8
A s exportações brasileiras ultrapassaram, pela primeira vez, a marca de US$ 250 bilhões neste ano, segundo dados divulgados pelo Minis- tério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O volume recorde de US$ 250,3 bilhões, registrado entre janeiro e a quarta semana de de- zembro, é 24% superior ao observado em todo o ano passado, que havia sido de 201,9 bilhões. A corrente de comércio (soma das exportações com as importações), de janeiro até a quarta semana de dezembro, chegou a US$ 473,8 bilhões, volume também recorde, que é 23,5% superior ao regis- trado em todo o ano de 2010 (US$ 383,6 bilhões). O saldo da balança comercial (diferença entre exportações e importações) neste ano é positivo em US$ 26,8 bilhões. Apenas na quarta semana de dezembro (período de 19 a 25 deste mês), o Brasil exportou US$ 5,29 bilhões e importou US$ 4,55 bilhões, o que resultou num saldo positivo de US$ 740 milhões. MERCADO & NEGÓCIOS Polícia instaura inquérito contra a Reduc por contaminação de água Vendas da indústria luminense cresceram mais de 12% este ano CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA Ɣ Ź27 de dezembro de 2011 a 02 de Janeiro de 2012 Suspenso repasse federal para a Linha 3 do Metrô Rio Conirmado: Mínimo será de R$ 622 A decisão partiu de relatório do Comitê de Avaliação das Informações so- bre Obras e Serviços com Indícios de Ir- regularidades Graves (COI), que analisou uma lista de obras consideradas sus- peitas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). ŹPÁGINA 5 Rio gerou maior número de empregos do País em novembro Ano 3 Ɣ nº 88 www.jornalcapital.jor.br ŹPÁGINA 2 Indicadores / Câmbio R$1 Atualidade Compra Venda % FECHAMENTO: 26 DE DEZEMBRO DE 2011 ŹPÁGINA 2 Site www. jornalcapital .jor.br Rio pode se tornar o maior polo produtor de veículos N os próximos anos, três novas montado- ras de automóveis podem ser instaladas no Rio de Janeiro, que entrou na disputa pelos investimen- tos da Volkswagen, Jac Motors e BMW. O Esta- do do Rio, que se prepa- ra para se tornar o maior polo produtor de veícu- los do país, já conta com as fábricas da Nissan- Renault e da Peugeot- Citröen. No total, o setor soma recursos no valor de US$ 4 bilhões, sendo US$ 1,4 bilhão da Nissan e US$ 2,6 bilhões da Peu- geot. ŹPÁGINA 3 Banco de Imagens Exportações brasileiras já ultrapassaram US$ 250 bilhões Educação vai abrir concurso em Caxias Brasil passa a Inglaterra como sexta economia do mundo A Prefeitura de Duque de Caxias deverá contratar mais de 400 profissionais de educação no próximo ano. O anúncio foi feito durante audiência pública realizada na Câmara Municipal., conduzida pelo presidente Dalmar Lírio Mazinho. O encontro debateu a qualidade de ensino no município e as condições de trabalho dos profissionais. Ao mesmo tempo em que o Sindi- cato Estadual dos Profissionais de Educação fez críticas à ad- ministração municipal, a Secretária Roberta Barreto rebateu as denúncias, que, segundo ela, “não condizem com o trabalho que está sendo desenvolvido”. Quanto ao concurso, o subsecretá- rio de Governo, Fabrício Gaspar, também membro da Comissão Especial para sua realização, esclareceu que todas as medidas necessárias estão sendo tomadas nesse sentido. O ministro da Fazen- da, Guido Mantega, disse que o Brasil tende a consolidar a posição de sexta maior economia do mundo. Ele deu a decla- ração ao comentar o estu- do do Centro de Pesquisa Econômica e de Negócios (cuja sigla em inglês é CEBR), publicado na im- prensa do Reino Unido que mostra que os britâni- cos foram superados pelo Brasil que assumiu a sexta posição. ŹPÁGINA 7 Divulgação/CMDC Shoppings: Vendas de Natal icam abaixo do esperado A informação é do presidente da Associação Bra- sileira dos Lojistas de Shopping (Alshop), Nabil Sahyoun. Com alta de 5,5% ante o vendido no ano passado, este ano ficou a 1 ponto percentual de atin- gir o crescimento de 6,5% que havia sido estimado. As vendas de perfumarias e cosméticos, porém, cresceram 18% neste Natal. ŹPÁGINA 6 Marcello Casal Jr/ABr Dolar Comercial 1,857 1,859 0,00 Dólar Turismo 1,790 1,980 0,00 Ibovespa 57.669,48 0,06

Edição Nº 88

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Jornal Capital - Edição nº 88

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Page 1: Edição Nº 88

As exportações brasileiras ultrapassaram, pela primeira vez, a marca de US$ 250 bilhões

neste ano, segundo dados divulgados pelo Minis-tério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O volume recorde de US$ 250,3 bilhões, registrado entre janeiro e a quarta semana de de-zembro, é 24% superior ao observado em todo o ano passado, que havia sido de 201,9 bilhões. A corrente de comércio (soma das exportações com as importações), de janeiro até a quarta semana de dezembro, chegou a US$ 473,8 bilhões, volume também recorde, que é 23,5% superior ao regis-trado em todo o ano de 2010 (US$ 383,6 bilhões). O saldo da balança comercial (diferença entre exportações e importações) neste ano é positivo em US$ 26,8 bilhões. Apenas na quarta semana de dezembro (período de 19 a 25 deste mês), o Brasil exportou US$ 5,29 bilhões e importou US$ 4,55 bilhões, o que resultou num saldo positivo de US$ 740 milhões.

MERCADO & NEGÓCIOS

Polícia instaura inquérito contra a

Reduc por contaminação de água

Vendas da indústria luminense cresceram mais de 12% este ano

CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA ズ モ27 de dezembro de 2011 a 02 de Janeiro de 2012

Suspenso

repasse federal

para a Linha 3

do Metrô Rio

Conirmado: Mínimo será

de R$ 622

Adecisão partiu de relatório do

Comitê de Avaliação das Informações so-bre Obras e Serviços com Indícios de Ir-regularidades Graves (COI), que analisou uma lista de obras consideradas sus-peitas pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

モPÁGINA 5

Rio gerou maior número de empregos do País em novembro

Ano 3 ズ nº 88www.jornalcapital.jor.br

モPÁGINA 2

Indicadores / Câmbio

R$1

Atualidade Compra Venda %

FECHAMENTO: 26 DE DEZEMBRO DE 2011

モPÁGINA 2

Sitewww.jornalcapital

.jor.br

Rio pode se tornar o maior polo produtor de veículos

Nos próximos anos, três novas montado-

ras de automóveis podem ser instaladas no Rio de Janeiro, que entrou na disputa pelos investimen-tos da Volkswagen, Jac Motors e BMW. O Esta-do do Rio, que se prepa-ra para se tornar o maior polo produtor de veícu-los do país, já conta com as fábricas da Nissan-Renault e da Peugeot-Citröen. No total, o setor soma recursos no valor de US$ 4 bilhões, sendo US$ 1,4 bilhão da Nissan e US$ 2,6 bilhões da Peu-geot.

モPÁGINA 3

Banco de Imagens

Exportações brasileiras já

ultrapassaram US$ 250 bilhões

Educação vai abrir concurso em Caxias

Brasil passa a Inglaterra como sexta economia do mundo

A Prefeitura de Duque de Caxias deverá contratar mais de 400 profissionais de educação no próximo ano. O anúncio foi

feito durante audiência pública realizada na Câmara Municipal., conduzida pelo presidente Dalmar Lírio Mazinho. O encontro debateu a qualidade de ensino no município e as condições de trabalho dos profissionais. Ao mesmo tempo em que o Sindi-cato Estadual dos Profissionais de Educação fez críticas à ad-ministração municipal, a Secretária Roberta Barreto rebateu as denúncias, que, segundo ela, “não condizem com o trabalho que está sendo desenvolvido”. Quanto ao concurso, o subsecretá-rio de Governo, Fabrício Gaspar, também membro da Comissão Especial para sua realização, esclareceu que todas as medidas necessárias estão sendo tomadas nesse sentido.

O ministro da Fazen-da, Guido Mantega,

disse que o Brasil tende a consolidar a posição de sexta maior economia do mundo. Ele deu a decla-ração ao comentar o estu-do do Centro de Pesquisa Econômica e de Negócios (cuja sigla em inglês é CEBR), publicado na im-prensa do Reino Unido que mostra que os britâni-cos foram superados pelo Brasil que assumiu a sexta posição.

モPÁGINA 7

Divulgação/CMDC

Shoppings: Vendas de Natal icam abaixo do esperado

Ainformação é do presidente da Associação Bra-sileira dos Lojistas de Shopping (Alshop), Nabil

Sahyoun. Com alta de 5,5% ante o vendido no ano passado, este ano ficou a 1 ponto percentual de atin-gir o crescimento de 6,5% que havia sido estimado. As vendas de perfumarias e cosméticos, porém, cresceram 18% neste Natal.

モPÁGINA 6

Marcello Casal Jr/ABr

Dolar Comercial 1,857 1,859 0,00

Dólar Turismo 1,790 1,980 0,00

Ibovespa 57.669,48 0,06

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2 モ27 de Dezembro de 2011 a 02 de Janeiro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Cambio

Moeda Compra (R$) Venda (R$) Variação %

Dolar Comercial 1,857 1,859 0,00Dólar Turismo 1,790 1,980 0,00

Moeda Compra (U$) Venda (U$) Variação %

Coroa Dinamarca 5,688 5,692 0,13Dólar Austrália 1,016 1,017 0,30Dólar Canadá 1,020 1,020 0,05Euro 1,305 1,306 0,14Franco Suíça 0,935 0,936 0,05Iene Japão 77,950 77,970 0,17Libra Esterlina Inglaterra 1,562 1,563 0,24Peso Chile 520,050 520,450 0,04Peso Colômbia 1.920,000 1.923,000 0,05Peso Livre Argentina 4,270 4,310 0,00Peso MÉXICO 13,855 13,869 0,21Peso Uruguai 19,800 20,000 0,00

bolsaValor Variação %

Ibovespa 57.669,48 0,06ibX 19.934,63 0,21Dow Jones 12.294,00 1,02Nasdaq 2.618,64 0,74Merval 2.466,70 0,42

Commodities

Unidade Compra US$ Venda US$ Variação %

Petróleo - brent barril 110,320 110,340 0,00Ouro onça troy 1.604,960 1.606,680 0,00Prata onça troy 29,050 29,150 0,00Platina onça troy 1.424,810 1.433,840 0,00Paládio onça troy 657,990 667,500 0,00

Indicadores

Poupança 27/12 0,583Poupança p/ 1 mês 26/12 0,594TR 26/12 0,060Juros Selic meta ao ano 11,00Salário Mínimo (Federal) r$ 545,00Salário Mínimo (RJ) r$ 581,88

Ponto de Observação

Alberto Marques

MERCADO & NEGÓCIOS

Na internet:

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CNPJ 11.244.751/0001-70Av. Governador Leonel Brizola (antiga Presidente Kennedy), 1995 - Sala 804

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Diretor Geral: Marcelo CunhaDiretor de Redação: Josué Cardoso ([email protected])

Colaboradores: Alberto Marques, Arthur Salomão, Dilma Rousseff, Geiza Rocha,

Moreira Franco, Priscilla Ricarte,Roberto Daiub e Rodrigo de Castro.

MOREIRA FRANCO é Ministro Chefe

da Secretaria de Assuntos Estratégicos

da Presidência da República

Colunado Moreira

Moradia de todos

Os números de brasileiros que vivem em favelas recebeu destaque no noticiário recente sobre a situação das

moradias no país. De acordo com IBGE, chega a 11,4 milhões o total da população vivendo em 6 mil bairros irregulares- a maioria morando nas metrópoles. Na cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, onde está a maior favela do País, a Rocinha, com quase 70 mil habitantes, cerca de 50% das moradias não são legalizadas e 20% da população vivem nas áreas de favela.

A propriedade de uma casa decente pode ser fundamental para a redução da violência e a ampliação dos direitos dos cidadãos. Mas, para que isso ocorra, é preciso que se construa, a cada ano, uma quantidade expressiva e permanente. Até agora, o Brasil vem encarando essa questão de diversas formas. Uma hora, surgem iniciativas de melhoria urbana local, como é o Favela Bairro. Em outro momento, apela-se para o deslocamento das populações para áreas com melhor estrutura e planejamento, como ocorreu em governos passados. A política é de remoção ou é de melhoria? O poder público, as lideranças políticas, o pensamento político brasileiro não fez uma opção clara até agora.

A experiência internacional mostra que a melhoria das favelas é a melhor alternativa. Os cidadãos que vivem nessas áreas são trabalhadores e têm o direito de habitar um local digno, desfrutando de serviços públicos como limpeza urbana, fornecimento de água e coleta de esgoto. Os governos precisam assegurar ao morador da favela aquilo que é seu e entregar, a cada um, a escritura de sua casa. Com a propriedade deinida, ele terá mais acesso ao crédito, pois contará com um patrimônio sólido. E em qualquer situação em que ele venha a se relacionar com os órgãos do governo, especialmente para cobrar melhorias, estará amparado juridicamente.

Com a determinação de posse, o País dará um grande passo no sentido de assegurar qualidade de vida não só dos moradores das favelas, mas de todas as cidades. Essa é uma situação que precisa ser abordada com vigor e de forma articulada entre as diversas instâncias do poder público.

Os meus sinceros votos de Ano Novo

Para os cristãos, o Na-tal marca o renasci-

mento da fé numa vida melhor no ano seguinte. Como, apesar de todos os contratempos e as notícias alarmantes so-bre o im do mundo (na Europa do Euro), sou otimista, renovo minhas esperanças de que no novo ano tenhamos boas notícias, como estas:

1. O Supremo Tri-bunal Federal declarou a plena vigência da Lei da Ficha Limpa, deter-minando o imediato ex-purgo da vida política do País dos políticos que, ao invés de um invejável "Curriculum Vitae", exi-bem uma extensa e mul-tifacetada folha penal;

2. Todos os vereado-res e prefeitos, eleitos em outubro, passaram incólumes pelo rigoroso crivo da Justiça Eleitoral e se apresentaram com a icha limpa;

3. O Brasil se tornou,

inalmente, uma platafor-ma de exportação de Pri-meiro Mundo, enviando para o exterior produtos de elevado valor agrega-do, como chapas de aço, navios, automóveis, aviões e máquinas, deixando de importar etanol, gasolina, óleo diesel e óleo combus-tível e exportar empregos para a Ásia;

4. A Cedae foi privati-zada e fará investimentos para garantir água potável em todas as residências do Estado do Rio de Janeiro, aposentando, de vez, os carros pipas;

5. Os moradores de Xe-rém icaram livres do pedá-gio;

6. Os trens do Metrô chegaram à Baixada e a Niteroi-São Gonçalo-Ita-boraí, enviando para os al-tos fornos das siderúrgicas os velhos trens da Supervia e do próprio Metrô;

7. A concessionária da linha de barcas na Baía de Guanabara compra, em es-taleiros nacionais, novas e velozes barcas, que redu-zem o tempo de viagem

entre a Praça XV e Niterói, Ilha do Governador, Duque de Caxias e Magé;

8. O Governo Federal, seguido por estados e mu-nicípios, modiica as leis sobre incentivos iscais para que o País deixe de ser uma grande Zona Fran-ca, de simples montagem de produtos originários da Ásia, passando a conceder incentivos icais apenas a empresas estrangeiras que se instalem no País para produzirem e exportarem carros, navios, aviões e máquinas com tecnologia de ponta;

9. O Governo resolve expurgar das folhas de pa-gamentos as contribuições sociais que nada tem a ver com a relação de trabalho;

10. A nova Lei de Di-retrizes e Bases da Educa-ção regulamenta e põe em vigor o direito à uma Edu-cação de qualidade para todos como previsto na Constituição de 1988;

11. As verbas do SUS passaram a ser efetivamen-te aplicadas em Saúde, sem os descaminhos dos restau-

rantes populares, dos está-dios de futebol, das áreas de lazer, das ambulâncias superfaturadas, das opera-ções de ligadura de trom-pas em homens e de cure-tagens em crianças;

12. A liberdade de ex-pressão, de credo religio-so e de opção e orienta-ção sexual deixaram de ser apenas uma promes-sa politicamente correta, mas efetivamente garan-tida.

13. O cidadão passa a respeitar a Polícia, ao in-vés de temê-la, os crimes, independente da cor do colarinho do criminoso, serão investigados por policiais que respeitem os Direitos Humanos e tecnicamente preparados para esse mister;

14. A Justiça passou a ser rápida para todos, não apenas para detentores do poder político ou econô-mico;

15. O famoso Q.I - Quem Indica - foi eli-minado das práticas po-lítico-administrativas vi-gentes em 2011.

(*) FECHAMENTO: 26 DE DEZEMBRO DE 2011

L'Oréal vai instalar Centro de Pesquisa e Inovação no Rio

Líder mundial em cos-méticos e presente no

Brasil há mais de 50 anos, a L'Oréal escolheu a cidade do Rio de Janeiro para ins-talar seu Centro de Pesqui-sa e Inovação para a Amé-rica Latina. O processo de implementação da unidade teve início na semana pas-sada, após o grupo francês e o governo do Estado assi-narem um protocolo de in-tenções para a construção da estrutura, localizada na Ilha de Bom Jesus, vizinha ao Parque Tecnológico da Universidade Federal do

Rio de Janeiro. O projeto prevê investimento de R$ 70 milhões (ou cerca de € 28 milhões) e a criação de150 empregos diretos até 2015. A área total do terre-no, cuja aquisição é objeto do protocolo de intenções, é de mais de 28 mil m². As obras devem ser concluí-das no im de 2013.

A decisão é parte da es-tratégia de universalização da L’Oréal para atender a todas as aspirações de be-leza com inovações locais. O lucro global da empresa francesa chega a € 20 bi-

lhões por ano. Somente no Brasil, sétimo consumidor dos cosméticos da L’Oréal no mundo, o faturamento atinge R$ 2 bilhões anual-mente. Além de adequar os produtos da marca ao gosto do consumidor brasileiro e latino americano, o novo laboratório permitirá inten-siicar o desenvolvimento de produtos inovadores com potencial de comer-cialização em outros países do mundo.

A instalação do centro marca uma nova etapa no desenvolvimento socioeco-nômico e ambiental do Rio de Janeiro, especialmente no que diz respeito ao re-crutamento local de pro-issionais especializados e a acordos de cooperação cientíica com a UFRJ. To-dos os trabalhadores serão brasileiros, parte deles re-crutados através de convê-nio com a universidade.

Rio gerou maior número de

empregos do País em novembroO ritmo de crescimen-

to acelerado colocou o Rio de Janeiro em pri-meiro lugar entre os es-tados brasileiros na cria-ção de empregos formais em novembro. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desem-pregados (Caged), divul-gados pelo Ministério do Trabalho e Renda, o esta-do registrou a criação de 24.867 postos de trabalho com carteira assinada, desempenho 0,7% maior do que o do mês anterior. O secretário de Trabalho e Renda, Sergio Zveiter,

explica por que o desem-penho luminense foi o melhor do País.

– Mais uma vez, o Rio sai na frente graças ao grande momento econô-mico que vive em função da política empreendedo-ra do Governo do Estado. A proximidade de grandes eventos, como a Copa do Mundo e Olimpíadas, e os investimentos no se-tor do petróleo, têm total inluência no aumento da geração de empregos no estado – airmou Zveiter.

Os setores que mais se destacaram foram co-

mércio, com a geração de 14.303 vagas; serviços, com mais 9.015 oportu-nidades; e indústria de transformação, com 1.436 empregos. Em termos ab-solutos, o desempenho do Rio em novembro é o segundo melhor de toda a série histórica do Caged, sendo superado apenas pelos 31.965 empregos gerados em 2010.

A Região Metropolita-na registrou expansão de 0,75% no mês, gerando mais 20.220 postos for-mais no período. Entre os municípios com mais

de 30 mil habitantes, a cidade do Rio ficou na primeira colocação, com a criação de 13.335 pos-tos de trabalho. Duque de Caxias e Niterói fica-ram com a segunda e ter-ceira posições, gerando, respectivamente 1.498 e 1.177 empregos. No acumulado do ano, o Rio registra alta de 5,75%, o que equivale a 148.671 empregos gerados. Nos últimos 12 meses, foram criadas 203.22 novas va-gas, o que representa au-mento percentual ainda maior: 5,97%.

Page 3: Edição Nº 88

3モ27 de Dezembro de 2011 a 02 de Janeiro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Conversa com a PresidentaEncaminhe perguntas para a Presidenta

DILMA ROUSSEFF:

[email protected] ou

[email protected]

Minhas amigas e meus amigos,

Ao longo de todo o ano de 2011 nós construímos

com vocês, neste espaço do jornal, um diálogo semanal

que me permitiu responder as suas dúvidas e esclarecer

questões de seus interesses relacionadas a ações de

governo. Aproveito este mesmo espaço para deixar

minha mensagem de agradecimento por esse convívio e

também para compartilhar com vocês o meu otimismo

sobre o Brasil nesse novo período. Trabalhamos muito

neste ano para fazer do Brasil um país cada vez melhor

e mais justo. E vamos trabalhar ainda mais em 2012

para continuarmos avançando.

O ano que está se encerrando não foi fácil para o

mundo. No Brasil, percebemos com antecedência os

rumos da crise internacional e nos preparamos para ela.

Com planejamento e políticas acertadas, conseguimos

proteger a economia, os setores produtivos e o emprego.

Assim, tivemos um ano bem sucedido.

O Brasil cresceu neste ano, diante de um cenário

mundial negativo. Quando a maioria dos países

desenvolvidos enfrentou desemprego, criamos, até

novembro, mais de dois milhões e 300 mil postos de

trabalho e nossa taxa de desemprego foi a menor da série

histórica – 5.2%. Batemos o recorde de exportações,

atraímos volumes recordes de investimento direto

externo e nossas reservas internacionais ultrapassam

os US$ 350 bilhões.

O mais importante é que encerramos o ano sem

abrir mão dos princípios fundamentais para o país:

crescimento econômico com distribuição de renda. Este

é o caminho da prosperidade, que está sendo construído

por nós e para nós, sustentado numa forte democracia.

O mundo hoje nos vê com respeito e coniança. E 2012 será mais um marco de consolidação do modelo

brasileiro.

O ano começará com forte aumento do salário

mínimo e com redução de impostos. Mais de cinco

milhões de pequenas empresas que estão no Simples e

os microempreendedores individuais terão redução nos

tributos e crédito mais fácil e mais barato.

Continuaremos apoiando a compra da casa própria,

beneiciando os mais pobres e a classe média. Estão garantidos os recursos da Caixa Econômica Federal

e do Banco do Brasil para o Minha Casa Minha Vida.

O governo continuará subsidiando a construção

de moradias para a população com renda de até R$

5.000,00, com auxílio especial para os de menor renda

até R$ 1.600,00.

Toda a população será beneiciada pela redução para zero do Pis-Coins sobre massas, farinha e pão e pela redução do IPI sobre geladeiras, fogões e

máquinas de lavar. O crédito continuará com redução

de custo para os inanciamentos de longo prazo. Com menos impostos e mais crédito, a economia brasileira

vai crescer mais.

O meu governo continuará investindo fortemente na

erradicação da pobreza extrema. Seis meses depois de

termos lançado o Plano Brasil sem Miséria, localizamos

407 mil famílias que não recebiam qualquer benefício.

Quase 80% delas já estão recebendo o Bolsa Família

e logo as outras serão incluídas. Mais 1,3 milhão de

crianças e adolescentes foram incluídos no programa.

Na saúde, vamos trabalhar muito para aumentar a

qualidade dos serviços prestados à população. Com

o Melhor em Casa, levaremos assistência médica de

qualidade à casa de milhares de brasileiros e com o

SOS Emergências vamos melhorar o atendimento em

nossos prontos-socorros. O Saúde Não Tem Preço vai

continuar garantindo, gratuitamente, remédios para

tratamento de hipertensão e de diabetes nas redes

de farmácias. Com investimentos de R$ 4 bilhões, o

programa Crack, é possível vencer vai dar assistência

médica e social aos dependentes e suas famílias e

combater o narcotráico e suas máias. O Viver sem Limites vai garantir direitos, apoiar

e estimular os milhões de brasileiros com deiciência, para que tenham uma vida plena. Para dar o salto

educacional que nossa economia e nosso país

precisam, o Pronatec oferecerá 8 milhões de vagas em

cursos técnicos e de qualiicação proissional, para que nossos jovens e trabalhadores tenham acesso a mais e

melhores empregos. E o Ciência sem Fronteiras levará

101 mil melhores estudantes e pesquisadores brasileiros

em áreas tecnológicas, de engenharia e médicas para

estudar nas melhores universidades do exterior.

Tudo isso foi construído com planejamento e

políticas bem estruturadas. Temos todos os motivos

para olhar 2012 com grande otimismo, com a certeza

de que o Brasil continuará crescendo com estabilidade

e diminuindo a desigualdade em um ambiente de

pujante democracia. Deixo meu abraço carinhoso e a

certeza de um Feliz Ano Novo para você, sua família e

para todos os brasileiros!

Rio preparado para se tornar o

maior polo produtor de veículos

Nos próximos anos, três novas montadoras de

automóveis podem ser ins-taladas no Rio de Janeiro, que entrou na disputa pelos investimentos da Volkswa-gen, Jac Motors e BMW. O Estado do Rio, que se pre-para para se tornar o maior polo produtor de veículos do país, já conta com as fábricas da Nissan-Renault e da Peugeot-Citröen. No total, o setor soma recursos no valor de US$ 4 bilhões, sendo US$ 1,4 bilhão da Nissan e US$ 2,6 bilhões da Peugeot.

De acordo com o secre-tário de Desenvolvimento

Econômico, Energia, In-dústria e Serviços, Julio Bueno, a nova fábrica de automóveis seria construída em Seropédica, na Baixada Fluminense. Para Bueno, a conquista das montado-ras mudaria o patamar da indústria de transformação do Rio. “Estamos na dispu-ta por todas as montadoras que anunciaram a vinda para o país, e a expectativa é disputar ainda a instalação de uma quarta indústria eu-ropéia que ainda não anun-ciou oicialmente que vem ao Brasil”, airmou.

Apenas com os inves-timentos já anunciados no

setor de veículos, Rio pas-sará a produzir 900 mil au-tomóveis por ano até 2016, mais que quadruplicando a produção atual, de 220 mil veículos. O mercado nacio-nal hoje é de 3,5 milhões de veículos e a previsão é de que chegue a 5 milhões de unidades por ano em 2016.SIDERURGIA NAVAL - Na área siderúrgica, a meta de ser maior produtor de aço o país está cada vez mais próxima de ser atin-gida. Até 2020, a expecta-tiva é dobrar a capacidade do Rio de 14,77 milhões de toneladas de aço/ano para 33,17 milhões de toneladas/

ano. Os investimentos so-mam mais de R$ 30 bilhões em cinco grandes projetos: Gerdau, Ternium, Wisco, CSA e CSN. O Rio de Ja-neiro também mantém a liderança no setor da indús-tria naval. Nos próximos quatro anos, a previsão é de que sejam investidos apro-ximadamente R$ 7 bilhões com a instalação e reativa-ção de estaleiros. Entre os novos empreendimentos destacam-se o Estaleiro da Marinha, OSX, Aliança e Inhaúma, que consolida a posição privilegiada do Es-tado na indústria naval bra-sileira.

Mercado inanceiro eleva para 6,54%a projeção de inlação oicial em 2011

O boletim Focus, divul-gado segunda-feira

(26) pelo Banco Central, prevê que o Índice de Pre-ços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inlação oicial, encerrará o ano com uma taxa de 6,54%. O índice é superior ao estimado na semana passada, que ha-via sido 6,52%, e acima do teto da meta de inlação do governo, que é 6,5%. O boletim é elaborado pelo Banco Central, com base em expectativas das principais instituições i-nanceiras do país. Já para

2012, a expectativa é que o IPCA ique em 5,33%, abaixo dos 5,39% previs-tos no bole-tim da sema-na passada. Com relação à taxa bási-ca de juros (Selic), que a tualmente está em 11% ao ano, não houve alterações em rela-ção às expectativas da se-mana passada. Espera-se que a Selic encerre 2012 em 9,5% ao ano.

A expectativa sobre o

crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) caiu de 2,92% para 2,9% neste

ano. Para 2012, a es-timativa de e x p a n s ã o de 3,4% foi m a n t i d a . Em relação aos demais

índices de inlação, o bo-letim Focus desta semana traz as seguintes expectati-vas: o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Eco-nômicas (IPC-Fipe) deve

fechar 2011 em 5,66% e 2012, em 5,2%; o Índice Geral de Preços - Mer-cado (IGP-M) deve icar em 5,49% em 2011 e em 5,07% em 2012; já o Índi-ce Geral de Preços – Dis-ponibilidade Interna (IGP-DI) deve encerrar 2011 em 5,28% e 2012, em 4,99%.

Os preços adminis-trados (aqueles cobrados por serviços monitorados, como combustíveis, ener-gia elétrica, telefonia e ônibus urbanos) devem ter inlação de 6,1% em 2011 e de 4,5% no ano que vem.

Ibama multa Chevron em mais

R$ 10 milhões

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos

Recursos Naturais Reno-váveis (Ibama) multou em R$10 milhões a empresa pe-trolífera Chevron, que opera o Campo de Frade, na Bacia de Campos, por descumpri-mento de condições previs-tas na licença ambiental. A multa foi aplicada na última sexta-feira (23). A análise feita pelo Ibama mostrou falhas no cumprimento do Plano de Emergência Indi-vidual (PEI) aprovado no licenciamento ambiental da atividade de exploração e extração de petróleo.

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4 モ27 de Dezembro de 2011 a 02 de Janeiro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

É tempo de fazer listas, renovar promessas e rever o que passou. Quando o ano acaba, normalmente

já estamos exaustos, rezando para que dias melhores cheguem junto com os fogos da festa de Reveillon. E para que os dias bons vividos no ano que passou se multipliquem.

No Fórum Permanente de Desenvolvimento Estra-tégico do Estado do Rio de Janeiro pudemos acom-panhar e debater mudanças importantes vindas com a paciicação das comunidades e a entrada do Estado em locais antes dominados territorialmente pelo trá-ico. Muitas vidas mudaram. Registramos através do programa Rio em Foco as experiências de comércio justo que estão sendo implantadas no Complexo do Alemão. Debatemos as importância da tecnologia para melhoria da mobilidade e o legado dos megae-ventos esportivos no Plenário.

Depois de anos de desesperança estamos inalmen-te entrando num circulo virtuoso, em que uma ação tomada pelo Estado desencadeia uma série de reações positivas por parte da sociedade. Não seria possivel fazer um balanço de tudo, mas que as coisas estão mu-dando, ah estão!

E é neste sentido que me despeço de vocês, leito-res, com uma homenagem.

Na vida temos a oportunidade de conhecer muitas pessoas que se vão mas deixam um pouquinho delas conosco. O economista Andre Urani, que morreu um pouco antes do Natal, era uma destas pessoas. Entu-siasta do potencial do Rio de Janeiro, ele não só par-ticipou ativamente da virada, como estimulou a par-ticipação e a discussão acerca dos temas da cidade. Ele mostrou que encontros, questionamentos e a in-dignação são positivos. E reconhecer quando as coisas mudam para melhor força a virada e nos impulsiona a querer mais. Que venha 2012!

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cinemade graça

Nesta terça-feira (27), a partir das 14h, os cinco primeiros leitores que ligarem para o Capital no (21) 2671-6611 ganharão

um par de convites para assistir os ilmes em cartaz

GEIZA ROCHA é jornalista e secretária-geral

do Fórum Permanente de Desenvolvimento

Estratégico do Estado do Rio de Janeiro

ornalista Roberto Marinho. www querodiscutiromeuestado.rj.gov.br

Fórum Permanente de DesenvolvimentoEstratégico do EstadoJornalista Roberto Marinho

Renovando as esperanças

Caminhada mobiliza moradoresde Magé contra o crack

A secretária municipal de Assistência Social

e Direitos Humanos de Magé, Selma Vidal, se uniu à deputada estadual Claise Maria Zito para a Caminha-da contra o Crack, realizada na manhã da última quarta-feira (21). A concentração foi no portal da entrada da cidade, de onde elas segui-ram acompanhadas de uma multidão e partiram em di-reção à sede do governo, no Palácio Anchieta, per-correndo as principais ruas do município. A iniciativa da caminhada faz parte da campanha intitulada “Crack - Basta uma vez para você nunca mais ser o mesmo”, realizada pela da Comissão da Criança, Adolescente e Idoso da Assembléia Legis-lativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ).

Durante o percurso fo-ram distribuídos panletos sobre a campanha. a de-putada e a Secretária con-vocaram a população a ser multiplicadora da idéia e dos objetivos que a campa-nha busca atingir. A comis-são da ALERJ através da parlamentar, já apresentou o projeto de construção de um centro de tratamento para dependentes químicos na Baixada Fluminense,

que foi a primeira região do Estado que Claise e sua equipe visitaram desde o início do projeto imple-mentado a partir do segun-do semestre de 2011. “Fe-chamos a temporada 2011 da campanha com chave de ouro aqui em Magé”, disse a deputada sobre o convite que recebeu da primeira-dama e do prefeito Nestor Vidal para levar o projeto ao município.

Ao inal da caminha-da, Selma Vidal discursou na escadaria do prédio do Executivo, destacando a importância da parceria com a ALERJ e as ações de prevenção ao uso da droga. “É importante que oriente-mos desde cedo as nossas crianças, com campanhas de conscientização, envol-vendo palestras e visitas nas escolas da cidade”, salientou a Secretária. O secretário de Saúde, Ri-cardo Baeta, e a presiden-te do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Magé (CMDCA), Ana Beatriz Bernardes Nunes, aprovei-taram o evento para apre-sentar à deputada o projeto “Driblando o crack”, de-senvolvido pelo Conselho no município.

Divulgação

MPF investiga uso de violência em

desapropriações para o Porto AçuAmeaças e uso da força

para coagir proprietá-rios rurais e produtores de abacaxi e maxixe, a deixa-rem suas casas na região onde está sendo construí-do, em São João da Barra, o Porto do Açu, pela LLX, de Eike Batista. Este é o foco da investigação, instau-rada semana passada pelo Ministério Público Federal em Campos. Segundo de-núncias encaminhadas por associação de moradores, a

empresa, em parceria com a Companhia de Desenvolvi-mento Industrial do Estado do Rio (Codin), estariam lançando mão de policiais e seguranças privados que atuariam como milícias, de forma truculenta, para a re-tirada dos moradores da área do 5º Distrito do município onde estão sendo realizadas as obras do empreendimen-to. Cerca de 800 famílias que gostariam de permanecer na região estariam sofrendo

ameaças para deixar o lo-cal. Ainda de acordo com as denúncias, moradores que já foram removidos não te-riam recebido indenização e alguns despejos foram reali-zados sem a apresentação de ordem judicial.

O procurador da Repú-blica Eduardo Santos de Oliveira, responsável pela investigação, irá requisitar informações a Polícia Fede-ral para saber se os seguran-ças privados foram autori-

zados a trabalhar na região. Mesmo autorizados pela PF, informa o Ministério Público, os seguranças não poderiam realizar desapro-priações nem atuar junto a cidadãos. O MPF vai oiciar ainda a Polícia Militar, a Po-lícia Civil, o Ministério Pú-blico Estadual, a Defensoria Pública do Rio de Janeiro, o governador do Estado e a prefeitura de São João da Barra para que prestem es-clarecimentos sobre o caso.

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5モ27 de Dezembro de 2011 a 02 de Janeiro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Mantega diz não acreditar que

inlação fecha o ano acima de 6,5%

O ministro da Fazen-da, Guido Mantega,

assegurou nesta segunda-feira (22) que a inlação não fechará 2011 acima de 6,5%, limite máximo para a meta este ano, que é 4,5% mais 2 pontos percentu-ais de tolerância. Apesar de o IPCA-15, índice que serve de prévia para o Ín-dice de Preços ao Consu-midor Amplo (IPCA), ter encerrado o ano acima desse percentual, o mi-nistro disse não acreditar que o índice oicial icará além do teto. “Não acre-dito que vou receber uma carta do Banco Central [comunicando o descum-primento da meta]”, de-clarou o ministro em café da manhã com jornalistas. Ele esclareceu, no entanto,

que o Banco Central só é obrigado a enviar o docu-mento caso o IPCA feche o ano acima de 6,55%. Isso porque, até um índi-ce de 6,54%, o percentual pode ser arredondado para 6,5%.

Mantega informou ain-da que o acompanhamento diário da inlação mostra que os preços estão su-bindo em ritmo menor no im do ano, o que leva a Fazenda a crer que o IPCA icará dentro do intervalo da meta. “A média diária de inlação no im do ano está menor que nos meses anteriores”, destacou. O Relatório de Inlação, di-vulgado pelo Banco Cen-tral (BC), manteve a pre-visão de 6,5% para o IPCA de janeiro a dezembro. O

documento, porém, au-mentou de 45% para 55% a probabilidade de que a inlação feche o ano aci-ma do teto da meta. O BC projeta que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) será de 3% em 2011, mas Mantega conirmou as previsões da Fazenda de que a expansão icará entre 3% e 3,5%.

Na avaliação de Mante-ga, o crescimento do PIB em 2011 poderia ter ica-do em até 4% não fosse o agravamento da crise na Europa e o atraso na recu-peração dos Estados Uni-dos. “A crise econômica internacional teve impacto de 0,5 a 1 ponto percentual no crescimento por causa da queda na demanda ex-terna”, justiicou.

Marcello Casal Jr/ABr

Pedidos de patentes e marcas

superam o volume de 2011Os pedidos de patentes

no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) ultrapassaram, pela primeira vez, a marca dos 30 mil. Até o dia 15 deste mês, o órgão do Ministé-rio do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Ex-terior recebeu um total de 30.088 pedidos de paten-tes, contra 28.052 em todo o ano de 2010. Em relação a marcas, deram entrada no Inpi, até 15 de dezembro, 140.815 pedidos de regis-tro. Em 2010, as solicita-ções totalizaram 129.620.

Em entrevista à Agência Brasil, o presidente do Inpi, Jorge Ávila, lembrou que “os números ainda não estão fechados completa-mente”, o que indica que o volume de pedidos poderá ser ainda maior. Ele traba-lha com a possibilidade de o número se aproximar de 35 mil, no caso de patentes, e de 155 mil, em se tratan-do de marcas.

Ávila atribuiu a expan-são dos pedidos de marcas e patentes ao momento fa-vorável vivido pelo Brasil. “Isso se deve, fundamen-

talmente, ao otimismo que existe no Brasil e no mun-do inteiro com relação à economia brasileira. Acho que, no momento em que o mundo inteiro está em cri-se, o Brasil aparece como um ambiente atrativo e seguro para a realização de investimentos e, inclusive, pesquisas em desenvolvi-mento e inovação.” Segun-do ele, isso gera um núme-ro crescente de pedidos de patentes, marcas, desenhos industriais e “de todas as formas de propriedade in-dustrial”.

Suspenso repasse federal para a Linha 3 do Metrô do Rio

Os repasses de verbas para cinco obras em

andamento no país foram suspensos na quinta-feira (22), pelo Congresso Na-cional. Entre elas está a Linha 3 do Metrô do Rio, prevista para ligar Niterói a Itaboraí até 2014. A Co-missão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) apro-vou o relatório do Comitê de Avaliação das Informa-ções sobre Obras e Servi-ços com Indícios de Irre-gularidades Graves (COI), que analisou uma lista de obras consideradas suspei-

tas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). A apro-vação do relatório retira a previsão de recursos do Or-çamento da União de 2012 para as obras. A suspensão do repasse de verba federal ica valendo até a tomada

de medidas corretivas.Em relação à obra

da Linha 3 do Metrô do Rio, foram anali-sados sobre preço na aquisição de produtos e serviços e deiciência no projeto, conforme relatório do deputado Weliton Prado (PT-MG). De acordo com o

governo estadual, a Linha 3 vai beneiciar uma po-pulação de 1,7 milhão de habitantes da região e terá capacidade para transpor-tar 350 mil passageiros por dia. O investimento total na obra será de R$ 1,2 bilhão.

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6 モ27 de Dezembro de 2011 a 02 de Janeiro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Atualidade

País

Internacional

Polícia Civil instaura inquérito contra a Reduc

A Delegacia de Pro-teção ao Meio Am-

biente (DPMA) da Polí-cia Civil do Rio acaba de instaurar inquérito contra a Reinaria de Duque de Caxias (Reduc), da Pe-trobras. Técnicos da de-legacia estiveram na Re-duc, na quarta-feira (21), recolhendo amostras de água, que serão enca-minhadas para análise. Caso seja constatada a contaminação denuncia-da pelo Sindicato dos Pe-troleiros de Caxias (Sin-dipetro Caxias), poderá ser instaurado uma ação penal contra a reinaria.

- A Petrobras diicul-tou ao máximo nosso trabalho. Só depois de

cinco horas na Reduc é que conseguimos colher as amostras de água - comen-tou o delegado Fábio Pa-cíico, que fez a inspeção na companhia de técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Segun-do denúncia do Sindipetro Caxias, cerca de 20 tra-balhadores que beberam água ou tomaram banho na madrugada da última segunda-feira na Reduc tiveram diarreia. O funcio-nários, segundo denúncia da entidade, teriam sido contaminados com água ácida - com itens como amônia, gás sulfídrico e querosene. A contamina-ção, ainda segundo diri-gentes do Sindipetro Ca-

xias, teria ocorrido porque a água potável que chega à reinaria a partir da represa de Saracuruna foi contami-nada após ter sido utilizada no processo industrial da empresa, desabastecida de-vido uma pane na adutora do Rio Guandu na madru-gada da última segunda-feira.INCÊNDIO - A Petrobras classiicou como pequeno o incêndio que atingiu na madrugada de segunda-fei-ra (26) uma das unidades de destilação de petróleo da Reinaria de Duque de Caxias (Reduc), e infor-mou que não foram regis-trados danos. Segundo o Sindicato dos Petroleiros de Caxias, não há registro

de feridos. O foco foi controlado pelos fun-cionários e não há ris-co de desabastecimen-to de combustível. Uma das possíveis causas do incêndio é a falta de manutenção em um dispositivo de segurança, a bomba de carga, como de-nunciou o secretário-geral do sindicato, Sérgio Abbade. "Isso é falta de manutenção efetiva", airmou. Se-gundo Abbade, a uni-dade que pegou fogo é uma das mais antigas da reinaria, inaugura-da em 1962. A Petro-bras não comentou a denúncia.

Fim dos subsídios ao etanol abre mercado dos EUA para o Brasil

O mercado norte-americano estará

aberto para os produto-res brasileiros de etanol a partir do mês que vem, de acordo com nota di-vulgada segunda-feira (23) pela União da In-dústria de Cana-de-Açú-car (Unica). No próximo dia 31, termina a vigên-cia da legislação norte-americana que instituiu subsídios para os produ-tores locais e criou uma tarifa de US$ 0,54 sobre cada galão (3,78 litros) importado de etanol, in-viabilizando o produto brasileiro no mercado norte-americano com preços competitivos. Na nota, o presidente da Unica, Marcos Jank, diz

que o im da barreira tari-fária abre caminho para as diferentes matérias-primas utilizadas na produção de combustíveis eicientes. O que conta, segundo ele, é o baixo custo ambiental para produzir energia renová-vel, e a cana oferece essa possibilidade mais do que qualquer outro produto.

Jank salienta, inclusive, que o etanol de cana produ-zido no Brasil é reconheci-do até mesmo pela Agên-cia de Proteção Ambiental dos Estados Unidos como o melhor combustível do mundo em termos de redu-ção de emissões de gases causadores de efeito estufa. O presidente da Unica lem-bra que o im dos subsídios norte-americanos vem em

um momento de transição para o setor sucroenergéti-co brasileiro, que se esfor-ça para incentivar um novo ciclo de crescimento do se-tor no país e atender à de-manda por seus produtos, aqui e lá fora.

A prioridade, segundo ele, continua sendo o aten-dimento do abastecimento interno, mas acredita que com o im da tarifa ameri-cana é possível visualizar a consolidação do etanol como commodity (produ-tos básicos com cotação no mercado internacional) como acontece com o açú-car. Os Estados Unidos são o maior produtor mundial de etanol, que no país é produzido à base de milho, enquanto no Brasil (segun-

do maior produtor) o etanol é obtido da ca-na-de-açúcar. Os dois países respondem por mais de 80% do etanol mundial.

Neste ano, porém, o cenário de lenta recu-peração da economia americana, com dívi-da de quase US$ 15 trilhões (cerca de R$ 28 trilhões), um déicit recorde no orçamen-to e pressão cada vez maior para que o país ponha suas contas em dia, teve impacto na defesa de uma medida que custa aproximada-mente US$ 6 bilhões (cerca de R$ 11,1 bi-lhões) por ano aos contribuintes.

Rio e São Paulo lideram lista de

postos com combustível adulteradoEm 2011, a Agência

Nacional de Petró-leo, Gás Natural e Bio-combustíveis (ANP) iscalizou, em todo o Brasil, 25 mil postos de gasolina e autuou 4,4 mil estabelecimentos, sendo 391 por problemas de qualidade. Pouco mais de mil acabaram inter-ditados. Em todo o país, existem 38 mil postos de gasolina. Rio e São Pau-lo são as cidades com o maior número de postos infratores. Nos últimos cinco anos, foram autu-ados 550 estabelecimen-tos no Rio, e mais de 1,4 mil em São Paulo, cida-de com a maior frota de

carros do país. Em 2009, foram feitas

28,6 mil ações de iscali-zação e aplicadas 6,6 mil infrações em todo o país. Em 2010, foram quase 28 mil ações de iscalização e 5,4 mil infrações. De acor-do com o superintendente de Fiscalização da ANP, Carlos Orlando Silva, os números mostram que, ao longo dos anos, as infra-ções vêm diminuindo, e a arrecadação com as multas crescendo. Em 2009, fo-ram arrecadados cerca de R$ 26 milhões em multa e, em 2010, esse valor che-gou a R$ 57 milhões – au-mento de 119%. Em 2011, até novembro, o número

alcançou os R$ 51 milhões. O dinheiro arrecadado com as multas, que varias entre R$ 20 mil e R$ 5 milhões, é depositado diretamente na conta da União.

De acordo com o supe-rintendente, outra con-tribuição para essa dimi-nuição foi a ampliação da iscalização para ou-tros agentes de mercado. “Mudamos o foco que não é mais apenas os re-vendedores, mas o merca-do como um todo.” Foram identiicados 91 casos de reincidência em 2011, sendo que 29 perderam a licença e os donos dos posto perdem a licença. O posto que for autuado

pela terceira vez tem a licença de revenda do combustível revo-gada, explicou o téc-nico da agência.

A ANP tem uma lista dos postos in-fratores na página da internet. Além disso, a população pode de-nunciar postos reven-dedores de combustí-vel adulterado para o Centro de Relações com o Consumidor da ANP pelo 0800 970 0267 ou em formulá-rio disponível na pá-gina da ANP na inter-net. A agência recebe anualmente mais de 6 mil denúncias.

Salário mínimo de R$ 622 já está publicado no Diário Oicial

O decreto que dei-ne o valor de R$

622 para o salário mí-nimo a partir de 1º de janeiro de 2012 está publicado na edição de segunda-feira (26) do Diário Oicial da União. O novo valor representa um aumen-to de 14,13% em re-lação ao atual, de R$ 545. Com o reajuste, o valor diário do salário mínimo corresponderá a R$ 20,73 e o valor pago pela hora de tra-balho será de R$ 2,83.

O método de rea-

juste do salário mínimo foi deinido por meio de uma medida provisória aprovada pelo Congres-so. A lei que ixa a polí-tica de reajuste do salário mínimo estabelece que o valor será reajustado, até 2015, com base no Índi-ce Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior mais a va-riação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. O novo salário mí-nimo de R$ 622 terá im-pacto de R$ 23,9 bilhões nos gastos públicos em 2012.

Empresas argentinas devem ampliar

negócios em 71% no próximo ano

O Centro de Estu-dos de Produção

(CEP) da Argentina anunciou esta semana que existem perspecti-vas de que as grandes empresas do país au-mentem sua produção, em média, em 71% em 2012. De acordo com dados do CEP, 54% das empresas elevarão o número de empre-gados, enquanto 76% vão investir na expan-são da capacidade de produção e a metade pretende aumentar as exportações. Os dados do CEP foram transmi-tidos para o Ministério

da Indústria da Argentina. Há nove anos, o centro pesquisa o comportamen-to das cem maiores indús-trias do país. "Quase 80% das grandes empresas vão continuar investindo no próximo ano, ampliando sua capacidade de produ-ção, que é a chave para o crescimento contínuo", disse o ministro da Indús-tria, Debora Giorgi.

Em 2010, 75% das empresas analisadas pela pesquisa aumentaram suas vendas para o mer-cado local e, até 2012, quase 90% das indústrias pretendem ampliar seus negócios.

Comerciantes de comunidades paciicadas

terão acesso a microcrédito

A partir de janeiro, micro e pequenos

empresários de comuni-dades paciicadas terão acesso a crédito para expandir seus negócios e ajudar no desenvol-vimento de áreas com Unidades de Polícia Pa-ciicadora (UPPs). Os empréstimos no valor total de R$ 10 milhões ao ano - oferecidos pela Investe Rio (Agência de Fomento do Estado do Rio) - fazem parte do Fundo UPP Empreende-dor, aprovado dia 15 de dezembro pela Assem-

bleia Legislativa (Alerj).A agência de fomento

da Secretaria de Desen-volvimento Econômico, Energia, Indústria e Ser-viços disponibilizará cré-ditos de R$ 300 a R$ 6 mil com juros de 3% ao ano, percentual menor que a inlação prevista para 2012. De acordo com o presidente da Investe Rio, Maurício Chacur, o obje-tivo é expandir pequenos comércios como bancas de jornais, bares, merce-arias e padarias para mo-vimentar a economia das comunidades.

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7モ27 de Dezembro de 2011 a 02 de Janeiro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

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Brasil, ao superar a Grã-Bretanha, deve se tornar a sexta maior economia

O Brasil deve superar a Grã-Bretanha e se tor-

nar a sexta maior economia do mundo ao im de 2011, segundo projeções do Cen-tro de Pesquisa Econômica e de Negócios (CEBR) pu-blicadas na imprensa bri-tânica segunda-feira (26). De acordo com a consulto-ria britânica, especializada em análises econômicas, a queda da Grã-Bretanha no ranking das maiores economias continuará nos próximos anos com Rússia e Índia empurrando o país para a oitava posição.

O jornal ‘The Guardian’ atribui a perda de posição à crise inanceira de 2008 e à crise econômica que persiste em contraste com

o boom vivido no Brasil na rabeira das exportações para a China. O ‘Daily Mail’, outro jornal que des-taca o assunto, informa que a Grã-Bretanha foi "depos-ta" pelo Brasil de seu lugar de sexta maior economia do mundo, atrás dos Es-tados Unidos, da China, do Japão, da Alemanha e da França. Segundo o ta-bloide britânico, o Brasil, cuja imagem está mais fre-quentemente associada ao "futebol e às favelas sujas e pobres, está se tornando rapidamente uma das loco-motivas da economia glo-bal" com seus vastos esto-ques de recursos naturais e classe média em ascensão. "O Brasil não deve ser con-

siderado um competidor por hegemonia global, mas um vasto mercado para ser explorado", conclui o ar-tigo intitulado "Esqueça a União Europeia... aqui é onde o futuro realmen-te está". Segundo o ‘The Guardian”, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, se orgulha da quinta posi-ção da economia francesa, mas, até 2020, ela deve cair para a nona posição, atrás da tradicional rival Grã-Bretanha. O enfoque na rivalidade com a França, por exemplo, foi a escolha da reportagem do site This is Money (Isso é Dinheiro) intitulada: "Economia bri-tânica deve superar france-sa em cinco anos".

Na quinta-feira (22), o ministro da Fazenda, Gui-do Mantega, disse que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2011 deve icar entre 3% e 3,5%. De acordo com o ministro, o Brasil ter-minará este ano como o sexto maior PIB mundial, com US$ 2,4 bilhões. Ele informou que o país con-seguirá ultrapassar a Itália e icará atrás dos Estados Unidos, China, Alema-nha, Japão e França. Em 2010, o Brasil foi a séti-ma maior economia do mundo. Para 2012, o BC estima um crescimento de 3,5%, enquanto o minis-tro da Fazenda prevê uma expansão entre 4% e 5%.

Banco de Imagens/Montagem Capital

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