passou para 17.

Cumprimos a legislação nacional.”

Ana Corso (Pt)A favor. “Quanto maior o número de vereadores, mais setores serão con-templados. temos mais de 23 parti-dos, e quantos são representados pela

Câmara? Defendo que haja uma maior representação. Não dá para

gustavo toigo (PDt)A favor. “Vai au-mentar a represen-tatividade da popu-lação e também o poder fiscalizatório da Câmara.”

Moisés Paese (PDt)Contra. “O aumen-to das despesas da Casa vai onerar ain-da mais os cofres públicos e depois di-rão que não se tem

dinheiro para realizar os projetos. O que trará mais representativida-de são ações como o Orçamento Participativo, plebiscitos, referen-dos, audiências públicas.”

vinicius Ribeiro (PDt)A favor. “Quanto mais vereadores ti-vermos cumprindo seu dever, sem au-mentar a despesa orçamentária cons-

titucional, mais representatividade

a opiNião Dos VereaDoresVeja como devem votar os atuais parlamentares (divididos pelas coligações proporcionais

que os elegeram) as justificativas que eles apresentam:

ColigAÇÃo PMDB, PSDC,

ColigAÇÃo PDt e PtB

ColigAÇÃo PP e PSDB

ColigAÇÃo Pt, PC do B,

nanceira para bancar uma campa-nha. temos uma Câmara enxuta, nunca ultrapassamos os 2% (do orçamento municipal). Estamos pagando o preço da nossa respon-sabilidade.”

o nosso povo terá.”

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A julgar pelo que dizem os vereadores, as manifestação popu-lares dificilmente terão força sufi-ciente para impedir a aprovação da mudança. Entre os favoráveis, o argumento da representativida-de parece consolidado e bem ar-ticulado. O presidente da Câmara, Marcos Daneluz (Pt), é um deles, apesar de ponderar que não será com mais ou menos parlamenta-res que a cidade contará com uma política mais séria. Para isso, se-gundo ele, é necessário o compro-metimento do legislador com seus representados.

Com a estrutura física quase pronta, o principal gasto da Câ-mara com os novos vereadores será com o pagamento dos salários dos seis vereadores e de seus 12 assessores. Uma despesa que não acenderia sequer um sinal ama-relo nas contas do Legislativo. Por lei, a Câmara tem direito a 6% do valor bruto arrecadado pelo mu-nicípio, algo em torno de R$ 60 milhões neste ano. Entretanto, seu orçamento foi de R$ 19.432.300. “Poderíamos colocar verba de ga-binete, carros para os vereadores, nove assessores. Mas não. Hoje temos uma Câmara enxuta”, diz Daneluz. Em 2010, cerca de R$ 3,3 milhões foram devolvidos à pre-feitura. Somando os últimos seis anos, o valor economizado chega a R$ 16.160.820,09 – dinheiro enca-minhado para áreas como saúde, educação e segurança.

A adequação física da Câmara, que custou aproximadamente R$ 2 milhões, pode ser facilmente percebida quando o visitante olha para o chão ao caminhar pelos corredores. O carpete mais sur-rado pelo tempo dá lugar a um novinho e sem marcas. Algumas salas já estão com as divisórias. Em outras, cadeiras colocadas de forma aleatória esperam a chegada de uma mesa para compor a sala de reuniões. Com a reforma, além do espaço para novos gabinetes, a Câmara se reorganiza e cria uma grande área de convivência, um novo local para a cafeteria e uma sala para exposições, entre outros ambientes.

O processo de reforma da Câ-mara começou ainda em 2009, período em que o vereador Edio Elói Frizzo (PSB) ocupava a cadei-ra de presidente. Grande parte da obra foi realizada no ano seguinte, na gestão de Harty Moisés Paese (PDt), e a conclusão ficou a car-go de Daneluz. Por ironia, caberá ao atual presidente, que se opôs à obra inicialmente, inaugurar a construção. O petista lembra que convenceu sua bancada a votar contra a ampliação da estrutura. isso porque, na época, o mundo vivia um período de instabilidade e crise econômica. “Fomos voto vencido. Em seguida, como esta-mos em um regime democrático, passamos a apoiar a construção. Agora vem o ex-presidente e fica

contra”, diz Daneluz, alfinetando Paese. O pedetista – um dos três vereadores que votara contra o aumento do número de vereado-res em primeiro turno – retruca afirmando que a a obra provém de uma demanda interna, e não da necessidade de abrigar novos vere-adores. “Coube a mim cumprir os contratos que vieram do mandato anterior (de Frizzo). Quando foi projetada, a Câmara não contava com um setor de informática, TV Câmara, libras e novas salas para comissões”, explica Paese.

Mesmo se não fosse votado o projeto de ampliar para 23 os vereadores, na próxima as urnas abririam vagas para 21 parlamen-tares. isso porque este é o número que consta na atual Lei Orgânica. internamente, é somente a pala-vra até que gera a maior parte das discussões. De acordo com a nor-ma do tribunal Regional Eleitoral (tRE), Caxias do Sul, com 435 mil habitantes, poderia ter até 23 ve-readores. O que não significa que não poderia ter menos. “Podería-mos votar para ter nove vereado-res, por exemplo. temos um teto, mas não um limite mínimo”, expli-ca Daneluz.

Com base no histórico do Legis-lativo caxiense, porém, a Câmara, sempre que pôde decidir por si, buscou aumentar a quantidade de parlamentares. Entre 1890 e 1937 a cidade – com menos de 40 mil habitantes – manteve sete verea-dores. Com o crescimento da po-pulação, Caxias foi gradativamen-te ampliando a representatividade no Legislativo. Passou por 11, 15 e ficou com 21 parlamentares por 31 anos seguidos. Esses dados foram apurados no estudo de Guiomar Chies, 69 anos, que desempenhou por quase três décadas as ativi-dades de assessor de imprensa e diretor-geral da Câmara. Chies julga ser absolutamente necessária a ampliação do número de vagas, e defende isso simplesmente le-vando em consideração o traba-lho das Comissões. Atualmente, a Casa conta com nove Comissões Permanentes, cada uma compos-ta por cinco vereadores, e quatro Comissões temporárias Especiais, com média de cinco integrantes. Fazendo as contas, cada parlamen-tar teria de participar de quatro comissões. “trata-se de um exa-gero. Ou as comissões não atuam dentro de uma normalidade pos-sível, existindo praticamente só no regimento, ou o vereador não vai atender as necessidades de traba-lho por falta de tempo para atuar em todas”, analisa.

As críticas a essa posição,

no entanto, não vêm só de estu-dantes. O professor do curso Ci-ência Política da Faculdade Amé-rica Latina Marcos Paulo dos Reis Quadros também é contra a ideia. “Não acredito que o aumento vá

democratizar o acesso à Câmara. Vai só expandir o número de uma elite. O recurso da campanha vem de doações externas ou do famoso caixa dois. A medida só vai refletir a mesma lógica que se tem hoje”, afirma. Quadros diz que existem outras formas mais eficientes para se aumentar a representatividade, como a realização de audiências públicas e o avanço do projeto Câ-mara vai os bairros. Segundo ele, a principal bronca da sociedade é que ela não foi consultada sobre a decisão. “isso mostra que a repre-sentatividade não se faz. Não se questiona a constitucionalidade. O que há é um impedimento de ordem moral”, aponta. O profes-sor conclui que uma das melhores maneiras de se obter representati-vidade é a sintonia entre a Câmara e as demandas sociais.

Professor do curso de Pós--graduação em Ciências Sociais da Unisinos, Aloísio Ruscheinsky também é contra, embora tenha uma visão um pouco mais branda. “Não é o volume que importa para satisfazer as demandas do cida-dão, mas sim a qualidade”, afirma. E parte da culpa dessa insatisfa-ção, que se tornou senso comum, segundo ele, também se deve à própria sociedade. “O quanto o cidadão colabora para qualificar o vereador? Em que medida o ci-dadão participa e encaminha suas demandas ao Legislativo? Usual-mente, cada pessoa acha que a sua demanda é a mais importante”, analisa. Outra questão levantada por Aloísio é que muitas pessoas desconhecem os arranjos políticos e não compreendem a real função do parlamentar. “Os vereadores não têm competências sobre mui-tos dos fenômenos que ocorrem em Caxias, como a criação de em-pregos”, exemplifica. A possibili-dade de alguns bairros elegerem representantes não o convence da necessidade de mudança. “Acho que o aumento do número de ve-readores desfoca o tema principal. Eu deixaria tudo como está. tem outras coisas que não são men-cionadas. Como vamos fazer efi-cientemente o controle ambiental, melhorar a educação infantil e a saúde? É preciso ouvir os usuários, e não fazer promessas”, completa.

fato: apesar da rejeição de uma parcela da sociedade, a pro-posta de aumentar o número de vereadores consegue unir políticos de ideologias opostas e posturas tradicionalmente antagônicas no plenário. E tem apoio no meio político. Em entrevista ao jornal O Caxiense na última edição, o prefeito José ivo Sartori (PMDB) revelou-se favorável à ampliação. Agora, cabe ao presidente da Câ-mara definir a data da votação. Mas Daneluz despista: “Ainda não tomei a decisão. Não consultei a Mesa Diretora. Acho importante a discussão e o debate”.

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por JAiSSon [email protected]

o início da noite de uma sexta-fei-ra em que os termômetros marca-ram temperatura máxima de 13°C, uma motorista de 36 anos mal iria estacionar o automóvel às mar-gens da rodovia BR-116, na altura do Bairro Presidente Vargas, e já entraria no rol de um indesejado grupo que cresce com surpreen-dente vigor. Às 18h20, um homem armado a atacaria e levaria seu Vectra, transformando a mulher em mais uma vítima do roubo de veículos em Caxias do Sul.

A ascensão desse tipo de crime causou perplexidade entre as au-toridades. No primeiro semestre, o município registrou uma média de 54 casos mensais, o equivalente a um acréscimo de 30% em com-paração com o mesmo período do ano passado. Excluindo-se os cri-mes ligados às drogas, o indicador apresentou o maior crescimento entre 11 itens monitorados pela Secretaria da Segurança Pública. “O roubo nos preocupa, porque costuma ter como autores indiví-duos de alta periculosidade, que costumam estar armados e sob o efeito de drogas”, afirma o major Jorge Emerson Ribas, subcoman-dante do 12º Batalhão da Polícia Militar (12º BPM).

A Polícia Civil e a Brigada Mi-

litar ainda tentam entender as ra-zões de tamanha elevação, mas um levantamento inédito pode dar as primeiras pistas – e munir as au-toridades de informações para estancar a alta. É o Mapa do Cri-me, produzido há dois meses por O Caxiense a partir dos boletins de ocorrência comunicados no plantão policial. A radiografia iné-dita mostra que, em julho, os la-drões preferiram atacar entre 18h e meia-noite (63,7% dos casos) e aos fins de semana (mais da meta-de ocorre entre sexta e domingo), e tornaram a BR-116 seu cenário predileto – como no assalto à mo-torista de 36 anos em 1º de julho.

Para os policiais, o fato de a rodovia federal figurar na ponta da lista de endereços mais perigosos aos motoristas surpreende, apesar de representar quase 10% dos ca-sos. Eles afirmam que os assaltos costumam ocorrer na chegada em casa, quando o motorista se torna mais vulnerável ao esperar pela abertura do portão eletrônico, por exemplo. Conforme o Mapa do Crime, a maior parte dos casos da BR-116 se deu em frente a semáfo-ros ou em estacionamentos.

O predomínio dos ataques à noi-te na cidade se explica pela opção do assaltante em aguardar o de-sembarque das vítimas na moradia delas, um ato que se amplia duran-

te esse período. Os bandidos ainda têm a tendência de ficar de olho em modelos mais novos, difíceis de serem furtados (diferentemente do roubo, o furto ocorre quando não há presença da vítima). O apa-rato tecnológico que oferece novos mecanismos de proteção aos auto-móveis atrapalha a ação criminosa. Na lista dos mais visados, figuram modelos que costumam também estar entre os líderes em circula-ção. O Celta aparece no Mapa do Crime como o campeão entre os roubados.

no furto de ve-ículo, o Gol, um dos automóveis mais vendidos, encabeça a relação, que tem carros mais antigos, como o Chevette e Del Rey. Esse delito também segue tra-jetória de alta, con-forme a estatística oficial, mas em rit-mo menos acentua-do que o roubo. São 151 casos por mês, 23% a mais do que o verifica-do no primeiro semestre de 2010.

Fora a diferença no modelo-alvo e a rua campeã (Ângelo Corsetti, no bairro Pioneiro), o furto se as-semelha com o roubo. Os casos se concentram à noite (43%) e nos fins de semana (quase 50%). Os ar-

quivos policiais apontam, nos dois tipos de crime, um predomínio do Centro como o bairro campeão em comunicados (nas páginas centrais, confira o mapa). Entre furtos e roubos, são 18 registros.

Para evitar nova alta nos próximos meses, a Brigada Militar promete atenção especial às blitze e às abordagens de motoristas. Na Polícia Civil, o compromisso de empenho nas investigações e na repressão esbarra em uma queixa.

A Delegacia Espe-cializada de Furtos, Roubos e Capturas (Defrec) enfrenta déficit de pessoal. Na equipe de 16 fun-cionários, segundo o delegado ives trin-dade, há seis investi-gadores para cuidar de 400 ocorrências mensais. A situação só não é pior porque o índice de recupera-ção de veículos atin-

ge grau elevado – não apenas por competência em diligências, mas também pela própria decisão dos bandidos, que abandonam o carro após cometer outro crime. São oito em cada 10 casos, de acordo com estimativa de trindade. Diante de tantos números negativos, pelo menos um número alentador.

insegurança nas Ruas

“O roubo nos preocupa, porque tem como autores indivíduos de alta periculosidade, armados e sob o efeito de drogas”, diz o

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BR-116 foi a via mais visada nos roubos (com a presença da vítima); a Ângelo Corsetti foi a rua com mais furtos (quando a vítima está ausente)

roubo De Veículos pisa No aceleraDorProduzido pelo jornal O CAXiENSE a partir de informações policiais, o Mapa do Crime traça o perfil de um dos delitos que mais cresceram no município este ano

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Serrano1 roubo | 2 furtos

Morada dos Alpes1 roubo

Saint Etienne1 furto

universitário1 roubo

Madureira1 roubo

Jardim América2 roubos

Jardelino Ramos1 roubo

lourdes2 roubos | 6 furtos

Cristo Redentor4 roubos | 3 furtos

Planalto2 furtos

Exposição4 roubos | 2 furtos

Panazzolo4 roubos | 4 furtos

Rio Branco2 roubos | 8 furtos

galópolis2 roubosEsplanada

1 roubo | 3 furtos

Desvio Rizzo2 roubos | 6 furtos

Cinquentenário2 roubos | 1 furto

Marechal floriano2 roubos | 1 furto

Pio X7 furtos

Kayser1 roubo | 2 furtos

Salgado filho4 furtos

floresta1 furto

São leopoldo3 furtos

Charqueadas1 furto

São Pelegrino1 roubo | 7 furtos

Centro7 roubos | 11 furtos

forqueta1 roubo | 1 furto

Distrito industrial2 furtos

Cidade nova1 furto

Santa Catarina1 roubo | 5 furtos

n. Sra. da Saúde1 roubo

Santa fé1 roubo

n. Sra. de fátima1 furto

Pioneiro5 furtos

Monte Castelo2 furtos

Mariland1 roubo

Região mais movimentada da cidade, o Centro lidera em furtos e roubos de veículos, de acordo com o Mapa do Crime de julho. Nestas páginas, O Caxiense traça o perfil desses ataques, faz um retrato da situação nos bairros e mostra os números de outros delitos contabilizados pelo levantamento

PoR onDE CiRCulA

o PERigo

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vila Seca1 roubo

Apanhador1 roubo

fazenda Souza1 roubo

Sem informação4 roubos | 6 furtos

Serrano1 roubo | 2 furtos

Jardim Eldorado1 furto

Jardelino Ramos1 roubo

Planalto2 furtos

Petrópolis2 roubos

Cruzeiro2 roubos

Bela vista3 roubos

Presidente vargas2 roubos

Sagrada família1 roubo | 1 furto

Ana Rech2 furtos

São Ciro1 furto

São Braz1 furto

Mariland1 roubo

outrosdelitos Roubo a pedestre | 115Furto a residência | 106Furto a empresa | 75Furto em veículo | 104Roubo a empresa | 49Furto a pedestre | 25tráfico | 17Roubo a transporte coletivo | 16Furto a transporte coletivo | 14Agressão sexual | 10Homicídio | 9Roubo a motorista | 8Roubo a residência | 7Furto a escola | 4Sequestro relâmpago | 1

www.ocaxiense.com.br 136 a 12 de agosto de 2011 O Caxiense

Dia da semana

■ Sábado | 22,2%■ terça-feira | 20,6%■ Segunda-feira | 17,5%■ Sexta-feira | 14,3%■ Domingo |14,3%■ Quarta-feira | 6,3%■ Quinta-feira | 4,8%

Dia da semana

■ Sábado | 18,4%■ Domingo | 16,3%■ Segunda-feira | 16,3%■ Quinta-feira | 13,5%■ terça-feira | 12,5%■ Sexta-feira | 11,5%■ Quarta-feira | 11,5%

Média etária33 anos

turno

■ Noite | 63,7%■ Manhã | 12,7%■ tarde | 12,7%■ Madrugada | 10,9%

turno

■ Noite | 43,1%■ Manhã | 28,4%■ tarde | 23,2%■ Madrugada | 5,3%

Perfil das vítimas

■ Masculino | 88%■ Feminino | 12%

vias mais visadas

BR-116 | 9,5%

Coronel Camisão | 4,8%

vias mais visadas

Ângelo Corsetti | 4,8%

Marechal Floriano | 3,8%

Modelos mais visados

Celta | 7,9%

Civic | 4,8%

Focus | 4,8%

Ranger | 4,8%

Strada | 4,8%

Vectra | 4,8%

Modelos mais visados

Gol | 18%

Monza | 8,7%

Uno | 7,7%

S-10 | 6,7%

Roubode veículo

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por CAMilA CARDoSo [email protected]

uma época em que material esco-lar era vendido somente nas pou-cas livrarias que existiam em Ca-xias, filas se formavam ao longo da Rua Marquês do Herval partindo da Avenida Júlio de Castilhos, ao lado do Clube Juvenil. Ali funcio-nava a extinta Livraria Sulina, uma das maiores redes do Estado. Foi para ajudar a atender esse contin-gente de pais e mães em busca de livros, lápis e cadernos que Maria Helena Lacava, hoje com 50 anos, foi contratada como estagiária de janeiro a março de 1983. No ano seguinte, o estágio se repetiu. Até que em 1985 ela foi efetivada como caixa da livraria. Enquanto não es-tava atendendo, conseguia ler até três livros do acervo da livraria por semana e acabava auxiliando clientes que queriam indicações de boas leituras. “Me pagavam para

fazer o que eu mais gosto”, lembra. O trabalho na Sulina despertou

uma paixão que Maria Helena ha-via descoberto com certa dificul-dade ainda criança, em Vacaria, de onde saiu aos 18 anos atrás de oportunidades. Aos sete anos, na 1ª série, ela precisou de aulas de reforço na casa da professora para aprender a ler. Mas logo no ano seguinte já era a melhor aluna da classe, graças à atenção que dedi-cava a enciclopédias e revistas que a avó mantinha em uma pequena biblioteca particular. Aos poucos, foi avançando para outros gêneros e, aos 10 anos, completou a leitura das 200 páginas de Eram os Deu-ses Astronautas?, de Erich von Däniken. “Hoje eu posso achar aquilo uma balela, mas eu era uma criança e li todinho”, afirma, com uma ponta de orgulho, a livreira escolhida para ser homenageada na 27ª Feira do Livro, que ocorre de 30 de setembro a 16 outubro.

De tão cativada pela literatura, Maria Helena decidiu que não tra-balharia com outra coisa que não fosse livros. Em dezembro de 1995, um mês depois de ser demitida da Sulina, Maria Helena inaugurou a Mercado de ideias, tal qual havia idealizado. Ela se encantara pela sala pequena e acon-chegante, com uma ampla vitrine total-mente de vidro, ideal para expor as pilhas de livros e fisgar a atenção de quem passasse pela Gale-ria Martinato, entre a Júlio e a Sinimbu. Com a sócia, Nair Busnello, de quem era vizinha no bairro Rio Branco, juntou R$ 10 mil, o suficiente apenas para pagar a sala comercial. A Mercado de ideias entrou em funcionamen-to com R$ 1.523 em produtos à

venda – livros que Maria Helena comprava na Sulina, descontados na folha de pagamento.

Maria Helena participa da feira que neste ano a homenageia desde a segunda edição. Para ela, a evolução de pequenos armários na

Praça Dante Alighie-ri, com uma tímida participação do pú-blico, até se tornar o segundo maior evento do gênero no Estado é quase uma vitória pesso-al. “Para o livreiro, a feira nem é lucrativa, porque o descon-to concedido é real, mas é importante colocar os livros na

rua, popularizar a literatura”, opi-na. Ela foi uma das fundadoras da Associação dos Livreiros Caxien-ses, criada em 2010 por 15 livrarias

livreira homenageada

“Para o livreiro, a feira nem é lucrativa, mas é importante colocar os livros na rua, popularizar a literatura”, diz Maria Helena

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“Há quem ame o Osho e aqueles que odeiam. Essa possibilidade de vida que pulsa em uma livraria que me encanta”, explica Maria Helena

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Como Maria Helena Lacava passou de aluna com dificuldades para ler a leitora compulsiva e empresária do ramo

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que passaram a ajudar na organi-zação da feira.

Uma vez por ano, Maria Helena faz o que chama de “pescaria” ou “seleção de filés”, buscando bons títulos, novos ou usados, em livrarias virtuais e físicas, para oferecer na Fei-ra do Livro. Ela acre-dita que sua livraria de pequeno porte se mantém há mais de 15 anos graças à variedade de títulos. “Numa livraria, não é o meu gosto que impera. tem que ter os mais vendidos, os nem tanto, alguns assuntos em ascensão, outros em queda. Eu não tenho que criticar, tenho que vender”, afirma, dando uma pista de que os best-sellers não fazem a sua cabeça. Desde pe-quena, Maria Helena não se deixa levar pelos rankings de mais ven-didos. Ela prefere histórias densas, de preferência que façam chorar. “Quero sempre descobrir autores novos ou velhos desconhecidos”, diz, citando Suzana tamaro, Ale-xandre Bórico e José Luiz Sampe-dro entre seus preferidos.

Porém, uma livreira não pode se furtar de provar as próprias ofer-tas. Para poder falar com proprie-dade sobre o assunto, Maria Hele-

na procura ler boa parte dos livros que oferece. Mas se permite não ultrapassar as 70 primeiras pági-nas caso a leitura não lhe agrade. Hoje, lamenta não conseguir ler

mais que três livros completos por mês, pouco menos que a média anual dos brasileiros, que é de 4,7 livros, conforme estudo da Fundação instituto de Pesquisa Econômicas (Fipe).

Assim, Maria He-lena cativa com faci-lidade os fregueses, que a acompanham desde os tempos da Sulina. Para ela, que

é solteira e não tem filhos, clientes são uma família com quem pode falar sobre sua maior paixão. “Há quem ame o Osho, e aqueles que odeiam, por exemplo. É essa possi-bilidade de vida que pulsa em uma livraria que me encanta”, explica.

“Poder sugerir um livro para uma pessoa e ela voltar para dizer que o livro mudou a vida dela não há dinheiro no mundo que pague. Eu acho fantástico esse elo de ami-zades que o livro cria. O livro tem uma coisa que te enfeitiça, entra na veia. Acho que seria impossível viver no mundo se eles não existis-sem”, conclui a livreira.

“Numa livraria, não é meu gosto que impera. Eu não tenho que criticar, tenho que vender”, afirmaa dona daMercado de Ideias

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Receita da livraria aberta por Maria Helena em 1995 é a diversidade

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Recomenda

l não se preocupe, nada vai dar certo | Comédia. 14h20, 16h45 19h10 e 21h15 | Iguatemi

A comédia nacional conta a história de um ator de stand-up comedy que viaja pelo interior do Brasil se apresentando em peque-nas cidades até receber uma pro-posta milionária para usar seus talentos e fingir ser um famoso guru em uma palestra motivacio-

nal. Prepare-se para uma série de trapalhadas com um ar de Família Buscapé e um toque do velho jei-tinho brasileiro. 12 anos. 99 min.

l os Smurfs | Animação. 13h50, 16h15, 18h30 e 20h45 (dub.) 13h20 e 16h (dub. 3D) | Iguatemi

Diferentemente da série dos anos 80, que era desenho anima-do puro e simples, a adaptação cinematográfica coloca os pe-quenos seres azuis contracenan-do com humanos. No enredo, os Smurfs fogem de Gargamel e aca-bam parando no Central Park, em Nova York. Livre. 103 min.

l CineSesc | De 8 a 12 de agosto, às 19h | Sesc

O ciclo de cinema nacional, que integra o projeto Arte Sesc – Cultura por toda a parte, ganha as telas de Caxias ao longo desta semana. Destaque para o clássico Dona flor e seus Dois Maridos, com o debochadíssimo José Wi-lker e a então exuberante – e sem plástica – Sônia Braga.

Segunda (8): uma lição de Amor | Drama. Um homem com deficiência mental cria sua filha, Lucy, com a ajuda de amigos até

que a menina ultrapassa intelec-tualmente o pai. Uma assisten-te social quer interná-la em um orfanato e ele precisa recorrer a uma advogada para enfrentar um caso provavelmente impossí-vel de ser vencido. 12 anos. 133 min. | terça (9): Dona flor e seus Dois Maridos. Comédia. A versão cinematográfica do livro de Jorge Amado foi lançada em 1976 e tem José Wilker no papel do mulherengo Vadinho e Mau-ro Mendonça como o certinho teodoro Madureira disputando o amor de Sônia Braga, a Dona Flor. 14 anos. 120 min. | Quar-

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por Camila Cardoso Boff | [email protected]

Guia de Cultura

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Blockbuster mais do que anunciado, Os Smurfs tenta conquistar a simpatia da gurizada de hoje – apelando à nostalgia dos adultos

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Recomenda

ta (10): vidas Secas | Drama. No paupérrimo Nordeste brasileiro, uma família vive sem esperanças no futuro por causa da seca e da miséria que assola sua vida. Base-ado no clássico de Graciliano Ra-mos. 14 anos. 103 min. | Quinta (11): inocência. Drama. No Bra-sil imperial, um médico itineran-te conhece uma moça acometida pela malária, por quem se apaixo-na e é correspondido. Entretanto, o pai da jovem prometeu-a para um rico fazendeiro da região e não admite ter sua vontade con-testada. 115 min. | Sexta (12): o Caminho das nuvens. Drama. A saga de um caminhoneiro de-sempregado que precisa sustentar os cinco filhos. Em busca de um local onde possa conseguir o so-nhado emprego que lhe pagará o salário de R$ 1. 000, ele parte com a família numa jornada de 3,2 mil quilômetros, da Paraíba ao Rio de Janeiro, de bicicleta. 12 anos. 87 min. teatro do SescEntrada gratuita | Moreira César, 2.462

l locomotiva - festival de Cinema de Animação | Segun-da (8) e terça-feira (9), das 8h às 19h30 | Garibaldi

Quinze produções audiovisuais de animação são as atrações do festival, que ocorre pela sexta vez em Garibaldi. A mostra competi-tiva, dividida nas categorias Na-cional e infantil, terá votação de júri popular. As exibições ocor-rem ao longo dos dois dias, a par-tir das 8h. Na noite de terça serão conhecidos os premiados. Centro de Eventos famiglia giovanaz

Entrada franca | Av. Rio Branco, 110, Centro – Garibaldi | 9162-9905

AinDA EM CARtAZ: Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 2. Aventura. 18h20 e 22h. iguatemi | Cilada.Com. Comé-dia. 13h30 e 19h50. iguatemi | Assalto ao Banco Central. Ação. 15h30, 17h40 e 21h50. iguatemi | Capitão América – o Primeiro vingador. Aventura. 14h, 16h30, 19h e 21h30 (leg.) 21h40 (leg., 3D). 18h45 (dub., 3D). iguatemi | os Pinguins do Papai. Comédia. 13h40, 15h40 e 17h30. iguatemi | Carros 2. Animação. 16h. UCS. | transformers - o lado oculto da lua. Ação. 19h. UCS. | na-morados para Sempre. Drama. Sábado e domingo, 20h. Ordovás.

l Cartolas | Sábado, às 22hCom influências de Franz Fer-

dinand, Beatles, Strokes e Super-

grass, os caras já venceram o con-curso Claro que é Rock em 2005 e o Prêmio Açorianos de Música em 2008 com original de fá-brica, melhor disco da categoria Pop. No show, hits como Cara de Vilão, Sujeito Boa Praça e Meu Bem e o Assovio.vagão ClassicR$ 15 (feminino) e R$ 20 (mascu-lino) | Av. Júlio de Castilhos, 1.343, Centro | 3223-0616

tAMBÉM toCAnDo – Sá-bado: A4 e Kanaã. Rock. 22h. Bukus Anexo. 3215-3987 | fes-ta Divas. Eletrônica. 23h. Move. 3214-1805 | Creedence Clearwa-ter Revival tribute. Rock. 22h30. Mississippi. 3028-6149 | Sepultu-ra Cover e Spartans. Rock. 23h. Vagão Bar. 3223-0007 | vinicius e Convidados. MPB. 21h30. Za-rabatana. 3228-9046 | Junk Box. Rock. 23h. Bier Haus. 3221-6769 | grupo Barbaquá. tradicionalis-ta. 22h. Paiol. 3213-1774 | Radio-fonia e DJ Eddy. Pop rock. 23h30. Portal Bowling. 3220-5758 | Mar-celo Duani e Banda. Samba rock. 23h30. Boteco 13. 3221-4513 | Bob Shut e DJ titi Branchi. Rock. 23h. La Barra. 3028-0406 | DJ Pazinha. Latino e Eletrôni-co. 23h. Pepsi Club. 3419-0900 | gustavo Reis. MPB e Pop rock. 22h. The King Pub. 3021-7973 | leroy. Rock. 22h. Fifty Music Bar. 3223-6500 | Domingo: Swing natural. Pagode. 21h. Portal Bo-wling. 3220-5758 | Domingueira. Djs. 17h. Zarabatana. 3228-9046 | terça (9): Dan ferreti. Som Brasil. 22h. Bier Haus. 3221-6769 | Adriano trindade. Samba rock. 21h30. Boteco 13. 3221-4513 | Xica Bandida. Rock. 22h30. Mississippi. 3028-6149 | Quar-

ta (10): gustavo Reis trio. Pop rock. 22h. Bier Haus. 3221-6769 | fullgás. Pop rock. 22h30. Bote-co 13. 3221-4513 | Blues Heads. Blues. 22h. Mississippi. 3028-6149 | Maurício e Daniel. tradi-cionalista. 22h. Paiol. 3213-1774 | Quinta (11): Adriano trindade e fullgás. Samba rock e pop rock. 22h. Bier Haus. 3221-6769 | Ópe-ra liz. Rock. 23h30. Boteco 13. 3221-4513 | Rafa gubert e tita Sachett. Rock. 22h30. Mississip-pi. 3028-6149 | Sandro e Sartoro. Sertanejo. 21h. Portal Bowling. 3220-5758 | Sexta (12): Beba do Samba. Samba. 23h30. Boteco 13. 3221-4513 | Hérnan gonzales e los infernales. Rock. 22h. Bier Haus. 3221-6769 | H5n1. Rock. 21h. Portal Bowling. 3220-5758 | Duda velasquez. Rock. 22h30. Mississippi. 3028-6149

l Sangre de tango | Domingo, às 20h

O espetáculo, em cartaz há oito anos, conta em cada música uma história diferente de amor e a pai-xão do gaucho ao bailar. Com seis casais em cena, abre um leque de diferentes estilos de dançar o rit-mo originado no Rio da Prata. teatro São CarlosR$ 40 e R$ 20 (estudante e sênior) | Feijó Júnior, 778, São Pelegrino | 3025-3225

l o Homem trocado, o lixo e A vendedora | Segunda-feira (8), às 10h30

O Grupo de teatro teatrando

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MÚSICA

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ingRESSoS - iguatemi: Segunda, quarta e quinta (exceto feriados): R$ 14 (inteira), R$ 11 (Movie Club Preferencial) e R$ 7 (meia entrada, crianças menores de 12 anos e sê-nior com mais de 60 anos). terça-feira: R$ 6,50 (promocional). Sexta-feira, sábado, domingo e feriados: R$ 16 (inteira), R$ 13 (Movie Club Preferencial) e R$ 8 (meia en-trada, crianças menores de 12 anos e sênior com mais de 60 anos). Sala 3D: R$ 22 (in-teira), R$ 11 (estudantes, crianças menores de 12 anos e sênior com mais de 60 anos) e R$ 19 (Movie Club Preferencial). Horários das sessões de sábado a quinta – mudanças na programação ocorrem sexta. RSC-453, 2.780, Distrito industrial. 3209-5910 | uCS: R$ 10 e R$ 5 (para estudantes em geral, sê-nior, professores e funcionários da UCS). Horários das sessões de sábado a quinta – mudanças na programação ocorrem sexta. Francisco Getúlio Vargas, 1.130, Galeria Universitária. 3218-2255 | ordovás: R$ 5, meia entrada R$ 2. Luiz Antunes, 312, Pana-zzolo. 3901-1316.

Cartolas tocam sábado no Vagão Classic – aquele que não teve problemas com a prefeitura; tango promete dar o sangue domingo no São Carlos

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Recomenda Recomenda

do instituto de Previdência e As-sistência Municipal encena as três esquetes na abertura da 3ª Sema-na Municipal da Juventude.PrefeituraEntrada gratuita | Alfredo Chaves, 1.333, Exposição

l Como ver um filme ii | 12 e 13 de agosto, às 19h

Restam algumas vagas para o curso Como Ver um Filme II: A Linguagem dos Gêneros Cinema-tográficos, da jornalista cultural Ana Maria Bahiana. Os principais gêneros cinematográficos, seus te-mas, premissas e recursos narrati-vos e como eles foram definidos, transformados, desconstruídos e reconstruídos são o cardápio da atividade, que é a sequência do curso Introdução à Apreciação Ci-nematográfica, ministrado por ela em Caxias em abril de 2010. (Leia mais em entrevista na página 3)ordovásVagas limitadas. Inscrições gra-tuitas pelo e-mail [email protected] ou telefone 3901-1316. | Luiz Antunes, 312, Pana-zzolo | 3218-6192

l imagens são lugares | De 10 a 31 de agosto, de segunda a sexta, das 8h às 22h30

As montagens fotográficas fo-ram feitas por Adriane Hernan-dez a partir de um elemento prin-cipal: uma toalha de mesa xadrez azul e branco. O tecido foi trans-formado em autocolante e depois recortado em pequenos fragmen-tos, que foram aplicados em vá-rios objetos e partes do corpo. A abertura será na terça-feira (9), às 19h40, com a presença da artista na Sala Marelli.

l olhos nos olhos | De 10 de agosto a 25 de setembro. De se-gunda a sábado, das 10h às 19h30, e domingo, das 16h às 19h

O nome é curto mas o slogan é longo: um caminho sem vol-ta, e talvez sem destino, em um universo de verdades diversas. A exposição foi o primeiro traba-lho caxiense Rafael Dambros no Rio, onde mora há cinco anos. Atualmente, ele trabalha como pintor de arte da Rede Record. Por aqui, a experiência de Rafael era no universo dos quadrinhos, com o grupo Stigma HQ. A mos-tra é composta por 22 desenhos de óleo sobre tela em diversos ta-manhos. A abertura será na terça--feira (9), às 20h.Catna CaféEntrada gratuita | Av. Júlio de Casti-lhos, 2.854, São Pelegrino | 3212-7348l Sublimação | De 11 de agos-

to a 2 de setembro. De segunda a sexta-feira, das 8h30 às 18h, e sá-bado, das 10h às 16h

Colagens de seres barrocos, de asas, figuras sublimes que se es-condem em luzes e sombras com-põem a mostra da artista Dalva Belló, natural de Flores da Cunha. A curadoria é de Beatriz Balen Susin e Madia Bertolucci.galeria MunicipalEntrada gratuita | Dr. Montaury, 1.333, Centro | 3221-3697

l linha de Partida - gravu-ras de iberê Camargo | De 4 de agosto a 11 de setembro. De se-gunda a sexta-feira, das 9h às 19h, e sábado, das 15h às 19h

São 43 obras de iberê Camar-go ao alcance dos olhos caxien-ses, para marcar a inauguração real da galeria do Ordovás. Entre elas, estão Autorretrato (1943), Figura (1943), Carretéis em Ten-são (1960), Formação de carretéis (1960) e Conjunto de carretéis (1960). galeria de Artes do ordovás Entrada gratuita | Luiz Antunes, 312, Panazzolo | 3218-6192

l Arte em Xeque | De 11 de agosto a 2 de setembro. De se-gunda a sexta-feira, das 8h às 22h30

A mostra é resultado da iV Convocatória de Arte do Atelier Plano B, projeto que convida ar-tistas para pensar a arte e expor seus trabalhos. Em formato igual ao de um talão de cheques, 190 obras individuais ou coletivas formam o conjunto de gravuras, fotos, desenhos, pinturas, cola-gens, esculturas, cerâmica, do-braduras e tudo mais que couber neste pequeno retângulo de pa-pel. Hall inferior do Campus 8Entrada gratuita | ERS-122, Km 69 (Campus 8 da UCS)

l Aves do Sul | Até 15 de agos-to. De segunda a sexta-feira, das 8h às 22h30

O biólogo Cristiano Dalla Rosa reúne uma coletânea de registros feitos em 2009 e 2010 em viagens pelas estradas de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.Museu de Ciências naturais da uCSEntrada gratuita | Francisco Ge-túlio Vargas, 1.130, Petrópolis | 3218-2100

AinDA EM EXPoSiÇÃo – in-vernada dos negros. André Cos-tantin e Daniel Herrera. Fotogra-fia e vídeo. Somente sábado, das 10h às 16h. Galeria Municipal. 3221-3697 | no Ar - o Rádio e a televisão em Caxias do Sul. Juliano Barasuol Flores (curado-ria). Acervo. De terça a sábado, das 9h às 17h. Museu Municipal.

18 6 a 12 de agosto de 2011 Semanalmente nas bancas, diariamente na internet.O Caxiense

CURSO

Traço de Dambros volta a Caxias (acima); Adriana faz arte com uma toalha

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[email protected]@ocaxiense.com.br

AS POMBASFormado em 2011, o biólogo pela coleção zoológi-ca do Museu de Ciências Naturais da UCS fotografa animais desde a faculdade. Em 2009, quando aju-dou a ministrar a disciplina de Fotografia Aplicada à Biologia, a convite do professor Germano Schüür, Cristiano aperfeiçoou as técnicas e encontrou arte no objeto de estudo. “Paciência e estudo prévio de comportamento”, cita o fotógrafo, sobre o que é ne-cessário para fotografar a imprevisível natureza. “A foto macro mostra a estrutura da pena, as ramifica-ções. também tem o contraste de cores, a nitidez e as linhas, elementos importantes na fotografia”, descre-ve Cristiano, técnico e artista. Até o dia 15, ele mos-tra na UCS registros de aves do Rio Grande do Sul e Santa Catarina (veja o Guia de Cultura, página 16) para estudantes de Biologia e admiradores da arte.

Cristiano Dalla Rosa| Araras |

www.ocaxiense.com.br 196 a 12 de agosto de 2011 O Caxiense

por ACÁCio fERREiRA DE gEÓRgiA

Foi com as pombas que aprendi o segredoDe voar. E voei! Lançei meus planosPara as nuvens e voei. Perdi o medoDe voar para vencer os meus enganos. Alçei meu voo do alto de um rochedo,Passei montanhas, praias, oceanos...Obstáculos que me surgiram cedoE outros mais que surgiram com os anos. Voando venci obstáculos medonhos,O plano de voo foi seguir meus sonhos;Era o segredo do meu dom de voar. E eu sonhando voava como um pombo,Quando acordei foi que caí meu tombo,Mas mesmo assim não deixei de sonhar.

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A derrota para o Santo André, em São Paulo, mexeu com o vesti-ário do Caxias. Primeiro porque a equipe teve as melhores chances e a posse de bola, especialmente na etapa inicial da partida, e, mesmo com o baixo rendimento na se-gunda, criou boas oportunidades de ataque que não se transforma-ram em gols. Em segundo lugar, porque a equipe paulista é a mais limitada do grupo D da Série C. Uma bola parada definiu o placar de 1 a 0 e a derrota do Caxias, que agora amarga a lanterna do gru-po. O desafio, então, é buscar os três pontos fora de casa contra um

adversário conhecido, o Brasil de Pelotas. O jogo deste domingo é decisivo para o futuro do Caxias na competição. Se ganhar, volta a brigar pela classificação. Se per-der ou empatar, o objetivo pas-sa a ser fugir do rebaixamento. Já no início da semana o técnico Guilherme Macuglia sinalizou que a equipe teria mudanças. No treino da última quinta-feira (4) pela manhã, lá estavam o goleiro André Sangalli assumindo a titu-laridade, assim como o atacante Lima, que volta ao ataque grená.

Depois da conversa entre dire-ção e comissão técnica – além do grupo de jogadores –, o Caxias reafirmou a confiança no traba-lho de Guilherme Macuglia. No entanto, por ser uma competição rápida, apenas oito jogos na pri-meira fase da Série C para buscar a classificação, a permanência do treinador passa, também, pelo resultado do jogo contra o Brasil--Pel. Por não ser um campeona-to de pontos corridos, a Série C aborta projetos a longo prazo. O essencial é garantir resultados e conseguir reagir a tempo em uma situação negativa, em poucos jo-gos. Assim, há um desgaste maior para o clube que não toda atitudes imediatas. Foi pensando nisso que o Caxias dispensou quatro atletas na semana que passou.

Com a chegada do atacante Paulo Rangel, Lima perdeu espaço na equipe do técnico Guilherme Macuglia. A opção do treinador, que ainda não colocou Lima em campo na Série C, surpreendeu especialmente na partida contra o Santo André. Perdendo de 1 a 0, a expectativa era que Macuglia formasse um time mais ofensivo. A escolha foi por tiago Duarte, e Lima permaneceu no banco. Depois da conversa entre direção e comissão técnica, ainda na segun-da-feira (1º), Macuglia reavaliou as opções da equipe e indicou que Lima deve ser o titular em Pelo-tas. A mudança, se confirmada neste domingo (7), dá ao atacan-te – que já chegou a ser celebrado pela torcida com o apelido de “Limatador” – um novo ânimo para a sequência de trabalho no Caxias. Nos últimos tempos, Lima andava mais reservado, digamos assim, pelo Estádio Centenário.

Destaque na equipe do Juventu-de desde o Gauchão, Alex telles é o desfalque para a partida deste sábado. O lateral-esquerdo foi expulso no último jogo e cumpre suspensão automática. A vaga do jogador de 18 anos deve ficar com Rodrigo Crasso, opção que o técnico Picoli observou duran-te a semana de trabalho. O time do Ju que deve entrar em campo contra o Cruzeiro tem Jonatas; Anderson Pico, Rafael Pereira, Fred e Rodrigo Crasso; Umber-to, Jardel, Léo Maringá e Cris-tiano; Júlio Madureira e Zulu.

O Juventude mostrou que pode buscar pontos na casa do adver-sário. Mesmo perdendo para o Cianorte, o técnico Picoli teve noção de quais setores decaíram em produtividade, especialmente no segundo tempo. Mesmo com a vantagem no placar, o Ju não con-seguiu segurar a pressão do time paranaense e é justamente nesse ponto que o treinador cobrou mais atenção, já que a característica do time alviverde é o toque de bola, explorando todos os setores do campo e trabalhando as jogadas para chegar com qualidade ao ataque. O desafio deste sábado, em Porto Alegre, é conquistar três pontos sobre um adversário frágil. O Cruzeiro ainda não pontuou na Série D e o Juventude precisa aproveitar o péssimo momento da equipe porto-alegrense para vencer e chegar aos seis pontos na competição. Mesmo com a derrota no Paraná, o clima no Alfredo Jaconi não foi de tensão durante a semana, e sim de tra-balho – para não repetir os erros que cometeu diante do Cianorte.

Na quinta-feira, dia de estreia – com derrota por 2 a 1, para o Santo Ângelo – na Copa Laci Ughini, o Caxias apresentou no Centenário dois reforços para a disputa dessa competição, com esperanças de que possam servir também ao elenco que dispu-

ta a Série C. O zagueiro Jean (à esquerda na foto), 21 anos, vem do Brasil de Farroupilha, onde disputava a Segundona Gaúcha, assim como o atacan-te Maicon Santana, 22 anos, artilheiro dessa competição pelo Juventus, de Santa Rosa.

O primeiro gol do Cianorte na partida do último domingo (31) contra o Juventude foi o exem-plo claro da falta de estrutura e organização da Série D. O juiz, que não viu o gol, sofria a pres-são nos jogadores paranaenses quando o quarto árbitro confir-mou o gol do time da casa. tudo aconteceu porque a rede estava

danificada. Vale lembrar que antes do jogo é praxe que o juiz e os dois auxiliares confiram as condições das goleiras, incluin-do a rede, para evitar inciden-tes como esse durante o jogo.

Outra reclamação que vem do Paraná diz respeito às pés-simas condições de iluminação do Estádio Albino turbay.

Comando grená

A volta de Lima

Desfalque

Pontos fora de casa

Reforços

fragilidade da 4ª divisão

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Dupla

por JAninE StECAnEllA | [email protected]

www.ocaxiense.com.br 216 a 12 de agosto de 2011 O Caxiense

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Recomenda

l Cruzeiro-Poa x Juven-tude | Sábado, às 15h |

O Juventude faz sua terceira partida pelo Campeonato Bra-sileiro da Série D no Estádio Passo D’Areia. O adversário é o Cruzeiro, que ainda não pon-tuou na competição. Estádio Passo D’AreiaR$ 30 | Av. Assis Brasil, 1.200 - Porto Alegre | (51) 3341-3200

l Brasil-Pel x Caxias | Domingo, às 16h |

O Caxias vai em busca da re-cuperação na Série C e tem um desafio difícil contra o Brasil, em Pelotas, tradicional adver-sário. O time grená tem ape-nas um ponto na competição e é lanterna do grupo D. Já o Brasil-Pel tem quatro pontos e ocupa a segunda posição, atrás da Chapecoense apenas no sal-do de gols.Estádio Bento freitas R$ 20 | Rua João Pessoa, 694 – Pelotas | (53) 3229-3999

l Campeonato Municipal Série ouro | Sábado, a partir das 13h15 |

A 6ª rodada do Municipal tem jogos marcados para os campos Municipal i e ii e do Enxutão. Caso o tempo não prejudique a competição, a fi-nal da Série Ouro será no dia 20 de agosto. 13h15: Kayser x Século XX (Municipal i) e Hawaí x fon-te nova (Municipal ii) | 14h: união de Zorzi x união in-dustrial (Enxutão) | 15h15: Xv de novembro x londrina (Municipal i). Municipal i e ii e Enxutão

Entrada gratuita | Av. Júlio de Castilhos esq. Av. Pedro Moce-lin, Cinquentenário (Municipal I e II); Luiz Covolan, 421, San-ta Catarina (Enxutão) | 3211-1155

l liga nacional de Han-debol | Sábado (6) e quinta (11)

A Luna Alg-APAH-UCS--Caxias do Sul tem duas parti-das em casa para manter a lide-rança na competição. Com 12 pontos em oito jogos (seis vi-tórias e duas derrotas), o time caxiense joga a 9ª e a 10ª roda-da da Liga Nacional. O primei-ro confronto é neste sábado, contra o Santa-Feevale-Novo Hamburgo, às 18h. O segundo está marcada para as 20h de quinta-feira (11), contra o San-to André-Unisanta. ginásio da uCSEntrada gratuita | Francisco Getúlio Vargas, 1.130, Petrópo-lis | 3218-2100

l Jogos Escolares de Handebol | Segunda (8), ter-ça (9) e quarta (10) |

Os Jogos Escolares, que tive-ram início em março e envol-vem várias modalidades espor-tivas, seguem esta semana com o começo da etapa de hande-bol. Participam da competição escolas das redes municipal, estadual e particular. Os atletas têm entre 11 e 17 anos. Na segunda-feira (8), o ginásio da Escola Santa Catarina rece-be as partidas da modalidade

mirim masculino, entre 8h e 12h. Na terça-feira (9), os jogos da mesma categoria ocorrem no Recreio da Juventude, das 8h às 13h30. Na quarta-feira (10), o ginásio do Enxutão re-cebe os confrontos da catego-ria mirim feminino, das 8h às 14h. Santa Catarina, Recreio da Juventude e Enxutão Entrada gratuita | Matheo Gia-nella, 1.160, Santa Catarina, 3211-3716 (Santa); Atílio An-dreazza, 3.525, 3028-3555 (RJ); Luiz Covolan, 421, Santa Cata-rina, 3211-1155 (Enxutão)

l 9ª Copa farmácia do ipam | Sábado, a partir das 19h, e domingo, a partir das 9h |

Neste final de semana ocorre mais uma rodada da Copa Far-mácia do ipam. todos os jogos são no Ginásio do Enxutão, com partidas sábado à noite e domingo de manhã. Sábado: 19h: G.E. São Luiz/DVieri/Gilberto Oficina x UCS/Altech tools/Prefeitura de Ca-xias do Sul | 20h: Liga Femini-na Flores da Cunha x Juventus Futsal Feminino | 21h: Força Feminina Pôr do Sol x Prima-vera Futsal/BF Ferramentas | Domingo: 9h: AABB Futsal x BGF Futsal | 10h: União Femi-nina Flores da Cunha B x Asso-ciação Motoristas São Marcos | 11h: ACBF/Via inox tramonti-na x independente Serrano. EnxutãoEntrada gratuita | Luiz Co-volan, 421, Santa Catarina | 3211-1155

22 6 a 12 de agosto de 2011 Semanalmente nas bancas, diariamente na internet.O Caxiense

Guia de Esportespor Janine Stecanella | [email protected]

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Time caxiense joga em casa pela Liga Nacional

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Renato [email protected]

Professora Luiza Horn iotti, presidente do instituto Memó-ria Histórica e Cultural da Uni-versidade de Caxias do Sul, é a mais recente filiada ao Pt.

“Uma opção político-ideológica”, de acordo com lideranças petis-tas que avalizaram a filiação.

A próxima ação da bancada oposicionista da Câmara em re-lação ao Samae: encaminhar pe-dido de informações à prefeitura sobre as constantes viagens do diretor-presidente Marcus Vini-cius Caberlon ao Rio de Janeiro.

Para alguns vereadores, as prestações de contas a órgãos fi-nanciadores, que seriam o mo-tivo dos deslocamentos, podem ser feitas até pela internet.

Além do namoro com o atual presidente da CiC, Milton Corlatti, já desfiliado do PMDB, o Democra-tas está em busca de candidatos a vereador. Consta que o ex-capitão do Juventude Lauro fez sua opção e já assinou ficha no partido. Na sexta--feira (5), o presidente municipal do DEM, Odir Ferronato, negociou a adesão do craque Washington em almoço na galeteria Vêneto.

O Município deu início à pa-vimentação asfáltica entre Da-lagno e Criúva. A obra signifi-ca um total de pouco mais de 10 quilômetros de asfalto.

Entre os anos de 2005 a 2009, a prefeitura asfaltou mais de 60 quilômetros de estradas do mu-nicípio, dentro do Programa de Asfaltamento do interior.

Ao lado do Sistema Marre-cas, o PAi é a menina dos olhos da administração Sartori.

Muitos motoristas caxienses não entendem, porém, por que ainda não entrou na lista do programa o asfaltamento da Rua da Cidadania, denomina-ção oficial do desvio de pedágio do distrito de Vila Cristina.

O inchaço populacional do Des-vio Rizzo, verificado nos últimos anos, provoca transtornos de toda ordem. talvez o mais problemático seja o desabastecimento de água.

Os moradores, em especial os de regiões mais altas do bairro, enfrentam cortes no fornecimento praticamente todos os dias. Consta que o Samae já admite que a so-lução virá somente com a entrada em operação do Sistema Marre-cas. No final do ano que vem.

Por iniciativa do jornalista Ro-berto Carlos Dias, assessor do deputado federal Assis Mello, o PC do B caxiense vai implan-tar na cidade um inédito núcleo da Fundação Maurício Grabois, instituição de formação manti-da pelo partido em todo o país.

Um dos primeiros eventos da fundação aqui será um debate sobre a “decadência do capita-lismo no mundo contemporâ-neo”, de acordo com as teses de Edward thompson e Karl Marx.

A instituição conta o apoio de diversos professores universitários – sem vinculação partidária, mas dis-postos a discutir temas de interesse nos campos cultural e ideológico.

A discreta reunião da Comissão de Desenvolvimento Urbano, transpor-te e Habitação com Caberlon, poderá ser conferida na TV Câmara, neste sábado, às 20h. Segundo participan-tes, ele exibiu tranquilidade de quem está respaldado. Ele falou sobre desapropriações no Sistema Marre-cas e o embargo judicial que ainda não liberou o corte de araucárias na área a ser inundada pela barragem.

Ao contrário do que prega Rodri-go Beltrão (Pt), Caberlon entende que as indenizações não precisam passar pela Câmara. Para o vereador posicionamento soa como desres-peito ao Legislativo municipal.

Caberlon respaldadoPetista Luiza

Sobre viagens

Democratas

Asfalto no desvio

O documentário no Ar – o rádio e a televisão em Caxias do Sul terá exibição especial neste sába-do, no Bar 13. O produtor Gildo Flores e o diretor Juliano Flores querem homenagear antigos fre-quentadores do bar, presentes no filme que mostra sete décadas de mídia eletrônica na cidade.

Homenagem no ar

falta água no Rizzo

Capitalismo debatido

Aprovada por unanimidade, a moção de apoio a iniciativas da presidente Dilma contra a cor-rupção tem explicação do autor, vereador Mauro Pereira: “Quis mostrar que o PMDB gaúcho é favorável a essa luta. Ao con-trário de outros partidos, que permaneceram silenciosos”.

“Estamos em um período de mui-tos escândalos na política, de des-vio de verbas, de ações obscuras no Brasil. isso faz com que parte da população tenha uma visão negati-va do político. Assim, é importan-te que os agentes públicos prestem contas à população. Ela tem o di-

reito de saber o que está sendo fei-to em favor do coletivo.” Com essa justificativa, o vereador Gustavo toigo (PDt) prestou contas de seu mandato, iniciado em 2009. Desde então, toigo apresentou 33 projetos de lei, 12 emendas, 25 indicações e 31 pedidos de providências.

Contra a corrupçãoEm favor do coletivo

Até o final de setembro, a Festa da Uva S.A. vai instalar 42 clima-tizadores no Pavilhão 2 do Parque Mário Bernardino Ramos.

Com o equipamento, o presiden-te Gelson Palavro pretende reduzir pelo menos 10 graus na temperatu-ra ambiente do local, verdadeira es-tufa nos meses de verão – quando, por sinal, é realizada a Festa da Uva.

Se o cronograma for seguido à risca, a próxima Mercopar, em ou-tubro, já terá clima bem mais agra-

dável do que o verificado em anos anteriores.

graças aos diversos eventos realizados, no ano passado a em-presa Festa da Uva teve seu fatura-mento ampliado de R$ 300 mil para R$ 2 milhões.

É com essa diferença de recur-sos que Palavro vem realizando as necessárias obras de conservação e melhorias da infraestrutura do par-que.

CHEgA DE SAunA

www.ocaxiense.com.br 236 a 12 de agosto de 2011 O Caxiense

Foi triste ver as filas de pessoas, no frio e na chuva,

esperando pela abertura dos postosvereador Renato oliveira (PC do B), ao relatar visitas feitas a unidades básicas

de saúde e lamentar a continuidade da greve dos médicos da rede municipal de saúde.

Luiz

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