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˝ndice Luiz Carlos Borges da Silveira O uso das tecnologias na EAD Material DidÆtico Há 40 anos cuidando do ensino brasileiro TendŒncia Escolas de inglês investem no público infantil Em sala de aula Professora resgata a história por meio da origem de cada aluno 4 10 15 22 13 ARMINDO VILSON ANGERER Editorial Congresso 2. º Congresso Internacional dos Expoentes na Educação reúne educadores de todo o mundo Armindo Vilson Angerer Diretor Geral da Organização Educacional Expoente 3 Avaliaçªo Escolar É fundamental observar o processo de aprendizagem 29 Gostaria de iniciar este editorial reproduzindo algumas frases pinçadas das entrevistas concedidas por alguns dos palestrantes do 2. º Congresso Internacional dos Expoentes na Educação aos redatores desta revista. “A melhor ‘aula’ de moral não é aquela que se ouve de um orador competente, mas sim aquela que se vive, se experimenta no convívio.” Yves de La Taille (Brasil). “A teorização não garante jamais nem a pertinência nem a eficácia.” Charles Hadji (França). “O jovem precisa saber pensar.” Guiomar Namo de Mello (Brasil). “O grande desafio é ajudar a desenvolver nos alunos, futuros cidadãos, o espírito crítico.” Isabel Alarcão (Portugal). Percebamos todos nós, educadores, dois temas que já fazem parte do nosso cotidiano educacional: teoria x prática e pensar x espírito crítico. Por mais que queiramos ser conservadores, tradicionalistas, é impossível refletirmos sobre a educação sem nos convencermos de que os cidadãos vencedores nas suas atividades profissionais serão aqueles que, na sua formação, conseguirem se desenvolver como indivíduos críticos, reflexivos, criativos, com base científica, cooperativos e que saibam aliar a teoria à prática. Se analisarmos esses conceitos, perceberemos que eles são a base dos Parâmetros Curriculares Nacionais e fazem parte da proposta pedagógica adotada, com toda a convicção, pelo Expoente, pois acreditamos que assim conduziremos o nosso aluno para um mundo em que os quatro pilares da educação estarão sempre presentes: aprender a conhecer, aprender a viver, aprender a ser e aprender a fazer. Esperamos uma vez mais que a riqueza dos conteúdos desta revista possa contribuir para que todos consigam agregar algo mais no seu fazer pedagógico.

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Índice

Luiz Carlos Borgesda SilveiraO uso das tecnologiasna EAD

Material DidáticoHá 40 anos cuidando doensino brasileiro

TendênciaEscolas de inglês investemno público infantil

Em sala de aulaProfessora resgata ahistória por meio daorigem de cada aluno

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15

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ARMINDO VILSON ANGERER

Editorial

Congresso2.º Congresso Internacionaldos Expoentes na Educaçãoreúne educadores de todo omundo

Armindo Vilson Angerer

Diretor Geral da OrganizaçãoEducacional Expoente

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Avaliação EscolarÉ fundamental observar oprocesso de aprendizagem

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Gostaria de iniciar este editorial reproduzindo algumasfrases pinçadas das entrevistas concedidas por alguns dospalestrantes do 2.º Congresso Internacional dos Expoentes naEducação aos redatores desta revista.

“A melhor ‘aula’ de moral não é aquela que se ouve deum orador competente, mas sim aquela que se vive, seexperimenta no convívio.” Yves de La Taille (Brasil).

“A teorização não garante jamais nem a pertinência nem aeficácia.” Charles Hadji (França).

“O jovem precisa saber pensar.” Guiomar Namo deMello (Brasil).

“O grande desafio é ajudar a desenvolver nos alunos,futuros cidadãos, o espírito crítico.” Isabel Alarcão (Portugal).

Percebamos todos nós, educadores, dois temas que jáfazem parte do nosso cotidiano educacional: teoria x prática epensar x espírito crítico.

Por mais que queiramos ser conservadores,tradicionalistas, é impossível refletirmos sobre a educação semnos convencermos de que os cidadãos vencedores nas suasatividades profissionais serão aqueles que, na sua formação,conseguirem se desenvolver como indivíduos críticos,reflexivos, criativos, com base científica, cooperativos e quesaibam aliar a teoria à prática.

Se analisarmos esses conceitos, perceberemos que elessão a base dos Parâmetros Curriculares Nacionais e fazem parteda proposta pedagógica adotada, com toda a convicção, peloExpoente, pois acreditamos que assim conduziremos o nossoaluno para um mundo em que os quatro pilares da educaçãoestarão sempre presentes: aprender a conhecer, aprender a viver,aprender a ser e aprender a fazer.

Esperamos uma vez mais que a riqueza dos conteúdosdesta revista possa contribuir para que todos consigam agregaralgo mais no seu fazer pedagógico.

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Entrevista

levar conhecimento de alta qualidadea pessoas que até então não tinhamacesso à educação, seja por dificuldadede deslocamento, por falta de tempoou até mesmo por falta de recursosfinanceiros.

Ao mesmo tempo, o mundomudou e passou de uma sociedade deprodução para uma sociedade deconhecimento. O famoso capital

intelectual não é um modismo, aspessoas realmente valem o quanto sabeme são remuneradas por isso. Apreocupação com a educação passou aser a prioridade de todas as pessoas, o quelevou a uma demanda enorme porserviços educacionais em todos os níveis.

Hoje a EAD, com o uso de no-vas tecnologias, no Brasil já é tãoavançada quanto em qualquer país

A Educação a Distância surgiu há mais de umséculo e já capacitou milhões de pessoas, usandomateriais de apoio e atendimento aos alunospor correspondência.0No mundoglobalizado, a tendência é que esse tipode ensino se aperfeiçoe e torne-se maiscomum nas Universidades. Para falardesse tema, entrevistamos opresidente da EDUCON –Tecnologia em EducaçãoContinuada – Luiz CarlosBorges da Silveira

Educação a distância

Revista Impressão Pedagógica –Como é a EAD no Brasil globalizado?

Borges da Silveira – O que fezcom que a EAD se tornasse umatendência global foi, sem dúvida, odesenvolvimento nas áreas detecnologia da informação e dastelecomunicações.

Essas novas tecnologiasproporcionaram a oportunidade de

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no mundo globalizadodesenvolvido. A educação empresariala distância já é um mercado de US$ 40milhões/ano e utiliza os mais modernosrecursos. Mas, por outro lado, aindaestamos muito atrasados quando se tratade regularização de cursos formais,infelizmente. Enquanto todos os paísesdo mundo iniciaram processos deregularização de cursos a distância há 100anos, o Brasil só teve sua primeirainiciativa para regulamentar cursossuperiores a distância em 1997.

IP – O que é necessário paradesenvolver um bom curso de EAD?

Borges da Silveira – O elementomais importante em qualquerempreendimento é o conhecimento queestá em cada pessoa, por isso, para serbem-sucedido em um projeto de EAD, énecessário ter profissionais competentesenvolvidos. Além disso, o conteúdo, osprofessores, o ambiente de troca entrealunos e mestres, o gerenciamento deinformações e a logística são aspectos quenão podem ser mal-administrados. Mas,para iniciar qualquer projeto, as primeirasperguntas que devem ser respondidas são:Quem é o aluno? Onde ele está? Comochegar até ele? Qual é o conteúdo de queele precisa? Respondidas essas questõesacertadamente, teremos um bom curso.

IP – Tendo a Educação a Distânciasurgido no Brasil há mais de um século,

com os cursos por correspondênciadivulgados nas revistas e gibis paraadolescentes?

O que não é muito desenvolvidono Brasil é o ensino superior a distânciae o treinamento empresarial, devidoprincipalmente a nossa cultura de baixoinvestimento em educação. Porexemplo, nos EUA, os pais começam apoupar dinheiro desde que os filhos sãopequenos para poder pagar a faculdadedeles. Isso não acontece no Brasil, é maisfácil o pai poupar dinheiro paracomprar um carro para o garoto. Nasempresas não é diferente. A primeira áreaque recebe cortes de verbas é otreinamento; os empresários não estãoacostumados a investir a longo prazo,nem as pessoas.

Agora, com a abertura global,parece que não continuaremos maisassim. Novas empresas com novasculturas, a pressão mundial porqualidade de produtos e serviços e aconcorrência acirrada por empregoslevaram o País a mudar o seu jeito,mas, mesmo assim, ainda temosmuito para melhorar.

IP – Como deve ser a qualificaçãoda escola e a do professor para trabalharcom EAD?

Borges da Silveira – Seria muitodifícil desenvolver algum projeto deeducação a distância hoje sem o uso

por que ainda não se tem umadivulgação ampla sobre o assunto?

Borges da Silveira – Nãopodemos dizer que não temosconhecimento sobre a EAD no Brasil.Quem não conhece o telecurso daFundação Roberto Marinho ou oInstituto Universal Brasileiro – IUB –

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de novas tecnologias. Então, o primeiropasso para implantar projetos de EADé qualificar os profissionais que irãoatuar no projeto com conhecimentossobre novas tecnologias. Do outrolado, as escolas precisam estar equipadascom instrumentos que permitamdesenvolver cursos com o uso dessastecnologias.

IP – Existe algum órgão quefiscaliza a qualidade dos cursos deEAD no Brasil?

Borges da Silveira – Seriamuito difícil fiscalizar a qualidadedos cursos oferecidos, por isso, comonas demais áreas da educação formal,o caminho é criar barreiras legais quenão permitam que certos projetossejam reconhecidos. No caso dosensinos Médio, Fundamental eProfissionalizante, essas regras sãodeterminadas pelos conselhosestaduais de educação; já no caso doscursos de graduação e pós-graduação,o órgão regulador é o ConselhoNacional de Educação. Recen-temente, o MEC designou umacomissão de especialistas pararecomendar uma proposta deregulamentação para o ensino supe-rior a distância, mas essa propostaainda não está pronta.

IP – Qual é o principal benefíciopara a EAD com o apoio das

tecnologias e da comunicação?O custo da EAD é inferior ao daeducação convencional?

Borges da Silveira – Acredito queem países em desenvolvimento comoo Brasil, com dimensões continentaise uma só língua, o principal benefícioda EAD é levar conhecimento da altaqualidade para locais que nunca teriam

acesso a tais conteúdos da maneiraconvencional, embora existam outrosmotivos para o uso de projetos de EAD,tais como a falta de tempo, a economiade escala para diminuição de custos, aeconomia de tempo em deslocamentos,entre outros.

Quanto ao custo da EAD ser in-ferior ao da educação convencional, se

“... o mundo mudou e passou de uma sociedade deprodução para uma sociedade de conhecimento...”

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é muito inferior. Por exemplo, o nossocurso Normal Superior em parceria coma UNITINS, no estado do Tocantins,disponibiliza os melhores professores dauniversidade, com a mesma quantidadede horas/aula do curso regular e custa,para os alunos, apenas R$ 93,00 ao mês.Mas vale lembrar que existem casos decursos de alto valor agregado, tais comoos MBAs de universidades americanas,que são mais caros a distância do que damaneira convencional.

IP – Como o senhor temcontribuído para o desenvolvimento daEAD no Brasil?

Borges da Silveira – Na verdade,nossos empreendimentos na área deeducação começaram em 1997,prestando assessoria e consultoria paraimplantação de instituições de EnsinoSuperior, e hoje no Paraná, já contamoscom mais de 6 instituições associadas.Na área de EAD, iniciamos asatividades da EDUCON – Tecnologiaem Educação Continuada – em 2000,depois que meu filho, que é especialistana área , desenvolveu uma proposta decapacitação a distância voltada aprofessores. Procuramos universidadesestaduais para desenvolvermos oprojeto em parceria, e foi no estado doTocantins que encontramos o parceiromais receptivo – afinal era um projetopioneiro no qual correríamos muitosriscos. Felizmente, fomos muito bem-

sucedidos, devido à competência dasequipes da Universidade do Tocantinse da nova EDUCON. Nova porqueeu e meu filho procuramos e consegui-mos outros sócios que se integraram àempresa e sem a experiência dessesnovos sócios, não conseguiríamoschegar aonde chegamos.

Hoje contamos com mais de9.000 alunos matriculados em trêsturnos, que assistem a aulas viateleconferência em mais de 130 salasespalhadas pelo estado. É o maior projetode graduação em âmbito nacional comutilização de novas tecnologias. É claroque utilizamos também outrasferramentas, tais como: internet, mate-rial didático impresso e telefone.

Nossos planos agora estãodirecionados à educação continuada.Estamos implantando uma rede commais de 150 salas para recepção deteleconferência instaladas em parceriacom instituições locais em todas asgrandes e médias cidades do Brasil. Apartir do segundo semestre deste ano,ofereceremos dois cursos de pós-graduação e vários cursos rápidos decapacitação profissional nessas salas.Nosso principal objetivo é ser amelhor empresa de tecnologia paraEducação Continuada do Brasil, o queé uma meta difícil de ser alcançada, masnós acreditamos que o caminho queestamos trilhando é o correto.(Leia mais sobre EAD na página 14).

“...o famoso capital intelectual não é um modismo, aspessoas realmente valem o quanto sabem.”

fizermos umaanálise superfi-

cial, seria o mesmo que compararmosmaçãs e laranjas, pois são inúmeros oselementos que compõem cada projeto,com diferentes interesses e públicos. Oque podemos dizer é que em projetosque visam atender a um alto número dealunos (1.000, 10.000, 100.000), osprojetos de EAD tem a vantagem deganho em escala, e, nesses casos, o custo

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Opinião

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Certa vez perguntaram aolingüista francês Roland Barthes oque ele achava de se propor aobrigatoriedade de certos textos nasala de aula. Prontamente, o pensadorrespondeu: “Seria o mesmo quebaixar um decreto obrigando todocidadão a ser feliz”.

Talvez a primeira noção a se fixaré a de que o lugar que a linguagemocupa é o lugar da sedução. Estranho?Não! Pense em como um romance, umpoema e até mesmo um ensaio sãocapazes de nos levar para determinadoscantos da imaginação ou dopensamento jamais visitados. Aliás, éisso mesmo: ler é uma grande viagem,uma aventura do espírito, algo que nosfaz ir além e além. Como ir além?Refletindo, contestando, concor-dando, esclarecendo dúvidas com pais,professores e amigos e até tentandoavançar para horizontes que talvezsequer o autor tenha imaginado. Essaé a viagem da leitura. E quando vamospara algum lugar não estamos sendopassivos, isto é, não estamos vendotelevisão – ao contrário, somos opróprio “mocinho” ou o “bandido”atuando numa história.

O que é preciso conquistar,centímetro a centímetro, é a capacidadede ler, traduzir, aprender e criticar cadatexto proposto, desde o início daalfabetização. E mesmo antes. Como

sabemos, as crianças pequenas adoramouvir histórias todos os dias, contadaspelos pais ou avós. É importantesempre ter na memória essa paixãomeio universal pelas histórias dacarochinha, porque esse é o ponto departida para a grande inquietaçãohumana: quem somos nós?

Mas, acima de tudo, ler significarefletir, pensar, estar a favor ou contra,trocar opinião, posicionar-se; enfim,exercer, desde sempre, a cidadania.

COMO O PROFESSOR PODEORIENTAR O GOSTO PELALEITURA NA EDUCAÇÃOINFANTIL

O próprio educador devedespertar em si mesmo o prazer pelaleitura, para que possa haver umvínculo entre o professor e a atividadeproposta.

Leia para os alunos ainda não-alfabetizados, pois ouvindo histórias acriança desenvolve a interessante viagemno mundo da leitura e compreende que“ler é muito mais do que ler com osolhos”, é conhecer o mundo.

Oriente os pais a terem livrosem casa e a lê-los para os filhos, ouainda a contar histórias para eles.Além de desenvolver o vínculo fa-miliar, essa atividade estimula o gostopelo ouvir e ler histórias.

Roda de leitura ou Hora do

Conto – escolha um horário do dia(após o recreio, por exemplo) e, du-rante meia hora, leia uma história parao grupo – lendas, conto de fadas,histórias da literatura infantil atual,fábulas etc. Mas, lembre-se de que épreciso “animar” a leitura: façaperguntas e comentários, inventevozes para os personagens, montecenários simples e oportunize aosalunos que vivenciem a história, paraque se tornem “maluquinhos,maluquinhos pelos livros”.

A IMPORTÂNCIA DECONTAR HISTÓRIAS

A forma de favorecer oletramento da criança tem variadomuito, de acordo com os diferentesaspectos levados em consideração poraqueles que estão comprometidos coma tarefa de ensinar a ler e a escrever.

Daí a importância de um tipo demetodologia que estimule a expressãode idéias e palavras, tanto por meiodo desenho quanto da fala,oportunizando espaços para diferentestipos de linguagem.

Para que possamos estimular eproporcionar a interlocução entre osdiferentes tipos de linguagem, énecessário que esse processo dedescoberta da leitura seja dinâmico epossa possibilitar à criança projetarsituações vivenciadas no seucotidiano.

* Patrícia LorenaQuiterio é professora

da Rede Municipal deEducação do Rio de

Janeiro, especializadaem Psicopedagogia

(PUC/RJ) ePsicomotricidade

(UERJ)

A Educação Infantile a Leitura

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UniExp

Incentivo, esclareci-mento sobre o mercado detrabalho e dicas para futu-ros projetos. Foi esse o ce-nário que os alunos daUniExp – Unidade de En-sino Superior Expoente –encontraram ao assistir apalestras de três grandes ce-lebridades paranaenses noprimeiro semestre letivo.O deputado federal e ex-ministro Rafael Greca, opresidente da AssociaçãoComercial do Paraná(ACP), Marcos Domakoski, e o dire-tor de marketing da Rede Paranaensede Comunicação, Rogério Mainardes,homenagearam os calouros dos cursosde Turismo, Administração de Empre-sas e Marketing, respectivamente.

TURISMO

Greca fez um “passeio” rápidopelo Paraná com os estudantes, citan-do os vários tipos de turismo: o cultu-ral, o ecológico, o religioso, o da me-lhor idade e o de congressos e seminá-rios. Entre os conselhos que Greca deuaos futuros profissionais, estava o oti-mismo da vontade. “Se você está di-ante de um rio e precisa chegar à outra

margem, depara-se com várias possi-bilidades, mas a única coisa que real-mente irá fazer você atravessá-lo será oseu otimismo de vontade. Depende devocê”, continuou.

ADMINISTRAÇÃOE MARKETING

Passando do Brasil para o mun-do globalizado, os alunos tiveramuma aula sobre o que é ser um admi-nistrador de empresas nos tempos atu-ais. Marcos Domakoski explicou. “Édar rumo certo para as instituições quequerem ter sucesso. O curso superiorprepara para o mercado de trabalho,mas nele só se firmam os bons pro-

Celebridades falam sobreo mercado de trabalho

Alunos das áreasde Turismo,Administração eMarketingassistem apalestrasministradas porRafael Greca,MarcosDomakoski eRogérioMainardes

fissionais. É preciso de-senvolver idéias erealizá-las”, disse. Opresidente da ACP ain-da repassou alguns nú-meros para os futurosadministradores: há976.460 empreende-dores no Paraná. “Decada 100, 45 conse-guem concretizar umnegócio em até 42 me-ses”, afirma.

Importantes nú-meros também foramrevelados aos estudantesde Marketing, durante apalestra de Mainardes."O mercado funcionacom base em números.Nada mais é feito no‘achismo’. Esse mesmomercado, de acordo como diretor da RPC, tem

9,5 milhões de consumidores no Paraná,sendo que o grande crescimento estáocorrendo em São José dos Pinhais e emPinhais, na Região Metropolitana deCuritiba. “Entre os habitantes, 52,88%têm entre 20 e 59 anos, ou seja, são adul-tos economicamente ativos formandoum público que interessa aos profissio-nais de marketing”, explica.

“O crescimento na área de servi-ço deverá ser fenomenal nos próximosanos. A empregabilidade na região égrande e há muito o que fazer. A de-manda está cada vez maior e cabe avocês descobrirem o que fazer com ela”,aconselhou Mainardes.

Rafael Greca assistindo às palestras

Armindo AngerercumprimentaMarcos DomakoskiRogério Mainardes

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Material Didático

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40 anos de atençãoao ensino no Brasil

O número de alunos que já estudou como material didático Expoente ultrapassa a casados milhares. Em 40 anos de pesquisas e deatenção total ao ensino brasileiro – desde a Educação Infantil ao Pré-Vestibular–, a instituição vem firmando seu espaço nas escolas, com base numa propostaconstrutivista-interacionista. Vários profissionais estão envolvidos no processode produção do material, entre professores, pedagogos, editores, revisores ediagramadores. Esses profissionais zelam pela qualidade das pesquisas, do projetográfico, da impressão, da atualização constante e do conteúdo.

O material didático Expoente busca desenvolver alunos que construam oconhecimento e que sejam ativos, responsáveis, que façam perguntas e queargumentem. Os estudantes que enfrentam situações e testam hipóteses nãoaceitam qualquer resposta e buscam a verdade, para, então, tirar suas própriasconclusões. E é claro que o papel do professor é fundamental para que o objetivoseja alcançado. Combinando a experiência do educador com a atuação doestudante, o material propicia o diálogo e a cooperação e ajuda a desenvolver olado social e intelectual do aluno, conduzindo-o à construção do conhecimento.

O conhecimento é PRODUZIDO eCONSTRUÍDO pelo estudante,constituindo-se na interação do indivíduocom o meio físico e social.

interagem;

• fazem trocas;

• fazem leituras;

• pesquisam;

• fazem atividadesdiversificadas;

• experimentam;

• envolvem-se com afamília em situações deaprendizagem.

O grupo pedagógicoExpoente tambémcontribui para o sucessodo material didático.Todas as escolasconveniadas ao Expoenterecebemacompanhamento,assessoria pedagógica ecapacitação permanentedo corpo docente,implementando assoluções Expoente.

• aprender a ler e a escrever;• dominar formas complexas decálculo;• construir significados a partir deinformações diversas;• buscar informações;• lidar com conceitos científicoshierarquicamente relacionados, oque possibilita novas formas depensamento;• atuar no meio em que vive.

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Projeto e Seleção

Todo material didáticoExpoente é fruto de um sériotrabalho de reflexão e dedesenvolvimento de projetosdestinados a segmentosespecíficos. A escolha dos autoresse faz por meio da análise dematerial demonstrativo, formulado combase em critérios e padrões. Os originaisentregues à equipe pedagógica por umaanálise de conteúdo, feita por professoresespecialistas de cada área, e por umaanálise pedagógica sendo aprovadossomente após o atendimento dosrequisitos apresentados num check list.

3º PASSO

Diagramação

Em seguida, o material é ilustradoe diagramado pela equipe doDepartamento de Pré-Impressão,conforme o projeto gráfico definido,cujo objetivo é tornar a apresentação domaterial atraente e didática.

1.º PASSO

2.º PASSO

Análise

Uma equipe de editores altamente capacitados é responsávelpela correção de língua, pela adequação da linguagem e pelapadronização estilística do material. No processo de edição,autores e editores reúnem-se em alguns momentos para definiralterações e complementações que podem ser feitas no textopara atender às necessidades do aluno, sempre tendo em vistaum ensino de qualidade.

5.º PASSO

Revisões

As constantes reformulaçõese atualizações do material didáticosão feitas por meio de fichas deavaliação bimestrais enviadas aoCentro de Excelência em EducaçãoExpoente.

4º PASSO

Edição

Após a diagramação, o material érevisado pela equipe de editores e revisorestantas vezes quantas forem necessários paraque o material seja aprovado para a impressãofinal. Nessa etapa, é verificado se o materialestá de acordo com o que foi ideliazado peloautor e solicitado pelo editor.

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"O material enriqueceu o nosso trabalho, quejá era diferenciado. Existe uma integração horizon-tal das disciplinas que não há em outros produtos.Agora o aluno se interessa muito mais pelas aulas"

Terezinha Amaral Rocha de Morais – Secretáriade Educação de Aparecida (SP)

"Tanto alunos quanto professores ficaram àvontade para a exploração das quatro habilidades:ouvir, falar, escrever e ler. As atividades e os suportestextuais são diversificados, possibilitando com issoo andamento da disciplina. As aulas fluemprazerosamente"

Stelamares Marques, professora de Língua Inglesa,do Colégio São Camilo (ES)

"Se estamos interessados em aprender osentido mais amplo da realidade precisamosaprender a questionar e a investigar"

Walny Vianna, gerente de desenvolvimento deprodutos pedagógicos do Expoente.

Os questionamentospropostos no material sãodesencadeadores de reflexões eapresentam-se de forma aproduzir variados significados eemoções. A forma com que osconteúdos são trabalhadospropicia ao aluno o contato coma diversidade de textos e possibilitaque educador e aluno mostremsuas habilidades, dando espaço auma investigação científica, adiscussões, trabalhando com errose com contradições, além dedesenvolver a criatividade. O ma-terial didático Expoente está deacordo com os Referenciais (RCN)e os Parâmetros CurricularesNacionais (PCNs) e encaminha suaproposta a partir dos quatro pilaresda educação: aprender a conhecer,aprender a viver, aprender a ser eaprender a fazer.

"O material didáticoExpoente aborda os temas deforma criativa, ajudando osalunos na construção de seusconhecimentos, contribuindoem todas as áreas."

Veronice Garcia Turcano,professora da 1.ª série do EnsinoFundamental do CentroEducacional Cianorte (PR)

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Tendência

Crianças a partir de 1 anoe meio têm aulas de outroidioma. Pais aprovam idéiae vêem vantagens, maspsicopedagoga alerta que épreciso ter limites

Quando Ana Tereza tinha trêsanos, sua mãe, Zuleica Malucelli, amatriculou num curso de inglês. Ainiciativa da menina em ler e falaralgumas palavras na nova língua fezcom que seu irmão Jorge Luiz, naépoca com dois anos, passasse abalbuciar termos em inglês. “Resolvicolocá-lo na escola também e quatromeses depois, ele já cantava músicasno outro idioma por iniciativaprópria”, conta. Zuleica é diretora geralda Da Capo Estúdio Musical e Centrode Cultura, em Curitiba, e partiu delaa idéia de implantar aulas de inglês aosbebês em seu estabelecimento deensino.

No Rio de Janeiro e em Brasília,a idéia também já chegou. Escolascomo Dice e Affinity defendem oaprendizado de outra língua desdecedo. Na explicação de Zuleica, asaulas são lúdicas e respeitam oambiente da criança. A professoraensina por meio de músicas, jogos ebrincadeiras. Como mãe, Zuleica dizque o investimento na criança évalioso. “Todo mundo tem que saberinglês hoje em dia e quanto mais cedose aprender, melhor. Ana Tereza, quehoje está com sete anos, tem uma ótima

Escolas de inglês apostam nopúblico infantil

pronúncia em inglês e jáforma frases sozinha”, conta.Como diretora da escola,Zuleika diz que é preciso queos pais tenham paciência.“O desempenho dependeda criança, e cada uma temseu tempo de aprender.”

AGILIDADE MENTAL

Outra escola emCuritiba que oferece aulas deinglês para crianças é a CelLep, que atende alunos a partirdos cinco anos de idade. Deacordo com a coordenadorapedagógica Piri Szabó, aprender umasegunda língua ainda criança ajuda aagilidade mental. “É um exercício,mas é preciso criar um ambientepropício para a aprendizagem da faixaetária correspondente. Trabalhamoscom rimas, músicas, brincadeiras, poissão as linguagens que a criançaconhece”, diz.

Para Piri, a idade de cinco anos éideal, pois é um momento em que apessoa está “desprovida de travas”. “Mashá uma diferença entre aprender eadquirir conhecimento. A línguaportuguesa, por exemplo, você adquireno ambiente em que vive. Já a estruturada língua é aprendida na escola. É claroque duas aulas semanais, de 50 minutoscada, não é tempo suficiente paraadquirir o conhecimento da língua, masa vantagem está na naturalidade com quea criança é apresentada ao inglês”, diz.

PARA BEBÊS, SÓ SEHOUVER NECESSIDADE

A psicopedagoga Isabel Parolinavalia que um idioma deve seraprendido de acordo com anecessidade. "O bebê fala à medidaque as palavras e seus significados vãotendo relevância. Se a criança tem umdos pais que fala outro idioma, se viajabastante, se tem contato com pessoasque falam outra língua ou se seucontexto exige esse aprendizado, devepassar a aprender esse novo idioma tãologo se interesse por ele. A sua próprianecessidade de socializar-se aimpulsionará a isso, independen-temente de sua idade", diz. Noentanto, deve-se antes de tudo dominara língua-mãe. "Acho fundamentalavaliar a importância e a relevância so-cial de um segundo idioma, assimcomo a maturidade da criança para esseaprendizado", finaliza.

Sala de aula no Cel Lep

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Educação a distância

Há alguns anos, quandoinstituições educacionais começaram oprocesso de ensinar por meio dainternet, a idéia de milhares deestudantes formando-se em cursosfeitos pela rede parecia tecnicamenteimpossível, mas essa é uma realidadeque vem acontecendo em todo omundo, inclusive no Brasil.

A educação on-line ainda é umanovidade e o que mais se discute hojeé a melhor forma de combinarpedagogia e tecnologia. Algunsprogramas exigem que o estudantepasse algum tempo em uma sala deaula real. Outros são conduzidosinteiramente no ciberespaço.

As escolas de todo o Brasil podemter acesso à Educação a Distância pormeio do sistema desenvolvido peloExpoente. As que tiverem esse acessopoderão ofertar dois cursos para oEnsino Médio: de Educação paraJovens e Adultos e o Técnico emInformática, ambos autorizados afuncionar pelo Conselho Estadual deEducação e também pela Secretaria dada Educação do Paraná. Esses cursoscombinam aulas presenciais com o usoda internet, pelo ambiente deaprendizado corporativo Eureka."O sistema é muito importante, poispermite levar a escolarização às pessoas

que têm dificuldade de acesso à escola,até pela sua estrutura de vida", afirmao coordenador de Educação a Distânciado Expoente, Benhur Gaio.

CONHEÇA OS CURSOS DEEDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Curso de Nível Médio paraJovens e Adultos

O principal objetivo do curso édesenvolver as capacidades depesquisar, buscar informações, analisá-las e selecioná-las, além da capacidadede aprender e criar por meio da internet.

O curso trabalha o conteúdo dostrês anos do Ensino Médio em um anoe meio, com aulas presenciais por meiode encontros com professores em salade aula e com a utilização da ferramen-ta Eureka, que estabelece a comunica-ção entre professores, estudantes e tu-tores assistentes com a finalidade depermitir o acompanhamento do cur-so. O aluno receberá material didáticocom conteúdos referentes às discipli-nas da Base Nacional Comum, comatividades auto-instrucionais, além dereceber o guia Orientações de Estudo,no qual encontrará todo odirecionamento voltado para o desen-volvimento das disciplinas.Orientadores estarão disponíveis paraesclarecer as dúvidas das escolas nohorário comercial. O sistema de tuto-

ria prevê o acompanhamento da evo-lução individual dos alunos e estarãodisponíveis computadores para o aces-so ao ambiente de aprendizadocorporativo. A preparação para o tra-balho na parte diversificada do currí-culo é voltada para a área deinformática, sendo 300 horas de for-mação profissional em laboratórios deinformática.

Curso Técnico em Informática

O curso é dividido em cincomódulos: Conhecimentos Básicos deInformática, Conhecimentos Básicosde Informática e Operação deComputadores, ConhecimentosGerais, Metodologias de Desen-volvimento de Sistemas de Informá-tica e Web Designer. A cada móduloconcluído com aproveitamento, oaluno terá direito ao diploma detécnico em informática. O alunoainda poderá executar as habilidadesdesenvolvidas e exercitar a práticaprofissional por meio de estágiosupervisionado. Os encontros pre-senciais ocorrerão nos períodosvespertino e noturno, medianteprogramação das aulas.

As escolas que tiverem interesseem obter esses cursos e mais informaçõespodem entrar em contato pelo telefone0800 414424.

Realidade muitopróxima dos alunos

Escolas de todo oBrasil podem tersistema desenvolvidopelo Expoente

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Expoentesna educaçãose reúnemem Curitiba

Congresso

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De 15 a 17 de julho, a capital paranaense será sede decongresso internacional, que contará com a presença deimportantes nomes nacionais e internacionais

“A troca de experiências, as re-flexões teóricas e a instrumentalizaçãodos participantes propiciarão ummaior impacto nas ações escolares ro-tineiras de cada um”. Assim o presi-dente do 2.º Congresso Internacionaldos Expoentes na Educação, José LuizAmálio de Souza, definiu o evento, queacontecerá de 15 a 17 de julho, emCuritiba. Educadores de todo o Paísterão a oportunidade de assistir a con-ferências, palestras, cursos, Mesa deDebate e do Painel Ilustrativo. O even-to contará com a participação de im-portantes nomes da área educacionaldo País e do exterior.

Sob o tema “A Educação na So-ciedade da Informação – Desafios eSuperações”, o congresso abordará as-suntos como a arte de contar históri-as, inteligências múltiplas, literaturainfantil, jogos e recreação, limites edisciplina, liderança, avaliação escolar,competências, inclusão escolar, entreoutros. O interessado em participar doevento terá direito a assistir a seisconferências, duas palestras, um cur-so no Pré-Congresso, uma Mesa deDebate e um Painel Ilustrativo.

Celso Antunes, Celso Vasconce-

llos, Vasco Moretto, Lucília Macha-do, Celso Sisto e Hélio Barbosa sãoalguns dos palestrantes nacionais. En-tre os conferencistas estão Yves de LaTaille, de São Paulo, com o tema “Li-mites e disciplina da criança e do ado-lescente”; Isabel Alarcão (Portugal),com “Aluno, professor e escola, face àsociedade da informação”; Tânia Za-gury (Rio de Janeiro) em “Liderançaem sala de aula: como ser modernosem perder a autoridade”; GuiomarNamo de Mello (São Paulo) falandosobre “O currículo voltado para as com-petências e a reforma educacional noBrasil”; Charles Hadji (França), com“Pensar e agir na Educação” e Pedro Per-nías (Espanha), sobre “A tecnologia aserviço da Educação”.

Tânia Zagury argumenta, em suaconferência, como é possível que as es-colas atuais possam ter os mesmos re-sultados positivos de ensino com seusalunos como nas escolas tradicionais. Aeducadora também afirma que a rela-ção professor/aluno é muito importan-te no processo de aprendizagem. “Depreferência, ela deve ser amistosa e afe-tuosa de ambas as partes. Não pode, po-rém, em hipótese alguma, ser confun-

dida com igualdade. A relação pedagó-gica tem que se embasar numa hierar-quia (não rígida, nem autoritária), emque deve estar bem definido para o alu-no que o professor é autoridade na rela-ção. Mesmo que exerça essa autoridadede forma democrática e participativa,em última análise, o professor tem odireito e o dever de manter em classe ascondições que permitam ocorrer aaprendizagem”, afirma.

Confira nas próximas páginas asentrevistas com os demais conferencis-tas do 2.º Congresso Internacional dosExpoentes.

A programação completa doevento pode ser conferida no sitewww.congresso.expoente.com.br. Achancelaria está a cargo da PontifíciaUniversidade Católica do Paraná . Maisinformações podem ser obtidas pelotelefone (41) 668-6949 ou pelo [email protected].

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Congresso

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Conversas paralelas, aviõezinhosde papel voando pela sala de aula,deboche, indisciplina. Professoressabem bem o que é isso e lutam nabusca de uma solução para a falta delimites de seus alunos. Mas será que oseducadores estão sabendo lidar comessa situação que ocorre em todas asescolas, sendo que em algumas emgrande intensidade e em outras emmenor? Na opinião do professor Yvesde La Taille, coordenador doLaboratório de Estudos doDesenvolvimento e da Aprendizagemda USP e especialista em psicologia damoral, “é necessário que se mostre osentido do ensinamento para o aluno”.

“Quando digo ‘sentido’, nãoestou me referindo às motivaçõesespontâneas dos estudantes, mas simaos projetos de vida que estão (oudeveriam estar) construindo. Emrelação aos limites morais, todo umtrabalho de sensibilização ética precisa

Limite e disciplina:o grande desafio

Para alcançar o respeito, educadores precisam mostrar aimportância de sua matéria no dia-a-dia do aluno

ser feito. No entanto, não penso queo professor, isoladamente, possamudar a situação sozinho”. Para LaTaille, o ideal é haver uma cumpli-cidade entre escola e família para quejuntos consigam melhores resultados.

“Algumas famílias estãodespotencializadas e passam a delegara terceiros tarefas que deveriam ser suas.Assim, a responsabilidade fica para aescola, que por sua vez procura ajudade profissionais das áreas psicológica epsicopedagógica”, diz. Um diálogofranco e aberto entre educadores e pais,na opinião do especialista, faz falta.“Essa falta, às vezes, advém, emalgumas escolas particulares, do fatodos pais serem vistos (e verem a sipróprios) como clientes e não comoco-participantes da educação dascrianças e dos jovens”, explica.

EDUCAÇÃO MORAL

Os conceitos de limite e de

disciplina dependem da educação quecada pessoa recebe. "Se teve umaeducação séria, entende que precisa dedisciplina para estudar e de limites paranão ferir a dignidade alheia. Porém, sefoi objeto de uma educação laxista,pode interpretar qualquer disciplina equalquer limite como restriçãoilegítima de uma liberdade que deveriatudo permitir", diz La Taille.

A moral também depende deeducação, ela precisa ser ensinada. Naexplicação do especialista, é preciso quea moral seja um objeto deconhecimento presente na educação, enão apenas implícito. "Em muitasescolas, praticamente não se fala emmoral, ou somente se fala nela depoisque algo ruim aconteceu (roubo,mentira, violência). A moral não lidaapenas com 'repressões', pois ela é, an-tes de mais nada, um conjunto dedeveres que dão sentido à vida emcomunidade. A melhor 'aula' de moralnão é aquela que se ouve de um oradorcompetente, mas sim aquela que sevive, se experimenta no convívio. Logo,a escola que quer promover educaçãomoral não precisa contratar mais umprofessor, mas sim cuidar para que oconvívio escolar seja, ele mesmo, umatradução da moral que se quer seguir,dos ideais que se quer perseguir."

Durante o 2.º Congresso Internacional dosExpoentes na Educação, Yves de La Taille falarámais sobre o assunto em sua conferência "Limitese Disciplina da Criança e do Adolescente", nodia 15 de julho às 16h.

Yves de La Taille

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Congresso

Causando mudançasirreversíveis, a Educação aDistância chega para ficar.Professores e educadoresprecisam se adaptar aonovo conceito

Estudar quando e ondequiser é uma das vantagens doe-learning, que vem crescendoconsideravelmente nosúltimos anos. Há aqueles queduvidam da eficácia doprocesso, pois este exige omínimo de aulas presenciais,mas a tendência mostra ooutro lado da situação, queconquista adeptos em todo omundo. O professor espanholPedro Pernías, responsávelpela área de e-learning daUniversia, explica que o fatoda comodidade pode, talvez,não ser uma vantagem davida moderna, mas umapossibilidade.

“Estará nas mãos dediretores, educadores emesmo nas de estudantes queessa possibilidade se traduzaem vantagem. Para o profes-sor temos o mesmo caso:métodos eletrônicos podemfacilitar seu trabalho. Épossível estar mais ‘perto’ de seusalunos – perto, nesse contexto, nãosignifica pouca distância – e controlarmelhor a dinâmica de sua comunidadevirtual de aprendizagem. São váriaspossibilidades, que podem aprimorar

As possibilidades do e-learningo ensino se o sistema for corretamentedesenvolvido”, diz.

As mudanças tecnológicas estãocada vez mais acentuadas e irreversíveis.Uma vez que começa a ser utilizada,não há como voltar atrás. O uso docomputador é um exemplo.

Considerado um inimigo indecifrávelno início da década de 90, oequipamento é hoje consideradoferramenta indispensável para açõesbásicas do dia-a-dia. Pernías acredita que

o mesmo irá acontecer com a Educaçãoa Distância. “Irão aparecer novos agentese novos nomes no processo: os tutoresnão serão necessariamente os professorese estes tampouco poderão ser os autoresou gestores da educação. Há um certoprocesso de desestruturação de funções

prévia a uma nova organizaçãodestas, precisando haver umareadequação de obrigações. Masisso não significa que osempregos dos docentes estãoameaçados. Pelo menos nãopara aqueles que se adaptaremàs mudanças”, diz.

UNIVERSIDADES

As tendências relaciona-das à tecnologia irão ultrapassaros muros da educaçãopresencial para incorporarelementos não presenciais. Asuniversidades e os demaiscentros educativos, de acordocom Pernías, começarão acompetir uns com os outros.“Seus públicos cativos estãocada vez menores e os objetivosde fidelização de alunos,criação de valores etc. são cadavez mais importantes para asuniversidades. O futuro dasinstituições será, com certeza,um agrupamento e umacolaboração entre os órgãos,para melhorar a qualidade do

produto que oferecem”, prevê.Na palestra “A Tecnologia a serviço daEducação”, do dia 15 de julho, às 18h, no2.º Congresso Internacional dos Expoentesna Educação, Pedro Pernías se aprofundaráno assunto.

Pedro Pernías

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Pedro Pernías

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TendênciaCongresso

Escolas se rendemNo 3.º milênio, professores em auto-formação tornam-se reflexivos

Para uma escola sobreviver no 3.ºmilênio, ela tem de se adaptar às novastecnologias e às inúmeras possibilidadesde comunicação. O professor deixou deser somente o transmissor de conheci-mento, pois as informações provêm dosdiferentes tipos de mídia e dos grupossociais a que o indivíduo pertence. Paraa professora de Educação da Universi-dade de Aveiro, em Portugal, IsabelAlarcão, os professores têm que repen-sar o seu papel. “Eles continuam a serfontes de informação, mas são apenasuma das fontes. O professor tem quese considerar num constante processode auto-formação, tornando-se umprofessor reflexivo numa comunidadeprofissional reflexiva”, afirma.

O grande desafio para osprofessores no 3.º milênio, segundoIsabel Alarcão, é ajudar a desenvolver nosalunos, futuros cidadãos, o espíritocrítico. “O desenvolvimento do espíritocrítico se faz no diálogo, no confrontode idéias e de práticas, na capacidade deouvir o outro e a si próprio e tambémno ato de se auto-criticar.”

Já as escolas devem ser capazesde se adaptar às evoluções sociais,muitas delas decorrentes dosdesenvolvimentos tecnológicos e dasenormes possibilidades de infor-mação e comunicação que hojecaracterizam a sociedade em quevivemos. “Assim, a escola não detém

o monopólio do saber. O professor émuito mais do que o transmissor deconhecimentos. O aluno tem deaprender a gerir e relacionarinformações para transformá-las emconhecimento e em saber. A escola,como instituição, tem de tornar-seum sistema aberto. Aberto sobre simesmo e aberto à comunidade emque está inserido”, continua.

A professora Isabel Alarcão con-cebeu o conceito da escola reflexiva,por analogia, ao conceito de professorreflexivo. A escola reflexiva temo seu projeto próprio, construí-do com a colaboração dos seusmembros. Contextualiza-se nacomunidade a que serve e comesta interage. Envolve os alunosna construção de uma escolacada vez melhor, contando coma contribuição dos pais para for-mar uma instituição de desen-volvimento e aprendizagem.(Para um melhor aprofunda-mento, pode-se ler o livro Esco-la Reflexiva e Nova Racionalida-de, organizado por IsabelAlarcão e publicado pela edito-ra ARTMED, em 2001).Isabel Alarcão estará no 2.º CongressoInternacional dos Expoentes naEducação discutindo o tema “Aluno,Professor e Escola Face à Sociedade daInformação”, a partir das 14 horas dodia 16 de julho.

à tecnologia e à comunicação

Isabel Alarcão

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No Brasil atual, a cara do ensinoMédio mudou. Antes nesse nível apreocupação era apenas a de preparar oaluno para prestar o vestibular,esquecendo- se de todo o resto. Hoje,uma escola voltada para a vida nãoelimina a preparação para acontinuidade de estudos, mas vai muitoalém, porque na vida real os desafios queos alunos enfrentam incluem mais doque o processo do vestibular, e são eles:construir um projeto de vida próprio,ingressar no mercado de trabalho paraassegurar recursos que financiem acontinuidade dos estudos, gerenciar seupróprio corpo e sua saúde, participarcomo cidadão dos direitos e deveres davida civil, entre outros.

Segundo a professora GuiomarNamo de Mello, doutora emeducação, pela primeira vez na históriada educação brasileira, as DiretrizesCurriculares para o Ensino Médioassumem que esse nível escolardestina-se a todos, é parte da educaçãobásica e, portanto, terá que seruniversalizado. Para Guiomar, pensare fazer uma escola média destinada atodos é tarefa inusitada para oseducadores do Brasil porque nuncativemos uma educação média de

Lei de Diretrizes e Bases daEducação muda a cara do

Ensino Médio

massa. “Mas é indis-pensável que a façamosporque, também pelaprimeira vez na História,os pobres estão comple-tando o Ensino Funda-mental em menos tempoe chegando ao EnsinoMédio”, diz.

A escola secundáriapode auxiliar o jovem aencarar a modernidade,mas a influência da famíliae a dos grupos sociais comquem convive tambémfazem parte desse processode desenvolvimento. “Ojovem precisa saber pensar;ter um desenvolvimentointelectual sólido e umdesenvolvimento afetivoequilibrado; precisa saberaprender e a valorizar aaprendizagem comoprocesso que acom-panha a própria vida; e precisatambém, mais do que nunca,adquirir instrumentos conceituais emetódicos que o auxiliem nacompreensão da ação humana nomundo físico e social”, diz Guiomar.

Congresso

Guiomar Namo de Mello

Escolas devem preparar o aluno para a vida

Essa e muitas outras questões voltadas aoparadigma curricular e a reforma educacionalno Brasil serão comentadas pela professoraGuiomar Namo de Mello no 2.º CongressoInternacional dos Expoentes na Educação.A conferência será realizada no dia 17 dejulho,a partir das 10h30.

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Congresso

A ação educativa év e r d a d e i r a m e n t epossível? Quem tem odireito de executá-la?Quais são suas possíveisformas de execução?Essas dúvidas semprepreocuparam o profes-sor francês CharlesHadji, da Universidadede Pierre Mèndes, deGrenoble. “Acredito que a definiçãodas formas possíveis de ação dependedas respostas vindas das duas outrasquestões. Convém conduzir umaanálise teórica do trabalho educativo– que é uma das funções essenciais daciência da educação – para saber emque essa análise consiste e comopoderia ser executada de maneirapertinente e eficaz”, explica.“Entretanto, a teorização não garantejamais nem a pertinência nem aeficácia. Os professores ganhamexperiência na prática, trabalhando demodo lúcido e iluminados pelo sabere pela reflexão”, continua.

Hadji acredita que todo equalquer educador, com sua

experiência, pode contribuir para umaeducação melhor, mas defende aquelesque dão importância ao duplo esforçode construção do saber com base nareflexão. “Numa visão humanista,acredito nas pessoas que sãoimpulsionadas pela convicção de quetodo ser humano pode ser ensinado eque é sempre possível contribuir parao seu desenvolvimento”, diz.

EXEMPLO NO BRASILUm exemplo de que a convicção

da vontade é essencial foi constatadopelo professor durante uma visita aoBrasil, às cidades de São Paulo e Recife.“Pude verificar que mesmo em umcontexto difícil é possível obter sucessona área educacional. Os professores

com quem conversei,tanto da rede públicaquanto da rede privada,me comoveram por seuentusiasmo e por suavontade de trabalhar. Apartir daquela visita,permiti-me sonhar: oque poderíamos fazer naFrança se contássemoscom a mesma energia e

vontade?”, complementa.

Para Hadji, entre os desafios deum professor estão as dificuldades ementender exatamente a sua missão ecomo lidar com as evoluções da áreaeducacional. “Como é possível educarneste começo de século? É claro quehá novos desafios e para enfrentá-los épreciso ter clara consciência de suaexistência. A primeira ação paraalcançar sucesso na educação é o pro-fessor se questionar se têm condições equais são elas para conseguir êxito noque faz”, continua.

Charles Hadji comentará esse assunto napalestra “Pensar e Agir na Educação”, duranteo 2.º Congresso Internacional dos Expoentes naEducação, no dia 17 de julho, às 17h.

Charles Hadji encanta-se com o entusiasmo de professores brasileirose mostra que com boa vontade e análise a educação pode avançar

Reflexãoacima de tudo

Charles Hadji

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Internet

Muitos profissionais da área deeducação tiram as suas dúvidas e bus-cam informações na internet para com-plementar as suas aulas. Por isso, osportais são os sites mais acessados poresses profissionais, que buscam infor-mações com conteúdo e interação nanavegação. Os usuários que acessarem,por exemplo, o canal Atividadeson-line no Portal Escola Interativa,www.escolainterativa.com.br, encon-trarão sugestões e projetos que ampli-arão as atividades do professor em salade aula, desde a Educação Infantil atéo Ensino Médio.

“No Escola Interativa procuro te-mas para aula, faço pesquisas e buscoinformações sobre cursos a distância”,diz Patrícia Erbetta, professora de in-formática do Colégio Fundamentum,de Valinhos, SP.

No Colégio Ideal de Santa Bár-bara do Oeste, SP, “os professores acha-

ram fantástico como o Portal facilita aconstrução e também a complemen-tação da aula”, afirma a coordenadorapedagógica, Maria Inêz Begiato.

Outro exemplo é o daprofessora de Língua Portuguesa doExpoente, Ana Beatriz da SilveiraPaula, diz que sempre usa e inclui noplanejamento das aulas o projetoNotícia. “Há diversos temas atuais epodem-se encontrar opiniõesdiferentes que promovem debates emsala de aula. Isso é muito interessante,porque também pode-se discutirsobre a argumentação.” A professoraafirma que o projeto Dicas podediversificar o conteúdo do professore que os alunos gostam de consultaro De olho na TV, principalmente porcausa dos documentários, quepermitem a troca de idéias fora de sala

de aula, promovendo assim aformação cultural.

ATIVIDADES ONLINE, DICAS,PROJETO NOTÍCIA E DEOLHO NA TV

Esses canais só podem ser aces-sados por assinantes. Para se inscreverno Portal e usufruir desses links,a escola deverá entrar em contatopelo 0800414424 ou pelo [email protected]. Paraquem quiser dar uma navegada para co-nhecê-los, é possível fazer uma senhatemporária, que permite a utilização doPortal durante 5 dias. Basta entrar nosite www.escolainterativa.com.br e, nolado direito, clicar no ícone Quero mecadastrar. Já o canal Convênio 24horas, localizado na caixa à esquerdado Portal, possui acesso gratuito. Nelepode-se usufruir de projetos que fo-ram realizados por escolas, conheceralgumas dicas de atividades etc.

Portal Escola Interativaoferece dicas aos professoresProjetos do canal Atividades on-line complementam as aulas

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A importância da históriaque ninguém vê

Em sala de aula

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Viajar no tempo, conhecerculturas e povos antigos, entenderguerras e revoluções que mudaram ocurso do mundo. O que somos e oque temos hoje são frutos dos atos denossos antepassados, e as atitudesatuais irão, definitivamente, terconseqüências na vida das próximasgerações. Assim a História tem seformado, por meio de fatos e depessoas – famosas ou anônimas. Masserá que uma criança de 11 anos, queestá na 5.ª série do Ensino Fundamen-

tal, entende o fundamento dadisciplina de História?

Para a professora e pesquisadoraElena Camargo Shizuno, apenasmostrar ao aluno importantesacontecimentos e nomes, acompa-nhados de datas e títulos, não é osuficiente nem o ideal. "A criança queestá pela primeira vez tendo contatocom essa matéria precisa primeiramenteentender a importância da História. E amaneira mais eficiente de fazer isso étrabalhando com o seu próprio mundo,

tornando-a uma historiadora", explica."Pesquisando sobre a origem de suafamília, a criança busca referências econstrói elementos que a possibilitamse sentir inserida numa história, numasociedade", continua.

Elena dividiu o processo em trêspartes. Na primeira, a turma pesquisafatos históricos individuais e familiaresescritos (documentos oficiais e não-oficiais) e não-escritos (fotos de família,imagens gravadas, desenhos etc.).O segundo passo é a avaliação do mate-

Professora transforma alunos em historiadores de sua própria origem

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rial. “O aluno-historiador irá interpretaros documentos encontrados e descobrirque há várias possibilidades de se contaruma história. Seus irmãos ou pais, porexemplo, podem entender os fatos demaneiras diferentes. É importantemostrar que a verdade para um podenão ser a verdade para outro.” A terceirae última parte é escrever a história sob oseu ponto de vista.

É interessante, de acordo com aprofessora, observar as maneiras comoos textos são escritos. Fatos marcantespara alguns podem significar oabandono da chupeta, enquanto paraoutros podem ser o dia 11 desetembro, quando os Estados Unidosforam atacados por terroristas. “É umdos trabalhos mais gratificantes, poispercebe-se que o aluno está dividindoe reconstruindo sua história”.

COMO COMEÇOU

A importância da história não-oficial foi enfatizada por um grupo de

pesquisadores e professores franceses nadécada de 30. Eles fundaram a Escola dosAnnales (hoje em sua vertente conhecidacomo Escola Cultural) e fizeram asprimeiras observações sobre o resgate defatos individuais, de pessoas comuns ede outros temas de estudo. De acordocom a pesquisadora e professora Elena,essa equipe procurou pesquisar históriasde formas diferentes, como a docasamento. “Eles procuraram por meiode documentos oficiais e não-oficiaisentender como cada sociedade celebravae pensava o casamento”, explica.

Um dos referenciais de Elenasobre a importância das históriasindividuais é o pesquisador PhilippeAriès, da segunda geração da Escola dosAnnales. Em seu livro Tempo e História,Ariès revela suas memórias como pro-fessor e prova a indispensávelcontribuição da história das criançaspara a educação e para o entendimentoda forma como é construída.

No artigo Novos Domínios daHistória, de Jorge Antonio de Queiroze Silva*, publicado no jornal O Estadodo Paraná, em janeiro de 2002, o autorexplica: “A escola atravessa três geraçõesdistintas que se completam. A primeirageração (1929-1945) é encabeçadapelos seus fundadores Marc Bloch eLucien Febvre, que enfatizam as análisesestruturais qualitativas. A segundageração (1945-1968) tem no centroo historiador Fernand Braudel,responsável pelas análises quantitativas(uso de fontes seriais e métodosestatísticos). A terceira geração (1968-1988) revela, entre outros, oshistoriadores Jacques Le Goff eGeorges Duby, que impulsionam no-vas abordagens na historiografia,novos problemas e novos objetos”.

* Jorge Antonio de Queiroz e Silva é especialistaem metodologia do ensino de História e membrodo Instituto Histórico e Geográfico do Paraná.

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Escolas Conveniadas

Conte-nos oque sua escolatem de melhor.Veja como participar na página 30.

FESTIVAL DE DANÇAajuda a diminuir a indisciplina

Alunos do CEI de Matupáfreqüentam as aulas com prazer

Na cidade de Matupá, no Mato Grosso, o Centro Educa-cional Integrado – CEI – promove uma metodologia diferenci-ada de ensino, trabalhando conteúdos não só com base no mate-rial didático ou dentro da sala de aula, mas também desenvol-vendo projetos culturais.

Há um ano, como uma tentativa de conter aindisciplina entre os alunos, a diretora Rosângela Garciadecidiu criar a CEIFEST, um festival de dança que contacom a participação dos estudantes e prestigia as coreogra-fias desenvolvidas por professores. Cerca de 115 alunos seenvolveram no festival, que já tem data marcada para anova edição: mês de outubro.

“Diminuiu muito a indisciplina. Os alunos têm vonta-de de freqüentar a escola e sentem-se mais valorizados”, afir-ma Rosângela.

A CEIFEST é um evento que chama bastante a aten-ção da comunidade. Alguns grupos de dança que se desta-

caram no festival já se apresen-taram nos principais eventosda cidade e também foramconvidados para mostrar suasperformances nas cidades vi-zinhas de Sinop e deGuarantã.

Os alunos de EducaçãoInfantil ao Ensino Médio, apre-sentam coreografias de xote,balé, cancã, bolero, entre ou-tras, para uma platéia da comu-nidade matupense, que acom-panha os grupos de dança doCEI em todos os locais em queeles se apresentam.

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Colégio Politécnico Boockrealiza PROJETO COM OTEMA “MULHER”

Para comemorar o Dia Internacional da Mulher, oColégio Politécnico Boock, de Vitória da Conquista,na Bahia, desenvolveu um projeto com o tema “Mu-lher”, a fim de torná-lo didaticamente discutido, for-mando pensamentos e ações mais reflexivas entre os alu-nos. Dessa maneira, os estudantes contribuem de modoprático e constante na luta contra toda e qualquer desi-gualdade social.

Durante 15 dias, diversas atividades foram realiza-das com os alunos da escola. (Confira as atividades nofinal da matéria).

Os principais objetivos da Colégio Boock foram:despertar interesse pelo tema a ser estudado; conscienti-zar sobre a importância da mulher na sociedade; inter-disciplinalizar conteúdos com a transversalidade; moti-var os alunos a descobrir e atuar sobre os problemas so-ciais que atingem a mulher na sociedade; valorizar a fi-gura feminina e seu papel na sociedade por meio de umahomenagem produzida pela escola.

Os alunos tiveram a oportunidade de expor seustrabalhos na Praça Guadalajara. “O evento foi um su-cesso, todos os alunos participaram, desde a EducaçãoInfantil até a 2.ª série do Ensino Médio”, afirma o dire-tor Carlos Alberto Boock Maly. Os alunos da 2.ª sériedo EM produziram e distribuíram panfletos, alertandosobre o câncer de mama. Todas as mulheres que passa-ram no local receberam flores de chocolate e foram ho-menageadas com músicas transmitidas por um carro desom. A exposição teve cobertura ao vivo pela TV Sudo-este, afiliada da Rede Globo.

COMO SURGIU O DIAINTERNACIONAL DA MULHER?

No dia 8 de março de 1908, as operárias de umafábrica nos Estados Unidos se reuniram para protestarcontra a carga horária de trabalho, que era muito alta, eos salários baixíssimos.

Como não foram atendidas em suas reivindicações,elas entraram na fábrica e, sem trabalhar, diziam: “nóssó sairemos daqui ou começaremos a trabalhar quandoformos tratadas como gente”. Assim, o patrão chamou

ALGUMAS ATIVIDADESDESENVOLVIDASCOM OS ALUNOS:LÍNGUA PORTUGUESA – Criação de livro coletivosobre a vida da mulher na arte.

CIÊNCIAS – Construção de uma painel sobre a gravidezna adolescência.

HISTÓRIA – Fazer um levantamento sobre mulheres(índias, negras e brancas) que exercem ou exerceraminfluência na sociedade, construindo um gráficodemonstrativo para exposição.

INGLÊS E ESPANHOL – Exposição de músicas,poemas, literatura e arte da autoria de mulheres de paísesque têm essas línguas como oficiais.

a polícia, fechou as portas da fábrica e colocou fogo emseguida. As 129 mulheres que lá estavam, apenas pedin-do o mínimo para sobreviver, morreram queimadas.

Dois anos depois desse massacre, em 1910, reali-zou-se na Dinamarca o 1.º Congresso Internacional deMulheres. Em homenagem àquelas operárias assassina-das, instituiu-se o dia 8 de março como o Dia Interna-cional da Mulher.

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Inovações e idéias

O questionamento que faz

Pôster 3 – Mulheres africanasmostrando às crianças como se planta.

COMO TRABALHARO PÔSTER 3

Objetivo: Desenvolver a com-preensão das crianças sobre a impor-tância de aprender com as pessoas maisvelhas, as propriedades e as qualida-des das plantas.

• Peça às crianças que escrevam oudesenhem quatro coisas que as pes-soas mais velhas ensinaram a elas.Pergunte por que as pessoas maisvelhas são tão bons professores:

– porque elas gostam do que fazem;

– porque elas querem o melhor paraas crianças;

– porque elas têm experiência de vidae são capazes de aprender comoutras pessoas.

• Mostre o pôster 3. Pergunte aosalunos em qual parte do mundo amulher e as crianças da figura são.O que eles acham que a mulher estáfazendo?

• Pergunte às crianças por que amulher sabe tanto sobre plantas:

– porque ela vive no campo e temgrande experiência;

– porque aprendeu tudo o que sabecom seus pais.

Trabalhar com questionamentossobre a importância das plantas paranossa existência, as diversidades desementes e a cultura alimentar pelomundo são algumas das sugestões queo Instituto Internacional de Recursosde Plantas Genéricas (InternationalPlant Genetic Resources Institute) dáa professores que lecionam crianças de6 a 8 anos. Por meio de cinco pôsteresilustrativos* e textos explicativos, oinstituto descreve como os fazendeirosao redor do planeta usam a variedadede sementes para aprimorar suasplantações. Nesta edição, a reportagemda IP mostra como é possível trabalharcom os pôsteres 4, 5 e 6**.

Outros pontos a serem abordados• Fazendeiros dependem da varieda-

de de plantas devido às várias ne-cessidades de sua vida, como: co-mida, abrigo, materiais de constru-ção e energia. Peça às crianças quefaçam uma lista de todas as coisasdiferentes que podem ser feitas comas partes de uma árvore: a cascapode ser usada para fazer remédios;a madeira, para a construção decasas, provimento de combustível,de móveis, para fazer papel. Assementes servem como comida, paradecoração (como bijuterias) e comotempero. As folhas alimentam osanimais e servem para embrulhar eestocar comida. Já as flores decorame servem para fazer tinta etc.

• Fazendeiros sabem qual variedadede planta está acostumada com qualtipo de tempo e condições de soloe qual pode combater doençascomuns. Eles sabem quais varieda-des têm melhor sabor ou cozinhammais rapidamente.

• Se esse conhecimento sobre o uso eas características das plantas não forrepassado de geração em geração, po-derá se perder para sempre. Se issoacontecer, as plantas poderão desapa-recer também porque as pessoas nãoentenderão mais a sua importância.

pensarCom a ajuda de imagens, professores podemdesenvolver o lado crítico de seus alunos e ensinar-lhesvárias culturas espalhadas pelo mundo. Acompanhe asegunda e última matéria sobre os pôsteres educativos

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Pôster 4 – Fazendeira indonésiacolhendo legumes de sua hortacom a ajuda de sua filha.

Pôster 5 – Fazendeira na Síriacolhendo legumes de sua horta

com a ajuda de seus filhos.

COMO TRABALHAROS PÔSTERES 4 e 5

Objetivo: ajudar as crianças a en-tenderem a importância de plantar va-riedades para a segurança de sempre seter comida ou para o crescimento daeconomia.

• Faça uma lista de seis grupos de co-mida básica necessários para umadieta saudável:

– pão, cereais, arroz e massas;

– vegetais;

– frutas;

– carne, aves, peixe, feijão, ovose nozes;

– leite, iogurte e queijo;

– oleos, gorduras e doces.

• Faça um gráfico para ilustrar as co-midas de cada grupo, usando os de-senhos das crianças ou figuras recor-tadas de revistas.

• Mostre os dois pôsteres às crianças.Que tipo de alimentos estão nascestas? Existem alguns iguais? Exis-tem alguns que as crianças não co-nhecem? Explique que pessoas aoredor do mundo comem diferentestipos de comida.

• Explique que por plantarem dife-rentes variedades de sementes, fa-zendeiros podem ter diferentes ti-pos de comida que atendam a dife-

rentes situações. Algumas comidasmantêm os fazendeiros e suas famí-lias saudáveis e fornecem a eles bas-tante energia. Outras ajudam as cri-anças a crescerem fortes. Algumaspodem ser usadas para alimentarseus animais. Ao plantar sementesque têm diferentes tempos de ma-turação, os fazendeiros têm a cer-teza do fornecimento de comidadurante todo o ano.

• Discuta como os fazendeiros ganhamdinheiro plantando mais e diferentestipos de plantas, por exemplo aque-las que podem ser usadas para a me-dicina, área têxtil, materiais de cons-trução, temperos etc. Peça às criançasque pensem em algumas plantas quetêm outras utilidades além de ser uti-lizadas como comida.

• Em alguns lugares, fazendeirosplantam somente uma variedadeporque assim podem ganhar maisdinheiro na venda. Pergunte às cri-anças se elas acham que isso é umaboa ou uma má idéia. Explique osprós e os contras de plantar apenasuma variedade de semente.

PRÓS: Geralmente, fazendeiros seconcentrarão em apenas um tipo deplantação se esta for de alta qualidade(e muito atrativa para os comprado-

res), se tiver um grande campo e seproduzir o suficiente para o consumi-dor final e para o mercado.

CONTRAS: Por plantar apenasuma variedade, o fazendeiro fica maisvulnerável à flutuação de preços e ao pro-blema de pragas que atacam plantações.

– Explique que, se um fazendeiroplantar um número variado de ver-duras, legumes ou frutas, as chan-ces de ele ter quantidade suficientede comida certa para sua famíliaserão maiores. Se ele plantar ape-nas uma variedade e algo aconte-cer com a plantação, poderá per-der tanto a comida quando suafonte de renda.

* Na edição n.º 30 da IP, foi publica-da a primeira matéria sobre os pôs-teres número 1 e 2, acompanhadade explicativos. A Organização Edu-cacional Expoente foi presenteadacom esses pôsteres e achou impor-tante dividir o conteúdo do mate-rial com os leitores.

** Os interessados em receber ospôsteres podem enviar e-mail(em inglês ou italiano) [email protected], aos cuida-dos de Ruth D. Raymond.

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Curtas

Educação a DistânciaProfissionais da área de tecnologia da informação, técnicos, estagiários e bolsistas poderão participar

do II Seminário Nacional de Tecnologia para Educação a Distância. O evento será realizado de 19 a 21 dejunho em Uberlândia, MG. Informações no site http://www.ead.ufu.br/tecead_II

Feira de livros em SantosDe 11 a 14 de julho de 2002 acontecerá a Conecta Inteligência – Feira de Livros e Salão Escolar.

O evento será realizado em Santos, SP. Poderão participar educadores em geral. Mais informações pelostelefones: 0800 13 6070 ou (13) 3289-6001 e ainda no site www.promofair.com.br

Atendimento à criançaNo 14.º Congresso Brasileiro de Educação Infantil o principal objetivo será o de discutir a importância

dos aspectos qualitativos, principalmente quando se trata da defesa dos direitos e do atendimento à criançade 0 a 6 anos. O evento será realizado de 10 a 13 de julho no Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gilde Camillo, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Informações: (67) 341-6900 e pelo [email protected].

Transdisciplinaridade em discussãoO tema Pensamento Transdisciplinar está sendo discutido, até o dia 23 de novembro, na Cidade

Universitária Armando Salles Oliveira. O evento é voltado para educadores e outros interessados no pensamentotransdisciplinar. Mais informações pelo fone/fax: (11) 3814-3690 ou telefone: (11) 3091-4928, [email protected] ou ainda pelo site www.futuro.usp.br.

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Debate

O processo de observação, aavaliação e o texto coletivo, asdificuldades na observação e noregistro, além dos critérios para ofechamento da avaliação são algumasdas questões que fazem parte docotidiano de muitos educadores du-rante a avaliação escolar. Segundo adoutora em educação e especialista emavaliação escolar Kátia Smole, o fun-damental para que ocorra uma avaliaçãocompleta é a observação doaprendizado da atividade em questão.

Kátia esteve em Curitibarealizando uma palestra interativa comos professores do Colégio Expoente.O grupo de educadores foi divididoem subgrupos, que lançaram algumasquestões para serem discutidas. Pararealizar uma avaliação é fundamentalo recolhimento de dados e tambémestabelecer critérios. Só então serãofornecidas as informações que poderãoajudar no processo avaliativo. "Aavaliação precisa fornecer dados,localizar o aluno no projeto e fazerintervenções", afirma Kátia.

Muitas vezes o educador tentamudar para melhorar a avaliação, masnenhuma mudança é simples. Para adoutora, algumas mudanças ocorrem

apenas com ações superficiais. "Suprimirprovas, trocar notas numéricas por letrasou cores são ações que não mudam oprocesso avaliativo", afirma. Muitas vezeso professor tenta mudar, preocupadocom a forma com que ele ensinou osalunos, diz Kátia. Essas ações superficiaisfacilitam o processo de avaliação.

A doutora comenta ainda que otexto coletivo só pode ser consideradoavaliação se for feita essencialmente a

análise da produção de cada aluno,ocorrendo a avaliação individual etambém a percepção da organizaçãodas idéias e do interesse do grupo.Caso contrário, não pode serconsiderado avaliação.

Portanto, para que ocorra umaavaliação justa, Kátia ressalta aimportância da observação. "É funda-mental a investigação do processo deaprendizado", completa.

Avaliação EscolarÉ fundamental que oseducadores observem oaprendizado dos alunos

no processo da Educação

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MARKETINGGerente de Marketing: Silmara Luz de AlbuquerqueJornalista Responsável: Joanelise Brandão (MTb 4574 / 19/14)Redação: Sandra Doss (MTb 3498 / 13/69)Joanelise Brandão (MTb 4574 / 19/14)

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