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impressão Pedagógica [ 3 ] [ índice ] Direção-Geral: Armindo Vilson Angerer Armindo Vilson Angerer Armindo Vilson Angerer Armindo Vilson Angerer Armindo Vilson Angerer CEEE: Sandra Poli Sandra Poli Sandra Poli Sandra Poli Sandra Poli Jornalista Responsável: Danielle Ribas Danielle Ribas Danielle Ribas Danielle Ribas Danielle Ribas (Mtb 3853/15/46v) (Mtb 3853/15/46v) (Mtb 3853/15/46v) (Mtb 3853/15/46v) (Mtb 3853/15/46v) Revisão: Daniela Lemos da Cruz Daniela Lemos da Cruz Daniela Lemos da Cruz Daniela Lemos da Cruz Daniela Lemos da Cruz Gabriela Sbeghen Gabriela Sbeghen Gabriela Sbeghen Gabriela Sbeghen Gabriela Sbeghen Design: Augusto de Paiva Vidal Neto Augusto de Paiva Vidal Neto Augusto de Paiva Vidal Neto Augusto de Paiva Vidal Neto Augusto de Paiva Vidal Neto Marketing: Jomara T Jomara T Jomara T Jomara T Jomara Teixeira eixeira eixeira eixeira eixeira Pré-Impressão: Alexandre Straube Alexandre Straube Alexandre Straube Alexandre Straube Alexandre Straube Fotolitos e Impressão: Editora Gráfica Expoente: Antonio Both Antonio Both Antonio Both Antonio Both Antonio Both Av. Maringá, 350 – Pinhais-PR Av. Maringá, 350 – Pinhais-PR Av. Maringá, 350 – Pinhais-PR Av. Maringá, 350 – Pinhais-PR Av. Maringá, 350 – Pinhais-PR CEP: 83324-000 – T CEP: 83324-000 – T CEP: 83324-000 – T CEP: 83324-000 – T CEP: 83324-000 – Tel.: 41 3312 43 50 el.: 41 3312 43 50 el.: 41 3312 43 50 el.: 41 3312 43 50 el.: 41 3312 43 50 Fax: 41 3312 43 70 Fax: 41 3312 43 70 Fax: 41 3312 43 70 Fax: 41 3312 43 70 Fax: 41 3312 43 70 Tiragem: 20 000 exemplares. exemplares. exemplares. exemplares. exemplares. Impressão Pedagógica é uma publicação semestral, de circulação nacional, dirigida a diretores de escolas, coordenadores e professores, sendo distribuída por mailing personalizado. Não nos responsabilizamos por opiniões expressas nos artigos assinados. Todos os direitos reservados. [ editorial ] 4 Entrevista: o escritor Gabriel Chalita fala sobre moral e ética Armindo Angerer Diretor-Geral Grupo Educacional Expoente 24 Feiras: uma vitrine de produtos e idéias 28 Salada cultural: dicas de livros e filmes educativos 10 Matéria de capa: o que é e como promover uma educação inclusiva Educadores Hoje vamos mexer em uma ferida muito dolorida. Vamos focalizar um assunto que tem permeado a mídia ultimamente, e tem tudo a ver com a nossa responsabilidade profissional. Deixo de lado comentários sobre vários temas, para tentar delimitar: “o papel da Família, do Estado e da Escola”. A palmatória é aceitável? Pode o Estado legislar sobre isso? Convenhamos, caros educadores: desde quando, em um mundo globalizado, democrático, o Estado pode interferir em um assunto dessa envergadura? Já não basta que os nossos legisladores, com ou sem razão, incluam a torto e a direito nos currículos conteúdos a seu bel prazer, sem que as instituições educacionais, públicas ou privadas, sejam ouvidas, sem que sejam criadas condições técnicas e pedagógicas para que sejam implementados tais conteúdos? É fácil determinar por lei o ensino obrigatório “disso e daquilo”. Porém não basta dar prazo para a implementação. Seria necessário que a sociedade, como um todo, estabelecesse os limites de suas reais necessidades. Eu me pergunto, dia a dia, minuto a minuto: não seria mais lógico o Estado se limitar a um currículo básico elementar, e deixar a sociedade, como um todo, trabalhar sobre essa base, para atender espe- cificamente as comunidades em que escolas e famílias estão inseridas? Na Gazeta do Povo (principal jornal publicado em Curitiba) de 29 de agosto deste ano, João Malheiro declara: “Deverá haver sempre uma grande integração entre os pais e professores. Ambos devem estar motivados para alcançar uma série de objetivos educativos e formativos para os seus filhos/alunos”. Gabriel Chalita, na entrevista desta edição da Revista Impressão Pedagógica, diz: “Um dos objetivos da educação é ensinar a conviver. Bom seria se os pais dessem o exemplo primeiro. Os filhos precisam de referências. (...) O professor é a alma da educação.” Ora, sempre que se fala em educação, fala-se em “aluno”, “famí- lia” e “educador”. Jamais menciona- se “o Estado” ou “o político”. Falar (como alguém já falou e escreveu) que “os cidadãos pertencem ao Estado”, é no mínimo afirmar que o Estado veio antes do Ser Humano! O Estado existe para servir o Ser Humano, e não o contrário! Sempre que o Estado interveio de forma ditatorial no sistema, o resultado foi desastroso. E nós queremos que desastres se repitam? Educadores: vamos ler a Declaração Universal dos Direitos Humanos, o artigo 205 da nossa Carta Magna e os artigos 1º e 2º de nossa LDB. Essas interpretações, que não deixam dúvidas, já bastariam para esclarecer toda essa parafernália montada pelos burocratas da educação! [ expediente ] Tema Pedagógico: Arte - Leitura de Mundo é o novo tema 2011/2012 8 19 Educação Musical: fortaleça a relação aluno-escola com a música Uma boa leitura para todos.

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[ índice ]

Direção-Geral: Armindo Vilson AngererArmindo Vilson AngererArmindo Vilson AngererArmindo Vilson AngererArmindo Vilson AngererCEEE: Sandra PoliSandra PoliSandra PoliSandra PoliSandra Poli

Jornalista Responsável: Danielle Ribas Danielle Ribas Danielle Ribas Danielle Ribas Danielle Ribas(Mtb 3853/15/46v)(Mtb 3853/15/46v)(Mtb 3853/15/46v)(Mtb 3853/15/46v)(Mtb 3853/15/46v)

Revisão: Daniela Lemos da CruzDaniela Lemos da CruzDaniela Lemos da CruzDaniela Lemos da CruzDaniela Lemos da CruzGabriela SbeghenGabriela SbeghenGabriela SbeghenGabriela SbeghenGabriela Sbeghen

Design: Augusto de Paiva Vidal Neto Augusto de Paiva Vidal Neto Augusto de Paiva Vidal Neto Augusto de Paiva Vidal Neto Augusto de Paiva Vidal NetoMarketing: Jomara TJomara TJomara TJomara TJomara Teixeiraeixeiraeixeiraeixeiraeixeira

Pré-Impressão: Alexandre Straube Alexandre Straube Alexandre Straube Alexandre Straube Alexandre StraubeFotolitos e Impressão:

Editora Gráfica Expoente: Antonio BothAntonio BothAntonio BothAntonio BothAntonio BothAv. Maringá, 350 – Pinhais-PRAv. Maringá, 350 – Pinhais-PRAv. Maringá, 350 – Pinhais-PRAv. Maringá, 350 – Pinhais-PRAv. Maringá, 350 – Pinhais-PR

CEP: 83324-000 – TCEP: 83324-000 – TCEP: 83324-000 – TCEP: 83324-000 – TCEP: 83324-000 – Tel.: 41 3312 43 50el.: 41 3312 43 50el.: 41 3312 43 50el.: 41 3312 43 50el.: 41 3312 43 50Fax: 41 3312 43 70Fax: 41 3312 43 70Fax: 41 3312 43 70Fax: 41 3312 43 70Fax: 41 3312 43 70

Tiragem: 20 000 exemplares. exemplares. exemplares. exemplares. exemplares.Impressão Pedagógica é uma publicação semestral, de circulação

nacional, dirigida a diretores de escolas, coordenadores e professores,sendo distribuída por mailing personalizado. Não nos responsabilizamos por

opiniões expressas nos artigos assinados. Todos os direitos reservados.

[ editorial ]

4Entrevista: o escritorGabriel Chalita fala sobremoral e ética

Armindo AngererDiretor-GeralGrupo Educacional Expoente

24Feiras: uma vitrine deprodutos e idéias

28Salada cultural: dicas delivros e filmes educativos

10Matéria de capa: o que é ecomo promover umaeducação inclusiva

Educadores

Hoje vamos mexer em uma ferida muitodolorida. Vamos focalizar um assunto quetem permeado a mídia ultimamente, e tem tudoa ver com a nossa responsabilidadeprofissional.

Deixo de lado comentários sobrevários temas, para tentar delimitar: “o papelda Família, do Estado e da Escola”.

A palmatória é aceitável? Pode o Estadolegislar sobre isso?

Convenhamos, caros educadores:desde quando, em um mundo globalizado,democrático, o Estado pode interferir em umassunto dessa envergadura? Já não bastaque os nossos legisladores, com ou semrazão, incluam a torto e a direito noscurrículos conteúdos a seu bel prazer, semque as instituições educacionais, públicasou privadas, sejam ouvidas, sem que sejamcriadas condições técnicas e pedagógicaspara que sejam implementados taisconteúdos?

É fácil determinar por lei o ensinoobrigatório “disso e daquilo”. Porém não bastadar prazo para a implementação. Serianecessário que a sociedade, como um todo,estabelecesse os limites de suas reaisnecessidades.

Eu me pergunto, dia a dia, minuto aminuto: não seria mais lógico o Estado selimitar a um currículo básico elementar, edeixar a sociedade, como um todo, trabalharsobre essa base, para atender espe-cificamente as comunidades em que escolase famílias estão inseridas?

Na Gazeta do Povo (principal jornalpublicado em Curitiba) de 29 de agosto desteano, João Malheiro declara: “Deverá haversempre uma grande integração entre os paise professores. Ambos devem estarmotivados para alcançar uma série deobjetivos educativos e formativos para osseus filhos/alunos”.

Gabriel Chalita, na entrevista destaedição da Revista Impressão Pedagógica, diz:“Um dos objetivos da educação é ensinar aconviver. Bom seria se os pais dessem oexemplo primeiro. Os filhos precisam dereferências. (...) O professor é a alma daeducação.”

Ora, sempreque se fala emeducação, fala-seem “aluno”, “famí-lia” e “educador”.Jamais menciona-se “o Estado” ou “opolít ico”. Falar(como alguém jáfalou e escreveu)que “os cidadãospertencem ao Estado”, é no mínimo afirmarque o Estado veio antes do Ser Humano!

O Estado existe para servir o SerHumano, e não o contrário! Sempre que oEstado interveio de forma ditatorial nosistema, o resultado foi desastroso. E nósqueremos que desastres se repitam?

Educadores: vamos ler a DeclaraçãoUniversal dos Direitos Humanos, o artigo 205da nossa Carta Magna e os artigos 1º e 2ºde nossa LDB. Essas interpretações, quenão deixam dúvidas, já bastariam paraesclarecer toda essa parafernália montadapelos burocratas da educação!

[ expediente ]

Tema Pedagógico:Arte - Leitura de Mundoé o novo tema2011/2012

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19EducaçãoMusical: fortaleça arelação aluno-escolacom a música

Uma boa leitura para todos.

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[ entrevista ]

ensinar o amorDevemosO escritor Gabriel Chalita em palestra na Feira Educar, que reuniu centenas de profissionais da área educacional

Nascido em Cachoeira Paulista,no interior de São Paulo (SP), GabrielChalita começou a lecionar aos 15anos, em uma escola pública. “Nasala de aula experimento a lição deser aprendiz e mestre ao mesmotempo. Professo a fé na educação co-mo professo a fé na pessoa humana”,

afirma. Doutor em Filosofia do Direitoe em Comunicação e Semiótica,mestre em Direito e em CiênciasSociais, foi secretário da Educaçãodo Estado de São Paulo. É tambémmembro da Academia Brasileira deEducação e da Academia Paulista deLetras, e autor de mais de cinquenta

livros, entre eles: Educação: a soluçãoestá no afeto, Os Dez Mandamentosda Ética, Pedagogia do Amor, eCartas entre Amigos. Nesta entrevistaexclusiva à Revista Impressão Peda-gógica, Gabriel fala sobre temas quepreocupam os profissionais deeducação.

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IP – Um dos principais temas desuas palestras é a questão damoral e da ética. Como o profes-sor participa da formação do alunonesta área?Chalita - Os mestres deste século 21encontram gigantescas dificuldadespara educar, pois os adolescentes,cada um a seu modo, desfilamcomportamentos próprios do processode crescimento. Alguns professorescriticam os alunos e cruzam osbraços. Outros preferem conhecersuas histórias e ficam fascinados coma genialidade, o carisma, e o afeto quedescobrem. É preciso que pais epedagogos descubram uma novaforma de lidar com a questão. Aoexplorar a habilidade social do aluno,o educador estimula sua inserção nogrupo, formando a base para seudesenvolvimento e autoconhecimento.Esse aluno-cidadão seria ético e,portanto, feliz, no conceito aristotélico.

IP – Mas como trazer a moral e aética para o dia-a-dia da sala deaula?Chalita – Primeiro, o professor temque ter a percepção de que o processode convivência humana vai gerando um

hábito, uma postura do aluno. Àsvezes, o professor acha que deter-minado aluno é naturalmente agres-sivo. Não, ele não é naturalmenteagressivo. Essa agressividade vem dealguns fatores, pode ser influência decasa, da mídia e das relaçõesescolares. A ética desse aluno vaisendo comprometida por essesvalores e vai se formando uma moralcomprometida. Ao acompanhar deperto a violência, a criança acabaincorporando essa violência na suapostura de vida, e começa a achar queé certo ser violento, que o valente éaquele que bate no outro, que bate enão apanha. Dentro do processoeducativo o professor tem que ter asensibilidade de trabalhar propostaspedagógicas que ajudem o aluno a seperceber e a se construir de uma formacorreta. Percebendo o que é o alunosendo formado por dentro e o que é ainfluência externa na construção devalores.

IP – O senhor também fala doperigo do recorte de contextos,que acontece muito hoje em dia

em função da internet. Uma fraseé retirada da sua situação e utili-zada para embaraçar, enver-gonhar ou comprometer o outro.Como formar uma geração queconviva com a ética e saiba inter-pretar os contextos?Chalita - Você tem que olhar o alunoe perceber que o outro é importante.O saber e o sabor são palavras demesma origem, ou seja, eu nãoconsigo desenvolver uma habilidadecognitiva se eu não desenvolver oemocional e o social. Essas trêshabilidades caminham juntas.

IP - Convivência e cooperação sãoconceitos distintos. Como ensinara conviver, e como ensinar acooperar?Chalita - Um dos tantos objetivos daeducação é ensinar a conviver. E oconvívio significa respeito, cooperaçãoe ternura. Bom seria se os paisdessem o exemplo primeiro. Os filhosprecisam de referências. Precisamque os políticos e as pessoas dealguma visibilidade também sepreocupem em viver de maneira

“Em vez deum professorrigoroso do pontode vistacomportamental,talvez sejamelhor investir noprofessor comoparceiro maisexperiente,entusiasta deconquistas.”

Chalita acredita no professor entusiasta de conquista dos alunos

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correta e que, na escola, professorese alunos possam interagir de modo aconstruir relações éticas, que geremum clima de confraternização ecooperação.

IP – Nas suas palavras, “aconvivência pesa, mas ninguémnasce pesado”. Como tirar essepeso da profissão de educador,tão pouco valorizada no país e queenfrenta tantas dificuldades?Chalita - O professor é a alma daeducação. Valorizá-lo, com formaçãocontinuada e iniciativas para oincentivo à leitura, valorização salariale reconhecimento afetivo, é caminhosimples, testado e infalível paracomeçar a romper barreiras. Mas,também precisamos valorizar a

simplicidade do cotidiano, optar peloamor em vez do ódio. Devemosensinar o amor, precisamos formaruma geração que pense de forma éticasem descartar as pessoas. Hoje émuito comum as pessoas verem umasàs outras, mas não se enxergaremcomo seres humanos. A base da éticaé a compaixão, é o ato de se colocarno lugar da outra pessoa.

IP – O senhor também destaca opapel do educador como uminstigador do conhecimento, nolugar de facilitador. Qual a dife-rença entre os dois?Chalita - O conceito do facilitador éaquele que traz o conhecimento paraque o aluno se aproprie daquelainformação. Hoje em dia, não é o

professor que leva o conhecimentopara a sala de aula. O conhecimentoestá em todo lugar. Em vez de umprofessor rigoroso do ponto de vistacomportamental, talvez seja melhorinvestir no professor como parceiromais experiente, entusiasta deconquistas. A didática também podeser envolvente. No lugar de longasfórmulas para decorar, problemas queenvolvam áreas distintas doconhecimento e fontes diversas comolivros, internet, colegas. No lugar domecânico, o lúdico. No lugar doteórico, o prático contido numa músicade Chico Buarque de Holanda, numpoema de Drummond, em textos dejornais e revistas, em filmes. O aluno,estimulado, se transformará em umpesquisador ávido. São maiores aschances de que venha a ler Machadode Assis por sentir-se seduzido peloprazer da leitura do que por ter sidoobrigado.

“O professor éa alma da

educação.Valorizá-lo, com

formaçãocontinuada e

iniciativas parao incentivo à

leitura,valorização

salarial ereconhecimento

afetivo, é caminhosimples, testado

e infalível paracomeçar a romper

barreiras.”

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Arte –Leitura de

Mundo“Não se alfabetiza fazendo apenas as crianças juntarem as letras. Há uma alfabetização

cultural sem a qual a letra pouco significa. A leitura social, cultural e estética do meio ambientevai dar sentido ao mundo verbal.”

A busca pela inovação, oexercício da criatividade, ainterpretação de pessoas econtextos. Algumas dascaracterísticas atualmenteconsideradas fundamentais para odesenvolvimento pessoal eprofissional podem ser estimuladaspor meio da arte. O novo temapedagógico 2011/2012 Arte - Leiturade Mundo tem a proposta de reforçaruma educação humana, que, alémde despertar no aluno as noções desensibilidade e estética, o incentivaa expressar-se e a compreender aexpressão do outro.

“Precisamos reaprender avalorizar as diversas formas de o serhumano interpretar a realidade à suavolta. Uma das ferramentas paraessa aprendizagem é a leitura daarte. O individualismo, incentivadopelo nosso modo de vida e pelatecnologia, também nos faz perder asensibilidade de perceber como ooutro lê o mundo e o interpreta, sejapela postura, pelo olhar, pelamaneira como ele se expressa além

das palavras”, afirma Sandra Poli,Gerente do Centro de Excelênciaem Educação Expoente - CEEE.

Arte e conhecimentoLibertadora, revolucionária,

engajada, debochada. A arteassume funções e formatosdiversos ao longo da história dahumanidade, por isso transita tãofacilmente por todas as disciplinas.Na Biologia, pode-se tratar dasrepresentações do corpo humanonas pinturas. Os

instrumentos musicais fornecemexemplos sobre a propagação dosom, no estudo da Física. NaHistória, o quadro Guernica, dePicasso, é uma lição silenciosa einesquecível sobre os horrores daGuerra Civil espanhola. As obras deMichelangelo, então, são exemplosdo brilhantismo no uso dasproporções matemáticas. E essessão apenas alguns poucosexemplos de como a Arte estáintimamente relacionada ao

conhecimento humano.

Ana Mae Barbosa - arte-educadora

[ tema 2011/2012 ]

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7. TEATRO: O corpo em expressão• História do teatro• Gêneros dramáticos (tragédia e comédia)• Teatro brasileiro

8. FOTOGRAFIA: Início dos tempos modernos• Nascimento da fotografia• O olhar do fotógrafo• Fotografia em PB, colorida e digital

9. CINEMA: Arte em movimento• O nascimento do cinema• Estados Unidos e o cinema como indústria• Europa e o cinema como arte

10. ARTE DIGITAL: Um encontro entre arte e tecnologia

• Pintura e desenho digital• Ilustração• Desenho animado

11. ARTE BRASILEIRA: Uma viagem de exploração do passado

• Arte rupestre e indígena• Arte colonial e arte barroca• Arte no império de Dom Pedro II

12. ARTE BRASILEIRA: Nosso jeito de fazer arte• A Semana de Arte Moderna• Arte concreta• Tendências da arte atual

O tema Arte - Leitura de Mundoestará presente nas capas e nosconteúdos do material didático, nasagendas escolares, no Portal EscolaInterativa, e nos materiais de apoioaos professores. “Pela amplitude dotema, ele aparecerá novamentedividido em 12 eixos que facilitam acompreensão de alunos eprofessores”, explica Sandra.

O ensino de Artes é obrigatóriodesde 1996, mas em julho desdeano foi sancionada a Lei 12.287,que obriga a disciplina emtodos os níveis da Educação

Básica. Segundo a lei, ela devepromover o desenvolvimento culturaldos alunos. No material didático doExpoente, o conteúdo de Arte estápresente em todas as séries daEducação Básica.“Nossa proposta com otema é ir além. Éproporcionar o olhar da arteem todas as disciplinas, pormeio de um materialabrangente. A arte será o fiocondutor do desenvolvimentode nossos alunos”, finalizaSandra.

Os 12 eixos do tema

1. ARTE: Reflexo da história• Obra de arte - “filha do seu tempo”

• O nascimento da arte (pinturas rupestres)• O mundo antigo (arte cristã e medieval)

2. ARTE: Um salto no tempo e nos estilos artísticos• Renascimento

• Barroco e Neoclassicismo• Romantismo

3. ARTE: O homem reinventando sua história• Impressionismo

• Vanguardas do século XX• Arte contemporânea

4. MÚSICA: Emoção e sentimento• Os cinco elementos que definem o som

• Instrumentos musicais• Música brasileira

5. DANÇA: O corpo em ação• Danças primitivas e religiosas

• Dança moderna e dança contemporânea• Danças brasileiras

6. LITERATURA: A arte escrita• Poesia• Prosa

• Literatura brasileira

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[ matéria de capa ]

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InclusãoEscolar

Respeitar as diferenças e combater as desigualdades são atitudesessenciais para promover uma educação inclusiva

As aulas da professora SimoneKleina aconteciam com a porta dasala aberta. Do lado de fora, ficava omenino G.M., de 6 anos. A cenainusitada se repetiu durante dias,até que o aluno decidiu, pelaprimeira vez, entrar em uma sala deaula. G.M. apresenta autismo. Serobrigado a ficar em um localestranho e repleto dedesconhecidos seria um suplíciopara ele, e certamente provocariauma reação agressiva. Por maiscontraditório que pareça, respeitar avontade dele de permanecer do ladode fora da sala de aula foi a maneiraencontrada para iniciar seuprocesso de escolarização. Umasituação real, que aconteceu noColégio Expoente Água Verde, emCuritiba (PR), ilustra o conceito deeducação inclusiva.

Uma escola inclusiva é aquelaque garante qualidade de ensinopara todos os alunos, reconhecendoe respeitando os talentos elimitações de cada um deles, massem diferenciá-los por cor, sexo,religião ou características físicas.Incluir não significa ignorar asdiferenças. Neste caso, G.M. seriaobrigado a entrar na sala de aula no

primeiro dia, assim como os outrosalunos. Incluir é legitimar asdiferenças, mas não asdesigualdades.

Diferenças existem em todasas salas de aula. O ritmo e o nívelde aprendizagem variam de alunopara aluno, independente decaracterísticas físicas. No entanto,por serem mais facilmenterotulados, os alunos com deficiênciasão normalmente associados àinclusão escolar, como serepresentassem homogeneamente oúnico grupo “diferente” que precisaser incluído. Nesta reportagem,apresentaremos histórias de alunoscom deficiência por serem situaçõesemblemáticas, que costumamtransformar a escola e despertá-lapara o verdadeiro conceito deinclusão – a inclusão para todos.

Acompanhamentoprofissional

Após conhecer a propostapedagógica de mais de vinteescolas em Curitiba, a psicólogaMara Aguila, que atende G.M., optoupelo Colégio Expoente por doismotivos: a receptividade e a aberturapara parceria. “Quando eu dizia que

se tratava de uma criança comautismo, muitas escolas jádescartavam a possibilidade dematrícula, por telefone mesmo. NoExpoente, senti que as portasestavam abertas. Além disso, acoordenadora foi muito sincera aoadmitir que não tinha a experiêncianecessária, mas que estavadisposta a trabalhar em parceriacomigo e com a família”, afirmaMara.

Por indicação da psicóloga,G.M. começou a frequentar as aulasem horários gradativos, poisninguém sabia ao certo qual seriasua reação na escola. “A tutora dafamília permaneceu ao lado deledurante quinze dias. Estávamostodos atentos ao processo deadaptação”, afirma Flávia Rubick,coordenadora de ensino do ColégioExpoente.

O apoio da família e dosprofissionais que acompanham acriança é fundamental para garantiro sucesso do processo, que fluicom mais naturalidade quando aescola recebe informações sobrequal a melhor maneira de trataraquele aluno, o que funciona e o quenão funciona. “A escola precisa

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estar aberta e disponível para aceitaresta ajuda. Não é possível trabalharinclusão achando que a escola éautossuficiente”, diz Flávia.

Neste curto período deconvivência escolar, G.M. apresentasinais claros de desenvolvimento. Oprimeiro deles é a interação. “Ele jápercebe melhor a presença do outro,criou vínculos com a professora eoutros adultos da escola, reconhecee respeita autoridades, além dodesenvolvimento da linguagem”, cita.

Hoje ele assiste às aulas aolado dos colegas e entende que nãopode sair da sala quando quer. Poroutro lado, a professora percebe erespeita quando ele chegou ao seulimite e precisa de isolamento.Segundo a psicóloga Mara Aguila, apresença de alunos com deficiênciaintelectual ainda provoca bastantepreconceito nas escolas. Para

promover a inclusão da melhorforma, ela dá três dicas simples: “Aprimeira é entender como a criançafunciona, não somente sentá-la emuma carteira e pronto. A segunda égarantir que ela se sinta bem naescola e goste de estar com oscolegas. Por fim, a escola precisabuscar o conhecimento necessáriopara atendê-la, seja emcapacitações ou em parceria com afamília e com outros profissionais”.

A reação dos pais de alunostambém costuma ser uma questãopreocupante. “A questão da rejeiçãopor parte dos familiares de outrosalunos ocorre muitas vezes emsolidariedade à angústia doprofessor. Portanto, se o professorestiver bem resolvido com essaquestão, todos os outrosconseguirão assimilar melhor oprocesso de inclusão”, reforça apsicóloga Heloisa Helena FerrariChagas. Ela afirma que o processode inclusão de pessoas com

deficiências requermuita discussão,“principalmenteporque envolve arelação entrepessoas dediferentesformações epreceitos morais,

famílias de alunos com ousem deficiência completamenteresistentes a essa orientação,alunos com deficiência receosos deficarem desamparados e de serem

rejeitados, e disponibilidade daprópria escola em investir naacessibilidade para todos”.

Informação econscientização

Na Escola Paroquial NossaSenhora Aparecida, de Maracaju(MS), a chegada de um aluno comdeficiência visual iniciou atransformação rumo à educaçãoinclusiva. “Foi uma situação nova,que provocou impacto em umprimeiro momento. Não sabíamoscomo seria o cotidiano deste aluno”,conta Dorli H. Menchik, diretorapedagógica. A família indicouprofissionais que poderiam auxiliaros professores, e a escola promoveupalestras e cursos de informação eesclarecimento. “Houve um trabalhode conscientização, de forma quetodos, por meio de pequenasadaptações, pudessem oferecer aele o melhor aprendizado. A escolase adaptou à realidade do aluno”,afirma Dorli. Uma destasadaptações é a utilização domaterial didático na versão embraile, fornecido pelo Sistema deEnsino Expoente. “Hoje percebemosque a presença dele não altera emnada o andamento das aulas”,completa.

O aluno, de 16 anos, vive amesma rotina dos colegas do 2o anodo Ensino Médio. No intervalo, cantae toca violão. E não escapa dasaulas de Educação Física, tambémadaptadas para ele. “A família está

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feliz. Ele está feliz. A nossa maiorpreocupação é vê-lo bem eaprendendo. Hoje ele é um dosmelhores alunos da sala”, revelaDorli. “A primeira dica para umaeducação inclusiva é receber debraços abertos todos os alunos.Mas a escola também precisabuscar informações paraproporcionar ao aluno o melhorambiente de aprendizagempossível”, finaliza.

Apoio familiarO Colégio Maria Imaculada, de

Goianésia (GO), atualmente atendealunos com diferentes tipos dedeficiências intelectuais e físicas.Por ser conveniada à rede estadual,a instituição conta com a ajuda deprofissionais especializados dogoverno. Um deles é a professora derecursos Cristina Bernardes daSilva, que atende os alunos nocontraturno. “Não se trata de reforçoescolar, mas de um trabalho deestimulação para ampliar oconhecimento e atender aespecificidade de cada um, comoexemplo, a leitura em braile e oaprendizado de Libras”, explicaCristina.

A professora de apoio, Hilda deRezende Quintanilha, acompanhaos alunos dentro da sala de aula.“Minha função é intermediar a aula etrazê-la para o nível intelectualdeles. Eu adapto e facilito oaprendizado destes alunos”, explicaHilda, que é pedagoga epsicopedagoga clínica, e atua na áreade educação inclusiva há onze anos.

Ela esclarece que não cabe àescola decidir “quanto” cada alunovai aprender, mas proporcionar oambiente de aprendizagem: “Jáatendi alunos com laudos médicosafirmando que jamais conseguiriam

desenvolver determinadas atividadese que, ao serem devidamenteestimulados na escola, contrariaramtodos os diagnósticos”.

Hilda reforça que a presençada família é fundamental para odesenvolvimento do aluno, mas quealguns pais chegam desconfiados àescola, porque, muitas vezes,sofreram experiências anteriorestraumáticas. “Eles nem sempreacreditam na possibilidade dedesenvolvimento cognitivo do filho. Enós precisamos do apoio e da

presença deles para indicaremdetalhes que ajudam a descobrirquais técnicas funcionam melhorpara aquele aluno”, explica.

A reação dos colegas declasse também deve ser encaradade maneira natural. “É claro queainda existem situações depreconceito, mas elas são mínimase tendem a diminuir com o tempo deconvivência. No início, pode haveruma estranheza e um olhar decuriosidade, mas eles logo setransformam em amizade ou

Como trabalhar tão de perto com as diferenças? No discurso ésimples, mas no dia a dia... será que tenho capacidade para lidar comtodas as dificuldades que estão por vir? Por onde começar? Essas foramas primeiras de tantas perguntas que me vinham à cabeça quandorecebi G.M. em minha sala. Comecei preparando a turma para recebê-lo, e foi assim mesmo, muitas leituras, conversas, explicações ecombinados. Ele foi acolhido por todos com muito carinho, mesmocomunicando-se pouco, demonstrando agressividade e um desejoenorme de não estar junto a nós. Entrar na sala de aula? Nem pensar!Fomos conquistando a sua confiança aos pouquinhos. Nossaprioridade era que ele aprendesse a brincar, a interagir com os colegase, também, que compreendesse as regras sociais e a rotina da sala e daescola. Ao longo do primeiro semestre, as crianças tornaram-se pequenosprofessores do novo colega. Aceitar as diferenças e colaborar com oamigo tornou-se uma ação constante na rotina. Atualmente, G.M.fala muitas palavras e na maioria das vezes é entendido por todos,interage com os colegas e participa de algumas aulas especiais. Identificapelo nome os amigos de quem ele mais gosta, atende algumassolicitações, beija, abraça e o mais importante, demonstra estar muitofeliz junto a nós!

Ele me ofereceu a condição de acreditar na inclusão, acreditarque é possível transgredir as diferenças para aprender com elas!

A professora de Educação Infantil, Simone Kleina Machado, doColégio Expoente, apresenta um relato pessoal sobre a experiência queteve ao receber um aluno autista em sala de aula. Seus medos e suasdúvidas se transformaram ao participar do processo de inclusão escolarde G.M., de 6 anos.

Aprendendo comAprendendo comAprendendo comAprendendo comAprendendo comas diferençasas diferençasas diferençasas diferençasas diferenças

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[ 14 ] impressão Pedagógica

solidariedade. No entanto,precisamos entender que nem todosos alunos com deficiências vão seramados pelos colegas, e nem todosvão ser odiados. A relação é amesma que se estabelece nasociedade. Temos mais afinidadescom uma ou outra pessoa,independente de característicasfísicas”, afirma.

A psicopedagoga defende quea escola precisa ser um espaçodemocrático de convivência socialcom as diferenças: “São diferentesvisões de mundo, prioridades evalores que se mostram entre osalunos. No caso de alunos comdeficiências, algumas diferençassão mais evidentes. Para os outrosalunos, nem tanto. Mas sabemosque elas existem. Quanto maior adiversidade, maior a riqueza deexperiência e a possibilidade decrescimento dos alunos”.

Hilda conheceu o envolvimentodo Expoente com educaçãoinclusiva quando acompanhou a

história da ex-aluna Danieli Halonte,atriz com deficiência visual, queparticipou da novela Caras & Bocasem 2009. “Eu me senti feliz emsaber que ela estudou no Expoenteem Curitiba, e que utilizou o materialdidático em braile. Acredito que opapel de um sistema de ensino étrazer a discussão de temas comoinclusão para dentro das escolas”,finaliza.

O Colégio Maria Imaculadatambém acompanha os passos deuma aluna com deficiência visualque promete brilhar na vida artística.Ela tem 12 anos, faz aulas deteatro, canta, compõe, é bailarina ecoreógrafa. A menina estuda balédesde os cinco anos, e atualmentelidera um grupo de dança formadopor mais cinco colegas. Mas nãodeixa os estudos de lado. Foicampeã regional do concurso deredação Goiás na ponta do lápis, enas horas vagas ainda joga futebol.Quem sabe, em breve, pode estarna novela das oito...

Preparando a inclusão

“Não se deve começar o processo de inclusão colocandoo aluno dentro da escola sem que haja um plano globalelaborado pelos responsáveis da instituição de ensino”,afirma a psicóloga Heloisa Helena Ferrari Chagas. Algumasrecomendações são:

• preparar a acessibilidade do espaço;• prover a escola de recursos de acessibilidade para a

deficiência visual e auditiva;• treinar o professor da sala de recursos sobre tecnologia

assistiva, e especializá-lo no atendimento aos alunos comdeficiência, de forma que ele possa oferecer apoio psicológicoe orientação, auxiliando o professor de sala de aula nosmomentos de impasse;

• treinar os professores, orientando-os sobre como lidarcom seus medos e impotências frente às dificuldades deautonomia das pessoas com deficiência;

• oferecer cursos ou referências bibliográfica paramelhorar o conhecimento dos professores nesta área.

Curso de Libras

Segundo o último Censo do Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil existem quase seis

milhões de pessoas com deficiência auditiva, sendo mais de

um milhão de crianças e adolescentes matriculados na

Educação Básica. A preparação para a inclusão destes

alunos deve começar principalmente pelos profissionais da

área. Por isso, a Faculdade Expoente oferece o curso de

extensão Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, direcionado

aos educadores das Unidades Expoente e de outras

instituições de ensino privadas e públicas, acadêmicos de

Cursos de Pedagogia e Psicologia; e membros da

comunidade. O curso terá início em outubro, e as aulas

acontecerão aos sábados, num total de 45 horas. Mais

informações no telefone (41) 3312-4150 ou no site

www.faculdadeexpoente.edu.br.

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Universo de

Um universo onde o aprendizado, a imaginação ea troca de informações e experiências convivem lado alado. Este é o conceito criativo da Campanha deMatrículas Expoente 2011. Com o slogan “Explore umUniverso de Conhecimento”, as peças de divulgaçãomostram alunos ao redor de elementos lúdicos, querepresentam o conteúdo das diversas disciplinas. Obalão, formado por letras, significa a possibilidade de iralém na maneira de pensar e na vida.

Explore um

ConhecimentoFerramenta de marketing indispensável à captação e manutenção de alunos, a

campanha de matrículas fortalece a imagem das escolas conveniadas

O objetivo da campanha de matrículas é servir deapoio às escolas conveniadas nas ações de marketingdirecionadas à manutenção e à captação de alunos. Aspeças de divulgação padronizam a comunicação,fortalecem a imagem da escola e valorizam arelação dos pais e alunos com a instituição, poistransmitem o senso de organização e decomprometimento.

Na Campanha de Matrículas 2011 serádisponibilizado um conjunto de peças publicitárias queinclui: anúncio de revista ou jornal, banner, cartaz,comercial de rádio, e-mail marketing, faixa, fôlder,marcador de página, móbile de teto, protetor de tela eweb banner. Para ter acesso às peças publicitáriasentre com sua senha no Portal Escola Interativa(www.escolainterativa.com.br), no link Marketing.

[ conveniadas ]

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na

[ conveniadas ]

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o projeto Meu Brasil BrasileiroColégio Christus desenvolve

O ano de 2010 será verde e amarelo do início ao fim para os alunos daEducação Infantil do Colégio Christus, de Fortaleza (CE). Com o projeto “MeuBrasil Brasileiro”, os alunos desenvolvem atividades que envolvem as famílias,as professoras e as coordenadoras da escola, para conhecer e valorizar apluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro.

No início do projeto, o colégio organizou um baile de carnaval, quandoalunos e familiares se divertiram fantasiados nas cores da bandeirabrasileira, ao som de marchinhas tradicionais. Emmaio, as mães foram homenageadas na festa

“Mamãe brasileira em primeiro lugar”. Em junho, a Copa doMundo, na África do Sul, ofereceu a oportunidade de trabalhar notícias sobre a seleção

de futebol e o respeito entre os jogadores e as torcidas de todas as nações.Para finalizar o primeiro semestre, os alunos participaram de um animado “arrasta-pé

junino”, com ritmos e danças das regiões brasileiras, além da “XI Mostra de Atividades eProjetos”, com a exposição das atividades realizadas pelos alunos.

No segundo semestre, o Dia da Independência do Brasil e as eleições farão partedo projeto. O tema também está sendo desenvolvido por meio de atividadespedagógicas de linguagem, matemática, natureza e sociedade, artes, música e inglês.

Além da dificuldade em relação ao conteúdo, os alunosque participam de processos de seleção têm sempre umapreocupação a mais – a concorrência. Mas os estudantes doColégio Alicerce, de Goiana (PE), superaram até mesmo o fatode apenas 20% das vagas da Escola Técnica Aderico Alves deVasconcelos serem destinadas às escolas particulares. Maisde 50% dos alunos foram aprovados na concorrida seleção paraos cursos técnicos de hospedagem e rede de computadores,uma conquista que reafirma a qualidade do ensino da instituição.

Aprovaçãorecorde no

Colégio Alicerce

Parabéns aos alunos do Colégio SuzanaWesley pela classificação na etapa regional daOlimpíada Paranaense de Química do Cefet:

Jakeline S.Garcia - Medalha de PrataLucas R. de Paula - Medalha de Bronze.

MedalhasOlimpíadaParanaensede Química

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[ conveniadas ]

Feira de Ciência do

Colégio ImpactoOferecer uma educação inovadora e de qualidade em um ambiente

acolhedor, que possibilite o desenvolvimento pleno de cidadãos conscientese felizes. A Feira de Ciências do Colégio Impacto, de Ilhéus (BA),representou na prática a missão da instituição. O evento, que aconteceu emmaio, teve a apresentação de experiências científicas utilizando materiaisrecicláveis. Além dos estudantes do Ensino Fundamental do colégio, também participaram da feira osalunos da Universidade Estadual de Santa Cruz (BA). Foi um momento descontraído de aprendizagem, quecolaborou com a preparação dos alunos para a vida como seres críticos e atuantes na sociedade.

Durante cinco meses, os alunos do Jardim Escola Estimoarte, de São Paulo (SP), participaram do projetoVida Saudável. O objetivo era desenvolver nas crianças noções como: identificação de materiais recicláveis,conscientização do aproveitamento do lixo, respeito ao meio ambiente, hábitos alimentares saudáveis, higienecorporal e com os alimentos, respeito à natureza e admiração por obras de arte. Durante o período do projeto, aprofessora Luciana Ribeiro Tiago registrou em fotos os momentos saudáveis vivenciados pelos alunos do maternalna escola. Depois transformou tudo em um grande álbum, intitulado Vida Saudável é... “Nós trabalhamos pensandona criança como um ser integral, oferecendo a ela condições para que se construa como sujeito que se emociona,pensa, busca e é produtivo. Aqui possibilitamos um ambiente agradável, respeitador e cooperativo, que levará ascrianças a serem indivíduos criativos, amorosos, conscientes, críticos e pensantes”, afirma a professora.

“Sou mais Brasil” agita o

Colégio Santa BárbaraO Colégio Santa Bárbara, de São Paulo (SP), aproveitou o período de Copa do

Mundo para promover a feira cultural “Sou mais Brasil”. Os alunos pesquisaram eapresentaram para os pais e familiares um pouco da história de cada estado brasileiro,seus hábitos, usos e costumes, culinária, danças, festejos, artes e lendas. Na barracade comidas típicas do nordeste, havia até buchada de bode. Outro destaque da feira foi

a Robótica Educacional voltada à sustentabilidade e à preservação do meio ambiente.Os alunos construíram um robô feito de componentes eletrônicos fora de uso. Oevento marcou também a comemoração dos 35 anos de fundação da instituição.

Projeto Vida Saudável

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[ conveniadas ]

Para a equipe pedagógica doColégio Quasar, em Rio Verde (GO),o temido Exame Nacional do EnsinoMédio (Enem) contribui para ocrescimento e o desenvolvimentodos alunos. A instituição conquistouo 1o lugar de redação no município ea 13a colocação no estado deGoiás. Os excelentes resultadosimpulsionam a escola noplanejamento de ações coerentes edinâmicas que visam à melhoriacontínua no processo de ensino-aprendizagem.

Em busca da melhorpreparação dos alunos, o ColégioQuasar oferece aulas de xadrez,

Destaquesdo Enem

Escolas conveniadas comemoram os resultados da avaliação do MEC

que ajudam no desenvolvimento doraciocínio e estratégia; aulas deatualidades, que promovem o debatede temas do dia a dia e auxiliam naprodução de textos; laboratórios deFísica, Química e Biologia, para queo aluno tenha aplicabilidade dateoria; e oficinas de literatura, quepermitem maior contato com obrase escolas literárias.

A instituição também incentivaseus estudantes a participarem dediversos concursos e olimpíadas,entre eles: Olimpíada Brasileira deAstronomia, Olimpíada Brasileira deFísica, Olimpíada Brasileira deFoguetes, Desafio Nacional

Acadêmico, Concurso de Redaçãona ponta do Lápis, entre outros. Oresultado são medalhas de ouro,prata ou bronze na maioria dasparticipações.

Em Pernambuco, o Centro deExcelência Municipal Dom José daMota e Albuquerque, de Afogados daIngazeira, também garantiu seulugar entre as melhores unidades deensino de seu estado na classifica-ção das notas do Enem. A escolaficou em sexto lugar, e foi destaquenos resultados do Saepe – Sistemade Avaliação de Pernambuco e doIdeb – Índice de Desenvolvimento daEducação Brasileira.

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[ música ]

Educaçãoaluno-escola

musical melhora o

A música volta em todos os níveis de ensino, e pode ser utilizada parafortalecer o vínculo do aluno com a instituição educacional

Ela cria ídolos, determinatendências e influencia ocomportamento de milhões depessoas. A importância da músicana vida de crianças e jovens vaialém. Ela desenvolve a coordenaçãomotora, a expressão corporal e oraciocínio. No entanto, boaparte das

escolas perde a oportunidade deusá-la para criar vínculos com osalunos e entre eles. A Lei 11.769,que torna obrigatório o ensinomusical na Educação Básica apartir de 2011, pode representar umagrande transformação na relação

música-aluno-escola.

“O ensinomusical é subutilizado,pois ele podepotencializar a relaçãode pertencimento entreo estudante e ainstituição”, declaraCarlos Alberto dePaula, professor emestre em Educaçãoe um dos autores doMaterial DidáticoExpoente, que háanos inclui a músicana disciplina de Arte,ao lado do teatro, dadança e das artesplásticas.

A lei não especifica conteúdosnem as séries nas quais deve seraplicado o ensino musical. Noentanto, o MEC recomenda que osalunos aprendam cantos, ritmos, esons de instrumentos regionais efolclóricos que representem adiversidade cultural do Brasil, alémde noções básicas de música,cantos cívicos nacionais e sons deinstrumentos de orquestra.

Na Educação Infantil, oMaterial Didático do Expoenteobjetiva integrar a criança e amúsica por meio de brincadeiras ejogos, conferindo “personalidade”aos objetos sonoros ouinstrumentos musicais. Segue-se oprincípio de que a música é umalinguagem que se traduz em formassonoras, para expressar ecomunicar sensações, sentimentose pensamentos.

Nos primeiros anos daEducação Fundamental, segundoCarlos, o material prioriza oselementos básicos do som e da

vínculo

Professora Elis duranteapresentação musical noEncontro Temático 2010,em São Paulo

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música. O aluno aprende noções deritmo, melodia, intensidade, timbre eduração. Além disso, são propostasatividades de canto que incluemcantigas folclóricas, cânones,percepção musical e atividadesrítmicas associadas ao movimentocorporal e à dança.

A partir do 5o ano do EnsinoFundamental até o Ensino Médio,são apresentadas asespecificidades das estruturasmusicais, seus elementos decomposição e, principalmente,como elas se transformam ao longoda história da humanidade. A ênfaseé no caráter social e histórico damúsica. “Em todos os níveis, osegredo para potencializar o ensinoé relacionar o material didático aocotidiano dos alunos. Usá-lo comobase para sua educação musical.Mas é preciso ter cuidado para nãoficar estagnado nesse cotidiano”,explica Carlos.

Formação específicaA Lei 11.769 não determina a

obrigatoriedade da graduação emMúsica para ministrar as aulas. Oartigo que previa a formaçãoespecífica

foi vetado pelopresidente por considerar que

no Brasil a música é uma

prática social, e que há inúmerosprofissionais sem formaçãoacadêmica musical reconhecidosnacionalmente. Nesse caso,independente da experiênciamusical, é preciso possuir formaçãopedagógica.

A linguagem e forma como oensino musical é apresentado noMaterial do Expoente, dentro dadisciplina de arte, permitem que oprofessor de qualquer uma dasquatro áreas (música, teatro, dançae artes plásticas) possa aplicá-lo.No entanto, a escolha por umaequipe multidisciplinar, ou não, ficaa critério das instituições. “Omaterial está integrado, mas nãodiluído. A abordagem das quatroáreas é inter-relacionada, massem perder a especificidade deconteúdo de cada uma delas”,afirma Carlos.

O Colégio Ideal, de SantaBárbara D´Oeste (SP), ofereceensino musical há mais de 10 anosem sala de aula, como parte damatriz curricular, ou em atividadesextracurriculares em todos os níveis

de ensino. Aprofissionalresponsável pelasaulas de música éenvolvida com otema desde os 9anos. Aos 12entrou para umabanda. Além decantar, tocaviolão, guitarra,contrabaixo eflauta. Elis

Lahr é musicista deformação, mas ao estudarpedagogia encontrou sua vocação –ensinar música para crianças.

Na opinião de Elis, mesmosem a exigência da lei, é preciso terconhecimentos mínimos paraministrar a disciplina: “Eu achofundamental que o profissional tenhaalguma formação musical. Nãoprecisa ser músico, mas tambémnão basta colocar um CD para osalunos ouvirem.”

Elis busca unir seuconhecimento acadêmico àcriatividade em sala de aula. “Nósusamos materiais recicláveis, comogarrafas PET e caixas de sapatopara fabricar chocalhos,instrumentos de sopro e violões.Além disso, aproveitamos oseventos do calendário paradesenvolver atividades durante todoo ano. Carnaval, Dia das Mães,Dia dos Pais, Natal e até o temado ano entram na lista. Tambémfazemos questão de ensinar oshinos cívicos, que andam tãoesquecidos”, conta ela.

No Colégio Ideal, os alunos daEducação Infantil têm aulas de 25minutos por semana e participam deuma “banda rítmica”. NoFundamental, são 40 minutossemanais, que incluem a leitura departitura e lições de flauta. Parecepouco, mas é o suficiente paraprovocar grandes transformaçõesnas crianças e no clima da escola.Segundo Maibi Leni de Castro,coordenadora pedagógica dainstituição, entre outros benefícios,o ensino musical proporciona maiorsocialização em todo o ambienteescolar: “Os alunos trazem seusviolões e, no intervalo, tocam ecantam em grupo. Nós percebemos,na prática, que a música desenvolvea sensibilidade, a criatividade, acomunicação, a memorização e acoordenação motora. Para alguns,

Aula de música na Escola

Brincando e Aprendendo (SP)

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até a aprendizagem de idiomasmelhorou em função do interessepor canções estrangeiras”. Maibiacredita que a música deveria sermais utilizada também por outrasdisciplinas. “Quando o professorcanta ou inventa uma música sobreo tema apresentado em sala deaula, o aluno memoriza muito maisfacilmente.”

A família, a músicae a escola

Mais um exemplo dosbenefícios do ensino musical é aEscola Brincando e Aprendendo, dePirituba (SP). Os alunos tambémparticipam de aulas de música umavez por semana, ou de atividadesextracurriculares. Para as criançasde até 3 anos, a aula acontece emuma roda tocada e cantada. Osalunos de 4 a 5 anos, além da rodade música, participam da“bandinha”, com aulas deinstrumentos musicais de fanfarra efeitos de sucata.

Mas o grande diferencial daEscola Brincando e Aprendendoé a maneira como a instituiçãoutiliza a música em momentosde interação entre pais e alunos,fortalecendo os laços da famíliacom a escola. Este ano, osprojetos Receita de Felicidadee A Importância da Músicapromoveram inúmeras atividadesrelacionadas à música em família.No Dia das Mães, além de umaapresentação teatral cantada, aescola teve o momento shantala,uma técnica na qual a mãemassageia todo o corpo dofilho ao som de músicas suaves.

“A música possui um papelimportante na educação das

crianças. Elacontribui para odesenvolvimentopsicomotor, socioafetivo,cognitivo e linguístico,além de ser facilitadorado processo deaprendizagem”, afirmaAndréa Pirassoli,coordenadorapedagógica.

Segundo ela, amusicalização naEducação Infantil está relacionada auma motivação diferente do ensinar,em que é possível favorecer aautoestima, a socialização e odesenvolvimento do gosto e dosenso musical das criançasdessa fase.

O recado é simples. Oensino musical na Educação Infantil,Ensino Fundamental e Médio nãotem o objetivo de formar músicos,mas de despertar o interessemusical e contribuir para formaçãointegral do aluno.

Momento shantalana escola - músicae massagem

Coleção História da MúsicaOs materiais paradidáticos “Coleção História da Música” volumes

I e II, e “Desvendando a Orquestra – Formando Plateias do Futuro” sãoferramentas complementares produzidas pelo Grupo Expoente paraauxiliar as instituições voltadas à excelência no ensino musical.

Formada por dois volumes, a Coleção História da Músicaapresenta a história da música clássica ocidental até o século XXI, suarelação com outras artes, a evolução da orquestra, o ritual universal doconcerto e todos os instrumentos que compõem uma orquestra.Repleto de atividades, curiosidades e dicas, a coleção é acompanhadapor um CD com pequenos trechos didáticos musicais.

Com uma linguagem leve, direcionada às crianças, o livro“Desvendando a Orquestra – Formando Plateias do Futuro” também éacompanhado de um CD, com jogos, sons e palavrascruzadas, junto com umaminibatuta. Destaque para aparticipação de trêspersonagens no livro:Chiquinha (homenagem àChiquinha Gonzaga), Villinha(homenagem a Villa-Lobos) eMozart (homenagem ao gênio damúsica). Os livros sãocomercializados diretamentecom os educadores e com asescolas públicas e privadas.

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[ artigo ]

Todos osdias, os avançostecnológicos seapresentam naforma de novosrecursos eferramentas maiscompletas epoderosas, a fimde que as tarefasdo dia a diasejam cada vezmais ágeis.Essas

tecnologiaspermeiam asatividadescotidianas e alteram

a cultura social, os relacionamentos, e também amaneira de aprender e ensinar. Porém as escolas nãodevem se sentir influenciadas, principalmente pelosmeios de comunicação, a ponto de adquirir essesartefatos apenas para serem consideradas modernas.Os recursos tecnológicos disponíveis não podem servirsomente para animar uma educação cansada. Elesdevem dar um sentido a mais no processo de ensino–aprendizagem. De nada adianta, por exemplo, umaescola possuir um parque computacional invejável, seos professores não estiverem capacitados a transformara tecnologia em instrumento educacional.

Segundo o filósofo e educador Marshall Mcluhan,“As novas tecnologias são sempre utilizadas para fazer

Novasmétodos antigos

tecnologias,

*Consultor comercial do Grupo Expoente, professorda Faculdade Expoente, mestre em Engenharia deProdução, com ênfase em Mídia e Conhecimentopela UFSC, e bacharel em Ciências da Computaçãopela PUC-PR.

Maurício Gebran*

um trabalho velho, isto é, até que alguma forçadirecionadora faça com que elas sejam utilizadas denovas maneiras”. Para não cometermos os mesmoserros do passado, precisamos de bom senso no uso denovas tecnologias na educação. Do contrário, o recursoservirá apenas para acomodar o professor e tornar suasaulas cansativas, exatamente como aconteceu com osurgimento do videocassete e do retroprojetor, porexemplo.

Um artigo de Claudio de Moura Castro, publicadona revista Veja de 11/08/2010, alerta para o péssimouso do PowerPoint em sala de aula. IntituladoPowerPoint com carteirinha, o texto apresentaexemplos de situações em que “o slide arruina a aula,arrancando-a do professor e deixando desgovernada aatenção da plateia”. Por isso surge a reação de muitosalunos: Lá vem um PowerPoint chatíssimo! Ao final, oautor sugere ironicamente a exigência de uma carteirade habilitação para usar o PowerPoint, “para evitar quebarbeiragens ponham a perder o potecial educativo deum recurso tão extraordinário.”

Por isso, cuidado! Atualmente muitas escolasadquirem a lousa eletrônica por seu status demodernidade, mas a utilizam de forma tradicional.Esquecem que o importante é a potencilidade deinteração e simulação, e que a lousa precisa deconteúdos pertinentes a este uso e não apenas de fotosbonitas e encantadoras. Busquemos atividades quepermitam explorar ao máximo esta tecnologia. Assimestaremos melhorando o processo de ensino–aprendizagem com um recurso realmente criativo einovador.

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“Precisamos de bomsenso no uso de novastecnologias na educação”

Para que a tecnologia faça parte da vidadas pessoas, necessitamos, de fato, de umamudança cultural. No livro “Geração Digital”Tapscott afirma que as crianças realmentetêm mais facilidade com novas tecnologiasdo que seus pais. Logo é verdadeira aquelaimpressão de que nossos filhos assimilamas novidades mais rapidamente do que nós.Os adultos precisam adaptar-se a umprocesso de aprendizado diferente e bemmais difícil, enquanto as crianças jánascem com a tecnologia assimiliada aodia a dia. Para elas, a nova ferramenta éapenas mais uma parte de seu ambiente,e usá-la é tão natural quanto respirar. Para as crianças,tudo funciona da maneira como funciona. O aprendizadoé uma descoberta, não uma acomodação a estruturasexistentes.

É inegável que o ritmo acelerado das inovaçõestecnológicas, assimiliadas tão facilmente pelos alunos,exige uma educação igualmente capaz de estimular o

tecnológicos podem simpotencializar a educação, mas somente se aescola estiver envolvida em um processo deatualização da metodologia de ensino.

interesse deles pela aprendizagem, por novosconhecimentos e técnicas. Interesse que precisará sermantido ao longo da vida profissional, que certamenteestará cada vez mais sujeita ao impacto de novastecnologias. Por isso, há a necessidade de repensar ede revolucionar a escola sobre bases totalmente novas.Pensar de que maneira é possível apropriar-sesocialmente das novas tecnologias, incorporando asconstantes mudanças.

Essa nova escola deve trabalhar com umamultiplicidade de visões de mundo. Ela tem queexercitar a imaginação no lugar da razão. Devemosformar um ser humano criativo, que produza novasideias, e não um ser humano passivo, mecanizado, quesó absorva a informação sem gerar conhecimento. Asinstituições educacionais precisam atualizar o modelode ensino–aprendizagem a fim de atender às demandasdos estudantes. Mas o simples uso das ferramentastecnológicas de nada adiantará. Os recursos

Tecnologia X Educação“Se o professor voltar a aprender, voltar a estudar,voltar a se valorizar, ele passa a cuidar bem doaluno, e o aluno cresce de maneira impressionante.Não sou contra a tecnologia, os computadores, asantenas parabólicas, mas digo sempre: a peçaprincipal da tecnologia é o professor.” Pedro Demo,professor, PhD em Sociologia pela Universidade deSaarbrücken, Alemanha, e pós-doutor pelaUniversity of California at Los Angeles (UCLA).

“Para passar a informação, há muitos meios.Estão aí a internet, o computador, a televisão,publicações. Mas para criar senso crítico, ajudar oaluno a refletir, a se perguntar, o professor éimprescindível.” Menga Ludke, pós doutora emSociologia da Educação pela Universidade deLondres e pós doutora em Educação pelaUniversidade da Califórnia (EUA)

“A tecnologia só é tecnologia para quem nasceuantes dela ter sido inventada.” Alan Kay, pioneiroda computação pessoal, colaborou com a criação edifusão do laptop.

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de

[ eventos ]

IdéiasVitrine

produtos eEventos são oportunidades de atualização e troca de experiências

sobre os principais temas da área educacional

Gestão, marketing, sustentabilidade, inovaçõestecnológicas em sala de aula...

Os eventos educacionais apresentam diversasopções (palestras, oficinas, mesas redondas), comtemas interessantes para docentes, coordenadores egestores de escolas particulares e públicas.

Em 2010, depois de patrocinar em maio a 17ª Feirae Congresso Internacional de Educação – Educar –, oGrupo Expoente também marcará presença no 14ºCongresso e Feira Saber, que acontece de 16 a 18 desetembro, em São Paulo (SP). Com o tema “Cuidar do

presente para garantir o futuro – O Saber agindo por umMundo Sustentável”, esse evento reunirá mais de cemespecialistas, entre brasileiros e estrangeiros.

Além dos materiais paradidáticos, incluindo olançamento da coleção História da Música, o estandedo Expoente no Saber destacará a robóticaeducacional, apresentada de maneira dinâmica einterativa.

Nesta edição, a Revista Impressão Pedagógicadestaca algumas palestras da Educar, sob o ponto devista dos profissionais do Grupo Expoente.

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impressão Pedagógica [ 25 ]

Como sua escola estáposicionada em relação àconcorrência? Análise precisados pontos fortes e do quedeve ser melhorado.Palestrante - Christian Rocha Coelho, formado em

Comunicação pela Universidade Mackenzie e pós-

graduado em Propaganda e Marketing pela ESPM.

“As escolas fazem muito efazem muito efazem muito efazem muito efazem muito econtam poucocontam poucocontam poucocontam poucocontam pouco. As instituições devem secomunicar com pais e alunos, permanentemente,por meio de banners, e-mails, cartazes, faixas,informativos, jornais murais, entre outros.

O palestrante reforçou que se devemconcentrar os esforços em projetos e nacomunicação durante o primeiro semestre, paradedicar a segunda metade do ano principalmenteàs rematrículas. Segundo Christian, ooooopercentual médio depercentual médio depercentual médio depercentual médio depercentual médio derematrículasrematrículasrematrículasrematrículasrematrículas em escolas privadasbrasileiras é de 70%, com 10% de concluintes e20% de perdas.

O mesmo vale para as pesquisaspesquisaspesquisaspesquisaspesquisasde avaliaçãode avaliaçãode avaliaçãode avaliaçãode avaliação. Elas devem ser feitassempre no primeiro semestre, jamais no segundo,pois podem impactar negativamente asrematrículas, passando a ideia de que há algoerrado, que precisa ser melhorado. Um retorno derespostas de 30% já é ótimo.

Em relação à divulgação, a escola deveconcentrar 80% dos recursos à sua área deárea deárea deárea deárea deabrangênciaabrangênciaabrangênciaabrangênciaabrangência e apenas 20% para outrasregiões da cidade. A escola também deve manterem mente que o seu diferencial maior é o trabalhopedagógico, e não o espaço físico.”Marco Aurélio Kalinke – Diretor da Unidade Expoente Boa

Vista

A minha escola precisacrescer. E aí? Asnecessidades do marketing derelacionamento.Palestrante - Eloi Zanetti, consultor de marketing.

Ex-diretor de comunicação do Banco Bamerindus,

idealizador das campanhas O Tempo Passa, o

Tempo Voa. Ex-diretor de marketing de O Boticário,

onde criou o conceito da Fundação Boticário de

Proteção à Natureza.

“Entre os principais conceitos que acomunicação deve reforçar na relação entre afamília e a escola, estão o senso depertencimentopertencimentopertencimentopertencimentopertencimento, a percepção daqualidade do ensino, e as noções de carinho,afeto, atenção e reconhecimento.

O primeiro público de uma escola são seusprofessores e funcionáriosprofessores e funcionáriosprofessores e funcionáriosprofessores e funcionáriosprofessores e funcionários.São eles que atendem diretamente o cliente, evão propiciar um bom relacionamento com asfamílias e os alunos.

No geral, apenas 5% dos colaboradoresentendem a estratégia daa estratégia daa estratégia daa estratégia daa estratégia daempresaempresaempresaempresaempresa. Por isso, é importante reforçar acomunicação interna. Os colaboradores precisamcompreender que quem não atende diretamente ocliente, deve ajudar os que atendem.

Marketing não significa investir somente empromoção e propaganda. Um bommarketing demarketing demarketing demarketing demarketing derelacionamentorelacionamentorelacionamentorelacionamentorelacionamento é mais importante doque grandes ações de veiculação.

Mas o que é relacionamento nestecontexto? É estar juntoÉ estar juntoÉ estar juntoÉ estar juntoÉ estar junto, semnecessariamente estar presente. Um bomrelacionamento exige parceria e cumplicidade, eprecisa ser vantajoso para todas as partes.”Danielle Ribas – Assessora de Comunicação do Grupo

Expoente

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A Produção Simbólica e aDesconstrução do Erro noAprendizadoPalestrante – Mario Sérgio Vasconcelos, Psicólogo

formado pela Unesp. Mestre e Doutor em Psicologia

Escolar e do Desenvolvimento Humano/USP. Pós-

Doutorado em Processos Cognitivos pela

Universidade de Barcelona.

“A escola deve transformar informação emconhecimento, considerando que asrepresentações mentais se constroem nas

interações do indivíduo cominterações do indivíduo cominterações do indivíduo cominterações do indivíduo cominterações do indivíduo como mundoo mundoo mundoo mundoo mundo. Por isso, imitações, jogos ebrincadeiras colaboram no aprendizado,desenvolvendo o raciocínio e o imaginário.

No contexto escolar, aprender é

construir ideiasconstruir ideiasconstruir ideiasconstruir ideiasconstruir ideias, que incluemsímbolos e signos ligados aos conteúdos dasdisciplinas. Porém, tais conteúdos só ganhamsentido se correspondem às experiênciasexperiênciasexperiênciasexperiênciasexperiênciasde vidade vidade vidade vidade vida dos alunos.

Contextualizados à cultura do aluno, osnovos conteúdos ganham valor e conduzem àreflexão e ao pensamento crítico. A perda dosignificado na aprendizagem é uma das causasda evasão escolar.

Sobre a desconstrução do erro, o palestrantecitou Freinet: “Do ponto de vista da intervenção,

um erro corrigidoum erro corrigidoum erro corrigidoum erro corrigidoum erro corrigido pode ser maisfecundo que um êxito imediato, porque acomparação da hipótese falsa e suasconsequências proporciona novosconhecimentos.”

Ao finalizar, Vasconcelos sublinhou o perigode um aluno passar sua vida na escola, sem queesta promova as relações entre razão e afeição,cognição e emoção, que são todas farinhasfarinhasfarinhasfarinhasfarinhasde um mesmo sacode um mesmo sacode um mesmo sacode um mesmo sacode um mesmo saco.”Sandra Poli – Gerente do Centro de Excelência em

Educação Expoente

Podemos Formar na Inovação?Limites e Horizontes naEscolaPalestrante – Marc Giget (França) – graduado em

Ciências Sociais e Doutor em Economia

Internacional pela Universidade de Paris I,

Sorbonne, França. Fundador do Instituto Europeu

de Estratégias Criativas e de Inovação.

“O processo educacional precisa incluiruma cultura da inovaçãocultura da inovaçãocultura da inovaçãocultura da inovaçãocultura da inovação, pois osconhecimentos são múltiplos e estão empermanente evolução. Devemos inserir o novo narealidade – integrar o melhor do conhecimento aprodutos criativos. Inovar é transformar sonhosem realidade.

Mas para inovar temos que vencer avencer avencer avencer avencer anostalgianostalgianostalgianostalgianostalgia. Inovação não é mera questão deprocesso, mas de cultura, que está em valorescompartilhados e em permanente movimento. Oconhecimento não pode ser desmaterializado,mas sim difundido pela educação.

Segundo Giget, no quesito inovação, aimaginação é mais importante do que oconhecimento. Ele também ressaltou aimportância dos estudos de filosofia nasescolas, pois ela deve funcionar para abrirabrirabrirabrirabriras mentesas mentesas mentesas mentesas mentes para a inovação. A dinâmicade projetos é uma das expressões dessaconcepção.

Em sua globalidade, a elaboração deprojetosprojetosprojetosprojetosprojetos permite que os alunos analisemproblemas, situações e acontecimentos, emcontexto, utilizando e associandoconhecimentos curriculares com experiências epráticas socioculturais.”Elisabete Piscke Monteiro - Coordenadora de

Desenvolvimento do Material Didático

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A literatura[ salada cultural ]

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A OndaUma história polêmica e baseada em fatos reais. A experiência realizada na Califórnia

dos anos 60 pelo professor de história Ron Jones inspirou o livro A Onda. Em uma aula

sobre autocracia, um aluno afirma que seria impossível repetir a disseminação de umregime autoritário nos dias atuais. O professor decide então criar uma

simulação para reproduzir em sala de aula alguns clichês do nazismo.Com o slogan Poder, Disciplina e Superioridade, os alunos criam e se

envolvem fanaticamente no movimento intitulado A Onda. A experiênciaextrapola os limites da sala de aula, toma as ruas da cidade, e se

torna cada vez mais violenta. Quando percebe que a situação está forade controle, o professor decide revelar aos alunos que nada daquilo é

real. Ron Jones autorizou a filmagem da história somente quarentaanos depois do ocorrido, com a condição de que o filme se passasse

na Alemanha atual.FILME - A Onda (Die Welle), Alemanha 2008

Duração: 107 minutos – Direção: Dennis GanselLIVRO - A Onda (The Wave), Estados Unidos 1981

Autor: Todd Strasser (sob o pseudônimo de Morton Rhue)

O Pequeno NicolasSucesso de venda e crítica desde os anos 50 na França, a coleção Le PetitNicolas possui mais de 20 títulos no mercado. Os livros mostram as aventuras domenino Nicolas e a convivência com a família e os amigos de escola. Naadaptação para o cinema, lançada recentemente, Nicolas viveuma vida tranquila e se sente amado pelos pais, até o dia emque escuta sem querer uma conversa e conclui que sua mãeestá grávida. A partir de então, o menino entra em pânico echega a imaginar até que vai ser abandonado na florestadepois do nascimento do irmãozinho. Um filme divertido quepresta homenagem a um dos personagens infantis maisconhecidos da literatura francesa.

FILME - O Pequeno Nicolas (Le Petit Nicolas), França 2009Duração: 91 minutos – Direção: Laurent TirardLIVRO - Coleção Le Petit Nicolas, França 1954Autores: Jean-Jacques Sempé e René Goscinny

Mangá – histórias em quadrinhos feitas no estilojaponês. Vários deles já se tornaram animações emvídeo, para a televisão ou cinema, quando recebem onome de anime.

MySpace – criado em 2003, é uma rede virtualinterativa de fotos, blogs e perfis de usuário. É bastantepopular entre bandas e músicos por hospedar arquivosde música no formato MP3. Atualmente, é a rede socialmais utilizada nos Estados Unidos.

Glossário do Aluno L - Z

Para falar a língua dos alunos, o professor precisa conhecer os temas e ídolos do momento

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telonaainvade

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Quincas Berro D’ÁguaUm funcionário público, cansado de sua vida tranquila, abandona a família para cair na

farra e recriar-se como Quincas Berro D’Água. Para os parentes abandonados, Quincas

morreu moralmente. Até que um dia ele é realmente encontrado morto no

quartinho em que vive. Para apagar a imagem de boêmio beberrão, a

família organiza um velório e um enterro “respeitáveis”. Tudo vai bem, até

que os amigos de bebedeira de Quincas decidem levá-lo para uma última

farra. Filmado nas ladeiras de Salvador, o clássico de Jorge Amado

estreou no cinema esse ano, com excelentes críticas. No elenco estão

nomes conhecidos do público, como Paulo José, no papel de Quincas,

Marieta Severo, Mariana Ximenes, Vladimir Brichta e Milton Gonçalves,

entre outros.FILME - Quincas Berro D’Água, Brasil 2010

Duração: 102 min - Direção: Sérgio Machado

LIVRO - A Morte e a Morte de Quincas Berro D’Água, Brasil 1961 -

Autor: Jorge Amado

Alice no País das MaravilhasO filme de Tim Burton não é uma transposição exata do clássico da literatura para astelas, mas uma continuação livre da história criada por Lewis Carroll. Alice agora tem 19anos e está prestes a ser pedida em casamento, em uma festa da nobreza em Oxford.Apavorada com a ideia de se casar com um aristocrata mimado e semgraça, ela foge seguindo o famoso Coelho Branco, e chega novamenteao País das Maravilhas. Lá, reencontra o Chapeleiro Louco, o Ratão, aRainha de Copas e todos os personagens de sua aventura anterior. Oproblema é que Alice não se lembra de ter visitado o local quando tinhaseis anos, e acredita que tudo não passa de um estranho sonho. Comcenários surrealistas, criados por computação gráfica, o filme já setornou a quinta maior bilheteria da história do cinema, superando amarca de US$ 1 bilhão.FILME - Alice no País das Maravilhas, EUA 2010Duração: 108 min - Direção: Tim BurtonLIVRO - Alice no País das Maravilhas, Inglaterra 1865

Autor: Lewis Carroll

Zac Efron – aos 22 anos, o ator e cantor americano jáparticipou de 13 filmes e 12 séries de televisão. Tornou-se conhecido ao interpretar o galã do filme High SchoolMusical.

Percy Jackson – personagem fictício da série de aventurasescritas por Rick Riordan e adaptadas para o cinema. Filhode uma mortal e de Poseidon, o semideus adolescente éamável, e disposto a arriscar sua vida para salvar seusamigos e até mesmo seus inimigos.

Podcast – nome dado ao arquivo ou série de episódiosde vídeo ou áudio digital, geralmente em formato MP3,publicado na internet. É a união em inglês de PersonalOn Demand, que significa algo pessoal e sob demanda,e broadcast, transmissão de rádio ou televisão.

Restart – banda paulistana, criada em 2008,que se tornou famosa após ter mais de 2milhões de acessos no MySpace. A internet éo principal meio de divulgação de suasmúsicas.

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[ agenda ]

de Educação Especial

I ConferênciaInternacional sobre os

Sete Saberes necessáriosnecessáriosnecessáriosnecessáriosnecessários

à EducaçãoEducaçãoEducaçãoEducaçãoEducação do Presente

I Congresso Internacionalde Professores de Línguas

De 19 a 22 de outubro, docentes e pesquisadores daslínguas portuguesa e espanhola terão a oportunidade decompartilhar experiências entre as instituições eassociações dos quatro países do Mercosul. O evento,promovido pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná –Unioeste, acontece em Foz do Iguaçu (PR). Com o lema“Línguas, sistemas escolares e integração regional”, ocongresso propõe a discussão de políticas linguísticas,legislação, implantação das línguas nas escolas e formaçãode professores, entre outros. Inscrições e informações nosite www.unioeste.br/eventos/ciplom.

IV Congresso Brasileiro

Direcionado a pesquisadores, estudantes e profissionais da área de Educação

Especial, o congresso terá simpósios, mesas redondas e minicursos, planejados para

atender às diferentes expectativas sobre as novas práticas estabelecidas pela política

de inclusão escolar adotada no país. Promovido pela Associação Brasileira de

Pesquisadores em Educação Especial – ABPEE e pela Universidade Federal de São

Carlos – UFSCar, o evento será realizado de 02 a 05 de novembro, em São Carlos

(SP). As inscrições já estão abertas, e podem ser feitas no site www.cbee4.ufscar.br.

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A Unesco e a Universidade Estadual

do Ceará, associadas à Universidade de

Barcelona, oferecem esta conferência

inspirada nos ideais da obra de Edgar

Morin – Os Sete Saberes necessários à

Educação do Futuro. O evento, que

acontece de 21 a 24 de setembro, em

Fortaleza (CE), terá a presença do

sociólogo e filósofo Edgar Morin e de

Vincent Defourny, representante da

Unesco no Brasil. Além dos participantes

presentes no local, está prevista a

participação virtual de mais de 5000

pessoas, em salas de teleconferência

distribuídas pelo país. Inscrições no site

www.uece.br/setesaberes.

Oficiais do Mercosul