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www.jornalcapital.jor.br | ANO 3 N° 38 | CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA | 4 A 10 DE JANEIRO DE 2011 | NAS BANCAS RS 1,00 Fundec vai oferecer 1.748 vagas PÁG. 6 Indicadores* Indicadores* Câmbio* Câmbio* (*) FECHAMENTO: 3 DE JANEIRO DE 2011 (*) FECHAMENTO: 3 DE JANEIRO DE 2011 MOEDAS COTADAS EM DOLAR (USA) MOEDAS COTADAS EM DOLAR (USA) ABR/WILSON DIAS SCERJ/MARINO AZEVEDO 2011 começa com posse no Executivo EM BRASILIA, no primeiro dia do ano, a festa era para Dilma Roussef que, mesmo sob chuva, levou cerca de 30 mil pessoas às ruas. Afinal, estava assumindo a primei- ra presidenta eleita no país. No Estado do Rio, Sérgio Cabral era empossado para cumprir o segundo mandato. Dilma teve encontro com os seus ministros no mesmo dia e no seguinte, recebeu em seu gabinete, individualmente, presidentes e representantes de outros países que vieram ao Brasil para a solenidade. PÁGINA 4 A LOGOMARCA oficial foi apresentada ao público brasi- leiro e estrangeiro em meio a uma grande festa: a passagem de ano com dois milhões de pessoas na praia de Copa- cabana, com a presença de vários atletas. PÁGINA 6 A DECISÃO do governo federal de retomar as obras de construção da usina de Angra 3, que terá financiamento de R$ 6,1 bilhões pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), vai tornar a Região Sudeste menos dependente da energia elétrica produzida em outros estados. A avaliação é do superintendente de Gerencia- mento de Empreendimento da Eletronuclear, Luiz Manuel Messias, lembrando que a região é suprida primordial- mente pela energia produzida por Itaipu e, em parte, também pelas hidroelétricas de Minas Gerais. PÁGINA 3 OS MORADORES do Estado do Rio, que utilizam ônibus em deslocamentos entre municípios, começaram a semana pagando passagem 5,63 % mais cara. As empresas de ônibus queriam mais: 9,42%, o que não foi autorizado. O governo do Estado manteve, também, em R$ 4,40, o valor do Bilhete Único Intermu- nicipal, como forma de não onerar o orçamento do trabalhador. Em Duque de Caxias, as passagens municipais sofreram o mesmo índice de reajuste para as 54 linhas que servem o município. PÁGINA 5 Passagens já estão mais caras ALBERTO ELLOBO A imagem das Olimpíadas Angra 3 vai reduzir a dependência do Sudeste DIVULGAÇÃO Dilma vai manter mínimo de R$ 540 fixado por Lula PÁGINA 7 Câmara não abriu processo contra vereadores presos PÁGINA 5 Moeda Compra (R$) Venda (R$) Variação % Dolar Comercial 1,649 1,651 0,95 Dólar Paralelo 1,590 1,700 0,00 Dólar Turismo 1,600 1,760 1,12 (U$) (U$) % Coroa Dinamarca 5,577 5,580 0,24 Dólar Austrália 1,018 1,018 0,50 Dólar Canadá 0,992 0,992 0,54 Euro 1,336 1,336 0,07 Franco Suíça 0,933 0,933 0,13 Iene Japão 81,660 81,710 0,58 Libra Esterlina Inglaterra 1,548 1,548 0,74 Peso Chile 465,500 465,800 0,52 Peso Colômbia 1.892,900 1.898,100 1,40 Peso Livre Argentina 3,960 4,000 0,00 Peso MÉXICO 12,249 12,257 0,88 Peso Uruguai 19,800 20,000 0,00 Índice Valor Variação % Ibovespa 69.962,32 0,95 Dow Jones 11.670,75 0,81 Nasdaq 2.691,52 1,46 IBX 22.418,99 0,81 Merval 3.628,48 2,98 Poupança 03/01 0,641 Poupança p/ 01 mês 30/12/201 0,622 Juros Selic meta ao ano 10,75 TR 0,099 Salário Mínimo (Federal) R$ 540,00 Salário Mínimo (RJ) R$ 581,88

Edição Nº 38

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Jornal Capital - Edição nº 38

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1CAPITAL4 a 10 de Janeiro de 2011

www.jornalcapital.jor.br | ANO 3 � N° 38 | CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA | 4 A 10 DE JANEIRO DE 2011 | NAS BANCAS � RS 1,00

Fundec vai oferecer

1.748 vagas PÁG. 6

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(*) FECHAMENTO: 3 DE JANEIRO DE 2011(*) FECHAMENTO: 3 DE JANEIRO DE 2011

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ABR/WILSON DIAS SCERJ/MARINO AZEVEDO

2011 começa com posse no Executivo

EM BRASILIA, no primeiro dia do ano, a festa era para Dilma Roussef que, mesmo sob chuva, levou cerca de 30 mil pessoas às ruas. Afi nal, estava assumindo a primei-ra presidenta eleita no país. No Estado do Rio, Sérgio Cabral era empossado para cumprir o segundo mandato. Dilma teve encontro com os seus ministros no mesmo dia e no seguinte, recebeu em seu gabinete, individualmente, presidentes e representantes de outros países que vieram ao Brasil para a solenidade. PÁGINA 4

A LOGOMARCA ofi cial foi apresentada ao público brasi-leiro e estrangeiro em meio a uma grande festa: a passagem de ano com dois milhões de pessoas na praia de Copa-cabana, com a presença de vários atletas. PÁGINA 6

A DECISÃO do governo federal de retomar as obras de construção da usina de Angra 3, que terá fi nanciamento de R$ 6,1 bilhões pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), vai tornar a Região Sudeste menos dependente da energia elétrica produzida em outros estados. A avaliação é do superintendente de Gerencia-mento de Empreendimento da Eletronuclear, Luiz Manuel Messias, lembrando que a região é suprida primordial-mente pela energia produzida por Itaipu e, em parte, também pelas hidroelétricas de Minas Gerais. PÁGINA 3

OS MORADORES do Estado do Rio, que utilizam ônibus em deslocamentos entre municípios, começaram a semana pagando passagem 5,63 % mais cara. As empresas de ônibus queriam mais: 9,42%, o que não foi autorizado. O governo do Estado manteve, também, em R$ 4,40, o valor do Bilhete Único Intermu-nicipal, como forma de não onerar o orçamento do trabalhador. Em Duque de Caxias, as passagens municipais sofreram o mesmo índice de reajuste para as 54 linhas que servem o município. PÁGINA 5

Passagens já estão mais caras

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A imagem das Olimpíadas

Angra 3 vai reduzir a dependência do Sudeste

DIVULGAÇÃO

Dilma vai manter mínimo de R$ 540 fi xado por Lula

PÁGINA 7

Câmara não abriu processo contra vereadores presos

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Moeda Compra (R$)

Venda(R$)

Variação %

Dolar Comercial 1,649 1,651 0,95Dólar Paralelo 1,590 1,700 0,00Dólar Turismo 1,600 1,760 1,12

(U$) (U$) %Coroa Dinamarca 5,577 5,580 0,24Dólar Austrália 1,018 1,018 0,50Dólar Canadá 0,992 0,992 0,54Euro 1,336 1,336 0,07Franco Suíça 0,933 0,933 0,13Iene Japão 81,660 81,710 0,58Libra Esterlina Inglaterra 1,548 1,548 0,74Peso Chile 465,500 465,800 0,52Peso Colômbia 1.892,900 1.898,100 1,40Peso Livre Argentina 3,960 4,000 0,00Peso MÉXICO 12,249 12,257 0,88Peso Uruguai 19,800 20,000 0,00

Índice Valor Variação %

Ibovespa 69.962,32 0,95Dow Jones 11.670,75 0,81Nasdaq 2.691,52 1,46IBX 22.418,99 0,81Merval 3.628,48 2,98

Poupança 03/01 0,641

Poupança p/ 01 mês 30/12/201 0,622

Juros Selic meta ao ano 10,75TR 0,099

Salário Mínimo (Federal) R$ 540,00Salário Mínimo (RJ) R$ 581,88

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CAPITAL 4 a 10 de Janeiro de 201122

O CRONÔMETRO do Impostômetro registrou a marca recorde de R$ 1,26 trilhão impostos pagos no Brasil na virada do ano. A marca, porém, poderá che-gar ainda a R$ 1,27 trilhão. Em 2009, foi de R$ 1,09 trilhão. Conforme mostrou o Capital na semana passa-da, o Impostômetro já havia atingido a marca recorde, de R$ 1.249 trilhão, na manhã do dia 27.

A vice-presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), Letícia do Amaral, que credita o recorde de arrecadação como resul-tado da implementação de medidas para reduzir a sonegação, entre outros fa-tores, diz que o diferencial do Impostômetro é que ele computa as multas e juros dos impostos em atrasos,

o que o governo ainda não faz. “Devido à divulga-ção dessa arrecadação, a população tem se tornado muito mais consciente em relação aos seus direitos e deveres”, assinalou.

O Impostômetro foi de-senvolvido pelo Instituto Brasileiro de Planejamen-to Tributário (IBPT) em parceria com a Associação Comercial de São Paulo (ACSP). A ferramenta ele-

trônica calcula em tempo real o valor arrecadado em impostos pelos governos federal, estaduais e munici-pais Ela pode ser vista pela internet, no endereço www.impostometro.com.br.

CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA Ltda - CNPJ 11.244.751/0001-70Av. Governador Leonel Brizola (antiga Presidente Kennedy)

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Educação: compromisso de todos

GEIZA ROCHA é jornalista e secretária-geral do Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro Jornalista Roberto Marinho. www.querodiscutiromeuestado.rj.gov.br

AO SER REEMPOSSADO NO primeiro dia de 2011, o governador Sérgio Cabral fi rmou o compromisso de colocar o estado entre os cinco melhores no Índice de Desenvolvi-mento da Educação Básica (Ideb). O programa de metas, que ainda será divulgado, é inspirado no modelo adotado pela Segurança Pública e tem como foco a meritocracia e a gestão efi ciente dos recursos humanos e fi nanceiros.

Não há como negar que a Educação é um dos maiores gargalos do desenvolvimento do País. Com mais de um milhão de alunos na rede estadual espalhados em suas 1.693 escolas, o Rio de Janeiro tem pela frente enormes desafi os: a valorização dos professores, a melhoria da infraestrutura das escolas, ampliando vagas no período diurno, e a retenção dos estudantes.

Dados da pesquisa “O aluno do ensino médio públi-co estadual - Percepções, hábitos e expectativas”, do Instituto Mapear, feita com quatro mil alunos de mais de cem escolas do estado entre 2008 e 2009 mostram que para 85% dos estudantes, uma pessoa que conclui o ensino médio “tem mais conhecimento”; para 11%, a única vantagem é o diploma; para 4%, não há qualquer vantagem. De todos os dados da pesquisa, este é o um dos mais relevantes, porque aponta o baixo índice de expectativa que o estudante tem ao ingressar na rede.

É preciso levar para a escola o que acontece no mundo, na cidade e no bairro. Instigar os estudantes a permanecerem em sala de aula e principalmente, a buscarem a excelência. Sem um plano de metas e uma gestão profi ssional talvez fosse impossível começar. Mas sem o compromisso de to-dos os envolvidos, dos professores, políticos, empresários, cidadãos, certamente não obteremos o sucesso também. Por isso é importante arregaçarmos as mangas, olharmos o plano e buscarmos ações complementares dentro de nossa esfera de atuação para que este desafi o se transforme numa oportunidade de realizarmos mais este salto de qualidade.

Brasil fecha 2010 arrecadando mais de R$ 1,268 trilhão

REPRODUÇÃO

O MINISTRO DA FA-ZENDA, Guido Mantega, disse que a economia bra-sileira deverá ter um cres-cimento menor em 2011. “Haverá uma desacelera-ção da economia mundial e os países emergentes vão crescer um pouco menos.”

Mantega afirmou que o ano de 2010 foi encerrado da melhor maneira possí-vel. Segundo ele, em 2011 será dada continuidade ao desenvolvimento do país.

Perguntado se a nova presidenta irá mudar os rumos da economia, ele

afi rmou que Dilma Rous-seff já conhece todas as questões fundamentais do governo e já sabe os rumos a seguir. “Vamos fazer ajustes na economia para adaptar a nova fase. Na crise, tivemos que aumen-tar gastos, investir para re-

cuperar a economia. Nessa nova fase, a economia já caminha com suas próprias pernas. Então, o Estado reduz os gastos, diminui os subsídios e abre espaço para que o setor privado faça esse trabalho”, disse Mantega.

Mantega acredita em crescimento menor da economia em 2011

Ponto de ObservaçãoPonto de ObservaçãoALBERTO MARQUES

As mãos estendidas de Dilma RousseffNOS DOIS PRIMEIROS discursos que pronun-ciou como Presidenta da República, perante o Congresso Nacional e no Parlatório do Palácio do Planalto, a presiden-te Dilma Rousseff sur-preendeu positivamente o País e o Mundo, ali representado por cerca de 40 Chefes de Estado e de Governo, além de embaixadores de dezenas de Países, ao reconhecer os desafi os que terá pela frente nos próximos qua-tro anos, destacando a universalização da Edu-cação Básica - colocan-do nas escolas todas as crianças e adolescentes de 6 a 17 anos - bem como reformulando o SUS para que se torne, na prática, um Sistema Único de Saúde digno do nome, além de perseguir a meta de erradicação da pobreza no País.

Para conseguir realizar essa imensurável tarefa, a presidenta Dilma es-tendeu as mãos aos que votaram em José Serra e Marina Silva, sem pré condições, a começar pela mudança de posição ideológica e política em relação a diversos temas,

isto é, sem adesismo fi -siológico, mas em torno de projetos viáveis para um País que precisa vol-tar a crescer a taxas de 7% ao ano, como ocor-reu em 2010, mantendo a infl ação sob controle e gerando emprego e renda para a grande maioria da população.

Foi um discurso típico de Chefe de Estado cons-ciente da importância da adesão d o p o v o às medi -das duras que terá de adotar de imediato, a começar pela con-tenção de gastos de c u s t e i o , e l e v a d o s às alturas por conta da campanha eleitoral e da ampliação das despesas em diversos setores da economia, como a de-soneração do IPI na in-dústria automobilística, de móveis e da chamada linha branca, a ampliação do programa Bolsa Famí-lia, todas sob o carimbo de “urgente” como forma do Brasil escapar, com

um mínimo de lesões, da crise fi nanceira interna-cional que levou ao chão grandes conglomerados fi nanceiros e industriais mundo à fora com o es-touro da bolha imobiliária nos EUA e que, agora, provocam manifestações violentas em diversos pa-íses da Europa, da Amé-rica do Sul (Argentina no meio), da Ásia e até da África.

A “ m a -r o l i n h a ” , como o ex presiden-te Lula se referiu ao fechamen-to de gran-d e s e m -presas na A m é r i c a do Norte, na Euro -

pa e na Ásia, também fez grandes estragos por aqui, levando grandes grupos a optarem pelas fusões ou aquisições de empresas menores, como ocorreu na área bancária, industrial e até no grande varejo, com a elevação, num primeiro momento, do índice de desemprego formal no País. Algumas medidas que reduziram

o impacto da crise no Brasil foram a redução de impostos em setores industriais com extensa rede de fornecedores, como a automobilística, construção civil e de ele-troeletrônica, a redução das taxas de juros e a ampliação do empréstimo consignado para os tra-balhadores, alargando o mercado interno e dando novo fôlego ao empresa-riado nacional. Com mais brasileiros comprando, a classe C incorporou mi-lhões de trabalhadores, ampliando a base da pi-râmide social e reduzindo o fosso entre as classes C e B, com o consequente resgate da cidadania para aqueles milhões de brasi-leiros que “estavam fora do mercado consumidor” e inflavam a parte que fi cava abaixo da linha da pobreza, segundo os pa-drões da ONU e de outras instituições mundiais.

Como o ex presidente Lula repetiu dezenas de vezes depois do segundo turno das eleições, agora é com Dilma! E mais de 193 milhões de brasilei-ros estão apostando o seu futuro nas mãos da “Mãe do PAC”!

ABR/DIVULGAÇÃO

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33CAPITAL4 a 10 de Janeiro de 2011

Anorexia

ROBERTO DAIUB ALEXANDRE é médico cardiologista concursado da Prefeitura de Duque de Caxias, médico-chefe do Centro de Terapia Intensiva do Hospital de Clínicas de Teresópolis (Unifeso) e médico plantonista da emergência do Hospital das Clínicas Mario Lioni, em Duque de Caxias

ANOREXIA É UM TRANSTORNO alimentar no qual a busca implacável por magreza leva a pessoa a recorrer a estratégias para perda de peso, ocasionando importante emagrecimento. As pessoas anoréxicas apresentam um medo intenso de engordar mesmo estando extremamente magras. Em 90% dos casos, acomete mulheres adolescentes e adultas jovens, na faixa de 12 a 20 anos. É uma doença com riscos clíni-cos, podendo levar à morte por desnutrição.

O tratamento deve ser realizado por uma equipe mul-tidisciplinar formada por psiquiatra, psicólogo, pediatra e/ou clínico e nutricionista, em função da complexa interação de problemas emocionais e fi siológicos nos transtornos alimentares. Quando for diagnosticada a ano-rexia, o médico deve avaliar se o paciente está em risco iminente de vida, requerendo, portanto, hospitalização.

O objetivo primordial do tratamento é a recu-peração do peso corporal através de uma reeducação alimentar com apoio psicológico. Em geral, é necessá-rio alguma forma de psicoterapia para ajudar o paciente a lidar com sua doença e com as questões emocionais subjacentes.Psicoterapia individual, terapia ou orien-tação familiar, terapia cognitivo-comportamental (uma psicoterapia que ensina os pacientes a modifi carem pensamentos e comportamentos anormais) são, em geral, muito produtivas.Não há medicação específi ca indicada. O uso de antidepressivos pode ser efi caz se houver persistência de sintomas de depressão após a recuperação do peso corporal.

O tratamento da anorexia costuma ser demo-rado e difícil. O paciente deve permanecer em acom-panhamento após melhora dos sintomas para prevenir recaídas.

A DECISÃO DO governo federal de retomar as obras de construção da usina de Angra 3, que terá finan-ciamento de R$ 6,1 bilhões pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econô-mico e Social (BNDES), vai tornar a Região Sudeste menos dependente da ener-gia elétrica produzida em outros estados. A avaliação é do superintendente de Gerenciamento de Empre-endimento da Eletronucle-ar, Luiz Manuel Messias, lembrando que a região é suprida primordialmente pela energia produzida por

Itaipu e, em parte, também pelas hidroelétricas de Mi-nas Gerais.

- O Rio, como ponta do sistema, obviamente com a entrada de Angra 3 - alia-da às usinas de Angra 1 e Angra 2 - terá um reforço que beneficiará também o Sudeste como um todo. Isso propiciará que a gen-te possa manter a região abastecida também com fontes de energias locais. O que é importante no caso de problemas no Sistema Interligado Nacional e de um efeito cascata que leve a atingir o fornecimento em

outras regiões - disse Mes-sias para a Agência Brasil. “Sem sombra de dúvidas Angra 3 será importante tanto no aspecto energético como no elétrico, reduzin-do, realmente, os riscos de um apagão”, completou.CONTEÚDO NACIONAL - A participação do conteú-do nacional na Usina de An-gra 3 será de 54%, segundo informou o superintendente de gerenciamento de empre-endimento da Eletronuclear, Luiz Manuel Messias. Na avaliação do coordenador das obras de construção da terceira unidade nuclear do

país, além da importância estratégica para o supri-mento energético do país e a continuidade do programa nuclear brasileiro, a reto-mada das obras de Angra 3 vai alavancar os setores de fornecimento de bens e serviços implementando a indústria nacional. “A gama de fornecimento de conteú-do nacional é extremamente ampla e diversa. Ela pas-sa pela parte de serviços, construção civil (que já está sendo feita por uma constru-tora local), de serviços de montagem eletromecânica e de engenharia.”

Angra 3 vai tornar o Sudeste menosdependente da energia de outras regiões

DEPOIS DE MAIS de 20 anos de espera, a po-pulação da Baixada Flu-minense fi nalmente será benefi ciada com o Hospi-tal Geral de Queimados, que teve sua primeira fase inaugurada com a entrega do Centro Espe-cializado no Tratamento de Hipertensão e Diabetes (CETHID). A cerimônia contou com a presença do Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, e do prefeito da cidade, Max Lemos. A unidade foi construída na Avenida

Marinho Hemetério de Oliveira, s/nº, no bairro de Vila Pacaembu. De acordo com o ministro, o novo ambulatório dis-ponibilizará atendimento exclusivo para o diag-nóstico e tratamento em várias especialidades, atendendo Clínica Geral, Cardiologia, Endocrino-logia, Angiologia, Oftal-mologia.

O investimento total do hospital é de R$ 2 milhões, sendo 75% da verba aplicada pelo go-verno Federal e 25% pelo

governo do Estado. Já a prefeitura de Queimados será a responsável pela gestão administrativa. “Essa foi minha última missão ofi cial como mi-nistro da Saúde: entre-gar à Baixada a primei-ra etapa desse hospital, uma promessa feita aqui mesmo pelo presidente Lula há quatro anos. A hipertensão e diabetes são uma das principais causas de morte do país. Com o paciente tendo o tratamento focado nessas especialidades o controle

dessas doenças será mais fácil”, afi rmou Temporão.

Apesar de ter sido inau-gurado, o CETHID fun-cionará somente a partir do próximo dia 6, com capacidade para atender 1.300 pacientes diaria-mente. Além das especia-lidades de Clínica Geral, Cardiologia, Endocrino-logia, Angiologia, Oftal-mologia, a unidade tam-bém contará ainda com psicólogos, nutricionistas, fi sioterapeutas, assistentes sociais, farmácia, raio–x e laboratório.

Inaugurado o Hospital Geral de Queimados

O ÍNDICE DE PREÇOS ao Consumidor Semanal (IPC-S) atingiu 0,72% no encerramento de dezembro, o que mostra um pequeno decréscimo de 0,15 ponto percentual sobre a variação anterior. Com esse resultado, no entanto, a taxa fecha o ano em 6,24%, bem acima do IPC-S registrado em 2009 (3,95%). A redução no rit-

mo de alta, no fi nal do ano, refl ete uma acomodação de preços nos itens alimentícios. O grupo alimentação havia iniciado dezembro em alta de 2,72%, passou para 2,45%, depois para 1,82% e encerrou o mês em 1,43%. Ao longo do ano, no entanto, a taxa alcançou 9,85%, superando o IPC-S médio.

Entre a terceira prévia e

o fechamento de dezembro, os principais produtos que ajudaram a conter a infl ação foram: carnes bovinas (de 5,41% para 2,71%), arroz e feijão (de -3,42% para -4,77%), frutas (de 3,28% para 2,32%) e adoçantes (de 8,73% para 6,41%). Além do grupo alimentação, a perda na velocidade da infl ação foi reflexo do comportamento

dos preços nos seguintes grupos: habitação (de 0,38% para 0,29%), influenciado pelo condomínio residencial (de 0,67% para 0,24%); edu-cação, leitura e recreação (de 0,46% para 0,37%), com des-taque para a passagem aérea (de 15,26% para 9,99%); ves-tuário (de 0,82% para 0,80%) e transportes (de 0,60% para 0,59%). Neste último caso, o resultado foi infl uenciado pela tarifa de ônibus urbano (de 0,22% para 0,11%).

Em sentido oposto, ocor-reram avanços nos grupos saúde e cuidados pessoais (de 0,47% para 0,53%), pu-xado pelos artigos de higie-ne pessoal (de 0,52% para 0,71%), e despesas diversas (de 0,46% para 0,51%), com destaque para a mensalidade para TV por assinatura (de 0,46% para 0,61%).

Infl ação medida pelo IPC-S fecha o ano em 6,24%

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CAPITAL 4 a 10 de Janeiro de 201144

COM O JURAMENTO “pro-meto manter, defender e cum-prir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a inde-pendência do Brasil”, Dilma foi empossada na tarde do dia 1º, no plenário da Câmara dos Deputados, como a primeira mulher na história do país a ocu-par a Presidência da República. Dilma chegou ao Congresso Nacional em carro fechado em função da forte chuva que caiu naquele momento na capital. A sessão foi aberta pelo presi-dente do Senado, José Sarney (PMDB-AL).

O plenário estava lotado de convidados, inclusive nas ga-lerias superiores. Ao som do jingle de campanha “Olê, olê,

olê, olá, Dilma, Dilma”, Dilma Rousseff entrou no plenário acompanhada por Sarney e o vice-presidente Michel Temer, também empossado na mesma solenidade. Ela foi recebida por vários senadores e deputados da base aliada, além de alguns dos futuros ministros. Dilma também cumprimentou par-lamentares de oposição, entre eles o deputado Antonio Carlos Magalhães Netto (DEM-BA), que integra a Mesa Diretora da Congresso.

Depois do juramento e de um discurso de cerca de 40 minutos, a presidenta seguiu para o Palácio do Planalto para receber a faixa presidencial do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e depois fez novo pro-nunciamento no parlatório.

Dilma toma posse como primeira presidenta do Brasil

OS MINISTROS DA pre-sidenta da República, Dil-ma Rousseff, foram em-possados no mesmo dia, no Palácio do Planalto, logo após o recebimento dos cumprimentos das au-toridades estrangeiras que vieram assistir à posse. Dil-ma recebeu um a um para a assinatura do termo de posse e, logo depois, todos posaram para a primeira

foto ofi cial da equipe de governo. Tradicionalmente o primeiro ministro a tomar posse é o da Justiça, por ser a pasta mais antiga. Por isso, José Eduardo Cardozo foi o primeiro a assinar o termo, seguido de Antonio Palocci, chefe da Casa Civil da Presidência da República.

Entre os 37 ministros, nove são mulheres: Miriam

Belchior, do Planejamento; Iriny Lopes, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres; Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos; Ana de Hollanda, da Cultura; Ideli Salvatti, da Secretaria de Aquicultura e Pesca; Helena Chagas, da Secretaria de Comunicação Social; Luiza Helena de Bairros, da Secretaria de Políticas de Promoção da

Igualdade Racial; Tereza Campello, do Desenvolvi-mento Social e Combate à Fome; e Izabella Teixeira, do Meio Ambiente.

Vários ministros em-possados fi zeram parte da equipe do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Sil-va: Antonio Palocci, que foi ministro da Fazenda; Gilberto Carvalho, que foi chefe de gabinete do ex-

presidente e volta como secretário-geral da Presi-dência; Luís Inácio Adams, advogado-geral da União; Jorge Hage, controlador-geral da União; Wagner Rossi, da Agricultura; Gui-do Mantega, da Fazenda, que começou no governo Lula como ministro do Planejamento e ocupou a presidência do Banco Na-cional do Desenvolvimento

Social (BNDES); Nelson Jobim, da Defesa; Fernan-do Haddad, da Educação; Orlando Silva, do Esporte; Izabella Teixeira; Edison Lobão, de Minas e Energia; Carlos Lupi, do Trabalho; Alfredo Nascimento, dos Transportes; Alexandre Padilha, que ocupava a Secretaria de Relações Ins-titucionais e, agora, assume o Ministério da Saúde.

Presidenta dá posse à nova equipe ministerial

ABR/WILSON DIAS

SCERJ/CARLOS MAGNO

ELEVAR A POSIÇÃO do Estado do Rio de Janeiro no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e acabar com o controle territo-rial pelo poder paralelo. Estas foram as duas principais metas assumidas pelo go-vernador Sergio Cabral, após tomar posse como governa-dor do estado na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), dia 1º, ao lado do vice-gover-nador, Luiz Fernando Pezão. Alegando que a política de segurança é o primeiro passo para o sucesso de ações nas demais áreas, o governador reempossado comprometeu-se a acabar com a tomada de territórios no estado, “seja por trafi cantes, seja por mili-cianos”, até 2014.

Admitindo a necessidade de maiores avanços na Edu-

cação, afi rmou que o Estado ocupará, até 2014, uma das cinco primeiras posições no ranking do Ideb - o índice referente ao ano de 2009 dava ao estado do Rio a penúltima posição em notas no Ensino Médio. Cabral anunciou ainda o lançamento, em al-gumas semanas, de um plano de metas para a Educação, que, a exemplo do plano

para Segurança, instituirá a “meritocracia” no magistério.

O governador, diante de um plenário lotado, fez um balan-ço do seu primeiro mandato, apontando avanços. Afi rmou que a possibilidade de “virar a página” da situação de pâ-nico em que se encontrava o estado há quatro anos veio da cooperação. Citou membros do seu secretariado, como

os secretários de Segurança Pública, José Mariano Bel-trame, e de Saúde, Sergio Cortes. Também enalteceu a participação do Tribunal de Justiça (TJ-RJ) e do Parla-mento – ao qual agradeceu citando particularmente a atuação dos deputados Pic-ciani e Paulo Melo (PMDB), que é o líder do Governo na Casa.

Cabral assume compromisso com segurança e educação

A NOMEAÇÃO de quatro dos setenta de-putados eleitos para a 10ª legislatura como secretários de Estado no RJ foi publicada no Diário Oficial do Exe-cutivo de segunda-fei-ra (3). São eles: Carlos Minc (PT), nomeado secretário de Estado do Ambiente; Christi-no Áureo (PMN), que assumirá novamente como secre tá r io de Estado de Agricultura; Rodrigo Neves (PT), que ficará à frente da pasta de Assistência Social e Direitos Hu-manos e Felipe Pei-xoto (PDT), que será secretário de Estado de Desenvolvimento Regional , Abasteci-mento e Pesca. Os três primeiros, que foram reeleitos, portanto já estavam na Casa du-

rante a 9a legislatura, serão substituídos até o dia 01 fevereiro, quan-do começa o próximo mandato, pelos suplen-tes Ronaldo Medeiros (PT), Nilton Salomão (PT) e Jorge Márcio Sedlacek (PT), respec-tivamente. Já a partir de fevereiro, após a posse dos deputados e suplentes, no lugar de Carlos Minc assumirá André Ceciliano (PT). No lugar de Christino Áureo ficará Rogério Cabra l (PSB) , e na vaga de Rodrigo Neves quem assume é Rob-son Leite (PT). Felipe Peixoto, que assumiria seu primeiro mandato como deputado estadu-al, será substituído por Janio Mendes (PDT).

Deputados nomeados para participarem

do Goveno

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55CAPITAL4 a 10 de Janeiro de 2011

__________________________________________________SAMUEL MAIA é Secretário de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento de Duque de Caxias

ParceriasGOVERNAR É UNIR ESFORÇOS, visando o bem estar de todos. A partir desta afi rmação podemos elencar iniciativas que somadas garantem um governo de sucesso. Antes de tudo se faz necessário diferenciarmos o que é política de Estado e Política de Governo. Política de Estado são aquelas que estão acima dos interesses individuais e de grupos, são aquelas que independente do governo, dão continuidade aos serviços oferecidos a popula-ção.

Política de Governo são os projetos a serem implantados pelos eleitos que governarão por determinado período. Para a continuidade de políticas de Estado é necessário um corpo funcional permanente nos quadros da administração pública. Para a implantação de políticas de governo se faz necessário a contratação de funcionários de confi ança do projeto vitorioso no processo eleitoral.

As parcerias entre governos se dão de maneira intra e extra-muros. Para ilustrar esta afi rmação darei um exemplo local. A revitalização do centro da cidade de Duque de Caxias e a recu-peração das praças foram licitadas e contratadas pelas Secretarias de Governo e Secretaria de Obras e Urbanismo respectivamente e conforme a Lei 8666/93 quem licita e contrata é o responsável pela execução e fi scalização do contrato. Contudo, mesmo não sendo a responsável direta por estes contratos, a Secretaria de Meio Ambiente tem emitido relatórios técnicos instruindo os responsáveis da SEGOV e SMOU, sobre os cuidados a serem observados na parte ambiental e paisagística. Isto é parceria!

Quando os seguintes órgãos: IBAMA, ICMBIO, Policia Fede-ral, Secretaria Estadual de Ambiente, INEA, DPMA, Batalhão Florestal, Secretaria Estadual de Agricultura e EMATER fazem permanentemente trabalhos com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento. Isto é parceria!

O Estado Brasileiro tem dado demonstração inconteste de ama-durecimento republicano. A nossa pasta tem feito o dever de casa dando sugestões, executando políticas públicas estruturantes nos ares de nossa responsabilidade, contribuindo intra e extramuros com os entes federativos, pois como gestor, comprometido com as políticas de governo sei da importância de termos um estado democrático de direito, onde as políticas de estado venham ga-rantir a parceria principal que é com o nosso povo, promovendo o BEM ESTAR de nossa cidade!

Que em 2011 possamos cada vez mais aprofundar as parcerias, trazendo qualidade de vida a todos os Brasileiros e em especial aos Caxienses! Bom Ano para todos e todas!

DESDE DOMINGO, dia 2, está vigorando o reajuste de 5,63% nas passagens das li-nhas de ônibus intermunici-pais. A tarifa modal passou de R$ 2,35 para R$ 2,50. Como forma de não onerar o orçamento do trabalhador fl uminense, o governo do Estado decidiu manter em R$ 4,40 o valor do Bilhete Único Intermunicipal para 2011. O percentual, conce-dido pelo Departamento de Transportes Rodoviários (Detro), foi menor que o solicitado pela Fetranspor, que reivindicava um índice de 9,42%. Para cálculo do percentual de reajuste é usada a variação do Índi-ce Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA, no período imediatamente anterior de 12 meses, neste caso, entre 30 de novembro e 1º de dezembro.

Tarifas de ônibus reajustadas

NA PRINCIPAL cidade da Baixada Fluminense, Du-que de Caxias, o reajuste foi no mesmo percentual e com efeito também a partir do último dia 2, segundo informou a Prefeitura ao

Capital. Segundo o órgão, para conceder o reajuste, a Secretaria de Transportes e Seviços Públicos fez análises das planilhas de custo das empresas. Com o reajuste, as passagens passaram a vigorar

com os seguintes valores, nas 54 linhas municipais: de R$ 1,80 para R$ 1,90; de R$ 2,35 para R$ 2,50; de R$ 2,50 para R$ 2,65; de R$ 2,70 para R$ 2,85, e de R$ 4,25 para R$ 4,50.

MESMO ÍNDICE VALE PARA DUQUE DE CAXIAS

ALBERTO ELLOBO

O GOVERNADOR Sér-gio Cabral assinou dia 29, decreto determinando a redução, de 4% para 2%, da alíquota do Impos-to sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para estabele-cimentos da área de ali-mentação e bebidas. O decreto nº 42.772 passou a vigorar a partir do dia 30 de dezembro. O novo decreto altera o artigo 34 do Regulamento do ICMS, aprovado pe lo decreto nº 27.427 (de novembro de 2000).

Cabral reduz ICMS de bares e restaurantes de

4% para 2%

APÓS QUASE DUAS semanas da prisão dos vereadores Jonas É Nós e Chiquinho Grandão, pela Polícia Civil sob várias acusações criminosas, entre elas a de serem líderes da milícia “Famí-lia É Nós”, a Câmara de Duque de Caxias ainda não instaurou nenhum processo disciplinar para apurar a conduta dos dois parlamentares. Segundo informou a Câmara, Jo-nas É Nós, que é Policial Militar reformado, está preso no Batalhão Pri-sional da Corporação, e Chiquinho Grandão na sede da Polinter.

De acordo com o Con-sultor Jurídico da Câma-ra, Josemar Mussauer, em entrevista exclusiva ao jornal Capital, “até o momento não foi aberto nenhum processo admi-nistrativo, portanto não há que se falar em punição”. Disse, no entanto, que a Câmara acompanha todo o processo e “conforme o seu andamento, tomará as medidas cabíveis”. Se-gundo o advogado, as ver-sões da Polícia Civil e do Ministério Público “são passíveis de contraditó-

rio”, tendo os acusados, assim, “o direito consti-tucional da ampla defe-sa”. “Portanto - completa Mussauer - somente após o exame de todas provas carreadas, e admitidas em direito, podemos chegar a uma conclusão defi nitiva do que é ou não verdade”.

Indagado sobre qual é a posição do Presidente Mazinho sobre o assun-to, o Consultor Jurídico limitou-se a dizer que o Presidente, “conforme colocado em seu discurso na última sessão reali-zada na Câmara, tomará todas as medidas legais e constitucionais neces-sárias”, sem, no entanto, explicar que medidas são essas. Sobre o material apreendido nos gabinetes de ambos os parlamenta-res, Mussauer disse não poder fazer comentários, pois “trata-se de processo que corre em segredo de justiça”. O jornal Capital quis saber do advogado se o caso seria encaminhado para a Comissão de Ética da Câmara, uma vez que parece tratar-se de “falta de decoro parlamentar”. A resposta não foi es-clarecedora. “Todos os

procedimentos elencados no Regimento Interno da Câmara Municipal de Du-que de Caxias que tratam de fatos como estes serão realizados, respeitando o princípio constitucional da ampla defesa”.

O presidente estadual do PPS, Comte Bittencourt, disse que encaminhou à Comissão de Ética do par-tido, em caráter de urgên-cia, o caso do vereador de Duque de Caxias, Jonas Gonçalves da Silva, o Jo-nas É Nós, preso por en-volvimento com milícias. O deputado classifi cou a questão como “gravíssi-ma”. A comissão tem a in-cumbência de fazer um re-latório e o vereador poderá ser expulso do partido.

A mega operação, de-nominada “Capa Preta”, foi deflagrada no início da manhã do último dia 21, comandada pela De-legacia de Repressão às Ações Criminosas Orga-nizadas e Inquéritos Espe-ciais (DRACO/IE) e que contou com a participação de várias especializadas. Os policiais cumpriam 34 mandados de prisão e 54 de busca e apreensão em 57 endereços, inclusive na Câ-

mara de Duque de Caxias. Ao fi nal do dia, 20 pessoas foram presas, entre elas os dois vereadores, que foram surpreendidos pela polícia em suas residências.

Chiquinho Grandão foi, recentemente, denuncia-do na 59ª DP de Duque de Caxias, acusado de invadir e depredar, junta-mente com representantes da Funerária Rio Pax, do Rio, uma Capela do Cemitério Nossa Senhora de Belém, no bairro Corte Oito, conforme o Registro de Ocorrência nº 059-11131/2010, feito no dia 19 de agosto. A Rio Pax também é bem conhecida da polícia. Foi com a aju-da de dois funcionários da empresa que um falsário norte-americano - Osama Mohammed El-Atari - tentou enganar o FBI e bancos dos Estados Uni-dos, onde aplicou uma sé-rie de golpes que somam 100 milhões de dólares. No Brasil a empresa tam-bém fi cou nos noticiários por tentar simular a morte do trafi cante Nem da Ro-cinha (Antônio Francis-co Bonfi m Lopes), com falsos documentos, bem como seu sepultamento.

Câmara de Caxias ainda não abriu processos contra vereadores presos

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CAPITAL 4 a 10 de Janeiro de 201166

AtualidadeFundec oferece 1.748 vagas gratuitas em 2011

Mundo conhece a logomarca para as Olimpíadas de 2016

Escola da Faetec oferece curso de formação em técnicas comerciaisO P O R T U N I D A D E

p a r a o s j o v e n s q u e buscam capac i tação profissional de quali-dade. A Prefeitura de Duque de Caxias, por meio da Fundec-Fun-dação para o Desen-volvimento Tecnológi-co e Políticas Sociais, abre a partir desta se-mana, inscrições para 1.748 vagas nos seus

cursos de qualificação profissional, Idiomas e Informática. Os cur-sos, distr ibuídos em sete unidades, terão duração média de dois a cinco meses, e co-meçarão no dia 7 de fevereiro de 2011.

Os cursos são gra-tuitos. Além de contar com excelente infraes-trutura, e professores

altamente qualificados, os alunos recebem, ain-da, orientações sobre a Lei do Microempreen-dedor Individual e mó-dulos de Cidadania, que influenciam e colabo-ram na transformação desses indivíduos em cidadãos.

Para participar dos cursos oferecidos, o in te ressado deve se

cadastrar, apresentar documento de identi-dade, CPF, compro-vante de residência e certidão de nascimen-to, os menores devem estar acompanhado de um dos responsáveis. A sede da Fundec fun-ciona na Avenida Bri-gadeiro Lima e Silva nº 131, telefone 2672-5650.

A ESCOLA TÉCNICA Estadual (ETE) Maria Mercedes Mendes Tei-xeira, da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), localizada no bairro de Ricardo de Albuquerque, está oferecendo ao público uma excelente chance de formação na área das técnicas comer-ciais. É o curso de Téc-nicas em Comércio, com um ano e meio de duração. Com perfil de formação para o mercado de trabalho, é composto por seis eta-pas técnicas e ensina os alunos desde técnicas de telemarketing até legislação trabalhista e procedimentos para recrutamento e seleção na área de Recursos Humanos.

Mais informações po-dem ser solicitadas na própria escola, na Estra-da Marechal Alencastro, Quadra 5, no Parque An-chieta, em Ricardo de Albuquerque. Ou pelo telefone 3357-1807.

C V T B E L F O R D ROXO - O Cen t ro Vocacional Tecnoló-gico (CVT) de Belford Roxo abriu inscrições e os interessados de-vem se dirigir à pró-pria unidade até o dia 27 de janeiro, das 9h às 19h. Todas as vagas serão distribuídas no sorteio que acontece no dia 28 de janeiro. Mais informações na pró-pria escola, ou pelos telefones 2758-3759 e 2758-3634. MERITI - Já o CVT de São João de Meriti inscreve do dia 15 a 27 de janeiro para cursos gratuitos. O sorteio será realiza-do no dia 28 de janeiro nos seguintes horá-rios: manhã, às 10h; tarde, às 14h; noite, às 18h. A Unidade é uma Escola Técnica de Construção Civil da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Fa-etec) que oferece for-mação gratuita e de qualidade em inúme-ros cursos.

EM MEIO A MUITA fes-ta, o Rio de Janeiro apre-sentou a logomarca para as Olimpíadas de 2016, as primeiras olimpíadas do Brasil e da América do Sul. O modelo foi apresentado durante a festa de reveillon na praia de Copacabana com a presença de vários atletas e durante o show da cantora Daniela Mer-cury. O Rio de janeiro foi escolhido para sediar o evento batendo cidades como Tóquio, Madrid e Chicago. O anúncio foi feito nas mesmas areias onde cariocas e turistas se

reuniram em outubro de 2009 para festejar a esco-lha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016.

O lançamento foi feito pelo Comitê Organiza-dor Rio 2016 diante de uma platéia de cerca de dois milhões de pessoas, segundo o governo do Estado. A solenidade antecedeu a tradicional queima de fogos da vi-rada do ano. O símbolo, na cores da bandeira nacional, dá a idéia de três pessoas se abraçan-do e formando a imagem

do Pão de Açúcar. Os presidentes do Comitê Olímpico Internacional, Jacques Rogge, e do Comitê Rio 2016, Car-los Arthur Nuzman, e o

prefeito Eduardo Paes participaram do evento, comandado pela cantora Daniela Mercury e pelo ator Eri Johnson, acom-panhados de atletas.

SCERJ/MARINO AZEVEDO

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77CAPITAL4 a 10 de Janeiro de 2011

País

Internacional

A INTENÇÃO DO go-verno de Dilma Rous-seff é que o sa lár io mínimo fixado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva perma-neça em R$ 540, afir-mou nova ministra do Planejamento, Miriam Belchior. “A gente sem-

pre pode discutir, mas a decisão está tomada de que o salário mínimo seja de R$ 540”, disse a ministra ao assumir o cargo, na segunda-feira (3). O novo valor - o salário mínimo até de-zembro estava em R$ 510 - foi estabelecido

por meio de medida provisória (MP) editada no dia 30 de dezembro. Mas o novo governo será pressionado por parlamentares a aumen-tar o valor do salário mínimo que vai vigorar a partir deste mês. Olí-der do PDT e presiden-

te da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva (SP), prometeu “encher os corredores da Câma-ra” para pressionar os deputados a reverem o valor estabelecido pela MP. As contrais sindicais defendem um mínimo de R$ 580.

Dilma vai manter mínimo de R$ 540 fi xado por Lula

A AMÉRICA LATINA terá neste ano um pe-ríodo de eleições pre-sidenciais. Em quatro países - Peru, Guatemala, Argentina e Nicarágua - os eleitores irão às urnas para escolher o novo chefe de Estado. No México e na Vene-zuela, as eleições estão

marcadas para 2012. Os primeiros a viver o clima de campanha serão os pe-ruanos, em abril. Quatro candidatos têm possibi-lidade de suceder o atual presidente, Alan Garcia. São eles Luis Castillo e Alejandro Toledo, além de Keiko Fujimori (fi lha do ex-presidente Alberto

Fujimori) e Ollanta Hu-mala. Na Guatemala, a corrida às urnas será em setembro. Uma das can-didas é Sandra Torres, a atual primeira-dama, mulher do presidente Álvaro Colom. Também disputa as eleições o ex-general Otto Pérez Molina.

Os argentinos escolhe-rão o sucessor da presi-dente, Cristina Kirchner, em outubro. A morte do ex-presidente Néstor Kir-chner, no fi m do ano pas-sado, deixou um vazio no cenário político local, segundo especialistas. Na lista de candidatos estão Elisa Carrió, Fernando

Pino, e o vice-presidente Julio Cobos. Em novem-bro, será a vez dos eleito-res da Nicarágua irem às urnas. O atual presidente, Daniel Ortega, tenta a reeleição, mas na disputa estão também os candi-datos Arnoldo Alemán e Fabio Gadea. No México, ao longo deste ano, serão

escolhidos governadores de 11 estados. O gover-no federal, comandado pelo presidente Felipe Calderón, lançou uma campanha nacional e pede o apoio dos governos es-taduais no combate aos grupos organizados que atuam no tráfi co humano e de drogas.

Quatro países latino-americanos vão eleger novos presidentes este ano

O PRIMEIRO-MI-NISTRO de Portugal, José Sócrates, desta-cou durante encon-tro com a presidenta Dilma Rousseff, no dia 2, o apoio do país europeu para que o Brasil ocupe uma vaga permanente no Conse-lho de Segurança da Organização das Na-ções Unidas (ONU). “Tive a oportunidade de dizer à presidenta do Brasil que pode contar com Portugal como mais fi el e mais próximo aliado, no que vai ser a cami-nhada do Brasil para ocupar o seu espaço no Conselho [de Se-

gurança] das Nações [Unidas]”, destacou.

No dia 1º, na cerimô-nia de posse de Dilma, Sócrates já havia de-fendido a entrada no Brasil na instituição, que conta com cinco membros permanentes (Estados Unidos, Chi-na, Reino Unido, Fran-ça e Rússia). Ele disse também, na ocasião, que assistiu a toda a transformação passada pelo Brasil nos oito ano de governo Lula e que, ao mudar o país, “mudou também a vi-são do mundo sobre o Brasil”.

Portugal será aliado “mais fi el” do Brasil para vaga da ONU

O BRASIL SERÁ o pri-meiro país ocidental onde a Palestina construirá uma embaixada. A pedra fundamental da obra, que deve ser iniciada ainda este ano, foi lançada dia 31 pelo presidente da Autoridade Nacional Pa-lestina, Mahmoud Abbas, no Lote 46 do Setor de Embaixadas Norte, em Brasília. De acordo com o embaixador palestino no Brasil, Ibrahim Al Zeben, a decisão de construir a embaixada se deve ao fato de o Brasil “ser um sócio muito importan-te” para seu país. “É a primeira vez que vamos construir uma embaixa-da no Ocidente e esco-lhemos o Brasil porque

é um país que sempre se inseriu na questão pales-tina de forma muito po-sitiva”, justifi cou o em-baixador. Segundo ele, as outras embaixadas de seu país no Ocidente geralmente estão instala-

das em imóveis alugados ou adquiridos já prontos. O terreno onde a embai-xada será construída em Brasília foi doado pela União em 2008, em ato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Obrigado,

Brasil. Este é um ato de soberania e solidariedade que marca o retorno de uma Palestina livre e so-berana”, discursou Zeben por ocasião do lançamen-to da pedra fundamental da obra.

Brasil terá a primeira embaixada ocidental construída pela PalestinaABR/VALTER CAMPANATO

NESTE ANO, 2 milhões de brasileiros poderão substituir a cédula do Registro Geral (RG) pelo cartão de Registro de Identidade Civil (RIC). Com a chegada do RIC, cada cidadão passa a ser reconhe-cido nacionalmente por um único número, vinculado diretamente às suas impres-sões digitais e registrado em um chip presente no cartão. O novo documento foi lan-çado dia 30, em Brasília, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e pelo ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto. O documento é um cartão mag-nético com impressão digital e chip eletrônico, incluirá nome, sexo, data de nascimento, foto, filiação, naturalidade,

assinatura, impressão digital do indicador direito, órgão emissor, local e data de expe-dição e de validade.

Segundo Barreto, a nova identidade é um dos mais mo-dernos documentos de iden-tificação do mundo. “Com o RIC, o Brasil ingressa no século 21. A identidade atual

completou 27 anos sem mui-tas mudanças. O novo RIC é mais moderno, traz tecnologia de ponta, é mais seguro e mais prático. No futuro, esse documento também integrará o CPF, o título de eleitor e muitos outros documentos. Além disso, há possibilidade de fazer transições bancárias

com o novo cartão.”A substituição da carteira

de identidade será feita, gra-dualmente, ao longo de dez anos. As primeiras cidades que receberão o projeto piloto serão Brasília, Rio de Janeiro, Salvador, Hidrolân-dia (GO), Ilha de Itamaracá (PE), Nísia Floresta (RN) e Rio Sono (TO). Os cidadãos contemplados nesta etapa inicial receberão uma carta indicando a possibilidade de troca do RG pelo RIC, além do local onde o novo documento poderá ser re-tirado. A implementação da nova identidade não compromete a validade dos demais documentos de identifi cação.

Brasileiro ganha documento de identidade com chipABR/FABIO RODRIGUES POZZEBOM

AS EXPORTAÇÕES brasileiras fecharam 2010 no maior nível da história, anunciou o ex-ministro do Desen-volvimento, Indústria e Comércio Exterior Mi-guel Jorge. No discurso de despedida do cargo, ele afi rmou que as ven-das externas atingiram US$ 201,9 bilhões no ano passado, superan-do o recorde de US$ 197 bilhões registrado em 2008. De acordo com Miguel Jorge, o saldo da balança comer-

cial fi cou em US$ 20,1 bilhões em 2010. De acordo com ele, o núme-ro é superior às previsões dos analistas. “No início do ano, alguns analistas chegaram a projetar défi cit de US$ 11 bi-lhões”, destacou. Com esse resultado, afi rmou Miguel Jorge, a parti-cipação do Brasil nas exportações mundiais em 2010 deve atingir 1,3%, maior do que a meta de 1,25% es-tipulada na política industrial.

Exportações batem recorde efecham 2010 em US$ 201,9 bilhões

OS RECURSOS do abono e do seguro-desemprego que não forem usados pelos trabalhadores poderão ser destinados à qualificação profissional. Esta é uma das propostas que o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, vai levar para a presidenta Dilma Rousseff, na primeira reunião ministerial do novo governo. “Eu já tenho pro-

gramas para serem desen-volvidos. Vou sugerir que todos os recursos do abono e do seguro-desemprego que não são utilizados pelos trabalhadores sejam carim-bados e direcionados para a qualificação profissional. Ela será minha prioridade”, afirmou Lupi durante al-moço com jornalistas, em Brasília, dia 29.

Recursos do seguro-desemprego poderão ajudar na qualifi cação

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