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EDUCAÇÃO E ESPIRITISMO GRUPO DE PAIS DA EVANGELIZAÇÃO 31/08/2013

Educação e Espiritismo

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EDUCAÇÃO E ESPIRITISMO

GRUPO DE PAIS DA EVANGELIZAÇÃO

 

31/08/2013

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Victor Hugo: “A mão que embala o berço é a mão que embala o mundo”.

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Da necessidade da reencarnação166 A alma que não alcançou a perfeição na vida corpórea como acaba de depurar-se?-Suportando a prova de uma nova existência.166 a Como a alma realiza essa nova existência? É pela sua transformação como Espírito? – A alma, ao se depurar, sofre sem dúvida uma transformação, mas para isso é preciso que passe pela prova da vida corporal.166 b A alma tem, portanto, que passar por muitas existências corporais? – Sim, todos nós temos muitas existências. Os que dizem o contrário querem vos manter na ignorância em que eles próprios se encontram. Esse é o desejo deles. (O Livro dos Espíritos – Allan Kardec)

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A família como locus inicial da educação• A oportunidade da reencarnação como manifestação da

bondade divina.• A família como prova dessa solicitude.

• Sabemos que o espírito traz a bagagem de experiências adquiridas de numerosas vidas anteriores. Como lidar com espíritos que, não raras vezes, têm mais experiência, vivência, conhecimentos e moralidade do que nós?

• O primeiro ponto a observar é, sem dúvida, o respeito que devemos ter pelas crianças. Podendo mesmo ser um espírito mais avançado do que nós que está a reencarnar, devemos tratá-lo com toda a dignidade possível.

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O papel da família nas primeiras impressões do espírito reencarnante379 O Espírito que anima o corpo de uma criança é tão desenvolvido quanto o de um adulto?– Pode até ser mais, se progrediu mais. São apenas órgãos imperfeitos que o impedem de se manifestar. Ele age em razão do instrumento, com que pode se manifestar. 383 Qual é, para o Espírito, a utilidade de passar pela infância?– O Espírito, encarnando para se aperfeiçoar, é mais acessível, durante esse tempo, às impressões que recebe e que podem ajudar o seu adiantamento, para o qual devem contribuir aqueles que estão encarregados de sua educação.

(O Livro dos Espíritos – Allan Kardec)

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O papel da família nas primeiras impressões do espírito reencarnante• Martins Peralva, “Estudando o Evangelho”: “A

primeira escola é o lar (...) Imprime-lhe no caráter os elementos fundamentais da educação. É necessário que a criança sinta e se impregne, no santuário doméstico, desde os primeiros instantes da vida física, das sublimes vibrações que só um ambiente evangelizado pode assegurar, para que, simultaneamente, possa ela ver o que é belo, ouvir o que é bom e aprender o que é nobre”.

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O papel da família nas primeiras impressões do espírito reencarnante

• Papel tradicional da mãe. Afetividade, abnegação, ligação muito estreita com o espírito reencarnante.• Instinto maternal – Garantia da sobrevivência

física dos filhos e noções básicas para a vida.• Papel tradicional do pai – É tradicionalmente

símbolo de autoridade. Crescentemente importante com o desenvolvimento das espécies.

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O papel da família nas primeiras impressões do espírito reencarnante

• Influência dos demais componentes do tecido familiar sobre a criança e na formação de sua personalidade. • A dinâmica da vida familiar é interativa.

Influências recíprocas.• Questões do passado.• Criação ou reforço dos laços de amor.

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O papel da família nas primeiras impressões do espírito reencarnante

• Irmão X/ Chico Xavier – “Lázaro Redivivo”: “Os filhos não são almas criadas no instante do nascimento (...) São companheiros espirituais de lutas antigas, a quem pagamos débitos sagrados ou de quem recebemos alegrias puras, por créditos de outro tempo”.

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Papéis familiares

• No passado, a família tinha uma estruturação bastante enrijecida e pouco flexível. • O sistema do patriarcado. O autoritarismo.• A família no Direito Romano.• Esfera pública e esfera privada.

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Papéis familiares

•Mudanças sociais.•Modificação do papel da mulher na

sociedade.• Nova conformação familiar.• Flexibilização dos papéis.• Novos desafios.

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Papéis familiares

•Movimento pendular.• O “filiarcado”.• A liberalidade excessiva e o risco para a

formação da personalidade da criança.• O bom senso. O caminho do meio.

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Momentos de transição planetária e o papel da família• Processo de transição.• Novas realidades e desafios.• A nova geração. Suas características: Precocidade, potencial para os diversos tipos de

inteligência, não aceitam a autoridade por imposição, dizem o que pensam e agem conforme desejam, são mais práticas, são seletivos, concentrando sua atenção somente naquilo que as interessa.

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Momentos de transição planetária e o papel da família• 28. - A época atual é de transição; confundem-se os elementos das

duas gerações. Colocados no ponto intermédio, assistimos à partida de uma e à chegada da outra, já se assinalando cada uma, no mundo, pelos caracteres que lhes são peculiares.

• Têm ideias e pontos de vista opostos as duas gerações que se sucedem. Pela natureza das disposições morais, porém sobretudo das disposições intuitivas e inatas, torna-se fácil distinguir a qual das duas pertence cada indivíduo.

• Cabendo-lhe fundar a era do progresso moral, a nova geração se distingue por inteligência e razão geralmente precoces, juntas ao sentimento inato do bem e a crenças espiritualistas, o que constitui sinal indubitável de certo grau de adiantamento anterior. Não se comporá exclusivamente de Espíritos eminentemente superiores, mas dos que, já tendo progredido, se acham predispostos a assimilar todas as idéias progressistas e aptos a secundar o movimento de regeneração.

(Allan Kardec, A Gênese – cap. XVIII)

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Momentos de transição planetária e o papel da família

• Essa nova realidade exige uma capacitação maior dos pais como educadores.• Para lidar com esse novo tempo, Américo

Canhoto, em seu livro “Pequenos Descuidos, Grandes Problemas”, propõe a reestruturação íntima e familiar, a partir de algumas questões:

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Momentos de transição planetária e o papel da família

• 1. Quem somos nós?• 2. O que fazemos aqui?• 3. Quem é a minha família?• 4. Quem são meus filhos?• 5. O que é educar? • 6. Qual é o melhor método de educação? • 7. Quem é o educador? • 8. Quem é o educando? • 9. Quando termina o processo educativo?• 10. De quem é a responsabilidade da educação?

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Momentos de transição planetária e o papel da família

• Diferença entre educação e instrução.• A importância do exemplo.• A vivência das próprias experiências.• Pestalozzi – Educador “jardineiro”.• Processo educativo promove o crescimento a

partir de dentro do indivíduo.• Algumas dificuldades: foco na questão material e

no incentivo à competição.

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Momentos de transição planetária e o papel da família

• O risco da deserção. A raiz das dificuldades do presente.• Educar é assumir compromissos.“Estamos com aqueles que serão nossos

professores nesta existência e para os quais exerceremos o mesmo papel”.

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A família espíritaDora Incontri, pedagoga espírita, em “A Educação Segundo o Espiritismo”, trata o papel da família espírita na educação, levantando os seguintes itens:•Desierarquização de funções;•A família adquire novo dinamismo;•A questão da reencarnação – reconciliação e reajuste;•A família como cenário mais promissor para a educação espírita;•A vivência espírita pressupõe engajamento existencial;•A família como local prioritário para desenvolvimento das virtudes cristãs.

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Descuidos comuns na educação

• Desenvolvimento de muitas caras;• Falta de limites;• Estresse crônico;• A educação pelo medo;• Falta de honestidade na relação com os filhos;• Manipular ou se deixar manipular pelos filhos;• A cultura das pequenas mentiras;• Perda de autoridade;

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Descuidos comuns na educação

• A redoma;• A inversão de valores (cita como exemplo o

conceito de “aproveitar a vida”);• Projeção de frustrações nas crianças;• A padronização;• A luta por regalias e privilégios;• A excessiva influência dos meios de comunicação

e outros divertimentos.

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A reestruturação da famíliaNessa nova realidade, é momento, segundo o autor de se repensar a família. Propostas:•respeitar a individualidade e personalidade de cada um;•agir com indulgência. É fundamental não produzir desentendimentos. Devemos lembrar que estamos tentando melhorar a vida em família e não piorá-la;•aprender a ouvir antes de falar;•não impor aos outros metas ou mudanças;•conscientizar-se da importância dessa missão;

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A reestruturação da família• deixar claro que as mudanças estão sendo feitas porque a

família merece uma vida melhor e mais saudável;• reconhecer as próprias falhas e fazer o que estiver a seu

alcance para corrigi-las;• anotar os comentários dos familiares, especialmente quando

manifestam descontentamento. Normalmente, quando perdemos o controle do consciente, manifestamos o que verdadeiramente pensamos;

• evitar criticar o errado e o malfeito. Elogiar o certo;• não esperar elogios ou retribuição pelos seus esforços (para

evitar frustrações).

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A arte de educar com alegria e prazer• Impor é desrespeitar.

• Falar menos e agir mais.

• Falar a verdade acima de tudo, evitar as mentirinhas

• O desafio de mostrar aos filhos que eles podem ser diferentes.

• Aprender a dar tempo ao tempo. Como educadores, somos semeadores.

• “A criança precisa de nossa ajuda para perceber que somos interdependentes e que o espaço de uma pessoa e o conjunto de meus direitos terminam no momento em que começam os do próximo.”

• A responsabilidade dos pais em ofertar os princípios morais, desde tenra idade, principalmente com o exemplo.

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A arte de educar com alegria e prazer• A importância do exemplo:

• Prof. Amaral Fontoura – “Psicologia Educacional”: “A partir dos sete anos de idade, a criança começa a formular juízos próprios, não aceitando qualquer coisa que lhe digam. Ela compara afirmações dos pais e dos mestres com a de outros conhecidos e dos próprios colegas. Por isso é importante que os pais e os professores não percam o crédito de confiança que tenham com a criança”.

• Conciliar os ensinamentos oferecidos com os exemplos é nosso caminho para manter esse crédito de confiança.

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A arte de educar com alegria e prazerO trabalho em prol da criança deve ser conjunto entre escola – família – sociedade, poderíamos acrescentar religião.

A importância da família incentivar a frequência da evangelização por parte dos filhos. Transmissão dos conceitos de moral cristã, indispensáveis para uma vida feliz.

“Quem instrui oferece meios para que a mente alargue a compreensão das coisas e entenda a vida. Quem educa cria os valores para uma vivência nobre e ditosa. Quem evangeliza liberta para a Vida feliz.”

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A arte de educar com alegria e prazer“Eduque – e traçará linhas de caráter. Evangelizar é redimir. Quando você ensina, transmite. Quando você educa, disciplina. Mas quando você evangeliza, salva. Instruído, o homem conhece; educado, vence; evangelizado, serve sem cansaço, redimindo-se”. Amélia Rodrigues

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A arte de educar com alegria e prazer• O MAIS IMPORTANTE, SEM DÚVIDA, É QUE

EXERCITEMOS O AMOR E A AFETIVIDADE. EM MATÉRIA DE EDUCAÇÃO, SOMENTE O AMOR E O AFETO PERMITIRÃO QUE TOQUEMOS O CORAÇÃO E A MENTE DE NOSSOS FILHOS. PARA TOCAR O CORAÇÃO DE ALGUÉM, É NECESSÁRIO QUE SEJAMOS TOCADOS TAMBÉM. POR ISSO, CRIAR FILHOS É UM EXERCÍCIO DE EDUCAÇÃO E APRENDIZADO RECÍPROCO ENTRE PAIS E FILHOS.

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A arte de educar com alegria e prazer"A escola deve ser a continuação do lar. É no lar que se encontra o fundamento de toda cultura verdadeiramente humana e social" “O objeto da educação é preparar os homens para viver em sociedade”. Johann Heinrich Pestalozzi A educação do homem tem, portanto, duas metas:a) uma educação geral que aspira à plenitude do homem e a mais completa humanidade;b) a educação condicionada pelo tempo e lugar, que tem um caráter profissional, ou seja, educa o homem para o ambiente social dado, e está em correlação com as forças conformadas do meio.

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Educar para o mundo, para o novo mundoO papel da família espírita está, portanto, na primeira vertente de educação, que fomenta no homem sua plenitude, como ser integral, visando a sua mais completa humanidade. Em última análise, a família deve formar o indivíduo para a sociedade, preparar o homem de bem, integrado ao novo tempo do nosso planeta.

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Educar para o mundo, para o novo mundo• Herculano Pires (Pedagogia Espírita): - Formação do novo homem é a tarefa da

Educação Espírita: 1. Educação Clássica greco-romana formou o

cidadão, o homem vinculado à cidade e suas leis, servidor do Império;

2. Educação Medieval formou o cristão, o homem submisso a Cristo e sujeito à Igreja, à autoridade desta e aos regulamentos eclesiásticos

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Educar para o mundo, para o novo mundo• 3. Educação Renascentista formou o gentil-homem,

sujeito e observador das etiquetas e normas sociais, apegado à cultura mundana;• 4. Educação Moderna formou o homem esclarecido,

amante da Ciência e das Artes, cético em matéria religiosa, vagamente deísta em transição para o materialismo;• 5. Educação Nova formou o homem psicológico do

nosso tempo, ansioso por se libertar das angústias e traumas psíquicos do passado, substituindo o confessionário pelo consultório psicanalítico.

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Educar para o mundo, para o novo mundo• Nesse continuum há progresso e o homem, de

submisso ao Estado ou a Deus, ganha progressivamente consciência de si mesmo.• Cabe, finalmente, à Educação Espírita, formar o

homem consciente do futuro, que já começa a aparecer na Terra, senhor de si e responsável direto e único por seus atos, pois conhecedor do seu destino e da razão de sua vida.

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Educar para o mundo, para o novo mundo• Allan Kardec, no Evangelho Segundo o Espiritismo,

magistralmente, elencou os caracteres do homem de bem, que devemos nos esforçar para construir em nós e em nossos filhos, para a construção de um amanhã melhor:

• “O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem.”

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Educar para o mundo, para o novo mundo• “Encontra satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços

que presta, no fazer ditosos os outros, nas lágrimas que enxuga, nas consolações que prodigaliza aos aflitos. Seu primeiro impulso é para pensar nos outros, antes de pensar em si, é para cuidar dos interesses dos outros antes do seu próprio interesse. O egoísta, ao contrário, calcula os proventos e as perdas decorrentes de toda ação generosa.”

•“Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperar paga alguma; retribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte, e sacrifica sempre seus interesses à justiça.”

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Bibliografia• CALLIGARIS, Rodolfo. A Vida em Família. IDE, 38ª edição.

Araras/SP, 2006.• CANHOTO, Américo. Pequenos Descuidos, Grandes Problemas.

Petit Editora. São Paulo/SP, 2008.• INCONTRI, Dora. A Educação Segundo o Espiritismo. Editora

Comenius, 8ª edição. Bragança Paulista/SP, 2008.• KARDEC, Allan. A Gênese;• O Evangelho Segundo o Espiritismo;• O Livro dos Espíritos.• MARTINS, Celso. Relacionamentos entre Pais e Filhos. DPL

Editora. São Paulo/SP, 2003;• PIRES, José Herculano. Pedagogia Espírita. Editora Paideia, 10ª

edição. São Paulo/SP, 2004.