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Edição nº 06 - Junho de 2006

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Edição nº 06 - Junho de 2006

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EXPEDIENTE DIRETORIA EXECUTIVAPRESIDENTESandro da Silva ReginaldoVICE PRESIDENTENewton Antônio Tristão1º SECRETÁRIOAugusto Braga dos Santos2º SECRETÁRIOHelder Rocha Silva Araújo1º TESOUREIROPaulo Silva2º TESOUREIROMarco Túlio Campos Tahan

EDITOR-CHEFE DA REVISTASBOT-GOJosé Umberto Vaz de SiqueiraCONSELHO EDITORIALSandro da Silva ReginaldoNewton Antônio TristãoAndré Luiz Passos CardosoCarlos Antonio Thomé

COMISSÃO DE ÉTICA,DEFESA PROFISSIONAL EHONORÁRIOS MÉDICOSPRESIDENTENewton Antônio Tristão

SUB-COMISSÃO DE ÉTICACOORDENADORNelson de Azevedo PaesBarreto

(62) [email protected]

PUBLICAÇÃO COM A QUALIDADE:

Edição: Ana Maria MoraisRedação: Rose Mendes e Dário ÁlvaresComercialização: Cleide MacielDireção de Arte: Juliana TurkiewiczArte-final: Andes Fróes e Vinícius AlvesFotos: Renato Café

Órgão de publicação da SBOT-GOContinuação do Boletim Informativoda SBOT-GO • Ano 9 nº 41

mensagens

SANDRO REGINALDO

PRESIDENTE DA SBOT-GO

JOSÉ UMBERTOVAZ DE SIQUEIRA

EDITOR-CHEFE

sbotgorevista

Regional atuante Engajamento pormelhor remuneraçãoOlá amigos,

SOCIEDADE BRASILEIRA DEORTOPEDIA REGIONAL DE GOIÁS

Sede: Av. Mutirão, 2.653 - St. OesteGoiânia - GO - Fone: (62) [email protected]

Augusto Braga dos SantosEduardo Alves TeixeiraAntônio Carlos de CastroJaime Guiotti Filho

SUB-COMISSÃO DEDEFESA PROFISSIONALCOORDENADORMauro Pereira MachadoEricson TognolloJosé Joaquim Gomide NetoFrancisco Ramiro CavalcanteMarcelo Quitero Rosenzweig

SUB-COMISSÃO DEHONORÁRIOS MÉDICOSCOORDENADORJosé Umberto Vaz de SiqueiraFernando de Oliveira RezendeHelder Rocha Silva AraújoJosé Miguel HannaSérgio Daher

COMISSÃO CIENTÍFICACOORDENADORMário Yoshihide KuwaeOMBRO E COTOVELONilo Machado JúniorCarlos Roberto GarciaCOLUNAZeno Augusto de Souza JúniorLaerte Bento Alves JúniorJOELHO

Ricardo José do CoutoMauro Rodrigues dos SantosPEDIÁTRICALuiz Eduardo de Paula e SilvaLuiz Fernando JardimTUMORRogério de Andrade AmaralRECONSTRUÇÃO EALONGAMENTOSamuel Diniz FilhoCarlos Eduardo Cabral FragaTRAUMASandro Laboissiere Paes BarretoMoacir Cunha MonteiroMÃORicardo Pereira da SilvaVicente de Paula BorgesQUADRILPaulo SilvaFlávio Dorcilo RabeloPÉGrimaldo Martins FerroAlexandre Daher Albieri

NEUROMUSCULARJoão Alirio Teixeira da Silva JúniorOSTEOPOROSELindomar Guimarães de OliveiraMICROCIRURGIAMário Yoshihide Kuwae

COMISSÃO DE PUBLICAÇÃOE DIVULGAÇÃO

Sandro da Silva ReginaldoNewton Antônio TristãoAugusto Braga dos SantosPaulo SilvaAndré Luiz Passos CardosoCarlos Antonio Thomé

RESPONSÁVEIS PELO SITEMonres José GomesRogério de Andrade Amaral

COMISSÃO DE CONGRESSOSSandro da Silva ReginaldoNewton Antônio TristãoRuy Rocha de MacedoAntonio Carlos de CastroFrancisco Ramiro Cavalcante

COMISSÃO DE CAMPANHASPÚBLICAS E AÇÕES SOCIAISCOORDENADORRicardo EsperidiãoEdegmar Nunes CostaFrederico Barra de MoraesJefferson Soares MartinsSussumo Taia

COMISSÃO SOCIAL EESPORTIVACOORDENADORRogério Ferreira ParanhosAlaor Florencio da SilvaHalley Paranhos Júnior

Junichiro Sado JúniorKleverson Rodrigues PinheiroLeandro SouzaLeandro KnewitzLeonardo Lima GuimarãesLuiz Carlos Milazzo JúniorLuiz Fernando VelosoMarcelo Gonçalves deAlmeidaRubens Esperidião

COMISSÃO PARACONCLUSÃO DA SEDECOORDENADORRuy Rocha de MacedoNewton Antônio TristãoPaulo Silva

REPRESENTANTES DASBOT-GO NA CIDADE DEANÁPOLISJosé Vinicius TronconiWilton José Jury

REPRESENTANTE DASBOT-GO NO SUDOESTEJuarez Souto Filho

REPRESENTANTE DASBOT-GO NO ENTORNOWilliam José Ferreira

NO DIA 25 DE MAIO TIVEMOS UMA BELA DEMONSTRAÇÃO DA CAPACI-

DADE DE MOBILIZAÇÃO DOS ORTOPEDISTAS GOIANOS, COM A CAM-

PANHA CRIANÇA PROTEGIDA NO CARRO. Conseguimos o engajamento de

um grande número de colegas, que autorizaram a colocação de faixas,

cartazes e folders em suas clínicas, assim como auxiliaram na distribuição

do material em locais públicos e participaram das blitzen educativas. Os

estudantes de Medicina da Liga do Trauma UFG também tiveram uma

participação fundamental em todas as ações desenvolvidas.

Ao constatarmos a quantidad e de crianças que são transportadas

sem nenhum equipamento de segurança, ficamos ainda mais convictos de que

temos a responsabilidade de desenvolver ações preventivas. Afinal, pode não

ser a solução, mas, com certeza, ir para as ruas com informação pode ajudar a

diminuir a alta incidência de acidentes automobilísticos com vítimas fatais.

Trazemos também nesta edição um encarte com grandes momentos

do VI Congresso Brasileiro de Ombro e Cotovelo, que foi impecável, tanto

do ponto de vista científico, quanto social. E tudo foi extremamente pontu-

al, algo raro em eventos. Aproveitamos a ocasião para homenagear Jaime

Guiotti Filho, Ruy Rocha e Rui José Fernandes, pioneiros em cirurgia do

ombro em Goiás. Graças ao trabalho desenvolvido por eles foi possível que

sediássemos este Congresso. Parabéns a todos que se dedicaram a fazer

deste evento um acontecimento inesquecível.

Uma das últimas conquistas obtidas pela SBOT-GO diz respeito à de-

fesa profissional, que é uma das prioridades desta gestão: José Umberto

tornou-se o representante oficial da ortopedia no Cier-Saúde. Esta vitória

foi obtida com a ajuda da AMG. Pedimos aos colegas que enviem reclama-

ções, críticas e sugestões, para que a Sociedade conheça os reais proble-

mas enfrentados por seus associados e tome as providências necessárias.

APÓS ALGUNS MESES DE ÁRDUA BATALHA (VOCÊS NÃO IMAGINAM O

QUANTO), A SBOT-GO ESTÁ INSERIDA NO CENTRO DOS DEBATES POR

MELHOR REMUNERAÇÃO. Temos dois representantes na diretoria do Cier-Saúde:

o Robson representando a Associação Goiana dos Hospitais e eu representan-

do a Associação Médica de Goiás. Segunda vaga esta conseguida com o empe-

nho pessoal do Waldemar (presidente da AMG) e Sandro. Claro que estare-

mos defendendo a classe que representamos, mas antes de mais nada somos

ortopedistas, o que abre uma porta a mais para nossa Regional.

Mas não brigamos por melhores honorários somente no Cier. Nossa

subcomissão de honorários médicos está cada vez mais ativa, contando

com a colaboração de muitos interessados no assunto. Quero fazer aqui um

agradecimento especial ao Helder, Rogério Andrade e Augusto Braga pelo

empenho e sugestões.

Estamos cada vez mais engajados em reuniões e debates junto aos

planos de saúde e gostaria de contar com cada um que estiver insatisfeito

com o que ganha para nos apresentar sugestões, propostas de luta e me-

lhores condições de remuneração.

Eu, por exemplo, estou “invocado” com a Unimed. Nossa Unimed, Co-

operativa dos médicos, inventou uma tabela esdrúxula, baseada em não sei

o quê, divulgou como se fosse a CBHPM e a implantou em uma decisão

unilateral. Há 10 anos que sou cooperado da Unimed, tenho amigos lá

dentro e ainda não havia presenciado uma atitude destas, nem nesta nem

em outras diretorias. Gostaria que alguém me explicasse, se possível for.

www.sbotgo.org.br

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Escolhido, em 2006, o melhor médico do Campeonato Goiano de Futebol, o peruano da

cidade de Lima, Marco Antônio Villalobos Gilabert, cursou Medicina na Universidade

Federal de Goiás e residência no Hospital das Clínicas da UFG. O ortopedista reside em

Goiânia há 23 anos. “Criei raízes nesta linda cidade, pela qual sou apaixonado”, confessa.

Desde 1999 Marco Antônio atua como médico da equipe de futebol do Goiás Esporte

Clube. “Até então, minha ligação com o futebol era apenas a paixão pelo esporte, que trouxe

do meu país. Chegando aqui, comecei a acompanhar o Goiás na bela campanha de 1983.

Assim surgiu o Marco torcedor, de ir e acompanhar os jogos do time no estádio. À época,

não imaginava que algum dia estaria trabalhando mais de perto, no banco, acompanhando o

desenvolvimento do time e dos atletas”, emociona-se.

De acordo com o médico, nessa área a experiência é de fundamental importância.

“Habitualmente afirmamos, quando conversamos e conhecemos colegas de outros clubes,

que o médico de clube não se faz apenas com diplomas, mas com experiência”.

Para Marco Antônio, uma das dificuldades em atuar em clube de futebol é controlar a

vontade de retorno aos campos de alguns atletas lesionados mais ansiosos. “Às vezes não são

apenas os atletas. Em alguns casos há pressão da comissão técnica e até da imprensa. Nessa

hora sou o médico, não o torcedor, o integrante da comissão técnica ou o sócio do clube.

Afinal, estou cuidando de uma pessoa e isso vem sempre em primeiro lugar”.

Feliz por ter sido escolhido o melhor médico do Campeonato Goiano de Futebol em 2006,

o ortopedista destaca que o mérito não é exclusivamente seu. “Tenho excelentes colegas de

trabalho, o Dr. Marcelo e Dr. Mauro, dois bons fisioterapeutas, Leonardo e Bruno, e nosso

massagista Bebeto, que garantem um departamento médico eficaz e competente”, conclui.

Marco Antônio Villalobos Gilabert emseu consultório e durante o jogo do

Goiás contra o Newell’s Old Boys, pelaTaça Libertadores da América

O melhor médico doCampeonato Goiano de Futebol

ESPECIALIZADO EM MEDICINA DE TRÁFE-

GO E ULTRA-SONOGRAFIA MÚSCULO-

ESQUÉLETICA, O ORTOPEDISTA PAULO HENRI-

QUE BORGES É NATURAL DE ITUMBIARA E RE-

TORNOU À CIDADE APÓS CONCLUIR SEUS ES-

TUDOS. O motivo é a vontade de estar perto

de suas raízes e a tranqüilidade do interior

em relação à segurança familiar. Do lado pro-

fissional, na sua visão, o campo de trabalho

giro pelo interior

A ortopedia em Itumbiara

Paulo Henrique Borges: raízes e segurança familiar

para o ortopedista na cidade é bom, a dificul-

dade encontrada diz respeito aos exames com-

plementares, tais como ressonância magné-

tica e cintilografia óssea, dos quais a região

carece. Além dele, outros seis ortopedistas atu-

am no município, e, sempre que possível eles

trocam informações entre si, em particular

nas palestras promovidas pela Unimed Regi-

onal Sul, realizadas duas vezes por ano.

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JOSÉ UMBERTO VAZ DE SIQUEIRA

[email protected]

curtíssimas

O SORTUDO...mas quem levou

foi Alexandre Daher

(à direita). Os

agradecimentos da

SBOT-GO ao médico

da Seleção, José

Luiz Runco.

FALLEN IN LOVEVida tranqüila no Hospital Santa Isabel. Longe de qualquer crise, todo

mundo só pensa em casamento. Somente neste mês devemos parabéns ao

Ricardo e ao Junichiro. Felicidades aos dois e às suas respectivas.

DESTAQUES DO MÊSCongratulações ao Mário Kuwae e Paulo Sérgio por

assumirem a presidência do Centro-Oeste das Sociedades

de Microcirurgia e da Cirurgia da Mão, respectivamente,

e ao Sérgio Daher por assumir a presidência da recém-

criada Sociedade da Coluna Vertebral do Centro-Oeste.

DEIXA A VIDA TE LEVARAbdala passará um ano em Barcelona. Estudando, aprimorando-se e, por

que não?, desfrutando de tudo de bom que merece. Com certeza deixará

saudades, mas voltará mais competente ainda. Uma boa oportunidade

para quem quiser assumir uma clínica com clientela já formada.

COMPRA DE PASSEDisputadíssimo no mercado, e adquirido pelo IOTE, o passe do

Emanuel (especialista em mão e microcirurgia). Consultório em

local nobre, com excesso de competência. Tudo para dar certo.

CENSURADODois ortopedistas em situação duvidosa. O Dr. XXX em São Paulo,

no fim de semana da Parada Gay, e o Dr. YYY, se esbaldando ao

som de “Macho Man” em um clube tradicional da cidade.

CAMISA DO BRASILAUTOGRAFADARicardo Esperidião vestiu a camisa autografada

da Seleção Brasileira na hora do sorteio…

DESCULPAS A JOSÉ MIGUELNovo ás da ultrassonografia músculo-esquelética

em Goiás, esquecemos da foto dele na última

edição. Parabéns por receber (e muito bem) toda

a diretoria da SBOT em sua casa.

CUIABÁContagiante a empolgação do Marlon com seu novo

consultório na clínica Gemus. Faz parte agora de um

grupo excelente, com instalações de primeiro mundo.

ARUANÃNo balanço da onda e no gingado da canoa estavam Paulo

Silva, Sandro e Ricardo Esperidião acompanhando e

tomando aulas de pescaria com o expert Emerson Honda.

EM DEFESADA ORTOPEDIANo dia 27 de junho

ortopedistas se

reuniram para um café

da manhã. Em pauta os

abusos cometidos pelos

planos de saúde.

Apenas a mobilização

poderá nos ajudar.

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SEGUINDO O PLANEJAMENTO DA COMIS-

SÃO DE CAMPANHAS PÚBLICAS DA SBOT,

A REGIONAL GOIANA DA ENTIDADE REALIZOU,

NO DIA 25 DE MAIO PASSADO, A CAMPANHA

CRIANÇA PROTEGIDA NO CARRO. A ação en-volveu os profissionais associados à SBOTGoiás e teve apoio da Unimed, da AMG, derevendedores de produtos ligados à prote-ção da criança no carro e também de estu-dantes de Medicina da Liga do Trauma daUniversidade Federal de Goiás (UFG).

Além de Goiânia, a campanha alcan-çou também as cidades de Anápolis, Luzi-ânia, Rio Verde e Ceres. No total foram 50pontos de divulgação e distribuição defolders e cartazes, entre hospitais, escolase pontos de venda de produtos de prote-ção à criança no carro.

CRIANÇA PROTE

Como havia apenas dados nacionais,nos dias 22 e 23 foi realizada em Goiâniauma pesquisa de observação do uso adequa-do do cinto em crianças. Em dois dias fo-ram observados 416 veículos, sendo que 16eram de transporte escolar. Do total, cons-tatou-se que 85% dos motoristas usavamcinto e que 78% das crianças não tinhamequipamentos de segurança. Entre os veí-culos de transporte escolar apenas um esta-va com equipamentos adequados.

Esta pesquisa teve um grande impactonos meios de comunicação e fez com que aSBOT-GO fosse procurada por vários órgãos

Reunião realizada na sala da SBOTpara definir a estratégia da Campanha

Cláudia, Tyrone, Joaquim e equipedo Instituto Médico de Ceres

Mais de 30 faixas da Campanhaforam colocadas em todo o estado

Frederico Barra orienta criançaacidentada sobre o uso do cinto

Blitz educativa em Luziânia

Crianças aderiram à CampanhaEstudantes da Liga do Trauma da FM/UFG com Luiz Eduardo e Edegmar

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GIDA NO CARRO

Ricardo Esperidião e o coronel Paulo Sanches,superintendente Municipal de Trânsito de Goiânia,concedem entrevista ao vivo sobre a Campanha

Participantes da Campanha emAnápolis exibem a faixa em cruzamento

No estande da Unimed na Pecuária de Goiâniatambém houve distribuição de material educativo

Marcelo Quitero entrega folder da Campanha

Ricardo Esperidião, Luiz Eduardo de Paula eJefferson Soares coordenaram, juntamente comEdegmar Nunes, a blitz educativa no Colégio Marista

Adriana Sabbatini (ao fundo)orienta pais sobre o uso do cinto

Sandro Reginaldo com a diretora do ColégioEducandário Goiás, dona Maria, que distribuiufolder da campanha aos seus 320 alunos

para entrevistas, sendo inclusive manche-te na capa do jornal de maior circulaçãoem Goiás no dia 25 de maio.

No dia da campanha nas ruas, duas equi-pes realizaram blitz em dois colégios comgrande fluxo de crianças sendo transporta-das em veículos automotores. Durante apanfletagem os ortopedistas notaram que otrajeto curto entre a casa e a escola, ainquitetude das crianças e a correria do dia-a-dia são as principais desculpas dos pais paranão se atentar à segurança dos filhos no trân-sito. A constatação preocupa, segundo San-dro Reginaldo, presidente da SBOT-GO, jáque, conforme dados do Denatran, a maio-ria dos acidentes ocorre em trajetos curtos ea velocidades entre 40km/h e 50km/h.

A iniciativa da SBOT pode se tornar umacampanha permanente em parceria com opoder público municipal, conforme decla-ração do dirigente da SuperintendênciaMunicipal de Trânsito (SMT), coronel PauloSanches ao jornal Diário da Manhã. O órgãopretende aliar a fiscalização sobre o trans-porte de crianças em veículos automotorese a campanha de conscientização fazendouma parceria com a SBOT.

Marcelo Quiterocom estudantes daLiga do Trauma daFM/UFG no ColégioExternato São José

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eventos científicos

Com apoio da Biosíntese e da Merck foi rea-lizada a XXXI Reunião do Membro Superiorno Lancaster Grill, no dia 11 de abril. As pa-lestras foram ministradas por Nilton Mazzere Salomão Chade, ambos da USP de RibeirãoPreto. Os assuntos abordados foram as fratu-ras dos membros superiores, inclusive com ademonstração prática dos métodos de fixa-ção. O evento contou com a participação deaproximadamente 100 ortopedistas.

REUNIÃO DOMEMBRO SUPERIOR

O projeto da Comissão de Educação Continuada da SBOT leva a onze cidades brasi-leiras os destaques do Congresso da Academia Americana de Ortopedia, realizadoem Chicago em março. No dia 20 de maio, no Papillon Hotel, foi a vez de Goiâniareceber o evento, que contou com cinco palestrantes nacionais e mais de 80 ortope-distas. O evento foi patrocinado pelo laboratório Pfizer.

PÓS AAOS

REUNIÃO DO QUADRIL

Em setembro acontece a quarta edição da JOTRAHC- Jornada de Ortopedia e Traumatologia dos Ex-re-sidentes e Ex-estagiários do Hospital das Clínicasda UFG. O evento acontecerá em duas etapas: a pri-meira no Hospital das Clínicas da UFG, entre osdias 7 e 12 de setembro. E a segunda na Pousadados Ipês, em Caldas Novas (GO), nos dias 22 e 23de setembro. A abertura oficial do evento será nodia 6 de setembro, no auditório do HC.

Na primeira etapa, denominada Semana Cirúr-gica, serão realizadas cerca de 100 cirurgias em to-das as subespecialidades da ortopedia. O esforço,ressalta o presidente da ASOTRAHC, Mauro Rodri-gues dos Santos, visa reduzir os número de pacien-tes que aguardam, na fila de espera, por uma cirur-gia ortopédica no HC. Outros objetivos desta etapada jornada são: oferecer educação continuada aoortopedista e propiciar a integração dos profissio-nais que passaram pelo HC.

A segunda etapa terá em sua programação con-ferências e mesas redondas. O ponto alto será a apre-sentação de temas livres, cujos autores concorre-rão aos tradicionais prêmios Dr. Geraldo Pedra, paramelhor apresentação oral, e Dr. Mário da Paz, paramelhor pôster.

Os ganhadores dos primeiros e segundos luga-res receberão uma premiação em dinheiro. Os in-teressados em enviar resumos devem ficar atentosao prazo de recebimento, que termina no dia 7 deagosto. A Comissão Organizadora também faz umalerta para que os participantes façam logo suasreservas na Pousada do Ipê já que a capacidade dehospedagem do lugar é em torno de 120 pessoas.

No dia 4 de maio foi realizada a se-gunda Reunião do Quadril em2006, organizada pela RegionalCentro-Oeste da Sociedade Brasilei-ra de Quadril, em parceria com aSBOT-GO. Emerson Honda, da San-ta Casa de São Paulo, ministrou trêsconferências e coordenou a discus-são de casos clínicos para uma pla-téia de aproximadamente 100 pes-soas. Nossos agradecimentos àMerck (Arcoxia), Zodiac (Condro-flex), Aché (Artrolive), Aventis(Clexane) e Biosíntese.

VEM AÍ A 4ª JOTRAHC

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entrevista

QUAL SERÁ SUA PLATAFORMA POLÍTICA

SE ELEITO DEPUTADO FEDERAL?

Como médico minha plataforma política

deverá priorizar a área da saúde, que visa,

na realidade, o bem-estar dos pacientes, prin-

cipalmente dos mais carentes, que depen-

dem do Sistema Único da Saúde, em todas

as especialidades e em particular da ortope-

dia. Quando falo em melhoria da saúde

direciono também para os profissionais, pois

sabemos que os médicos e os profissionais

de saúde em geral precisam de melhores

condições de trabalho, não só salariais como

também no que se refere ao ambiente, com

mais conforto, mais comodidade. Enfim,

precisamos realmente de mais atenção por

parte dos governantes, para que eles se

conscientizem mais do valor da medicina e

dos profissionais de saúde.

QUE PROPOSTAS VOLTADAS PARA A ÁREA

DA SAÚDE O SENHOR PRETENDE DEFENDER?

Os profissionais trabalham muito, os médi-

cos, por exemplo, não têm jornada de tra-

balho delimitada. Têm todo o seu tempo

ocupado, e não somente o horário comerci-

al como outras profissões, por isso precisam

ser melhor remunerados. Tenho duas pro-

postas principais: lutar pela melhoria nos

ambientes de trabalho e por melhorias nas

tabelas de remuneração dos convênios. São

mudanças que dependem de políticas de

saúde e que hoje, como vereador, não te-

nho condições de implementar, pois tenho

uma atuação mais restrita. Então, como de-

putado federal, pretendo viabilizá-las. Minha

intenção é que elas sejam implementadas

para todos os profissionais de saúde. Preten-

do também buscar aquilo que a classe ne-

cessita para desenvolver seu trabalho. E uma

das coisas das quais já tenho conhecimento Ruy Rocha promete defender pacientes e profissionais

“Onde há médico há esperança”Vereador pelo PMDB em seu primeiro mandato, o ortopedista Ruy

Rocha teve seu nome confirmado na convenção do partido como candidato

ao cargo de deputado federal. Sua plataforma política, segundo ele, será

a área da saúde, buscando defender pacientes e profissionais. Saiba

um pouco mais sobre suas propostas na entrevista abaixo.

é a criação da Ordem dos Médicos, um an-

seio da classe médica.

COMO FOI A INDICAÇÃO DO SEU NOME

PARA ESTE CARGO ELETIVO?

Bem, já sou vereador pelo mesmo partido,

isso facilitou um pouco. E, como sempre

fui ligado a fazer trabalhos sociais, filantró-

picos, viram em mim um canal viável para

alcançar determinadas coisas, direcionar

um projeto. Assim veio a indicação para

concorrer a deputado federal. Às vezes, a

vida da gente vai nos levando a situação

que, a gente que gosta de trabalhar fazen-

do o bem para a categoria, da família, da

sociedade como um todo, chega um ponto

em que você mesmo acha que se não parti-

cipar estará se omitindo.

E POR ISSO O SENHOR DECIDIU ACEITAR

A CANDIDATURA?

Percebi que precisamos de mais gente da

área médica no parlamento, pois a maioria

que está lá não é nem da área de saúde.

Costumo dizer que onde há médico há es-

perança. Esperança na saúde, porque nin-

guém trabalha sem saúde, sem disposição.

Mas também ninguém trabalha sem remu-

neração. Diz o ditado que a medicina é um

sacerdócio. Concordo com isso, mas é um

sacerdócio que requer um mínimo para que

o profissional cumpra sua jornada com mais

satisfação pessoal e profissional.

O SENHOR ACREDITA QUE SUA EXPERI-

ÊNCIA PROFISSIONAL VAI LHE AJUDAR NO

MANDATO COMO DEPUTADO FEDERAL?

Creio que sim, pois, como profissional, te-

nho a oportunidade de ver os dois lados da

moeda, já que vivo a situação da saúde no

hospital público e também no particular.

No serviço público nota-se condições de tra-

balho bem precárias. Falta conforto, apare-

lhagem, materiais. Do outro lado, da medi-

cina privada, o problema são os convênios,

que têm uma remuneração bem abaixo do

ideal nas consultas e nos procedimentos.

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parceiros

A ORTOMÉDICA, EMPRESA DE TECNOLOGIA

ORTOPÉDICA, É UMA DAS MAIS CONCEITUADAS

DO RAMO NA REGIÃO CENTRO-OESTE.

ENTRETANTO, ESSA ADMIRÁVEL POSIÇÃO

CONQUISTADA NO MERCADO NÃO FOI FRUTO

DO ACASO. Há seis anos atuando no segmentode confecção e venda de próteses externas e

órtoses sob medida e pré-fabricadas, aempresa conta com técnicos com mais de

duas décadas de experiência na área.“Optamos por trabalhar com técnicos com

ampla experiência para oferecer maiorqualidade e precisão nos nossos produtos”,

assinala Eduardo Branquinho, sócio eresponsável pelo Setor de Atendimento

Especializado da empresa.Aliás, a qualidade é uma verdadeira

obsessão na Ortomédica. Para garanti-la, ostécnicos da empresa passam por reciclagens

mensais e participam periodicamente decursos e eventos técnico-científicos nos

principais centros do Brasil e do mundo.“Além disso, trabalhamos com as melhores

matérias-primas disponíveis no mercadointernacional”, garante o executivo.

Ironicamente, a constante preocupaçãocom a qualidade muitas vezes torna a

Ortomédica frágil à concorrência desleal deempresas que atuam no mercado utilizando

materiais de qualidade inferior. “Paracontornar esse problema contamos com o

trabalho do médico no sentido deconscientizar e incentivar o paciente a

procurar produtos com comprovada qualidadee segurança. O paciente precisa perceber que,muitas vezes, na busca de uma solução, acaba

adquirindo um problema quando opta porpreços muito baixos em detrimento da

qualidade” , alerta Eduardo Branquinho.Ele ressalta, porém, que a qualidade

oferecida não significa que na Ortomédica osvalores são estratosféricos. “A Ortomédica

trabalha com preços justos e acessíveis,pagamentos facilitados e oferece garantia e

assistência técnica integral”, conclui.

A CLÍNICA SÃO CAMILO ESTÁ COMEMORANDO

UM ANO DE INAUGURAÇÃO DO SEU

ANFITEATRO. O ESPAÇO, QUE TEM CAPACIDADE

PARA 80 PESSOAS SENTADAS, FOI MONTADO

VISANDO A REALIZAÇÃO DE EVENTOS NA ÁREA

DE DIAGNÓSTICOS POR IMAGEM –

ESPECIALIDADE DA CLÍNICA, E TAMBÉM NAS

OUTRAS ÁREAS DA MEDICINA.

Equipado com recursos multimídia, comoaparelhagem de som e projetor de imagem, o

anfiteatro oferece boas condições para umareunião de médio porte. Está instalado nosegundo andar da clínica e conta com um

amplo hall de entrada, sanitários, cozinha euma área aberta com cerca de 200 metros

quadrados, onde é possível servir um coquetelou até mesmo um pequeno jantar.

Além das instalações recém-construídas,a localização da clínica é bastante adequada e

convidativa à realização de eventos. Outrodetalhe importante é que a clínica também

oferece estacionamento próprio.De acordo com Carlos Gomes Ribeiro, sócio-

proprietário da Clínica São Camilo, a idéia, ao seconstruir um espaço como este, é buscar

interação dos colegas profissionais de toda a áreada saúde realizando eventos diversos. “Podemos,

inclusive, entrar como parceiros na realização doseventos, basta nos procurar”, ressalta.

Desde que o espaço foi inaugurado, noinício de 2005, já foram realizados vários

eventos, inclusive confraternizações. Entre oseventos científicos ele destaca uma palestra

com a especialista Thanila de Araújo Macedo,goiana radicada nos Estados Unidos, que falou

sobre a radiologia aplicada à área vascular.

Clínica SãoCamilo

Clínica doEsporte

OrtomédicaTecnologiaOrtopédica

UNIDADE REFERÊNCIA NAS ÁREAS DE

ORTOPEDIA E REABILITAÇÃO, COM AMPLO E

BEM EQUIPADO CENTRO DE REABILITAÇÃO,

CONSIDERADO POR ESPECIALISTAS COMO UM

DOS MELHORES DO PAÍS, A CLÍNICA DO

ESPORTE ABRE AS PORTAS NO PRIMEIRO

SEMESTRE DE 2007 DO PRONTO SOCORRO

ORTOPÉDICO DE GOIÂNIA. Para lançar o novoserviço, que promete colocar Goiânia no

cenário nacional de atendimento apolitraumatizados, a clínica vem passando por

uma cuidadosa e arrojada ampliação. “Nóscontamos com excelentes profissionais naárea de traumatologia e com a ampliação

buscaremos a excelência também noatendimento ao politraumatizado”, assinala o

médico Samuel Diniz.A nova unidade da Clínica do Esporte

integrará um complexo que já conta comcentro cirúrgico, raios-X, ultrassonografia

ortopédica e convencional, centro dereabilitação fisioterápica, eletroterapia,

mecanoterapia, hidroterapia com piscinaaquecida e coberta, reeducação postural global(RPG) e equipamentos de última geração para

a realização dos mais variados exames eprocedimentos médicos.

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(longe dos) ossos do ofício

ARTE NA COZINHANO MÊS DE MAIO, EM ARUANÃ (GO), O ORTOPEDISTA ADEMAR MAR-

TINS FERRO REVELOU AOS COLEGAS UMA SABOROSA SURPRESA: ade dominar com precisão a arte da gastronomia. A peixada prepara-da pelo médico às margens do Rio Araguaia provocou água na bocae elogios, deixou saudades e consolidou em público a famaque o chef informal já tinha conquistado juntos aosamigos e familiares.

A paixão pela culinária começou quandoAdemar Martins era adolescente. Cozinhar nafazenda da família para os peões despertou nojovem candidato a médico o gosto pelas pa-nelas e a percepção para novas possibilidadesde exercer sua criatividade em busca de novose marcantes sabores. Nas festas e reuniões dafaculdade de medicina, o futuro médico sedu-zia pela boca até os paladares mais exigentes.“Nessas reuniões ampliei a convivência com aspanelas e exercitei a elaboração de receitas comovatapá, muqueca, molho de camarão”, assinala.

As tão esperadas participações especiais do médicono forno e fogão acontecem, geralmente, em viagens

Vatapá, muqueca emolho de camarão

estão entre asespecialidades de

Ademar Martins Ferro

turísticas ao Rio Araguaia e ao litoral brasileiro. Quando o orto-pedista assume o comando da cozinha surgem saborosas receitasque fazem sucesso à mesa. “Eu gosto mais de receitas à base depeixe, galinhada com pequi ou guariroba e churrasco”. Outro

lazer do médico é o tênis. “Se minha esposa não brigas-se, eu jogaria tênis todos os dias. Entretanto, quan-

do o assunto é culinária, a reclamação é que exer-cito pouco o hobby”, brinca.

Muito mais do que um hobby, cozinhar parao ortopedista Mauro Machado é uma curtiçãoem família, seja em Goiânia ou em Três Ran-chos, onde tem casa. Ele, a esposa e os dois fi-lhos, de 15 e 11 anos, adoram ir para a cozinhajuntos e preparar as refeições a oito mãos. “Sen-

timos falta quando acontece de irmos para a co-zinha um sem o outro, principalmente quando

sou eu sem minha esposa ou ela sem mim”, afirmao médico.

O médico conta que o gosto pela culinária ditou oprojeto de sua casa em Goiânia. “Quando construí minhacasa uma das preocupações que tive foi com a cozinha”,fala. “Na maioria das vezes, enquanto as pessoas estão na

área de lazer aproveitando, o cozinheiro está isolado na cozinha.Em minha casa a cozinha permite que, ao mesmo tempo em queestou cozinhando, tenha contato com as demais pessoas”. Entresuas especialidades estão peixes, massas e risotos, sendo estes doisúltimos os seus preferidos.

Darlan de Faria Castro diz que aprendeu a cozinhar sobretudopor necessidade. “Geralmente em pescaria, só entre os companhei-ros é que a gente aprende. Vai passando receita um para o outro”,comenta. Mas depois tomou gosto. Entre os pratos que faz, cita ofrango ao molho pardo, churrasco e arroz puxado no alho.

Segundo ele, a maioria dos amigos da pescaria sabe cozinhar ecada um faz o prato que gosta. “Um deles gosta de fazer filé ao molhomadeira, então ele já leva os ingredientes”, exemplifica. Mas, comonão poderia deixar de ser, nessas ocasiões o menu principal é feitocom peixe. “Fazemos peixe assado, de molho, frito, depende daquiloque a gente consegue pescar”, conta Darlan, que fala do preparo deum mantrichã assado na folha de bananeira de dar água na boca.

O ortopedista afirma que cozinha muito para a família tam-bém. “Minha esposa e eu fazemos uma boa disputa na cozinha.Sempre cozinho aos domingos e em ocasiõesespeciais, quando há alguma comemo-ração.” E a tradição está sendo passa-da para as novas gerações: as duasfilhas e o filho também gostam deir para a cozinha. “Meu filho morana Austrália. Quando vem para cávamos todos prá cozinha e é umafesta”, alegra-se.

Peixes, massas e risotos são aspredileções de Mauro Machado

quando é mestre cuca

Frango ao molho pardo, churrasco e arrozpuxado no alho estão entre as

especialiadades de Darlan de Faria Castro

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carreira

ORTOPEDISTAS,filhos de ortopedistas

A lEXANDRE DAHER ALBIERI, ESPECIALISTA EM PÉ E

TORNOZELO PELA USP, DECIDIU-SE PELA ORTOPEDIA NO

QUINTO ANO DE FACULDADE. “Escolhi a ortopedia por ser uma

especialidade em que podemos conciliar a parte clínica e a

cirurgia, além de ser uma especialidade muito gratificante, pois

os resultados de reabilitação do paciente são expressivos”, diz

Alexandre, revelando que seu pai, Antônio Joarez Albieri, teve

muita influência em sua decisão.

“Desde criança me lembro dele estudando todos os dias

antes de um procedimento cirúrgico, da realização pessoal do

serviço bem feito e da tranqüilidade de um ato honroso

realizado, que é a reabilitação de uma pessoa para a vida”,

elogia. Mas, segundo ele, o pai nunca sugeriu que ele fizesse

ortopedia, devido às dificuldades de plantões, madrugadas e

à má remuneração. “Posicionei-me contrário,”, afirma

Antônio Joarez. “Procurei mostrar a ele as peculiariedades da

especialidade: os aspectos gratificantes e as dificuldades,

dando ênfase ao lado espinhoso”, completa.

Apesar de inicialmente ter sido contra a escolha do filho,

Antônio Joarez diz que a ortopedia é uma especialidade médica

gratificante, em especial quando os resultados são bons, mas

que os pontos negativos são “a baixa remuneração paga pelos

convênios, que chega, às vezes, ser aviltante e os desgastes,

tanto relativos ao árduo trabalho, bem como a ameaça de

processos jurídicos infundados para a realidade brasileira”.

Alexandre considera que ter um pai atuando na área facilita

muito o aprendizado e a carreira. O ortopedista diz ainda que,

levando em conta apenas a realização pessoal, está convicto de

que fez uma excelente opção. “Se for considerar o aspecto

profissional como um todo, sabemos que somos muito mal

remunerados e que a nossa tabela de convênios é muito

defasada, não recebendo o que realmente merecemos”, endossa.

Antônio Joarez Albieri eAlexandre Daher Albieri

Influenciar ou não influenciar, eis a questão. Esta

dúvida paira pela cabeça de dez entre dez pais quando

vai se aproximando a época dos filhos escolherem um

caminho profissional. Alguns, desde cedo, tentam

orientar os filhos a fazer este ou aquele curso, outros

se limitam a dar conselhos e a levantar os prós e os

contras das profissões almejadas. A Revista SBOT

foi atrás de histórias de pais e filhos que dividem a

mesma paixão pela ortopedia. Veja os depoimentos.

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FLÁVIO LEÃO RABELO CONCLUIU A RESIDÊNCIA EM

ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA NO HOSPITAL ORTOPÉDICO

DE GOIÂNIA (HOG) HÁ DOIS ANOS. No início da faculdade elenão se preocupou em pensar na especialização, pois, desde oinício, sabia que gostava de oncologia geral e de ortopedia.Sabia também que sofreria grande influência para fazer aúltima, já que o pai é ortopedista.

Uniu as duas preferência fazendo residência em ortopedia esubespecializando-se em oncologia ortopédica. A escolha, dizele, uniu o útil ao agradável. “Sem dúvida a influência do meupai foi significativa, mas não o marco definitivo. Talvez omarco tenha sido a descoberta desta subespecialização”, afirma.

Ele avalia que o fato de o pai já atuar na área facilita um poucoo seu caminho, mas prefere ir devagar, tentando conquistar seuespaço profissional pelo trabalho, e não pelo nome. “Souorgulhoso de ter o pai que tenho, mas seguimos subespecialidadesdiferentes e quero abrir minhas próprias trilhas”, ressalta.

Flávio Leão Rabelo dá especial valor à sua formação,adquirida em três instituições de renome: Universidade deBrasília (UnB), onde se graduou, Hospital Ortopédico deGoiânia (HOG), onde fez residência, e Santa Casa de São Paulo, onde se subespecializou em2005 sob a orientação dos doutores Pedro Péricles Ribeiro Baptista e Eduardo Sadao Yonamine.“Estas instituições me proporcionam a base para trabalhar em constante segurança e controlede meus pacientes nos hospitais onde atendo, HOG e Araújo Jorge”, comenta.

Já o pai, Flávio Rabelo, acredita que não exerceu voluntariamente influência sobre ofilho. “Mas involuntariamente, sim, falando bem de nossa profissão, contando em casa ossucessos obtidos. Além disso, nossos filhos presenciam o respeito da sociedade pela medicina.E ainda tem as viagens, em congressos, geralmente para locais turísticos”, lembra.

Apesar de não ter sido de propósito, Flávio diz que se sente muito feliz com a escolhado filho, “porque nos deixa a impressão de continuidade daquilo que começamos”.Perguntado sobre a satisfação com a ortopedia, Flávio é enfático: “Se tivesse que recomeçarfaria ortopedia novamente e até a mesma subespecialidade”.

Wellington Jorge eGabriel Neves Jorge

GABRIEL JORGE, FILHO DE WELLINGTON JORGE,

TERMINOU SUA RESIDÊNCIA EM 2005 NO INSTITUTO

ORTOPÉDICO DE GOIÂNIA (IOG) E FEZ A PROVA DA SBOT

NO INÍCIO DESTE ANO. Ele conta que desde o início dafaculdade já sabia em que se especializaria e que aescolha foi natural. “Desde o ginásio eu já freqüentavao centro cirúrgico e o interesse pela especialidade foi sóaumentando”, conta. “Meu pai foi um grande incentivador naquela época, mas sempre procuroudeixar claro que o que importava era eu seguir o meu próprio caminho”.

Hoje, já atuando, ele diz que tem um interesse grande por ombro e cotovelo, que foi despertadodurante sua formação no IOG. “Acho que, talvez, será um caminho a seguir. Sinto-me feliz erealizado, aprendi uma profissão que tem sido desafiante e apaixonante a cada dia”, afirma. Deacordo com ele, o fato de o pai também ser ortopedista facilita no sentido de poder compartilhar dosensinamentos de um profissional que tem uma experiência maior, o que faz com que cresça naprofissão. “Além disso, ter duas gerações trabalhando juntas é um prazer muito grande”.

Wellington Jorge, nem tentou tirar da cabeça do filho Gabriel a escolha pela ortopedia.“Achei ótimo quando ele me disse que seria ortopedista. Além de pegar uma clientela formada, émais fácil dar seqüência a um trabalho já iniciado”, afirma. Segundo ele, o filho, que fezfaculdade no Rio de Janeiro, sempre que vinha a Goiânia para as férias participava da rotina daclínica. “E já no quarto ano de faculdade ele comunicou a decisão”, comenta orgulhoso o pai.

Na visão de Wellington Jorge, a ortopedia tem muitas possibilidades. “Pode-se tratar do corpotodo ou optar por outros segmentos, se especializar em tornozelo, joelho, quadril, coluna, mão,ombro, cotovelo e outros. A gama de opções é muito grande após a especialização”, fala.

GEAPNegociação para equipararsua tabela com Unidas.Resistência da diretoria.Possibilidade de acordo emreunião junto ao ministériopúblico em 03/07.

UNIDAS(Cassi, Bradesco, Funcef, etc)– Fechado acordo tambémno ministério público comimplantação da CBHPM -10% para consultas ( R$37,8) e CBHPM -13% paraprocedimentos. Porém aorientação do departamentojurídico é ainda para NÃOassinar contratos devido asseguintes cláusulaspresentes:

Responsabilidade emindenizações, período devigência dos contratos,correção monetária e jurosem discussão e a presença dotermo de ajuste de condutano contrato como forma dereajuste.

GOLDEN CROSSAcordo fechado em 18/10/05

AMILDificuldade extrema denegociação e sem previsãopara acordos. Diretoriaintransigente.

IPASGOFormou-se nova comissão noCier para discutir reajustesjunto ao Ipasgo. Até agora abriga é para receber pelo queos médicos já trabalharam epelo que o plano já autorizoue inexplicavelmente enrolapara pagar. A partir de agoraa briga é também pormelhorias junto à tabela.

UNIMEDInício de negociação. Acordopara a tabela nova, oumelhor, para a lâmina nodorso.

NOTÍCIAS DOCIER

DEFESAPROFISSIONAL

Flávio Rabelo e Flávio Leão Rabelo

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Dia 6 de junho, mais de 60 pessoas – a

maioria ortopedistas – se reuniram para

bater papo e relaxar na Cachaçaria Água

Doce. O combinado foi encerrar o expediente

e ir diretamente para o happy hour,

organizado por Rogério Paranhos,

coordenador da Comissão Social da SBOT-

GO. Afinal, nada melhor do que deixar o

trabalho e tomar uma bebida gelada no fim

de tarde com os amigos. Confira algumas

destas cenas de amizade. Agradecimentos à

Protech e aos laboratórios Merck (Arcoxia),

Novartis (Prexige), Pfizer (Celebra).

Momentos de descontração

happy hour

Gustavo, Sandro Barreto e Leonardo

Adriano e Nilo, da Merck, comSérgio Daher e Marco Túlio Tahan

Mesa comandada pelo ex-presidenteda SBOT-GO, Antônio Carlos de Castro

Carlos Garcia e Jaime Guiotti Filho relaxamapós intenso trabalho no VI CongressoBrasileiro de Ombro de Cotovelo

Flávio Leão Rabelo esua noiva Érica de Castro Monteiro

Ricardo Couto e filhos Carlos Eduardo Fraga emmomento de descontração

Sandro Reginaldo e Rogério Paranhosbrindam ao sucesso do happy hour

Mauro Machado e José Miguel Hanna comos residentes do HC Henrique e Leandro

Adriano Millazo e Sérgio Cristiano

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