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ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO PLANO ESTRATÉGICO EDUARDO LARA WEIGERT PLANO ESTRATÉGICO FORMA TURISMO: 2018-2022 PORTO ALEGRE 2017

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ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

PLANO ESTRATÉGICO

EDUARDO LARA WEIGERT

PLANO ESTRATÉGICO FORMA TURISMO: 2018-2022

PORTO ALEGRE

2017

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EDUARDO LARA WEIGERT

PLANO ESTRATÉGICO FORMA TURISMO: 2018-2022

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito para obtenção do título de Bacharel em Administração pela Escola Superior de Propagando e Marketing – ESPM.

Orientador: Prof. Frederike Mette

PORTO ALEGRE

2017

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a todo apoio que recebi ao longo dos anos pelos

professores e colaboradores da ESPM, em especial à minha professora orientadora

Frederike Mette, que foi de extrema importância para realização com sucesso deste

trabalho, respondendo a todas os meus questionamentos (não foram poucos) e me

dando todo o suporte quando precisei. Agradeço à minha querida tia Thais Weigert

que me auxiliou na revisão sempre sendo solícita para me ajudar. Agradeço aos meus

pais Clóvis Weigert e Enilda Lara, minhas fontes de inspiração e que me apoiaram em

todo o meu trajeto acadêmico. Agradeço em especial ao meu querido gestor e amigo

Angelo Ruggero, que além de conceder as informações necessárias para realização

desta obra, sempre deu total apoio à minha graduação, flexibilizando o que foi preciso

para que eu pudesse conciliar meu trabalho com a faculdade. Por fim à todas as

pessoas que contribuíram diretamente ou indiretamente para a realização desta obra.

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RESUMO

O presente estudo propõe-se a criar um plano estratégico para a franquia da empresa Forma Turismo no Rio Grande do Sul, líder no mercado de turismo estudantil para viagens de formatura. Foram aplicadas pesquisas qualitativas e quantitativas, que reafirmaram a posição de liderança da empresa evidenciando pontos forte da organização. Apesar do posicionamento positivo da empresa, a organização está inserida em um mercado altamente mutável, visto que seus clientes se renovam a cada ano. Verificou-se que o fato de as vendas das viagens ocorrer um ano antes de sua realização permite alto nível de adesão a seus pacotes, entretanto há um alto nível de cancelamento das viagens. Entendendo os principais desafios da organização, analisaram-se fatores internos e externos da organização. Nos fatores internos foi percebido que a empresa possui forças, como qualidade dos produtos, equipe especializada, profissionais engajados, experiência positiva do cliente com a marca. E fraquezas: falta de sistema de pós-venda e falha na comunicação com seus clientes. No que se refere à análise externa, foram detectadas diferentes ameaças para a empresa, como diminuição na fonte de renda, alta inflação e entrada de potenciais concorrentes. No entanto pontos de oportunidade para a empresa foram vislumbrados, como a possibilidade da expansão e do crescimento da população A e B neste mercado no estado. Realizada a análise, elencaram-se objetivos estratégicos para a empresa: aumento do faturamento, aumento no número de passageiros no estado, diminuição nas taxas de cancelamento e ser reconhecida como empresa referência em qualidade e excelência em viagens de formatura no estado do Rio Grande do Sul. Para atingir os objetivos foram propostas ações estratégicas: aumentar o número de vendedores, implementar sistema de pós-venda, introduzir venda online, elaboração de sistema de parcerias com escolas, contratação de empresa de mídias digitais e alteração nas políticas de cancelamento. Para verificar a viabilidade do plano foi elaborada análise financeira da empresa, bem como dos resultados econômicos, a partir da aplicação das estratégias propostas. Com a implementação correta das estratégias propostas estima-se aumentar em 70% a receita líquida atual da empresa e um aumento na margem de lucro para 34%. Palavras-chave: Turismo estudantil. Forma Turismo. Estratégia. Viagens de formatura.

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ABSTRACT

The present study proposes the creation of a strategic plan for the franchise of the Forma Turismo in the Rio Grande do Sul, leader in the student tourism market for graduation trips. The qualitative and quantitative research was applied, which reaffirmed the company's leadership position, highlighting the organization's strengths. Despite the positive positioning of the company, the organization is embedded in a highly changeable market as its customers renew each year. It was found that the fact that the travel sales occurred a year before its implementation, it allowed a high level of adherence to its packages; however, there is an elevated level of cancellation of the trips. Understanding the main challenges of the organization, the internal and external factors of the organization were analyzed. The internal factors that have been perceived are that the company has force, such as product quality, specialized team, engaged professionals, positive experience of the customer with the brand. And weaknesses: lack of after-sales system and failure to communicate with its customers. Toward the external analysis, different threats were detected for the company, such as a decrease in the source of income, high inflation and entry of potential competitors. However, points of opportunity to the company were envisioned with the possibility of expansion and population growth A and B in this market in this state. After the analysis, strategic objectives for the company were listed: increase in income, increase in the number of passengers in the state, decrease in cancellation and to be recognized as a reference company in quality and excellence in graduation trips in the state of Rio Grande do Sul. To achieve the objectives, strategic actions were proposed: increase the number of sellers, implement after-sales system, introduce online sales, develop partnerships with schools, hire digital media companies and change cancellation policies. In order to verify the viability of the plan, a financial analysis of the company was elaborated, as well as of the economic results, from the application of the proposed strategies. With the correct implementation of the proposed strategies it is estimated to increase the company's current net revenue by 70% and an increase in the profit margin to 34%. Keywords: Student tourism. Forma Turismo. Strategy. Graduation travel.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Diferenças entre vertentes de pesquisa ................................................. 31 

Quadro 2 - Entrevistados .......................................................................................... 41 

Quadro 3 – Síntese - Fatores-Chave de Sucesso ..................................................... 43 

Quadro 4 – Motivos de cancelamento - Síntese ........................................................ 44 

Quadro 5 – Papéis de Compra - Síntese .................................................................. 45 

Quadro 6 – Posição da empresa no mercado ........................................................... 46 

Quadro 7 – Fatores chave de sucesso ...................................................................... 70 

Quadro 8 – 5 Forças de Porter - Síntese .................................................................. 87 

Quadro 9 – Ambiente demográfico ............................................................................ 89 

Quadro 10 – Ambiente econômico ............................................................................ 90 

Quadro 11 – Condições climáticas ............................................................................ 91 

Quadro 12 – Ambiente tecnológico ........................................................................... 92 

Quadro 13 – Político legal ......................................................................................... 93 

Quadro 14 – Ambiente Cultural ................................................................................. 94 

Quadro 15 – Estudo de escolas particulares ............................................................. 99 

Quadro 16 – Alteração Série para ano no Rio Grande do Sul ................................ 100 

Quadro 17 – Roteiros Tribo Jovem ......................................................................... 109 

Quadro 18 – Matriz de competitividade ................................................................... 119 

Quadro 19 – Atratividade do mercado ..................................................................... 121 

Quadro 20 – Matriz SWOT ...................................................................................... 124 

Quadro 21 – Faturmento Pós repasse para matriz ................................................. 126 

Quadro 22 – Faturamento projetado pós repasse para matriz ................................ 126 

Quadro 23 – Matriz de estratégia de crescimento ................................................... 128 

Quadro 24 – Cronograma Estratégico ..................................................................... 143 

Quadro 25 – Ações estratégicas 1 .......................................................................... 144 

Quadro 26 – Ações estratégicas 2 .......................................................................... 145 

Quadro 27 – Custo total por ano de todas as ações ............................................... 145 

Quadro 28 – Plano de Investimentos ...................................................................... 154 

Quadro 29 – Balanço Patrimonial 2017 ................................................................... 159 

Quadro 30 – DRE .................................................................................................... 160 

Quadro 31 – DRE Últimos exercícios Forma Turismo ............................................. 162

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Quadro 32 – DRE Projetado 2018 a 2020 ............................................................... 164 

Quadro 33 – DRE Projetado 2021 e 2022 ............................................................... 165 

Quadro 34 – Balanço Patrimonial 2018 ................................................................... 167 

Quadro 35 – Balanço patrimonial 2019 ................................................................... 168 

Quadro 36 – Balanço Patrimonial 2020 ................................................................... 168 

Quadro 37 – Balanço Patrimonial 2021 ................................................................... 169 

Quadro 38 – Balanço Patrimonial 2022 ................................................................... 169 

Quadro 39 – Margem de Lucro Últimos 3 anos ....................................................... 171 

Quadro 40 – Margem de Lucro Projetada ............................................................... 171 

Quadro 41 – ROA Projetado ................................................................................... 173 

Quadro 42 – Giro do Ativo ....................................................................................... 174 

Quadro 43 – Fluxo de Caixa .................................................................................... 177 

Quadro 44 – Payback .............................................................................................. 179 

Quadro 45 – Indicadores de Viabilidade ................................................................. 179 

Quadro 46 – VPL e TIR 10% de Redução .............................................................. 180 

Quadro 47 – Indicadores cenário 10% de Redução ................................................ 180 

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Identificação de clientes .......................................................................... 47 

Gráfico 2 – Você se inscreveu porém cancelou a viagem de formatura? ................. 47 

Gráfico 3 – Motivo de não inscrição na viagem ......................................................... 48 

Gráfico 4 – Motivos de cancelamento ....................................................................... 48 

Gráfico 5 – Relevância de fatores para compra ........................................................ 49 

Gráfico 6 – Indicação produtos Forma ...................................................................... 50 

Gráfico 7 – Experiência com atendimento ................................................................. 50 

Gráfico 8 – Vendas Forma Turismo ........................................................................ 101 

Gráfico 9 – Vendas Tribos Jovem ........................................................................... 102 

Gráfico 10 – Share do mercado atendido ................................................................ 103 

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Vantagens e desvantagens questionário auto-aplicável .......................... 37 

Figura 2 – Agência Forma Turismo ........................................................................... 57 

Figura 3 – Casa de Praia Forma ............................................................................... 58 

Figura 4 – Viagem de Formatura 9º Ano ................................................................... 59 

Figura 5 – Paintball Viagem de Formatura 9º Ano .................................................... 60 

Figura 6 – Viagem Disney Forma .............................................................................. 61 

Figura 7 – Forma SpringBreak .................................................................................. 62 

Figura 8 – Porto Seguro ............................................................................................ 63 

Figura 9 – Rede Social Forma Turismo RS ............................................................... 64 

Figura 10 – Análise Instagram Forma Turismo ......................................................... 65 

Figura 11 – Localização Sede Forma ........................................................................ 66 

Figura 12 – Cadeia de valor ...................................................................................... 72 

Figura 13 – Organograma da Forma ......................................................................... 76 

Figura 14 – Monitoria Forma Turismo ....................................................................... 78 

Figura 15 – Forças de Porter ..................................................................................... 82 

Figura 16 – Cenários ................................................................................................. 95 

Figura 17 – Matriz de Grupos Estratégicos ............................................................. 106 

Figura 18 – Logo da empresa Tribos Jovem ........................................................... 108 

Figura 20 – Página da empresa no Instagram ........................................................ 110 

Figura 20 – Logo Amaze ......................................................................................... 112 

Figura 21 – Viagens Amaze .................................................................................... 112 

Figura 22 – Amaze Weekend .................................................................................. 113 

Figura 23 – Amaze Extreme .................................................................................... 114 

Figura 24 – Florianópolis Amaze ............................................................................. 115 

Figura 26 – Instagram Amaze ................................................................................. 116 

Figura 27 – Matriz GE ............................................................................................. 120 

Figura 28 – Matriz GE ............................................................................................. 122 

Figura 29 – Matriz SWOT ........................................................................................ 123 

Figura 29 – Estratégia genérica de Porter ............................................................... 130 

Figura 30 – Estratégia genérica Forma Turismo ..................................................... 133 

Figura 31 – Mix de marketing .................................................................................. 140

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Figura 32 – Tabela Comparativa das formas de tributação ..................................... 152 

Figura 33 – Balanço Patrimonial ............................................................................. 157 

Figura 34 – Fluxo de caixa projetado ...................................................................... 176 

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SUMÁRIO  

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 17

 

2 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA .......................................................................... 21

2.1 SITUAÇÃO-PROBLEMA ..................................................................................... 21

2.2 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 24

 

3 OBJETIVOS ........................................................................................................... 27

3.1 GERAL ................................................................................................................ 27

3.2 ESPECÍFICOS .................................................................................................... 27

 

4 ESTRATÉGIA METODOLÓGICA .......................................................................... 29

4.1 TIPO DE PESQUISA ........................................................................................... 29

4.2 VERTENTE DA PESQUISA ................................................................................ 31

4.3 UNIDADE DE ESTUDO ...................................................................................... 32

4.3.1 Especialistas ................................................................................................... 32

4.3.2 Entrevista com Cliente ................................................................................... 33

4.3.3 Entrevista com Fornecedor ........................................................................... 34

4.3.4 Entrevista com gestor .................................................................................... 35

4.4 UNIDADE DE ESTUDO QUANTITATIVA (SURVEY) ......................................... 35

4.5 TÉCNICA PARA COLETA DE DADOS ............................................................... 36

4.6 TÉCNICA DE ANÁLISE DE DADOS ................................................................... 38

 

5 APRESENTAÇÃO DAS PESQUISAS ................................................................... 41

5.1 PESQUISA QUALITATIVA .................................................................................. 41

5.1.1 Fatores-chave de sucesso ............................................................................. 42

5.2 APRESENTAÇÃO DA PESQUISA QUANTITATIVA (SURVEY) ......................... 46

 

6 SUMÁRIO EXECUTIVO ......................................................................................... 53

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7 CARACTERIZAÇÃO DO NEGÓCIO ..................................................................... 55

7.1 HISTÓRICO E DESCRIÇÃO DA EMPRESA ...................................................... 55

7.2 COMPOSIção atual do Mix de marketing da empresa ........................................ 58

7.2.1 Produtos .......................................................................................................... 58

7.2.3 Preço ............................................................................................................... 63

7.2.4 Promoção ........................................................................................................ 63

7.2.5 Localização ..................................................................................................... 66

7.3 NORTEADORES ESTRATÉGICOS .................................................................... 66

7.3.1 Negócio ........................................................................................................... 67

7.3.2 Missão ............................................................................................................. 67

7.3.3 Visão ................................................................................................................ 68

7.3.4 Valores ............................................................................................................ 68

7.4 FATORES-CHAVE DE SUCESSO ..................................................................... 69

 

8 CARACTERIZAÇÃO DO NEGÓCIO ..................................................................... 71

8.1 CADEIA DE VALOR ............................................................................................ 71

8.1.1 Marketing e Vendas ........................................................................................ 72

8.1.2 Serviço ............................................................................................................ 73

8.1.3 Gerência de Recursos humanos ................................................................... 74

8.2 ORGANOGRAMA ............................................................................................... 75

8.2.1 Equipe de Promoção ...................................................................................... 76

8.2.2 Coordenador de Promoção ........................................................................... 77

8.2.3 Vendedores ..................................................................................................... 77

8.2.4 Atendimento ................................................................................................... 77

8.2.5 Gerente de Atendimento ................................................................................ 77

8.2.6 Gerente Comercial ......................................................................................... 77

8.3 MONITORIA ........................................................................................................ 78

8.4 INFRAESTRUTURA DA EMPRESA ................................................................... 78

8.4.1 Instalações ...................................................................................................... 79

8.4.2 Equipamentos ................................................................................................. 79

8.4.2 Tecnologia ...................................................................................................... 80

8.4.3 Estrutura de custos ........................................................................................ 80

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9 ANÁLISE ESTRATÉGICA ..................................................................................... 81

9.1 ANÁLISE DA INDÚSTRIA – 5 FORÇAS DE PORTER ....................................... 81

9.2 PODER DE BARGANHA DOS FORNECEDORES ............................................. 82

9.3 PODER DE BARGANHA DE CLIENTES: ........................................................... 84

9.4 RIVALIDADE ENTRE OS CONCORRENTES .................................................... 84

9.5 AMEAÇA DE NOVOS ENTRANTES: .................................................................. 85

9.6 AMEAÇA DE PRODUTOS SUBSTITUTOS ........................................................ 86

9.7 ANÁLISE MACROAMBIENTAL ........................................................................... 87

9.7.1 Ambiente Demográfico .................................................................................. 88

9.7.2 Ambiente Econômico ..................................................................................... 89

9.7.3 Ambiente Natural ............................................................................................ 91

9.7.4 Ambiente Tecnológico ................................................................................... 92

9.7.5 Ambiente Político Legal ................................................................................. 92

9.7.6 Ambiente Cultural .......................................................................................... 93

9.8 DEFINIÇÃO DOS CENÁRIOS ............................................................................ 94

9.9 ANÁLISE E PROJEÇÃO DE MERCADO ............................................................ 96

9.9.1 Qualitativa ....................................................................................................... 97

9.9.2 Quantitativa ..................................................................................................... 98

9.10 MATRIZ DE GRUPOS ESTRATÉGICOS ........................................................ 104

9.11 ANÁLISE DA CONCORRÊNCIA ..................................................................... 106

9.11.1 Mix De Marketing Tribos Jovem ................................................................ 108

9.11.2 AmazeTravel ............................................................................................... 111

9.12 ANÁLISE DOS CONCORRENTES A PARTIR DOS FCS ............................... 117

9.12.1 Amaze CI ..................................................................................................... 117

9.12.2 Tribos Jovem .............................................................................................. 118

9.13 MATRIZ GE ..................................................................................................... 119

9.14 ANÁLISE DAS PONTENCIALIDADES, FRAQUEZAS, OPORTUNIDADES E

AMEAÇAS ............................................................................................................... 122

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10 FORMULAÇÃO ESTRATÉGICA ....................................................................... 125

10.1 OBJETIVOS ESTRATÉGICOS ....................................................................... 125

10.1.1 Objetivos Quantitativos ............................................................................. 125

10.1.2 Qualitativo ................................................................................................... 127

10.2 ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS ................................................................... 127

10.3 ESTRATÉGIA DE CRESCIMENTO ANSOFF ................................................. 128

10.4 ESTRATÉGICA GENÉRICA PORTER ............................................................ 129

10.4.1 Liderança Em Custo ................................................................................... 131

10.4.2 Diferenciação .............................................................................................. 131

10.4.3 Enfoque ....................................................................................................... 131

10.5 ESTRATÉGIA COMPETITIVA WESTWOOD .................................................. 133

10.6 AÇÕES ESTRATÉGICAS ............................................................................... 134

10.6.1 Estratégias De Marketing ........................................................................... 136

10.6.2 Preço ........................................................................................................... 140

10.7 PLANO DE AÇÕES ESTRATÉGICAS ............................................................ 142

10.7.1 Cronograma de implementação e Orçamento estratégico ..................... 143

10.8 REVISÃO E CONTROLE ESTRATÉGICO ...................................................... 146

 

11 ANÁLISE ECONÔMICA E FINANCEIRA .......................................................... 149

11.1 PREMISSAS OPERACIONAIS ....................................................................... 149

11.2 ASPECTOS SOCIETÁRIOS E TRIBUTÁRIOS ............................................... 151

11.3 PLANO DE GASTOS (INVESTIMENTO) ........................................................ 153

11.4 ESTRUTURA DE CAPITAIS ........................................................................... 154

11.5 APRESENTAÇÃO DO BALANÇO E DRE DO ÚLTIMO EXERCÍCIO ............. 156

11.5.1 Balanço Patrimonial ................................................................................... 156

11.5.2 DRE .............................................................................................................. 159

11.6 DRE (PROJETADO PARA 5 ANOS) ............................................................... 162

11.7 BALANÇO PATRIMONIAL PROJETADO (para 5 ANOS) ............................... 166

11.8 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO ...................................................................... 170

11.9 MARGEM DE LUCRO ..................................................................................... 170

11.10 RETORNO SOBRE O ATIVO ....................................................................... 172

11.11 RETORNO SOBRE O INVESTIMENTO ROI ................................................ 173

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11.12 GIRO DO ATIVO........................................................................................... 178

11.13 PONTO DE EQUILÍBRIO .............................................................................. 174

11.14 ANÁLISE DE VIABILIDADE E SENSIBILIDADE ........................................... 175

11.15 FLUXO DE CAIXA PROJETADO .................................................................. 175

11.14.1 Valor presente líquido - VPL .................................................................... 177

11.14.2 Taxa interna de retorno - TIR ................................................................... 178

11.14.3 Payback ..................................................................................................... 178

11.14.4 Sensibilidade ............................................................................................ 179

 

12 CONCLUSÃO .................................................................................................... 181

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 185

APÊNDICE A .......................................................................................................... 193

APÊNDICE B .......................................................................................................... 194

ANEXO A ................................................................................................................ 195

ANEXO B ................................................................................................................ 196

ANEXO C ................................................................................................................ 198

ANEXO C ................................................................................................................ 200

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17

1 INTRODUÇÃO

O mercado de turismo no Brasil cresceu 20% acima da média mundial nos

últimos anos, segundo matéria oficial divulgada no Jornal de Turismo (2016), e para

entender este segmento utiliza-se como objeto de estudo a empresa Forma Turismo,

empresa criada em 1997 em São Paulo. A Forma nasceu com o intuito de organizar

viagens de formatura para adolescentes que estivessem no nono e terceiro ano do

ensino médio. Foi uma das pioneiras no mercado brasileiro e é a única da década de

90 que segue até os dias atuais.

Segundo informações cedidas pelo site da empresa, quando a companhia

começou somente oferecia serviços no mercado da capital paulista. Na atualidade a

Forma está presente em 19 estados brasileiros e conta com mais de 150

representantes em toda a América Latina. Este trabalho terá sua análise focada na

atuação da empresa no mercado gaúcho, cuja franquia em Porto Alegre foi

inaugurada em 03 de março de 2012.

Segundo o gestor da empresa Angelo Ruggero, a expansão para o mercado

gaúcho foi uma das mais difíceis para a companhia, pois o turismo estudantil possuía

uma imagem negativa perante as escolas, pais e alunos no estado.

Isso porque antes da chegada da Forma as empresas que realizavam este

serviço o faziam de maneira incipiente, sem profissionalismo e qualidade. Neste difícil

cenário, a Forma RS precisou investir em ações de Marketing para se posicionar como

uma empresa correta e profissional. No ano de 2012 a Forma convidou cerca de 80

alunos formadores de opinião das principais escolas de Porto Alegre para participar

da sua viagem para Porto Seguro, como uma maneira de investimento para o seu

produto começar a se tornar conhecido na cidade. A estratégia trouxe bons resultados

para a empresa.

Angelo Ruggero diz que atualmente a empresa é líder de mercado obtendo

cerca de 90% do Market Share gaúcho. Porém o que tem sido analisado nos últimos

anos é que o engajamento dos clientes potenciais está abaixo do desejado, gerando

uma baixa penetração no mercado potencial e uma alta taxa de cancelamento da

viagem de formatura. Para elucidar o problema a ser estudado:A venda da viagem de

formatura é feita com certa antecedência, cerca de um ano antes da data da viagem,

o lançamento é acompanhado de promoções e estímulos para os alunos, o que gera

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18

uma grande venda por impulso, porém no decorrer dos meses o interesse vai

diminuindo, ocasionando um alto nível de desistências (cancelamentos) da viagem.

Levando em consideração as informações cedidas pelo responsável da

empresa, a execução deste estudo visa entender e analisar o engajamento dos

clientes gaúchos da empresa para com a marca, com o intuito de elaborar as melhores

estratégias para aumentar a identificação dos passageiros com a Forma.

O trabalho está assim constituído: Introdução seguida de 11 capítulos e da

Conclusão. No capítulo 2 será apresentada a formulação do problema, bem como a

justificativa para a escolha do tema. No capítulo 3 será descrito o objetivo geral e os

objetivos específicos deste estudo. No capítulo 4 será elencada a estratégia

metodológica para a elaboração do trabalho. No capítulo 5 será mostrada a

apresentação das pesquisas, contendo: Roteiro das entrevistas, unidades de estudo,

transcrição e análise das pesquisas exploratórias.

No capítulo 6 será apresentado o sumário executivo, que é um panorama

geral do estudo. No capítulo 7 será apresentada a caracterização do negócio para que

o leitor tenha visão aprofundada da companhia, assim como o histórico e a descrição

da empresa, os norteadores estratégicos, a cadeia de valor e a avaliação da empresa

em relação aos fatores-chave de sucesso.

No capítulo 8 será mostrada a análise estratégica do trabalho que envolve a

análise macroambiental que auxilia o entendimento dos fatores externos da

organização; neste capítulo também será feita a definição dos cenários e será

apresentada a análise da indústria com base nas 5 forças de Porter. Para entender o

mercado em que a Forma Turismo atua será efetuada uma análise da concorrência

assim como a matriz dos grupos estratégicos. No fim deste capítulo será elencada a

projeção do mercado – qualitativa e quantitativa. Para aprofundar o estudo será

mostrada, através da matriz GE, o lugar onde a empresa se encontra de acordo com

os seus grupos estratégicos. E, por fim, no capítulo 8 será definida a matriz SWOT,

que permitirá entender as principais forças e fraquezas da organização bem como as

oportunidades e ameaças que ela encontra.

No capítulo 9 será apresentada a formulação estratégica do trabalho,

começando com a apresentação dos objetivos estratégicos, depois serão mostradas

as estratégias empresariais de acordo com alguns autores: estratégia genérica

(Porter), estratégia de crescimento (Ansoff), estratégia competitiva (Westwood). Serão

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19

elencadas, a seguir, as ações estratégicas para alcançar os objetivos propostos. E

por fim serão apresentadas as estratégias de marketing.

No capítulo 10 temos o plano de ações estratégicas, que conta com o

cronograma de implementação e orçamento estratégico, revisão e controle estratégico

do plano.

No capítulo 11 será analisada a parte econômica e financeira da empresa,

envolvendo os aspectos societários e tributários, apresentação do balanço patrimonial

e DRE dos últimos exercícios, o plano de gastos (investimento), o balanço patrimonial

projetado (5 anos) e o fluxo de caixa projetado para 5 anos.

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21

2 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA

O presente capítulo tem o intuito de apresentar de forma detalhada a

formulação do problema proposto bem como a justificativa para escolha do tema nos

âmbitos acadêmico, social, pessoal e gerencial.

2.1 SITUAÇÃO-PROBLEMA

O mercado de turismo no Brasil, nos últimos anos, alcançou avanços

significativos e apresenta-se hoje como fundamental fenômeno cultural, social e

político (Matias, 2002). Corroborando este ponto de vista, o Ministério do Turismo do

Brasil publicou que o setor no país vem crescendo ao longo dos anos e contribui com

9,2% do PIB do brasileiro, e que equivale a R$ 443,7 Bilhões (MINISTÉRIO DO

TURISMO, 2016).

A empresa em questão atua no segmento denominado turismo estudantil, que

pode ser definido como uma prática realizada por jovens que possuem o mesmo

interesse e características similares: faixa etária, estilo de vida e busca por diversão.

Surgiram desse modo alguns segmentos específicos do turismo como as viagens de

formatura e o turismo de intercâmbio (NEUMAYR, 2013).

A modalidade de viagens de formatura no Brasil teve seu mercado

profissionalizado e se apresenta como uma alternativa para os formandos que não

têm interesse em realizar a tradicional festa de formatura (RIBEIRO, 2013). O autor

afirma que quando analisado por um âmbito mais abrangente, é possível perceber

que as festas de formatura ainda são mais presentes do que as viagens, porém o

mercado de turismo estudantil vem crescendo acima da média nacional em relação

ao turismo tradicional.

Para exemplificar esta afirmação, Vieira (2016) demonstra que apesar da crise

que se apresentou no Brasil no ano de 2015, a qual ocasionou uma retração relevante

em diversos setores da economia, o turismo estudantil apresentou uma reação

diferente, com um crescimento em 2015 significativo de 12% em relação ao ano de

2014. E a previsão para 2017 e 2018 são aumentos acima de 30% em todo o setor

(VIEIRA, 2016).

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22

Os destinos mais procurados para viagens de formatura são os nacionais;

quando se trata de formandos do ensino fundamental o principal destino é Santa

Catarina, já para formandos do ensino médio o destino mais procurado é a Bahia.

Diante deste cenário, a empresa Forma Turismo optou por focar no referido

nicho de mercado, o turismo estudantil e realiza viagens de formatura para alunos do

nono ano do ensino fundamental e terceiro ano do ensino médio. Como citado no

capítulo anterior, a empresa, na atualidade, é a principal marca que realiza este

serviço no Brasil, viajando com cerca de 50 mil alunos/ ano, obtendo um faturamento

anual que ultrapassa 100 milhões de reais segundo matéria divulgada pelo site

Panrotas (2016).

No que se refere ao mercado gaúcho, foco deste estudo, a empresa também

se apresenta como líder, levando a média de 3,5mil alunos/ano segundo Angelo

Ruggero em matéria divulgada pelo jornal Zero Hora no dia 21 de outubro de 2017.

Em contrapartida, segundo dados fornecidos por empresas concorrentes do

estado, avalia-se que a somatória de clientes das referidas empresas cheguem ao

número anual de 300 a 500 alunos, cerca de 8% a 14% do total do mercado atendido.

Entendendo este cenário verifica-se que a Forma Turismo se apresenta como

empresa líder no mercado. Entretanto, torna-se importante ressaltar que o setor no

qual ela está inserida é um mercado transitório, visto que a cada ano há uma

renovação dos clientes que estão no período de formatura. Por este motivo, a posição

que a empresa ocupa pode ser perdida caso não haja atualização constante e

comunicação direta com o seu público alvo.

Com o avanço da globalização e o aumento da conectividade a qual os jovens

têm acesso, percebe-se que é fundamental a constante atualização de empresas que

atuam visando ao entretenimento deste público.

Artigo publicado pelo portal do RH (2015) corrobora esta afirmação,

defendendo que o maior desafio das empresas que atendem o público da nova

geração é entender o que eles estão buscando, pois esta nova geração de

consumidores apresenta um perfil de compra com extrema exigência, buscando

sempre produtos e serviços inovadores e que demonstrem alguma ideologia por trás

do seu trabalho.

Observando o meio no qual a Forma Turismo está inserida, entende-se que o

desafio é o de aumentar o nível de engajamento dos clientes com a marca e a

manutenção da posição de líder da organização. Depois verificar o método de vendas

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23

com o qual a Forma Turismo trabalha para detectar possíveis problemas e

dificuldades que a empresa enfrenta.

Este método de vendas é padronizado e começa comum a equipe de

promoção que é responsável pelas visitas às escolas para contatar com os alunos

interessados em viajar; essa equipe repassa os contatos para o vendedor que atende

a carteira de clientes daquela região; este vendedor é encarregado de selecionar

dentre as pessoas interessadas as que são formadoras de opinião pois irão organizar

a viagem na turma; desta maneira é criada uma comissão organizadora da viagem.

Esse contato é feito com um ano de antecedência da viagem. Por exemplo,

os alunos que estão cursando o segundo ano do ensino médio, em julho/agosto do

seu ano letivo, começam a organizar a viagem de formatura para julho do ano

seguinte.

Definida a comissão, há uma reunião com estes alunos, quando são

explicados os detalhes da viagem, como propostas e valores. Além disso, são

explicadas as próximas etapas para a organização deste roteiro.

Vale ressaltar que neste momento um dos maiores objetivos é o de manter

estes alunos altamente motivados e engajados com a viagem. Depois é marcada uma

reunião com os pais de todos os alunos de todas as turmas e esta divulgação é feita

através dos organizadores.

Realizada esta reunião com os pais, os responsáveis têm cerca de 10 dias

para realizar o pagamento e inscrever o aluno na viagem. Em síntese, a venda ocorre

de maneira rápida e por impulso.

Como a venda é feita com bastante antecedência, o que ocorre é que há uma

grande taxa de desistência conforme vai se aproximando a data da viagem. Esta taxa

chega a ser de 25% a 30% de cancelamentos no estado.

Por este motivo é necessário entender os motivos destas desistências e o que

a empresa pode fazer para manter seus clientes engajados e identificados com a

marca. Conforme o artigo de Berlato, Saussen, Gomez (2016), “A sustentabilidade

Empresarial Como Vantagem Competitiva em Branding”, ao comprar um produto ou

serviço os clientes não estão buscando somente o que está explícito e sim compram

a sua própria felicidade e autorrealização.

As empresas, independentemente do seu nicho ou área de atuação, devem

oferecer um engajamento superior a cada estágio da experiência do cliente com o

intuito de mantê-los identificados com a marca transformando o ato da compra de um

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produto ou serviço em algo que vai além. Sendo assim, é possível a empresa obter a

fidelidade de seus clientes (MOFFIT; DOVER, 2009).

Depois de análise das demandas e gargalos que são encontrados pela

empresa, é necessário elaborar uma pergunta que a execução do plano estratégico

se propõe a responder. Deste modo, após a contextualização dos desafios da Forma

Turismo, o problema que o presente estudo visa resolver é: quais são as estratégias

que a Forma Turismo deve adotar para aumentar o engajamento dos seus

potenciais clientes no período de 2018 a 2022?

2.2 JUSTIFICATIVA

Na justificativa da escolha deste tema é preciso identificar duas questões: o

contexto específico do aluno, que diz respeito ao interesse pessoal, acadêmico e

profissional; o contexto geral, que remete para as preocupações da sociedade, do

meio acadêmico e empresarial.

Quanto ao interesse pessoal, embora seja este seu primeiro trabalho, o autor

identifica-se com a empresa, pois é colaborador da Forma Turismo desde 2012,

esteve presente na chegada da companhia ao estado e pôde crescer dentro da

empresa ao longo dos anos ocupando diferentes funções.

Quanto à questão acadêmica, a motivação maior é poder aplicar na prática o

que os melhores autores de Administração, como Michael Porter, Igor Ansoff, Al Ries

e Jack Trout, escreveram sobre o assunto. A pretensão é dar ferramentas às

empresas de turismo com a melhor literatura sobre estratégias para que suas ações

sejam mais assertivas.

Quanto ao âmbito social, atualmente o turismo é um setor que emprega

milhões de profissionais no Brasil, e além das pessoas que trabalham diretamente na

indústria do turismo, como em agências de viagens, existem milhares de pessoas que

se beneficiam indiretamente deste mercado, como hotéis, pousadas, restaurantes,

companhias aéreas, entre outros (CORREA, 2014). Nesta lógica, entende-se que

quanto mais este mercado se profissionalizar mais renda ele pode gerar e mais

possibilidade de capacitar os profissionais atuantes. Sendo assim, as pessoas que

procurarem viagens de formatura serão beneficiadas, pois com certeza encontrarão

profissionais nas empresas.

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25

No âmbito gerencial, profissionalizar o mercado de turismo estudantil,

servindo de base para outras empresas que podem surgir e também para as que já

atuam. O mercado de turismo necessita de constante atualização e profissionalização,

pois com o grande crescimento em âmbito nacional nem sempre está disponível mão

de obra qualificada e competente para atuar no mercado (LEITE, 2004).

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27

3 OBJETIVOS

Neste capítulo será apresentado o objetivo geral do estudo e os objetivos

específicos.

3.1 GERAL

Elaborar um Plano estratégico para a empresa Forma Turismo no período de

2018 a 2022.

3.2 ESPECÍFICOS

a. Analisar o ambiente interno da organização, buscando potencialidades

e fraquezas;

b. verificar o ambiente externo, identificando oportunidades e ameaças;

c. propor norteadores e objetivos estratégicos para a empresa;

d. elaborar estratégias empresariais a um plano de ação;

e. criar mecanismos de controle de implementação das estratégias;

f. analisar a viabilidade econômica e financeira das estratégias e objetivos

propostos.

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29

4 ESTRATÉGIA METODOLÓGICA

Neste capítulo será apresentado o tipo de pesquisa que será realizado para a

elaboração do presente trabalho, bem como a vertente de pesquisa, a unidade de

estudo, a técnica de coleta de dados e a técnica da análise dos dados.

A pesquisa se apresenta como elemento de grande importância no que se

refere ao âmbito de marketing e de planejamento das empresas, partindo de uma

análise inicial exerce duas funções principais: Pesquisa para descobrir um problema,

e pesquisa para solução de alguma demanda já identificada (MALHORTA, 2012). O

referido autor complementa que a pesquisa tem o intuito de aproximar a empresa do

seu cliente e para cada situação que a organização está passando pode ser indicado

um tipo de pesquisa a ser aplicado.

4.1 TIPO DE PESQUISA

No presente trabalho serão elaborados dois tipos de pesquisa: primeiro a

pesquisa exploratória e depois a descritiva.

A pesquisa exploratória auxilia o pesquisador a obter maiores informações

sobre o tema (MATTAR 2014). O referido autor complementa que este tipo de

pesquisa se configura quando o pesquisador tem informações insuficientes ou

incompletas sobre determinado assunto ou situação-problema.

Segundo Révillion (2003), existem duas óticas sobre pesquisas exploratórias.

A primeira denomina-se objetivista, em que se encaixam métodos como grupos focais

e estudos de caso, e a segunda subjetivista, que abrange métodos de etnografia e

fenomenologia. De acordo com a autora o método objetivista apresenta aplicação

maior nos estudos de administração e marketing.

Malhorta (2012) concorda com os autores citados e afirma que as principais

funções de uma pesquisa exploratória são: Formular um problema ou defini-lo com

mais precisão, identificar cursos alternativos de ação, desenvolver hipóteses, isolar

variáveis, obter informações para desenvolver uma abordagem ao problema e

estabelecer prioridades para pesquisas posteriores.

Compreendendo o conceito e o modo de aplicação, entende-se que a

pesquisa exploratória se adequa ao presente trabalho, pois um dos objetivos é o de

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30

compreender a organização da empresa relativa aos fatores-chave de sucesso e os

possíveis problemas e, desta maneira, criar um plano estratégico para a empresa.

A pesquisa descritiva pode ser entendida como um método de menor

complexidade que tem o intuito de descrever um fenômeno a ser estudado

(MARKONI; LAKATOS, 2006).

Vieira (2006) explica que a pesquisa descritiva tem o propósito de observar e

interpretar um acontecimento ou um aspecto de uma população, sem

necessariamente interferir ou saber as causas do problema em questão. Segundo

Vieira (2006), este tipo de pesquisa deve ser realizado através de amostras grandes

e representativas para se obter um melhor resultado.

Malhorta (2012) complementa a afirmação dos autores supracitados e diz que

neste tipo de pesquisa as chances de obter o resultado esperado aumentam se a

amostra for grande e representativa. Ampliando este ponto de vista, Mattar (2014)

afirma que, diferentemente de uma pesquisa exploratória, a pesquisa descritiva

pressupõe certo conhecimento sobre o assunto a ser estudado, ou seja, o pesquisador

precisa saber o que está buscando medir.

Mattar (2014) apresenta alguns exemplos de aplicação de pesquisas

descritivas que confirmam a escolha correta deste método para o presente trabalho.

O autor afirma que este tipo de pesquisa pode ser usado para descrever

características de grupos, como traçar um perfil através de informações de sexo, faixa

etária, nível social, nível educacional, localização e preferências. Outra aplicação pode

ser mensurar a proporção de pessoas que apresentam determinadas características,

como consumo de produtos específicos e em quais lojas estes consumidores

procuram para comprar.

E por fim Mattar (2014) afirma que pesquisas descritivas permitem verificar se

há existência de relação entre diferentes variáveis, como, por exemplo, pessoas de

maior nível educacional assistem a determinado programa de televisão ou

apresentam determinados comportamentos, ou pessoas de determinada faixa etária

consomem mais um tipo de produto e menos outro.

Deste modo é possível concluir que a análise descritiva se apresenta como

outra técnica apropriada para o presente trabalho tendo em vista o melhor

entendimento do cliente da Forma Turismo.

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31

4.2 VERTENTE DA PESQUISA

Para a identificação da vertente da pesquisa, neste trabalho, foi escolhida, em

um primeiro momento, uma pesquisa qualitativa, com o objetivo de entender o cenário

em que a empresa está inserida e para levantar informações referentes à problemática

do trabalho. Posteriormente, foi utilizada uma vertente quantitativa para entender o

comportamento dos consumidores, os motivos que levam os clientes da Forma

Turismo a cancelar o pacote já contratado por eles e assim perder o engajamento com

a empresa.

É importante entender aspectos que diferenciam a vertente da pesquisa

quantitativa da qualitativa. A pesquisa quantitativa visa mensurar a coleta de dados

para realizar análise estatística sobre determinado problema e a pesquisa qualitativa

visa obter um contexto mais amplo sobre problema analisado (MALHORTA, 2014).

São aspectos que diferenciam as vertentes de pesquisa as que seguem.

Quadro 1 – Diferenças entre vertentes de pesquisa Pesquisa Qualitativa versus Pesquisa Quantitativa

Pesquisa Qualitativa Pesquisa Quantitativa Objetivo Obter uma compreensão

qualitativa das razões e motivações subjacentes

Quantificar os dados e generalizar os resultados da amostra para a população de interesse

Amostra Pequeno número de casos não representativos

Grande número de casos representativos

Coleta de dados Não estruturada Estruturada

Análise de dados Não estatística Estatística Resultados Desenvolvimento de uma

compreensão inicial Recomendação de uma linha de ação final

Fonte: adaptado pelo autor de Malhorta (2012).

Entende-se através da figura apresentada, (Fig. 10), que as duas vertentes

de pesquisa apresentam diferenças significativas no que se refere a sua aplicação e

ao seu conceito. A pesquisa qualitativa tem o intuito de obter uma compreensão das

motivações e dos posicionamentos dos entrevistados e a quantitativa visa mensurar

os dados e generalizar os resultados.

Outro aspecto importante possível de entender a partir da tabela é o de que

a amostra da pesquisa qualitativa é consideravelmente menor do que a amostra da

pesquisa quantitativa. Foi possível visualizar que a coleta de dados da pesquisa

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32

qualitativa não é feita de maneira estruturada, diferente da pesquisa quantitativa. A

análise de dados da pesquisa qualitativa não pode ser considerada estatística

diferente da quantitativa. Por fim a pesquisa qualitativa apresenta o desenvolvimento

de uma compreensão inicial já na quantitativa os resultados geram recomendação de

uma linha de ação final. Roesch (1999) defende que quando o intuito é mensurar

ligações entre variáveis que se apresentam como relação de causa e efeito o mais

indicado é utilizar a vertente de pesquisa quantitativa.

Malhorta (2014) afirma que é um equívoco em um estudo considerar as

pesquisas qualitativa e quantitativa excludentes, o mais correto é utilizar as duas como

complementares para aprofundar o entendimento do problema.

Por este motivo, conforme explicado no início deste subcapítulo, opta-se por

realizar as duas vertentes de pesquisa, começando com a qualitativa e terminando

com a quantitativa.

4.3 UNIDADE DE ESTUDO

 

Neste subcapítulo serão demonstrados os aspectos que se referem à unidade

de estudo do âmbito das pesquisas. A unidade de estudo tem o intuito de demonstrar

quem foi o público (amostra) entrevistado nesta pesquisa.

Segundo Mattar (2008), a amostra trata das pessoas escolhidas para

responder a pesquisa; o autor afirma que a unidade de estudo se refere a um ser

voluntário que se adequa a certas características predefinidas pelo pesquisador.

Corroborando a afirmação, Lima Filho (2009) afirma que a amostragem deve

ser compatível e conter as mesmas características da população que o autor está

procurando.

Para a pesquisa qualitativa, a unidade de estudo foi separada em quatro

grupos de entrevistados: Especialistas, clientes, fornecedores e gestor da empresa. A

seguir será demonstrado o perfil de cada um dos entrevistados:

4.3.1 Especialistas

No primeiro grupo, identificado como especialistas, escolhidos em diferentes

áreas, foram feitas três entrevistas, com o intuito de complementar e enriquecer os

dados para a pesquisa.

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4.3.1.1 Especialista 1 – Marco Arioli

Marco Arioli trabalha há 15 anos no mercado de eventos para jovens no Brasil.

Marco foi o fundador da revista Void, sócio do Complex Skatepark, em Porto Alegre,

também sócio criador das marcas Bar1, Bar2 e Pista 3, que são sucesso para o

público jovem no Estado do Rio Grande do Sul.

Além disso, através de sua marca SlashSlash, Marco organiza eventos para

empresas como Coca Cola, Adidas Originals, Puma, entre outras. Marco foi

responsável pela produção e realização do evento Casa da Coca, que ocorreu em

2013, em Porto Alegre, para estudantes de 13 a 17 anos da classe A da capital.

4.3.1.2 Especialista 2 – Rodrigo Machado

Rodrigo Machado atua no mercado de turismo desde 2007, quando

representava empresas de turismo no estado, vendendo viagens de formatura e

também pacotes de turismo convencional. Em 2010, Rodrigo abriu sua própria

agência de viagens no interior do Rio Grande do Sul na cidade de Montenegro. Hoje,

Rodrigo e seu sócio Ulysses são donos da RST, possuem faturamento anual acima

de R$ 1.000.000,00 vendendo viagens convencionais e também representando

marcas em pacotes de turismo estudantil. Por sua experiência neste ramo, Rodrigo

foi escolhido para entrevista no presente trabalho.

4.3.1.3 Especialista 3 – Gabriel Rodrigues

Gabriel trabalha com eventos para jovens desde os seus 17 anos. Foi sócio

proprietário de diferentes marcas no Rio Grande do Sul que produzem festas para

jovens e adolescentes. Atualmente, Gabriel Rodrigues é o dono da empresa Wazzap

Entretenimento, marca referência em festas para menores de idade em Porto Alegre.

Hoje Gabriel também atua como DJ e, por ser um formador de opinião e ter

grande relevância e proximidade com o público alvo da Forma Turismo, foi convidado

para entrevista no presente trabalho.

4.3.2 Entrevista com Cliente

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No segundo grupo, identificado como clientes, foram selecionados três perfis

de clientes: um cliente que já realizou sua viagem de formatura, com o intuito de

entender qual foi a sua percepção do serviço oferecido pela Forma Turismo; outro

cliente que vai realizar a viagem neste ano (ano base 2017), com o intuito de entender

quais são suas motivações e expectativas; e por fim um cliente que cancelou a viagem

de formatura, para entender quais foram as suas motivações.

4.3.2.1 Cliente 1 - Bruno Piccolli

Bruno Piccoli, 17 anos, natural de Porto Alegre, estudante do colégio Monteiro

Lobato, tem o perfil de cliente fiel, pois participou de quatro viagens com a Forma

Turismo e possui alto engajamento com a empresa.

4.3.2.2 Cliente 2 – Maria Eduarda Stella

Maria Eduarda estuda no colégio Anchieta, de Porto Alegre, está no terceiro

ano do ensino médio e possui baixo engajamento com a empresa. Maria Eduarda fez

o fechamento da viagem de formatura, porém cancelou-a antes de acontecer, por este

motivo foi uma das entrevistadas.

4.3.2.3 Cliente 3 – Matheus Spindler

Matheus tem 16 anos, é natural de Porto Alegre, apresenta o perfil de cliente

que possui alto engajamento com a empresa e vai realizar sua viagem de formatura

no próximo período, por este motivo foi convidado para conceder entrevista.

4.3.3 Entrevista com Fornecedor

No último grupo, dos fornecedores, foram selecionadas três pessoas que

prestam algum tipo de serviço para a empresa: são dois prestadores de serviço que

acompanham os alunos nas viagens de formatura; são de extrema importância para

a empresa, pois estão em contato direto com o seu cliente final.

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35

Por último foi entrevistado também Fernando Martins, dono da empresa Plano

Som, que presta serviços para a Forma Turismo em alguns destinos fornecendo som

e iluminação para as festas que ocorrem nas viagens.

4.3.3.1 Fornecedor 1 – Fernando Duarte Martins

Fernando é sócio proprietário da empresa Plano Som, que é responsável por

fornecer equipamentos em destinos específicos da Forma Turismo.

4.3.3.2 Fornecedor 2 – Bruno Tomazi

Bruno Tomazi é um prestador de serviço para a empresa; atua na área da

monitoria, que é responsável por acompanhar os alunos na viagem de formatura.

4.3.3.3 Fornecedor 3 – Carlos Saul

Carlos Saul é natural de Porto Alegre, assim como Bruno, atua na área da

monitoria e possui grande experiência em viagens da Forma.

4.3.4 Entrevista com gestor

Foi realizada uma entrevista com o gestor Angelo Ruggero, sócio e

proprietário da empresa Forma Turismo no Rio Grande do Sul. Angelo comprou a

franquia no ano de 2011 e, desde aquele ano, administra e faz a gestão da empresa

no estado. A partir de entrevista com Ruggero, foi possível ter acesso às informações

sobre fatores internos da Forma Turismo e seus principais desafios.

4.4 UNIDADE DE ESTUDO QUANTITATIVA (SURVEY)

Na pesquisa quantitativa, como unidade de estudo, foi utilizada uma amostra

que contempla: a) clientes que realizaram algum tipo de viagem com a empresa; b)

respondentes que contrataram a viagem porém cancelaram seu pacote; c)

respondentes que nunca utilizaram nenhum tipo de serviço com a empresa. Esta

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amostra pretende compreender a percepção do público alvo da Forma Turismo tanto

aquele que viajou como o que não viajou.

Foi possível ter acesso a estes respondentes de duas maneiras: primeiro,

através de indicação de pessoas que contemplam o público alvo, independentemente

de conhecer a empresa ou não; segundo, através do sistema próprio da empresa,

fornecido pelo gestor da Forma Turismo.

A amostra foi elaborada com o público de 14 a 18 anos, residentes no Estado

do Rio Grande do Sul. Clientes. A pesquisa obteve o total de 200 respostas, destas,

80% foram pessoas que realizaram algum tipo de viagem com a empresa e 20% não

as realizaram.

4.5 TÉCNICA PARA COLETA DE DADOS

Para a pesquisa qualitativa foram realizadas entrevistas em profundidade e

documental e Survey, para a pesquisa quantitativa. Tais técnicas foram escolhidas

porque melhor se encaixam à problematização exposta.

A entrevista em profundidade é caracterizada por haver um único

entrevistador e um único entrevistado, sendo considerada direta pessoal e não possui

uma estrutura específica (MALHORTA 2014). Por esta razão, o entrevistado se sente

confortável para responder as perguntas e abordar temas de maneira mais ampla

(MALHORTA 2014).

Corroborando esta afirmação, Haguette (1999) defende que as pesquisas em

profundidade são utilizadas para verificar aspectos implícitos e assuntos com mais

sensibilidade, porque com este método é possível fazer com que o entrevistado

aborde suas crenças e valores sobre determinado aspecto.

Além da coleta de dados através de entrevistas foi utilizada a pesquisa

documental, em que foram analisados documentos fornecidos pela empresa, que

consistem em propostas de viagem utilizadas como ferramenta de venda para os

clientes, e também documentos da intranet da empresa. Ambos os materiais foram de

grande relevância para melhor entendimento dos fatores que envolvem a organização.

A técnica de pesquisa documental pode ser definida como a utilização de

documentos originais de uma organização sem ter passado por uma análise de outro

pesquisador, respeitando a fidedignidade do documento (SILVA 2009).

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As pesquisas do tipo Surveys são frequentemente realizadas para permitir enunciados descritivos sobre alguma população, isto é, descobrir a distribuição de certos traços e atributos, o pesquisador não se preocupa com o porquê da distribuição observada, mas com o que ela é (BABBIE, 2005, p. 96).

A aplicação de pesquisas Surveys é feita de diferentes maneiras, podendo ser

face a face, telefone, e-mail ou questionários autoaplicáveis (MATTAR, 2014).

No presente trabalho foi utilizado um método de realização autoaplicável pela

internet, através do site www.surveymonkey.com, desta maneira possibilitou uma

amostra maior de diferentes respondentes que compõem o público alvo da empresa.

A seguir será apresentada figura que ilustra vantagens e desvantagens do uso de

questionários autoaplicáveis.

Figura 1 – Vantagens e desvantagens questionário auto-aplicável

Fonte: Macedo (2013)

Pode–se concluir que as vantagens apresentadas em um questionário

autoaplicável são preponderantes em relação às desvantagens, e este fato é mais

evidente quando analisamos o formato de aplicação pela internet, portanto é

adequado este método para o presente trabalho.

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38

Com a apresentação do presente subcapítulo, foi possível concluir que na

pesquisa qualitativa foi utilizado o método de entrevista em profundidade e na

pesquisa quantitativa o método Survey para coleta de dados.

 

4.6 TÉCNICA DE ANÁLISE DE DADOS

Neste subcapítulo são apresentadas as técnicas utilizadas para a análise de

dados do presente trabalho. É Importante ressaltar que foi utilizada uma técnica de

análise específica para a pesquisa qualitativa e outra para a pesquisa quantitativa.

A análise de conteúdo foi a técnica utilizada para a análise das entrevistas em

profundidade. Esta técnica consiste em tratar e classificar dados com o intuito de

analisar o que está sendo abordado sobre determinado fenômeno e desta maneira ter

uma análise mais assertiva de determinada pesquisa (BARDIN, 1977).

A técnica de análise de conteúdo pode ser utilizada tanto em pesquisas

quantitativas como em qualitativas (BARDIN, 1977). No presente trabalho será

utilizada exclusivamente para análise qualitativa.

Este método de análise pode ser utilizado em diferentes tipos de pesquisas e

pode ter aplicações diferentes, desde interpretação de filmes, propagandas, slogans

entre outros mecanismos de comunicação (LAKATOS, 2006). A autora complementa

que o principal elemento que caracteriza esta metodologia é que o foco principal da

abordagem diz respeito ao entendimento da ideia de um discurso ou de uma

entrevista, e não simplesmente ao que foi dito.

Segundo Bardin (1977), é possível afirmar que existem três etapas principais

para a análise de conteúdo: pré-análise, exploração de material e tratamento de dados

e interpretação. O autor complementa que é necessário definir categorias específicas

que demonstrem pertinência com o problema de pesquisa.

A pré-análise se refere ao processo de organização e é o primeiro contato

com os materiais disponíveis da pesquisa (GIL, 2008). A fase de exploração analisa

e decide as categorias que serão utilizadas, em síntese, trata-se de averiguar o que

foi decidido na primeira etapa de pré-análise (GIL, 2008).

A fase de tratamento de dados visa validar as informações selecionadas, com

quadros, figuras, esquemas, que sintetizem toda a informação para demonstrar de

forma clara o que foi analisado (GIL, 2008). O autor complementa que nesta fase é

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possível confrontar o que diferentes entrevistados responderam e fazer possíveis

generalizações sobre o que foi possível concluir com a pesquisa.

A análise escolhida para a pesquisa quantitativa foi a análise de estatística

descritiva, que apresenta, descreve e realiza um resumo das respostas de uma

amostra escolhida (MALHORTA, 2014).

Malhorta (2014) diz que técnicas descritivas servem para analisar e descrever

aspectos relevantes dos resultados obtidos e demonstrar de maneira clara o que foi

analisado.

Mattar (2014), por sua vez, defende que o importante para selecionar a técnica

mais adequada para análise de dados é perceber primeiramente o número de

variáveis que serão analisadas simultaneamente, após esta etapa, é necessário

mensurar o número de amostras que serão examinadas e o grau de relacionamento

entre elas. E por fim verificar a relação de dependência entre todas as variáveis que

envolvem a pesquisa (MATTAR, 2014).

Babbie (2005) defende que se há muitas variáveis que se relacionam, o mais

apropriado é utilizar uma técnica de análise de maior complexidade, como, por

exemplo, estatística multivariada, para ser mais assertivo nas conclusões; a técnica

descritiva exerce função de base para outros tipos de técnicas.

No presente trabalho foi estipulado que não há necessidade de utilizar outros

métodos de análise além do método de análise estatística descritiva. Entende-se que

a análise descritiva se torna adequada e suficiente para o entendimento e

aprofundamento do estudo.

Segundo Tostes (2010), o método de análise descritiva pode ser considerado

de grande eficácia quando se trata de pesquisas de marketing e pode ter diferentes

aplicações dependendo do mercado e do tipo de resultado que o pesquisador deseja

obter.

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5 APRESENTAÇÃO DAS PESQUISAS

Neste capítulo são apresentadas as análises da pesquisa qualitativa e da

quantitativa, proporcionando melhor entendimento e direcionamento dos resultados

apresentados. Primeiro, são apresentadas as pesquisas qualitativas e, por fim, as

pesquisas quantitativas bem como suas respectivas análises.

Os entrevistados da pesquisa qualitativa serão identificados, conforme quadro

a seguir, a fim de tornar a compreensão mais adequada.

Quadro 2 - Entrevistados Letra correspondente Nome Categoria

A Marco Arioli Especialista

B Rodrigo Machado Especialista

C Gabriel Rodrigues Especialista

D Bruno Piccoli Cliente

E Maria Eduarda Stella Cliente

F Matheus Spindler Cliente

G Fernando Martins Fornecedor

H Bruno Tomazi Fornecedor

I Carlos Saul Fornecedor

J AngeloRuggero Gestor

Fonte: elaborado pelo autor (2017).

5.1 PESQUISAQUALITATIVA

Para facilitar o entendimento são apresentadas as categorias com base nos

principais aspectos abordados pelos entrevistados e que através de análise do autor

foram separados fatores relevantes para a elaboração do trabalho, analisados nos

itens a seguir:

Fatores-chave de sucesso: Analisa os fatores que os entrevistados

entendem que são importantes para o sucesso das empresas que atuam neste

mercado;

Motivos de cancelamento: Analisa os pontos que levam os alunos a

cancelar a viagem de formatura depois do pagamento e da inscrição.

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Papéis de compra: Refere-se aos agentes de compra dos pacotes da

empresa. Esta análise verifica como este aspecto se apresenta sob a ótica dos

entrevistados;

Posição da empresa no mercado: Analisa como está a posição da

empresa em relação ao mercado no qual ela atua e seus principais concorrentes.

5.1.1 Fatores-chave de sucesso

Neste subitem serão abordados os resultados das entrevistas em

profundidade acerca dos fatores-chave de sucesso.

Para A, um dos principais fatores-chave de sucesso no mercado que a Forma

Turismo atua é a entrega de um produto completo. Segundo ele, “una todas as pontas

do processo”, desde o transporte dos clientes para o local da viagem até a

predeterminação das festas que os alunos irão participar na viagem de formatura.

Segundo o mesmo entrevistado, é necessário que as empresas cada vez mais

se tornem especialistas no serviço que estão oferecendo, para poder atender a

expectativa dos jovens. Segundo ele, nesta idade, com o mundo conectado em que

vivemos, este público não está dando espaço para empresas amadoras quando se

trata de entretenimento.

Os entrevistados A B e C concordam que o público alvo neste mercado é

altamente mutável e as empresas, para se manter ativas com este consumidor,

precisam ter a capacidade de adaptação constante e de comunicação correta com

estes clientes.

Para o entrevistado B, o maior fator que determina o sucesso das empresas

de turismo estudantil é simples: “a empresa deve entregar o que promete”, pois

quando se trata de um serviço como viagem de formatura é comum ser vendido um

tipo de pacote para o cliente, mas no momento de entregar não ser exatamente o que

havia sido combinado, por isso Machado entende que é um fator determinante para o

sucesso neste mercado.

De acordo com os entrevistados H, I e J, o grande segredo do sucesso das

empresas que realizam viagens de formatura é o de conquistara confiança dos pais

dos alunos, que são os responsáveis pela autorização das viagens dos filhos, pois

todos os alunos são menores de idade. Deste modo a decisão final é deles.

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Os entrevistados afirmam que é importante trabalhar o desejo e o

encantamento do aluno com a viagem de formatura; a empresa que consegue

equilibrara confiança dos pais com o encantamento dos alunos venderá a imagem da

viagem segura e alcançará mais êxito e destaque no mercado.

Para os clientes a credibilidade pela marca foi um fator unânime. O

entrevistado E afirma que a viagem de formatura no formato que é apresentado hoje

é tudo que um adolescente poderia desejar. E, segundo ele, a Forma Turismo se

destaca exatamente pelo reconhecimento que a marca tem entre seus clientes e

futuros clientes.

O quadro síntese demonstra os principais aspectos levantados pelas

entrevistas acerca deste tema.

Quadro 3 – Síntese - Fatores-Chave de Sucesso Qualidade do serviço, constante atualização e comunicação correta com o público alvo. Confiança na empresa, força da marca Equipe especializada, qualidade do produto e proximidade com o público

Fonte: elaborado pelo autor (2017).

5.1.1.1 Motivos de cancelamento

Este é um fator pertinente ao universo em que a empresa está inserida, por

este motivo foi criada categoria específica para este tema.

O motivo que leva o aluno a cancelar a viagem de formatura é um dos

principais objetivos deste estudo. Segundo o entrevistado J, a empresa atinge um

número de aproximadamente 20% a 30% de cancelamento do total de alunos inscritos

na viagem de formatura, para exemplificar: caso a Forma Turismo tenha 1000 alunos

inscritos e pagantes, apenas 700 a 800 realmente realizarão a viagem.Por isso a

importância da análise deste tema.

De acordo com Bruno Piccoli referido como entrevistado D, o principal motivo

do cancelamento é o fato de não haver maior interação entre a empresa e os clientes

no período que antecede a viagem; ele defende que como o cliente se inscreve um

ano antes da viagem acontecer os próximos onze meses ficam vazios, por este motivo

ocorre um alto percentual de cancelamentos.

De acordo com a entrevistada E,não existe um fator específico que gere o

cancelamento; segundo ela, as pessoas cancelam por motivos isolados que fogem do

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controle da empresa. Já para o entrevistado F, é necessário sim a Forma proporcionar

mais eventos durante o ano com o intuito de manter a proximidade com os clientes.

Os entrevistados A e B afirmam que a solução para evitar cancelamentos seria

a de dificultar este processo cobrando taxas de cancelamento maiores.

O entrevistado C afirma que a maior causa dos cancelamentos é o fato de a

empresa não realizar eventos e festas para manter o engajamento dos alunos até a

data da viagem.

Os entrevistados G, H e I tiveram opiniões similares afirmando que a empresa

deve investir em eventos que aproximem os seus clientes e procurar participar da vida

dos adolescentes não só na viagem mas em todo o período escolar dos alunos.

O quadro síntese demonstra os principais aspectos abordados pelos

entrevistados.

Quadro 4 – Motivos de cancelamento - Síntese Falta de engajamento dos clientes

Facilidade para realizar o cancelamento. Falta de eventos no período que antecede a viagem. Motivos externos que fogem do controle da empresa e falta de amigos que irão participar

Fonte: elaborado pelo autor (2017).

Com a tabela síntese fica evidente que falta participação maior da empresa

na vida dos clientes no período que antecede a viagem e que atualmente a Forma

Turismo facilita o processo de cancelamento dos pacotes adquiridos.

5.1.1.2 Papéis de Compra

Neste subcapítulo serão apresentados os papéis que envolvem a compra e o

comportamento dos clientes da Forma Turismo.

O processo de compra, segundo o entrevistado J,inicia-se com os próprios

alunos formadores de opinião dentro da sala de aula, intitulado por ele como “alfas”.

Por unanimidade, para os entrevistados A, B e C,são os próprios amigos e

colegas que influenciam os outros para a aquisição da viagem de formatura; os

entrevistados D, E e F corroboram esta afirmação e consideram que os amigos e

colegas são pessoas decisivas na hora da aquisição da viagem, exercendo o papel

fundamental de influenciadores.

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Também foi unanimidade para os entrevistados D, E e F o papel decisor dos

pais na participação do aluno na viagem de formatura. O entrevistado H também

destaca a importância dos pais na hora da decisão. O entrevistado G ressalta a

importância da segurança e estrutura em uma viagem de formatura, pois quem decide

se o aluno irá participar da viagem é o próprio responsável.

Segue o quadro síntese, dos principais papéis de compra no mercado de

viagens de formatura.

Quadro 5 – Papéis de Compra - Síntese Alunos formadores de opinião como iniciadores

Amigos e colegas como influenciadores Pais como decisores e compradores

Próprios alunos como usuários

Fonte: elaborado pelo autor (2017).

5.1.1.3 Posição da empresa no mercado

Neste subcapítulo será apresentada a visão dos entrevistados em relação à

posição da empresa no mercado em que ela está inserida e como os seus

concorrentes se relacionam com ela.

Segundo o entrevistado J, não existe uma concorrência direta com a Forma

Turismo, pois a empresa apresenta tão alta diferenciação que as empresas não

conseguem igualá-la. Porém, de acordo com os entrevistados B e C, a empresa

precisa continuar se atualizando e se “reinventando para poder continuar a ser líder

no mercado”.

Para os entrevistados H e I, a empresa encontra concorrência, porém a

posição da Forma Turismo é consideravelmente superior em relação aos seus

concorrentes diretos e a manutenção deste posto é um dos maiores desafios da

empresa.

O entrevistado B afirma que “existe uma facilidade maior em ganhar o

mercado e se tornar líder do que manter esta posição”. Ele afirma que a empresa tem

de estar preparada para concorrências que podem surgir, porém atualmente a Forma

Turismo assume o posto de liderança distante de seus concorrentes.

Segundo os entrevistados B e C, a empresa está bem posicionada no

mercado, porém torna-se necessário padronizar o seu atendimento e a sua

comunicação com o seu público para ser possível manter posição de líder no mercado.

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Segue o quadro síntese sobre os aspectos que foram abordados.

Quadro 6 – Posição da empresa no mercado Posição da empresa no mercado

Possui liderança no mercado

Concorrentes se encontram distantes da empresa

Grande desafio é manter posição

Empresa deve se atualizar constantemente

Deve padronizar seu atendimento

Fonte: elaborado pelo autor (2017).

Foi possível com o que foi tratado supra entender a posição da empresa e como

ela está inserida no mercado em relação aos seus concorrentes.

5.2 APRESENTAÇÃO DA PESQUISA QUANTITATIVA (SURVEY)

 

Neste subitem serão demonstrados os resultados obtidos através da pesquisa

quantitativa. O questionário survey, elaborado para o presente trabalho, totalizou

quinze perguntas, As questões se ramificavam dependendo de como eram

respondidas. Foram 200 respostas.

O Roteiro completo da pesquisa quantitativa está disponibilizado no anexo

deste trabalho, porém para facilitar o entendimento do leitor é importante entender

qual foi a estrutura da pesquisa.

A pesquisa começa identificando se o respondente já realizou algum tipo de

viagem com a empresa; quando a resposta era positiva, o entrevistado era levado

automaticamente para uma lista de perguntas para entender como foi sua experiência

com a empresa e seu ponto de vista em relação à empresa e as suas concorrentes.

Quando o entrevistado responde que não realizou viagem com a empresa, o

questionário o leva para uma nova pergunta para entender se o respondente não é

um cliente da empresa porque contratou e cancelou o pacote ou se simplesmente

nunca realizou a compra de nenhum pacote.

A seguir serão apresentados gráficos das principais perguntas que facilitam

o entendimento do leitor bem como a análise descritiva das respostas obtidas.

A primeira pergunta, como explicado anteriormente, tem o intuito de descobrir

se o respondente realizou ou não sua viagem de formatura com a empresa. É possível

perceber que 80% dos entrevistados participaram da viagem e 20% não participaram.

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Gráfico 1 – Identificação de clientes

Fonte: elaborado pelo autor (2017).

A segunda pergunta foi para aqueles que responderam que não foram

passageiros da empresa, com o intuito de descobrir se não utilizaram o serviço da

empresa porque cancelaram a viagem, ou porque não compraram o pacote.

Gráfico 2 – Você se inscreveu porém cancelou a viagem de formatura?

Fonte: elaborado pelo autor (2017).

A análise mostra que75% dos respondentes desta questão não cancelaram a

viagem e 25% compraram o produto, porém cancelaram o pacote. Depois desta

pergunta, a próxima se propõe a entender o motivo de os alunos a não se inscreverem

na viagem de formatura.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Não Sim

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Gráfico 3 – Motivo de não inscrição na viagem

Fonte: elaborado pelo autor (2017).

A análise mostra que o fator preponderante é a questão financeira, seguida

de fatores como “meus amigos não participaram”, “não tive interesse” e “meus pais

não deixaram”, e por último apareceu o motivo “as festas não me agradam”.

Analisando os fatores que levaram os clientes a não comprar os produtos da

empresa, torna-se necessário verificar os motivos que fizeram com que a outra parcela

de clientes tenha comprado, porém cancelado antes de a viagem acontecer. A

próxima pergunta é o motivo de cancelamento.

Gráfico 4 – Motivos de cancelamento

Fonte: elaborado pelo autor (2017).

É possível identificar que os motivos se apresentam de maneira variada, não

pode ser possível afirmar que existe somente um motivo principal, porém o motivo

“meus pais decidiram por mim” apresenta grande relevância. Junto com o item “perdi

o interesse”, que possui segunda colocação no motivo principal para o cancelamento

da viagem.

17%

18%

3%21%

17%

17%7%

Não tive interesse

Meus amigos não foram

As festas não me agradam

Questões financeiras

Estilo músical não meagrada

Meus pais não deixarameu ir

39%

16%17%

28%

Meus Pais decidirampor mim

Meus amigos não vãomais

Questões financeiras

Perdi o interesse

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49

É preciso agora fazer a análise dos fatores-chave de sucesso do mercado

Estes itens foram perguntados para todos os respondentes, independentemente de já

terem utilizado os serviços da empresa.

Para a resposta a seguir a pergunta foi: “Qual o nível de relevância deste item

para a escolha de uma empresa para organizar sua viagem de formatura”. A seguir,

o resultado de cada um dos fatores:

Gráfico 5 – Relevância de fatores para compra

Fonte: elaborado pelo autor (2017).

Tendo como base o gráfico anterior, é possível perceber alguns pontos de

extrema relevância quanto aos fatores que influenciam a percepção externa da

empresa: segurança, confiança, experiência, qualidade do produto e comunicação

são fatores de extrema importância na hora da escolha de uma empresa para realizar

uma viagem de formatura.

Além disso, foi perguntado aos entrevistados com o intuito de analisar a

percepção da marca se os respondentes indicariam os produtos da empresa para

futuros clientes.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

NÍVEL DE RELEV

ÂNCIA

Relevância dos fatores na escolha de uma empresa de turismo estudantil

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Gráfico 6 – Indicação produtos Forma

Fonte: elaborado pelo autor (2017).

Esta questão foi elaborada através de uma escala do número 1 ao número 5,

em que1 não indicaria e 5 indicaria com certeza. 90% das respostas ficaram entre 4 e

5, somente 3 pessoas colocaram o número dois na matriz e nenhuma colocou o

número um. Média final desta resposta 4,8.

Aos entrevistados que realizaram o serviço, foi perguntado qual a qualidade do

atendimento recebido pela empresa em uma escala de 1 a 5, em que1 significa

“péssimo” e 5 “ótimo”. Conforme tabela a seguir:

Gráfico 7 – Experiência com atendimento

Fonte: elaborado pelo autor (2017).

Foi possível verificar que a média final com base em 136 respondentes foi 4,5,

ou seja, demonstra feedback positivo dos clientes em relação ao atendimento

oferecido pela empresa.

É possível concluir que o público que se relaciona com a Forma Turismo tem

percepção considerada positiva sobre a empresa. Foi possível perceber e validar os

fatores preponderantes em relação aos atributos que uma empresa de turismo

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estudantil tem de apresentar para ser relevante para seus clientes. Após toda esta

análise, será possível prosseguir no estudo dos fatores internos e externos da

empresa.

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6 SUMÁRIO EXECUTIVO

O sumário executivo é parte introdutória e fundamental para a realização de

um plano estratégico, resume e sintetiza o que será apresentado no trabalho, tendo o

intuito de despertar o interesse do leitor pelo estudo (BORN, 2007). Em consonância

com este conceito, Salim (2005) afirma que este capítulo aparece em um plano

estratégico como um extrato de todo o estudo realizado e é elemento de extrema

importância quando se trata de um plano de negócios ou um plano estratégico.

Para Brugger (1999), o Sumário executivo é o capítulo mais importante de um

plano, e se este capítulo não estiver estruturado compromete todo o trabalho; o autor

defende que o número de pessoas que lê por completo um plano estratégico é muito

inferior aos que leem somente os primeiros capítulos. Born (2007) complementa que

o sumário executivo deve ser o último capítulo a ser elaborado em um plano

estratégico, pois somente após uma visão completa do trabalho é possível realizar

corretamente esta etapa. Born (2007) defende que o método de elaborar o sumário

executivo seguindo a estrutura do plano é a maneira mais assertiva, pois traz uma

síntese de cada tópico abordado no trabalho, proporcionando ao leitor uma prévia do

que ele vai encontrar em cada capítulo.

Este trabalho tem o intuito de apresentar um plano estratégico de 2018 a 2022

para a Forma Turismo, empresa líder no mercado de viagens de formatura no estado

do Rio Grande do Sul. Analisou-se que a empresa, apesar de líder, possui grandes

desafios, pois trabalha com um público que se modifica a cada ano e isso traz novas

necessidades e diferentes maneiras de se relacionar com as marcas.

Foi realizada análise interna da empresa, verificando como ela está

posicionada a respeito dos fatores-chave de sucesso e foi percebido que a Forma

Turismo, na maior parte dos itens, está em posição favorável no mercado que ela está

inserida, o que explica a sua liderança no setor. Para aprofundar o estudo interno da

empresa, foi realizada análise da indústria a partir das 5 forças de Porter (2010) e

pôde-se concluir que a companhia está bem posicionada nas principais forças, todavia

verificou-se que os fornecedores, principalmente de transporte aéreo, possuem

elevada força na indústria.

Com isso, foi necessário realizar análise do ambiente externo à organização

e foi percebido que, apesar da crise financeira que o país se encontra, existem

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elementos que podem ser vistos com otimismo pela empresa, como o potencial de

mercado em relação ao que ela atualmente atinge, percebe-se que há uma lacuna

muito grande neste aspecto, o que demonstra possibilidade de crescimento

exponencial da empresa.

Visto isso, foi realizada análise detalhada da concorrência, e percebeu-se

existir apenas uma empresa que compete com a Forma e que possui baixa

competitividade, contudo há grandes indícios de nova concorrente de São Paulo

começar as operações no estado gaúcho, e esta apresenta grande potencial de

competitividade com a Forma Turismo.

Feita toda esta etapa, foi possível realizar a análise das Forças, fraqueza,

oportunidades e ameaças da empresa através da matriz SWOT. Verificou-se que a

empresa possui pontos forte significativos, entretanto diversos fatores ainda precisam

melhorar, como, por exemplo: melhoria na sua comunicação, falta de pós- venda

estruturado e falta de padronização no seu atendimento. Como principais pontos

fortes foram constatados: qualidade dos produtos, experiência dos clientes com a

marca, segurança oferecida e alto nível de engajamento dos funcionários.

A partir de toda análise foi possível definir os objetivos estratégicos do plano

que são: Aumentar o faturamento da empresa em 70% até o fim do plano, diminuir o

nível de cancelamentos de 25% para 5%, aumentar para 6.000 passageiros por ano

no estado gaúcho e como objetivo quantitativo: Ser reconhecida como marca

referência em realização de viagens para estudantes no estado do Rio Grande do Sul

até o ano de 2022.

Para possibilitar o alcance desses objetivos foram apresentadas as seguintes

estratégias: Aumentar de 10 para 15 o número de vendedores no estado, introdução

de sistema de vendas online, alteração de políticas de cancelamentos, introdução de

sistema de parcerias com escolas introdução de sistema de pós- vendas, contratação

de empresa especializada em mídias sociais e criação de novo produto atrativo para

as escolas.

Para finalizar foi realizada análise econômica e financeira e para verificar a

viabilidade da aplicação do plano estratégico para a empresa, visto que os resultados

obtidos foram: aumento na margem de lucro de 20% para 34% até o fim do período

do plano, TIR: 19% para TMA de 10%, VPL R$290.254,73 e Payback descontado de

4 anos. Indicadores que demonstram a viabilidade do presente trabalho.

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7 CARACTERIZAÇÃO DO NEGÓCIO

Neste capítulo será apresentado o histórico da empresa, bem como sua

importância para a realização de um plano estratégico. Também neste capítulo serão

mostrados os norteadores estratégicos, a cadeia de valor e a avaliação da empresa

em relação aos fatores-chave de sucesso.

7.1 HISTÓRICO E DESCRIÇÃO DA EMPRESA

Segundo Born (2007, o histórico da empresa tem como principal intuito

conceituar e levar o entendimento da organização para os leitores. De acordo com o

referido autor, há alguns itens importantes que devem ser tratados neste capítulo em

um plano estratégico. São eles:

Fundação; Consultorias recebidas; Parcerias Conquistadas e perdidas;

Contratações e demissões importantes; Curiosidades relevantes; Abertura de capital;

Entrada e saída de sócios; Aquisições relevantes; Fusões, Joint Ventures;

Concordatas ou problemas financeiros; Lançamentos de novos produtos. Sucessos e

fracassos de produtos; Prêmios conquistados; Resultados de clima interno que

mereçam destaque; Resultados de pesquisa de satisfação que mereçam destaque.

Born (2007) ainda afirma que é necessário apresentar neste capítulo os resultados

que a empresa teve com seus próprios recursos nos últimos anos.

Quando se trata da empresa que é objeto deste estudo, começamos com o

ano que a mesma teve sua primeira loja inaugurada, 1997, em São Paulo.

Os sócios eram dois publicitários e um professor de educação física. Renato,

Rogério e Mauricio abriram a primeira loja no bairro Tatuapé, em São Paulo, e assim

deram início a esse empreendimento: uma empresa especializada em viagens de

formatura. Como as vendas de formatura só começariam no ano seguinte, durante os

primeiros meses eles organizavam caminhadas ecológicas para “fazer caixa” e

custear o investimento no material gráfico que estava sendo elaborado e que seria

fundamental para a divulgação da Forma nas escolas.

No primeiro ano de vendas da empresa (1998), a Forma levou mais de 500

alunos para a viagem de formatura, destinos como Porto Seguro, Natal, Florianópolis

e Fortaleza foram os roteiros oferecidos pela Forma neste ano.

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No ano seguinte, apesar da repercussão das viagens do ano anterior, eles se

depararam com um desafio pelo caminho: convencer os alunos que seria mais

vantajoso trocar a tradicional festa de formatura pela viagem, foi assim que lançaram

a primeira campanha intitulada: “Troque a Beka Pelo Bikini”

Obtiveram um resultado incrível, no ano de 1999 bateram a marca de 1.300

passageiros, aumento de 160% em relação a 1998. Em 2000 os números continuaram

crescendo e a Forma deixou de ser agência de viagens para se tornar Operadora (um

tipo de serviço em que não há intermediários, tudo é feito pela empresa contratada),

eliminando intermediários, fretando aeronaves obtendo cada vez mais autonomia em

seus processos. No ano seguinte a Forma começou a investir em tecnologias para

profissionalizar cada vez mais o seu negócio e inaugurou sua primeira filial em

Campinas SP. Neste ano 3.500 pessoas contrataram os serviços da Forma para

realizar a viagem de formatura.

Nos anos seguintes o crescimento continuou sendo exponencial. Em 2003 a

Forma atingiu a marca impressionante dos 10.000 passageiros; neste mesmo ano já

havia mais de 20 cidades paulistas com agências representantes Forma.

Em 2005, mais de 21.000 passageiros Forma participaram da viagem de

Formatura; neste ano lançaram uma novidade, viagem exclusiva para formandos do

ensino fundamental, intitulado Forma no Med. Em 2006 já existiam 10 franquias no

Brasil, cidades como Brasília e Belo Horizonte, faziam parte desta lista.

Em 2007 a Forma completou 10 anos de existência e neste ano teve seu

primeiro fretamento internacional, levando mais de 500 alunos para Bariloche

(Argentina). Em 2008 a Forma continuava ultrapassando metas, chegando à marca

de 30.000 alunos, sendo 20.000 para Porto Seguro e mais de 1.000 para a Disney.

Nos outros dois anos, a Forma colocou grandes investimentos em

comunicação, estreando um programa na televisão chamado o Último Passageiro,

programa que era transmitido pela emissora Rede TV; colégios do Brasil inteiro

solicitavam participação no programa.

Em 2012, a Forma completava 15 anos e a marca de 300.000 clientes, desde

sua criação em 1997, como empresa já consolidada em diversas cidades do Brasil.

Exatamente neste ano a Forma decidiu dar novos voos inaugurando lojas no Rio de

Janeiro e no mercado gaúcho. O Rio Grande do Sul, em função do histórico negativo

causado por empresas despreparadas, apresentou dificuldades para este segmento,

como foi explicado anteriormente.

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Por se tratar de uma grande empresa com vertentes no Brasil inteiro, o foco

do estudo será na Forma Rio Grande do Sul, que se inicia a partir de 2012, com a

inauguração da primeira franquia na capital gaúcha na Rua Padre Chagas, rua

reconhecida como a de mais alto padrão da cidade.

No ano de 2013, a Forma já atingia a marca de 1.649 alunos gaúchos viajando

com a empresa; neste ano, por falta de clientes e má gestão, a empresa concorrente,

até então líder de mercado, faliu e fechou suas portas. A Forma RS em menos de um

ano já tinha se tornado líder de mercado com representantes espalhados por todo o

estado.

Figura 2 – Agência Forma Turismo

Fonte: imagem concedida pelo gestor da Forma Turismo (2017).

Uma ação importante realizada neste mesmo ano foi a Casa na Praia Forma,

que ocorreu no mês de janeiro no litoral norte gaúcho, mais especificamente na praia

de Atlântida. Foi uma grande inovação, pois nenhuma empresa até então havia

realizado algo parecido. Foi um sucesso e esta ação consolidou o posicionamento da

empresa como a maior empresa de turismo jovem que já existiu no estado. Nos anos

seguintes suas vendas no RS aumentaram consideravelmente.

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Figura 3 – Casa de Praia Forma

Fonte: imagem cedida pelo gestor da Forma Turismo (2017).

 

Nos anos seguintes, a Forma Rio Grande do Sul cresceu e conquistou mais

mercados, porém, diferente de outros estados brasileiros, no mercado gaúcho há

poucas escolas que abrem as portas e oferecem parcerias com a marca, deste modo

a venda sempre ocorre fora da escola, diretamente em negociação com os pais e

alunos sem vínculo com as instituições de ensino, o que de certa forma atrapalha o

desempenho na prospecção de clientes da companhia.

7.2 COMPOSIÇÃO ATUAL DO MIX DE MARKETING DA EMPRESA

Neste subitem serão apresentados os 4P’s com os quais a Forma Turismo

trabalha na atualidade (ano base 2017), para que possa ser a feita análise interna

completa da empresa.

7.2.1 Produtos

Os produtos oferecidos pela Forma turismo variam de acordo com a faixa

etária de seu cliente; isso a empresa tem bem estipulado; cada faixa etária tem o seu

roteiro, não havendo mistura dos seus públicos; por exemplo, um aluno do terceiro

ano do ensino médio não pode participar da viagem de formatura dos alunos do 9°

Ano do ensino fundamental e vice versa.

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Os produtos oferecidos em cada estado podem variar pela questão da cultura

e da proximidade de cada cidade; para compreender melhor, será explicado como são

as ofertas em cada ano no estado:

9° Ano: existem duas viagens oferecidas para estes alunos, são elas:

7.2.1.1 Forma no Costão e Forma Adventure Sul - 9º Ano

A primeira viagem é para Santa Catarina, a segunda para um resort em

Viamão. Os alunos vão para um resort fechado e exclusivo para esta faixa etária. O

que as diferencia é o Hotel e a duração da viagem. Na primeira são 4 dias de viagem

com hospedagem no Costão do Santinho (um dos melhores Resorts brasileiros), por

esse motivo se torna uma viagem com custo mais elevado consequentemente vendida

para colégios com poder aquisitivo maior. A segunda acontece no Resort Vila Ventura,

com custo menor em relação ao Costão e também menor distância de Porto Alegre,

e essas questões refletem no preço. As atividades que acontecem nas duas viagens

são muito parecidas, eles participam de diversos jogos, brincadeiras, gincanas e

festas organizadas pela Forma.

Figura 4 – Viagem de Formatura 9º Ano

Fonte: imagem fornecida pelo gestor da Forma Turismo (2017).

 

 

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Figura 5 – Paintball Viagem de Formatura 9º Ano

Fonte: imagem fornecida pelo gestor da Forma Turismo (2017).

 

7.2.1.2 1° Ano – Disney

Para esta faixa etária, há uma principal opção de roteiro, a famosa viagem

para Disney. Na viagem para Disney, os alunos ficam hospedados dentro do

complexo e inclui conhecer todos os parques da rede e ainda jantares e atividades

exclusivas para os alunos.

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Figura 6 – Viagem Disney Forma

Fonte: imagem fornecida pelo gestor da Forma Turismo (2017).

3° Ano – Série mais aguardada pelos alunos por ser o ano de término da vida

escolar. Os produtos oferecidos são: Porto Seguro – carro chefe da empresa, leva

para viajar por ano cerca de 30 mil alunos para este destino; Spring Break - 4 dias

em um resort em Santa Catarina.

7.2.1.3 Forma Spring Break

Esta viagem é conhecida pelo glamour das festas. A Forma leva os

passageiros para Resorts conceituados do Brasil para festas exclusivas para os

alunos do terceiro ano; esta viagem é para alunos de diferentes estados do país.

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Figura 7 – Forma SpringBreak

Fonte: Formei (2017).

7.2.1.4 Porto Seguro

Viagem mais tradicional da Forma Turismo, Porto Seguro atrai os passageiros

por suas belas praias e suas várias festas memoráveis. Normalmente, é a que possui

maior público, tendo em vista que é a viagem de formatura mais tradicional do último

ano dos alunos na escola.

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Figura 8 – Porto Seguro

Fonte: imagem fornecida pelo gestor da Forma Turismo (2017).

7.2.3 Preço

É um preço superior em relação aos concorrentes, porém todos os seus

produtos são completos e com padrão elevado de qualidade. As condições oferecidas

pela empresa são de duas maneiras, valor à vista, que geralmente apresenta 7% de

desconto, e o valor parcelado, de duas até no máximo 20 parcelas, dependendo do

tempo de antecedência da data da viagem. Este parcelamento pode ser feito de duas

maneiras: Cheque ou boleto. No cheque pode ser feito em um número grande de

parcelas podendo passar a data da viagem. No caso do boleto, por norma da própria

empresa o valor total da viagem deve ser quitado até 30 dias antes da mesma.

7.2.4 Promoção

A Forma conta com uma equipe que promove a marca nas escolas; essa

equipe de promoção é responsável por ser o cartão de visita da empresa para os

alunos; por isso essa equipe é treinada para saber explicar todos os produtos e

estimular o desejo de viajar. Essa equipe não realiza a venda, realiza o primeiro

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contato com o futuro cliente. A empresa conta também com uma equipe de

consultores comerciais que negociam diretamente com os alunos e com os pais; os

consultores comerciais são responsáveis por toda a parte de negociação com a

comissão de formatura, com os alunos e com os pais ou responsáveis.

Por isso este setor dentro da empresa conhece os processos da Forma e tem

total autonomia para efetuar a venda em todas as regiões de atuação. Na Forma Rio

Grande do Sul há uma equipe terceirizada que cuida do Marketing da empresa; esta

área é responsável por alimentar diariamente as redes sociais da empresa; por ser o

público adolescente como Target a empresa exerce uma participação ativa em todas

as redes sociais divulgando promoções e campanhas para se aproximar do seu

público. Existe também o setor encarregado de criar vídeos e materiais digitais, que

é contratado pela Forma.

A produção de vídeos da Forma Turismo gerou um impacto extremamente

positivo quando a marca chegou ao estado; eles investiram fortemente na qualidade

e no apelo dos seus vídeos. Pode-se dizer que este foi um fator fundamental para a

consolidação da marca no Rio Grande do Sul. A seguir imagem da página no

Facebook e Instagram da Forma no estado:

Figura 9 – Rede Social Forma Turismo RS

Fonte: adaptado pelo autor da página da Forma Turismo Rio Grande do Sul no Facebook1.

                                                            1 Disponível em: <https://www.facebook.com/formaturismors/>. Acesso em: 26 nov. 2017.

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Figura 10 – Análise Instagram Forma Turismo

Fonte: imagem fornecida pelo gestor da Forma Turismo (2017).

Através destas duas imagens, é possível visualizar as redes sociais da

empresa:na primeira imagem a página da empresa no facebook; na segunda dados

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analíticos do perfil do instagram da empresa no Rio Grande do Sul; dados cedidos

pelo gestor da organização Angelo Ruggero.

7.2.5 Localização

 

Figura 11 – Localização Sede Forma

Fonte: adaptado pelo autor de Google Maps (2017).

A única filial Forma que existe no estado do Rio Grande do Sul fica em Porto

Alegre, na Rua Padre Chagas, bairro Moinhos de Vento. Este é um local estratégico

para o posicionamento da empresa, porém sabemos que é um local onde o aluguel

do espaço físico tem um custo muito alto. Além da franquia em Porto Alegre, a

empresa possui representantes espalhados por todas as regiões do estado.

7.3 NORTEADORES ESTRATÉGICOS

A decisão mais importante a ser tomada dentro da empresa é a definição dos

norteadores estratégicos, pois a partir deles a empresa balizará todas as suas ações

e estratégias (BORN, 2007). Concordando com Born (2007), Hooley (2011) afirma que

o ponto inicial das empresas deve ser a definição dos norteadores estratégicos, que

são divididos em negócio, missão, visão e valores. De acordo com Ramos (2012), é

necessário definir e separar cada item dos norteadores estratégicos para que se tenha

um entendimento maior de onde a organização pretende chegar e quais são as raízes

que ela apresenta, pois, segundo a autora, há definições que podem ser semelhantes

quando se trata deste conceito.

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7.3.1 Negócio

A definição do negócio da empresa indicará qual a área de atuação da

mesma, dessa maneira exclui tudo que está fora do que foi definido (BORN, 2007).

Segundo o mesmo autor, em alguns casos surgem questionamentos a respeito de

que, ao definir um negócio, você não está permitindo outras oportunidades para a

empresa.

Entretanto Born (2007) defende que definir uma área de atuação especifica

para a organização é fundamental para se obter foco e melhores resultados. Tratando-

se da empresa estudada o negócio já é predefinido como:

Negócio: Viagens estudantis para alunos que buscam o lazer e

entretenimento.

Neste caso é percebido que o negócio está condizente com a atuação da

marca, por este motivo não é sugerido nenhum tipo de mudança nesta parte dos

norteadores estratégicos da empresa.

7.3.2 Missão

Quando se trata de definir a missão da empresa, é necessário responder o

que a empresa pretende trazer de valor para seus clientes, e, depois de definida, a

missão deve ser repassada para todos colaboradores da empresa (HOOLEY, 2011).

Segundo Gracioso (2001), a missão da empresa servirá como base para todo

o direcionamento da empresa; quando houver decisões importantes a tomar a respeito

da organização, os administradores sempre devem voltar à missão para poderem ser

mais assertivos nas escolhas. Já segundo Born (2007), a missão da empresa só deve

ser criada depois de bem definido o negócio, a visão e os valores da mesma.

Quando se trata da Forma Turismo, é possível entender que a missão também

já foi pré-estruturada pelos sócios da companhia:

Missão: Proporcionar a melhor viagem da vida de cada passageiro.

A missão está condizente com a maneira que a empresa se relaciona, é

possível perceber que todos os colaboradores da companhia apresentam esta missão

como algo totalmente introjetado no DNA do seu trabalho, por isso não é necessário

acrescentar ou modificar a missão apresentada.

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7.3.3 Visão

A Visão diz respeito aos objetivos da empresa e onde ela deseja chegar em

um futuro próximo ou distante (RAMOS, 2012). Já para Born (2007), a visão da

empresa deve ser vista de maneira mais ampla, não se limitando somente à questão

temporal, mas a um objetivo cujo alcance seja desejo de todos os colaboradores.

A visão não terá grande utilidade se for entendida e buscada somente pelo

gestor da empresa, ela deve ser repassada a todos os colaboradores, deve ser o DNA

da organização (GRACIOSO, 2001).

Quando nos referimos à Forma Turismo, não há publicação formal sobre a

visão da empresa, porém através do posicionamento do gestor e de adaptação do

autor sugere-se a seguinte visão:

Visão: Expandir a Forma Turismo para outros países, como os principais

países da América Latina e América Central, tornar-se referência nacional e

internacional em qualidade em viagens de formatura.

Entende-se que esta visão se torna pertinente e adequada ao posicionamento

da empresa, visto que o gestor da empresa, em Porto Alegre, Angelo Ruggero, no ano

de 2017, divulgou em entrevista para o jornal Zero Hora que tem planos futuros para

expandir para os países latinos.

7.3.4 Valores

Os valores estipulados pela empresa são aqueles considerados de maior

relevância em seu relacionamento com o público interno e externo da companhia,

porém há valores definidos como mais importantes do que outros (BORN, 2007).

Segundo Machado (2009), os valores dentro de uma organização são os que

guiam os colaboradores para alcançar sua missão e visão em todo o seu trabalho. Já

para Leitão (2014), os valores são os limites morais e éticos que servem como

referência para todos os steakholders.

Quando nos referimos aos valores da empresa estudada, não havia definição

formalizada sobre seus valores, por este motivo, no presente trabalho, foi indicada

uma sugestão de valores para a companhia:

Valores: Transparência, Ética e Compromisso com os seus clientes.

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69

Estes valores podem parecer simples, porém são considerados de grande

pertinência levando em consideração o mercado e o negócio em que a empresa está

inserida.

7.4 FATORES-CHAVE DE SUCESSO

Os fatores-chaves de sucesso ou fatores críticos de sucesso se referem aos

aspectos que os clientes estão buscando, e as características da empresa que são

essenciais para ter sucesso nesse mercado e para diferenciá-la de seus concorrentes

(NEVES, 2012). De acordo com Aaker (2012), é fundamental as empresas

perceberem as forças mais importantes que a companhia deve ter naquele mercado.

Aaker (2012) afirma que podem existir atributos que todas as empresas

presentes no mercado podem já ter adquirido; porém, ao perder esta característica a

companhia torna-se fraca. O autor ainda complementa que é necessário entender que

no estudo dos fatores-chave de sucesso é preciso avaliar os mais importantes e de

maior relevância para aquele mercado e para aquela empresa.

“Fatores-chave de sucesso (FCS) são as condições necessárias para

competir em um determinado setor, expressas por meio de critérios técnicos. Quanto

melhor uma empresa estiver em relação aos fatores-chave de sucesso, mais chances

ela terá de obter bons resultados, pois melhor avaliada ela estará nos que determinam

a competitividade em seu tipo de negócios.” (BORN, 2007, p. 70)

Born (2007) ainda afirma que é essencial as organizações analisarem a sua

posição em relação aos fatores-chave de sucesso e a situação ideal que a mesma

deseja alcançar. Os FCS em si não podem ser confundidos com atributos, pois,

segundo Born (2007), os atributos se referem à consequência e os fatores-chave de

sucesso à causa.

Em relação à empresa estudada, os fatores-chave de sucesso foram definidos

pelo autor, através do resultado e da análise das pesquisas quantitativas e qualitativas

realizadas no capítulo 5.

Para facilitar o entendimento do leitor, torna-se necessário apresentar

separadamente os fatores-chave de sucesso e posteriormente a síntese da situação

da empresa em cada um dos fatores. Os fatores definidos são:

Confiança, experiência com a marca, comunicação com os clientes,

segurança, qualidade dos produtos e atendimento.

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O quadro a seguir ilustra os fatores-chave de sucesso, a situação ideal e

também a situação da Forma em relação a cada item.

Quadro 7 – Fatores chave de sucesso

Fonte: elaborado pelo autor (2017).

Pode-se observar que os fatores-chave de sucesso dos segmentos são, na

maioria das vezes, relacionados à segurança e ao posicionamento da empresa. Isso

se deve ao fato de o público-alvo ser formado por adolescentes menores de idade, o

que traz maior responsabilidade para a Forma Turismo e o fato de os compradores

(pais) precisarem observar que a empresa realmente arca com as suas

responsabilidades, para então efetivarem a compra dos pacotes.

Fator-Chave de Sucesso

Situação Ideal Situação da Empresa Força ou Fraqueza

Confiança

Empresa que obtenha imagem confiável tanto

para os pais quanto para os alunos.

É uma empresa consolidada no mercado e

possuí alto nível de confiança pelos clientes e

futuros clientes.

FORÇA

Experiência com a Marca

Empresa que ofereça experiência diferenciada, que entregue algo a mais

em sua viagem de formatura para tornar o

momento marcante para os estudantes

A Forma Turismo possui ótimos feedbacks, mas o maior deles: seus clientes

após uma viagem procuram outros destinos

nas opções oferecidas pela empresa.

FORÇA

Comunicação

Empresa que possua alto nível de engajamento nas

redes sociais e que consegue se comunicar

diretamente com seu público alvo

A empresa pode melhorar seu relacionamento nas redes sociais e em sua

linguagem, visto que está com baixo nível de

engajamento.

FRAQUEZA

Qualidade dos produtos

Empresa que possua um produto atrativo para o

jovem e também demonstre qualidade para

os responsáveis.

A empresa vem sendo referência em boas

experiências e ótimos roteiros e programações, tanto pelos jovens quanto

pelos pais

FORÇA

Atendimento

Empresa que possua atendimento padronizado

e com excelência em todos os momentos da

compra

A Forma possui feedbacks positivos em relação ao seu atendimento, porém necessita padronização.

Será considerado Fraqueza

por falta de padronização

no atendimento

Segurança Empresa referência em

segurança

A Forma tem como ponto forte a segurança que

oferece em suas viagens. FORÇA

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71

8 CARACTERIZAÇÃO DO NEGÓCIO

Neste capítulo serão apresentados os aspectos que envolvem a cadeia de

valor da empresa, bem como os recursos: infraestrutura, tecnologia, equipe, entre

outros.

8.1 CADEIA DE VALOR

Para Porter (2002), a vantagem competitiva da empresa precisa ser

compreendida de maneira dividida e não com uma visualização das atividades como

um todo, aspectos que envolvem a produção, o marketing e também aspectos que se

referem à posição de custos relativos da organização. O autor complementa que os

fatores de diferenciação podem surgir de diferentes áreas, como, por exemplo, uma

empresa que obtém insumos de alta qualidade pode ter este fator como diferencial

competitivo.

A cadeia de valor é construída através de nove categorias consideradas

genéricas e toda a empresa é um composto de atividades que são realizadas com o

intuito de projetar, comercializar, realizar a entrega e a sustentação do seu produto

(PORTER, 2002).

A cadeia de valor é o conjunto de atividades da empresa que gera valor para

o seu cliente; as atividades são divididas em: principais, que envolvem logística

interna, operações, logística externa, marketing e vendas, e serviço; e de apoio, que

envolvem infraestrutura da empresa, gerência de recursos humanos,

desenvolvimento de tecnologias e aquisição (BORN, 2007).

Born (2015) sintetiza que as atividades principais da cadeia de valor se

referem a atividades que geram valor diretamente para o cliente e atividades

secundárias que exercem o papel de sustentar as atividades primárias.

Com o intuito de facilitar o entendimento a seguir será apresentada figura

ilustrativa da cadeia de valor, trata-se de um exemplo de uma possível situação de

uma empresa:

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Figura 12 – Cadeia de valor

Fonte: Periard (2012).

Para analisar a situação da Forma Turismo, serão trazidas algumas atividades

estratégicas do negócio que afetam diretamente o desempenho e a margem da

empresa, são elas: serviço, marketing e vendas e gerência de recursos humanos.

O maior objetivo da cadeia de valor é o de identificar de que forma são

compostos os fluxos de maior importância da empresa, permite ao gestor verificar

quais são os processos de maior relevância dentro da organização (PERIARD, 2012).

Corroborando este conceito, Rezende (2015) afirma que a cadeia de valor representa

o conjunto de atividades e ações que geram ganhos para os clientes.

8.1.1 Marketing e Vendas

Criar ações para identificar e gerar demanda e desenvolver uma força de

vendas capaz de satisfazer as expectativas do cliente é importante para fidelizar os

consumidores e garantir a sustentabilidade das vendas (BORN, 2007).

Como ponto forte, a empresa realiza ações pontuais voltadas para o público-

alvo estudantil para fortalecimento da marca; a Forma turismo utiliza muito as redes

sociais para estabelecer vínculos com os alunos e divulgação de promoções e novos

produtos. Há a prospecção de novos clientes, cobrança de metas e treinamento de

vendedores.

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No que se refere ao marketing em mídias sociais, a Forma Turismo fez deste

aspecto seu ponto forte ao longo dos anos; porém, desde 2015, percebe-se

engajamento menor nas redes sociais pelos seguidores. Este ponto pôde ser

observado e houve alteração no tratamento deste aspecto dentro da empresa.

De 2012 a 2015, a Forma contava com uma empresa contratada para realizar

o serviço de planejamento e publicações em redes sociais; esta equipe terceirizada

acompanhava o desempenho da marca e passava feedbacks aos gestores da

empresa.

Atualmente a Forma Turismo conta com uma equipe de funcionários

contratados que exerce função exclusiva na área de marketing; estes colaboradores

residem em São Paulo e fazem o trabalho distante da agência de Porto Alegre. São

responsáveis por planejar e executar um plano de marketing anual, sempre

contemplando ações de marketing digital, design do PDV, promoções e ações de

parceria com empresas voltadas ao público jovem.

Quanto ao marketing, a equipe interna não está obtendo o mesmo resultado

obtido pela empresa contratada até o ano de 2015, deste modo apresenta-se como

aspecto a ser desenvolvido pela organização.

A equipe de vendas da Forma Turismo Rio Grande do Sul possui profissionais

responsáveis pela área comercial em cada região do estado, com a função de

planejar, prospectar e executar a venda em sua área de atuação. Os vendedores

passam por diversos treinamentos, garantindo um atendimento especializado aos

clientes e conforme análise da pesquisa quantitativa este atendimento é percebido

como positivo pelos clientes, então este aspecto pode ser considerado como ponto

positivo para a empresa.

No entanto percebe-se que existe uma fraqueza também neste mesmo

aspecto, uma vez que existe grande taxa de cancelamentos nas viagens da empresa.

Uma das causas para este fato é a falta de pós venda. Como as viagens são fechadas

com bastante antecedência, é fundamental manter os clientes engajados mesmo

depois de terem efetuado o pagamento da viagem para não ocorrer cancelamento

elevado.

8.1.2 Serviço

Este item na cadeia de valor tem a finalidade de manter e intensificar o valor

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do produto oferecido (PORTER, 2002). O autor complementa que a gestão eficiente

do serviço deve buscar as melhores condições em termos de treinamento dos

colaboradores.

Neste quesito é importante ressaltar a importância de ter profissionais

(monitores) altamente capacitados para o acompanhamento da viagem e para todas

as situações; esta equipe passa por diferentes cursos de treinamento e capacitação

durante o ano. É fundamental para o sucesso da Forma Turismo a contínua

atualização do seu mix de serviços, tornando os pacotes mais atrativos e gerando

valor para o cliente.

Como força e parte fundamental do serviço da Forma Turismo, pode ser

elencada a equipe de monitoria; hoje, a empresa conta com profissionais

especializados e treinados que acompanham os alunos em todas as viagens; esses

profissionais são os monitores e têm papel de extrema importância para a entrega

com sucesso do serviço prestado pela empresa.

Neste aspecto, a maior dificuldade encontrada pela empresa é o de conseguir

reter os monitores por mais tempo, porque esses profissionais atuam como Freelancer

na Forma, sendo contratados somente na temporada das viagens. Por este motivo,

profissionais qualificados nesta área acabam encontrando trabalho fixo em outro ramo

de atuação e optam por não participar das viagens da empresa.

8.1.3 Gerência de Recursos humanos

A administração dos recursos humanos na empresa é considerada uma

atividade estratégica para o negócio, pois para tratar com o público neste mercado é

necessário ter competência e knowhow. Na unidade do Rio Grande do Sul os

responsáveis pelo recrutamento e seleção dos funcionários são os dois gerentes, o

de atendimento e o comercial. Cada um fica responsável pela contratação dos

colaboradores para sua área.

Parte significativa do quadro de funcionários da empresa é composta por ex-

clientes da companhia, e como resultado percebe-se que são pessoas com alto nível

de identificação com a marca. Por este motivo verifica-se ser uma equipe com alto

nível de motivação no trabalho realizado.

Este aspecto pode ser analisado como ponto forte para a empresa, pois

funcionários engajados e comprometidos com a empresa agregam produtividade

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elevada. E ainda é possível afirmar que este seja um dos fatores de extrema

importância para o bom resultado da empresa.

Ademais os líderes da empresa promovem diferentes tipos de atividades

durante o ano com o intuito de manter sua equipe motivada. Por este motivo percebe-

se baixo nível de rotatividade na empresa; desde sua inauguração em 2012 apenas 3

funcionários deixaram a companhia (ano base 2017).

8.2 ORGANOGRAMA

O organograma representa graficamente as inteirações hierárquicas entre os

cargos nas empresas e utiliza linhas e retângulos para sua apresentação; as linhas

indicam a ligação entre os cargos e os retângulos a representação de determinada

função (BALCÃO 2017).

Balcão (2017) afirma que o passo fundamental para racionalizar e

implementar uma empresa no mercado é definir como será delineado o organograma

da organização. A autora entende que deve ser analisado este item de maneira

detalhada e estruturada para obter melhores resultados. Organograma não deve ser

confundido com fluxograma, o primeiro exerce papel de fotografia da hierarquia

organizada da empresa.

Oliveira (2006) afirma que a definição e delimitação correta do organograma

da empresa se mostra eficaz para estipular quais funcionário devem se reportar a

quem dentro de uma estrutura formal da empresa.

A seguir será apresentado organograma atual da Forma Turismo em Porto

Alegre, para maior entendimento da estrutura interna da empresa.

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Figura 13 – Organograma da Forma

Fonte: elaborado pelo autor (2017).

A Forma Turismo no Rio Grande do Sul é gerida e administrada pelo sócio

proprietário Angelo Ruggero, que possui sociedade com os diretores donos marca; a

sociedade é composta por cinco pessoas, Maurício Liberi, Renato Costa, Maurício

Calasans, Sydney Costa e Fabio Depret.

A gestão da agência no estado gaúcho é concentrada em Angelo e sua

equipe, composta por dois gerentes, um de atendimento e outro que executa a função

comercial; subalterno ao gerente de atendimento apresenta-se a equipe de

atendimento, o coordenador de promoção e a equipe de promoção; subalterno ao

gerente comercial está a equipe de vendedores.

Na parte inferior do organograma está o perfil da equipe e características que

devem ser atendidas para cada cargo:

8.2.1 Equipe de Promoção

Esta equipe necessita ter um perfil pró-ativo, a capacidade de se comunicar,

e lidar com o público jovem; esta função é exercida por freelancer temporário dentro

da companhia. Recebe em média R$ 40,00/dia e a sua função basicamente é fazer

ações promocionais nas escolas definidas pela equipe comercial.

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8.2.2 Coordenador de Promoção

Este funcionário é contratado pela empresa e organiza a controla a equipe de

promoção; o coordenador de promoção faz a comunicação entre a equipe comercial

e a equipe de promoção, verificando os resultados obtidos pela mesma e é

responsável pela manutenção dos carros da empresa. O coordenador de promoção

tem remuneração média de R$ 1.400,00 mensais.

8.2.3 Vendedores

A equipe de vendedores é responsável por realizar toda a prospecção e a

venda nas escolas; eles são separados por regiões e devem ser altamente

comunicativos, ter boa dicção, capacidade de empatia e persuasão. Esta equipe tem

seu ganho variável, pois depende do seu comissionamento. Os vendedores podem

receber um salário variado entre R$ 3.000,00 a 8.000,000.

8.2.4 Atendimento

A equipe de atendimento é responsável por receber os clientes e realizar o

fechamento da viagem de formatura; por este motivo deve ter capacidade de

comunicação e clareza em responder possíveis dúvidas dos clientes; este cargo

possui um salário médio de R$ 1.300,00.

8.2.5 Gerente de Atendimento

Para exercer esta função, o profissional deve ter capacidade de organização

e uma visão administrativa do negócio, pois ele é o encarregado de controlar e de

verificar o funcionamento da agência, como contas a pagar e organização de

atendimento, entre outras funções. Este profissional tem o salário médio de R$

3.000,00.

8.2.6 Gerente Comercial

Este funcionário tem a responsabilidade de controlar, planejar e gerir a

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equipe de vendas, avaliando o desempenho dos vendedores, corrigindo possíveis

falhas e dando suporte para a área comercial; ele fica em contato direto com a diretoria

da empresa e tem salário que varia entre R$ 7.000,00 e R$ 15.000,00. Por se tratar

de cargo comercial, seu salário depende do desempenho da sua equipe.

8.3 MONITORIA

 

A equipe de monitores da empresa é a parte fundamental da operação e do

serviço de qualidade da Forma Turismo, porque é a equipe que participa e acompanha

os alunos em todas as viagens; são os profissionais que têm contato direto com o

público final da empresa e são responsáveis por transmitir e entregar o êxito da

viagem.

Para selecionar e capacitar os profissionais deste trabalho, a Forma conta

com diversos cursos e treinamentos que ocorrem nos períodos de pré-temporada

(período que antecede as viagens) em diversos estados do Brasil. A Forma conta, em

média, com um monitor para cada quinze ou no máximo vinte passageiros,

trabalhando com uma média bem abaixo do turismo convencional, que leva um

acompanhante a cada quarenta pessoas. Hoje a empresa conta com um quadro de

1500 monitores ativos.

Figura 14 – Monitoria Forma Turismo

Fonte: imagem fornecida pelo gestor da Forma Turismo (2017).

8.4 INFRAESTRUTURA DA EMPRESA

A Forma Turismo tem sua sede na capital gaúcha do estado, na rua Padre

Chagas, rua conhecida como a mais nobre da cidade; possui infraestrutura de alta

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qualidade, loja com dois andares, auditório, 8 pontos de atendimento e área de lazer

para os jovens. No entanto a Forma tem um custo fixo elevado com o aluguel da sede,

principalmente por se tratar da região onde o imóvel é o mais caro em Porto Alegre;

quando a empresa chegou ao Rio Grande do Sul, esta sede mostrou importância para

causar impacto positivo, atualmente entende-se que cumpre papel de reafirmar o

posicionamento da marca na capital.

A infraestrutura será dividida em três grupos: Instalações, equipamentos e

tecnologia.

8.4.1 Instalações

O Imóvel (Loja Física) de 200m²

Auditório

Sala de reuniões

Estacionamento

Estoque

Sala de vendedores

Cofre

Recepção

Depósito.

8.4.2 Equipamentos

2 carros (uma Toyota Hilux e uma Jeep Renegade) da empresa

10 computadores (5 MacBooks e 5 Dell)

2 impressoras Samsung

35 cadeiras

15 mesas

4 projetores

5 caixas de som

1 máquina de cartão

1 máquina de café.

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8.4.2 Tecnologia

O sistema da empresa, com nomenclatura de WM, interliga todos os setores

da empresa, cadastra os novos passageiros e é a base de dados de todos os clientes;

há também a tecnologia da Forma denominada Forma SmartPass, que é um sistema

de controle para questões operacionais de todas as viagens de formatura.

8.4.3 Estrutura de custos

A Forma Turismo no Rio Grande do Sul é uma filial cuja matriz é São Paulo e

possui sua estrutura de custos: custos fixos e custos variáveis. Os principais custos

fixos podem ser identificados como: salário dos funcionários, aluguel de loja,

condomínio, segurança entre outros. Já os custos variáveis são: comissionamento

para vendedores, ações anuais de propaganda, marketing e impostos sobre a venda.

O que é importante elencar na estrutura de custos da empresa é o fato de que

a matriz estipula um preço mínimo para a venda de cada um dos produtos oferecidos,

este preço mínimo de venda é conhecido internamente na empresa como preço “neto”

e é repassado em sua totalidade para a matriz. Em cima deste preço é colocada uma

margem pelo gestor e o valor desta margem é o que fica com a agência do Rio Grande

do Sul e que é destinado a pagar os custos e administrar a loja como um todo.

Ademais após realizar o pagamento do preço neto para a matriz, a empresa

gaúcha não tem a preocupação de entregar o produto ou de realizar a produção das

viagens. Todos estes fatores são elaborados e organizados pelo setor operacional da

matriz paulistana. Desta maneira, o preço “neto” é entendido como o preço de custo

por viagem vendida e em cima da margem é que deve ser planejada e calculada toda

a lucratividade da empresa na franquia.

Todos os aspectos que envolvem a estrutura de custos da empresa serão

explicados detalhadamente no capítulo 11, esta breve apresentação tem o intuito de

situar o leitor a respeito da estrutura de custos básicos que a Forma Turismo

apresenta no estado gaúcho.

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9 ANÁLISE ESTRATÉGICA

Este capítulo apresenta a análise da indústria através das 5 forças de Michael

Porter, bem como suas implicações nas organizações. Ainda será apresentado o

macroambiente da empresa. Desta maneira será possível a análise dos cenários

prováveis para o futuro da companhia.

Além disso, será feito um estudo de análise da concorrência. Depois desta

etapa será conceituada a matriz de grupos estratégicos e, na sequência, será feita

uma análise e projeção do mercado, tanto qualitativo como quantitativo. Para finalizar

serão apresentadas a Matriz GE e a Matriz SWOT.

9.1 ANÁLISE DA INDÚSTRIA – 5 FORÇAS DE PORTER

O estudo das cinco forças propostas por Michael Porter demonstra de maneira

sistemática quais são os pontos-chave para a competitividade das empresas em seus

referidos mercados (HOOLEY, 20011).

Porter (2002) afirma que o estudo sistemático das 5 forças presentes em uma

indústria pode ser aspecto determinante no que se refere a estratégias e

posicionamentos que a empresa deve prosseguir. Ainda afirma que varia de indústria

para indústria as forças que apresentam maior representatividade em dado mercado.

O quão rentável pode ser uma indústria vai depender de como as 5 forças

influenciam um mercado específico, pois influenciam diretamente os custos, os

preços, o poder do comprador acaba por influenciar os preços que são praticados

naquele mercado (PORTER, 2002).

O referido autor complementa que através de análise de 5 forças, a empresa

consegue delimitar onde deve atuar dentro da indústria, como competir no mercado e

que estratégias serão sustentáveis para o seu futuro.

As cinco forças são divididas em:

- Poder de barganha dos fornecedores

- Ameaça de produtos substitutos

- Poder de barganha dos clientes

- Ameaça de novos entrantes

E são apresentados conforme figura a seguir.

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Figura 15 – Forças de Porter

Fonte: Rabelo (2006).

Analisar as cinco forças competitivas é de extrema relevância, pois demonstra

que os concorrentes não são apenas algumas empresas que oferecem produtos ou

serviços similares, mas sim um composto que sem a referida análise se torna

improvável de perceber e identificar (BORN et al., 2007).

Para Pierantoni (2015), identificar as cinco forças de Porter no mercado é

fundamental para definir o posicionamento da companhia, pois esta análise permite

estudar todo o âmbito da concorrência e obter resultados positivos para a empresa.

Serão analisadas individualmente as cinco forças para entender: - como a empresa

se relaciona com cada um dos itens; se cada item que compõe o estudo é apresentado

como força ou fraqueza.

9.2 PODER DE BARGANHA DOS FORNECEDORES

Os fornecedores são entendidos como o grupo de empresas que fornece os

insumos necessários para uma companhia entregar seu produto final (BORN et al.,

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2009). As empresas apresentam diferente poder de barganha entre a indústria o que

pode tornar o setor com menos ou mais atratividade.

Porter (2002) afirma que é necessário entender quem são os fornecedores

principais da indústria e qual o poder que eles têm sobre as empresas compradoras.

É necessário compreender o grau de dependência entre as partes, para afirmar se o

poder de barganha é alto ou baixo.

Os principais fornecedores podem ser divididos em três setores: empresas de

transporte, hotéis e atrações.

Empresas de transporte:

Tanto as empresas que alugam ônibus para os destinos terrestres como as

companhias aéreas que têm suas aeronaves fretadas. Empresas de ônibus: a Forma

trabalha com a empresa Planalto, que exerce baixo poder de barganha; anualmente

a Forma RS contrata cerca de 50 ônibus da empresa e ainda é baixo o poder que ela

exerce.

Para os destinos aéreos, a Forma trabalha principalmente com a GOL Linhas

Aéreas; é a segunda maior empresa de turismo fretadora de voos do Brasil segundo

o gestor Angelo Ruggero. Entretanto a Forma Turismo possui baixo poder de

barganha com a empresa de transporte aéreo, pois como existem poucas empresas

aéreas, a Forma acaba não tendo muito poder de escolha, e como o transporte aéreo

é parte fundamental nos seus pacotes, ela precisa contratar mesmo que o custo esteja

elevado e com pouca possibilidade de negociação.

Hotéis: em todos os destinos, os estudantes ficam hospedados em hotéis,

sendo estes, em sua grande maioria, fechados exclusivamente para os clientes da

empresa. Entre estes: toda a Rede Club Med sediada no Brasil, Costão do Santinho,

Rede Blue Tree Resort. Como a Forma aluga a capacidade total destes hotéis em

várias ocasiões do ano, pode-se considerar que a Forma possui alto poder de

barganha com estes fornecedores.

Com outras empresas atuantes no mercado, o poder de barganha diminui

consideravelmente, já que a Forma não obtém número significativo de passageiros

para poder reservar o hotel com exclusividade para os seus clientes.

Atrações: Shows exclusivos são contratados em diversos roteiros da

empresa; em um fechamento anual são reservadas inúmeras datas com cantores e

DJs, o que se torna altamente atrativo para os artistas; por este motivo a Forma pode

exercer elevado poder de barganha.

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Porém artistas com grande reconhecimento e cachês muito elevados podem

exercer maior poder de barganha sobre a empresa; com a alta demanda destes

cantores eles podem facilmente cancelar um show e o maior prejudicado é a Forma

Turismo.

Segundo o gestor, este tipo de situação já ocorreu em 2014, quando a

empresa contratou a cantora Anitta, e a artista cancelou o show uns dias antes da

viagem. E quem se prejudicou foi a empresa, pois a atração constava no pacote.

Então quando se trata de atrações, o poder de barganha da empresa depende

do reconhecimento do artista para ser considerado baixo ou alto.

9.3 PODER DE BARGANHA DE CLIENTES:

Segundo Porter (2002), o poder de barganha dos clientes é fator importante

em um plano estratégico para identificar o grau de dominância em uma negociação

do cliente em relação à empresa. Born (2007) concorda que a partir do entendimento

do poder de barganha dos clientes é possível identificar quais posturas devem ser

tomadas em relação ao futuro.

No Rio Grande do Sul, existe somente a Forma com este porte e volume de

vendas. Porém existem empresas menores que acabam atingindo públicos que não

se enquadram exatamente no público alvo da Forma.

Analisando o mercado no qual a empresa está inserida, percebe-se que há

somente uma empresa que pode ser considerada como concorrente direto, que é a

Tribos Jovem; embora não ofereça os mesmos serviços com o mesmo padrão de

qualidade, considera-se como a única empresa que chega mais perto de ser

concorrente real e direta. Além da Tribos Jovem há a empresa Amaze Travel, que

está ingressando no mercado gaúcho.

Os clientes que procuram viagens de formatura com a Forma acabam

exercendo baixo poder de barganha devido ao reconhecimento e exclusividade da

empresa. Porém com outros concorrentes diretos e indiretos existe um poder de

barganha mais elevado por parte dos clientes.

9.4 RIVALIDADE ENTRE OS CONCORRENTES

A rivalidade entre os concorrentes possui papel fundamental na análise da

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indústria, pois é a força que está no eixo central e tem ligação com todas as outras

(PORTER, 2002). Born (2007), por sua vez, afirma que os principais aspectos a

estudar no que se refere à rivalidade entre os concorrentes é o crescimento da

indústria, os custos fixos, diferença de produtos, identidade da marca, barreiras de

saída, entre outros.

Conforme descrito anteriormente, a Forma Turismo possui apenas um

concorrente direto no estado do Rio Grande do Sul na atualidade, a Tribos Jovem e

também analisa-se a empresa Amaze Travel, que divulgou publicamente sua intenção

de começar os trabalhos no mercado gaúcho.

Quando se refere a Tribos Jovem, que também compõe ativamente o

mercado, os clientes possuem um alto poder de barganha em relação ao seu preço.

Contudo a qualidade de serviço está muito abaixo da oferecida pela empresa líder de

mercado, por este motivo o concorrente direto obtém pouca competitividade no

público alvo da Forma.

No entanto quando se trata do segmento que visa custo baixo (escolas de

colégio estadual), existe grande rivalidade entre a concorrência, neste caso a empresa

estudada se encontra em desvantagem.

Após entendimento da rivalidade entre os concorrentes pode-se afirmar que

a Forma Turismo possui vantagem neste item, por ser líder no mercado e ser

considerada pelos clientes como empresa líder no mercado, conforme demonstrado

na pesquisa com o público alvo e com o gestor. Sendo assim, pode-se afirmar que é

considerada força para a Forma Turismo.

9.5 AMEAÇA DE NOVOS ENTRANTES:

De acordo com Born (2007), existem algumas etapas principais para realizar

a análise da ameaça de novos entrantes. Primeiro deve-se entender quais empresas

são candidatas a entrar neste mercado nos próximos anos, depois é necessário

entender as barreiras de entrada que esta empresa vai enfrentar. E por fim deve-se

analisar qual o nível de ameaça que esses possíveis entrantes apresentam.

Quando se analisa a partir de uma ótica mais superficial, a barreira de entrada

no mercado de turismo é muito baixa, pois não há grandes complexidades para abrir

uma empresa e atuar neste ramo, muito menos custos e investimentos iniciais

elevados.

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Contudo a barreira de entrada para que uma empresa se torne um

concorrente de mesmo nível e competitividade da Forma é altíssima, pois de acordo

com análise realizada anteriormente a Forma está muito bem posicionada nos fatores-

chave de sucesso e a dificuldade de uma nova marca se tornar conhecida e relevante

para este público é considerada alta.

Existe atualmente um provável novo entrante no mercado do Rio Grande do

Sul, a empresa Amaze Travel. É uma empresa que faz parte do renomado grupo CI

intercâmbios e demonstra ser uma empresa que possui capital suficiente para investir

e entrar no mercado.

A entrada da empresa Amaze pode ser considerada uma possível ameaça

para a Forma Turismo, por se tratar de uma empresa que pode aparecer como

novidade para os potenciais clientes. Porém como a Forma Turismo está muito bem

posicionada no que se refere aos fatores-chave de sucesso e satisfação dos

consumidores, este item pode ser entendido como uma ameaça mediana para a

empresa estudada.

9.6 AMEAÇA DE PRODUTOS SUBSTITUTOS

Os produtos substitutos podem ser considerados aqueles produtos que,

embora não sejam produzidos pela mesma indústria, conseguem atender a

necessidade do cliente (BORN et al., 2007). Deste modo, para ter um estudo

aprofundado deste item, é necessário entender qual a propensão de troca que o

cliente apresenta e qual o custo que isso desencadeia para ele (BORN et al., 2007).

Porter (2002) corrobora a afirmação defendendo que para analisar a força de

um produto substituto devem-se analisar três principais aspectos: “desempenho do

preço relativo dos substitutos; custos de mudança e propensão do comprador a

substituir”.

Quando se trata do mercado no qual a Forma Turismo está inserida, pode-se

elencar as Festas de formatura: que são muito tradicionais nas escolas, e assim, pode

acarretar em um trade off. Porém, atualmente, este tipo de serviço se tornou

complementar à viagem de formatura no mercado gaúcho, pois segundo dados

fornecidos pelo gestor, mais de 80% dos alunos que compram viagem de formatura

no Rio Grande do Sul também realizam a festa de formatura.

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No estado os preços de festas de formatura não são muito elevados se

comparados com outras regiões como Rio de Janeiro e São Paulo; conforme

informações cedidas pelo gestor Ruggero, o custo de uma festa de formatura nos

referidos estados chega a ser o dobro do que é cobrado no estado gaúcho.

Por este motivo, no Rio Grande do Sul, este fator não pode ser considerado

uma grande ameaça na análise das 5 forças.

Por fim, entende-se que os produtos substitutos não irão ter grande força no

mercado de viagens de formatura, mas podem ganhar participação, principalmente

quando se trata de colégios com menor poder aquisitivo que precisam escolher entre

a festa ou a viagem.

Como o público alvo da empresa são escolas particulares, os produtos

substitutos aparecem com grande influência quando se trata do mercado de escolas

públicas.

Para sintetizar o que foi abordado neste subcapítulo, será demonstrada a

seguir figura que ilustra as 5 forças e qual a posição da empresa perante cada uma e

se representa força ou fraqueza para a companhia.

Quadro 8 – 5 Forças de Porter - Síntese

Fonte: elaborado pelo autor (2017).

9.7 ANÁLISE MACROAMBIENTAL

O ambiente macroambiental representa os fatores externos à organização;

5 FORÇAS DE PORTER - Síntese

Força analisada Situação da empresa Comentário

PODER DE BARGANHA DOS FORNECEDORES

FRAQUEZA Maior parte dos fornecedores possui alto

poder de barganha sobre a empresa.

AMEAÇA DE PRODUTOS SUBSTITUTOS

FORÇA Os produtos substitutos existentes não

possuem grande ameaça à empresa, com pequenas exceções.

PODER DE BARGANHA DOS CLIENTES

FORÇA Poder de barganha exercido pelos clientes

pode ser considerado baixo por este motivo considera-se força para a empresa.

AMEAÇA DE NOVOS ENTRANTES

MÉDIA

Considera-se média a ameaça de novos entrantes pois existem grandes barreiras

para competir com a Forma Turismo, porém há perspectiva de empresa com

potencial entrar no mercado

RIVALIDADE ENTRE OS CONCORRENTES

FORÇA Não existe nível elevado de rivalidade

entre os concorrentes.

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são divididos entre cenário social, político e econômico. É necessário entender quais

são as influências do ambiente macroeconômico para projetar quais são as

consequências de acordo com mudanças no cenário em que a empresa se relaciona

(HOOLEY, 2011).

De acordo com Aaker (2012), os gestores devem estar atentos às questões

do ambiente da companhia para se preparar para possíveis ameaças e para identificar

novas oportunidades no seu mercado. Neves (2012), concordando com Aaker (2012),

ainda afirma que para superar dificuldades oriundas do macroambiente a empresa

deve trabalhar em parceria com toda sua rede de parceiros, fornecedores e até

mesmo em alguns casos com os concorrentes.

De acordo com Born (2007), as empresas não têm como interferir nas

mudanças ambientais, o que elas podem fazer é se prevenir para qualquer tipo de

mudança que interfira no desempenho da empresa. O autor ainda afirma que muitas

vezes o ambiente externo da organização pode ser positivo gerando oportunidades

para a mesma. Ele ainda afirma que os fatores do macroambiente são divididos em

seis grupos: Ambiente demográfico, Ambiente econômico, Ambiente natural,

Ambiente tecnológico, Ambiente político legal e Ambiente sociocultural.

O Ambiente Demográfico, segundo Born (2007), se refere, por exemplo, ao

tamanho de mercado, taxas de crescimento da população em diferentes localidades,

o nível de instrução da população, questões étnicas, faixas etárias, entre outros. O

ambiente econômico envolve fatores como renda, inflação, dólar, PIB, poupança,

entre outros (BORN, 2007).

Quando se analisa a empresa em questão podemos elencar alguns pontos

importantes quanto ao ambiente demográfico e econômico:

9.7.1 Ambiente Demográfico

No Rio Grande do Sul, a densidade demográfica está muito concentrada no

eixo que liga Porto Alegre a Caxias do Sul. Quase 70% dos municípios do Estado

possuem menos de 10 mil habitantes, e existem 123 municípios com um número de

habitantes entre 10 e 50 mil, 24 com uma população entre 50 e 100 mil e 17 municípios

com população superior a 100 mil, que acabam concentrando quase 50% da

população do estado.

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Quadro 9 – Ambiente demográfico

OPORTUNIDADE AMEAÇA

1- Crescimento da população das classes A e

B

As classes A e B têm alto potencial de utilizar os serviços oferecidos pela

Forma Turismo.

2- Porto Alegre está entre as 50 cidades do Brasil

com melhor IDH

Porto Alegre possui um IDH que se enquadra

entre as melhores 50 cidades para se viver no país, ou seja, o gasto com entretenimento é

alto se comparado ao resto do Brasil.

3- Densidade Populacional

A densidade populacional se encontra nas regiões onde a

Forma Turismo já é líder, portanto ela pode fortalecer a sua marcae conquistar mais

ainda este mercado.

Fonte: elaboração pelo autor a partir de Gazeta do Povo (2012), Prates (2014) e Brasil (2015).

9.7.2 Ambiente Econômico

O ambiente econômico no Brasil não é um fator positivo para o setor de

entretenimento, visto que o Brasil está passando por uma grande crise. Como

consequência: baixo poder de compra devido à inflação, à falta de investimento

estrangeiro, à instabilidade política e à grande insegurança econômica instaurada no

país. Isto influencia negativamente a empresa, visto que é um serviço que não se

enquadra como necessário ou essencial.

A tendência do macroambiente econômico é o de aumentar a crise, gerar mais

inflação e diminuir o consumo do produto da Forma Turismo, que deve sofrer uma

forte pressão, por meio dos consumidores, no preço das viagens.

 

 

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Quadro 10 – Ambiente econômico (continua)

OPORTUNIDADE AMEAÇA

1. Aumento do Valor da Moeda Estrangeira

A desvalorização do real em relação às moedas estrangeiras torna as

viagens para o exterior mais caras, afetando na possibilidade de

aumento do público de classes sociais compradoras dos pacotes

de viagens nos próximos anos. Para o Credit Suisse, a previsão de câmbio do real pelo dólar deve permanecer em alta neste ano.

2. Aumento da Inflação e IPCA

(Índice Nacional de Preços ao

Consumidor Amplo)

O aumento do custo dos produtos e serviços afeta o poder de compra dos indivíduos, o que gera uma

diminuição em gastos com entretenimento.

3. Aumento da Taxa de Desemprego

A contratação de novos empregados para a Forma

Turismo pode ser mais criteriosa, com o intuito de selecionar

funcionários mais capacitados, sem um aumento de custos, visto que a possibilidade de negociação de salário é favorável à empresa.

O desemprego influencia muito na compra de produtos não essenciais, pois o consumidor não se encontra em uma situação estável e prefere

investir em produtos realmente necessários. O Brasil já ultrapassou

a faixa dos 10 milhões de desempregados.

4. Crise no Brasil

O consumidor está sendo muito afetado pela crise econômica

brasileira, a insegurança faz com que as pessoas poupem mais

dinheiro e diminuam os gastos em atividades de entretenimento. As

pessoasestão preferencialmente gastando em bens necessários ou

investindo seu dinheiro.

5. Dificuldade Econômica

Muitas empresas não estão conseguindo se manter no mercado, o que é um ponto

positivo para a Forma, visto que diminui ainda mais a concorrência e permite a compra de algumas

operações.

6. Mão de Obra Qualificada

A Forma Turismo possui uma mão de obra qualificada, o que é muito difícil de se encontrar hoje em dia,

visto que o número de trabalhadores com ensino superior completo no Rio Grande do Sul é

extremamente baixo.

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(conclusão)

7. Queda da renda da classe média

Devido ao crescimento do

desemprego no país, a economia desacelerou.

8. Aumento das taxas de embarque

O aumento ocorreu nos aeroportos

públicos (Infraero) e foi causado pelo aumento da inflação.

Fonte: elaborado pelo autor a partir de Patu (2017), Infografia/UOL (2013), G1 (2016), Rizério (2015), Federowski e Duarte (2015), Caoli e Cavallini (2016), Martello (2016), Conceição (2016), Jornal da Globo (2016), Oliveira (2016), Bôas (2015), Valle (s.d.), Ninio (2016), Almeida (2016), Gaúcha ZH

(2015), Villela Júnior (s.d.), Caldas (2016) e Amato (2016).

9.7.3 Ambiente Natural

Em relação ao ambiente Natural, podem ser elencadas as questões

ecológicas com respeito ao clima e às questões naturais, como, por exemplo,

aquecimento global e fatores meteorológicos em determinado país (BORN, 2007). O

ambiente Tecnológico é um dos fatores que exercem maior influência no ambiente

das empresas; neste item podemos elencar novas tecnologias e o avanço da

inovação, entre outras (BORN, 2007). Quando nos referimos à Forma Turismo

existem alguns pontos importantes a destacar em cada um destes fatores

macroambientais.

O ambiente natural influencia bastante na decisão de compra do consumidor

da Forma Turismo no sul do país devido às condições climáticas.

Quadro 11 – Condições climáticas Oportunidade Ameaça

1- Condições Climáticas

A população residente no Rio Grande do Sul tem uma tendência de optar por

destinos com características climáticas mais quentes,

devido ao inverno rigoroso do estado, portanto a Forma Turismo tem uma grande oportunidade de venda de

produtos para destinos com ambientes mais quentes,

como Porto Seguro, Florianópolis e Rio de

Janeiro.

Fonte: Terra (s.d.). 

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9.7.4 Ambiente Tecnológico

O ambiente tecnológico ajuda muito à Forma Turismo, todavia há muito ainda

a ser explorado afim de ficar cada vez mais próximo do público jovem, através de

aplicativos e mídias sociais (comunicação). Novos equipamentos estão sendo

desenvolvidos e ferramentas já utilizadas vêm sendo aprimoradas.

Quadro 12 – Ambiente tecnológico

Oportunidades Ameaças

1- Pulseiras com Chip

A Forma Turismo já utiliza estas pulseiras para controlar seus passageiros mas elas servem apenas para contagem. Além da contagem, estas pulseiras poderiam regular o batimento cardíaco, facilitando uma possível abordagem à sala de enfermaria.

2- Aplicativo

A Forma poderia desenvolver um aplicativo para que os estudantes acompanhassem as novidades, fizessem um check-list dos utensílios necessários para a viagem e ficassem mais integrados com a empresa. Os pais dos estudantes poderiam acompanhar toda a programação que seus filhos estão realizando durante a viagem.

3- Câmera 360º

O departamento de marketing da forma poderia desenvolver projetos de filmagem em 360º com as câmeras disponíveis atualmente. A filmagem permite ao futuro cliente, experienciar uma sensação incrível.

.

4 - Meios de transporte

Os ônibus para o transporte nos locais das viagens podem ser aprimorados. Atualmente existem ônibus que disponibilizam wi-fi, possuem telas para que os passageiros se entretenham e estão cada vez mais seguros, podendo ser uma possível oportunidade de investimento para a Forma Turismo, afim de melhor atender seus clientes.

Fonte: elaborado pelo autor a partir de Presse (2017), Munhoz (2016), Simões (2016) e Landim (2011).

9.7.5 Ambiente Político Legal

Quando se trata do Ambiente Político Legal, entramos nos aspectos

governamentais, leis vigentes naquele país, fatores legais, que impactam direta ou

indiretamente no funcionamento das empresas (BORN, 2007). Quando nos referimos

ao ambiente da empresa estudada, existem aspectos fundamentais a analisar:

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A Forma Turismo está envolvida em um ambiente político legal complexo, pois

para viagens internacionais diversos documentos são necessários, principalmente

para os Estados Unidos, que exigem o visto.

Quadro 13 – Político legal Oportunidades Ameaças

Vistos

A Forma Turismo poderia fazer uma parceria com alguma empresa de

vistos para que o processo de retirada fosse facilitado para o

cliente. Atualmente Porto Alegre conta com uma sede americana para emissão de vistos, o que facilita, pois o cliente não necessita viajar a São Paulo caso necessite emitir o visto

em um curto prazo.

Diversos estudantes têm a possibilidade de ter o

visto negado, o que impossibilita o cliente a viajar.

Maioridade

A Forma poderia, para não perder as vendas de formatura do Ensino

Fundamental, realizar uma viagem com um destino diferente, visto que a viagem ofertada para a formatura do ensino fundamental será postergada.

Mudança de série ocorrida no ano de

2018

A Forma poderia, para não perder as vendas de formatura do Ensino

médio, realizar uma viagem com um destino diferente para os alunos que estiverem no segundo ano em 2018, visto que a viagem ofertada para a

formatura do ensino médio será postergada.

A maioria dos colégios particulares em Porto Alegre

decidiu fazer a troca em 2015, portanto haverá número de formandos

reduzidos no ensino médio no estado gaúcho no ano de 2018, e a Forma terá um mercado no mínimo 60% menor nas vendas das

viagens para este público específico.

Fonte: elaborado pelo autor a partir de Época Negócios (s.d.), Carvalo (2014), Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (s.d.), Blume (2015) e Baruel e Machado (2007).

9.7.6 Ambiente Cultural

Por fim o Ambiente Cultural se refere a crenças, costumes, valores, e busca

entender as tendências comportamentais a fim de perceber de que forma estes fatores

impactam nas empresas (BORN, 2007).

No mercado da empresa estudada, o ambiente sociocultural é muito

importante para as tomadas de decisão da Forma Turismo RS, pois os pais dos jovens

são os que acabam efetivando a viagem, e estes se preocupam muito com o bem-

estar dos seus filhos. O mercado de viagens de formatura há alguns anos atrás era

um mercado que não passava confiança, muito menos credibilidade, então é um

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desafio para a Forma tornar o mercado seguro para que os pais tenham mais

confiança ao enviar os seus filhos para as viagens.

Quadro 14 – Ambiente Cultural

Oportunidade Ameaças

1- Mercado no Rio Grande do Sul

Os gaúchos estavam acostumados com empresas de viagens de formatura muito desorganizadas, que não controlavam os alunos, ocorriam diversos problemas nas viagens, principalmente relacionados a

álcool e drogas e não passavam confiança para os pais dos jovens. A Forma já tem este diferencial de cuidar melhor de seus viajantes, mas tem de tentar passar isso

cada vez mais aos reais compradores das viagens, que são os pais.

Fonte: Covacci (2015).

Desta maneira, Born (2007) conclui que é necessário avaliar separadamente

cada um dos fatores do Macroambiente para entender quais são as ameaças e

oportunidades para a companhia.

9.8 DEFINIÇÃO DOS CENÁRIOS

Realizar uma análise dos cenários é imprescindível para dirimir as incertezas

para determinada ação da companhia (AAKER, 2012). Segundo o autor, a empresa

deve identificar os cenários, após isto deve relacionar os cenários de acordo com as

estratégias ou propostas existentes e por fim estimar probabilidades de cada cenário.

Para Born (2007), identificar os cenários é importante para entender as

variáveis que a empresa encontra realizando suposições para diminuir as dúvidas dos

gestores. O autor afirma que de fato é improvável prever o futuro, e isto o

administrador deve aceitar, porém a análise dos cenários possibilita uma aproximação

de todos os desafios que a empresa enfrentará.

Em contraponto aos autores anteriores, Toni (2006) defende que a definição

de cenários exerce pouco impacto positivo, pois existem muitas variáveis

incontroláveis, que em muitos casos não são avaliadas; o autor afirma que se não há

um estudo detalhado e aprofundado do tema, a definição de cenários se torna

simplesmente um especulativo estudo do futuro. Para ser mais assertivo o referido

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autor afirma que é necessário começar estudando um cenário de trajetória mais

provável, um segundo cenário com trajetória mais otimista e por fim um terceiro

cenário com variação pessimista.

Este estudo pretende apontar os cenários possíveis e mais relevantes para os

próximos três anos, tempo de implementação deste plano, para então colaborar com

o processo de tomadas de decisões.

Para a resolução do presente estudo, duas variáveis interligadas foram

trabalhadas, a fim de simular este período futuro: o aumento da renda da classe média

- que pode oscilar – e a oscilação da moeda estrangeira - que pode aumentar ou

diminuir. Foram gerados quatro diferentes cenários, assim como as providências a

tomar para cada um deles, através da análise das cinco Forças propostas por Porter

(2002).

Figura 16 – Cenários

Fonte: elaborado pelo autor (2017).

No cenário 1, temos o aumento da renda da classe média e a diminuição do

valor da moeda estrangeira. Este foi considerado o melhor ambiente para execução

do plano, tendo em vista que haveria uma maior adesão dos produtos da Forma

facilitando o cumprimento dos objetivos quantitativos, neste caso a empresa deveria

continuar com a postura que já adota hoje.

O cenário 2 é considerado um pouco menos atrativo, pois mesmo com o

aumento da renda da classe média haveria um aumento do valor da moeda

estrangeira. Levando em consideração o atual crescimento da inflação, este seria o

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ambiente mais provável para os próximos anos de implementação do plano

estratégico. Isso resultaria em mais passageiros, porém em um maior custo para

empresa. Neste cenário a empresa deveria optar por diminuir outros custos

operacionais para equilibrar o fator aumento do valor da moeda estrangeira, para não

ser obrigada a ter um aumento significativo no preço final das viagens.

O cenário 3 traz um ambiente pior do que os outros, pois prevê uma

diminuição da renda da classe média juntamente com a diminuição do valor da moeda

estrangeira. Isso acarretaria uma diminuição de passageiros, porém o câmbio

favorável facilitaria a adesão. Como o preço da moeda estrangeira é um dos fatores

determinantes para o custo da viagem, acredito que a empresa poderia adotar

estratégias de promoção de vendas, podendo em alguns casos diminuir o preço das

viagens e aumentar a forma de parcelamento para estimular a compra dos clientes

mesmo com a diminuição da renda.

Enfim, no cenário 4, temos uma diminuição da renda da classe média e o

aumento do valor da moeda estrangeira. Este ambiente é considerado péssimo já que

haveria menos passageiros e os custos iriam aumentar, ocasionando assim um

aumento no preço dos produtos da Forma Turismo. Neste caso o mais indicado seria

a empresa criar novas opções de viagens terrestres, oferecendo uma alternativa para

os clientes que não têm possibilidade de pagar os destinos que envolvam transporte

aéreo (que dependem do valor da moeda estrangeira), e desta maneira segmentar os

destinos que apresentam distância maior para o público A, que está predisposto a

pagar preços mais elevados.

9.9 ANÁLISE E PROJEÇÃO DE MERCADO

O estudo e a análise do cenário atual permitem prever e projetar o futuro do

mercado em que a empresa está inserida (HOOLEY, 2011). O autor Hooley (2011)

afirma que para realizar a projeção é necessário levar em conta os aspectos

quantitativos (vendas da empresa, faturamento, Market share) e qualitativos, ou seja,

aspectos que não podem ser quantificados.

Realizar a análise e projeção do mercado permite à empresa ser mais

assertiva no que se refere às estratégias a executar para o futuro (AAKER, 2012).

Segundo o autor, é importante analisar dados históricos e relevantes sobre a empresa

e sobre como o mercado se comportou ao longo do tempo.

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Em contraponto, Born (2007) afirma que a análise de mercado em um plano

estratégico não deve ser usada como apoio para tomada de decisão, mas sim para

identificar possíveis oportunidades no futuro. Born (2007) complementa que uma

análise de mercado para um plano estratégico deve ser uma análise estratégica.

Deste modo não deve ser fator decisivo para tomada de decisão.

9.9.1 Qualitativa

A análise qualitativa do mercado é considerada uma das etapas que podem

causar maiores dificuldades quando se está estruturando um plano estratégico (BORN

et al. 2007)por causa da escassez de conteúdo disponívelsobre o assunto, porque,em

muitos casos, quem está elaborando um plano estratégico não sabe exatamente como

abordar este tema e muito menos como encaixá-lo de maneira correta no plano

estratégico.

Deste modo a ferramenta denominada “7 O’s” aparece como alternativa para

a análise qualitativa mais correta em um plano estratégico (BORN et al. 2007). Esta

ferramenta consiste em 7 perguntas principais que são:

Quem? Pessoas que compram os produtos e serviços deste mercado.

O que? O que as pessoas compram neste mercado

Onde? Onde as pessoas tem acesso a estes produtos ou serviços.

Quando? Em qual momento as pessoas compram neste mercado.

Por quê? Com qual objetivo as pessoas compram estes serviços ou produtos.

Quem participa da compra? Quem ocupa os papéis de compra para a venda

acontecer.

Como compra? De que modo é realizado este processo de adquirir o produto.

Para realizar esta análise nouniverso no qual a Forma está inserida, serão

respondidas as questões dos “7 O’s” tendo como base o mercado da empresa.

1. Quem constitui o mercado?

Estudantes de escolas particulares de 14 a 17 anos, que estão entre o 9°ano

do ensino fundamental e o 3° do ensino médio, que estão entre as classes A e B

preponderantemente e também da classe C.

2. O que o mercado compra?

Viagens estudantis.

3. Por que o mercado compra?

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Clientes que estão buscando diversão e felicidade.

4. Quem participa da compra?

Iniciador: Representante de turma que pesquisa empresas para a viagem de

formatura.

Influenciador: Amigos, colegas da escola.

Decisor: O próprio aluno opta por realizar a viagem. Quem tem a decisão final

são os pais ou responsáveis.

Comprador: Os pais ou responsáveis.

Usuário: o próprio aluno.

Avaliador: O aluno avalia se a viagem correspondeu a suas expectativas; pela

satisfação do filho ou filha, os pais também avaliam se a experiência foi satisfatória.

5. Como o mercado compra?

Participando de alguma reunião ou plantão que as empresas realizam.

6. Quando o mercado compra?

Quando estão procurando uma viagem de lazer para sua formatura.

7. Onde o mercado compra?

Diretamente na loja física da empresa, localizada em Porto Alegre – RS. Ou

em alguma loja representante espalhada pelo estado.

O mercado analisado neste plano abarca todo o estado do Rio Grande do Sul,

com ênfase maior na capital e sua região metropolitana.

9.9.2 Quantitativa

A análise quantitativa de mercado constitui-se em um estudo com dados

mensuráveis e objetivos sobre o mercado no qual uma empresa ou organização está

inserida.Um bom plano estratégico necessita de um bom estudo da parte quantitativa

do mercado (BORN et al., 2007).

Esta etapa, em um plano estratégico, pode ser considerada parte de grande

desafio, pois não há muitas informações disponíveis em relação ao mercado brasileiro

(BORN et al., 2007). Uma análise quantitativa deve conter alguns pontos

fundamentais que são: Potencial de mercado; Mercado atendido; Mercado

disponível;Taxa de crescimento do mercado e mercado penetrado (BORN et al.,

2007).

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Quando se trata da empresa em questão, este subcapítulo será dividido da

seguinte maneira: 1- será demonstrado o número total de alunos e de escolas

disponíveis no mercado da Forma Turismo no Rio Grande do Sul, 2 qual o mercado

atendido, 3 qual o share da empresa em relação a seus concorrentes, 4 qual o

potencial de crescimento para os próximos anos.

Para aprofundar este tema torna-se necessário ressaltar que o mercado atual

da empresaconta com estudantes de escolas particulares que estão cursando o 9º e

3º ano. Para analisar este universo de clientes possíveis da empresa foram

disponbilizados dados secundários contratados pela Forma Turismo.

Atualmente no estado gaúcho existem 518 escolas particulares, destas, 170

estão na capital e região metropolitana e as outras 348 estãono interior do estado. O

total de alunos cursando o 9º ano nestas escolas é de 14.042, e os que estão no 3º

ano totalizam 13.421 estudantes matriculados no ensino privado. É possível obter o

potencialtotal do mercado realizando a soma dos alunos totais de 9º ano e os alunos

totais de 3º. O quadro a seguirfacilita o entedimento do mercado gaúcho.

Quadro 15 – Estudo de escolas particulares

Fonte: adaptado pelo autor de informações cedidas pelo gestor da Forma Turismo (2017).

É possível analisar através da tabela apresentada que o mercado alvo atual

da empresa totaliza 518 escolas possíveis para vender com o total de 27.463 alunos,

somando o 3º ano e o 9º ano.

É possível perceber que o 2º ano do ensino médio tem um número reduzido

de alunos (ano base 2017) em relação aos outros anos. Isso se explica, porque,

conforme o item 9.2.5, houve uma mudança legal no Brasil no ano de 2006, quando

foi introduzido o 9º ano nas escolas do país, e foi permitido às escolas realizara

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alteração até o ano de 2010; no estado gaúcho mais de 60% das escolas realizaram

a mudança em 2008.

Porém diferente dos outros estados que introduziram instantaneamente a

mudança, alterando a nomenclatura das séries para ano, o estado do Rio Grande do

Sul teve a opção de mudar gradualmente e adicionar um ano a mais começando pela

base (1º ano ensino fundamental), ou alterar de imediato como feito por outros

estados.

O estado gaúcho optou pela primeira opção e alterou diretamente da base

escolar, deste modo em 2008 quem tinha idade para ir para a primeira série foi para

o primeiro ano do ensino fundamental, sendo assim em 2008 o 2º ano do novo ensino

estava vazio, em 2009 o 3º ano do ensino novo estava vazio, e assim sucessivamente

até que no ano de 2018 será o ano de fechamento de ciclo com turmas reduzidas de

terceiro ano.

Esta mudança no ensino gerou muitas dúvidas e entende-se que não é um

assunto simples de ser compreendido; para facilitar o entendimento, o quadro a seguir

ilustra o que aconteceu a partir de 2008 no Rio Grande do Sul.

Quadro 16 – Alteração Série para ano no Rio Grande do Sul

 Fonte: elaborado pelo autor através de dados fornecidos pelo MEC.

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No quadro sobre alteração de série para ano no Rio Grande do Sul, percebem-

se lacunas de anos que ficaram vazios com a entrada do currículo novo, salvo

exceções de escolas que realizaram a mudança anteriormente ou turmas de

repetentes. De todo modo é importante analisar estes dados para entender o mercado

no qual a empresa está inserida.

Todavia, como esta redução é temporária e ocorre devido a fatores externos

à organização, o mercado anual base da empresa é de 518 escolas com uma média

de 27 mil alunos possíveis viajantes. Deste modo mostra-se necessário entender qual

percentual a Forma atinge deste mercado potencial e qual a concorrência atinge.

Através de dados fornecidos pelo próprio gestor, obteve-se acesso ao número

total de alunos vendidos nos últimos três anos, 2015, 2016 e 2017. No ano de 2015

a empresa, no estado, obteve o total de 2344 passageiros, já no ano de 2016 o número

total de alunos viajando foi de 3545 alunos, em 2017 a empresa obteve no estado

viajando 3553 alunos. Para 2018 a projeção, segundo o gestor, em virtude da redução

do terceiro ano é de 2500 alunos. O gráfico a seguir ilustra os resultados da empresa

nos últimos anos juntamente com a projeção para 2018.

Gráfico 8 – Vendas Forma Turismo

Fonte: adaptado pelo autor de informações cedidas pelo gestor da Forma Turismo (2017)

O ano de 2015 para 2016 obteve um aumento significativo no número de

vendas, isso pode ser explicado pelo fato de que em 2015 não havia formandos do

ensino fundamental, 2016 para 2017 se manteve equilibrado o número de alunos

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

ANO 2015 ANO 2016 ANO 2017 ANO 2018

2344

3545 3553

2500

Total de Vendas Forma Turismo

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viajando. Já a projeção para 2018 é a de diminuir o número de alunos em função da

queda de alunos no terceiro ano.

Para continuar o estudo quantitativo do mercado, será analisado o número de

alunos que as concorrentes levam para viajar, e então realizar um estudo do share de

mercado e entender qual o mercado total atingido pela Forma e pelas empresas rivais.

Como abordado anteriormente, a Forma possui dois concorrentes em

potencial, a primeira empresa é a Tribos Jovem, que atua no estado gaúcho e tem o

mesmo público alvo que a Forma Turismo, e a empresa Amaze Travel, que ainda não

atua no mercado gaúcho. Conforme matéria divulgada pelo jornal Correio do Povo

(2017) em Porto Alegre, a empresa tem intenção de começar a atuar no mercado

gaúcho a partir de 2018.

Por este motivo é possível analisar o histórico de vendas das duas empresas

atuantes no mercado até o momento: Forma Turismo e Tribos Jovem. A empresa

Tribos através de dados obtidos de cliente oculto tem uma média de 200 a 350 alunos

viajando por ano. Conforme o gráfico 9.

Gráfico 9 – Vendas Tribos Jovem

Fonte: adaptado pelo autor através de informações cedidas pelo gestor da Forma Turismo (2017).

Deste modo é possível analisar que a empresa obteve um aumento de 78%

do número total de clientes viajando no ano de 2017 em relação ao ano de 2018.

Observando o número de clientes atendido por parte das duas empresas, é possível

calcular o share de mercado atendido pelas duas companhias. Para facilitar o

ANO 2015 ANO 2016 ANO 2017

160190

340

TOTAL DE VENDAS TRIBOS JOVEM

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entendimento, será apresentado gráfico 10 com a divisão de mercado calculada a

partir do ano base de 2017.

Gráfico 10 – Share do mercado atendido

Fonte: elaborado pelo autor (2017).

A ilustração do Share do mercado atendido permite perceber que a empresa

Forma Turismo atua como líder no mercado. Entretanto é importante analisar quanto

do mercado potencial está sendo atingido pelas duas empresas presentes no estado.

Conforme quadro 15, o número total de alunos de 9º e 3º ano matriculados em escolas

particulares no estado soma 27.463 alunos (ano base 2017).

Desta maneira, como abordado anteriormente, a empresa líder possui 3553

alunos viajantes em 300 escolas atendidas no ano de 2017, o que corresponde a

12,93% do mercado potencial, já a Tribos Jovem, no mesmo ano, obteve 340 alunos

em 30 escolas atendidas, e seu número total de clientes equivale a 1,23% do mercado

disponível. Somando as duas empresas atuantes, o mercado atendido atualmente não

chega a 15% do mercado potencial.

Por este motivo entende-se que ainda há muito para crescer no mercado de

viagens de formatura no estado gaúcho. Com a elaboração de plano estratégico

analisa-se que é possível aumentar o número de passageiros da empresa. Conclui-

se que o Share atual é positivo para a empresa líder Forma Turismo, então pode-se

afirmar que a fatia de mercado deve procurar ser mantida mesmo com a entrada de

nova concorrente e que a empresa pode aumentar o número de clientes atingindo o

mercado que não é atendido por nenhuma empresa.

Como a Forma atende 300 escolas das 518 possíveis no estado, entende-se

que tão importante quanto aumentar o número de escolas atendidas, o

9%

91%

SHARE DO MERCADO ATENDIDO

TRIBOS JOVEM FORMA TURISMO

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aproveitamento por escola deve ser aumentado, pois com os números atuais a

empresa possui uma média de 9 alunos viajando por escola, o que demonstra mais

um indicativo que o aproveitamento pode ser melhorado.

Estas informações podem despertar os seguintes questionamentos: “por que

atualmente a empresa não atinge maior parcela do mercado potencial?”, “quais são

os fatores que impedem que estes clientes atualmente sejam atendidos?” Serão

levantados alguns motivos levantados a partir de análise interna e externa:

Falta de equipe: visto que atualmente 10 pessoas compõe equipe comercial

da Forma Turismo em todo o estado, uma divisão simples de em média 2.700 alunos

possíveis por vendedor e 50 escolas para cada um atender, analisa-se que este ponto

é considerado aspecto influenciador para baixa participação no mercado total

disponível

Acesso aos clientes potenciais: Através de análise interna e entrevistas

com o gestor, percebe-se que há muitas cidades de difícil acesso por parte dos

clientes as quais não apresentam agências próximas para ser possível o cliente

efetuar a compra, e como atualmente para comprar um produto da empresa é

necessário estar presencialmente este pode ser um impeditivo considerável para

estes dados apresentados.

Conclui-se que a empresa estudada se apresenta como líder, no entanto o

mercado potencial ainda está pouco explorado levando em conta que as duas

empresas que competem, atingem menos de 15% do total de formandos de escolas

particulares no estado. O presente trabalho visa auxiliar no crescimento da empresa

no Rio Grande do Sul, bem como sua participação no mercado potencial, visando

transpor as barreiras levantadas.

9.10 MATRIZ DE GRUPOS ESTRATÉGICOS

A matriz de grupos estratégicos fornece auxílio para identificar qual posição a

empresa se apresenta em relação a seus principais concorrentes, tendo como

referência fatores-chave definidos (BORN et al., 2007). O autor também afirma que

para melhor aprofundamento desta ferramenta é necessário analisar minuciosamente

os itens que compõem o mercado no qual as empresas atuam.

Para Aaker (2012), a definição de grupos estratégicos traz divergências e

geralmente depende de quem a estuda. Para o autor, é necessário considerar alguns

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aspectos: 1) Empresas que possuem estratégias similares, como mesmo canal de

distribuição, e o mesmo público alvo; 2) Empresas que possuem características

similares, como tamanho e mesmo posicionamento; 3) Empresas que possuem ativos

e estruturas similares.

De acordo com Fernandes (2008), definir os grupos estratégicos é capítulo de

grande importância em um plano estratégico e quando definido de modo incorreto,

compromete diretamente o alcance dos objetivos da empresa bem como a aplicação

das estratégias. Segundo Porter (2002), há doze possíveis requisitos que podem ser

utilizados para formar uma matriz de grupos estratégicos:

- Especialização;

- Identificação de marcas;

- Política e seleção de canal;

- Qualidade do Produto;

- Liderança tecnológica;

- Nível de integração vertical;

- Posição de custo;

- Atendimento;

- Política de preço;

- Capacidade financeira;

- Relacionamento com a matriz;

- Relacionamento com governo de destino e de origem.

No caso da empresa, os dois fatores escolhidos para definir os grupos foram:

capacidade financeira e especialização. A partir da matriz de grupos estratégicos,

identifica-se a Amaze como empresa pertencente ao mesmo grupo da Forma Turismo,

embora ela ainda não atue no mercado gaúcho. Entretanto, quando entrar no

mercado, vai fazer parte do grupo estratégico da Forma Turismo.

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Figura 17 – Matriz de Grupos Estratégicos

Fonte: elaborado pelo autor (2017).

Analisando a matriz apresentada, percebe-se que a empresa Amaze pertence

ao mesmo grupo da Forma Turismo, pois possui capacidade financeira semelhante e

especialização um pouco inferior do que a empresa líder. Estes fatores são estimados

através da análise das empresas que compõem este mercado.

Quando a referência é o grupo B, a empresa Tribos Jovem está sozinha neste

grupo e, mesmo não sendo parte do Grupo da Forma Turismo, opta-se por trazê-la

para o estudo, pois também compete no mercado e busca o mesmo público alvo da

empresa estudada. Assim a partir da Matriz de grupos estratégicos pode-se afirmar

que a empresa Amaze, quando chegar ao mercado gaúcho, vai ter maior

competitividade e pode apresentar maiores riscos para a Forma Turismo.

9.11 ANÁLISE DA CONCORRÊNCIA

Segundo Aaker (2012), o primeiro passo para análise da concorrência é a

identificação dos concorrentes atuais e potenciais; o autor afirma que há duas

maneiras de caracterizar a concorrência, a primeira se refere ao processo de escolha

do consumidor que opta por empresas que disputam entre si; e o segundo modo

examina a estratégia competitiva das organizações para caracterizá-las em grupos

estratégicos.

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Para Born (2007), a definição de concorrentes não se dá de maneira simples

e muitas vezes empresas que competem em um dado momento podem não ser

concorrentes a longo prazo. O que mais importa para o autor são as empresas que

possuem estruturas e estratégias empresariais semelhantes.

É necessário entender e visualizar quem são os concorrentes e

principalmente quais concorrentes estão à frente da sua empresa para poder superá-

los e gerar maior valor aos consumidores (HOOLEY, 2011).

No caso da empresa estudada, a Forma turismo participa de um mercado

pouco competitivo e possui apenas um concorrente direto, a Tribos Jovem. Será

analisada também neste capítulo uma futura concorrente já referida no capítulo

anterior, a empresa Amaze. Ela já atua em outros estados brasileiros e já anunciou

inauguração em Porto Alegre, por isso será estudada e analisada para entender como

ela competiria se entrasse no mercado gaúcho.

Para elaboração deste subcapítulo, cada uma das empresas será analisada

separadamente, depois serão analisadas de acordo com os fatores-chave de sucesso

e por fim será feita a comparação com a Forma Turismo.

Identifica-se como primeira concorrente a empresa Tribos, que atua no mesmo

espaço geográfico e tem o mesmo cliente que a Forma no mercado de viagens para

jovens formandos.

A Tribos Jovem desde 2002 atua na área de turismo jovem (viagens de

formatura e jovens desacompanhados) e nestes 10 anos realizaram viagens com mais

de 1000 alunos. A Tribos afirma por meio de suas mídias digitais que o seu público

precisa muito mais que qualidade, segurança e entretenimento. Este público precisa

de profissionais qualificados, competentes e principalmente responsáveis, pois estas

pessoas serão as referências para os jovens em suas viagens, e principalmente em

um preço acessível para todos. A equipe Tribos é formada basicamente por ex-

passageiros da empresa e são escolhidos por suas aptidões, posturas e

principalmente personalidade de líder.

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Figura 18 – Logo da empresa Tribos Jovem

Fonte: Site da empresa.

9.11.1 Mix De Marketing Tribos Jovem

Praça:A Tribos Jovem temuma loja física no estado localizada à Rua Arthur

Rocha, 410, Porto Alegre, é centralizada na cidade mas pouco relevante, pois não

tem visualização nenhuma e não está em nenhum ponto estratégico em relação aos

principais colégios de Porto Alegre.

Produto

Quando se analisa o produto da empresa, verifica-se que possuem diversas

opções de produtos (roteiros) voltados ao entretenimento e educação cultural.

Diferente da Forma Turismo que foca suas viagens em lazer e diversão.

Conforme informações cedidas pelo site da empresa, visualiza-se os

seguintes roteiros:

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Quadro 17 – Roteiros Tribo Jovem

Fonte: elaborado pelo autor (2017).

É notável agrande quantidade de opções de viagens que a empresa oferece,

abrangendo roteiros maiores que os da Forma Turismo, porém acaba perdendo

bastante força nas viagens de entretenimento pois é uma empresa relativamente

pequena e não consegue focar completamente em apenas um público e isto dificulta

tanto o posicionamento da empresa como a liderança no mercado.

Preço:A tabela de preços da Tribos Jovem possui valores menores do que os

praticados pela Forma e com isso muitas vezes conseguem aumentar a sua fatia de

mercado. Estudantes com baixo poder aquisitivo não conseguem pagar uma viagem

da Forma e são direcionados, até mesmos pelos pais,a realizar a viagem com esta

empresa.

O preço praticado pela Tribos Jovem é 25% a 30% mais baixo que o preço

da empresa estudada e é percebido pelos clientes, segundo entrevista como uma

viagem de menor valor em relação a Forma.

Promoção:

A Tribos Jovem utilizaas redes sociais como maneira preponderante para

promover sua marca e como forma de se posicionar no mercado. Verificando as redes

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sociais, nota-se que a empresa possui 2339 seguidores no Instagram que

corresponde a 10.000 seguidores a menos que a Forma Turismo. A página da

empresa no Instagram na Figura a seguir.

Figura 19 – Página da empresa no Instagram

Fonte: Reprodução Instagram Tribos Jovem.

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Além das redes sociais, a empresa conta com uma equipe promocional que é

reponsável por visitar as escolas, divulgar a marca, prospectar clientes e realizar a

venda das viagens de formatura.

Ademais entende-se que a empresa Tribos Jovem está posicionada como

empresa seguidora no mercado, porém, segundo informações cedida por gestores da

empresa, a companhia tem o intuito de crescer e investir no mercado gaúcho para

ganhar fatia de mercado dominada pela Forma Turismo. Deste modo entende-se que

é importante a Forma manter seu posicionamento e dar atenção aos passos que esta

concorrente está dando com o intuito de não deixar que ela conquiste parte do seu

mercado.

9.11.2 AmazeTravel

É uma futura concorrente, pois se trata de uma empresa entrante no mercado,

comum share de mercado significante em São Paulo, grande nome no mercado,

capital a ser investido, empresa do grupo CI, renomada companhia de intercâmbios

no País.

O sócio-diretor da Amaze informou no ano de 2015 em entrevista no canal

de televisão Globo News que a meta da empresa para os próximos anos é alcançar o

número de clientes e viagens que a Forma Turismo consegue vender. Como a

empresa é entrante, ela ainda não possui nenhuma sede no Rio Grande do Sul, mas

a CI possui três agências na cidade de Porto Alegre, uma delas está localizada na rua

Padre Chagas, mesma rua que a Forma Turismo tem sua sede.

Segundo informações cedidas pelo site da empresa, a CI atua há 26 anos no

mercado, e a companhia já levou cerca de 500.000 clientes para estudar, obter

experiência profissional econhecer diferentes países no mundo inteiro. Contando com

80 lojas em todo o Brasil, a CI se posiciona como uma empresa que proporciona

viagensacompanhadas de um grupode 400 especialistas que tem a missão de fazer

o cliente aprender sobre o mundo.

A empresa possui formação de idiomas em 100 lugares, conta também com

High School em mais de 10 países;trabalhos remunerados; estágio e também viagens

para Europa. Esta apresentação inicial torna-se importante para analisar o conjunto

no qual a empresa está inserida e demonstra que possui know how de profissionais

que já atuam no mercado de turismo.

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Deste modo a empresa divulgou que com o intuito de inovar e com a intenção

de criar novas possibilidades, a CI procurou transformar sua própria marca e entrar

no mercado de turismo estudantil. Pensando nestas novas oportunidades, a Amaze

surgiu como uma parte da CI com especialidade em viagens de formatura com roteiros

diferenciados e exclusivos para os estudantes do Brasil. Hoje com os3 anos de

história, já é considerada marca que está ganhando reconhecimento no ramo devido

ao profissionalismo e à qualidade. O logo da empresa é apresentado na Figura 20:

Figura 20 – Logo Amaze

Fonte: Site Amaze.

Praça:

No Rio Grande do Sul ela ainda não está presente, mas a sua principal sede

é em São Paulo, no endereço Rua Passo da Pátria, 1181 – Vila Leopoldina, São

Paulo, CEP: 05085-000.

Caso a empresa venha para o estado gaúcho, sua sede deve ser em local

estratégico na cidade, com grande estrutura, pois este é o padrão da companhia nos

outros estados brasileiros.

Produto:

A Amaze CI possui produtos para diferentes públicos. Conforme Figura a

seguir:

Figura 21 – Viagens Amaze

Fonte: Site Amaze.

Verifica-se que a empresa possui sete roteiros diferentes em seu portfólio de

produtos, que são eles: Amaze Weekend, Amaze Extreme, Cancun, Bariloche,

Florianópolis, Disney e Disney Capricho.

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Os roteiros da empresa de acordo com informações obtidas através do site

oficial: “www.amazetravel.com.br”.

Amaze Weekend em Angra dos Reis:

A viagem para Angra dos Reis consiste em cinco dias com programação em

um resort com alto padrão, situado no litoral do estado Rio de Janeiro, cidade

conhecida por suas atrações turísticas, praias e ilhas. Este produto é voltado para o

público que está cursando o 9º ano do Ensino Fundamental, programação inclui

jantares temáticos como o do “pijama”, “ridículo” e outros, além de festas com DJs,

entre elas existe a Pool Party.

A viagem acontece no Meliá Resort Angra dos Reis, os alunos têm acesso a

um local com grande estrutura e também contam com atividades ao ar livre na famosa

piscina, na praia, no complexo esportivo e também há o passeio de escuna pelas ilhas

de Angra do Reise o embarcadouro é em marina privativa do resort.

A seguir imagem que ilustra a viagem Amaze Weekend em Angra dos Reis.

Figura 22 – Amaze Weekend

Fonte: Site Amaze.

Amaze Extreme em São Roque:

Este produto também é voltado para os estudantes do 9o ano do Ensino

Fundamental e está localizado bem próximo de São Paulo. Além de todas as

atividades diárias dentro do hotel, os alunos podem participar do Ski Mountain Park

com direito à escalada, arco e flecha, trilha ecológica, teleférico, tobogã, paintball e

Esqui.

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Os alunos ficam no Hotel Alpino, cercado por natureza na cidade de São

Roque, (aproximadamente 60 km de São Paulo) com infraestrutura para diferentes

atividades como: salão de jogos, academia, campo de futebol, quadras poliesportivas,

duas piscinas e tirolesa. No pacote, conforme informações cedidas pelo site, os alunos

têm inclusos jantares temáticos, como o do “pijama”, “ridículo” e outros,e como o

destino de Angra eles contam também com festas com presença de DJs; há ainda a

Festa à fantasia e luau Pool Party. Total: 4 dias de viagem.

Figura 23 – Amaze Extreme

Fonte: Site Amaze.

Ensino Médio

Bariloche na Argentina:

São 7 noites em Bariloche, considerada cidade da neve e de festas na

Argentina. Bariloche foi fundada pelos europeus e reserva diferentes opções de lazer

em suas catedrais de esqui e outros esportes radicais em meio ao amplo cenário

natural. O viajante tem a opção de realizar tirolesa e experienciar aulas de esqui. Este

roteiro é conhecido por causado chocolate e do fondue, do comércio de roupas de

grife e vida noturna.

Florianópolis em Santa Catarina:

Esta viagem é destinada aos alunos de terceiro ano e conta com7 noites em

hotéis na cidade de Florianópolis; é possível conhecer as seguintes praias: dos

Inglese, Jurerê Internacional, Mole, Joaquina, entre outras, além de festas mais

reconhecidas como: P12, Pacha, Terraza e Confraria. Capital do Estado de Santa

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Catarina, Florianópolis é um local tido como jovem, com diferentes possibilidades de

entretenimento, esportes, paisagens, campeonatos de esportes aquáticos e atrações

noturnas diversificadas.

Figura 24 – Florianópolis Amaze

Fonte: Site Amaze.

Disney em Orlando:

Este outro roteiro no portfólio da empresa conta com uma viagem para destino

temático e reconhecido, com diferentes parques de diversão e atrações. Um país

considerado seguro e pode-se afirmar que é um destino conhecido mundialmente.

Disney Capricho (produto diferenciado do anterior pelo quesito infraestrutura

em Orlando:

A Amaze fez parceria com a revista Capricho e optou por realizar uma viagem

diferenciada para os alunos, com toda a atratividade dos parques temáticos mais

procurados do mundo na Disney junto com o apelo que a marca Capricho traz para

os alunos. Além das atividades propostas nos parques de Orlando, o estudante tem a

opção tour de compras com a editora de moda da revista. E para compor esta

experiência os alunos recebem um kit da revista Capricho com: camiseta, mochila,

fone de ouvido e almofada.

Promoção:

A empresa utiliza de maneira ostensiva as mídias sociais para se promover,

está ativa nas principais redes, como Facebook, Instagram, Twitter e Snapchat.

Possui uma boa comunicação com seus seguidores.

Outro fato importante a ressaltar é que eles selecionaram pessoas influentes

nas redes sociais e as contrataram para conhecer e divulgar os seus roteiros.

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Entende-se que foi uma estratégia positiva, pois foram escolhidas pessoas que são

do público alvo e que têm apelo aos clientes potenciais da empresa.

Figura 25 – Instagram Amaze

Fonte: Instagram Amaze Travel.

Nota-se que a empresa possui o total de 15 mil seguidores na sua página

oficial no instagram, número maior de pessoas em relação à página da Forma Rio

Grande do Sul, porém como é uma empresa de atuação nacional é necessário

comparar com a página da Forma Brasil, que abrange todos os estados. A página

oficial da Forma no Brasil possui 180 mil seguidores, 165 mil a mais que a concorrente

Amaze.

A Amaze possui comunicação e campanhas de maior engajamento do que a

Forma Turismo, pois mesmo com considerado número de seguidores a mais que a

sua concorrente, a Forma possui o mesmo número de curtidas em fotos que a Amaze,

o que pode demonstrar que as campanhas da empresa são melhores e que os seus

clientes estão mais engajados com a marca do que os seguidores da Forma.

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Preço: A Amaze possui uma tabela de preços muito semelhante a da Forma

Turismo, portanto é uma concorrente com possibilidade de competir pelo mesmo

share de mercado da Forma, visto que possui a intenção de entrar no Rio Grande do

Sul a partir de 2018.

A Amaze é uma empresa que trabalha com qualidade nas viagens e possui

roteiros de alto padrão, por este motivo a empresa pratica preços na mesma média

que a Forma Turismo. Ainda não se sabe qual será a estratégia da empresa para

entrar no mercado gaúcho. Não foi possível ter acesso a maiores detalhes da prática

de preços da empresa e das suas formas de pagamento; o que se sabe é que a

companhia em outros estados brasileiros oferece produtos com o mesmo valor

monetário que a Forma Turismo.

9.12 ANÁLISE DOS CONCORRENTES A PARTIR DOS FCS

Nesta etapa serão analisadas as concorrentes a partir dos fatores-chave de

sucesso definidos no capitulo 7, feito isto será possível construir a matriz de

competitividade da Forma em relação a suas concorrentes.

Para facilitar o entendimento serão retomados os fatores-chave de sucesso

definidos no estudo: confiança, experiência com a marca, comunicação,

segurança, qualidade dos produtos e atendimento.

9.12.1 Amaze CI

A Amaze CI é uma empresa de porte nacional, altamente competitiva e,

conforme descrito anteriormente, atua no mercado brasileiro competindo diretamente

com a Forma. Portanto é uma empresa que transmite nível semelhante de confiança

da Forma e seu nível de segurança pode ser considerado alto devido a sua história.

É uma empresa que acredita que o contato direto com os alunos é o principal

e pode-se afirmar que seu nível de comunicação é superior ao da Forma Turismo,

pois pelas redes sociais da empresa percebe-se que o engajamento digital com a

marca Amaze é maior do que coma da Forma.

A qualidade da operação da Amaze CI é considerada alta, porém a Forma

apresenta vantagem neste quesito, pois como já atua há mais tempo no mercado,

possui mais knowhowe está melhor posicionada nas 5 forças do que a Amaze.

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Ademais a Amaze possui profissionais altamente capacitados, uma estrutura

financeira considerável e as viagens incluem atrações renomadas, bem como hotéis

de alto padrão e destinos atrativos para o Jovem.

Em síntese, a marca é renomada no mercado, mas se comparada à Forma

Turismo, ainda há um gap de conhecimento da empresa, pois a Forma está há mais

tempo atuando neste mercado de viagens de formatura e possui operações em mais

localidades, como no Rio Grande do Sul. O objetivo deste trabalho não era analisar a

Forma Turismo em âmbito nacional, e sim a franquia no estado gaúcho. Porém se

compararmos as duas empresas de maneira simplificada no mercado brasileiro,

percebe-se que a Forma Turismo possui vantagens em relação à concorrente.

Torna-se necessário ressaltar que pelo porte e estrutura, a Amaze pode ser

uma possível concorrente que poderá crescer no mercado, por isso é necessário que

a Forma mantenha positiva a marca no estado.

9.12.2 Tribos Jovem

A Tribos Jovem é uma empresa que possui um grau baixo de confiança e

credibilidade, porque os profissionais são pouco qualificados, know-how baixo nas

operações, e também por estar mal posicionada em relação às 5 forças de Porter.

Percebe-se também que a empresa obtém baixo nível de conhecimento dos clientes

em relação a sua marca. Através de análise do mercado verifica-se que a empresa

teve problemas em viagens por falta de profissionalismo e também por causa do setor

financeiro desorganizado.

O atendimento da Tribos Jovem não é padronizado e está em desvantagem

em relação à Forma neste aspecto. No que se refere à comunicação, pode-se dizer

que é dentro das possibilidades da empresa, este é o seu grande diferencial, pois os

profissionais que atuam na empresa têm obtido resultados positivos nas redes sociais

e na comunicação direta com o seu público.

A qualidade dos produtos que a Tribos oferece não pode ser considerado um

diferencial, pois a empresa já teve problemas com transporte, problemas com

devolução de pagamentos e destinos de viagens não muito desejados. A experiência

com a marca desta empresa não é um ponto positivo, devido ao seu baixo nível de

atuação e pontuação nos demais fatores-chave de sucesso.

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Quadro 18 – Matriz de competitividade

 Fonte: elaborado pelo autor (2017).

* Valores sugeridos devido ao fato de a empresa não atuar no Rio Grande do Sul. (estimativa realizada comparando as atuações da Amaze em outros estados).

A partir de toda análise da concorrência é perceptível que a Forma Turismo

está à frente de seus concorrentes, e fica evidente através do resultado final da matriz

de competitividade, pode se perceber que a empresa que mais se aproxima da

companhia é a Amaze, que inclusive está em alguns fatores-chave melhor

posicionada que a Forma, como, por exemplo, no que se refere à comunicação com

os clientes.

9.13 MATRIZ GE

A Matriz General Electric analisa a força do negócio com a atratividade do

mercado e permite perceber a partir de um gráfico onde a empresa estudada se

localiza nesta matriz e, dependendo de sua localização, ela deve adotar estratégias

diferentes (BORN, 2007). Conforme figura a seguir será possível visualizar um

exemplo de uma Matriz GE.

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Figura 26 – Matriz GE

Fonte: Born (2007).

Segundo Ortizz (2006), a Matriz GE surgiu como uma nova ferramenta de

análise mais abrangente que a matriz BCG e foi apresentada pelas empresas General

Electric e Consultora McKinsey a partir dos anos 70. Para o autor, através da matriz é

possível fundamentar a tomada de decisão identificando quais são os aspectos do

negócio que merecem mais investimento e também aqueles que devem ter seu

investimento cortado.

Para Lopez (2007), o melhor cenário para a empresa é aquele que explora

suas maiores forças e auxilia para explorar os mercados mais atrativos para ela. Para

o autor com a elaboração da Matriz GE, é possível analisar quais mercados e negócios

da companhia não devem permanecer em atuação.

A matriz GE foi utilizada para identificar os mercados mais atraentes e qual a

força que a Forma Turismo possui nesses mercados. A Forma Turismo é considerada

uma empresa forte e líder no mercado em que atua. Mercado este que está em

expansão, logo a empresa aproveita esta oportunidade de negócio e acompanha a

tendência para seu crescimento e expansão na área de atuação no estado. Esta

posição causa uma maior visibilidade do que o concorrente direto e também de

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possíveis novos entrantes, porém obriga a empresa a buscar estratégias

diferenciadas para continuar crescendo e manter seu posto de líder no mercado.

Conforme abordado anteriormente, os dois vetores da matriz GE são

atratividade do mercado e força do negócio. A atratividade do mercado foi definida

através da análise quantitativa em que foi concluído que o mercado potencial no

estado gaúcho ainda está pouco explorado visto que o mercado atendido corresponde

a menos de 15% do potencial total de clientes no estado. Além de analisar o mercado

quantitativamente no que se refere a tamanho de mercado e mercado atendido, foi

utilizado como métrica a lucratividade do setor e a intensidade da concorrência.

Conforme o quadro a seguir:

Quadro 19 – Atratividade do mercado

ATRIBUTOS ANALISADOS PESOS NOTAS POND. Nota x peso)

Tamanho do mercado 0,3 4,5 1,35

Crescimento do mercado 0,3 5 1,5

Lucratividade do setor 0,2 3,9 0,78

Intensidade da concorrência 0,2 2 0,4

Valor Total 1 - 4,03 Fonte: elaborado pelo autor (2017).

Analisa-se que a atratividade do mercado alcançou o valor de 4,03, que é

considerado um número consideravelmente alto. No que se refere à força do negócio,

foi calculada através da matriz de competitividade, em que o resultado final dos

fatores-chave de sucesso com seus devidos pesos e somatória ponderada chegou ao

valor de 4,27 para empresa Forma Turismo, número elevado em relação ao mercado

no qual atua, desta maneira é possível elaborar a matriz GE para a Forma Turismo.

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Figura 27 – Matriz GE

 Fonte: elaborada pelo autor (2017).

A partir da elaboração da matriz GE da empresa, pode-se perceber que a

Forma turismo encontra-se em posição atrativa, é uma empresa forte em um mercado

atraente, então entende-se que é importante a Forma proteger a sua posição e

elaborar estratégias para poder manter e aumentar a força do seu negócio e eliminar

possíveis concorrentes.

9.14 ANÁLISE DAS PONTENCIALIDADES, FRAQUEZAS, OPORTUNIDADES E

AMEAÇAS

 

A análise de potencialidades, fraquezas, oportunidades e ameaças é

conhecida através de abreviação P.F.O.A., também conhecida como análise SWOT

(KOTLER, 2007). Através desta ferramenta se dá o estudo de modo sistemático do

ambiente externo da empresa (oportunidades e ameaças) e do ambiente interno da

organização (forças e fraquezas) (BORN, 2007). Segundo o autor, as companhias

devem reavaliar periodicamente a Matriz SWOT com o intuito de superar suas

fraquezas e aprimorar suas qualidades, de acordo com as projeções de ameaças e

oportunidades que são tendências para o mercado. Figura a seguir ilustra elementos

que compõe a matriz SWOT.

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Figura 28 – Matriz SWOT

Fonte: Born (2007)..

 

Segundo Neves (2012), as empresas não devem dar grande ênfase para

todas as suas forças bem como não deve ter o intuito de superar todas as suas

fraquezas, a questão para análise é se a companhia deve focar seus esforços nas

oportunidades que se apresentam ou se deve ir em busca de oportunidades mais

lucrativas.

Contribuindo com as definições dos autores, Aaker (2012) afirma que em uma

Matriz SWOT a empresa deve olhar para as ameaças que estão mais latentes e que

podem ser nocivas para a continuidade de seu negócio. O autor utiliza exemplos de

empresas de tecnologia que em sua história perceberam como ameaças seus

produtos estarem se tornando obsoletos com os avanços tecnológicos da época e

mudaram os rumos do seu negócio para conseguir sobreviver.

A matriz SWOT deve ser construida através do resultado de todas as análises

realizadas no plano estratégico, pode ser entendida como uma ferramenta que

sintetiza tudo que foi elaborado até o momento, a partir distoelaborar as melhores

estratégias para a empresa (BORN et al., 2007).

Visto isto, é possível apresentar a matriz swot da empresa Forma Turismo,

como resultado da análise interna através da análise da cadeia de valor, fatores-

chave de sucesso, informações da empresa em relação aos concorrentes. E análise

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externa através dos fatores macroambientais estudados. Deste modo apresenta-se a

matriz SWOT P.F.O.A:

Quadro 20 – Matriz SWOT

Forças Fraquezas

• Confiança na empresa • Serviços: equipe de monitores

especializados • Segurança • Experiência com a marca • Liderança no mercado • Qualidade dos produtos • Mais de 90% do share de mercado • Clientes com baixo poder de barganha • Gerência de recursos humanos • Profissionais engajados com a empresa

• Comunicação • Mídias sociais com baixo

engajamento • Atendimento não padronizado • Falta de pós venda • Não trabalha com parcelamento no

cartão de crédito. • Baixo poder de barganha com os

principais fornecedores de transporte • Falta de acesso a clientes potenciais • Falta de vendedores para atender a

demanda

Oportunidades

Ameaças

• Mercado potencial pouco explorado • Porto Alegre está entre as 50 cidades do

brasil com melhor IDH • Desenvolvimento da tecnologia de

pulseiras com chip • Crescimento da população A e B no

estado • Baixa rivalidade entre os concorrentes

• Redução do poder de compra. • Desvalorização do real em relação ao

dólar • Novas empresas entrando no mercado • Crise financeira no país • Aumento da taxa de desemprego. • Imagem negativa a respeito de

mercado de turismo estudantil por parte das escolas.

Fonte: elaborado pelo autor (2017). 

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10 FORMULAÇÃO ESTRATÉGICA

No presente capítulo será apresentada toda a formulação estratégica da

empresa, passando por objetivos estratégicos, estratégias propostas por diferentes

autores, ações estratégicas e para finalizar serão apresentadas as estratégias de

marketing.

10.1 OBJETIVOS ESTRATÉGICOS

Após realizar toda análise interna da empresa e os fatores externos que ela

se relaciona, é o momento de definir os objetivos que a companhia deseja alcançar,

tanto no âmbito qualitativo quanto quantitativo (BORN, 2007). De acordo com Hooley

(2011) os objetivos estratégicos devem ser formulados através de alguns

questionamentos: Qual posição a empresa está hoje? Onde a empresa deseja estar

após o término de implementação do plano?

Born (2007) complementa que os objetivos estratégicos devem ser

mensuráveis, quando se trata de objetivos quantitativos, podem constar o faturamento

desejado em cinco anos, lucratividade, Market Share, entre outros. Quando se trata

de objetivos qualitativos, o autor afirma que também devem ser mensurados podendo

conter satisfação do consumidor, reconhecimento da marca, nível de admiração. De

acordo com Neves (2012), todos os objetivos devem ser elaborados detalhadamente

para que seja possível controlar e mensurar se estão sendo alcançados durante e

após a implementação do plano estratégico.

Deste modo após toda análise interna da empresa juntamente com a

realização do estudo do ambiente no qual a organização está inserida foram

estabelecidos os objetivos da empresa, que estão divididos em objetivos quantitativos

e qualitativos.

10.1.1 Objetivos Quantitativos

Objetivo 1: Obter aumento de 70% na receita líquida (receita após repasse

para matriz) da empresa até o final do período de 5 anos, este objetivo se mostra

totalmente factível visto que o mercado atingido atualmente pela empresa é de cerca

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de 12% do mercado potencial no estado gaúcho, onde foram analisados no presente

trabalho, os fatores que impactam nesta baixa participação.

Desta maneira entende-se que com a elaboração do plano é possível obter

este nível de receita líquida (faturamento após repasse para matriz), pois atualmente

a empresa leva uma média de 3,5 mil alunos para viajar por ano no Rio Grande do

Sul, para poder atingir este objetivo, levando em consideração a margem obtida por

passageiro que é em média R$ 500,00 é necessário alcançar o número de 6 mil

clientes até ano de 2022 para alcançar esta meta. Que mesmo sendo um aumento

significativo em relação ao que a empresa leva para viajar atualmente ainda assim se

refere somente a 22% do mercado potencial no estado.

Para corroborar o entendimento do objetivo, serão apresentadas duas

tabelas, a primeira, com informações sobre a receita da empresa (pós repasse para

matriz) nos últimos 3 anos, e a segunda, com projeção destes valores com a

elaboração do plano.

Quadro 21 – Faturmento Pós repasse para matriz

Fonte: elaborado pelo autor (2017).

Analisando o histórico de receita da empresa, percebe-se que houve aumento

significativo do ano de 2015 para o ano de 2016 explicado pela redução do 9º ano, e

de 2016 para 2017 se manteve a mesma receita. A seguir analisa-se tabela com

projeção de faturamento por margem através da elaboração do plano.

Quadro 22 – Faturamento projetado pós repasse para matriz

Fonte: elaborado pelo autor (2017).

Analisa-se que no primeiro ano de elaboração do plano há uma queda

significativa de receita, fato que se explica pois será o ano de redução do terceiro ano

no estado gaúcho, o qual entende-se que sem o plano a redução seria maior ainda, e

por fim a partir de 2019 com o mercado normalizado, percebe-se crescimento

exponencial no faturamento da empresa.

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Objetivo 2: Diminuir a taxa de cancelamento da empresa de 25% para 5%

até o ano de 2022. Como já abordado anteriormente, o nível de desistência da viagem

pelos consumidores é considerado elevado, ocorrendo que o faturamento

previamente adquirido tenha de ser devolvido para os clientes, gerando custos

adicionais à empresa. E desta maneira acaba por diminuir a lucratividade da

organização.

Objetivo 3: Obter o número total de 6 mil passageiros viajando com a

empresa por ano no estado do Rio Grande do Sul. Este objetivo demonstra ser

atingível com a implementação do plano estratégico, atualmente a empresa embarca

cerca de 3.550 alunos, trata-se de um aumento de 69% do número total de alunos em

cinco anos. É importante ressaltar que com o cumprimento deste objetivo a Forma

atingirá cerca de 22% do mercado possível.

10.1.2 Qualitativo

 

Objetivo 4: Ser reconhecida como marca referência em realização de viagens

para estudantes no estado do Rio Grande do Sul até o ano de 2022.

10.2 ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS

Enquanto os objetivos se referem a “o que fazer”, as estratégias se referem a

“como fazer” para realizar os objetivos estabelecidos (BORN, 2007). Segundo o

referido autor, para planejar estratégias empresariais, o primeiro passo é decidir se

serão utilizadas estratégias convencionais e preconcebidas ou as estratégias

elaboradas por autores mais contemporâneos, este passo define o norte inicial na

implementação deste capítulo.

Para Aaker (2012), a definição de estratégias sofreu mudanças ao longo do

tempo, segundo ele antigamente esperava-se muito tempo para implementar qualquer

ação que provocasse mudanças. Hoje, no mercado competitivo que as empresas

atuam, a evolução se torna essencial para a sobrevivência da organização, e o maior

desafio de criar novas estratégias é o de conseguir criar alternativas que resolvam os

problemas atuais da companhia, mas também que a preparem para cenários futuros,

pois a mudança de mercado ocorre de maneira abrupta e as empresas devem estar

preparadas.

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Corroborando o ponto de vista dos demais autores, Hooley (2011) afirma que

as estratégias devem ser montadas de acordo com os principais objetivos que a

companhia estabeleceu, segundo o autor as estratégias têm o intuito de diferenciar a

empresa no mercado e melhorar sua relação com todos os seus públicos.

10.3 ESTRATÉGIA DE CRESCIMENTO ANSOFF

A estratégia de Ansoff se refere ao caminho que a empresa deve seguir nos

próximos anos para obter crescimento e esta estratégia passa por três possibilidades:

a empresa expandir seu mercado através de produtos já existentes, a empresa

desenvolver produtos no mercado já atuante com produtos novos, a empresa penetrar

no mesmo mercado com seu produto atual e por último a empresa diversificar

investindo em novos mercados com novos produtos (BORN, 2007).

A visualização do quadro 23 facilita a compreensão da referida estratégia.

Quadro 23 – Matriz de estratégia de crescimento

Fonte: adaptado pelo autor a partir de Born (2007).

A empresa ainda tem a possibilidade de realizar integrações verticais ou

horizontais como estratégia de crescimento. A companhia pode incorporar os seus

fornecedores (integração vertical para trás), realizar a compra de distribuidores

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(integração vertical para frente), e pode também, realizar a compra de seus

concorrentes (integração horizontal) (NEVES, 2012).

De acordo com Aaker (2012), a decisão da empresa referente à estratégia de

Ansoff deve ser feita de maneira cautelosa, pois se a empresa investir recursos de

maneira errônea os prejuízos podem ser muito altos, o autor afirma que o investimento

não pode ser focado em fatores que fogem do negócio principal da companhia.

Tendo em vista o que foi demonstrado anteriormente, no caso da empresa

Forma Turismo foi definida como estratégia eficaz para alcançar os objetivos

propostos a estratégia de penetração de mercado, pois se trata de um mercado

existente - de alunos de escolas particulares do ensino fundamental ao médio que

estudam no Rio Grande do Sul - como a empresa só atinge atualmente cerca de 12%

do mercado. Torna-se evidente que a estratégia de penetração de mercado mostra-

se indicada para atingir os objetivos quantitativos 1 e 3. Porém é necessário também

ao longo da implementação do plano desenvolver novos produtos para o mercado

existente, com o intuito de aumentar o faturamento e disponibilizar mais opções para

os clientes em potencial. Entende-se que para aumentar o faturamento de acordo com

o objetivo1 é necessário que o seu mercado atual aumente o nível de compra, por

este motivo são necessários novos produtos que atendam a demanda de clientes

potenciais que hoje ainda não compram o produto da empresa.

10.4 ESTRATÉGICA GENÉRICA PORTER

A estratégia genérica de Porter direciona a empresa para quatro caminhos

possíveis para construir valor no longo prazo (BORN, 2007). Segundo Born (2007), as

estratégias se dividem em: Liderança em custo, Diferenciação e Enfoque.

A estratégia genérica de Porter analisa o posicionamento da empresa em um

mercado e este posicionamento é o que vai determinar se a rentabilidade da

companhia está acima ou abaixo da indústria (PORTER, 2002).

Born et al. (2007) complementam que a estratégia genérica cumpre a função

de auxiliar a empresa a responder questões pertinentes ao futuro da companhia, que

questionam qual o posicionamento correto que a empresa deve adotar no futuro para

ser mais competitiva. Ou também como estruturar ou alterar a cadeia de valor para

manter vantagem competitiva no mercado. O autor conclui que esta ferramenta serve

de mote para a empresa poder estar preparada para o futuro.

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De acordo com Porter (2002, p. 10):

A noção que fundamenta o conceito de estratégias genéricas é que a vantagem competitiva está no âmago de qualquer estratégia, e para obtê-la é preciso que uma empresa faça uma escolha – se uma empresa deseja obter uma vantagem competitiva, ela deve fazer uma escolha sobre o tipo de vantagem competitiva que busca obter e sobre o escopo dentro do qual irá alcança-la. Ser tudo para todos é uma receita para a mediocridade estratégica e para um desempenho abaixo da média, pois normalmente significa que uma empresa não tem absolutamente qualquer vantagem competitiva.

Compreendida esta etapa, torna-se necessário apresentar a matriz de

vantagem estratégica proposta por Porter (2002), com o intuito de auxiliar o

entendimento do leitor.

Figura 29 – Estratégia genérica de Porter

Fonte: adaptado pelo autor de Porter (2002).

Através de análise de matriz de vantagem estratégica é possível compreender

quais são as estratégias possíveis de uma empresa em cada um dos 4 quadrantes:

Diferenciação no âmbito de toda indústria; liderança em custo no âmbito de toda a

indústria; diferenciação em apenas um segmento e liderança em custo em apenas um

segmento, deste modo serão abordados cada um dos quadrantes da matriz.

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10.4.1 Liderança Em Custo

A estratégia de Liderança em custo se refere à busca de um posicionamento

melhor em relação aos custos na produção de seus produtos ou serviços

proporcionando um preço menor ao consumidor ou uma lucratividade maior para

empresa, ou até mesmo as duas possibilidades BORN (2007).

Segundo Porter (2002), a estratégia de liderança em custo é a que se

apresenta de maneira mais clara, pois a companhia que adota este tipo de estratégia

tem o intuito de tornar-se um competidor de baixo custo no âmbito da indústria.

Complementa que o tamanho da empresa pode ser fator determinante para conseguir

se posicionar com essa estratégia, pois quanto maior a empresa maior pode ser a

possibilidade de trabalhar com as chamadas economias de escala.

10.4.2 Diferenciação

Esta estratégia corresponde à busca em se diferenciar de seus concorrentes

com o intuito de que os clientes e o mercado percebam maior valor agregado nos seus

produtos e serviços e/ou na marca da empresa, podendo pagar valores mais elevados

pelo que é oferecido BORN (2007).

Porter (2002) defende que com este tipo de estratégia a empresa tem o intuito

de se tornar única em seu mercado, a companhia seleciona atributos que são

valorizados pelos clientes e trabalha em cima desses aspectos para poder se destacar

e ser vista como valiosa por seus compradores.

Como resultado da utilização desta estratégia é possível cobrar preços acima

da média que podem ser justificados pela diferenciação que o produto ou serviço

apresentam e pelos custos que inevitavelmente poderão ser mais elevados do que

empresas que trabalham com liderança em custo (BORN et al., 2007).

10.4.3 Enfoque

Dá-se quando a empresa foca sua atenção em uma parcela específica do

mercado visando atender suas necessidades (PORTER, 2002). Complementa que a

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estratégia de enfoque é dividida em: Enfoque com liderança em custo e Enfoque com

diferenciação.

Enfoque com liderança em custos: se refere à empresa que opta por atender

uma parcela do mercado através de uma estrutura de baixos custos (BORN et al.,

2007).

Enfoque com diferenciação: Trata-se de uma estratégia em que a empresa

opta por atender a determinada parcela do mercado e se diferenciar através de

alguma característica considerada importante pelos seus clientes.

Segundo Hooley (2011), para a empresa estabelecer a estratégia genérica de

Porter, ela deve prestar atenção em suas forças, e quais destas serão mais difíceis

de seus concorrentes copiar, a partir disso se torna possível estabelecer qual será o

diferencial da companhia. Em consonância com os autores, Neves (2012) afirma que

a escolha correta da estratégia genérica de Porter possibilita um aumento da

vantagem competitiva da empresa em relação a seus concorrentes.

Compreendendo o conceito pode ser analisado que no que se refere à Forma

Turismo, a estratégia que melhor se enquadra para a empresa atuar é: enfoque com

diferenciação. Com o objetivo de efetuar esforços visando a uma vantagem

competitiva perante o mercado, fazendo com que gere uma diferenciação no produto

que a empresa oferece. Ou seja, trabalhar com o intuito de investir em produtos de

alta qualidade para viabilizar uma experiência cada vez melhor para seus passageiros,

por este motivo se encaixa no quesito diferenciação na estratégia genérica de Porter.

E com foco porque a Forma atua em um nicho de mercado, jovens de 14 a 17 anos,

estudantes de escolas particulares, que procuram viagens de formatura, neste caso

pode ser entendido como enfoque com diferenciação.

Com o intuito de melhorar o entendimento será apresentada figura que ilustra

a escolha da estratégia.

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133

Figura 30 – Estratégia genérica Forma Turismo

Fonte: elaborado pelo autor (2017).

10.5 ESTRATÉGIA COMPETITIVA WESTWOOD

Amadurecendo o plano estratégico, a estratégia competitiva de Westwood

surge a partir de uma análise minuciosa da matriz SWOT e permite à empresa definir

como se posicionar em nível tático em relação a seus concorrentes (BORN, 2007).

Segundo o autor, existem três estratégias competitivas possíveis para uma empresa:

Estratégia defensiva; estratégia de ataque; estratégia de desenvolvimento.

A estratégia defensiva se refere a uma estratégia de proteção a algum ataque

de concorrentes com o intuito de não perder clientes ou rentabilidade. Estratégia de

Ataque é indicada para empresas com alto nível de competitividade que podem utilizar

suas forças para atacar os demais concorrentes. Já a estratégia de desenvolvimento

se refere à empresa utilizar novas oportunidades para desenvolver o seu potencial e

o seu mercado.

De acordo com Gracioso (2001), a empresa pode adotar diferentes

estratégias de acordo com o atual momento no qual ela se encontra, por exemplo,

pode executar uma estratégia de defesa por um período determinado para se preparar

para uma fase em que vai realizar a estratégia de desenvolvimento ou até mesmo de

ataque. Para Neves (2012), as empresas que na maior parte dos casos conseguem

realizar estratégias de ataque são as que se encontram na posição de líder do

mercado, já as que estão mais frágeis e precisam na maior parte do tempo optar pela

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134

estratégia de defesa são empresas que tem uma parte pequena do Share daquele

mercado.

Quanto à empresa estudada entende-se que a melhor estratégia a ser

adotada é a estratégia de ataque, pois possui situação de liderança no mercado e com

isso pode utilizar suas potencialidades para atacar seus concorrentes e aumentar sua

posição de liderança, mesmo porque existem eminentes empresas entrantes no

mercado como já citado em análise da concorrência.

10.6 AÇÕES ESTRATÉGICAS

A parte de ações estratégicas em um plano estratégico diz respeito a colocar

em prática o que foi estudado até aqui. Por este motivo precisam ser muito bem

elaboradas, contendo datas, prazos de início, meio e fim de cada ação (BORN, 2007).

Born (2007) também comenta que é mais positivo ter poucas ações muito bem

elaboradas em vez de muitas ações que não serão bem executadas. Segundo Hooley

(2011), a partir do momento em que foram decididos todos os objetivos e o

posicionamento pretendido com o plano, todo o esforço da empresa deve ser voltado

para as ações estratégicas.

De acordo com Chiavenato e Sapiro (2003), as organizações no momento de

implementar as estratégias devem utilizar a gestão por projetos e por processos, que,

segundo os autores, gera muitas dúvidas entre os gestores. O autor afirma que

projetos são atividades únicas e temporárias e processos são ações contínuas dentro

da empresa. Eles complementam que para atingir objetivos as empresas devem

aplicar a padronização dos processos pois estes são os meios para alcançar o que as

metas preestabelecem.

Visto todos os aspectos pertinentes ao entendimento em relaçãoao conceito

de ações estratégicas bem como sua importância, foi possível elencar as principais

ações propostas para a Forma Turismo.

i. Aumento de 10 para 15 o número de vendedores no estado (Objetivo 1 e

3)

Aumentar o número de vendedores para atender exclusivamente regiões que

até então são pouco exploradas, exemplos: cidade de Taquara, litoral gaúcho, entre

outras regiões. Como abordado anteriormente a Forma atinge atualmente 12% do

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135

mercado potencial, com isso entende-se que existe uma carência no número de

vendedores que até então eram 10 vendedores cuidando de um total de 518 escolas,

e um universo de 27 mil alunos, deste modo com o aumento do número de vendedores

entende-se que serão colocados profissionais dando atenção específica para os

colégios de todas as localidades, aumentando assim a quantidade de clientes

refletindo diretamente no faturamento da empresa e no número de clientes que a

Forma alcançará por ano.

ii. Introdução de sistema de vendas online (Objetivo 1 e 3)

Analisa-se que atualmente a empresa encontra-se ultrapassada no que se

refere ao método de inscrições dos alunos na viagem, é necessário o pai ou

responsável preencher uma ficha manualmente e o pagamento só pode ser feito

presencialmente com boleto ou cheques, o que cria barreiras para o cliente se

inscrever na viagem. Deste modo entende-se que introdução de sistema de vendas

online elimina dificuldades geográficas para a inscrição na viagem e o número de

clientes tende a aumentar e o faturamento da empresa alcançará crescimento

significativo. Por este motivo compreende ser essencial esta estratégia para alcançar

os objetivos propostos.

iii. Alteração de política de cancelamentos da empresa (objetivo 2 e 3)

Conforme abordado em análise interna da empresa, percebe-se que o nível

de cancelamentos dos pacotes contratados é elevado, e o que favorece a ocorrência

disto é uma política de cancelamentos desvantajosa para empresa, atualmente os

clientes podem cancelar a viagem até um mês antes sem existir taxas significativas,

por este motivo torna-se atrativo para o cliente cancelar em virtude de qualquer fator

que o desmotive.

Deste modo torna-se necessário alterar esta política, a fim de aumentar o valor

de taxas previstas no contrato da empresa de maneira que se torne mais complexo

este processo de desistências dos pacotes. Entende-se que desta maneira diminui o

a taxa de cancelamento atingindo o objetivo proposto.

iv. Parcerias com escolas (Objetivo 1, 2, 3 e 4)

Estabelecer sistema de parcerias com escolas potenciais no Rio Grande do

Sul, criando laços para poder realizar a venda em conjunto dos colégios do estado.

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136

Entende-se que é necessário agregar valor para as instituições para que elas vejam

vantagem nesta ligação com a empresa. Analisa-se que esta estratégia contempla os

4 objetivos estratégicos propostos, pois observa-se que a partir do momento em que

a empresa tem parceria e lida diretamente com os alunos dentro das escolas, a

possibilidade de transformar clientes potenciais em venda aumenta

consideravelmente.

v. Introdução de sistema de Pós-venda (objetivo 3)

Como as viagens oferecidas pela Forma são organizadas com bastante

antecedência, é importante criar uma estratégia para manter o cliente engajado até a

época da viagem, para não haver desmotivação e cancelamento do pacote. Para isso,

é necessário um acompanhamento dos vendedores em cada escola, assim como criar

conteúdo e eventos e atividades ligadas à viagem.

vi. Contratação de empresa especializada em mídias sociais (objetivos 1, 2,

3 e 4)

Entende-se que atualmente a empresa conta com uma equipe interna que

cuida e administra as redes sociais, torna-se fundamental para atingir objetivos

propostos ter uma empresa especializada e com maior knowhow para realizar esta

função que é de extrema importância para o posicionamento da empresa. Analisa-se

que esta estratégia contribui para o alcance dos 4 objetivos propostos, por este motivo

verifica-se ser de grande importância para a efetividade do plano estratégico.

10.6.1 Estratégias De Marketing

Seguindo roteiro proposto do presente trabalho, serão apresentadas as

estratégias de marketing propostas. Este subcapítulo será dividido em três partes:

Mercados alvo, posicionamento estratégico da organização e os mix de marketing da

companhia.

10.6.1.1 Mercados alvos

Definir corretamente os mercados alvos de uma organização é etapa

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137

fundamental para o bom desempenho de uma organização, deste modo é possível

alinhar estratégias de marketing corretas para aquele segmento (KOTLER, 2000).

Cabe ao gestor analisar quais serão os mercados que a empresa deve

concentrar seu foco, com o intuito de atender à expectativa daqueles clientes que

compõem o segmento desejado, pois cada mercado reage a estímulos diferentes e

possui motivações distintas. Deste modo a escolha correta do mercado alvo a ser

atingido pela empresa torna-se fundamental para o sucesso da organização (CASAS,

2001).

Kotler (2000) complementa que para definir corretamente o mercado alvo que

a empresa vai atender, é necessário utilizar alguns parâmetros como mensurar o

tamanho do mercado, o poder de compra quais sãos as necessidades dos clientes

que compõem este segmento e além disso é necessário saber se este mercado será

rentável para a companhia.

Born et al. (2007) concluem que cada mercado é separado por pequenos

mercados menores com características e comportamentos diferentes, complementa

que não segmentar corretamente o público que será atendido pela organização pode

ser fatal para empresa. Born (2007) explica que quanto mais correta a segmentação

que a empresa realiza mais chances ela terá de atender as expectativas daquele

público.

No presente trabalho o mercado alvo para a Forma Turismo foi definido de

acordo com entrevista com o gestor e também a partir de toda a análise interna e

externa da organização. Verifica-se que o mercado alvo da empresa são alunos de 9º

e 3º ano de escolas particulares do estado Rio Grande do Sul. Por mais que o universo

de “escolas particulares” possa parecer amplo, analisa-se que a empresa possui

produtos diferentes para escolas particulares consideradas de maior poder aquisitivo

e produtos de menor custo monetário para escolas particulares de menor renda.

Analisa-se que escolas estaduais, municipais e federais não entram no

mercado alvo da companhia, obviamente pode existir parcela deste público que venha

a comprar com a empresa, porém não é um segmento alvo para a companhia.

10.6.1.2 Posicionamento Estratégico da organização

Entender como se dá o posicionamento de uma empresa é fundamental para

poder alinhar as melhores práticas para a organização (RIES; TROUT, 2000). Os

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138

autores complementam que o conceito de posicionamento foi sendo modificado ao

longo dos anos, até a década de 50 o posicionamento de uma companhia era voltado

para quais eram os benefícios que os produtos ou serviços de uma empresa

entregavam para os seus clientes. Ao longo do tempo essas definições foram sendo

modificadas.

Casas (2001) corrobora que atualmente o conceito de posicionamento está

vinculado à percepção dos clientes com a empresa ou com a marca. É entendido

como a imagem que os consumidores têm daquela organização. Complementa que

está sob o controle da empresa o posicionamento que ela deseja obter, porém nem

sempre o posicionamento pretendido pelos gestores será o posicionamento percebido

pelos clientes.

Kottler (2002) afirma que é comum existir erros na definição do

posicionamento da empresa e que estes erros podem se referir a:

Subposicionamento, superposicionamento, posicionamento confuso e

posicionamento duvidoso. O autor complementa que existem algumas maneiras

recomendadas para a elaboração do posicionamento da empresa. Que são elas:

posicionamento por atributos, por benefícios, por aplicação ou utilização, por usuário,

por concorrente, por categoria de produtos e por qualidade ou preço.

Posicionamento por atributos: Refere-se a qualidades explícitas e implícitas

da empresa.

Posicionamento por benefício: Os produtos são posicionados através de

algum diferencial específico para que o cliente perceba valor no que está sendo

posicionado.

Posicionamento por aplicação ou utilização: Apresenta-se como o produto

ou serviço superior a todos os outros disponíveis.

Posicionamento por usuário: Produto é posicionado como a melhor opção

para aquele determinado público.

Posicionamento por concorrente: Este posicionamento indica que a

empresa é superior a todos os outros concorrentes.

Posicionamento por categoria de produtos: Produto é percebido como o

melhor e mais eficiente daquela categoria específica de produtos.

Posicionamento por qualidade ou preço: Posicionamento voltado a

demonstrar para o cliente que a empresa é a melhor opção no que se refere ao custo

benefício.

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Entendendo o conceito explicado é possível definir o conceito para a Forma

Turismo, entende-se que o posicionamento pretendido da empresa deve ser: Empresa

referência no Brasil em qualidade em viagens de formatura para estudantes de 9º ao

3º ano do ensino médio. Empresa deve adotar seu posicionamento pelas questões

que envolvem a diferenciação e o valor entregue aos clientes. Este posicionamento é

sustentado através da estratégia genérica adotada que é a de diferenciação com foco,

em que seu produto é tido como exclusivo e com características únicas que agregam

valor ao que está sendo oferecido ao cliente.

10.6.1.3 Mix de Marketing

O mix ou composto de marketing é dividido em 4 partes principais que são:

praça, preço produto e distribuição, em um plano estratégico as estratégias de

marketing atuam para que todo o composto de marketing esteja em sinergia com o

posicionamento e objetivos do trabalho e neste item é quando a empresa consegue

direcionar seus esforços para fatores perceptíveis pelo mercado (HOOLEY, 2011).

Neves (2012) afirma que um dos aspectos mais importantes a ser analisado

neste contexto é o que se refere ao produto. O autor afirma que este fator vai

demonstrar a percepção de valor que o cliente tem pela marca. Ele conclui que é

necessário uma análise crítica a respeito dos produtos, se estão sendo vendidos para

o público correto e também sobre o ciclo de vida de cada um, identificando quais

devem ser eliminados e quais devem conter mais investimento por parte da

companhia.

A Figura 31 a seguir ilustra a importância de cada um dos quatro itens do

composto de marketing.

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Figura 31 – Mix de marketing

Fonte: Kotler (2000).

Analisando a figura apresentada, percebe-se de maneira clara como é dividido

o mix de marketing de uma organização, em que primeiramente está a análise do

produto que envolve questões físicas e características específicas do produto. O fator

preço que diz respeito à pratica de preços da organização, prazos de pagamento e

descontos. A promoção que corresponde à propaganda, promoção de vendas,

marketing direto, relações públicas e força de vendas. A praça que diz respeito a

canais cobertura, locais e transporte (KOTLER 2000).

Em se tratando da empresa estudada, as estratégias do mix de marketing

serão mantida se apresentadas na seguinte ordem: Preço, praça, produto e

promoção.

10.6.2 Preço

A estrutura de preços estipulada para a Forma Turismo: parcelamento com

condições extensas, podendo pagar de 12 até 20 vezes, é fator positivo para a

organização. Porém percebe-se a necessidade de introduzir o pagamento parcelado

através de cartão de crédito.

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Atualmente a empresa trabalha com duas formas de parcelamento em cheque

e em boleto bancário; o primieiro principalmente está em desusoe o boleto bancário

também apresenta limitações para o cliente. Em função disso a introdução do

pagamento pelo cartão de crédito estimula a compra por impulso e facilita o processo

de aquirir os produtos da empresa.

No que se refere à estratégia de preço praticada pela empresa, em que pratica

preços superiores aos seus concorrentes verifica-se ser adequada pois a estratégia

adotada é de diferenciação com foco, então é coerente oferecer preços superiores.

Porém é preciso alinhar os preços quanto aos produtos secundários que atendem a

parcela com menor poder aquisitivo do seu público alvo. Verifica-se que os produtos

para este segmento devem ser de 40% a 50% mais baixos que ospreços dos produtos

principais da empresa.

10.6.2.1 Praça ou canal

Neste item percebe-se a necessidade de manter representantes comerciais

divididos geográficamente para atender as escolas das regiões do estado. Além disso

verifica-se que atualmente a loja física da empresa é sediada em Porto Alegre, por

este motivo é necessário contar com parcerias comerciais com empresas de turismo

convencional em cidades estratégicas do estado para que elas sejam treinadas para

poder atender os clientes da empresa em certas regiões.

Além disso, como abordado no ítem 10.6, em ações estratégicas, percebe-se

a necessidade de implementar o modo de venda online dos pacotes oferecidos pela

empresa, para que desta maneira elimine as barreiras geográficas existentes para o

fechamento do pacote. Porém entende-se ser necessário continuar exisitindo lojas

fisicas e parcerias comerciais pois como se trata de um serviço para menores de idade

e os responsáveis exercem o papel de decisores, é importante haver locais de

referência para que os clientes possam ir e sanar todas as possíveis dúvidas sobre o

pacote a ser contratado.

10.6.2.2 Produto

Quanto aos produtos da empresa, entende-se que devem ser mantido os

produtos existentes buscando atualização constante utilizando pesquisas dos seus

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consumidores para a cada período descobrir o que precisa ser melhorado para

atender as expectativas do seu público alvo, contribuindo para esta afirmação sabe-

se que o público da empresa é altamente mutável, pois as turmas que estão no

período de formatura alteram a cada ano, deste modo torna-se claro que é preciso

manter atualização constante para entregar o que o seu cliente busca.

Além disso percebe-se a necessidade de criação de novo produto que seja

atrativo para as escolas, com o intuito de ser porta de entrada para possíveis parcerias

com as instituições escolares porque acredita-se que desta maneira tende a contribuir

para o atingimento dos objetivos propostos.

10.6.2.3 Promoção

No que se refere à promoção da empresa, é importante ressaltar que os

aspectos que envolvem a venda e equipe comercial devem ser mantidos através das

práticas já executadas porém com atualizações e treinamentos constantes para a

equipe. No que se refere à comunicação da empresa, percebe-se que necessita de

mudanças significativas pois conforme já abordado é considerado como ponto fraco

da companhia, a comunicção atual da empresa não correspoonde à posição e porte

que a empresa ocupa.

Deste modo é necessário contratar empresa especializada que realize toda a

gestão de comunição e midias digitais da empresa, para que os aspectos positivos da

empresa bem como sua missão e seus valores sejam transmitidos através da maneira

que a empresa se comunica com seus clientes, acredita-se que desta maneira a

empresa entra em sinergia com os objetivos estratégicos e com o posicionamento

definido no presente trabalho.

10.7 PLANO DE AÇÕES ESTRATÉGICAS

Neste capítulo será apresentado o cronograma de implementação e

orçamento estratégico do plano, bem como o estudo da revisão e do controle

estratégico do trabalho.

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10.7.1 Cronograma de implementação e Orçamento estratégico

O processo de implementação das ações estratégicas deve ser tratado dentro

da empresa como prioridade máxima, e por se tratar de ações específicas, elas devem

conter começo meio e fim (BORN, 2007). O autor ainda defende que é necessário

analisar como será executado de acordo com o orçamento disponível para conclusão

do plano. Apresenta-se figura ilustrativa de exemplo de cronograma estratégico.

Quadro 24 – Cronograma Estratégico

Fonte: Born (2007).

De acordo com Neves (2012), definir o recurso necessário para investir em

um plano estratégico é tarefa que exige estudo aprofundado da empresa e do contexto

no qual ela se encontra. Para o referido autor, o gestor da companhia deve saber em

quanto tempo ele obterá o retorno daquele investimento até para poder identificar se

vai ser possível implementar o plano.

Neves (2012) complementa que após este aspecto é possível realocar

recursos e definir o cronograma de implementação das estratégias. Corroborando

este ponto de vista Alday (2017) afirma que sem a correta organização da

implementação das estratégias o plano pode perder sua aplicabilidade, o autor

ressalta que este item assume grande importância por este motivo.

No que se refere à Forma Turismo todas as estratégias descritas

anteriormente têm como função atingir os objetivos propostos no plano, para facilitar

o entendimento do leitor, será demonstrado o cronograma de atividades, o que torna-

se importante ressaltar é que em virtude de 2018 ser o ano com a queda no número

de clientes potenciais, maior parte das estratégias serão executadas a partir do ano

2, conforme quadro a seguir:

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Quadro 25 – Ações estratégicas 1

Fonte: elaborado pelo autor (2017).

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Quadro 26 – Ações estratégicas 2

 Fonte: elaborado pelo autor (2017).

Quadro 27 – Custo total por ano de todas as ações

 Fonte: elaborado pelo autor (2017).

Através de apresentação do cronograma de ações estratégicos, foi possível

perceber que as ações contemplam os objetivos propostos e possuem um custo total

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até o fim da elaboração do plano de R$ 1.504.000,00. Verifica-se ser investimento

considerável, no entanto com as melhorias propostas demonstra ser condizente com

o que está sendo proposto e com os objetivos definidos.

É importante analisar que como no primeiro ano de implementação do plano

será o ano da diminuição do número de clientes possíveis, as ações com maior

investimento serão implementadas a partir do ano 2. No ano 3 (2020) também há um

investimento elevado, e nos dois últimos anos o investimento se estabiliza pois se

trata de custos de manutenção da estratégia adotada. Deste modo é possível avançar

para etapa de revisão e controle estratégico.

10.8 REVISÃO E CONTROLE ESTRATÉGICO

Um plano estratégico de sucesso não deve se preocupar somente com a

aplicação das estratégias mas sim estruturar o controle e a averiguação de como está

sendo executado. Desta maneira é possível corrigir qualquer tipo de falha no decorrer

das ações (BORN, 2007). O autor sugere que para controle de eficiências sejam

marcadas reuniões mensais com os envolvidos e no que diz respeito a controle de

eficácia que tenham reuniões trimestrais. Hooley (2011) por sua vez defende que é

necessário apresentar métodos para mensurar e controlar, o autor utiliza o exemplo

de ter o objetivo de melhorar a percepção do cliente para com o seu produto ou

serviço, para este caso a conduta mais correta não é esperar os consumidores

criticarem ou elogiarem a sua empresa e sim ferramentalizar este controle com

pesquisas periódicas.

Rizzati (2011) complementa que a função mais importante da revisão e

controle em um plano estratégico é a de analisar a expectativa com a realidade, se o

esperado está sendo atingido em cada etapa. O autor afirma que é importante seguir

quatro etapas na realização do controle estratégico. São elas:1) Estabelecimento de

padrões e medidas de avaliação; 2) Medida de desempenhos apresentados; 3)

Comparação do realizado com o esperado; 4) Ação corretiva.

Quando trata-se do presente plano, obtemos as seguintes ações de controle:

Uma vez por mês o líder do projeto irá se reunir com os responsáveis pelo

plano para verificar se o cronograma está sendo realizado conforme custo e tempo

planejados. Através de uma reunião com pauta preestabelecida, visando relembrar os

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objetivos e as ações que devem ou deveriam estar sendo realizadas para análise do

bom andamento dos pontos.

Nesta reunião deve ser feita uma conclusão para saber quais ações estão em

dia com o planejado, quais estão atrasadas e qual o motivo de possíveis atrasos e

assim realizar um plano de ação corretivo.

 

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11 ANÁLISE ECONÔMICA E FINANCEIRA

Neste capítulo serão apresentados os seguintes itens: a parte econômica,

societária e tributária do plano estratégico; o estudo do DRE e do balanço patrimonial

da empresa; os investimentos e o custo da companhia com a aplicação do plano como

projeção; análise de sensibilidade do plano; e a viabilidade do plano através dos

indicadores financeiros.

11.1 PREMISSAS OPERACIONAIS

As premissas operacionais em um plano estratégico têm o intuito de identificar

a possibilidade operacional da organização para geração de resultados (GITMAN,

2010). O autor complementa que os influenciadores para projeção do resultado

financeiro da empresa podem ser considerados premissas operacionais.

Ceconello (2007) ensina que para realizar uma análise financeira é necessário

começar pelas premissas operacionais, ou seja, qual é a capacidade da empresa e

quais são os fatores que influenciam no resultado do que vai ser projetado.

No caso da empresa analisada, é importante ressaltar que, com a elaboração

do plano de 5 anos, não haverá mudanças na sua estrutura física, que hoje consiste

em uma loja de 200m² na Rua Padre Chagas, em Porto Alegre. Haverá alteração

operacional quanto à quantidade de funcionários, porque atualmente a empresa conta

com 10 vendedores no estado do Rio Grande do Sul e com a elaboração do plano a

equipe comercial passará para 15 pessoas.

Percebe-se que mesmo sem haver mudanças quanto à estrutura da empresa,

ainda há grande espaço para crescimento, porque o produto vendido pela Forma

Turismo no Rio Grande do Sul é operacionalizado pela matriz, que é responsável por

produzir e garantir a entrega do serviço, e esta tem capacidade para suprir a demanda

sem alterar a estrutura atual. Segundo informações cedidas pelo gestor, a empresa

tem capacidade para atender até 100 mil passageiros/ano em nível nacional,

atualmente a companhia possui 50 mil clientes/ano. Com isso percebe-se que a

capacidade operacional ainda possui espaço para crescer 50% e o aumento para 6

mil passageiros no estado, conforme objetivo do plano, não ocasiona interferências

significativas na capacidade de a matriz entregar o produto.

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150

Para atender o público gaúcho, percebeu-se a necessidade de aumento do

número de vendedores, pois atualmente a empresa atinge cerca de 12% do mercado

potencial. Entende-se que aumentando o número de vendedores e direcionando-os

para as regiões de atendimento, o número de clientes aumentará e

consequentemente o faturamento da empresa. No final do plano a empresa terá 6.000

mil clientes a viajar no estado e com um faturamento estimado em 70% do faturamento

de margem (depois do repasse para matriz); esse crescimento é expressivo e

possível, porque há um mercado potencial ainda não atingido e há a boa posição da

empresa neste mercado.

Quanto à estrutura de custos da empresa, entende-se que haverá alterações

no custo variável, pois com a contratação de novos vendedores haverá aumento no

comissionamento repassado para área comercial e este comissionamento depende

do aumento de vendas, ou seja, este custo acompanha o aumento do faturamento da

empresa.

Na definição de custo variável enquadra-se também o custo de “repasse para

a matriz”, cujo aumento é consequência da implementação do plano. Portanto o custo

variável com a elaboração do presente estudo também terá aumento significativo. A

estrutura de custos fixos será mantida mas a que se considerar que à proporção que

aumenta o faturamento, este custo representa proporção menor do faturamento total.

Para despertar um interesse maior das escolas, há novo produto a ser

ofertado. A equipe operacional da empresa, responsável em nível nacional, faz o

estudo do destino, negocia com os fornecedores e oficializa o novo roteiro; então

repassa o preço mínimo da viagem e assim a filial pode vendê-la colocando sua

margem em cima do valor proposto. Entende-se que a estrutura de impostos da

empresa também não deverá ser alterada até o fim do plano, visto que a companhia

atua com a forma de tributação lucro presumido.

Por fim verifica-se que a intenção é otimizar os resultados da empresa através

da própria estrutura existente, só havendo alterações significativas no que se refere

ao quadro de vendedores. Estrutura física e estrutura fiscal da companhia não serão

alteradas. Conclui-se também que os custos fixos serão diminuídos

proporcionalmente, pois à medida que o faturamento da empresa aumenta os custos

fixos tem menor representatividade. Diferentemente dos custos variáveis que crescem

acompanhando o faturamento da empresa.

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151

11.2 ASPECTOS SOCIETÁRIOS E TRIBUTÁRIOS

Para abrir uma nova empresa ou analisar empresas preexistentes é

necessário entender os aspectos jurídicos e tributários que envolvem uma

organização (BRESCIANI, 2006). Segundo o autor, os aspectos societários no Brasil

podem ser feitos de diferentes maneiras: Sociedade simples; Sociedade empresária;

Sociedade limitada; Sociedade anônima.

Na Sociedade simples, o enquadramento jurídico é feito com profissionais

liberais que utilizam capacidades intelectuais para atender os clientes. Exemplo:

dentistas, médicos, advogados. Na da Sociedade empresária, os sócios pretendem

uma atividade econômica organizada e seu contrato social deve ser formalizado em

junta comercial do seu estado. Existem alguns tipos de sociedades empresárias:

Sociedade em nome coletivo; Sociedade limitada; Sociedade Anônima.

Sociedade em nome coletivo: formada exclusivamente por pessoas físicas e

somente os sócios têm permissão para gerir a sociedade. A Sociedade em comandita

simples é considerada mista, pois os sócios podem ter responsabilidades limitadas e

outros podem ser ilimitadamente responsáveis pela sociedade. Para entrar algum

novo sócio é necessário consentimento de todos.

Na Sociedade limitada, cada sócio tem responsabilidade definida, que varia

de acordo com o valor das quotas; entretanto todos respondem solidariamente tanto

no contrato social como também pela integralização. Sociedade anônima pode ser

considerada a mais completa e seu capital é dividido em ações. Esta companhia pode

trabalhar com capital aberto, ou seja, seu capital pode ser dividido em acionistas. As

ações podem ser compradas no mercado de balcão ou também na bolsa de valores.

A S.A pode ser operante com capital fechado, e neste caso as ações não podem ser

negociadas (CLICO, 2016).

A Forma Turismo é uma empresa limitada (LTDA), ou seja, o capital da

companhia é dividido por quotas entre os sócios, sendo eles responsáveis por

responder de maneira limitada ao capital social por eventuais dívidas contraídas. A

franquia da Forma em Porto Alegre é dividida da seguinte maneira: AngeloRuggeroé

sócio e possui 50% das quotas e os outros 50% são divididos entre Maurício Calasans

e Renato Costa, que são donos da marca em nível nacional.

Segundo o Portal tributário (2013), os aspectos tributários no Brasil podem ser

feitos de três maneiras: lucro real, lucro presumido e simples nacional.

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No lucro real, o imposto de renda e a contribuição social são feitos a partir do

lucro contábil, feito pela pessoa jurídica, acrescidos de ajustes positivos e negativos,

como determina a legislação. Neste tipo de tributação também o PIS e COFINS são

estipulados de maneira não cumulativa.

No lucro presumido, a tributação é feita de maneira simplificada de acordo

com imposto de renda das pessoas jurídicas e contribuição social sobre o lucro. Neste

formato de tributação, o valor total da receita bruta tem de ser até no máximo R$ 78

milhões. No simples nacional, entram as microempresas e empresas de pequeno

porte. A receita bruta pode ser até R$ 3.600.000 anuais. A figura a seguir apresenta

cada um dos tipos e quais são as suas principais diferenças quanto à faturamento da

empresa, cálculo de impostos, vantagens e desvantagens.

Figura 32 – Tabela Comparativa das formas de tributação

Fonte: Silva (2005).

A empresa em questão obtém um faturamento anual superior a 3,6 milhões,

deste modo não se enquadra em simples nacional, e é classificada, segundo seu

gestor, como tributação pelo lucro presumido e enquadra-se na tributação estipulada

pelo setor: Cofins 3%, Pis 0,65%, IR 4,88%; é importante ressaltar que estes impostos

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de cunho federal têm seu pagamento realizado pela própria matriz em São Paulo, sem

haver envolvimento da agência em Porto Alegre. Já o CSSL, que se trata de imposto

municipal, é pago pela filial, e a companhia paga 2,88% de CSSL.

 

11.3 PLANO DE GASTOS (INVESTIMENTO)

De acordo com Mandelli (2009), os resultados positivos, no aspecto financeiro

de uma companhia, advêm de um planejamento financeiro adequado, respeitando as

prioridades, focalizando em liquidar suas dívidas para manter a sobrevivência da

empresa. A autora defende que antes de implementar as estratégias de um plano, é

necessário realizar um planejamento dos gastos, dividido por cada etapa do trabalho,

para realocar os recursos corretamente e conseguir controlar o investimento de

acordo com o que foi planejado pelos gestores.

Garcia (2007) concorda com este posicionamento, afirmando que a empresa

deve seguir corretamente seu plano de gastos, não que o plano não possa sofrer

mudanças ao longo da implementação, porém precisa ser feito de maneira técnica e

clara; para o autor um investimento verdadeiro deve ser feito através do caixa da

própria organização e não buscado por meio de terceiros; ele também defende que é

de extrema importância ter em vista o retorno que cada investimento terá para

organização.

Com o intuito de ampliar a visão de plano de investimentos, Biagio (2012)

apresentou tabela de controle conforme o quadro 28:

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Quadro 28 – Plano de Investimentos

Fonte: adaptado pelo autor de Biagio (2012).

Biagio (2012) complementa que não é necessário somente analisar o

investimento que será feito em cada fase, mas também a equipe que será

encarregada de gerir as etapas, levando em consideração a capacidade técnica

necessária dos colaboradores ou se será necessário treinamento e capacitação. Toda

esta análise reflete diretamente no custo do plano. A presente etapa já foi apresentada

no subcapítulo denominado “Cronograma de implementação e orçamento

estratégico.”

11.4 ESTRUTURA DE CAPITAIS

Conforme Batista et al. (2015), a estrutura de capitais se refere ao modo que

a empresa financia suas atividades; a empresa pode operar de duas maneiras: capital

próprio e capital de terceiros.

Capital próprio é proveniente de recursos internos da empresa através de

capital subscrito e integralizado pelos componentes que se apresentam no quadro

societário da empresa e também pode ser proveniente do lucro retido. Quando se

refere aos recursos externos, considera-se todo aquele que é externo da organização,

como empréstimos, financiamentos, e são oferecidos através do mercado financeiro,

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além disso os fornecedores podem fomentar este tipo de arrecadação de recurso

(GITMAN, 2010).

Segundo Chameh (2011), por teoria, o custo de capital de terceiros deveria

ser considerado mais barato do que o capital próprio, porém a realidade no Brasil se

apresenta diferente, o custo da dívida é verificado como maior que o custo do próprio

capital.

Neto (2012) explica que uma empresa que possui retorno sobre investimento

maior que o custo do capital está em posição favorável no mercado e deste modo é

entendido como investimento de grande atratividade pelos investidores. Entretanto

empresas que possuem situação contrária estão em posição negativa e são

consideradas desvalorizadas em seu valor de mercado.

Em diferentes casos, utilizar-se de capital de terceiros pode ser considerada

a melhor estratégia para uma organização, como, por exemplo, quando há

possibilidade de abatimento de imposto de renda pela utilização de recurso externo.

Analisa-se também que há empresas que só conseguem se manter competitivas

quando estão endividadas (GITMAN, 2010). Cabe a cada organização analisar o seu

negócio e o seu mercado para verificar qual a melhor estrutura de capital a ser

utilizada.

Gitman (2010) explica que o estudo do custo de capital é um fator de grande

importância para a análise de uma empresa; pode ser entendido como um fator que

demonstra se um determinado investimento aumentará ou diminuirá o preço da ação

da companhia.

Na empresa Forma Turismo, atualmente, a estrutura de capital utilizada é a

de 100% capital próprio para todas as suas atividades e operações. Com a elaboração

do presente plano estratégico, será mantida a mesma estrutura nos anos de vigência

e não será usado capital de terceiros.

Porém para aprofundar o estudo da estrutura de capitais, torna-se necessário

calcular a Taxa mínima de atratividade. A TMA se refere ao valor mínimo que um

investidor se propõe a ganhar ou o máximo que se propõe a pagar ao efetuar um

financiamento (GITMAN, 2010).

A taxa mínima de atratividade para a empresa em questão foi calculada a

partir da seguinte fórmula:

TMA = TAXA LIVRE DE RISCO + (RETORNO – RETORNO IBOVESPA)

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Em que a taxa livre de risco foi considerada a Selic atual (data base novembro

2017) = 7,5% ao ano.

O retorno foi adquirido através da média de retorno de empresa do mesmo

setor, no caso foi utilizada como base a empresa CVC, que apresenta 3,27% ao ano.

Foi utilizado o retorno da Ibovespa, verificado através da taxa atual de retorno

1,58% ao ano, deste modo, obtém-se:

TMA FORMA TURISMO = 7,5% + (3,27% - 1,58%)

Resultado = 9,19% ao ano 10% ao ano

Deste modo pode-se afirmar que a taxa mínima de atratividade da Forma

Turismo pode ser definida como 10% conforme cálculos explicitados.

11.5 APRESENTAÇÃO DO BALANÇO E DRE DO ÚLTIMO EXERCÍCIO

Neste subcapítulo será apresentado o balanço patrimonial do ano de 2017 da

Forma Turismo. A organização não possui estrutura de balanço patrimonial realizada,

deste modo, o balanço patrimonial será elaborado pelo autor através de dados e

informações cedidas pelo gestor e pelo contador da empresa. Na segunda etapa deste

subcapítulo, será demonstrado o DRE da empresa nos últimos três anos: 2015, 2016

e 2017.

11.5.1 Balanço Patrimonial

O Balanço Patrimonial em uma organização reflete a situação atual da

empresa e deve ser analisado mês a mês pelo gestor. O Balanço Patrimonial é

dividido em dois lados, o lado esquerdo reflete todos os ativos da empresa que são

as aplicações e recursos da companhia, como contas a receber, clientes, estoques, e

também por ativos permanentes, como máquinas e equipamentos. Já no lado direito

são as obrigações (passivos) da empresa, como contas a pagar, fornecedores, dividas

de longo prazo e também contém capital social e lucros da organização (LIMEIRA,

2015). Com o intuito de visualizar o que compõe cada fator do balanço patrimonial

será apresentada figura 33:

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Figura 33 – Balanço Patrimonial

 Fonte: VIACREDI (2016).

 

Análise crítica e completa do Balanço Patrimonial de uma empresa é

fundamental para a evolução e o crescimento da mesma, ou seja, o Balanço

Patrimonial possibilita identificar a situação verdadeira da companhia (SILVA, 2013).

Corroborando esta ideia, Oliveira (2013) entende que o balanço patrimonial (BP) é

uma das análises financeiras mais importantes dentro de uma empresa, pois a partir

desta análise é possível identificar a saúde da organização no período estudado. O

autor ainda afirma que para se ter uma visão completa da companhia é necessário

também estudar o DRE da mesma.

É importante ressaltar que a empresa não possui estrutura de Balanço

Patrimonial formalizado, deste modo, foi possível ter acesso às informações para

criação do balanço, através de conversas com o gestor e com o contador da empresa.

O BP da Forma Turismo utilizado como base é o do ano de 2017, deste modo foram

estimados, com auxílio dos referidos responsáveis da empresa, os últimos dois meses

do ano de 2017 para poder realizar o estudo do balanço. Sendo assim o balanço

patrimonial está estruturado da seguinte maneira:

Ativo, que é dividido em: ativo circulante, composto por disponibilidades e

pagamentos a receber; e ativo não circulante, composto por imobilizado. É importante

ressaltar que por se tratar de uma empresa de serviços não há estoques na sua

estrutura de ativos. Do lado direito do BP, há o passivo, que por sua vez é separado

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em passivo circulante, composto por repasses a pagar; vale ressaltar que a

modalidade “fornecedores a pagar” não se encaixa à empresa, pois todos os

fornecedores são pagos diretamente pela matriz da companhia. Além disso, há o

patrimônio líquido composto por: lucros acumulados e capital social.

Ativo circulante: Inicia-se com o item disponibilidades: refere-se ao valor

líquido que a empresa obtém no seu ativo circulante no momento do fechamento do

balanço: entram valores em caixa, valor em conta corrente, entre outros. Segundo

informações cedidas, o valor total desta modalidade no balanço patrimonial de 2017

é de: R$ 137.075,00.

Além disso, no ativo circulante há a modalidade denominada pagamentos a

receber: no caso da Forma Turismo, refere-se a 20% do faturamento anual da

empresa, que segundo gestor da companhia, no final de 2017, será o valor total de:

R$ 1.416.600,00. Ainda no ativo circulante, encontra-se a modalidade: Aplicações

financeiras, que se trata de aplicações a curto prazo da companhia.

Ativo não circulante: há em nome da filial do Rio Grande do Sul dois carros

e equipamentos em sua loja, que totalizam R$300.000,00, estes se encaixam no item:

imobilizado; também no ativo não circulante a depreciação acumulada sobre o

imobilizado, que se refere a quanto aquele bem está sendo desvalorizado, neste caso

foi estipulada depreciação de 20% ao ano.

Passivo circulante: repasses a pagar: valor referido ao repasse feito para a

matriz da empresa; conforme o gestor da empresa, ao fim de 2017, o valor deste item

é de 30% do valor anual da margem repassada. Valor total de R$ 2.163.021,00.

Patrimônio líquido: lucros acumulados: através de informações cedidas, a

empresa, que foi inaugurada em 2012, não obteve lucros significativos nos três

primeiros anos, somente a partir de 2015 a empresa apresentou lucratividade. Isso se

explica, pois nesse período inicial havia poucos passageiros viajando no estado,

entretanto o lucro acumulado para o ano de 2017 é de R$150.000,00. Capital

social: através de contrato social da empresa, verificou-se que o capital social é de

130.000,00.

Balanço Patrimonial é apresentado no quadro 29:

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Quadro 29 – Balanço Patrimonial 2017

Fonte: elaborado pelo autor (2017).

A análise do Balanço Patrimonial (BP) permite visualizar que o valor de

“repasses a pagar” é superior a “pagamentos a receber”, isso se dá porque o prazo

de pagamento dos clientes é superior ao prazo de pagamento à matriz.

A partir da elaboração do Balanço Patrimonial da Forma Turismo, ano de

referência, 2017, será possível dar segmento à análise financeira e econômica da

empresa.

11.5.2 DRE

O DRE, segundo Gitman (2010), é uma síntese dos custos, receitas e

despesas de uma empresa, analisado na maior parte dos casos no período de doze

meses. De acordo com exemplo a seguir:

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Quadro 30 – DRE

Fonte: adaptado pelo autor de Garcia (2007).

Gitman (2010) explica que quando se trata de DRE ou Balanço Patrimonial é

de extrema importância verificar os resultados dos últimos anos para poder ter uma

projeção e uma análise de comportamento da empresa ao longo do tempo, e deste

modo poder prever o resultado esperado com a implementação de um plano

estratégico.

O DRE apresenta informações específicas de um determinado período de

tempo, já no Balanço Patrimonial as informações se referem ao dia da apresentação;

essa pode ser elencada como uma diferença significativa entre as duas ferramentas

(Limeira, 2015). O autor diz que é necessário entender a diferença entre reconhecer

as receitas e o fluxo de caixa, pois o fato de haver entradas não significa que sejam

necessariamente fluxo positivo para o caixa da empresa, pois as receitas são

identificadas quando há ocorrência e não quando há o recebimento.

Será apresentado o DRE dos últimos três anos de exercício, 2015, 2016 e

2017 da Forma Turismo. Como a organização não apresenta este tipo de controle de

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161

maneira estruturada, foi necessário elaborá-lo tendo como base o controle de gastos

da empresa. A partir de toda a análise de custos e das informações cedidas, autor

deste plano adaptou-o em formato de DRE. O DRE apresentado é formado por:

Receita bruta de vendas: Valor total obtido pela empresa através do

faturamento proveniente da venda de suas viagens.

Repasse para matriz: Este item aparece no DRE logo abaixo da receita bruta

de vendas e se refere ao valor repassado para a matriz da empresa em São Paulo;

este item refere-se a 75% da receita bruta de vendas. É importante ressaltar que no

modelo de negócio da empresa, todos os impostos federais têm seu pagamento

efetuado pela matriz, por este motivo não aparece no DRE. O custo de serviço vendido

também aparece nulo, porque não existe um custo pago pela filial, pois através deste

repasse toda a parte de organização e pagamento de fornecedores já é garantida pela

matriz.

Despesas comerciais: Este é um custo variável que se refere a pagamento

de comissão para vendedores e custos existentes a partir das ações de vendas em

cada região, como locação de sala, aluguel de equipamento, entre outros. Este custo

aparece como mutável, pois varia de acordo com a quantidade de vendas realizadas.

Deste modo aparece no DRE como 40% da receita líquida, independente do ano

vigente.

Despesas administrativas: Este fator no DRE aparece na modalidade de

custos fixos, visto que envolve: pagamento de aluguel, pagamento de funcionários

com salário fixo, custo de manutenção da estrutura fixa entre outros. Deste modo à

proporção que varia o faturamento varia a porcentagem que este custo representa

para a empresa.

Outras despesas fixas: refere-se a despesas não operacionais elencadas

pelo gestor como gastos fixos de pagamentos de materiais, utensílios para loja, ações

para os funcionários. Esta despesa é elencada no DRE como despesa fixa, e sua

porcentagem varia de acordo com o faturamento da empresa.

A partir disto obtém-se o DRE da empresa dos últimos três exercícios:

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Quadro 31 – DRE Últimos exercícios Forma Turismo

Fonte: elaborado pelo autor (2017).

11.6 DRE (PROJETADO PARA 5 ANOS)

De acordo com Gitman (2010), para melhor análise e compreensão, é

necessário dividir em etapas a projeção do DRE: receita bruta; deduções da receita

bruta; custo dos produtos vendidos; custo das mercadorias vendidas; custos e

despesas fixas; e custos e despesas variáveis.

Segundo Lucion (2005), a projeção do DRE tem o objetivo de antecipar a

análise de lucratividade e desempenho financeiro da empresa, levando em conta

fatores como endividamento, liquidez, atividade e lucratividade da organização. O

autor ainda defende que este tipo de análise se torna essencial para empresas com o

objetivo de crescer e de ganhar maior representatividade em seu mercado de atuação.

Para Nori (2015), além de realizar a projeção do DRE, é necessário verificar se as

projeções pretéritas estão sendo condizentes com a realidade da empresa, pois caso

haja considerável divergência é importante analisar se as projeções foram mal

elaboradas ou se outras questões influenciaram a projeção.

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Na empresa estudada, o DRE projetado foi estruturado de acordo com os

objetivos estratégicos e com o custo das ações para cada ano. Importante ressaltar

os seguintes aspectos:

Repasse para matriz: Foi mantido mecanismo de funcionamento da empresa

em que 75% do faturamento total é repassado para a matriz, deste modo mesmo

aumentando o valor faturado, com a implementação do plano, a porcentagem

manteve-se a mesma em todos os períodos, porque é assim desde o começo dos

trabalhos da filial em Porto Alegre.

Receita líquida (faturamento por margem): como base para a projeção do

DRE, foi mantido o objetivo estratégico de aumento de 70% até o fim do plano do

faturamento por margem, conforme explicitado no capitulo 10. Deste maneira

percebe-se um declínio do faturamento no ano de 2018, já esperado em virtude da

baixa do 3º ano no estado gaúcho.

Despesas: As despesas fixas mantiveram o mesmo valor dos exercícios

anteriores de acordo com dados repassados pelo gestor, e as despesas comerciais

obtiveram aumento proporcional ao faturamento.

Entendido isto, é possível apresentar DRE projetado para os próximos 5 anos.

Para facilitar a visualização, serão apresentadas dois quadros, o primeiro com os três

primeiros anos de aplicação do plano e o segundo com os dois últimos anos.

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Quadro 32 – DRE Projetado 2018 a 2020

Fonte: elaborado pelo autor (2017).

Analisando o DRE projetado dos três primeiros anos, verifica-se que no ano

de 2018 houve queda no faturamento em virtude da baixa do terceiro ano. No entanto

nos anos seguintes percebe-se aumento significativo de faturamento e o alcance

medido por análise vertical de 21% do lucro líquido no terceiro ano de implementação

do plano.

Para dar continuidade, apresenta-se DRE dos dois últimos anos da aplicação

do plano.

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Quadro 33 – DRE Projetado 2021 e 2022

Fonte: elaborado pelo autor (2017).

Pelos resultados projetados para a companhia, percebe-se que o seu lucro

líquido ao longo dos anos continuou aumentando, chegando ao final do plano com

lucro representando 34% da receita líquida da empresa, percebe-se também

diminuição proporcional dos custos fixos ao longo dos períodos. Sendo assim, é

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possível aprofundar a análise e seguir para visualização do balanço patrimonial

projetado para a companhia nos anos de vigência do plano.

11.7 BALANÇO PATRIMONIAL PROJETADO (PARA 5 ANOS)

Para se obter sucesso em um plano estratégico, devem ser projetados o DRE

e o Balanço Patrimonial da empresa. Para analisar o Balanço Patrimonial, é

necessário separar todos os itens que compõem o ativo e o passivo para obter maior

assertividade no processo (GITMAN, 2010).

A projeção das disponibilidades (ativo circulante) se configura da seguinte

maneira: Projeção da conta clientes e projeção da conta estoques. Os ativos não

circulantes são delimitados do seguinte modo: Projeção das contas do imobilizado,

projeção das depreciações acumuladas (GITMAN, 2010).

Após a parte de ativos, deve-se analisar a divisão dos passivos:

Projeção do saldo dos fornecedores; identificação das compras de mercadoria

ou matéria-prima; projeção dos impostos a recolher; projeção de outras contas a

pagar; projeção de financiamentos; projeção de capital social (Patrimônio Líquido);

projeção de dividendos a pagar; outras contas a projetar (GITMAN, 2010).

Segundo Gitman (2010), a análise de todos estes itens não significa que o

Balanço Patrimonial projetado estará correto, pois existem diversas variáveis que

compõem este processo. De acordo com Lucion (2005) e concordando com o autor

anterior, para se projetar um Balanço Patrimonial é necessário técnica criteriosa para

estimar e calcular valores e contas da empresa. O autor defende que o financiamento

externo, em muitos casos, se torna necessário para o Balanço poder fechar. Martins

(2002) afirma que por mais completo que seja um plano estratégico a projeção do

Balanço Patrimonial sempre vai ser de certa forma especulativa, pois não há como

projetar exatamente como a empresa vai se comportar ao longo dos anos.

Para a empresa em questão será apresentada projeção de balanço de 5 anos,

tendo início em 2018 e término em 2022. Para ser possível projetar o balanço

patrimonial da companhia foram adotadas as seguintes premissas:

Foram mantidos os mesmo prazos de pagamento no que se refere a clientes

no ativo e o mesmo prazo de pagamento para matriz, bem como a sua

proporcionalidade no histórico da organização, as alterações nos itens que se referem

à ativo e passivo tiveram alteração proporcional às mudanças previstas no plano,

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conforme DRE e fluxo de caixa. No que se refere ao capital social: R$130.000,00 e

imobilizado: R$ 300.000,00, não foram alterados até o fim da implementação do plano.

Visto isso é possível analisar a projeção do balanço para a empresa:

Quadro 34 – Balanço Patrimonial 2018

Fonte: elaborado pelo autor (2017).

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Quadro 35 – Balanço patrimonial 2019

Fonte: elaborado pelo autor (2017).

Quadro 36 – Balanço Patrimonial 2020

Fonte: elaborado pelo autor (2017).

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Quadro 37 – Balanço Patrimonial 2021

Fonte: elaborado pelo autor (2017).

Quadro 38 – Balanço Patrimonial 2022

Fonte: elaborado pelo autor (2017).

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Apresentada projeção do balanço para os cinco anos de implementação do

plano, torna-se possível aprofundar estudo através de indicadores que envolvem

análise do DRE e do balanço patrimonial, que serão apresentados nos próximos

subcapítulos.

11.8 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO

A margem de contribuição (MC) pode ser definida como o lucro líquido obtido

por produto vendido (NETO, 2010). O autor explica que para obter este indicador, é

necessário utilizar a receita de venda de uma unidade de produto ou serviço e subtrair

os seus custos variáveis.

Gitman (2010) defende ser fundamental realizar estudo da margem de

contribuição, pois a partir desta análise é possível identificar se é necessário reduzir

custos ou até mesmo verificar possíveis ações para aumento de vendas. Conclui que

a partir da margem de contribuição é possível calcular o ponto de equilíbrio de uma

organização.

Quando se trata da empresa em questão, será calculada a margem de

contribuição do ano base, 2017, depois será calculada MC para verificar se haverá

alterações ao longo do período do plano; o cálculo será realizado da seguinte maneira:

preço médio disponibilizado pelo gestor: R$ 2000,00, custo variável conforme

apresentado no DRE, 75% em repasses para a matriz e 10% (sob preço total) de

gastos comerciais. Desta maneira obtém- se a seguinte fórmula:

Margem de contribuição = Preço – Custo variável

Preço R$ 2000,00 – custo variável 75% (R$1.500,00) + 10% (R$ 200,00)

= R$ 1700 2000 – 1700 = R$300

É obtido resultado final da margem de contribuição de R$ 300,00, que

representa 15% do valor de venda do produto.

Analisa-se que como os custos variáveis ao longo do plano se mantêm com a

mesma porcentagem, a MC também permanece R$ 300,00 até o fim do plano.

11.9 MARGEM DE LUCRO

A margem de lucro pode ser entendida como um indicador que demonstra o

quanto a empresa ganhará a partir das suas vendas em determinado período

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(GITMAN, 2010). O autor complementa que este valor é calculado a partir do lucro

líquido dividido pela receita líquida do mesmo período, obtendo-se a fórmula:

(Margem de lucro = lucro líquido/receita líquida x 100)

Para a Forma Turismo, será apresentado histórico de margem de lucro de

2015 a 2017, e então será apresentada margem de lucro projetada com a elaboração

do plano; observa-se que nos anos de 2015 e 2018 as margens de lucro apresentam

queda significativa em virtude da diminuição de clientes possíveis nestes períodos,

conforme demonstrado no capitulo 9.4, análise quantitativa do mercado. Histórico e

projeção de margem de lucro:

Quadro 39 – Margem de Lucro Últimos 3 anos

Fonte: elaborado pelo autor (2017).

A partir de análise da margem de lucro da empresa, é percebida a

comprovação da influência da queda de seu público potencial no ano de 2015,

ocasionando uma margem de lucro de 6% no referido ano; em 2016 percebe-se

aumento significativo e em 2017 se mantém estabilizado obtendo somente pequena

diminuição.

Quadro 40 – Margem de Lucro Projetada

Fonte: elaborado pelo autor (2017).

Com a implementação do plano, analisa-se, no ano de 2018, diminuição

novamente na margem de lucro da empresa, o que se explica pela queda de

faturamento projetada para este ano. Analisa-se que em 2019 há aumento

significativo, visto que há um aumento considerável na sua quantidade de vendas no

período. No ano de 2020 percebe-se diminuição em relação ao ano anterior, todavia

no ano de 2020 há aumento nos custos da empresa em virtude das ações; visualizam-

se aumentos graduais para o ano de 2021 e 2022 chegando ao fim do plano com a

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margem de lucro de 34%, o que é considerado aumento considerável para a

companhia, atingindo maior margem de lucro de todo o histórico da empresa.

Percebe-se margem de lucro inferior no que se refere ao ano de 2018, pois

trata-se do período de redução de número de alunos no terceiro ano do ensino médio.

Porém a partir de 2019 percebe-se aumento considerável da margem de lucro, efeito

positivo das ações implementadas, chegando ao final do plano com margem de lucro

de 34%.

11.10 RETORNO SOBRE O ATIVO

O retorno sobre o ativo, também conhecido como ROA, apresenta-se como

fator de suma importância para calcular a rentabilidade dos investimentos. Para obter-

se o retorno sobre o ativo, é necessário calcular o lucro líquido após o IR dividido pelo

ativo total multiplicado por 100 (GITMAN, 2010).

O valor que a empresa gera tem relação direta com os ativos que ela têm, e

o ROA aparece como uma ferramenta para analisar a capacidade da companhia em

gerar lucros com seus próprios ativos (NETO, 2010).

Gitman (2010) conclui que o estudo do ROA pode definir a eficiência da

empresa em utilizar seus ativos para gerar ganhos. Ou seja, este indicador pode

evidenciar os ganhos que foram gerados a partir do investimento em ativos. Segundo

o autor, alguns pontos relevantes sobre a importância da análise do ROA:

- Possibilidade de mensurar aumento ou diminuição da margem de lucro;

- Evidenciar a eficiência dos ativos permanentes em gerar vendas;

- Verificar a gestão do capital de giro;

Para a empresa em questão, este indicador será calculado a partir do ano

base 2017 com a fórmula: lucro liquido/ativo total X 100

424.851,00/1.923.675,00 X 100 = ROA = 22,%

Além disso é possível realizar projeção do ROA em 5 anos para a Forma

Turismo, período de implementação do plano, conforme quadro a seguir:

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Quadro 41 – ROA Projetado

Fonte: elaborado pelo autor (2017).

11.11 RETORNO SOBRE O INVESTIMENTO ROI

Outro indicador importante de ser calculado se refere ao Retorno sobre

investimento “ROI”, trata-se do resultado do capital investido em um plano, levando

em consideração o ganho obtido e o investimento inicial (GITMAN, 2010).

Segundo artigo publicado pela Endeavor Brasil (2015), o ROI é considerado um

dos principais indicadores para verificação viabilidade de um dado projeto. Pois faz

uma relação direta entre possíveis lucros e prejuízos com a quantia necessária para

um plano de ações. Deste modo obtém se a seguinte fórmula:

ROI = (GANHO OBTIDO – INVESTIMENTO INICIAL) / INVESTIMENTO INICIAL

Em se tratando da Forma Turismo obtemos o seguinte cálculo:

ROI = (R$ 3.017.518,40 – R$ 1.508.000,00) / 1.508.000,00

ROI = 1 ROI = 100%

Neste caso indica que haverá um retorno de 100% no que foi investido, o que

corrobora a viabilização do plano.

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11.12 GIRO DO ATIVO

Considera-se este item como indicador de produtividade do capital investido,

o estudo do giro do ativo tem o intuito de demonstrar a velocidade que o investimento

de uma empresa é revertido em vendas (GITMAN, 2010). Corroborando esta

afirmação, Neto (2010) defende que é de extrema importância analisar o giro do ativo

pois reflete a eficiência que os ativos da empresa são utilizados para realização das

vendas. O cálculo do giro do ativo é realizado da seguinte maneira:

Giro total do ativo = Vendas líquidas /ativo total médio

Para facilitar o entendimento do leitor, será apresentado o giro do ativo

projetado para os próximos 5 anos:

Quadro 42 – Giro do Ativo

Fonte: elaborado pelo autor (2017).

É possível analisar que o Giro do ativo da empresa é elevado e entende-se

que a cada R$ 1,00 de ativo foi produzido R$0,75 de receita, por exemplo, no caso do

ano de 2018, já em 2019 este número vai para 0,99, chegando até o fim do plano em

0,57.

11.13 PONTO DE EQUILÍBRIO

Este fator é entendido como o ponto em que as receitas se igualam com as

despesas de uma organização, a partir deste ponto a empresa passa a ter lucro

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(BORN et al., 2007). O estudo do ponto de equilíbrio permite evidenciar qual o ponto

mínimo para uma empresa operar sem prejuízo (GITMAN, 2010). O ponto de equilíbrio

pode ser elaborado através da seguinte fórmula:

Vendas totais = (CUSTOS FIXO/ MARGEM DE CONTRIBUIÇÂO)

Conforme análise do DRE projetado da empresa, no ano de 2018, a empresa

terá prejuízo, estando abaixo do seu ponto de equilíbrio, porém a partir de 2019 a

empresa ultrapassará o ponto de equilíbrio alcançando lucro em todos os períodos

seguintes até o final do plano. O ponto de equilíbrio da empresa obtém-se da seguinte

maneira: custos fixos/margem de contribuição:

625.000/300 = 2083 ou seja, 2083 passageiros é o ponto de equilíbrio da

empresa; a partir dessa quantidade de clientes vendidos por ano a empresa começa

a lucrar, abaixo deste número torna-se prejuízo.

 

11.14 ANÁLISE DE VIABILIDADE E SENSIBILIDADE

Este subcapítulo tem o intuito de verificar a viabilidade e a sensibilidade do

plano. Através de indicadores financeiros será possível visualizar se este plano será

viável ou se deve ser reformulado para que possa ser implementado; será verificado

também como os indicadores se relacionam e o que significa cada um deles.

11.15 FLUXO DE CAIXA PROJETADO

O Fluxo de caixa tem grande relevância em um plano estratégico, pois

corresponde a todas as entradas e saídas de uma empresa, e também permite

analisar quais são os pagamentos que devem ser feitos naquele mês e se as

projeções planejadas poderão ser executadas, o que dependerá das saídas que são

retiradas das entradas que caracteriza as disponibilidades (BIAGIO, 2012). Para

ilustrar o fluxo de caixa projetado será mostrada Figura 34:

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Figura 34 – Fluxo de caixa projetado

Fonte: adaptado pelo autor de Biagio (2012).

Segundo o referido autor, é necessário analisar alguns itens específicos:

Investimento inicial: quanto foi investido para começar o negócio; saldo de caixa

inicial: quanto a empresa tem de disponibilidade no início da projeção do exercício;

total de entradas: quanto entrou de dinheiro no caixa da organização; o total de saídas:

quanto saiu de dinheiro do caixa da organização; saldo do período: valor total das

diferenças entre as entradas e saídas; reserva do capital: quanto a empresa possui

de reservas nesse período, um valor que foi reservado para possíveis investimentos;

depreciação: valor do desgaste das máquinas e instalações; fluxo de caixa líquido: é

igual ao saldo do período menos a reserva de capital mais a depreciação.

Conforme Abi (2011), o fluxo de caixa é ferramenta de suma importância para

auxiliar o gestor na tomada de decisões. Para a autora, existem três tipos de

planejamento para o fluxo de caixa: Planejamento operacional, planejamento de curto

prazo, planejamento de longo prazo. Durignon (2010) afirma que quanto mais

detalhado for a projeção de um fluxo de caixa, mais informações a empresa terá a

respeito de suas entradas e saídas, e com isso poderá ampliar as perspectivas a

respeito da organização.

A respeito da organização estudada, obtém-se o seguinte fluxo de caixa:

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Quadro 43 – Fluxo de Caixa

Fonte: elaborado pelo autor (2017).

Para aprofundar a análise, no fim deste subcapítulo será apresentado também

fluxo de caixa descontado, que é fluxo de caixa descontando o valor monetário ao

longo dos períodos (GITMAN 2010).

11.14.1 Valor presente líquido - VPL

O valor presente líquido (VPL) mostra o valor monetário ao longo do tempo e

pode ser tratado como uma análise aprofundada em uma análise financeira (GITMAN,

2010). O autor explica que pode também ser conhecido como “taxa de desconto”,

“custo de capital” ou “custo de oportunidade”, é o valor mais baixo de retorno que uma

ação precisa para garantir o valor de mercado da empresa. Obtém-se a sua fórmula

da seguinte maneira:

VPL= valor presente das entradas de caixa – investimento inicial.

É importante ressaltar que no VPL todas as entradas ou saídas de caixa são

calculadas a partir de seu valor atual.

Para analisar o VPL utiliza-se o seguinte parâmetro: se o resultado for

negativo significa que o projeto é inviável; se o valor for zero, significa que o projeto é

neutro; ou seja, cabe aos investidores decidir, caso o resultado seja positivo significa

que o projeto é viável (CAMARGO, 2017).

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Para a empresa estudada, foi realizado cálculo do VPL, através de todos os

demonstrativos financeiros apresentados até então. E resultou no seguinte valor: VPL

R$290.254,73

O que afirma a viabilidade das ações do plano proposto.

 

11.14.2 Taxa interna de retorno - TIR

A taxa interna de retorno é considerada um dos indicadores mais utilizados

para estudar aspectos orçamentários do capital; ela calcula a taxa de desconto que

precisa um fluxo de caixa para que o VPL se iguale a zero (GITMAN, 2010).

Quanto aos parâmetros para a aplicabilidade da TIR em um plano estratégico:

- TIR superior à taxa mínima de atratividade do negócio entende-se que o

projeto é viável;

- TIR inferior à taxa mínima de atratividade o projeto é inviável e deve ser

rejeitado;

- TIR igual a TMA: fica a critério dos gestores o prosseguimento ou

interrupção.

Para a Forma Turismo foi calculada a TIR e obteve-se o resultado seguinte:

TIR = 19% Comprova-se assim a viabilidade do projeto porque a TMA do

negócio é 10%.

11.14.3 Payback

O Payback se refere a um cálculo temporal, ou seja, quanto vai demorar um

investimento em um projeto para ter seu retorno (CAMARGO, 2016). O autor ensina

que toda vez que algum investidor quiser colocar seu capital em um projeto ele vai

precisar saber o tempo que o valor demorará para retornar para ele (GITMAN, 2010).

Payback como parâmetro para investir ou não em um projeto: é usada a

seguinte métrica:

- Se o tempo de Payback for inferior ao tempo do plano, aceitar projeto.

- Se o tempo de Payback for superior ao tempo de implementação do plano,

não aceitar projeto (GITMAN, 2010).

É importante esclarecer que em um estudo de viabilidade de projeto não é

recomendado utilizar somente o Payback simples, que não considera o valor do

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dinheiro no tempo; o Payback descontado desconta o valor monetário ao longo do

tempo. Recomenda-se analisar os dois indicadores.

Para a Forma Turismo, foi calculado o Payback simples e o Payback

descontado, que podem ser verificados no Quadro 44 a seguir:

Quadro 44 – Payback

 Fonte: elaborado pelo autor (2017).

Tanto no Payback simples quando no descontado, o período é inferior à

implementação do plano, visto que o período total deste plano estratégico é de 5 anos.

Por este motivo verifica-se a viabilidade do presente projeto.

A partir destes fatores será apresentada a síntese da viabilidade do plano:

Tabela com cada um dos indicadores confirmando a viabilidade do plano:

Quadro 45 – Indicadores de Viabilidade

 Fonte: elaborado pelo autor (2017).

11.14.4 Sensibilidade

Este tipo de análise torna-se necessária, pois existem fatores em um plano

estratégico que podem fugir do controle. É necessário entender se o plano continuará

sendo viável mesmo em uma projeção que fuja do esperado (GITMAN, 2010).

A principal vantagem na utilização da análise de sensibilidade é a de preparar

o gestor para possíveis variações nos resultados de um plano de ações, e deste modo

ter segurança maior no investimento de dado projeto (CAMARGO, 2016).

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180

Indicadores financeiros serão apresentados em um cenário em que diminuiria

em 10% a projeção de vendas totais no período do plano e ocorreria uma diminuição

proporcional no lucro, o que afetaria diretamente os indicadores, conforme Tabela a

seguir:

Quadro 46 – VPL e TIR 10% de Redução

 Fonte: elaborado pelo autor (2017).

Com estes indicadores, demonstra-se que mesmo com um cenário com

resultado inferior ao planejado, ainda assim o projeto torna-se viável, visto os

indicadores:

TIR 12% > TMA de 10% ao ano = Projeto viável

VPL Positivo também demonstra a viabilidade do plano.  

Todavia para aprofundar o estudo da sensibilidade, serão demonstrados os

indicadores de Fluxo de caixa, fluxo de caixa descontado, fluxo de caixa livre, fluxo de

caixa incremental, payback e payback descontado neste mesmo cenário referido.

Quadro 47 – Indicadores cenário 10% de Redução

 Fonte: elaborado pelo autor (2017).

A partir de análise financeira e econômica do plano, conclui-se que as

estratégias propostas são viáveis de acordo com os indicadores e projeções

financeiras. Então mesmo que o plano não tenha o resultado exatamente como o

esperado, ainda há uma margem de no mínimo 10%, que indica a viabilidade das

ações e o alcance dos objetivos propostos. 

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181

 

12 CONCLUSÃO

Conforme demonstrado anteriormente, o mercado de turismo apresenta

ascendência significativa ao longo dos anos. Segundo dados divulgados pela

Organização Mundial de Turismo OMT (2017), o número de pessoas participando

como consumidores deste mercado passou de 500 milhões para 1,2 bilhões em

apenas duas décadas. Quando trazido para o cenário nacional percebe-se que é um

mercado que apresenta grande expansão e possibilidade de desenvolvimento.

O presente plano realizou estudo sobre a Forma Turismo, empresa que atua

em nicho específico do turismo nacional, realizando viagens de formatura para

estudantes do ensino fundamental e médio em todo território brasileiro. Todavia este

estudo baseou-se na análise na filial da empresa no Rio Grande do Sul, sediada em

Porto Alegre.

O objetivo do presente estudo era responder o problema de pesquisa: “quais

são as estratégias que a Forma Turismo deve adotar para aumentar o engajamento

dos seus potenciais clientes no período de 2018 a 2022?” e alcançar o objetivo geral,

que é “Elaborar um plano estratégico para a empresa Forma Turismo no período de

2018 a 2022”; e específicos, que são “Analisar o ambiente interno da organização,

buscando potencialidades e fraquezas; Verificar o ambiente externo, identificando

oportunidades e ameaças; Propor norteadores e objetivos estratégicos para a

empresa; Elaborar estratégias empresariais a um plano de ação; Criar mecanismos

de controle de implementação das estratégias; Analisar a viabilidade econômica e

financeira das estratégias e objetivos propostos.”

Deste modo o estudo iniciou-se com realização de pesquisa qualitativa

entrevistando: Clientes, fornecedores, especialistas e o gestor da empresa. E

pesquisa quantitativa entrevistando pessoas do seu público alvo. Através disso, foi

possível determinar os fatores-chave de sucesso para o negócio no qual a empresa

está inserida, que foram definidos em: Confiança na empresa, experiência com a

marca, comunicação, segurança, qualidade dos produtos e atendimento.

Através de análise das pesquisas, foi possível identificar que a empresa se

encontra em posição favorável no mercado, tendo percepção positiva perante os

steakholders. Apresentando como força maior parte dos itens que envolvem os

fatores-chave de sucesso. Para aprofundar o estudo, foi realizada análise interna da

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182

empresa, e foi analisada cadeia de valor e os pontos positivos e negativos da

companhia em cada um dos aspectos que a compõem.

Parte de suma importância para elaboração do presente trabalho foi a análise

externa da companhia, quando se verificou, possibilidade de novos entrantes

potenciais no mercado gaúcho e também fatores econômicos que afetam

negativamente a companhia. Porém em análise quantitativa do mercado verificaram-

se aspectos de grande relevância para este trabalho; foi verificado que o mercado

potencial da empresa é pouco atingido pois mesmo juntando a Forma Turismo e seus

concorrentes apenas 15% do potencial mercado é atendido. Isto pode ser explicado

pelo fato de que o mercado ainda é novo, e a empresa líder atua somente há 5 anos

no Rio Grande do Sul. No entanto este aspecto demonstra que existe grande

oportunidades de crescimento para a empresa e evidencia a importância da realização

de um plano estratégico para a empresa.

Para aprofundar o entendimento do ambiente interno e externo da companhia,

foram apresentadas as oportunidades, ameaças, forças e fraquezas da empresa

através de analise SWOT, em que foram verificadas como forças: qualidade dos

produtos, equipe especializada e experiência com a marca; como fraquezas: falha na

comunicação com os clientes, falta de pós-venda e formas de pagamento limitadas;

como oportunidades: alta possibilidade de penetração no mercado potencial e

crescimento das classes A e B no estado; como ameaças: redução do poder de

compra, desvalorização do real em relação ao dólar e novas empresas potenciais

entrando no mercado.

Compreendidos os fatores micro e macroambientais da empresa, foi possível

elencar objetivos estratégicos para o plano em que foram separados em quantitativos:

aumento de 70% do faturamento por margem até o fim do plano, diminuir taxa de

cancelamento de 25% para 5% e obter o número total de 6 mil alunos viajando no

estado do Rio Grande do Sul. Como objetivo qualitativo foi proposto: ser reconhecida

como marca de referência em realização de viagens para estudantes no estado do

Rio Grande do Sul até o ano de 2022.

Para tornar possível o alcance dos objetivos foram propostas estratégias

empresariais: na estratégia de crescimento Ansoff, foi proposta: “estratégia de

penetração de mercado”: crescer oferecendo o mesmo portfólio de produtos, porém

aumentando a participação no mercado potencial. E em um segundo momento

verifica-se a necessidade de criação de novo produto para despertar interesse de

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183

parcerias por parte das escolas. No que se refere à estratégia genérica de Porter, foi

proposta a estratégia de diferenciação com foco, o que demonstra estar alinhado com

o posicionamento da empresa. Foi proposta estratégia de ataque no que se refere à

análise Westwood.

Com o intuito de fortalecer as estratégias propostas e assim sustentar a

aplicação do plano, foi proposto plano de ação com seis ações estratégicas: aumento

de 10 para 15 vendedores no estado, introdução de sistema de vendas online,

alteração na política de cancelamentos da empresa, parceria com escolas, introdução

de sistema pós-venda para a empresa e contratação de equipe especializada para

administrar as mídias sociais da Forma Turismo. Aliado a isto foram apresentados

cronograma de investimentos para realização das ações e foi visto que ao longo dos

cinco anos a empresa tem um investimento de 1,5 milhão para a implementação do

plano, o que em primeira análise pode parecer alto, todavia com o retorno produzido

pelas ações demonstra-se coerente para alcance dos resultados.

Para verificar a viabilidade da implementação do plano, foi necessário realizar

análise econômica e financeira da empresa, e foi possível visualizar aspectos

societários e tributários da companhia. Foi sugerido que o plano seja implementado

com utilização de capital próprio, mantendo formato da empresa. Além disso foi

visualizado DRE e Balanço Patrimonial de exercícios anteriores e também projetados

com a aplicação do plano.

Para de fato poder analisar a viabilidade das ações, foram utilizados

indicadores financeiros como margem de lucro: que mostrou ter aumento com a

implementação, partindo de 21% no ano base (2017) e chegando a 34% em 2022.

Além disso foi analisada VPL, que se mostrou positiva no valor de R$ 290.254,73

evidenciando viabilidade do plano. Foi utilizado também como método de análise o

indicador TIR, o qual demonstrou ser de 19% com a implementação das estratégias,

também evidenciando a viabilidade do presente trabalho. Foi considerado na análise

o cálculo do payback simples e descontado, os quais evidenciaram resultado positivo

antes do fim da implementação do plano.

Foi realizada análise de sensibilidade, projetando cenário com diminuição na

receita esperada da empresa, evidenciando queda nos resultados da companhia para

verificar se mesmo deste modo a aplicação do projeto seria possível. E foi constatado

que mesmo com diminuição de 10% nos resultados esperados, o plano ainda se

mostra viável visto que deste modo a TIR apresenta taxa de 12% e VPL de

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184

R$76.094,79. Do mesmo modo Payback simples e descontado mantiveram seu

retorno antes do fim do plano, assim sendo mais um indicador da viabilidade de

implementação do projeto.

Por fim o presente trabalho demonstrou ser viável e de extrema importância

para o desenvolvimento e crescimento da empresa Forma Turismo em sua atuação

no mercado gaúcho. Este trabalho está alinhado às condições de oportunidades e

melhorias do mercado de turismo estudantil e suas possibilidades de crescimento e

expansão. Aqui foram detalhados os caminhos que poderão ser percorrido para tais

conquistas.

 

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APÊNDICE A – ROTEIRO DE ENTREVISTAS - QUALI Entrevista 1 - Cliente (Aluno) que cancelou a viagem de formatura

1) Qual seu nome?

2) Qual a sua idade?

3) Qual colégio você estuda?

4) Conte sobre a sua experiência com viagens, positivas e negativas.

5) Quais são os lugares, experiências que você deseja conhecer?

6) Quando se trata de uma viagem de formatura se você fosse montar uma viagem

perfeita, como ela seria?

7) Como você conheceu a Forma Turismo?

8) Qual foi a sua primeira impressão quando conheceu a empresa?

9) Comente o que a Forma Turismo representa para você?

10) Comente sobre o que te motivou a se inscrever na viagem de formatura.

11) Comente sobre o que te motivou a cancelar o pacote da viagem de formatura

12) Houve algo que você ficou insatisfeito em relação a empresa?

13) Se você fosse mudar algo na empresa, o que seria? Comente sobre isso.

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APÊNDICE B – ROTEIRO DE ENTREVISTA 2 – ESPECIALISTA E FORNECEDOR

1) Qual seu nome?

2) Qual a sua idade

3) Comente sobre a sua experiência profissional.

4) Como você analisa o mercado de turismo no Brasil?

5) Qual a sua visão sobre viagens de formatura no Brasil?

6) Quais são os maiores erros que você percebe que ocorrem neste mercado?

7) Quais são os fatores principais para o sucesso das empresas que atuam neste

segmento?

8) De que maneira você enxerga a Forma Turismo neste mercado?

9) Na sua visão o que os clientes que buscam viagens de formatura estão

esperando?

10) Comente sobre o que você acredita que precisa ser desenvolvido neste

mercado.

11) Atualmente a Forma Turismo possui uma grande venda por impulso com uma

grande antecedência da viagem ocorrer, por este motivo existe uma grande taxa de

desistências a medida que vai se aproximando a data da viagem. Na sua visão qual a

melhor estratégia para lidar com este desafio?

12) Para expandir cada vez mais o seu negócio o que caminho você acredita que

a Forma Turismo deva seguir?

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ANEXO A – PROPOSTA VIAGEM SPRING BREAK

 

   

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ANEXO B – PROPOSTA VIAGEM PORTO SEGURO

 

 

 

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ANEXO C – PROPOSTA COSTÃO

 

 

 

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ANEXO C – CONTRATO FORMA

 

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