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A navegação consulta e descarregamento dos títulos inseridos nas Bibliotecas Digitais UC Digitalis, UC Pombalina e UC Impactum, pressupõem a aceitação plena e sem reservas dos Termos e Condições de Uso destas Bibliotecas Digitais, disponíveis em https://digitalis.uc.pt/pt-pt/termos. Conforme exposto nos referidos Termos e Condições de Uso, o descarregamento de títulos de acesso restrito requer uma licença válida de autorização devendo o utilizador aceder ao(s) documento(s) a partir de um endereço de IP da instituição detentora da supramencionada licença. Ao utilizador é apenas permitido o descarregamento para uso pessoal, pelo que o emprego do(s) título(s) descarregado(s) para outro fim, designadamente comercial, carece de autorização do respetivo autor ou editor da obra. Na medida em que todas as obras da UC Digitalis se encontram protegidas pelo Código do Direito de Autor e Direitos Conexos e demais legislação aplicável, toda a cópia, parcial ou total, deste documento, nos casos em que é legalmente admitida, deverá conter ou fazer-se acompanhar por este aviso. Editorial Autor(es): Santos, João Marinho dos Publicado por: Centro de História da Sociedade e da Cultura URL persistente: URI:http://hdl.handle.net/10316.2/39686 Accessed : 3-Jul-2022 16:26:59 digitalis.uc.pt impactum.uc.pt

Editorial - Universidade de Coimbra

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Page 1: Editorial - Universidade de Coimbra

A navegação consulta e descarregamento dos títulos inseridos nas Bibliotecas Digitais UC Digitalis,

UC Pombalina e UC Impactum, pressupõem a aceitação plena e sem reservas dos Termos e

Condições de Uso destas Bibliotecas Digitais, disponíveis em https://digitalis.uc.pt/pt-pt/termos.

Conforme exposto nos referidos Termos e Condições de Uso, o descarregamento de títulos de

acesso restrito requer uma licença válida de autorização devendo o utilizador aceder ao(s)

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Ao utilizador é apenas permitido o descarregamento para uso pessoal, pelo que o emprego do(s)

título(s) descarregado(s) para outro fim, designadamente comercial, carece de autorização do

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Na medida em que todas as obras da UC Digitalis se encontram protegidas pelo Código do Direito

de Autor e Direitos Conexos e demais legislação aplicável, toda a cópia, parcial ou total, deste

documento, nos casos em que é legalmente admitida, deverá conter ou fazer-se acompanhar por

este aviso.

Editorial

Autor(es): Santos, João Marinho dos

Publicado por: Centro de História da Sociedade e da Cultura

URLpersistente: URI:http://hdl.handle.net/10316.2/39686

Accessed : 3-Jul-2022 16:26:59

digitalis.uc.ptimpactum.uc.pt

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Page 3: Editorial - Universidade de Coimbra

5Revista de História da Sociedade e da Cultura 7, 2007, pp. 5-6

EDIToRIal

Dizem alguns economistas, num tentame de encontrar soluções para a gravíssima crise financeira e económica de hoje, que não basta introduzir, no sistema, maior liquidez bancária e mais estímulos ao investimento. Também é necessária uma liderança à escala mundial, o que parece ter faltado em 1929.

Continuarão os Estados Unidos da América a assumir a autoridade suprema ou a soberania que, sob a forma de governo único ou “Império”, tem gerido, ultimamente, o processo de globalização e acabou por estabelecer uma nova ordem mundial? Entre outros, Michael Hardt e Antonio Negri opinaram que o século XX foi o século dos E.U.A., por terem assumido um destacado protagonismo num “Império”, sem fronteiras terrestres ou desterritorializado, mas extremamente inter-conexo, e que, sobremaneira, ajudaram a construir e a preservar. Por outras palavras, defendem que os E.U.A. “não constituem o centro de um projecto imperialista e, na realidade, nenhum Estado-nação pode hoje fazê-lo”, porque “o imperalismo acabou” (Império, trad. Portuguesa, Lisboa, Editora Livros do Brasil, 2004, p. 14).

Ao contrário, portanto, dos antigos Impérios, designadamente dos Ultra - ma rinos “modernos” (sem esquecer, obviamente, o Português), em que a definição ou demarcação de fronteiras (veja-se a implantação de “padrões”) e a pretensa unidade das etnias, das culturas ou das religiões eram objectivos vitais, o Império “pós-moderno” compraz-se nas diferenças e alimenta-se das “várias paisagens” que o mercado mundial proporciona ao capital, tirando partido do papel do marketing. Foi assim? É e será assim? Por outras palavras, a homogeneidade lida bem com a diversidade? Mais: necessita dela?

Page 4: Editorial - Universidade de Coimbra

6 Revista de História da Sociedade e da Cultura 7, 2007

É sabido que é, à escala do micro, que a espontaneidade, a variedade e a diversidade mais têm oportunidade de fugirem à massificação, à homo-geneidade, ao contínuo, o que, por norma, não se traduz numa irremediável perda de coesão interna. A família ou a aldeia, por exemplo, como micro unidades sociais, apresentam-se com elementos distintos ou diversos, mas que patenteiam interioridades ou solidariedades fortes que contra-agem à desagregação, à descontinuidade.

Porém, isolado ou separado, o micro atrofia-se; cai no irracional e no absurdo. Sem o determinar, sem escamotear a singularidade própria do micro, é desejável e salutar que o macro o envolva, o penetre, o regule e contradiga nas suas ambiguidades.

Da aldeia ao Império (moderno ou pós-moderno) e do Império à aldeia – eis o percurso variado e multifacetado que a Humanidade mais tem trilhado no seu devir histórico. Com vantagens e desvantagens, necessariamente.

Neste número da “Revista de História da Sociedade e da Cultura”, aflora a perspectiva teórica e documenta-se a casuística das relações entre as duas escalas enunciadas pelo que haverá, nele, bastantes motivos de interesse para o leitor.

João Marinho dos SantosCoordenador Científico do C. H. S. C.