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EDUCAÇÃO INFANTIL E SÉRIES INICIAIS: PERSPECTIVAS CONTEMPORÂNEAS AMÉLIA C. DE OLIVEIRA MARIA VALDENIR COSTA A EDUCAÇÃO INFANTIL COMO ESPAÇO BRINCAR E APRENDER Orientador: Jaqueline Delgado Paschoal Londrina 2012

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EDUCAÇÃO INFANTIL E SÉRIES INICIAIS: PERSPECTIVAS CONTEMPORÂNEAS

AMÉLIA C. DE OLIVEIRA MARIA VALDENIR COSTA

A EDUCAÇÃO INFANTIL COMO ESPAÇO BRINCAR E APRENDER

Orientador: Jaqueline Delgado Paschoal

Londrina 2012

Londrina 2.012

EDUCAÇÃO INFANTIL COMO ESPAÇO PARA BRINCAR E APRENDER

Trabalho apresentado à disciplina Especialização em Educação Infantil e Séries Iniciais: Perspectivas Contemporâneas, profª. Jaqueline Delgado Paschoal.

AMÉLIA C. OLIVEIRA MARIA VALDENIR COSTA

Londrina, _____de ___________de 20___.

JAQUELINE DELGADO PASCHOAL

Prof. Orientador Centro Universitário Filadélfia

JEANI DELGADO DE MOURA

Prof. Membro 2 Centro Universitário Filadélfia

MARTA DE R. DE OLIVEIRA FURLAM

Prof. Membro 3 Centro Universitário Filadélfia

AMÉLIA C. OLIVEIRA MARIA VALDENIR COSTA

EDUCAÇÃO INFANTIL COMO ESPAÇO PARA BRINCAR E APRENDER

Trabalho de Conclusão de Curso aprovado, apresentado à UNIFIL –

Centro Universitário Filadélfia, no Núcleo de Ciências Humanas e

Sociais, como requisito parcial para a obtenção do título de

Especialização em Educação Infantil e Séries Iniciais: Perspectivas

Contemporâneas, com nota final igual a _______, conferida pela

Banca Examinadora formada pelos professores:

AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente a Deus por ter proporcionado a nós

oportunidade de alcançar mais esse objetivo tão sonhado e desejado;

Aos nossos maridos, que passaram e superam conosco todas as

dificuldades para que pudéssemos continuar a estudar;

Aos nossos filhos que em tantos momentos precisaram

compreender a nossa ausência;

A todos os nossos familiares, por torcerem por nós;

A todos os nossos amigos que contribuíram com amizade e carinho

para a realização desta pesquisa;

E, a nossa professora e orientadora Jaqueline Delgado Paschoal por

ter paciência e compreensão conosco neste momento tão delicado da elaboração

deste trabalho científico e acima de tudo, por não ter desistido de nós, acreditando

que o nosso sonho era possível.

Onde há crianças

Há alegria... Há risos... Há choros... Há descobertas... Há curiosidades... Há molecagem... Há birra... Há arte... Há musica... Há amor... Enfim Há VIDA!!! E... Muitas dessas coisas Só “alguns” poderão Presenciar. (BATISTA, 2009)

FIGURAS

FIGURA 1 – Disponível em:

http://brincadeirasdeprofessor.blogspot.com/2010/10/dia-das-criancasdo-

professor.html

FIGURA 2 – Disponível em:

http://petragaleria.wordpress.com/tag/brincando/

FIGURA 3 – Disponível em:

http://www.tuktukmamamuk.com.br/tangram.html

FIGURA 4 – Disponível em:

http://www.docesonhodemenina.com.br/2011_12_01_archive.html

FIGURA 5 – Disponível em:

http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=1212

FIGURA 6 – Disponível em:

http://www.docesonhodemenina.com.br/2011_12_01_archive.html

FIGURA 7 – Disponível em:

http://niceaesamagiadeaprender.blogspot.com/2009/10/criancas-brincando.html

FIGURA 8 – Disponível em:

http://bebeaporter.com/2011/10/25/4623/

OLIVEIRA, Amélia C.; COSTA, Maria Valdenir. Educação Infantil como espaço para brincar e aprender. 2.012. 55 p. Trabalho de Conclusão de Curso de Especialização em Educação Infantil e Séries Iniciais: Perspectivas contemporâneas – Núcleo de Ciências Humanas e Sociais, Centro Universitário Filadélfia, Londrina, 2.012.

RESUMO

O presente trabalho monográfico apresenta-se como pesquisa bibliográfica que teve como objetivo compreender a construção da visão atual que temos sobre a Educação Infantil como espaço que propicia aprendizagem com uso de brincadeiras e jogos. Justifica-se a sua relevância pelo fato de ser a primeira modalidade de ensino que a criança passa, por esse motivo foi realizada uma pesquisa bibliográfica sobre as primeiras instituições responsáveis pelo atendimento da criança pequena nos países europeus e suas influências no Brasil, bem como a contribuição da Constituição Federal de 1988, Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990, Leis de Diretrizes e Bases 1996 e o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil em 1998, que trás em seu conteúdo a criança como portadora de direitos e que realizou uma grande contribuição para a construção da concepção de educação que temos hoje. Por conclusão, aponta-se a relevância do estudo em torno do processo pelo qual a história da educação infantil percorreu e pela visão da sua função pedagógica nas ações do cuidar, educar e brincar, tais ações que se inter relaciona-se com aprendizagem infantil e cria suportes para aprendizagem superiores, ao conhecer o histórico do atendimento a criança pequena torna-se possível conhecer, refletir, valorizar e formular novos conceitos e conhecimentos entorno dessa modalidade de ensino e repensar a nossa ação quanto professores.

Palavras - chave: História da Educação Infantil. Função Pedagógica. Brincadeiras e jogos.

OLIVEIRA, Amélia C.;COSTA, Maria Valdenir. Early Childhood Education as a space to play and learn. 2012. 55p. Completion of Work Specialization in Early Childhood Education and Initial Series: Contemporary Perspectives - Center for Humanities and Social Sciences, University Center Philadelphia, London, 2012.

ABSTRACT

This monograph presents itself as literature that sought to understand the current vision of early childhood education as a space that promotes learning through the use of fun and games. We performed a literature search on the first institutions responsible for the care of young children in European countries and their influence in Brazil, as well as the contribution of the Federal Constitution of 1988, the Child and Adolescent, 1990, Laws of 1996 and the Guidelines and Bases National Curriculum Reference Early Childhood Education in 1998, which brings in its content the child as having rights and who made a great contribution to the construction of the concept of education that we have today. In conclusion, pointed out the relevance of the study around the process by which the history of early childhood education and vision come from the pedagogical function in the actions of caring, educating and playing, such actions are inter related to children's learning and creating supports for higher learning.

Key-words: History of Early Childhood Education. Pedagogical Function. Fun and games.

LISTA DE ABREVIATURAS OU SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

UNIFIL Centro Universitário Filadélfia

LDB Leis de Diretrizes e Bases

ECA Estatuto da Criança e do Adolescente

RCNEI Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .................................................................................... 14

1 A FUNÇÃO PEDAGÓGICA NAS ESCOLAS INFANTIS: na

sociedade contemparânea ......................... Erro! Indicador não definido.

1.1 Resgate Histórico do Atendiemnto a CriançaErro! Indicador não

definido.

1.2 A Evolução do Atendimento Infantil no BrasilErro! Indicador não

definido.

1.3 A Regulamentação do Atendimento da Educação Infantil ........ Erro!

Indicador não definido.

2 A CONTRIBUIÇÃO DO BRINCAR PARA O DESENVOLVIMENTO E

APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL .................................... 24

2.1 A Brincadeira como Suporte para Aprendizagem .......................... 27

3 SUGESTÕES DE JOGOS E BRINCADEIRAS PARA A SALA DE

AULA .......................................................... Erro! Indicador não definido.

3.1 Brincadeiras com Luvas Coloridas ..... Erro! Indicador não definido.

3.2 Blócos Lógicos ................................... Erro! Indicador não definido.

3.3 Corrida do Barbante ........................... Erro! Indicador não definido.

3.4 Corrida da Serpente ....................................................................... 38

3.5 Trilha Matemática ........................................................................... 39

3.6 Tangran.............................................................................................40 3.7 Pega-pega da Bexiga ..................................................................... 41

3.8 Corrida do Contrário ....................................................................... 42

3.9 A Corrida dos Pés de E.V.A..............................................................43

3.10 Cantiga de Roda e Musicalização................................................. 44

3.11 Caça ao Tesouro .......................................................................... 44

3.12 Caranguejo.....................................................................................Erro! Indicador não definido. 3.13 Pipocas Meladas ............................. Erro! Indicador não definido.

3.14 Caixa Surpresa ............................................................................. 46

3.15 Construir e Desmanchar.................................................................47 4 CONSIDERAÇÃOES FINAIS ............................................................ 49

REFERÊNCIAS ..................................................................................... 51

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INTRODUÇÃO

A visão de criança e sua aprendizagem vêm com o tempo sendo

aprimorado e repensado, tanto pela sociedade acadêmica como também dentro da

família que atualmente preocupa-se com o sucesso escolar de suas crianças.

Alguns pais entendem que o ingresso da criança em um espaço

educacional no qual a criança terá o acesso à experiências e vivenciadas com outros

indivíduos que não faziam parte da sua primeira relação de socialização (família),

trás ganhos significativos para a construção da identidade e o cognitivo desta

criança, mas nem sempre ouve esse entendimento na questão da criança nas

Instituições infantis.

O espaço da educação infantil atualmente tem sido respeitado pelo

seu trabalho que acompanha duas ações primordiais ao lidar com criança pequena:

cuidar e educar. Por esse motivo acreditamos ser importante saber como se formou

essa concepção atual de educação infantil, que tem por finalidade educar, cuidar

aprender por intermédio de brincadeiras. O tema proposto justifica-se pela

importância dos profissionais da área da educação, principalmente os que trabalham

na educação infantil terem o conhecimento sobre todo processo pelo qual o

atendimento da criança percorreu tanto no Brasil como nos países europeus onde

surgiram.

Por esse motivo realizamos uma pesquisa bibliográfica que nos

dessem apontamentos e indícios sobre as primeiras manifestações de atendimento

e preocupação com aprendizagem infantil, como também o seu processo de

regularização como instituição responsável e suas definições de trabalho

metodológicas e pedagógicas, e a contribuição de estudos relacionados as

brincadeiras que oferecem o suporte para aprendizagem nessa etapa da vida de

toda criança.

No decorrer do trabalho analisamos como o processo foi sendo construído

conforme a sociedade foi sendo construída e repensada, em cada momento pelo

qual a sociedade passava o pensar sobre a criança também era reelaborado, com

isso foi possível a elaboração de documentos e pesquisas que reforçam o caráter

pedagógico dos Centros de Instituições Infantis, como também incluir as

brincadeiras e jogos como fontes ricas para o planejamento da aprendizagem

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infantil, já que as teorias entornam da área da educação trás grandes contribuições

que apontam que aprendizagem da criança é desenvolvida pelo trabalho lúdico que

o professor realiza em sala, não poderíamos deixar de contribuir com discussões

sobre os jogos e brincadeiras e também sugestões de atividades que nos auxilia no

trabalho com as crianças.

Por conclusão obtemos indícios de que há muito a que se estudar e

pesquisar sobre a aprendizagem, o processo pelo qual a criança passa para

construir seu cognitivo, físico e motor e também suas especificidades e sentimentos,

mas ao buscarmos documentos e teorias, percebemos que a sociedade está

buscando uma forma de melhorar o atendimento, ver e pensar a criança tanto em

aspectos Políticos e legais como também o entendimento de como a criança

percebe e se movimenta e age no mundo, fato estes que formaram construídos

durante anos a pequenos passos mais primordiais para as crianças serem

respeitadas hoje.

Se relembrarmos na história pode perceber que no primeiro

momento os espaços de atendimento á crianças, tinham caráter mais

assistencialista, atendendo as crianças nas suas necessidades e também com

ensino de algumas regras moral sendo um local de atendimento as crianças nos

quais os pais que trabalhavam colocavam seus filhos para que as cuidadoras ou

atendentes cuidassem enquanto eles trabalhavam, “As creches, escolas maternais e

jardins de infância tiveram somente no seu início, o objetivo assistencialista, cujo

enfoque era a guarda, higiene, alimentação e cuidados físicos das crianças”

(PASCHOAL, 2009, p.05).

Devido a grandes manifestações femininas que além de lutarem por

melhores condições de trabalho também começaram a pressionar o Estado para

garantir atendimento regulamentado e de boa qualidade em instituições para seus

filhos e a interferência que o Brasil sentia dos países europeus e dos Estados

Unidos e ainda mais com influencia da ONU, foi preciso regulamentar a situação das

instituições de educação infantil.

Por isso na Constituição Federal de 1988 foi abrindo espaço para

que outros documentos fossem elaborados como o Estatuto da Criança e do

Adolescente em 1990, a Lei de Diretrizes e Bases em 1996 e o Referencial

Curricular Nacional da Educação Infantil em 1998, que legitimaram a criança como

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portadora de direitos a serem assistidos, respeitados pela sua singularidade infantil.

Pode-se dizer que as criações de leis que regulamentavam a

Educação Infantil contribuíram para a melhora no atendimento dessas crianças e

cada lei contribuiu de forma eficaz para que hoje pudéssemos ter não o melhor

modelo de educação, mas uma tentativa de direcionamento da educação infantil.

Quando há um entendimento sobre a especificidade infantil, sabe-se

da importância da criança brincar e jogar, deste modo coloca essas ações como

ferramentas e suportes para aprendizagem infantil.

O jogo é uma necessidade do ser humano. É fundamental que

profissionais da educação tomem consciência de que as atividades lúdicas e infantis

fornecem informações elementares a respeito da criança.

Pais e educadores que respeitam a necessidade da criança de

brincar estarão construindo, portanto alicerces de uma adolescência

mais tranqüila ao criar condições de expressão e comunicação dos

próprios sentimentos e visão de mundo (OLIVEIRA, Vera Barros.p. 8,

2000).

Como visto em Oliveira (2000), essas ações precisão de serem

respeitadas pelos profissionais da educação e como também pela família para o

desenvolvimento da criança e as aprendizagens posteriores.

A realização desse trabalho nos possibilitou termos um olhar mais

otimista sobre a educação infantil no Brasil, em contato com contexto e construção

histórica do atendimento a criança pequena, vimos o quanto melhorou e temos a

esperança de melhorar ainda mais.

17

1. A FUNÇÃO PEDAGÓGICA NAS ESCOLAS INFANTIS: NA

SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA.

Hoje ao falarmos de criança, concepção de infância há muito a se

dizer, materiais a serem encontrados, grandes avanços nas ciências, legislação

enfim, atualmente muitas áreas do conhecimento investigam a criança e suas

especificidades e particularidades que a tornam seres únicos na sociedade atual,

mas ao se pensar em um contexto histórico podemos analisar que nem sempre foi

assim.

Durante muito tempo a criança foi vista como seres inferiores e

diferentes dos adultos, por esse motivo suas características distintas de conceber o

mundo não foram contempladas em estudos e preocupação da sociedade da Idade

Média (PASCHOAL, 2007).

Como diz WESCHENFELDER (p. 6, 1999), a infância é uma

produção social e histórica, por esse motivo realizamos um breve retrospecto na

história da educação e nos estudos percebemos como o processo de pensar a

infância foi sendo elaborado a cada modelo de sociedade, conforme está foi sendo

constituída a imagem da criança foi sendo pensada até o “modelo” que temos hoje,

sobre a infância.

1.1- Resgate histórico do atendimento a criança

Com a Revolução Industrial na Europa quando ocorreu o surgimento

do Capitalismo que se caracteriza pela passagem do modo artesanal (doméstico)

para maquino fatura (sistema fabril de produção), isso acarretou uma

desorganização na sociedade, pois neste momento não são os homens trabalhavam

mas também mulheres e crianças, em condições precárias e horários alternados de

modo que a fabrica fabricassem por 24 horas. Com o surgimento das Indústrias a

família ficou desestruturalizadas, desestabilizando hábitos e costumes familiares

(PASCHOAL, 2003).

As mães trabalhadoras tinham que deixar seus filhos aos cuidados

de alguém, com isso surgiram mulheres que não queriam trabalhar na dura rotina

fabril e se organizaram para cuidar das crianças das mães operárias, não havia uma

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intenção educacional propriamente dita, mas realizavam atividades de memorização

de rezas e cantos, ensino de bons hábitos de comportamento e internalização de

regras morais. Mas essa situação ocasionou muito sofrimento as crianças por serem

aceitos maus tratos, como diz RIZZO,

Criou-se uma nova oferta de emprego para as mulheres, mas aumentaram os riscos de maus tratos às crianças, reunidas em mais número, aos cuidados de uma única, pobre despreparada mulher. Tudo isso, aliado a pouca comida e higiene, gerou um quadro caótico de confusão, que terminou no aumento de castigos e muita pancadaria, a fim de tornar as crianças mais sossegadas e passivas, mais violência e mortalidade infantil. (RIZZO, 2003 apud PASCHOAL, 2007).

Com essa situação a filantropia tomou para si a atitude de acolher

essas crianças abandonadas à própria sorte, as primeiras instituições situadas na

Europa e nos Estados Unidos tinham como prioridade cuidar e proteger a criança,

com cuidados de guarda, higiene, alimentação e os cuidados físicos, mas as

creches, escolas maternais e jardins de infância a princípio estavam voltadas as

questões assistencialistas e custódia, mas também se preocuparam com a

educação.

Nos estudos de Kuhlmann (2001), as instituições apresentavam

desde início atividades pedagógicas, como ensino habilidades manuais de

artesanatos, moral, religiosidade, bons hábitos, alfabetização, danças, cantos entre

outras ações que “possibilitavam às crianças o desenvolvimento do raciocínio e o

julgamento correto diante das situações propostas pelo professor” (PASCHOAL,

2007).

Se na Europa e nos Estados Unidos houve a preocupação em

atender as crianças em todos os aspectos cuidados, guarda e educação, já no Brasil

a creche foi fundada exclusivamente como caráter assistencialista de atendimento,

no qual precisa ser analisado.

19

1.2 A Evolução da Educação Infantil no Brasil

No Brasil o processo de criação de instituições de atendimento a

criança foi um pouco diferente dos países europeus e nos Estados Unidos, porque

desde princípio o que foi predominante foi o caráter assistencialista a crianças de

classes menos favorecidas, somente com o passar dos anos foi que a sociedade se

organizou para programar Políticas Públicas que garantissem o direito de

acessibilidade e garantia de atendimento digno e pedagógico para crianças em

idade fora da escolaridade regular.

A primeira ação de atendimento as crianças no Brasil e a mais

duradoura foram à roda dos expostos e ou excluídos,

Esse nome provém do dispositivo onde se colocavam os bebês abandonados e era composto por uma forma cilíndrica, dividida ao meio por uma divisória e fixado na janela da instituição ou das casas de misericórdia. Assim, a criança era colocada no tabuleiro pela mãe ou qualquer outra pessoa da família; essa, ao girar a roda, puxava uma corda para visar a rodeira que um bebê acabava de ser abandonado, retirando-se do local e preservando sua identidade (PASCHOAL, p. 8. 2007).

Este modelo de atendimento teve seu termino em meados de 1950,

sendo o Brasil o último país a extinguir esse sistema, as outras instituições de

atendimento a crianças menores foram organizadas pela sociedade filantrópica, no

período em que havia abolição da escravatura no país, migração para grandes

cidades e início da República, final do século XIX havia muitas mulheres

trabalhadoras que precisavam de um espaço que atendessem seus filhos.

Com alto índice de mortalidade infantil e maus tratos à criança o

poder jurídico-policial é quem acompanhava a implementação de creches e jardins

no período do final do século XIX e as primeiras décadas do século XX, a trajetória

da educação das crianças pequenas foi marcada pelo zelo da ênfase higienista e de

custódia, proporcionando saúde e proteção.

No Brasil, a partir dos anos 70, a educação começou a ser pensada

e questionada ganhando destaque entre as políticas governamentais e constituir-se

como foco de estudo pelos estudiosos brasileiros (SOUZA, p. 34.1997).

Com a decretação pela ONU (Organização das Nações Unidas) do

20

Ano Internacional da Mulher (1975) surgem grandes manifestações de núcleos

feministas com novos questionamentos e revisões de objetivos e significados sobre

o atendimento a crianças, tais como clientela e acesso de todas as crianças

independentes se a mãe trabalhe ou não e reivindicações de mais creches,

(ROSEMBERG, 1989, p. 96 apud SOUZA, p. 35, 1997).

Essa reivindicação era baseada no movimento da privação cultural,

que “considerava que o atendimento à criança pequena fora do lar possibilitaria a

superação das precárias condições sociais a que ela estava sujeita. Era a defesa de

uma educação compensatória” (PASCHOAL, 2007).

Neste contexto havia dois tipos de atendimento, as crianças das

camadas pobres acolhida pelas instituições públicas eram atendidas quanto as suas

necessidades de acolhimento, atenção e privação, já as crianças da rede particular

estavam amparadas com o cunho pedagógico que recebiam uma educação que

promovia a sociabilidade e criatividade (KRAMER, 1995 apud PASCHOAL, 2007).

Neste momento ocorreram mudanças no cenário do atendimento a

crianças pequenas, com forte influência industrial, consideravam que as creches, as

escolas maternais e os jardins de infância deveriam seguir uma proposta de

atendimento educacional desprendendo da responsabilidade da Assistência Social

passando para o setor da educação (KULHMANN, 1998, p. 82).

Todas essas ações foram tomadas pela as grandes manifestações

que questionavam o Poder Público, pois viam que havia uma grande diferença entre

o atendimento assistencial que eram o oferecido a camadas pobres enquanto a

famílias de classes mais favorecidas o entendimento sobre o atendimento a crianças

eram totalmente diferente, realizando desta forma um trabalho pedagógico. Com

tudo havia uma grande discrepância entre os dois modos de atender a criança um

assistencial o outro educativo, precisava unificar e pensar o modo que fizesse com

que o atendimento tivesse um só direcionamento, no caso a educação.

1.3 A Regulamentação do Atendimento da Educação Infantil

Devido à preocupação em atender a criança no aspecto educacional

independentemente do caráter social, foi preciso regulamentar o atendimento da

21

criança no âmbito de legislação, foi somente com a Carta Constitucional de 1988

que o direito a educação foi garantido a todas as crianças, dever do estado garantir

o acesso e opcional á família, a partir desse documento fica legitimado a inclusão da

creche e da pré-escola (crianças de zero a seis anos de idade) no sistema

educativo, transferindo a responsabilidade para educação tendo esta que

desenvolver um trabalho educacional (BRASIL, 1988).

Este documento representou um grande avanço na concepção de

criança, tendo está o direito garantido por lei de portadora de direitos, e não mais

sendo considerada objeto de tutela.

Logo após com a aprovação da Constituição Federal de 1988, foi

aprovado o Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei 8.069/90, que complementou

a Constituição de 1988, quando inseriu a criança e o adolescente no mundo dos

direitos humanos, tendo acesso às oportunidades de “desenvolvimento físico,

mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade” e também

“a criança terá ampla oportunidade para brincar e divertir-se, visando os propósitos

mesmos da sua educação e a sociedade e as autoridades públicas empenhar-se-ão

em promover o gozo deste direito” (BRASIL, 1999 p.2).

O ECA contribui para a sociedade elaborar um novo olhar sobre a

criança, pois como estabeleceu um sistema de elaboração de fiscalização de

políticas públicas voltadas para infância, sendo uma tentativa de impedir desvios de

verbas e violações dos direitos das crianças, e ainda mais reforçando o direito de

afeto, brincar, querer, não querer, direito de conhecer e sonhar, considerando a

criança como atores do próprio desenvolvimento.

Em concordância a Constituição de1988 e ao ECA de 1996,

destaca-se a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996, que inseriu a

educação infantil como o primeiro nível de ensino, não obrigatório, mais com função

educativa que teria que ser planejada e organizada de tal forma que contemple a

aprendizagem infantil e o desenvolvimento integral (desenvolvimento físico, motor,

emocional, social e intelectual).

Quando a LDB inseriu a educação infantil como modalidade de

ensino, ouve o desligamento das secretarias de assistência social, reintegrando o

atendimento a educação para a secretaria de educação isso foi possível pela

22

compreensão da articulação do cuidar e educar, essa atitude foi em função de

progredir para o trabalho educativo – pedagógico, também estabeleceu as questões

profissionais como formação, piso salarial, carga horária.

Após dois anos da aprovação da LDB, o Ministério da Educação

publicou em 1998 o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil, este

subsídio contribuiu para implementação de práticas educativas de qualidade dentro

dos Centros de Educação Infantil (creches),

O Referencial não é obrigatório é flexível as diversidades da

sociedade brasileira e faz articulação entre as três instâncias determinantes do

projeto educativo para Educação Infantil, práticas sociais, políticas públicas e

sistematização dos conhecimentos pertinentes a essa faixa etária de zero a seis

anos de idade.

Este oportuniza uma reflexão educacional sobre as especificidades

da criança na educação infantil, com conteúdos pertinentes, orientações didáticas e

pedagógicas tanto para profissionais como também para família e sociedade, enfim

a função pedagógica do atendimento a educação infantil.

A elaboração do Referencial trouxe muitos ganhos para Educação

Infantil, porque em seu conteúdo viabilizou na prática e reafirmou que no trabalho do

atendimento a criança é possível cuidar e educar a criança contemplando desta

forma a função pedagógica da instituição.

O cuidar e o educar são ações que caminham junto dentro da

educação infantil fica muito difícil separá-las, pois o cuidar do outro, transmitir

valores e conhecimento, demonstra estar preocupado com a aprendizagem do outro

é uma forma de socialização e relacionamento entre si e pelo o outro, o cuidar esta

relacionada á vários aspectos do desenvolvimento afetivo, cultural, social, bem como

o próprio Referencial nos diz sobre o cuidar presente no desenvolvimento integral da

criança,

O desenvolvimento integral depende tanto dos cuidados relacionais, que envolvem a dimensão afetiva e dos cuidados dos aspectos biológicos do corpo, como a qualidade da alimentação e dos cuidados com a saúde, quanto a forma que esses cuidados são oferecidos e das oportunidades de acesso a conhecimentos variados (BRASIL, p. 24, 1998).

A educação infantil incorpora de maneira integral a relação do

23

cuidar, educar e aprender, cumprindo o seu papel de socializador e oferecendo

diversas relações de interação nos mais variados contextos sociais e culturais,

propiciando o desenvolvimento da identidade da criança,

Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidado, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. BRASIL, p.23,1998).

A entrada da criança em Centros de educação infantil oportuniza e

expansão de contatos com pessoas de diferentes pensamentos possibilitando a

criança a interagir com outras pessoas e aprender novas formar de se expressar no

mundo, e através das brincadeiras é que elas vão adquirir conhecimento sobre a

realidade (BRASIL, 1998 b).

O Referencial contempla a brincadeira como forma de expressão e

aprendizagem da criança,

Por meio das brincadeiras os professores podem observar e constituir uma visão dos processos de desenvolvimento das crianças em conjunto e de cada uma em particular, registrando suas capacidades de uso das linguagens, assim como de suas capacidades sociais e dos recursos afetivos e emocionais que dispõem (p. 28, 1998).

A partir desse entendimento a maioria da pesquisas e teorias que

atuam sobre a aprendizagem ressalta a importância do brincar para a elaboração da

aprendizagem significativa para a criança. Temos atualmente um vasto material

teórico que reforçam e complementam o entendimento entorno da aprendizagem

infantil, muitos desses estudos são citados nos documentos oficiais e norteiam as

elaborações do Projeto Político Pedagógico, a didática do professor como também a

metodologia a ser aplicada em concordância a fase em que a criança está.

24

2 A CONTRIBUIÇÃO DO BRINCAR PARA O DESENVOLVIMENTO E

APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL.

O brincar está presente desde nascimento da criança. Quando bebê

da se muita ênfase nos objetos que os motiva por mera exploração (motivação do

exterior), como mordedor, chocalho entre outros, posteriormente consegue fazer

relação ao que vê, diferenciando os campos do significado da visão passando agora

para o campo das idéias representando o objeto de outras formas, dinheiro

representado por folhas de arvores (motivação interna) o “faz de conta”.

O brincar de faz de conta está presente no início da idade pré-

escolar, pois as crianças querem ter acesso há objetos que não são acessíveis a

elas, os objetos do mundo adulto esforçam-se para agir como um adulto realizando

as mesmas atividades, mamãe-filhinho, dirigir um carro, vendedor, médico etc.

Brincadeiras e jogos não são meros passatempos divertidos, eles

têm papel fundamental no desenvolvimento da criança. Brincar é uma atividade

cotidiana na vida das crianças. O autor CHATEAU (1987) escreve que o brincar é

um ato característico da infância e afirma que a infância não existe sem o brincar. O

brincar é inato, podendo ser observado em bebês desde pequenos.

A criança quando brinca tem como objetivo a própria ação do brincar

(fazer), não importando o resultado que este “fazer” proporciona. E o brinquedo é a

forma pela qual ela resolve a maioria dos conflitos criados pelas limitações do

mundo em que vive e que é, eminentemente, um mundo dos adultos.

Há educador que acredite em “hora de aprender” e “hora de brincar”,

como se essas duas ações fossem desassociadas. Ainda hoje, na visão do

educador a brincadeira e o estudo ocupam momentos distintos na vida das crianças.

O recreio foi feito para brincar e a sala de aula para estudar, cabe a

outro profissional o papel de interagir com o aluno em uma brinquedoteca, e o

parque, é apenas um momento de descanso dos afazeres escolares ou para distrair

a turma, muitas vezes com brinquedos inadequados para a idade ou longe do

alcance das crianças. No entanto, brincar é uma ótima forma de aprender.

25

Sobre a importância do ato de brincar para o desenvolvimento

psíquico do ser humano, Bettelheim afirma que:

Nenhuma criança brinca espontaneamente só para passar o tempo. Sua escolha é motivada por processos íntimos, desejos, problemas, ansiedades. O que está acontecendo com a mente da criança determina suas atividades lúdicas; brincar é sua linguagem secreta, que devemos respeitar mesmo se não a entendemos (Bettelheim, 1984, p. 105).

A criança quando brinca cria situações imaginárias que sabemos

que não vem da imaginação totalmente inata, mas ao contrário, “as condições da

ação que tornam necessária a imaginação” (Leontiev 1998, p. 130). Fato que

colabora para a sua ação comportando – se como se estivesse agindo no mundo do

adulto.

Enquanto brinca ela cria e repensa o seu conhecimento sobre o

mundo e o amplia, uma vez que ela pode fazer de conta e colocar-se no lugar do

adulto, a fazer descobertas e vivenciando situações reais ou ficcionais, fantásticas

sabendo que está brincando.

Através do ato de brincar, encontram a solução de problemas, ao

reconhecimento de si e de suas relações com o outro e com o mundo externo.

Possibilitam a construção de significados, indagações, hipóteses, investigações e

transformações do próprio significado, e revelam toda a magia do universo infantil.

Um dos objetivos essenciais que traz o uso destes, entre outros

também muito relevantes, é o convívio social, é a interação com o outro que

possibilitará a criança suprir seu egocentrismo, despertar a cooperação,

competitividade. Além de estimular a curiosidade, a autoconfiança e a autonomia,

proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento, da confiança e

atenção. Este confronto de idéias gera um ambiente propicio para a construção do

conhecimento, assim sendo o uso de jogos e materiais concretos na dinâmica de

grupo são fundamentais para o pleno desenvolvimento cognitivo da criança.

O desenvolvimento é observado por meio das transformações

produzidas pelo processo de aprendizagem em outras palavras, aprendizagem gera

o desenvolvimento.

26

O conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal se relaciona ao

processo que ocorre entre aquilo que já está aprendido numa área, (denominada

Zona de Desenvolvimento Real) e aquilo que pode vir a ser

aprendido/desempenhado com a ajuda de um outro que pode ser uma outra criança

ou um adulto – na chamada Zona Desenvolvimento Potencial. Nesse intervalo entre

as duas zonas emerge a Zona Proximal, na qual novas funções estão

potencialmente se desenvolvendo e criando novas aprendizagens.

O que denominamos de “intervalo” não sugere uma pausa estática,

mas sim um processo dinâmico, contínuo e influenciado pelas constantes

transformações na relação entre desenvolvimento e aprendizagem.

A relação entre o brincar e o desenvolvimento é um ponto

fundamental, no qual o brinquedo atua como criador de uma Zona de

Desenvolvimento Proximal, na medida em que torna possível, por meio do suporte

imaginário, que a criança aja de uma forma além do seu comportamento habitual.

É nesse sentido que a brincadeira pode ser considerada um

excelente recurso a ser usado quando a criança chega à escola, por ser parte

essencial de sua natureza, podendo favorecer tanto aqueles processos que estão

em formação, como outros que serão contemplados.

A relação entre o desenvolvimento, o brincar e a mediação são

primordiais para a construção de novas aprendizagens e da consciência.

No brincar, o indivíduo, o espaço e possíveis objetos da brincadeira

saem da esfera exclusivamente utilitária, e esta situação inclui diferentes graus de

subjetividade. O mundo interno das crianças emprega parâmetros de uma realidade

percebida por ela, que não coincidem necessariamente com as leis que governam a

materialidade do objeto externo.

Os efeitos externos são brandos e o objeto revela uma vitalidade

mais profunda por seu calor subjetivo, pela interação imaginativa e corporal entre a

criança e o objeto. Nesse justo momento há um relaxamento das defesas

conscientes e se dão passos para experiências subjetivas que se encontra em níveis

mais profundos, dissolvendo as divisões entre o que está dentro e o que está fora,

27

comunicando a experiência do ser. O brincar opera nesta unidade subjetiva,

entendido como atitude do corpo e da mente, que determina uma conduta pensante.

2.1. A brincadeira como suporte para aprendizagem

Depois de toda discussão entorno da importância sobre a

brincadeira é necessário ressaltar que tem que ocorrer uma intervenção pedagógica

para que o jogo se torne útil à aprendizagem. O professor deve auxiliar na

construção do conhecimento, motivando a cooperação entre os alunos, entretanto,

sem uma constante interferência.

Ensinar não é uma simples transmissão de conhecimento. Ensinar é um processo de

construção do conhecimento que só se dá com a participação ativa do educando.

Por isso, para se obter essa participação, é que se lança mão de

estratégias como jogos e brincadeiras, com um fundo educativo. Sendo assim,

aprender se torna também, um grande prazer e os educandos passam a ver a

escola como um lugar prazeroso. Desta forma, considerando o brincar como parte

da natureza humana e indicada por documentos legais como RCNEI, ECA e os

PNCs, são fundamentais, a sua inserção na prática da educação infantil.

Para a realização de uma prática pedagógica eficiente através dos

jogos, é necessário que o professor esteja preparado para exercer plenamente suas

funções com responsabilidade e competência, estando consciente de que, ao utilizar

os jogos em sua sala de aula, precisam saber quais objetivos deseja alcançar e

quais potencialidades almejam desenvolver em seus alunos. Para isso, é essencial

que escolha o jogo adequado para o momento educativo a que se propõe,

explorando de maneira significativa as finalidades educativas de cada jogo realizado

Com a utilização de jogos pedagógicos em sala de aula o papel do

aluno centra-se na observação, levantamento de hipóteses, comparações,

argumentações, criação de estratégias e cabe ao professor apenas orientar e mediar

a busca de soluções.

O ato de divertir-se vai oportunizar as vivências às vezes inocentes e

simples da essência lúdica de crianças, possibilitando o aumento da auto-estima, o

28

auto-conhecimento de suas responsabilidades e valores, a troca de informações e

experiências corporais e culturais, por meio das atividades de socialização. Ainda é

oportunizado às crianças, o enriquecimento de suas próprias capacidades, mediante

estímulo à iniciativa, à melhoria nos processos de comunicação e principalmente a

optar por ações que incentivem a criatividade, que é certamente uma característica e

um objetivo fundamental da atividade Lúdica, seja ela uma brincadeira, jogo ou

brinquedo em suas diversas formas de realização.

Brincando, ela aprende sobre o mundo que a cerca, integrando-se.

Neste sentido SMOLE (2000) coloca que ao brincar,

a criança se defronta com desafios e problemas, devendo constantemente buscar soluções para situações a ela colocadas. A brincadeira auxilia a criança a criar uma imagem positiva de si mesma, manifestar gostos, desejos, dúvidas, mal-estar, críticas, aborrecimentos, etc. Se observarmos uma criança brincando, constatamos que nesse brincar está presente a construção de representações de si mesma, do outro e do mundo, (...). Através do brincar a criança consegue expressar sua necessidade de atividade, sua curiosidade, seu desejo de criar, de ser aceita e protegida, de se unir e conviver com os outros, (p.15).

Quando observamos a criança jogar podemos perceber o quanto ela

desenvolve sua capacidade de fazer perguntas, buscar diferentes soluções,

repensar situações, avaliar suas atitudes, elaborar estratégias, arriscar soluções

buscando resolver problemas. Os jogos resgatam o interesse dos alunos em

aprender, muda a rotina da classe. Os jogos possibilitam à criança aprender de

forma prazerosa, num contexto desvinculado da situação de aprendizagem formal.

A criança demonstra na brincadeira as suas mudanças mais

significativas do seu desenvolvimento psíquico preparando-as para transição do

conhecimento novo ao mais elevado nível de desenvolvimento, no qual a atividade

mais significativa é a ação e não o resultado.

A evolução da brincadeira para Vygostsky (1998) e Leontiev (1998b)

se dá desde situação imaginaria com regras ocultas, para um jogo com regras a

claras mais contendo sempre as regras ocultas.

A imaginação da criança é segundo Vygostsky (1998) uma atividade

29

consciente no qual compreende por consciência o fruto de uma atividade reflexiva

sobre a ação realizada, partindo do pressuposto de que a criança tem consciência

que não é real e que naquele momento é a mãe e pode agir como tal a famosa frase

“é di mentirinha”, ou até mesmo a linha traçada no chão representando o muro e que

não pode pular.

A consciência reflexiva é um processo de construção que tem sua

constituição no desenvolvimento das funções psíquica elementares: percepção

significante, movimento voluntário, pensamento verbal-lógico, a fala interior,

memória semântica e atenção voluntária.

A imaginação para Vygotsky 1997:

em sua acepção vulgar somente entende-se por imaginação ou fantasia ao irreal, ao que não se ajusta à realidade e que, portanto, carece de valor prático. Entretanto, a imaginação, como base de toda atividade criadora, se manifesta por igual em todos os aspectos da vida cultural, possibilitando a criação artística, científica e técnica. Neste sentido, absolutamente tudo o que nos rodeia e que foi criado pela mão do homem, todo o mundo da cultura, se diferencia do mundo da natureza, todo ele é produto da imaginação e da criação humana, baseada na imaginação (p.9,10).

Sobre a imaginação Vygotsky descreve quatro leis que a regem:

1) A imaginação é apoiada na experiência que a criança estabelece

com seu meio físico, afetivo e sócio-histórico. Isto é, a representação no brincar está

mais próxima da lembrança de algo que já tenha conhecido do que da imaginação

pura;

2) Há uma estreita vinculação entre fantasia e realidade, estando

ambas numa correlação recíproca. Se, na primeira lei, a imaginação se apóia na

experiência, esta última, por sua vez, também passa a constituir-se por meio da

fantasia. É neste momento que entra as explicações dadas pelas crianças sobre os

questionamentos do mundo, elaborando as suas hipóteses sobre a questões.

3) O conteúdo emocional envolve todas as formas de vinculação

entre a imaginação e a realidade, sendo uma força ativa e presente em todos os

processos da vida psíquica. Os sentimentos influenciam a imaginação, e esta, por

30

sua vez, influi nos sentimentos. É nessa perspectiva que muitos autores se baseiam

para utilizar as brincadeiras como recurso de tratamento, tais como Ludoterapia.

Acreditando que é no brincar que o individuo, criança ou adulto, pode ser criativo e

utilizar sua personalidade integral: e é somente sendo criativo que o individuo

descobre o eu (self).

4) Comprova-se uma dimensão da criação artística e científica que

rompe com o conceito de “realidade” baseado na probabilidade coincidente com os

referenciais propiciados pela experiência humana e abrem caminhos para níveis

mais complexos de pensamento criativo e processos de imaginação.

A imaginação, como função base da consciência, é constituída,

essencialmente, para resolver os conflitos infantis diante da necessidade e do

desejo de tornar realizável aquilo que lhe é irrealizável, devido à sua precariedade

de agir no mundo “real”, dos adultos.

A função do brincar na atividade infantil é vital para a constituição da

atividade imaginária. Por meio da interação entre a experiência e a fantasia, na

atividade lúdica, a criança constrói noções, tais como as de si mesma e as da

realidade.

O faz-de-conta baseado na imaginação e na experiência apresenta

mesmo em seus níveis denominados de pré-conscientes (não reflexivos), os

elementos organizadores das regras de seu contexto sócio-histórico, ou seja, a

imaginação não é um produto desvinculado de seu meio ambiente. Ela é, ao mesmo

tempo, estruturada (pela) e estruturante da realidade.

Tomando como exemplo as crianças das favelas que tem os

bandidos como objetos de identificação, por viverem nas mesmas condições no

mesmo espaço é mais comum brincar de bandido do que fazer de conta que é rico,

e como o “ser” rico é algo muito distante, eles internalizam algumas regras ocultas

de que não se pode ter.

Relacionando experiência e imaginação, por meio da brincadeira, a

criança começa a organizar sua consciência (reflexiva) com o desenvolvimento das

funções psíquicas superiores, assim compreendida:

31

A) Percepção significante: a criança torna-se capaz de agir

relacionando o campo do significado e o da ação. Não mais submetida à primazia

das informações sensoriais de quando era bebe e sim capaz de agir numa esfera

cognitiva, a criança começa a desenvolver ações organizadas em idéias

independentes daquilo que vê;

B) Movimento voluntário: a ação voluntária constitui-se no

deslocamento da fala em relação com a ação. No princípio, a criança age

independente da fala. Com o decorrer de seu desenvolvimento, fala e ação passa a

organizar o comportamento, juntas. Num terceiro estágio, a fala internalizada é

capaz de organizar e planejar as ações futuras. No brinquedo a criança vivencia

todas essas passagens, constituindo, por meio destas, as noções de passado,

presente e futuro;

C) Pensamento verbal-lógico: no brinquedo a criança é capaz de

agir num grau de transição entre os objetos concretos (um cabo de vassoura) e o

pensamento abstrato (cavalo de pau). Observa-se uma operação que, iniciada como

significado de coisas, se transfere para o significado ideativo das idéias. A

capacidade de substitui um objeto (concreto) por outro (abstrato), e uma ação por

outra, contribui para estabelecer as possibilidades de fazer escolhas conscientes;

D) A Fala Interior: a fala interior é o terceiro estágio do

desenvolvimento que é antecedida pela fala social e egocêntrica. Com a

internalização da fala, a criança é capaz de estabelecer a consciência reflexiva. No

brinquedo, a criança pode estabelecer as relações necessárias para a

internalização, por meio das estratégias que envolvem a dinâmica ação/fala/ação e

por sua capacidade de ir estabelecendo continuas construções na relação entre fala

e objeto. Em Vygotsky, surge a compreensão de que a criança, precocemente, já é

capaz de utilizar as regras gramaticais em seu discurso, sem que seja capaz de

dominá-las voluntariamente, ou seja, pela consciência reflexiva.

E) Memória Semântica: a memória surge no brinquedo por meio da

capacidade que a criança demonstra em criar, no mundo do faz-de-conta, situações

que observa em seu cotidiano. Assim, é capaz de reconstruir na vida diária,

situações do mundo real percebidas em sua experiência.

32

F) Atenção Voluntária: a atenção é uma função “chave” para a

construção de todas as outras e, por outro lado, necessita destas contribuições

solidárias para constituir-se como foco de interesse visando a realização de uma

atividade.

Por meio dela, e no brinquedo, a criança é capaz de reorganizar

todo o seu campo espaço-temporal, com o concomitante auxílio da fala. A fala age

como organizadora para focar a atenção em atividades que exigem dinâmicas mais

complexas, reflexivas.

O comportamento da criança se modifica diante de atividades

lúdicas, expressando-se espontaneamente, interagindo com mais facilidade tanto

com os colegas como com o professor demonstrando realmente sua capacidade

diante de situações desafiadoras, sua criatividade e suas alternativas. Por meio do

suporte imaginário, que a criança age de uma forma além.

As crianças sentem a necessidade de movimentar seu corpo e suas

idéias, de falarem, de representarem e é através das brincadeiras que isso é

possível. Elas não brincam por brincar. Em suas brincadeiras estão pensando

exercitando sua capacidade de elaboração e compreensão de situações. Jogar é

uma atividade natural do ser humano. Ao brincar e jogar, a criança fica tão envolvida

com o que está fazendo, que coloca na ação seu sentimento e emoção.

O jogo, assim como a atividade artística, é um elo integrador entre

os aspectos motores cognitivos, afetivos e sociais. Pode-se considerar que as

brincadeiras fazem parte do dia-a-dia da criança e que se faz necessário um resgate

da importância a respeito de crianças e suas relações com brincadeiras e o jogo,

dando à educação grande contribuições sobre o processo e desenvolvimento

humano.

O brinquedo não só possibilita o desenvolvimento de processos

psíquicos, por parte da criança, como também serve como instrumento para

conhecer o mundo físico (e seus usos sociais) e, finalmente, entender os diferentes

modos de comportamento humano (os papéis que desempenham, como se

relacionam e os hábitos culturais...). Para que as brincadeiras infantis tenham lugar

33

garantido no cotidiano das instituições educativas é fundamental a atuação do

educador. É importante que as crianças tenham espaço para brincar, assim como

opções de mexer no mobiliário; que possam, por exemplo, montar casinhas,

cabanas, tendas de circo, etc. O tempo que as crianças têm à disposição para

brincar também deve ser considerado: é importante dar tempo suficiente para que as

brincadeiras sujem, se desenvolvam e se encerrem. (REGO citado por TELES,

1999, p.16).

O verbo brincar acompanha a criança diariamente. Brincar sempre

foi e sempre será uma atividade espontânea e muito prazerosa, acessível a todo o

ser humano, de qualquer faixa etária, faixa social ou condição econômica.

Brincar é tão importante quanto estudar, ajuda a esquecer

momentos difíceis. Quando a criança brinca consegue, sem muito esforço, encontrar

respostas que variam as indagações. A brincadeira auxilia sanar dificuldades de

aprendizagem, e na interação aluno professor como ser semelhante.

Brincar é além de tudo, importante para o desenvolvimento dos

músculos, da mente, sociabilidade, a coordenação motora e além de tudo deixa

qualquer criança feliz.

Segundo o RCNEI (Referencial Curricular Nacional para a Educação

Infantil -1998) o brincar é um dos eixos do conteúdo da educação infantil, devendo a

instituição favorecer momentos em que a brincadeira ganhe espaço não entendendo

a brincadeira como sendo somente uma distração para as horas livres.

No RCNEI (1998) o brincar é colocado como um princípio para as

atividades da educação infantil que contribui para o exercício da cidadania, “... o

direito das crianças a brincar, como forma particular de expressão, pensamento,

interação e comunicação infantil” (p.13). O referencial traz também outras razões

que reforçam os motivos de uso para as brincadeiras, como por exemplo: “A

brincadeira favorece a auto-estima das crianças (...). Brincar contribui, assim, para a

interiorização de determinados modelos de adulto, no âmbito de grupos sociais

diversos (...)” (p.27).

Entendemos que o brincar na Educação Infantil serve como

34

orientador e estimulador para o desenvolvimento infantil, muito importante no

desempenho de suas atividades. Para ele acontecer, é necessário que o professor

tenha consciência do valor das brincadeiras e jogos para a criança, o que para tanto,

indica a necessidade deste profissional conhecer as implicações nos diversos tipos

de brincadeiras - orientadas, livres, com regras, faz-de-conta e outras -, bem como

usá-las e orientá-las,

É preciso que o professor tenha consciência que na brincadeira as

crianças recriam e estabilizam aquilo que sabem sobre as mais diversas esferas do

conhecimento, em uma atividade espontânea e imaginativa (p.29). Quando o RCNEI

(1998) trata o professor como mediador, novamente aponta o brincar enquanto

instrumento próprio e necessário da criança.

A literatura atual trás um arsenal de atividades lúdicas, recreativas

que oportunizam, estimula e prepara as crianças para as aprendizagens posteriores,

brincadeiras e jogos podem ser trabalhados em sala aproveitando todo o espaço da

instituição e criando uma esfera divertida e interessante para as crianças.

35

2. SUGESTÕES DE JOGOS E BRINCADEIRAS NA SALA DE

AULA

Em base de tudo o que vimos, lemos e pesquisamos acreditamos que

precisaríamos contribuir com algumas atividades a serem desenvolvidas em sala

com as crianças para auxiliar os professores em algumas atividades e inseri-las em

seu cotidiano estimulando e possibilitando uma maior possibilidade da criança se

desenvolver plenamente de acordo com a idade e a fase que ela se encontra.

Como foram já discursados os jogos e brincadeiras favorecem a

aprendizagem não só cognitiva como também lidar com frustrações, regras morais

de comportamento e convívio social entre tantas outras habilidades e sentimentos

que podem ser elaborados e organizados.

3.1 BRINCADEIRAS COM LUVAS COLORIDAS

CONTEÚDOS

Percepção visual e sensitiva.

RECURSOS

Mãozinhas de borracha (mordedor);

Luvas cheias (bolinhas coloridas e chocalhos dentro) e diversas texturas

(linha, lã, solft, coura, tactel);

Luvas cirúrgicas.

OBJETIVOS:

Recapturar as memórias dos bebês de suas explorações iniciais com os

mordedores e colocar novas ações para elaboração de novas combinações.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:

Colocar no meio da sala duas bacias com diferentes tipos de luvas em seu

interior, convidar os bebês para brincar e deixá-los explorar os objetos por 10

minutos. A seguir, a professora entre e realiza ações diversas com os objetos,

convocando os bebês para a imitação, algumas delas semelhantes às ações dos

bebês e outras, de modelos novos.

36

As imitações (novas e já conhecidas) propostas aos bebês deverão

ser:

Balançar a luva, fazendo barulho;

Tirar as bolinhas de dentro da luva;

Colocar e tirar a luva nas próprias mãos;

Colocar a bolinha de dentro da luva na cabeça e deixá-la cair;

Fazer carinho com a luva no rosto dos bebês.

*Adaptação do livro “Entre fraldas. Mamadeiras. Risos e choros” – Cleide V. M. Batista.

3.2. BLOCOS LÓGICOS

CONTEÚDOS

Comparação de atributos;

Negação e Classificação.

MATERIAIS

Blocos lógicos.

OBJETIVOS

Formular hipóteses para

resolução dos desafios.

PROCEDIMENTOS

METODOLÓGICOS

Primeiramente é contada para as crianças A HISTÓRIA DO PIRATA: "Era

uma vez um pirata que adorava tesouros. Havia no porão de seu navio um baú

carregado de pedras preciosas. Nesse porão, ninguém entrava. Somente o pirata

tinha a chave. Mas sua felicidade durou pouco. Numa das viagens, uma tempestade

virou seu barco e obrigou todos os marinheiros a se refugiarem numa ilha. Furioso, o

pirata ordenou que eles voltassem a nado para resgatar o tesouro. Mas, quando

Figura 1- O menino pirata.

37

retornaram, os marujos disseram que o baú havia sumido. 'Um de vocês pegou',

esbravejou o pirata desconfiado”.

Nesse ponto, começa o jogo com as crianças. Peça que cada uma escolha

um bloco lógico. Ao observar as peças sorteadas, escolha uma delas sem comunicar

às crianças qual é. Ela será a chave para descobrir o "marujo" que está com o

tesouro. Apresente então um quadro com três colunas (veja abaixo). Supondo que a

peça escolhida seja um triângulo pequeno, azul e grosso, você diz: "Quem pegou o

tesouro tem a peça azul". Pedindo a ajuda das crianças, preencha os atributos no

quadro. Em seguida, dê outra dica: "Quem pegou o tesouro tem a forma triangular".

Siga até chegar ao marinheiro que esconde o tesouro.

* Adaptação do site http://carlaepigmeus.blogspot.com/2009/04/blocos-logicos.html (acesso

no dia 15/11/2.011 às 10:43).

3.3. CORRIDA DO BARBANTE

CONTEÚDO

Atenção e Concentração;

Cooperação.

OBJETIVOS

Valorizar ações de cooperação e solidariedade, desenvolvendo atitudes de

ajuda e colaboração e compartilhando suas vivências.

Desenvolver agilidade de movimentos, atenção, concentração.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

38

Todas as crianças sentadas em um pátio organizadas em 2 fileiras. O

ideal é ter o mesmo número de participantes em cada fila.

O primeiro de cada fileira recebe um rolo de barbante. Quando dermos o

sinal, ele enrola o cordão duas vezes em volta da sua cintura, entrega o rolo ao

colega. O segundo pega o carretel e faz o mesmo. Assim que o último termina de se

enrolar, inicia o movimento contrário: desenrola o cordão da cintura, enrola a linha

no rolo e passa para o colega da frente.

A brincadeira segue até que todos estejam desenrolados. Vence a equipe que

colocar primeiro o rolo arrumado sobre a frente da professora.

*Adaptação do livro “Brincando & Aprendendo: Desenvolvimento Psicomotor” - Elizete de

Lourdes Mattos.

Figura 2- Brincadeiras na escola.

3.4. CORRIDA DA SERPENTE

CONTEÚDO

Agilidade motora;

Estratégias;

39

Cooperação e trabelho em equipe.

RECURSOS

Balões.

OBJETIVOS

Trabalhar em equipe para estourar o balão do adversário e proteger seu

balão.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Primeiramente é formado duas equipes coma mesma quantidade de

participante para então explicar a brincadeira. Cada equipe terá que se unir um

segurando no outro sendo primeiro a cabeça da serpente e o ultimo o rabo e será

amarrado uma bexiga no ultimo que terá que protegê-la e a cabeça terá que

estourar a bexiga da outra serpente ou a equipe competidora.

*Adaptação do livro “Brincando & Aprendendo: Desenvolvimento Psicomotor” - Elizete de

Lourdes Mattos.

3.5. TRILHA MATEMÁTICA

CONTEÚDO

Sistema numérico;

Quantidade.

RECURSOS

Cartolinas com trilhas desenhadas coloridas e numeradas 1 a 10 para cada

grupo formado;

Dados e palitos de sorvete.

OBJETIVOS

Facilitar a construção do conhecimento matemático através de atividades

lúdicas;

40

Desenvolver a atenção, concentração, interesse pelo conhecimento

matemático, raciocínio lógico perspicácia e exatidão, memorização.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Primeiro realiza uma explicação sobre o conteúdo, realizando a referência de

número e quantidade

Logo após explica o jogo que será em grupo e que preciso dividir a sala em

grupos.

Distribui uma trilha (com casas numeradas de 1 a 10), um dado e uma caixa

com palitos de sorvete para cada equipe.

Dando continuidade explicar o jogo, o aluno jogará o dado e avançará a

quantidades de casas relacionadas à quantidade que tirou no dado, e pegar na caixa

de palitos a quantidade correspondente do número da casa em que parou.

Sendo assim o jogo prossegue ao fim quando algum aluno de cada equipe

alcançar a casa de número 10.

*adaptação do jogo de trilha convencional.

3.6. TANGRAN

CONTÉUDO

Formas Geométricas/Produção

Textual.

RECURSOS

Canetinha colorida;

Folha de sulfite;

Molde de tangran;

Tesoura e

Lápis de cor ou giz de cera.

OBJETIVOS

Figura 3- Figuras formadas pelo Tangran.

41

Reconhecer as figuras geométricas que compõem o tangran;

Desenvolver a coordenação motora e sensorial;

Promover a identificação das figuras geométricas e os seus respectivos

nomes.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Para iniciar conversar sobre o tangran. Após a conversa, entregar para cada

aluno um molde do tangran. Então, cada aluno irá recortar as peças do jogo.

Depois de confeccionarem as peças do jogo, os alunos irão utilizá-las para

montar, sobre uma folha de papel sulfite, uma figura, sem colar peças.

Então, com o lápis, devem contornar o desenho formado. Após isto, os alunos

irão contornar a figura com canetinha e depois, pintaram em seguida realizar uma

exposição com as produções e os desenhos.

*Adaptação do site: http://educrianca.blogspot.com/2008/07/trabalhando-com-o-tangran.html

(acesso dia 09/10/2.011 às 14:30).

3.7. PEGA-PEGA DA BEXIGA

Figura 4- Menina com balões.

CONTEÚDO

Natureza e sociedade;

A importância e a presença do ar em nossa vida.

42

OBJETIVOS

Integrar conteúdo e brincadeira;

Atenção; equilíbrio; percepção visual.

RECURSOS

Bexiga e barbante.

PROCEDIEMENTOS METODOLÓGICOS

Inicia-se explicando o que é o ar e a importância dele em nossas vidas,

deverá dizer que não podemos vê-lo, mas que há formas de percebermos sua

existência, através do vento, quando enchemos uma bexiga, etc...

Depois da conversa poderá brincar com a respiração, instigando as crianças à

fazer várias respirações, como assoprar forte com a boca, depois o nariz, suave,

para que eles possam diferenciar as densidades do ar, segurar a respiração entre

outras que poderão surgir dependendo do interesse deles. Para diverti-los um

pouco, pode ser feito à experiência da bexiga, oferecendo uma bexiga para cada um

e pedindo para que eles a encham, depois dar um nó em cada uma delas e eles

poderão visualizar o ar contido em cada uma.

Para dar entusiasmo aula pode propor uma brincadeira de pega-pega comas

bexigas, depois de explicar é só amarrar em cada bexiga um barbante que

posteriormente será amarrado no tornozelo esquerdo das crianças, a brincadeira

consiste em estourar a bola do colega com o pé direito não se esquecendo de

defender a sua que está no outro pé, quando um aluno perder sua bexiga, dirá bem

alto "MORRI" (porque sem o ar não sobrevivemos) e sentará em um canto até que

sobre um jogador que então será o vencedor.

*Adaptação da revista RECREIO.

3.8. CORRIDA DO CONTRÁRIO

CONTEÚDO

Percepção auditiva e compreensão das ordens ditas;

43

Agilidade motora;

Esquema corporal.

OBJETIVO

Assimilar o conteúdo da brincadeira, ter atenção, rapidez e agilidade.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O professor deverá colocar as crianças enfileiradas na posição horizontal e

dar ordens para as mesmas, porém as crianças devem fazer exatamente o contrário

que o condutor mandar, se alguma criança obedecer à ordem será eliminado.

*Adaptação do livro “Brincando & Aprendendo: Desenvolvimento Psicomotor” - Elizete de

Lourdes Mattos.

3.9. A CORRIDA COM OS PÉS DE E.V.A.

CONTEÚDO

Equilíbrio e desenvolvimento motor.

RECURSOS

Dois pares de pés em E.V.A.

OBJETIVO

Se equilibrar, ter o espírito de equipe e formular estratégias.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A professora explicará que as crianças terão que formar duas equipes que

terão que percorrer uma distância a ser determinada pisando somente nos pés de

e.v.a. o percurso será de ida e volta indo o próximo até chegar o último para termos

a equipe vencedora.

*Adaptação do livro “Brincando & Aprendendo: Brinquedos e jogos de sucata” - Elizete de

Lourdes Mattos.

44

3.10. CANTIGAS DE RODA E MUSICALIZAÇÃO

CONTEÚDO

Ritmo;

Expressão corporal

RECURSOS

CD e várias músicas

OBJETIVO

Expressar-se com criatividade utilizando

o corpo e respeitar o ritmo da musica.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.

Primeiramente explicar as atividades que consistirá em imitar e recriar os

movimentos dos animais seguindo o ritmo da música, que vai oferecer uma

freqüência que posteriormente eles determinaram, por exemplo, na musica do

cavalo eles irão inventar outro som que signifique o cavalgar e assim por diante.

*Adaptação do livro “Brincando & Aprendendo: Brincadeiras cantadas e de rodas” - Elizete de

Lourdes Mattos.

3.11. CAÇA AO TESOURO

CONTEÚDO

Exploração de ambiente.

OBJETIVOS

Interagir e explorar o ambiente

externo do local.

Figura 5 – Brincadeiras de roda.

Figura 6- Baú do tesouro.

45

METODOLOGIA

Para envolver as crianças começar contando uma história que alguém havia

escondido um tesouro no local (CEI, escola ou outro local) e que a professora

encontrou o mapa do tesouro, para então propor a caça ao tesouro. As pistas que

deverão estar no mapa e fará com que eles interajam com o espaço já conhecido de

outra maneira e assim que for encontrado o tesouro (moedas de chocolates talvez)

dividir entre eles.

* Adaptação do livro “Brincadeiras e atividades recreativas” – Gladys B. de Vila e Marina

Müller.

3.12. CARANGUEJOS

CONTEÚDO

Cooperação e Colaboração

OBJETIVOS

Executar os comandos dados.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Formar várias duplas. Os alunos devem ficar agachados, de costas um para

o outro e com os braços entrelaçados.

As crianças unidas e entrelaçadas, cada dupla será um “caranguejo”, que

deverá cumprir diferentes tarefas determinadas pelo professor: levantar, andar,

sentar, rastejar etc.

*Adaptação do livro “Trabalhando com jogos cooperativos” – Marcos Miranda Correia.

3.13. PIPOCAS MELADAS

CONTEÚDO

Noção de espaço, lateralidade

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OBJETIVO

O professor começa dizendo que cada criança é uma pipoca melada e pede

para as crianças pularem, como se fossem pipocas. Quando dois alunos (ou

pipocas) encostarem um no outro, passam a pular juntos. À medida que forem

ficando grudadas, as pipocas continuam pulando e tentando grudar nas outras.

Continuar até formar uma grande bola de pipocas que pulam juntas.

Fica mais interessante colocar uma música e delimitar o espaço com uma corda; ir

diminuindo esse espaço no decorrer da música.

*Adaptação do livro “Trabalhando com jogos cooperativos” – Marcos Miranda Correia.

Figura 7- Brincadeiras livres.

3.14. CAIXA SURPRESAS

CONTEÚDO

Noção de causa e efeito;

Aprimoramento de resolução de situações-problema;

Situações-problemas por ensaio e erro.

MATERIAL

Caixa de madeira ou de papelão.

Objetos: formas geométricas de diferentes cores e tamanhos,

brinquedos em forma de animais domésticos e silvestres, utensílios de

cozinha, brinquedos que imitem som, carinhos de fricção, etc.

OBJETIVOS

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Olhar e examinar o objeto, fazer tentativas por ensaio e erro.

PROCEDIMENTOS

METODOLÓGICOS

Os objetos escondidos

na caixa são oferecidos à

criança, um de cada vez. A

criança pode ser desafiada a

descobrir o objeto, apenas

colocando as mãos dentro da

caixa, sem olhar o objeto; ou

então, o objeto pode ser

mostrado a ela para que

descubra e diga o nome do

objeto.

*Adaptação do livro “Entre fraldas.

Mamadeiras. Risos e choros” – Cleide V. M. Batista.

3.15. CONSTRUIR E DESMANCHAR

CONTEÚDO

Coordenação psicomotora; Pensamento simbólico; Organização espacial e

Iniciação ao pensamento lógico matemático.

OBJETIVOS

Realizar construções diversas (moradias, meios de transportes, etc.).

MATERIAL

Blocos para construção (de madeira ou acrílico), podendo ser utilizado

também caixas de embalagem e ou sucatas.

Figura 8- Caixa surpresa.

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PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O adulto e crianças brincam fazendo construções diversas. Em se tratando

de crianças pequenas, o brinquedo consistirá em empilhar ou alinhar blocos que irão

formar um edifício ou um “trem”. As construções vão se tornando mais complexas de

acordo com as possibilidades de cada criança e de sua interação como adulto.

Enquanto constroem, podem ir criando uma historia ou fazendo comentários acerca

do trabalho.

As crianças têm necessidade de desmanchar o que construíram, para tornar

a construir, ou a mesma coisa, ou outra totalmente diferente, mediante a utilização

dos mesmos elementos.

*Adaptação do livro “Brincadeiras e atividades recreativas” – Gladys B. de Vila e Marina Müller.

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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os primeiros indícios de atendimento a criança que não fossem no

meio familiar surgiram com a Revolução Industrial, no qual as mulheres entrariam no

mercado de trabalho para ajudar seus maridos a prover o lar, pelo menos com o

básico, alimentação, com isso surgiram, pela necessidade, locais onde receberiam

as crianças de mães operárias. Na maioria eram mulheres que não queriam

trabalhar nas fabricas então ficavam com as crianças, mas como naquela época o

entendimento sobre a criança era diferente que nós temos hoje, essas crianças

ficavam soltas a própria sorte, eram mal tratadas, mal alimentadas, muitas morriam

em alguns momentos eram ensinados regras morais, orações e regras de bom

comportamento. Mas como os maus tratos eram permitidos na época, havia muito

sofrimento e a sociedade com o passar do tempo percebeu o aumento da

mortalidade infantil e precisou rever o tipo de atendimento que a criança estava

recebendo com isso no decorrer da trajetória da visão e percepção da criança dentro

da sociedade a forma de atendimento foi sendo reformulada e repensada de acordo

com a sociedade vigente.

A história do atendimento a criança pequena foi com o tempo sendo

constituída de acordo como a sociedade percebia essa criança, e com o passar dos

anos tanto no Brasil como no exterior a concepção de criança foi sendo

desenvolvida até a atualidade houve muitos progressos, quanto a respeito a

especificidade infantil, mas sabemos que há muito o que se avançar e alcançar a

questão do respeito a criança.

Atualmente a criança é vista como sujeito portador de direitos, como

afirma a Legislação brasileira com a Constituição Federal de 1988, Estatuto da

Criança e do Adolescente de 1990, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

de 1996 e o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil em 1998.

Esses documentos foram muito importantes para que a sociedade

valorize ação da criança no mundo, e reconhecer a educação infantil com nível de

ensino muito importante para aprendizagem nos níveis posteriores.

A criança com toda a sua ludicidade e especificidades que fazem

com que ela seja vista por nós atualmente como uma forma natural de expressão de

felicidade, liberdade, conhecimento e entre tantos outros aspectos que fazem com

que ela se torne sujeitos únicos que possuem a sua própria visão de mundo, no qual

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elaboram teorias, visões e ações para agirem e pensarem no mundo que só é

pertinente a elas para compreenderem o mundo dos adultos e a tudo que a cerca.

E todo esse conhecimento em torno da criança só foi possível

investigar quando nós sociedade paramos para observar, refletir, pensar e viabilizar

ações que correspondam com as necessidades que elas precisam para se

desenvolverem harmoniosamente de acordo com as suas estruturas do cognitivo

para sua aprendizagem e ação na suas relações sociais.

Quando a criança é considerada como um ser global, onde o afetivo,

o cognitivo e o simbólico, estão integrados as crianças desenvolvem a capacidade

de sentir, pensar, agir, representar, inteirando o meio físico ao humano.

Brincando e jogando a criança aplica seus esquemas mentais á

realidade que a cerca.

Introduzir o lúdico e a brincadeira como elemento dinamizado de

uma proposta pedagógica requer que o professor crie sua proposta político

pedagógica renovando o seu pensar e a sua prática pedagógica. A valorização das

atividades lúdicas depende da vivência do lúdico na sua própria formação.

Quanto mais uma criança tem oportunidade de brincar, mais a sua

mente pode amadurecer formar um acervo estratégico de soluções para os

problemas que vão surgindo no seu cotidiano.

É necessária uma nova visão da criança, do jogo, do brinquedo, do

desenvolvimento e da aprendizagem, para tornar a escola num espaço prazeroso e

eficaz.

É fundamental que profissionais da educação tomem consciência de

que as atividades lúdicas, infantis fornecem informações elementares a respeito da

criança.

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