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Julho de 2008 GRAICHE 3

E D I TE D I TE D I TE D I TE D I T O R I A LO R I A LO R I A LO R I A LO R I A L

Presidente:José Roberto Graiche

EXPEDIENTEJornalista responsável:

Carlos Alberto Ceneviva (MTB 5.771)Produção Gráfica:

Décio SonciniFYI Comunicações

R. Helena, 280 – Conj. 712Tel.: (11) 3525-7407

[email protected]

VIVER & CONVIVERTiragem 20.000 exemplares

Grupo GraicheRua Treze de Maio, 19541º, 2º, 3º e 4º andares

CEP: 01327-002 – São [email protected]@graiche.com.br

Tel.: +55 (11) 3145-1322

H á muito tempo, o grande so-nho do brasileiro era ter casaprópria. Disse há muito tem-

po porque casa própria é, hoje, segu-rança familiar e investimento, seja paradesfrute pessoal, seja para garantias fu-turas. Apesar de rumores mundiais so-bre inflação, o país navega em águastranqüilas, como mostram os dados doProduto Interno Bruto, subindo a 5,8%,nos últimos doze meses, encerrados emmarço. O próprio governo federal dágarantias extras de estabilidade à popu-lação apontando para 2009 e 2010 a ma-nutenção do bem controlado nível de4,5% para a inflação nacional.

Os indicadores transmitem con-

fiança e o Brasil tem tudo para dar cer-to, com a economia aquecida, um for-te volume de exportação de alimen-tos e de tecnologia para biocom-bustíveis, a expansão dos setores daindústria automobilística e da constru-ção civil. Porque as coisas mudaram, oimóvel tornou-se um dos mais atraen-tes investimentos, a forma ideal de ga-rantir boa renda.

Surgiram neste cenário oportunida-des propiciadas pelo mercado financei-ro disposto a ajudar quem quisesse in-vestir em imóveis, utilizando a receita -crescimento do poder aquisitivo vs. va-lorização da nossa moeda. Os bancostêm oferecido taxas convidativas, jurosmais baixos e prazos mais longos. O nos-so mercado de imóveis volta, assim, aviver os bons e oportunos tempos tantopara compradores como vendedores.

Isso pode ser sentido ao se cons-tatar que o paulistano partiu em busca

de imóveis melhor localizados, commaior espaço e conforto. Como indi-cam os números do mercado, nos úl-timos cinco anos, a oferta de 2, 3 e 4dormitórios superou a casa das 135 milunidades contra apenas 7.500 de 1 dor-mitório. Este ano, os aluguéis em SãoPaulo confirmaram a tendência de serum ótimo investimento. Os aluguéisforam, em média, 5,07% mais carosno mês de maio em São Paulo, com-parados aos índices de abril.

Em casos específicos, como aparta-mentos de 3 dormitórios, a elevação doaluguel chegou a 9,57%. Nossa expec-tativa é de que continue assim, tanto paraa compra da casa própria como imóvelpara investir. Os apartamentos prosse-guem como boa aplicação, para o bemde todos e a felicidade geral da nação.

Boa Leitura!

José Roberto Graiche

O IMÓVEL VIROU INVESTIMENTO ESE TRANSFORMOU EM BOA RENDA

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E N T R E V I S T A

ZUZA HOMEM DE MELLO,O HOMEM QUE TEM MÚSICA NAS VEIAS

Não é nada fácil para quem vive e respira música, para quem foicontrabaixista profissional formado nos Estados Unidos e para quem conviveaté hoje com os maiores artistas dos cenários nacional e internacional,morar em São Paulo, há praticamente 75 anos. Zuza Homem de Melloentrou para o meio musical em 1956, como jornalista, com a coluna Folhado Jazz para a então Folha da Noite além de colaborar para jornais impor-tantes como Jornal do Brasil e Estadão. A partir de 1959, foi o “booker” nacontratação de grandes shows para a TV Record, como Sammy Davis Junior,Nat King Cole e Sarah Vaughn. E mantendo sempre sua ligação com ostemas musicais, escreveu vários livros como “João Gilberto”, “MúsicaPopular Brasileira”, “A Canção no Tempo” (com Jairo Severiano), A Era dosFestivais” e “Música nas Veias”, este lançado no final do ano passado.Coordenou ainda a Enciclopédia da Música Brasileira e atuou na TV Recordcomo técnico de som dos programas musicais com Elis Regina, ElizethCardoso, Wilson Simonal e outros, além dos festivais da emissora.

V&C – Ouvir boa música exigeambiente apropriado, tranqüilo.Em um apartamento como o seu,em rua de muito movimento, dápara tocar grandes sucessos, semincomodar a vizinhança?ZHM – Evidentemente, que paraouvir direito só consigo fazê-lo naminha casa num condomínio deIndaiatuba, em meio a uma naturezaacolhedora. Mesmo assim, tenho umestúdio, onde ninguém é incomodado.Em São Paulo, tive que colocar vidrotriplo, no meu apartamento, paraisolar toda espécie de ruído vindo dotrânsito e das ruas. Houve uma faseque foi uma loucura especialmentequando o túnel Fernando Vieira deMello, na Cidade Jardim com FariaLima estava em construção. Não erapossível nem ouvir o som da televisão,quanto mais música. Estive a ponto demudar do meu apartamento devido aobarulho das escavadeiras. Muitas vezes

ia dormir na casa de minha mulher,para ficar livre dos ruídos.

V&C – Parece que o brasileiro,cada vez mais, aumenta o volumedos alto-falantes. É muito comumir-se a um show e não se conseguirfalar com a companhia ao lado, pelaaltura do som, muito acima dos 60

decibéis! Isso é ouvir música?

ZHM – Esse excesso no som é umaquestão que está se ampliando cadavez mais, essa incrível necessidade dese ouvir mais e mais alto. Na verdade,quem gosta de ouvir música, nãoprecisa exagerar no volume. Agora, sea idéia é aumentar o som alto demais,o jeito é isolar o apartamento para nãoincomodar o vizinho.

V&C – O que mudou na músicapopular brasileira, onde não hámais grandes cantores comoFrancisco Alves, Silvio Caldas eOrlando Silva?ZHM – Olhando os programas de rádioe de televisão, você fica com a sensaçãode que não existem mais grandescompositores, grandes autores ougrandes cantores. Para perceber queeles ainda existem, é preciso freqüentaroutros endereços, como o Teatro da

Permanecerpassivo diante da tv

ou emissoras de rádio,deixa a gente ficar

com a impressão queaqui só tem “axé” e

“breganejo”...

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Fecap, ouvir por exemplo Rosa Passos,para ter uma fotografia tridimensional danossa música. Rosa Passos é consagradano exterior como uma extraordináriaartista. De modo que para ouvir boamúsica brasileira você precisa ir aoencontro desses lugares eintérpretes. Ficar passivodiante da tv ou emissoras derádio, a gente fica com aimpressão que aqui só tem“axé” e “breganejo”...

V&C – Por falar emsertanejo, a verdadeiramúsica popular brasilei-ra perdeu espaço?ZHM – Se você chegarpara músicos americanosou europeus e perguntar sejá ouviram falar de Zezé diCamargo eles vão pensarque você está falando dealgum ET. Para eles, essainformação não chega, oque é perfeitamente certo. E não temcondições de chegar. Agora, quando sefala de cantores como João Gilberto acoisa muda. Recentemente, o NewYork Times deu uma matéria enormesobre ele, antecipando o show que iriarealizar em Nova Iorque no dia 22 dejunho.

V&C – Provavelmente, os nomesatuais, mais importantes da músi-ca brasileira, não sejam muitoconhecidos da população?ZHM – Separando o joio do trigo, dápara citar, além da Rosa Passos, dequem já falei, a música do Guinga, osdiscos da Ná Ozetti e o de seu irmão,Dante Ozetti, o pianista AndréMehmari, o guitarrista e compositorChico Pinheiro, as canções de LuizTatit e outros nomes tanto comocompositores, músicos ou cantores

que circulam com sucesso nesse meio.Muitos deles são mais conhecidos forado que no Brasil.

V&C – Morar em São Paulo ouIndaiatuba?

ZHM – Em Indaiatuba, como emmuitas regiões do interior, há umaqualidade de vida superior a de SãoPaulo. Então, para reabastecer asenergias, ficar livre do trânsito de SãoPaulo, gosto de desfrutar da casa de

Indaiatuba nos fins de semana.Indaiatuba está próxima de Campinas,onde tem de tudo, inclusive boasamizades. Por falar em Campinas, fizum projeto para a CPFL – CompanhiaPaulista de Força e Luz, prestigiando a

música brasileira. EmIndaiatuba, tenho condi-ções de desenvolverminhas atividades, ouvindomúsica, lendo e principal-mente escrevendo, deforma mais inspiradora esaudável.

V&C – Gostar de músicamoderna ou antigadepende da idade dequem ouve? Jovem podegostar de Francisco Alves?ZHM – É natural que amaioria da juventude nãotenha acesso ao materialmusical mais antigo. Mas háexceções. Quando a gente

encontra um jovem que gosta de coisasantigas, como discos de 78 rotações,percebe-se que não é uma questão daidade, mas, sim, de interesse pelahistória. Uma pessoa que desconheceum Ary Barroso ou um Orlando Silvamostra apenas não ter interesse pelahistória, independentemente da idade.

V&C – E, por fim, qual é suasugestão para um bom programamusical em São Paulo?ZHM – Existem inúmeras oportunida-des, no que São Paulo é imbatível.Hoje em dia vou mais a concertoscomo os da Orquestra Sinfônica doEstado de São Paulo na Sala São Paulo,os concertos da Cultura Artística,reservando para assistir shows demúsica popular brasileira, apenas,quando são muito especiais. Coisameio rara.

Se você chegarpara músicos americanos

ou europeus eperguntar se já ouviram

falar de Zezé di Camargoeles vão pensar

que você está falando dealgum ET

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Os chamados ciclones, tufões efuracões são tempestadesgiratórias violentas que, coletiva-

mente, ganham o nome de ciclonestropicais. Enquanto no Hemisfério Sulocorrem no primeiro semestre do ano, noHemisfério Norte acontecem a partir dejulho. Aqui, eles se formam sobre águastropicais quentes e a velocidade do ventono olho do ciclone pode chegar até a 120km/h. As tempestades são batizadas comnomes femininos pelas agências demeteorologia responsáveis por monitorara bacia onde os ciclones ocorrem.

Os furacões se formam no Atlântico,Caribe e noroeste do Pacífico. Os tufõesacontecem no oeste do Pacífico e nosudeste do Oceano Índico. Tufões,furacões e ciclones giram na direçãoanti-horária no Hemisfério Norte. Astempestades que se formam no Hemis-fério Sul, apesar de serem extremamen-te raras na bacia do Atlântico, giram nosentido horário.

Furacões, como todas as tempestadestipicamente tropicais, têm causado muitosestragos e mortes no Caribe, no México eem algumas regiões dos Estados Unidos.Com a temperatura do oceano acima de26ºC, o calor e a umidade das águas maisquentes fazem, junto com omovimento de rotação da Terra,que a tempestade gire, reunindoforças para se tornar um furacão.

Desde que o ciclone extra-

tropical, Catarina, em março de 2004, setransformou em furacão, provocandoinúmeros estragos nos estados do sul dopais, começou a especulação em torno deque o Brasil poderia entrar no clube dasnações vítimas de grandes tempestades.Ciclones extra-tropicais, uma categoriainferior aos furacões, podem aconteceraqui no segundo trimestre do ano, comventos que giram em torno dos 100 km/h.

Tudo como conseqüência do aquecimentoglobal, do efeito estufa.

Como o Brasil nunca esteve e nem estápreparado para estes tipos de fenômenosmeteorológicos, o Catarina surpreendeu atodos uma vez que, por razões desconheci-das, ganhou força e entrou pelo continen-te com ventos de até 150 km/h. Oscientistas dizem que, devido às mudanças

climáticas, há grandes possibilidades devoltarem a se repetir.

Apesar dessa celeuma, exceto oCatarina, o Brasil não reúne condiçõespara esse tipo de fenômeno, porque osventos sobre o Atlântico são tão fortesque as nuvens não conseguem se formar.Ainda bem porque os serviços demeteorologia nacionais não estão prepara-dos para essas catástrofes. Nos EstadosUnidos, porém, esse despreparo nãoacontece. Lá, o Consulado Brasileiro,através dos sites www.brazilmiami.org/port e www.floridadisaster.org , ofereceaos visitantes de Miami e Disney todas asinformações e providências a seremtomadas em caso de furacão.

Aos residentes ou turistas, o Consula-do recomenda árvores podadas, tanque degasolina do carro cheio, apólice de seguro,geradores, estoque de mantimentos e umolho vivo no noticiário. O kit de emergên-cia inclui um galão de água por pessoa,comidas não perecíveis, abridor de latamanual, rádio ou tv a pilha, lanternas efósforos, fogão a gás, medicamentos eagenda de telefones.

Aliás, o Brasil sempre se vangloriou detambém não ter terremotos, tsunamis e

vulcões, umverdadeiro paraíso.Só que em abril emaio últimos,surpreendendo tantoquanto o Catarina,

quatro estados brasileirosforam sacudidos por tremores de terra quechegaram ao nível 5 da escala Richter. Porfalar em tsunami, os registros históricoscontam que em 1542 o mar avançou cerca de300 metros, terra adentro, em São Vicente.

Da mesma forma que as grandescatástrofes, não há tsunamis no Brasil masisto não quer dizer que não possamacontecer. Só não existem mesmo, noBrasil, os vulcões, que desapareceram háquase 2 bilhões de anos. Eram os maisantigos do mundo e ficavam na Amazônia.

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F É R I A S

PREVISÃO DO TEMPO PARA QUEM QUERVIAJAR NAS PRÓXIMAS FÉRIAS

Tufões, furacões e ciclonesgiram na direção anti-horária,

se forem formados noHemisfério Norte... no

Hemisfério Sul... giram nosentido horário.

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C U S T O D E V I D A

M esmo sabendo que aqui tudo égrande, não deve ser motivo deorgulho o fato de que São Paulo

está entre as 50 cidades mais caras do mun-do. O alto custo de vida no Brasil é, atual-mente, conseqüência da queda do dólar e àsubida do real. Sempre que a moeda nacio-nal se valoriza, os preços aumentam, espe-cialmente, os gêneros de primeira necessi-dade, ao lado de serviços públicos. A isso sesoma, ainda, resquícios do passado, quandoa inflação era incontrolável. Muitos segmen-tos especulam, diante de qualquer variação,política, climática ou monetária. A classifi-cação, para apontar as cidades mais carasdo mundo, é decorrente de uma pontuaçãointernacional montada pela consultoriaMercers de Londres.

Em matéria de vida cara, curiosamente,São Paulo e Rio de Janeiro, que são vizinhos,geograficamente, mantém essa proximida-de na classificação do custo de vida: 45º e46º lugares, respectivamente. Fenômenooposto ao Brasil ocorre nos Estados Unidos.Nova Iorque, por exemplo, era a 7a. maiscara do mundo, mas, com a desvalorizaçãodo dólar, a “Big Apple” deixou o patamarde cidade cara e foi rebaixada para 18a lu-gar. Chicago que era 14a. e Los Angeles, 15ª,estão hoje na 28ª. posição. Estas três im-portantes cidades americanas apesar declassificadas como as mais baratas, ainda per-dem para São Paulo.

O índice de custo de vida, que estabele-ce o patamar de 70 pontos, para avaliação

das cidades, aponta Oslo, capital da Norue-ga, como a mais cara do mundo, com índi-ce 144. Depois vêm, ainda na Escandinávia,a capital da Dinamarca, Copenhage (130).As demais classificadas são pela ordem Lon-dres (126), Dublin (123), Zurique (120),Estocolmo (117), Helsinqui (116), Genebra(115), Paris (113,6 ) e Viena (113,3).

Muitos estudantes brasileiros, adminis-trando suas economias, têm preferido paracursos e reciclagens, cidades canadensescomo Toronto, Calgary e Vancouver porterem custo de vida bem mais barato queSão Paulo. São beneficiadas por baixa taxade inflação e preços estáveis, apesar deexigirem muito em termos de vestimenta,uma vez que o inverno canadense é muitorigoroso. Do ponto de vista global, as ci-dades mais baratas do mundo são Assun-ção no Paraguai, Quito no Equador e Mon-tevidéu no Uruguai.

O paulistano paga caro e nem sempretem os melhores produtos ou serviços. Asopções de alimentação são ótimas, mas, aca-ba consumindo mais que um quarto de suaseconomias, aplicando cerca de 28%. Ostransportes, com todas suas deficiências,consomem quase 20% dos salários. Outrosdois elementos essenciais, saúde e educa-ção ficam, cada um, com 5%.

Tecnicamente, o custo de vida é avalia-do por institutos nacionais como o INPC eo IPCA do Instituto Brasileiro de Geografiae Estatística. Estes índices tomam por baseos preços de um conjunto de produtos em

11 regiões brasileiras, como São Paulo, Riode Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte,Recife, Salvador e Brasília.

Pesquisas sindicais indicam que as famíliaspaulistanas gastam quase 9% de seus rendimen-tos no consumo de 8 alimentos básicos da suamesa. Embora a inflação seja predominante-mente de alimentos, as pesquisas observam queela se concentra em alguns bens, não se disse-minando por todos os itens do grupo.

SÃO PAULO ESTÁ ENTRE AS 50CIDADES MAIS CARAS DO MUNDO

SÃO PAULO ESTÁ ENTRE AS 50CIDADES MAIS CARAS DO MUNDO

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A cada dia o paulistano acorda comuma novidade tecnológica quechega para facilitar sua vida. É o

caso do GPS (Global Positioning System)conhecido em português como Sistemade Posicionamento Global. O GPS,numa cidade como São Paulo, detrânsito caótico, substitui o co-piloto,fazendo com que o motorista não erreo caminho.

O GPS é um instrumento de navega-ção por satélite, que foi inicialmenteusado por militares,mas, que se transfor-mou em orientadorde motoristas emviagens urbanas ouinterurbanas, ummeio para fugir doscongestionamentosou não se perder poráreas desconhecidas.Criado a partir daGuerra do Golfo, háquase 20 anos, seuspreços tendem acair, como aconteceucom os celulares.Hoje seu preço giraem torno dos R$300havendo, porém,outros tipos infinita-mente mais caros,como os utilizadosnos aviões que custam US$50 mil.

Até o final deste ano, deverão servendidos, no Brasil, perto de 200 milaparelhos, com desenhos mais leves,telas touch screen, mapas atualizadosde várias regiões brasileiras e rotasnorte-americanas e européias. OGPS dá, adicionalmente, boa orienta-ção em casos como rali, trekking, offroad, náutica, balonismo, entre outrasatividades.

Na medida em que o GPS passa pordeterminado local, armazena a informa-ção. Por uma questão de comodidade éimportante, antes de comprar o apare-lho, comparar seu peso, capacidade dabateria e verificar se o GPS é à provad’água (preenchido comnitrogênio).Quem quiser fazer um cursopode freqüentar as aulas do ClubeAlpino Paulista e na Maré Náuticas(www.marenauticas.com.br).

O projeto do GPS foi orçado em

US$ 10 bilhões. É composto por 28satélites em órbita ao redor da terra, auma distância de 20.000km, emitindosinais, simultaneamente, de rádiocodificados. Cada satélite emite umsinal com códigos de precisão (P);código geral (CA) e informação destatus. Há diversos tipos de receptores acomeçar pelos fabricantes portáteis -pouco maiores que um maço de cigarros- que custam cerca de US$100, até os

sofisticados computadores de bordo deaviões e navios.

Os receptores de GPS armazenampontos em sua memória, através devários meios: coordenadas lidas em ummapa ou obtidas pela leitura direta desua posição, através de reportagens ede livros especializados que as publi-quem.Os pontos plotados na memória podemfornecer rotas que, quando ativadas,permitem que o receptor consiga dar o

horário provável dechegada e distânciaaté o próximoponto.

Os receptoresinstalados nos carrosde países ondeexistem mapasdigitalizados -computadores debordo - trazem emsua memória mapasdetalhados decidades e endereçosúteis como restau-rantes, shoppings ehotéis.

Antes de com-prar o seu GPS, éimportante sabercomo ele seráutilizado. Os mode-

los existentes no mercado atendem afins específicos e conhecê-los é a melhormaneira de fazer uma escolha correta.Seja para fazer um trekking ou encararuma trilha, saiba quais são os receptoresmais indicados para você.

Para fins automotivos, o modelo maissofisticado é o GPS Street Pilot Map. Oaparelho opera com tela colorida, combi-nando tecnologia de localização via satélitecom mapas eletrônicos detalhados.

T E C N O L O G I A

GPSGPSGPSGPSGPS É A BOA NOVIDADE TECNOLÓGICAQUE ENTROU NA VIDA DO PAULISTANO

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S A Ú D E

É um pouco complicado e delicado comparar as mães eavós de ontem com as de hoje. Nosso tempo é hoje. E ascondições de maternidade mudaram muito, empouquíssimo tempo. Se pensarmos que a pílula anticon-cepcional é de 1960! Há pouco mais de 40 anos a mulheré dona de seu próprio desejo, de seu corpo, de sua sexu-alidade. Há coisas preciosas na vida de nossas avós que

talvez tenhamos perdido, como há também bens conquistados pelasmulheres modernas. Cada geração tem suas perdas e seus ganhos.Hojevivemos uma situação inusitada da mulher exercendo os dois papéis,de mãe e de profissional trabalhadora, e isso tem sido vivido muitasvezes como sobrecarga.

Quando se fala nesse assunto há que se levar em conta, principal-mente no Brasil, a classe sócio-econômica a que se refere. Uma mãede classe baixa que deixa seu filho com a vizinha e vai trabalhar háquilômetros de distância de sua casa, para voltar somente no fim dodia, só para pinçar um detalhe, é completamente diferente da mãe quetambém trabalha, mas tem uma empregada, ou escola, um celular, umcarro que a leva a almoçar em casa, ou outras facilidades desse tipo. Sepegarmos a classe média alta, que foi a amostra que estudei, é possívelafirmar algumas coisas.

A mulher conquistou um espaço importan-tíssimo de autonomia pessoal, onde decide oque quer fazer, quando ter filhos, como conci-liar essa decisão com a sua disponibilidade in-terna para isso. Hoje, um casal pode adiar amaternidade até o momento desejado, tendotoda uma tecnologia a lhe dar suporte. Mas po-demos olhar com certa intriga para os inúme-ros casos de infertilidade que nos cercam nosúltimos tempos (e toda uma geração de gême-os que está surgindo). Há um desequilíbrio sen-do apontado pela natureza, concorda?

A questão principal a se focar é sempre, enão outra, a forma como se lida com as coisas.Conciliar maternidade e profissão é possível,mas o como se faz isso é o “pulo do gato”. Nãoadianta dizer que os cinco minutos que estoucom meus filhos valem porque têm qualidade. Esse discurso “cadu-cou”. Se eles forem crianças pequenas, ainda em formação, precisamde qualidade e quantidade também. Cinco minutos não bastarão.

Alguns conceitos estão se transformando nesses últimos anos, coma observação das relações mães-bebês, e modos diferentes de pensara criança, a educação e a saúde mental. Aquela idéia das nossas avós emães de que não se devia pegar o bebê no colo pois ele se acostumavae ficava manhoso, por exemplo, é algo totalmente ultrapassado.

Hoje sabe-se que é preciso e necessário que o bebê tenha muitocontato físico nos primeiros meses de vida,onde ele forma a noçãopsíquica de corpo; ganha contornos que lhe serão fundamentais paraestabelecer uma relação de segurança com o mundo. Não quer dizerque quem não teve colo na infância, terá necessariamente que desen-volver uma psicose. Não é isso. Mas observar a importância dessasatitudes nos fala, por exemplo, da importância da presença física da

mãe, que terá que conciliar sua vida pessoal com a profissional. Hojevemos também mulheres tendo filhos mais velhas, e muitas vezes issodá a elas uma tranqüilidade maior para estar com eles, quando o desa-fio profissional já não é um bicho-de-sete-cabeças.

As crianças de hoje também aprendem a lidar com essa realidadede ter uma mãe que é, além disso, uma pessoa, com desejos próprios.A maternidade não ocupa mais a totalidade da vida da mulher, e osfilhos se adaptam a essa nova realidade. Eles crescem com o modelode uma mulher que vai batalhar por uma satisfação pessoal. De novo, asaúde dessa situação depende do como isso é posto em prática. Edu-car é uma das tarefas mais difíceis do ser humano. Ela exige um con-fronto com os próprios limites, uma aprendizagem constante, uma exi-gência de contato com as diferenças; é um trabalho hercúleo. E é tal-vez um dos trabalhos menos reconhecidos por nós mesmos.

Vivemos uma sociedade tipicamente patriarcal, onde o feminino évisto como menor (veja a diferença de salários entre homens e mulhe-res que exercem o mesmo cargo. Isso é um absurdo!) Mas já há algu-mas poucas (pouquíssimas infelizmente) iniciativas que têm acordadopara a necessidade de mudança de ponto de vista. Algumas empresascompreenderam que as mulheres que podem ter seus filhos pequenospróximos a elas no trabalho, rendem mais, trabalham mais e melhor.

As empresas – talvez movidas mais pelas ques-tões econômicas do que humanitárias- têmconstruído creches e escolas que facilitam essaconvivência de mães e filhos.

As crianças e os jovens que nascem na novafamília encontram um panorama diverso daque-le vivido há muito pouco tempo. Com a acele-ração das coisas que estamos testemunhando,desse jovem também é exigido uma prontidãopara mudanças constantes.

Vejam as famílias reconstituídas: você podenascer num núcleo em que sua mãe vive comum homem que não é seu pai e no quarto aolado há um bebê que é seu meio irmão; e quan-do você vai visitar seu pai biológico, o encontracom uma criança na sala, que não é seu irmão,mas filho da nova mulher dele que está grávida;

vem aí seu novo meio irmão! Que nó, não? Sim, mas esta é a nova reali-dade que temos que encarar. Há que se considerar que as relações ou asbases afetivas que constituem esse emaranhado devem ser o foco deatenção e cuidado. O laço, por si só, não é o fundamental.

As pessoas perguntam se é possível haver saúde com tantas alte-rações no modelo da família nuclear, e eu penso que sim. Novamentevoltamos à questão do “como”. A forma como implementamos osnossos vínculos, o respeito ao limites e à intimidade dos nossos parese próximos, o olhar apontado para a troca e a valorização do outro,tudo isso pode fazer com que a criança cresça psíquica e corporal-mente saudável. Colocar esses princípios em prática, eis o desafio.

Sylvia Mello Silva Baptista - CRP 06/20296Analista junguiana pela Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica-SP

[email protected] - Telefone: (11) 3064-1512

MÃES E FILHOS, HOJE

“Amore e Pische” – Antonio Canova

10 GRAICHE Julho de 2008

Sempre foi saudável andar debicicleta, pois, a um só tempo, elaserve como meio de transporte e

um excelente exercício. As “magrelas”,como são carinhosamente chamadas,estão ganhando terreno. Já há 10 milcadastrados, se bem que na Europa essenúmero é dez vezes maior. Aqui elasainda não se implantaram em caráterdefinitivo, por dois motivos principais: afalta de respeito dos automóveis paracom os ciclistas e a existência de muitosaclives, tornando quase impossível, porexemplo, superar o “Espigão da Paulista”.

A bicicleta não serve, apenas, para aligação casa- trabalho-casa, como formade superar a deficiência do transportecoletivo. Hoje em dia ela tem papelimportante no turismo, pois permiteum contato com a natureza muitomaior e prazeroso. Para quemnão sabe por onde começar,basta procurar um dosClubes de Cicloturismo deSão Paulo, onde os interessa-dos conhecerão atraentesroteiros e certamenteampliarão o círculo de amiza-des. Outra sugestão é adquiriro Guia Caminho da Fé, um livrode 132 páginas com dicas deAntonio Olinto Ferreira, que tem maisde 40 mil quilômetros sobre duas rodas.

Uma empresa de seguro de SãoPaulo, sabendo dos congestionamentosda cidade, implantou um socorro, o BikeSocorro. Podendo transitar no meio dotrânsito, o socorro chega logo, provandoque em alguns casos, a bicicleta é amelhor alternativa de locomoção, umavez que é rápida e não polui o meioambiente.

Quem sabe um dia São Paulochegue a imitar Paris onde já existem,na cidade, 150 quilômetros deciclovias. Além disso, as estações deMetrô, que servem exaustivamentetoda o centro urbano parisiense, têmsistema de aluguel de bicicletas. Parafacilitar a vida do ciclista, você alugaem uma estação e a deixa no ponto dechegada. Se você vai a Paris, informe-se através do site www.velib.paris.fr efique sabendo que lá ninguém anda debicicleta sobre as calçadas e respeita opedestre e os semáforos.

Em matéria de bicicleta, você podese exercitar na capital, no interior ou emoutros estados brasileiros. Em São

Paulo, por exemplo, o “Caminho da Fé”,numa referência à trilha de Santiago deCompostela, chega até a Basílica deAparecida. Outras dicas são o Caminhodo Sol de Santana do Parnaiba e Águasde São Pedro. Há, também, trilhas emoutras cidades como São Roque,Paraibuna e Paranapiacaba, que acolhecom muito carinho os ciclistas.

Maiores informações podem serobtidas nos sites Clube de Cicloturismo(www.clubedecicloturismo.com.br) eCaminho da Fé (www.olinto.com.br).Ali você encontrará as primeiras eimportantes orientações como nãopedalar à noite (exceto em grupos),evitar rodovias de grande movimento,não levar mochila nas costas preferin-do os alforjes (saco duplo comcostura no meio que colocado sobreo cano da bicicleta equilibra a carga),beber água com freqüência, estudar oroteiro a ser percorrido e escolherbem suas companhias.

M E I O A M B I E N T E

CHEGOU A VEZ DAS BICICLETAS?

Julho de 2008 GRAICHE 11

Hoje em dia está difícil contra-tar-se empregados domésti-cos para atendimento das

necessidades de uma família, de umacasa, pois estão cada vez maisescassos. Antes de mais nada, épreciso agir com cautela, pois, o queestá em risco é a segurança dosfilhos e da própria casa. Não se trata,portanto, de nenhum tipo de pre-conceito, em relação a pessoas dediferentes níveis socias. Bons e mausexistem em todos os segmentos. Éum casamento e quando vai mal, só ajustiça resolve.

Na verdade, empregados domés-ticos sempre foram um problema,sejam as ajudantes do lar, osmotoristas, os jardineiros. Difícilporque de um lado existeminúmeros direitos do trabalha-dor e de outro, a necessidadede saber quem está entrandoem sua casa para convivercom a família.

Do aspecto trabalhista,para evitar qualquer tipode dor de cabeça, épreciso registrar oempregado, desde oprimeiro dia, pagandoos encargos corres-pondentes, INSS,FGTS (opcional), bemcomo o salário profissio-

nal da categoria, com direito a férias,descanso semanal remunerado(preferencialmente aos domingos),aviso prévio (no caso de demissão), e13º salário.

No caso de empregada, ela terádireito, em caso de gravidez, 120dias de licença maternidade. Oempregado terá licença paternidadede cinco dias. Se quiser testar oempregado, pode-se fazer umcontrato experimental de 90 dias.Ele será contratado se for devida-mente aprovado. Caso contrário,poderá ser dispensado sem ônus. Osempregados de uma residência nãotêm direito a horas extras ou adicio-nal noturno. Eles devem ser tratados

com profissionalismo,educadamente, sempre deixando

claro quem é o empregador,quem estabelece os limites,

quem dá as ordens detrabalho.

Por questão desegurança, é impor-

tante saber de

onde vem o empregado, onde mora,ter em seu poder cópia dos documen-tos devidamente autenticados comoCPF, Identidade e carteira do Trabalho.Também é bom ter contas de água ouenergia elétrica que confirmem oendereço do contratado.

Em relação à segurança, a preocu-pação é maior pois se torna fundamen-tal exigir-se, além de carta de recomen-dação (conferir com os ex-patrões aautenticidade da carta), referências deempregos anteriores e atualizadoatestado de antecedentes.

Com muita freqüência, a mídiatraz reportagens sobre famílias que,desconfiadas de maus tratos emrelação a filhos ou idosos, acabagravando, secretamente, o comporta-mento dos empregados. Se proce-dente a dúvida, a conclusão depende-rá de cada empregador: querer levaro fato às últimas conseqüênciasdeixando a solução para a Justiça ousimplesmente despedir, com paga-mento de todos os direitos, afastandoa pessoa de sua convivência.

Para as funções de motorista, alémdas recomendações já citadas, épreciso ver se já houve envolvimentocom algum tipo de acidente ou contra-venção penal, verificar como dirige,como se comporta no trânsito e aobediência aos semáforos e à velocida-de de ruas e estradas.

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