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Edna Batistella Lopes

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Edna Batistella Lopes

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*Socióloga, especialista em Educação de Adultos e Metodologia do Ensino Superior - Curitiba 2017

Edna Batistella Lopes *

EVENTOS / MÉTODOS

PASSOS PARA REALIZAÇÃO

MANUAL DE METODOLOGIA

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Copyright, by Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ Governador - Carlos Alberto Richa Vice Governadora - Maria Aparecida Borghetti Secretaria da Agricultura e do Abastecimento - SEAB Secretário de Estado - Norberto Anacleto Ortigara Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural – EMATER Diretor Presidente - Rubens Ernesto Niederheitmann Diretor Técnico - Paulo César Hidalgo Diretor Administrativo - Richard Golba Assessor de Gabinete - José Geraldo Alves Série Informação Técnica n°095, 2017 Produção Gráfica e impressão com recursos do Pró Rural Elaboração Técnica Instituto EMATER: Autora: Socióloga, Edna Batistella Lopes, Especialista em Educação de Adultos e Metodologia do Ensino Superior, Unidade Estadual – Curitiba – Pr.

Colaboradores:

André Luis Alves Miguel - Dia de Campo, página 55; Cid Clay Bazoti Gabarão - Olimpíada, página 108; Cilésio Abel Demoner - Treino e visita T&V, página 167; Edilson Moreira – Torneio, página 161 Edson Luiz Diogo de Almeida - Redes de referência, página 133; Ivaldete Aparecida Zarpellon - Caminhada ou Cicloturismo, página 09; José Custódio Canto Guimarães - Assembléia, página 06; José Luiz Botoluzzi da Silva - Descrição Propriedade Demonstrativa, página 178; Luiz Danilo Muehlmann - Convites, Programação Festa, pag. 87 e Seminário pag.157; Nelson Harger - Giro Técnico, página 91; Marcos Antonio de Freitas - Rali, página 128; Remi José Sterzelecki - Confraria, página 27.

1ª Edição Tiragem: 1000 exemplares Exemplares desta publicação podem ser adquiridos no Instituto EMATER SAC – Serviço de Atendimento ao Cliente – Fones:pabx – (41) – 3250-2100 SAC (41) 3250-2166 Rua da Bandeira, 500, Cabral, CEP 80035-270 – Curitiba Pr. e-mail : [email protected] http://www.pr.gov.br/emater

L 864 LOPES, Edna Batistella

Manual de Metodologia – Eventos/Métodos passos para Realização. / Edna Batistella Lopes. --- Curitiba: Instituto EMATER, 2017. 210 p.:Il. Color. (Informação técnica, n. 095) ISBN 1. Manual de Metodologia. 2. Passos para Realização. 3. Métodos/ Eventos Individuais. 3. Métodos/Eventos Grupais. 4. Massais. I. Lopes, Edna Batistella. II. Título.

CDU 001.8

Diagra Diagramação e CtP: Curitiba Pré-impressão, Leandro Luis dos Santos Capa: Marlene Suely Ribeiro Chaves/ Adaptação Edna Batistella Lopes

Alu Qualquer parte desta publicação ou integral pode ser reproduzida desde que citada à fonte: Instituto EMATER, Paraná e a autora.

Maria Sueli da Silva Rodrigues – CRB 9/1464

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................

2. OBJETIVOS.......................................................................................... ...............

3. ASSEMBLEIA......................................................................................... .............

4. CAMINHADA OU CICLOTURISMO ........................................................... .............

5. CAMPANHA EDUCATIVA ....................................................................................

6. COLÓQUIO........................................................................................... ..............

7. CONFERÊNCIA..................................................................... ...............................

8. CONFERÊNCIA POLÍTICAS PÚBLICAS..................................................... ................

9. CONFRARIA........................................................................................ ................

10. CONCURSO........................................................................................ ..................

10.1 EXEMPLO PRE REGULAMENTO DE CONCURSO UTILIZADO..............................

11. CONGRESSO.......................................................................................................

12. CONTATO............................................................................................ ...............

13. CONVENÇÃO...................................................................................... ...............

14. CURSO............................................................................................... ...........

15. DEBATE..............................................................................................................

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS.................................................................

16. DESCONFERÊNCIA........................................................................... ................

17. DIA ESPECIAL................................................................................... ................

18. DIA DE CAMPO...............................................................................................

DIFERENÇAS BÁSICAS: EXPOSIÇÃO, FEIRA, FESTA, MOSTRA, SALÃO..................................

DIFERENÇAS BÁSICAS: UD, CD, DR, PD, UO, EC......................................................

DIFERENÇAS BÁSICAS: WEBCONFERÊNCIA, TELECONFERÊNCIA, WEBCAST, WEB REUNIÃO, DEO

VÍDEO CONFERÊNCIA, WATSAPP................................................................. .............

DIFERENÇAS BÁSICAS: PANFLETOS, FOLDERS E FLYER..............................................

19. ENCONTRO..........................................................................................................

ENSAIO DE CAMPO OU UNIDADE DE OBSERVAÇÃO..................................................

20. EXCURSÃO.................................................................................... .....................

21. EXPOSIÇÃO................................................................................ ........................

22. FEIRA........................................................................................ .....................

23. FESTA.................................................................................................... ........

24. FÓRUM.................................................................................. ............................

25. GIRO TÉCNICO....................................................................................................

26. INAUGURAÇÕES................................................................... ..............................

27. INTERCÂMBIO......................................................... ...........................................

28. JORNADA........................................................................... ................................

29. MESA-REDONDA..................................................................................... ........

30. MOSTRA.......................................................................................... ....................

31. DIFERENÇAS BÁSICAS: EXPOSIÇÃO, FEIRA, FESTA, MOSTRA, SALÃO...............................

32. MUTIRÃO.......................................................................................................

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33. OFICINA.................................................................................................. .......

34. OLIMPÍADA................................................................... ......................................

34.1 REGULAMENTO DA OLIMPÍADA DO LEITE.................................................

35. PAINEL...........................................................................................................

36. PALESTRA OU PRELEÇÃO................................................................. ................

36.1 MINDMAP PARA PALESTRA.....................................................................

36.2 SLIDES - DICAS PARA SUA MONTAGEM..........................................................

37. RALI...............................................................................................................

38. REDES DE REFERÊNCIA – UNIDADE DE REFERÊNCIA................................................

38.1 PORTEIRA ABERTA..................................................................................... ...

39. REUNIÃO........................................................................................................

40. REUNIÃO CONSULTA PÚBLICA............................................................... ..........

41. SEMANA ESPECIAL..........................................................................................

42. SEMINÁRIO..................................................................................... ...............

43. SIMPÓSIO........................................................................................................

44. TORNEIO..................................................................................................... ...

45. TREINO VISITA – T&V.......................................................................................

46. VISITA............................................................................................................

47. UNIDADE DEMONSTRATIVA OU CAMPO DE DEMONSTRAÇÃO ..........................

48. DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO......................................................................

49. PROPRIEDADE DEMONSTRATIVA..................................................................

49.1 PROPRIEDADE DEMONSTRATIVA LEITE A PASTO....................................

50. UNIDADE DE OBSERVAÇÃO OU ENSAIO DE CAMPO............................................

51. DIFERENÇAS BÁSICAS: UD, CD, DR, PD, UO, EC..........................................................

52. WEB.................................................................. ............................................

53. DIFERENÇAS BASICAS: WEBCONFERÊNCIA, TELECONFERÊNCIA, WEBCAST, WEB REUNIÃO, DEO

VÍDEO CONFERÊNCIA, WATSAPP............................................................................

54. WORK SHOP.....................................................................................................

55. WORLD CAFÉ....................................................................................................

56. PLANEJAMENTO DE MÉTODOS/EVENTOS...........................................................

56.1. OBJETIVOS EDUCACIONAIS........................................................................

57. AVALIAÇÃO….................................................................................................

58. PARTICIPAÇÃO METODOLÓGICA ....................................................................

59. CHEKLIST.................................................................... ........................................

59.1 MODELO CHECKLIST................................................................................

59.2 SUGESTÃO PARA COMEÇAR ELABORAR O CKECKLIST .................................

60. ORÇAMENTO OU BUDGET...................................................................................

61. FACILITAÇÃO GRÁFICA..................................................................................

62. DIFERENÇAS BÁSICAS: PANFLETOS, FOLDERS E FLYER.................................................

63. CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................

64. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA..............................................................................

65. LEIA MAIS EM....................................................................................................

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1. INTRODUÇÃO

ste Manual de Procedimentos tem por finalidade unificar as orientações quanto à condução dos trabalhos, etapas e estratégias metodológicas a serem seguidas na execução de alguns eventos/métodos utilizados no Instituto EMATER, do Paraná.

Um evento bem preparado e bem planejado é meio caminho andado para garantir que nele se possa vir a desenvolver um bom trabalho, ou seja, alcançar os objetivos propostos para os vários temas da agenda ou programa com eficiência e eficácia em sua realização.

Além de orientações básicas sobre os principais passos sugeridos para execução de alguns eventos/métodos utilizados pelo Instituto EMATER; o manual aborda também sugestões de planejamentos, objetivos educacionais, avaliações, participação metodológica, checklist, orçamentos, facilitação gráfica e alguns exemplos de modelos de planilhas.

O conteúdo do Manual não são regras a serem seguidas meticulosamente, mas apenas o resultado da experiência de várias pessoas que utilizaram os passos até ao momento. Podendo haver algumas adaptações do que está escrito. Podendo também ser atualizado de acordo com a necessidade e realidade do Instituto EMATER.

Em função de alguns passos serem semelhantes. Sugere-se que ao pesquisar um evento/método leia outros similares para complementação e agregação de informações.

O executor de qualquer evento/método torna-se o principal sujeito, é ele o responsável pela determinação de qual objetivo será levado à prática da execução da atividade planejada, tendo em suas mãos, como única ferramenta de trabalho, as metodologias utilizadas para trabalhar a construção do conhecimento e as técnicas com o público selecionado.

Espera-se que as sugestões venham colaborar para fortalecer o relacionamento com nosso público em conseqüência contribuir para manter a imagem positiva do Instituto EMATER perante o público externo, interno, interessados e todos os parceiros.

2. OBJETIVOS

Utilizar como uma ferramenta de auxílio na execução das atividades relativas no planejado, visando aumentar sua efetividade e atender as expectativas dos métodos executados;

Contribuir para padronização da metodologia de eventos e métodos de ATER- Assistência Técnica e Extensão rural;

E

“Não há metodologia capaz de corrigir um objetivo mal definido”

“Devemos ter uma visão clara e sábia sobre viver livremente,

mas com responsabilidade sobre si e os outros”.

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Apresentar procedimentos, alternativas e soluções práticas fundamentadas na experiência de aplicações de eventos e métodos do Instituto EMATER, no Paraná;

Exemplificar passos para realização de eventos;

Assegurar clareza e compreensão para todos que utilizar o Manual.

ALGUNS EVENTOS / MÉTODOS UTILIZADOS NO INSTITUTO EMATER.

3. ASSEMBLEIA

DEFINIÇÃO OBJE-

TIVO

UTILI-

ZAÇÃO

VANTAGENS LIMITAÇÕES

É o conjunto de representantes de uma comunidade que possuem pode- res de legislação; É uma reunião de pessoas que tem interesse comum, especialmente convocada por determinação legal, regulamentar ou estatutária, para resolver assuntos submetidos à sua deliberação.

Expor

opiniões,

debater

e tomar

uma

decisão

conjunta

sobre um

tema

específi-

co.

Para discutir, debater e deliberar sobre temas pré determina-dos de elevada importância para grupos, classes, determina-das regiões, entidades.

Serve como democracia participativa; Oportunidade de participação de todos os presentes; Forma agradá-vel de resolver problemas; As conclusões são submetidas à votação, transformando-se em recomendação da assembleia.

Devido ao fato da assembléia ser formada por pessoas com diferentes pontos de vista e opiniões, nem sempre é fácil chegar a uma tomada de decisão; Inibição de alguns partici-pantes perante a rapidez e ou a falta de clareza da pauta dos assuntos postos em votação;

Se houver falta de legitimi-dade, pela falta de consciência do que foi votado pode levar ao participante ao descrédito e desmotivação.

Obs.: O Instituto EMATER normalmente utiliza a metodologia assembléia nas atividades de organização, principalmente em Associações, Cooperativas e Condomínios Rurais.

PASSOS PARA REALIZAÇÃO

Duração: Depende do assunto e da sua complexidade.

Modalidade: Na modalidade de Assembléias Gerais, podem ser:

“Não há saber mais ou saber menos,

há saberes diferentes”. Paulo Freire

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Assembléia geral de constituição: será realizada por ocasião da constituição de organização formal, havendo necessidade de publicar o edital de convocação;

Ordinárias: quando convocadas para tratar de assuntos referentes à prestação de contas, eleições, etc. que são previstos e estabelecidos no estatuto;

Extraordinárias: para tratarem de outros assuntos que surgiram, por exemplo, reforma de estatuto, autorização para aquisição de bens e contratação de financiamento e outros.

Concomitante: ordinárias e extraordinárias juntas conforme o assunto a ser deliberado em cada uma delas. Deverá haver dois editais de convocação e duas atas para cada uma de acordo com o assunto.

Re-ratificação: a assembléia geral extraordinária pode re-ratificar matéria de todas as modalidades de assembléia citadas acima. É necessário que conste expresso da ordem do dia do edital de convocação o que pretendem re-ratificar; no caso de erro de convocação de assembléia ou de edital de convocação, deverá constar da ordem do dia da assembléia de re-ratificação, a data da assembléia que pretendem ratificar, incluindo a respectiva ordem do dia, para facilitar o arquivamento, a ata objeto de deliberação deverá estar transcrita após a aprovação da re-ratificação. Tratando-se de ratificação, é suficiente a referência aos assuntos ratificados, para sua convalidação. No caso de retificação, é necessário dar nova redação ao texto modificado.

Data, horário local: Estipular de acordo com as necessidades da organização e dentro do que estabelece o estatuto. Convocação: convocar no mínimo de 10 dias os associados ou interessados para participar. Esta convocação é feita por meio de um Edital, afixado na sede da entidade, publicado em jornal ou de outra forma, de acordo com o estabelecido no estatuto da entidade. Quorum das Assembléias: já devem estar estabelecidas no Estatuto. Roteiro de uma assembléia: é necessário que haja um preparo de material de recursos auxiliares para facilitar o entendimento, por exemplo, data show, flipchart, etc. Equipe de Apoio: A coordenação da Assembleia deve se reunir com o pessoal de apoio a fim de tirar dúvidas e definir responsabilidades, dependendo da duração e do número provável de participantes, poderão existir pessoas ou equipes responsáveis por: recepção, coleta de assinaturas, atendimento à mesa de trabalho; teste de equipamentos, arrumação do local, limpeza; transporte de material; etc. Livro de Presença ou Lista de presença: Deverá ser assinada por todos os presentes. Este documento é importante para a verificação do quorum de instalação e de deliberação da Assembléia. Deverá ter um cabeçalho com data, hora, local, e o título da assembléia. Assessoria: Se houver essa assessoria como mestre de cerimônia. Inicia dando boas vindas, apresenta objetivo, assuntos gerais e convida o presidente para tomar parte da mesa.

Flipchart: conhecido no Brasil como tripé ou cavalete, usado geralmente para exposições

didáticas ou apresentações, tem um bloco de papéis. Onde o apresentador escreve.

Quando o quadro está cheio, o apresentador simplesmente vira a folha - em inglês, flip.

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Presidente: Em uma assembléia ordinária o presidente solicita informações ao secretário sobre o quorum e declara aberta a assembléia, compõe a mesa com a diretoria e autoridade, solicita ao secretário ler o edital. E retorna com a palavra com o assunto da assembléia, pede ao contador fazer a prestação de contas, a auditoria ler o parecer, conselho fiscal apresenta o trabalho desenvolvido, o que for para votação o presidente coloca em votação da forma já planejada. Se necessário o presidente poderá indicar um presidente “ad hoc” para terminar de conduzir os trabalhos já planejados. Votos: É a expressão mais clara da participação. As decisões podem ser votadas por:

Aclamação: é um processo aberto; Secreto: para assuntos mais delicados visando a não

exposição dos participantes; Nominal: cada associado, de viva voz, declara sua vontade;

Aberto (simbólico): o associado manifesta sua posição. Não podem votar os associados

com vínculo empregatício com a organização, os membros do conselho de administração, e

fiscal nas votações de contas, relatórios, honorários e gratificações e os associados

admitidos após a publicação do edital de convocação da assembléia geral.

Após realização da assembléia: tomar as providências necessárias que foram deliberadas durante o evento, enviar documentos necessários à órgãos competentes em que a organização está ligada, como atas, demonstração contáveis, relatórios, pareceres e outros conforme as exigências legais. Observar as exigências das juntas comerciais.

Colaboração acima de José Custódio Guimarães Junior

Administrador de empresas Área de Organização – Instituto EMATER

Ad hoc: significa “para esta finalidade", “para isso” ou "para este efeito". É uma

expressão latina, geralmente usada para informar que determinado acontecimento

tem caráter temporário e que se destina para aquele fim específico.

Exemplo

de

um

Modelo

de

Edital

Fonte: Souza, João Nishi de, Manual Operativo, Curitiba, EMATER, 2011, pág. 34

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4. CAMINHADA OU CICLOTURISMO

DEFI-NIÇÃO

OBJE-

TIVO

UTILI-

ZAÇÃO

VANTAGENS LIMITA-

ÇÕES

Ampliar o

entendi-

mento

sobre os

espaços

rurais;

Mostran-

do suas

funções

além da

produção

agrope-

cuária,

como sua

vocação

para a

conser-

vação

ambien-

tal, sua

função

social e

cultural.

Promover

a

integração

do homem

com a

natureza,

estimu-

lando o

desenvol-

vimento

territorial

sustentá-

vel.

Servir

como

um

“Instru-

mento

de

aproxi-

mação

do

Urbano

e do

Rural”

Intera-

gir,

exerci-

tar o

corpo,

melho-

rar

relacio-

namen-

tos.

Interação do público urbano com o rural, a educação dos envolvidos e a interativi- dade entre os agricultores familiares e a realização de novos negócios;

Estimula e promove o desenvolvimento territorial sustentável;

Propicia uma oportunidade para os agricultores familiares divulgar e comercializar os produtos e serviços das suas propriedades e comunidades;

Resgata a auto-estima das famílias que participam dos circuitos;

São internacionalmente conhecidas co-mo “Esporte Popular” não competitivo; Integração das famílias da comunidade; Apresentação dos resultados alcançados; Participação dos jovens e mulheres, com relatos próprios e realização de grupos de reflexão separadamente dos demais; Difusão do trabalho da extensão; Envolvimento de entidades parceiras das comunidades.

Comunida-des e par-ceiros tem que estar motivados;

Necessidade de Circuitos que tenha atividades

Ex. Agroin-dústria , proprieda-des com a participa-ção da extensão rural, proprieda-des que explore o turismo rural, etc.

Necessidade de equipe treinada na metodologia

PASSOS PARA REALIZAÇÃO

- Os circuitos ocorrem em ambientes rurais da agricultura familiar. A formatação do trajeto

do circuito segue uma lógica, que permite o caminhante a observar as características

geográficas do lugar, a paisagem rural, as práticas de agricultura familiar e a cultura local. A

definição do percurso pode se adequar aos diferentes públicos que participam da

caminhada.

- Devem ser planejadas e organizadas pelo Instituto EMATER em parceria com outras

entidades locais e ou regionais, principalmente as Prefeituras Municipais.

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- O evento é composto, além do circuito de caminhada, por Café da Manhã e Almoço, feiras

de produtores locais, manifestação cultural local e comercialização de serviços para os

caminhantes.

- O envolvimento da comunidade local é imprescindível para a realização do evento, de

acordo com os princípios de desenvolvimento sustentável local.

PASSOS - TODOS OS PASSOS SERVEM PARA CAMINHADA OU CICLOTURISMO

Organização: A organização do evento deve ser realizada por uma equipe local composta por entidades, do poder públicos ou não, comprometidos com o meio rural e seu desenvolvimento Pré evento - Reunião com representantes das comunidades e parceiros, explicando o objeto do evento, apresentando as propostas e os objetivos da caminhada, e a importância para as demais comunidades da região. A finalidade desta reunião é para buscar o entendimento da metodologia e o total apoio das famílias na dinamização do trabalho. Cadastro ou Credenciamento: O cadastro deve ser realizado por uma associação de agricultores familiares que tenha estatuto, e o mesmo será encaminhado junto com a ficha de credenciamento assinada para ANDA BRASIL. Gerando um código único para cada circuito anual e recebe o aval da entidade internacional Obs. Quando tiver o cadastro da caminhada posso realizar com a mesma numeração o Cicloturismo.

Reunião: para definir o circuito e distribuir responsabilidades. (tarefas)

Divulgação: Através de convites as comunidades, priorizando a princípio as famílias dos grupos referência trabalhados pelos técnicos do sistema de extensão rural, nos municípios da ADI, convidar lideranças municipais. De preferência impressos e entregas em mãos. Inscrições: Os caminhantes devem se inscrever previamente, pela internet site ecobooking ou pessoalmente na instituição local que coordena a caminhada. Deixando telefone, e mail, endereço. No dia da caminhada, os participantes receberão o crachá e os carimbos dos pontos de apoio, que pode ser um folheto, com as informações básicas do percurso mas que tenha onde carimbar.

No folheto deverá conter a descrição da Caminhada: Dia escolhido para a caminhada, previsão do clima, horário de início e término, descrição do circuito. O coordenador da caminhada deverá ter o número prévio de participantes, número de pontos de controle, número de pessoas envolvidas na organização, número de propriedades rurais e produtores envolvidos, material de divulgação da caminhada, sinalização, envolvimento comunitário, parcerias estabelecidas, entre outros.

“Fazer caminhada é levar o cérebro para passear. Isso cansa as

pernas, mas areja a cabeça" Ivaldete Zarpellon

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Horário: as caminhadas devem possuir horário de início e término definidos, porém o

caminhante é livre para permanecer no circuito e/ou nos equipamentos disponíveis,

estando ciente de que a estrutura do evento possui um tempo de funcionamento limitado.

a) Deverá ter as placas de sinalização padronizadas com o IVV, (Federação Internacional de Esportes Populares) as quais devem ser fixadas em lugares visíveis e estratégicos durante o percurso.

b) Trajeto: deve ser viável para ser praticado por todos os públicos (crianças, idosos, portadores de deficiências). O percurso deve ser acessível, em casos de trajetos severos deve-se informar o caminhante e viabilizar formas de apoio para pessoas com dificuldades de locomoção. Cada caminhante pode realizar a caminhada de acordo com sua capacidade física.

Dicas :

a) Cada Caminhante deverá levar a sua garrafinha d'água, possui a função de estocar água ao caminhante durante a atividade, a qual leva, em média, em torno de 4 horas para ser concluída. A organização local disponibiliza galões de água, onde o reservatório pode ser abastecido. Descrição: reservatório de água em material atóxico.

b) Venda de Camiseta: é uma importante ferramenta de promoção das Caminhadas, visto que o caminhante a utiliza em outras ocasiões, divulgando, involuntariamente, a atividade e colaborando na formação e fortalecimento da imagem da marca. A camiseta possui a marca das “Caminhadas na Natureza – Paraná” e os logos das entidades parceiras o projeto. Descrição: camiseta branca fio algodão 26, com impressão frente.

c) Venda de Mochila: de tecido tem apresentado-se um ótimo equipamento de apoio ao caminhante por sua funcionalidade, considerando que uma das propostas do projeto é a comercialização de produtos da agricultura familiar e a mochila possibilita ao caminhante transportar suas pequenas compras. A mochila possui a marca das “Caminhadas da Natureza – Paraná” e os logos das entidades parceiras o projeto. Descrição: sacola em algodão (32LX41H) com 4 cores impressas (cromia) com cordão em algodão com dois ilhoses.

d) O café da manha e o almoço que será comercializado pelas famílias da comunidade ou empreendedores locais aos participantes inscritos.

Orientações:

Trajeto, preferencialmente circular, de aproximados Km

05 a 09 - curto (neve e deserto)

10 a 15 km - médio (recomendação de 10 a 12)

15 a 20 Km - longo

25 a 30 km para Ciclo turismo

Em casos de trajetos não circulares, recomenda-se que ao final do percurso seja disponibilizado um veículo para locomoção dos caminhantes ao ponto de início do circuito.

a) Postos de controle: alocados a cada 2,5 km em média com serviços de

fornecimento de água, complementação alimentar, comercialização de

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artesanato, agroindústria familiar e/ou manifestações culturais locais. Os postos de controle devem ser fixados em locais estratégicos, onde haja estrutura adequada para a permanência dos atendentes, os quais devem estar devidamente instruídos para fornecer informações sobre o circuito e características geográficas e culturais da região.

b) Equipes de resgate e atendimento médico: a organização local deve disponibilizar equipes de resgate e atendimento médico para os caminhantes e equipe local. Este auxílio é imprescindível para garantir a segurança da atividade. Sugere-se que a equipe organizadora disponha de equipamentos para comunicação móvel.

c) Capacidade Física - Cada caminhante pode realizar a caminhada de acordo com sua capacidade física e no seu ritmo

d) Carimbos de postos de controle: a organização local deve providenciar um crachá do circuito, a qual será carimbada a cada posto de controle. Estes carimbos são de responsabilidade da organização local e devem ser diferenciados do carimbo oficial do circuito.

e) Carimbo oficial do circuito: ao final da caminhada, o caminhante ganha uma carteirinha internacional que deve ser carimbada com a logo do circuito, o qual possui a numeração internacional.

f) Modelo carimbo Caminhada anexo g) Modelo carimbo Cicloturismo - anexo h) Caderneta de caminhante: padronizada, é entregue na 1ª primeira caminhada

do participante e deve ser levada pelo mesmo a todos os circuitos para receber o carimbo do mesmo. Ao ser preenchido, com 10 carimbos de circuitos diferentes, a caderneta deve ser encaminhada Digitalizada para o e-mail: [email protected] para o recebimento do diploma de caminhante. (os botos serão adquiridos no site da Anda Brasil)

i) Plano de premiação ao final de cada caminhada: sugere-se que ao final de cada caminhada seja realizado sorteios de brindes coletados no comercio local, uma forma de incentivar os caminhantes, e não um pré-requisito obrigatório.

j) Plano de estímulos para que caminhantes estejam sempre presentes em outras caminhadas: as organizações locais e regionais podem elaborar planos de estímulos para os caminhantes, os quais consistem na entrega de brindes, gratificações, diplomas e realização de divulgação integrada entre os circuitos.

k) Divulgação internacional: todos os circuitos devem ser cadastrados no site da Anda Brasil, possibilitando a promoção internacional das caminhadas.

l) Divulgação Nacional: através do site do Ecobooking e pelo site da EMATER e e-mail encaminhados pelo Turismo Rural do Instituto EMATER aos caminhantes cadastrados.

Realizar na(s) comunidade (s) feiras de artesanato e agroindústria: no local de inscrições sugere-se a criação de uma feira que comercialize produtos locais, beneficiando as famílias rurais da região.

Almoço de confraternização – Bem planejado, horário, quem fará o almoço, etc.

Apresentação Cultural: importante para divulgar os talentos da comunidade ou região.

RESULTADOS E AVALIAÇÃO DA EXPERIÊNCIA

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a) Avaliação do evento: dos coordenadores e participantes apontamento dos

pontos positivos e negativos, oportunidades e ameaças, de desde o processo de planejamento e organização até a execução da caminhada;

b) Para quem fez a inscrição pelo site do ecobooking terá disponível um formulário de avaliação e sugestão da caminhada

c) Recomendações: informações úteis para a organização da próxima caminhada; d) Arquivo Fotográfico: Deverá ser registrado da caminhada através de fotos ou

filmes. Importante: para realização das caminhadas os organizadores terão que passar por uma capacitação que é de responsabilidade da EMATER através do Time de Turismo Rural CARIMBO CI CICLOTURISMO:

Ideal colocar o Croqui no

verso

SÍMBOLO DA CAMINHADA

MODELO DO CRACHÁ:

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SÍMBOLO DA SINALIZAÇÃO

Colaboração de Ivaldete Aparecida Zarpellon

Coordenadora Estadual de Turismo Rural. Instituto EMATER

MODELO DE

CROQUI DO

CIRCUITO:

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5. CAMPANHA EDUCATIVA

DEFINIÇÃO OBJETIVO UTILIZAÇÃO VANTA -

GENS

LIMITA-

ÇÕES

Método massal que consiste numa seqüência de atividades educativas concentradas, realizada em relação a determinado assunto. As ações são realizadas por etapas, relacionadas entre si, no sentido de provocar mudanças no modo de pensar, sentir e agir de um grupo de pessoas com interesses diversos; Consiste no emprego ordenado de várias técnicas de comunicação e atividades educativas realizadas em relação a um tema definido, durante um período de tempo; Um conjunto de peças que são criadas objetivando atingir um determinado público-alvo.

Divulgar e

conscientizar

sobre

determinado

assunto de

interesse.

Deve ser suficiente-mente abrangente para fazer a diferença, mas gerida de modo a produzir resultados o mais rápido possível.

Para “falar mais alto”, chamando a atenção de comunidades rural e urbana para uma temática importante e orientar os líderes de opinião para soluções. Concentrar esfor- ços para cons-cientizar, mobilizar e envolver um público no conhecimento e solução de problemas e promover mudanças no modo de pensar, sentir e agir das pessoas, adotando novas idéias.

Gera esforços para produzir mudanças, acelerando adoção de práticas; Possibilita a combinação com várias ações ou eventos coordenados integrada-mente num plano seqüencial; Desperta atenção em cima de um determina-do tema.

Desen-volvi-mento de uma campa-nha por vez;

Não pode misturar temas, desvia atenção e colabora para o insuces-so.

Obs.: Muitas vezes o Instituto EMATER participa ativamente de Campanhas que já vem prontas de nível federal, estadual ou municipal, com atividades pré determinadas. Campanhas mais conhecidas dentro do Instituto: Febre Aftosa, Plante seu futuro e outras.

PASSOS PARA REALIZAÇÃO Duração: O tempo é a chave de sucesso de qualquer campanha, aborda formadores de opinião e quando organiza eventos mediáticos. A fixação do tempo é conforme o conteúdo, o público e o objetivo. Pode durar uma semana, um mês ou vários meses. Geralmente as campanhas têm um longo espaço de tempo. Planejamento:

Mediático: acontecimento que atrai a atenção de organizações de meios de

comunicação, particularmente jornais, telejornais e jornais na internet.

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Trabalhar as etapas para o planejamento de uma campanha.

Análise do problema – Justificativa;

Elaborar os Objetivos;

Comissão central – Parceiros;

Tema a ser abordados, amplitude e alcance;

Mensagem;

Manual da Campanha;

Programação: antes: orçamento, divulgação, durante: realização e depois, acompanhamento;

Avaliação. Elaborar a justificativa: O ponto de partida é o levantamento do problema. Desenvolver uma campanha passa por colocar um problema em agenda, verificando possibilidade de soluções, criando suportes para a sua resolução, programar uma campanha passa pela definição de estratégias para atingir objetivos aos níveis local, regional, nacional ou internacional. Pensar em qual o aspecto será trabalhado através da campanha. Objetivo: Para saber exatamente aonde se quer chegar elabora os objetivo que devem ser claro e bem definido para manter o propósito do método. Os objetivos podem ser de curto, médio ou longo prazo. Levar em consideração o público alvo, as suas preocupações, valores e interesses. Compreender quais são os principais desafios e tarefas. Analisar as forças e fraquezas em termos da concretização dos desafios e execução das tarefas. Análise as oportunidades que são possíveis explorar e as ameaças que a campanha pode enfrentar. Comissão central: Fomentar uma campanha passa por reunir o esforço de pessoas e organizações para fazer a diferença. Há necessidade de mobilizar e envolver parceiros numa meta comum, cada um com uma atividade determinada, com a finalidade de elaborar a programação e definir ações, elaborar um manual da campanha. Tema: Eleger o tema partindo da proposta do problema. O ponto de partida é a reflexão sobre o que o público-alvo necessita ouvir para poder ser motivado a aceitar uma nova idéia e adotá-la. As melhores campanhas são as que têm uma face pessoal e humana. As pessoas gostam de se identificar com histórias, para que possa relacionar. Mensagem: Elaborar a mensagem que é uma frase persuasiva acerca dos objetivos da campanha que reflete o que se pretende atingir. Para elaboração da mensagem. Realizar o questionamento: por que, quem, como, quando, onde. As mensagens específicas apropriam-se a alturas específicas. Por vezes necessitamos de uma mensagem forte, que poderá até perturbar algumas pessoas, mas chamará para o problema. Em outros momentos necessita modelar a linguagem. O desafio é contrabalançar os tipos de mensagens, garantindo o que pode funcionar integralmente. Para desenvolver a mensagem:

Definir a mensagem principal;

Criar uma mensagem simples que pode ser um grande impacto, deve despertar curiosidade, paixão e envolvimento;

Usar linguagem clara e poderosa;

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Criar mensagens de suporte para cada um dos públicos-alvo;

Utilizar imagens, elas guardam até cinco vezes mais do que qualquer mensagem escrita. Principalmente imagens positivas;

Realizar divulgação. Tudo dever ser repetido;

Manter a mensagem até que ganhe poder de influência;

Não usar jargões.

Manual da Campanha: É um “livro de dados”, que é realizado num formato simples e o mais completo possível, dependendo da amplitude da campanha. Deverá conter todos os dados e informações sobre a campanha. Como análise do problema, justificativa do porque da realização, descrição geral da área onde se desenvolverá relação das fontes e dos canais de comunicação, calendário de atividades, lista dos patrocinadores, relação de nomes de pessoas que estão envolvidos e suas funções, relação de materiais e recursos utilizados, benefícios, orçamentos, e todas as informações necessárias. Servirá esse Manual como um guia e um regulamento para realização do evento. Cronograma: Montar o calendário de ações estabelecendo limite de tempo para cada ação. Programação: Antes:

Conhecer o público-alvo para conseguir envolver. Se quisermos desenvolver uma campanha com um alcance significado precisamos chegar a um número abrangente de pessoas. As estratégias e táticas baseado em pessoas são essenciais para organização de campanhas;

Observar a necessidade do Público sobre o tema, para a montagem do objetivo. Não esgotar esperanças para atuar;

Definir uma identidade e uma mensagem para ser eficaz;

Identificar onde se localizam as audiências;

Estabelecer estratégias para agir;

Agir para mudar e desenvolver; Avaliar para melhorar, a avaliação é um processo contínuo.

Orçamento: Cada campanha requer recursos. Tem que começar por ter acesso aos recursos que possui e que pode buscar e construir. Algumas questões orientadoras: Quais são os

patrocinadores e apoiadores que podem nos assessorar com recursos? Quantos membros/ voluntários existem? Quantos candidatos potenciais? Qual a nossa fonte de poder? Qual a

nossa reputação? Que informação tem disponível? Que redes existem e que podem ser usadas? Que recursos indiretos temos ao nosso dispor? Quais fontes o Instituto possui que

podemos utilizar? Quais vantagens e recursos possuímos? Já planejamos esses recursos? Devemos fazer uma planilha dos custos e recursos de que iremos

precisar para desenvolver adequadamente a campanha. Obs. Ver em Orçamento a Planilha de orçamento (página 205) neste Manual. Programa de atividades: Constatar no programa quais e quantos métodos será mais efetivo para utilizá-los durante a campanha, como por exemplo, reuniões, excursões, cursos,

Jargão: significa uma linguagem pouco compreensível, viciada que

revela conhecimento imperfeito de uma língua. Em muitos casos pode

ser específica de determinado grupo profissional ou sociocultural.

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palestras, seminários, conferências, workshops, mesas-redondas, exposições, eventos desportivos, sensibilização porta-a-porta, encontros, fóruns, teatro de rua, mesas redondas, exposições, eventos desportivos, Road shows, etc.

Divulgação: Devem ser extremamente divulgadas. A repetição contínua da mensagem e a utilização de todos os meios de comunicação possíveis influenciam decisivamente nas adoções. Variam de acordo com cada campanha. Levar em consideração a duração e amplitude, orçamentos, meios de comunicação existente. Sensibilizar pessoas, parceiros e organizações estratégicas, como personalidades locais, líderes de organizações que o ajudam a dar visibilidade à campanha. Execução: Durante: Nessa fase o público envolvido será diretamente atingido. É todo dinâmico e contínuo e a sua divisão em etapas proporciona vantagens para um melhor estudo sobre como usar os métodos e os meios de comunicação ao longo de toda metodologia da campanha. Compreende: Lançamento da campanha, desenvolvimento progressivo, concentração e complementação.

Lançamento: Convidar o público, autoridades e parceiros interessados e principalmente a imprensa. Pode ser em formato de uma reunião. Com caráter promocional e noticioso. Fazer a divulgação do lançamento através das mídias existentes.

Desenvolvimento progressivo: Refere às providencias e procedimentos programados que deverão ser executados. Inicia já após o lançamento, é necessário manter o interesse do público através dos mais variados métodos e eventos. Divulgar esses métodos e convidar o público alvo.

Concentração: Visa atrair o público para as atividades práticas. É o momento prático da campanha.

Complementação: Nesta fase são fornecidas as informações adicionais a respeito das práticas que a campanha está procurando introduzir. Por exemplo, uma campanha de introdução de nova variedade de algum cultivo, culminará pouco antes da semeadura e terá que ter continuidade fornecendo informações complementares sobre o cultivo, controle de doenças, ervas daninhas, métodos de colheita e outras informações. Existe campanha com premiações. Que deverá ser incentivadora e ser planejada no orçamento.

Após: Avaliação: É a medida do progresso obtido em relação aos objetivos e metas previstas. Tem que ser um processo contínuo, que pode ser realizada em todas as etapas para retroalimentação do planejado. Os sucessos e insucessos precisam ser analisados para se perceber o que contribuiu para os resultados, serve também para aprender com as ações passadas o que deu certo e o que foi desafio. É importante avaliar a evolução da campanha, em intervalos regulares e no final. A avaliação no final da campanha permite-lhe extrair lições para futuras campanhas. Considerar o que realmente deseja avaliar. Qual mudança esperada em relação a conhecimentos, atitudes, compreensão, práticas, habilidades,

Road show: é uma apresentação ou evento para divulgação da campanha em outros locais.

Pode ser itinerante, que irá ser montado e desmontado, sendo levado para vários lugares

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interesse, necessidades e adoções. Selecionar métodos e ferramentas adequadas para a realização das avaliações. A avaliação deverá também ser durante par retroalimentação. Conclusão:

A campanha não substitui outro método educativo;

Nem todo problema justifica uma campanha;

Uma campanha encerra com a apresentação dos resultados alcançados;

É interessante que cada campanha abrange somente uma única idéia/ objetivo.

6. COLÓQUIO

DEFINIÇÃO OBJETIVO UTILIZA-ÇÃO

VANTAGENS LIMITA-ÇÕES

Um espaço de conversação ou palestra entre duas ou mais pessoas onde se debate um determinado assunto;

Palestra direcionada ao instituto inteiro, transcendendo as fronteiras entre educandos e educadores e entre diferentes áreas de pesquisa;

É uma maneira formal de apresentação de um dado conhecimento específico.

Esclarecer um

tema ou

tomada de

decisão,

apresentado

por um

profissional de

renome e com

notório saber

do assunto.

Para discutir organizada-mente um tema específico de interesse do público;

Para comparti-lhar pontos de vista.

Possibilidade de apresentar o tema diretamente ao público-alvo interessado;

· Possibilidade de existir es-paço para de-bate direto;

Possibilidade de tirar dúvidas.

Po Pode-se tornar um pouco aborrecido para a platéia;

· O tempo excessivo torna-se menos interessante para os ouvintes.

Obs. Para apresentar um colóquio é preciso elaborar um texto, o qual deverá ser apresentado durante a exposição. O trabalho apresentado costuma ser uma comunicação.

LEMBRETE:

O colóquio é semelhante à conferência. Utilizado para classes específicas. Restrita para discutir um tema específico e destinado para esclarecer dúvidas de um tema ou tomada de decisão. Mais utilizado por classes específicas;

Deve ter seu tema central definido com antecedência. Selecionar o público e distribuir os convites dos participantes com antecedência;

Negociar com antecedência o(s) palestrante(s). Que deverão ser especialistas de renome, a critério do demandante do evento;

Dependendo da complexidade do assunto a ser discutido, pode-se formar uma segunda mesa de expositores.

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PASSOS PARA REALIZAÇÃO DURAÇÃO: Pode ser realizado em apenas 1 (um) dia. Mas dependendo do conteúdo do colóquio pode durar até 3 (três) dias. Abertura: Com a composição da mesa de autoridades; se necessário ou somente a mesa com o palestrante. Moderador: Escolher com antecedência o moderador, que será a pessoa encarregada de passar a palavra a quem solicitar, levantando a mão ou crachá, por etapas e administrar o tempo de cada interferência, cortar a palavra, se necessário caso passe o tempo estipulado ou fuja do assunto, anotar as discussões e os argumentos, concluir o colóquio com uma síntese das idéias mais importantes que foram discutidas, apresentar a platéia o resultado que deverá ser aprovado e outras atividades necessárias de um moderador. Poderá também ser escolhido no dia, desde que a pessoas eleita saiba qual o papel do moderador. No início: Faz sua apresentação, apresenta o currículo do(s) especialista(s) que compõem a mesa e apresenta as regras dos trabalhos; Estabelecer regras com todos para realização do colóquio, por exemplo:

Preparação do tema. Antes de iniciar o colóquio, os participantes deverão ter a claridade sobre o assunto;

Preparação e a condução do colóquio. O moderado com ajuda de vários integrantes do colóquio, constrói entre 3 a 5 perguntas sobre o tema. Abre para o debate e orienta a discussão;

Definir a forma de distribuição das cadeiras. Verificar o número de participantes. Para um grupo pequeno o interessante seria 15 pessoas, em forma de círculo ou semicírculo, em forma de “U” quando houver mesas. O moderador fica no centro;

Que seja no máximo 1 minuto por pessoa para cada intervenção;

Se necessário dividir a platéia em subgrupos para a discussão do assunto, posterior a apresentação do especialista;

Falas da plenária devem ser feitas em bloco antecedida por identificação por meio de crachá;

Definir tempo para exposição do(s) palestrante(s) - Tempo para intervenção da plenária, concedendo até 03 minutos a cada fala e 01 minuto para conclusão; e cinco minutos para fala final do(s) componente(s) da mesa;

O moderador passa a palavra para o especialista que fará sua palestra. Caso haja mais que um especialista o moderador fará perguntas, que deverá ser respondido por cada um dos integrantes, por ordem o moderador vai dando a palavra. A partir daqui, podem resultar vários pontos de vista distintos. O objetivo é que os mesmos participantes se animem a troca de idéias com os argumentos que sustentam a discussão. O especialista faz o debate do tema com a participação da platéia;

Normas: No colóquio deverão ser obedecidas as normas de respeito uns aos outros, saber escutar com atenção aos companheiros, apoiar as idéias se tiver de acordo. Jamais ridicularizar qualquer idéia surgida, somente argumentar se tiver razão. Na linguagem coloquial serão evitados os erros gramaticais, a deselegância de estilo e a gíria.

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Após o término: No máximo um dia. O moderador deverá apresentar o resumo ou a síntese do dia, se houver necessidade, que deverá ser aprovado por todos e discutir encaminhamentos se houver. Obs. No colóquio pode ter painel, mesa-redonda, exposição e mini excursões. Ler: PAINEL (pag.117); MESA REDONDA (pag. 100) e EXCURSÃO (pag. 67) neste Manual.

7. 8. 9.

Exemplo de uma programação de Colóquio Educação e Patrimônio: Cultura e Natureza nos Campos Gerais

Fonte: http://www.eventosappac.tmp.br/

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07. CONFERÊNCIA

DEFINIÇÃO OBJETIVO UTILIZAÇÃO VANTA

GENS LIMITA-ÇÕES

Evento bastante formal, que se caracteriza pela apresentação de um tema informativo; O tema pode ser geral, técnico, científico, literário, artístico. O conferencista expõe, para um grande número de pessoas, o tema previamente escolhido por um tempo determinado; Não são permitidas inter-rupções. As perguntas de-vem ser feitas ao final da apresentação, por escrito e identificadas que serão respondidas. Não existe espaço para discussão aberta como no Seminário; Exige a presença de um presidente de mesa que coordenará e cuidará da mediação dos trabalhos;

Do latim com + ferre, que significa “reunir”.

Informar, debater ou apresentar novas idéias;

Promover a transparência pública e estimular a participação da sociedade no acompanhamento e controle da gestão pública, contribuindo para um controle social mais efetivo e democrático que garanta o uso correto e eficiente do dinheiro público;

Apresentar um de-terminado assunto informativo, técnico ou científico por um especialista no assunto, para um grande número de pessoas para estu-dar, debater ou não, extrair conclusões.

É uma instância de participação social;

Promover a transparência pública e estimular a participação da sociedade no acompanhamen-to e controle da gestão pública, contribuindo para um controle social mais efetivo e de-mocrático que ga-ranta o uso corre-to e eficiente do dinheiro público;

Visa a um público específico que demonstra familiaridade com o assunto abordado; Pode acontecer a nível municipal, estadual e nacional.

Atuali-zar ou se envol-ver com temáti-cas novas;

Envolvi-mento maior com parce-rias .

Po Caso falte algum pales-trante a organiza-ção compro-mete a progra-mação, por isto há necessi-dade de um plano B.

.

PASSOS PARA REALIZAÇÃO

Duração: 4 a 8 horas por dia. Podendo ser de 1 (um), 2 (dois) ou 3 (três) dias, conforme a necessidade do tema a ser tratado. O coordenador define a quantidade de tempo. Não podendo ultrapassar a três dias. Pois poderá haver desinteresse por parte do público caso seja muito extenso. Para as palestras em média 1 hora, sendo 40 minutos para a

apresentação e 20 minutos para o debate.

Publico Alvo: Especialistas e interessados no tema. Geralmente é apresentada para um público superior a 50 pessoas.

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Formar uma equipe: Montar uma equipe dedicada, competente e comprometida que se

envolvam em todo processo.

Selecionar o tema: A escolha do tema é o primeiro passo da produção de uma conferência.

Para definir o conteúdo central será necessário um afunilamento de algum assunto, que faz

parte de um determinado nicho. Determinando os objetivos claros e específicos para o

tema escolhido.

Selecionar o Público: Com interesse no tema. E de acordo com o planejamento do Instituto EMATER. A quantidade de participantes dependerá do assunto a ser tratado e interesse do público. Definir a data e horário para a realização do evento;

Definir a duração: A duração do evento varia de acordo com a amplitude do tema e os

tipos de apresentação. Deverá ter o controle do tempo e colocar na programação diária os

intervalos, debates e coffee-breaks. Este tópico, aliado aos anteriores, representam o início

do planejamento do evento.

Montar o Cronograma: É uma das várias ferramentas às quais o bom coordenador do evento deve recorrer para se organizar. É a agenda e serve para que as atividades que ocorrerão durante o evento sejam organizadas por hora, ou até por dia caso o evento dure mais de um dia. Depende de cada tipo de conferência, mas de maneira geral, organize o seu cronograma colocando os dias nas colunas e os horários nas linhas. Assim, você terá uma planilha ampla para poder encaixar as atividades nos seus respectivos dias e horários de uma forma bem mais organizada.

Montar a Planilha do Orçamento: Ver Modelo (página 205) neste Manual

Montar o Cheklist: Nesta lista definir o coordenador da mesa e o conferencista. Providenciar

técnico para operação dos recursos audiovisuais. Organizar o momento para as perguntas que deverão ser feitas ao final da apresentação por escrito ou ao microfone e entregue por recepcionista, com identificação do autor; providenciar profissionais de apoio; prever cobertura fotográfica para o evento. Modelo Checklist (pagina 201) neste Manual.

Selecionar o Local: A realização de eventos com caráter de reunião de discussão, como palestras, conferências e congressos, possuem algumas demandas específicas que devem ser consideradas. O local deve ser em formato de auditório, possuir boa acústica, contar com cadeiras confortáveis para o bem estar dos participantes, boa iluminação é essencial e permitir o uso de equipamentos como data show, telão um ou dois conforme o tamanho do público, caixas de som, microfone, dentre outros.

Coffe-break: é uma expressão em inglês

que significa "pausa para café".

“Cada tipo de parceria precisa ser calculado em função dos custos gerais. A exposição da marca é negociada de acordo com o valor investido pelo patrocinador”.

“É essencial que o começo seja muito bem organizado

com planilhas especiais para cada etapa”.

“A definição do público alvo vem juntamente

com a delimitação do tema”.

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Visite o local e analise cada detalhe como um espaço para disponibilizar água e café para os participantes ou fazer um coffee-break, salas de apoio para se necessário os grupos de trabalho, até instalações elétricas, número de banheiros e saídas de emergência.

Selecionar os palestrantes e apresentadores: A escolha dos apresentadores e palestrantes é a chave para o sucesso do evento. Tenha bons profissionais no evento e como resultado verá que o público irá demonstrar que ir a Conferência foi realmente um investimento. O perfil do orador ou do expositor deve estar adequado às características e ao tema do evento. Verificar o logístico para os palestrantes, transporte, hospedagem alimentação, pagamentos se houver. Nesse caso já no orçamento verificar os patrocinadores.

Elaboração de certificados: verificar os procedimentos para a emissão, assinatura do responsável e como será a entrega ou disponibilidade desse certificado.

Definir a Programação:

Roteiro:

Abertura: Definir como se dará a abertura. Ela será em grande estilo com um coquetel inicial, um café de boas-vindas ou é mais conveniente começar com a fala de um dos convidados ou autoridades que apresentem o tema do evento. Para iniciar a conferência é imprescindível a presença de um presidente ou coordenador de mesa. O mestre de cerimônia ou o próprio presidente da mesa fará a convocação das autoridades para compor a mesa. O mestre de cerimônia passará à palavra as autoridades conforme a programação. Do menos importante para o mais importante da mesa. O presidente da mesa ou coordenador irá coordenar todos aos trabalhos. Fará apresentação do conferencista, apresentando os currículos dos especialistas que compõem a mesa e que serão os palestrantes. Apresenta as normas dos trabalhos, como será conduzido e estabelece a ordem das falas dos palestrantes, definindo uma duração ideal para cada uma delas de acordo com os assuntos abordados e o tipo de exposição planejado para cada convidado, encaixando-as dentro do tempo definido. As palestras precisam ser agrupadas sob eixos temáticos e as mesas são montadas com assuntos afins, para manter a coerência, facilitar as discussões e evitar repetições. Definindo a programação. Vale pedir aos convidados que enviem a apresentação para a produção antes da Conferência. Isso facilita a organização do roteiro. Um moderador deve ser designado para auxiliar o coordenador ou presidente da mesa na condução dos trabalhos e o conferencista na organização das perguntas e respostas. Em seguida, o conferencista realiza sua apresentação e expõe todos os aspectos previamente definidos. Após a exposição do convidado, a palavra poderá ser dada à platéia para questionamentos; contudo, quando se tratar de conferência de abertura de um evento maior, o espaço para as perguntas, deverá ser definido previamente, se haverá ou não, normas e procedimentos. Ambientação: Possibilita diferentes disposições do ambiente. As mais indicadas são: 1) A mesa principal é reservada somente ao anfitrião e ao conferencista - As autoridades são encaminhadas às primeiras fileiras do auditório, obedecendo à ordem geral de precedência. 2) A mesa principal é reservada ao anfitrião, ao conferencista e às demais autoridades - O conferencista faz a apresentação a partir da mesa principal. 3) A mesa principal é reservada ao anfitrião, ao

“Dependendo da complexidade do assunto a ser discutido, pode-se formar uma segunda mesa de expositores”.

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conferencista, as autoridades e demais pessoas que a coordenação determinar – Deve ser bem planejado esse tipo de ambientação para evitar que vire um tumulto de pessoas e atrapalhe. Tempo para os debates: A duração dos debates também é prevista com antecedência. Os convidados precisam saber se haverá e quanto tempo irá durar a interação com o público. Para quem comparece, também é essencial pontuar essa questão. O coordenador pode estabelecer um limite de perguntas ou até uma inscrição prévia para a fala. Com o tempo definido, há menos margem para imprevistos ou fugas do protocolo. Ao final dos debates, o presidente da mesa fará os agradecimentos ao conferencista, ao público presente, aos convidados. Discutirá como serão encaminhados os resultados e dará por encerradas as atividades.

É necessário planejar e reservar um momento no final do evento para que as perguntas sejam escritas pelos participantes, com identificação do autor e órgão de origem. Os formulários para as perguntas devem ser distribuídos previamente aos participantes para que possam ser entregues ao mediador e respondidas pelo Conferencista. Encerramento: Estabelecer como se dará o encerramento do evento. Pode ser um coquetel de fechamento, confraternizando com os participantes e comemorando os resultados do debate ou ainda uma fala especial reservada para fechar com chave de ouro. Outro momento importante é a hora de distribuir os brindes, se houver. Procure encaixar a distribuição no início ou no fim das atividades, para não interromper o andamento das atividades. Divulgação: Atualmente não existe evento sem divulgação on line. Chega ao público com eficácia. Direcionar ao público de interesse espalhar cartazes, folders ou flyers e convites para os principais convidados. É importante que toda a programação esteja muito bem definida antes dessa etapa, pois ela deve constar em todos os meios de divulgação utilizados. Verificar a necessidade de gravação ou filmagem da conferência que só pode ser realizada com autorização do conferencista. Expedir os convites.

Inscrição dos Participantes: Deverá haver inscrição antecipada para saber o número de participantes e facilitar no dia da conferência, há necessidade de ter vários colaboradores no momento da inscrição para evitar filas demoradas. Distribuir pastas, materiais, brindes nesse momento. Conforme o público as inscrições poderão ser realizadas on line.

Contratação de serviços: Com os dados obtidos no processo de inscrição, organizar e contratar os serviços de suporte que farão de sua conferência um sucesso: Buffet para coffee-break, brindes, equipamentos, panfletos e materiais gráfico. Nesse momento usar o checklist.

Crachás e fichas de identificação: Peças imprescindíveis. Colocar informações necessárias.

Flyers: materiais de marketing, maneira de caracterizar seu evento, produto ou serviço,

principalmente em áreas de alto tráfego. Do inglês, significa “algo que voa”.

“Prever cobertura fotográfica e jornalística do evento”.

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Nome em tamanho grande e legível. Caso tenha grupos de trabalhos os crachás poderão ter cores distintas indicando qual grupo o participante irá ficar.

Equipamentos e materiais: Caso vá trabalhar com grupos tomar o cuidado de faltar equipamentos suficientes para cada grupo. Testar equipamentos como computadores, data show, microfones, flipchart, etc. Durante a Conferência: Atentar ao cronograma, mantendo controle, e o tempo. Finalização da Conferência: Pesquisa de satisfação - Para saber a opinião dos participantes sobre as atividades, o que eles acharam dos temas abordados e dos palestrantes, o método mais utilizado. O ideal é que seja por escrito para futuras tabulações.

Pós Conferência: Importante quanto às etapas anteriores, momento em que será avaliado como tudo ocorreu verificando o que pode ser melhorado em uma próxima organização.

08. CONFERENCIA DE POLÍTICAS PÚBLICAS

DEFINIÇÃO OBJETIVO

São reuniões entre o governo e a sociedade civil organizada para discutir um tema específico como, por exemplo, ATER - Assistência técnica e Extensão Rural; a saúde; o meio ambiente; políticas rurais entre outros; São definidas oficialmente como espaços institucionais de participação e deliberação acerca das diretrizes gerais de uma determinada política podendo assumir caráter consultivo ou deliberativo; É um espaço democrático aberto pelo poder público e articulado com a sociedade para que todos possam participar na elaboração e avaliação de políticas públicas; Está sempre vinculada a um conselho de política pública ou um tema que esteja em debate na sociedade; Antes de se realizar uma conferência nacional, sempre ocorrem as conferências como locais, municipais, regionais ou territoriais e estaduais.

Proporcionar espaço de participação, representação e deliberação; Promover reflexão crítica e política; Possibilitar a discussão, avaliação e apresentação de propostas e diretrizes referente ao assunto em pauta. Avaliar e aprimorar algum Plano já existente. Chegar a um consenso para alcançar as metas e as prioridades estabelecidas.

“As conferências são importantes por proporcionarem a participação e a

representatividade de todos os segmentos no processo de construção de políticas

públicas específicas conforme o tema de interesse”.

Flipchart: (conhecido no Brasil como tripé ou cavalete) espécie de quadro, usado para exposições

didáticas ou para escrever que fica preso um bloco de papéis. Quando o quadro está cheio, o

apresentador simplesmente vira a folha (em inglês, flip), sem perder tempo apagando o quadro.

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09. CONFRARIA

DEFINIÇÃO OBJE-

TIVO

UTILIZAÇÃO VANTAGENS LIMITA-

ÇÕES

É um evento que reúne um grupo de pessoas em torno de interesses ou objetivos comuns;

Há muito tempo que a palavra confraria deixou de se referir apenas aos grupos religiosos, para ganhar um signi-ficado mais amplo. Hoje é muito utili-zado por pessoas e instituições para apresentação de produtos selecionados.

Incentivar de forma descon-traída a troca de conheci-mentos sobre o tema escolhido;

Apresen-tar, divul-gar, ava-liar, opinar sobre pro-dutos de interesse comum.

Para conhecer com detalhes o produto a ser oferecido na confraria;

Exemplificando pode ser confrarias gastronômicas, enogastronômicas, do vinho, da cerveja, da carne, do leitão ou ainda com outros objetivos.

Permite que os confrades* provem o produto ofertado;

Oferece a integração, o conhecimento do produto através da degustação;

Proporciona aos participantes momentos de

descontração, de confraternização, lazer, diversão, aprendizado, a troca de experiências

e opiniões;

Diminui custo médio do produto apresentado.

Alguns grupos são fechados e só aceitam convidados após a aprovação de todos;

Pode haver falta de convidados sem avisar ou participação contra vontade.

OBS. *Confrade/confreira, correligionário/correligionária: são os vocábulos utilizados para se referir aos participantes de uma confraria em relação aos outros membros da mesma.

O Instituto EMATER participa da “Confraria do Leitão”

Duração: Conforme o tema escolhido pode ser de 2 a 6 horas. Normalmente dura 4 horas. Realizada de forma freqüente. Pode ser Bimestral, anual.

PASSOS PARA REALIZAÇÃO Importância dessa estratégica metodológica por Ednei Bueno do Nascimento- Engenheiro Agrônomo do Instituto EMATER – Paraná. “A Extensão Rural ao longo dos anos utilizou-se de diversas metodologias de aprendizado com a utilização de princípios pedagógicos que embasaram toda a ação. Nos últimos tempos a produção de alimentos seguros, com forte componente cultural passou a ser valorizado em diversos segmentos da nossa sociedade. O Extensionista municipal e Regional pode utilizar desta metodologia, CONFRARIA, para angariar apoios das comunidades visando à valorização da produção local e ao mesmo tempo propor o resgate de produtos tradicionais e também da valorização dos saberes e fazeres das comunidades trabalhadas. Em outras palavras as Confrarias permitem a

Enogastronômicas:

estudo da relação

do vinho com a

comida

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inserção de outros segmentos sociais que podem se comprometer e formar opiniões que sejam favoráveis s produção de alimentos com qualidade e com segurança. A metodologia da Confraria se propõe a construir relações sociais que serão fundamentais no trabalho da extensão rural nos municípios e também faz a inserção dos Extensionistas neste cenário onde a valorização das relações pessoais, do valor da gastronomia, dos ambientes e das parcerias consolida uma forma de atuação”

Planejamento: Como todo evento o planejamento é a peça principal, pensar no local, levando em consideração os mínimos detalhes, por exemplo, alguns pontos abaixo:

Confraria é muito bem aplicada para:

Lançamento de produtos; balanço; potencial da força de trabalho, etc.

Novas campanhas de produtos;

Novas promoções de vendas e de programas de incentivo.

Montar uma equipe que vai organizar o evento: quanto mais comprometida maiores resultados. A integração da equipe é um desafio.

Data do evento: Planejar a confraria em um período pré-estabelecido.

Tema: Criar um nome para a confraria, que deve expressar o espírito do grupo. É interessante escolher um nome simpático para a Confraria, é motivo agregador. O ideal é fazer uma votação para a escolha do tema, isto costuma unir mais as pessoas.

Definir os objetivos: De forma clara esclarecendo os resultados esperados.

Montagem dos critérios: É importante criar critérios para que não se perca o controle do grupo, por exemplo: uma agenda que contemple a freqüência de reuniões (quinzenal, mensal), os temas dos próximos encontros, onde será a confraria, quem coordenará, etc. Data: Estabelecer uma data fixa para os encontros, por exemplo, toda primeira quartas-feiras do mês, algo assim, que facilite o agendamento e continuidade do grupo. Se for esperar o melhor dia para cada participante, é capaz de não realizar a confraria. Horário: Deve ser estabelecido e seguido rigidamente para que haja mais confiança e respeito entre os participantes. Quem se atrasar poderá ser multado ou como multa trazer um vinho na próxima reunião e outros. Uma medida prática para iniciar na hora e distribuir brindes, fazer sorteio, pode ser abrir um espumante, quem chegar atrasado perderá os brindes. Confrades: Vai depender da quantidade do produto a ser ofertado na confraria. Quanto

Confrades: Membros de uma sociedade d interesse que pode ser

de algum produto ou bebida ou religioso ou literária, etc. São os

que pertencem a mesma confraria. Por exemplo, alguma classe

específica como os médicos, os advogados são confrades entre si.

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menor o grupo há mais integração, não impedindo de ser também maior. Devem ser participantes apreciadores do produto da confraria. O convite deve ser aqueles que possam aproveitar esse momento e que tem interesse em conhecer mais sobre o produto em questão.

Infraestrutura: Verificar com antecedência toda infra-estrutura para evitar surpresas desagradáveis no momento do evento.

Material dos Participantes: Quem irá patrocinar os materiais, panfletos a serem distribuídos ou cartazes de divulgação, etc. selecionar os tipos de materiais.

Previsão Orçamentária: O evento de sucesso é aquele que marca pelos bons resultados, o que não inclui dívidas ou gastos imprevistos. Cada confrade pode também pagar sua parte em uma confraria.

Pratos: Na confraria do Leitão cada evento tem um local e um prato diferente. Com a intenção que ao longo do tempo, exista uma “rota gastronômica” e uma publicação para orientar os consumidores onde encontrar os melhores estabelecimentos e pratos dessa gastronomia.

Programação:

Coordenador: Em cada encontro da confraria deve haver um responsável ou coordenador que irá fazer uma breve apresentação do tema. Esta iniciativa estimula o estudo e ajuda a fixar o conhecimento. O sistema de rodízio faz com que todos participem de igual maneira no desenvolvimento da Confraria e o responsável pela pesquisa pode mudar a cada encontro. Depois de todos terem pesquisado, o ciclo renova-se.

“Torna-se cativante o hábito de confraternizar numa Confraria, porque para os participantes transforma em uma troca

de experiências, um prazer, uma diversão e uma espera para o próximo encontro”.

Degustação: Uma sugestão é organizar a degustação às cegas, escondendo o nome do rotulo da garrafa ou o nome do prato a ser servido para ajudar na avaliação, no aprendizado e para manter a imparcialidade.

Ficha de degustação: Sugere-se que monte uma ficha de degustação que contenha campos para nome do produtor, região, país, sub-região e observações gerais, como análise visual, olfativa e gustativa. Se for o caso de vinho, colocar a safra, tipo de uva.

“Com a experiência acumulada a Confraria do Leitão, criada em 2004, pretende ampliar suas atividades através de eventos que reúnam Escolas de

Gastronomia, Cursos de Nutrição e imprensa voltada para a gastronomia e divulgação da cadeia produtiva de suínos”.

Engenheiro Agrônomo ERONI BERTOGLIO um dos responsáveis pelos eventos da confraria do Leitão

Instituto EMATER - Paraná

“Na confraria NÃO HÁ PALESTRAS ou algum repasse de informações formais. As informações são repassadas se houverem questionamentos

em pequenos grupos, como uma conversa informal”.

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EXEMPLO DE MODELO DE FICHA.

MODELO SIMPLES DE FICHA DE DEGUSTAÇÃO – Modelo VINOTICIAS

Divulgação: mantenha os participantes devidamente informados sobre datas, horários, objetivos e temáticas dos eventos. Divulgar através da distribuição de folhetos e impressos, internet, telemarketing, etc.

Equipe de Apoio: verifique a necessidade de contratação de assessores ou ajudantes.

Local: Confira se o local escolhido para a realização do evento e se o local oferece equipe de apoio e valores caso seja cobrado. Como a Confraria são pessoas escolhidas, poderá ser realizada em forma de rodízio, isto é, cada confraria em algum local ofertado pelos próprios confrades. O ideal é que o local seja um ambiente descontraído e te familiar para que os confrades conversem, compartilhando idéias.

Final da Confraria: Avisar a data da próxima confraria. Fazer com a equipe a avaliação final.

DICAS ADICIONAIS: . Ficar atentos aos produtos oferecidos lembre-se o visual chama muito

a atenção. De forma geral as pessoas valorizam muito na primeira impressão o visual. E

depois o paladar, por isso os pratos necessitam estar apresentados de forma atrativa;

Fonte: http://vinoticiasbh.blogspot.com.br/2015/01/abc-de-como-criar-uma-confraria-de.html

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Evite, antes da degustação, comidas fortes, canapés picantes, ovo, chocolate ou café, porque em geral deixarão traços no paladar e isto irá “mascarar” a correta identificação do produto a ser degustado;

Algumas Confrarias são mais formais, com estatutos sociais e tudo e outras são somente grupos de amigos. De qualquer forma, é importante citar que os produtores de vinhos de todo o mundo dão a maior atenção a estes grupos, que são verdadeiras células de transmissão de conhecimento e formadoras de opiniões;

De qualquer forma, a dica mais importante, é tornar este hábito de confraternizar numa Confraria ser um prazer, uma diversão daquele tipo que você espera ansiosamente pelo próximo encontro;

Respeitar as opiniões individuais, evitando-se polêmicas que não ajudam a enriquecer em nada o relacionamento do grupo;

Não complicar porque na confraria quanto mais simples as regras, mais divertido, e todos vão querer repetir o encontro e este é o objetivo;

Não preocupar no caso de uma confraria do vinho se um vinho combinou com outro ou não, isso faz parte do aprendizado;

Escolha um participantes para preencher as fichas do que foi provado. Para escolher o melhor e o pior produto da confraria.

Planejar qual o produto que deverá ser em primeiro, segundo terceiro lugar e assim por diante.

Modelo de convite da CONFRARIA DO LEITÃO contendo sua Logomarca

Modelo de calendário da CONFRARIA DO LEITÃO contendo sua Logomarca

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Colaboração: Remi José Sterzelecki. Eng. Agrônomo.

Coordenador da Confraria do Leitão pelo Instituto EMATER – Paraná. Curitiba

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10. CONCURSO

DEFINIÇÃO OBJE-

TIVO

UTILIZA-

ÇÃO

VANTAGENS LIMITA-

ÇÕES

Evento de cunho cultural, científico ou tecnológico, coordenado por uma comissão, que estabele-cerá o regulamento, júri e premiação; Realizado através de uma competição construtiva e educativa, que demonstra aos participantes interessados que existem muitas maneiras para avaliar os resultados dos seus esforços; Do latim concursus, significa a concorrência ou o conjunto de pessoas. O conceito é usado para referir a colaboração, a participação ou a assistência em um determinado assunto;

Os concursos conhecidos No Instituto EMATER são “Produtividade de grãos”, “Qualidade Café Qualidade Paraná” “Qualidade de animais” e outros.

Integrar e desenvolver a criatividade por meio de um clima de competição saudável.

Estimular o incremento da produção, da validade de alguma atividade ou prática específica através do emprego de tecnologias inovadoras e manejo preconiza-do.

Para moti-var a ter resultados melhores de uma ativi-dade deter-minada;

Para despertar interesse do público sobre a va-lorização das suas atividades econômicas e sociais desenvolvi-das;

Medir comparati-vamente os resultados das ações realizadas em suas produções econômicas e sociais.

Desenvolve interesse no espírito competitivo;

Desperta interesse em obter um premio, uma recompensa;

Possibilita uma aferição dos níveis alcançados em relação a outros lugares; Atinge grande número de pessoas; Tem efeito estimulante e multiplicador; Mostra e motiva na prática os resulta-dos de inovações e de técnicas; Possibilita destacar pessoas de determinado lugar com resultados melhores.

Pode haver mágoas e dúvidas em relação a resultados não bem difundidos;

Pode gerar competição pessoal; Requer bastante envolvi-mento e responsa-bilidade da organização

Requer tempo e bastante envolvi-mento da equipe.

Duração: O período de tempo em que será realizado o concurso varia de acordo com as atividades e os objetivos que se pretendem alcançar.

PASSOS PARA REALIZAÇÃO Planejamento: Trata-se de um método eficiente e eficaz, que exige um bom planejamento e condições para a sua realização: Organizar o concurso de forma que haja participação voluntária de todos os interessados. Comissão: Formar uma comissão do evento, onde participarão os parceiros e interessados. Definindo funções para cada participante da comissão.

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Regulamento: A comissão deverá elaborar um regulamento com as regras que regerão o concurso. Apresentar as diretrizes do concurso em regulamento que contenha tema, objetivo, registro em órgão competente (se for o caso), data de início e término, público alvo, finalidade, área de abrangência, critérios de participação e julgamento, inscrições, restrições, sanções, júri e premiação, transporte, lanches, juízes, equipe médica e ambulância se necessário e outras informações e dados que acharem interessante a serem colocados no regulamento. Divulgação: Divulgar o concurso bem como divulgar amplamente os resultados, garantindo a transparência do processo. Utilizando todos os meios de comunicação existente no local e região. Divulgar com bastante antecedência, tendo por base a data limite para inscrições. Prever cobertura fotográfica antes, durante e depois da realização do concurso. Data: Escolher a melhor época. Evitar qualquer atitude ou ação de parcialidade. Visita da comissão: Avisar a todos os concorrentes que são participantes voluntários dentro do grupo escolhido conforme o tema, o dia e a hora em que receberá a visita da comissão para auferir ou acompanhar resultados. Sendo possível levar a imprensa nesta ocasião. Jurados: Compor o corpo de jurados. Negociar de forma que haja representantes dos setores que estão organizando ou mesmo m participando. Premiação: Organizar cerimônia de premiação, prever como será forma de premiação para os melhores colocados. Na apuração dos resultados deve ter os seguintes cuidados: criar uma comissão de apuração de resultados, composta, na maioria por pessoas que representam o público participante. Também pode ser convidados pessoas que conheçam da temática, para participar da comissão.

Fonte: http://www.emater.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=254

Exemplo de

Programação utilizada:

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10.1 EXEMPLO DE UM REGULAMENTO UTILIZADO.

Regulamento e Programação do Concurso Café Qualidade Paraná 2016 - 14ª Edição

Objetivo

Valorizar e fortalecer a cafeicultura paranaense, identificando e premiando os melhores cafés do Estado como estratégia para garantir ao Paraná uma posição de destaque na produção de cafés especiais. Isso possibilitará aos nossos cafeicultores a conquista de novos mercados, ampliando a oportunidade de negócios e, conseqüentemente, o aumento da rentabilidade no campo. Regulamento

Das Disposições Gerais Artigo 1.º Somente poderá participar proprietário rural, meeiro, arrendatário e parceiro, com real comprovação que desenvolve atividade cafeeira “Coffea arabica” no Paraná, sendo vedada a inscrição direta e indireta de lotes de café pertencentes a compradores de café e membros das Comissões Organizadora e Julgadora e de seus parentes em primeiro grau. Artigo 2.º A Etapa Estadual do Concurso Café Qualidade Paraná 2016 é organizada e coordenada por comissões, tendo a responsabilidade total das normas de organização e julgamento. As Comissões Organizadora e Julgadora são constituídas por representantes de entidades e empresas públicas e privadas, designadas em portaria pelo Secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento. Cabe a Comissão Organizadora estabelecer e zelar pelo cumprimento do regulamento, dando credibilidade e total transparência. Artigo 3.º O Concurso é realizado em quatro diferentes categorias: 1. Café Natural (via seca) - lote de 6, 7 ou 8 sacas. 2. Café Cereja Descascado ou Despolpado (via úmida) - lote de 6, 7 ou 8 sacas. 3. Micro Lote da pequena cafeicultura familiar – Natural (via seca) - lote de 2 sacas. 4. Micro Lote da pequena cafeicultura familiar- Café Cereja Descascado ou Despolpado (via úmida) – lote de 2 sacas. Artigo 4.º Da categoria Micro lote, poderão participar apenas pequenos cafeicultores familiares com DAP (Declaração de Aptidão ao PRONAF), nas seguintes condições: a) Sendo proprietário, a área da propriedade não pode ser superior a 15 hectares, com área de café máxima de 5,0 hectares; b) Se parceiro, meeiro ou arrendatário, a área arrendada ou de parceria não pode ser superior a 15 hectares com área máxima de café de até 5,0 hectares. Artigo 5º Na Etapa Regional cada produtor poderá inscrever duas amostras, devendo optar por uma no caso das duas amostras serem classificadas para a Etapa Estadual. Fica vedada a participação de mais de um lote por produtor (CAD/PRO) no julgamento da Etapa Estadual. Artigo 6.º Os lotes classificados para fase estadual devem ser preparados com tipo 2/3 para melhor (máximo 12 defeitos), nas peneiras 16 e acima com vazamento máximo de 2% na peneira 16, com teor de umidade de no máximo 11%. Devem ser classificadas no mínimo como bebida “dura” ou “dura para melhor”. Artigo 7.º A inscrição é gratuita e deve ser efetuada para participação na Etapa Regional até 20 de setembro de 2016. A partir da inscrição na Etapa Regional o concorrente se compromete a cumprir o que determina o regulamento até o final da Etapa Estadual do Concurso e o regulamento do Concurso Nacional da ABIC. Artigo 8.º A ficha de inscrição deve ser preenchida corretamente, em letra de forma ou datilografada e assinada pelo próprio participante. Na Etapa Regional a ficha de inscrição e a amostra do lote deverão ser entregues diretos nos escritórios municipais do Instituto EMATER e outros locais a serem definidos pela Comissão Regional.

Das Amostras e Lotes Artigo 9.º Para a Etapa Regional as amostras devem conter no mínimo 1kg e estar classificada de acordo com o descrito no Artigo 6º (tipo/peneira/umidade) e representar fielmente o lote inscrito. O lote deve

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corresponder ao volume mínimo de sacas necessárias para a categoria escolhida. As amostras desta etapa devem ser entregues pela Comissão Regional no Centro de Classificação Física e Degustação de Café do Instituto Agronômico do Paraná – IAPAR no máximo até o dia 30 de setembro de 2016.

Artigo 10.º Para a Etapa Estadual as amostras devem conter no mínimo 2kg e serão coletadas pela CODAPAR. Os lotes devem estar beneficiados e preparados conforme descrito no Artigo 6º e depositados em armazéns credenciados pela comissão Regional ou Estadual. Será coletada uma amostra composta de lote, saca por saca, mantendo-o lacrado no armazém, para o caso de existência de dúvida no processo de classificação. O proprietário do lote deverá reter esse volume, desembaraçado de qualquer comprometimento comercial, até a data de divulgação oficial de encerramento da Etapa Estadual. Artigo 11.º Para a Etapa Estadual poderão participar os 5 (cinco) melhores cafés por categoria de cada região, obedecendo a classificação obtida no julgamento da Etapa Regional. Das Comissões e Julgamento Artigo 12.º Cada região deverá constituir uma Comissão Regional que terá a responsabilidade de zelar pelo cumprimento do regulamento, fazer a pré-seleção e selecionar as amostras que participarão do julgamento da Etapa Regional, escolhendo no máximo 10 lotes de cada categoria que concorrerão nesta etapa. Artigo 13.º O julgamento da Etapa Regional será realizado por uma única Comissão Julgadora, constituída pela Comissão Organizadora Estadual, que julgará as amostras de todas as regiões. O julgamento ocorrerá no Centro de Classificação Física e Degustação de Café do Instituto Agronômico do Paraná – IAPAR. Artigo 14.º O julgamento da Etapa Estadual será realizado por uma Comissão Julgadora Estadual, constituída por classificadores e degustadores de reconhecida competência no âmbito Estadual e Nacional. Artigo 15.º A nota mínima para a classificação dos lotes concorrentes de cada categoria é de 75 pontos na escala de pon- tuação da Associação Americana de Cafés Especiais – SCAA. Havendo empate entre as amostras, receberá me- lhor classificação a que obtiver maior nota, obedecendo à pontuação da seguinte ordem de atributos: torra, aspecto e tipo. Da Premiação Artigo 16.º A premiação das amostras julgadas na Etapa Regional será de responsabilidade das respectivas Comissões Regionais. Artigo 17.º Os produtores dos lotes classificados até a quinta colocação na Etapa Estadual, terão garantia de compra pelo Governo do Estado do Paraná a preço da BM&F do dia anterior ao evento de encerramento, acrescido de 25%, devendo o cafeicultor concorrente, confirmar por escrito à Comissão Organizadora, o seu interesse em participar da venda. Os vencedores das categorias Café Natural, Cereja Descascado e o campeão de maior pontuação do Micro Lote poderão participar do Concurso Nacional da ABIC de Qualidade de Café. Das Disposições Finais Artigo 18.º Dúvidas de interpretação e omissões deste regulamento serão resolvidas e decididas pela Comissão Organizadora do Concurso Estadual. Artigo 19.º As decisões da comissão Organizadora e Julgadora do Concurso Estadual serão finais e irrecorríveis, cabendo aos participantes, ao assinar a Ficha de Inscrição, a concordância plena com as condições gerais de participação estipuladas neste regulamento. A Comissão Organizadora Estadual

http://www.emater.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=254

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11. CONGRESSO

DEFINIÇÃO OBJETIVO UTILIZA-

ÇÃO

VANTA-

GENS

LIMITA-

ÇÕES

Evento de grande porte que pode ter abrangência municipal, regio-nal, estadual, nacional ou interna-cional. Geralmente abrange todo país. É formal e periódico promo-vido por entidades associativas com a finalidade de chegar a con- clusões de um tema geral, expos-to por intermédio de subtemas. Realizada com grupos de profis-sionais com o mesmo interesse; Após debater e chegar a conclu-são do tema geral pode ser ex- posto em sub temas e apresenta-dos em diferentes tipos de even-tos como, por exemplo, painel, conferência, debate, mesa redonda simpósio, mostra, exposição ou feira; Planejado por uma comissão organizadora, que elabora e apro-va o regulamento, o regimento.

Enfocar

determinados

tópicos,

transmitir

artigos ou

textos

especialmente

preparados

para esta

ocasião, expor

proposições ou

realizar um

intercâmbio de

conhecimentos

Para apresentar temas especí-ficos, debater e extrair conclusões e colocar numa ata final do evento; Podem ser regionais, nacionais e internacionais Podem ser divididos por regiões, como congressos latino-americanos, europeus, etc.

Contribu-em para o desen-volvi-mento de ativida-des do assunto a ser trabalhado; Ajuda a quebrar a sazonali-dade

Confor-me o tempo as vezes pode tornar-se um pouco aborre-cido para a platéia;

O tempo de um congres-so por vezes é excessivo e torna-se menos interes-sante para os ouvintes.

Duração: Mais que um dia, de 5 (cinco) dias e sua realização pode ser anual e bienal. No máximo 8 horas por dia.

Exemplo

Cartaz de

Concurso

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Público alvo: profissionais, estudantes e interessados no tema.

PASSOS PARA REALIZAÇÃO

Planejamento: O planejamento é o primeiro passo para fazer um ótimo congresso corporativo. O

segredo para que ele seja bem feito é focar num planejamento bem elaborado.

Para elaborar um evento completo, bem direcionado e atrativo é preciso contar com uma comissão

organizadora experiente e qualificada, que propõe o regulamento e o regimento das sessões.

Dependendo do campo de estudo que o congresso abordará, é interessante ter profissionais da área nesse time, acadêmicos ou não, a fim de expor os interesses do público, a infra-estrutura necessária e as preferências da classe profissional que participará.

A comissão deve estar intimamente ligada com a produção geral do congresso: cabe a ele definir data, programação, palestrantes, bem como sua hospedagem e alimentação, formas de avaliação, a divulgação, definir convidados de honra, os coordenadores das sessões, fazer a ata final e tudo o que envolver a apresentação do conteúdo do evento.

Ainda é essencial ter foco nas demais comissões, como a de comunicação, a financeira, a científica, com a função de validar os trabalhos e temas levantados no congresso, dentre outras. Tenha a melhor equipe e garanta o melhor evento.

Elabore um briefing

Muitos profissionais não deixam de utilizar o briefing que é base do processo de planejamento. Todo briefing deve conter as definições do que é o projeto (ou escopo), o formato do evento, número de horas que será utilizado, o histórico do cliente, os objetivos do evento, o público-alvo, e características e demais demandas para a formatação do evento. Cada detalhe deve ser planejado com base nas características do público-alvo, para que o evento o agrade quando for divulgado.

O que muitos organizadores competentes deixam de fazer são as planilhas profissionais para controle de cada ação. A partir do conceito definido no briefing, é necessário pensar em todas as ações a serem tomadas para execução do Congresso e, para isso, deve ser produzida uma planilha de planejamento estratégico para ter em mente cada passo a ser tomado, da produção ao pós evento. Faça orçamento, os checklists e delimite o cronograma com a organização das sessões.

Patrocinadores: Será função da comissão organizadora buscar patrocínio para o evento. Um congresso demanda muito planejamento e uma verba considerável para colocar em prática todas as ações. Faca um orçamento detalhado e mostre aos possíveis patrocinadores, junto de um relatório completo sobre o que pretende sobre o evento e o que de bom pode agregar a quem patrocina. Se quiser, a comissão pode entregar o próprio briefing como material para eles analisarem.

Briefing ou brífingue - é um conjunto de informações, um resumo onde

constam informações ou uma coleta de dados passados em uma reunião

para o desenvolvimento de um trabalho ou documento.

”Forme a melhor comissão organizadora”

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Certifique-se de buscar patrocínio em empresas que tenham a ver com o seu evento e que se identifiquem com o público e com os objetivos definidos. A parceria, neste caso, com certeza será satisfatória e trará frutos.

Contrate os melhores serviços: Com todo planejamento encaminhado, é essencial buscar os melhores serviços, é importante pensar em cada um deles: gráfica, crachás, equipamentos eletrônicos, Buffet, cerimonial, decoração e claro os palestrantes, que dever os melhores na área. Todo esforço para verbas é bem vindo.

Checklist: Montar juntamente com a equipe os respectivos responsáveis e contatos. É sempre bom tê-lo atualizado, pois em caso de imprevistos os contatos estarão à mão.

Dica: Outro aspecto importante é não se perder em detalhes. Às vezes o maior custo de impressão de material pode ser compensado no aluguel das cadeiras. Portanto, ao invés de se desesperar, observe todo o planejamento para encontrar uma solução.

Divulgação: A comissão organizadora deve distribuir convites, folders com material para

inscrição e demais impressos de divulgação com pelo menos seis meses de antecedência.

Secretaria: Estruturar uma secretaria-executiva para dar suporte ao evento.

Na hora de divulgar seu congresso corporativo deverá estar atento a alguns fatores:

Busque pelo público correto: Congressos, salvo raras exceções, não dependem de uma propaganda em massa ou campanhas de saturação. Pelo contrário: a divulgação é focada em quem se interessa pelo universo abordado. São profissionais que buscam reciclagem e uma oportunidade de aumentar sua rede de contatos, por exemplo. Portanto, a comissão organizadora deverá conversar com especialistas na área de divulgação e buscar parceiros para formatar uma estratégia eficaz e utilizar as melhores mídias para atingir aquele público, sem desperdício de tempo ou recursos.

Se o congresso for privado, o ideal é divulgar dentro das empresas através de materiais gráficos e por email, a partir do mailing de funcionários. Se o evento for aberto ao público externo da empresa, é importante também marcar presença online, principalmente nas redes sociais. Mas com foco nos locais corretos para atingir o público desejado. No caso dos congressos, que são voltados para um público mais velho, seleto e profissional, a divulgação nos grupos do Linkedin é uma excelente opção a ser explorada.

Divulgar é informar

A divulgação no caso de congressos precisa contar com as informações completas. Coloque a programação de todas as apresentações de cada um dos dias, quais serão os palestrantes e horários. Não deixe as pessoas ficarem com dúvidas a respeito do evento.

Chame a imprensa: Chame a imprensa para o Congresso. Ter repercussão midiática garante

Linkedin - é uma rede social de negócios, lançada em 2003

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visibilidade e credibilidade ao evento. Mesmo se ele for corporativo (privado), a imprensa pode comparecer para ajudar na divulgação da marca e garantir repercussão para a ação promovida pela empresa.

Analise o retorno gerado: Aqui está a importância de se fazer uma divulgação eficiente e

disponibilizar as inscrições antecipadas online. É essencial ver se os canais que estão sendo utilizados para divulgação estão chegando às pessoas certas e repercutindo em inscrições no evento. Serve para elaborar estratégias de ação a tempo.

Execução:

Organização do espaço: O espaço do evento deve estar de acordo com todo o trabalho que a equipe

teve na produção. A decoração deve ser pensada de acordo com identidade visual criada, e as placas

de identificação também e devem estar bem localizadas. O espaço para coffee-break também

merece destaque. Solicitar ao fornecedor do Buffet uma mesa bem posta para dar o toque final.

Recepção dos participantes: A recepção deve ser a mais efetiva possível, sem tumulto e demora. Para os organizadores que utilizam a plataforma de inscrição online, é possível fazer o check-in de entrada dos participantes de maneira automatizada, rápida e mais eficiente com a entrega dos crachás.

Abertura: Geralmente, uma solenidade dá início ao congresso com a presença das principais autoridades que irão participar do evento. Na ocasião, deve-se proceder à execução do Hino Nacional; outras peças musicais também podem ser executadas. Após a abertura, iniciam-se os trabalhos propostos com as palestras, debates e mesas-redondas, entre outros. Como o congresso costuma durar vários dias, é importante definir uma programação social para os participantes fora do horário dos trabalhos normais.

“Os congressos podem ter várias sessões de trabalho: cursos, mesas-redondas, debate, conferências, simpósios, temas livres, comissões, painéis, palestras, workshop

e outros. Algumas dessas atividades podem ser realizadas isoladamente”.

Controle das sessões: A comissão organizadora deverá se certificar de que as sessões estão acontecendo como foi planejado. Deve estar atenta se os palestrantes estão chegando e se as apresentações estão sendo satisfatórias. Um representante da comissão deverá estar presente em cada sessão anotando o que for sendo decidido no final de cada uma, para no final redigirem a ata final.

No final do congresso: é necessário reservar um espaço para as perguntas ou para o diálogo. No último dia é feita a plenária final, momento em que os congressistas se reúnem para discutir o que ficou definido nas sessões e chegarem a uma conclusão sobre o assunto tema de todo o evento. Neste momento, cabe ao presidente do congresso mediar às ações e estar atento a todos os procedimentos do protocolo. As conclusões dos temas poderão ser adotadas no todo ou em parte. As apresentações, trabalhos e propostas são reunidos em um só documento, entregas aos congressistas, junto com as conclusões do evento.

Obs. LER também SEMANA ESPECIAL na página 148 neste Manual.

Check-in: Palavra em inglês, que remete ao ato de dar entrada, abrir uma conta, confirmar

presença em um local, registrar-se ou pedir o inicialmente de algum tipo de processo.

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12. CONTATO

DEFINIÇÃO OBJETIVO UTILIZA-

CÃO

VANTAGENS LIMITA-

ÇÕES

Método NÃO planejado que ocorre em situações imprevistas em deferentes locais, onde há uma comunicação com uma ou várias pessoas através da palavra falada ou escrita, para rápida troca de orientações e informações; Pode ser face a face, telefone, internet, por escrito, redes sociais, etc.

Motivar,

convidar,

divulgar,

esclarecer,

transmitir,

oferecer

algo ou

solicitar

cooperação

Para

promover

relações

públicas;

Obter

informações;

Esclarecer problemas e ou dúvidas.

Permite ao técnico

usar influência

pessoal,

comunicação e

persuasão;

Transmite rápidas

informações simples;

Permite a divulgação

informal dos

trabalhos;

O público é mais

receptivo.

Transmite

pouquís-

simas

informa-

ções;

Alcance

restrito;

Muitas

vezes

inoportu-

no.

Duração: de segundos, minutos no máximo 15 (quinze) minutos.

PASSOS PARA REALIZAÇÃO

Obs. NÃO TEM PASSOS PORQUE É O ÚNICO MÉTODO QUE NÃO É PLANEJADO. Orientações:

Os contatos no escritório é o momento em que o público dirige ao local sem que tenha planejado para tratar com o extensionista algum assunto de interesse ou não, mas que ocupa tempo.

Em alguns momentos o técnico é procurado para fornecer informações específicas e urgentes.

Os contatos são importantes para que o técnico conheça melhor o público que trabalha. Demonstra que o visitante está receptivo a alguma informação que facilitará o aprendizado.

O técnico deve tomar conhecimento do interesse do contato, pois envolve um procedimento específico.

Cabe ao técnico – Assessorá-lo a descobrir suas necessidades de informação, a diagnosticar seu problema; mostrar que ambos são capazes de tentar resolver o problema.

Há os contatos fora do escritório, na sede ou no campo, quando o técnico solicita ou fornece informações ao seu público trabalhado ou de relações públicas.

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13. CONVENÇÃO

DEFINIÇÃO OBJETIVO UTILIZAÇÃO VANTAGENS LIMITA-

ÇÕES

Para intercâmbio de experiências e informações sobre temas de interesse do grupo; Apresenta característica de um congresso de âmbito mais restrito e o público é diferente. Na convenção, há uma ligação entre os participantes, se envolvendo nas atividades e há uma exposição maior de assuntos por várias pessoas com a presença de um coordenador.

Buscar a integração, o

conhecimento

recíproco dos seus

participantes, a troca

de experiências, a

reciclagem, a

avaliação, indicação

de um participante

para uma atividade, a

homogeneização de

procedimentos,

comportamentos,

submetendo-se a

certos estímulos

coletivos para que

possam agir em defesa

dos interesses da

instituição promotora.

Para determinar questões de interesse dos participantes;

Para integração e de alinhamento de objetivos e metas;

Uma oportunidade para reconhecimen-to e premiações daqueles que atingiram ou superaram os resultados.

Promover a

interação da

equipe para

fortalecer elos e

compromissos;

Alinhar metas

futuras para

estabelecer foco

nos objetivos;

Treinar e

preparar os

colaboradores

sobre novas

ferramentas

tornando a

equipe cada vez

mais

competente.

Clima

dos

partici-

pantes;

Ausência

de

Convida-

do ou de

pales-

trante,

contra a

sua

vontade.

Duração: Pode durar até 5 (cinco) dias. Realizada de forma esporádica e não freqüente. Uma vez por ano.

As convenções são uma prática comum nas redes de franquia, por grupos empresariais, podendo ser utilizado por outras instituições preocupadas em ter uma comunicação eficiente e motivadora com seus públicos e parceiros. Aí são abordados assuntos de interesse específico e relacionados com a atividade e interesse profissional dos participantes.

Convenção é muito bem aplicada para:

- Lançamento de produtos; balanço; potencial da força de trabalho, etc.

- Novas campanhas de comunicação;

- Novas promoções de vendas e de programas de incentivo.

PASSOS PARA REALIZAÇÃO

Planejamento: Como qualquer evento planejar é a peça principal, pensar no local, levando em consideração os mínimos detalhes, por exemplo, alguns pontos abaixo:

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Organizar a equipe que vai organizar o evento: Quanto mais comprometida maiores resultados. A integração da equipe é um desafio.

Data do evento: Planejar a convenção em um período pré-estabelecido. A definição antecipada de questões como da data, local e perfil dos participantes contribui para o melhor direcionamento do evento.

Definir os objetivos: De forma clara esclarecendo os resultados esperados. O objetivo tem que ser claro, real e envolvente.

Tema da Convenção: Criar um tema de interesse. A proposta temática do evento deve expressar de

maneira clara e sedutora o seu objetivo, nivelando o tema com os objetivos e resultados propostos.

Exemplo de temas leite, grãos, empreendedorismo, gestão de negócios, mercado, etc.

PROVIDENCIE:

Marca: (grafismo) referente ao tema. Todos os recursos possíveis: Projeção de filmes,

vídeos, slides, computação gráfica, materiais, divulgação, alimentação, lanche, etc.

Infraestrutura: verifique a infraestrutura: acomodação, estrutura de salas, alimentos e bebidas, lazer, acesso ao local, atendimento, logística, verificar as experiência do Instituto com o evento em questão.

Material dos Participantes: Antecipadamente, definir a produção de crachás, blocos de anotações, canetas, formulários para perguntas, programa oficial, lembranças, brindes, apostila ou anais, certificado, atestado para carga horária, manual de orientação.

Prestação de Serviços: Verificar o orçamento, de onde sairá o recurso para as despesas, incluir detalhes importantes e formas de remuneração claras.

Previsão Orçamentária: O evento de sucesso é aquele que marca pelos bons resultados, o que não inclui dívidas ou gastos imprevistos. Ver Orçamento (página 205) neste Manual.

Programação: defina o horário de palestras, reuniões, refeições, tempos livres, etc.

Cronograma de Atividades: desenvolva uma relação das tarefas que precisam ser executadas para a realização do evento e os responsáveis pelo cumprimento das mesmas.

Divulgação: Manter participantes devidamente informados sobre datas, horários, objetivos, temáticas dos eventos. Distribuir folhetos, impressos, internet, telemarketing, etc.

Equipe de Apoio: verifique a necessidade de contratação de recepcionistas, coordenadoras, operadores, locutor, mestre de cerimônia, fotógrafo, seguranças, faxineiras, mensageiros e outros, com propostas, contratação, treinamento, encargos sociais e trabalhistas. Confira se o local escolhido para a realização do evento oferece Equipe de Apoio.

Palestras: Selecionar palestrantes conhecedores do assunto, evitar as palestras abstratas,

muito teóricas ou com aspecto somente motivacional. Providenciar que seja promovida a

integração de todos e evitando competições negativas.

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Integração entre os participantes: Prever qual é o tempo necessário para que haja a troca de

experiências e informações entre todos os participantes. Linguagem única, tanto os participantes

como os palestrantes. Todos devem se basear, de alguma maneira, no tema da convenção.

Final da Convenção: Caso a convenção seja de acordo com os objetivos a intenção é que os

participantes fiquem atentos para uma próxima convenção e colocando em prática o que foi

acordado, aprendido e assimilado.

14. CURSO

DEFINIÇÃO OBJETIVO UTILIZAÇÃO VANTAGENS LIMITA-

ÇÕES

Transmitir um

conjunto de

técnicas e prá-

ticas, mediante

programação

específica, com

instrutores

habilitados,

objetivando

preparar

pessoas com

interesses

comuns, em

curto prazo;

Série de pales-

tras, aulas e

demonstrações

práticas sobre

um ou vários

temas, conexos

ou não.

Detalhar

determina-

do assunto

ou conjunto

de temas

com o foco

de

“construir”

“treinar” ou

“ensinar a

fazer”,

contendo

teoria e ou

prática.

Qualificar, requalificar ou especializar um grupo homogêneo sobre uma série de informações técnicas e práticas;

Aperfeiçoar um grupo de pessoas sobre determinadas técnicas;

Especializar um grupo de pessoas sobre um assunto;

Construir e reconstruir conhecimentos e saberes de um grupo homogêneo, nivelando o entendimento do grupo.

Permite visão especifica de tecnologia que se pretende difundir;

Economia tempo do técnico;

Atinge um maior número de pessoas;

Facilita a aprendizagem pela troca de informações e experiências;

Desenvolve habilidades e destrezas por meio de técnicas de ensino;

Difunde novas idéias e atividades;

Permite maior integração entre órgãos e entidades.

Desloca-se

às pessoas

de seu

próprio

meio;

Exige local

adequado;

Envolve

recursos;

Exige

instrutores

qualifica-

dos.

PASSOS PARA REALIZAÇÃO Duração: Depende da modalidade do curso, presencial, à distância, qualificar, requalificar ou especializar. Carga horária mínima de 8 horas com processo de avaliação. Obs. Um curso não pode ter menos que 8 horas. A não ser que seja fragmentado. Menos que 8 horas são consideradas uma reunião e não curso.

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Planejar com antecedência: É a fase de preparação do curso. Analisar aspecto de viabilidade da execução do curso. Definir objetivos. Definir local, data e horário para a realização do evento; planejar o curso de acordo com as demandas identificadas; definir equipe de instrutores / palestrantes; estabelecer o número de participantes, organizar o credenciamento e a entrega do material didático; providenciar os recursos audiovisuais; planejar encerramento, com entrega de certificados se houver Identificação do público: Após a identificação de participantes com interesses comuns e envolvidos no curso como instrutores parceiros, etc. Estabelecer parcerias. Dimensionar número de participantes. Definir ou apresentar o Plano de curso, estabelecidos claramente o objetivo. Definir com o grupo data, horário, local, instalações, recursos, fonte dos recursos, alimentação, alojamento considerando a disponibilidade dos participantes. Definir os instrutores, convites aos participantes, que deverão ser entregues com antecedência.

Um grupo bom de trabalhar em curso é no máximo 25 participantes facilita a execução.

Definição do conteúdo: Com os instrutores identificar e discutir os conteúdos de cada etapa, de acordo com os objetivos quem ficará responsável por cada tópico, que tipo de dinâmicas ou ferramentas será utilizado. Quais materiais e recursos auxiliares serão necessários. Tipos de avaliações. Balanceamento entre teoria com práticas. Como será a divulgação do evento.

Estruturação e Produção do conteúdo: Antes de produzir o material é importante segmentá-lo, estruturando todos os temas e assuntos que serão abordados em cada etapa, organizando e ordenando as informações. Preparando os materiais a serem distribuídos, os recursos auxiliares de ensino a serem utilizados, e todo material a ser utilizado nas práticas. Execução do curso: Conduzir cada etapa com naturalidade e simplicidade respeitando as diferenças socioculturais. Provocar discussões para um resultado melhore contribuir com a aprendizagem. Manter o grupo motivado, se possível com utilização de dinâmicas. Realizar as avaliações e encerrar o curso de modo festivo, por exemplo, entrega de certificados.

Certificados: Interessante entregar um certificado aos participantes que o concluíram. O

Instituto EMATER possui modelos de certificados que podem ser preenchidos.

Avaliação: É fundamental que todo curso haja avaliação sobre os instrutores, participantes, conteúdo, objetivo proposto e material utilizado. Utilizar o resultado das avaliações para aprimorar os futuros cursos.

“Foco, disciplina, responsabilidade e liderança. São algumas das competências que o condutor

deve ter; para que o curso aplicado seja um sucesso e digno de resultados esperados”.

“Todo e qualquer método/evento, principalmente os cursos é necessário elaborar recursos

auxiliares de ensino dentro das orientações de normas e padrões, caso seja um,

material mal elaborado, por exemplo, Power Point com letra pequena

muita escrita, etc. MELHOR LEVAR SOMENTE O CONHECIMENTO.

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UM EXEMPLO DE PLANO DE CURSO

Podendo ser modificado ou adaptado conforme a necessidade

PLANO DE CURSO

TÍTULO DO CURSO Data:

Local: Duração em Horas:

Público: Identificá-lo

Objetivo Geral: (Para o que é o curso) – visão global do curso

Tempo Objetivo Específico

Conteúdo Básico

Procedimento didático

Material Equipamento

necessário

Ins-trutor

Avaliação

Colocar o tempo

necessário para cada parte do

conteúdo.

Pode ser em

minutos – 10’- 20’-

60’ ou, por exemplo,

das 8:00 as 8:30

Descrever os

resultados esperados

com o desenvol-vimento

da unidade,

sem perder de

vista o objetivo

geral do o curso.

Descrever a

seqüência do

assunto: Os Pontos principais

e os secundá-

rios.

Descrever os procedimentos

que serão desenvolvidos, as ações do instrutor e do participante

em cada momento. Por

exemplo, palestra oral, realização de

uma prática, palestra com utilização de tarjetas, etc. Descrever as dinâmicas,

técnicas utilizadas em cada etapa.

Identifica os materiais de auxilio tanto

de uso do instrutor como do

participante.

Descrever os materiais que

serão utilizados nas

práticas se houverem.

Colo-car o nome

do instrutor de cada

etapa.

Selecionar descrever

os instrumen-

tos e técnicas a

serem utilizados

para avaliação

/auto avaliação.

Mais detalhe de montagem do Plano está no item de Planejamento de Métodos/ Evento. (página 195) neste Manual.

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15. DEBATE

DEFINIÇÃO OBJETIVO UTILIZA-

ÇÃO

VANTAGENS LIMITAÇÕES

Caracterizado pela discussão amigável entre dois ou mais oradores com pontos de vista diferentes, antagônicos e polêmicos; Exige a presença de um moderador ou mediador que coordena os trabalhos, estabelecendo regras, intervindo quando for preciso; Pode ser aberta ao público, mas a platéia não pode fazer perguntas; Perguntas só pelo mediador, por um debatedor ou pessoas especialmente convidadas; Podem-se organizar debates através da Internet, seja em videoconferências, chats ou fóruns.

Defender

um ponto

de vista

geralmente

antagônico

e polêmico.

Serve para discussão entre duas pessoas, com a apresenta-ção de pontos de vista distintos; Para permitir a troca de idéias, o confronto de pontos de vista e a reflexão.

A aprendizagem como resultado da construção do Conhecimento torna-se mais significativa na medida em que o conhecimento contextualiza-do se aproxima da vivência do educando;

Experiência na organização de atividades e no debate de idéias políticas, e vai alargar a tua rede de contatos.

Pode haver divergências chegando a desentendi-mentos;

Exige uma ruptura com os parâme- tros do ensino tradicional; Pode haver desobediên-cia das regras exigidas para o debate; Uma das opi- niões pode dominar;

Atrasos atrapalham.

PASSOS PARA REALIZAÇÃO Duração: De 1 a 2 horas. Geralmente são longos e raramente se chega a alguma conclusão. Público: De 12 a 25 pessoas. São os interessados Planejamento:

Escolher o tema necessário, assunto simples e que desperte interesse do público.

Definir local, data e horário para a realização do evento; designar moderador ou animador para a coordenação do evento; estabelecer o número de debatedores 2 (dois) ou mais; informar à platéia sobre o momento de manifestação.

Um grupo pode preparar uma exposição de cerca de 10 minutos que servirá de ponto de partida. Pode-se fazer um inquérito, refletir sobre um pequeno questionário.

Estudar/criar um dossier sobre o tema, após reunir documentação sobre o mesmo.

Dossier ou dossiê: coleção de documentos ou um pequeno arquivo que

contém papéis relativos a determinado assunto/ processo/empresa/ pessoa

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Divulgação: Utilizar a internet para a divulgação e os meios acessíveis. Banners, etc.

O debate pode ser no formato de:

Discussão: quando o assunto em pauta é debatido em todos os aspectos; Exposição: quando alguém, previamente escalado realiza uma pesquisa e leva

sua contribuição ao grupo; Conclusão: quando o coordenador, polarizando as opiniões dominantes,

propõe à aprovação do grupo as recomendações finais da reunião.

Quem é o debatedor: Tem que ser uma pessoa extremamente informada sobre o assunto, que tenha uma compreensão global sobre o tema, capacidade de relações pessoais, pois a qualquer momento poderá ter de impor a ordem sem parecer autoritário. Os pontos de vista dos diferentes oradores devem ser opostos, antagônicos

Papel do animador/moderador: Lança o debate, expondo com clareza o assunto a discutir, mostra empatia, deve ser um líder; Organiza a palavra a quem solicitar, impedindo de falar quem não solicitou; Estimula os participantes e convida-os a reagir e a expressar; Retorna o assunto que está sendo debatido quando fugirem do tema proposto; Controla o tempo; Convida a todos a escrever e explanar as conclusões.

Obs. Durante o debate, dois secretários tomam notas das principais idéias emitidas que permitirão fazer o balanço final.

Papel de cada um dos intervenientes:

Saber ouvir - Cada um tem direito à voz. Evitar ironizar ou cortar a palavra. Mesmo que não se partilhe da opinião expressa, deve-se respeitá-la e ouvir atentamente o que os outros têm para dizer.

"Praticar" a expressão oral - Não se aproveita o debate se não se estiver resolvido a tomar a palavra. Esta é uma boa ocasião para se vencer a timidez. O que é preciso é exercitar cada vez mais. O valor de um debate reside no valor dos argumentos documentos/ provas para convencer. Não se deve ter receio de mudar de opinião no decorrer do mesmo.

Organização: Fazer apresentações;

Os debatedores terão uma breve introdução, cada um explicitando as suas perspectivas. Não mais que 10 (dez) minutos;

O moderador vai aceitando marcações dos presentes para intervir;

Caso tenha interatividade com o público, o público vá participar o moderador incentiva;

É interessante o moderador conversar antes do debate com os debatedores. Para interar-se do assunto e criar laços de trabalho.

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Os debatedores têm um prazo estipulado pelo moderador para expor seus argumentos. Esse tempo pode variar de meia à uma hora e meia.

Outro tempo estipulado para contestar a argumentação. Logo após, mais um tempo que pode ser de meia a uma hora para se manifestar em réplica, podendo contradizer as alegações trazidas pelo outro debatedor. Depois disso, mais o tempo estipulado para a falar em tréplica.

Se houver mais que dois debatedores o tempo deverá ser divido por todos.

O tempo distribuído deverá ser planejado com antecedência obedecendo ao total de horas do debate.

O fim do Debate: No final dos debates há sempre um “fazer as pazes”. As pessoas civilizadas vão perceber que não têm de se odiar por terem opiniões diferentes.

Após o debate: Fazer uma avaliação juntamente com os colaboradores: Quais as falhas que houve? Como ocorreu o debate? O que tem a melhorar.

16. DESCONFERÊNCIA

DEFINIÇÃO OBJETIVO UTILIZA-

ÇÃO

VANTAGENS LIMITA-

ÇÕES

São fóruns auto-organizados, centrado em um tema eleito e o guiado pelos participantes;

Trocar idéias,

networking*,

aprendizado,

conversação,

demonstra-

ção e

interação

entre pessoas

Para organizar grupos de interação;

As pessoas na audiên-cia, não apenas as seleciona-das para fa-lar no palco tem pensa-mentos interessan-tes, insight e habilidades para com-partilhar.

Oportunidade para todos de qualquer profissão participar de alguma forma, interagindo, estabelecendo networking e trocando idéias;

Custo mínimo quase inexistente;

É auto organizada e flexível.

Fixar

expec-

tativas

para os

partici-

pantes;

Não

possui

agenda

defini-

da.

Tréplica: A resposta a uma réplica; contrarréplica.

Réplica: Resposta incisiva, argumento com que

se refuta outro argumento; contestação,

objeção.

É uma proposta quase inversa à tradicional conferência: ao invés de um evento formal, um en-contro descontraído; ao invés de um local corporativo, um espaço despojado; ao invés de um tema central e técnico, vá-rios universos de vários temas;

Conhecida em inglês por uncon-ference e traduzida para o por-tuguês como desconferência;

Aplicado, ou auto aplicado, para manifestações que tentam evitar custos como o caso de uma conferência.

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PASSOS PARA REALIZAÇÃO

Duração: 2 horas e meia no mínimo

Planejamento:

Não possui uma agenda definida, até que as pessoas definam uma agenda. Mas continuam possuindo uma estrutura definida que provê atender uma série de ferramentas para o andamento da desconferência. Metodologia desconferência ou Open Space. Esse “jeito de fazer” e de montar grandes eventos foi proposto por Harrison Owen. Em 2005 que a desconferência começou a se popularizar.

Os princípios que guiam uma desconferência (Harrison Owen)

1. Seja quem for que veio, é a pessoa certa; 2. O que quer que aconteça, é apenas aquilo que deveria ter acontecido; 3. Quando quer que comece é na hora certa; 4. Quando acaba, acabou; e acompanhando a "Lei dos Dois Pés" afirmando que, "Se a

Qualquer momento você encontra-se em qualquer situação onde você não estiver nem aprendendo nem contribuindo use seus dois pés e dirija-se para um lugar mais ao seu gosto".

Regra - similar ao da "Lei dos Dois Pés": Se você não está contribuindo com o conteúdo, você deverá deixar os outros participantes explorarem o espaço do conteúdo em questão.

A internet reduz praticamente a zero os custos de divulgação e de coordenação. A

informação inicial é publicada em uma wiki e os interessados divulgam o evento em suas

redes de relacionamento. Um voluntário lança um texto com perguntas freqüentes, abre-se

uma lista de discussões e assim as questões relativas à organização vão se resolvendo.

Antes do evento, organizar online através de um wiki, uma inscrição para os interessados, nessa inscrição é interessante que o participante conte um pouco sobre eles mesmos e lance idéias para sessões. Caso não seja feita a pré inscrição, a mesma é realizada no dia.

Funciona assim:

No dia do evento, os interessados devem se dirigir ao local, fazer a pré inscrição, retirar o crachá e dirigir-se ao local para socializar-se com os demais participantes.

Wiki: Páginas da web com gestão colaborativa

*networking: é uma expressão que representa uma rede de contatos (de cunho) profissional. Diz respeito às pessoas que um indivíduo conhece e aos relacionamentos

pessoais, comerciais e profissionais que mantém com elas. A palavra é a união dos termos em inglês "net", que significa "rede" e "working", que é "trabalhando"

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As inscrições são limitadas ao tamanho do espaço. Os participantes devem e podem se inscrever previamente e, na data do encontro, todos são convidados a se envolver ativamente, apresentando idéias e projetos, solucionando problemas de última hora como fornecer informações ou fazer cartazes. Em geral, os encontros ocorrem aos fins de semana. O local do evento frequentemente é utilizado para pernoite dos participantes.

Cada pessoa dá título ou descreve em uma linha o tema que quer discutir.

Pequenos grupos reúnem-se para definir quem serão os conferencistas. Preenchida a grade de programação basta, então, escolher a sessão de interesse. Ao final, todos os participantes auxiliam no serviço de limpeza.

Todas as propostas são postadas em um quadro, onde há uma grade de horários e salas disponíveis.

Pode haver várias salas com vários tópicos distintos.

Os participantes ou convidados colocam seus nomes nas salas onde pretendem ir. Se há salas em que ninguém se inscreveu, estas conversas “morrem” e são retiradas da agenda.

Depois disso, a “desconferência” pode começar.

Cada participante se apresenta e com falas breves mostra a sinopses de suas conversas propostas. Esta interação no grupo permite aos participantes encontrarem pessoas parecidas e fazer futuras conexões.

É interessante ter um grupo de facilitadores para assessorar na organização da sessão, enviando participantes para frente da sala quando era sua vez de falarem, e movendo a discussão à frente quando ela ia diminuindo o ritmo.

Para que o facilitador do time abra uma “grade de horário” para que o próprio time ocupe. Nesse caso, a pergunta pode ser: “Quais os temas mais fundamentais para o projeto agora?” ou “Quais as idéias que devemos aprimorar e aprofundar?”

Depois de terminadas as conversas que estão na “grade do evento”, muitas vezes acontecem o que o pessoal de tecnologia chama de Mashpit: grupos colaborativos que se formam espontaneamente para trabalhar nos protótipos criados a partir das conversas que aconteceram na desconferência.

Nos projetos de inovação, ela pode ser usada de algumas formas:

Para que o time compartilhe temas importantes do projeto com pessoas que não estão diretamente envolvidas, dando mais corpo às idéias que estão sendo geradas. Se possuirmos um time de 12 pessoas e cada pessoa convidar mais 3 pessoas, teremos 48 pessoas para participar da conversa. Isso também ajuda a expandir a rede de projeto dentro da organização ou com stakeholders. Pode gerar mais transparência, porque compartilha as idéias ainda em fase de desenvolvimento e é muito benéfico.

Se abrimos uma grade de duas horas em ciclos de 30 (trinta) minutos e duas salas (ou mesas), temos tempo para nada mais do que 8 (oito) idéias.

Stakeholders: (em português, parte interessada ou interveniente), é um termo usado

em diversas áreas como gestão de projetos, comunicação social. São os parceiros.

Tempo:

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Se possuirmos um time de inovação com 12 (doze) pessoas, mesmo que cada um queira propor um tema, o que é raro, só há espaço para 8 (oito) conversas. É melhor postar logo se quer discutir algum assunto! Alguns temas ou idéias podem não despertar interesse, outros podem despertar muito interesse e englobar as duas mesas no mesmo horário. Assim, a grade de tempo vai sendo formada pelos próprios integrantes do time. É poder distribuído e auto-organização.

Para montar uma pequena desconferência como essa, não precisa de mais do que 30 minutos, incluindo o tempo de escrever e postar os temas até cada pessoa escolher onde quer estar em cada horário.

Nesse exemplo, em duas horas e meia o time terá feito uma seleção das idéias. Pode-se sugerir a finalização com uma colheita. Nessa colheita, que é o resultado, necessita dar voz para a diversidade, mas ao mesmo tempo não é hora de cada um relatar tudo o que aconteceu: trata-se apenas de compartilhar pontos importantes das conversas que vão ajudar o time como um todo. É uma conversa em que são compartilhados os principais resultados de cada sala ou mesa, como no World Café.

Tome esses tempos sugerido com liberdade. Podemos dividir as conversas numa grade de hora em hora se considerar que 30 minutos são pouco ou que há muita gente para ser ouvida. Num time pequeno, os 30 minutos sugeridos podem funcionar bem.

Uma Nova Forma de Organização Social

É possível então que, as desconferências não sejam a única alternativa para a reunião de profissionais tradicionais, mas também um método para trabalhadores criativos hi-tech em construir um novo tipo emergente de comunidade.

Um exemplo de desconferência é o BarCamp, que é uma rede internacional que reúne interessados em tecnologia em mais de 350 cidades do mundo. A iniciativa teve início na Califórnia, em 2005, em razão de outro evento, o Foo Camp, ser restrito a convidados. Esses eventos funcionam a partir da metodologia Open Space.

Tendência: Segundo previsão da Professional Convention Management Association (PCMA),

a desconferência é uma das tendências para as reuniões em 2020. Os já conhecidos

seminários, congressos, palestras, etc. são situações que não condizem com a realidade

atual. Pessoas conectadas esperam poder expressar-se, sem necessidade de um líder

palestrante pretensamente mais conhecedor do assunto. A não hierarquia é uma forma de

estabelecer laços fraternos entre integrantes de um mesmo evento, promovendo linkania.

– Wikipedia.

As pessoas podem tornar as desconferências sistemas para prover um fórum para discussão aberta e colaboração voltada para resolver problemas complexos.

Todos que presenciam uma desconferência as quais são realizadas por organizações como

BarCamp ou BrainJams, ocorrido em junho de 2006. São requeridas a participar de alguma

Linkania: É a cidadania desterritorializada. É a expressão de cidadania na internet

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forma: se apresentar, de falar em um painel, de mostrar uma projeção, ou apenas fazer

uma porção de perguntas. Como um evento, o caráter da desconferência fica em algum

lugar entre aquele de um bazar e aquele de um salão intelectual. É um livre “mercado de

ideias”. Não há temas ou direções para guiá-lo, como em uma típica conferência, o evento

é centrado naquilo que pode ser chamado de grupo de discussão. A natureza para essa

finalidade e o baixo custo do fórum faz da desconferência acessível para muitos.

17. DIA ESPECIAL

DEFINIÇÃO OBJETIVO UTILIZA-

ÇÃO

VANTAGENS LIMITA-

ÇÕES

Método que permite em um dia com denominação específica, executar uma programação dedicada a um assunto de importância para a comunidade ou município, combinando-se vários métodos, a exemplo de dia da colheita da soja, festas especiais, entre outras.

Promover um

produto ou

atividade;

Informar sobre

inovações ou

práticas.

Destina-se a comemorar, inaugurar, iniciar ou estimular determinados programas ou ações de caráter social, cívico ou de uma ação comunitária.

Quando deseja dar destaque especial a um tema específico e envolver um maior número de pessoas, na promoção, debate, formula-ção de propo-sições e tomadas de decisão.

Desenvolve ambiente festivo e descontraído, facilitando as to- madas de decisão para adoção; Permite alcançar um número maior de público, principal-mente pela combinação com outros métodos; Possibilita a demonstração de várias práticas; Estimula, divulga e promove atividades com representação econômica expressiva na área; Promove relações entre o espaço rural e urbano; Oportuniza a divulgação e promoção do artesanato rural, de atividades culturais e a gastronomia rural.

Exige bastante tempo e dedica-ção da equipe na prepara-ção e execução Exige grande esforço da comissão de coorde-nação.

Obs. LER também FESTA (página 85) e EXPOSIÇÃO (página 69) neste Manual.

“Dia especial oportuniza a uniformização, aperfeiçoamento e melhoria de práticas

e conhecimentos das pessoas envolvidas, fortalece as relações entre as

famílias rurais, lideranças, autoridades e parceiros institucionais”.

PASSOS PARA REALIZAÇÃO

Duração: de 4 (quatro) a 8 (oito) horas de acordo com a atividade. Se for mais que um dia pode chamar de “Dias Especiais” ou “Festa”.

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Execução: Por se tratar de um método de caráter promocional, motivacional e informativo,

o evento deve ser programado, considerando três itens:

1. Dar foco a questão objetiva, por exemplo: comercialização da produção da

agricultura familiar;

2. Dar reconhecimento aos que vêm se destacando em realizações pela comunidade,

no assunto que objetivou o Dia Especial, por exemplo, membros de comissões, de

conselhos, lideranças, agricultores, entre outros;

3. Promover uma maior integração entre os membros da comunidade por meio de

atividade social, por exemplo, festa, desfile, inaugurações, exposições, cultos

religiosos, atividades esportivas, entre outros.

Data, duração: Estabelecer com a comunidade ou os componentes que irão participar do dia Especial. Evitar realizar em vésperas de outros eventos festivos do município que um pode atrapalhar o outro. A não ser que se complementem. Definir, com a comunidade, o número e os participantes do evento. Local: Pode ser urbano ou rural. Objetivos: Necessários e claros. Com a comunidade rural, definir os resultados desejados com a realização do evento. Comissão: Específicas para facilitar a execução, tais como: comissão de assuntos técnicos, comissões de festa, comissão de exposições, comissão de acolhida, entre outros. Programação: Com a comunidade, estabelecer o programa a ser executado e os respectivos responsáveis. Conjuntamente com a comunidade distribuir as responsabilidades definidas na elaboração da programação a ser executada. Materiais: definir os materiais de divulgação, de informação, alimentação e outros, bem como os recursos financeiros necessários para a promoção do evento e os respectivos parceiros possíveis de financiar algum item. Divulgação: Elaborar o plano de divulgação do evento e os meios de comunicação que serão utilizados. Utilizar todos os meios possíveis e existentes no local, Durante o Dia Especial: Com a participação de representantes do dia especial a comissão e a comunidade, poderão ser incluídos vários eventos, tais como: exposição de trabalho, feira de artesanato, palestras, mesa redonda, demonstração de prática, desfile ou exposição de máquinas e equipamentos agrícolas e industriais, visita a entidades, instituto, estabelecimento de ensino, centros de pesquisa, visita a propriedades bem sucedidas e atividades sociais e recreativas. Pós evento: Verificar as necessidades após a realização, readequar o que não deu certo para a realização de próximos eventos semelhantes. Dar um retorno ao público participante.

O Dia Especial é utilizado mais para Promoções e Informações. Ler a seguir o “Dia de Campo”

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“Profissional de talento é aquele que soma dois pontos de esforço, três pontos de talento e cinco pontos de caráter”.

Roland Barthes

18. DIA DE CAMPO

DEFINIÇÃO OBJETIVO UTILIZA-

ÇÃO

VANTAGENS LIMITAÇÕES

Mostrar

durante um

dia, uma

série de

práticas

exercitando

em uma

propriedade

Ou em

estação e ou

baterias

experimen-

tais,

realizadas

em

condições

locais, com

a finalidade

de

despertar a

adoção de

um grupo

de

produtores

homogê-

neos;

Método

grupal.

Divulgar,

testar novas

tecnologias e

práticas

agropecuá-

rias para

sensibilizar,

motivar e

despertar no

participante

resultados

que maximi-

zem a sua

produtivida-

de.

Possibilitar

comparações

entre diversas

alternativas

viáveis para a

condição

local;

Estimular

atitudes

favoráveis aos

extensionistas

e fortalecer

parcerias.

Mostrar a

aplicação e

resultado

de uma

série de

equipa-

mentos e

práticas;

Apresentar

os efeitos

de uma

prática

mediante

uma

demonstra

ção de

Resultados;

Divulgar e

executar

práticas de

interesse

geral ou

específico;

Desenvolve

habilidades

/ destrezas;

Comunicação entre todos;

Difundir novidades em termos de tecnologia;

Criar condições e oportunidade de planejamentos;

Permite a um grande número de produtores de um ou mais municípios conhecerem uma série de práticas que já estão sendo adotadas em seu próprio meio;

O ambiente é descontraído, dado ao seu caráter festivo, podendo motivar a maior adoção;

Eficiente em apresentar situações e vivências reais;

Combina com três princípios essenciais na aprendizagem, ver, ouvir e fazer;

Amplia e fortalece o relacionamento entre os todos com envolvimento de lideranças e autoridades.

Dificuldade

em

conseguir

um local

adequado;

Condições

climáticas;

Custo

elevado;

Dificuldade

em

conseguir

colabora-

dores

adequados

e interessa-

dos;

Necessita

eficiente

organiza-

ção;

Público

heterogê-

neo e

numeroso.

*Obs. * “Tarde de Campo”, “Dia de Mar”, “Tarde de Mar”, “Dia de Tanque” (piscicultura)

também são eventos utilizados pelo Instituto EMATER onde o processo para realização é o

mesmo que o “Dia de Campo”.

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PASSOS PARA REALIZAÇÃO

1. Escolha do local

Buscamos uma propriedade que pudesse demonstrar no campo, já que se trata de “Dia de

Campo”, a adoção de tecnologias ou práticas que possam ser implementadas na região e

promover a melhorias nas propriedades e/ou no bem-estar das famílias.

No caso do nosso dia de campo foi escolhida uma Unidade de Referência da Chamada

Pública do Leite, onde foi realizado um trabalho de piqueteamento de pastagens.

2. Definição dos temas abordados

Aproveitamos para mostrar, na realidade de uma propriedade, uma tecnologia inovadora,

suas conseqüências, vantagens e desvantagens, no caso a divisão das pastagens em

piquetes e seu manejo. Esta estação foi apresentada pelo agricultor que cedeu a

propriedade, com auxílio de um colega da EMATER.

Buscamos também apresentar outros temas que podem ser aplicados e trabalhados no

local, que estejam de acordo com o planejamento das atividades a serem trabalhadas na

região.

No caso, trabalhamos também estações de Homeopatia Animal e Alimentação e Nutrição

Animal, temas previstos no plano de trabalho da Chamada Pública do Leite.

3. Público Convidado

Foram convidados agricultores com pudessem ter interesse nos temas a serem abordados.

No caso, as famílias que fazem parte da Chamada Pública do Leite nos municípios de

Rosário do Ivaí e Rio Branco do Ivaí.

Foi elaborado um convite contendo as informações de local (com mapa de acesso), data e

temas a serem abordados. Os convites foram entregues com antecedência a todas as

famílias beneficiárias da Chamada Pública.

A seguir os passos através do relato da realização de um “Dia de Campo”.

Pelo extensionista André Luis Alves Miguel, do Instituto EMATER, Paraná.

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Convite utilizado:

4. Alimentação e Material

A partir do levantamento dos recursos disponíveis, que no caso partiram da Chamada

Pública do Leite, do Programa Pró-Rural e de parcerias realizadas no município com

instituições locais (CRESOL, Secretaria de Agricultura, etc.), depois de realizada a previsão

de público presente, foi dimensionada a quantidade de alimentos e materiais a serem

adquiridos.

5. Pessoal necessário

Foram convidados especialistas nos temas a serem abordados nas estações para conduzir

os trabalhos nas mesmas. Estes ficaram também responsáveis por providenciar os materiais

necessários para o desenvolvimento das atividades em cada estação.

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Os colegas do escritório local ficaram responsáveis pelas boas vindas ao público e pelas

questões administrativas, como a coleta de assinaturas, por já conhecerem os presentes.

Providenciaram também com antecedência os alimentos e materiais necessários.

Vieram de outros municípios colegas da EMATER que acompanham o trabalho da Chamada Pública do Leite para auxiliar no preparo dos alimentos, no caso um churrasco, e no que mais fosse preciso, como coordenar os grupos, contar o tempo e avisar os colegas que estavam tocando as estações, auxiliar na mudança dos grupos de uma estação à outra.

Também estiveram presentes novos colegas, acompanhando o Dia de Campo, como forma de capacitação interna.

DEMAIS ORIENTAÇÕES TAMBÉM IMPORTANTES:

O dia de campo visa estimular o público envolvido, técnicos e funcionários do Instituto EMATER, produtores rurais e suas famílias, autoridades, parceiros como Prefeitura Municipal, distribuidores ou donos de revenda, pesquisa, secretarias municipais, etc. no sentido de agregar conhecimento sobre a importância econômica, social e ambiental da adoção de novas práticas e tecnologias sustentáveis na produção agrícola, é interessante que o planejamento seja bem detalhado tomando algumas medidas citadas abaixo:

Montar uma comissão: Desde o início deverá ser montada uma comissão

organizadora junto aos parceiros, colaboradores envolvendo também agricultores,

com funções específicas, elegendo papéis que deve conter: coordenadoria geral,

recepcionista, guias, instrutores, patrocinadores, apoio administrativo, montagem

do planejamento geral, observando-se as ações preparatórias de execução e

acertos finais, com as responsabilidades dos envolvidos e prazos definidos, papéis;

Planejamento Geral: Deve ser de forma clara, objetiva, cuidadoso, detalhado e com

seriedade. Pensar: data, seleção do local, época, programação definindo objetivos, conteúdos, número de participantes, definição quem é o público a serem convidados, quais os parceiros, convites, a definição dos palestrantes em cada estação, etapas, horário de início e término quais e como será a confecção dos materiais, bem estar dos colaboradores e visitantes, toda divulgação e treinamentos necessários, é o que definirá o sucesso do dia de campo. O plano deverá ter uma cronologia com as etapas a serem desenvolvidas Os membros da comissão devem reunir-se periodicamente para definir questões específicas.

De acordo com a sua finalidade, o dia de campo poderá ter uma série de atividades, desde que sejam interligadas

Elaborar uma Matriz: A matriz do Plano do Dia de Campo dever ter no mínimo os

itens como nessa planilha:

Conteúdo acima escrito por: André Luis Alves Miguel - Engenheiro Agrônomo -

EMATER-PR – Unidade Municipal de Rosário do Ivaí

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O QUE (fazer)

COM QUEM (fazer)

ONDE (local)

QUANDO (fazer)

QUEM (fazer)

OBSER-VAÇÃO

Citar se é Dia de Campo, tarde de campo, dia de mar ou tarde de mar

Previsão do número de participantes

Local de acesso fácil e com condições da realização de práticas

Interessante negociar a data de acor-do com os participantes

Quem do Instituto EMATER mais os parceiros

As necessá-rias

Orçamento: o planejamento financeiro deverá incluir custeio com materiais, serviços, deslocamento, alimentação e gastos gerais. Pode-se verificar também a possibilidade de parcerias, financiamento, apoio, entre outros; (verificar orçamento na página 205 neste manual);

Local: Visitar previamente para evitar imprevistos. Verificar o acesso, distância entre a propriedade escolhida e os produtores mais interessados, condições da propriedade ou do local. Pensar que podem acontecer imprevistas como condições climáticas, falta de energia, etc.

Data: Marcar com antecedência, verificar a época do ano – estações seca/ chuvosa, atividades que os produtores estão envolvidos por ex. colheita, outros eventos nas regiões ou no próprio município, dia de feira, verificar qual é o melhor dia da semana;

Instituições Colaboradoras: Procurar envolver outras entidades na execução. Selecionar as parcerias para fazer parte da Comissão organizadora ou abertura ou encerramento;

Tema: O evento deve abarcar dois ou três aspectos de um tema central, que servirá de referência para a escolha de todo o conteúdo apresentado no evento;

Duração do dia de campo: 1 (um) dia todo, em torno de 6 (seis), 7 (sete) ou 8 (oito) horas. Caso seja somente tarde ou manhã é de 3 (três) a 4 (quatro) horas.

Estação ou Bateria: - O local onde será realizado o dia de campo é dividido por “estação” ou “bateria”. Cada estação ou bateria tem um instrutor (instrutor, palestrante) que discute conteúdos referentes ao Dia de Campo, onde passam os grupos já previamente divididos, alternando-se, tendo cada grupo um guia. Um grupo passa por todas as baterias e o palestrante repete as mesmas orientações para cada grupo distinto. O ideal é 30 (trinta) participantes por grupo. Caso o grupo subdivido seja maior observar as condições ideais para o grupo, como microfones adequados, local para que todos possam ver o palestrante e ouvir. Para o bem estar de todos é interessante cobrir as baterias com os toldos desmontáveis com o tamanho ideal para o número de pessoas que passará por bateria.

Instrutor: ou palestrante ou facilitador - Devem fornecer conteúdos com caráter inovador e que tenham relevância prática adequada à realidade social e econômica do público participante, cada palestra será em torno de 25 (vinte e cinco) minutos, após cada palestra há uma discussão sobre o assunto, esclarecimentos de dúvidas. Os participantes ficam em torno de 30 (trinta) a 40 (quarenta) minutos em cada bateria. Definir como será a passagem do público de uma bateria para a outra.

Controle do Tempo: deverá ser obedecido rigorosamente, principalmente na mudança do público de estação para outra estação, definir como será avisado o tempo de mudança das estações. Existe dia de Campo que soltam fogos para avisar que o tempo já encerrou e é hora de encaminhar para a próxima bateria.

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Dicas: Dividir o público em números menores para percorrer as estações. Essa divisão pode ser por cores previamente colocadas nos crachás, ou por cor de boné, camisas com cores diferentes ou conforme a criatividade e verba disponível.

Dicas: Se essa divisão dos grupos para as estações for mais que 50 participantes por estação ou bateria, providenciar toda logística, principalmente em questão de som e visualização. Nada mais desagradável que não ouvir ou poder ver.

Material didático: que seja de qualidade, folders, folhetos e apostilas, caso sejam utilizados, devem ser cuidadosamente elaborados, verificar quando entregar cada material ou se haverá uma pasta com todos os materiais.

Recursos auxiliares de ensino: Deve-se atentar à escolha, se for utilizar álbum seriado, que a letra seja do tamanho que todos possam ver. Verificar se o microfone funciona com o volume adequado a todos, se não haverá barulhos externos que possam afetar a audição, preparo instalação e realização de testes prévios com os recursos evitando eventuais problemas durante o evento;

Público: Deverá ser feito um levantamento do número de produtores convidados, número dos demais participantes possíveis, conhecer as características sociais, culturais e econômicas do público participante, quais as instituições de pesquisas, organizações, agentes e articuladores, como representantes dos agricultores familiares, público da Chamada Pública.

Convites: Verificar como será elaborado, entregar com antecedência de pelo menos uma a duas semanas antes, discutir como será a forma de entrega dos convites podem ser enviados impressos, disponibilizados em rede, utilizar os meios de comunicação disponíveis no município, igreja, comércio, escola, rádio, TV, etc.

Divulgação: Antes, durante e depois. Delegar quem ficará responsável por fotos, vídeos, notícia, etc. A DIVULGAÇÃO É A MELHOR FORMA DE SER VISTO.

Placas indicativas: É interessante que existam placas para sinalizar o caminho até o local do evento e indicar a organização dos espaços no interior do local do evento;

Cartazes, Bandeiras, Faixas, banners: De divulgação, informação, sinalização, etc. Coloque cartazes ou banner em cada estação com informações sobre o conteúdo que será repassado. Faixa de boas vindas ou com legendas sugestivas também contribuirá para uma atmosfera festiva. Providenciar com antecedência.

Barracas: Verificar quantas necessita, verificar se cada bateria haverá uma barraca, Verificar se terá barraca: recepção, informação, alimentação, comunicação, etc.

Fichas de Inscrição: Para controle e informações gerais, se necessário. As fichas poderão ser preenchidas via internet ou com antecedência. Pode conter nome do produtor, endereço, motivo da participação e outros itens de necessidade ou interesse da comissão organizadora.

Crachá: Cria um ambiente mais familiar e facilita o contato entre o público e os participantes, membros da equipe e colaboradores, facilita a identificação.

Recursos Humanos: Guias ou Recepcionistas- são colaboradores que irão orientar o público, mantêm o público reunido e atento durante as apresentações;

Chamada Pública: é um processo para formalização de dispensa de licitação.

Utilizada para a contratação de serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural

- ATER, ofertada pelo extinto MDA,Ministério do Desenvolvimento Agrário.

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Informações internas: as informações sobre a logística interna e apresentações podem ser disponibilizadas via folhetos informativos, que poderão instruir o público em relação a questionamentos gerais e também por instrutores;

Divisão da área: (local do dia de campo) - local da recepção, local de acolhimento, local de projeções e reuniões com todos, local das instalações sanitárias - que sejam suficientes e adequados, local do estacionamento para carro, bicicleta, moto, carroças, etc., local das estações, local das refeições, local dos auto-falantes, mesas, cadeiras, etc. Depois de delimitado toda a área é interessante fazer um croqui, exemplo do modelo abaixo que poderá ser fixado através de cartaz ou banner, ou mesmo colocado na pasta de cada participante.

Exemplo de Modelo de Croqui:

Logística: Cadeiras para sentarem durante a permanência nas estações, capas para

chuva, capas de telefone celular, capas para materiais, se necessitar;

Logística: Kit básico de primeiros socorros, para eventuais necessidades;

Logística: Pode ser providenciadas mostras de equipamentos, máquinas, etc.

Pós dia de Campo: Realizar divulgação de resultados de práticas. Realizar uma

avaliação junto à comissão organizadora, com objetivo de aperfeiçoar para a

próxima programação. Elaborar mensagens de agradecimento aos colaboradores e

parceiros;

Dicas: No dia do evento evitar que pessoas isoladamente percorram as estações. Bem como evitar esperas demoradas e prolongadas, “Espanta Cliente” é o nome que se dá para isso. Principalmente nas trocas de baterias e alimentações, evitando assim longas filas para refeição.

1ª ESTAÇÃO 2ª ESTAÇÃO

3ª ESTAÇÃO

4ª ESTAÇÃO

5ª ESTAÇÃO

CASA DO

PROPRIETÁRIO

ESTRADA DE RODAGEM

ESTACIONAMENTO

DE VEÍCULOS,

BICICLETAS,

MOTOS

ESTACIONA-

MENTO DE

ANIMAIS

ESPERA W.C

.

W.C.

INSCRIÇÃO

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Dicas: Quando o dia de campo for realizado em estações experimentais ou universidades, os objetivos desejados podem ser: criar confiança na instituição e nos pesquisadores, desperta desejos para melhorar os trabalhos na agricultura, mostrar o trabalho executado e as funções a que a instituição propõe.

Avaliação: Dos participantes e demais envolvidos. Posteriormente, podem ser oportunizados debates francos em conjunto, sobre práticas mostradas e são tiradas as conclusões sobre o que foi visto

Obs. O Instituto EMATER realiza e participa de muitos dias de campo como, por exemplo: Dia de Campo – Projeto grãos em Alvorada do Sul- PR, Dia de Campo - Sistema Integrado de Produção Agrossilvipastoril em Pinhais- PR, dia de Campo Projeto Centro sul Feijão e Milho, Dia de Campo em Fruticultura e outros. Geralmente o Instituto é convidado par a participar como parceiro de Dia de Campo executado por outras entidades.

O Dia de Campo também é chamado por alguns de “Dia Especial”. No SISATER é relatado como Dia de Campo. O “Dia especial” geralmente é para comemorações, inaugurações, estimular, iniciar determinados programas de caráter social, cívico ou de

uma ação comunitária. Serve também para promover um produto ou atividade e informar inovações ou práticas promovendo a uniformização, conhecimentos, melhoria de práticas.

MODELO CONVITE TARDE DE TANQUE EM PISCICULTURA

Frente

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19. ENCONTRO

DEFINIÇÃO OBJETIVO UTILIZA-

ÇÃO

VANTAGENS LIMITA-

ÇÕES

Reunião de pessoas de

uma categoria para

discutir assunto de

interesse comum,

dirigindo para o mesmo

ponto;

- Recomenda-se um

coordenador para

coordenar os trabalhos

que podem ser em

forma de palestras,

conferências, mesa

redonda, painéis,

fórum.

Debater temas

polêmicos

apresentados por

representantes dos

grupos participantes,

expondo, informando

e buscando possíveis

resoluções de

conduta a serem

tomadas para algum

tipo de problema de

profissionais de

determinadas áreas.

Para

explorar

um

desafio,

decidir

sobre um

plano de

ação ou

tentar

soluções

para um

problema.

Uni Permite que

grupos

menores

expressem

suas opiniões,

oferece um

meio de

apresentação

de materiais

padronizados.

Nem

sempre são

alcançados

os objetivos

propostos

em função

de

divergências

Os pontos

de vista

podem

dispersar.

verso

Obs. O “ENCONTRO” é similar a “CONVENÇÃO”, com menos dias. Verifica Verificar CONVENÇÃO página 42 neste Manual.

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PASSOS PARA REALIZAÇÃO

Planejamento: é um método planejado que têm que ser respeitado as normas de planejamento

como outros eventos e métodos apresentados neste manual.

Duração: Durante um ou mais dias

Realização: A abertura do encontro é realizada pelo coordenador que após saudar os participantes,

faz apresentações, apresenta o tema e seus objetivos. Dá inicio ao seguimento.

Oradores: São os que apresentarão o assunto que lhe foi solicitado e tempo determinado. Após a

preleção os assistentes reúnem-se em grupos para debater o assunto apresentado.

Grupos de trabalho: Cada grupo deverá ter um coordenador que deverá conduzir o grupo

para que chegue a uma conclusão lógica, ajudando para que todos possam participar e

também ter um secretário que anotará as conclusões e um relator.

Plenária: Após a discussão, as conclusões serão levadas na plenária geral. Onde será

novamente discutida para um consenso geral. Essa plenária deverá ser planejada contendo

o tempo necessário, pois conforme a complexidade do assunto poderá haver divergências.

Conclusão: Cabe ao coordenador apresentar o consenso final e fazer a finalização da

palestra, que pode ser solenemente.

Avaliação: Cabe a comissão organizadora a verificar as necessidades de avaliações, após o

vento para realizar adaptações nos próximos e tomar decisões e encaminhamentos do que

foi tratado durante o Encontro.

Exemplo de Encontros executados pelo Instituto EMATER em parcerias ou com participação do Instituto EMATER: Encontro Municipal da Mulher Rural, Encontro de Produtores de Frutas no Arenito, Encontro de Manejo Integrado de solos, Encontro Regional de Produtores de Grãos, 3º Encontro de homens Rurais, Encontro Produtores de Mandioca, Encontro Produtores – Sistema Produtivo, Encontro de agricultores, 5º Encontro Municipal de Produtores de Leite, Encontro Produtores de Feijão, Encontro de Produtores de Uva de Marialva, 24º encontro Regional de Mulheres Rurais, 7º Encontro Municipal de Agricultura Familiar, Encontro Municipal de Produtores & 10º Concurso de Produtores e Qualidade da Seda e outros.

Preleção: Palestra de um conteúdo cujo propósito

é meramente didático ou educativa, aula, lição.

A VIDA é a ARTE DO ENCONTRO

VinÍcios de Moraes

“No que diz respeito ao desempenho, ao compromisso, ao esforço, à dedicação,

não existe meio termo. Ou você faz uma coisa bem-feita ou não faz”. Ayrton Senna

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EXEMPLO CONVITE E PROGRAMAÇÃO DE UM ENCONTRO:

Colaboração dos convites e Programações: Eng. Agr. Iniberto Hamerschimidt

Curitiba – Paraná - Instituto EMATER

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20. EXCURSÃO

DEFINIÇÃO OBJETI-

VO

UTILIZA-ÇÃO

VANTAGENS LIMITAÇÕES

Visitar um local ou vários locais onde existe uma evidência concreta sobre um tema de interesse comum de um grupo; Deslocamento do técnico com o grupo para de observar a aplicação de diversas técnicas ou práticas existentes para uma análise se pode ser adotada ou não;

Os locais visitados podem ser unidade de demons-tração, experimentos, demonstração de resul- tados, grandes eventos como feiras, proprieda-des rurais, empreendi-mentos, outras atividades agropecuárias e sociais bem conduzidas. Instrucional e informativo

Conhecer

alternati-

vas viáveis

nas

soluções

de

problemas

desper-

tando

interesse

em

inovações

rentáveis,

partici-

pando de

forma

grupal da

discussão

e solução

de

problemas

comuns.

Para conhecer aplicação de técnicas e práticas existentes em um ou mais lugares;

Fomentar interesse por determina-das praticas ou técnicas;

Prever novas experiên-cias ou vivência em grupos;

Atividade cooperativa

Mostra opções de soluções;

Aumenta o conhecimento;

Amplia experiências;

Promove a Integração;

Desenvolve lideranças e iniciativas; Fomenta

interesse por

determinadas

praticas ou

técnicas;

Prevê novas

experiências

ou vivência em

grupos.

Exige recursos especiais;

Da mesma forma que os excursionistas observam conteúdos interessantes também podem presenciar o negativo;

Planejamento requer muito cuidado;

Exige Capacidade de gestão de pessoas e serviços.

PASSOS PARA EXECUÇÃO

Obs. LER também o método INTERCÂMBIO (página 97) neste Manual.

“É difícil chegar a qualquer lugar sem saber para onde queremos ir.

Com um bom planejamento evitamos o desgaste”.

Planejamento: A planificação com antecedência colabora para o sucesso da excursão. Planejar cuidadosamente: o público a ser convidado. Dosar o conteúdo e definir objetivos educacionais. Identificar experiências exitosas que sejam coerentes com a necessidade de aprendizagem do grupo. Preparar materiais de apoio necessário, horário de saída, horário do encerramento, etapas, transporte e facilidades para os participantes.

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Excursão em feiras ou Exposições: Deixar uma parte do horário livre para os participantes visitar a Feira. E outra parte do tempo planejar a excursão.

Duração: Vai depender do planejado e de acordo com a distância do local e o tipo da experiência a ser visitada. Pode levar algumas horas, meio dia, 1(um) dia todo ou vários dias.

Roteiro da Excursão: Abaixo uma sugestão EXEMPLO DE UM ROTEIRO

LOCAL: DATA:

PROPRIETÁRIO que está recebendo a excursão ou nome da Feira/exposição:

OBJETIVO:

LOCAL DE PARTIDA:

DURAÇÃO: HORÁRIO SAÍDA:

HORÁRIO CHEGADA NO LOCAL:

HORARIO REGRESSO

ETAPAS: Aqui prepara o programa da excursão. Por exemplo, das 8:00 as 8:30 viagem. 8:30 chegada com café da manhã. 09h00min as 10h00min visitas stands de leite, 10h00min as 11h:00min horário livre ............. 17h:00min Retorno....

INFORMAÇÕES ADICIONAIS: Registrar informações sobre o local que receberá a excursão.

CROQUI: se necessário desenhar o roteiro da excursão

O roteiro acima pode ser flexível, adaptando-se as circunstâncias, quando

ocorrerem situações imprevistas. Dicas: Se a excursão for a alguma propriedade realizar uma visita prévia ao local a

ser visitado, a fim de saber o andamento da experiência ou o resultado, analisando a oportunidade da excursão. Negociação com o produtor a sua participação para explicações necessárias e toda parte da logística.

Negociação com o produtor a ser visitado: A negociação deverá ser detalhada, mostrar os objetivos, procedimentos necessários à data, horário e duração da excursão e a providências necessárias.

Orçamento: Realizar uma planilha contendo as despesas necessárias. Modelo de Planilha na página 206 neste Manual.

Negociação com o grupo de excursionistas: Deverá ser definido com o grupo o tipo de transporte para o local e as despesas necessárias. Definir com o grupo o número de participantes da excursão a fim de não prejudicar, mostrar-lhes o objetivo a alcançar. Apresentar ao grupo as experiências identificadas e as condições atuais de intercâmbio. Avaliar e definir, com o grupo, a importância ou necessidade da experiência ser conhecida e a duração. Orientar o grupo sobre os pontos mais importantes que devem ser observados sobre o tema durante a visita e assumir o compromisso de socializar as informações obtidas com as demais pessoas que não participaram da excursão. Estimular o grupo para que obtenha o maior número de informações possíveis sobre a experiência visitada, olhando, ouvindo e fazendo perguntas que possibilitam esclarecer as dúvidas e conhecer melhor o que o grupo anfitrião deseja mostrar ou explicar. Fazer registro das observações feitas durante a excursão. Realizar uma avaliação participativa com o grupo, sobre os objetivos esperados.

Material: Providenciar com antecedência os materiais e os recursos necessários.

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Realização: Iniciar no horário previsto, durante o trajeto da viagem o coordenador repassa as informações gerais aos excursionistas.

Avaliação: Pode ser feita três tipos de avaliações. 1. Antes da realização do método, onde o próprio instrutor ou guia avalia se o método é o ideal para alcançar as finalidades previstas. 2. Imediatamente após o término da excursão, onde avaliam a excursão em si, horário, transporte, roteiro se foi seguido, o local ou produtor visitado, objetivos, etc. 3. Avaliação posterior onde o extensionista faz o acompanhamento posterior para verificar práticas adotadas.

21. EXPOSIÇÃO

DEFINIÇÃO OBJETIVO UTILIZAÇÃO VANTA-

GENS

LIMITA-

ÇÕES

Mostrar os resultados alcançados e oferecer o reconhecimento ao público;

É um método que possi-bilita utilizar os meios de comunicação permitindo que a repetição da idéia e a visualização da men-sagem realize a memo-rização da construção do conhecimento;

Todas definições tem um mesmo intuito: ocupar mentes que desejam saber mais.

Exposição Educativa acontece em um local fixo e visa apenas divulgar, como por exemplo, um vernissage.

Demonstrar,

apresentar,

divulgar

publicamente

produções em

painéis ou

stands;

Criar

oportunidade

de troca e

informações.

Para apresentar ao público novos produtos como mostras de qualquer tipo de produtos, materiais, artesanato, culinárias, artes, entre outros, levando informa-ções de natureza técnica, educativa e cultural, como motivação para tomada de decisões; Para repasse de informes e análises recentes, interpretação de fatos, conhecimentos, esclarecimentos de pontos de controvérsias e outros.

Op Facilita a divulgação de novas práticas;

Desenvolve o espírito de cooperação;

Estimula co comunicação;

Desenvolve a capacidade de solução e crítica ; Apura o sentido de Julgar;

Mo Motiva introdução de novas práticas;

Requer local apropria-do;

Custo relativa-mente alto;

Pode ser que alguns visitantes buscam somente distraçãoe não o objetivo real da exposi-ção.

Obs. LER também o método “FEIRA” (página 74) e “FESTA” (página 85) neste Manual. .

“A Exposição pode ter vendas mercadológicas”.

Vernissage: Evento cultural mais organizado por artistas pintores, escultores e fotógrafos. Podendo definir

como um encontro prévio à inauguração de uma exposição de arte ou outra exposição com outros temas.

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Tipos de exposições

Exposição temática: tem por objetivo apresentar e destacar um tema específico.

Ex: uma exposição sobre grãos, máquinas agrícolas, leite, etc.;

Comemorativa: destaca um feito, uma data ou algum personagem que tenha tido

relevância histórica ou cultural;

Cronológica: destaca uma época ou momento contando o passar do tempo,

destacando a cronologia dos acontecimentos;

Histórica: são apresentados aspectos de um período e/ou períodos históricos

determinados;

Retrospectiva: apresenta etapas de alguma história ou fato por determinado

período ou tempo, retrospectiva de algum autor ou criador. São selecionados

objetos e obras mais representativas, expressivas e polêmicas;

Individual: onde se apresenta um único local, sem necessidade de outro evento;

Coletiva: Onde é realizada exposições dentro de outro evento coletivo, por

exemplo, quando o Instituto EMATER participa com exposições dentro de grandes

eventos como feiras municipais, regionais, estaduais, federal ou até mesmo

internacional; ou quando são realizados exposições em dia de Campo e outros

métodos;

Fixa: exposição que permanece num mesmo local;

Itinerante: projetada para ser transportada de um lugar para outro.

Permanente: que fica a mostra sem grandes modificações por períodos longos de

tempo, por exemplo, o acervo histórico do Instituto EMATER;

Temporária: que é exibida por um período limitado de tempo.

Duração: é função do que se deseja expor e do objetivo desejado. Depende do acordo com outros métodos de extensão rural ou outros eventos que permitam a realização da exposição. Por exemplo, grandes eventos como feiras. De um dia a uma semana se for temporária.

“Exposição não é simplesmente uma exibição. Ela tem que interagir. Servir de comunicação com o público recebido”.

PASSOS PARA REALIZAÇÃO Montar equipe de organização: Conforme o tamanho da exposição deverá ser montado uma equipe, envolvendo as comunidades, os grupos e parceiros Por exemplo, um grupo para cuidar do setor educativo, que realiza atividades de mediação contribui para a aproximação entre o público e o que for exposto. Normalmente essa equipe também pode participar da organização das atividades paralelas se houver, especialmente quando envolvem oficinas, palestras etc. Poderão oferecer aos visitantes visitas orientadas à exposição, promovendo atividades de mediação. Outro grupo para comissão por produto (artesanato, gastronomia, artes, etc.) Outro grupo para comissão da produção: Cuida também dos orçamentos, compra de materiais para a montagem, empréstimo de trabalhos etc. Outro grupo para a comissão da montagem: Prepara o local da exposição, dos suportes que receberão os materiais a serem exposto, manuseio e correto posicionamento dos

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materiais conforme o planejado. Comissão de divulgação, comissão de recreação, comissão de apoio entre outras que houver necessidade. Orçamento: Montar a planilha de orçamento com todos os detalhes. Ver na página 205 neste manual.

Planejamento: Uma boa exposição começa com um bom projeto e quanto melhor planejadas, mais fácil será a montagem e realização. Definir objetivos educacionais que podem ser: difundir novas informações, marcar presença, incutir conceitos, apresentar uma nova identidade visual. Definir a estratégia a ser adotado, definir o que será exposto e como será a participação da organização do estande. No planejamento devemos perguntar:

Para quem? Para qual público será a exposição. O que expor? Definição do Tema. Onde? Qual o local. Fixa? Temporária? Itinerante? Será utilizado em algum evento? Quando e por quanto tempo? Qual época, a data, quantos dias de duração.

Público: mesmo sendo um método massal é necessário definir qual o público será dirigida a exposição, para definir o assunto. Tema: De acordo com interesse e necessidade do público, respeitando o planejamento de trabalho. Apresentar idéias novas e tecnologias interessantes e o que tem de novo. Escolhido o assunto lembrar que a mensagem a ser transmitida na exposição deve ser clara, simples, oportuna, necessária e recomendável, direta e dirigida a cada observador. Definição da época: Tem que ser oportunas, podendo ser aproveitadas para uma festa no município, ou em grandes Feiras, produzidas por outros órgãos. Obedecendo aos regulamentos de cada evento. Definição do local: Em exposições individuais considerar a área disponível facilidade de acesso. Conhecer o local antes para planejar a planta, organizar a movimentação do público. Se for a local aberto, verificar o tráfego da área. Distribuição de setores: se a exposição envolve mais que um assunto, verificar a seqüência lógica, de forma que os visitantes conduzam a atenção para o objetivo pré determinado. Organização: Arrumar os objetos de maneira atraente e harmoniosa. Utilizar recursos locais. Dar vida a exposição utilizando:

Elementos vivos, como flores, verduras, plantações, animais, utilização de atualidade como equipamentos modernos e atuais, máquinas, etc.

Utilização de métodos comparativos, por exemplo, antigamente e agora, ontem e hoje, antes e depois, etc.

Uso de elementos em ação, como figuras movimentando-se, máquinas funcionando, demonstrações de resultados, etc.

Uso de som como o alto falante, músicas, mensagens, avisos, etc.

Uso de figuras como fotos, painéis, banners, figuras geométricas, conforme a oportunidade e o tema.

Estandes: organizado de forma que provoque a atenção despertando e mantendo o interesse sobre o conteúdo apresentado, pode montar um slogan para chamar a atenção. Verificar a ordem, simplicidade, apresentar pontos de interesse. Segurança nos dias de montagem e desmontagem: é sempre conveniente isolar a área em que a equipe estiver trabalhando, evitando assim o trânsito impróprio de pessoas no local,

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o que poderia provocar acidente com as pessoas e com os objetos a serem expostos. Outra dica: comidas e bebidas não combinam com ambientes de montagem. Mantenha os

objetos fora do alcance das gorduras presentes nos lanches e demais alimentos.

Planejamento da Montagem: É preciso saber:

Quantidade de metros lineares de paredes (ou painéis);

Metragem quadrada de estruturas máxima;

Altura das peças;

Iluminação: artificial e natural;

Tamanho das janelas e para que lado ela será aberta;

Necessidade de proteção solar, temperatura e umidade para alguns objetos (cuidado com os trabalhos em papel: evitar sol e umidade);

Comunicação visual da exposição: sinalização, textos explicativos, etiquetas para o material que for exposto, vitrines ou bases para objetos;

Segurança das pessoas e das peças (evitar que as peças caia de suas bases, ou ainda que aquelas mais delicadas passem por manuseios indesejados);

Proteção dos objetos expostos – colocar proteção que mantenha o público em uma distancia que possibilite bem visualizar o produto, mas sem tocá-lo, colocar cordão de isolamento. A não ser que algum objeto exposto possa ser testado pelos visitantes;

Planta: elaborar uma planta onde deverá ser planejada a disposição dos móveis, objetos a serem expostos, colocação das prateleiras, pedestais, painéis, banners, faixas indicativas, etc. A planta é importante para evitar surpresas não agradáveis.

Dicas abaixo: Algumas dicas podem ser úteis tanto para a montagem em si com para elaboração do projeto expográfico.

Visual: Deverá ser dedicada a comunicação visual que inclui a sinalização, textos explicativos, etiquetas legíveis para os objetos expostos (cartão de identificação). A partir daqui já é possível elaborar um cronograma de atividades, pensando desde a pesquisa até a desmontagem e devolução dos objetos, bem como a avaliação da exposição.

Ordem: Os objetos devem ser arrumados de maneira atraente e harmoniosa. Evitar os confrontos chocantes e aglomeração de objetos vai atrapalhar e não ajudar.

Segurança do público e expositor: pensar em estabilidade e segurança. Quanto menos risco oferecer aos visitantes melhor. Peças pequenas colocar em vitrines. Principalmente segurança de crianças que visitarão o estande.

Cores: Verificar a questão de cores – cores claras parecem maiores, cores quentes se expandem mais que cores frias.

Luz: a luz ajuda a criar uma atmosfera na exposição. Sempre que possível, é interessante usar uma luz dirigida, mas é importante direcionar o foco para o objeto que está exposto e não para o visitante. Teto: translúcido com lâmpadas – luz uniforme.

Projeto Expográfico: refere à colocação em exposição de tudo aquilo que diz respeito à ambientação.

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Spots: se for utilizar tem um efeito dramático, pode ser insuficiente para a iluminação.

Exposição de trabalhos: Caso sejam expostos objetos confeccionados, devem ser produtos de qualidade, e o expositor tem que ter o domínio das informações sobre o trabalho exposto e sobre a importância do bom atendimento.

Livro de assinaturas: Se achar interessante crie um livro de assinaturas que ficará na saída da exposição à disposição do público. Serve para públicos menores, para dimensionar a quantidade de visitantes.

Proteção dos produtos expostos: colocar uma proteção que mantenha o público a uma distância que possibilite ter boa visualização, mas sem tocá-los, podem ser utilizados cordões ou outros materiais disponíveis que não atrapalhe os objetos expostos.

Quadros: Ao expor quadros, estes deverão estar em média a 1,60 do chão (nível do olho humano) no horizonte da obra (linha do meio). O alinhamento dos quadros preferencialmente no horizontal uma do lado da outra, não uma em cima da outra. Facilita a visualização e o entendimento. A distância do observador e do quadro ou obra é de até 0,80 de altura. A etiqueta deve ser colocada sempre a direita, 1,10 do chão.

Divulgação: A divulgação deve ser feita com antecedência no mínimo dois meses antes. Utilizar os meios existentes: internet, faixas, rádio, TV, banners, folders, folhetos, outdoor, jornais, releases, entre outros.

“Lembre-se: IMAGEM guarda, comprovadamente, até CINCO VEZES mais do que qualquer material escrito”

Materiais: Montagem dos painéis fotográficos, banners, identificação externa, produção das peças a serem expostos, letreiros luminosos se necessário, que tipo de divulgação ou material será distribuído. Sempre que possível distribuir materiais impressos com qualidade referentes aos assuntos ou amostras de materiais expostos. Observar a peculiaridade, a forma de apresentação, os recursos visuais complementares. Premiação: Conforme objetivo da exposição poderá ou não ter premiação. Com premiação há maior interesse dos expositores trazerem seus produtos, mas também poderá haver mágoas em relação à questão de competição. Julgamento e distribuição de prêmios: Buscar patrocinadores para os prêmios, quanto maior os prêmios mais interesse de expor. Abaixo algumas linhas gerais. Quando: O julgamento ocorrerá um pouco antes da abertura da exposição a fim de que os visitantes possam admirar os produtos já classificados. Para que o trabalho dos juízes se realize com calma, é necessário que no recinto não haja mais ninguém além deles, nem

Release ou Releases: Comunicado de imprensa que é emitido antes da notícia completa.

Liberação de software - liberação pública de uma nova versão de um programa ao qual foram adicionadas correções e melhorias.

Outdoor: anúncio em forma de cartaz, painel

múltiplo, painel luminoso etc., de grandes

dimensões, exposto à margem de vias urbanas

ou em outros pontos ao ar livre.

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mesmos os organizadores. Somente o resultado do julgamento é que ser realizará com todos. Produtos: Para o julgamento a identificação do produto ou lote poderá ficar oculta para que os juízes não tenham preferência, é mais justo julgar sem saber de quem é o produto exposto. Juízes: Não poderão fazer parte da comissão organizadora ou pelos extensionistas diretamente relacionados ao grupo que expõem. Sempre que possível convidar pessoas estranhas para evitar risco de parcialidade, mesmo involuntária. Importante que conheçam, ou seja, da área que irão julgar. Classificação: separar os produtos pelas espécies que for necessária para que haja julgamento de igualdade. Será necessário elaborar roteiros ou normas para os julgamentos. A classificação pode ser expressa por fitas, medalhas, símbolos, conforme a escolha da comissão organizadora. Avaliação: A comissão organizadora escolherá como fazer a avaliação. Observar o envolvimento dos visitantes nos estandes e o interesse pelo tema. Exemplo de Exposições e Feiras onde o Instituto EMATER participa e ou realiza: (2017) EXPOTÉCNICA - Sabaúdia; EXPOTERRABOA - Terra Boa; EXPOTOLEDO – Toledo; EXPOAGRO - Laranjeiras do Sul; 46ª Exposição Feira Agropecuária, Industrial e 18ª Internacional- Paranavaí, EFAPI - Ponta Grossa e Santo Antonio da Platina; EXPOCOP - Cornélio Procópio; Show Rural Coopavel - Cascavel; EXPOLONDRINA- Via Rural, Fazendinha e Eventos – Londrina; 42ª EXPOGUÁ – Encontro Regional Produtores Leite – Guarapuava e outras. OBS: Para trabalhar com exposição é interessante verificar o conteúdo de FEIRA, a seguir.

22. FEIRA

DEFINIÇÃO OBJE-

TIVO

UTILIZAÇÃO VANTAGENS LIMITAÇÕES

Exibição pública com o objetivo de venda direta ou indireta, constituí-da de vários stands, montados em espaços especiais, onde são expostos produtos e serviços Evento destinado a divulgar bens, produtos e serviços. Podem ter caráter apenas demonstrativo,

Demons-

trar,

apresen-

tar,

divulgar

ao

público

alvo

tecnolo-

gias,

serviços

e/ ou

produtos

Por ser um evento mercadológico serve para alavancar vendas das empresas, artesãos e dos produtores, divulgar produtos e ampliar mercado para os expositores;

Obter opiniões sobre os produtos expostos, imagem da empresa expositora e seus preços; Pesquisar aceitação de

Possibilita apresentar à comunidade e sociedade em geral trabalhos e sua importância; Estabelecimento de regras e normas gerais que permite aos expositores atingirem seus objetivos institucionais;

O Público pode

Requer muito tempo para a organização;

Custo alto;

Ocorrências que pode prejudicar o fluxo de pessoas, ex. período de eleições, finais de campeonatos de futebol,

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apresentando os resultados do trabalho do órgão ao público em geral ou de segmentos específicos.

disponí-

veis para

a comer-

cializa-

ção.

um produto, para sele-cionar canais de comer-cialização, contatar distribuidores represen tantes, lojistas, conhe-cer concorrentes, etc.

explorar os cinco sentidos visão, audição, tato, paladar e olfato.

Copa do Mundo, épocas de chuva, período de férias, etc.

Obs. Para executar o evento é interessante LER também “EXPOSIÇÃO” (página 69) e

“FESTA” (página 85) neste Manual.

Perfil profissional: Cada atividade profissional exige um determinado perfil daquele que a executa. Para trabalhar com Feiras o profissional, principalmente aquele que tem a responsabilidade pelo sucesso na participação de pequenos empreendimentos em feiras e exposições, é uma pessoa dotada de características muito próprias e peculiares, dentre as quais se destacam:

• Gostar de desafios e exigências; • Bom planejador; • Persistente; • Organizado; • Disciplinado; • Dotado de capacidade de iniciativa; • Sabe buscar alternativas para a solução de problemas; • Comprometido com o sucesso dos expositores; • Dedicado; • Comunicativo; • Conhecedor das técnicas de venda.

PASSOS PARA REALIZAÇÃO Delimitar a abrangência geográfica Que é o raio de atração de uma feira, até que distância o evento foi planejado para exercer sua atração, tanto de visitantes como de expositores. O importante é conhecer o perfil e o histórico do evento para denominar local, bairro, município, estado, região, micro regional, nacional ou internacional. Comissão Organizadora: Independentemente da dimensão do evento, é necessário criar um grupo com representantes de todas as áreas técnicas envolvidas para acompanhar cada etapa do planejamento e da organização, montagem do regulamento, promover ajustes e dar o suporte durante a realização do evento. Exige a interação e a participação de profissionais, envolvimento de muitas pessoas com diferentes perfis e instituições locais, todos co-responsáveis por garantir o êxito do evento. Essa comissão organizadora pode ser coordenada por um grupo ou comitê gestor.

“O comitê gestor deve ser formado por pessoas com poder

de decisão, disponibilidade e interesse genuíno”

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As etapas de planejamento, organização e coordenação são conduzidas pela área de Relações Públicas em parceria com a área idealizadora da iniciativa. A contratação de serviços externos pode ser necessária, o que deve ser avaliado pela comissão organizadora. Eventos destinados a divulgar bens, produtos e serviços costumam requerer apoio logístico amplo (estandes, painéis, salas para imprensa, telefones, computadores, internet, impressoras, etc.), apoio operacional (transporte de materiais, serviços de instalação, serviços de manutenção, etc.) apoio de pessoal (recepcionistas, operadores técnicos, etc.), apoio de divulgação.

Tipos de feiras e exposições: Existe varias modalidades de promoção comercial. O nome da Feira tem que corresponder exatamente à realidade do evento:

Feira comunitária: promovido e organizado pelas comunidades para funcionar como elemento transformador das economias locais, na medida em que oferece oportunidade para que empreendedores promovam seus produtos e serviços, vendam mais, obtenham novos ingressos e, quase sempre, gerem novos empregos. Ex. feiras de artesanato, feiras-festas e feiras de produtos agrícolas e rurais.

Feira-geral: organizado em setores.

Feira setorial: A feira setorial é uma evolução das feiras multissetoriais (mostras gerais).

Periodicidade: Em geral, feiras e exposições temáticas possuem um calendário anual previamente fixado. Quanto maior a abrangência geográfica, menor a periodicidade. Os gastos e os esforços envolvidos numa feira municipal são infinitamente menores dos de uma feira nacional, por exemplo:

Semanal: as feiras de artesanato são o exemplo mais comum. Várias cidades brasileiras têm nos finais de semana sua feira de artesanato. As feiras de bairros também se enquadram nessa modalidade e as feiras livres onde são comercializadas frutas, verduras, legumes e outros itens.

Mensal: tipo mais raro de ser encontrado, mas ainda existe;

Anual: é uma característica das feiras municipais, microrregionais, estaduais, regionais, nacionais e internacionais. Guarda certa relação com a data ou período do ano em que é realizada. Isso é importante para o público visitante e para os expositores, porque têm, assim, como agendar com antecedência seus compromissos com o evento;

Bienal: realizada a cada dois anos, sempre na mesma época do ano. Hoje, muitas das feiras municipais ou microrregionais também são marcadas para festejar alguma data importante. O dia da fundação do município, por exemplo.

Programação: O programa é definido conforme as demandas de lançamento e apresentação dos produtos, a disponibilidade de tempo, a infraestrutura do local e os recursos disponíveis. Abertura: Não se esquecer do cerimonial que serve para harmonizar qualquer tipo de evento até mesmo os de pequenas proporções. Mestres de cerimônias, reserva de assentos, respeito às precedências (quando da presença de autoridades) e outras práticas são bastante úteis para organizar momentos de destaque e contribuir para que a condução

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do evento seja eficiente e harmoniosa. Pensar também em um espaço para acomodar os profissionais de imprensa responsáveis pela cobertura do evento. Local de uma feira: se tiver pavilhões adequados são os melhores tipos, parques para exposições agropecuárias próprios para eventos ao ar livre, usados também para feiras industriais, comerciais e de serviços. Também são realizadas em estádios poliesportivos, colégios, galpões, etc. É fundamental que o local da feira tenha um bom aspecto externo e interno, seja bem conservado e limpo. Até mesmo estruturas em lona, tipo circo, são preferíveis quando não se pode contar com estruturas próprias. Verificar o local para acesso facial. A ambientação do espaço é fundamental para torná-lo funcional e também para atrair a atenção dos visitantes, quer seja em uma feira, quer seja em uma exposição.

Planejamento: Começa com uma boa idéia, estrutura-se com o planejamento e só termina quando o local do evento estiver totalmente vazio e pagos todos os compromissos financeiros, realizada avaliações e pensado no pós evento. Saber quais são, o momento em que ocorrerão o que é necessário fazer para que ocorram quanto vão custar quem serão os responsáveis. Nas feiras e exposições de maior porte, o planejamento inicia-se depois de concluídos os estudos de viabilidade técnica e financeira. O prazo para conclusão desses estudos nunca deve ser inferior a um ano. O formato pode variar de acordo com as estratégias da instituição, porém sugere-se elaborar uma programação diversificada, com solenidade de abertura, lançamentos, apresentação de serviços, assinatura de convênios, entrevistas, visitas agendadas, palestras, atividades interativas e atividades dirigidas a diferentes segmentos de público. Orçamento: Aqui, todo cuidado é pouco, não só para evitar esquecer alguns itens de despesa como para não subestimar, ou superestimar, valores e necessidades. Os itens de despesas são fundamentais para a correta elaboração do orçamento da feira e, por conseguinte, da aferição dos gastos orçados e realizados. Verificar Orçamento página 205 neste Manual.

Cronograma ou Checklist: O planejamento e o orçamento remetem seus organizadores à elaboração de um cronograma de atividades, distribuídas no tempo, com os nomes dos responsáveis e os prazos de execução. O cronograma deve ser de conhecimento de todos, acompanhado e atualizado conforme seja seu andamento. É possível que, para um melhor controle das atribuições de cada grupo responsável, sejam elaborados cronogramas mais particularizados e detalhados, sem fugir do cronograma principal. Ver Checklist página 201 neste Manual. Proposta e nome de uma feira: há uma estreita relação entre o nome e a proposta de uma feira ou exposição. O público visitante ou expositor deve poder depreender o tipo de feira, e o que vai lá encontrar, a partir do nome do evento. Nada impede que se use uma sigla, mas deve ficar clara a proposta do evento. Material de montagem: Mais utilizado para a instalação de estandes em feiras e exposições é o sistema Octanorm. Que é versátil e permite a edificação em diversos ângulos, inclusive

Octanorm: sistema modular de tubos de alumínio, com oito lados, utilizados para

montagem de estandes, com variado tamanho e ranhuras. Esses tubos são chamados de

montantes e neles, encaixam-se vários tipos de travessas: retas, curvas, largas ou estreitas.

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a montagem de estruturas curvilíneas. Os montantes oitavados (padrão) e as travessas de amarração em alumínio podem ser encontrados com acabamentos natural, leitoso ou coloridos. Dependendo do projeto arquitetônico também é encontrado os mais diversos tipos de placas, chapas ou vidros de fechamento. Alguns expositores preferem fazer sua própria montagem utilizando outro tipo de material. Existem os toldos desmontáveis que são de diversos tipos. Divisórias: Nas cidades de maior porte existem empresas especializadas em montagem de feiras e exposições, as quais são contratadas pelos organizadores para realizar as montagens dos estandes. Exercitar a criatividade, usando materiais alternativos e mais fáceis de serem encontrados: madeira compensada ou reconstituída, lonas plásticas, aramados, etc. Piso: Dependendo do tipo de construção onde se pretenda realizar uma feira (pavilhão, estádio, clube, hotel, etc.), talvez não seja preciso utilizar outro tipo de piso, ou forração, além do existente no local. Porém, se por questões de proteção ou de acabamento for necessário usar uma forração, a mais utilizada é o carpete de 3 (três)mm, aplicado diretamente sobre a superfície existente ou sobre tablados especiais utilizados na montagem dos estandes. Parte dianteira ou testeira: Quase sempre a identificação do expositor é colocada na parte frontal superior do estande, na cor determinada pelos organizadores da feira ou o regulamento Treliça espacial: São estruturas tubulares, quase sempre em alumínio, que servem para “fechar” a parte superior dos estandes. Podem ser vazadas ou totalmente fechadas com outros materiais. Nelas são fixadas as luminárias e outros elementos de acabamento e decoração. Força e luz: Mesmo que a iluminação do recinto da feira seja boa, sempre é recomendável dotar os estandes de iluminação própria. Duas ou três lâmpadas (spot lights) já fazem diferença numa área pequena, enquanto estandes acima de 9m2 exigem mais iluminação. Toda a instalação elétrica do pavilhão ou prédio deve ser revista e avaliada para não se ter surpresas com sobrecarga ou curto-circuito. Um bom eletricista ou mesmo a empresa local responsável pela distribuição de energia pode promover. Mobiliário: Há empresas especializadas na locação de mobiliário para feiras (mesas, cadeiras, poltronas, banquetas, armários, etc.). Nas feiras comunitárias e municipais é comum que o expositor traga seu próprio mobiliário, o que não é admissível em muitas das feiras profissionais, ainda que de pequeno porte. Existem empresas de locação desses materiais. Pessoal de apoio: Além daquelas vinculadas aos promotores e organizadores, que cuidam dos aspectos administrativos e de gestão, há muitas outras pessoas que são responsáveis pela montagem e funcionamento do evento. Essas pessoas costumam trabalhar para organizadores e montadoras, por meio de contratos temporários, ou atuam de forma autônoma. Capital Humano: Algumas montadoras e ou próprios organizadores já trazem seu grupo de trabalho. São prestadores de serviços especializados, mas é bom pensar no capital humano que irá precisar como recepcionistas, pessoal de serviços gerais, encanadores, eletricistas,

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letristas, pintores, carpinteiros, aplicadores de carpetes, instaladores de redes de telefones, instaladores de rede para computadores e telefones, chefe de montagem, instaladores de aparelhos de ar-condicionado, operadores de som, instaladores de equipamentos multimídia. Podem ser incluídos, ainda, os fornecedores de mobiliário, de plantas ornamentais, de serviços de copa e bar, fotógrafos, etc. Ou seja, todos pagam para poder explorar seus serviços durante uma feira. Cabe aos organizadores negociar quais serviços serão explorados por um ou por outro, e a forma de cobrança: taxa fixa ou um percentual sobre o valor dos serviços prestados. Quando os organizadores não desejam explorar esses serviços, preferindo delegá-los a terceiros, mesmo assim é comum negociarem uma contrapartida. Público-alvo: Dois tipos: expositores (ou ofertantes) e visitantes (ou compradores). Expositores: Todo o esforço deve ser feito pelos organizadores para conseguir expositores que efetivamente possam despertar o interesse dos visitantes. O desafio consiste em inovar, em atrair expositores que apresentem produtos e serviços de real interesse do público visitante. Sempre é possível encontrar bons expositores no município, no Estado ou na região onde se realiza uma feira. Portanto, devem-se esgotar todas as possibilidades mais próximas, antes de imprimir esforços sobre outras regiões mais distantes. É mais econômico, prestigia, valoriza e fortalece a atividade econômica local ou regional. Já, para as feiras de abrangência nacional e internacional, os organizadores costumam valer-se de parceiros ou agentes radicados nos Estados e nos países de seu interesse, para realizarem a divulgação e a venda de espaços.

Visitantes: Quando os organizadores realizam uma feira, o fazem tendo em vista múltiplos interesses: divulgar e promover uma comunidade, oportunizar negócios para as empresas expositoras, promover a economia local, estadual ou regional, angariar recursos financeiros, etc. Isso, entretanto, só é possível se puder contar com um bom fluxo de público visitante. Para tanto, os organizadores devem esforçar-se para vender os espaços/estandes para boas empresas e, depois, preocupar-se com os visitantes para

Infraestrutura e apoio: Deve contar com serviços eficientes, instalações adequadas e permanentemente revisadas, serviço de telefone público, de alimentação, de som, de utilidade pública, primeiros socorros, centro de atendimento ao expositor, depósito controlado, instalações elétricas, hidráulicas, de incêndio e de comunicação adequadas, testadas e controladas. 1. Secretaria: para atendimento a expositores e visitantes, como prestar informações, registrar os expositores, emitir crachás, gerar controles, cuidar dos aspectos gerenciais e de controle do evento. 2. Área de alimentação: Nos pavilhões alugados existem pessoas que por contrato, tem direito a explorar o restaurante ou o bar-lanchonete durante os eventos ali realizados. Os organizadores podem sublocar algumas áreas para que nestas se estabeleçam outros prestadores de serviços de alimentação, cobrando uma taxa dos permissionários selecionados. É indispensável haver uma aprovação prévia do corpo de bombeiro local, se for haver a utilização de material inflamável (gás). Outros serviços de alimentação, dentro e fora do pavilhão, podem ser oferecidos aos visitantes e expositores: quiosques de pipoca, cachorro-quente, guloseimas, etc.

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3. Sanitários: é importante contar com uma quantidade adequada de unidades sanitárias proporcional ao número esperado de pessoas. Sempre limpos conforme utilizado. 4. Estacionamento: Os organizadores devem ter a preocupação de encontrar áreas que permitam acesso para um bom número de veículos, para comodidade dos visitantes. O local do evento deve contar com áreas de estacionamento diferenciadas para prestadores de serviços, expositores, autoridades, táxis e visitantes. Nas pequenas feiras ou feiras comunitárias, com estacionamento controlado, é comum deixar o gerenciamento e a receita para uma instituição local. 5. A sala de imprensa: Mesmo nas pequenas feiras, sempre é bom lembrar-se da importância de se poder contar com uma sala exclusiva para a imprensa com computador, impressora, telefone, fax e internet, sempre que possível, e, principalmente, com um local para as entrevistas com visitante ilustres, autoridades e expositores de destaque. Nesse local pode haver um painel de fundo onde apareçam a marca dos organizadores, o nome e a logomarca da feira e, principalmente, as marcas dos Patrocinadores. O fotógrafo oficial da feira e o pessoal da comunicação social devem estar atentos para esse importante detalhe. Não se pode perder a oportunidade de estar divulgando gratuitamente a feira nos veículos de comunicação de massa. 6. Sinalização: Neste aspecto, o projeto arquitetônico é determinante e deve prever todas as necessidades de sinalização interna e externa. Placas indicativas e de orientação aos motoristas e aos pedestres devem ser afixadas ao longo das vias de acesso ao local da feira, bem como placas de orientação de entrada e saída dos estacionamentos e das áreas internas. O local da feira, além de muito bem sinalizado, deve contar com faixas, bandeirolas e banners externos que transmitam a idéia de um grande acontecimento. Indicações de pavilhões de entradas e saídas, de alimentação, etc. 7. Segurança: A segurança de uma a feira é de responsabilidade dos seus organizadores. Pode credenciar alguns profissionais ou empresas para oferecerem seus serviços de segurança aos expositores. Empresas sérias e com experiência. O uso de equipamento de rádio (intercomunicadores) dependerá do tamanho da feira, da sua localização, dos materiais expostos e da disponibilidade de recursos 8. Limpeza: A limpeza das áreas comuns (estacionamentos, corredores internos, sanitários, etc.) é de responsabilidade dos organizadores a contratação que deve ser constante e cuidadosa. Distribuir lixeiras, cinzeiros suficientes. Medidas preventivas e cautelares: evitar riscos e danos a visitantes e expositores, evitando

assim de ações cíveis de responsabilidade civil, danos morais, materiais, etc. Informar aos

expositores todas as penalidades a que estão sujeitos, caso descumpram as normas, os

regulamentos e a legislação vigente.

1. Iluminação: Suficiente interna e externa. O importante é observar que sejam circuitos independentes dos estandes. Isto porque, no caso de queda de energia nos estandes, a área de exposição ficará iluminada, e vice-versa.

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2. Controle de tráfego de veículos: Negociar com autoridade de trânsito local, polícia militar ou guarda municipal, sobre as condições de controle e orientação do tráfego nas vias públicas de acesso à feira. Dentro do local do evento 3. Contratação de seguro: Todo cuidado e atenção devem ser dados à segurança das pessoas. Podem acontecer quedas de materiais suspensos, choques, etc. Daí a necessidade de se ter o maior cuidado com os aspectos de montagem da feira como um todo, e as responsabilidades da montadora. Ainda assim, devem contratar um seguro de responsabilidade civil que cubra eventuais danos físicos causados às pessoas no local da feira. 4. Primeiros socorros: Nas feiras e exposições onde há uma expectativa de grande fluxo de visitantes, é comum se encontrar pelo menos uma unidade móvel de assistência médica (paramédicos). Os organizadores conseguem, por meio de permuta, disponibilizar esse serviço com empresas especializadas que aproveitam o evento para divulgar suas marcas e seus serviços. 5. Taxas da prefeitura local: Verificar quais taxas e negociar valores ou a isenção ou, em prol dos interesses comuns. Quando isso não é possível, pela característica da própria feira, resta avisar expressamente aos expositores sobre suas obrigações tributárias. 6. Taxa do ECAD - Escritório Central de Arrecadação e Distribuição de Direitos Autorais. Recolher a taxa sempre que músicas forem tocadas com fins comerciais ou para animar e abrilhantar eventos, sejam músicas ao vivo ou mecânicas. Já, quando ocorrem shows musicais e outras manifestações do gênero, é muito difícil que o ECAD deixe de cobrar pelos direitos autorais. 7. Nota fiscal: Nas pequenas feiras comunitárias e de âmbito municipal, a fiscalização estadual costuma ser tolerante. Já quando se tratam de feiras promovidas por empresas profissionais, não há esta facilidade. A nota fiscal deve ser emitida em nome do expositor, indicando o endereço do local da feira onde as mercadorias serão expostas. O modelo de nota fiscal variará de acordo com a natureza da operação: remessa para exposição, dentro ou fora do Estado, com ou sem IPI, conforme seja o caso. Para a comercialização de produtos expostos, na condição de pronta entrega, os contribuintes inscritos na fazenda estadual deverão solicitar o regime especial, mediante requerimento à autoridade fiscalizadora. Portanto, é indispensável uma consulta à fazenda estadual para diminuir dúvidas e obter orientações quando ao anteriormente citado, com vistas à melhor informar aos expositores. ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO: Divulgação: Convite: A opção por emitir convites cabe à equipe organizadora. Para expositores, é sempre útil elaborar convites diferenciados para estimular a participação. Para feiras, o trabalho de divulgação costuma ser suficiente para levar informação e despertar o interesse dos públicos. Ainda assim, se for realizada, por exemplo, uma solenidade de abertura com a presença de autoridades, pode-se recorrer ao envio de convites personalizados. A equipe organizadora deve avaliar. Preparar a divulgação da feira nas mídias tradicionais e digitais,

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combinando ações de assessoria de imprensa. Contatar especialmente a mídia local e pautar os veículos de comunicação da instituição para a cobertura jornalística. Sugere-se contatar a entidade organizadora da feira ou exposição e solicitar a inserção das iniciativas da instituição no programa oficial, com possibilidade de inclusão dos conteúdos no site, folhetos e outros meios de divulgação do evento.

Blogs: Montar de imediato já na fase do pré-evento e ir mantendo com informações, onde o público possa buscar noticias sobre o evento como programação, agenda, formas de acesso, parceria e outras notícias. Montar um site também funciona muito bem para repassar informações e as novidades do evento.

Existem várias plataformas para blogs, citamos como exemplo: WordPress, que além de oferecer uma boa ferramenta, costuma performar bem nos mecanismos de busca, como o Google. Uma Alternativa: Blogger, do Google, mas já foi bem utilizada. Tumblr, do Yahoo. Alternativa simples de usar. E outras tantas existentes. É só pesquisar que encontra.

Streaming de vídeo: é uma forma de atingir quem não participou do evento e despertar o interesse para que participe dos próximos Tanto expositores como visitantes ficam mais suscetíveis a participar de eventos dos quais ouvem ou vêem mais propaganda. Citamos alguns exemplos: Panfletagem - antes e durante a realização da feira ou exposição. Assessoria de imprensa - contratação de profissionais da área. Palestras - muitos organizadores de feiras valem-se da realização de palestras, cursos ou de apresentações junto a entidades e instituições representativas da classe empresarial para divulgar seus eventos. Informativos - São os boletins das associações, dos clubes de serviços, das prefeituras, dos sindicatos e de mais uma infinidade de organizações. Releases - é uma tarefa da assessoria de imprensa. O envio de press releases para os veículos de comunicação quase sempre ocorre mais próximo da data de início do evento, durante todo o tempo de sua realização e no dia do seu encerramento. Plano de mídia - Sabe-se que alguns meios ou veículos de comunicação são mais apropriados para atrair expositores, enquanto outros servem para atrair o público visitante, por exemplo, o rádio (AM e FM); Jornais - para recrutar e atrair visitantes. Outdoors - negociação com antecedência suficiente necessária. Mídias de apoio - como panfletos, folders, cartazes, mala-direta, televisão, Cinema, Road show (muito empregado nos Estados Unidos e em alguns países europeus) que é um misto de espetáculo e mostra itinerante. Percorrem diversas cidades, dentro da área de abrangência do evento, com o objetivo de atrair visitantes. Busdoor - que tem que ser pouca escrita e mais imagem.

Fontes de informações para recrutamento de expositores - as principais fontes de recrutamento de expositores para uma feira profissional são os cadastros das empresas contatadas para outras edições da feira, levando em conta os objetivos da feira, sua proposta e o perfil desejado dos expositores.

Busdoor: veículo de mídia móvel e normalmente as propagandas são

aplicadas através de um adesivo de vinil sobre o pára-brisa traseiro

dos ônibus, onde circulará por diferentes locais e pontos distintos.

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Venda de espaços (estandes) - A parte mais delicada e crítica de qualquer feira ou exposição é vender bem os espaços. Selecionar muito bem as empresas, alvo, comunicar-se com elas, visitá-las sempre que possível e tratar de fechar a venda dos espaços de exposição. Requer profissionais qualificados, capazes de argumentar e negociar. Tudo ajuda: mala-direta, anúncios, cartazes, releases, etc., Para a venda deve ter o básico do contrato.

• Clara identificação e caracterização do contratante e do contratado; • Clara descrição do objeto do contrato; • Obrigações das partes contratantes; • Valores e formas de pagamento; • Rescisão e penalidades.

Assessoria jurídica: os organizadores devem valer-se de uma assessoria jurídica para a elaboração do contrato de venda de áreas de exposição (estandes), no lugar de copiar modelos empregados por outras empresas do ramo. Preços: O preço do metro quadrado de estande a ser cobrado pelos organizadores pode variar, em razão da localização do estande, das suas dimensões, da montagem padrão ou básica e da área livre (chão). Os bons organizadores sabem que o importante é oferecer diferentes opções para os potenciais clientes expositores, respeitadas as normas construtivas da feira: altura máxima dos estandes, limites, materiais utilizáveis, etc. Regulamento da feira: Organizado pela comissão, organizadores. Serve para orientar e disciplinar. Deve incluir as normas para a utilização e funcionamento do local de exposição, é importante que as empresas expositoras possam contar com um manual de orientações. Deve conter os formulários de requisições de crachás, de pontos extras de energia, de instalações de água e esgoto, de logomarcas e de outros serviços especiais. No contrato com o expositor sempre deve haver uma cláusula ou um parágrafo onde o expositor afirme ter conhecimento do regulamento, e saber que este passa a fazer parte integrante do contrato, obrigando-se a cumpri-lo. Manual do expositor: Deve ser entregue no ato da contratação, juntamente com o regulamento da feira. Catálogo de expositores: Podem constituir-se numa peça mercadológica importante quando aceita anúncios de expositores, de patrocinadores e de outros dispostos a pagar para ter o nome ou a marca de sua empresa associado à feira. Mais importante do que um catálogo com uma bela capa colorida é o seu conteúdo: nome correto do expositor, endereço completo, descrição dos produtos e serviços expostos, meios para contato, etc. Hoje, muitos organizadores preferem produzir o catálogo eletrônico, pois é mais barato e pode ser concluído mais perto do dia de inauguração do evento. É vendido o catálogo. Credenciamento: É o registro de todas as pessoas presentes a uma feira ou exposição: expositores, visitantes, pessoal de apoio, imprensa, etc. O uso de crachás de identificação deve ser obrigatório para algumas pessoas, principalmente para aquelas que se farão presentes durante todo o período de realização do evento, contendo o nome da pessoa, a condição em que está na feira e a empresa que representa.

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Avaliação: Pode haver uma negociação com escolas, universidades e estudantes podem aplicar uma pesquisa de opinião por amostragem. Realizar pesquisas, tanto com os expositores como com os visitantes. Dos expositores devem-se extrair avaliações sobre o local de exposição, o período da feira, o horário de funcionamento, a organização do evento, o nível dos visitantes, o que funcionou, o que não funcionou, sugestões e outros elementos que considerem importantes, principalmente sobre os negócios gerados na feira e as perspectivas futuras. Dos visitantes devem-se obter informações sobre o motivo que os levou à feira, se encontraram o que buscavam, se o mix de expositores estava bom, o que acharam da organização, se o horário estava apropriado, etc. Recomenda-se também avaliar a possibilidade de os funcionários destacados para atuar durante o evento portar peças que facilitem a sua identificação, como camisetas ou crachás produzidos para o evento. Verificar se produtos e serviços da instituição que serão expostos estará atualizados e adequados para distribuição e apresentação ao público visitante. O resultado dessas pesquisas é importante para os organizadores, patrocinadores, imprensa, etc. Para tanto, desenvolver um questionário para pesquisa de reação e outro para pesquisa de resultado é fundamental. Enquanto o primeiro é aplicado durante e um pouco antes do encerramento da feira, o outro é aplicado seis meses após. Os dados colhidos servem para se construir o histórico da feira, os indicadores e os resultados que vem obtendo, o que permitirá aos organizadores eventuais correções e introduções de melhorias. O resultado da avaliação deve ser discutido numa reunião própria, tão logo esteja tabulada e concluída a avaliação. Pós-feira – é interessante realizar visitas e reuniões com os expositores e parceiros para verificar possíveis contratempos enfrentados pelos expositores e os êxitos obtidos. Repassar o resultado da avaliação de forma sucinta. Receitas: Além das receitas provenientes da venda dos estandes, os bons organizadores de feiras e exposições exploram ou cedem à exploração outras fontes de renda. Como quiosques, as áreas de alimentação, o catálogo de expositores, os serviços prestados por outras empresas, locação de espaços para afixar banners, serviço de distribuição de brindes, anúncios no serviço de som, etc. Cobrança de ingresso: Conforme o tipo de feira ou exposição decide pela cobrança ou não de ingressos. Nas feiras comunitárias é comum a venda de ingressos ou a doação de alimentos como forma de o visitante ter acesso à feira. Permutas: Sempre é interessante ter um veículo de comunicação de massa como parceiro. Os organizadores costumam oferecer, a título de permuta, um estande montado e decorado e outras facilidades. Nessa modalidade podem ser incluídos jornais, revistas e emissoras de rádio e televisão. A instalação de caixas eletrônicos, de serviço médico de emergência, de serviço de telefonia, etc., pode também ser objeto de permuta. Patrocinadores: A prática de buscar patrocínio é comum, normal e corriqueira, e como tal deve ser encarada. Há toda uma abordagem técnica especial que passa muito além de conseguir alguns poucos mil reais. Patrocínio é coisa séria e deve interessar tanto a quem patrocina quanto a quem é patrocinado. Elaborar um plano de patrocínio - trata-se de um documento muito bem detalhado, com excelente apresentação gráfica, contendo dados

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básicos e indispensáveis à tomada de decisão: nome do evento, local, data e horário de realização, abrangência, setores contemplados (expositores), público-alvo (visitantes), expectativa de público, estatísticas, o plano de mídia e os detalhes dos valores envolvidos, constarem valores, os veículos de comunicação e locais onde aparecerão ou serão citados o nome do patrocinador e outros dados que achar interessante e útil. Empresas potenciais patrocinadoras costumam ter planos de marketing. Autonomia: Este é um dos pontos mais delicados para um profissional de feiras e eventos. O ideal seria que tivesse, na linha ascendente, o menor número possível de dirigentes superiores, pela necessidade de tomar decisões rápidas e freqüentes, todos os dias. O coordenador muitas vezes é obrigado a decidir sobre inúmeras ocorrências que surgem as vezes inesperadas, outras negociações que aparecem, seleção de fornecedores, montagem e decoração, orçamentos, preços, prazos, desistências de última hora, recrutamento e capacitação de expositores, organização de caravanas, e mais uma série de situações. Se não puder contar com uma boa dose de autonomia, tudo fica mais complicado Relatório: Sempre surpreender o patrocinador com um relatório completo sobre a feira, com detalhes sobre o número de visitantes, perspectivas de negócios, clippings, fotos onde apareçam o nome e a marca do patrocinador junto ao público, exemplares das peças assinadas pelo patrocinador. Ou seja, surpreender e encantar o patrocinador. como Serve como garantia para uma relação duradoura.

23. FESTA

DEFINIÇÃO OBJETIVO UTILI-ZAÇÃO

VANTAGENS LIMITAÇÕES

É uma solenidade social comemorativa destinada a pessoas ou fatos importantes;

O vocábulo lati-no festum é o plural de festa, derivando a palavra “festa”.

Divulgar, apresentar, demonstrar, comerciali-zar assuntos de interesse.

Reconhecer a festa como uma manifesta-ção cultural municipal.

Para marcar certo aconte-cimento em forma de celebra-ção

Concentrar a atenção do público e potenciais clien-tes no produto, serviço e/ou marca apresentada; Proporcionar ao público uma confraternização e lazer; O público pode explorar os cinco sentidos visão, audição, tato, paladar e olfato.

Requer tempo para organização. Conforme a festa dobrar atenção, porque pode acontecer de encontrar pessoas destinadas a causar distúrbios ou problemas, antes, durante ou após o evento.

Obs. LER“DIA ESPECIAL” (pag. 53); “EXPOSIÇÂO”(pag. 69) e “FEIRA” (pag.74) neste Manual

Clipping: Conjunto de recortes de revistas e jornais sobre um determinado

assunto. Em geral os recortes são colocados em um livro ou arquivo.

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Obs. Geralmente as “Festas” já são calendarizadas pelo próprio município e o Instituto EMATER participa da construção do evento e se responsabiliza por alguns itens.

Algumas Festas do ano de 2017, onde o Instituto EMATER participa ou realiza: Festa da Uva; 13ª Festa do Frango e 8ª Festa da Banana; Festa da Soja juntamente com 13ª concurso Regional de Redução de perdas na colheita da soja; Festa do Vinho e Queijo; 7ª Festa da Família Rural; Festa do Pescador; Festa do Divino; Festa do Vinho; Festa do Colono; Festa do Agricultor; 19ª Festa da Orquídea e do Peixe; 16ª Festa Nacional do Charque; Festa do Pêssego; Festa do Arroz - Arroz Irrigado, Leite, Meio Ambiente; Festa da Erva Mate, XXVIII Festa Nacional do Carneiro no Buraco e Exposição Agropecuária e outras

Duração: De 1 (um) dia a 4 (quatro) dias, geralmente abrangendo o final de semana. Existem Festas que duram a semana toda ou até duas semanas dependendo da programação. Normalmente é dada ênfase nos que abrange final de semana. Já houve festa do colono com duração de um dia onde contemplava o dia todo com caminhadas na natureza.

Constituição de equipe da organização: O Município tem conhecimento de quais entidades, pessoas, organizações, e parceiros poderão participar da equipe e transformar essa equipe em sub equipes com mais componentes. É necessário buscar profissionais competentes e com vastos conhecimentos quanto ao tipo de evento a ser realizado.

Planejamento: Planejar como todo o evento exige. Para montar um grande evento, o ideal é colocar as ideias no papel e começar um grande planejamento a partir de interesses e gostos em evidencia, colocando as ideias em prática para transformar uma simples festa no maior evento já visto.

Marca do evento: Criação ou realização de adaptações de logomarcas já existentes, Criação de panfletos e todos os materiais necessários.

Documentações: qual equipe responsabilizará por essa parte: como as obrigatórias por lei - licenças, alvarás, bombeiros, certificados, contratações, termos de responsabilidades, laudos técnicos de segurança, legislação para o evento, ECAD e outros.

Divulgação: Quanto mais utilizar os meios de comunicação, mais divulgada será a Festa, desde que o município consiga oferecer hospedagem e alimentação ao público comparecido, alguns municípios disponibilizam casas familiares para hospedagem. A divulgação deverá ser constante. Antes, durante e depois da realização da festa.

Conteúdo: Na abertura da festa poderá haver o concurso e coroação da rainha e princesas da festa, geralmente as princesas são escolhidas com antecedência e a rainha na abertura,ou também já pré concursada com antecedência como as princesas. Durante a festa poderá haver algumas comercialização, por exemplo, alimentos, artesanato, etc.; exposições: exemplo, exposição da indústria e comércio; salão de negócios; gastronomia: cultura e sabores locais, café colonial, almoços e jantares típicos, como porco na grelha, no rolete, peixe e frango desosado e recheado, churrascos, etc. conforme a região; reuniões de diversas organizações e órgãos durante a festa; festividades de arte; atrações culturais;

ECAD: Escritório Central de Arrecadação, órgão privado, para arrecadar os direitos autorais

de cada música nacional ou estrangeira tocada "em execução pública" no Brasil.

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feira de agronegócio; dia de campo ou tarde de campo ou tarde de tanque; gincanas; torneios: de truco, xadrez, futebol, esportivos, e outros; concursos: de pesca, de musicas sertaneja; entrega de prêmios; sorteios de prêmios atrativos: principalmente sorteio em espécie; desfiles; passeios de moto; rodeios: por exemplo, rodeio do bagre ensaboado, de cavalo e outros; cavalgada; demonstração de arrancada de tratores; encontros religiosos; entretenimento: muita música, principalmente através de shows com contratações de cantores, bailes, etc.

Pós evento: A coordenação deverá já ter planejado e ser analisado quais são as providências indispensáveis após a realização da Festa. Verificar a necessidade de avaliações e os tipos a serem realizadas. Avaliar e analisar seus resultados e metas alcançadas. É interessante dar um retorno aos executores e público de alguns dados interessantes, principalmente os agradecimentos.

A verdadeira motivação vem de realização, desenvolvimento pessoal,

satisfação no trabalho e reconhecimento. Frederick Herzberg

Modelo de agenda “38º FESTA DO PESSEGO DE IRATI” PR

Modelo de convite “18ª FESTA DAS ORQUÍDEAS E DO PEIXE” – MARIPÁ - PR

Sexta feira, 2 18h – Abertura da praça de alimentação e parque de diversões; 20h – abertura oficial da 38ª Festa do Pêssego e 14º Salão de Negócios; Apresentação da Rainha e princesas da 38ª Festa do Pêssego.

Sábado, 3 10às 21h – 14º Salão de Negócios; 10h – Praça de alimentação, parque de Diversão e barraquinhas com comercialização de frutas; 21 h – show com Vitor & Vanuti.

Domingo, 4 5h às 15 h – Pesca no Lago: inscrições são um quilo de alimento por vara / máximo de duas varas por pessoa; 9h – Praça de alimentação, parque de diversão e barraquinhas com comercialização de frutas; 9h às 20h – salão de Negócios.

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Modelo de Programação da “18ª FESTA DAS ORQUÍDEAS E DO PEIXE” – MARIPÁ – PR

Colaboração de convites e Programação. Eng. Agr. Luiz Danilo Muehlmann

Instituto EMATER - Curitiba -Paraná

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24. FÓRUM

DEFINIÇÃO OBJETI-VO

UTILIZA-ÇÃO

VANTA-GENS

LIMITA-ÇÕES

É uma ampla discussão, debate de idéias e opiniões sobre temas específicos, com a participação de um grande número de profissionais de determinados setores de atividades ou representantes de associações de classe, sem limitação de número de participantes; Permite a discussão de problemas mais abrangentes que tratam de assuntos gerais de setores ou de temas de interesse social ou político;

Trata-se de um tipo menos técnico de reunião, cujo objetivo é conseguir a efetiva participação de um público numeroso, que deve ser motivado a participar com perguntas e depoimentos; Está se tornando popular pela necessidade crescente de sensibilizar a opinião pública para certos problemas sociais existentes.

Proporcio-

nar a

reflexão

sobre

vários

aspectos

do tema

escolhido.

Para trocar informações discutir e debater idéias e opiniões, com a presença de grandes audiências;

Para o espe-cialista dissertar sobre um assunto previamen-te deter-minado, seguindo-se discussão entre os participan-tes.

Oportunida-de para um grande número de pessoas ouvirem um orador conceituado;

O público pode fazer perguntas organizadas no momento certo;

O orador pode fazer sua palestra sem interrup-ções;

Promove participação pessoal.

O orador fica limitado apenas a um tema;

Pouco incentivo para ir além do exposto na formação de novas idéias;

Caso a platéia não esteja bem sensibilizada e motivada é difícil conseguir a efetiva participa-ção.

Conhecido também como “Fórum de Debates ou “Fórum de Discussões”.

Obs. LER também PAINEL (pag. 117); PALESTRA (pag. 120) e CONFERÊNCIA (pag. 22)

No fórum pode ter PAINEL e PALESTRA Obs. Os procedimentos são os mesmos adotados para a realização de uma conferência.

PASSOS PARA REALIZAÇÃO Duração: Poderá ser de um ou mais dias. Planejamento: Itens abaixo devem ser lembrados.

• Montar o cronograma; • Escolher o local, data e horários;

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• Verificar o tema conforme o objetivo e programação; • Designar o moderador para coordenar o debate, que irá montar as regras e informar

ao público; • Elaborar lista de convidados e emitir os convites; • Programação; • Identificação dos participantes e organizar inscrição dos participantes que desejam

Fazer as perguntas; • Levantar a necessidade de recursos audiovisuais junto aos expositores; • Prever cobertura fotográfica e jornalística do evento; • Designar equipe para consolidar o material produzido, registrando-o nos anais • Estratégia de comunicação; • Planejamento financeiro; • Recursos audiovisuais e outros equipamentos; • Transporte; • Hospedagem; • Recepção; • Avaliação.

Programação das atividades: Em geral, o fórum é muito utilizado para viabilizar a discussão de problemas de ordem pública e temas polêmicos. No formato mais simples, consiste em uma apresentação breve de um assunto pelo um bom orador, seguida das fases para perguntas, comentários e recomendações finais. Moderadores: São as pessoas escolhidas para orientar os trabalhos, o tempo de apresentação de cada um dos membros da mesa e as intervenções. Tempo dos temas: Em geral, fórum é utilizado quando se deseja discutir problemas públicos e temas polêmicos. Prever uma hora para cada tema, sendo 40 minutos para apresentação e 20 minutos para a platéia opinar, perguntar e receber respostas. Sugere-se um intervalo de dez minutos entre debates. Roteiro: Apresentam-se o moderador e aqueles que desejarem manifestar-se oficialmente nas discussões. Recomenda-se que seja feita a inscrição de todos os interessados em opinar. As regras para a realização dos trabalhos devem ser previamente apresentadas e, então, o moderador dá a palavra ao primeiro palestrante. Ir anotando a opinião do público. Coordenador: É necessária a presença de um moderador para a coordenação dos trabalhos, que será responsável pela conclusão do debate. Ao final o coordenador da mesa colhe as opiniões e apresenta uma conclusão, quer apresenta a opinião da maioria. O coordenador abre os trabalhos, informando sobre o período e natureza do Fórum, e apresentando orador. Ao orador de renome cabe dissertar sobre o assunto durante o tempo estipulado. Após a exposição do orador o coordenador coloca a palavra a disposição da assistência para que faça as perguntas. Nesta fase cabe ao coordenador controlar o tempo destinado às perguntas. É comum a assistência se dividir em dois partidos, durante a discussão; reunir conhecimentos e chegar a decisões novas, a discussão pode degenerar. Os que concordam e os que discordam do orador. Assim em vez de reunir conhecimento e chegar a conclusões novas, a discussão pode degenerar. A apresentação das exposições deve ser feita sempre com a presença de um coordenador ou moderador.

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Realização: Compreende o conjunto de normas que estabelecem os processos de execução do evento, sendo destinado ao seu público externo (participantes). Contém as normas que disciplinam os direitos e deveres, competências e atribuições do público interno envolvido na organização do evento. Mensagens especiais ou um pequeno brinde/lembrança podem ser entregues a todos os congressistas com votos de boas-vindas. Os temas são expostos por orador indicado pelos grupos participantes, geralmente entidades representativas de segmentos da sociedade, e apresentados à mesa de trabalho, constituída por autoridades ou especialistas. Recursos auxiliares: sonorização, projeção de imagens e sistema de videoconferência. Todas as providências técnicas devem ser checadas com a devida antecedência. Dicas: Para maior participação sugere a divisão da assistência em pequenos grupos de discussão. Após as discussões parciais, todos se reúnem e são apresentados os relatórios dos grupos menores ao grupo geral.

Encerramento: O coordenador da mesa deve recolher todas as opiniões manifestadas e consolidá-las em um documento final a ser apresentado aos participantes. Montar os anais do fórum para disponibilizar a quem interessar.

25. GIRO TÉCNICO

DEFINIÇÃO OBJETIVO UTILIZAÇÃO VANTA-

GENS

LIMITA-

ÇÕES

São eventos no formato de reuniões práticas realizadas em propriedades agrícolas que adotam boas práticas agrícolas em unidades didáticas chamadas de Unidades de Referência (UR's);

Realizados numa mesma cultu-ra durante uma determinada safra agrícola e tem como prin-cípio a troca de informações e o aprendizado participativo em boas práticas agrícolas;

É realizada por uma equipe de apoio composta por pesquisa-dores e extensionistas especia-lizados que percorrem todos os locais do giro e por uma equipe de extensionistas responsáveis pelas UR's e organizadores locais.

Incentivar e divulgar o uso de tecnologias sustentáveis/ boas práticas agrícolas;

Promover debates, troca de informações, sanar dúvidas e prospecção de demandas para a pesquisa;

Fortalecimento das parcerias entre pesquisa, assistência técni-ca, extensão, es-tudantes, produ-tores rurais e lideranças.

Valorização dos

produtores que

promovem

resultados de

referência em

boas práticas em

suas

propriedades;

Divulgação de

resultados de

referência

obtidos;

Validação e aper-

feiçoamento dos

protocolos téc-

nicos utilizados

nas Unidades de

Referência.

Espírito

de

coope-

ração,

colabo-

ração e

aprendi-

zagem

partici-

pativa.

Na

mesma

safra

com

necessi-

dade de

adaptar

calendá-

rio de

eventos.

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Obs. Tem o formato parecido com dia de campo com alguns temas sendo tratadas em conjunto o outros separados em grupos (estações). Também formato de reunião técnica, com princípios práticos, porém sempre de forma participativa. O agricultor deve participar durante as explanações.

Obs. Ler também “Dia de Campo” página 55 neste Manual.

PASSOS PARA EXECUÇÃO Duração: 3 (três) a 4 (quatro) horas em cada propriedade agrícola Público: Agricultores, lideranças rurais, pesquisa agrícola, assistência técnica, extensão rural e estudantes. Coordenador: Coordenação geral e regional do giro técnico.

Planejamento:

• O planejamento do giro técnico é realizado pela extensão rural e pesquisa agrícola na definição das regiões, datas, horários, propriedades de referência selecionadas e planejamento dos temas. Ocorrem durante a safra estabelecendo-se um calendário de eventos (giro) de acordo os períodos de semeadura da cultura nas diferentes regiões. Como exemplo, na cultura da soja ocorre entre o florescimento e início da fase reprodutiva.

Execução:

• Comissão organizadora: É composta por representantes da pesquisa e da extensão rural. Sua função é estabelecer um planejamento integrado nos temas a serem tratados, planejamento de viagem, materiais didáticos e de divulgação.

• Comissão local: Composta por representantes da extensão rural. Tem o papeis a divulgação, seleção do público, contato com imprensa, preparo da propriedade e recepção.

Planejamento: Principais etapas:

• Definir um coordenador geral da extensão e na pesquisa agrícola;

• Definir os temas gerais a ser trabalhados;

• Determinar o conteúdo a ser trabalhado no giro técnico e fixar o objetivo a alcançar;

• Definir data, horário e local dos eventos de campo (reuniões práticas);

• Definir a equipe de especialistas, materiais de divulgação e veículo de deslocamento;

• Definir os coordenadores locais do giro;

• Definir público, convite e preparo das propriedades a serem visitadas;

• Levantar a necessidade de recursos auxiliares com banner, etc.

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• Levantar Elaborar lista de convidados e emitir convites; • Divulgar o giro técnico na mídia local;

• Organização de materiais, técnicos, folder, apostilas, livretos, etc.

• Elaborar os relatórios necessários (lista de presença);

• Prever cobertura fotográfica e jornalística do evento; • Publicar a metodologia do giro conjuntamente aos resultados de boas práticas

obtidos na safra.

Cronograma:

O cronograma dos locais dos eventos, datas e horários são estabelecidos prevendo-se facilitar a participação local e de acordo com o estágio das lavouras nas unidades de referência. Os intervalos entre eventos do giro devem atender as necessidades de tempo de deslocamento da equipe técnica de apoio.

Tema central:

Boas práticas agrícolas

Palestrantes/Debatedores:

Os palestrantes / debatedores são pesquisadores, extensionistas especialistas e extensionistas com atuação nas Unidades de Referência.

Orçamento:

O orçamento de despesas é realizado pelas instituições parceiras sendo que as despesas alimentação, hospedagem e organização local são institucionais e de transporte de forma solidária visando redução nos custos.

Local:

Em propriedades agrícolas selecionadas e assistidas pela extensão rural em boas práticas agrícolas nas unidades de referência, acompanhadas durante toda a safra através de protocolos específicos elaborados entre pesquisa e extensão.

Material e equipamentos: As Unidades de referências recebem materiais de apoio como, por exemplo, o pano de batida para o monitoramento semanal de pragas, e do coletor de esporos da ferrugem asiática da soja para o monitoramento da doença. Outros materiais de apoio são

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repassados aos produtores parceiros como inoculantes para sementes e materiais em tecnologia de aplicação. Divulgação: Em cada evento programado do giro técnico são realizados as divulgações locais e nos sites institucionais da pesquisa, extensão rural e parceiros do projeto. Nos mesmos sites são divulgados no formato de "Informativo semanal" os resultados trabalhos de acompanhamento das UR's durante a safra e dos eventos realizados Ao final da safra as informações geradas nas UR's são analisadas e os resultados publicados, assim como o relato do giro técnico realizado numa única publicação técnica.

26. INAUGURAÇÕES

DEFINIÇÃO OBJETIVO UTILIZAÇÃO VANTA-

GENS

LIMITA-

ÇÕES

É uma cerimônia ou ato de colocar em funcionamento ou estrear uma obra ou um serviço, geralmente através de cerimônias festivas.

Demonstrar,

apresentar

algum

espaço, que

pode ter

divulgação de

serviços e

produtos.

Para inaugurar uma placa institucional;

Para marcar o início de atividades;

Para entregar ao público uma nova obra, ou um serviço;

Para anunciar oficialmente

o começo de um evento.

Op Motiva introdução de novas práticas;

C Concretizar a abertura de instalações, obras, serviços.

Falta ou não compare-cimento de público, caso não seja de interesse ou não foi muito bem divulgado.

Há duas modalidades de inauguração: Pública e Dirigida

Pública: É para o público que será realizado um convite público via rede social ou até mesmo em anúncios de jornais locais ou emissoras de TV ou rádio para convidar a população.

Dirigida: Os convites são personalizados e atrações especiais são contratadas. Nesse tipo de evento a confirmação de presença acaba sendo exigida um coffee-break ou um coquetel que é servido a esses convidados.

PASSOS PARA EXECUÇÃO

Giro Técnico foi escrito por: Eng. Agr., Dr. Nelson Harger - Gestor de Projeto -

Instituto EMATER – Apucarana - Paraná

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Duração: Em torno de 2 (duas) a 4 (quatro) horas e pode ser feita em qualquer horário do dia.

Planejamento: O evento deve ser bem planejado e executado:

• Montar o objetivo; • Escolher o local, data e horário; • Definir o evento: almoço, jantar, coquetel, ou uma simples solenidade. Para essa decisão considere o tipo de atividade que vai inaugurar; • Orçamento; • Elaborar lista de convidados e emitir os convites; • Montar o cronograma e programação; • Levantar a necessidade de todo equipamento audiovisual necessário; • Providenciar decoração para o local; • Dispor de equipe para atender aos convidados; • Prever cobertura fotográfica e jornalística do evento, enviar release para imprensa, se for o caso; auxilia a fortalecer e a tornar mais conhecido à atividade por meio da gestão do relacionamento com a imprensa. Além de gerar notícias, esse serviço poderá lhe fornecer um clipping com todas as matérias veiculadas sobre a atividade. • Avaliação.

Público: Definir o público alvo, que tem interesse no evento e que o coordenador também tenha interesse nesse público, que possa trabalhar com eles em outro evento. Todos os parceiros fazem parte do público. Receba muito bem seus convidados, dê atenção a todos, demonstre interesse e o principal, cative-os, é o público que se vai trabalhar.

Data: É tão importante quanto o tipo de evento. Observar se não tem outros eventos, especialmente de caráter cultural, que possam ter no local. Esse detalhe é extremamente importante se você quer bastante atenção do público e da mídia.

Convite: Devem ser elaborados com cuidado. Ser simples e objetivo. O envio ou entrega dos convites deve ser feito com pelo menos 15 (quinze) dias de antecedência para convidados da mesma cidade, e 30 (trinta) dias para convidados de outras cidades. Solicite confirmação de presença.

DICA: Para abreviar horas é “h”: 15h, 19h, 10h15min. (ou 10h15). O ritual do corte de fita está caindo em desuso, o simbolismo surgiu no reinado da Rainha Vitória na Inglaterra em 1840. Ela queria homenagear os soldados de seu exército com uma condecoração e então quando eles chegavam das batalhas ela “cerrava a fita vermelha” para sua passagem. Com o tempo, essa tradição entrou para as inaugurações com o significado de abrir novos caminhos.

Clipping: Selecionar notícias em jornais, revistas, sites e outros

meios de comunicação, para resultar num apanhado de recortes

sobre assuntos de total interesse de quem os coleciona.

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Ambiente: Na inauguração o objetivo principal é fazer com que os convidados, além de conhecer o objeto inaugurado, falem sobre ele. Portanto o local deve ser bem organizado de forma que os convidados circulem pelo ambiente e interajam com outros convidados. Faça um cronograma com a programação e providencie decoração adequada para a ocasião, se faz necessário contratar uma pessoa especializada conforme ao tipo de inauguração. Colocar som ambiente e serviço de microfone.

Cerimonial: Conforme o tipo de inauguração contratar um cerimonialista ou mestre de Cerimônias para organizar e executar o cerimonial de seu evento. Esses profissionais são especialistas em elaborar protocolos e conduzir cerimônias.

As inaugurações são oportunidades excelentes para fechar parcerias

Identidade visual: Cuide e crie a identidade visual para a inauguração mostrando a marca. Auxilia a criar um ambiente mais harmonioso.

Realização: Pode também ser virtual. Com muita divulgação. O benefício é que não tem despesas, mas a inauguração física é a melhor, mais rica e com melhores resultados.

Materiais: Deve ser considerado o conceito do produto ou serviço que será inaugurada. Deve atrair o público e não para simplesmente inaugurar. Produzir folder ou outro material que apresente e divulgue a atividade. O mais importante na hora de planejar o evento de lançamento é que ele deve estar alinhado com a essência do que será divulgado.

Relacionamento: Antes mesmo de realizar qualquer inauguração, já planeje como fará o gerenciamento do relacionamento com o público interessado.

Capriche nas dicas de marketing. Crie um mailing formado a partir de dados já existentes, dos contatos já realizados, sites ou nas mídias sociais.

Mailing: É um banco de dados que reúne nomes, endereços e dados adicionais de consumidores e prospectos (pessoa não consumidora de um determinado produto ou serviço que tem potencial

de vir a se tornar um consumidor) para serem utilizados em marketing direto, tais como mala direta, marketing direto, tais como mala direta, telemarketing e correio eletrônico

Cerimonialista: relativo à ou o que postula ou pratica o cerimonialismo, a

estrita observância de normas e regras cerimoniais; formalista, ritualista.

Marketing: É um conjunto de atividades orientado a entender e atender as necessidades do cliente.

"É preciso ter ESPERANÇA, mas ter esperança do verbo esperançar; porque tem gente que

tem esperança do verbo esperar. E esperança do verbo esperar não é esperança,

é Espera. ESPERANÇAR é se levantar, é ir atrás, é construir, é não desistir!

ESPERANÇAR é levar adiante, esperançar é juntar-se com

outros para fazer de outro modo...” Paulo Freire

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27. INTERCÂMBIO

DEFINI-ÇÃO

OBJETIVO UTILIZAÇÃO VANTAGENS LIMITA-

ÇÕES

É um processo interativo, em que um grupo de pessoas ou individual-mente, com inte-resse co-mum e con condições semelhan-tes visita um deter- minado local, onde existe uma experiência concreta sobre o tema.

Trocar ex-

periências e

saberes de

relações

recíprocas

de ordem

comercial,

cultural

social entre

instituições

ou nações;

Dialogar

com

pessoas de

grupos e

classes

sociais

iguais.

Para permuta, troca de experiências e de saberes sobre uma realização concre-ta concluída ou em andamento, no sentido de que possibilite aos participantes a ampliação do conhecimento e da experiência existentes, a fim de que possam aperfeiçoar o pro-cesso de produção da atividade afim; Para reciprocidade e ampliação de relações.

Busca o desenvolvimento, ampliando conhecimentos para aperfeiçoamento;

Mostra mutuamente soluções locais para problemas iguais; Fornece soluções e alternativas; Mostra e amplia conhecimen-tos e experiências; Visualiza “in loco” inovações; Estimula a capacidade de tomada de decisões; Estimula a confiança sobre as informações trocadas; Possibilita a retribuição.

Demanda grande tempo; Requer recursos financeiros adicionais; Conforme o local do intercâm-bio depende de condições climáticas; Alcance limitado.

Obs. Assemelha-se ao método EXCURSÃO (página 67) neste Manual. Porém tem como característica o diálogo entre pessoas de grupos e classes sociais iguais.

Conhecido também como INTERCÂMBIO DE CONHECIMENTO.

PASSOS PARA REALIZAÇÃO Duração: varia de acordo com a distância do local e o tipo de experiência a ser visitada. Existe intercâmbios de uma manhã ou tarde, como de 1 (um)dia até uma semana ou mês. Procedimentos para realização: Identificar experiências exitosas que sejam coerentes com a necessidade de aprimoramento do grupo ou da pessoa. Se for com um grupo que será levado pelo extensionista, verificar a possibilidade de realizar uma visita ao local a ser visitado, a fim de saber o andamento da experiência ou o resultado, analisando a oportunidade do intercâmbio. Apresentar ao grupo interessado em realizar o intercâmbio as experiências identificadas E as condições atuais para a visita. Avaliar e definir, com o grupo, a importância ou necessidade da experiência a ser conhecida. Grupo: Negociar com o grupo a ser visitado os objetivos e os procedimentos necessários à data, horário e duração do intercâmbio e as providências necessárias. Definir, com o grupo,

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o tipo de transporte para o local e as despesas necessárias. Definir com o grupo, o número de participantes do intercâmbio, a fim de não prejudicar o objetivo a alcançar e permitir o controle do grupo. Providenciar o material e os recursos necessários Execução: Orientar o grupo sobre os pontos mais importantes que devem ser observados e discutidos, sobre o tema comum interessado, durante a visita e assumir o compromisso de socializar as informações obtidas com as demais pessoas que não participaram do intercâmbio. Socialização das informações: É interessante que o conteúdo recebido no intercâmbio seja registrado repassado para companheiros de trabalho, realizando relatórios e informações, disponibilizando-as a quem interessar. Para isso estimular o grupo para que obtenham o maior número de informações possíveis sobre o conteúdo e experiência vivenciada, observando e realizando perguntas que possibilitem esclarecer as dúvidas e conhecer melhor o que o grupo anfitrião deseja mostrar ou explicar. Animar o processo de troca de experiências, assessorando o grupo com os esclarecimentos necessário. Avaliação: Realizar uma avaliação participativa com o grupo sobre os objetivos esperados.

Obs. Existem métodos de intercâmbios de experiências denominados “camponês a camponês”, onde o resultado é um processo de construção do conhecimento de algum assunto de interesse, interligado por redes de agricultores, que partilham seus saberes. Essa metodologia consiste no intercâmbio de conhecimentos onde, a forma de compartilhamento, são os diálogos que se baseiam em investigação e ações coordenadas e dirigidas pelos camponeses. Com orientações extensionistas.

Obs. LER também o método EXCURSÃO (página 67) neste Manual.

28. JORNADA

DEFINIÇÃO OBJETIVO UTILIZAÇÃO VANTAGENS LIMITA-

ÇÕES

Encontros específicos de grupos de profissionais para discutir assuntos de interesse da área;

Promovidas geralmente por entidades de classe.

Discutir

periódica-

mente

assuntos de

interesse de

um grupo

profissional.

Para discutir periódica-mente temas que não foram ou que não serão debatidos, normalmente em congresso;

Similar a estrutura de congresso, em escala menor, com menor número de participantes, já que são realizadas em âmbitos regionais.

Contribui para o desenvolvimento de atividades do assunto a ser discutido; As conclusões podem definir linhas norteado-ras para os tra balhos em grupo.

Se houver muitos participan-tes pode faltar a oportuni-dade para alguns participa-rem.

Obs. LER também o método “CONGRESSO” (página 37) neste Manual. PASSOS PARA EXECUÇÃO

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Duração: Tem duração de 2 (dois) a 5 (cinco) dias. Pode perdurar por vários dias, dependendo da complexidade e tamanho do evento. Planejamento: Comissão: A primeira providência é criar uma comissão para definir as estratégias, a metodologia e a operacionalização necessária à realização da jornada, designando um coordenador geral. Escolher a Temática contendo justificativa e os objetivos do evento. Coordenação do evento: a designação de um coordenador geral é indispensável. Sua atribuição é de grande responsabilidade, pois de uma coordenação competente depende o êxito da jornada. Designação dos responsáveis pelas tarefas: do formato e da estratégia adotados dependerão as diversas tarefas e a quantidade de responsáveis a serem indicados, igualmente indispensáveis para levá-las a bom termo.

Financiamento e patrocínio: os contatos com agências oficiais, nacionais e internacionais, e com empresas com o objetivo de levantar recursos para a realização dos eventos devem ser efetuados a partir de um projeto bem elaborado, contendo objetivo, justificativa, programa, público-alvo, cronograma de execução, planilha de custos, benefícios para os patrocinadores. As agências oficiais possuem normas e prazos próprios.

Patrocínio: A captação de recursos exige do profissional conhecimento da linguagem de marketing, familiaridade com a quantificação do valor do benefício que seu projeto proporcionará ao patrocinador e do valor da logomarca que está sendo apresentada. O projeto deverá ser bem detalhado.

Formato: deve-se pensar no formato do evento com base em dados concretos: resultados desejados, tempo disponíveis, espaço físico, infraestrutura, custos, número de participantes.

Levantamento de custos: Montar o orçamento colocando todos os custos: locação de espaço físico, equipamentos, confecção e impressão de material de apoio, expedição de correspondência, construção de site, transporte e hospedagem de convidados, contratação de serviços de gravação, recepção, mestre de cerimônias para as solenidades de abertura, tradução simultânea, alimentação, publicidade, imprensa e demais investimentos para o evento Jornada. Ver ORÇAMENTO página 205 neste Manual.

Apoio cultural: Diferente do patrocínio. Nesse caso é com a permuta de bens e serviços.

Incentivos fiscais: Procurar leis de incentivo à cultura que permitem a redução do valor dos impostos federais, estaduais e municipais do patrocinador que investe em cultura.

Cronograma e execução do evento: inclui- definição da data, planejamento e execução de cada etapa dos trabalhos;

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Lista dos convidados: público, palestrantes, cientistas, pesquisadores;

Reserva do local: Com antecedência, de preferência através de contratos;

Transporte/ hospedagem: Negociação, unidades, custos

Materiais a serem utilizados: Recursos audiovisuais e confecção de materiais a serem utilizados e distribuídos e utilizados;

Divulgação: Antes, durante e pós-evento, imprensa, internet, site do evento, contendo todas as informações a respeito, com inscrição on-line.

Contratação de Serviços: Alimentação, manutenção, gráfica, brindes, suprimentos de escritório, vídeos, registro documental, secretaria, transporte, tradução simultânea e mestre de cerimônias.

Elaboração de certificados: verificar os procedimentos para a emissão, assinatura do responsável, e a forma de entregá-lo.

Conclusões: Podem definir linhas norteadoras para os trabalhos em grupo, também podem

servir de diretriz para a classe. Elaboração de anais e agradecimentos.

Obs. Ler também o método “CONGRESSO” página 37 neste Manual.

29. MESA - REDONDA

DEFINIÇÃO OBJETIVO UTILIZAÇÃO VANTAGENS LIMITA-

ÇÕES

Reunião de quatro a oito pessoas, geralmente especialistas que, sentados em semicírculo, debatem e apresentam seus pontos de vista sobre um assunto polêmico, controvertido, de interesse, onde o público assiste a apresenta-ção e pode ou não ter permissão para participar. É uma reunião clássica;

Normalmente está inserida em eventos mais abrangen-tes, por exemplo, congres-so, fórum, seminário,

Debater e discutir determinado tema.

Discutir um tema principal com debate posterior, através de expositores que apre-sentam suas idéias, mode-radas por um

Serve para confrontarem com os diferentes pontos de vista;

Pode ser Aberta, que permite a intervenção de uma platéia por meio de perguntas ou Fechada, que limita a participação aos próprios inte-grantes da mesa;

Em alguns momentos tem o poder legal de decisão sobre algum tópico importante; nesses casos os participantes têm em mãos a oportunidade de escolher democrática-mente o futuro de

Pode-se perder tempo com assuntos sem im-portância ou fugir do as-sunto em questão. Discor-dância séria de pensa-mentos;

“Jornada é o trajeto, a caminhada, a viagem que se percorre

no dia ou dias distinguido por um acontecimento importante”.

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conferências, etc.

É utilizada quando o assun-to ainda não está consoli- dado e suscita discussões;

Pode ter caráter decisório, onde os membros decidem de forma democrática o destino de algo.

coordenador.

A mesa- redonda agrega muito valor a conferências e congressos;

Necessita de planejamento, preparação e liderança forte.

algo;

Cria um clima propício à franca troca de idéia.

Se o assunto não for de inte-resse da platéia gera imparcia-lidade.

Obs. LER também CONFERÊNCIA (página 22); CONGRESSO (página 37) e PAINEL (página 117) neste Manual

PASSOS PARA REALIZAÇÃO Duração: 1 (uma) hora, podendo se prolongar por 30 (trinta) minutos. Planejamento: Definir o foco, porque nem sempre as questões a serem discutidas são simples e organizadas. Quanto mais concentrado no foco mais bem sucedido será o evento. Definir local, data, hora, convites, logístico como serviço de copa como água, café, açúcar/adoçante, xícaras para chá e café, copos descartáveis ou de vidro, chás, leite em pó, se necessário contratar garçom e copeira. Definir previamente qual a dinâmica a ser adotada pelo coordenador. Elaborar roteiro do locutor para a solenidade de abertura. Montar regras para os expositores e platéia. Checar o funcionamento dos equipamentos, a quantidade e a padronização das cadeiras, bem como a disposição de material publicitário no local. Checar a iluminação, verificar se há cortinas e persianas, pois a incidência de sol nos diversos períodos do dia pode prejudicar a realização do evento. Checar a limpeza do local. Em geral as mesas-redondas não exigem nenhum esquema de decoração especial. Caso o evento envolva um grande número de participantes, inclusive com a presença de diversas autoridades e especialistas, devem ser elaborados crachás de identificação. Montar a programação através de uma agenda ampla com grande potencial para discussão.

Convidados: Público interessado conforme objetivo. A qualidade de uma mesa redonda depende de seus participantes. Ter um processo seletivo criterioso para definir quem convidar ou a participar das rodadas.

Moderador ou coordenador: É o papel chave na mesa-redonda. Eleger previamente o moderador para presidir e coordenar os trabalhos. Com a função de:

Tem que ser firme. Dar início à reunião, com os debates. Elucidar o objetivo desta congregação de especialistas. Propõe o assunto que será enfocado e também apresenta os expositores. Muitas vezes tem que definir a discussão. Ditar as regras da mesa-redonda. Esclarecer o tempo que cada expositor tem a sua

disposição bem como a duração total da mesa-redonda, entre outras atribuições.

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Ditar as regras da mesa-redonda. Articular os temas em discussão. Envolver os participantes menos confiantes. Intervir quando for preciso, principalmente controlando com rigidez o tempo. Manter a discussão em movimento de uma forma descontraída, mas proposital.

Execução: Em geral:

Os trabalhos são iniciados pelo coordenador ou moderador que inicia apresentando cada um dos membros da mesa que são pessoas gabaritadas em determinados assuntos que serão os da pauta.

O coordenador das atividades após apresentar os membros da mesa, apresenta o secretário (a) que elaborará a ata e também se apresenta.

Informa sobre as regras dispondo, mostrando objetivos, expondo o tempo de exposição para cada um da mesa, orientando a todos os participantes para que as discussões se mantenham em torno do tema principal e outras atribuições.

Os expositores farão suas exposições orais. Cada participante apresenta sua posição pelo tempo de 7 (sete) a 10 (dez) minutos. Neste agrupamento cada integrante pode expressar seus pensamentos livremente.

Ao término das exposições, os debates por meio de comunicação verbal podem ocorrer apenas entre os membros da mesa (mesa-redonda fechada) ou podem ser estendidos à platéia, ouvintes ou telespectadores (mesa-redonda aberta).

Após a apresentação, os debatedores discutem o tema entre si, utilizando cerca de 2 (dois) minutos para cada pergunta e 2 (dois) minutos para cada resposta. São admitidas perguntas, respostas e réplica, mas nunca tréplica.

Quase sempre há o que se costuma chamar de primeira “rodada”, durante a qual cada especialista expõe seu trabalho no prazo combinado; do contrário, o coordenador terá a obrigação de frear sua apresentação.

Em algumas mesas redondas é viável a produção de uma fase de transição, durante a qual os expositores direcionam perguntas uns aos outros e debatem pensamentos discordantes. Só depois são abordados pelos presentes. Mesa- Redonda e Painel se distinguem justamente neste ponto.

Caso a mesa-redonda for Aberta o público pode finalmente fazer seus questionamentos tirando suas dúvidas, seja através de perguntas redigidas em um pedaço de papel e entregues aos monitores, que as encaminharão ao moderador, ou verbalmente quando se dirige diretamente ao convidado que lhe interessa interrogar.

As respostas são dadas na hora, ao vivo ou quando falta tempo, enviadas ao interlocutor, posteriormente, via correio eletrônico, no caso de o evento ser televisionado.

O coordenador define o tempo para cada pergunta, caso contrário há participantes que se esquecem do tempo e faz um discurso em vez de uma pergunta.

Quando o tempo se esgota o moderador intervém novamente e conclui o encontro, lembrando sempre a importância dos presentes para o desenvolvimento da reunião.

Findos os debates, a ata do evento deve ser lida e aprovada por todos, bem como é comum a elaboração de monções e aprovação pelos membros da mesa.

Tradicionalmente, a ordem dos trabalhos resume-se a: presidência da mesa, questões de ordem, assuntos antigos, assuntos novos, atas, monções e votação.

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Também outras ordens dos trabalhos podem ser adotadas sem prejuízo do desenvolvimento das atividades.

“A diferença básica entre a mesa-redonda e simpósio é que na mesa-redonda

os expositores debatem entre si os temas apresentados”.

30. MOSTRA

DEFINIÇÃO OBJETIVO UTILIZAÇÃO VANTA-

GENS

LIMITA-

ÇÕES

Exibição pública de bens, produtos artísticos, científicos, histórico, cultural, inovações tecnológicas e metodológicas, peças publicitárias como folhetos, catálogos, brindes, prospectos, folders, etc. que podem contribuir para o desenvolvimento de uma área do conhecimento.

Expor bens,

produtos e

peças artísticas

para

divulgação

histórica, sem

objetivo de

venda podendo

ser itinerante

ou não.

Para reunir participantes que exibem e/ou demonstram seus trabalhos pessoalmente, utilizando recursos diversos (imagem, vídeo, som, desenhos, textos) para ilustrar a apresentação.

Relacio-namento direto com o público

Seleção errada de público, resulta em desinte-resse.

Obs. LER também EXPOSIÇÃO (página 69) neste Manual

PASSOS PARA EXECUÇÃO Duração: Em média 5 (cinco) dias

Planejamento: O planejamento ocorre como os demais eventos/métodos

Montar a equipe organizadora, com os papéis específicos;

Definir a data, o local e o tema com antecedência;

Selecionar o público e fazer o convite;

Definir o que vai ser exposto e como será a participação da organização;

Produzir materiais de divulgação direcionados ao interesse do público-alvo (folders, folhetos, releases, etc.);

Estabelecer a infraestrutura necessária para a realização do evento;

Realizar a divulgação da Mostra. Espalhe cartazes, divulgue no site e outros meios que o local permitir;

Prever orçamentos;

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31. DIFERENÇAS BÁSICAS

D I F E R E N Ç A S B Á S I C A S

E V E N T O C A R A C T E R Í S T I C A

EXPOSIÇÃO Promoção do evento: instituição / entidade; Organizadora / outros; Os expositores não têm autonomia; O promotor é quem estabelece as regras para o evento.

FEIRA Promoção do evento: entidade organizadora; Estandes: autônomos; Os expositores têm objetivos mercadológicos, coordenam a sua apresentação e a venda dos produtos; O promotor é quem estabelece as regras para o evento.

FESTA Promover comemoração de um assunto. Com várias atrações.

MOSTRA Sem objetivo de venda.

SALÃO Promover e divulgar produtos, visando criar entre os consumidores uma imagem positiva das empresas participantes. Seu objetivo é a promoção da imagem da empresa e não a comercialização imediata. Tem características da Feira.

32. MUTIRÃO

DEFINIÇÃO OBJETIVO UTILIZA-

ÇÃO

VANTA-

GENS

LIMITA-

ÇÕES

É o auxílio que prestam uns aos outros membros de um determinado local; Realizada através de um sistema de rodízio e sem hierarquia. Serve para somar esforços para resolver problemas iguais, tendo também como benefício comum;

Qualquer mobilização de indivíduos, coletiva e gratuita, para execução de serviço que beneficie uma comunidade.

Agilizar e

garantir um

objetivo,

mobilizando

coletivamen-

te com ajuda

mútua e

prestada

gratuitamen-

te.

Para

qualquer

iniciativa

coletiva

para a

execução

de um

serviço não

remunera-

do.

Desperta o espírito de trabalhar em equipe e cooperação;

Exercita o senso de ajuda mútua;

Desenvolve o trabalho participativo.

Caso não seja bem planejado pode haver descon-tenta-mento por parte de alguns participan-tes.

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PASSOS PARA EXECUÇÃO Duração: Conforme o conteúdo, por exemplo, se for de colheita somente o período, se for mutirão de culturas, é outro período, se for mutirão de construção de qualquer edificação é o tempo que leva para o trabalho.

Planejamento: O planejamento ocorre como os demais eventos/métodos

Montar a equipe organizadora, com os papéis específicos;

Definir a data, o local e o tema com antecedência;

Montar objetivos;

Montagem de equipes: de coordenação geral, de mobilização, de treinamentos, financeiro, de compras de materiais, de recursos da comunidade, administrativo, de execução e outras que necessitar;

Selecionar o público e realizar o convite;

Etapas para o desenvolvimento do Mutirão: Preparação: seleção de público, seleção de prioridades, reuniões para orientação, montagem do cronograma, execução, tabulação de dados, avaliação;

Cada tema de mutirão é um cronograma diferente. “Por exemplo, mutirão para construção de proteção de fontes de água”. O cronograma tem envolvimento com Prefeitura, saúde, fiscalização, etc.

“Unidos venceremos. Divididos cairemos”. Bob Marley

33. OFICINA

DEFINIÇÃO OBJETIVO UTILIZAÇÃO VANTAGENS LIMITA-

ÇÕES

É a reunião de pessoas de um mesmo segmento, com interesses similares, geralmente tem caráter educativo. O expositor utiliza a sua experiência para abordar o tema título e trabalha junto com os participantes o levantamento de problemas e a apresentação de soluções possíveis.

Construir ou reformar coletivamente um determinado produto ou tema.

Centraliza em torno de uma questão, cuja elaboração acontece em um contexto social.

Para a construção coletiva de um saber, de análise da realidade, de confrontação e intercâmbio de experiências, em que o saber não se constitui apenas no resultado fim do processo de aprendizagem, mas também no processo de construção do conhecimento.

Pode fazer parte integrante da programação de evento de maior porte como uma Semana Especial, Congresso ou de um Seminário;

Serve para discutir e tratar de problemas e potencialidades.

O método indica que é uma construção, portanto é necessário sair um produto, um resultado e um encaminha-mento. Caso contrário o método não é Oficina.

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PASSOS PARA EXECUÇÃO Duração: O recomendado é um período de 1 (um) a 3 (três) dias. Público: Recomenda-se o máximo de 30 (trinta) participantes. Planejamento:

Antes: Análise da demanda: Análise de fatores internos e externos que contribuem

e delineiam sua possibilidade de existência e desenvolvimento.

Fator Interno: Instituição e parceiros - Verificar se é possível realizar a oficina, tem

orçamento, ponto de visto financeiro e ideológico, verificar o que já foi realizado, o

que deu certo e não deu certo, a instituição tem condição de comprometer-se com

o pós-evento.

Fator Externo: Participantes, público de forma geral - Selecionar o público de

acordo com o tema, verificar se o tema é realmente o que o público está querendo.

Se essa necessidade é interessante que seja do público e da instituição, verificar

qual a característica desse público. Se possibilita que a coordenação tenha

conhecimento dos participantes e possa realmente realizar a oficina de acordo com

o desejado. Verificar a receptividade do público com o tema escolhido.

Organização da idéia: definindo os objetivos, analisando a demanda de parceiros e

participantes, definindo os fatores externos e internos.

Montagem de equipes: de coordenação geral, de mobilização, de treinamentos,

financeiro, de compras de materiais, de recursos da comunidade, administrativo,

de execução; e demais que necessitar. Às vezes o próprio extensionista faz tudo

sozinho. Mas é interessante trabalhar em equipe, porque obtém melhor resultado.

“OFICINA: É onde se elabora, constrói , fabrica ou conserta algo.

Portanto esse método Oficina tem que sair um produto”.

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PLANEJAMENTO:

Planejamento: Montar a programação, local, hora, objetivos;

Selecionar as dinâmicas e técnicas adequadas;

Preparar materiais de apoio e logístico necessário;

Orçamento;

Compromisso da Instituição e parceiros: o quanto a instituição e parceiros se comprometem com o trabalho do tema e seus desdobramentos, por exemplo, uma oficina que desdobra em palestras ou pesquisas;

Convite, sensibilização do público;

Durante: Vivendo a Oficina - O início é como todo evento. O coordenador faz o acolhimento repassando os objetivos e metas a serem alcançadas. Existem várias dinâmicas que podem ser utilizadas como aquecimento, preparação de grupo, etc.

Planejamento

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para favorecer a integração. O especialista inicia com o tema para sensibilizar o publico na oficina é recomendável ter a parte teórica e a demonstração da prática;

No desenvolvimento da oficina, que é o terceiro momento do esquema acima é Interessante dividir o público em subgrupos de trabalho, para discussão e montagem de propostas ou encaminhamentos referente ao tema, promovendo a construção do conhecimento de forma coletiva;

Plenária do resultado dos grupos.

Término: No encerramento da Oficina, faz necessário realizar a avaliação que servirá para a indicação de novos rumos e propostas de novas oficinas para continuidade do tema, se houver necessidade. É feita pelos participantes que poderá ser verbalmente, escrita, cênica, proporcionando leitura individual e coletiva do acontecido.

Pós oficina: Monitoramento e acompanhamento posterior para auferir resultados e avaliações. Obs. LER também “WORK SHOP (página 188); FÓRUM (página 89) neste Manual.

34. OLIMPÍADA

DEFINIÇÃO OBJETIVO UTILI-

ZAÇÃO VANTAGENS LIMITAÇÕES

Evento técnico e competitivo onde se trata de todas as fases de uma de uma determinada área. Por exemplo: cadeia do leite; Difusão de tecno-logia onde são realizadas outras atividades como torneios, julgamen-tos, seminários, encontros, leilões, cursos, gincanas, mostra de produ- tos derivados do conteúdo da olimpíada e outras atividades.

Valorizar, destacar, incentivar e difundir tec-nologia e de-senvolvimento do setor em pauta;

Trocar experiências;

Negociar e possibilitar a competitivi-dade;

Propiciar melhoria contínua do assunto a ser tratado.

Para pretender vencer em valor, qualidade e ou quantidade;

Para incentivar a integração e organização dos produtores;

Para aper-feiçoar co-nhecimento e conhecer novas técnicas.

Possibilita um tradicionalismo do evento entre os produtores; Proporciona retorno aos participantes, não só em questão de prêmios, mas também todo o conhecimento adquirido; Possibilidade de participar de simpósio, cursos, painéis, palestras, seminários e outros métodos utilizados durante o evento para adquirir conhecimentos.

Questão de clima pode influenciar em algumas atividades da olimpíada;

Desanimo de participação por questões diversas, por exemplo, em função da comercialização com baixo valor do produto da olimpíada;

É um evento caro. Havendo necessidade de muitos patrocinadores.

Cênicas ou Cénicas: São todas as formas de arte que se desenvolvem num palco ou local de representação para um espectador público. Como dança, teatro, circo, comédia, ópera.

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Obs. LER também EXPOSIÇÃO (pag. 69); FESTA (pag.85); FEIRA (pag. 74); PALESTRA

(pag.120), TORNEIO (pag. 161) e CONCURSO (pag. 33) neste Manual

Obs. Há possibilidade de realizar diversos tipos de olimpíadas. Também pode ser realizada dentro de outro evento maior, como por exemplo, uma grande exposição de todos os níveis. Ou simultâneo aos grandes eventos.

PASSOS PARA REALIZAÇÃO DE UMA OLIMPÍADA BASEADA NA OLÍMPIADA DO LEITE

O que é: Olimpíada do Leite tornou-se tradição. É um evento técnico voltado a todas as fases da cadeia do leite. Ele acontece todos os anos na cidade de Umuarama (PR). Iniciou em 2004 e neste ano de 2017 já está na sua 14ª edição.

Realização: SEAB – Núcleo regional de Umuarama e o Instituto EMATER é parceiro.

Duração: A Olimpíada do Leite é de 4 dias. Mas uma Olimpíada pode durar até 12 dias.

Objetivo: Desenvolver o setor pecuário regional e estadual, de forma a trazer benefícios para os produtores que trabalham com essa atividade. Incentivar a produção de leite na região.

Constituição de equipe da organização: O Município tem conhecimento de quais entidades, pessoas, organizações, e parceiros poderão participar da equipe que deverá ser constituída de representantes dos parceiros interessados no evento. Cada um com as suas responsabilidades e transformar essa equipe em sub equipes com mais componentes. É necessário buscar profissionais competentes e com vastos conhecimentos quanto ao tipo de evento a ser realizado. Montagem da coordenação e subcomissões.

Planejamento: Planejar como todo o evento exige. O ideal é colocar as ideias no papel e começar um grande planejamento a partir de interesses e gostos em evidencia, colocando as ideias em prática para transformar uma simples festa no maior evento já visto.

Montagem do Projeto: O projeto deverá ser elaborado com toda equipe. Montar um Projeto contendo a justificativa, os objetivos em cima do que se pretende a operacionalização, resultados esperados e outros itens que achar necessário.

Planilhas: Contendo as pontuações gerais da Olimpíada e todos os eventos ou métodos realizados durante o evento, baseado no regulamento e utilizado para o julgamento.

Elaboração do regulamento: Caso haja eventos anteriores o regulamento pode ser baseado

e adaptado aos montados anteriormente.

Elaboração da marca: Logo e slogan sempre são adaptados aos anteriores. De forma que chame a atenção. No caso da Olimpíada do Leite o desenho é diferente a cada ano.

Reunião com os envolvidos: para apresentação do projeto e adaptações do mesmo e formação de comissões.

Participantes: Produtores de leite de em torno de 38 municípios diferentes.

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Divulgação: A divulgação é realizada a nível nacional através dos meios de comunicação local e regional. É realizado panfletos, banners, faixas, etc.

Recursos Financeiros: oriundos da SEAB, de programas de política pública, municípios conveniados, empresas privadas e entidades de interesse.

Estratégia de ação:

Reúne os animais inscritos, promovendo entre estes, torneio leiteiro, através de ordenhas sucessivas durante o período do evento, em torno de 4 (quatro) dias, para saber qual é a melhor vaca leiteira do estado e ao final recebe prêmios os que se destacarem na produção.

Reúnem os produtores, empresas privadas, segmentos do serviço público, bem como integrantes da comunidade em geral para difusão de técnicas de ordenha, alimentação, manejo e sanidade diferenciadas para a produção de gado leiteiro.

Nas Olimpíadas já foram e são realizados diversos tipos de métodos, como:

Torneio leiteiro;

Julgamentos;

Seminário;

Painel;

Simpósio: voltados para a

bovinocultura, abordando temas

como a criação de bezerras,

desmama, gestão de pastagens

e outros temas voltados a

realidade do produtor;

Encontro de lideranças: onde

autoridades e dirigentes se

reúnem para conhecer e

debater a elaboração de

projetos para o Estado, uma

forma de levar conhecimento

aos municípios para que possam

captar recursos para investir na

produção leiteira;

Cursos: diversos como

Derivados do Leite, Delícia do

Leite e outros de interesse do

público;

Palestras: com a finalidade de

discutir assuntos técnicos e

tecnologias voltadas ao setor;

Encontros de produtores;

Leilões;

Jogos leiteiros: de diversas

modalidades como futebol,

vôlei, truco, etc.

Gincanas como retirada do

jaleco, bexiga cheia, corrida do

saco, etc.;

Campeonatos;

Mostra de produtos e

derivados de origem láctea;

Concurso: do doce, etc.

Obs. Os eventos técnicos da

Olimpíada são abertos também

para alunos dos cursos de

medicina veterinária, zootecnia,

técnico agrícola, professores,

profissionais da área,

produtores e todas as pessoas

interessadas.

Inscrição de animais: A inscrição é realizada através de formulários próprios. Em torno de mais de 400 animais são inscritos, em torno de 250 produzem leite durante o torneio gerando cerca de 10.500 litros de leite que é vendido e o valor correspondente a cada animal é repassado ao proprietário.

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Comissão de julgamento: No julgamento são obedecidas as pontuações conforme as modalidades e já pré definidas no regulamento.

Classificação: São diversas raças participantes, onde há regulamentos que devem ser respeitados nas classificações.

Premiação: Alguns prêmios são ofertados pelos parceiros como a sociedade rural, entidades interessadas nas olimpíadas. A premiação é para diversos tipos de modalidades como campeãs, melhor ordenador manual e outros. Os prêmios têm que despertar interesse. Já foram entregues prêmios como: poço semi-artesiano, moto zero quilômetro, viagens com acompanhante ao nordeste, R$ 3.500,00 em ração, ordenhadeiras, novilha Jersey, R$ 3.000,00 e outros valores em sêmen, 12 T de presecato e outros prêmios que cativam o participante.

Os primeiros vencedores tomam o tradicional banho de leite. Onde é jogada em suas cabeças litros de leite em comemoração a vitória.

Limitações: - No caso da Olimpíada do leite encontra em alguns produtores de leite o desanimo em relação ao valor baixo pago pelo litro que mal cobre os custos; - Falta entendimento de algumas pessoas sobre o valor saudável do leite que é necessário e importante a mesa das pessoas.

Avaliações: Realizada antes, durante e depois com todos da equipe.

34.1 REGULAMENTO GERAL DA OLIMPÍADA DO LEITE.

Obs. O conteúdo do regulamento está na íntegra, apenas foi alterado tamanho de letra, formato e espaçamento. O conteúdo do regulamento serve como exemplo.

OLIMPÍADA DO LEITE 2017 REGULAMENTO GERAL

TORNEIO LEITEIRO: CAPÍTULO 1

DAS FINALIDADES DO TORNEIO LEITEIRO

Art. 1º - O 14º Torneio Leiteiro da Olimpíada do Leite de 72 horas de Umuarama, doravante

designado simplesmente Torneio, realizar-se-á no Parque de Exposições de Umuarama nos dias 13 a 19 de março 2017.

Art. 2º - Finalidades:

a) Demonstrar e avaliar através dos animais concorrentes, o grau de desenvolvimento da Pecuária Leiteira Regional, objetivando maiores índices de produtividade;

b) Estimular a produção leiteira da entressafra, através do manejo adequado das fêmeas de alta produção;

c) Aperfeiçoar as técnicas do manejo e higiene da produção; d) Estabelecer um melhor contato entre produtores e criadores, servindo como elemento

de ensino e divulgação; e) Difundir tecnologias como meio de melhorar a produção, a produtividade e a sanidade da

agropecuária do arenito caiuá, com sustentabilidade; f) Diversificação rural como meio viável para incrementar os

lucros das propriedades do arenito caiuá; Art. 3º - O torneio deverá obedecer o seguinte desenvolvimento:

Inscrição de animais; * Recebimento de animais; * Execução do torneio;

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Art. 4º - Poderá concorrer como participante, todo e qualquer que dedique a exploração leiteira da região da amerios e convidados.

Parágrafo 1º - Os participantes deverão fazer suas inscrições até o dia 10 de março de 2017. Parágrafo 2º - Cada produtor poderá inscrever até quatro animais para cada categoria, prevista no Art. 5º, desde que não inscreva mais de 12 animais em todo o Torneio. Paragrafo 3º - Os animais do torneio leiteiro deverao dar entrada no parque de exposição até dia 13 de março. Paragrafo 4º - Os animais deverao ser inscritos no torneio leiteiro até 14 de março as 12h00. Paragrafo 5º - O animal concorrera em nome do produtor que inscreve-lo no torneio independente da origem do GTA. Parágrafo 3º - Fica vedado a substituição de animais no torneio após a ordenha de esgota, que será realizada no dia 14 de março de 2017 as 19h00min. Parágrafo 4º - Só será aceita a inscrição de animais com produção diária conforme tabela abaixo. Esta observação será feita na propriedade, por técnicos designados pela comissão executiva.

60 – Considera - se vacas de primeira cria, animais que possuem até 4 dentes permanentes.

CAPITULO III DOS PRÉMIOS

A Comissão Executiva destinará aos concorrentes do Torneio Leiteiro prêmios de conformidade com a classificação obtida no Torneio Leiteiro:

3 (três) Ordenha ou 2 (duas) Ordenha

Premiações Especiais

01) Grande Campeã Geral 02) Grande Campeã aproximação 40 kg 03) Grande Campeã aprox. 30 kg

04) Grande Campeã aproximação 20 kg 05) Melhor vaca Jersey 06) Grande Campeã Vaca suprema 1ª cria

01) Campeã Vaca Holandesa 02) Reservada Campeã Vaca Holandesa 03) 3º Lugar Vaca Holandesa 04) Campeã Vaca Jersey 05) Reservada Campeã Vaca Jersey 06) 3º Lugar Vaca Jersey 07) Campeã Vaca Girolando 08) Reservada campeã Vaca Girolando 09) 3º Lugar Vaca Girolando 10) Campeã Vaca Jersolando 11) Reservada Campeã Jersolando

12) 3º Lugar Jersolando 13) Campeã Vaca mestiça 14) Reservada Campeã Mestiça 15) 3º Lugar mestiça 16) Campeã Novilha Holandesa 17) Reservada Campeã Novilha Holandesa 18) Campeã Novilha Jersey 19) Reservada Campeã Novilha Jersey 20) Campeã Novilha Jersolando 21) Reservada Campeã Novilha Jersolando 22) Campeã Novilha Girolando 23) Reservada Campeã Novilha Girolando 24) Campeã Novilha Mestiça 25) Reservada Campeã Novilha 26) Melhor Ordenhador

CAPITULO II DA INSCRIÇÃO

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27) 2º melhor ordenhador 28) 3º melhor ordenhador

Observação: Se for comprovado fraude, por exemplo emprestimo de vaca, as partes envolvidas

perderao o direito de participar do torneio leiteiro por 5 anos, e serao obrigados a devolver o valor

do premio no preço de mercado atual.

Art. 5º - Somente serão admitidos animais mansos, que se apresentarem munidos de meios que assegurem a sua perfeita contenção e conduta. Parágrafo Único – So Poderão participar animais no pavilhão. Art. 6º - Uma vez admitidos no torneio leiteiro, os animais serão distribuídos nos pavilhões por ordem de chegada no parque de exposições. Art. 7º - Os animais destinados ao torneio leiteiro deverão ser acompanhados de tratadores e ordenhadores não será admitido ordenha com terceiros. Parágrafo 1º - Os tratadores poderão ser ordenhadores dos animais. Parágrafo 2º - É permitida a adiministração de ocitocina. Parágrafo 3º – Apos a colocação das teteiras, sera permitido a retirada da mesma para pojar os bezerros desde que não ultrapasse os 16 minutos destinados a ordenha. Parágrafo 4º- Os ordenhadores deverão estar munidos do material indispensável para uma ordenha higiénica: balde, toalha, água, desinfetante, macacão ou guarda-pó, gorro, etc. Art. 8º - Os tratadores e/ou ordenhadores empregados dos participantes do torneio, ficam sob a direção da Comissão Executiva, devendo prestar todo o respeito, acatando ordens relativas ao serviço que lhes estiver afeto. Art. 9º - A Comissão Executiva fornecerá gratuitamente a cama e a silagem para os animais. Parágrafo 1º - A alimentação ficará a critério do produtor, e será supervisionada pela Comissão Executiva, e obedecerá normas e padrões, de acordo com as necessidades nutricionais e com ingredientes regionais disponíveis para a época do torneio. Parágrafo 2º - Poderá ser administrado a alimentação volumosa de qualquer tipo. Exemplo: silagem, feno, guandú, leucena, napier, etc. Art. 10º - A limpeza de local onde estiverem alojados os animais, deverá ser feita diariamente pelos tratadores, de modo a manter o mais higiénico possível o ambiente de realização do torneio. Art. 11º - Os ordenhadores deverão estar devidamente trajados na hora da ordenha, e realizar uma ordenha higiênica, conforme exigências no Parágrafo 2º do Art. 9º. Art. 12º - A Comissão Executiva realizará diariamente supervisão nos pavilhões e currais, durante a realização do evento.

- Só serão aceitos animais no parque de exposições livre de carrapatos e verrugas. - Os animais devem estar munidos de exames de brucelose e tuberculose respeitando a resolução N° 043 de 07/04/2009.

CAPITULO IV DO RECEBIMENTO E MANUTENÇÃO DOS ANIMAIS

CAPÍTULO V DA DEFESA SANITÁRIA ANIMAL

CAPITULO VI DA EXECUÇÃO DO TORNEIO

2 (duas) Ordenhas

Art. 13º - As ordenhas deverão ser mecânica, em número de 02 e 03 vezes por dia, conforme o programa abaixo:

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Art. 14º - As pesagens do leite serão efetuadas por um membro da comissão executiva e um representante dos produtores, sendo realizadas na presença dos concorrentes após o término de cada ordenha.

Parágrafo 1º - O transporte do leite até a balança, bem como a colocação de baldes na mesma, será feito pelo próprio concorrente ou pessoa por ele ordenada. Parágrafo 2º - O leite que não satisfaça as condições e normas exigidas pela higiene, com vistas ao consumo apenas será pesado ( antibiotico, etc.), se constatado antibiotico no tanque, no dia seguinte sera realizado analises individuais, e produtor infrator pagara o leite descartado Parágrafo 3º - O peso do leite será anotado em fichas apropriadas o mais exato possível. Parágrafo 4º O produtor poderá trazer seu conjunto de teteira ( opcional).

Art. 15º - Deverão ser cumpridas as disposições do parágrafo 2º do Art. 9º. Art. 16ª – Será dispensado a maior ordenha durante a competição de cada animal concorrente, contando a ordenha de esgota. Art. 17

0 – Fica estipulado tempo de ordenha de 16 minutos por animal a partir do

funcionamento da ordenhadeira.

Paragrafo Unico - Para 1º criterio de desempate na competição aproximação 40 kg, sera observada a maior ordenha dispensada. Para 2º criterio observaremos a 2ª maior ordenha e assim sussetivamente até desempatar.

Art. 18º - A sequencia da ordenha será da seguinte forma, sorteio podendo cada produtor ordenhar apenas um animal cada 6 na sala de ordenha. Art. 19º - No período que antecede a uma hora de cada ordenha, somente poderão permanecer no local da mesma, os proprietários, os ordenhadores e a Comissão Executiva. Parágrafo Único - O público espectador deverá permanecer na arquibancada enquanto se realizar a ordenha e pesagem. Art. 20º - Será fixado em um painel, a quantidade de leite produzida pelos animais das diversas categorias, na sequência das ordenhas, afim de dar conhecimento ao público, sobre os resultados obtidos nas diferentes ordenhas. Art. 21º - Todos os animais deverão ter ou receber uma marca de identificação definitiva. Art. 22

0 – Cada produtor inscrito terá direito diariamente a 1 café da manhã, 1 almoço, 1

jantar , sendo que o produtor podera levar mais pessoas para as refeições porem será cobrado taxa de R$ 10,00 cada refeição, menos o café da manhã. Art. 23º - Todas as pessoas que estiverem dentro do recinto durante o decorrer do certame, ficam sujeitas as disposições deste regulamento, sem distinção de qualquer espécie. Art. 24º - A Comissão organizadora não se responsabilizará por danos causados aos animais

CAPITULO VII DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

3 (três) Ordenhas

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participantes do Torneio Leiteiro, e o que esses ocasionarem na sua estadia no recinto, cuja responsabilidade será do proprietário. Art. 25º - Os casos omissos neste regulamento, será resolvido pela Comissão organizadora executiva, sendo a decisão definitiva e irrecorrível.

Obs. Também há regulamentos para os concursos, por exemplo, Regulamento da Delícia do Leite.

Modelo de capa e contra capa da Olimpíada do Leite

Modelo da Programação da Olimpíada do Leite

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Colaboração do conteúdo da Olimpíada: Cid Clay Bazoti Gabarão. CODAPAR/SEAB/ Umuarama

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35. PAINEL

DEFINIÇÃO OBJETI-

VO

UTILIZA-ÇÃO

VANTAGENS LIMITA-

ÇÕES

Evento onde um orador e até

quatro painelistas explanam sua

visão sobre um tema predeter-

minado, podendo apresentar

um ou vários subtemas dentro

do assunto principal abordado,

coordenadopor um moderador;

Apresentação de um quadro no

qual um orador principal e

demais painelistas explanam

sua visão sobre um tema pre

determinado, com participação

de um grupo selecionado e

reduzido de pessoas;

Reunião questionadora. Resu-

me-se para um maior grupo o

teor de apresentações feitas por

um grupo menor, ficando este

disposto de preferência em

mesa de semicírculo com o

moderador ao centro para

facilitar as discussões;

É derivado da mesa-redonda.

Explanar e

esclarecer

uma visão

sobre

determi-

nado tema

ou

assuntos

diversos;

Proporcio-

nar a

reflexão

sobre o

tema

escolhido

por meio

da

exposição

de idéias

variadas e

até

mesmo

antagôni-

cas.

Para

apresenta-

ção dos re-

sultados dos

trabalhos

realizados

em torno de

um tema;

Para que

diversas

pessoas ou

equipes

contrapõem

suas

conclusões a

partir de

diferentes

pontos de

vista ou

comple-

mentam as

conclusões a

partir da

mesma

perspectiva.

Podem ser ex-

pressas opi-

niões e experi-

riências de

pessoas bem

informadas, em

vários campos

de atividade;

Diferentes

pontos de vista

podem ser

apresentados e

discutidos;

Pode fazer

parte integran-

te da progra-

mação de

evento de

maior porte

como uma Se-

mana Especial,

Congresso ou

de um

Seminário.

Correm-

se o risco

do painel

ser

monopo-

lizado

por um

dos

especia-

listas;

Em

alguns

casos há

oportuni-

dade

para dis-

cussão

sem

importân

-cia se o

coordena

-dor não

se

manter

vigilante.

Painel - Também deriva da mesa-redonda, com a diferença de que os expositores discutem ou debatem entre si o assunto em pauta, mas o público somente assiste ao debate, sem direito de formular perguntas à mesa. Outra distinção: no painel, os debatedores são profissionais renomados nos meios em que atuam o que não acontece necessariamente na mesa-redonda. Além do presidente, o painel poderá ter um coordenador e um moderador.

Obs. LER também CONGRESSO (pag. 37); MESA-REDONDA (pag. 100); SEMANA ESPECIAL (PAG. 148) e SEMINÁRIO (pag. 152) e neste Manual

PASSOS PARA REALIZAÇÃO

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Duração: Até 1 (uma) hora e 30 (trinta) minutos. Planejamento: Como os demais eventos:

Escolher que evento o painel será realizado ou se for somente o painel, verificar data, local, horário, etc.;

Elaborar lista de convidados e emitir convites;

Confirmar presenças dos membros do painel;

Elaborar roteiro do mestre de cerimônias;

Designar um moderador para coordenar os trabalhos;

Levantar a necessidade de recursos audiovisuais junto aos expositores;

Prever cobertura fotográfica do painel ou do evento em que o painel fará parte.

Além do presidente, o painel poderá ter um coordenador e um moderador.

Moderador ou coordenador: Informar a platéia sobre as regras dos debates, sobre a dinâmica das atividades, gerenciarem tempo, coordenar o painel.

Realização do painel:

O orador, especialistas e coordenador sentam na frente da platéia, dispostos de forma que todos possam ver-se, facilitando a comunicação entre eles;

O moderador do painel apresenta o tema esquematizando os pontos importantes, apresenta os objetivos, apresenta os componentes do painel e recomenda a não participação do auditório nesta primeira etapa;

Apresenta e saúda as autoridades presentes, se houver; O moderador apresenta uma questão estimuladora ou orienta a apresentação das

sínteses de cada componente do painel; Passa a palavra ao orador, que terá 15 (quinze) minutos para se manifestar; Falam, em seguida, cada um dos painelistas, por 10 (dez) minutos. Todos devem

dispor do mesmo tempo para se manifestarem; Caso o painel seja com participação do público, o que não deveria pois no painel o

público só assiste, mas se o moderador achar necessário terá que dar em torno de

Debatedor: Interlocutor necessário numa discussão de um

evento/método, que interage com o palestrante, com o intuito

de ressaltar pontos importantes falados pelo orador

principal, como também formular questões de interesse

tanto do assunto apresentado, como do público alvo.

Painelista: Indivíduo que faz parte de um grupo de pessoas que

debatem publicamente determinados assuntos.

Orador, painelistas,

debatedores: São profissionais renomados nos meios em que atuam

o que não acontece necessariamente na mesa- redonda, ou

autoridades conhecedoras do tema e interessadas, apresentam pontos de

vista antagônicos.

Orador: Sujeito que tem grande eloqüência, fala muito bem,

se expressa publicamente e costuma falar em público

através de algum tipo de discurso, que é conhecedor do assunto.

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5 (cinco) minutos para que a platéia se prepare para as perguntas aos painelistas e passados os cinco minutos oferece a palavra ao auditório;

No auditório, cada participante ou equipe ou grupo escolhe a pergunta para apresentar aos painelistas entre aquelas que já têm preparadas;

As perguntas são apresentadas verbalmente ou por escrito e os painelistas respondem as perguntas formuladas, podendo ou não haver réplica e tréplica;

Encerramento: O coordenador apresenta ao público uma síntese das posições e pontos principais e conclusões agradecendo a todos.

Tipos de painel:

Existem algumas variações de painel, que também podem ser utilizadas como o fim de

analisar os diversos aspectos de um tema central.

Painel de interrogação: Normalmente as perguntas são feitas pelos próprios

colegas da mesa, onde os expositores respondem inicialmente e debatem entre

si. Em seguida abre-se para as perguntas do público. As perguntas aos expositores

também podem ser realizadas pessoas da platéia previamente selecionadas e

planejadas as quais já vem com as perguntas elaboradas com antecedência. O

coordenador deve gerenciar o tempo de perguntas e respostas.

Ao iniciar o painel de interrogação, os interrogadores e os painelistas devem estar

sentados frente a frente, com o coordenador ao meio, de forma que a platéia

possa vê-los. Dois ou três painelistas são interrogados;

Painel de oposição ou debate ou visões conflitantes: esse tipo de painel consiste

no debate entre um grupo de painelistas, que apresentam o problema. E um

grupo de especialistas que tecem comentários sobre os vários aspectos, com

visões antagônicas. Denominada de painel de debate ou exposição, quando há a

apresentação e discussão dos painelistas e não se permite que o público formule

perguntas. O orador principal tem em torno de 15 (quinze) minutos e os demais

painelistas 10 (dez) minutos. Os convidados discutem apenas entre eles e a

platéia só observa o debate, sem poder expressar suas próprias concepções. O

moderador gerencia as discussões entre os convidados da mesa e regula o

intercâmbio das idéias. Quando o tempo do painel de oposição esgotar, o

coordenador deverá fazer um resumo geral do que foi discutido.

Painel integrado ou de exposição: Cada componente da equipe de painelistas

apresenta sua síntese sobre o tema; o moderador faz um resumo encadeando as

diversas sínteses e abre tempo para a platéia também participar com perguntas

por escrito, perguntas referentes ao tema que foi exposto ou em discussão.

Para essa forma de reunião limitada a um pequeno número de especialistas, que é o Painel, onde os expositores debatem entre si o assunto da pauta. Fica uma Dica:

“Quanto melhor for o debatedor melhor sucesso será o evento”.

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36. PALESTRA OU PRELEÇÃO

DEFINIÇÃO OBJETIVO UTILI-

ZAÇÃO

VANTAGENS LIMITA-

ÇÕES

Caracteriza-se pela apresentação de um tema predeterminado para um grupo homogêneo ou heterogêneo com interesses comuns, podendo já possuir noções sobre o assunto, mas deseja aprofundá-lo, seguida ou não de perguntas e respostas. Palestrante: Quem faz palestra.

Palestrita: (sem “s”) Quem

assiste, expectador.

Ciclo de Palestras: São uma série de palestras pronunciadas pelos apresentadores, todos abordando a mesma área de interesse, com assuntos com- plementadores ou diferentes.

Apresentar oralmente de forma sucinta um tema pré-determinado a um grupo, informando ou ensinando;

Atualizar o público sobre um determinado assunto.

Eventual-mente pode incluir a formulação de perguntas pela platéia.

Para informar e atualizar o público; Muitas vezes está inclusa dentro de outro evento maior.

Forma de propícia de apresentar materiais novos e informações atualizadas;

Podem ser complementadas de uma visita, demonstração ou práticas;

Oferece oportunidade de ouvir um especialista em determinado assunto de interesse.

Os efeitos sobre os que estão ouvin-do não podem ser conhe-cidos positivamente.

PASSOS PARA REALIZAÇÃO

Duração: De 20 (vinte) minutos a 1 (uma) hora. Caso a palestra seja de uma hora, é interessante ter 40 (quarenta) minutos para a apresentação e 20 (vinte) minutos para perguntas e respostas. O tempo reduzido tornará difícil a tarefa de abordar um escopo muito grande, dessa forma é importante focar em uma parte do conteúdo em vez de tentar abraçar o mundo.

Planejamento: A realização de uma palestra é bastante simples, pois geralmente está inserida em outro grande evento, mas um planejamento bem feito assegurará certamente o sucesso da palestra.

Planeje sua apresentação para que você possa reduzi-la quando necessário: Mesmo que tenha sido dito que terá 45 (quarenta e cinco) minutos para fazer a apresentação, de última hora pode receber uma surpresa de que o tempo foi reduzido para 30 (trinta)

Preleção - lição, discurso didático e educativo antes da realização

de uma tarefa, exposição de uma matéria perante um público,

por exemplo: o técnico sempre faz uma preleção antes do jogo.

“PONTUALIDADE é a VIRTUDE de pessoas confiáveis. É a CORTESIA dos reis e OBRIGAÇÃO dos educados”.

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minutos. Não necessita mostrar ou justificar para a audiência que o tempo será diminuído. Se tiver um bom planejamento pode expor os pontos principais, sem prejudicar a fala.

Tipo da palestra: É a definição da apresentação, a constatação de que ou para que a apresentação vai ser feita, que pode ser técnica, informativa, persuasiva, motivacional ou apenas tem como meta gerar algum tipo de entretenimento. Pode ser mista também.

Público: Consiste na definição do estudo do público alvo, estudo sobre a quantidade de pessoas, o nível cultural, faixa etária, crença, se é grupo homogêneo ou heterogêneo e outros dados adequados. O palestrante deve interar-se sobre o público obtendo informações sobre o mesmo para realizar a apresentação especial para o público certo. Saber com quem vai falar renderá preciosas informações que poderão ser utilizadas dentro da própria apresentação.

Escolher o tema: Muitas vezes o tema já vem com o convite. Podem-se fazer adaptações no tema, ou até mudar o título conforme o conteúdo sugerido. Desde que negociado.

Definir o objetivo: Como qualquer objetivo, deverá ser mensurável, específico, claro e conciso.

Pesquisar o conteúdo: O palestrante ou prelecionista com certeza já tem o conhecimento

do assunto, mesmo assim é necessário utilizar as diversas fontes de informação e

pesquisa para complementação do conteúdo, verificar o que tem de novo para se

atualizar, ler em diversos tipos de publicação; jornais, artigos acadêmicos, relatórios,

matérias e até mídias mais informais como blogs podem obter informações relevantes

para sua apresentação.

Preparando a palestra:

Tempo de preparo: A ideia é que a palestra esteja em seu formato final pelo menos um mês antes do dia da apresentação, seja em qualquer evento. Quanto mais puder praticar nas últimas semanas, melhor será para a pessoa.

36.1 MINDMAP PARA PALESTRA:

Como sugestão pode-se elaborar os mindmaps, conhecidos também como mapa

mental ou mapa da mente que serve para organizar as idéias, resultando o registro gráfico. Esse mapa é confeccionado pelo palestrante e de uso pessoal. Só disponibilizado se o palestrante achar necessário.

Prelecionista - Professor; pessoa que preleciona, leciona que ministra lições;

conferencista; quem faz palestras, preleções; quem fala publicamente sobre algo.

Mindmap: meio para representar ideias em formato mais gráfico do que

relatórios escritos. Conforme seu criador Tony Buzan, é mais intuitivo e

alinhado com a forma de funcionamento do cérebro.

“Não se JUSTIFIQUE. Aos amigos não precisa

e aos inimigos não adianta”

“O sucesso ou fracasso de uma apresentação depende da

qualidade da ideia, da narrativa e da paixão do orador”.

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A internet disponibiliza de bons softwares para a organização do mapa mental. Por exemplo: Mindmanager da empresa Mindjet. Existem ferramentas gratuitas como: GoConqr Brasil;. MindMeister e outros.

Existem vários formatos de mindmaps. Veja exemplos:

Fonte: https://creately.com/diagram/example/hfmwvqag1/formatos

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Dicas para montar o mindmaps ou mapa mental.

Cada palestrante terá o próprio estilo pessoal de montar o mapa, basta estar tranquilo para aumentar a criatividade e percepção do que está sendo feito.

Partir de um centro com o nome do assunto.

A partir daí são relacionadas às idéias principais referente ao tema central. Pode ser com canetas de cores diferentes ou no programa de computador.

Das ideias principais surgem as secundárias, terciários e assim por diante.

Coloque cada palavra ou imagem só em sua própria moldura ou linha.

Todo o conteúdo deverá estar conectado a partir da imagem central. O mapa deve ser agradável visualmente – evite caos, complexidade e poluição. Quanto mais cores utilizar ou formatos das molduras ajudará a codificar e agrupar

ideias. Tendo assim um visual diferente. Mantenha o mapa mental claro, usando hierarquia radial, ordem numérica ou

contornos para agrupar ramos. Não deixe o perfeccionismo atual como inimigo. Caso o mapa não saia como

esperado, continue praticando e a experiência e tempo trarão bons resultados com a paciência.

DICAS de APRESENTAÇÃO:

A execução da palestra envolve desde a parte prática de arquitetar, planejando, criando os roteiros, mapa mental, recursos auxiliares como slides e outros até a apresentação. Não esquecendo como fará a abertura e o fechamento. Tudo vai depender do palestrante.

APÓS REALIZAÇÃO DAS AÇÕES ANTERIORES

TREINE Ao ensaiar aparece chance de retroalimentar a palestra, alguns pontos tornam mais familiar à apresentação. Treine até na frente do espelho fazendo a apresentação igual fará no dia. E se possível grave, para verificar e ajustar sua linguagem corporal.

LISTE OS PRINCIPAIS TEMAS ABORDADOS

Que serão apresentados na palestra. Se foi montado o mapmind servirá de caminho. Desperte o interesse e atenção, colocando logo no início o tema central da apresentação, esse momento dura de 40 segundos a 1 minuto, seja criativo e caso necessário crie um slogan ou frase de efeito. Crie um enredo para sua apresentação, como se fosse uma história com personagens, conflitos e resoluções. Roteirize a apresentação, redija a história do word, escolha uma identidade visual, retire os tópicos principais e monte seu slide. Crie pequenos recursos divertidos que divirtam a platéia.

FORMATE HISTÓRIA O ser humano está programado para ouvir histórias, se puder inclua uma história no seu conteúdo ajuda a cativar uma audiência.

“Mapas mentais são úteis não apenas para "decorar matéria", mas para registrar de forma inteligente e que permita revisões rápidas dos

assuntos resumidamente, para o entendimento do assunto”.

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SINTETIZE EXPLICAÇÕES

Levar em consideração que o público é formado por pessoas inteligentes. Portanto é interessante que façam certas inferências por si sós. Deixe que tirem as próprias conclusões.

PROGRAME-SE Tenha tempo extra para chegar ao local do evento: descubra com antecedência o trajeto para que não haja eventuais fatores que podem causar atraso. Esteja no local pelo menos uma hora antes. Se existir algo que possa dar errado, haverá tempo para consertar.

VERIFIQUE QUAIS AS REGRAS DO EVENTO

Podem-se entregar apostilas ou outros materiais, se vai haver sessões de perguntas e respostas. Verificar aqui qual é a forma melhor de ministrar a palestra.

O QUE O LOCAL PODE OFERECER

De preferência saiba com antecedência se o data show é compatível com o notebook, se há microfone, etc. Teste antes os recursos que foram preparados.

TENHA SEMPRE UM PLANO B:

Imprevistos podem acontecer. Prevenir-se. Gravar sua apresentação em mais que um lugar. Gravar também em PDF para evitar desconfiguração e surpresas de última hora e para que possa ser utilizado em qualquer equipamento. Teste o material antes da palestra. Se faltar luz e o preparo da apresentação for bem continue apresentando com o conhecimento preparado.

MODERADOR Caso tenha sessões de perguntas é interessante a presença de um moderador para coordenação dos trabalhos de apresentação do palestrante, de triagem de perguntas e de controle do tempo dos pronunciamentos.

PLANEJE SEUS RECURSOS AUXILIARES

Devido à grande oferta de recursos parece obrigatório utilizar pelo menos o data show. Mas um Power point mal confeccionado estraga em vez de ajudar. Melhor então não utilizar nada ou somente o flip chart ou quadro ou só a voz. Nada melhor do que ter grande conhecimento e preparo do seu conteúdo.

SLIDES

Não exagerar na quantidade. Lembrem-se os slides são meios e só funcionam com a complementação do apresentador. Deixe o espaço para â fala do apresentador. Os slides serão somente destaque da sua fala. Use muitas imagens, guardam cinco vezes mais que qualquer escrita.

TOM DE VOZ

É a principal ferramenta, deve ser de um bom tom. Evitar falar baixo demais. Tem que ser dinâmico, evitar o tom monótono. Falar mais rápido pode ser usado para trazer energia para algo que é empolgante. Pausas são ótimas para dar ênfase ao assunto. Falar mais devagar pode ser usado em momentos que necessite que o público preste mais atenção. Há quem queira transmitir autoridade, sabedoria, poder pela voz, mas em geral é muito melhor falar como se estivesse conversando com o público. É percebido quando o palestrante discursa em vez de dar a palestra. Conquiste o público também pela voz.

POSTURA O corpo fala. Mantenha a postura com braços e pernas soltos. Quem cruza braços e pernas enquanto está fazendo a palestra está transmitindo a mensagem: estou fechado para opiniões externas.

“A voz do palestrante pode ser usada para ditar o ritmo da palestra”.

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SORRIR Cara fechada não ajuda. O sorriso demonstra receptividade e abertura. Conecta as pessoas.

EVITE DEMONSTRAR NERVOSISMO

Para evitar nervosismo faça respirações profundas, ou, antes de subir ao palco caminhe com passos largos, peito para cima e ombros para trás, essa pose aumenta a sensação de poder. Outro exercício é no próprio palco apoiar as mãos em uma mesa, descarregar o peso através da mão na mesa, por um momento.

TRABALHE A PRESENÇA DE PALCO

Não necessita se mexer demasiadamente ou transferir o peso de uma perna para outra. Tudo que é exagero não vale à pena. O interessante é acertar na escolha de palavras, na história e na essência são mais importantes.

No palco, o ato físico mais importante talvez seja fazer contato visual, que tem um bom efeito. Buscar cinco ou seis indivíduos com ar de bons amigos em pontos distintos da audiência e, ao falar, fixe o olhar neles. Faça de conta que são amigos que não vê a um ano, a quem gostaria de contar em que pé como anda seu trabalho.

PERMANEÇA SEMPRE DE FRENTE PARA PLATEIA

Jamais vire as costas para a platéia. Se em uma conversa permanecemos frente ao interlocutor. Serve para a apresentação, também! Ao apontar algo na tela use um laserpoint. Ajuda.

MOVIMENTE

Mas não exagere, somente não fique plantado no chão, é monótono para quem está assistindo se tem espaço aproveite-o, se puder aproxime-se de sua plateia para enfatizar um ponto, pontue com gestos uma informação importante. Em movimento seu cérebro pensa melhor e capta mais a atenção do seu público.

GESTOS

Só devem ser usados se ajudam a transmitir a mensagem. Caso contrário será um ruído tornando um “tique”.

“TIQUES”

Às vezes o palestrante nem nota. Portanto é necessário verificar com outros quais são esses tiques e tentar apagá-los, por exemplo, repetir gestos de coçar partes do corpo. Repetir palavras tipo “né” “ããã…” entre um pensamento e outro. Pode –se verificar os erros numa gravação.

”O bom preparo é a ponte mais segura

entre o palestante e o público”. Acredite em si mesmo.

TRÊS FORMAS que podem ser utilizadas PARA MINISTRAR UMA PALESTRA:

1) Roteiro ou teleprompter: não é o ideal, pois distancia demais do público, que vai

saber que o palestrante e quando percebido, a recepção da palestra vai mudar.

Teleprompter: do inglês - equipamento acoplado às câmaras

de vídeo que exibe o texto a ser lido pelo apresentador.

“Sorrir abre caminhos; desarma os

mal-humorados; contamina”.

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2) Memorizar: decorar palavra por palavra corre o risco de esquecer uma e

prejudicar o restante do conteúdo, mas tem a história de Jill Bolte Taylor, grande

palestrante, uma estudiosa do cérebro que sofreu um acidente vascular cerebral, e

aprendeu nos oito anos que levou para se recuperar a memorizar. Depois de elaborar

a história e de passar horas ensaiando sozinha, repetiu a palestra dezenas de vezes

diante de plateia para ter certeza de que assimilara o conteúdo e foi um sucesso.

3) Recorrer à lista dos principais pontos: Naturalmente, é preciso saber o que

gostaria de dizer em cada ponto. Busque lembrar o que vai dizer na transição de um

item para o outro.

36.2 SLIDES – DICAS PARA SUA MONTAGEM

Um slide bem feito condizentes ao conteúdo pode ajudar a dar forma e ritmo a

uma palestra e impedir que o palestrante do assunto ou utilizem uma linguagem

excessivamente técnica ou muito intelectual, não condizente com o público.

Se puder utilize o Prezi que possibilita uma visão panorâmica de um espaço

bidimensional. Em vez de uma sequência simples de imagens, é possível ir de

lugar a outro nesse espaço e dar um zoom se necessário. A técnica empregada

pelo software para reduzir e expandir a visão de textos e imagens é semelhante

àquela trazida pelo Google Maps. Usadas corretamente, essas técnicas podem

aumentar drasticamente o impacto visual de uma palestra e acentuar seu

significado;

Não use slides somente com itens como se fosse um roteiro pessoal, nesse caso, é

melhor usar uma ficha de papel;

Evitar também colocar textos imensos. O slide é um meio onde necessita do

palestrante para explicar. Portanto colocar o essencial;

Os tópicos devem ser curtos e claros, colocar o que realmente quer que fixe;

Usufrua de fotos, ilustrações, imagens guardam cinco vezes mais do que a escrita

Use imagens, cores, figuras, gráficos e mapas mentais, moderadamente, sem

exageros;

É interessante que as imagens ocupem todo o tamanho do slide, terá uma

apresentação que causará muito mais impacto;

Coloque uma ideia por slide e se contenha a colocar no máximo 7 (SETE) linhas

por slide. Na neurolinguística o número 7 (sete) é ideal. Sagrado e mágico.

Use como base 1 (um) minutos por slide. A não ser que sejam fotos ou figuras, aí

poderá ser mais longo;

Utilizar o tamanho de letra no mínimo 24 (vinte e quatro) a não ser que sejam

tabelas e necessitam de tamanhos menores;

Prezi: ferramenta que permite ao usuário aproveitar as vantagens

da computação em nuvem e do zoom para elaborar mostras

sequenciais e não lineares de quadros com textos, fotos, tabelas,

gráficos e o que mais precisar na hora de sua exposição oral.

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Utilizar as fontes “Arial”, “Tahoma” ou “Calibri”. São limpas e sem Serifa;

No slide final pode agradecer e sempre deixe seus contatos para que as pessoas

possam entrar em contato;

Não exagere na animação do Power point. O que importa é a substância, não o

estilo do orador ou pirotecnias de multimídia;

Evite que no final alguém diga: o que me impressionou mesmo foram os recursos

visuais - a cada tópico o palestrante comandava uma espécie de raios que

cruzavam o ambiente, acompanhados de sons tão fortes que até balançaram a

sala, imagens que giravam para todos os lados. E ao perguntarem: E o conteúdo

como foi. A resposta é: “sabe que nem prestei muita atenção”.

Não precisa ficar lendo o que está escrito, a plateia já está lendo. Somente

complemente o conteúdo do slide;

Poderão ser utilizados vídeos curtos não mais que 5 (cinco) minutos. Conforme o

tempo da palestra pode ser mais. Mas cansa e desperta a atenção. Para muitos

palestrantes o vídeo tem finalidades óbvias. Numa palestra sobre a inteligência de

corvos, por exemplo, o cientista mostrou imagens de um corvo fazendo um

“anzol” com um pedaço de arame para conseguir tirar alimento de dentro de um

tubo; ou seja, criando uma ferramenta. O vídeo foi muito melhor do que qualquer

coisa que pudesse ter dito para ilustrar a tese.

Compartilhe o conteúdo ou parte dele para o público, antes ou depois da palestra.

É interessante que o público possa ter acesso aos conteúdos.

Carregue o compartilhamento no SlideShare ou o Speaker Deck

Conclusão da Palestra: Para concluir, prepare um resumo genérico das informações, fechando com uma frase animadora, conclamando as pessoas para realizarem algo. Se possível faça a montagem final, encaixando os recursos audiovisuais, filmes, que dará um brilho em toda a exposição.

Divulgação: Vivemos em um mundo globalizado, e atualmente as pessoas marcam onde

estão e escrevem das redes sociais durante a palestra. Essa é uma maneira de fazer

marketing sem precisar pagar, as opiniões sāo espontâneas e de graça. Disponibilize

acesso a internet no local da palestra, para que as pessoas divulguem sobre ela.

SlideShare -ferramenta de comunicação muito importante para empresas nos últimos

tempos, se tornando uma grande possibilidade de compartilhamento de apresentações tanto

em PowerPoint como PDF.

Speaker Deck - maneira de compartilhar apresentações on-line. Basta fazer o

upload de seus slides como PDF e transformá-los em uma bela experiência

on-line e compartilhar.

Serifa: é o traço ou barra que remata cada haste de

certas letras, como a “Times New Roman” e outras.

JAMAIS utilizar slides para servir somente como “muleta” para o palestrante. Isto é, tópicos para não “esquecer” o conteúdo. Se for para isso faça uma ficha com os tópicos.

UTILIZE-O PARA FIXAR O CONTEÚDO QUE ESTÁ SENDO MINISTRADO.

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Use # hastags do evento, crie locais para tirarem fotos e compartilhar. Verificar a

necessidade de fotos, filmagens e gravações para o evento.

37. RALI

DEFINIÇÃO OBJE-

TIVO UTILIZA-

ÇÃO VANTAGENS LIMITA-

ÇÕES

É um método onde os participantes circulam com veículo, em forma de excursão, dentro do próprio município ou mais municípios em paradas obrigatórias com percurso definido no tempo cronometrado;

O próprio agricultor familiar anfitrião ex-põe o conteúdo, mostrando suas atividades produtivas e resultados financeiros, sociais e ambientais obtidos. Com interferência do técnico se for solicitado;

Em cada proprie-dade visitada há um técnico de apoio, que intervêm se necessário.

Difundir tecnologias adequadas às pequenas proprieda-des;

Propiciar troca de saberes entre os diferentes atores sociais e desenvolver motivação para ambos.

Para proporcionar troca de experiências;

Para promover uma maior integração e espírito de cooperação;

Para Sensibilizar pessoas, órgãos, parceiros afins sobre o desenvolvi-mento rural;

Mostrar que a união em torno de um objetivo co-mum e a concentra-ção de esfor-ços fazem a diferença.

Divulga as oportunidades de atividades geradoras de renda em pequenas propriedades;

Oportunizar um espaço fértil onde as famílias possam idealizar novos projetos;

Integrar os jovens com propostas para fixação no campo;

Mostrar que é possível o crescimento e desenvolvimento em pequenas propriedades;

Divulgar políticas públicas, especialmente as que promovem a inclusão social pela melhoria da renda e oportunidades de emprego na propriedade rural, com incremento da produtividade, redução dos custos e aumento da ocupação da mão de obra familiar disponível.

Condições climáticas;

Riscos com veículos de desloca-mento se não for bem planejado.

A partir do Rali da Diversificação criada pelo extensionista Marcos Antonio de Freitas, também houveram adaptações e foram criados o Rali do Leite, Rali Diversificação e outros. PASSOS PARA EXECUÇÃO Duração: 1 (um) dia todo. Em torno de 8 (oito) a 10 (dez) horas.

Hashtag: é um composto de palavras-chave, ou de uma única

palavra, que é precedido pelo símbolo cerquilha (#). ... Outras redes

sociais na internet também utilizam as hashtags para organizarem

seus conteúdos e facilitar a procura dos usuários

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Planejamento:

Pré-evento: Montar uma equipe com técnicos de apoio que fará acompanhamento da propriedade durante a preparação e ficará durante o evento dando suporte em caso de necessidade. Todo o planejamento e execução são realizados com a participação dos agricultores familiares e entidades afins, cabendo ao técnico o envolvimento dos mesmos nas decisões, para tanto são realizadas reuniões divididas em três etapas.

A primeira etapa é dividida em quatro momentos:

Primeiro: realiza-se uma reunião para discussão e amadurecimento da idéia; logo após acontecem os contatos individuais para levantamento das alternativas de renda já existentes que podem ser visitadas em único dia, discutido os prováveis parceiros, roteiros e apoios necessários;

Na seqüência mais uma reunião onde inicia a formatação do evento com a definição da agenda, transporte, logística, segurança, etc.;

Numa terceira reunião para apresentação e negociação da proposta com os agricultores a serem visitados, onde discute a infraestrutura necessária nas propriedades que serão visitadas;

Na quarta reunião realiza-se a avaliação e replanejamento das ações, definição dos parceiros e apoios, bem como do papel de cada um e a confirmação de data.

A segunda etapa é divida em seis momentos, dedicada à divulgação, parcerias, apoios, estratégias de convites, visitas às propriedades pelos técnicos de apoio.

Reunião com as Associações de Produtores, Conselhos Municipais e outras entidades afins para acertar número de vagas para cada entidade, entrega de convites e agendado data para devolução das listas de inscrições; Para contemplação de gênero e geração são estabelecidos critérios dando cotas para os jovens e mulheres;

Num segundo momento são realizadas visitas às propriedades pelos técnicos de apoio onde são definidas (em cada propriedade) onde serão alocadas as baterias e detalhes de infraestrutura (banheiro, água, estacionamento, espaço para manobra) bem como a cronometragem do deslocamento e do tempo para cada estação;

A seguir os técnicos responsáveis por cada bateria visitam as propriedades para levantamento de dados visando à confecção de banners e de material técnico;

A quarta reunião é realizada com a comunidade para definição de local e estratégia para servir o almoço e da possibilidade de realização de uma feira de artesanatos e de produtos da agricultura familiar;

Com a diretoria da Igreja e da associação de produtores, da comunidade onde será dada largada, realiza-se a quinta reunião para acertar apoio na recepção, inscrição, café da manhã e logística de largada;

A ultima reunião é realizada para organização da Feira de artesanatos e produtos da agricultura familiar; concomitantemente se desenvolve a estratégia de divulgação externa, através dos contatos com órgãos de imprensa escrita, falada, televisiva e eletrônica.

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A terceira etapa é dedicada aos planos alternativos para a realização do evento em condições adversas:

Plano A – Realização do evento sem contratempos; Plano B – Em caso de impedimentos pelas condições de tempo se concentra as

baterias nas sedes das comunidades; Plano C – Em caso de chuvas intensas as baterias acontecem apenas no local da

largada em salão coberto e contando com apresentações em slides.

Nesta mesma reunião com a equipe de organização trata-se da elaboração e confecção de material técnico de cada cultura e/ou criação; elaboração de informativo sobre o roteiro e agenda do dia; montagem das pastas com todos os materiais; confecção de banners e placas identificadoras das propriedades.

Programação: Exemplo/modelo a ser adaptado conforme os objetivos de cada realidade.

O Rali da Diversificação de Nova Tebas – Paraná teve a seguinte programação:

Desdobramentos: O Rali da Diversificação desenvolvido em Nova Tebas é um evento técnico que não visa teoria e está pautado nas experiências dos agricultores. Procura-se, de um ano ao outro, alternar as culturas e propriedades visitadas procurando inclusive rotas alternativas para dar oportunidades para outros agricultores. Possibilitam também divulgar políticas públicas estaduais, federais e municipais, em especial aquelas que promovem a inclusão social. Por se tratar de um evento complexo, para muitas realidades, o ideal seria fazer bianual.

A metodologia Rali da Diversificação foi relatada e faz parte dos Anais do 4º Congresso Brasileiro de Assistência Técnica e Extensão Rural – CONBATER, realizado em maio de 2008 em Londrina-Paraná.

Vale destacar que o método teve elevada repercussão junto aos formadores de opinião do Paraná pela cobertura jornalística composta de televisões, jornais e rádios de cobertura estadual.

Custos:

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A primeira edição teve custo total de R$ 3 mil reais com pagamento de ônibus e Vans para transporte, alimentação, banners, material técnico e de divulgação. Recursos estes oriundos da prefeitura Municipal, Ministério do Desenvolvimento Agrário, Instituto Agronômico do Paraná e Instituto EMATER, além de apoio do Clube dos Diretores Lojistas de Nova Tebas.

A segunda edição teve custo de R$6.000,00, viabilizada exclusivamente com recursos do MDA e aporte operacional do Instituto EMATER.

RESULTADOS:

Na primeira edição, ocorrida em 19 de maio de 2007 foram 186 participantes que visitaram oito propriedades com relato de seus proprietários em Sericicultura, Apicultura, Bovinocultura de Leite, Caprinocultura, Café, Cultivo Florestal, Uva e Maracujá (orgânicos), com visitação na feira de artesanato e produtos da agroindústria familiar, montada no local do almoço. Em 2008 aconteceu a segunda edição em 17 de maio, onde 215 excursionistas visitaram cinco propriedades com apresentação de Apicultura, Bovinocultura de Leite, Caprinocultura, Uva e Maracujá (orgânicos). Do café da manhã ao lanche da tarde, passando pelo almoço, todos os alimentos servidos foram preparados pelos próprios agricultores com seus respectivos produtos transformados. Desta maneira a valorização acontece nas propriedades, nas culturas, nos produtos transformados e expostos na feira, nas comunidades que se organizam mais para serem visitadas e especialmente nas pessoas.

Após a realização do evento alguns aspectos chamaram a atenção: melhoria da auto-estima do agricultor anfitrião, vendo sua atividade e propriedade sendo valorizada; aumento da demanda por informações sobre as atividades apresentadas, tanto pelos participantes quanto por outros agricultores que não puderam comparecer; ampliação do grupo de agricultores de maracujá orgânico; formação de um grupo de discussão visando à fundação de uma cooperativa; integração entre os agricultores das várias comunidades participantes, pois muitos não conheciam as demais comunidades do município; interesse de grupos de universitários em conhecer e estudar as propriedades participantes.

O resultado mais significativo apresentado pelo rali é a mudança do sistema de produção do convencional para orgânico da cultura do maracujá, saindo de 11 famílias adotadoras no primeiro evento para 64 famílias na segunda edição, totalizando atualmente 78 famílias que estão se mobilizando para a constituição de uma cooperativa. Além do incremento da atividade de produção do maracujá orgânico foi constatado pelo rali muito avanços de preservação do ambiente das unidades produtivas, onde despontam a produção de feijão orgânico para consumo familiar e recomposição da mata ciliar através da entrega de mudas nativas para 32 produtores de maracujá.

Pela experiência no fornecimento de refeições para o rali, duas agricultores familiares de Nova Tebas deram início à instalação de restaurantes rurais, adotando princípios da segurança alimentar e nutricional.

O Rali da Diversificação também promove o campo, mostrando as oportunidades de renda e emprego para contenção do êxodo rural, e promovendo a inclusão social das famílias em atividades que superem a sobrevivência e que possam comercializar excedentes de produção.

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Também como resultado positivo, o rali está motivando o surgimento de novos mercados compradores de produtos locais, mudando a visão dos agentes financeiros para liberação de créditos agrícolas para estas novas atividades produtivas, além de atrair parceiros como a Universidade Estadual de Maringá e o Instituto Agronômico do Paraná que atualmente desenvolvem estudos e projetos sócio-econômicos.

Na primeira edição mulheres e jovens excursionistas representavam 1/3 do público, que na segunda edição aumentou para 50%.

“O sentimento de união entre agricultores com vontade de crescer na vida utilizando tecnologia apropriada, era visível nas falas e na conduta dos participantes e externadas no encerramento do rali, acorrido no cair da tarde molhada do sábado com todos reunidos no pomar de maracujá orgânico do Sítio Nossa Senhora Aparecida que ocupa 4,2 mil metros quadrados dos 9 hectares, também na Comunidade Poema. No testemunhal prestado por Luci Goulart, proprietária e líder comunitária de 48 famílias envolvidas no recente projeto de agricultura orgânica no município do Grupo Atvama, ficou a certeza do sucesso desse novo método de trabalho extensionista, ao dizer que “a gente quer estar integrada, unida e trocando experiências para melhorar as condições de vida e proteger o meio ambiente de Nova Tebas” (Schmitt, 2007).

Riscos: Exige necessidade de espaço nas propriedades para manobras e estacionamento dos veículos, circular em comboio com veículos coletivos em estradas e carreadores. Risco de veículos particulares circularem sem controle, entrada e saída com veículos nas rodovias pavimentadas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Diante do exposto podemos considerar o Rali da Diversificação é extremamente

eficiente quando na divulgação de resultados, pois se trata de metodologia

inovadora e está pautada na valorização da produção e apropriação do

conhecimento pelos agricultores, assim como na participação ativa dos mesmos

no contexto social.

Alternativas existem e estão ao nível dos agricultores, necessitando apenas do

insumo do conhecimento” (José Idílio Machado dos Santos), 2007.

Parcerias: Agricultores, Associações de agricultores, Sindicato dos Trabalhadores

Rurais, prefeitura Municipal, entre outros.

Apoios: Instituto Agronômico do Paraná, Escolas estaduais e municipais de Nova

Tebas, Clube dos Diretores Lojistas de Nova Tebas, Banco do Brasil, Polícia Militar

Rodoviária, Grupo de Apoio ao Turismo, Radio Poema, Jornal Folha de Londrina,

Jornal Paraná Centro, Jornal Tribuna do Norte, Rede de TV Cidade Sul, Rede de TV

Canal Rural.

A metodologia pode ser adaptada aos mais variados públicos e atividades. Ressalta-se que o mais importante é o processo e não o fim. Pois é durante o processo que se motiva as pessoas e se mobiliza suas organizações para pensá-lo e debater o desenvolvimento.

Material escrito pelo criador do Método RALI: Marcos Antonio de Freitas.

Técnico Agropecuário, Instituto EMATER – Nova Tebas - Paraná

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38. REDES DE REFERÊNCIA

Pesquisa e Extensão para o desenvolvimento da agricultura familiar

DEFINIÇÃO OBJETIVO UTILIZAÇÃO VANTA-

GENS

LIMITA-

ÇÕES

Rede é um conjunto de propriedades representati-vas de determinado siste- ma de produção familiar, que após processo de otimização visa ampliação de sua eficiência e sus-tentabilidade, conduzido por agricultores e técnicos, servem como referência técnica e econômica para as outras unidades por elas representadas;

É trabalhada e acompa-nhada pelo técnico de extensão de maneira a conhecer profundamente as inter-relações entre as atividades e o subsistema socioeconômico;

Conhecer seus índices técnicos e econômicos, entender a contribuição de cada atividade na composição da renda da família, as relações desta com a sociedade e o ambiente que a cerca. Durante o trabalho, o extensionista, o produtor e outros atores do processo, decidem as intervenções mais adequadas para a melhoria do sistema, na busca dos objetivos da família e seus membros.

Irradiar informação/ conhecimento; Realizar testes, ajustes e validação de tecnologias; Ofertar tecnologias e ou atividades que ampliem a eficiência dos sistemas de produção; Disponibilizar informações e propor métodos para orientar os agricultores na gestão da propriedade rural; Servir como pólo de difusão e capacitação de técnicos e agricultores; Subsidiar formulação de políticas de promoção da agricultura familiar.

Apoiar o desenvol-vimento de siste-mas de produção sustentáveis para agricultura familiar;

Levantar demanda de pesquisa a par-tir de diagnósticos nas propriedades;

Conhecer profun- damente as inter-relações existen-tes entre as diver- sas atividades que compõem o siste- ma de produção da propriedade, índices técnicos e econômicos, entendendo a sua contribuição na composição da renda, fazendo intervenções para melhoria e apro-veitando resulta-dos obtidos para fazer a difusão e transferência a outros produtores A melhoria no sistema de produ-ção, deve permitir renda suficiente para a manuten-ção da família.

Domínio e conheci-mento para os técnicos;

Aprimorar o trabalho de ATER Assistência técnica e Extensão Rural pública. E tornar referência;

Favorecer desenvol-vimento rural;

Proporcio-nar condições para que a sucessão familiar possa ocorrer, sem deteriora-ção do ambiente e condição social do agricultor.

Sem os cuidados necessá-rios e os citados abaixo, os objetivos propos-tos poderão não ocorrer; É neces-sário um processo de cons-trução constan-te, pela dinâmica do trabalho; Deverão ser apresen-tados sempre novos desafios a serem transpos-tos e oportuni-

dades de Evolução.

UNIDADE DE REFERÊNCIA:

É basicamente uma propriedade agrícola familiar representativa de um sistema de produção,

geralmente com sistemas diversificados, assistida pelo técnico de extensão rural.

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Muito diferente de uma unidade de observação ou uma unidade de difusão que quase sempre é uma prática extensionista que visa um trabalho pontual em uma atividade (ex:

manejo de pragas em uma lavoura de soja, uma unidade de observação de variedades, etc.). Estas podem ser atividades desenvolvidas dentro da unidade de referência para melhoria de resultados na exploração, mas não se caracterizam como uma unidade de referência.

Os resultados obtidos nas unidades de referência são utilizados para a difusão e transferência aos outros produtores com o intuito de que os mesmos incorporem as inovações em suas propriedades e replicando o método, obtenham os mesmos resultados.

Nos momentos de difusão/ transferência de resultados, o relato do produtor colaborador e sua família são essenciais para a comunicação com outros agricultores

OBJETIVOS DAS UNIDADES REFERENCIAIS:

- Qualificar o extensionista; - Conhecer a realidade dos sistemas acompanhados; - Aprimorar e qualificar o Trabalho da Ater pública; - Tornar a Ater pública referência; - Irradiar informação/conhecimento; - Favorecer o desenvolvimento rural.

PASSOS PARA REALIZAÇÃO: Passos para a implantação e acompanhamento no trabalho com as Unidades Referenciais:

Tipificação dos sistemas prioritários da região ou município;

Seleção da Unidade de Referência;

Diagnóstico;

Planejamento e intervenção;

Utilização das técnicas de difusão / transferência:

Após as etapas de diagnóstico, planejamento e durante as intervenções que serão requeridas no sistema de produção, é usado as técnicas de difusão/ transferência para repasse de informações tecnológicas ao grupo de UPF´s - Unidade Produtiva Familiar, onde mostra os resultados obtidos e os passos necessários para se chegar aos resultados. Todo o processo de trabalho é participativo e de consenso entre a parte técnica e a família do agricultor, que também se capacita e será nosso parceiro no trabalho de difusão/transferência junto ao grupo de produtores.

1º) Fazer o cadastro completo do grupo de UPF´s Unidade Produtiva Familiar no SisAter; 2º) Obtenção do relatório/Tipificação do Grupo no SisAter; 3º) Discutir e Elaborar o plano de ação do Grupo;

Comunicação verdadeira não se dá na transferência de um sujeito a

outro, mas na sua co-participação. Educação é uma

conquista para a liberdade (Paulo Freire).

SisAter: Sistema de Acompanhamento, Monitoramento e Avaliação das ações de ATER – Assistência Técnica e Extensão Rural

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4º) Selecionar a URD com base na tipologia do grupo; 5º) Efetuar o Diagnóstico da URD- Unidades Referencias de Difusão através de visita, entrevista e aplicação de questionário;apropriado, efetuando a coleta e a análise de solo e o Georreferenciamento da área; 6º) Elaborar o Planejamento de acordo com os objetivos da Família (ações estratégicas, táticas e operacionais); 7º) Discutir e validar o planejamento com a família do agricultor; 8º) Elaborar plano de ação anual/safra; 9º) Iniciar as intervenções no sistema de produção; 10º) Implantar a gestão da informação para obtenção de índices técnicos, receitas e despesas, possibilitando conhecer o custo variável e a margem bruta do Sistema de produção; 11º) Fazer a difusão/transferência da informação para o grupo de UPF a qualquer tempo; 12º) Relato do Produtor: Nos momentos de difusão/ transferência o relato do produtor colaborador e sua família são essenciais para a comunicação com outros agricultores e tem se mostrado muito efetivo, pois o produtor que visita a propriedade se enxerga com os mesmos recursos e dificuldades e se espelha neste exemplo, entendendo que para ele esta transformação também é possível.

Comunicação verdadeira não se dá na transferência de um sujeito a outro, mas na sua co-participação. Educação é uma

conquista para a liberdade (Paulo Freire).

SISTEMA DE PRODUÇÃO:

Entende-se por sistema de produção, a propriedade e as relações existentes no uso dos

fatores de produção para as diversas atividades/explorações existentes, para a obtenção

de um ou mais produtos (Figura 1).

Figura 1. Representação simplificada de um sistema de produção, seus recursos, interação e produtos

TIPOS DE UNIDADES DE REFERÊNCIA: 1. Unidades Referenciais de Difusão (URD) - a unidade selecionada e acompanhada pelo extensionista para desenvolver o trabalho junto ao seu grupo de Unidades Produtivas Familiares (UPF).

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2. Unidades de Referencias de Sistema de Produção (URSP) - a unidade selecionada e

acompanhada pelo extensionista de Redes, o extensionista municipal de time base e

os pesquisadores do IAPAR. Estas servirão de referência de sistema de produção para

descrição de seus resultados a técnicos e produtores mostrando sistemas viáveis e

com opções de renda na agricultura familiar.

São unidades de referência trabalhadas pela extensão, só diferindo no grau de

intensidade de acompanhamento e exigência de informações a serem obtidas. O

compromisso é de difusão dos resultados obtidos após as melhorias alcançadas com o

trabalho de referência.

O que elas têm em comum? A metodologia de trabalho (seleção, diagnóstico,

planejamento, intervenção e difusão/transferência de resultados) com visão sistêmica da

propriedade.

Em que elas são diferentes? O grau de acompanhamento, intervenção e ferramentas de

acompanhamento utilizadas no trabalho.

URD - Unidades Referenciais de Difusão:

Selecionada entre o grupo de UPF;

Acompanhada pelo extensionista municipal com apoio de especialistas da extensão do regional e da macrorregião;

Serve para capacitação do extensionista e agricultores;

Serve para trabalhar inovações para a melhoria do sistema ou atividade

Local de teste e validação de tecnologias que serão referências para o grupo de UPF´s;

Difusão/transferência de resultados ao grupo de UPF’s para inovações.

URSP - Unidades de Referencias de Sistema de Produção:

Selecionada entre os projetos prioritários, estratégicos, localizados ou potenciais para a região;

Acompanhada pelo Extensionista de Redes ou do Time Base com auxílio de equipe multidisciplinar da extensão e da pesquisa;

Serve para elaboração de referências para a região e o Estado;

Local de teste e validação de tecnologias pela pesquisa;

Introdução de inovações para a melhoria do sistema de produção;

Estudo de viabilidade de renda para a agricultura familiar;

Levantamento de demandas de pesquisa;

Levantamento de demandas para as políticas públicas;

Difusão/transferência para técnicos e agricultores. Metodologia de acompanhamento e desenvolvimento do trabalho: A metodologia de

acompanhamento proposta para a unidade de referencia (UR) está baseada na

experiência adquirida pelo Projeto Redes de Referência para a Agricultura Familiar, num

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trabalho conjunto e participativo entre os três atores envolvidos no processo (figura 2).

O trabalho desenvolvido na unidade de referência deve considerar os objetivos da família, seus recursos, pontos fortes e pontos fracos da propriedade que podem ser trabalhados e as ameaças e oportunidades do ambiente externo, que podem interferir nos resultados esperados.

O extensionista e a equipe de apoio, baseado nos objetivos da família traça um plano de ação, discute e com os proprietários e após consenso, define as ações a serem executadas no curto, médio e longo prazo, elaborando um planejamento para nortear suas ações e alavancar o sistema. A metodologia proposta com as unidades de referência oferece condições para identificar esta realidade e propor intervenções que visam alcançar a situação projetada como ideal pela família dos colaboradores. O que se deseja é o aprimoramento na utilização dos recursos e a apropriação de inovações que retire o produtor da condição atual e leve-o a situação desejada (figura 3).

A metodologia possui etapas definidas e ferramentas simplificadas para facilitar o

Agricultores

Pesquisa Extensão

Ambiente de aprendizagem

Figura 3 Caracterização do trabalho com unidades referenciais. Adaptado de Lugão et al., 2008.

Figura 2 – sistemática de trabalho em Unidades referenciais e os atores do processo

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trabalho do extensionista junto às famílias selecionadas para desenvolver este trabalho. A

Figura 4. Apresenta de forma simplificada a metodologia.

Figura 4. Etapas do trabalho nas unidades de referência. Fonte: Projeto Redes de Referência

38.1 PORTEIRA ABERTA É uma estratégia de difusão típica das Redes de Referência e utilizada em propriedades acompanhadas. Chamada de “porteira aberta”, porque promove a abertura da propriedade para que produtores e técnicos interessados em conhecer as inovações implantadas no sistema de produção visitem a propriedade e conheçam seus resultados. Em dias definidos preliminarmente, o agricultor e sua família abrem as porteiras de sua propriedade para que estas visitas aconteçam. Nesta data, a família e os técnicos envolvidos no trabalho, estarão à disposição do público para apresentar estas inovações, como foram implementadas, quais os resultados alcançados e prestar os esclarecimentos necessários aos visitantes. A metodologia pressupõe que a família apresente sua propriedade, o sistema de produção, qual era a realidade encontrada no início do trabalho de referência, qual o objetivo a ser atingido, o que foi realizado para a mudança desta realidade e os resultados alcançados, pois foram atores do processo e detém os conhecimentos necessários para fazê-lo. Técnicos envolvidos no trabalho de acompanhamento e melhoria no sistema de produção desta propriedade de referência estarão lá para dar apoio logístico e intelectual e esclarecer alguma questão que não sejam de domínio da família colaboradora. As visitas são geralmente em forma de excursões programadas por outros municípios e regiões, que trazem grupos de produtores e técnicos. Também famílias de agricultores vizinhos, técnicos, lideranças locais, regionais, e estaduais interessados em conhecer o trabalho aparecem durante o período em que a propriedade deixa suas porteiras abertas para a visitação. Divulgação: É realizada através de toda mídia disponibilizada e dos encontros de agricultores colaboradores.

Diga-me e esquecerei. Mostre-me e talvez eu me lembrarei.

Envolva-me e eu então compreenderei. Confúcio, 450 AC

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UNIDADES DE TESTE E VALIDAÇÃO (UTVS) Muitos dos resultados obtidos pelas novas tecnologias apresentadas pela pesquisa são efetuados em ambientes específicos com características locais de solo, relevo, temperatura, luminosidade, pluviosidade, radiação solar que são características destes locais onde os experimentos ou as novas tecnologias foram testadas e aprovadas. A Unidade de Teste e Validação (UTV) é uma metodologia em que os pesquisadores e extensionistas introduzem estas inovações em pequenas áreas ou de forma não definitiva, mas sim experimental nas propriedades acompanhadas dos colaboradores para aferição dos resultados. Se na introdução desta inovação os resultados alcançados são iguais ou superiores aos estabelecidos pela pesquisa esta nova tecnologia passa a ser recomendada e disseminada para outras propriedades com estas mesmas características. Basicamente é testar uma tecnologia em ambiente diverso daquele em que o trabalho foi desenvolvido e verificar se os resultados alcançados serão os mesmos propostos pela pesquisa quando de sua validação.

Obs. Em conjunto com mais de duzentas famílias de agricultores colaboradores, equipes implementaram uma metodologia de pesquisa e desenvolvimento (P&D) adaptada a partir da experiência do Institut l’Elevage da França, visando a validação e transferência de tecnologias viáveis para os sistemas de produção estudados.

A SEGUIR O MATERIAL QUE FOI INSCRITO NA PLATAFORMA DE BOAS PRÁTICAS

REALIZADA PELA “FAO - Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura”

REDE DE PROPRIEDADES DE REFERÊNCIA TECNOLÓGICAS - REPROTEC

INÍCIO: Junho de 1998 (em andamento) ENTIDADE EXECUTORA: Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR) e Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER-PR) PARCEIROS: CONSEPA (Conselho Nacional das Organizações Estaduais de Pesquisa Agropecuária), CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos), Institut de l´Elevage (França), Itaipu Binacional, Ministério do Desenvolvimento Agrário, Petrobrás – Petróleo Brasileiro S/A e Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia – SETI RECURSOS: Próprios e de terceiros FAIXA DE VALOR: Acima de US$25 mil CATEGORIA: Projeto ÁREA TEMÁTICA PRINCIPAL: Agricultura PALAVRAS-CHAVE: Agricultura Familiar, Sistemas de Produção, Unidades de Referências, Gestão Agrícola, Articulação, Pesquisa e Extensão, Redes de Referências PÚBLICO-ALVO: Agricultores familiares ABRANGÊNCIA GEOGRÁFICA: Estadual ÁREA ESPECÍFICA DE IMPLANTAÇÃO: Presente atualmente, em doze regiões administrativas

do Instituto EMATER: Apucarana, Campo Mourão, Cascavel, Cianorte, Francisco Beltrão,

Material de Redes escrito por Edson Luiz Diogo de Almeida.

Eng. Agr. Instituto EMATER - Maringá- Paraná

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Laranjeiras do Sul, Maringá, Pato Branco, Ponta Grossa, Toledo, Umuarama, União da Vitória.

1-ANTECEDENTES A sistemática de trabalho da extensão durante os anos 80-90 fundamentava-se na pontualidade da ATER (assistência a problemas específicos existentes na exploração), na ausência de uma visão que não previa o planejamento da propriedade a médio e longo prazos, ações voltadas para “dentro da porteira”, e trabalhos em ações técnicas (agropecuárias) com reduzida atividade educativa.

O IAPAR iniciou no começo da década de 80, o desenvolvimento de pesquisas com enfoque sistêmico, que posteriormente tiveram significativa importância na programação de pesquisa do Instituto.

Assim, em 1998, foram implantadas as Redes de Referências para a Agricultura Familiar, trabalho pioneiro na articulação de esforços da pesquisa e extensão, com a participação dos agricultores no Paraná. Tal metodologia foi desenvolvida diante da constatação de que os esforços das agências públicas e privadas de pesquisa e desenvolvimento, não permitiam a realização de uma interação dinâmica entre as demais instâncias. Ou seja, concepção (pesquisa), transferência (extensionismo) e usufruto da atividade técnico-científica (agricultores), e por fim, a sustentabilidade dos diversos segmentos da produção agrícola.

A proposta surgiu a partir da adaptação de um método de trabalho desenvolvido na França, pelo Institut l´Elevage, e sua implantação coincidiram com o início do Programa "Paraná 12 Meses". Projeto direcionado ao desenvolvimento, e em que o trabalho em redes tinha como principal função, servir de apoio básico à intensificação da produção em determinadas regiões do estado do Paraná que possuíam base produtiva mais estabilizada.

2 - OBJETIVO GERAL Apoiar o desenvolvimento de sistemas de produção sustentáveis para a agricultura familiar, ofertando tecnologias e/ou atividades que ampliem a eficiência dos sistemas de produção.

Objetivos específicos Levantar as principais demandas para a pesquisa a partir de diagnósticos nas unidades produtivas; - Realizar testes, ajustes e validação de tecnologias;

Disponibilizar informações e propor métodos para orientar os agricultores na gestão da propriedade rural;

Servir como pólo de difusão e capacitação de técnicos e agricultores; Subsidiar a formulação de políticas públicas para o desenvolvimento sustentável

da agricultura familiar.

3 - SOLUÇÃO ADOTADA: A estrutura organizacional do Projeto compreende:

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Na esfera estadual, “um articulador do IAPAR e um da EMATER” que tem missão de gerir a interface entre as instituições e trabalhar para o adequado funcionamento das redes;

Na esfera mesorregional, centros de pesquisa e desenvolvimento (difusão), formados por equipes interdisciplinares de especialistas que têm como função “animar, apoiar e coordenar” os trabalhos nos sistemas de referências; e

Na esfera regional, a base na qual tudo acontece efetivamente - devem existir dez redes de propriedades instaladas em cada uma das regiões administrativas da EMATER. Cada extensionista é responsável por acompanhar tecnicamente um conjunto de vinte propriedades de referência, com quatro ou cinco sistemas diferentes. Existem ainda os comitês técnicos que são organismos deliberativos que têm, entre outros, o propósito de fazer reflexões acerca dos sistemas de produção agrícola prioritários. São formados por “organismos representativos” dos produtores rurais e por integrantes da comissão regional do Paraná 12 Meses e “outros agentes de desenvolvimento” (IAPAR, EMATER, prefeituras, universidade, ONGs e outros).

A metodologia basicamente consiste em inicialmente, realizar estudo prévio sobre a região onde se instalará o trabalho, identificando recursos naturais e condições socioeconômicas. Na sequência é realizada a tipologia das unidades produtivas, levando em conta as atividades econômicas mais importantes na geração de renda e a disponibilidade de terra, trabalho e capital, permitindo a identificação dos principais sistemas de produção, seja pela frequência com que ocorrem ou pelo potencial como opção para o desenvolvimento regional.

De posse dessas informações, são selecionados os sistemas a integrarem as Redes. Com auxílio de extensionistas da região, são escolhidos os agricultores que representarão esses sistemas de produção, em número mínimo de quatro por sistema. Os estabelecimentos escolhidos passam por diagnóstico, realizado com base em informações fornecidas pelos agricultores e observações dos profissionais em visitas ao campo. O diagnóstico será a base para a formulação de um plano de melhorias de curto prazo, visando redução das perdas e correção de possíveis incoerências entre os objetivos dos agricultores e suas famílias, e o sistema de produção adotado.

No processo de implantação do plano elaborado, em conjunto entre técnico e agricultor, todos os dados e informações são registrados de modo a permitir a confirmação dos resultados positivos em relação ao estado inicial. Ao final de um ano, é possível a formulação de um projeto de longo prazo, buscando a otimização no uso dos recursos da propriedade para atingir melhores resultados. As propostas elaboradas são implantadas num processo que pode levar de três a cinco anos, durante o período, todos os registros técnicos e econômicos são efetuados.

Validadas as propostas, os dados constituirão as referências técnicas e econômicas que servirão para orientação aos agricultores com características semelhantes, representados nas Redes. Também merece destaque uma estratégia de difusão típica utilizada em propriedades das Redes, chamada de “porteira aberta”. Em dias definidos preliminarmente, o agricultor e sua família abrem as portas de sua propriedade para a visita de outros agricultores e técnicos, e lhes apresentam, apoiados pelo técnico das

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Redes, as práticas que tem validado na constituição de seu sistema de produção melhorado e os resultados técnicos e econômicos que tem alcançado.

Esse método de trabalho começou a ser desenvolvido ainda nos anos 80 no Institut de l´Elevage, instituição de pesquisa e desenvolvimento que atua junto às organizações de produtores de leite e carne da França, sendo adaptado às condições paranaenses pelas equipes do IAPAR e EMATER.

4 - RESULTADOS ALCANÇADOS

Em decorrência da abrangência das ações desenvolvidas, as redes apresentam resultados de diferentes tipos:

As quase quatrocentas famílias colaboradoras do projeto desde sua implantação, diretamente beneficiárias por receberem o planejamento e o acompanhamento técnico e econômico específico para as suas unidades produtivas, ofereceram as bases para o desenvolvimento das demais iniciativas;

Produção escrita: as Redes alcançaram 22 sistemas de referências, cinco referências modulares e dois estudos de caso de seus produtos mais característicos; contemplou também a elaboração de uma tese, oito dissertações, três monografias, 41 artigos e 15 resumos apresentados em eventos técnicos científicos. Toda essa produção pode ser consultada em (http://www.iapar.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=535);

Elaboração de políticas públicas específicas como a organização de sistema público-privado de assistência técnica para produtores de leite no noroeste do estado e uma lei municipal de apoio à implantação de sistemas agrossilvipastoris no município de Porto Vitória também tiveram origem no trabalho das Redes;

Realização de mais de 200 eventos de difusão entre seminários regionais, encontros, dias de campo, excursões, cursos e outros. Mais de 6.000 pessoas, entre agricultores e técnicos, participaram em eventos que trataram de questões tecnológicas, econômicas e de desenvolvimento envolvendo os sistemas de produção e atividades inseridos nas Redes;

Implantação de 80 Unidades teste e validação (UTVs), trabalho desenvolvido em parceria com instituições como Itaipu Binacional, e programas e projetos do IAPAR apoiados pelo CNPq;

Com base em informações obtidas na análise dos trabalhos das Redes, foi elaborada proposta voltada ao desenvolvimento para as Regiões Oeste e Sudoeste do Paraná, envolvendo as explorações de bovinocultura de leite, fruticultura e piscicultura em reservatórios de hidrelétricas.

5 - RECURSOS NECESSÁRIOS O projeto se estrutura a partir dos recursos financeiros habitualmente empregados nas ações da pesquisa agropecuária e extensão rural. Demanda, sobretudo, a articulação dos recursos humanos em um plano de trabalho com objetivos comuns, a saber:

A implantação de Redes requer extensionistas responsáveis pelo

acompanhamento das propriedades em visitas mensais, os quais se articulam com

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profissionais da pesquisa no âmbito das mesorregiões de trabalho. No âmbito

mesorregional demanda-se o trabalho de dois coordenadores, um pesquisador,

um extensionista, atuando em conjunto. A esses, desejavelmente, se soma um

terceiro profissional, cujo perfil permita atender tecnicamente os sistemas de

produção estudados;

Além dos custos dos técnicos há necessidade de recursos para as despesas de custeio (diárias, combustível, manutenção dos veículos), contratação de serviços de informática, produção de materiais técnicos de apoio, formulários de acompanhamento ou notebooks com as planilhas;

Para fazer frente a tais necessidades, ao longo de sua operação, as Redes contaram com o apoio de diferentes parceiros (CONSEPA, CNPq, FINEP, Itaipu, Petrobrás e SETI), os quais participaram da proposta com a oferta de recursos financeiros e humanos (Bolsas de Iniciação Científica e de Recém Graduados) complementares, todos fundamentais para a consolidação do projeto.

6 - TRANSFERÊNCIA

Embora em processo de construção constante, dada à dinâmica do trabalho, as Redes se constituem hoje em uma estratégia consolidada de integração entre a pesquisa, extensão e agricultores. Entre os eventos de transferência e difusão de tecnologias já mencionadas, como seminários regionais, encontros, dias de campo, excursões, cursos e outros, merece destaque uma estratégia de difusão peculiar adotada no projeto. Denominada de “porteira aberta”, tal estratégia preconiza que em dias definidos preliminarmente, o agricultor e sua família abrem as portas de sua propriedade para a visita de outros agricultores e técnicos, ocasião em que apresentam apoiados por técnicos das Redes, as práticas que tem validado na constituição de seu sistema de produção melhorado e os resultados técnicos e econômicos que tem alcançado.

Resultados obtidos levaram o CONSEPA e a ASBRAER a apresentar projeto junto ao Ministério do Desenvolvimento Agrário, para a instalação dos trabalhos em outros Estados brasileiros. A proposta foi encampada pelo MDA como possível política pública para o País.

7 - LIÇÕES APRENDIDAS

A prática das Redes deve ser considerada como uma Boa Prática, pela capacidade de mudar paradigmas, gerar conhecimentos e permitir a melhoria do desempenho técnico e econômico dos sistemas de produção acompanhados. Os aspectos que mais contribuem para o sucesso do trabalho consistem no fato de integrar extensionistas, pesquisadores e agricultores em uma agenda comum, permitindo com que os agricultores passem a ser e se sentirem como agentes importantes da transformação. Eles não só acompanham como são de fato, os principais executores do processo. Outro fator importante é que, os resultados obtidos, servem como apoio para potencializar o alcance de políticas públicas, como por exemplo, a utilização criteriosa do crédito rural.

O principal entrave decorre do tempo de maturação do projeto que, ainda que apresente resultados preliminares ao longo de seu primeiro ano, demanda um esforço contínuo para

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sua consolidação. As características pouco usuais do trabalho, especialmente no tocante ao enfoque sistêmico adotado, que se contrapõe à visão reducionista de grande parte dos técnicos e projetos, e à forma de relacionamento institucional entre extensão e pesquisa, que nas Redes é mais integrada em relação à tradicional, também trouxeram dificuldades. Entre as quais, a impossibilidade de se contar com a equipe completa desde o início, também prejudicou a implantação e desenvolvimento dos trabalhos.

Há possibilidade de visitas, em cuja melhor época, situa-se entre os meses de Março a Novembro

N° máximo de visitantes por vez: 10 visitantes

39. REUNIÃO DEFINIÇÃO OBJETI-

VO UTILIZA-

ÇÃO

VANTAGENS LIMITA-ÇÕES

Termo utilizado para definir pequenos ou grandes agrupamen-tos com fins específicos, com interesse comuns, em que o coordena-dor presta informações técnicas ou práticas, ao público;

Contato interpessoal e grupal;

Caracteriza-se como o embrião de todos os tipos de eventos.

Discutir,

debater e

solucionar

questões

sobre

determi-

nado tema

relaciona-

do com

suas áreas

de

atividade.

Para intro-duzir novas técnicas, prestar informações especificas: (Reunião Técnica- RT);

Para desenvolver lideranças ou para promo-ver à organi-zação dos produtores ou motivar o público: (Reunião de dinamização-RD);

Para troca de experiências entre produtores – (Reunião Técnica - RT ou Reunião Prática - RP);

Permite atingir grande número de pessoas, com racionalização de custo/benefício no atendimento;

Econômico dado o efeito multiplicador;

Seleciona e treina líderes e facilita a adoção de práticas;

Desenvolve técnicas de cooperação e cooperativismo;

Exercita a habilidade de pensar e falar em grupo tanto do facilitador como do público;

Trocar idéias e experiências;

Facilita a informação técnica e favorece a introdução de outros métodos simples e complexos de comunicação grupal;

Oportuniza o coordenador conhecer os reais problemas da comunidade, do público e assessorar na busca de soluções;

Preocupa com eficácia e resultados concretos.

Exige mais tempo.

Requer habilidade e preparo por parte do exten-sionista;

Exige o máximo envolvi-mento dos pratican-tes para seu sucesso;

Difícil medir o alcance;

Pouca oportuni-dade de atender a interesses pessoais.

Material de Boas Práticas acima escrito por:

Dimas Soares Junior, Rafael Fuentes Llanillo - Pesquisadores da área de

Socieconomia do IAPAR e Edson Diogo de Almeida- Instituto EMATER.

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Reuniões: podem acontecer durante outros eventos, por exemplo, congressos, convenções etc.

PASSOS PARA REALIZAÇÃO Duração: Alguns contratos já vêm com a solicitação de tempo em horas. Geralmente as reuniões são de 2 (duas) até 8 (oito) horas. A reunião com mais de 8 (oito) horas torna-se um curso e não reunião Planejamento:

Plano de Aula ou de reunião: É um roteiro de trabalho disciplinar de esforços que serve para auxiliar o trabalho do instrutor/facilitador. Por isso, deve ser objetivo, realista, funcional. Sua obrigação não cria obrigatoriedade de cumpri-lo fielmente, podem surgir outras motivações espontâneas que justifiquem o afastamento dele. Depende da acuidade pedagógica do instrutor saber ou não, deixar de lado o plano para aproveitar motivações espontâneas, a fim de dar outro rumo à aula ou a reunião.

EXEMPLO DE UM PLANO DE REUNIÃO

TÍTULO DA REUNIÃO Data:

Local: Duração em Horas:

Início - Término

Público: Identificá-lo

Objetivo Geral: (Para o que é a reunião) – visão global da reunião

Técnico:

Conteúdo Básico Procedimento didático Material Equipamento

necessário

Avaliação

Assunto. Pode ser dividido por subitem e por tempo.

Como será repassado o conteúdo, se é oral com alguma técnica. Prática realizada.

Listas todos que serão utilizados.

Como será a avaliação.

Execução da Reunião

Antes da reunião:

Planejar com antecedência a reunião. Selecionar que tipo de reunião será realizado (Reunião técnica (RT), Reunião dinamização (RD), Reunião Prática (RP) conforme o assunto e o público a ser trabalhado.

“A ausência de um plano de qualquer método pode ter como conseqüência, realização de

métodos monótonos e desorganizados, desencadeando o desinteresse do público

tornando desestimulantes. É uma forma de perder a credibilidade”.

“Desde que o homem descobriu sua capacidade de pensar antes de agir ele estava planejando”

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Verificar o público e observar se o conteúdo é de seu interesse e necessário.

Não perca tempo levando assuntos que não seja de interesse do grupo.

Jamais ir para uma reunião sem saber de detalhes do conteúdo a ser discutido.

Portanto em consideração ao público, construir objetivo claro e bem definido. O objetivo deve refletir as necessidades, os interesses e os problemas do grupo que vai participar.

Elaborar o programa preliminar. Preparar o assunto com os passos e pontos chaves do assunto que será levado à reunião. Preparar materiais instrucionais, recursos auxiliares de ensino, equipamentos para práticas caso a reunião seja com práticas. Atribuir funções, se houver necessidade. O foco de toda e qualquer reunião é a AÇÃO.

Estabelecer data época, local, horário de início e término da reunião, levando em consideração facilidade de acesso ao local, horários acessíveis, facilidade da utilização dos recursos auxiliares de ensino, materiais necessários.

Verificar como será convidado o público para reunião.

Ter um controle bem rígido do tempo. Início e término. Nunca termine uma reunião depois do tempo previsto.

DURANTE A REUNIÃO

Quebre o gelo: Ao chegar ao local, com antecedência ao horário marcado, converse sobre algum assunto diferente da pauta, ou conte alguma história de sucesso. Assuntos interessantes ajudam a descontrair o público. É a oportunidade também para ouvir.

Lembrete: “ELOGIAR EM PÚBLICO e CRITICAR EM PARTICULAR”.

Abertura: Realizada pelo Coordenador ou Facilitador ou o Instrutor – Cumprimentar o grupo, mesmo sabendo que muitos dos participantes já foram cumprimentados. Repassar o objetivo da reunião e assuntos gerais.

Cada participante se apresenta: Caso o coordenador não conheça o grupo é interessante cada participante fazer a sua apresentação podendo utilizar alguma dinâmica, se o instrutor tiver segurança em aplicar e processar dinâmicas. Apresentar convidados se houver.

Escolha do coordenador da reunião e do secretário: Se for uma reunião que há necessidade de deixar anotado o que foi discutido é interessante que alguém do grupo faça as anotações ou a ata se houver necessidade.

Definição dos assuntos a discutir: (fazer a pauta)- Há necessidade de deixar os participantes também opinarem nesse momento o coordenador deverá dar oportunidade para que os participantes coloquem suas dúvidas sobre o assunto a ser discutido. Pode

ser um diagnóstico que irá ajudar no desenvolvimento do conteúdo.

Discussão dos Assuntos: Já deve estar planejado por tempo cada item do assunto. É necessário que esse tempo seja realmente obedecido. Ouvir com atenção o grupo, respeitar opinião de todos. Se houver discussão de tarefas verificar quem ficará responsável por cada item. Discutir o assunto com troca de idéias. Fazer uma reflexão do

“O extensionista deverá estar muito bem preparado e conhecedor do assunto. É o maior fator de êxito para a aplicação de qualquer método e evento”.

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assunto em discussão e síntese. Realizar as práticas caso a reunião seja com práticas ofertando oportunidade para que o maior número de pessoas exercite a prática.

Conclusão da reunião: Concluído o os assuntos, o coordenador encerra a reunião. Não deixar que a reunião vá terminando aos poucos, por exemplo, cada participante vai saindo um por um. Se houver necessidade definir prioridades, prazos, responsabilidades, como serão executados.

Avaliação rápida da reunião: Se possível realizar uma breve avaliação da reunião. Pontos

negativos, pontos fortes, o que necessita melhorar.

Marcar a data da próxima reunião: Juntamente com o grupo já definir a nova data para a próxima reunião.

O coordenador durante a reunião: A forma a como uma pessoa coordena uma reunião é decisiva para fazer uma boa reunião. Todo cuidado é essencial, por exemplo, respeitar a pontualidade, horário de início de termino. Ter o controle do grupo, exigir ordem e respeito com todos. Conhecer o objetivo bem como estar seguro do conteúdo a ser discutido. Fazer com todos participem, inclusive os mais tímidos. Conhecer os diferentes tipos de pessoas que participam da reunião. Demonstrar entusiasmo. Conhecer e saber aplicar algumas dinâmicas de avaliação para o final da reunião.

Participantes: O coordenador deve também lembrar que os participantes também têm

suas responsabilidades, por exemplo: participação, cooperação, contribuição, somar e

multiplicar idéias, acreditando sempre na força e união do grupo, cumprir o que foi

combinado na pauta, não fugir do assunto, falar para o grupo e não somente para seu

vizinho de reunião, dar seu depoimento.

Depois da reunião: Aqui as ações são de acompanhamento, monitoramento das decisões tomadas. É interessante fazer a divulgação das conclusões para os demais participantes da comunidade. Ainda pode ser a verificação do andamento de ações, cobrar execuções. Prever novas reuniões.

40. REUNIÃO DE CONSULTA PÚBLICA*

É uma reunião que tem por objetivo apresentar o Programa e o PRÉ-DIAGNÓSTICO aos agricultores da microbacia e consultá-los sobre o interesse da implementação do Programa;

Ao menos 70% dos participantes da consulta pública devem se manifestar favoráveis ao desenvolvimento do Programa na microbacia;

É necessária a elaboração de uma Ata com lista de presença;

O Técnico municipal do EMATER deve enviar cópia da Ata e da lista de presença ao

Coordenador Regional de meio ambiente, o qual encaminhará cópia ao Chefe de Núcleo da SEAB e à coordenação do programa no EMATER.

Obs.: - A consulta pública deve ser registrada como método no SISATER;

- Podem ser utilizados recursos do Programa para custear alimentação no evento.

Fonte: Instituto EMATER – Microbacias.

*Foi mencionado por ser uma metodologia relatada no SISATER.

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41. SEMANA ESPECIAL

DEFINIÇÃO OBJETIVO UTILIZA-

ÇÃO

VANTAGENS LIMITA-

ÇÕES

Instrumento pedagógico, de uma semana, em que se desenvolvem várias atividades educativas, combinando ações indivi-iduais, grupais e massais, abrangendo o público de diversas localidades durante seu transcurso; É uma reunião de peque-nos eventos que compõem uma semana institucional inteiramente dedicada a um só tema. Assim como o congresso, comporta atividades variadas dentro da sua programação como palestras, exposições, atividades sociais, etc. Deve ser utilizada quando constatamos um problema cuja solução vai depender do interesse do público que se pretende atingir.

Criar

oportunidade

de discussão

e

capacitação,

divulgando,

motivando e

integrando o

público para

procurar

alternativa à

solução de

desafios

comuns.

Consolidar um assunto, facilitando sua absorção.

Serve para despertar a atenção e o interesse do público, buscando soluções eficazes e rápidas, dinamizan-do às atividades prioritárias de determina-da atividade;

Serve para comemorar datas de caráter social ou cívico.

Envolve a comunidade para solucionar problemas comuns; Informa e motiva sobre atividades ou práticas; Propicia a participação direta do público;

Contribui para a maior integração dos órgãos com objetivos comuns;

Auxilia no conhecimento da área e problemas existentes;

Contribui para melhorar o relacionamento com o público.

Pode exigir desloca-mento de equipes ínterins-titucio-nais.

Se não bem planeja-da surge o desinte-resse do público.

“A Semana Especial é idêntica ao Congresso em que os

participantes se reúnem para debater temas de interesse comum”.

Obs. LER também CONFERÊNCIA (página 22); CONGRESSO (página37); PALESTRA (página 120) e PAINEL (página 117) neste Manual. Pois a semana segue o mesmo esquema desses métodos.

O Instituto EMATER realiza ou participa de Semanas como: Semana do Campo, semana da agricultura de Cambé e outros. PASSOS PARA REALIZAÇÃO A Semana Especial pode ser realizada no meio urbano como no meio rural. Duração: Embora seja Semana. Pode durar de 4 (quatro) a 7 (sete) dias.

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Podemos realizar, por exemplo, a semana da saúde, semana da educação, semana da mecanização, semana da conservação de solos, semana ruralista, semana da comunidade. Algumas semanas especiais são instituídas decreto federal. Envolve mobilização de parceiros para melhor aproveitamento dos recursos existentes e a maior participação do público.

Organização:

Envolve 3 (três) fases distintas: Planejamento e preparação,

Planejamento e Preparação: Como toda atividade de extensão rural, a semana exige um

bom planejamento e uma preparação prévia, a fim de estabelecer critérios que a levem

ao completo êxito. Consiste em envolver os parceiros, o bairro, a comunidade na

atividade programada, através das comissões específicas e outros, definindo:

Definição de objetivos e finalidades: refere-se a quem e ao que se quer atingir.

Os objetivos devem ser claros e possíveis de serem atingidos.

Distribuição das tarefas: quem executará o quê: as tarefas devem ser distribuídas

pela competência de cada órgão integrante da atividade.

Seleção de métodos e meios: a semana especial permite a utilização de diversos

métodos como: exposição, reunião, demonstração de resultados, excursão,

vídeos, programas de rádio, distribuição de materiais, etc.

Recursos financeiros: deve-se prever o orçamento e patrocinadores.

Divulgação: deverá ser elaborado um esquema básico de divulgação.

Reuniões com os envolvidos: após a distribuição das tarefas, cabe realizar sobre

cada atividades das comissões organizadas.

Preparação dos materiais: elaboração dos materiais de divulgação e materiais

entregues na Semana.

Execução: A fase de execução envolve o lançamento e desenvolvimento da semana.

Lançamento: o lançamento poderá ser feito através de uma palestra, específica sobre o objetivo da semana especial, projeções de vídeos, etc.

Desenvolvimento: é a fase da realização, com todos os métodos planejados dia a dia, onde que cada um daqueles que recebem atribuições passará a executá-las, conforme o programa elaborado.

Avaliação: Tem como objetivo avaliar o conteúdo, o planejamento e os resultados alcançados em função das metas previstas.

Semana especial é uma maratona de atividades realizadas,

onde evolve um grupo para solução de problemas.

A seguir exemplo de CRONOGRAMA e PROGRAMAÇÃO para Semanas Especiais

Execução Avaliação

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EXEMPLO DE PROGRAMA PARA SEMANA DE MECANIZAÇÃO

SEMANA DA MECANIZAÇÃO cronograma

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Semanas executadas pelo Instituto EMATER em parcerias: Semana da Agricultura: Redução Perdas na Colheita, Semana de Campo Abaixo o convite e programação

Obs. LER também CONFERÊNCIA (página 22); CONGRESSO (página37); PALESTRA (página

120) e PAINEL (página 117) e neste Manual.

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42. SEMINÁRIO

DEFINIÇÃO OBJETI-

VO

UTILIZA-

CÃO

VANTA-

GENS

LIMITA-

ÇÕES

Evento onde dois ou mais expositores ou oradores apresentam vários aspectos de um determinado assunto. E depois debatem com a platéia que deverá ter algum conhecimento prévio do assunto; Procedimento metodológico planejado de aprendizagem e reaprendizagem ativa, em que um grupo de pessoas se reúne em ses-sões planejadas para estudar ou debater um tema de interesse comum em busca de soluções ou alternativas de algum desafio, sob gerenciamento de um coordenador;

Tem origem etimológica no latim, sémen, significa “semente”. É nomeado como uma espécie de sementeira de idéias. Semeiam-se idéias, pois suscita o debate sobre determinados temas;

Pode assumir diversas formas, o objetivo maior: leitura, análise e interpretação de textos dados sobre apresentação de fenô-menos e/ou dados quantitativos vistos sob o ângulo das expressões científicas positivas, experimentais e humanas.

Estudar,

investigar,

analisar,

informar,

debater e

interpre-

tar um ou

mais

temas, sob

orientação

de um

especialis-

ta e

propor

alternati-

vas para

resolver

questões

levantada

sob vários

ângulos.

Serve para confrontar experiên-cias, coletivizar idéias, avançar em novos conheci-mentos;

Identificar problemas explorar seus diferentes aspectos;

Sistemati-zar e divul-gar os co-nhecimen-tos cons-truídos em grupo.

Estimula a partici-pação ativa;

Apresen-ta materiais e informa-ções novas;

Aprofun-da um tema e propiciar o debate sobre o mesmo

Depen-de muito o interes-se dos público efetivo;

Portan-to os partici-pantes deve-rão ser bem selecionados.

“A denominação SEMINÁRIO é comumente utilizada de forma equivocada, em lugar de simpósio, de congresso ou encontro”.

Seminários executados pelo Instituto EMATER em parcerias ou onde o Instituto participa: Seminário regional de Pecuária de Corte, Seminário de tomate, Seminário Regional de Horticultura, Seminário de jovens e pais das Casas Familiares Rurais, V Seminário de Agroindústria e Comercialização de Produtores da agricultura Familiar, Seminário do Meio ambiente e outros.

PASSOS PARA REALIZAÇÃO Obs. No seminário poderá ter Painel (pag.117) e Mesa-Redonda (pag.100). A dinâmica do seminário divide-se em: Exposição, Discussão e Conclusão

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Duração: Pode ser de 4 (quatro) a 8 (oito) horas. Dependendo da amplitude do tema e da quantidade de palestrantes, pode durar mais que um dia* e até dias. Portanto, é preciso encontrar um ponto de equilíbrio, para que não seja tão curto a ponto de impedir a exploração da temática escolhida, nem demasiado longo e maçante.

*Se ocorrer em mais de um dia pode denominar-se JORNADA. (pag.98)

Participantes: 60 (sessenta) de preferência que é um número para um bom rendimento.

Os participantes são os:

Convidados: especialistas ou pessoas com vivências maiores em aspectos parciais

do tema. Eles se encarregam de elaborar trabalhos escritos sobre os subtemas

nos quais tenham maior experiência e indicam fontes de informações sobre eles.

Efetivos: são pessoas com interesse geral sobre o tema do seminário, que

participarão de grupos de discussões e elaboração das conclusões.

Comissão diretiva: formada pelos organizadores do seminário, que tenha

capacidade de decisão autônoma, para que as diversas tarefas a serem

executadas sejam distribuídas claramente e realmente executadas.

Comissão organizadora: Montar uma comissão para condução de todos os trabalhos devendo estabelecer um planejamento global incluindo os seguintes aspectos:

• cronograma;

• local e data;

• temário;

• calendário;

• identificação dos participantes;

• providenciar convites;

• estratégia de comunicação-

Realizado– Realizada pelo menos

3 (três) meses de antecedência;

• elaboração e confecção de

materiais impresso como folders,

materiais para inscrição e os que

serão distribuídos durante o

seminário, pastas contendo

material a ser entregue.

• planejamento financeiro;

•recursos audiovisuais e outros

equipamentos como telefones,

impressoras, Xerox; computadores

com acesso à Internet; móveis,

material de expediente como papéis,

blocos, canetas, folhetos, pastas,

crachás, borrachas, envelopes, etc.;

• alimentação, lanche, etc.

• transporte;

• recepção;

• hospedagem;

• certificação;

• avaliações.

• Publicação de Anais ou podem ser disponibilizados na internet.

Planejamento: Principais etapas:

Determinar um problema a ser trabalhado fixando o objetivo a alcançar;

Definir a origem do problema e da hipótese, estabelecendo o tema;

Definir local, data e horário e local para a realização do Seminário;

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Definir a programação, dividindo o evento em três fases: exposição, discussão e conclusão;

Formar as comissões para os trabalhos como elaboração de uma agenda prévia e de

um cronograma de execução;

Levantar a necessidade de recursos audiovisuais junto aos expositores;

Designar um coordenador para conduzir os trabalhos;

Selecionar e confirmar presenças dos expositores;

Elaborar lista de convidados e emitir convites;

Preparar a ficha de inscrição. Providenciar o crachá;

Elaboração de documentos básicos e materiais necessários;

Discussão com convidados sobre o teor e conteúdo dos documentos básicos;

Impressão de documentos prévios e posteriores ao seminário;

Divulgação das atividades do seminário;

Obtenção de recursos humanos, financeiros, materiais e físicos;

Organização de material técnico e bibliográfico de apoio aos grupos de trabalho, bem

como pastas, canetas, etc.;

Elaborar os relatórios necessários, anais, etc.;

Prever cobertura fotográfica e jornalística do evento;

Encaminhamento das conclusões às pessoas e entidades de direito;

Avaliação e prestação de contas.

Cronograma: Para tornar o seminário mais interessante o ideal é que o encontro seja bastante interativo, divertido e permita a participação de todos. Planeje um cronograma para que esta interação aconteça: debates por perguntas escritas, vídeo conferências, sugestões dos participantes, dinâmicas animadoras, animações, espaço para coffee break, etc.

Tema central: O primeiro e mais importante passo para montar o seminário é a escolha do assunto central que deverá ser de acordo com a necessidade do público que participará desse evento.

Palestrantes ou expositores: os palestrantes ou expositores precisam ser muito bem escolhidos, pois são eles os principais responsáveis pela qualidade do que será debatido, são aqueles que detêm um notório e aprofundado conhecimento sobre a pauta do seminário e que irão despertar o interesse do público, pessoas que realmente o que o público quer e necessita para que possam dar uma contribuição efetiva para o tema em pauta.

Orçamento: Para conseguir executar cada etapa é preciso saber calcular os valores que serão gastos como, por exemplo, o aluguel do espaço, materiais para os participantes, coffee break, expositores, equipamentos, equipe de limpeza, decoração, arranjos de flores e outros itens necessários. (Verificar ORÇAMENTO página 205 neste Manual).

Custo com Palestrante ou expositor: maior a importância do palestrante, maiores os custos para contratá-lo. Pode ser que eles não cobrem, mas mesmo assim, existirão gastos como transporte, alimentação e estadia. Muitos dos palestrantes/expositores cobram por hora. Verificar qual patrocinador poderá arcar com essa despesa.

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Local: Definindo o tema e o número de integrantes do público, poderá definir o local do evento. Existem auditórios nos mais variados locais: faculdades, hotéis, sala de reuniões, em uma empresa ou em uma sala de conferências alugada para essa finalidade. Entretanto, é necessário mensurar a quantidade de interessados em participar, uma vez que o espaço escolhido precisa ter acessibilidade adequada e comportar todos os presentes com conforto e segurança. O ideal, no caso dos seminários e demais eventos educativos, é reservar o local com antecedência e limitar o número de inscrições. Interessante que os locais tenham salas de apoio.

Material e equipamentos: Em seminários é costume distribuir kits informativos, com guias, pen drive, pastas, canetas, dentre outros itens para proporcionar maiores explicações sobre o tema. Brindes também podem ser oferecidos. E se seu evento tiver uma longa duração, um coffee break para os participantes é essencial. Mesmo que o evento seja rápido, lembre-se: cafezinho, água e banheiros não podem faltar.

Divulgação: Ter um cuidado especial com essa fase de sua programação. Faça um mailing que inclua todo o público que participara do seminário, divulgar via e-mail, fixar cartazes em locais estratégicos, onde o público está e divulgue se possível, nos jornais e revistas voltadas para o tema do seu seminário. Divulgar nas redes sociais. É interessante criar até uma própria página para o seminário, conforme sua importância, podendo até realizar as inscrições na própria ágina. Para isso, utilize uma plataforma online, pois grande parte do seu público está na internet. Recomenda-se, ainda, o uso de faixas e cartazes que, além de orientar os participantes com as informações gerais sobre o evento, quando bem diagramados, podem contribuir para a decoração do ambiente. Equipe para a execução: No dia do evento, é necessário ter uma equipe preparada para ajudar. Seu staff precisa estar atento ao controle de entrada do público. A ação aqui também irá variar conforme o seminário. Esteja sempre atento para não superlotar o espaço e proporcionar uma experiência desconfortável para o público. A melhor maneira de controlar a entrada é fazendo check-in online, através da mesma plataforma online escolhida para inscrições, se for o caso. Secretaria: Prever a montagem de uma secretaria no dia do evento que é a estrutura de apoio onde se resolvem as questões práticas do seminário. Decoração: Quando há composição de uma mesa de honra, aconselha-se o uso dos arranjos de chão em frente à mesa. Também são boas alternativas os arranjos dispostos em colunas laterais e os arranjos em forma de cascata.

Cerimonial: Precisa preparar como se dará a abertura, as falas e garantir a execução do seu planejamento. Elaborar roteiro do mestre de cerimônias. É necessário treinar seu staff repassando toda a programação para garantir o bom andamento do seminário.

Abertura: O mestre de cerimônias ou o coordenador que é o presidente da comissão diretiva faz a abertura do Seminário. Apresenta a programação, os objetivos, explica como será o procedimento do seminário, repassa informações necessárias, etc.

Staff: termo inglês que significa "pessoal", no sentido de equipe ou funcionários. Utilizado para designar as pessoas que pertencem ao grupo de trabalho de uma organização.

Execução:

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Mesa: Seguida faz a composição da mesa. Pode iniciar com a execução do Hino Nacional. Que será executado (cantado ou tocado) somente quando a autoridade principal estiver no dispositivo (local da solenidade), após a composição da mesa. Alguns seminários não executam o Hino, depende do planejamento organizado.

Plenária: Na seqüência o locutor passa a palavra ao coordenador, que se encarregará dos trabalhos a partir deste momento abrindo a sessão plenária, nestas sessões os participantes convidados apresentam seus trabalhos sobre os aspectos parciais do tema que está sendo discutidos aos diversos grupos de participantes interessados no subtemas. O tempo para explanação deverá ser igual para todos os convidados.

Debate: Após a exposição de cada um dos membros da mesa passa para as sessões de debate, abrindo a discussão com a platéia para possíveis esclarecimentos de dúvidas, onde as perguntas podem ser feitas por escrito ou verbalmente.

Exposições paralelas: Nesta modalidade de evento, é possível que seja realizada exposições paralelas onde é discutido os trabalhos elaborados e apresentados pelos membros convidados, em função de suas experiências e de outras informações disponíveis.

Grupos de trabalho: Em um Seminário são desenvolvidos vários grupos de discussão.

Para facilitar os trabalhos e, principalmente, em função do número de participantes é

interessante formar-se grupos de 10 (dez) a 15 (quinze) pessoas por experiência e

vivência nos subtemas. Nas sessões de debate, as conclusões a serem levantadas pela

plenária geral deverão embasar-se nos seguintes itens:

• Análise do problema discutido • Soluções encontradas • Problemas sem solução viável • Formas de operacionalizar as solução e pessoas ou entidades responsáveis por elas.

Conclusões sobre os subtemas: cada grupo elabora suas conclusões, que são entregues por escrito a todos participantes do grupo

Plenária Geral: Após o encerramento das sessões de debate, são apresentadas todas as conclusões dos diversos subgrupos, conduzida pelo coordenador, objetivando o entendimento das conclusões sem que haja discussão. Pois pode não necessitar produzir conclusões prontas, acabadas e de consenso geral.

Na última parte, o expositor submete à provação do grupo as recomendações finais do Encontro.

Encerramento: ao final do evento, deve ser elaborado um documento contendo tudo o que ali tenha sido definido pelos grupos de trabalho. Esse documento deve ser submetido à aprovação de todos os que participaram de sua elaboração. São as recomendações finais dos grupos de trabalho. Poderá ser elaborado também, se necessário os Anais do Evento e ser disponibilizado a todos interessados.

O coordenador encerra os trabalhos, agradecendo a participação de todos.

Obs. LER também CONGRESSO na página 37 neste Manual.

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INTEGRAÇÃO GRUPAL PRODUÇÃO COLETIVA

Conhecimento entre os

participantes - Relação

interpessoal

Apresentação da programação,

objetivos, regras a serem seguidas.

Formação de subgrupos A coordenação propõe ou determina

tarefas que são cumpridas pelo grupo.

Conflitos A redefinição ou descoberta dos

objetivos pelo próprio grupo.

Integração Produção coletiva autodirigidas.

SEMINÁRIO DE PISCICULTURA

DATA: 09/11/2016 (QUARTA-FEIRA) LOCAL: SANTA HELENA - PR

A G E N D A

FASES DA

EVOLUÇÃO

DO GRUPO

DE

PARTICIPANTES

DE UM

SEMINÁRIO

Colaboração Convite, Agenda e Programação: Luiz Danilo Muehlmann

Médico Veterinário - Instituto EMATER – Curitiba - Paraná

EXEMPLO DE UMA AGENDA DE SEMINÁRIO:

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43. SIMPÓSIO

DEFINIÇÃO OBJETIVO UTILI-

ZAÇÃO

VANTAGENS LIMITA-

ÇÕES

Evento onde um grupo de especialistas de renome expõe seus conhecimentos, suas experiências, numa seqüência lógica com preleções curtas e objetivas, de diferentes aspectos sobre assuntos dentro do mesmo tema;

Caracteriza-se pela apresentação de um tema, normalmente científico e dividido em subtemas, para um público selecionado que fazem as perguntas;

É um derivado da mesa- redonda, possuindo como característica o fato de ser de alto nível, com participação de aspectos diferentes de determinados assuntos. E os expositores não debatem ente si;

Discutir e debater um determinado tema com o público. Apresentar as impressões sobre um assunto que é colocado em debate.

Promover intercâmbio de informações para facilitar tomada de decisão; Analisar, discutir e estudar um determinado assunto sob diversos ângulos.

Para apresentar informações básicas sobre um determinado assunto;

Para possibilitar a análise e o estudo de um assunto sob todos os seus ângulos; Para permitir eventos expositivos paralelos: fei-ras, mostras exposições completando a visualização e a compreensão do que foi apresentado.

Permite uma exposição das ideias de forma sistemática, relativamente completa e ininterrupta;

Mais vantajoso ouvir várias pessoas do que apenas uma;

Permite a participação mais intensa do público;

Para apresentar matérias e informações novas de diversos especialistas sobre um assunto em sequência lógica.

Alguns pontos de vista podem ser negligencia-dos;

Difícil medir o efeito sobre o que foi ouvido;

O interesse e a participação dependem da afinidade dos oradores com o assunto, debate e do ponto de vista.

Obs. LER também EXPOSIÇÃO (página 69); FEIRA (página 74); MESA-REDONDA (página 100); MOSTRA (pagina 103); e SEMINÁRIO (página 152) neste Manual.

A diferença básica entre o simpósio e a mesa-redonda é que no simpósio os expositores não debatem entre si os temas apresentados. Os debates ocorrem diretamente com a platéia, que formula perguntas aos expositores sob a direção de um coordenador.

O simpósio é mais eclético do que o congresso, pois permite a participação de pessoas de diferentes segmentos.

Paralelamente ao simpósio, podem ser realizados outros eventos como feiras, mostras e exposições.

PASSOS PARA REALIZAÇÃO Duração: Pode ser de 1 (um) ou 3 (três) dias. De acordo com o tema escolhido.

Planejamento: Muito parecido com o evento “seminário” (pag.152)

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Organização: Escolhido o coordenador e os especialistas, caberá a quem está organizando

discutir com os especialistas os limites de suas atribuições em cada assunto, evitando-se

repetições e contradições. Nesta fase deverá ser discutido o tempo que todos os especialistas

terão para apresentar o assunto.

Programação: Deve ser pré estabelecido pela comissão organizadora. O tema geral pode ser

escalonado em subtemas, que são apresentados em forma de conferências.

DICAS: Com antecedência mínima de uma semana, os expositores devem enviar os trabalhos a serem apresentados, para que sejam reproduzidos e distribuídos aos participantes.

Abertura: O coordenador abre os trabalhos apresentando o assunto, os oradores, a dinâmica dos trabalhos, tempo destinado para cada etapa antes do início das atividades. Cada um dos expositores é responsável pela apresentação de aspectos diferentes ou especiais do assunto.

Continuando, o coordenador faz um resumo dos problemas existentes e dos objetivos

da realização, criando uma atmosfera de atenção no auditório. Explicar que ao

expositor não deverá ser interrompido e que as perguntas dever ser feitas ao final da

exposição do especialista ou ao final de todas as exposições.

1º Orador: A seguir passa a palavra ao primeiro especialista controlando o tempo de

exposição. Nesse momento não pode haver interrupções.

Perguntas: Após a apresentação, a platéia participa com perguntas à mesa, escritas e identificadas, sem teor de polêmica. O tempo para as perguntas deve ser limitado. Ao final da sessão, perguntas poderão ser feitas a cada um dos especialistas, por escrito e com seu autor identificado

2º Orador: Encerrado as respostas das dúvidas da plateia passa para o segundo

especialista com os mesmos procedimentos adotado em relação ao primeiro

Demais oradores: O coordenador vai passando a palavra para os demais oradores até

o último especialista ou orador. Com as mesmas condições e procedimento dos

demais. Sempre com o tempo controlado para todas as etapas.

Encerramento: Quando não houver mais perguntas o coordenador encerra o

simpósio.

Conclusão: O coordenador ou moderador no final apresenta uma conclusão representando a maioria das opiniões que é submetida à aprovação do grupo e transformada em documento que servirá de orientação para a área. Aqui não são apresentadas as conclusões de uma pesquisa, mas sim impressões sobre um determinado assunto que foi colocado em debate. Um documento com as conclusões dos trabalhos deve ser elaborado e apresentado a todos os especialistas que participaram do Simpósio.

Obs. LER também EXPOSIÇÃO (página 69); FEIRA (página 74); MESA-REDONDA (página 100); MOSTRA (página 103), e SEMINÁRIO (página 152) neste Manual.

Execução:

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44 . TORNEIO

DEFINIÇÃO OBJETIVO UTILIZAÇÃO VANTAGENS LIMITAÇÕES

Evento de cunho cultural, científico ou tecnológico, coordenado por uma comissão, que estabelece- o regulamento, júri e premiação;

É uma competi-ção saudável, construtiva e educativa, onde tomam parte vários interessados no tema em questão.

Divulgar,

motivar,

incentivar,

integrar,

mobilizar

pessoas

por uma

causa

comum.

Serve para divulgar a marca do Instituto, produto ou serviço que organiza e patrocina o evento; Fazer parte de um sistema de Ranking no setor a ser contemplado no torneio; Serve para demonstrar aos participantes interessados que existem muitas maneiras para avaliar os resultados dos seus esforços.

Desenvolve interesse no espírito competitivo, principalmente se a premiação for convidativa;

Atinge grande número de pessoas; Tem efeito estimulante e multiplicador; Propõe momentos de trocas de experiências e de alegrias; Concede o título de campeão ao vencedor, estimulando-o a outras participações.

Intempéries que podem acontecer prejudican-do o resultado dos compe-tidores;

Se não bem planejado pode criar mágoas e desconfian-ça em relação a resultados;

Pode gerar competição pessoal.

Obs. LER também sobre EXPOSIÇÃO (página 69); FEIRA (página 74); FESTA (página 85) e OLÍMPÍADA (página 108); neste Manual. Duração: Vai depender do produto que está sendo realizado o torneio. Que pode durar de

1(um) a 5 (cinco) dias. Por exemplo, o Torneio Leiteiro Expogua-Guarapuava, tem uma duração

de 5 (cinco) dias, iniciando sempre numa quinta-feira com a recepção e verificação da

documentação dos animais, na sexta, sábado e domingo são realizadas as ordenhas para o

torneio e na segunda feira a retirada dos animais.

PASSOS PARA REALIZAÇÃO

Planejamento: Importante e deverá ser realizado com qualquer outro evento. Montar a comissão: Citando o exemplo do Torneiro Leiteiro de Guarapuava essa comissão é formada pelo técnico do Instituto EMATER, mais os parceiros e interessados na realização do torneio que no caso do torneio Leiteiro são: Sindicatos Rurais, Sociedade Rural, Cooperativas, Empresas ligadas a atividade, Secretaria da Agricultura, Prefeitura, Associação de produtores, Universidades, Escolas Técnicas e outros. A comissão irá definir data, local, regras para participação, as normas, etc. Comissão pode ser subdividida em grupos com as funções definidas, por exemplo:

Organizador / responsável: é importante saber quem é o responsável pelo evento e essa pessoa, no máximo duas pessoas, tem as decisões mais relevantes do torneio nas mãos.

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Os parceiros e colaboradores deverão estar sempre informados e as atribuições claras para cada um devem ser dadas, assim os responsáveis gerais ficam menos sobrecarregados, portanto é interessante realizar distribuição de tarefas, por exemplo:

Diretor geral: é o responsável por tudo e todos e tem que estar coordenando todas as

áreas do evento, portanto tem uma grande responsabilidade de delegação.

Responsável pela divulgação: este e sua equipe farão todo o marketing do torneio.

Responsável financeiro: Montar a planilha com orçamento com todos os detalhes de

custos, gastos negociações, deve ter um ótimo relacionamento pessoa e uma boa rede

de contatos úteis.

Responsável estrutural: nessa função tudo pode acontecer, o responsável por ela

deve ser multitarefa e resolver todo tipo de problema que aparecer, para que a

estrutura idealizada seja executa o mais próximo da perfeição possível.

Montar objetivos: Essencial, deverá ser notório e específico. Escolha da data: A escolha das datas que se pretende realizar o evento é de suma importância.

Deve ser de acordo com o tema, sua necessidade, disponibilidade e também a quantidade

máxima de competidores. O organizador deve, sempre que possível, verificar os calendários

de agendas disponíveis na Internet, a fim de não coincidir as datas escolhidas, com as datas de

outros eventos já agendados, principalmente se este outro evento for influir de alguma forma

no sucesso do seu evento, e por conseqüência no sucesso do evento já agendado. Algum

torneio tem que obedecer ao período da cultura, ou do produto que será realizado o torneio.

O torneio pode ser realizado dentro de outro evento maior local ou regional, já com realização

tradicional, como feiras, exposições e festas comemorativas.

Levantamento de dados:

Após traçar os objetivos realizar o cheklist do que vai precisar conforme o orçamento. Montar um plano com as ações e prazos de cada item é fundamental.

Nome do torneio:

Procure especificar junto à comissão do nome do torneio, qual é a sua edição, com número ou com o ano de realização, um logotipo para identificação que é bastante útil, pode até ser o mesmo do local

No caso do exemplo é o “Torneio Leiteiro”

Recursos financeiros: após levantamento das necessidades de materiais, logístico, etc. montar

a planilha detalhada de quanto irá precisar para a realização do evento. Se necessário poderá

ser feito um Plano de Venda dos Espaços que m patrocinador pode comprar para utilizar no

torneio. É algo bem útil na hora de vender o projeto do torneio. Verificar quem será o

patrocinador e apoiador. Patrocinador é quem entra com o dinheiro e Apoiador é quem

trocou seus serviços ou produtos por visibilidade de captação de recursos para qualquer outro

tipo de evento, os patrocinadores sempre estão dispostos a ligar suas marcas aos eventos que

tenham visibilidade de qualidade atingindo o público alvo e de preferência vistas por um

número maior de pessoas.

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Materiais: Durante a montagem das comissões, deverá ter a comissão da organização dos

materiais a serem utilizados, antes durante e após a realização do torneio. Materiais utilizados

na divulgação, nas reuniões, para o dia da premiação como: troféus, guarda-sóis, placar,

cadeiras, mesas e tendas, água, sistema de som, com possibilidade de uso de microfones e

outros materiais. Estabelecer uma área para a organização do torneio que é muito útil caso a

área do evento não tenha algo definitivo.

Premiação: Quanto mais atrativo, melhor, de mais valor e útil, haverá maior interesse entre os participantes. Data de inscrição, o período de inscrição varia de acordo com o tamanho do torneio, ou seja,

quantos participantes irão participar. Verificar o período de duração do torneio.

Inscrição: o período de inscrição varia de acordo com o tamanho do torneio e dos participantes. Se for de grande porte maior deve ser o período das inscrições e seu fechamento interessante ser realizado no máximo 3 dias no máximo 15 dias antes da data de início do torneio, para que todos possam se inscrever. Verificar como será realizada a forma de inscrição se é on line, pessoalmente, o local da inscrição, etc.

Divulgação: A mobilização para a participação do torneio é realizada através de panfletos,

cartazes, banner, adesivos, camisetas, bonés, sites, folders, flyers, mídias, outdoor, jornais, TV,

rádio, revistas, internet, revistas, postais, Newsletter e outros.

Público Participante: Todo e qualquer produtor que tenha interesse e esteja dentro das

normas e regulamento do Torneio. A comissão organizadora pode limitar a participação por

região ou municípios que tenham a mesma característica de produção. Definir a também a

quantidade máxima de competidores. Na competição do torneio tomam parte vários

contendores.

Montagem e divulgação do regulamento: A comissão organizadora é a responsável pela

montagem do regulamento que deverá conter todas as informações sobre categorias, regras,

normas, etc.

Durante o torneio: Realizar o planejado com adaptações se necessário.

Após o Torneio: Identificar quais avaliações será necessário para que o resultado possa

assessorar na realização do próximo evento.

Contendores: são pessoas capazes de contender: discutir, competir, brigar por

uma boa causa, disputar, podendo ser adversários e até rivais.

Newsletter: Comunicação por escrita, boletim informativo dirigida a certo grupo de pessoas, poderá ser enviada a um banco de endereços de e-mail para divulgar o evento.

Colaboração do conteúdo acima de Edilson Moreira – Técnico Agropecuário.

Instituto EMATER – Guarapuava Paraná.

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BREVE RESUMO DO TORNEIO LEITEIRO NA EXPOGUA EM GUARAPUAVA.

Organização:

Existe uma comissão organizadora formada por diversas entidades (Sindicatos Rurais,

Sociedade Rural, Cooperativas, Empresas ligadas a atividade, Secretaria da Agricultura,

Prefeitura, Associação de produtores, Universidades, Escolas Técnicas) que se reúne uns 6

meses antes da data prevista para realização do torneio para iniciar a organização do evento.

Primeira Reunião: é apresentada a proposta para o evento, analisados as regras e

regulamento do torneiro e dividido as tarefas conforme disponibilidade de cada participante.

Essa comissão normalmente se reúne uma vez por mês para analisar o andamento das tarefas

divididas, mas próximo da data do evento essas reuniões ficam mais freqüente dependendo da

demanda de assuntos.

Após o evento também é realizado uma reunião de avaliação, que servirá de pauta para as

primeiras reuniões no próximo evento.

Essa comissão monta e avalia e apresenta o regulamento do torneio, sendo interessante que

nessa reunião esteja presente uma parte dos produtores já inscritos para poderem também

opinar.

A comissão é dividida em grupos para a realização ficando:

Um grupo que ira acompanhar e anotar as ordenhas.

Um grupo responsável pelo recebimento e verificação dos animais

Um ou dois coordenadores geral

Um grupo de comissão técnica, normalmente formado por médicos veterinários e

um produtor

Um grupo responsável pela organização. Premiação, som, alimentação dos

participantes.

Realização: Conforme exemplo do regulamento abaixo:

DATA: 15 A 17 DE AGOSTO DE 2014.

LOCAL: PARQUE DE EXPOSIÇÕES LACERDA WERNECK

REGULAMENTO:

Escrito por Edilson Moreira – Técnico Agropecuário.

Instituto EMATER – Guarapuava - Paraná.

XXXIX EXPOGUÁ

TORNEIO LEITEIRO DE GUARAPUAVA

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1. RECEPÇÃO:

A entrada dos animais será no dia 14 de agosto, quinta-feira, das 09 horas

às 16h30min horas. Na recepção serão apresentados os exames exigidos e alojados os animais,

sendo obrigatórios os exames negativos de Brucelose e Tuberculose, bem como comprovante

de vacinas obrigatórias e a Guia de Transporte Animal (GTA).

Não será permitida a entrada no recinto de animais com sinais clínicos de doenças

infecto-contagiosas e/ou parasitas externos (bernes, carrapatos, piolhos, etc.), verrugas, tetos

extranumerários e frieiras, devendo esse animais retornarem à origem.

A saída dos animais somente poderá ser feita no dia 05 de agosto (segunda-feira, de

preferência pela manhã), para evitar transtornos no carregamento dos animais.

2. REUNIÃO COM PARTICIPANTES:

Às 17h00min haverá uma reunião com todos os participantes do torneio e comissão

organizadora/técnica para apresentação do regulamento do torneio leiteiro e esclarecimento

de dúvidas. Na reunião será realizado sorteio para definição da ordem de ordenha dos animais

participantes, e esta ordem permanecera até o final do torneio.

3. ORDENHA DE ESGOTA:

Às 18h00min horas do dia 14 de agosto, serão realizadas as ordenhas de esgota e testes de

mastite (CMT) na presença de um médico veterinário da comissão. Quando ocorrer resultado

positivo para o teste, o animal não poderá participar do torneio.

Será obrigatório a aplicação de 3 ml/animal de ocitocina na esgota, na presença de um

médico veterinário da comissão. O leite da ordenha de esgota será pesado para controle

interno. Não interfere na mensuração para o torneio.

4. ORDENHAS PARA O TORNEIO LEITEIRO: Serão realizadas 7 (sete) ordenhas, com intervalos de 8 horas entre elas. A ordenha da

manhã terá início às 06h, da tarde às 14h e a noite às 22h. A primeira ordenha do torneio será

no dia 15 de agosto, às 06h, e a última será dia 17 de agosto às 06h.

Não será permitido o uso de ocitocina nas ordenhas do torneio.

5. ALIMENTAÇÃO DOS ANIMAIS: A silagem será fornecida pela Sociedade Rural. A forragem verde e/ou ração é de responsabilidade do produtor participante, sendo dada preferência àquela mesma dieta que estava sendo fornecida na propriedade.

6. CATEGORIAS ANIMAIS:

a) Categoria Jersey: O peso mínimo desta categoria será de 300 (trezentos) quilos de peso vivo.

b) Categoria Holandesa: O peso mínimo desta categoria será de 400 (quatrocentos) quilos de peso vivo.

7. AVALIAÇÃO DO TORNEIO LEITEIRO:

Todos os animais inscritos irão concorrer por volume total produzido, sendo somadas as 7 (cinco) ordenhas, após a esgota.

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8. MEDICAÇÃO DOS ANIMAIS:

Os animais poderão ser medicados durante o torneio leiteiro, mediante presença do Médico Veterinário responsável e membros da comissão técnica, sendo que, os animais medicados serão excluídos do torneio leiteiro.

Os animais excluídos deverão permanecer no recinto até o final do evento, sendo ordenhados normalmente, mas sem disputar colocações. Conforme o grau de enfermidade, a critério de Médicos Veterinários, este item não se aplica.

Quando apresentar sinais clínicos de mastite durante as ordenhas do torneio o animal será excluído do torneio.

Demais casos serão analisados e julgados pela comissão organizadora.

9. PREMIAÇÃO:

Será definido pela comissão organizadora.

10. ASPECTOS GERAIS:

Ao produtor, é facultado o direito de participar ou não do torneio desde que concorde com o regulamento. Na inscrição, por meio de assinatura, o produtor concorda com os termos do torneio leiteiro, principalmente com as questões de sanidade animal e responsabilidade pelo cuidado de seus animais e manutenção da higiene do ambiente de permanência destes. Cada produtor deverá ordenhar seu animal ou nomear alguém de sua confiança.

O torneio será realizado com animais das raças Holandesa e Jersey, as quais concorrem separadamente. Não serão aceitos animais mestiços, e não haverá diferenciação por categoria animal, período de lactação, idade ou tamanho.

O leite obtido das ordenhas no período do torneio será recolhido pela COAMIG/CRPL mediante controle individual dos participantes para posterior pagamento.

Os casos omissos a este regulamento serão tratados pela comissão técnica.

11. COMISSÃO TÉCNICA

COAMIG/CRPL EMATER PRODUTORES SECRETARIA MUNICIPAL DE AGRICULTURA SINDICATO RURAL DE GUARAPUAVA UNICENTRO SOCIEDADE RURAL GUARAPUAVA COLÉGIO AGRICOLA ARLINDO RIBEIRO

Guarapuava, 01 de agosto de 2014.

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45. TREINO E VISITA (T&V)

DEFINIÇÃO OBJETIVO UTILIZA-

ÇÃO VANTAGENS LIMITA-

ÇÕES

Método que consiste, basica-mente, na formação de uma rede sistêmica e contínua envolvendo, de forma participativa, a pesquisa a EMBRAPA e IAPAR, a assistência técnica, cooperativas e os produtores rurais;

Organização do produtor e da produção, para o enfrentamento de desafios a montante e a jusante da produção, bem como o acesso à tecnologia e ao conhecimento;

Ferramenta inovadora para transferência de conhecimentos e tecnologias;

Processo contínuo e sistêmico.

Aprimorar as

ações de

transferência de

tecnologia na

área agro-

pecuária;

Melhorar a qualidade do ambiente produ-tivo e a eficiência técnica e econômica dos produtores assistidos;

Proporcionar um fórum perma-nente de recicla-gem de conhe-cimentos para os profissionais que atuam na área de ATER; Contribui para alcançar um nº expressivo de produtores, por processos de co-municação gru-pal e de massas.

É um modelo

de

organização

do trabalho

que

compreende

ações

sistêmicas de

todas as

instituições

que se

propõem a

desenvolver

projetos em

difusão e

transferência

de tecnologia.

Cria fluxo sistemático de informações entre os participantes;

Libera o tempo do pesquisador para atividades especí-ficas de pesquisa e validação de tecnologias a serem difundidas; Fortalecem a liga- ção entre as insti-tuições parceiras; Forma especialis-tas na ATER nas novas tecnologias; Aumenta seguran-ça da atuação do técnico de campo; Retroalimentação da metodologia, dando voz e vez ao produtor e a difusão do banco tecnológico existente.

Visão

segmen-

tada do

sistema;

Transfe-

rência

visando

aumen-

to

produti-

vo.

"Treino e Visita", método desenvolvido em 1977 pelo Banco Mundial, para ser implantado na

Ásia e na África. A base original desse método é a identificação dos atores dos subsistemas de

difusão, a organização dos elos para a comunicação e a sistematização do fluxo de

informações. Para oferecer a oportunidade de conhecimento dessa metodologia de

transferência de tecnologia Exemplo de T&V utilizado pelo Instituto EMATER em parceria com EMBRAPA e IAPAR:

T&V do café; T&V de grãos; T&V sobre alimentação, saúde e geração de Renda e

produção de sementes de soja.

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PROCEDIMENTO PARA TREINO VISITA

PAPEL DO ESPECIALISTA- (Monitor)

PAPEL DO TÉCNICO DE CAMPO (Executor)

PAPEL DO PESQUISADOR

Manter-se atualizado dentro da cultura; através de treinamentos, auto aperfeiçoamento;

Intercâmbio com os pesquisadores sobre os problemas práticos dos produtores e técnicos de campo;

Planejar e executar testes de validação em conjunto com pesquisadores e técnicos de campo na sua micro região de atuação;

Repassar ao técnico executor as informações debatidas na reunião dos monitores;

Participar de avaliações Periódi- cas , observando as informações colhidas pelos técnicos.

Participar das reuniões de repasse dos assuntos tratados entre monitores e pesquisadores;

Organizar grupo de produtores; não menos de 8 (oito) e não mais de 15 (quinze);

Ter reuniões periódicas com os produtores para o repasse das informações obtidas;

Retomar informações sobre a implementação das inovações difundidas;

Participar de avaliações periódicas, observando as informações colhidas no campo.

Buscar interpretar e gerar informações a partir de Pesquisa básica, aplicada, acadêmica e/ou literatura e analisar essas informações junto dos especialistas; Acompanhar por amostragem os trabalhos de campo que estão sendo executados; Participar de avaliações periódicas, observando as infor-mações colhidas pelos técnicos de campo.

FLUXO SISTEMÁTICO DE INFORMAÇÕES

OUTRAS INFORMAÇÕES SOBRE T & V Basicamente, o sistema funciona por meio da capacitação contínua de um grupo de agentes da Assistência Técnica e Extensão Rural – ATER oficial e privada – Os multiplicadores 1 (um) que estão em contato direto e constante com pesquisadores e outros especialistas, sendo informados das tecnologias e dos conhecimentos disponibilizados pelas instituições de

Material acima escrito por Cilésio Abel Demoner – Engenheiro Agrônomo

Instituto EMATER Cornélio Procópio - Paraná

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pesquisa quase em tempo real. Esses multiplicadores transferem tais conhecimentos e tecnologia aos técnicos de campo. Multiplicadores II, que desempenham a função de multiplicadores e tem o compromisso de repassar as tecnologias e os conhecimentos a grupos organizados de agricultores, além de assessorar aqueles que queiram adotar tais tecnologias em suas propriedades. Dessa forma, ocorre o fortalecimento dos elos entre a pesquisa, a assistência técnica, a extensão rural e os produtores rurais, propiciando a retroalimentação periódica de informações e a avaliação dos resultados obtidos. Esquema Operacional da EMBRAPA no T & V Fonte: http://www.cnpso.embrapa.br/tev/mostra_tv.php?pagina=2

Esquema Operacional O Treino & Visita pode ser comparado ao sistema de engrenagens de um motor, onde cada peça tem seu papel e, juntas, trabalham pelo funcionamento eficiente do motor. No T&V, as primeiras engrenagens que devem atuar em sintonia, são os grupos de pesquisadores/técnicos especialistas e o grupo de Multiplicadores I (técnicos da assistência técnica).

Juntos, eles compõem o Comitê Técnico, que irá atuar no planejamento das ações de capacitação do grupo, sempre considerando a realidade, as demandas e os problemas dos produtores rurais. Cada participante do grupo de Multiplicadores I forma novos grupos de técnicos de campo (Multiplicadores II) em suas regiões de atuação.

Os Multiplicadores II, por sua vez, validam localmente a tecnologia, acompanham a sua implantação junto a grupos organizados de produtores e avaliam os resultados obtidos. O mesmo caminho que faz a informação chegar de forma ágil e eficiente ao produtor rural, é usado para trazer informações importantes para a pesquisa, propiciando, assim, a retroalimentação periódica do processo.

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46. VISITA

DEFINIÇÃO OBJETIVO UTILIZAÇÃO VANTAGENS LIMITA-

ÇÕES

Método

planejado, em que

o extensionista

informa o

produtor sobre

determinada

técnica ou prática

realizada;

Preferentemente

no meio rural,

nada impede de

ser realizada

também no

escritório;

Podendo utilizar

meios como

telefone, watsapp,

web sites,

faceboock e outras

redes sociais.

Conhecer,

sensibilizar,

motivar,

planejar,

construir

conheci-

mentos;

Demonstrar

ou melhorar

novas

técnicas ou

práticas.

Para prestar

informações e

orientações. Trocar

conhecimentos:

(Visita Técnica - VT).

Para repassar

determinada

prática: (Visita

Prática - VP)

Para envolver o

produtor na

utilização de uma

prática ou técnica,

sensibilizar motivar,

planejar,

acompanhar e

avaliar ações

desenvolvidas:

(Visita de

Dinamização - VD).

Eficaz na

introdução de

novas práticas

ou técnicas;

Aumenta a

confiança no

técnico;

Eficaz na

influência

direta;

Assessora no

planejamento e

execução de

outros

métodos;

Maior

conhecimento

da realidade.

Demanda

um grande

gasto de

tempo em

relação ao

público;

Custo elevado Alcance restrito; Pode haver concentra-ção das visitas nas melhores famílias;

Mais caro

que

método

grupal.

PASSOS PARA REALIZAÇÃO Duração: Pode ser de 30 (trinta) minutos a 2 (duas) horas conforme solicita o planejamento,

conforme o assunto a ser tratado. Existem contratos que já trazem definido o tempo e solicita

um tempo maior.

Planejamento:

Definir o tipo de visita.

Traçar um roteiro das visitas que serão realizadas no dia, semana ou mês por

comunidade, linha, estrada evitando a concentração a determinadas pessoas.

Antes da realização da visita conhecer algumas características da pessoa e ou

propriedade que será visitada.

Se puder comunicar a visita à pessoa que será visitada, evitando assim surpresas de

não encontrar a pessoa, ou a pessoa poderá estar tão ocupado que não poderá

atender.

Observar recomendações que foram repassadas por ocasião da última visita.

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Deve SER PLANEJADO de acordo com o objetivo proposto.

Observar que o assunto e prática sejam de interesse do visitado.

Preparar material e equipamento necessário. É interessante deixar sempre um

material referente ao objetivo da visita, esse procedimento valoriza a visita.

Prever o tempo que será gasto em cada visita. Usar o bom senso quanto à duração da

visita, reconhecendo o momento do término da mesma.

Criar um clima de integração entre os participantes.

Conduzir o assunto de acordo com o objetivo.

Ser claro e objetivo.

Saber ouvir. Não interromper a pessoa que está falando.

Conhecer detalhadamente os problemas que o visitado possui.

As soluções não deverão ser precipitadas. Chegar à conclusão juntos. Isso é

participativo, é a construção do conhecimento.

EXEMPLO DE UM PLANO DE VISITA

Não há exatamente um modelo específico para o planejamento de uma visita. O exemplo

abaixo é sugestão. Interessante arquivar a ficha com o Plano no Pasta de cada produtor ou

família visitado.

CONTEÚDO DA VISITA

Data:

Local: Duração em Horas:

Início - Término -

Nome de quem receberá a visita:

Objetivo Geral: (Para o que é a visita) – visão global da visita

Material:

Técnico executor:

Avaliar: Pode ser a auto avaliação, como a avaliação da pessoa que recebeu a visita,

demonstrando os aspectos positivos e negativos.

“A presença do técnico em uma visita aumente a

confiança de quem precisa tomar uma decisão”.

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47. UNIDADE DEMONSTRATIVA - UD

Conhecido também como CAMPO DE DEMONSTRAÇÃO - CD

DEFINIÇÃO OBJETIVO UTILIZAÇÃO VANTAGENS LIMITAÇÕES

Método planejado em que se desenvolvem uma ou várias práticas, em uma determina-da cultura, já adotadas por um colaborador que usa em sua propriedade, com o objetivo de que as mesmas venham a ser demonstradas, observadas e adotadas pelos demais produtores.

Demonstrar e

introduzir

técnicas que

aumentam os

rendimentos

de culturas e

ou criações.

Para mostrar e Introduzir novas variedades e explorações já comprovadas na área;

Introduzir sistemas racionais de trabalho;

Introduzir técnicas que aumentem o rendimento de culturas e criações com a maximização dos lucros.

Fomenta técnicas de eficiência comprovada a passível de serem adotadas pela comunidade (Sistema de Produção);

Pode ser método conduzido nas condições reais do agricultor é bastante convincente; Oportunidade de promover visitas, reuniões, excursão dos produtores e realizar demonstrações, visando à divulgação da tecnologia recomendada.

Os resultados esperados podem ser negativos devido a fatores adversos ou pela pouca conscientiza-ção dos colaborado-res ou por adversidade climática;

Às vezes é difícil achar um bom colaborador.

Obs. Tem como finalidade criar na comunidade um exemplo vivo de técnicas que se quer introduzir. Estas técnicas são empregadas por um produtor rural, sob controle e orientação do extensionista, para que sejam observados e adotados pelos demais produtores rurais.

PASSOS PARA REALIZAÇÃO Duração: Depende da tecnologia a ser mostrada ou a natureza do produto. Dura o período de uma cultura. Utilização das unidades demonstrativas: Planejamento da U.D.

As técnicas empregadas devem ser de eficiência comprovada e possíveis de serem adotadas pelos demais produtores rurais.

As unidades demonstrativas instaladas na mesma época, em diversos pontos da área de trabalho, devem girar em torno das mesmas técnicas, para criar impacto idêntico em todo município e para não dispersar a ação do extensionista.

Face à necessidade de introduzir novas técnicas adaptadas às comunidades e por sempre existirem famílias capazes e esclarecidas com as quais se podem conduzir unidades demonstrativas, a decisão do extensionista torna-se bastante facilitado para o uso deste método.

“Distingue-se da demonstração de resultados por não exigir comparação entre tratamento anual e anterior”.

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Planejamento:

Elaborar o planejamento com base no estudo da realidade, onde há problemas importantes ou que o estágio do produtor rural requer a existência de provas locais. Este método tem sentido educativo para o proprietário e se constitui em centro de visitação, não só para os vizinhos, como também para os agricultores de outras áreas;

A implantação do Campo de Demonstração é realizada em conjunto com produtores, comunidade, parceiros e extensionista dependendo da necessidade do público e montado o plano em conjunto com objetivos bem definidos;

Deve ser levado em consideração o acesso fácil a propriedade bem como sua visualização;

O tamanho da unidade deve permitir a eficiência em termos econômicos para cada local e será em função da técnica ou do produto que será introduzido e do tipo de atividade em foco;

Elaborar o cronograma de atividades e épocas, plano de acompanhamento de resultados e plano de divulgação.

Orçamento: Elaborar o orçamento das despesas: materiais, equipamentos, inclusive de serviços de terceiros se necessário e verificar os recursos. Local: A escolha do local a ser instalado co Campo de Demonstração deverá ser de acordo com toda comunidade, deve ter fácil acesso e visibilidade tanto para os técnicos como para a comunidade, são fatores importantes na escolha da propriedade. Seleção do cooperador da unidade demonstrativa:

Deve ser representativo do grupo comunitário.

Ter o respeito e confiança dos vizinhos, podendo influenciá-los rapidamente.

Ser de confiança de todos.

Ser receptivo as orientações.

Ser sociável, gostar de receber visitas.

Não ter sido selecionado frequentemente como executor de outras atividades.

Receptividade à orientação do técnico.

Conscientizado dos objetivos e responsabilidades. Instalação: A instalação da unidade demonstrativa deve ser feita através de uma reunião com o grupo de produtores trabalhados, tem a finalidade de explicar-se:

Motivos para a instalação da unidade demonstrativa.

Objetivos da unidade demonstrativa.

Realização da primeira prática a ser desenvolvida.

Sugere-se no mínimo, o uso de três métodos grupais durante o desenvolvimento do .....método.

Supervisões:

Visitas de observação ao executor e à unidade.

Visitas de observação para verificar as anotações.

Orientar o cooperador sobre os pontos mais destacados de cada fase, a fim de que elele explique aos vizinhos e possa divulgar a tecnologia preconizada.

Materiais e equipamentos: considerar a viabilidade de financiamento ou de envolver parceiros para o fornecimento de materiais e equipamentos necessários e previstos com antecedência.

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Registro: O técnico local deverá criar uma planilha e instruir o cooperador para fazer todas as anotações, em todas as fases de desenvolvimento da cultura e ou criação, a fim de que possa verificar, ao final, os resultados físicos e econômicos. Interessante tirar fotos e ou vídeos. Registro de visitas: Sugere anotar o nome, endereço de todos visitantes. Divulgação: Realizar divulgação do que está sendo demonstrado. Munir o proprietário com informações para que o mesmo tenha condições de repassar. Relatório: Realizar uma planilha com todos os dados durante o período da unidade e elaborar o relatório final. Avaliação: A propriedade deverá ter um processo de avaliação contínuo em cada etapa dos coordenadores e participantes.

48. DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS - DR

DEFINIÇÃO OBJETIVO UTILIZAÇÃO VANTAGENS LIMITAÇÕES

Método que visa demonstrar resultados de uma prática já comprovada experimental-mente, mediante comparação com os resultados obtidos com uma testemunha;

É motivador e Instrucional.

Confrontar

diferenças e

semelhan-

ças:

Verificar,

comparar e

demonstrar

resultados.

Para introduzir novas práticas;

Fornecer, a nível local, uma prova do valor a viabilidade de uma prática recomendada;

Comprovar viabilidade e adequação de práticas às condições locais, utilizando os métodos da pesquisa;

Comparar técnicas rotineiras e tradicionais com as novas recomendações.

Constitui um exemplo local de viabilidade de técnica;

O demonstra-dor torna-se uma fonte de divulgação da técnica;

Permite combinação de outros métodos.

Difícil encontrar um bom demonstrador;

Demanda grande tempo e recursos;

Não se adapta a todas as práti-cas agrícolas;

Exige comparação entre tratamento atual e anterior.

O Instituto EMATER possui um trabalho de “Unidade Demonstrativa da Carne e

Madeira com Qualidade”. Nas regiões de Paranavai, Cianorte e Umuarama.

Convênio com o MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Coordenados por Luiz Fernando Brondani e Amauri Ferreira Pinto.

Distingue-se da Unidade Demonstrativa - UD, Campo de Demonstração – CD e Propriedade

Demonstrativa- PD porque essas NÃO EXIGEM COMPARAÇÕES entre tratamento anual

e anterior. E a Demonstração de Resulados- DR EXIGE A COMPARAÇÃO.

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PASSOS PARA EXECUÇÃO Duração:

Pode ser a curto, médio e longo prazo, dependendo da prática demonstrada. Local:

O ideal é montar a DR em local estratégico para estimular sua multiplicação (difusão)

caso os produtores aprovem o resultado. A propriedade deve ser representativa do

município, considerando os recursos naturais, tamanho e volume da produção. Para

que seja válida a DR deve ter o tamanho que torne representativa da situação local.

Esse tamanho dependerá do tipo da atividade a ser desenvolvida e da técnica a ser

introduzida.

Planejamento:

Montar critérios para seleção da propriedade e produtor (demonstrador), levando em

consideração que a propriedade deve ser de fácil acesso e com facilidade de ser vista.

A seleção dever ser criteriosa da empresa rural ou propriedade escolhida.

Realizar um planejamento criterioso, mostrando o tamanho das Demonstrações de

Resultados DRs, elaboração dos planos demonstrando as comparações pretendidas,

calendário de atividades, equipamentos e materiais necessários, recursos e as

despesas, caderno de anotações do produtor. O técnico deve dialogar e orientar o

produtor quando for executar os melhoramentos e as mudanças planejadas.

O plano deve prever utilização de outros métodos / eventos. Fazer um cronograma de

utilização com outros métodos, por exemplo, visitas, excursão, reunião, treinamento

de outros produtores, etc.

O produtor pode demonstrar uma ou mais práticas, realizando comparações entre

uma e outra ou mais práticas.

A prática será executada pelo próprio produtor sob a supervisão constante do técnico.

Instruir o proprietário com orientação contínua, acompanhamento e controle técnico.

Criar sistema de controle das atividades mostrando a razão do estabelecimento da

prática e que resultados são esperados e conseguidos. Montar um calendário de

atividades. Colocando os pontos chaves e passos a serem seguidos.

Resumir todas as anotações e registros feitos durante o transcurso da demonstração.

Realizar a divulgação através dos meios disponíveis.

Apresentar dados econômicos da DR.

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Realizar a divulgação da forma que considerar mais necessária. Classificação da Demonstração de Resultados: DR Pode ser Demonstração de Resultados simples, complexa e associadas: DR Simples: finalidade de introduzir uma única prática. Por exemplo, mostrar o valor da

semente de milho híbrido comparada com a semente de milho comum.

DR complexa: compreende a duas ou mais práticas. Por exemplo, visando o aumento da

produtividade do milho, onde uma série de práticas diferentes será executada: semente

selecionadas, combate a pragas, espaçamento, adubação, etc. Esse tipo de Demonstração

apresentam dificuldades na visualização dos benefícios de cada prática individualmente.

DR associadas: são aquelas que envolvem duas ou mais práticas, dentro de uma distribuição

em que estas práticas ficam separadas, sendo possível julgá-las individualmente. Esses tipos de

DR reúnem as vantagens das DR simples e DR complexas, pois em uma única demonstração

pode-se apreciar separadamente cada uma das práticas melhoradas. Possibilita comparar as

combinações das práticas melhoradas e das possíveis existentes. Por exemplo, DR comparando

áreas de variedade híbrida com e sem adubo e com e sem aplicação de herbicidas.

DICAS:

Não tente descobrir novas verdades, mas sim provar, nas condições locais, aquelas já

comprovadas pela pesquisa.

Preocupe-se com a qualidade e não com a quantidade.

Preocupe-se com uma boa escolha do demonstrador.

Troque os cooperadores de tempo em tempo.

Coloque letreiros para chamar a atenção

Colete dados corretamente

Analise as razões do fracasso de uma DR e use seus resultados com fins educativos,

indicando suas causas.

Realize reuniões nas demonstrações, para observar seus progressos, seus resultados e

difundir suas informações.

AVALIAÇÃO

Dos envolvidos com a Demonstração de Resultados. Reconhecer o trabalho do

demonstrador em cada fase, a fim de estimulá-lo a continuar nas demais fases de um

bom trabalho.

A Demonstração de Resultados DR exerce poderosa influência indireta,

como faz com que o técnico ganhe a confiança do público.

Serve como fonte de informações

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49. PROPRIEDADE DEMONSTRATIVA - PD

DEFINIÇÃO OBJETIVO UTILIZAÇÃO VANTAGENS LIMITAÇÕES

Método utilizado

pelo técnico,

envolvendo todas as

práticas das culturas

ou criações da

propriedade, com o

objetivo de

transformá-la em

uma empresa

agrícola;

PD deve servir como

unidade de

demonstração no

campo da

administração rural;

Executado numa

propriedade

representativa do

município,

considerando os

recursos naturais, o

tamanho e o volume

da produção.

Demonstrar a

médio e

longo prazo,

através de

técnicas

racionais

utilizadas na

agropecuária,

uma boa

administra-

ção de

propriedade.

Combinar os

fatores de

produção,

objetivando

maximizar os

lucros e mini-

mizar os

custos.

Elevar o nível

da vida

familiar.

Para a difusão dos

sistemas de produ-

ção das culturas ou

das criações e seus

resultados

econômicos;

Fornecer dados

para definir índices

econômicos de

propriedades rurais

na condução de

seus negócios;

Servir de pólos de

debate e

motivação visando

possíveis mudanças

tecnológicas;

Criar na

comunidade um

exemplo vivo

de técnicas que se

quer introduzir.

Possui poder

de

persuasão;

Excelente

fonte de

informação e

divulgação;

Serve de

modelo para

a utilização

de outros

métodos;

Permite

combinação

com outros

métodos.

Dificuldade

de bons

cooperados;

Ocorrência

eventual de

fatores

incontrolá-

veis como

chuvas,

granizo,

secas que

podem

prejudicar o

andamento

das PDs.

A Propriedade Demonstrativa – PD tem sentido educativo

para o proprietário e se constitui o centro de visitação

para os vizinhos e produtores de outras áreas.

PASSOS PARA EXECUÇÃO Escolha da Propriedade e colaborador:

Ter o máximo cuidado na escolha de uma PD, pois a mesma é representativa na

comunidade. Recomendável que o proprietário resida na propriedade, isso favorece as

ações do técnico e as visitações.

O proprietário deve ser representativo na sua comunidade, respeitado e de confiança

dos vizinhos, receptivo e interessado na PD.

A seleção do bom colaborador é fundamental, pois em grande parte o sucesso ou

fracasso do método dependerá desta escolha.

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Planejamento:

Com base no Plano de administração da propriedade o técnico deve dialogar e orientar

o colaborador, quando este for executar os melhoramentos e as mudanças planejadas.

Planejar a PD no município juntamente com o cooperador e sua família, discutindo:

Finalidade da PD – Montar os objetivos e a justificativa. Esclarecer o que deseja

demonstrar e o porque de cada item.

Informações da PD - tamanho, localização, acesso, etc.

Cronograma de atividades - deve conter todos os passos e pontos chaves, por exemplo,

métodos e meios empregados, calendário do acompanhamento, etc.

Orçamento – detalhadamente colocar todos os gastos possíveis. Esse custo é de

responsabilidade do cooperador ou algum parceiro.

Materiais a serem utilizados: relacioná-los

Na instalação da propriedade é interessante toda a comunidade participar.

Por ser um método eficaz serão utilizados em reuniões práticas, cursos, receber

excursões, dias de campo. Os métodos massais também serão utilizados na PD.

Duração: - Depende da produção, produtos, animais que serão trabalhados. Utilização da PD: - Utilizar a PD em reuniões práticas, dias de campo, excursões e cursos. Os métodos massais devem ser utilizados na sua divulgação.

Avaliação:

A propriedade deve sofrer um processo de avaliação contínuo e mais uma avaliação

anual a fim de receber reformulações ao plano de execução. Para comparar a situação

inicial da propriedade e a existente após cada ano de execução no plano proposto.

Cada ano fazer uma análise financeira da propriedade

Analisar todos os resultados e fazer a divulgação

Analisar os melhoramentos alcançados da família.

Analisar a aplicação deste método.

A SEGUIR O MATERIAL QUE FOI INSCRITO NA PLATAFORMA DE BOAS PRÁTICAS REALIZADA

PELA “FAO - Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura” Escrita por José

Luiz Bortoluzzi da Silva, Instituto EMATER – Paraná

49.1 PROPRIEDADES DEMONSTRATIVAS DE LEITE A PASTO

1993- Ano da implantação da primeira propriedade demonstrativa. Em andamento até os dias

de hoje. Atualmente a região conta com um elevado número de produtores que adotam às

técnicas recomendadas pelo projeto, possibilitando um expressivo aumento na produtividade

regional, maior viabilidade financeira da atividade leiteira e o desenvolvimento de práticas

agrícolas que contribuem para a conservação do solo.

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Início: Outubro de 1993 (em andamento) Entidade Executora: Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural EMATER Entidade Co-Executora: Instituto Agronômico do Paraná – IAPAR Recursos: Próprios Faixa De Valor: Até US$ 1.800 mil *(Por hectare implantado) Faixa Público-Alvo: Agricultores familiares e grupos de produtores que desenvolvem a atividade leiteira Localização: Microrregional oeste do Paraná. ÁREA ESPECÍFICA DE IMPLANTAÇÃO: Municípios de Medianeira, Missal, Serranópolis do Iguaçu, Matelândia, Catanduvas, Campo Bonito, Veracruz, Ramilândia, Diamante do Oeste, Céu Azul, Capitão Leônidas Marques, Nova Aurora, Boa Vista da Aparecida, Três Barras do Paraná.

Objetivo Geral: O projeto busca elevar a produtividade leiteira local, com a implantação de

pastagens de qualidade, através da adoção de inovações tecnológicas em propriedades

demonstrativas de referência.

Objetivos específicos

Aumentar o número de propriedades demonstrativas, tornando mais efetivo o serviço de assistência técnica e extensão rural prestado aos produtores de leite locais;

Elevar a renda da agricultura familiar através da viabilidade econômica da atividade leiteira;

Incrementar a qualidade das pastagens e produtividade leiteira local; Melhorar a qualidade do leite produzido na pequena propriedade; e Incentivar a adoção de práticas de conservação dos solos e a manutenção da sua

fertilidade.

Buscando difundir a tecnologia proposta, já foram realizados ao longo dos anos de projeto, inúmeros seminários, dias de campo, encontros e cursos regionais para capacitação de agricultores e técnicos da região.

Resultados Alcançados

Com a introdução da proposta técnica para melhoria da qualidade da forragem ofertada a campo, os resultados imediatos nas 22 unidades demonstrativas atuais foram:

aumento do número de animais por unidade de área, de 1,7 animais por hectare, até 6

cabeças/ha;

aumento do volume de leite produzido por vaca: após 3 anos da adoção do sistema

proposto, a produtividade média, que no início era de aproximadamente 7,5

litros/vaca/dia, teve um incremento de 64%, passando a 12,3 litros/vaca/dia;

redução do custo do litro do leite em aproximadamente 23%;

Entre os anos de 1994 e 2000, a primeira propriedade demonstrativa implantada já

havia recebido a visita de 1.760 produtores da região;

No município de Missal, onde 234 produtores aderiram à nova tecnologia proposta, o

volume de leite produzido passou de 8 milhões de litros em 1997, a 22 milhões de

litros no ano de 2005. Em 2014, a produção do município alcançou 28 milhões de litros

de leite; e

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Até ao presente momento, aproximadamente 1.200 agricultores familiares,

participaram de eventos de divulgação e capacitação relacionados ao projeto.

Recursos Necessários

Atualmente, 12 extensionistas da EMATER atuam em tempo integral ou parcial no

desenvolvimento da atividade leiteira na região. Os técnicos utilizam-se da infraestrutura dos

escritórios e automóveis da EMATER para execução das atividades propostas.

Os agricultores fazem uso dos próprios equipamentos, adequados às técnicas propostas e

adaptados às realidades de cada produtor. Da mesma forma os insumos utilizados, são, via de

regra, os mesmos utilizados nas atividades agrícolas convencionais.

Atualmente, é possível identificar ações que tiveram como base o projeto de leite a pasto, em

outras regiões do Estado do Paraná e inclusive em países vizinhos.

Lições Aprendidas

A produção de leite à base de pasto demonstra uma grande potencialidade para agregar valor

à agricultura familiar, pois proporciona redução de custos na atividade leiteira, diversificação

de atividades na propriedade, ocupação da mão-de-obra familiar, colaborando com a

permanência dos jovens nas áreas rurais. Da mesma forma, observa-se a adoção de práticas

conservacionistas e consequente redução dos níveis de erosão observados na agricultura

convencional, devido principalmente ao uso racional de fertilizantes e agrotóxicos.

Podem-se apontar como maiores entraves ao projeto, a falta de compreensão do produtor

rural quanto à importância do planejamento das atividades de gestão, traduzido pelo

desconhecimento dos dados econômicos elementares como, investimentos, custos e receitas

de produção. Da mesma forma, a falta de acompanhamento dos indicadores técnicos do

manejo da propriedade, limita o processo de tomada de decisão com relação às atividades

desenvolvidas. Através das metodologias de grupos focais (reuniões, dias de campo, cursos)

nas unidades de referência, o projeto procura apresentar os registros através da utilização de

planilha eletrônica, para permitir a adequada gestão da atividade leiteira.

Há possibilidade de visitação durante todos os meses do ano.

Nº de visitantes: número máximo de 20 visitantes

Fonte: http://www.boaspraticas.org.br/index.php/pt/areas-tematicas/agricultura/389-propriedades-demonstrativas-de-leite-a-pasto1

Escrito por: José Luiz Botoluzzi da Silva, Zootecnista.

Medianeira – Paraná - Instituto EMATER - Paraná

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50. UNIDADE DE OBSERVAÇÃO - UO Conhecido também como ENSAIO DE CAMPO

DEFINIÇÃO OBJETIVO UTILIZAÇÃO VANTA-

GENS

LIMITAÇÕES

Método planejado

conjuntamente com

a pesquisa. É

educativo,

instrucional e visa

comprovar em

condições locais, a

aplicabilidade de

tecnologia realizada

em estações

experimentais;

Tem a finalidade de

verificar ou observar

uma ou mais práticas

agrícolas ou

pecuárias em

determinada região;

É um método típico

da pesquisa e da

experimentação,

pode ser parte de

um experimento,

sendo que algumas

vezes empregado

pela extensão rural

com apoio da

pesquisa.

Comprovar a

viabilidade de

aplicação de

técnicas

(inovações)

Cuja vantagem

foi

previamente

estabelecida ou

comprovada

em condições

semelhantes,

em

investigações

nas estações de

pesquisa.

Treinar

técnicos.

Para caráter

experimental e

demonstrativo;

Serve para auto

treinamento dos

técnicos;

Para contatar,

através de obser-

vação, a viabilidade

de uma determina-

da prática em uma

cultura, ou criação;

Para obter

informações;

Permite verificar o

desenvolvimento

de novas práticas

ainda não testadas,

a nível local;

Para produzir um

resultado de teste,

num procedimento

definitivo.

Serve

como

auto-

treina-

mento

para os

técnicos e

para o

colabora-

dor;

Verifica o

desenvol-

vimento

de novas

práticas;

Veículo

entre

pesquisa

e

extensão.

Não é usado

para ensino

direto com aos

produtores;

O resultado

pode não ser

positivo. A

unidade de

observação

poderá mostrar

que a

tecnologia não

é viável para a

região. Evitar

esse fracasso,

exceto quando

ocorrem

fatores

incontroláveis

de tempo;

Às vezes é

difícil achar um

bom

colaborador;

Demanda

grande tempo.

As UOs deverão ter tecnologia necessária e oportuna. De nada adianta

instalar unidades que não venham trazer informações úteis e imediatas para a área de trabalho.

Obs. As UOs ou Ensaios por não serem métodos precisos, devem ser fechados ao público. Na ocorrência de resultados negativos, que podem acontecer, as pessoas menos avisadas poderão não compreender a finalidade, fazendo uma divulgação negativa na comunidade a podendo até prejudicar a ação do técnico.

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PASSOS PARA REALIZAÇÃO

Duração: Tempo estimado vai depender do conteúdo da unidade de observação ou ensaio.

“Nas estações experimentais a pesquisa descobre novas tecnologias e, fora delas, procura-se estabelecer seu grau de aplicabilidade”.

Planejamento:

Como a Unidade de Observação / Ensaio serve para identificar se uma nova tecnologia se adapta ou não na região, há necessidade de um bom planejamento, deve ser feito com bastante rigor, minucioso, detalhado, interesse, meticuloso e preciso;

Usar delineamento estatístico de preferência; Formar comissões:

Ver a necessidade de formação de comissões para elaborar regras e divulgação. Para apurar resultados, as que acharem necessário.

Escolha do cooperador: Participação voluntária O produtor rural a ser escolhido para cooperar na instalação e condução da UO / ensaio é interessante querer e ter os seguintes atributos:

Alfabetizado: haverá sempre orientações que devem ser dadas por escrito, bem como

anotações importantes que deverão ser feitas durante as várias etapas da execução da

unidade pelo próprio cooperador, assim sendo, preferentemente o cooperador e ou

pessoas da família deverão ser alfabetizados.

Ser bem quisto e estar disposto a colaborar: apesar da UO ser fechada ao público, o

produtor recebe frequentemente visitas de outros produtores e, por isto deverá ser

um elemento representativo da média do grupo e bem quisto por todos; deverá estar

disposto a dar informações e explicar, quando solicitado pelos demais componentes

do grupo comunitário. É fator fundamental que o produtor acate plenamente as

orientações do extensionista.

Ter condições de adotar as tecnologias observadas: o extensionista deve estar

convencido que o cooperador será o primeiro a adotar a tecnologia observada, caso

seja constatada sua viabilidade e seja também o primeiro a compreender em caso de

fracasso.

Ser proprietário: visando a continuidade dos trabalhos desenvolvidos na unidade de observação, sugere-se que o extensionista dê preferência produtores que sejam proprietários.

Conscientização do cooperador: o técnico deverá conscientizar o produtor sobre a importância da UO, responsabilidades e objetivos, para que a mesma seja bem executada.

Escolha do Local A propriedade escolhida deverá ser representativa da média da região para a qual se quer

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obter informações mais precisas. De fácil acesso ao técnico e ao cooperador, para facilitar as observações. Realização da unidade de observação: A instalação da UO será realizada de acordo com o cronograma das atividades que serão executadas na mesma. Este cronograma elaborado previamente deverá ser discutido entre o cooperado e o técnico. O técnico deverá visitá-la frequentemente, deixando sempre que possível por escrito todas as orientações que deverão ser seguidas pelo cooperador. Deverá manter um calendário de visitas atualizado e do conhecimento do cooperador. A UO poderá mostrar que a tecnologia não é viável na região, mas nunca poderá fracassar, exceto quando ocorrem fatores incontroláveis (granizo, geada) ao extensionista ou ao cooperador. É importante a correta marcação das parcelas visando à uniformidade de tamanho, disposição e exposição. Quanto à área e número das parcelas que compões a UO, não existe regra fixa, dependerá da tecnologia a ser observada e dos seus objetivos. Durante o desenvolvimento das UOs. Deverá haver o acompanhamento técnico e econômico.

Tipos de ensaio:

De resultado: quando investiga uma tecnologia e determina sua aplicabilidade em condições locais. Para acompanhar os ensaios os extensionistas deverão receber orientações de um pesquisador e inteirar-se de todos os requisitos que devem ser observados e analisados. O acompanhamento é essencial para o sucesso.

De investigação: quando a pesquisa necessita comprovar que diversos cultivares se apresentam mais produtivos do que um cultivar corretamente cultivado numa determinada região. Nesse caso pode instalar um ensaio de investigação para determinar qual é o cultivar que se comporta melhor e produz mais na região em teste. Estes ensaios já apresentam maior rigor e devem ser acompanhados de perto pelos pesquisadores, inclusive obedecendo normas de desempenho experimental, coleta de dados e interpretação dos resultados.

Resultado: O resultado da Unidade de Observação / Ensaio pode ser qualitativo (sim ou não) ou quantitativo (mensuração de valor). Normalmente, o resultado do ensaio é a variável dependente, a resposta medida com base nas condições específicas do teste ou o nível da variável independente. Algumas U.O. / Ensaios, no entanto, podem envolver a alteração da variável independente para determinar o nível ao qual ocorre certa resposta: nesse caso, o resultado do teste é a variável independente.

Divulgação: Somente após obter resultados favoráveis, poderá ser feita através de outros métodos próprios. Quando os resultados são os esperados, serão provas potenciais para implantação de novas tecnologias.

Avaliação: Deve ser técnico - econômico. De todos que participam da unidade de observação.

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51. DIFERENÇAS BÁSICAS UD, CD, DR, PD, UO, EC

D I F E R E N Ç A S B Á S I C A S

EVENTO CARACTERÍSTICA FINALIDADE

UD Unidade Demonstrativa

Executado com uma cultura ou criação nas condições reais do produtor, visando introduzir uma ou mais inovações que aumente o lucro das atividades ou facilite o trabalho.

O produtor pode comparar mental-mente o que vê as informações e os dados que recebe com sua própria exploração ou com explorações que conhece. Decidindo com maior segurança sobre a aplicabilidade ou não da inovação proposta. Difere da demonstração de resultado pela ausência de testemunha para comparação direta no local.

Tem dupla finalidade serve para motivar e ensinar de deve fazer parte de uma estratégia de médio prazo.

Deve ser usada ao fim de um encadeamento de métodos como reforço nas fases de ensaio e decisão do processo de adoção.

É mais eficiente quando desenvolvida com acompanhamento de grupos de produtores, jovens, famílias.

Motivacional e instrucional.

CD Campo de Demonstração

DR Demonstração de resultado

Condução e comparação (com tes-temunha) de uma propriedade ru- ral com orientação acompanha-mento e controle de um técnico.

Montada em local estratégico par estimular a sua multiplicação (difusão) caso os produtores aprovem o resultado, podem ser de curta ou média duração.

Comprovar viabilidade adequação de práticas às condições locais utilizando os métodos da pesquisa.

Comparar técnicas rotineiras e tradicionais com as novas recomendações.

Motivacional e Instrucional.

PD Propriedade Demonstrativa

Executado numa propriedade representativa do município consi-derando os recursos naturais, o tamanho e o volume de produção.

Conduzir nas comunidades rurais/ microbacias/ assentamentos com o acompanhamento de um ou mais grupos de produtores rurais do local.

Servir como unidade de demonstração no campo de administração rural.

Identificar as explorações e estratégias de trabalho e ges-tão que devem ser combina-dos para se obter melhores resultados econômicos.

Fornecer dados para definir índices econômicos de pro-priedades rurais nas condu-duções de seus negócios.

Servir de pólos de debate e motivação visando possíveis mudanças tecnológicas.

UO Unidade de Observação

Serve para auto treinamento dos técnicos. Não é usado para ensino direto aos produtores, aplicado em pequena escala.

Comprovar a viabilidade de aplicação de técnicas (inovações) Instrucional. Experimental e Demonstrativo.

EC Ensaio de Campo

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52. WEB

DEFINIÇÃO OBJETI-

VO

UTILIZA-

ÇÃO

VANTA-

GENS

LIMITA-

ÇÕES

Web é uma palavra inglesa que significa

teia ou rede. Com aparecimento da

internet passou a designar a rede que

conecta computadores por todo mundo,

“Teia Mundial” a World Wide Web

(WWW);

Significa um sistema de informações

ligadas através de hipermídia

(hiperligações em forma de texto, vídeo,

som e outras animações digitais);

A internet é ligada a um navegador

(browser), como por exemplo: Google,

Mozilla Firefox, Internet Explorer, Opera,

Chrome, Safari, etc.

O termo web, com referência à rede

mundial de computadores, proporcionou

a criação de diversos neologismos

associados à internet;

Qualquer termo que tenha como prefixo

ou sufixo a palavra web, está relacionado

com a sua divulgação num meio virtual, a

internet. Por exemplo, Webconferência,

webcasting, Website, Webmaster,

servidor Web, Web Services, Web

messenger, Web imóveis, Web torpedos,

Webcam, etc.

Acessar

infinidade

de

conteúdos

através da

internet

Receber

uma

solicita-

ção

(requisi-

ção) e

devolver

(resposta)

algo para

o cliente;

Para

“navegar”

ou

“surfar”

na web. O

ato de

seguir

hiperliga-

ções é

comu-

mente

chamado

assim.

Cultura e

conheci

mento:

Demo-

cratiza-

ção da

educa-

ção;

Conve-

niência;

Inclusão

Social;

Elimina-

ção de

frontei-

ras:

geração

de

oportu-

nidades.

Privaci-

dade;

Anoni-

mato e a

ilegalida-

de;

Aborda-

gem às

vezes

super-

ficial;

Custos e

dificulda

des de

acesso;

Caso não

haja

bateria

suficien-

te, numa

queda de

luz pode

inter-

romper o

evento

progra-

mado.

Website ou site, ou sítio ("da Web" ou "da Internet"), são utilizadas para fazer referência a uma página ou a um agrupamento de páginas relacionadas entre si, acessíveis na internet através de um determinado endereço.

“Tente uma, duas, três vezes e se possível tente a quarta, a quinta e quantas vezes for necessário. Só não desista nas primeiras tentativas, a persistência é amiga da conquista. Se você

quer chegar aonde a maioria não chega, faça o que a maioria não faz.” Bill Gates

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53. DIFERENÇAS BÁSICAS

D I F E R E N Ç A S B Á S I C A S

EVENTO CARACTERÍSTICA

WEBCONFERÊNCIA

Objetivo:

Apresentar,

esclarecer, discutir,

repassar um

determinado tema

com participantes de

diferentes lugares ao

mesmo tempo,

através de meios

eletrônicos e

audiovisuais que

permite a interação

entre os

participantes.

É uma modalidade de reunião ou encontro virtual realizada pela internet através de aplicativos ou serviço, com possibilidade de compartilhamento de apresentações, voz, vídeo, textos e arquivos via web; Cada participante assiste de seu próprio computador; Não precisa de salas especiais e muito menos equipamentos ultramodernos: a interacão é feita por um webcam e um microfone simples. Precisa de antena especial como a parabólica; Pode ocorrer tanto através de uma aplicação específica instalada em cada um dos computadores participantes, quanto através de uma aplicação web que executa dentro do Navegador bastando digitar o endereço do site onde será a webconferência, a maioria das vezes é necessário um pré- cadastro;

Sistema tecnologico que permite a comunicacao com audio e vídeo, simultaneamente, através de equipamentos e programas. É o sincronismo da transmissão e recepção, sendo possível manter contato com pessoas de qualquer lugar do mundo,locais diferentes e distantes, em tempo real.

TELECONFERÊNCIA

Objetivo:

Dinamizar e trocar informações em tempo real entre pessoas que não estão no mesmo espaço físico.

É uma reunião ou uma conferência realizada por duas ou mais

pessoas distantes entre si, com uso de tecnologias de

transmissão de som e imagem, como as redes de telefonia,

internet e rádio. Também chamamos de teleconferência,

quando independentemente da inclusão de imagens de vídeo;

É necessário apenas um webcam e um microfone;

Uma teleconferência é, por outro lado, uma conferência que

tem lugar à distância, podendo ser através de um sistema de

vídeo ou de áudio.

WEBCAST

É uma forma de distribuição de dados e conteúdos através da Internet ou redes corporativas ou intranet;

A comunicação na Webcast é de uma via apenas, ou seja, somente uma pessoa fala e as outras assistem;

A interação entre os participantes e consultas é limitada apenas ao chat, podendo conversar entre si ou enviar

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Objetivo:

Transmitir áudio e

vídeo utilizando a

tecnologia streaming

media.

perguntas ao palestrante;

Um mediador analisa as perguntas do chat e repassa os questionamentos aos palestrantes;

Além do vídeo e do chat existe um espaço denominado Mural, onde são apresentadas informações adicionais, como por exemplo, slides, dados sobre o palestrante, etc.

A transmissão da apresentação deverá ser realizada através de uma sala com equipamentos específicos;

A recepção pode ser em salas ou individualmente no computador.

WEB REUNIÃO

Objetivo:

Compartilhar um assunto dinâmico e

fiel ao ambiente presencial.

É uma opção gratuita que oferece o recurso de conferência web totalmente focada na interatividade, disponibilizando todo o aparato para apresentar e discutir um assunto de interesse;

Pode ser visto como uma ferramenta de EAD (ensino a distância), mas pode ser abrangida a outros papéis, tais como Webinars (web seminários) ou reuniões corporativas.

VÍDEO CONFERÊNCIA

Objetivo: Manter a

interatividade entre

pessoas ou grupos

interessados em um

determinado

assunto, encurtando

distâncias,

racionalizando

recursos e

acelerando a troca de

informações.

Em seu nível mais básico, a videoconferência pode limitar-se a um simples intercâmbio de imagens e vozes, procedentes de lugares distintos;

É um sistema interativo de comunicação em áudio e vídeo, permitindo que a interatividade aconteça em tempo real, transformando a sala presencial num grande “lugar” espalhado geograficamente; Normalmente a videoconferencia e realizada no seguinte ambiente: uma sala dotada de uma camera de vídeo, micro-fones, retransmitidas por um monitor. Também com alguma facilidade tecnologica para a apresentacao de documentos; Atualmente, com as facilidades dos meios, surgiu um novo tipo de videoconferencia, a webconferencia, que nao precisa de salas especiais e muito menos equipamentos modernos; Benefícios - destacam-se: otimização do tempo, simultaneidade, amplitude de cobertura e maior rapidez.

WatsApp Objetivo - Desenvolver

uma alternativa ao envio de SMS, através de mensagem direta,

rápida e gratuita.

É um software para smartphones utilizado para troca de mensagens de texto. O técnico pode fazer uma reunião e ou repassar informações técnicas através desse softaware, mensagem escrita ou com voz, fotos, documentos, etc.

Os equipamentos utilizados para realização de métodos/eventos são “MEIOS”

para chegar a um fim. Portanto são recursos e não métodos/eventos.

Streaming:

fluxo de mídia

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Obs. Como qualquer outro tipo de reunião ou outro evento, a vídeo conferência, webconferência, teleconferência, webcast, também passam pelo processo de 03 (três) fases da reunião: planejamento, ação e acompanhamento. A fase de planejamento merece destaque e atenção redobrada.

54. WORKSHOP

DEFINIÇÃO OBJETIVO UTILIZAÇÃO VANTA-

GENS

LIMITA-

ÇÕES

Termo em inglês é empregado para definir uma oficina de trabalho, conjunto de palestras. É um programa de treinamento técnico-prático, dividido em duas partes: teórica e prática. O público participa intensamente; No funcionamento contam com um moderador e um ou mais expositores, que devem ter ampla experiência prática no assunto específico a ser abordado; Inicia com uma exposição da técnica que será abordada, onde irão debater praticar e tentar encontrar soluções, alternativas, novos rumos para um determinado tema proposto;

É seguido por uma discussão dos participantes em grupos e é finalizado com uma conclusão, na qual os resultados de cada grupo são analisados.

Detalhar, aprofundar, analisar a discussão sobre temas específicos e, para isso, apresenta casos práticos.

Unir a teoria com a prática, aproximando o público das novidades apresentadas, promovendo um contato mais próximo com as novas técnicas, com o objetivo de incentivar o aperfeiçoa-mento dos participantes.

Para interação e familiarização dos participan-tes sobre um determinado assunto para maior dinamis-mo, aliando a teoria prática ou analisando um caso prático;

É voltado para a aprendizagem por meio da concretização de atividades práticas sobre o tema desenvolvido. Para uma assimilação adequada do conteúdo.

Forma de aproxi-mar pessoas e empre-sas que podem se interes-sar pelo produto ou serviço ofereci-do.

Se for realizado mais que um dia torna-se maçante e às vezes desinte-ressa ao público;

Caso o palestran-te não tenha grande conheci-mento do assunto pode deixar o evento um desastre.

Obs.

Ler também OFICINA (página105) e CONGRESSO (página37) neste Manual.

O workshop pode ser realizado isoladamente ou fazer parte de um evento de maior amplitude, como uma atividade prática, por exemplo, fazer parte de uma conferência. Considera uma atividade de intercambio entre os participantes.

Modalidade parecida com a oficina, mas caracterizada por uma parte expositiva seguida da demonstração de um produto/serviço;

Não confundir com palestra.

PASSOS PARA EXECUÇÃO Duração: O workshop tem curta duração, em geral, tem no máximo 8 (oito) horas, ocorrendo

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em um único dia. Mas já foi realizado o evento até em 30 (trinta) horas, com no mínimo 3 (três)s horas e no máximo 8 (oito) horas diárias. Planejamento: Como todo evento/método o workshop exige atenção e planejamento freqüentes, antes, durante e após a promoção do evento. É uma demanda cada vez mais estratégica para as empresas e entidades, sendo uma atividade complexa.

Escolha o tema: Essencial para o sucesso. O tema é o que garantirá a essência e o posicionamento consistente, é fundamental que seja o tema de interesse do público a ser trabalhado. Fazer uma pesquisa sobre os temas que são de interesse do público alvo pode ajudar a gerar insights O tema ajudará a definir todas as próximas etapas do planejamento.

Equipe: Montar a equipe organizadora, com os papéis específicos. Verificar quais são os parceiros;

Definir: os objetivos determinando a necessidade dos participantes, local, data e horário, cronograma, programação;

Verificar: se o evento será só ou implementado paralelamente a outro evento; Orçamento: Montar a planilha com os gastos, e patrocinadores, ou de onde virá o

recurso para montagem do evento; (Verificar ORÇAMENTO página 205 neste Manual.)

Público: Ideal para alcançar objetivo é no máximo 30 participantes. Difícil trabalhar se ultrapassar. Estabelecer o público conforme o objetivo proposto;

Palestrantes: Importante buscar profissionais que sejam referência na área e que agreguem valor ao evento ou workshop. Não misture оѕ assuntos, pois poderá dificultar о aprendizado, na maioria das vezes, о workshop costuma ser uma espécie de curso intensivo sobre um assunto específico.

Buscar palestrantes que tenham total domínio do assunto que será apresentado. Porque o work shop geralmente é freqüentado por pessoas que já possuem um pouco de conhecimento do assunto ou já trabalham na área.

Materiais: montagem dos materiais técnicos, folders, convites, pastas, flyer, banner, etc. Se puder distribua o material da palestra impresso ou em um pen drive, disponibilize também na internet.

Equipamentos: Verificar quais serão utilizados.

Recursos auxiliares de ensino: Analisar quais serão utilizados e deverão bem preparados, por exemplo, ao utilizar um Power point, verificar todo procedimento ideal para confecção: o que realmente anotar, tamanho de letra, cor, imagens, etc.

Checklist - todos os detalhes são importantes e vitais para o sucesso da ação. Desenvolva um checklist com todos os equipamentos e recursos que serão necessários, como data show, flip chart, notebook, caixas de som, microfones, etc. teste todos os equipamentos antes do evento. Ver Checklist página 201 neste Manual.

Divulgação: Depois de planejar o workshop é hora de divulgá-lo ao seu público de interesse. Faça um planejamento da divulgação, de acordo com os objetivos e a verba disponível. Divulgue nas mídias sociais. Verifique qual a melhor forma da divulgação. Antes, durante e depois do evento.

Acompanhe o trabalho das equipes: Para promover um evento, necessário contar com diversos parceiros, fornecedores, equipes envolvidas. Manter um acompanhamento detalhado do andamento dos trabalhos para evitar surpresas de última hora.

Insight: denota sentido de intuição ou iluminação e é usada sempre que acontece alguma

revelação ou quando há uma compreensão súbita de alguma coisa ou determinada situação.

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Execução:

Credenciamento: ou inscrição dos participantes que podem ser realizadas com antecedência via internet ou pessoalmente, depende de cada local. No credenciamento sugere-se a distribuição de pastas contendo material técnico, bloco de anotação caneta, etc.; Moderadores e palestrantes: Normalmente possui um moderador e um ou dois expositores. A dinâmica da sessão divide-se:

• recepção em exposição. • discussão em grupo ou equipe e conclusão.

Faça uma pré seleção sobre tudo o que será debatido durante o workshop.

Se puder, dividir о evento еm blocos, іѕѕо irá fazer соm quе оѕ participantes nãо ѕе cansem, deixando-os sempre interessados.

Anfitrião: Cumprir seu papel de convidar, reunir, recepcionar, acolher, fazer as honras da casa, dar atenção aos convidados, agradecer a presença, ser agradável, etc.

Divisão dos assuntos: coloque aqueles assuntos mais pesados para o início do workshop, pois nesse momento оѕ espectadores estarão mais atentos. E deixe os assuntos mais leves ou os palestrantes mais “divertidos” para o final.

Proponha pequenos intervalos entre um palestrante е outro para não tornar cansativo;

Primeira parte do workshop: é destinada à apresentação teórica dos assuntos previamente definidos;

Inclua de perguntas e respostas. Dependendo das regras básicas, convide os participantes a fazerem perguntas, durante o workshop ou em momentos preestabelecidos. Reserve esse espaço para que os participantes possam expressar as suas opiniões, dúvidas e sugestões. As informações passadas por essas pessoas podem ser muito importantes na hora de organizar um próximo evento;

Interação do público: com o público interagindo de maneira intensa, a idéia é que os conhecimentos sejam adquiridos por meio da experiência conjunta, estimulando a criatividade e a troca de informações entre participantes e facilitadores

Segunda parte: é voltada para a aplicação prática na qual os participantes testam as informações recebidas. Dividir em grupos os onde pode receber um caso prático a ser estudado e desenvolvido conforme orientações, com tempo determinado, apresentam suas conclusões ao grande grupo. Montar uma programação para realização dos trabalhos. Não há uma programação muito rígida para a realização dos trabalhos, dependerão das dinâmicas a serem adotadas pelos condutores dos workshops. Cada um definirá sua metodologia de trabalho;

Final do workshop: As conclusões devem ser apresentadas; Certificados: Caso seja planejada a entrega de certificados, entregá-los somente

àqueles que cumprirem as exigências de participação;

INVISTA no pós-evento: Às vezes esquecemos essa fase. Ela deverá fazer sempre parte de um planejamento assertivo de qualquer evento. Faça uma avaliação com o público participante, verifique quais foram os pontos de destaque e os que podem ser melhorados. São retornos que podem melhorar o planejamento de outros eventos.

Use ferramentas online, se for o caso. Programas de aprendizado "open source" como o

Moodle ou o Blackboard, que são gratuitos, podem facilitar discussões online e postagem

de conteúdo fora do ambiente do workshop. Essas ferramentas online também são um

ótimo meio de receber tarefas ou outros trabalhos dos participantes.

Workshop tem o conhecimento aliado à prática, se assemelha a Oficina. Difere do curso que é mais voltado à formação e/ou profissionalização, com maior foco na abordagem teórica.

Obs. LER também CONGRESSO (página 37) e OFICINA (página 104) neste Manual.

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55. WORLD CAFÉ

DEFINIÇÃO OBJETIVO UTILIZAÇÃO VANTAGENS LIMITA-

ÇÕES

Método de conversação, participativo. Um processo criativo que visa gerar e fomentar diálogos entre os indivíduos a partir daí criando uma rede viva de diálogo colaborativo que acessa e aproveita inteligência coletiva, para responder questões planejadas em pauta;

Utilizado no mundo por empresas dos mais diver-sos segmentos e tama-hos. Pode aplicar a qual-quer número de partici-pantes, excelente para compartilhar conheci-mentos, idéias, visões e experiências, estimular inovação e mudanças, acessar a inteligência e sabedoria coletiva.

Promover

diálogos

construtivos

acessar

inteligência

grupal,

aumentar a

capacidade

de criar e

trocar

conheci-

mentos de

forma

coletiva.

Para possibilitar líderes, facilitado-res, moderadores e todas as pessoas que trabalham com grupos a criar intencionalmente redes dinâmicas de conversação, de polinização cruzada de idéias e conhecimentos, gerando uma evo-lução acelerada de trocas;

Para partir do princípio que as pessoas já possuem no seu interior a sabedoria e a criatividade para enfrentar até mesmo os mais difíceis desafios.

Exercitando o Word Café, percebe as suas implicações práticas imediatas no jeito de se fazer reuniões, na criação de conhecimento, na concepção de inovações rápidas, no engajamento das partes interessadas e em mudanças em larga escala;

A aplicação da técnica auxilia o processo de geração de ideias, cria sinergia e comprometi-mento.

Mais que um tema distinto pode impedir o suces-so;

Planejamento e objeti-vo mal defini-dos irão colabo-rar para a falha no resul-tado.

Obs.:

Pode ser também aplicada como uma técnica dentro de eventos maiores como Congresso (página 37), Seminário (pagina 152), etc.

O World Café é um Café to go! (Café para Viagem!)

PASSOS PARA EXECUÇÃO Público: Um grupo ideal para trabalhar é em torno de 30 (trinta), na realidade não existe

número limitado de participantes podendo ser utilizado também em grandes grupos.

Coordenador Geral: O World Café exige a figura de um coordenador geral que é o anfitrião

que podemos denominar de "Ancora", que tem a responsabilidade da coordenação de todo

trabalho. A atuação desse Anfitrião no antes, durante e depois do "World Café", é de

fundamental importância para criar e manter um ambiente descontraído e propício para

despertar nos participantes a vontade de compartilhar. Pois o processo de Conversação

Colaborativa proposto pelo "World Café" necessita do "Anfitrião Ancora" que deverá estar

devidamente preparados para o assessoramento, quando necessário. E cada mesa também

deverá ter o seu anfitrião que permanecerá no lugar quando todos da mesa mudar de lugar.

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“O diálogo é o encontro amoroso dos homens que, mediatizados pelo mundo, o pronunciam, isto é, o transformam e, transformando-o, o humanizam para a humanização de todos”. Paulo Freire

Planejamento:

Questionamento primário: Quando? Onde? Por quê?

Pensar no Tema: De preferência um único tema, mas dependendo do tempo disponível o café pode explorar mais temas. No caso de utilizar a mesma reunião para tratar de mais de um problema deve-se caracterizar bem a mudança de tema, formalizando uma nova rodada de conversação.

Ambiente: Colocar mesas com 4 (quatro) ou 5 (cinco) cadeiras para os grupos, como de uma "Casa de Café". Cada mesa deverá ser coberta com toalha de papel para que sirva de anotações do grupo, colocar canetas e lápis para desenho.

Execução:

Divisão dos grupos: Dividir o grupo em 4 (quatro) ou 5 (cinco) que sentarão nas cadeiras dispostas em cada mesa. O coordenador ou “Ancora” ou anfitrião faz as explicações, em relação ao processo de trabalho, determina o tempo, sendo assim iniciada uma conversação sobre um tema / pergunta pré-definidos. Cada grupo deverá ser eleito um anfitrião, que permanecerá na mesa na hora da rodada.

Papel do anfitrião da mesa: Ficará na mesa enquanto os demais irão para outras mesas. Receberá o próximo grupo, repassará o que foi discutido no grupo anterior e conectará as idéias do anterior com o grupo visitante. Repetirá a mesma atividade nas próximas rodadas e outra se for negociado.

Onde anotar as questões: As idéias-chaves são anotadas na toalha que é de papel, ou folhas de flip chart ou folhas de cartolinas colocadas nas mesas e as anotações ficam a critério dos participantes do grupo, como os participantes julgarem melhor. Pode ser por escrito, desenho, rabisco, etc.

Etiqueta do World Café: Para os participantes, anfitrião e coordenadores:

a) Concentre-se e foque no que importa, no objetivo proposto. b) Socialize suas idéias compartilhe seus pensamentos e experiências, contribuindo. c) Fale claramente ajudando na construção. Participe de corpo, alma mente e coração. d) Ouça para entender. Escute para compreender e) Fale o necessário, permita os outros também participar. f) Ligue e conecte idéias. g) Ouça junto com o grupo, buscando insights temas e questões relevantes e mais

profundas. h) Participe escrevendo nas toalhas, não tenha medo de desenhar, de rabiscar de

mostrar a idéia, encoraja-se.

Rodada: o grupo irá fazer as discussões em torno de 20 a 30 minutos. Após terminarem conforme o tempo previsto, os participantes da mesa irão para outras mesas. Exceto um, que é o anfitrião eleito pelo grupo. Esses participantes que mudam de mesa são “viajantes” ou “embaixadores do significado” que levam idéias-chaves,

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os temas e perguntas para sua nova conversa. Enquanto viajam para outra mesa, o anfitrião permanecerá na mesa de origem e tem a responsabilidade de receber os novos companheiros, dar as boas vindas aos novos viajantes a cada rodada, apresentar o que foi sintetizado “na toalha” e estimular que sejam compartilhadas as conversações experimentadas nas outras mesas, deve encorajar que os “viajantes” expressem suas idéias com rabiscos, desenhos, frases, etc.

Polinização cruzada: nesse momento, inicia-se este processo chamado polinização cruzada, que acontece durante todas as rodadas do "World Café". Esse conteúdo deve ser incorporado ao registro daquela mesa.

2ª rodada: terminada a primeira rodada novamente os participantes partem para a segunda rodada, menos um, que é o anfitrião, mudam de mesa e, dependendo do objetivo da conversação, continuam na mesma questão ou recebem um novo detalhamento ou um novo foco. Da mesma forma o anfitrião permanece em cada mesa, realizando o mesmo processo.

Tempo para rodadas: Sabendo o objetivo que se quer alcançar, bem como a quantidade de tempo total para trabalhar, pode-se decidir o período de tempo adequado para as rodadas de diálogo, tempo para o uso mais eficaz das perguntas e as formas de mais interessantes de conectar e “polinizar” idéias.

Última rodada: Após a terceira rodada que é o ideal ser a última rodada os viajantes voltam à suas mesas de início, onde sintetizarão as descobertas;

Conclusão: No final será realizada uma conversação em estilo “plenária ou assembleia” onde todos os grupos e participantes compartilhem suas descobertas e insights em uma conversação com o grupo todo evidenciando o conhecimento coletivo e o surgimento de possibilidades de ações conjuntas.

Avaliação: da melhor forma que o Ancora planejar.

Final: Depois de findado o world café é hora de documentar o processo e os resultados. Podem-se criar jornais ou livros de história com os relatos e ilustrações que registraram o evento, utilizando as próprias ilustrações realizadas nas toalhas.

. 3ª rodada:

Mais uma rodada com as mesmas

regras. O número ideal de rodadas é 3 (três), mas

conforme o conteúdo e o planejado

poderão acontecer outras

rodadas, se necessário.

Fonte: Brown e Isaac (2007), Adaptação Edna Batistella Lopes

20 a 30 minutos

VIAJANTES

Anfitrião de mesa

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PRINCÍPIOS DO WOLD CAFÉ: Conforme Brown e Isaac (2007), o processo deve levar em consideração 7 (sete) princípios:

NOTA IMPORTANTE DESSE MANUAL:

“O conteúdo dos passos de cada evento/método descritos até este momento são

conteúdos básicos, que servem para auxiliar na compreensão e também para somar

aos conhecimentos já existentes. Para maiores aprofundamentos se faz necessário

buscar bibliografias mais detalhadas, levando em consideração que cada

evento/método possui dispositivos pedagógicos para dinamização do processo

ensino-aprendizagem”.

WORLD

CAFÉ

WORLD

CAFÉ

Compartilhar os descobrimentos

coletivos Fixar o contexto

Criar um espaço

hospitaleiro

Explorar perguntas

significa-tivas

Estimular a contribuição

de todos

Conectar as diversas

expecta- tivas

Escutar diferentes pontos de

vista

SETE PRINCÍPIOS

1. Estabelecer o

tema, ter um motivo

claro para a reunião

é fundamental para

atingir o objetivo.

Determinar sobre

qual tema as idéias

devem ser geradas

ou qual o problema

a ser resolvido.

2. Criar um espaço receptivo, acolhedor,

caloroso e confortável. O fator

ambiental no processo é

importante para o surgimento de idéias

e a criatividade, propiciando o

diálogo.

Fonte: Brown e Isaac (2007). Adaptação Edna Batistella Lopes

3.Explorar as

questões significativas

e relevantes é

importante para

produzir resultados,

descobertas e ajuda o

público a pensar em

soluções eficazes para

o tema.

4.Estimular a contribuição de todos,

pois se encorajam e engajam

profundamente quando sentem que

estão contribuindo de alguma forma.

Deve-se incentivar a participação de

forma ativa, respeitando as diferenças

de cada um, alguns podem ter ma s

conhecimento e vivência sobre o tema.

em questão. i

7.Unir as descobertas significativas

coletivas e ao final compartilhar em plenária com o

grande grupo de forma que todos

possam opinar sobre estas idéias e registrá-las.

6.Escutar juntos os insights para descobrir padrões, percepções e

questões mais profundas, ouvir com habilidade é um passo

importante nessa técnica, assim é

possível realizar a construção sobre o tema em conjunto.

5.Promover a polinização cruzada e conectar as perspecti- vas diferenciadas. Os

participantes irão participar através de

opiniões, diálogos ativos e pulsantes para a conexão entre as idéias.

“Para o homem, a mais alta realização é ser capaz de fazer.

Lembre-se de você mesmo, sempre e em toda parte.” Gurdjieff

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56. PLANEJAMENTO DE MÉTODOS / EVENTOS

“A planificação realizada com antecedência de qualquer método ou evento colabora para o sucesso total’.

Para atuar nas propostas extensionistas, necessitamos desenvolver atividades de caráter

educativo que exigem ações organizadas, ou seja, PLANEJADAS.

PLANEJAR: significa prever, organizar, antecipar, delinear, sistematizar, maximizar, vislumbrar

resultados. Devendo ser avaliado e reavaliado, segundo critérios científicos.

QUADRO contendo SUGESTÃO DE PLANEJAMENTO.

Apoio de pessoal

Recursos humanos

Operadores de gravação, audiovisual, som e luz

Mestre de cerimônia

Coordenador, anfitrião do evento

Apoio logístico

Equipamento audiovisual, elétrico, eletrônico

Bandeiras, mastro, suporte e outros objetos

Peças de comunicação/divulgação

Transporte, hospedagem

ORGANIZAÇÃO

ORGANIZAÇÃO

PLANEJAMENTO

INICIAL

COORDENAÇÃO

EXECUÇÃO

Objetivo

Público Definir estratégias: (nome, local, data, duração

e programação (cronograma de atividade)

Apoio operacional

Infraestrutura física: local onde o evento se realizará (sala, auditório, comunidade)

Condições de acesso

Custos

Decoração

Recepção e credenciamento

Checklist

Cerimonial e protocolo

AVALIAÇÃO

PÓS EVENTO

Análise e avaliação

Relatório Final

Prestação de Contas

Fonte: Manual de Eventos IFSP, 2015 são Paulo

Monitoramento

Acompanhamento de resultados

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Conforme a definição do dicionário Houaiss, PLANEJAR é elaborar, projetar, organizar um plano ou roteiro. Ter a intenção ou pretender algo. O planejamento nos ajuda a traçar

metas de onde, como e o porquê de se alcançar determinados objetivos. Funciona como um facilitador, pois ajuda a alcançar metas preestabelecidas.

DEVEMOS ANALISAR: REFLETIR antes de planejar. Essas reflexões auxiliam em sua construção. É preciso PENSAR para quem se direciona o que se está planejando e para que vão servir as suas ações. Alguns exemplos para Reflexão: • O que se pretende fazer, o porquê e para quem? • Que objetivos pretende-se alcançar? A que fim destina o método / evento que vou aplicar?

Qual o propósito do método/evento? Por exemplo um curso: é Qualificar (ampliar conhecimento), Requalificar (desenvolver habilidade), Especializar (mudar de atitudes).

• Que estratégias serão utilizadas para alcançar tais objetivos? • Quanto tempo será necessário para alcançar os objetivos? • Quais os resultados pretendidos? Em curto, médio e longo prazo. • Há possibilidade dos resultados serem atingidos? • Como avaliar se os resultados estão sendo alcançados?

“Planejamento é um processo, uma dinâmica mental”.

Modelo de PLANO DE ENSINO - APRENDIZAGEM

Análise da Realidade Projeção da finalidade Formas de mediação

Conhecimento Objetivo (para que) Conteúdo (o que) - da realidade Metodologia (como, onde) -- Recursos (com que)

Sujeitos (quem, para quem) Geral -- Objeto (o que / título, disciplina) Específico -- Contexto (onde, quando)

Necessidade (por que)

- PLANO

Realização Ação Pedagógica - Interativa

Análise de Processo -- Confronto Realização – Elaboração

- + Tomada de Decisão

-- (como está evoluindo)

Avaliação de Análise do Processo - Conjunto e do Produto

- Fonte: Vasconcelos 1995

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IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO DE ENSINO:

Evitar rotina e a improvisação;

Contribuir para a realização dos objetivos;

Promover a eficiência e eficácia do ensino;

Garantir maior segurança na direção do ensino;

Garantir economia de tempo e energia;

Organizar o assunto para maior compreensão;

Estabelecer segurança para o grupo;

Evitar falhar através das avaliações.

CARACTERÍSTICAS DO PLANEJAMENTO DE ENSINO:

Ser elaborado em função das necessidades e das realidades apresentadas pelo público a ser trabalhado;

Ser flexível, dar margem a possíveis ajustamentos sem quebrar sua unidade e continuidade. O plano pode ser alterado sempre que se fizer necessário;

Ser claro e preciso. Os enunciados devem apresentar indicações bem exatas e sugestões bem concretas para sua realização;

Ser elaborado em íntima correlação COM OS OBJETIVOS VISADOS;

Ser elaborado tendo em vista as condições reais e emitidas de local, tempo e recursos disponíveis.

Para elaboração de um bom plano é fundamental que antes se trabalhe no mapeamento do conteúdo, de forma a estabelecer as idéias centrais que deverão ter destaque e as idéias secundários que deverão ser incluídas. Os exemplos também são significados, devendo fazer parte do desenvolvimento das aulas. Ver MINDIMAP página 121 neste Manual.

DICAS SOBRE PLANO DE CURSO: Serve também para outros métodos / eventos

Plano: É a organização de um conjunto de matérias ou de conhecimentos que vão ser desenvolvidos durante um período relativo à extensão do curso em sim orientado por princípios educativos.

PASSOS BÁSICOS PARA ESTRUTURAR UM PLANO de ENSINO – APRENDIZAGEM

"Se você NÃO sabe aonde quer chegar, nenhum vento lhe é favorável” Sêneca

Um plano ajuda a desencadear um ensino mais eficiente, evitando a improvisação e a inconsistência do conteúdo.

"Planejamento é o oposto da improvisação”

PRINCIPAIS

ELEMENTOS DO PLANO

TÍTULO DURAÇÃO PÚBLICO (para quem)

OBJETIVOS (para quê)

CONTEÚDO (o que)

AVALIAÇÃO

MATERIAIS DIDÁTICOS (com o que)

MÉTODOS E TÉCNICAS

(como, onde)

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a) PÚBLICO (para quem é o curso). Com base nos objetivos proposto define-se qual é o público a ser trabalhado. Caracterizar o perfil a partir dos dados quantitativos e qualitativa. Quem são eles, como são, o que já sabem, o que fazem, o que querem. A partir destes dados definiu objetivos, conteúdo, metodologia, etc.

b) OBJETIVOS- (para que) - é o que se pretende alcançar com o resultado final do

curso. Etapa básica do plano de curso é o estabelecimento dos objetivos. Devem explicitar os conhecimentos, as habilidades e as atitudes a serem adquiridas no curso. Com que finalidade, qual a expectativa, qual a mudança, que comportamento, atitudes.

56.1 OBJETIVOS EDUCACIONAIS:

Abrangem as três áreas de aprendizagem humana:

OBJETIVO GERAL (Para que é o curso):

Tem uma abrangência maior, compõem-se da visão global do curso como um todo. É a

interação dos objetivos específicos a serem alcançadas em cada conteúdo ministrado,

focalizam o assunto num sentido amplo, completo, reflexa e permitam interpretações amplas

e subjetivas chamadas de palavras (verbos) abertas. Exemplos:

OBJETIVOS ESPECÍFICOS (o que se quer ao final do treinamento)

Referem-se às ações próprias (específicas) de cada conteúdo desenvolvido, envolvendo conhecimentos, atitudes e habilidades. Empregam-se palavras (verbos) que indicam ações observáveis e mensuráveis, chamadas de palavras (verbos) fechadas. Exemplos:

Um verbo utilizado sem erro é o Verbo “CONTRIBUIR”

Existem verbos no sentido vago ou ambíguo, que dão margens de muitas interpretações, por exemplo: abstrair, adquirir, crer, conscientizar, pensar, raciocinar, sentir, saber, aprender, etc.

c) CONTEÚDO - O que (quais assuntos serão tratados).

A descrição dos objetivos deve começar sempre por um verbo no infinitivo

Da área cognitiva (conhecimento);

Da área afetiva / valorativa (atitudes);

Da área motor (habilidades).

D

Adquirir Aplicar Analisar Conhecer Contribuir

Desenvolver Interpretar Perceber Possibilitar Proporcionar

Administrar Apontar Calcular Citar Classificar Comparar

Construir Correlacionar Corrigir Definir Demonstrar Determinar

Discriminar Distinguir Dizer Efetuar Empregar Escolher

Escrever Executar Formatar Identificar Indicar Listar

Manusear Nomear Ordenar Preparar Reconhecer Reproduzir

Resolver Selecionar Separar Observar Ordenar Organizar

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Organizar os conteúdos de acordo com objetivo de profissionalização. Para definir o conteúdo é necessário analisar cada objetivo especifico e que conteúdo é preciso ser ministrado para atingi-los. Mapear os assuntos. (ver mindmap, pag. 121 neste Manual). Qual assunto, que temas falta, qual a experiência. O conteúdo tem que ser de interesse e necessário para o público a ser trabalhado.

d) MÉTODOS E TÉCNICAS - como, onde (como fazer o caminho andar). A boa escolha do método facilitará o processo de ensino aprendizagem. É fundamental para o sucesso do curso.

e) RECURSOS NECESSÁRIOS com o que (meio para chegar ao fim). Selecionar os Recursos Auxiliares de ensino que são os recursos didáticos, por exemplo, data show, álbum seriado, flip chart, etc. e os Recursos Humanos necessários para realização o curso, parcerias, etc.

f) AVALIAÇÃO (como vai se verificar o resultado de aprendizagem). Nesse momento define-se como mensurar o resultado o resultado de aprendizagem, é importante definir quando, como e instrumentos para avaliação de acordo com os objetivos.

57. AVALIAÇÃO

AVALIAR métodos e eventos não implica apenas em descrever e mensurar a qualidade da execução do planejado, e sim a qualidade dos processos de ensino-aprendizagem, é uma avaliação educacional, portanto a avaliação é para melhorar o processo educacional em todos os seus aspectos.

.

O processo de avaliação é dividido em três fases: Avaliação do método, do conteúdo e da estratégia metodológica. AVALIAÇÃO DO MÉTODO / EVENTO: Avalia a execução do método / evento como ferramenta de trabalho, realizado logo após a execução. AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO: Avaliar se o objetivo pretendido foi alcançado. Pode ser em curto prazo, imediatamente após a aplicação do método e a médio prazo com a verificação do comportamento do público participante do método aplicado e os seus resultados. AVALIAÇÃO DA ESTRATÉGIA METODOLÓGICA: As "estratégias metodológicas" são as formas de abordar os conteúdos. De ensinar e aprender. Não se trata de dinâmicas de grupo para motivá-los, mas de atividades que têm como objetivo principal o desenvolvimento de competências profissionais: o estabelecimento de vínculos afetivos reais, a interação para a realização de tarefas que dependem de trabalho coletivo, o uso dos conhecimentos disponíveis, o procedimento de estudo, a reflexão sobre a prática, a avaliação do percurso de formação, o exercício da leitura e escrita, da simulação, da discussão, da explicitação de pontos de vista, da sistematização, da análise de materiais, situações e ações do grupo.

“A avaliação é parte integrante do processo ensino/aprendizagem”

“Existem várias técnicas e dinâmicas de avaliação.

Que ajudam a obter melhores resultados.”

“Dinâmicas, técnicas e ferramentas são os meios

utilizados para auxiliar a aplicação método”.

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Avalia o método executado dentro da combinação de métodos. É a estratégia para alcançar um objetivo maior, que foi construído com a participação da comunidade, visando o processo de ensino- aprendizagem.

LEMBRETE:

A Extensão rural não é apenas um “repasse” de informação. A extensão rural produz e constrói junto conhecimentos sobre problemas reais e cria condições de soluções e adequação, além de estimular a formulação de nos projetos de extensão e de pesquisa;

AVALIAÇÃO FINAL:

Os métodos / eventos apresenta uma forma particular de avaliação final. A adoção dos instrumentos dependerá da escolha prévia dos organizadores. As mais comuns são: Questionários de avaliação do evento, conforme interesse da comissão organizadora.

Elaboração de clippings diários sobre o evento para posterior avaliação de dados

Deverá haver reuniões da comissão organizadora para discussão dos pontos que deveriam ser melhorados e o que deu certo. Elaboração final par indicar novas estratégias de atuação.

58. PARTICIPAÇÃO METODOLÓGICA

A participação faz parte na vida das pessoas. Em diversas ocasiões o indivíduo é levado por desejo próprio ou não, a participar de grupos e atividades. O ato de tomar parte revela a necessidade que o ser humano tem em se associar na busca de alcançar objetivos que lhes que seriam de difícil consecução ou até mesmo inatingíveis caso fossem perseguidos individualmente, de maneira isolada. Mais do que provado de que quanto mais participativa é uma ação, melhores resultados terão. Obs. Existem inúmeras técnicas e dinâmicas de grupo para montagem de planejamento. Quando bem aplicadas é garantido o sucesso.

Clipping: conjunto de recortes de revistas e jornais sobre um determinado assunto. Em geral os recortes são colocados em um livro ou arquivo.

Planejamento

Participativo:

É o processo de

tomada de decisões, é

a busca de uma visão

múltipla, integrada e

sustentável de

desenvolvimento. Que

traz a

“A avaliação é um Processo e não um Fim”

PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO

REFLEXÃO RESPONSABILIDADE

CIDADANIA MUDANÇA

INTEGRAÇÃO

DIÁLOGO HUMANIZAÇÃO

JUSTIÇA IGUALDADE

TRANSFORMAÇÃO INCLUSÃO

CONSTRUÇÃO COLETIVA

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59. CHECKLIST

Organizar um método / evento é um desafio para quem está gerenciando. Todo cuidado nos detalhes é importante. Um bom evento trará resultados positivos a curto e longo prazo tomando alguns cuidados no momento da organização e até mesmo na realização do evento. Para isso é necessário ser elaborada uma “Lista de verificações”

Independentemente do público é necessário um planejamento criterioso e fundamenta. A

lista de verificações - “Checklist” - é a lista onde são colocados todos os itens que podem

fazer falta em alguma tarefa ou em algo que esteja planejando ou executando, evitando

assim futuros esquecimentos, falhas, faltas. Abrange todos os itens necessários para a

realização de um evento, desde a organização até a execução.

Checklist:- ferramenta de extrema importância para garantir que o projeto alcance seus objetivos.

Elabore uma planilha com os campos que achar necessário, por exemplo, nome do evento, data de realização, local, público estimado, objetivos, atividades programadas, suas descrições. Na descrição é importante ter o responsável pela atividade ou a equipe responsável, o fornecedor, lista de pagamentos a serem realizados, contatos, situação

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(status), prazo para conclusão (deadline). Lista de pagamentos a serem feitos e observações necessárias.

59.1 MODELOS DE CHECKLIST

Deadline: tempo máximo para realização de uma tarefa

Nome do evento:

Local:

Data

Uma checagem simples é a chave de prevenção

para que um pequeno engano não se

transforme num desastre de

enormes proporções”.

Médico Atul Gawande

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59.2. SUGESTÕES PARA COMEÇAR A ELABORAR O CHECKLIST

PLANEJAMENTO DATA RESPONSÁVEL SITUAÇÃO

Reunir os idealizadores para uma reunião de briefing

Dimensionamento do evento e seu formato

Lista dos locais compatíveis com o dimensionamento e formato

Visitas aos locais selecionados para verificação de limpeza, arrumação, banheiros, copa-cozinha, alimentação, coquetel, refrigeração, etc.

Definição do local

Contratação do espaço

Budget (orçamento) do evento

Elaborar o projeto

Submeter o projeto à aprovação

ORGANIZAÇÃO DATA RESPONSÁVEL SITUAÇÃO

Elaborar o checklist

Definir a equipe de trabalho. Conforme o evento. Equipes

como: coordenadores de área, Recepcionistas e equipe

de credenciamento, Tradutores e intérpretes, Assessoria

de Imprensa e fotógrafos, Operadores de som, luz e

vídeo, Equipe médica, enfermagem e ambulância,

Seguranças, garçons/copeiras, serviços gerais, Office

boys, manobristas ou serviço de transfer, Pessoal da

manutenção, Mestre de cerimônias e outros que achar

necessário para o evento.

Visitar novamente o local do evento e verificar as

condições técnicas

Verificar a contratação do espaço

Definir a programação das atividades

Criar a identidade visual para o evento

Definição da estratégia de divulgação/venda do evento. Execução da estratégia. Criar as peças para divulgação.

Produzir as peças: fichas de inscrição, cartazes, faixas de mesa, pastas, folhetos, crachás, certificados, programa, formulário para perguntas, questionário de avaliação, credenciais para imprensa, credenciais para estacionamento, faixas, entre outros.

Definir a lista de convidados

Elaborar, produzir e expedir os convites

Elaborar lista de confirmação e escusas

Produção de materiais de apoio tais como: Vídeo de abertura (institucional ou publicitário, dependendo do objetivo do evento), Apresentação padronizada, Materiais gráficos para imprensa e Kit do participante.

Destacar e treinar equipe para o receptivo às autoridades

Prever local para estacionamento

Reservar os lugares destinados às autoridades e aos convidados

Elaborar nominatas (relação de nomes)

Redigir e submeter à aprovação o roteiro da solenidade

Mapear as necessidades de mobília, tapetes, púlpitos para os pronunciamentos, etc.

Mapear as necessidades de recursos de sonorização, projeção e gravação de imagens

Definir local para atendimento à imprensa

Providenciar recursos tecnológicos p/ a sala de imprensa

SUGESTÕES PARA ELABORAR UM CHECKLIST

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Definir data, equipe e período de montagem do evento

Providenciar suporte médico para emergências

Encaminhar press kit, fazer contatos e atuar na assessoria de imprensa do evento

Mapa de distribuição do material de divulgação

Tabela de controle do material publicado

Definir necessidade de treinamento da equipe

Definir local para montagem de copa de apoio a coquetéis, coffee-breaks e outros serviços

Definir equipe para cobertura do evento

EXECUÇÃO DATA RESPONSÁVEL SITUAÇÃO

Selecionar, adquiridos ou locar: Rádio de comunicação para integrar a comunicação dos coordenadores de área, crachás, etiquetas para viabilizar a identificação e credenciamento dos convidados, uniformes para recepcionistas e equipe de apoio, estrutura de palco e stands.

Mostrar o evento (organizar os móveis, tapetes, tablados,

praticáveis etc.)

Instalar equipamentos: telas projetores de imagens,

lousa, flip chart, computadores, impressoras, caixa de

som, máquinas copiadoras, telefones, equipamentos de

sonorização, microfones e outros necessários.

Testar os equipamentos

Reunir os profissionais de apoio para informes

atualizados

Dar suporte ao trabalho ao mestre de cerimônia durante

todo o evento

Organizar material de apoio: livro para registro de

presença ou lista, lista de confirmação e escusas,

nominatas, roteiros, mastros, bandeiras, hinos, guarda-

chuvas, cartões para reserva de lugares, entre outros

Evento com refeição verificar durante a organização o serviço de buffet – material de copa (louças, talheres, etc.); O cardápio (alimentos e bebidas) do evento considerando: Lista de fornecedores compatíveis com o cardápio do evento. Realização degustação dos pratos dos fornecedores selecionados. Definição do fornecedor (es) de alimentos e bebidas do evento. Contratação do fornecedor (es) de alimentos e bebidas.

PÓS-EVENTO DATA RESPONSÁVEL SITUAÇÃO

Desmontar as instalações

Devolver mobílias e equipamentos

Vistoriar, reorganizar e limpar o local do evento

Agradecimentos aos participantes do evento /método

Formalizar os agradecimentos aos colaboradores /

equipe de apoio e envolvidos na organização e

realização o evento / método

Prestar contas - Envio de prestação de contas aos

patrocinadores

Classificar e arquivar documentos

Classificar e arquivar os registros audiovisuais

Emitir certificados

Elaborar e compartilhar o relatório fiscal do evento

Avaliações – envio de pesquisa de satisfação pós evento

aos participantes

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Tabular e analisar os questionários de avaliação

Envio de relatório final aos interessados

Disparo de material de divulgação pós – evento – fotos e

vídeos

Clipping de materiais divulgados na imprensa

Fonte: Manual de Organização de Eventos do Senado federal – p. 39 – 2013

Adaptação realizada por Edna Batistella Lopes

Obs. Existem vários sites que disponibilizam gratuitamente planilhas de ckecklist no Excel,

como por exemplo, http://downloads.sympla.com.br/check-list-para-eventos

60. ORÇAMENTO ou BUDGET

O orçamento deverá ser de acordo com a fonte solicitada, obedecendo todas as normas de

cada fonte já planejada.

Cada área do planejamento requer a providência de várias questões e a falta de uma delas

pode ser bastante prejudicial para o todo. Só para citar algumas coisas: local, divulgação,

fornecedores, alvará, alimentação e segurança. Estes são alguns itens que podem estar

presentes no planejamento, dependendo do tipo do seu evento. E é claro, todos eles

requerem investimento É necessário um orçamento realmente eficiente.

Por isso, ao se organizar eventos, é primordial fazer um orçamento detalhado. Ele é essencial

para a organização e planejamento da produção por permitir a visão geral dos gastos e ajudar

o organizador a controlá-los dentro da verba disponível. E este é o nosso tema de hoje: como

desenvolver um orçamento realmente eficiente?

QUANTO POSSO GASTAR?

Traçar um perfil geral do evento e do organizador. Esta é a hora de se estipular a verba geral,

ou seja, o total que poderá ser gasto. E a partir deste valor, é que será definido o que poderá

ser aplicado em cada item da lista. Ter uma quantia total definida é muito importante para que

gastos exagerados que extrapolem o limite não se tornem um problema mais tarde.

No mundo dos eventos existem vários modelos para montagem de planilhas de orçamentos,

bem como gráficos. Os detalhes são inúmeros e de diversas formas conforme a necessidade de

cada método / evento. O quadro a seguir é apenas uma sugestão.

"A confiança em si mesmo é o primeiro segredo do sucesso”

Ralph W. Emerson (1803-1882), escritor norte-americano

Budget: (pronuncia-se bâdget) é um termo da língua inglesa que significa orçamento. É frequentemente utilizado no meio empresarial para designar o orçamento periódico (normalmente anual) feito por uma

empresa, onde são inseridas variáveis de custos, receitas e despesas, definindo um plano de contas.

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SUGESTÃO DE PLANILHA

1. PLANEJAMENTO DE ENSINO “Quem sabe aonde quer chegar, escolhe o caminho certo

e o jeito certo de caminhar” Thiago de Mello

Existem vários sites que disponibilizam gratuitamente

planilhas de Orçamentos. Inclusive com gráficos.

DESCRIÇÃO UNIDADE QUANT VALOR.UNIT VALOR.TOTAL

SERVIÇO DE COORDENAÇÃO / PESSOAL

Empresa Organizadora Diária

Mestre de cerimônia unidade

Canto / instrumental unidade

Apresentação Grupo Folclórico

unidade

Recepcionistas unidade

Assessoria de imprensa unidade

Subtotal

Comunicação / suporte Gráfico

Folders

Criação materiais

Painel de fundo

Baners

brindes

Fonte: http://downloads.sympla.com.br/orcamento-para-eventos

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61. FACILITAÇÃO GRÁFICA: Em alguns eventos/métodos o diálogo coletivo ou resultado de grupos é capturado por um profissional de registro e facilitação gráfica que desenha as idéias do grupo em flipchart ou em um mural, usando texto e elementos gráficos para ilustrar os padrões de conversação. O grupo constrói facilmente uma visão compartilhada e sistêmica sobre o conteúdo. É um jeito cativante de registrar os principais tópicos do que foi dito e vivido e tem a potência de atrair a atenção do espectador. Se puder utilize esse o profissional.

Exemplos de Facilitação Gráfica:

Fonte: http://www.louisevendramini.com.br/sample-page/

Fonte: http://anapalu.com.br/

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Facilitação Gráfica realizada com o resultado de um grupo no Seminário Nacional de ATER – Brasília 2016

Fonte: http://nepeasunb.blogspot.com.br/2015/05/curso-de-planejamento-territorial-na.html

“A Facilitação Gráfica pode ser utilizada em palestras, aulas,

conferências, simpósios, apresentações, cursos,

oficinas, workshops, seminários e outros”.

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62. DIFERENÇAS BÁSICAS

D I F E R E N Ç A S B Á S I C A S

PANFLETO FOLDER FLYER Também conhecido como FILIPETA ou FOLHETO;

É um meio de divulgação de uma ideia ou marca, lançamentos e promoções, para todo tipo de eventos e ações em massa como campanhas e outros;

Impresso em folha avulsa, com pouco texto, de fácil manuseabilidade. Com distribuição corpo a corpo em locais de grande circulação;

Permite uma grande tiragem a preços baixos, com rapidez e facilidade de produção e impressão.

É um panfleto com dobras na vertical ou horizontal, é uma peça ainda mais refinada que o panfleto ou o flyer, o que irá exigir maior investimento em design, oferecendo maiores possibilidades criativas;

Serve para quando necessitar passar uma quantidade maior de conteúdo seja ele de caráter promocional ou instrucional;

O termo folder vem do inglês “fold”, que significa dobrar;

Utiliza mais textos que o panfleto.

Excelentes instrumentos de marketing e ótima maneira de caracterizar o evento, produto ou serviço, principalmente em áreas de alto tráfego;

Do inglês, significa “algo que voa”;

São pequenos folhetos com imagens impactantes e mensagens rápidas com alta capacidade de veiculação;

Cabe na palma da mão e que metaforicamente pode “voar” (passar de mão em mão) e atingir uma grande massa de consumidores.

Panfleto vem do inglês “pamphlet”, que é uma tradução do latim “pamphilus” - uma espécie de poema de amor que circulava na Europa medieval. Séculos mais tarde, com a invenção da imprensa, o panfleto passou a nomear os textos impressos curtos e distribuídos em grandes quantidades.

Um folder pode ter apenas uma dobra, considerado como quatro páginas dobram sanfona, carteira, entre outras variações o que o permite comunicar uma quantidade maior de informações. É excelente para apresentações corporativas, lançamentos e descrições detalhadas de produtos

É uma evolução dos panfletos simples. Mais refinados, impressos em grandes quantidades, em papéis de maior gramatura, com um trabalho estético mais apurado. Com imagens impactantes e acabamento diferenciado. Por ex. flyers de empreendimentos imobiliários, marcas de bebidas e outros.

Verificar para que, para quem, sobre o que, que tipo de linguagem, como será veiculado.

Atenção ao visual, que deverá ser equilibrado entre informações, elementos visuais de forma a atrair o interessado. Abuse de imagens, pois fixa muito mais que a escrita.

Ter uma chamada atrativa de forma que desperte curiosidade. Colocar mais imagens do que escrita. Comprovadamente guardam até 5 (cinco) vezes mais. Na posição das informações colocar as mais relevantes do lado esquerdo, que tem que ser

atraente e breve com frases pequenas, ser claro e objetivo. Invista no layout colocar na parte central o conteúdo importante de forma persuasiva. E no

final o contato, logomarca dos patrocinadores. Caso não consiga contratar um bom design e uma diagramação profissional, existem

programas como CorelDraw, InDesign, Photoshop e outros que poderão ajudar na montagem.

“Nossa maior glória não consiste em nunca falhar, Mas em

levantar todas as vezes que caímos”. Ralph Waldo Emerson

Produção: Para a montagem de qualquer um destes recursos:

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63. CONSIDERAÇÕES FINAIS

ste Manual se propôs como objetivo geral, elaborar um conjunto dos principais métodos/

eventos utilizados no trabalho de extensão rural do Paraná, para que atenda aos usuários,

fornecendo-lhes informações básicas que permite o auxilio no planejamento e execução de

métodos e eventos.

O Manual não esgota todos os aspectos e características da montagem de eventos e métodos,

são sugestões básicas que alerta para os cuidados e preocupação que os executores devem ter

quando decidirem organizar, promover ou participar de eventos e métodos. Para maiores

aprofundamentos há necessidade de buscar outras bibliografias mais completas.

Espera-se que o conteúdo descrito seja de grande valia e possa contribuir para o

entendimento da importância do planejamento e uma boa execução de métodos e eventos,

dando uma visão básica dos envolvimentos, dos cuidados e das obrigações na utilização dos

eventos nas atividades extensionistas. Servindo de consulta diária e lembrando que um bom

resultado depende da dedicação exclusiva, de um detalhado planejamento com objetivos

claros e bem definido e um grande preparo do conhecimento que garantirá o sucesso de todas

as atividades.

Edna Batistella Lopes- Socióloga Instituto EMATER – Curitiba – Paraná

“Os desafios são lançados a todos. Para nós, os extensionistas, o principal desafio é conseguir falar menos

e escutar mais, aprender a aprender e a facilitar processos de aprendizagem (...)”

Caporal & Ramos, 2006, p. 20

E

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211

64. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BROWN, J. Isaacs, D. – World Café: dando forma ao nosso futuro por meio de conversações significativas e estratégicas. São Paulo: Cultrix, 2007 Conceito de debate - O que é, Definição e Significado

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65. LEIA MAIS EM:

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Material para CINE - Capacitação Inicial de Novos Extensionistas

Instituto EMATER, Paraná - Outono de 2017

Edna Batistella Lopes- Socióloga - Instituto EMATER - Curitiba – Paraná