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Parque Nascente: O que se passa num Centro Comercial depois do fecho? > P.14 e 15 Sociedade > P.28 e 29 Paulo Amado Entrevistámos o médico ortopedista, um dos mais antigos colaboradores do Vivacidade “Era incapaz de sair de Rio Tinto. Tenho uma grande ligação à minha terra” Segurança em Gondomar: “Gondomar é um concelho seguro”, afirma o Comandante Artur Teixeira > P.23 25 anos da ARGO: Ficamos a conhecer melhor os artistas e artesãos de Gondomar > P.25 “Há um novo futuro para os meios de comunicação locais”: Entrevista ao Secretário de Estado Pedro Lomba > P.33 Política Cultura

Edição Especial 100 - novembro 2014

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Para celebrar a centésima publicação entrevistamos um riotintense com reputação internacional que nos acompanha desde o início. Paulo Amado, médico ortopedista, falou-nos do seu percurso profissional, da ligação a Rio Tinto e da influência da imprensa local. Estas e outras notícias, entrevistas, reportagens, crónicas e opiniões no Vivacidade de novembro.

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Parque Nascente:O que se passa num Centro Comercial depois do fecho?

> P.14 e 15

Sociedade

> P.28 e 29

Paulo Amado

Entrevistámos o médico ortopedista, um dos mais antigos colaboradores do Vivacidade

“Era incapaz de sair de Rio Tinto. Tenho uma grande ligaçãoà minha terra”

Segurança em Gondomar:“Gondomar é um concelho seguro”,afirma o Comandante Artur Teixeira

> P.23

25 anos da ARGO:Ficamos a conhecer melhor os artistas e artesãos de Gondomar

> P.25

“Há um novo futuro para os meios de comunicação locais”:Entrevista ao Secretário de Estado Pedro Lomba

> P.33

PolíticaCultura

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2 VIVACIDADE NOVEMBRO 2014 ESPECIAL EDIÇÃO 100

Editorial

Caros Leitores,

É um grande acontecimento um jornal local ter a sua edição número 100 a ser distribuída nas ruas.

Este jornal chega ao número 100. Todos os co-laboradores: administrativos, jornalistas, editores, cronistas, acionistas, comerciais, designers e diretores (mais de quarenta pessoas colaboram regularmente e mensalmente com o jornal aos mais diversos níveis) são um enorme exemplo do profissionalismo, abne-gação, dedicação, estabilidade, seriedade e respeito pela informação, pelas notícias, pela opinião e pelo resultado final.

Temos que fazer aqui uma enorme homenagem aos nossos anunciantes. Sem eles não seria de todo possível a existência e persistência do jornal e apesar de sabermos que anunciar no Vivacidade traz retor-nos concretos em negócios, também sabemos que há anunciantes cuja principal motivação é apoiar a exis-tência do jornal e para todos é devido o reconheci-mento pois são os nossos anunciantes que fazem com que seja possível chegarmos ao número 100.

Na mesma linha, merecem também um agra-decimento especial os mais de 1.200 comerciantes, que distribuem o jornal e o levam até aos leitores sem qualquer vantagem ou lucro para lá da satisfação de ajudarem o jornal a chegar às pessoas. São um enor-me exemplo de cidadania e de apoio da sociedade civil ao Vivacidade.

Curiosamente, o conceito original do jornal, es-palmado na edição número zero, é muito semelhante ao que produzimos hoje. É semelhante e é muito di-ferente ao mesmo tempo. Porque, o conceito é basi-camente o mesmo. A qualidade de cada artigo ou de cada crónica que publicamos não é muito diferente. Agora, tudo o resto mudou. Temos uma melhor ima-gem, muito mais forte e com muito maior impacto. Cobrimos hoje uma região que é, em população, mais do dobro da que tínhamos inicialmente. Temos hoje edições com 56 páginas, de forma regular. E o cresci-mento que tivemos a todos os níveis nunca deixou de ter em conta a qualidade, a verificação cuidada de to-das as notícias e a absoluta liberdade de opinião que sempre proporcionamos nas nossas páginas a todos os que nelas escreveram.

O respeito absoluto pelos princípios editoriais que promovemos é uma das razões do nosso sucesso. É a independência entre a administração, a direção e a edição; de acordo com o cumprimento da lei, do estatuto editorial e das normas internas e é o conteú-do que é produzido pelos jornalistas, que fazem o seu julgamento independente sobre o interesse informa-tivo e formativo das matérias.

Gostaria de terminar este centésimo editorial da mesma maneira que terminei o do número zero. Referindo o princípio básico que tem norteado e vai continuar a fazê-lo enquanto eu andar por aqui, pois a intervenção e os conteúdos deste jornal baseiam-se nas palavras de J. M. Maclean, editor do jornal “Man-chester Guardian” que no seu jornal adotou o lema, “os factos são factos, mas a opinião é livre”. É este o princípio que também adotamos desde a primeira edição. n

José Ângelo PintoAdministrador da Vivacidade, S.A.Economista e Docente Universitário

Registo no ICS/ERC 124.920Depósito Legal:250931/06

Diretor:Augusto Miguel Silva Almeida (TE-873)Redação:Ricardo Vieira Caldas (CP-9828)Pedro Santos Ferreira (TP-1911)Departamento comercial:Serafim RibeiroTel.: 910 600 079Paginação:José VazAdministração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A.Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 1974435-778 Baguim do MonteAdministrador: José Ângelo da Costa PintoDetentores com mais de 10% do capital social: Lógica & Ética, Lda.Sede de Redação: Rua do Niassa, 133, Sala 1 4250-331 PORTOTel.: 910 600 078 / 919 275 934Colaboradores: Alcina Cunha, Ana Gomes, André Campos, Andreia Sousa, António Valpaços, Catarina Martins, Diana Ferreira, Domingos Gomes, Elisabete Castro, Guilhermina Ferreira, Henrique de Villalva, Isabel Santos, Joana Resende, Joana Simões, João Paulo Rodrigues, José António Ferreira, José Luís Ferreira, José Pedro Oliveira, Manuel de Matos, Manuel Teixeira, Margarida Almeida, Michael Seufert, Paulo Amado, Pedro Oliveira, Rita Ferraz, Rui Nóvoa, Rui Oliveira e Sandra Neves.

Impressão: UnipressTiragem: 10 mil exemplaresSítio na Internet: www.vivacidade.orgFacebook: www.facebook.com/vivacidadegondomarE-mail: [email protected]: [email protected]

Sumário:Especial Edição 100Páginas 4 a 7

BrevesPágina 8

SociedadePáginas 10 a 23

Reportagem VivacidadePáginas 14 e 15

CulturaPáginas 24 a 26

DestaquePáginas 28 e 29

PolíticaPáginas 30 a 38

DesportoPáginas 40 a 42

Empresas & NegóciosPágina 43 e 46

OpiniãoPáginas 47 a 51

LazerPáginas 52 e 53

EmpregoPágina 54

Próxima Edição 18 de dezembro

Todos os anos, quando aparecem os primeiros dias de chuva intensa, pré-anun-ciando a aproximação dos rigores do inverno, tornam-se evidentes as fragilidades dos sistemas das redes pluviais, e do caos reinante nas linhas de água nos centros urbanos. São disso exemplo as inunda-ções localizadas, e os estragos causados pelas inesperadas enxurradas.

Os media evidenciam estes fenómenos, sobretu-do quando eles ocorrem nas grandes cidades, particular-mente em Lisboa e Porto. Mas isto não significa que semelhantes problemas não existam noutros locais, ainda que com menor impacto me-diático, salvo quando os estra-gos são significativos.

Ora, o concelho de Gon-domar é pródigo em situações desta natureza, relevando a indisciplina e o caos que des-de há muitos anos reina quer na rede de águas pluviais, quer nas naturais linhas de

água que, na falta de percur-sos controlados, galgam es-tradas, ruas, praças e todo o tipo de espaços públicos e de circulação.

Basta percorrer umas de-zenas de quilómetros no con-celho de Gondomar em dias de maior intensidade pluvio-métrica para nos depararmos com verdeiros rios nas vias de circulação, ou lagos ameaça-dores nas zonas mais baixas ou de concentração de águas.

São muitas as causas que nos conduziram a este caos: indisciplina no planeamen-to urbanístico, inexistência de redes de águas pluviais dimensionadas para as ne-cessidades da natureza, des-respeito pelas linhas de água naturais, com obstrução do seu curso normal, falta de res-peito pelos espaços públicos com o desvio de águas de pro-priedades privadas, etc etc.

Ninguém tem a ilusão de pensar que estes problemas se podem resolver de um dia para o outro, sobretudo quan-do eles são o resultado de er-ros acumulados ao longo de anos. Mas também não po-demos ignorar que compete sobretudo às autarquias mi-nimizar os efeitos deste caos.

O “Bisturi” tem aponta-

do sugestões de atuação aos autarcas gondomarenses de acordo com os recursos dis-poníveis, e em conformidade com as reais possibilidades do próprio município. É por isso que, antes de se pensar em planos de grandes complexi-dades, ou obras de verdadei-ra reestruturação da rede de águas pluviais, sugerimos que o executivo municipal faça um levantamento das situa-ções e locais mais críticos de concentração de águas, e pro-cure soluções localizadas que minimizem os prejuízos cau-sados aos cidadãos por estes fenómenos.

Em muitos casos a so-lução destes problemas não exige mais que a construção de pequenos troços de va-letas condutoras de águas para os seus cursos natu-rais. Outros casos exigi-rão reconstruir passeios ou atravessamentos de vias cir-culantes para instalação de condutores subterrâneos de maior dimensão. Mas que ao menos se faça o que está ao alcance das emergências, e que se mostre aos cidadãos que alguém está atento ao seu conforto e segurança. É o mínimo que se pode exigir aos nossos autarcas… n

Chuva mostra caos das linhas de água

Bisturi

Henrique Villalva

POSITIVO

Os cemitérios de Rio Tinto reciclam men-salmente cerca de 500 quilos de mate-riais de cera, plástico e metais dos círios. Os valores angaria-dos com a reciclagem vão reverter integral-mente para questões ambientais e sociais da freguesia.

NEGATIVO

Tomo a liberdade de enviar esta fotografia com um aspeto nega-tivo. A limpeza das bermas de algumas ruas de Rio Tinto dei-xam muito a desejar, como por exemplo a rua Aquilino Ribeiro.Com os meus cum-primentos.

Manuel Ferreira,Leitor do Vivacidade

Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para [email protected]

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100 EDIÇÕES OBRIGADO

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Especial Edição 100

VIVACIDADE NOVEMBRO 2014 ESPECIAL EDIÇÃO 100

José António Macedo (presidente da União das Freguesias de Gondomar/S. Cosme, Valbom e Jovim):

“Dar a conhecer o que temos de bom e a nossa evolução é sempre importante. O Vivacidade tem correspondido às ex-pectativas da maior parte da população e é um jornal correto, que mostra o potencial de Gondomar.”

Nuno Coelho (presidente da Junta de Freguesia de Baguim do Monte):

“Tenho com o jornal Vivacidade uma relação muito íntima porque foi cria-do para fazer oposição à Junta de Baguim do Monte. Com o evoluir do tempo percebi que tornou-se um jornal de referência em Gondomar e até a nível dis-trital. Não estão presos a amarras políticas e conseguem prestar informação à população de uma forma séria e isenta.”

Marco Martins (presidente da Câmara Municipal de Gondomar):

“O Vivacidade deu nos últimos anos um contributo quali-tativo para a informação no concelho e é um projeto de refe-rência jornalística.”

FOTOS EM:

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100 EDIÇÕES OBRIGADO

5VIVACIDADE NOVEMBRO 2014 ESPECIAL EDIÇÃO 100

Joaquim Barbosa (vereador da CDU da Câmara Mu-nicipal de Gondomar):

“Folhear o Vivacidade mensalmente permite-nos ter uma ideia do que se passa no concelho e faço votos para que con-tinuem assim. Têm feito um bom serviço e procuro sempre o jornal.”

Nuno Fonseca (presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto):

“Cem edições seguidas é um marco importante que traz ainda mais responsabilidade a quem está no projeto. Espero que continuem a ser um projeto independente e informativo que sirva os gondomarenses e que não seja beliscado com conotações políticas.”

Daniel Vieira (presidente da União das Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova):

“A imprensa regional e local, plural e diversificada, é hoje parte integrante do poder local democrático. O Vivacidade é prova disso, ora como espaço de debate político ora como mostra da atividade intensa das forças vivas do con-celho. Na passagem da centésima edição desejo que o Vivacidade continue a ser esse espaço – abrangente – das diferentes opiniões. Aos que todos os me-ses contribuem para a construção deste espaço de comunicação, em especial aos jovens jornalistas Ricardo e Pedro, formulo votos dos maiores sucessos.”

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Especial Edição 100

VIVACIDADE NOVEMBRO 2014 ESPECIAL EDIÇÃO 100

Repórter de Gondomar (RG) – Começando por falar no trajeto do Vivacidade, como é que sur-giu a ideia de lançar este projeto de comunicação social regional, centrada inicialmente em Rio Tinto e Baguim do Monte?

José Pinto (JP) – Sentimos que havia necessidade de um ór-gão de comunicação que estivesse orientado para a cidade de Rio Tinto, uma cidade com cerca de 30 mil eleitores, mais de 50 mil habitantes e com um grande nú-mero de eventos organizados pelo movimento associativo. Como a informação nem sempre chegava à população procuramos congre-gar um conjunto de pessoas que uniram esforços numa sociedade anónima, o Vivacidade S.A. Sen-timos que havia uma capacidade para criar um jornal nesta região, associado à construção de um projeto inovador. Lançamos um jornal capaz de demonstrar que em Rio Tinto havia uma grande força social, com uma opinião muito forte. Para concretizar este projeto contamos com o apoio das empresas locais.

RG – A ideia foi criar um projeto inovador numa área onde havia uma carência informativa?

Miguel Almeida (MA) – Ini-cialmente o Vivacidade nasceu por vontade nossa. Tivemos consciên-cia que havia uma carência infor-mativa latente nas duas freguesias [Rio Tinto e Baguim]. Em 2005, após as eleições autárquicas, per-cebemos que a campanha eleitoral tinha sido muito mal explorada a nível noticioso, porque as pessoas não tinham noção de quem eram os candidatos.

Conversei com o José Pinto e surgiu a ideia de fundar o jornal. Acabamos por convidar várias

pessoas com influência cívica e política nas duas freguesias. O projeto foi entendido e foi assim que nasceu o Vivacidade.

José Pinto (JP) – Sem nenhu-ma conexão política, a primeira edição saiu no dia 24 de abril de 2006 [risos].

RG – Nessa altura o jornal já che-gava a Gondomar (S. Cosme) e a outras freguesias do concelho?

MA – Se pegarmos nas pri-meiras edições percebemos que 80% da informação era sobre as

freguesias de Rio Tinto e Baguim do Monte, mas também tínhamos notícias de Fânzeres, Valbom e Gondomar (S. Cosme).

RG – Entretanto o projeto foi crescendo e marcou uma posição em Gondomar. Quando é que decidiram alargar o âmbito no-ticioso?

MA – Ainda estivemos quatro ou cinco anos exclusivamente fo-cados em Baguim e Rio Tinto, mas sentimos a necessidade de alargar o nosso âmbito. Percebemos que o Vivacidade devia crescer para as

restantes freguesias do concelho e alargamos o âmbito editorial. Hoje cobrimos praticamente todo o concelho de Gondomar.

RG – Essa expansão também obrigou o jornal a remodelar-se. Acabaram por melhorar a pagi-nação e o design do Vivacidade. Hoje sentem que o jornal está implantado?

MA – Absolutamente.JP – Temos um feedback

muito positivo dos leitores. As pessoas encontram-me na rua e perguntam-me pelo jornal. Nós

colocamos o jornal em 1200 pon-tos de distribuição e temos quem nos peça para colocar nas caixas do correio, mas os custos de im-pressão são brutais. No entanto, estamos convencidos que chega-mos às pessoas que têm interesse no jornal, porque as pessoas pro-curam-nos muito nas papelarias e nos cafés de Gondomar. O jornal e a marca têm um grande impacto no concelho.

RG – Os jornais locais estão nor-malmente associados ao poder local. Como é que o Vivacidade lida com isso?

MA – Todos temos um parti-do e um clube, uns assumem e ou-tros não. Independentemente da notícia ser do Partido Socialista, do Partido Social Democrata ou do Bloco de Esquerda, se for um facto nós publicamos. Temos esse dever e penso que as pessoas farão a justiça de não desmentir isto. Não misturamos as coisas, até por-que já lidamos com executivos do PSD, Independentes e Socialistas.

“A concorrência é importante porque torna-nos melhores”Na nossa centésima edição convidamos o Repórter de Gondomar para entrevistar a administração e a direção que fundou o Vivacidade em abril de 2006. O jornalista Rui Gomes, do mais antigo jornal do concelho, esteve à conversa com José Ângelo Pinto, administrador da Vivacidade S.A., e com o diretor Miguel Almeida, que traçaram o percurso de 100 publicações e desvendaram algumas ideias para o futuro.

Texto: Rui Gomes

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> A entrevista realizou-se na redação do Vivacidade

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7VIVACIDADE NOVEMBRO 2014 ESPECIAL EDIÇÃO 100

Entrevista ao Vivacidade

“A concorrência é importante porque torna-nos melhores”Na nossa centésima edição convidamos o Repórter de Gondomar para entrevistar a administração e a direção que fundou o Vivacidade em abril de 2006. O jornalista Rui Gomes, do mais antigo jornal do concelho, esteve à conversa com José Ângelo Pinto, administrador da Vivacidade S.A., e com o diretor Miguel Almeida, que traçaram o percurso de 100 publicações e desvendaram algumas ideias para o futuro.

RG – Por vezes, os jornais locais são mais independentes que os jornais nacionais?

JP – Também é verdade...MA – Felizmente, nós não te-

mos esse problema. JP – Também não damos

oportunidade para que isso acon-teça. Nunca tive um telefonema a pedir notícias encomendadas por-que as pessoas sabem que isso não resulta.

RG – A sobrevivência dos jornais locais passa pelo mercado publi-citário. Gondomar aceitou bem o projeto?

JP – Tivemos três grandes mo-mentos. No lançamento do Viva-cidade contamos com um escasso grupo de anunciantes para pagar as despesas do jornal, mas gra-ças ao dinheiro dos acionistas foi possível manter o jornal. Numa segunda fase começamos a ter um ritmo publicitário consistente e numa terceira fase, com a inter-venção da Troika, em 2011, senti-mos uma contenção de despesas. Essa contenção obrigou-nos a me-lhorar a forma como concebemos o jornal e a acrescentar valor aos nossos anunciantes. Hoje conti-nuamos a ter um jornal financei-ramente equilibrado.

RG – Quando o Vivacidade sur-giu, existiam dois jornais locais, mas hoje existem mais dois no-vos títulos. Acham que isso afeta ou valoriza o vosso projeto?

JP – A concorrência é impor-tante porque torna-nos melhores. Podemos sempre ter mais publi-cações, mas achamos que a nova concorrência não tem a mesma lógica que nós. Criaram o seu pró-prio nicho de mercado e espera-mos que consigam vingar. O nosso jornal mantém o conceito inicial, com uma boa mistura entre notí-cias, crónicas e opiniões.

MA – A concorrência só nos torna mais fortes. No entanto, acho que já temos jornais a mais em Gondomar, mas os mais fortes hão-de sobreviver.

RG – A administração e a direção do Vivacidade estão satisfeitas com a equipa que mensalmente produz o jornal?

MA – Nós damos a cara mas este jornal só é publicado porque temos um conjunto alargado de colaboradores extraordinariamen-te profissionais. Sem essas pessoas o Vivacidade não existia.

JP – A nossa equipa é mui-to competente e profissional. Os jornalistas estão sempre prontos a dar cobertura aos eventos.

RG – Que projetos têm para o fu-turo do Vivacidade?

JP – O projeto está definido e estruturado, por isso achamos viá-vel ampliá-lo para outras regiões. A ideia passa por ‘franchisar’ o conceito e a lógica do jornal. Um trabalho criativo pode sempre ser melhorado, mas terá que pas-sar por um crescimento lateral porque o espaço publicitário de Gondomar está a ficar limitado. A existência de muitos projetos pode

dificultar a penetração no merca-do publicitário do concelho e por isso estamos a ponderar criar um novo projeto.

MA - Até ao final do ano ire-mos lançar um novo projeto que vai abranger regiões do Douro Sul,

onde não há publicações com estas características.

RG – O caminho para a edição n.º 200 está traçado?

JP – Não tenho dúvidas que

sim. O jornal está cada vez mais capaz e tem um grande impacto na região.

MA – Essa é fácil de respon-der, claro que sim. n

> Na foto: Miguel Almeida, diretor do Vivacidade, José Ângelo Pinto, administrador da Vivacidade S.A., e Rui Gomes, jornalista do Repórter de Gondomar

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8 VIVACIDADE NOVEMBRO 2014 ESPECIAL EDIÇÃO 100

Breves

A quarta edição do Encontro Amador Arte e Ato, organizada pela Associação Social, Recreativa e Cultural Bem Fazer Vai Avan-te, arrancou a 15 de novembro com a revista à portuguesa “Somos Nós”, representada pelo Grupo Cultural e Recreativo Rossas, Arouca.

Nos próximos dias 22 e 29 de novembro e 6 de dezembro, são apresentadas novas peças na Es-cola Dramática e Musical Valboense. O grupo de teatro da Associação Vai Avante encerra o festival com a comédia “Uma Bomba chamada Etelvina”. A entrada é livre.

De 21 a 23 de novembro, o Pavilhão Mul-tiusos de Gondomar vai receber a 1.ª Feira Internacional de Segurança e Proteção (FIS-PRO). No dia 22 de novembro os ex-secre-tários de Estado Luís Pais de Sousa, Ascenso

Simões e Lobo D’Ávila participam na 1ª Con-ferência de Proteção Civil, Segurança e Socor-ro “Triângulo D’Ouro”, que se realiza na Sala Douro do Pavilhão Multiusos de Gondomar. A entrada é gratuita.

O Clube Atlético Rio Tinto festejou no dia 7 de novembro o 88.º aniversário. Dirigentes,

sócios e atletas do clube reuniram-se no res-taurante O Cardeal, em Baguim do Monte.

Em busca do desenvolvimento das funções naturais de indivíduos portadores de deficiência, com necessidades educativas especiais, e também para idosos, a Lipor apresentou o Residuosons – um serviço que visa promover a política de redu-

ção, reutilização, reciclagem e recuperação, com base nas técnicas de musicoterapia. O objetivo é obter melhor qualidade de vida dos participan-tes, fomentando uma maior participação na di-nâmica da educação ambiental.

A Câmara Municipal de Gondomar vai implementar uma campanha de incentivo ao comércio local durante a época natalícia de 2014. A proposta aprovada por unanimidade na reunião pública descentralizada realizada em S. Pedro da Cova, determinou a realização

da campanha entre os dias 1 de dezembro de 2014 e 6 de janeiro de 2015. Por cada compra no valor de 40 euros efetuada no comércio local será atribuído um cupão. No final da campanha será realizado um sorteio que visa atribuir 20 prémios.

A Câmara Municipal de Gondomar e a As-sociação Três por Quatro assinaram na Escola EB 2,3 de S. Pedro da Cova, um contrato-pro-grama que visa a implementação da Orquestra “Geração Gondomar”. O projeto tem como objetivo a integração social e sucesso educa-

tivo de crianças e jovens mais vulneráveis do ponto de vista social e educacional por via do desenvolvimento cultural. O Orquestra “Gera-ção Gondomar” vai dar formação a 30 crian-ças/jovens que frequentem os 2.º e 3.º ciclos do Agrupamento de Escolas de S. Pedro da Cova.

A Lipor – Serviço Intermunicipalização de Gestão de Resíduos do Grande Porto, en-tidade responsável pela gestão, valorização e tratamento dos resíduos urbanos produzidos pelos oito municípios que a integram (Espi-nho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto,

Póvoa de Varzim, Valongo e Vila do Conde), festejou a 12 de novembro, 32 anos. “Onde quer que estejamos, queremos ser marca de referência na área do ambiente”, disse Aires Pereira, presidente do Conselho de Adminis-tração.

No dia 30 de novembro, pelas 13h, o Centro Paroquial de Baguim do Monte vai organizar um almoço para a angariação de fundos para o

Lar de Idosos da instituição. O evento vai contar com a animação do Duo Broa de Mel e do Gru-po Coral da Catequese de Baguim.

Os apoiantes gondomarenses de António Costa, reuniram-se a 8 de novembro, no restau-rante O Cardeal, em Baguim do Monte. Num convívio que serviu para festejar a vitória do can-didato nas eleições primárias do Partido Socialis-

ta, discursaram Fernando Duarte, da Associação Vai Avante, Nuno Coelho, presidente da Junta de Baguim, Isabel Santos e Renato Sampaio, ambos deputados da Assembleia da República, e Manuel Pizarro, vereador da Câmara Municipal do Porto.

Os Brit Floyd atuaram no dia 14 de novem-bro, no pavilhão Multiusos de Gondomar, peran-te milhares de fãs da banda inglesa de Cambridge.

A formação de tributo, composta por 11 elemen-tos, recriou os clássicos de David Gilmour, Roger Waters, Rick Wright, Nick Mason e Syd Barret.

4.º Encontro de Teatro Amador Arte e Ato 2014 1.ª Feira Internacional de Segurança e Proteção

Clube Atlético Rio Tinto festejou 88.º aniversário

Lipor utiliza musicoterapia para reciclar

Orquestra “Geração Gondomar” quer integrar criançase jovens mais vulneráveis

“Neste Natal Compre + Local”

Lipor festejou 32 anos

Lar de Idosos de Baguim promove almoçode angariação de fundos

Apoiantes gondomarenses de António Costafestejaram vitória nas primárias

Brit Floyd recordaram Pink Floyd no Multiusos de Gondomar

Uma delegação nacional da Cruz Verme-lha visitou a delegação de Gondomar e ficou a conhecer as instalações do concelho, acompa-nhados por Nuno Coelho, presidente da Junta de Freguesia de Baguim do Monte. “Esta dele-

gação veio de Lisboa para conhecer os nossos serviços, veículos, efetivos e voluntários. Além disso, estamos a dar a conhecer o concelho de Gondomar, um dos maiores do país”, referiu o autarca, ao Vivacidade.

Cruz Vermelha de Gondomar visitada por delegação nacional

O Gabinete de Arquitetura Paulo Merlini, res-ponsável pelo desenho da Confeitaria Gondodoce, situada na Av. Dr. Mário Soares, em S. Cosme, arre-cadou o 2.º lugar do BID’14, Bienal Ibero-america-na de Desenho, na categoria Desenho de Espaços

e Interiores. “Temos mais uma série de obras em execução e estamos a trabalhar para que este seja só o início de um percurso que traga ao gabinete e ao município o reconhecimento internacional que ambicionamos”, afirma Paulo Merlini.

Arquiteto Paulo Merlini conquista 2.º lugarno Archdaily Building Awards 2014

O Seminário “O Social em Debate IX” vai realizar-se no dia 27 de novembro, pelas 14h, no auditório da Associação Comercial e Industrial de Gondomar (ACIG). Este

ano, o congresso vai debruçar-se sobre a temática da família. A organização está a aceitar inscrições até ao dia 24 de novem-bro.

Foi inaugurada a 15 de novembro a expo-sição “Gondomar | Viagem ao Paleozóico”, do projeto “Carlos Dias Tribolites”, no Centro Cul-tural de Rio Tinto Amália Rodrigues. A expo-

sição de Carlos Dias dá a conhecer alguns dos seres vivos que habitaram a Terra num período entre os 540 e os 250 milhões de anos atrás. A exposição estará patente até 31 de março.

Seminário “O Social em Debate IX”

Viagem ao Paleozóico em Rio Tinto

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A Casa Branca de Gramido foi o local escolhido pela AMP para a apresentação de duas plataformas

online que disponibilizam infor-mação sobre os espaços de lazer e os rios dos municípios da AMP (Paredes está prestes a ser incluí-do).

O portal Sítios (http://sitios.

amp.pt) inclui dados sobre 166 es-paços públicos, disponíveis para a consulta da população residente e

turistas. Zonas de estadia, jardins, parques de merendas, parques in-fantis, zonas de recreio ou desporto, cafés ou restaurantes, locais de feira, culto ou festa, percursos e miradou-ros ficam à distância de um clique,

numa plataforma que permite pla-near atividades recreativas e traçar percursos consoante o interesse do utilizador.

Por sua vez, o portal Rios (http://rios.amp.pt) destina-se aos interes-sados pelo património hidrográfico e inclui os rios mais importantes: Douro, Tinto, Torto, Sousa, Paiva, entre outros.

“Os portais Sítios e Rios são mais um bom exemplo de integração de trabalhos entre todos os municípios da AMP. Um projeto comum, que identifica os principais pontos paisa-gísticos e hidrográficos da nossa re-gião na Internet”, afirmou Hermínio Loureiro, presidente da AMP.

O autarca salientou em Grami-do as principais vantagens a da uti-lização dos portais num projeto que

classificou como “importante a nível científico e do conhecimento que pode ser consultado por diferentes

públicos para os mais diversos fins”.Hermínio Loureiro terminou

o discurso com um agradecimento a todos os que contribuíram para a elaboração dos portais. O presi-dente da AMP espera que o pro-

jeto “possa continuar a crescer e a desempenhar um papel importante ao nível da informação territorial da

Área Metropolitana do Porto.Marco Martins, presidente da

Câmara Municipal de Gondomar, e Lino Ferreira, primeiro-secretário da Comissão Executiva da AMP, marcaram presença na cerimónia. n

Património paisagístico e hidrográfico da AMPdisponíveis onlineA Área Metropolitana do Porto (AMP) apresentou, no dia 7 de novembro, em Gondomar, os portais Sítios e Rios. Ambas as pla-taformas online disponibilizam informação sobre o património paisagístico e hidrográfico da região.

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Sociedade

VIVACIDADE NOVEMBRO 2014 ESPECIAL EDIÇÃO 100

“Esta plataforma oferece um novo serviço e dá um contributo importante a todos aqueles que no seu dia-a-dia privilegiam os transportes públicos para se des-locarem na área metropolitana”, afirmou Hermínio Loureiro na apresentação da plataforma mo-bilidade.amp.

A ferramenta, já disponível

nos serviços web e mobile, per-mite aos munícipes das 17 autar-quias da AMP pesquisarem e cal-cularem, em tempo real, as rotas que utilizam no seu quotidiano.

O presidente da AMP frisou ainda que “o Conselho Metropo-litano do Porto está a marcar a diferença, concentrando energias para melhorar e otimizar o trans-

porte público”.Lino Ferreira, primeiro-secre-

tário da Comissão Executiva da AMP, deu nota de que “o projeto personifica o verdadeiro espírito metropolitano”. O ex-vereador do Urbanismo da Câmara do Porto, sublinhou a importância da plata-forma para a população e desta-cou a importância dos operadores

da Autoridade Metropolitana dos Transportes do Porto, e de todas as entidades envolvidas com a AMP.

Teresa Sá Marques, co-coor-denadora do Plano Estratégico de Base Operacional da AMP, realçou que o projeto mobilidade.amp “está diretamente relaciona-do com as questões da mobilidade

intermodal e adoção de medidas para reabilitar o ambiente urba-no”. A professora admitiu que é necessário “pensar nos transpor-tes coletivos e em outros tipos de transportes alternativos”.

A plataforma foi apresentada no Coliseu do Porto com quatro exemplos práticos de percursos da AMP. n

Área Metropolitana cria plataforma onlinepara consultar transportes públicos em tempo realA Área Metropolitana do Porto (AMP) disponibilizou uma plataforma online para consultar transportes públicos em tempo real. A ferramenta, com acesso gratuito, permite aceder aos transportes coletivos dos 17 municípios da AMP.

> As plataformas já estão disponíveis > Marco Martins foi o anfitrião

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“O projeto já estava pensado há muito tempo”, começou por ga-rantir Nuno Fonseca, presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, em entrevista ao Vivacidade. “Este projeto era uma das necessidades da freguesia”, acrescenta, e, agora é uma realidade.

Com mais de 200 inscrições, a USRT inaugurou a 30 de outubro na ESRT e inclui disciplinas como Ambiente e Sustentabilidade, Ar-tes Decorativas, Francês, Inglês, Informática, Internet, Hidroginás-tica [nas Piscinas Municipais] ou – mais recentemente – História de Rio Tinto.

As aulas tiveram início a 3 de novembro e Nuno Fonseca, carac-terizou este início como “extrema-mente positivo.” “Ultrapassou as nossas expectativas. O espaço na ESRT foi recentemente alargado mas verificamos que já não é sufi-ciente para tantos alunos, quer da

escola, quer da universidade, por isso vamos ter novos polos da Uni-versidade Sénior, onde os alunos vão ter aulas”, escalreceu.

Centro Cultural de Rio Tinto vai acolher sede da USRT

Durante a inauguração da Uni-versidade, Marco Martins, pre-

sidente da Câmara Municipal de Gondomar, revelou que o Centro Cultural irá brevemente reabrir ao público com pelo menos duas fina-lidades: um posto da Câmara para descentralizar alguns serviços do município e a sede da Universidade Sénior de Rio Tinto. Marco Mar-tins mostrou-se disponível para “apadrinhar” a USRT, numa ceri-

mónia onde também discursou o presidente da RUTIS (Associação Rede de Universidades da Terceira Idade), Luís Jacob, o presidente da Junta de Freguesia, Nuno Fonseca e a diretora do agrupamento esco-lar, Luísa Pereira.

“Infelizmente o Centro Cul-tural de Rio Tinto esteve fechado durante muitos anos e precisa ra-

pidamente de uma intervenção da Câmara para reabilitar aquele es-paço. A minha vontade é reabrir o Centro Cultural o mais rapida-mente possível”, explicou ao Vi-vacidade, o presidente da Junta de Rio Tinto.

Universidade Sénior de Gondomar inspirou projeto de Rio Tinto

Ao Vivacidade, Nuno Fonseca explicou que a Universidade Sé-nior de Gondomar foi “um modelo a seguir” para o projeto da Junta. “Obviamente que a Universidade Sénior de Gondomar é um modelo a seguir, porque é uma das maio-res do país e porque continua a aumentar o número de alunos e de disciplinas. As duas Universidades partem de duas autarquias e estão vocacionadas para a população. São projetos sociais e que servem para dotar os territórios destes equipamentos. Não há qualquer tipo de rivalidade entre elas e tenho a certeza absoluta que vamos fazer projetos em parceria”, finalizou. n

Inaugurada Universidade Sénior de Rio TintoFoi oficialmente inaugurada, a 30 de outubro, a Universidade Sénior de Rio Tinto (USRT). A Escola Secundária de Rio Tinto (ESRT) associou-se ao projeto da Junta de Freguesia e acolheu a inauguração da nova unidade.

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Texto: Ricardo Vieira Caldas

Presente na inauguração da Uni-versidade Sénior de Rio Tinto, Luís Jacob, não escondeu a importância do surgimento de mais uma unidade no concelho. “É sempre importante o nascimento de mais uma universi-dade. Rio Tinto fica agora com duas universidades, uma promovida pela Junta de Freguesia e outra promo-vida por uma associação. É sempre uma mais valia ter novas universi-dades, sobretudo em Rio Tinto, que tem uma grande população. A partir de agora os seniores vão ter mais um sítio para poderem aprender, parti-lhar e combater a solidão”, afirmou em entrevista ao Vivacidade.

O conceito das Universidades Seniores já foi acolhido por diver-sas autarquias e instituições portu-

guesas que perfazem um total de 234, atribuindo a Portugal o lugar cimeiro no ranking mundial de países com mais instituições des-te tipo. “Somos o país com mais Universidades Seniores no mundo inteiro. Temos 234 universidades o que mostra que as pessoas aderi-ram muito bem a este projeto, que só é possível com a adesão dos nos-sos cinco mil professores voluntá-rios, coisa que não existe nos outros países”, garante Luís Jacob. “A nível europeu já é normal apostar na educação dos mais velhos e serve para provar que a idade não é um obstáculo. Somos alvo de análise de vários países que procuram replicar o nosso modelo.” acrescenta o pre-sidente da RUTIS. n

Portugal é o país com mais Universidades Seniores do mundoLuís Jacob preside a RUTIS - Associação Rede de Universidades da Terceira Idade – e esteve presente na inauguração da Univer-sidade Sénior de Rio Tinto. O Vivacidade esteve à conversa com o dirigente que explicou que Portugal é “alvo de análise de vários países que procuram replicar o modelo” das nossas Universidades Seniores.”

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> Discurso de Luís Jacob, presidente da Rutis, na cerimónia de inauguração da Universidade Sénior de Rio Tinto

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José Alberto Carvalho preside agora a As-sociação de Pais da escola-sede, a Secundária de Rio Tinto, e a ele sucederam os restantes pre-sidentes das outras associações do agrupamen-to. Hélia Nogueira, pelo Jardim de Infância de Baguim do Monte, Maria Gabriela Freire, pela EB 1 / Jardim de Infância do Seixo, Elisabete Martins, pela EB 1 / Jardim de Infância de Vale de Ferreiros, Joaquim Cardoso, pelo Centro Escolar de Baguim do Monte e Carla Borjes-son, pela EB 23 Frei Manuel de Santa Inês.

A Escola Secundária foi anfitriã nesta to-mada de posse para 2014-2015 que contou com presenças como Ana Amorim, secretária da vereadora da Educação da Câmara Muni-cipal de Gondomar, Nuno Fonseca, Junta de Freguesia de Rio Tinto, Dina Mendes, vogal da Junta Freguesia de Baguim do Monte, Jorge Ascenção, presidente da CONFAP, Luísa Pe-reira, presidente da ESRT e Gabriela Carvalho, presidente do Conselho Geral do Agrupamen-to. n

Associações de Paisdo Agrupamento de Escolas de Rio Tinto n.º 3tomaram posse em ação conjuntaAs Associações de Pais do Agrupamento de Escolas de Rio Tin-to n.º 3 (AERT3) tomaram posse a 31 de outubro na sede do agrupamento, a Escola Secundária de Rio Tinto. A sessão so-lene juntou sete das nove associações de pais das escolas que compõem o agrupamento para juntas tomarem posse. O concelho é, agora, o quarto muni-

cípio entre os 18 que constituem a Área Metropolitana do Porto (AMP), de acordo com os dados difundidos pelo ITM, uma iniciativa da Transparência e Integridade, Associação Cívica (TIAC).

Alfândega da Fé, no distrito de Bra-gança, é a autarquia do País com a melhor classificação no ITM. Em 2013, Bragança ocupava já o segundo lugar [atrás da Fi-gueira da Foz, agora relegada para o 11.º posto].

O ITM afere o grau de transparência de cada município, medido através de uma análise da respetiva página na Inter-net. A TIAC avalia o volume e o tipo de informação disponibilizados aos muníci-pes - e à opinião pública, de uma forma

geral - sobre a estrutura da autarquia, o seu funcionamento e atos de gestão, entre outros tópicos. Áreas de elevado risco de corrupção, como a contratação pública e o urbanismo, suscitam uma particular aten-ção dos autores do ITM.

Na elaboração do índice de cada con-celho (avaliado entre zero e 100 pontos), a TIAC considera a existência de 76 indi-cadores possíveis. Estes estão agrupados em sete dimensões: informação sobre a organização, composição social e fun-cionamento do município; planos e rela-tórios; impostos, taxas, tarifas, preços e regulamentos; relação com a sociedade; contratação pública; transparência econó-mico-financeira; transparência na área do urbanismo. n

Gondomar sobe no ‘ranking’ municipalde 142.º para 73.º lugar Gondomar subiu no “ranking” dos municípios do 142.º lugar, em 2013, para 73ª posição, em 2014, de acordo com o Índice de Transparência Municipal (ITM) divulgado a 10 de novembro e que avalia a informação fornecida pelos 308 concelhos do país aos seus munícipes através da análise das respetivas páginas na Internet.

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Meia-noite em ponto. Os alti-falantes do Centro Comercial Par-que Nascente anunciam o fecho de portas do maior espaço comercial de Gondomar, o segundo mais vi-sitado do Grande Porto, e assim termina mais um dia de trabalho para os 2.500 funcionários do sho-pping. Mas será que termina?

Meia hora mais tarde, Alzi-ra Pinto é a primeira a falar com o Vivacidade. A funcionária da limpeza começa a madrugada nas casas-de-banho do piso 1. “Começamos a trabalhar à meia--noite. Eu e uma colega limpamos as casas-de-banho e depois passa-mos para a zona da restauração. Afastamos as mesas e varremos o chão, depois tiramos o lixo dos caixotes e tratamos dos parque infantis. Entretanto a máquina vai lavando o piso enquanto nós limpamos os corredores”, conta ao Vivacidade.

Para Cândida Cavaco - fami-liar do presidente da República, Cavaco Silva - a liderança da equi-

pa de limpeza é uma tarefa diária, desde 2003 [ano de inauguração do Parque Nascente]. “É um traba-lho difícil porque temos a obriga-ção de ter o espaço limpo para que os clientes se sintam confortáveis. Além disso, tenho que coordenar três equipas durante 24 horas, di-vididas por três turnos”, esclarece. Ao todo são 40 os funcionários encarregues da limpeza do shop-ping mas durante o Natal a equipa é reforçada para corresponder ao aumento do número de visitantes.

Até às duas da manhã, Nelson Oliveira é o responsável pela re-paração de avarias e manutenção das áreas técnicas do Parque Nas-cente. Diariamente há lâmpadas, claustros e balastros a substituir, elevadores que têm de ser verifi-cados e equipamentos a reparar. “Estamos sempre a verificar as áreas técnicas do shopping para confirmar se está tudo normali-zado”, afirma o responsável pela manutenção.

No entanto, nesta noite Nel-son Oliveira não está só. Por volta das 3h30 chega a equipa respon-sável pela instalação da decoração de Natal, que começa por descar-

regar o material no piso 0. “So-mos uma empresa de Braga que já é responsável pela decoração de Natal do Parque Nascente há alguns anos. No Norte do país fa-zemos a decoração da maior parte dos centros comerciais”, diz Már-cio Gomes. A equipa, composta por 10 elementos, desenlaça fios e prepara os materiais para uma madrugada de trabalho nos cor-redores vazios do shopping. Na ordem de trabalhos do primeiro dia, a prioridade passa por deco-rar os pilares e começar a decorar gradualmente, sem deixar corre-dores a meio “para os clientes não notarem o trabalho”, refere o res-ponsável pela decoração.

As milhares de lâmpadas LED demoram cerca de uma semana a montar, para em meados de janei-ro serem retiradas em poucos dias. Quanto à decoração, altera-se de três em três anos por proposta dos designers da empresa.

Este trabalho é coordenado com os seguranças do turno da madrugada, que facilitam a circu-lação das máquinas e o transporte de materiais. No entanto, a segu-rança não prevê facilitismo. Sérgio

Lima, segurança da Charon, em-presa responsável pela proteção de vários centros comerciais do país,

é um dos quatro responsáveis má-ximos pela vigilância do Parque Nascente. O turno da 1h às 8h é

Parque Nascente: fomos passar a madrugada ao centro comercialNo Centro Comercial Parque Nascente os dias não acabam quando as portas se fecham, às 24h. Diariamente seguranças, funcionários da limpeza, manutenção e administração interagem para que às 7h [hora de abertura do ginásio] tudo esteja pronto a receber uma média de 1 milhão de visitantes por mês. Na reportagem Vivacidade tivemos ainda a oportunidade de assistir à montagem da iluminação de Natal, uma época especial em que a procura aumenta consideravelmente o número diário de clientes.

Texto: Ricardo Vieira Caldas Pedro Santos Ferreira

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Reportagem Vivacidade

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Parque Nascente: fomos passar a madrugada ao centro comercialNo Centro Comercial Parque Nascente os dias não acabam quando as portas se fecham, às 24h. Diariamente seguranças, funcionários da limpeza, manutenção e administração interagem para que às 7h [hora de abertura do ginásio] tudo esteja pronto a receber uma média de 1 milhão de visitantes por mês. Na reportagem Vivacidade tivemos ainda a oportunidade de assistir à montagem da iluminação de Natal, uma época especial em que a procura aumenta consideravelmente o número diário de clientes.

da sua responsabilidade naquela madrugada.

“Ao fim de 11 anos não temos grandes problemas e registamos um progresso significativo no que toca à segurança. Temos muita autonomia aqui dentro e a admi-nistração confia em nós”, explica Sérgio Lima. A estratégia inicial para combater o grande número de furtos passou pela contratação de vigilantes “respeitados na noi-te”, alguns deles dos bairros envol-

ventes. Ao fim de três anos com-plicados o shopping “foi limpo” e o número de ocorrências diminuiu consideravelmente.

“Também tivemos dois focos de incêndio em duas viaturas e um incêndio num aparelho que extrai a gordura da zona de res-tauração. Em compensação, nun-ca tivemos um assalto depois do shopping estar fechado e todos os outros centros comerciais já tive-ram”, refere.

Depois do fecho do centro co-mercial há pelo menos uma ronda no exterior e outra no interior do espaço. As portas têm sensores de intrusão que detetam as entradas e saídas e alertam os 28 seguranças responsáveis pela vigilância diur-na e noturna do shopping.

Ainda antes da abertura do shopping os vigilantes permitem a entrada de novas mercadorias através dos três cais dispersos pelos vários acessos do Parque

Nascente. Por volta das 7h da manhã começa um novo dia com os funcionários das mais de 150 lojas do Parque Nascente a abri-rem os espaços comerciais ao pú-blico.

Jorge Tavares é quemdirige o Parque Nascente

“Sou diretor do Parque Nas-cente desde 2010. Daquilo que consigo perceber, o Parque Nas-cente vem afirmando-se perante

os outros shoppings do Grande Porto”, afirma Jorge Tavares.

Na opinião do diretor o que diferencia o Parque Nascente dos restantes centros comerciais são as grandes âncoras que possui. Leroy Merlin, Jumbo e Norauto estão desde o início associados ao cen-tro comercial mas a Media Markt (2005), a nova loja da SportZone (2009), Primark (2010), Seaside e o Parque Nascente Health Club (2011) vieram reforçar a diversida-de comercial.

“Hoje somos o segundo centro mais visitado do Grande Porto e temos uma faturação global cres-cente. Estamos agora a reforçar a aposta comercial no setor da moda, com lojas como a Kiko e a Inside”, explica o diretor.

Entre os vários fatores que marcam a diferença, Jorge Tava-res sublinha a “fácil acessibilida-de ao shopping, o parque de es-tacionamento com cerca de 3400 lugares, a ampla zona de restau-raçãos e as 12 salas de cinema” do Parque Nascente. A noite dos Óscares é, segundo Jorge Tavares, “uma das noites mais glamorosas do Grande Porto” e também um fator diferenciador para o espaço comercial, a par das 365 noites de animação.

O centro comercial perten-ce ao operador francês Klepierre. O grupo é o “maior senhorio” da Inditex, detentora das lojas Zara, Pull&Bear, entre outras, que “cha-mam” mais de 12 milhões de visi-tantes por ano Parque Nascente. n

> Limpeza: Cândida Cavaco > Vigilância: Sérgio Lima > Manutenção: Nelson Oliveira > Direção: Jorge Tavares

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Reportagem Vivacidade

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Castanhas assadas e o mês de novembro são uma combinação perfeita que retrata o que se pas-sou um pouco por todo o con-celho de Gondomar. Para quem não conhece a lenda, aqui fica um pequeno resumo: num dia de muito frio e chuva, Martinho, um soldado romano, deparou-se com um homem muito pobre, vestido com roupas rasgadas, que lhe pe-diu uma esmola. Sem nada para dar ao homem, Martinho rasgou metade da sua capa e ofereceu-lha. Nesse momento, a chuva e o mau

tempo desapareceram e o sol sur-giu no céu. Foi uma recompensa de Deus a Martinho pelo seu ato de bondade. Assim, é comum ter uns dias de sol em novembro, que ficou conhecido pelo verão de São Martinho.

Em Rio Tinto, no Centro So-cial de Soutelo, realizou-se um Mega Magusto. Sandra Felgueiras, presidente da instituição, con-fessou ao Vivacidade que o mau tempo não permitiu a mesma ade-são de anos anteriores mas ainda assim, muita gente não resistiu às castanhas assadas. “Todos os anos

fazemos o magusto. Tudo come-çou há sete ou oito anos atrás. No início era mais pequeno e com a

adesão das pessoas foi crescendo. Agora até chamamos-lhe Mega Magusto, dado que já está de tal maneira difundido pelas famílias que temos sempre muita gente a participar. O objetivo é mesmo esse. Esta é uma instituição aberta a todos”, afirmou.

No mesmo dia, o Centro So-cial de Soutelo planeava inaugurar um parque infantil destinado às crianças mas a chuva não o per-mitiu. “Foi uma iniciativa com a ajuda dos pais, dos associados e de algumas atividades com rifas. Conseguimos fazer um parque

infantil novo para os meninos da creche escolar. Conseguimo-lo sem qualquer custo para o Centro

Social e será inaugurado quando o tempo permitir, visto que é ao ar livre”, referiu a presidente.

A tarde foi passada ao som das crianças e dos respetivos pais que animaram os presentes com músi-cas originais. Com a barriga cheia os convidados ainda visitaram o Mercadinho de Oportunidades Soutelo Vivo.

O espírito de São Martinho também contagiou o Sport Clu-be Rio Tinto. Na sede do clube realizou-se um jantar com sócios e simpatizante da equipa. O SC Rio Tinto juntou famílias e asso-

ciados num jantar animado pelo grupo folclórico “As Cantarinhas da Triana” e pelo vocalista e teclis-ta “Fernando Ferreira F&F”. Para satisfazer os presentes não podiam faltar as castanhas, o vinho tinto e outros petiscos. O evento con-tou ainda com a presença de José Fernando Moreira, vereador do Ambiente da Câmara Municipal de Gondomar, e Nuno Fonseca, presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto.

Mas as festas de São Martinho não se ficaram por aqui. Em S. Pedro da Cova, a Associação Re-creativa Desportiva de Vila Verde organizou uma iniciativa em que não faltaram castanhas e boa dis-posição.

As Casas da Juventude do con-celho também estiveram em festa. Em Rio Tinto foram feitas inúme-ras atividades para os mais novos.

As crianças estiveram a colorir castanhas e fizeram trabalhos ma-nuais que acabaram por servir de decoração para a sala. Os convida-dos trouxeram castanhas e todos juntos tiveram a oportunidade de as assar. As quentinhas, ajudaram a aquecer a tarde fria que se fez sentir.

A Casa da Juventude de Gon-domar também celebrou o S. Mar-tinho, juntamente com a presença da vereadora do Desporto e Juven-tude do município, Sandra Bran-dão. A tarde ficou marcada por um ambiente festivo e de grande satisfação.

S. Pedro da Cova não quis fi-car atrás e tanto os miúdos como os graúdos juntaram-se na Casa da Juventude para comer castanhas e passar uma tarde de outono. No final do dia, não sobrou nenhuma castanha. n

Este ano, entre nuvens e períodos de céu aberto, houve verão de São Martinho em Gondomar. Não faltaram iniciativas que leva-ram os gondomarenses a comer as tradicionais castanhas assadas.

São Martinho contagiou GondomarNem o mau tempo parou as várias iniciativas de convívio por todo o concelho

> Na foto: presidente Jorge Pina discursa no magusto organizado pelo Sport Clube de Rio Tinto

Texto: José Pedro Oliveira

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> Na Casa da Juventude de Rio Tinto também se celebrou o São Martinho

> Mega magusto do Centro Social de Soutelo > O Centro Social de Soutelo pretendia inaugurar um parque infantil

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A Nautilus, uma empresa de Foz do Sousa na área do mobiliário escolar e tecnologia, associou-se à Lusoinfo Multimédia, empresa es-pecializada na conceção e produção de conteúdos educativos multimé-dia para crianças, para promover o Netboard Portable.

O Netpower Portable é uma es-tação interativa portátil para utiliza-ção em pré-escolar dos conteúdos pedagógicos multimédia. “Versatili-dade é uma característica deste pro-duto”, garante a empresa, que per-mite a transformação de diferentes superfícies numa tela interativa, podendo ser utilizado no chão, na mesa ou na parede.

Ao Vivacidade, a diretora de ma-rketing da empresa gondomarense, Filipa Silva, explicou o conceito da inovação. “O Netboard permite co-locar os conteúdos educativos de uma forma muito mais interativa e agradável para os mais pequenos. O nosso foco é na educação. Nós produzimos mobiliário escolar e tecnologias para a educação”, refere.

O produto desenvol-vido em Foz do Sou-sa, Jovim e Caste-lo de Paiva [as três unida-des in-

dustriais da Nautilus] pretende que as crianças possam interagir de for-ma intuitiva com os conteúdos edu-cativos, em múltiplas superfícies, o que permite um extenso leque de possibilidade de seleção de jogos educativos que permitem desenvol-ver diversas capacidades motoras, cognitivas e linguísticas.

Ministério da Educação é o principal cliente da em-presa

Com 50% da produção direcio-nada para a internacionalização –

em países como Espanha, França, Itália, Angola, Moçambique e Reino Unido – a Nautilus apostou no Mi-nistério da Educação como princi-pal cliente no mercado nacional.

“O nossa principal cliente é o Es-tado, através do Ministério da Edu-cação e das Câmaras. Na altura do Plano Tecnológico da Educação a Nautilus foi uma grande fornecedo-ra. Instalamos cerca de 10 mil qua-dros interativos em Portugal”, con-firma Filipa Silva. Em Moçambique a aposta é também no setor público mas a empresa sousense está agora virada para o país vizinho.

Filipa Silva garante que a inter-nacionalização “é o futuro” da em-presa e que a sua origem veio com o prémio Worlddidac - o prémio mundial com maior prestígio e re-conhecimento no setor da educa-ção - alcançado pela Nautilus por três vezes consecutivas. “Ganhámos em 2006, 2008 e 2010. Ao nível da internacionalização, o prémio foi para nós muito importante porque deu a conhecer o nosso nome além-

-fronteiras”, explica. De resto a aposta passará “pela

inovação”, garante a diretora, já que o grupo possui ainda um Núcleo de Investigação Tecnológica, cuja equi-pa está focada no desenvolvimento de ideias para novos produtos. Até agora destacam-se as estações e me-sas interativas e o conceito Escola Interativa, que associa a tecnologia à organização e funcionalidade no mobiliário. n

Nautilus desenvolve estação interativa portátilEmpresa gondomarense foi principal fornecedora no Plano Tecnológico da EducaçãoSurgiu em 1996 como empresa de mobiliário doméstico e três anos mais tarde foi adquirida pela atual administração que restruturou o modelo de negócio, abandonando o mobiliário doméstico para o escolar. Em 2005, começou-se a integrar a tecnologia em mobiliário e foi a partir daí que se começaram a desenvolver os produtos tecnológicos para a educação. A Nautilus, sediada em Foz do Sousa, é hoje reconhecida internacionalmente pelas estações interativas que desenvolve para os estabelecimentos escolares.

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Texto: Ricardo Vieira Caldas

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> Na foto: Filipa Silva, diretora de marketing da Nautilus > As mesas interativas são uma aposta da empresa

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Às 10h10 do dia 30 de outubro, hora do intervalo da manhã, a ESRT tinha mudado de cor. Alunos, professores e funcionários vesti-ram-se de rosa e tiraram uma foto de grupo para encarar a luta pelo cancro da mama.

A ideia partiu de Márcia Pacheco, do-cente da escola e coordenadora da saúde. “Sou coordenadora da saúde e tento di-namizar os temas ligados à área. Este ano vamos ter um ‘flash mob’ e um desfile de moda ligado à prevenção do cancro da pele”, explicou ao Vivacidade. “O objetivo desta iniciativa é sensibilizar a população para o

cancro da mama que mata muitas mulheres em todo o mundo. É importante manter os rastreios e a ESRT tem uma ligação com a Liga Portuguesa Contra o Cancro. Gondo-mar está também sensibilizado para o mês rosa”, acrescenta Márcia Pacheco.

“Este ano conseguimos juntar os alu-nos, os professores e os funcionários e fize-mos uma fotografia na escadaria principal para tentar fazer uma grande mancha rosa que depois vai ser enviada para a Liga Por-tuguesa Contra o Cancro”, finalizou a pro-fessora. n

Onda rosa na Secundária de Rio TintoO mês de outubro é associado, desde a década de 90, à luta contra o cancro da mama, assumindo-se como ‘Mês Rosa’ ou ‘Pink October’. A Escola Secundária de Rio Tinto (ESRT) não se mostrou indiferente à causa e uniu alunos, professores e fun-cionários numa mancha pela luta contra a doença.

Desde a mesma data, a linha 22 alterou também o seu per-curso, começando e terminando sempre em Campanhã, com alterações nos horá-rios.

Assim, os auto-carros da Gondoma-rense provenientes de Ermentão e da Presa de Lebrém farão transbordo no Miradouro para os autocarros da linha 22 no caso de utilizar o tarifário Andante, ou para as linhas

provenientes de Gondo-mar no caso de utilizar o tarifário atual.

Os autocarros pro-venientes de Ponte Real farão transbordo nos Carregais e têm ligação ao Porto nos autocar-

ros da linha 22 com ta-rifário Andante.

Estas alterações possibilitarão, também, uma maior frequência nos transportes, com novos horários que podem ser consultados do sítio da Internet da Gondomarense. n

Tarifário andante disponível nas linhas 2, 3 e 21 da GondomarenseO tarifário Andante passou, desde o dia 3 de novembro, a estar disponível juntamente com o tarifário atual, nas linhas 2 (Er-mentão/Porto), 3 (Presa de Lebrém/Porto) e 21 (Ponte Real/Porto) da Gondomarense.

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“A ciclovia veio piorar o estacio-namento nesta zona. Agora só te-mos estacionamento pago e é muito caro para nós que trabalhamos aqui e temos que estar o dia todo a pôr moedas. Ainda não vi nenhum ci-clista a utilizar esta ciclovia”, recla-ma Verónica Campos, responsável pela loja Probell, na avenida 25 de Abril.

Como Verónica, mais comer-ciantes da mesma avenida recla-mam a mesma situação.

“Aqui não se justificam as ciclo-vias porque precisamos de estacio-namento para os clientes visitarem as nossas lojas. Se tivéssemos uma alternativa de estacionamento não seria problemático, mas não é o caso. Nem sequer passam aqui bici-cletas. Notamos que há clientes que

deixaram de aparecer porque se vi-ram privadas de poder estacionar aqui”, refere Paula Silva, da Bouti-que Francisco’s.

Frederico Abreu, responsável pela Gomomania, confirma já se ter reunido com outros comerciantes e com o presidente da Câmara, Mar-co Martins, para discutir o assunto.

“Já fizemos uma reunião com a CMG para arranjarmos uma al-ternativa, mas disseram-nos que já não ia ser possível estacionar aqui, independentemente da ciclovia. Isto prejudica o negócio local por-que retira-nos estacionamento. Se não tivermos uma alternativa de es-tacionamento vai ser muito compli-cado para nós. A ciclovia pode estar aqui desde que haja uma alternativa de estacionamento”, indica Francis-co Abreu.

“As ciclovias fazem parte de um compromisso eleitoral que está a ser cumprido”, confirmou fonte da Câ-

mara Municipal ao Vivacidade e o percurso “ainda não está concluído”. A mesma fonte garante que “Marco Martins já se reuniu com os comer-ciantes e que os ajudará em tudo o que puder desde que não compro-meta a autarquia em mais um pro-cesso judicial com a concessionária do estacionamento”. Para colmatar a falta de estacionamento, na Avenida Oliveira Martins, revelou ainda a fonte, “foram criadas duas faixas de estacionamento não pago, algo que não existia antes”.

“Há pouca ou nenhuma si-nalização vertical adequada às ciclovias”

O Vivacidade foi ouvir um pro-fissional, especialista no código da estrada que confirmou algumas “fa-lhas” na sinalização.

“É de louvar esta iniciativa da Câmara Municipal de Gondomar que atribuiu algumas benesses aos ciclistas. O projeto ainda não está concluído, mas existem algumas falhas de sinalização e de passagens para ciclistas. Há pouca ou nenhu-ma sinalização vertical adequada e deveriam haver mais locais para es-tacionar as bicicletas”, explica Filipe

Rocha, da Escola de Condução de Rio Tinto. O instrutor acrescenta que “há várias sinalizações para in-dicar início ou fim de ciclovias e há uma sinalização própria que indica a saída de ciclistas. Muitas vezes não se verifica essa sinalização a avisar os condutores, em Gondomar. Em

Valbom, por exemplo, a sinalização está mal feita porque temos indica-ções de ciclovias muito dispersas e afastadas”.

Contudo, Filipe Rocha acre-dita que existem condições para a criação de ciclovias em Gondomar. “Gondomar tem essas condições,

mas deviam estar melhor sinali-zadas. A estrada nacional junto ao rio, na marginal, é um local pouco adequado para criar uma ciclovia”, afirma. “A iluminação das ciclovias também é uma preocupação assim como a sua largura que não cum-pre a dimensão mínima exigida e

devia acompanhar este projeto. Na Avenida da Conduta a sinalização está muito bem feita e esse exemplo devia ter sido seguido na zona do Hospital Escola de Gondomar por-que os passeios também são muito largos”, acrescenta por fim o profis-sional. n

Ciclovias geram discussãono comércio localA criação dos 35 quilómetros de ciclovias pela Câmara Municipal de Gondomar para o concelho está a gerar descontentamento em alguns comerciantes do centro de S. Cosme. Os lojistas reclamam mais estacionamento e não compreendem a medida, o município já reuniu com os comerciantes e refere que “está tudo legal”.

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Texto: Ricardo Vieira Caldas

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> Na foto: Filipe Rocha, da Escola de Condução de Rio Tinto

> No total estão previstos 35 quilómetros de ciclovias em Gondomar

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“Nesta exposição, que já é a maior exposição columbófila do país, temos cerca de 5000 aves ex-postas. Todos os anos crescemos em quantidade e em qualidade porque temos aqui alguns dos melhores criadores do mundo e conseguimos juntar cerca de 800 ‘diamantes de gould’, o que não é nada fácil”, começa por explicar Amílcar Dias, organizador do evento, ao Vivacidade.

Visivelmente satisfeito com o acumular de edições do Or-nishow (esta foi a 19ª), o respon-sável pela exposição admite que ainda é possível “crescer mais um bocadinho”, graças à capacidade do pavilhão Multiusos de Gondo-mar.

Os ‘diamantes de gould’ con-tinuam a ser a principal atração do evento que reúne os “Mouri-nhos” da competição na “prova mais importante do país”, segun-do Amílcar Dias.

O membro do Clube Orni-tológico de Gondomar sublinha o crescimento da iniciativa, com a “aposta num maior número de juízes e de expositores, para além de um reforço do número de aves”.

Entre as várias categorias a concurso destacam-se os Caná-rios de Cor, Canários de Porte e Aves Exóticas. Ao júri cabe ava-liar o pássaro da cabeça até à pata, desde a cor, plumagem, rabo, pa-tas e tamanho do pássaro. Todos os pormenores contam para a classificação final da ave.

Apesar das “dificuldades as-sociadas à magnitude do evento”, Amílcar Dias espera realizar a 20ª

edição do Ornishow em 2015. “Não depende só de nós, depen-de da Câmara de Gondomar, mas acredito que vamos continuar no

Multiusos de Gondomar”, afir-mou o organizador.

O Ornishow é organizado pelo Clube Ornitológico de Gon-

domar em parceria com o Centro Ornitológico do Porto e o Clube Independente Ornitológico de Matosinhos. n

Multiusos teve 5000 pássaros no Ornishow 2014 A 19ª edição do Ornishow Internacional do Douro contou, este ano, com cerca de 5000 pássaros no Multiusos de Gondomar. O evento realizou-se entre os dias 7, 8 e 9 de novembro.

Texto: Pedro Santos Ferreira

Geoclube: 25 anos do clube que se tornou associaçãoO Geoclube – Associação Juvenil celebrou, entre os dias 7 e 10 de novembro, os seus 25 anos de existência.

O clube da Escola Secundária de Gon-domar, que envolveu várias gerações de jovens e que em 2000 se tornou também

Associação Juvenil, celebrou no início de novembro 25 anos de vida.

Entre os dias 7 e 8 de novembro An-gélica Perra, presidente da Rede Interna-cional TDM 2000 Internacional esteve no Geoclube para dar formação sobre gestão de Projetos Internacionais que têm como principal objetivo preparar as candidatu-ras que se aproximam no início de 2015, nomeadamente no Programa Erasmus+ Juventude em Ação.

Já a 10 de novembro, durante a manhã, num auditório com mais de cinco dezenas de jovens houve um momento de partilha de histórias de algumas pessoas que de uma forma ou de outra estão relacionadas com o Geoclube. As histórias estavam re-lacionadas com verbos que se relacionam com a forma de ser “Geoclubista”: Apren-der, Viver, Colaborar, Partilhar, Desenvol-ver, Crescer e Viajar.

À noite os membros da direção reuni-ram-se para comemorar o aniversário num jantar carregado também ele de histórias sobre estes 25 anos que tantas vidas muda-ram em tantos jovens. n

Zumba solidárioa favor de Maria do CéuGondomar acolheu um evento solidário de Zumba, que reverteu para a causa da Maria do Céu, noticiada na edição de setembro do Vivacidade.

Maria é uma adolescente que, devido a uma intervenção cirúrgica que previa 99% de sucesso, ficou com 99% de inca-pacidade.

A Just Dance Gondomar organizou o evento ‘Zumba Solidário’ que contou com mais de 700 participantes, superando to-das as expectativas.

Regina Moreira, responsável pela Just

Dance Gondomar, explicou ao Vivacida-de como tudo começou. “Esta ideia sur-giu muito naturalmente, uma vez que a Maria foi colega da minha filha até ao 9.º ano. Já conhecia a família e quando soube do caso fiquei chocada. Queria arranjar forma de a ajudar e como trabalho com alguns instrutores de zumba, achei que seria uma ótima ideia organizar algo que conseguisse juntar o máximo de dinheiro possível, uma vez que a família da Maria necessita de ajuda para a poder receber em casa”, esclareceu. Tudo isto foi possí-vel, acrescenta a organizadora, “graças à boa vontade desta empresa, aos apoios da União de Freguesias de Gondomar (S. Cosme), Valbom e Jovim, e de todos os patrocinadores interessados em apoiar esta causa.”

A proprietária da Just Dance Gondo-mar, uma loja de artigos de ballet do con-celho, afirmou em jeito de conclusão que “são eventos como este que aproximam os gondomarenses em causas solidárias.” n

Texto: José Pedro Oliveira

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> Em 2015, o Ornishow cumpre a sua 20ª edição

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“A oportunidade surgiu num concurso ‘Miss Teenager’ que eu tinha feito. Como fiquei no ‘Top 7’ tive entrada direta para o ‘Miss European’. Fizeram vários cas-tings nas zonas Norte, Centro e Sul, e fiquei entre as primeiras 40 eleitas, depois acabei por entrar nas 15 finalistas. A seguir fomos 10 ao ‘Miss European’, no Casino Estoril. Fizemos um estágio e fo-mos para a Irlanda. A Irlanda foi o meu primeiro concurso inter-nacional, onde conheci uma nova cultura e outras raparigas” come-ça por explicar ao Vivacidade a jovem gondomarense.

Jéssica Rodrigues estuda atualmente enfermagem em Vi-

seu e integrou o mundo da moda há apenas um ano. “Comecei há um ano no mundo da moda. Tudo começou com desfiles aqui em Gondomar, mais concretamen-te no Multiusos. Há uma grande competição e temos que dar sem-pre o nosso melhor. Competimos com pessoas que estão desde pequenas a treinar para aqueles momentos decisivos”, conta. Um momento decisivo que surgiu há pouco tempo quando Jéssica in-tegrou a equipa de representação portuguesa na ‘Miss European--Team Dance 2014’. A vitória individual recaiu sobre Daciana Marques mas a gondomarense es-pera ainda poder vir a “represen-

tar Portugal internacionalmente como miss biquíni, miss turismo e outros concursos”.

“Ser modelo e miss é com-pletamente diferente. Estive a es-tagiar em Lisboa, depois de um casting e foi aí que percebi que queria seguir neste mundo”, afir-ma. Para já há que aproveitar as oportunidades que o mundo das passarelas lhe oferece já que a sua “grande paixão” recai sobre a en-fermagem.

O concurso ‘Miss European’ contou com a participação de 11 países da Europa, com 10 repre-sentantes de cada país, onde as candidatas passam uma semana em estágio. n

“Espero representar Portugal internacionalmente como miss biquíni ou miss turismo”

Entrou para o mundo da moda há cerca de um ano num desfile realizado no Multiusos e é precisamente no pavilhão de Gondomar que fala ao Vivacida-de. Jéssica Rodrigues tem 18 anos e representou Portugal no ‘Miss European--Team Dance 2014’, que se realizou em novembro na Irlanda.

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Sociedade

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“Temos um concelho seguro,quer na área do socorro, quer na área de segurança”Por altura da 1ª Feira Internacional de Segurança e Proteção, em Gondomar, o Vivacidade quis saber se o concelho é seguro. O Comandante Operacional Municipal, na área do socorro, Artur Teixeira, também Comandante da Polícia Municipal, respondeu afirmativamente à questão garantindo que “Gondomar é um concelho seguro apesar de haver sempre margem para evoluir”. O profissional garante mesmo que o concelho dispõe dos “melhores bombeiros do mundo”.

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Sociedade

De um modo geral, as pessoas questionam muito sobre quais as competências da Polícia Munici-pal. Quais são as principais áreas em que a Polícia Municipal pode intervir?

Há áreas que são da exclusi-va responsabilidade da PSP, e em alguns casos a Polícia Municipal atua em conformidade com a PSP. Por exemplo, a Polícia Municipal não tem por obrigação fazer a se-gurança de um evento desportivo, essa competência é da PSP, mas nós atuamos em conformidade e auxi-liamos sempre que é necessário. As nossas competências são da área administrativa das comunicações, na segurança de edifícios munici-pais e na área rodoviária. Estamos aptos a intervir na segurança ro-doviária, caso seja necessário. Em Gondomar a cooperação é exce-lente e nós informamos sempre as forças de segurança da nossa pre-sença.

Essas competências estão bem de-finidas?

Sempre que atuamos sabemos bem a nossa competência. Se che-garmos ao local e encontramos um crime, sabemos que não é da nossa competência. Em casos de flagran-te delito estamos autorizados a in-tervir.

Com um novo dispositivo muni-cipal, novos veículos e um novo edifício [Parque Tecnológico de Negócios e de Ourivesaria de Gondomar], como classifica os atuais recursos da Polícia Muni-cipal?

Temos um concelho seguro, quer na área do socorro, quer na área de segurança. Este desenvol-vimento decorre da sensibilidade do presidente da Câmara Muni-

cipal de Gondomar e da própria autarquia. A frota automóvel au-mentou, temos mais dois veículos, uma nova central de segurança, que ainda está a ser implementada. Para os gondomarenses é reconfor-tante saberem que podem contar connosco 24h por dia, através do nosso contacto telefónico [800 200 135 – número verde]. Os melhores bombeiros do mundo estão em Gondomar. Temos cinco corpo-rações de bombeiros, com meios para combater incêndios de gran-des dimensões. Reunimos com os comandantes dos bombeiros de dois em dois meses. Gondomar é um caso único a nível nacional no que toca ao investimento nas cor-porações de bombeiros. Além dis-so, sei que os presidentes de Junta estão interessados em criar unida-des locais de Proteção Civil.

Têm planos estratégicos de pre-venção para casos de acidentes graves ou calamidades?

Sim, fizemos um planeamen-to alargado a todas as forças de segurança e socorro. Além disso, temos sempre a preocupação de realizar um relatório de avaliação para perceber o que pode correr melhor.

Tendo em conta o surto de le-gionela que está a ser motivo de receio em Portugal, que medidas podem ser tomadas pela Proteção Civil de Gondomar?

Há um número da linha de saú-de que deve ser contactado nesses casos. A Proteção Civil tem um caráter multidisciplinar e pluris-sectorial, por isso não há ninguém em si que encerre a capacidade decisória. A autoridade respon-

sável pela saúde teria que liderar um processo relacionado com esse caso, contando com o apoio neces-sário da Proteção Civil. Mas ainda não temos relatos de nenhum caso desses em Gondomar.

Em relação à Feira Internacional de Segurança que vai ser realiza-da em Gondomar, qual é o papel da Polícia Municipal na organi-zação do evento?

Esta é uma iniciativa muito importante para a região Norte e mesmo para Portugal, que vai trazer a Gondomar um grande conjunto de interessados no setor da segurança. Vamos contar com vários stands institucionais, como a GNR, a PSP e outras forças, que vão dar a oportunidade de contac-tar diretamente com estas forças. Vamos ter também a 1ª Confe-rência de Segurança do Triângulo D’Ouro, em que o tema tratado serão os subsistemas da Proteção Civil e da Segurança. Foi intenção do município trazer cá os três ex--secretários de Estado da área de segurança, dos últimos Governos [Luís Pais de Sousa, Ascenso Si-

mões e Lobo D’Ávila]. Ainda há uma expectativa que o atual se-cretário de Estado atual venha cá. Esperamos que seja um momento de reflexão sobre a segurança na-cional e municipal.

O evento terá continuidade em Gondomar?

Gostaríamos de replicar este evento bianualmente, porque tam-bém é realizado em Lisboa.

A Proteção Civil tem estado aten-ta aos avisos meteorológicos. A época de inverno merece uma atenção especial?

Como todas as outras. Neste momento está em fase final o nos-so plano de prevenção e vamos operacionalizar alguns planos.

Apesar da elevada taxa de crimi-nalidade, pensa que Gondomar está mais seguro agora?

Julgo que Gondomar é um concelho seguro, apesar de ainda termos margem de progressão ao nível da segurança. A nossa missão tem que ser sempre cumprida, mas temos margem para evoluir. n

Texto: Ricardo Vieira Caldas Pedro Santos Ferreira

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Artur Teixeira é, desde maio, o Comandante Operacional e Comandante da Polícia Munici-pal de Gondomar. Foi oficial miliciano na tropa e esteve em funções na Junta de Governa-ção Civil do Porto durante dois anos. Durante seis anos foi também adjunto de operações do Comando Distrital de Operações do Porto e cumpriu igualmente a função de diretor do departamento da Proteção Civil na Câmara Municipal do Porto.

> A Polícia Municipal e a Proteção Civil estão agora no Parque Tecnológico de Gondomar

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Cultura

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O 15.º Festival de Teatro da Cidade de Rio Tinto começou no início do mês de novembro, com a peça “Azul Longe nas Colinas”, de Dennis Potter, encenada pelos In Skené – Grupo de Teatro Amador de Gondomar. A sala de espetácu-los do Grupo Dramático e Bene-ficente de Rio Tinto teve lotação esgotada, naquele que foi conside-rado “um dos melhores arranques de festival dos últimos tempos”, se-gundo Alberto Mendes, presidente

do Dramático de Rio Tinto.“Quando acaba um festival

começamos logo a pensar no pró-ximo. Tentamos sempre chegar a

novembro com tudo a correr às mil maravilhas”, explica ao Vivacidade.

O dirigente da associação de Rio Tinto admite que a cobrança de

bilhetes chegou a ser equacionada mas para já a entrada no salão de espetáculos do Drámatico de Rio Tinto continua a ser livre. “A ideia nunca avançou. Optamos por ven-der umas rifas nos dias dos espetá-culos e quem quiser dá o seu con-tributo. A nossa obrigação é fazer teatro”, diz Alberto Mendes.

Francisco Nogueira, encenador do grupo de teatro residente, espera começar já no final do 15.º Festival

a preparar a próxima peça do Gru-po de Teatro Renascer do Dramáti-co de Rio Tinto. “Em 2015 vamos ter uma nova peça que vai estrear na 16ª edição do Festival”, refere o encenador.

Este ano, o Festival celebrou uma parceria oficial com a Junta de Freguesia de Rio Tinto e conta com o apoio da Câmara Municipal de Gondomar. A entrada é livre, todos os sábados às 21h45. n

A 15ª edição do Festival de Teatro da Cidade de Rio Tinto já arrancou. Durante o mês de novembro, a sala de espetáculos recebe quatro grupos convidados pelo Grupo Dramático e Beneficente de Rio Tinto, responsável pela organização e peça de encerramento do festival.

Novembro é mês de teatro em Rio Tinto

Texto: Pedro Santos Ferreira

O que falta ver:

22 de novembro - “A Fuga”, pelo Grupo de Teatro TEIA – Alvarim Tondela

29 novembro - “Mãos à Obra Porto”, pelo Grupo de Teatro Renascer do Dramático de Rio Tinto

A primeira iniciativa no âmbi-to da campanha “Salvem a Zorra” realizou-se no dia 15 de novembro, no auditório da Escola Profissional

de Gondomar. Cerca de 230 pes-soas deram o seu contributo soli-dário para a requalificação e con-servação da Zorra n.º 53 e lotaram a sala para assistir ao espetáculo musical. Pelo palco passaram os Acoustic Soul, QuarTASTO, Leo-nel Aguiar e os Vox Populi, num

evento por uma causa maior.O desafio lançado pela Liga de

Amigos do Museu Mineiro de São Pedro da Cova prevê um conjun-to de iniciativas com o objetivo de angariar fundos para o restauro da Zorra, uma viatura de plataforma e caixa aberta construída em 1932, que servia de transporte de carvão entre as Minas de São Pedro da Cova e a Estação Central Geradora de Massarelos.

“No dia 14 de dezembro vamos realizar uma caminhada que par-te do Museu Mineiro de S. Pedro da Cova e vamos ter uma aula de zumba. Na inscrição para a cami-nhada atribuímos uma t-shirt com a imagem da Zorra. Para 2015 também já temos várias atividades planeadas”, diz Micaela Santos, da

Liga de Amigos do Museu Minei-ro.

Ao Vivacidade, Daniel Viei-ra, presidente da União das Fre-guesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova, faz um balanço “positivo” da primeira iniciativa e sublinha a “grande adesão” da população.

“A Junta de Freguesia nunca recebeu um único apoio para o atual Museu Mineiro, mas estamos com esta iniciativa com o objetivo último de recuperação do patri-mónio mineiro, designadamente do cavalete do poço de S. Vicente”, conclui o autarca. n

A Liga de Amigos do Museu Mineiro de São Pedro da Cova lançou uma campanha de angariação de fundos para o restauro e conserva-ção da Zorra n.º 53. Ao Vivacidade, Daniel Vieira fala numa “grande adesão” à causa.

Liga de Amigos do Museu Mineiro quer salvara Zorra de São Pedro da Cova

Texto: Pedro Santos Ferreira

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“A ideia surgiu em 1987 e duran-te dois anos existiu uma comissão coordenadora que tratou de tornar a ARGO uma associação legalizada. A escritura foi feita a 31 de outubro de 1989”, começa por contar Albertino Valadares, presidente da Associação Artística de Gondomar desde 2006.

A coletividade com sede junto ao Pavilhão Gimnodesportivo Mu-nicipal de Fânzeres celebra este ano o 25.º aniversário do projeto que começou em casa de Aurélio Mes-quita, numa reunião de artistas gon-domarenses.

O pintor, acompanhado por Albertino Valadares, António Pa-checo, Manuel Cruz, Luísa Cruz, Manuel Araújo, entre outros artistas gondomarenses. “Na altura só exis-tia a “Agroindústria” que era a única exposição de pintura em Gondo-mar. Foi aí que decidimos fundar uma associação que desse mais dig-nidade e condições aos artistas”, diz Albertino Valadares.

Perante incentivos dos artistas locais nasceu a ARGO. Atualmen-te a Associação Artística de Gon-domar tem várias colaborações desenvolvidas com a Câmara Mu-nicipal de Gondomar, as Juntas de Freguesia de Fânzeres, S. Pedro da

Cova e Rio Tinto, bem como parce-rias com associações do concelho. “Além disso, fazemos todos os anos duas exposições no Auditório Mu-nicipal de Gondomar, nas Festas do Concelho ou no Natal”, acrescenta o pintor.

Com um total de 160 associados “pagantes” [em números ultrapassa os 600 associados] a ARGO organi-za as exposições “Artistas.Gondo-mar” [a decorrer na Casa Branca de Gramido], “Cer.ta.me”, “Arte.Eróti-ca”, “Prémio Fotografia” e “Prémio Cartune”. As mostras têm em média cerca de 10 mil visitantes, um nú-mero que atesta a “boa adesão dos gondomarenses”, segundo Albertino Valadares.

“Tivemos um prémio “Arte.Erótica” em que tínhamos uma tela

com um tecido de veludo verme-lho e as pessoas mexiam no tecido e deixavam a sua marca, que ficava em forma de dedos no tecido. Isso também é erotismo, o sentir. Sempre soubemos separar erotismo de por-nografia”, afirma o pintor.

O artista considera a arte “um dom que nasce com as pessoas” e destaca as obras de Júlio Resen-de, Zulmiro de Carvalho e Aurélio Mesquita como referências máxi-mas da qualidade da cultura gondo-marense.

“Com a ARGO ficamos a co-nhecer melhor os artistas e artesãos de Gondomar. Antigamente eles existiam mas não estavam identi-ficados, hoje já sabemos onde eles estão e quem podemos chamar para um determinado tipo de arte”, refere

o presidente da ARGO.Em 2015 a ARGO volta a or-

ganizar as exposições “Cer.ta.me” e “Arte.Erótica”.

Nova sede é projeto adiado enquanto houverem “outras prioridades”

Albertino Valadares mostra--se satisfeito com a sede da ARGO, apesar de admitir que um novo es-paço próprio “seria interessante”, so-bretudo em Gondomar. “Seria bom termos essa representatividade no

centro do concelho, mas temos ou-tras prioridades e não tencionamos endividar-nos para ter uma nova sede”, sublinha o dirigente.

Recorde-se que recentemente a ARGO ficou sem a galeria “Arte no Parque”, situada no piso 0 do Cen-tro Comercial Parque Nascente. “A galeria dava preferências a artistas gondomarenses e sócios da ARGO mas deixou de existir porque o shopping precisou daquele espaço. Estamos a ver se conseguimos um novo expositor”, conclui o pintor. n

Em 2014, a Associação Artística de Gondomar (ARGO) celebra 25 anos de apoio aos artistas e artesãos gondomarenses. Na sede social da associação entrevistamos o presidente Albertino Valadares.

ARGO apoia artesãos gondomarenses há 25 anos

Texto: Pedro Santos Ferreira

Exposições a decorrer:

Até 22 de novembro, sábados das 10h30 às 13h e das 14h30 às 17h30 – “25 Anos ARGO”, Exposição de Fundadores Criativos da Associação Artística de Gondomar, na Galeria Rui Al-berto, Foz do Sousa

22 a 29 de novembro – “Eco Presépios”, na CEA Quinta do Passal

Até 30 de novembro, das 9h30 às 12h30 e das 14h às 18h – Exposição Coletiva de Artes Plásticas “Artistas.Gondomar” 2014, na Casa Branca de Gramido

Até 31 de janeiro - “As Minas, a ARGO e a Fotografia”, no Museu Mineiro de S. Pedro da Cova

Até 20 de dezembro – “Pintura de Fernando Neves”, na ARGO, Fânzeres

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Em 1994, Francisco Carvalho, professor de educação física, deci-diu reunir um grupo de docentes que formaram o Grupo Etnográ-fico da Escola Preparatória de Rio Tinto, para “aprender um pouco de folclore no fim das aulas”, conta Maria Eduarda Barros, a atual pre-sidente da direção do grupo.

Ao Vivacidade, a dirigente re-corda que no início a ideia “não passava de uma brincadeira” até que as pessoas “começaram a gos-tar do folclore”. “Aos poucos os membros do grupo foram trazen-do outras pessoas e acabou por surgir a nossa primeira atuação,

no Pavilhão Gimnodesportivo Municipal de Fânzeres”, diz Maria Barros.

Atualmente, o Grupo Etno-gráfico da Escola Preparatória de Rio Tinto conta com 40 pessoas mas está em constante remode-lação, graças à grande mobilida-de da colocação de professores. “Quando chegamos a setembro reformulamos o grupo quase na íntegra. No entanto, agora que conseguimos formar uma direção temos mais estabilidade”, admite a dirigente.

Para celebrar os 20 anos de vida, o grupo preparou um espe-táculo comemorativo na sala de espetáculos do Grupo Dramático e Beneficente de Rio Tinto e con-vidou o Grupo de Danças e Can-

tares do Centro Social de Soutelo e a Associação Folclórica “Cantari-nhas da Triana”, para uma tarde de folclore e muita animação.

Na assistência estiveram deze-nas de pessoas, com destaque para a presença de Nuno Fonseca, pre-sidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto.

“Visto esta gente toda e não é um trabalho fácil”

Manuela Lemos está na asso-ciação há 18 anos e é responsável pelo guarda-roupa e cenários dos espetáculos organizados pelo Gru-po Etnográfico da Escola Prepara-tória de Rio Tinto. A ex-professora de Educação Visual e Tecnológica, confessa ter uma “aptidão espe-cial” e encara a tarefa como um

desafio permanente. “Visto esta gente toda e não é um trabalho fá-cil. Estou sempre a ajustar tecidos e a costurar novas roupas”, explica ao Vivacidade.

Entre as roupas e os cenários

Manuela Lemos dedica muitas ho-ras ao grupo e antevê uma “nova vida” para os próximos anos. “Ago-ra temos muitos membros e profes-sores aposentados, o que deu uma nova vida ao grupo”, conclui. n

No dia 16 de novembro, o Grupo Etnográfico da Escola Preparatória de Rio Tinto festejou a rigor o 20.º aniversário no palco da sala de espetáculos do Grupo Dramático e Beneficente do Rio Tinto. Ao evento não faltou folclore.

Grupo Etnográfico da Escola Preparatória de Rio Tintofestejou 20.º aniversário

Texto: Pedro Santos Ferreira

Pintura e arraiolosem exposiçãona Biblioteca de Gondomar

Na inauguração marcou presença o pre-sidente da União das Freguesias de S. Cos-me (Gondomar), Valbom e Jovim, José An-tónio Macedo que elogiou os trabalhos dos alunos e agradeceu à Biblioteca Municipal pela disponibilidade em acolher os traba-lhos. O autarca enalteceu ainda a qualidade dos trabalhos dos seniores de Gondomar.

“Temos muitos trabalhos práticos e cer-

ca de 20 disciplinas práticas. O trabalho de Arraiolos é muito minucioso e demora muito tempo a ser concluído, tal como a pintura. Eram trabalhos que os alunos não sabiam fazer e aprenderam na Universida-de Sénior de Gondomar, o que significa que estamos já num patamar elevado de apren-dizagem e de ensino”, referiu José António Macedo. n

Foi inaugurada, a 5 de novembro, a exposição de pinturas e arraiolos dos alunos da Universidade Sénior de Gondomar. A exposição vai estar patente na Biblioteca Municipal de Gondo-mar, até ao dia 29 de novembro.

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Entrevista: Paulo Amado

Como surgiu o gosto pela me-dicina?

Curiosamente, a minha pri-meira opção foi arquitetura, o que não tem nada a ver com me-dicina. Os meus pais chegaram a dizer que eu era carniceiro por-que entrei nas ciências da natu-reza e já gostava de fazer cirur-gias. Sempre pensei na ortopedia,

porque é um misto da construção dos ossos e da medicina. Um or-topedista é especial, porque esta é uma especialidade muito ci-rúrgica e porque o ortopedista é

um pouco mecânico, porque lida com muitos parafusos [risos].

Já passou por vários hospitais. Como começou a sua carreira?

Comecei no Hospital São João, depois fundei o Hospital da Feira e depois dediquei-me ex-clusivamente à medicina privada. Já tinha o meu consultório em Rio Tinto e fui convidado para dirigir a ortopedia do Instituto CUF, onde estive mais dois anos, até ser convidado para ir para o

Hospital-Escola da Universidade Fernando Pessoa, em Gondomar. Esse foi um projeto que falhou a toda a medida e depois fui para o Hospital Lusíadas, na Boavista.

Quando é que começaram a sur-gir convites internacionais?

Eu dedico-me muito à investi-gação científica e sou um dos cin-co membros europeus do Comité Internacional da Cirurgia do Pé e Tornozelo, o único português. Isto envolve ir a muitos congres-sos, o que me agrada muito.

Na ortopedia é conhecido pelas cirurgias de tornozelos e de pés...

Desde o início que tive um gosto em particular pela medici-na desportiva e comecei a minha carreira no Arsenal do Bessa, que era um clube satélite do Boavista FC. Depois fui para o SC Salguei-ros, onde estive 12 anos, e depois estive mais 12 anos no Leixões SC. Em Gondomar, também fui médico das equipas SC Rio Tinto e do Clube Atlético de Rio Tin-to. Devo ter sido dos poucos que fui médico dos dois clubes ao mesmo tempo. Sou favorável à união destes dois clubes e quase

que consegui instituir essa união. Julgo que os dois clubes vão ter grandes dificuldades de sobre-viver se continuarem separados. Em junho deste ano, fui impul-sionado pelo vice-presidente do Vitória Sport Clube para ser o diretor clínico da equipa médica.

O que falhou na fusão do Sport Clube de Rio Tinto e do Clube Atlético de Rio Tinto?

Recordo-me que consegui juntar no meu antigo consultó-rio os dois ex-presidentes dos clubes, que eram amigos fora dos relvados. O Atlético de Rio Tinto é um clube com um pa-trimónio histórico importante e o Sport Clube de Rio Tinto tem uma situação desportiva muito importante, mas o património histórico é menor. Na brinca-deira cheguei a sugerir o nome Sport Atlético de Rio Tinto [ri-sos]. Acho que era uma mais valia para a cidade, que merecia

ter um clube na 2ª divisão. Ao di-vidir-se os patrocínios pelos dois clubes é muito mais difícil atin-gir este patamar. Eu continuo a defender esta ideia.

Recentemente foi à televisão falar da lesão que atormentou Cristiano Ronaldo no Mundial do Brasil. A lesão já está ultra-passada ou o craque português ainda pode ter problemas?

É verdade, cheguei a ir co-mentar a lesão do Cristiano Ro-naldo em vários canais televi-sivos, por altura do Mundial de Futebol. Curiosamente não me enganei muito no destino dele. É uma lesão crónica da qual ele ainda não se livrou, mas está muito melhor agora.

É irreversível?É uma tendinose crónica do

tendão roteleano e caso ele fosse operado obrigava-o a parar vá-rios meses, o que é muito com-

“Era incapaz de sair de Rio Tinto. Tenho uma grande ligação à minha terra”Reconhecido internacionalmente pela especialidade na cirurgia do pé e tornozelo, o médico ortopedista Paulo Amado nunca pensou em abandonar Rio Tinto, a sua terra natal. Nascido a 1 de setembro de 1960, o profissional começou o seu percurso académico na Escola da Boavista, em Rio Tinto, e, mais tarde, formou-se na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Atualmente, é membro da direção da Sociedade de Ortopedia, do Colégio da Especialidade da Ordem dos Médicos e espera, em março de 2015, apresentar a sua tese de dou-toramento em Santiago de Compostela, onde se tornou mestre. Na edição número 100 do Vivacidade, entrevistamos o médico que nos acompanhou praticamente desde o início e quisemos saber mais sobre o seu percurso profissional e a sua opinião sobre os media locais.

Texto: Ricardo Vieira CaldasPedro Santos Ferreira

Clube Atlético de Rio Tinto e Sport Clube de Rio Tinto

“Devo ter sido dos poucos que fui médico dos dois clubes ao mesmo tempo. Sou favorável à união destes dois clubes e quase que consegui instituir essa união. Julgo que os dois clubes vão ter grandes dificuldades de sobreviver se continuarem separados. Na brincadeira cheguei a sugerir o nome Sport Atlético de Rio Tinto [risos].”

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> O ortopedista exerce a sua profissão em Rio Tinto e no Porto

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Especial Edição n.º 100

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“Era incapaz de sair de Rio Tinto. Tenho uma grande ligação à minha terra”

plicado para um atleta como o Cristiano Ronaldo. No entanto, ele está ao mais alto nível e tem marcado muitos golos.

A legionela é motivo de preocu-pação nacional. Os portugueses devem estar preocupados com esta bactéria?

Sou membro da direção do Colégio da Especialidade da Or-dem dos Médicos e os casos de legionela têm sido uma preocu-pação nossa. Contudo, acredita-mos que já se descobriu a fonte da bactéria, que está relacionada com a emissão de gotículas con-taminadas por legionela. Penso que o caso já está a ser controla-do pelo Ministério da Saúde, que reagiu em tempo útil e controlou a fonte emissora.

Ainda vamos ter mais casos de contaminação?

Até agora já temos oito mor-tes [na altura do fecho de edição]

mas provavelmente ainda vão morrer mais pessoas que já es-tão contaminadas. No entanto, sabendo qual é a fonte emissora, a disseminação já pode ser mais controlada.

Nunca deixou de estar ligado a Rio Tinto. Tenciona manter sempre essa ligação?

Sim, isso é muito importante. Eu era incapaz de sair de Rio Tin-to, a não ser que fosse por uma causa extraordinária, porque te-nho uma grande ligação à terra. Metade das pessoas que vêm a esta clínica vêm de fora de Gon-domar e julgo que o meu nome já está associado a Rio Tinto.

As pessoas já sabem que têm o consultório em Rio Tinto e pre-ferem vir aqui?

Exatamente. Cheguei a ter um caso em que um colega de Lisboa disse a um doente para vir a Rio Tinto, porque não sabia em que

sítio é que eu estava a trabalhar no Porto, mas tinha a certeza que eu estava em Rio Tinto.

Porque é que é tão importante para si esta ligação à terra que o viu nascer?

Dizem que santos da terra não fazem milagres mas se calhar ajudam [risos]. Conheço muitas pessoas aqui de Rio Tinto e que vêm ao meu consultório. Procuro preservar a raiz e mantenho algu-mas ligações a várias associações da freguesia. Recentemente tam-bém tive o prazer de ser convida-do pelos órgãos autárquicos para ser o representante da região e de Rio Tinto.

Considera que a cidade evoluiu nestes últimos anos?

Sim. Já estive ligado ao movi-mento Rio Tinto a Concelho, mas acho que neste momento isso não faria sentido porque a realidade é completamente diferente. Hoje o importante é unirmos em vez de separarmos. Rio Tinto e Baguim do Monte têm uma identidade

muito própria que é preciso man-ter.

No que diz respeito à imprensa local, considera que têm cum-prido o seu dever?

Acho que a imprensa local espelha o desenvolvimento da ci-dade. O Vivacidade está presente em todos os cafés e quiosques de Gondomar e tem um papel mui-to importante na divulgação de tudo o que se passa no concelho. Já cheguei a ler jornais locais de outras terras que dão notícias de âmbito nacional e creio que não é essa a função dos jornais locais. Também julgo que os jornais lo-cais devem procurar diferenciar--se, porque neste momento há jornais a mais em Gondomar.

Como colaborador do Vivacida-de, tem leitores que não perdem uma crónica sua?

Por acaso tenho, quer no as-peto positivo, quer no aspeto negativo. Por vezes, nas minhas crónicas fujo à saúde restrita e por vezes entro em aspetos polí-

ticos, o que suscita algumas rea-ções. Mas tenho muitos doentes que esperam pelos meus artigos e vão acompanhando as minhas crónicas.

Que balanço faz do percurso do Vivacidade nas primeiras 100 edições?

Acompanhei a evolução do jornal e acho que nunca perde-ram a identidade inicial. Mui-tos dos colaboradores, como eu, mantêm-se desde o início. Penso que o Vivacidade foca-se no inte-resse da população e isso é essen-cial. Eu que tenho a mania que sei tudo o que se passa em Gondo-mar, por vezes sou surpreendido ao ler o Vivacidade.

Como é que imagina este jornal nos próximos anos?

Espero que não saiam do con-texto inicial e que tenham muitas mais edições. O Vivacidade está presente nos grandes eventos do concelho e espero que tenham uma presença ainda maior junto da população. n

Reconhecido internacionalmente pela especialidade na cirurgia do pé e tornozelo, o médico ortopedista Paulo Amado nunca pensou em abandonar Rio Tinto, a sua terra natal. Nascido a 1 de setembro de 1960, o profissional começou o seu percurso académico na Escola da Boavista, em Rio Tinto, e, mais tarde, formou-se na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Atualmente, é membro da direção da Sociedade de Ortopedia, do Colégio da Especialidade da Ordem dos Médicos e espera, em março de 2015, apresentar a sua tese de dou-toramento em Santiago de Compostela, onde se tornou mestre. Na edição número 100 do Vivacidade, entrevistamos o médico que nos acompanhou praticamente desde o início e quisemos saber mais sobre o seu percurso profissional e a sua opinião sobre os media locais.

“Não me enganei muito no destino do Cristiano Ronaldo. É uma lesão crónica da qual ele ainda não se livrou, mas está muito melhor agora.”

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> Paulo Amado é especialista em cirurgia do pé e tornozelo

Page 30: Edição Especial 100 - novembro 2014

Criado Provedor Municipal de GondomarA Câmara Municipal de Gondomar aprovou por unanimidade, a 12 de novembro, a constituição do Provedor Municipal de Gondomar.

Na reunião pública camarária de 12 de novembro, realizada no auditório da Junta de S. Pedro da Cova, foi aprovada, por unani-midade, a constituição do Prove-dor Municipal de Gondomar. A figura tem por função “garantir a defesa e prossecução dos di-

reitos, liberdades, garantias e interesses legítimos dos particu-lares e pessoas coletivas perante os órgãos e serviços municipais assegurando, através de meios informais, o controlo da transpa-rência e da boa administração e do respeito pela imparcialidade,

proporcionalidade, igualdade, justiça e legalidade da atividade administrativa municipal”. De acordo com o Estatuto aprovado, o Provedor Municipal exercerá a sua atividade “com independên-cia e autonomia e as suas funções com imparcialidade face aos ór-

gãos municipais, partidos políti-cos ou movimentos de cidadãos”.

Município quer abrir 10 no-vos espaços do cidadão

Na reunião foi ainda aprova-da da minuta de protocolo com a AMA, IP (Agência para a Mo-dernização Administrativa) que

visa a instalação de 10 estrutu-ras de prestação de serviços de atendimento digital assistido aos cidadãos e às empresas do Município. A criação dos novos Espaços Cidadão não colide com a readaptação da atual Loja do Cidadão. n

30 VIVACIDADE NOVEMBRO 2014 ESPECIAL EDIÇÃO 100

Política

Direito de RespostaAo abrigo do Artigo 24. da

Lei da Imprensa, Jaime Miran-cos, Francisco Jesus, Serafim Je-sus e José Costa, exercem através desta carta o direito de resposta sobre a notícia do Vivacidade “Juventus da Triana Futebol Clu-be: “São 40 anos de muita luta e crescimento””, publicada na edi-ção 98, setembro 2014.

1 - A Juventus da Triana foi fundada há 40 anos por quatro

jovens trabalhadores com idades entre os 14 e 17 anos e não por garotos de rua, como por lapso ou ignorância é referido no ar-tigo;

2 - No rectângulo (caixa) in-troduzido no artigo acima refe-renciado fala-se numa homena-gem ao nosso querido e grande obreiro deste clube, Manolito, e a atletas e antigos dirigentes. Aqui, mais uma vez, o artigo não está

correto porque no pavilhão onde a suposta homenagem foi feita não se encontravam nem antigos atletas nem antigos dirigentes, por falta de conhecimento ou por desleixo de quem a organizou;

Jaime Fernando Pinto Miran-cos

Francisco da Silva JesusSerafim da Silva JesusJosé Alfredo da Silva Costa

Ao abrigo do Artigo 26. da Lei da Imprensa, o Vivacidade esclarece:

1 - A referência aos “garotos de rua”, como indicam os autores do direito de resposta, corres-ponde a uma afirmação do atual presidente do Juventus da Triana Futebol Clube, José Abreu;

2 – As informações introdu-zidas na caixa de texto “Homena-gem lembrou Manolito e referên-

cias do clube”, foram igualmente confirmadas pelo presidente do Juventus da Triana Futebol Clu-be;

Quaisquer esclarecimentos adicionais deverão ser confirma-dos com a fonte oficial da notí-cia, José Abreu.

Vivacidade, Gondomar, 23 de outubro,

2014 n

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32 VIVACIDADE NOVEMBRO 2014 ESPECIAL EDIÇÃO 100

Política

Gondomar integra Associação Internacional das Cidades Educadoras

“O projeto do município de Gondomar para se integrar na Rede de Cidades Educadoras co-meçou na campanha eleitoral”, ex-plica a vereadora da Câmara Mu-nicipal ao Vivacidade. “Este ano organizamos a educação criando momentos de lazer, mas com mo-mentos de aprendizagem, com a intencionalidade de desenvolver o contexto do nosso concelho. As atividades passaram sempre por dar a conhecer as instituições de Gondomar e o nosso concelho”, acrescenta Aurora Vieira.

“Esta integração procura co-

locar a educação de Gondomar num patamar ainda mais positivo. Além disso, para os que têm mais dificuldades temos vários progra-mas que procuram criar condições para o sucesso. O exemplo mais

recente é a Orquestra Geração D’Ouro”, continua a autarca.

A vereadora e o presidente da Câmara, Marco Martins, estive-ram presentes no XIII Congresso Internacional das Cidades Educa-

doras, que decorreu de 13 a 15 de novembro em Barcelona, com o objetivo de agilizar o processo de integração.

“O congresso da Rede de Ci-dades Educadoras é o culminar de um ano de projetos emblemáticos a nível nacional. Agora vamos ter um posicionamento mais interna-cional. A inscrição entra em vigor em janeiro de 2015”, refere Aurora Vieira.

Gondomar passa a estar ligado a uma rede nacional e internacio-nal que vai trazer “boas práticas e conhecimento” ao município.

Na Área Metropolitana do Porto pertencem atualmente à rede internacional os municípios de Paredes, Porto, Santo Tirso, São

João da Madeira e Trofa. Gondo-mar assumirá a integração em ja-neiro do próximo ano.

Questionada sobre o porquê da integração nesta rede ser feita só agora, a vereadora responde: “Este executivo só está cá há um ano. A única coisa que sei é que o anterior executivo considerava a inscrição muito cara e nós não achamos que seja caro [cerca de 700 euros] e achamos que tem grande utilidade, até porque temos condições ideais para integrar esta rede. Somos um dos poucos mu-nicípios do norte a integrar esta rede”, conclui Aurora Vieira. n

O concelho de Gondomar vai estar ligado a mais 478 cidades em todo o mundo para “proclamar e reclamar a importância da educação”. O projeto liderado pela vereadora Aurora Vieira pretende “pensar a cidade com a sensibilidade de educar” e entra em vigor em janeiro de 2015.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

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> Na foto: Aurora Vieira, vereadora da Educação da CMG

Autarcas exigem conclusãoda variante à EN 222

Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Gonçalo Rocha, presidente da Câmara Municipal de Cas-telo de Paiva, Emídio Sousa, presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, acompanhados por Rui Vicente, presidente da Junta de Freguesia da Lomba, reuniram este mês para definir uma estratégia reivin-dicativa junto do Governo para que possa ser concluída “o mais rápido possível”, a obra da variante à EN 222, uma acessibi-lidade de dezenas de quilómetros que visa estabelecer uma ligação à A32 em Canedo/Feira.

Os autarcas já contactaram o secretário

de Estado do Desenvolvimento Regional, alertando o governante para a necessidade e importância da via da estrutura rodoviária, cuja execução o Governo interrompeu nos limites da fronteira de Pedorido, Castelo de Paiva.

Recorde-se que a Comunidade Inter-municipal do Tâmega e Sousa considerou recentemente que a concretização do Itine-rário Complementar 35 (IC 35) deve mere-cer prioridade elevada, devendo integrar o Plano Rodoviário Nacional até 2020, bem como a ligação da variante EN 222 à A32

Falta agora uma dezena de quilómetros para concluir a EN 222. n

Autarcas de Gondomar, Castelo de Paiva e Santa Maria da Fei-ra reuniram-se para definir uma estratégia comum para a obra variante à EN 222, uma acessibilidade que vai estabelecer uma ligação rápida à A32 em Canedo/Feira.

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Política: Entrevista ao Secretário de Estado Pedro Lomba

33VIVACIDADE NOVEMBRO 2014 ESPECIAL EDIÇÃO 100

O jornal Vivacidade cumpre este mês a sua centésima edição.

A publicação mensal tem pauta-do o seu percurso com notícias mensais de cultura, desporto, política e sociedade, além de manter uma opinião livre feita por colaboradores locais e na-

cionais. Que importância atri-buí a um jornal como o Vivaci-dade?

A força da imprensa vive do pluralismo e da vivacidade local e regional. É, por exemplo, signi-

ficativo que o Vivacidade tenha uma tiragem superior à de alguns órgãos nacionais [10 mil exempla-res]. E é também significativa toda esta longevidade, sem dúvida uma marca da nossa imprensa local mais forte e resistente.

No panorama nacional, atingir a centésima edição é significativo no mercado dos media?

Significa deter já um estatuto de instituição de referência. Não por acaso, nós queremos promo-ver o mais possível iniciativas de valorização cultural da nossa im-prensa mais antiga.

Tendo em conta que os media nacionais atravessam uma fase menos boa, o futuro passa pe-los meios de comunicação lo-cais?

A diminuição da cobertura em órgãos nacionais de conteúdos lo-cais parece-me o aspeto mais sig-nificativo. Diria por isso que há um novo futuro para os meios de comunicação locais que forem ca-pazes de produzir conteúdos com inovação e interesse.

Na sua opinião, quais as vanta-gens e desvantagens de um jornal local?

A grande vantagem é a proxi-midade e da cobertura de conteú-dos que mais nenhum órgão con-segue produzir. As desvantagens estão sem dúvidas ligadas à escala mais reduzida desta imprensa.

Acredita que os jornais locais têm uma elevada dependência dos municípios?

Aqueles em que essa depen-dência existe, sabem que para merecerem a confiança do públi-co precisam de reforçar as suas garantias económicas e editoriais de autonomia. Penso que é um caminho que acontecerá natural-mente.

O jornal Vivacidade é uma publi-cação gratuita e subsiste apenas com o volume publicitário alcan-çado mensalmente. O consumo noticioso passará pelas publica-ções gratuitas impressas e online ou pelos conteúdos pagos?

Os estudos já apontam para uma subida acelerada das receitas geradas no online. Temos ainda muitas incertezas à nossa frente sobre o modelo de negócio que irá vingar na era digital. Mas os pas-sos que estão a ser dados apontam para o reforço do marketing e pu-blicidade digital.

Ao nível local, o Facebook assu-me-se também, cada vez mais, como uma ferramenta de divul-gação na imprensa. O Vivacida-de atingiu recentemente os 3000 seguidores. A imprensa deve adaptar-se cada vez mais às no-vas tendências tecnológicas e in-formativas?

Absolutamente. E o novo regi-me de incentivos à imprensa que estamos a criar e visa incentivar cada vez mais a adaptação às no-vas tendências tecnológicas e in-formativas.

Em que medida o Governo pre-tende estimular a imprensa lo-cal?

O Governo irá aprovar um novo modelo de incentivo à im-prensa local que terá os seguin-tes eixos prioritários: formação, empregabilidade qualificação de jornalistas e profissionais dos me-dia; desenvolvimento de parcerias tecnológicas e comerciais; desen-volvimento digital dos media, re-conversão tecnológica das rádios; incentivo ao jornalismo indepen-dente; fomento da literacia mediá-tica e digital; promoção da leitura nas escolas; gestão dos incentivos num contexto efetivamente regio-nal [através da participação das CCDR’s]. n

“Há um novo futuro para osmeios de comunicação locais”Por altura da sua centésima edição, o Vivacidade entrevistou uma das forças máximas responsáveis pela Comunicação Social no Gover-no Português para saber o que pensa o Estado sobre estes órgãos de comunicação. O Secretário de Estado Adjunto do Ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Pedro Lomba, admite que podemos estar perante um “novo futuro para os meios de comunicação locais”.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

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Page 34: Edição Especial 100 - novembro 2014

34 VIVACIDADE NOVEMBRO 2014 ESPECIAL EDIÇÃO 100

Política

Orçamento camarário de 69 milhõesaprovado para 2015

De acordo com a Câmara Mu-nicipal de Gondomar (CMG), “este orçamento é, na verdade, o primeiro documento provisional das receitas e despesas do muni-cípio efetivamente produzido na totalidade pelo atual executivo, e traduz uma profunda alteração na sua estrutura – adaptado à nova estrutura e organização dos serviços da Câmara Municipal –, possibilitando uma melhor identi-ficação das despesas e receitas por centros de custos, o que, também, se traduz numa maior responsabi-lização, no que se refere à sua apli-cação.”

O orçamento e os Planos para 2015 seguem agora para discussão e aprovação na Assembleia Muni-cipal.

Fortes preocupações am-bientais para 2015, refere CMG

Os cerca de 69 milhões de

euros previstos nos documentos “privilegiam a melhoria da quali-dade de vida dos gondomarenses, pois aliam preocupações de orde-namento e requalificação do espa-ço público a um modelo de vida mais sustentável pela forte presen-ça de preocupações ambientais”, indica o comunicado da Câmara enviado às redações.

CDU diz que documentos “não favorecem transpa-rência” nem “contemplam medidas estruturantes para o concelho”

A posição da CDU sobre as Grandes Opções do Plano e Orça-mento Municipais para 2015 é cla-ra. “A organização dos documen-tos votados, ao contrário do que é sugerido na sua apresentação, não favorece nem a transparência nem a, prometida, democraticidade dos órgãos”, indica o documento divulgado à Comunicação Social.

“A pretensa aproximação à contabilidade analítica, com ver-bas dispersas pelas diversas unida-des orgânicas, dificulta a verifica-

ção objetiva por parte dos eleitos em minoria, não permitindo uma comparação fácil com orçamentos anteriores. Ainda assim, é possível verificar que, ignorando os contri-butos da CDU, este Orçamento e Planos para 2015 não contemplam medidas estruturantes para o con-celho, nomeadamente medidas potenciadoras do desenvolvimen-to do turismo, mas também medi-das que visem o aproveitamento das potencialidades da floresta, da paisagem, da história minei-ra do concelho ou do projeto do Polis; ou ainda o planeamento de parques urbanos, ou o avanço do Centro cívico de Rio Tinto, por exemplo”, lê-se ainda no docu-mento.

A coligação aponta ainda o dedo ao “fraco investimento na cultura, que aparece desfavoreci-da em relação a outras rubricas de ocupação dos tempos livres” e ao “excesso de despesa em publici-dade, ou propaganda - quase 500 mil euros - que se traduz assim num dos maiores ‘projetos’ muni-cipais”. n

As Grandes Opções do Plano e Orçamento Municipais de Gondomar foram aprovados, a 29 de outubro em reunião do executivo camarário, com um valor global de 69 milhões de euros. A votação levou três abstenções do PSD-CDS e um voto contra do vereador da CDU.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

Poucos dias após o voto con-tra o Orçamento de 2015, a CDU fez uma análise do primeiro ano de mandato do executivo de Mar-co Martins. Reconhecendo o di-ferente “contexto político-legal em que se iniciou este mandato autárquico”, com as agregações de freguesias e muitas outras mu-danças no panorama autárqui-co, a coligação diz haver “muita parra e pouca uva” ao fim de um ano de gestão camarária. Algu-mas críticas às opções políticas no concelho como, por exemplo, com a criação de uma nova ima-gem de marca, a CDU refere que

“algumas das medidas necessárias e urgentes para o desenvolvimen-to sustentado do concelho estão longe das metas eleitorais, desig-nadamente a criação de emprego onde não se vislumbram, apesar de ter sido reiterado pelo presi-dente da Câmara, os 1000 postos de trabalho criados”. A coligação reconheceu algum trabalho como por exemplo com a “rede viária, onde são visíveis melhorias, tam-bém no turismo, foi feito um es-forço positivo para criar alguns instrumentos de divulgação, mas falta o que divulgar”. “Outras prioridades apresentadas para

este primeiro ano como a remo-delação da Avenida da Conduta, da feira da Belavista ou Mercado da Areosa, a construção de par-ques infantis, não se concretiza-ram; tal como o desenvolvimento do projeto do Centro Cívico de Rio Tinto, ou a recuperação e re-qualificação cultural e ambiental do património mineiro de S. Pe-dro da Cova – que a remoção dos resíduos perigosos, fruto de uma longa luta da CDU e do povo de S. Pedro da Cova, tornou ainda mais urgente”, reproduz ainda o documento do partido enviado às redações. n

CDU analisa primeiro ano de mandatocomo tendo “muita parra e pouca uva”

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Nuno Melo de visita a Gondomar para observar remoção dos resíduos perigosos em S. Pedro da Cova

Nuno Melo visitou, a 7 de no-vembro, o local em S. Pedro da Cova onde a 2 de outubro arrancou a remoção de cerca de 88

mil toneladas de resíduos perigo-sos. Marco Martins, presidente da Câmara de Gondomar, e Emídio Gomes, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimen-to Regional do Norte (CCDR-N), acompanharam o eurodeputado.

No local, o eurodeputado do CDS-PP assistiu de perto à saída dos camiões que estão a levar de Gondomar para o Centro Integra-do de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos Perigo-

sos (CIRVER) na Chamusca os

resíduos industriais provenientes da Siderurgia Nacional deposita-dos, entre maio de 2001 e março de 2002, em escombreiras de anti-gas minas. Momentos antes, Nuno Melo teve ainda a oportunidade de conhecer o Museu Mineiro e visitar o Cavalete do Poço de S. Vicente.

Eurodeputado não acredi-tava “que o problema fosse resolvido”

“Não acreditava que este pro-blema fosse resolvido porque levei

durante alguns anos o problema de S. Pedro da Cova à Assembleia Municipal. O Estado recusava sim-plesmente a deposição de resíduos perigosos em S. Pedro da Cova, porque tinha análises que consi-deravam os resíduos inertes, isto quando eu tinha em minha posse análises que provavam que a po-pulação estava perante resíduos perigosos”, afirmou Nuno Melo no final da visita. “Felizmente foi pos-sível reconhecer a existência destes

resíduos como perigosos. Quando cheguei ao Parlamento Europeu ainda não havia conhecimento desta situação e fiz questão de a dar a conhecer. Foram requeridas in-formações ao Governo português e foram feitas novas análises no ter-reno que provaram mais uma vez que estávamos perante resíduos perigosos” acrescentou o eurode-putado do CDS-PP que disse sentir “uma sensação de dever cumpri-do.” n

O eurodeputado Nuno Melo esteve de visita a S. Pedro da Cova no dia 7 de novembro. O objetivo foi conhecer o Museu e antigo Complexo Mineiro e visitar a zona de remoção dos resíduos perigosos que arrancou a 2 de outubro.

36 VIVACIDADE NOVEMBRO 2014 ESPECIAL EDIÇÃO 100

Política: S. Pedro da Cova

Texto: Ricardo Vieira Caldas

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Page 37: Edição Especial 100 - novembro 2014

Política

37VIVACIDADE NOVEMBRO 2014 ESPECIAL EDIÇÃO 100

Redução das tarifas nos lugaresde estacionamento pago “bem encaminhada”

Está em curso um processo judicial con-tra a Câmara Municipal de Gondomar por parte da empresa concessionária do estacio-namento pago em Gondomar, garantiu ao Vivacidade fonte da autarquia.

O processo deriva da ausência de coloca-ção, por parte do município, de “medidas de sinalização ou barreiras físicas para impedir

estacionamento em zonas não concessiona-das”.

“O estacionamento pago foi uma deci-são do anterior executivo e contestado pelo atual”, explicou a fonte. “Esta Câmara já reu-niu por três vezes para renegociar a conces-são e haver redução de tarifas. A questão está bem encaminhada”, revela a mesma fonte. n

O valor das tarifas de lugares de estacionamento pago em Gon-domar poderão, em breve, ser mais reduzidas.

CDU de Gondomar querpopulação “mais ativa”na discussão do PDM

Em comunicado enviado às redações, a CDU de Gondomar considerou que o PDM “merece uma discussão e um debate alargado, que não se esgota na discussão na reunião de Câmara, nem no período obri-gatório de discussão pública”.

Assim, os comunistas estão já a prepa-rar um conjunto de debates sobre o PDM de Gondomar, em sessões “abertas à comu-nidade” e promovidas “quer em zonas ur-banas, quer rurais”, podendo começar já em janeiro, refere António Valpaços, deputado da Assembleia Municipal gondomarense.

Joaquim Barbosa, vereador da Câmara de Gondomar, considerou “escasso” o perío-do de discussão pública e lamentou o atraso na revisão do PDM. “Estamos em 2014 e a alteração do plano continua a ‘marca passo’,

apesar da decisão camarária para a sua revi-são remontar a fevereiro de 2004”, lê-se no comunicado da CDU de Gondomar.

Relativamente ao território, os comunis-tas consideram que o PDM em vigor corpo-riza uma política de ordenamento centrada na expansão urbana e sugerem a requalifi-cação das áreas urbanas que promovam a sustentabilidade económica, social, cultural e ambiental do concelho. n

A CDU de Gondomar quer a população local “convidada a participar ativamente” na preparação do Plano Diretor Mu-nicipal (PDM) no que considera ser “uma oportunidade para reorientar o ordenamento do território” no concelho.

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No final de outubro, foi anun-ciado pela Câmara Municipal que a proposta que conseguiu reunir mais votos [119] foi a da reabilita-ção do parque de jogos da EB 2,3 de Fânzeres, seguida da construção

de um parque infantil, que reuniu 46.

O presidente Marco Martins confirmou, ao Jornal de Notícias, “ser possível concretizar os dois projetos mais votados”, no primei-

ro semestre de 2015, salvaguar-dando que “serão realizadas todas as obras que seja possível fazer até que a verba de 200 mil euros [atri-buída pelo município para o orça-mento] seja esgotada”.

O Orçamento Participativo em Gondomar foi uma promessa elei-toral do Partido Socialista, tendo em vista “a aproximação aos cida-dãos, envolvendo-os nas escolhas respeitantes ao destino do Municí-

pio e facilitando a sua participação nos momentos públicos de deci-sões”.

O número de propostas apre-sentadas para o Orçamento Parti-cipativo de Gondomar foram 22. n

38 VIVACIDADE NOVEMBRO 2014 ESPECIAL EDIÇÃO 100

Política

Orçamento Participativo atribui parque de jogos para FânzeresA Escola EB 2,3 de Fânzeres vai ter um parque de jogos renovado como resultado da votação para o Orçamento Participativo de Gondomar.

“Telhados que permitem a introdução de águas da chuva, porque para além de terem telhas partidas têm as traves mestras ra-chadas”, foi o “principal problema” apontado por Altamiro Araújo, morador do bairro, que tomou a iniciativa de interpelar a Câmara de Gondomar na reunião pública.

Segundo a agência Lusa, o mo-rador, que foi também presidente de uma comissão de moradores atualmente desativada, tomou a palavra no período destinado ao

público numa reunião de câmara descentralizada que decorreu nas instalações da junta de freguesia de São Pedro da Cova, sucedendo-se intervenções de quase uma dezena de moradores do mesmo bairro.

Altamiro Araújo aproveitou a presença do executivo camarário para apresentar uma proposta: a criação de um grupo de trabalho constituído por um engenheiro da autarquia e um técnico “com conhecimentos sobre os trabalhos a efetuar”, integrando depois, “em

conjunto com a Segurança Social e o Centro de Emprego”, morado-res do bairro que “se encontrem em situação de desemprego” para “assumirem os trabalhos a levar a cabo”.

Na prática, segundo a Lusa, o morador sugeriu que a câmara fornecesse material e projetos para que os moradores pusessem mãos à obra.

“Temos lá muita gente desem-pregada que é da arte. Recebiam subsídio à mesma e trabalhavam

ali. Com ajuda conseguíamos”, descreveu à agência, à margem da reunião.

Em resposta às queixas e pedi-dos de ajuda, o presidente da Câ-mara, o socialista Marco Martins, disse “compreender a situação”, mas acrescentou que uma inter-venção em 2015 lhe parece “difícil” por “falta de verba”.

Perante a insistência dos mora-dores que contaram ter entregado na autarquia “há dez anos” - ou seja quando esta era liderada por

Valentim Loureiro - “um relató-rio com fotografias e identificação dos problemas casa à casa”, Mar-co Martins disse ter encontrado, quando foi eleito em setembro, um projeto para demolição do bairro e edificação de três blocos de habita-ções.

“Deixámo-lo na gaveta porque não nos pareceu correto”, disse o autarca que, à margem da sessão, em declarações à Lusa revelou que esta ideia custaria oito a nove mi-lhões de euros. n

Moradores do bairro da Gandra, em S. Pedro da Cova, querem obras urgentesOs moradores do bairro municipal da Gandra, em S. Pedro da Cova, pediram ao executivo, na reunião pública de 12 de novembro, medidas “urgentes” para pôr fim aos “mares de água” que “entram casa dentro”, falando em “perigo para a saúde”.

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40 VIVACIDADE NOVEMBRO 2014 ESPECIAL EDIÇÃO 100

Desporto

Juvenis do SC Rio Tinto mediram forçascom equipa alemãNo dia 30 de outubro, os juvenis do Sport Clube Rio Tinto defrontaram a equipa alemã do Buxtehuder SportVern e sairam derrotados por 0-1, no Estádio Cidade de Rio Tinto.

A equipa de juvenis do SC Rio Tinto foi derrotada pelo Bux-tehuder SportVern, de Hambur-

go (Alemanha), por 0-1, em jogo amigável realizado no Estádio Ci-dade de Rio Tinto.

O jogo foi organizado pelo de-partamento de formação do clu-be gondomarense que desafiou o conjunto alemão a defrontar o SC

Rio Tinto, no âmbito de uma visi-ta à cidade do Porto.

Ao Vivacidade, Alexander Inácio, do Buxtehuder SportVern, considera “muito positiva” a visita a Portugal. “Adoramos estar aqui e temos feito alguns jogos-treino

com equipas do Porto e arredores, isto enquanto aproveitamos para visitar a cidade”, refere Alexander.

O porta-voz do clube de Ham-burgo deu também a conhecer o percurso de um clube com mais de 100 anos de história. “Para nós o futebol é um desporto impor-tante, mas também temos uma equipa feminina de andebol que joga na primeira divisão alemã. No futebol a equipa sénior subiu este ano para a 4ª divisão alemã, o que também é bom para nós”, conclui.

Sandra Brandão, vereadora da Cultura e Desporto da Câmara Municipal de Gondomar, recebeu a comitiva alemã e salientou a im-portância do intercâmbio cultural dos jogadores. n

Texto: Pedro Santos Ferreira

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1011121314151617181920

EquipaSC Rio TintoOliv. DouroS. MartinhoVila MeãGensRebordosaValadares de GaiaAliados de LordeloLixaLeçaAD GrijóVarzim BSerzedoPerafitaParedesUD ValonguenseCandalAliança de GandraPadroenseS. Pedro da Cova

Pontos262525201918181716161513121211109873

P.123456789

10

EquipaSalgueiros 08CinfãesSousenseSC CoimbrõesSobradoFC Pedras RubrasMoimenta da BeiraGondomarLusitânia LourosaSp. Espinho

Pontos242119151211101097

Campeonato Nacional de Séniores - Série C

Divisão Pro-EliteNacional - AF Porto

Próximos JogosJornada 1130 NovembroGondomar - Sp. EspinhoSousense - Sobrado

Próximos JogosJornada 1223 NovembroS. Pedro da Cova - GensOliv. Douro - SC Rio Tinto

Tabela Classificativade Futebol/Futsal

P.123456789

1011121314

EquipaBenficaSportingSC BragaBurinhosaLeões Porto SalvoAD FundãoCascaisSL OlivaisModicusBoavistaPóvoa FutsalBelenensesRio AveUnidos Pinheirense

Pontos2827221616151514131010763

Liga SportZone - Futsal

Próximos JogosJornada 118 DezembroSporting - Unidos Pinheirense

Gondomar Cultural quer subidade divisão para voleibol femininoA equipa está formada e treinadores e responsáveis permitiram a entrada de quatro novas jogadoras. Os seniores femininos do Gondomar Cultural ambicionam uma subida de divisão para esta época.

Atualmente na segunda divi-são do Campeonato Nacional de Seniores Femininos, a equipa do Gondomar Cultural pretende esta época subir de divisão. Quem o diz é José Santos e Marina Sousa, pre-sidente do clube e responsável pela equipa, respetivamente.

“Os nossos objetivos são subir de divisão no andebol e no volei-bol. A equipa de voleibol foi refor-çada este ano e temos esperanças de subir de divisão”, inicia José Santos. “Este ano começamos com o gira-vólei e em 2016 queremos ter mais equipas de formação para o voleibol feminino. Também te-mos uma equipa de voleibol mas-culina, mas tem objetivos diferen-tes porque joga na Liga INATEL.”, acrescenta o presidente.

Mariana Sousa, por sua vez, acredita que a subida será este ano mais fácil porque o Gondomar Cultural fez “a contratação de qua-tro jogadoras que marcam a dife-

rença e a restante equipa vai man-ter-se.” “Acreditamos que este ano podemos subir de divisão”, afirma a responsável. “Temos tido uma equipa irregular graças à sucessiva

entrada e saída de atletas. Muitas atletas tiveram que sair para fora do país. Este ano conseguimos manter e reforçar o plantel”, con-clui Marina. n

Texto: Ricardo Vieira Caldas

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SC Rio Tinto lidera na divisão Elite Pro-NacionalO Sport Clube Rio Tinto está na liderança da divisão Elite Pro-Nacional e mantém a distância de um ponto para o CF Oliveira do Douro. No dia 23 de novembro disputa-se a liderança do campeonato.

A liderança da divisão Elite Pro-Nacional da Associação de Fu-tebol do Porto está entregue ao SC Rio Tinto, que lidera a competição com um ponto de avanço sobre o Clube de Futebol Oliveira do Dou-ro, com o melhor registo ofensivo do campeonato: 19 golos marcados e apenas sete golos sofridos.

Ao Vivacidade, Jorge Pina, pre-sidente do clube, faz um balanço “muito positivo” do primeiro terço do campeonato e espera chegar a dezembro na condição de líder.

“Fico muito contente por obter este resultado no primeiro ano de mandato à frente do clube e penso

que é uma grande alegria para to-dos os riotintenses. No entanto, não fico surpreendido porque o grupo está cada vez mais unido e trabalha duro para alcançar estes resultados e construir uma grande equipa”, afirma o dirigente.

Pina não acusa a pressão de existir apenas uma vaga para o lu-gar de acesso ao Campeonato Na-cional de Seniores e considera “um estímulo” a primeira posição do campeonato. Para o presidente do SC Rio Tinto a liderança “resulta de um reforço do meio-campo, se-tor em que foi necessário apostar na contratação de jogadores jovens que vieram acrescentar qualidade ao plantel”.

O título de “campeão de inver-no” está ao virar da esquina mas

apesar da boa primeira parte do campeonato, Jorge Pina prefere não assumir o ataque à subida de divi-

são. “Ainda não queremos colo-car essa fasquia

porque é cedo para decidir. A única promessa que fazemos é continuar a lutar pela vitória com os pés bem assentes no chão até porque o SC Rio Tinto nunca esteve em primei-ro lugar à 12ª jornada do campeo-

nato”, refere o presidente.No próximo dia 23, o SC Rio

Tinto desloca-se a Oliveira do Dou-ro para defrontar o segundo classi-ficado com o objetivo de consolidar a liderança do campeonato. n

Texto: Pedro Santos Ferreira

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> A última vitória do SC Rio Tinto foi contra a AD Grijó

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VIVACIDADE 20/11/2014

42 VIVACIDADE NOVEMBRO 2014 ESPECIAL EDIÇÃO 100

Desporto

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43VIVACIDADE NOVEMBRO 2014 ESPECIAL EDIÇÃO 100

Empresas & Negócios

Lamp Space, Pedro Sousa e Zeik Joyasbrilham em apresentaçãoOs Cabeleireiros Pedro Sousa associaram-se uma vez mais à Zeik Joyas e uniram esforços para uma apresentação conjunta da empresa de ourivesaria. A exibição foi, desta vez, num showroom especial onde não faltou brilho: a loja de candeeiros Lamp Space, em Rio Tinto.

Filipe Alves é estreante nas parcerias com os Cabeleireiros Pedro Sousa. O proprietário da Lamp Space - uma loja de candeei-ros localizada no mesmo edifício dos cabeleireiros – achou “a inicia-tiva interessante e uma forma de divulgar a empresa”.

“As peças de adereço e decora-ção são da minha empresa. Esta-mos na rua da Cavada Nova há 19 anos e temos este espaço há cerca de um ano. Serve de mostra aos nossos produtos”, indicou Filipe Alves.

O objetivo da apresentação foi associar uma sessão fotográfica com joias da empresa Zeik, aos penteados Pedro Sousa e utilizan-do o espaço da Lamp Space. A ani-mação ficou a cargo do DJ Pedro Miguel da empresa PM – Anima-ção de Eventos.

“O Pedro Sousa sugeriu fazer esta iniciativa, porque temos uma nova coleção com muitas peças e todas elas diferentes. Além dis-so foi interessante juntar o brilho das joias ao brilho dos candeeiros. Também achei interessante fazer uma sessão fotográfica da coleção aberta ao público”, explicou Valter Gouveia, da Zeik Joyas, ao Vivaci-dade.

As modelos convidadas para a apresentação desfilaram dos Ca-beleireiros Pedro Sousa até à loja de candeeiros e o resultado foi “bastante satisfatório”.

“Tivemos uma passerelle, por onde as modelos desfilaram e em breve vamos ter novos eventos, com outros temas e feitos noutros moldes, mas a ideia é continuar” concluiu Pedro Sousa que promete voltar “a brilhar” já em 2015. n

> A animação do evento ficou a cargo do DJ Pedro Miguel

> A iniciativa foi organizada pelos Cabeleireiros Pedro Sousa, a empresa Zeik Joyas e a empresa Lamp Space

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Empresas & Negócios

Consumir tinteiros e toners compatíveis, pode permitir obter poupanças de 80%O negócio de Amadeu Esteves começou em Baguim do Monte mas foi há poucos meses que o empresário decidiu mudar-se para Rio Tin-to. O estabelecimento que dirige trata da área dos consumíveis informáticos como tinteiros e toners mas Amadeu possui com a esposa, em paralelo, um negócio de arranjos de roupa.

“Trabalhei numa empresa e trato da compra de tinteiros e toners para umas largas dezenas de impressoras e cheguei ao ponto de estabelecer um negócio. Ao mesmo tempo cria-mos um negócio de arranjos de rou-

pa e miudezas e temos, em paralelo, este negócio de tinteiros. É uma área com pernas para andar”, confessa ao Vivacidade Amadeu Esteves.

A SAE – Consumíveis Infor-máticos, está há alguns meses ins-

talada no Centro Comercial de Rio Tinto, na Ven-da Nova, e para além da venda de tinteiros contém também serviço de fotocópias e impressões a pre-ços reduzidos.

“Esta loja é mais central e não tem comparação com a loja de Baguim do Monte. Nesta zona existia uma oferta muito reduzida nesta área”, explica Ama-deu ao Vivacidade.

Tinteiros a menos de dois euros

No negócio dos tinteiros “há muito por onde poupar”, esclare-ce o empresário. “Um tinteiro de 5ml que custe 20€, significa que 200 tinteiros são

4 mil euros. O tinteiro reutilizado já pode custar de 2€ a 7€ e maior parte das vezes trazem mais tinta do que o tinteiro original”, acres-centa. Na Soares Alves & Esteves existem tinteiros a partir de 1,46 euros e toners a partir de 8,63 para marcas como HP e Canon, por exemplo.

“Não tenho aqui todos os pro-dutos, mas temos uma grande va-riedade. Inclusivamente arranjamos tambores para várias máquinas. No entanto, o nosso objetivo não e ven-der os toners originais, apesar de também os termos”, afirma Ama-

deu.O profissional gere também, em

conjunto com a esposa, a Loja Cris-tyna, no mesmo Centro Comercial, que trata de arranjos de roupa, re-trosaria, lingerie, roupas de criança, miudezas e estampagem persona-lizada. Este último serviço é, aliás, muito recente e permite estampar bonés, roupas, canecas e outros ma-teriais.

“Estou a pensar em oferecer uma caneca personalizada com o clube e a fotografia de pessoa, em compras superiores a 25 euros”, con-cluiu Amadeu Esteves. n

> Na foto: proprietários da loja SAE e Cristyna

MultiÓpticasescolha do consumidor pelo segundo ano consecutivoO prémio é baseado no grau de satisfação dos consumidores que distingue os melhores em cada setor. A MultiÓpticas foi eleita, a 3 de novembro, “Escolha do Consumidor”, um prémio da Con-sumerChoice, que chega pelo segundo ano consecutivo, com base na avaliação do grau de satisfação de consumidores em relação a produtos e serviços de vários setores, em teste real e comparando a performance das principais marcas em cada uma das categorias.

Rui Borges, CEO da MultiÓpticas, con-ta que “ser premiado novamente com este galardão é a confirmação de que a qualida-de é uma constante na MultiÓpticas. Para além de um extremo orgulho, este prémio é ainda uma responsabilidade acrescida, so-bretudo porque é um resultado baseado nas opções de consumo dos clientes do nosso setor, o que significa uma obrigação

de estar à altura, e até superar, os fatores que levaram a essa preferência”.

A “Escolha do Consumidor” promove publicamente as empresas que possuem serviços e produtos com elevado grau de satisfação e aceitabilidade junto dos con-sumidor e ajudando, assim, os novos con-sumidores a fazer uma compra informada relativamente a um produto ou serviço. n

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INSIDHERLAND marca presença no Aeroporto Sá CarneiroA marca portuguesa criada pela arquiteta gondomarense Joa-na Santos Barbosa em 2012, vai estar no Aeroporto Francisco Sá Carneiro de 24 a 30 de novembro.

A INSIDHERLAND vai estar presente na Mostra de Mobiliário e Iluminação de Gondomar a convite da Câmara Municipal de Gondomar. A exposição na Loja Interati-va do Aeroporto Francisco Sá Carneiro esta-rá patente de 24 (da parte da tarde) até ao dia 30 de novembro.

“Sendo a INSIDHERLAND uma marca que atua no setor do mobiliário de luxo em nichos de mercado internacionais, o convi-te para expor peças num local estratégico como o Aeroporto Sá Carneiro, permite mostrar a um público vasto criações inte-gralmente produzidas à mão por mestres ar-tesãos da zona norte do País, especialmente de Gondomar”, afirma Joana Santos Barbo-

sa, fundadora da empresa.A INSIDHERLAND é uma marca por-

tuguesa que aposta em recursos tradicionais e fabrico 100% português. A empresa cria-da em 2012, pela arquiteta gondomarense Joana Santos Barbosa, dedica-se ao design, produção e comercialização de mobiliário, iluminação, estofo e acessórios com design exclusivo, estando internacionalmente posi-cionada em mercados estratégicos de deco-ração de alto luxo.

Todas as peças da marca são desenha-das pela arquiteta e feitas por artesãos e joa-lheiros locais que em conjunto com o olhar criativo da autora transformam objetos em peças de arte únicas. n

45VIVACIDADE NOVEMBRO 2014 ESPECIAL EDIÇÃO 100

Empresas & Negócios

ASSEMBLEIA GERAL ELEITORAL

CONVOCATÓRIA

De acordo com os estatutos, e, nos termos das alíneas a) Artigo 39º, consubstanciado no ponto nº 2, alínea a) do Artigo 62º, convoco todos os Senhores Associados da Associação de Bombeiros Voluntários da Areosa – Rio Tinto, no pleno uso dos seus direitos, para reunirem em Assembleia Geral Eleitoral, que terá lugar no próximo dia 28 de Dezembro de 2014, entre as 9.30 horas e as 12 horas, na Rua dos Marques s/n Rio Tinto, com a seguinte Ordem de Trabalhos:

Ponto Único: Eleições dos Corpos Sociais para o Triénio 2015/2017

2º - Informações.

Rio Tinto, 13 de Novembro de 2014

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral

(Amadeu José Branquinho Mota)

SEDE: RUA DOS MARQUES, 4435-466 RIO TINTOSERV. EMERGÊNCIA: 112 TELEFONES 229732009 / 229732010 – FAX: 229730024

VIVACIDADE 20/11/2014

ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIADE

BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DA AREOSA – RIO TINTOFUNDADA EM 12/09/1922

INSTITUIÇÃO DE UTLIDADE PÚBLICA

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46 VIVACIDADE NOVEMBRO 2014 ESPECIAL EDIÇÃO 100

Empresas & Negócios

Saber é Poder no centro de estudos de Baguim do MonteO centro de estudos Saber é Poder surgiu em 2011, em frente ao Centro Paroquial de Baguim, e mudou-se em setembro para a Rua dos Afonsos, em frente à farmácia de Baguim. O projeto de Lígia Castro e Ricardo Castro quer diferenciar-se pela forte relação com os alunos e pelas atividades ao ar livre, realizadas na Quintinha do Saber é Poder.

Em 2011, Lígia Castro e Ricar-do Castro criaram um centro de estudos em Baguim. O gosto pelas crianças e a falta de oportunidades no mercado de trabalho levaram o casal a pôr mãos à obra e iniciar um projeto que começou com um aluno.

“No ano letivo seguinte já tí-nhamos a sala cheia. Aí percebe-mos que era necessário um espaço maior e viemos para as novas ins-talações em setembro deste ano”, começa por apontar Lígia Castro.

Nas novas instalações, com três salas de estudo e um espaço de lazer, o Saber é Poder tem em per-manência um professor para cada sala e mantém uma relação de proximidade com os alunos, sem descurar os trabalhos de casa, os testes e a preparação para as pro-vas de avaliação.

“Tentamos compensar o traba-lho que fica por fazer. Mesmo que os alunos sejam muito bons numa matéria, o problema da colocação dos professores pode baixar as no-tas. Temos tido bons resultados e uma grande melhoria nas notas dos nossos alunos”, afirma Ricardo Castro, fundador do Saber é Poder.

Com uma média de 10 a 15 alunos por sala, o centro de es-tudos tem um psicólogo e várias atividades como zumba, karaté e capoeira à disposição dos alunos.

“Neste espaço temos condições para ter atividades para os alunos relaxarem. Na parte de baixo do edifício temos uma área de lazer

e na parte de cima fica a área de aprendizagem”, refere Lígia Castro.

A responsável pelo Saber é Po-der salienta o “feedback positivo” dos pais, que estão em contacto com o desenvolvimento dos alu-nos. “Temos uma forte relação com as crianças e procuramos fa-zer atividades ao ar livre na Quin-tinha Pedagógica, junto às piscinas municipais de Baguim”, refere.

Para os alunos com necessida-des educativas especiais, o centro disponibiliza métodos diferentes e um apoio personalizado que as es-colas nem sempre oferecem.

“Os pais sabem que podem contar connosco. Estamos sempre disponíveis durante a semana e mesmo ao fim-de-semana, em si-tuações excecionais”, conclui.

O Saber é Poder dispõe de vários pacotes, cujo preço varia

consoante as necessidades dos alunos.

“Sempre que possível faze-mos atividades ao ar livre”

Ricardo Castro, mentor do projeto, é responsável pelas ati-vidades ao ar livre na Quintinha Pedagógica. “Sempre gostei de ca-valos e faço criação. Um dia decidi levar os alunos a fazer equitação e como já tínhamos um espaço pró-prio, começamos a fazer atividades ao ar livre. Os alunos acabaram por envolver-se e agora não que-rem outra coisa”, explica ao Viva-cidade.

O centro de estudos está dispo-nível para a organização de festas de aniversário, aulas de equitação, e serviços de kidsitting e babysit-ting, para os pais que trabalham até mais tarde. n

EPG participaem mais um encontro EuropeuA Escola Profissional de Gondomar participou, de 19 a 25 de outu-bro, no 4.º encontro do projeto ‘Europe through our eyes’, inserido no Programa Comenius que teve lugar em Bialystok, na Polónia.

O encontro contou com a presença de escolas de seis países Europeus: Polónia, Itália, Espanha, Bulgária, Alemanha e Por-tugal. Em representação portuguesa esteve a Escola Profissional de Gondomar, com quatro dos seus alunos e uma professora.

Este encontro proporcionou dias de experiências e aprendizagens, que permiti-ram não só a descoberta de uma nova cul-

tura, língua, gastronomia e paisagem, mas também o contacto com as outras nações e culturas.

Neste encontro os participantes coope-raram em diferentes workshops relaciona-dos com jogos pedagógicos sobre os países parceiros, a impressão de documentos, dança e visitaram museus e locais ricos em História. n

ASSEMBLEIA -GERAL ORDINÁRIA

CONVOCATÓRIA

Ao abrigo do artigo 35º alínea h) e dando cumprimento à alínea b) do nº 2 do artigo 39º, dos Estatutos, convocam-se os Associados da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Areosa – Rio Tinto, no pleno uso dos seus direitos, para uma Assembleia-Geral Ordinária, que terá lugar no próximo dia 28-11-2014, pelas 21h15m, na Rua dos Marques, Rio Tinto, com a seguinte ordem de trabalhos:

ORDEM DE TRABALHOS:

1º - Analisar, discutir e votar Plano e Orçamento para o ano de 2015, bem como o Parecer do Concelho Fiscal.

2º - Informações.

Rio Tinto, 03 de Novembro de 2014

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral

(Amadeu José Branquinho Mota)

Nota : A Assembleia-geral, reunirá à hora marcada na convocatória se estiverem presentes mais de metade dos Associados com direito a voto.

Se, à hora marcada para a Assembleia-geral, não se verificar o número mínimo de presenças pre-vistas no parágrafo anterior a Assembleia-geral reunirá em 2ª convocatória, 30 MINUTOS depois,

com qualquer número de Associados

SEDE: RUA DOS MARQUES, 4435-466 RIO TINTOSERV. EMERGÊNCIA: 112 TELEFONES 229732009 / 229732010 – FAX: 229730024

VIVACIDADE 20/11/2014

ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIADE

BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DA AREOSA – RIO TINTOFUNDADA EM 12/09/1922

INSTITUIÇÃO DE UTLIDADE PÚBLICA

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> Na foto: Lígia e Ricardo Castro

Page 47: Edição Especial 100 - novembro 2014

Opinião: Vozes da Assembleia da República

47VIVACIDADE NOVEMBRO 2014 ESPECIAL EDIÇÃO 100

O Governo considera prioritário a continuação da adoção de medidas ati-vas de emprego que incentivem a con-tratação de desempregados e promo-vam o reforço da sua empregabilidade, em alinhamento com o Compromisso para o Crescimento, Competitividade e Emprego. Esta prioridade resulta da importância relevante que as medidas ativas de emprego têm vindo assumir no combate ao desemprego, em par-ticular no combate ao desemprego de longa duração. Na verdade, os estudos de avaliação realizados sobre este tipo de medidas demonstram o seu papel positivo na promoção de oportuni-dade de (re)inserção profissional de pessoas em situação de desemprego, contribuindo para acelerar esses pro-cessos, num quadro em que se exige que as entidades empregadores be-neficiárias destes apoios assegurem a criação líquida de emprego. Neste con-texto, foram criadas várias medidas de apoio que, para além de fomentarem a

contratação de certos tipos de desem-pregados com maiores dificuldades de reinserção profissional tais como: jovens até aos 30 anos, desempregados com idade mínima de 45 anos, bene-ficiários de prestações de desemprego, que integram famílias monoparentais, casais ou pessoas em união de facto em que ambos estejam desemprega-dos e vítimas de violência doméstica, também permitiram reduzir o esforço contributivo associada à contratação através do reembolso das contribui-ções sociais obrigatórias suportadas pelo empregador. Tendo em conta, a necessidade de conferir uma maior racionalidade, simplificação e poten-ciação da eficácia das diversas medi-das ativas de emprego, em particular os apoios à contratação, procedeu-se à harmonização dos diversos apoios que previam o reembolso da TSU numa única medida designada por «Apoio à Contratação via Reembolso da TSU». É neste contexto, onde impera a ne-

cessidade de continuar o caminho de racionalização das medidas ativas de emprego, que surge a presente Medida Estímulo Emprego, de modo a aumen-tar a eficácia e eficiência dos apoios à contração no processo de ajustamen-to do Mercado de Trabalho através da integração dos apoios financeiros sub-jacentes ao Estímulo 2013 e ao Apoio à Contratação via reembolso da TSU dirigidos à contratação de desempre-gados numa única medida. De real-çar que na nova Medida é reduzido ou eliminado, para alguns grupos de destinatários, o período mínimo de inscrição no Instituto do Emprego e da Formação Profissional. O Estímulo Emprego contínua a traduzir-se num apoio financeiro aos empregadores privados, com ou sem fins lucrativos, que celebrem contratos de trabalho a “termo a certo” ou “sem termo” com desempregados inscritos no serviço público de emprego. A nova medida simplifica o apoio financeiro conce-

dido, deixando de estar indexado ao montante da retribuição mensal do trabalhador, embora não podendo ul-trapassar determinados montantes do IAS, como sucede nas medidas Estí-mulo 2013 e Apoio à Contratação via Reembolso da TSU. Por outro lado, a majoração que pode ser atribuída vai beneficiar um maior leque de tipolo-gias de públicos, como as vítimas de violência doméstica, os ex-reclusos, os toxicodependentes em processos de recuperação e os beneficiários de rendimento social de inserção, aten-tas às suas especificidades e à sua maior vulnerabilidade de inserção na vida ativa. Porém, a concessão deste apoio está condicionado ao cumpri-mento do requisito da criação líquida de emprego no empregador. Final-mente, a nova Medida introduz novas alterações ao nível de procedimento administrativo que visam agilizar e tornar mais eficiente o mesmo proce-dimento. n

O debate do Orçamento do Esta-do 2015 acabou reduzido a um penoso exercício de arrastamento do Governo e da sua linha política de sobre-auste-ridade. Quando Jean-Claude Juncker se prepara para apresentar, até ao Natal, um pacote para o investimento público no valor de 300 mil milhões, a maioria PPD/PSD-CDS/PP persiste em repetir a receita da recessão, insensível a um país que se agita num incontornável desejo de mudança que se confirma a cada nova sondagem. No meio do estado de desgaste em que o Governo se encontra - ainda sob o efeito das ondas de choque provocadas pelos recentes problemas na justiça e na educação - somos con-frontados com o caso dos “vistos Gold” cuja dimensão ainda está bem longe de ser cabalmente conhecida. A inves-tigação judicial está em curso e é nessa

esfera, sem ingerências da intervenção política, que, devem ficar as questões de corrupção e outros crimes possam ter estado ligados à aplicação deste pro-grama. Contudo, independentemente do que se vier a apurar, não podemos ficar indiferentes à iniquidade de uma medida que discrimina imigrantes em função do dinheiro que possuem, ou não. Mal surgiram as notícias sobre este caso de corrupção logo se agitaram al-gumas santas almas para esclarecer que outros países têm colocado em prática planos deste idênticos. É simplesmente ridícula, para não dizer outras coisas, a forma como se invoca o exemplo de outros países para dar cabimento àquilo que a realidade nos mostra ser um erro. O que o governo promoveu foi a venda pura e simples de direitos de cidadania e livre circulação no espaço europeu

em troca de: transferências de capitais acima de mil milhões de euros; realiza-ção de investimentos geradores de dez postos de trabalho; ou compra de casas acima de 500 mil euros. Criamos assim dois tipos de imigrantes aqueles que, por serem pobres têm de suportar as maiores tormentas até conseguir obter qualquer garantia de permanência entre nós e aqueles que tendo muito dinheiro podem dedicar-se livremente à lavagem do mesmo, a partir do nosso país, a troco de uma inversões de capital nada exigente. Num momento em que dia-riamente se assiste à tragédia da morte em pleno mar de milhares de migrantes pobres quando tentam alcançar solo eu-ropeu, uma medida como esta redunda, no mínimo, num exercício de mau gos-to. Nem mesmo o argumento da atração de investimento e criação de emprego,

insistentemente acenado pelo Governo, salva os “vistos Gold”. Os números não enganam: apenas três dos vistos conce-didos se ficaram a dever ao investimento em projetos geradores de emprego tudo o resto deve-se apenas à compra de ca-sas. Este episódio arrisca-se a ficar para sempre como o triste epílogo da histó-ria da venda de um país aos pedaços. É lamentável que Pedro Passos Coelho e Paulo Portas não tenham a lucidez que teve Miguel Macedo e não percebam que este Governo acaba de perder com-pletamente a autoridade que governar exige e não se demitam também. Diante de um escândalo, como este, que abala, de forma grave, a confiança dos cida-dãos no Estado e a imagem de Portugal essa era a única saída digna! Quanto ao senhor Presidente da República, só me resta perguntar se ainda respira. n

Medida Estímulo Emprego

O desgoverno “Gold”...

Margarida AlmeidaPSD

“O Vivacidade que nasceu como um jornal local, tem, hoje, uma área de intervenção concelhia pela sua afirmação jornalística. Para-béns pelo sucesso!”

Isabel SantosPS

“Informação, cidade e cidadania, num abrir e fechar de olhos. Para-béns. Venham muitas vezes mais 100 edições.”

O ano de 2014 é particularmente feliz quanto às efemérides. Já celebrá-mos em abril os 40 anos da Revolução dos Cravos e não devemos esquecer em novembro os 25 anos da queda do Muro de Berlim. Ou como lhe chamou o Partido Comunista, numa recente edição do Avante, a “chamada queda”. Para o PC, a queda do muro foi orques-trada pelo imperialismo contra o povo alemão, a RDA foi o primeiro estado antifascista alemão (o que quer que isso queira dizer) e a reunificação alemã foi uma anexação. Notável. Notável sobre-tudo quando o primeiro responsável pela queda do Muro e essencial aben-çoador da reunificação foi um comu-

nista. Sem a recusa do secretário-geral do Partido Comunista da União So-viética, Mikhail Gorbachev, de apoiar militarmente o regime leste-alemão (ao contrário do que a URSS fizera noutras alturas, utilizando tanques contra di-ferentes povos do Leste Europeu) este ficou impotente face à vontade popular. Devemos, 25 anos depois, algum res-peito a esse comunista russo que soube ver para lá dos muros e das ideologias e soube perceber que regimes corruptos, em que os burocratas do suposto par-tido dos trabalhadores usufruíam das regalias e liberdades que sonegavam ao povo, não poderiam sobreviver àquilo que é uma fatalidade da história: não

se pode enganar toda a gente durante o tempo todo. E recordemos que, só na RDA e portanto esquecendo a Polónia, a Checo-Eslováquia, a Hungria, a Ro-ménia e todas as outras nações oprimi-das pelo comunismo na Europa, mor-reram mais de 1300 pessoas a tentar fugir ao regime. Recordemos também que o muro foi construído para impe-dir que os alemães de Leste pudessem procurar uma vida mais digna do que a miserável que tinham debaixo do co-munismo, com mais de 3,5 milhões de fugas para o Ocidentes antes da cons-trução do Muro - já que não podiam votar nas urnas, diz-se, votavam com os pés. E recordemos por fim que, nova-

mente só contando com a RDA, exis-tiram mais de 200 mil presos políticos, aprisionados pela polícia secreta que chegou a empregar 2,5% da população, para garantir o controlo totalitário do país das “notáveis realizações nos pla-nos económico, social e cultural” (cito o Avante). A RFA acabaria por literal-mente comprar a liberdade a cerca de 34 mil destes presos, trazendo-os para o Ocidente e para a liberdade. Talvez con-te como notável realização económica. Vinte e cinco anos depois não esque-çamos, pois, que haverá sempre quem queira esconder uma ditadura atrás de palavras mansas - até porque há 40 anos derrotámos a nossa. n

Muros

Michael SeufertCDS-PP

“Parabéns Vivacidade! Cem edi-ções de verdadeiro serviço público fazem vontade que chegues rapi-damente às mil!”

Page 48: Edição Especial 100 - novembro 2014

Pires de Lima era ainda CEO da Unicer e, numa das linhas de produção da fábrica de Leça do Balio, 3 trabalha-dores estavam há um ano com con-tratos mensais e sem um dia de férias. Pires de Lima foi para o governo e os três trabalhadores continuaram a as-sinar contratos mensais durante mais um ano, sem nunca gozarem férias. São 23 contratos de trabalho em dois anos e dois anos a trabalhar sem gozar um único dia de férias. Numa das empre-sas mais conhecidas do país e a casa do Ministro da Economia. Os 3 trabalha-

dores foram dispensados, que é a pa-lavra que se usa para o despedimento de trabalhadores sem vínculo, a 20 de Julho. O seu pecado talvez tenha sido fazerem perguntas. Mas os contratos ao dia, ao mês, os falsos temporários e re-cibos verdes, continuam. Só em Leça do Balio, estarão mais de 50 trabalhadores nas linhas de produção da Unicer em situações destas. Aumentam também os estagiários, principalmente nas ta-refas administrativas. Vários métodos, uma regra: precariedade máxima, sa-lários mínimos. Os trabalhadores com

vínculo da empresa são alvos a abater. E de facto, quase 1000 já rescindiram con-trato. Chamam-lhes “rescisões amigá-veis”, escondendo as intimidações sobre trabalhadores com 20, 30 e mais anos de trabalho. E quando não há rescisão, não desistem. Um dos trabalhadores foi despedido com a declaração de ex-tinção do seu posto de trabalho, feita de forma ilegal e para logo o entregar a um outsourcing especializado no abuso laboral. Na Unicer, como no país, está em curso um ataque violento aos direi-tos de quem trabalha. Substituem-se

trabalhadores com vínculo por traba-lhadores precários, abusando de uns e de outros. E se este é o péssimo cenário do país, há também algo de exemplar a ocorrer. Os trabalhadores da Unicer de Leça do Balio pararam por completo a produção em greves sucessivas pela reintegração do trabalhador despedido ilegalmente. Todos a lutar pelos direitos de um. Todos a lutar pelos direitos de todos. Todos recusando baixar a cabeça e fazer auto-estrada ao abuso. Todos a serem resistência. Todos a construírem dignidade. n

A Unicer e o país, o péssimo e o exemplar

Opinião: Vozes da Assembleia da República / Vozes da Assembleia Municipal

O Governo apresentou recente-mente na Assembleia da República o Orçamento de Estado para 2015 e sem prejuízo de uma análise mais detalha-da ao conjunto de documentos que o integram, podemos desde já adiantar que, estamos diante de um Orçamento que, nos seus traços essenciais, nas suas linhas orientadoras, se confunde com os anteriores orçamentos apresentados por este Governo PSD-CDS, ou seja de um orçamento de austeridade que vai continuar a empobrecer os portugue-ses. Há contudo uma grande diferença entre este Orçamento e os anteriores, é que este Orçamento de Estado não es-teve sujeito a quaisquer condicionantes

externos. Ora, tendo sido elaborado sem a sombra da Troika e mantendo o Governo as mesmas politicas de aus-teridade, significa que o Governo an-dou estes três anos meio a mentir aos Portugueses quando dizia que quando a Troika fosse embora, o Governo iria “mudar a agulha” e “mudar a agulha” seria repor tudo aquilo que o Governo retirou aos portugueses nestes últimos anos. Afinal a Troika foi embora, mas as politicas ficaram, a agulha não mu-dou e os portugueses dão agora voltas à cabeça para tentar perceber o que terá dado ao Sr. vice-primeiro-ministro Paulo Portas, para se lembra de colocar um relógio a andar para trás. Afinal a

troika foi embora e o relógio não pa-rou. A única leitura possível é que este Governo PSD-CDS pretende transfor-mar em definitivos, os cortes que foram sempre apresentados, pelo próprio Go-verno, como provisórios. Depois, te-mos um Governo que neste orçamento não encontra espaço para acabar com a sobretaxa de IRS, que não encontra espaço para aliviar a pressão fiscal das famílias portuguesas, mas que encon-tra espaço para baixar os impostos das grandes empresas em sede de IRC, o que nos mostra em quem estava o Go-verno a pensar quando elaborou este orçamento e quais são as preocupações deste Governo, que consegue baixar os

impostos das grandes empresas, mas que só consegue devolver 20% do que retirou aos funcionários públicos, fi-cando a devolução dos restantes 80% para quem vier a seguir, numa espécie de “quem vier atrás que apague a luz”. Estamos assim diante de um Orçamen-to que insiste nas políticas de austeri-dade e na imposição de sacrifícios à generalidade das pessoas, que não vem resolver nenhum dos nossos problemas e que vai continuar a empobrecer as fa-mílias portuguesas. Assim e de forma responsável, “Os Verdes” não têm outra alternativa senão o voto contra este Or-çamento que é mau para o país e que é mau para os portugueses. n

Primeiras notas sobre o Orçamento de Estado 2015

48 VIVACIDADE NOVEMBRO 2014 ESPECIAL EDIÇÃO 100

José Luís FerreiraPEV

Catarina MartinsBE

“A democracia constrói-se com in-formação e liberdade. A imprensa local é essencial. Parabéns Vivaci-dade.”

Mais de 37 anos de políticas de direita implementadas por sucessivos governos do PS e PSD (ora com, ora sem CDS); 28 anos passados da inte-gração capitalista na (agora) União Europeia; depois dos PEC’s do PS e três anos após a assinatura, por estes três partidos, do dito Memorando – um autêntico Pacto de Agressão con-tra os trabalhadores e o povo portu-guês, a soberania e a independência nacionais – a realidade do país é de recessão, retrocesso social, destruição de Serviços Públicos e funções sociais do Estado, num autêntico ajuste de contas com as conquistas emancipa-doras de Abril. A consequência das

opções políticas de PS, PSD e CDS es-tão bem à vista: um rumo de declínio, que corta nos salários, reformas, pen-sões e prestações sociais; que ataca a Escola Pública, a Saúde e outros ser-viços públicos, com o claro objetivo de abrir, cada vez mais, as portas para que o privado se instale; que privatiza setores estratégicos para a economia nacional, descapitalizando o Estado e entregando o património que é de todos ao capital estrangeiro; que au-menta os impostos sobre os rendi-mentos do trabalho, ao mesmo tem-po que favorece a banca e os grandes grupos económicos; que impõe im-postos que vão taxar da mesma forma

o milionário e o desempregado. Um caminho de empobrecimento e de agravamento da exploração e das de-sigualdades que resultou em mais de um milhão e 400 mil desempregados e dois milhões e 800 mil portugueses na pobreza, empurrando ainda mais de 300 mil para a emigração. É urgen-te romper com as políticas de direita e inverter este rumo, que beneficia os grandes grupos económicos e finan-ceiros à custa do empobrecimento da grande maioria dos portugueses. Uma rutura que está nas mãos dos trabalhadores e do povo, nas lutas que têm travado e nas que, corajosamen-te, continuarão a travar, defendendo

direitos laborais e sociais, também eles conquistados através da luta. As-sume, assim, especial importância a Marcha Nacional convocada pela CGTP-IN, de 21 a 25 de Novembro, que percorrerá o país e que terá ex-pressão no Porto, dia 22 (sábado), às 15h, na Praça da Batalha. Impõe-se a derrota deste Governo, das políticas de direita e de todos os seus executan-tes e a construção de uma alternativa patriótica e de esquerda, que retome os valores de Abril para o futuro de Portugal. A participação de todos e de cada um na ação de luta do próximo dia 22 será mais um passo nessa di-reção. n

Pelo emprego com direitos, salários e defesa das funções sociais do Estado

Diana FerreiraPCP

“Parabéns ao jornal Vivacidade pela sua centésima edição. Que o jornal mantenha o seu caráter lo-cal e assim reflita a realidade vivi-da pela população de Gondomar.”

Ao longo do último ano, tenho feito, nesta pequena crónica, vários elogios ao novo executivo da Câmara Municipal de Gondomar. Verdade que, pertencendo ao mesmo partido po-lítico e tendo feito campanha ao lado deste grupo, muitos podem considerar as minhas opiniões pouco imparciais. Mas ao longo deste tempo, não sou eu apenas que as exprime, e por várias ve-zes a comunicação social acompanha--as. No passado dia 7 de novembro foi a vez de uma organização não gover-namental, a TIAC – Transparência e Integridade, Associação Cívica, que tem como missão combater a corrup-

ção, corroborar daquilo que venho a escrever mensalmente nesta crónica. Gondomar subiu no “ranking” dos municípios do 142.º lugar, em 2013, para a 73.ª posição, em 2014, de acordo com o Índice de Transparência Muni-cipal (ITM), e que avalia a informação fornecida pelos concelhos do país aos seus munícipes, analisando as páginas de Internet respectivas. E na escala da Área Metropolitana do Porto, Gondo-mar é agora o 4.º município entre os 18 que a constituem. O TIAC é um gru-po de cidadãos que trabalha por uma sociedade justa e uma democracia real e com qualidade em Portugal. Lutam

pelo acesso à informação pública, que promova uma cidadania informada, participativa e próxima. Premeiam por isso a eficácia das organizações e siste-mas, a Justiça assertiva nos seus tem-pos e nas suas deliberações, em suma, a responsabilização ética e funcional de todos os agentes públicos. Enten-dem que o combate e a vigilância da corrupção das instituições públicas pressupõe uma sociedade civil alerta e interventiva, e que a transparência deve ser o âmago de todas as ações do Estado. O ITM mede o grau de trans-parência de cada município através de uma análise da sua página na Internet.

A TIAC avalia a quantidade e o tipo de informação disponibilizados aos munícipes sobre a estrutura da autar-quia, o seu funcionamento e os atos próprios de gestão. Áreas com elevado risco de corrupção, como a contrata-ção pública e o urbanismo, suscitam uma particular atenção dos autores do ITM. Foram apenas 365 dias de uma nova equipa, dinâmica, empreendedo-ra e responsável, que elevou o conce-lho 69 lugares neste ranking. E se num ano temos estes resultado, no final do mandato deste executivo, não tenho dúvidas que Gondomar será muito mais! n

Gondomar + Transparente

Joana ResendePS

“Congratulo o nosso jornal Vivaci-dade pela sua centésima edição. Que continue a celebrar o serviço público que cumpre.”

Page 49: Edição Especial 100 - novembro 2014

António ValpaçosCDU

“Em boa hora surgiram! Parabéns pelo vosso trabalho!”

Acentuam-se e intensificam-se os elementos associados à ofensiva contra a Água enquanto bem público, desen-cadeada mais formalmente a partir de 1993, e que visa sem rodeios, por mais desmentidos e jogos semânticos sobre «privatização»/«concessão», a entrega a privados de um apetecível filão de negócio do interesse das grandes multi-nacionais do setor. Infelizmente o nosso concelho é dos exemplos mais elucida-tivos de que como é errada a opção de privatizar/concessionar o bem público que é a água. Quando a Câmara de Gondomar concessionou a exploração e gestão dos Serviços Públicos Mu-nicipais de Abastecimento de Água

e Saneamento do Município, a CDU afirmou que a solução encontrada não traria benefícios para o concelho e para os utilizadores desses serviços públicos essenciais. O facto da Câmara de Gon-domar já ter revisto por diversas vezes o contrato de concessão com a empresa Águas de Gondomar, que só tem be-neficiado a concessionária, demonstra que, ao contrário do que se afirma, a gestão privada não é mais eficaz que a gestão pública. Desde o início de 2002 que os utentes pagam uma pesada fatu-ra pelo abastecimento público de água e drenagem de águas residuais, que não é justificada pela qualidade dos serviços oferecidos. A concessionária tem feito o

que lhe apetece, adiando os prazos de conclusão dos investimentos previstos no plano inicial e cometendo ilegali-dades graves, sem que a concedente use os seus poderes de fiscalização. Exemplo recente desta linha do ”que-ro, posso e mando” foi a imposição de forma súbita aos munícipes dos lugares da Sousa, Jancido e Compostela tarifas referentes a ramais, câmaras e ligação que assumem uma natureza de escân-dalo público, dado que se situam entre 1.700 e 2.758 euros. Atente-se que os valores em causa são superiores, na sua globalidade, aos montantes cobrados nas restantes freguesias do concelho, designadamente, aqueles que foram

cobrados na freguesia de São Pedro da Cova. Estamos perante uma opção cega e economicista com um impacto pro-fundamente negativo no agravamen-to das condições de vida das famílias dos lugares referidos, sobretudo numa altura de grave crise económica e fi-nanceira como a que se vive no nosso país. É tempo de dizer basta! A defesa da água enquanto bem público assim o exige! A Câmara de Gondomar não pode uma vez mais, subordinar o inte-resse público aos interesses privados e às suas prioridades, é hora de retomar a gestão de um bem essencial à vida e cujo usufruto é um direito fundamental de todos. n

Por uma outra política de água - retomemos a gestão de um bem essencialà vida e cujo usufruto é um direito fundamental de todos

Rui NóvoaBE

“Aproveito para felicitar o jornal Vivacidade. Tenho-me empenhado para que as minhas crónicas con-tribuam também para o êxito deste importante espaço de informação que chega a milhares de leitores do nosso concelho. Bem haja e vamos lá que já não falta muito para a edição 200.”

O governo do PSD/CDS não descansa enquanto não entregar os transportes públicos aos seus amigos, assim, se nada fizermos para contra-riar esta medida todos ficaremos a perder. É verdade que têm aumenta-do os tempos de espera nas paragens e diminuído várias carreiras mas, é bom que todos saibam de que a cul-pa não se deve aos trabalhadores. O governo não autoriza a contratação de novos motoristas o que deteriora o serviço pois, para garantir o mínimo de qualidade seriam necessários pelo menos mais 100 motoristas. O que tal não acontece e faz com que todos

os dias, muitos autocarros fiquem estacionados nas garagens, sem utili-zação, o que faz com que os horários não sejam cumpridos. O que é preciso é melhorar a oferta pública de trans-portes contribuíndo assim, de forma mais eficaz para retirar os automóveis das ruas, conseguindo assim, a redu-ção de emissão de gases poluentes. Gondomar é um dos seis concelhos onde funcionam há décadas a rede de transportes públicos, da STCP, e desde janeiro de 2011, a linha do Metro até Fânzeres. Por isso, a Câmara de Gon-domar não pode deixar de responder com força e determinação, ao pro-

grama de desmantelamento público que PSD/CDS puseram em marcha. É a própria lei das autarquias (lei nº 75/2013) que indica como competên-cia dos municípios criar, construir, e gerir redes de transportes (art.33º). Mas não é apenas a lei que exige a intervenção da Câmara de Gondo-mar para salvar a STCP da destruição anunciada, trata-se também de salva-guardar a mobilidade da população de Gondomar, os direitos dos trabalha-dores de transportes públicos e ainda, não menos importante, o património da STCP é que a interligação dos seis concelhos abrangidos pelo transporte

público rodoviário de passageiros é um facto histórico. É por isso absolu-tamente necessário que, a Câmara se empenhe na melhoria dos circuitos, das carreiras e dos horários da STCP e mobilize os outros municípios contra a destruição/privatização do trans-porte público de passageiros. Quanto ao Metro, a extensão em 5,6 quiló-metros da linha azul até Valbom teria ganhos muito significativos, em ter-mos ambientais e não só. Apenas com a aventura dos SWAPS na STCP e no Metro gasta-se muito mais do que os 200 milhões de euros desta obra. É de avançar, a mobilidade é um direito. n

Privatizar a STCP só vai piorar ainda mais a vida dos gondomarenses

Pedro OliveiraCDS-PP

“Neste momento marcante relevo o bom “vício” editorial do Jornal Vivacidade de garantir voz às dife-rentes sensibilidades políticas do concelho. Continuem e parabéns!”

Na altura em que escrevo este artigo fala-se, “à boca desarmada”, que o PS decidiu, não só suspender as conversas com a maioria tendentes à obtenção de um acordo reforma-dor do IRS, como “rasgar” o acordo alcançado o ano passado sobre a re-forma do IRC. Diz-se que o Partido Socialista deixou de concordar com mais um abaixamento da taxa de IRC no próximo ano, emergente do subscrito acordo. Enfim, suspender conversas ou, a continuarem, não se alcançar o tão desejado acordo refor-mador por razões de convicção ou mesmo de mera estratégia política, é sempre aceitável, independentemen-te das responsabilidades que possam ser assacadas aos intervenientes pela

secundarização votada aos lídimos interesses do país. Agora, “rasgar” unilateralmente um acordo, formali-zado e em plena execução, porque se entendeu oportuno duvidar da eficá-cia dos concernentes parâmetros, ou só porque foi subscrito pela equipa dirigente entretanto corrida do po-der no partido parece-me, no míni-mo, muito exagerado. O pressupos-to essencial da ação de um partido político com fundadas aspirações de poder, é a fiabilidade das respecti-vas propostas eleitorais e a coerência quotidiana da intervenção dos seus dirigentes. As inopinadas alterações de conteúdo de tais regras inquinam de forma dramática a credibilidade destes agentes lançando o desânimo

na comunidade que visam servir. Na verdade como podem os portu-gueses confiar num partido político que transige tão facilmente com as “emoções” do momento, esquecen-do, atirando para as calendas, os seus compromissos com o país, aquilo que convencionou com os cidadãos? Não é a mudança de opinião que censuro pois há sempre espaço para fazer me-lhor, para arrepiar caminho naquilo que se nos apresenta como estrutu-rante. Censuro é a forma autista, en-viesada, com que o PS decidiu mani-festar o seu novo posicionamento na matéria, fazendo-o à absoluta revelia do acordo que garantiu honrar com os partidos da maioria. Se for para a frente com este equívoco, estará

necessariamente o PS a segredar aos portugueses a noção de que as suas próximas propostas eleitorais não são para levar a sério, mais não passando de meros engodos eleitorais para ace-der ao poder, mas que uma vez este alcançado, tudo será feito no mesmo caminho da austeridade em que nos encontramos, por ventura de “pu-nhos” bem mais cerrados que a ligei-ra abertura que a atual maioria já nos começa a proporcionar.

Clamo portanto para a clarivi-dência dos portugueses e dos gon-domarenses em especial, para que se não deixem enfeudar neste populis-mo cansativo, obtusamente redun-dante e assaz prevaricador dos seus interesses. n

Fiabilidade

Opinião: Vozes da Assembleia Municipal

49VIVACIDADE NOVEMBRO 2014 ESPECIAL EDIÇÃO 100

Page 50: Edição Especial 100 - novembro 2014

1 – É praticamente garantido que as eleições legislativas não serão antecipadas. Assim, os por-tugueses deverão ir às urnas no início do próximo outono, mais ou menos daqui a dez meses. É igualmente quase certo que o PS deverá ser o vencedor. Mas pou-cos acreditam que António Costa obtenha uma maioria absoluta, vendo-se assim obrigado a fazer uma coligação. Com estes dados, a grande questão que começa já a colocar-se é esta: Com quem deve coligar-se o PS? Deve Antó-nio Costa escolher simplesmente quem estiver mais disponível para o apoiar, satisfazendo-se com a maioria aritmética? Deve excluir os partidos à direita do PS e favo-recer os que estão à sua esquer-da? Deve privilegiar um acordo alargado com os partidos da atual maioria?

2 – Dir-se-á que é ainda mui-to cedo para discutir este tipo de

problemas, pois aparentemente só faz sentido falar de coligações depois de conhecidos os resulta-dos eleitorais. Mas não é irrele-vante ter ideias claras sobre os ce-nários pós-eleitorais. Como não é irrelevante que essas mesmas ideias sejam dadas a conhecer aos eleitores antes das eleições, de forma a que ninguém tenha de passar um cheque em branco

a quem quer que seja. Ora, todos os estudos de opinião dizem que os portugueses defendem que o próximo primeiro-ministro deve fazer tudo por tudo para formar um governo com uma larga base de apoio partidário. Só assim será possível convencer a União Eu-ropeia a flexibilizar as suas exi-gências quanto aos prazos para amortização da nossa dívida. O

mesmo se pode dizer quanto à redução das taxas de juro a que o país está sujeito.

3 – É neste quadro que a re-tórica política e a luta partidária pré-eleitoral assumem particular relevância entre as diversas forças partidárias. A linguagem abrasiva, as acusações gratuitas e sem fun-damento, ou os ataques pessoais entre dirigentes só servem para criar crispações que limitarão, no período pós-eleitoral, as necessá-rias aproximações entre partidos. António Costa sabe muito bem que, sozinho o seu partido não conseguirá resolver os problemas que afligem o país. E sabe, igual-mente, que o dinheiro não cai do céu, e a União Europeia não irá tornar-se numa espécie de San-ta Casa da Misericórdia para os portugueses. Só mesmo com um grande consenso nacional e uma coligação alargada será possível ultrapassar a crise… n

Só uma grande coligação pode tirar o país da crise

Posto de Vigia

Manuel Teixeira

Jornalista e Professor Universitário

“Aceitei, há 10 anos, participar no desafio de lançar o “Vivacida-de”. Parecia-me uma ousadia e uma aventura. Mas acreditei nas pessoas. Conhecia o seu talento e persistência. O resultado está à vista: um jornal que deve orgulhar todos os gondomarenses.”

Opinião

50 VIVACIDADE NOVEMBRO 2014 ESPECIAL EDIÇÃO 100

Segundo a lei que define o regime de cobrança de dívidas pelas instituições do Serviço Nacional de Saúde, “os crédi-tos prescrevem no prazo de três anos, contados da data da cessa-ção da prestação de serviços que lhe deu origem”. Há ainda que ter em atenção que o prazo de pres-crição destes créditos começa a correr a partir do último ato de assistência ao lesado, importante se estivermos perante um utente sujeito a um tratamento prolon-gado.

Assim, a consumidora não deverá pagar a taxa moderadora relativa aos cuidados recebidos em 2009. Porém, como precau-ção, deverá reclamar tal facto formalmente. Para o efeito, pode recorrer ao gabinete do utente

para apresentar sugestões ou re-clamações sobre o Serviço Na-cional de Saúde. Cada distrito tem um gabinete do utente, na sede da sub-região de saúde, nos centros de saúde e nos hospitais.

Para apresentar uma reclamação, pode ainda utilizar o Livro de Re-clamações que é obrigatório em todos os locais onde há atendi-mento público. A sua existência deve ser divulgada aos utentes de

forma visível. O reclamante será sempre informado da decisão so-bre a reclamação.

Salientar ainda que, se utilizar uma unidade de saúde privada, portanto serviços que não estão integrados no Serviço Nacional de Saúde, pode também a apre-sentar a sua reclamação. Estas unidades de saúde são obrigadas a ter um regulamento interno au-torizado pelo Ministério da Saú-de, entidade que também atribui a licença de funcionamento. O regulamento interno e a tabela de preços devem ser afixados em lo-cal visível ou estar acessíveis para a consulta dos utentes. Nestes, os respetivos créditos de estabe-lecimentos de assistência ou tra-tamento prescrevem no prazo de dois anos. n

Uma consumidora rececionou uma cobrança do Hospital referente a serviços prestados em 2009. Questiona qual o prazo durante o qual é possível serem efetuadas cobranças de taxas moderadoras.

André RegueiroJurísta da DECO

Para qualquer pedido de informação ou apoio para resolução de conflitos de consumo e situações de sobre-endividamento, dirija-se à DECO ([email protected]) ou ao Gabinete de Defesa do Consumidor da Câmara Municipal de Gondomar. A autarquia dispõe de um protocolo de colaboração com a DECO, Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor e presta apoio gratuito aos munícipes. Contactos: [email protected] | Telefone: 224 660 536 (ext. 2036)

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Page 51: Edição Especial 100 - novembro 2014

51VIVACIDADE NOVEMBRO 2014 ESPECIAL EDIÇÃO 100

Opinião

Poderão os estimados leitores, achar pelo título desta crónica, que abordaremos um tema algo banal e já do conhecimento ge-ral, tal como a “saúde, um bem precioso”. No entanto, quando as histórias da vida me passam dia-riamente no consultório, penso como somos às vezes egoístas,

deixando nos deprimir por coi-sas, muitas delas supérfluas, não dando verdadeiro valor à vida e que para tal, temos de viver bem

com o nosso corpo e a nossa mente, isso será a melhor defini-ção de saúde. Ter uma doente que ainda esta semana, num misto de frieza e depressão, procuran-do de algum modo ajuda para a saúde que não tem, nos diz que se encontra em fase de reativação do cancro da mama, que possui

há cerca de sete anos e que agora descobrimos metástases ósseas, significando um aumento do es-tadio da doença, preocupante e

de mau prognóstico. Olhar para aquela mulher, ainda jovem, em que o destino já está traçado e tanto eu como ela, sabemos o desfecho final, como avistando a meta da vida, deixa-nos plena-mente frustrados, mas não ven-cidos. Por outro, lado encontro naquela mulher, de um modo

egoísta, sei, forças para tornar os meus problemas pessoais, fúteis e mesmo ridículos perante alguém que trocava, sem qualquer hesi-

tação, a situação dela pela minha, ou de todos nós. É pena não pen-sarmos mais nisso, acho mesmo curioso, a preocupação de muita “gentinha” andar a inventar pro-blemas aos outros, quando não olham para si mesmo, desvalori-zando a sorte que têm em estarem vivas e com saúde. Pensem que podem não ter outra oportunida-de e que esta doente cuja história vos contei, trocava sem pensar duas vezes, com alguém que se encontra de mal com a vida, mas sempre como uma solução, possí-vel no horizonte, opção essa que ela não tem. Vivam o dia a dia, se possível de bem com vós próprios e com o mundo. Façam rastreios no médico de família, pois a solu-ção para muitas doenças, não está propriamente no tratamento mas na profilaxia, ou seja, descobrir a doença numa fase controlável e com tratamento possível. Esta é e será por muito tempo, a situação com o cancro...

Vivam em saúde Até breve, estimados leito-

res… n

A Saúde o nosso bem mais precioso...

Viva Saúde

Paulo Amado

Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia

Diretor Clínico daCLINICA RIO TINTO +

Coordenador da Unidade deMedicina Desportiva e Artroscopia Avançada do Hospital Lusíadas Porto.

Tendência vem, tendência pas-sa, mas as peças de moda em pêlo falso continuam por cá! Conti-nuam por uma boa razão. Elas têm um charme próprio, uma persona-lidade difícil de resistir que conce-de uma produção extra ao nosso visual nestes dias tão cinzentos. Por essa razão, tornaram-se quase que obrigatórias no nosso guarda--roupa. Já não as vejo como ten-dência, mas sim como básicas.

Como tal, a escolha da peça perfeita que vai completar e enri-quecer o nosso guarda-roupa tem que ser feita com coerência, e aqui a frase “pouco, mas com qualida-de” tem que estar presente, para não corrermos o risco de passar-mos de um look luxuoso, para um look “piroso”.

Hoje conseguimos encontrar as mais variadas peças em pêlo, desde malas, pochetes, brincos, saias, sapatos e por aí adiante, mas os casacos, os coletes e as estolas

têm e continuaram a ter o papel principal. Havendo equilíbrio, conjugam-se com tudo. Porque não deixar um pouco de lado as skinny jeans e conjugar antes com um vestido mais fluido, uma saia lápis, ou mesmo com umas pan-talonas? Pode-se surpreender com os indetermináveis looks que pode criar e o quão bem vai sentir--se neles.

Nas cores e nos padrões a va-

riedade é muita. Embora por vezes haja a tentação por escolher uma peça com cores garridas, lembre--se que as cores neutras como o branco, o preto, o cinza, o casta-nho ou o caramelo são mais fáceis de conjugar com as roupas que tem no armário e cansam menos. A regra é a mesma para os padrões. Quando mais simples for a peça, mas versátil vai ser. Se a ideia é que durem alguns anos dentro do

armário, as de padrão animal, por mais suave ou marcado que sejam, são sempre uma melhor aposta do que as de padrão geométrico.

Para quem sente que tem vo-lume a mais e que os casacos de pêlo agravam a situação, sugiro que, primeiro de tudo, apostem em casacos de pêlo curto e sim-ples, neutros e o mais escuro pos-sível. Tenham também atenção ao comprimento. Se, por exemplo, o problema é o volume abdominal, o casaco deve ser mais comprido que a zona crítica, pois não deve usar o casaco cujo comprimento termine na zona a disfarçar. Apos-tem em decotes em “V” ou “U”, demarquem bem a cintura e equi-librem sempre o look entre a par-te de cima e a parte de baixo. Um saldo alto é sempre bem-vindo, coloca-nos sempre mais elegantes.

Agora é só experimentar, ex-perimentar e experimentar, até acharmos a nossa peça perfeita! n

Como usar peças com pêlo

Viva Moda

Alcina Cunha

Consultora de Imagem

“Os meus parabéns ao jornal Vi-vacidade. Cem edições já foram, que venham mais cem...”

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Lazer

VIVACIDADE NOVEMBRO 2014 ESPECIAL EDIÇÃO 100

VIVA PREVENIDO

Ingredientes:

220g Chocolate culinária220g Manteiga5 Ovos5 Gemas100g Açúcar90g Farinha Branca Neve

Preparação:

Bater os ovos com as gemas e o açúcar na batedeira até duplicar.Em banho-maria derreter o choco-late com a manteiga. Junte o chocolate e a farinha ao preparado dos ovos com a ajuda de uma colher de pau delicada-mente. Unte formas individuais (tipo que-ques) com manteiga e polvilhe com farinha. Colocar no forno a 200º durante 6 a 7 minutos.Servir com uma bola de gelado de baunilha

RECEITA CULINÁRIA VIVACIDADE

Chef João Paulo Rodrigues

Exposições:

15 de novembro a 31 de março – “Viagem ao Paleozóico” – Exposição de Carlos Dias, no Centro Cultural de Rio Tinto Amália Rodrigues

Até 22 de novembro, aos sábados – “25 Anos ARGO”, exposição fundadores criativos da Associação Artística de Gondomar, na Galeria Rui Albero, Foz do Sousa

22 a 29 de novembro, segunda a sábado – “Eco Presépios”, na CEA Quinta do Passal

Até 23 de novembro – Resende | Fragmentos do Acervo1m, no Lugar do Desenho – Fundação Júlio Resende

Até 28 de novembro, terça a sábado – Ilustração Anabela Dias, na Biblioteca Municipal de Gondomar

Até 29 de novembro – Pintura dos alunos da Universidade Sénior de Gondomar, orienta-dos pela Dr.ª Dília Graziela, na Biblioteca Municipal de Gondomar

Até 30 de novembro, das 9h30 às 12h30 e das 14h às 18h – Exposição coletiva de artes plásticas “Artistas Gondomar 2014”, na Casa Branca de Gramido

Até 20 de dezembro – “Pintura de Fernando Neves”, na ARGO – Associação Artística de Gondomar

Até 31 de janeiro, de terça a sábado – “As Minas, a ARGO e a Fotografia”, coletiva de fotografia, no Museu Mineiro de São Pedro da Cova

Até 31 de janeiro, de terça a domingo – Júlio Resende | Serigrafias, na Casa Branca de Gramido

Festas e Festivais:

21 a 23 de novembro – FISPRO – 1ª Feira Inter-nacional de Segurança e Proteção, no Pavilhão Multiusos de Gondomar

29 a 30 de novembro – II Festival Nacional de Bandas de Música, no Pavilhão Multiusos de Gondomar

Música:

29 de novembro, das 10h30 às 11h30 – Música com Bebés e Papás, na Casa Branca de Gramido

Literatura:

Até 13 de novembro – “Ao Encontro de... Bernardino Machado”, na Biblioteca Municipal de Gondomar

Teatro:

22 de novembro, às 21h30 – “Às Noveh30 há Poesia! Poetas Castelhanos”, pela Contra-corrente – Fábrica Teatral, no Centro Social de Soutelo

Até 29 de novembro, sábados às 21h30 – XV Festival de Teatro da Cidade de Rio Tinto, no Grupo Dramático e Beneficente de Rio Tinto

Até 6 de dezembro, sábados às 21h30 – 4.º Encontro de Teatro Amador Arte e Ato 2014, na Escola Dramática e Musical Valboense

AGENDA CULTURAL VIVACIDADE

* docente na Actual Gest

Petit Gateaux c/ Gelado Baunilha

Uma adolescente foi à missa de sábado confessar-se:- Padre, eu dormi com o meu namorado.- Isso é pecado, minha filha. Reza dez ave-marias. A adolescente levantou-se, deu uns passos e voltou de novo ao padre.- Posso rezar vinte, senhor padre?- Porquê, minha filha?- É que a gente vai passar este fim-de-semana fora...

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SOLUÇÕES:

ANEDOTA

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No dia 14 de novembro assinalou-se o Dia Mundial da Diabetes. Esta doença tem vindo a tornar-se um dos maiores pro-blemas de saúde a nível mundial. Em Portugal, a prevalência esti-mada de diabetes e “pré-diabe-tes” na população entre os 20 e os 79 anos é de 34,9%. A diabe-tes caracteriza-se pelo aumento anormal do nível de açúcar no sangue. A longo prazo, e quan-do não tratada adequadamente, pode originar complicações de saúde graves como ataques car-díacos, insuficiência renal, pro-blemas de visão, amputações, entre outras. Dos vários tipos de

diabetes, a de tipo 2 é a mais frequente e pode ser prevenida e controlada com um estilo de vida saudável. Procure controlar o seu peso através da prática de exer-cício e da ingestão de uma dieta saudável. Lembre-se que somos aquilo que comemos e que é es-sencial encontrar um equilíbrio entre a energia que consumimos e a que gastamos para que não ganhemos peso. É importante adequar as quantidades e pro-porções de alimentos colocados no prato: os legumes devem ocupar meio prato, a outra me-tade deve ser dividida a meio para os cereais (arroz, massa,

batata, leguminosas ou eventual-mente pão, não os misturando) e para as proteínas (peixe, car-ne ou ovo). Não salte refeições e faça pequenas merendas entre as 3 refeições principais e uma pequena ceia antes de deitar. Prefira os cozidos e grelhados e consuma mais peixe do que car-ne (optando por carnes brancas). Evite alimentos pré-cozinhados, fast-food, bebidas açucaradas, doces e qualquer tipo de açúcar. Estes conselhos aplicam-se a to-dos com ou sem diabetes, mas procure o seu médico em caso de dúvida ou para uma orientação mais pormenorizada.

Controle a diabetes

Elisabete CastroMédica, Interna de Medicina Geral e Familiar na Unidade de Saúde Familiar de Fânzeres

“Parabéns ao Jornal Vivacidade pela sua centésima edição – que continue a bem informar a cidade de Gondomar!”

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Page 53: Edição Especial 100 - novembro 2014

Respostas financeiras positivas, sorte nos negócios e emoções fortes. Se estiver disponível um encontro poderoso vai desper-tar uma paixão.

Pendências do passado poderão ser mais bem resolvidas neste mês. O trabalho e o quotidiano poderão ser reformulados.

Esta fase será fértil e criativa. Um forte sentimento de paixão poderá inspirar planos de longo prazo para a vida íntima.

Uma proposta de trabalho virá ao en-contro dos seus objetivos. Aproveite para aproximar-se da sua missão e descobrir ta-lentos que você nem sabia que tinha.

Amplie as comunicações, divulgue o seu trabalho e atraia novas oportunidades. No amor também vai ter surpresas.

Boas notícias financeiras vão despertar o seu espírito de guerreira. Aproveite para ir à luta e promover as mudanças desejadas no estilo de vida.

A resolução de um processo jurídico, a conquista de um título ou investimentos numa formação académica vão marcar o iní-cio de uma nova etapa.

Assistimos em novembro ao “acometar” da sonda Phi-lae no cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, pela primeira vez na história. O coroar da missão Rosetta foi testemunha-do pela humanidade que assistiu aos festejos da Agência Espacial Europeia, que envolve vários centros espaciais es-palhados pela Europa.

A equipa responsável pelo projeto festejou efusiva-mente a conclusão da primeira fase da maior aventura es-pacial de sempre (a Rosetta está no espaço desde 2004), que cumpriu o objetivo ao lançar a sonda Philae. O primeiro passo está dado mas surgem agora novos desafios: estudar a cauda do cometa, averiguar a água que o corpo celeste possui e perceber se o líquido é semelhante ao da Terra; a análise da composição do gelo e da poeira na superfície do corpo celeste pode oferecer novas pistas sobre a formação do Sistema Solar e da origem da vida na Terra.

Trata-se também da primeira vez que uma nave está tão próxima de um cometa, uma operação comparável à complexidade técnica da chegada à Lua.

O módulo Philae está a cerca de 22 quilómetros da nave espacial “mãe” e já são conhecidas as primeiras fotografias tiradas ao cometa 67P/CG. Contudo, nos últimos dias surgi-ram algumas dificuldades relacionadas com a estrutura irre-gular do cometa, que tem dificultado a captação de energia solar do robô Philae, mas a agência espacial francesa CNES já garantiu que apesar do contratempo o módulo está em permamente contacto com a sonda Rosetta e que a missão mantém-se.

O mundo tecnológico está de olhos voltados para o es-paço à espera de mais um grande passo para a humanidade.

Prepare-se para mais sucesso na car-reira. As responsabilidades também vão au-mentar.

Poderá vir a mudar de casa, de equipa de trabalho ou de ambiente, o que favorece-rá a construção de novas amizades e relacio-namentos estáveis.

Fase de pensar como pode ganhar mais dinheiro e brilhar no trabalho. Aproveite

este período para avaliar ambições, pla-nejar uma viagem e decidir novos rumos.

Decisões firmes movimentarão a sua vida íntima. Vários planetas vão incentivar novas conversas para a realização dos seus desejos.

As finanças prometem estabilizar, equili-brar o orçamento e atrair oportunidades para aumentar a receita.

53VIVACIDADE NOVEMBRO 2014 ESPECIAL EDIÇÃO 100

Lazer

LELO e ZEZINHA

O VIVACIDADE ERROU

Na edição n.º 99 do Vivacidade:- Na notícia “Baguim Fashion trouxe a moda a Gondomar”, da página 11, onde se lê “Os pre-miados foram: Clara, a mais jovem concorrente com apenas 12 anos”, devia ler-se “Os premia-dos foram: Lara Castro, a mais jovem concor-rente com apenas 11 anos”.- Na notícia “Universidade da Grande Idade de Rio Tinto abre portas a seniores com vontade de aprender”, da página 14, onde se lê “Rancho Folclórico de Rio Tinto”, devia ler-se “Associa-ção Folclórica Cantarinhas da Triana”.

A missão Rosetta é mais umgrande passo para a humanidade

VIVA TEC

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Emprego

54 VIVACIDADE NOVEMBRO 2014 ESPECIAL EDIÇÃO 100

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Op. Call Center

588469972

Tempo completo. Contrato a termo

Gondomar

Obrigatório fluência em francês

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Empregado de armazém

588496644

Tempo completo. Contrato a termo

S. Pedro da Cova

Acondicionar materiais, cargas e descargas;condução de empilhador; carta de conduçao

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Envernizador

588468479

Tempo completo. Contrato a termo

Fânzeres

Com experiência em envernizar à pistola

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Desenhador

588493540

Tempo completo. Contrato a termo

Rio Tinto

Com experiência em Autocad, PHC Advanced, Solidworks - Formação técnica do cenfim

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Engenheiro eletrónico

588493548

Tempo completo. Contrato a termo

Fânzeres

Com experiência em sistemas eletromecâni-cos; fluência inglês

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Carpinteiro

588493084

Tempo completo. Contrato a termo

Rio Tinto

Conhecimento de trabalhos com madeira para recuperar paletes

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Gestor Comercial

588490611

Tempo completo. Contrato a termo

Fânzeres

Com experiência na área do mobiliário. Co-nhecimentos de inglês, francês e espanhol.

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Marceneiro

588490619

Tempo completo. Contrato a termo

Fânzeres

Com experiência.

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Vendedor

588482176

Tempo completo. Contrato sem termo

Valbom

Com experiência na área de madeiras e deri-vados. Medida Estímulo Emprego.

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Cozinheiro/a

588476853

Tempo completo. Contrato a termo

Rio Tinto

Com experiência no mínimo de 1 ano em cozinha regional

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Torneiro mecânico

588462509

Tempo completo. Contrato a termo

S. Pedro da Cova

Com experiência mínima de 2 anos (torno e fresa)

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Outros trabalhadores não qualificados

588490638

Tempo completo. Contrato a termo

Fânzeres

Com experiência em tarefas relacionadas com a área de fabrico de móveis

As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) as-sociada a cada oferta de emprego.Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização e a sua publicação.

Centro de Emprego de Gondomar

Telefone 224 662 510R. Padre Augusto Maia, 26 / 4420 - 225 Gondomar

E-mail: [email protected]

VIVACIDADE 20/11/2014

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