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A EDUCAÇÃO DE ADULTOS A EDUCAÇÃO DE ADULTOS EM PORTUGAL EM PORTUGAL Dulce Sá Silva Dulce Sá Silva 9 de Julho 2009 9 de Julho 2009

Educação de Adultos e Modalidades de Ensino

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Page 1: Educação de Adultos e Modalidades de Ensino

A EDUCAÇÃO DE ADULTOS A EDUCAÇÃO DE ADULTOS EM PORTUGALEM PORTUGAL

Dulce Sá SilvaDulce Sá Silva9 de Julho 20099 de Julho 2009

Page 2: Educação de Adultos e Modalidades de Ensino

HISTÓRIA DA EA EM HISTÓRIA DA EA EM PORTUGALPORTUGAL

►1. Breve História – até à Lei de 1. Breve História – até à Lei de Bases de 1986Bases de 1986

►2. Sistema Educativo Português – 2. Sistema Educativo Português – da LBSE aos nossos diasda LBSE aos nossos dias

► 3. Modalidades de ensino3. Modalidades de ensino

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Até 1974Até 1974

► Primeira reforma liberal de 15 de Novembro Primeira reforma liberal de 15 de Novembro de 1836 (ensino primário)de 1836 (ensino primário)

► 1ª República (1910-1926) 1ª República (1910-1926) Decreto de 29 de Março de 1911,

Art. 31

1952 e 1956 - campanha Nacional de 1952 e 1956 - campanha Nacional de Educação de Adultos.Educação de Adultos.

A educação extra-escolar e as actividades A educação extra-escolar e as actividades de promoção cultural e profissional de promoção cultural e profissional competem à DGEP, criada pelo Decreto-Lei competem à DGEP, criada pelo Decreto-Lei nº 408/71, de 27 de Setembro nº 408/71, de 27 de Setembro

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DE 1974 até à 1ª LEI DE DE 1974 até à 1ª LEI DE BASESBASES

►grupos populares de base local grupos populares de base local

►PAE PAE Portaria nº 419/76, de 13 de JulhoPortaria nº 419/76, de 13 de Julho

►PNAEBA.PNAEBA.

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PERÍODO PÓS 25 DE ABRILPERÍODO PÓS 25 DE ABRIL

► Entre 1974-1976 foram desenvolvidas inúmeras Entre 1974-1976 foram desenvolvidas inúmeras iniciativas com vista a promover e valorizar as iniciativas com vista a promover e valorizar as manifestações de cultura popular (Melo e Benavente, manifestações de cultura popular (Melo e Benavente, 1978). 1978).

► Estas actividades baseavam-se nas ideias de educação Estas actividades baseavam-se nas ideias de educação popular de Paulo Freire (1996), procurando criar uma popular de Paulo Freire (1996), procurando criar uma política de articulação entre educação, a construção de política de articulação entre educação, a construção de uma consciência cívica e os processos de uma consciência cívica e os processos de desenvolvimento localdesenvolvimento local (Canário, 1999: 59). (Canário, 1999: 59).

► Foi o florescer da ligação entre educação e participação Foi o florescer da ligação entre educação e participação democrática através de associações populares, democrática através de associações populares, sindicatos, comissões de moradores…. sindicatos, comissões de moradores….

Page 6: Educação de Adultos e Modalidades de Ensino

da LBSE aos nossos diasda LBSE aos nossos dias

► Lei de BasesLei de Bases Lei n.º 46/86, 14 de Outubro

► 1ª alteração à Lei de Bases do Sistema Educativo Lei n.º 115/97 de 19 de Setembro;

► 2ª alteraçãoLei n.º 49/2005, 30 de Agosto

► Portaria n.º 756/2007, de 2 de Julho - Revoga a Portaria n.º 18/91, de 9 de Janeiro, que regulamenta o n.º 3 do artigo 6.º da Lei n.º 46/86, de 14 de Outubro

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LBSELBSE

► define os princípios organizativos do sistema define os princípios organizativos do sistema educativo português, com destaque para a educativo português, com destaque para a alfabetização e educação de base de alfabetização e educação de base de adultos, instituindo uma segunda adultos, instituindo uma segunda oportunidade de educação, através do oportunidade de educação, através do ensino recorrente, destinado a indivíduos ensino recorrente, destinado a indivíduos que não frequentaram ou completaram o que não frequentaram ou completaram o ensino básico e o ensino secundário em ensino básico e o ensino secundário em idade própria.idade própria.

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SISTEMA EDUCATIVOSISTEMA EDUCATIVO

►O Sistema Educativo define-se, na Lei de O Sistema Educativo define-se, na Lei de Bases do Sistema Educativo, como:Bases do Sistema Educativo, como:

……o conjunto de meios pelo qual se concretiza o o conjunto de meios pelo qual se concretiza o direito à educação, que se exprime pela garantia direito à educação, que se exprime pela garantia de uma permanente acção formativa orientada de uma permanente acção formativa orientada para favorecer o desenvolvimento global da para favorecer o desenvolvimento global da personalidade, o progresso social e a personalidade, o progresso social e a democratização da sociedade democratização da sociedade (nº 1, do artº 1º, (nº 1, do artº 1º, âmbito e definição)âmbito e definição)

(...) garantindo o direito a uma justa e efectiva (...) garantindo o direito a uma justa e efectiva igualdade de oportunidades no acesso e sucesso igualdade de oportunidades no acesso e sucesso escolares.escolares. (nº 2, do artº 2º, princípios gerais) (nº 2, do artº 2º, princípios gerais)  

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MODALIDADES DE ENSINOMODALIDADES DE ENSINO

► cursos Científico-Humanísticos; cursos Científico-Humanísticos; ► cursos de Aprendizagem; cursos de Aprendizagem; ► cursos de Educação e Formação de Jovens (CEF);cursos de Educação e Formação de Jovens (CEF);► cursos de Qualificação Inicial Escolar; cursos de Qualificação Inicial Escolar; ► cursos Artísticos Especializados; cursos Artísticos Especializados; ► cursos Profissionais; cursos Profissionais; ► cursos Tecnológicos; cursos Tecnológicos; ► cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA); cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA); ► cursos de Ensino Recorrente e cursos de Ensino Recorrente e ► cursos de Especialização Tecnológica (CET).cursos de Especialização Tecnológica (CET).

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ME - MTSSME - MTSS

► A cooperação entre a Educação (ME) e o A cooperação entre a Educação (ME) e o Trabalho / Emprego / Formação Profissional Trabalho / Emprego / Formação Profissional (MTSS), a partir de 1997, consagra e (MTSS), a partir de 1997, consagra e institucionaliza o desenvolvimento da institucionaliza o desenvolvimento da educação e formação de adultos em Portugal. educação e formação de adultos em Portugal.

► A partir de 1996 - o movimento da Educação A partir de 1996 - o movimento da Educação e Formação para todos e ao longo da vida, foi e Formação para todos e ao longo da vida, foi e tem sido bastante protagonizada na agenda e tem sido bastante protagonizada na agenda política e em debates públicos, tanto a nível política e em debates públicos, tanto a nível de governos nacionais como a nível de de governos nacionais como a nível de organismos internacionais. organismos internacionais.

Page 11: Educação de Adultos e Modalidades de Ensino

CNAEFLACNAEFLA

►Em 1996, com a Resolução do Em 1996, com a Resolução do Conselho de Ministros nº 15/96, de 22 Conselho de Ministros nº 15/96, de 22 de Fevereiro, é criada uma Comissão de Fevereiro, é criada uma Comissão Nacional para o Ano da Educação e Nacional para o Ano da Educação e Formação ao Longo da Vida (CNAEFLA) Formação ao Longo da Vida (CNAEFLA) que concluiu o seu trabalho em 26 de que concluiu o seu trabalho em 26 de Janeiro de 1998, apresentando a Janeiro de 1998, apresentando a “Magna Carta” sobre Educação e “Magna Carta” sobre Educação e Formação ao Longo da Vida.Formação ao Longo da Vida.

Page 12: Educação de Adultos e Modalidades de Ensino

►Em Dezembro de 1997, o Governo Em Dezembro de 1997, o Governo Português encomenda a um grupo de Português encomenda a um grupo de especialistas a elaboração de um especialistas a elaboração de um Documento Estratégico para o Documento Estratégico para o Desenvolvimento da Educação de Desenvolvimento da Educação de Adultos (Melo, Queirós, Silva, Salgado, Adultos (Melo, Queirós, Silva, Salgado, Rothes e Ribeiro, 1998).Rothes e Ribeiro, 1998).

Page 13: Educação de Adultos e Modalidades de Ensino

ANEFA - GMEFAANEFA - GMEFA

► Com a Resolução de Conselho de Ministros nº Com a Resolução de Conselho de Ministros nº 59/98, de 6 de Maio – lançamento do 59/98, de 6 de Maio – lançamento do programa “Projecto da Sociedade: S@bER +”. programa “Projecto da Sociedade: S@bER +”.

► Constituição de uma Agência Nacional de Constituição de uma Agência Nacional de Educação e Formação de Adultos (ANEFA), Educação e Formação de Adultos (ANEFA), com a dupla iniciativa e tutela dos ME e MTS, com a dupla iniciativa e tutela dos ME e MTS, é criado, com a Resolução de Conselho de é criado, com a Resolução de Conselho de Ministros nº 92/98, de 14 de Julho, o Grupo de Ministros nº 92/98, de 14 de Julho, o Grupo de Missão para o Desenvolvimento da Educação Missão para o Desenvolvimento da Educação e Formação de Adultos (GMEFA). e Formação de Adultos (GMEFA).

Page 14: Educação de Adultos e Modalidades de Ensino

GMEFAGMEFA► Este grupo, presidido por Alberto Melo, para além de Este grupo, presidido por Alberto Melo, para além de

desenvolver o processo de criação da ANEFA (Lima, Afonso e desenvolver o processo de criação da ANEFA (Lima, Afonso e Estêvão, 1999, Estêvão, 1999, ANEFA. Estudo para a construção de um ANEFA. Estudo para a construção de um modelo constitucionalmodelo constitucional), fica encarregue: ), fica encarregue:

► (i) da realização de actividades de articulação estratégica e (i) da realização de actividades de articulação estratégica e técnica a todos os níveis, no domínio da educação e formação técnica a todos os níveis, no domínio da educação e formação de adultos; de adultos;

► (ii) da construção de um sistema de validação formal de (ii) da construção de um sistema de validação formal de saberes e competências formal e informalmente adquiridos; saberes e competências formal e informalmente adquiridos;

► (iii) do lançamento de concursos nacionais para financiamento (iii) do lançamento de concursos nacionais para financiamento e apoio a iniciativas de educação e formação de adultos. e apoio a iniciativas de educação e formação de adultos.

Também Ana Benavente, em 1997, Secretária de Estado do Também Ana Benavente, em 1997, Secretária de Estado do Ministro da Educação Oliveira Martins, em entrevista à revista Ministro da Educação Oliveira Martins, em entrevista à revista “Saber Mais” do GMEFA, clarificou os objectivos da ANEFA .“Saber Mais” do GMEFA, clarificou os objectivos da ANEFA .

Page 15: Educação de Adultos e Modalidades de Ensino

ANEFAANEFA

► Face aos desafios colocados pelo processo de Face aos desafios colocados pelo processo de globalização da economia e pela constante globalização da economia e pela constante celeridade da mudança e inovação tecnológicas, em celeridade da mudança e inovação tecnológicas, em 1999, é criada a ANEFA (Decreto-Lei nº 387/99, de 1999, é criada a ANEFA (Decreto-Lei nº 387/99, de 28 de Setembro), instituto público, 28 de Setembro), instituto público, com autonomia com autonomia científica, técnica e administrativacientífica, técnica e administrativa, artigo 1º, sujeito , artigo 1º, sujeito à tutela do ME e do MTS, vindo consolidar a à tutela do ME e do MTS, vindo consolidar a articulação entre os sistemas educativo e formativo, articulação entre os sistemas educativo e formativo, entre os sectores público e privado, os entre os sectores público e privado, os estabelecimentos de educação e formação, os estabelecimentos de educação e formação, os agentes educativos e os parceiros sociais agentes educativos e os parceiros sociais territorialmente significativos e ainda a construção territorialmente significativos e ainda a construção gradual de um sistema de reconhecimento e gradual de um sistema de reconhecimento e validação das aprendizagens informais dos adultos.validação das aprendizagens informais dos adultos.

Page 16: Educação de Adultos e Modalidades de Ensino

XVII GOVERNO XVII GOVERNO CONSTITUCIONALCONSTITUCIONAL

assume no seu Programa de Governo uma aposta assume no seu Programa de Governo uma aposta nono

► conhecimento, conhecimento, ► na qualificação dos portugueses, na qualificação dos portugueses, ► na tecnologia e na inovação, na tecnologia e na inovação, ► valorização do posicionamento do país no valorização do posicionamento do país no

quadro internacional, quer no plano prioritário quadro internacional, quer no plano prioritário da União Europeia, quer no plano global, da União Europeia, quer no plano global,

► relançando a cooperação externa e valorizando relançando a cooperação externa e valorizando a cultura e língua portuguesa no mundo.a cultura e língua portuguesa no mundo.

Page 17: Educação de Adultos e Modalidades de Ensino

NOVAS OPORTUNIDADESNOVAS OPORTUNIDADES

► Iniciativa Novas Oportunidades, de modo a abrir Iniciativa Novas Oportunidades, de modo a abrir a todos a possibilidade de actualizar e a todos a possibilidade de actualizar e aprofundar competências e de corresponder aos aprofundar competências e de corresponder aos desafios inerentes à flexibilidade do emprego. desafios inerentes à flexibilidade do emprego.

► O desenvolvimento do país e a sua O desenvolvimento do país e a sua modernização, para o crescimento económico e modernização, para o crescimento económico e para a promoção da coesão social, passa pela para a promoção da coesão social, passa pela qualificação da população portuguesa, como é qualificação da população portuguesa, como é demonstrada por diversos indicadores demonstrada por diversos indicadores publicados por várias organizações publicados por várias organizações internacionais.internacionais.

Page 18: Educação de Adultos e Modalidades de Ensino

PRIORIDADES DO GOVERNO NA PRIORIDADES DO GOVERNO NA EDUCAÇÃOEDUCAÇÃO

► educação de qualidade para todos;educação de qualidade para todos;

► mudança na concepção e organização do sistema e dos mudança na concepção e organização do sistema e dos recursos educativos;recursos educativos;

► enraizamento da cultura e da prática da avaliação em todas enraizamento da cultura e da prática da avaliação em todas as dimensões do sistema de educação e formação.as dimensões do sistema de educação e formação.

Page 19: Educação de Adultos e Modalidades de Ensino

DGFV - ANQDGFV - ANQ

► O Decreto-Lei nº 208/02, de 17 de Outubro, alterado O Decreto-Lei nº 208/02, de 17 de Outubro, alterado pelo Decreto-Lei nº 213/06, de 27 de Outubro, que pelo Decreto-Lei nº 213/06, de 27 de Outubro, que aprova a nova orgânica do ME, introduz algumas aprova a nova orgânica do ME, introduz algumas alterações no âmbito da política nacional relativa à alterações no âmbito da política nacional relativa à educação e formação de adultos. Esta política visa a educação e formação de adultos. Esta política visa a qualificação inicial de jovens que não pretendem qualificação inicial de jovens que não pretendem prosseguir estudos mas inserir-se na vida activa, como prosseguir estudos mas inserir-se na vida activa, como também o desenvolvimento de aquisição de também o desenvolvimento de aquisição de aprendizagens pelos adultos. O ME cria ainda a aprendizagens pelos adultos. O ME cria ainda a Direcção-Geral de Formação Vocacional (DGFV). Direcção-Geral de Formação Vocacional (DGFV).

► Esta lei de 2006 cria ainda a Agência Nacional de Esta lei de 2006 cria ainda a Agência Nacional de Qualificação I. P. (ANQ), definindo a missão e as suas Qualificação I. P. (ANQ), definindo a missão e as suas atribuições no Decreto-Lei n.º 276-C/2007, de 31 de atribuições no Decreto-Lei n.º 276-C/2007, de 31 de Julho. Julho.

Page 20: Educação de Adultos e Modalidades de Ensino

INTERVALOINTERVALO

Page 21: Educação de Adultos e Modalidades de Ensino

MODALIDADES DE ENSINOMODALIDADES DE ENSINO

Dar resposta aos baixos índices de escolarização dos Dar resposta aos baixos índices de escolarização dos portugueses, através da aposta na qualificação da portugueses, através da aposta na qualificação da população. população.

Quatro vertentes:Quatro vertentes:- RVCC- RVCC- Cursos EFA- Cursos EFA- Ensino Recorrente- Ensino Recorrente- Vias de Conclusão do Nível Secundário - Vias de Conclusão do Nível Secundário

de Educação (DL 357/2007)de Educação (DL 357/2007)

Page 22: Educação de Adultos e Modalidades de Ensino

DIFERENTES FORMAS DE DIFERENTES FORMAS DE ENSINOENSINO

► FORMAL – FORMAL – ensino escolar institucionalizado, e ensino escolar institucionalizado, e hierarquicamente estruturado. hierarquicamente estruturado.

► NÃO - FORMAL – NÃO - FORMAL – Os programas de educação não-Os programas de educação não-formal não precisam necessariamente seguir um formal não precisam necessariamente seguir um sistema sequencial e hierárquico de “progressão”. sistema sequencial e hierárquico de “progressão”.

► INFORMAL – INFORMAL – acumulação de conhecimentos. acumulação de conhecimentos.

Page 23: Educação de Adultos e Modalidades de Ensino

EDUCAÇÃO EXTRA-ESCOLAREDUCAÇÃO EXTRA-ESCOLAR

São objectivos gerais da educação extra-escolar São objectivos gerais da educação extra-escolar ► promover o desenvolvimento e a actualização de promover o desenvolvimento e a actualização de

conhecimentos e de competências em substituição ou conhecimentos e de competências em substituição ou complemento da educação escolar.complemento da educação escolar.

As finalidades dos cursos são as seguintes: As finalidades dos cursos são as seguintes: ► (i) Cursos de alfabetização – visam fundamentalmente o (i) Cursos de alfabetização – visam fundamentalmente o

combate ao analfabetismo literal e funcional;combate ao analfabetismo literal e funcional;► (ii) Cursos de actualização – visam o combate ao (ii) Cursos de actualização – visam o combate ao

analfabetismo regressivo e a actualização de conhecimentos analfabetismo regressivo e a actualização de conhecimentos escolares ou outros;escolares ou outros;

► (iii) Cursos socioeducativos – visam a formação cultural ou a (iii) Cursos socioeducativos – visam a formação cultural ou a formação cívica;formação cívica;

► (iv) Cursos socioprofissionais – visam a formação para o (iv) Cursos socioprofissionais – visam a formação para o ingresso no mercado de trabalho.ingresso no mercado de trabalho.

Page 24: Educação de Adultos e Modalidades de Ensino

Vias de Conclusão do Nível Secundário Vias de Conclusão do Nível Secundário de Educação de Educação

((DL 357/2007DL 357/2007) )

Alunos que não terminaram o seu plano Alunos que não terminaram o seu plano de estudosde estudos

- tendo como referência o nível - tendo como referência o nível secundário de educação e visando secundário de educação e visando superar os défices de qualificação da superar os défices de qualificação da população portuguesa.população portuguesa.

Page 25: Educação de Adultos e Modalidades de Ensino

CURSOS EFACURSOS EFA

►Surgiram em 2000 (ANEFA)Surgiram em 2000 (ANEFA)

►Modelo aberto e flexívelModelo aberto e flexível

►Destinados a activos empregados e Destinados a activos empregados e também desempregados, maiores de também desempregados, maiores de 18 anos.18 anos.

Page 26: Educação de Adultos e Modalidades de Ensino

CURSOS EFACURSOS EFA► com dupla certificação escolar e profissional, foi regulamentada pelo com dupla certificação escolar e profissional, foi regulamentada pelo

Despacho Conjunto nº 1083/00, de 20 de Novembro. É aprovado pelo Despacho Conjunto nº 1083/00, de 20 de Novembro. É aprovado pelo Despacho Conjunto nº 650/01, de 20 de Julho, alterado pelo Despacho Conjunto nº 650/01, de 20 de Julho, alterado pelo Despacho nº 26401/06, de 29 de Dezembro e pelo Despacho nº Despacho nº 26401/06, de 29 de Dezembro e pelo Despacho nº 11203/07, de 8 de Junho, o modelo de certificado a atribuir na 11203/07, de 8 de Junho, o modelo de certificado a atribuir na conclusão dos cursos de EFA e introduz alterações relativamente ao conclusão dos cursos de EFA e introduz alterações relativamente ao desenho curricular e às áreas de formação profissionalizante. desenho curricular e às áreas de formação profissionalizante.

► São vocacionados para públicos adultos pouco qualificados e têm São vocacionados para públicos adultos pouco qualificados e têm como objectivo "como objectivo "contribuir, a prazo, para a redução do défice de contribuir, a prazo, para a redução do défice de qualificação escolar e profissional da população portuguesa, qualificação escolar e profissional da população portuguesa, potenciando as suas condições de empregabilidade"potenciando as suas condições de empregabilidade"..

► São objectivos gerais São objectivos gerais (i) proporcionar uma oferta integrada de educação e formação, com dupla (i) proporcionar uma oferta integrada de educação e formação, com dupla

certificação, escolar e profissional, destinada a públicos adultos com certificação, escolar e profissional, destinada a públicos adultos com défice de qualificação escolar e profissional;défice de qualificação escolar e profissional;

(ii) contribuir para a construção de uma Rede local de Educação e (ii) contribuir para a construção de uma Rede local de Educação e Formação de Adultos.Formação de Adultos.

Page 27: Educação de Adultos e Modalidades de Ensino

TIPOS DE FORMAÇÃO DOS TIPOS DE FORMAÇÃO DOS CURSOS EFACURSOS EFA

►DUPLA CERTIFICAÇÃODUPLA CERTIFICAÇÃO Escolar (B1, B2, B3 ou ES) Escolar (B1, B2, B3 ou ES) Profissional (Nível 1, 2 ou 3)Profissional (Nível 1, 2 ou 3)

Page 28: Educação de Adultos e Modalidades de Ensino

RVCCRVCC

► É criado pela Portaria nº 1082/01, de 5 de É criado pela Portaria nº 1082/01, de 5 de Setembro, rectificada pela Presidência do Setembro, rectificada pela Presidência do Conselho de Ministros, na Declaração de Conselho de Ministros, na Declaração de Rectificação nº 20-BD/2001, de 10 de Rectificação nº 20-BD/2001, de 10 de Novembro, pela Portaria nº 286/2002, de 15 Novembro, pela Portaria nº 286/2002, de 15 de Março, alterada pela Portaria nº 86/2007, de Março, alterada pela Portaria nº 86/2007, de 12 de Janeiro, no qual é ainda aprovado o de 12 de Janeiro, no qual é ainda aprovado o regulamento do processo de acreditação regulamento do processo de acreditação das entidades promotoras dos centros. das entidades promotoras dos centros.

Page 29: Educação de Adultos e Modalidades de Ensino

OBJECTIVOS DO RVCCOBJECTIVOS DO RVCC

► São objectivos gerais do Processo de São objectivos gerais do Processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências:Competências:

i) dar oportunidade a todos os cidadãos e, em particular aos i) dar oportunidade a todos os cidadãos e, em particular aos menos escolarizados e aos activos empregados e menos escolarizados e aos activos empregados e desempregados, de verem reconhecidas, validadas e desempregados, de verem reconhecidas, validadas e certificadas as competências e conhecimentos que, nos mais certificadas as competências e conhecimentos que, nos mais variados contextos, foram adquirindo ao longo do seu variados contextos, foram adquirindo ao longo do seu percurso de vida; percurso de vida;

(ii) promover e facilitar percursos de educação e formação; (ii) promover e facilitar percursos de educação e formação;

(iii) promover a (re)construção de projectos pessoais e (iii) promover a (re)construção de projectos pessoais e profissionais significativos.profissionais significativos.

Page 30: Educação de Adultos e Modalidades de Ensino

ÁREAS NUCLEARESÁREAS NUCLEARES(Referenciais de Competências-Chave - BÁSICO)(Referenciais de Competências-Chave - BÁSICO)

►Linguagem e Comunicação (LC)Linguagem e Comunicação (LC)►Tecnologias da Informação e Tecnologias da Informação e

Comunicação (TIC)Comunicação (TIC)►Matemática para a Vida (MV)Matemática para a Vida (MV)►Cidadania e Empregabilidade (CE)Cidadania e Empregabilidade (CE)

►Temas de VidaTemas de Vida

Page 31: Educação de Adultos e Modalidades de Ensino

ÁREAS NUCLEARESÁREAS NUCLEARES(Referenciais de Competências-Chave - SECUNDÁRIO)(Referenciais de Competências-Chave - SECUNDÁRIO)

►Cidadania e ProfissionalidadeCidadania e Profissionalidade

►Sociedade, Tecnologia e CiênciaSociedade, Tecnologia e Ciência

►Cultura, Língua e Comunicação Cultura, Língua e Comunicação

Page 32: Educação de Adultos e Modalidades de Ensino

ETAPAS DE INTERVENÇÃOETAPAS DE INTERVENÇÃO

►Acolhimento / InscriçãoAcolhimento / Inscrição►Diagnóstico / TriagemDiagnóstico / Triagem►EncaminhamentoEncaminhamento

Page 33: Educação de Adultos e Modalidades de Ensino

Reconhecimento, Validação e Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências Certificação de Competências

(RVCC)(RVCC)

►Reconhecimento de Competências Reconhecimento de Competências ►Validação de CompetênciasValidação de Competências►Certificação de CompetênciasCertificação de Competências►Plano de Desenvolvimento PessoalPlano de Desenvolvimento Pessoal

Page 34: Educação de Adultos e Modalidades de Ensino

ENSINO RECORRENTE POR ENSINO RECORRENTE POR MÓDULOS CAPITALIZÁVEISMÓDULOS CAPITALIZÁVEIS

Assegurar uma escolaridade de Assegurar uma escolaridade de segunda oportunidadesegunda oportunidade a adultos e a adultos e jovens já integrados no mercado de jovens já integrados no mercado de trabalho, na compreensão e respeito trabalho, na compreensão e respeito pela diversidade das culturas e pela diversidade das culturas e interesses dos destinatários.interesses dos destinatários.

Page 35: Educação de Adultos e Modalidades de Ensino

ENSINO RECORRENTE ENSINO RECORRENTE SECUNDÁRIOSECUNDÁRIO

► Segunda oportunidade de formação. Segunda oportunidade de formação. ► Plano curricular de cada curso está Plano curricular de cada curso está

organizado por disciplinas.organizado por disciplinas.► Regime modular.Regime modular.► Referencial temporal escolar - três anos. Referencial temporal escolar - três anos. ►Modalidades de frequência:Modalidades de frequência:

presencialpresencial não presencial não presencial

Page 36: Educação de Adultos e Modalidades de Ensino

CETCET

► Cursos de formação pós-secundária não superior, Cursos de formação pós-secundária não superior, que conferem um Diploma de Especialização que conferem um Diploma de Especialização Tecnológica (DET) e um certificado de qualificação Tecnológica (DET) e um certificado de qualificação profissional de nível 4, são criados pela Portaria nº profissional de nível 4, são criados pela Portaria nº 393/02, de 12 de Abril, do ME, que introduz 393/02, de 12 de Abril, do ME, que introduz alterações à Portaria nº 989/99, de 3 de Novembro.alterações à Portaria nº 989/99, de 3 de Novembro.

► Finalidades - promover um percurso formativo que Finalidades - promover um percurso formativo que integre os objectivos de qualificação e inserção integre os objectivos de qualificação e inserção profissional e permite o prosseguimento de profissional e permite o prosseguimento de estudos.estudos.

► Os Ministérios da Ciência, Tecnologia e Ensino Os Ministérios da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) e o da Economia e da Inovação Superior (MCTES) e o da Economia e da Inovação (MEI) regulamentaram, criaram e autorizaram (MEI) regulamentaram, criaram e autorizaram também vários CET em vários Institutos Politécnicos também vários CET em vários Institutos Politécnicos e Escolas Superiores. e Escolas Superiores.

Page 37: Educação de Adultos e Modalidades de Ensino

CETCET

► Em 2007, o ME, através do Despacho nº 1647/07, Em 2007, o ME, através do Despacho nº 1647/07, de 1 de Fevereiro, designa a DGFV como serviço de 1 de Fevereiro, designa a DGFV como serviço competente para a instrução de pedidos de registo competente para a instrução de pedidos de registo de CET.de CET.

► São São objectivos gerais objectivos gerais dos CET:dos CET:- aprofundar o nível de conhecimentos científicos e - aprofundar o nível de conhecimentos científicos e tecnológicos no domínio da formação profissional tecnológicos no domínio da formação profissional de base;de base;- desenvolver competências pessoais e profissionais - desenvolver competências pessoais e profissionais adequadas ao exercício profissional qualificado; adequadas ao exercício profissional qualificado; - promover percursos formativos que integrem os - promover percursos formativos que integrem os objectivos de qualificação e inserção profissional e objectivos de qualificação e inserção profissional e permitam o prosseguimento de estudos.permitam o prosseguimento de estudos.

Page 38: Educação de Adultos e Modalidades de Ensino

CEFCEF

► Com a criação dos Cursos de Educação e Formação Com a criação dos Cursos de Educação e Formação (CEF), pelo Despacho Conjunto nº 453/04, de 27 de (CEF), pelo Despacho Conjunto nº 453/04, de 27 de Julho, do ME e do MSST, rectificado pelo Gabinete Julho, do ME e do MSST, rectificado pelo Gabinete da Ministra de Educação, Maria de Lurdes da Ministra de Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, Rectificação nº 1673/04, de 7 de Rodrigues, Rectificação nº 1673/04, de 7 de Setembro e pelo Despacho conjunto nº 287/05, de Setembro e pelo Despacho conjunto nº 287/05, de 4 de Abril, dá-se uma oportunidade a jovens com 4 de Abril, dá-se uma oportunidade a jovens com idade igual ou superior a 15 anos que, não tendo idade igual ou superior a 15 anos que, não tendo concluído a escolaridade de 6, 9 ou 12 anos, na concluído a escolaridade de 6, 9 ou 12 anos, na idade própria, pretendem adquirir uma certificação idade própria, pretendem adquirir uma certificação escolar e, simultaneamente, obter uma qualificação escolar e, simultaneamente, obter uma qualificação profissional de níveis 2 e 3 para ingresso no mundo profissional de níveis 2 e 3 para ingresso no mundo do trabalho.do trabalho.

Page 39: Educação de Adultos e Modalidades de Ensino

OBJECTIVOS DOS CEFOBJECTIVOS DOS CEF

► São objectivos gerais dos cursos de São objectivos gerais dos cursos de educação e formação: educação e formação:

- assegurar o cumprimento da - assegurar o cumprimento da escolaridade obrigatória e combater a escolaridade obrigatória e combater a exclusão. exclusão.

Estes cursos permitem, também, o acesso ao Estes cursos permitem, também, o acesso ao mundo do trabalho com uma qualificação mundo do trabalho com uma qualificação profissional certificada e ainda o acesso ao profissional certificada e ainda o acesso ao ensino superior.ensino superior.

Page 40: Educação de Adultos e Modalidades de Ensino

CONCLUINDO… EDUCAÇÃO DE CONCLUINDO… EDUCAÇÃO DE ADULTOSADULTOS

► A Educação de Adultos é necessária para colmatar A Educação de Adultos é necessária para colmatar um déficit de cidadania; um déficit de cidadania;

► é insuficiente o conhecimento dos direitos é insuficiente o conhecimento dos direitos individuais e colectivos, bem como das obrigações individuais e colectivos, bem como das obrigações deles decorrentes; deles decorrentes;

► existem barreiras culturais ao exercício pleno da existem barreiras culturais ao exercício pleno da participação activa e esclarecida dos cidadãos no participação activa e esclarecida dos cidadãos no traçado dos destinos da sociedade onde se traçado dos destinos da sociedade onde se inserem.inserem.

Page 41: Educação de Adultos e Modalidades de Ensino

Três características gerais que um educador necessita Três características gerais que um educador necessita para desenvolver eficazmente o seu trabalho para desenvolver eficazmente o seu trabalho (Rogers, (Rogers,

1978:18-19)1978:18-19)

►AutenticidadeAutenticidade

►aceitação incondicionalaceitação incondicional e e

►compreensão empáticacompreensão empática..

Page 42: Educação de Adultos e Modalidades de Ensino

Knowles (1990) resume as características do Knowles (1990) resume as características do professor andragógicoprofessor andragógico

►Habilidades;Habilidades;

►Empatia;Empatia;

►Entusiasmo;Entusiasmo;

►Clareza.Clareza.

Page 43: Educação de Adultos e Modalidades de Ensino

O PROFESSOR DE ADULTOSO PROFESSOR DE ADULTOSCaracterísticasCaracterísticas

►O professor é um adulto, igual aos O professor é um adulto, igual aos educandos com quem trabalha.educandos com quem trabalha.

►Uma auto-estima e um autoconceito Uma auto-estima e um autoconceito adequados podem ter um aspecto adequados podem ter um aspecto positivo sobre as relações que o positivo sobre as relações que o educador estabelece com os educador estabelece com os educandos. educandos.