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Estudo de caso com observância das políticas de inclusão no microssistema político.
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ESTUDO DE CASO -06 TRANSTORNO GLOBAL DE DESENVOLVIMENTO (TGD)
Educadores em uma Escola Municipal no Bairro de Educandos, na cidade de Manaus.
No início do ano letivo foram realizadas as sondagens de conhecimentos e um dos professores
do 3º do Ensino Fundamental detectou um estudante na sua turma, 10 anos de idade e com
diagnóstico de Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD).
Adriane Dos Santos Oliveira
Adriano Soares
Alberto Silva
Marlene Leãoi
Ao trilharmos os caminhos de Rosita Edler de Carvalho, na percepção da diferença
evitando-se as marcas sociais, as marcas de subjetividades, de identidade e de experiência.
Acolheremos o outro com suas particularidades com mais tolerância buscando saber antes de
julgar. No estudo de caso, que nos foi apresentado o importante é entender o diagnóstico
colocado para depois buscar métodos aprendendo, ajustando-nos para criarmos caminhos, que
leve o aluno ao aprendizado agregando a isso o que já se tem estabelecido.
É necessário entender os conceitos sem esquecer que cada indivíduo é único, por isso
deve ser percebido dentro do universo a que pertence, olhado como sujeito de seu
conhecimento para que o interventor, não seja invasivo e provoque reações adversas à
abordagem pretendida, ou seja, respeitar as limitações do outro sem deixar de provoca-lo a
superá-las é nessa provocação direcionada a superação, que vamos encontrar o Atendimento
Educacional Especializado. Esse facilitador necessita sair do plano da diferença médica, a
percepção da diferença humana olhando o ser, de forma holística encontrando suas
possibilidades e aprendendo e adaptando.
Antes de qualquer coisa devemos entender o que é o Transtorno Global de
Desenvolvimento (TGD). Segundo a OMS (Organização Mundial da Saude). São distúrbios
nas interações sociais recíprocas, com padrões de comunicação estereotipados e repetitivos e
estreitamento nos interesses e nas atividades. Geralmente se manifestam nos primeiros cinco
anos de vida, entre as síndromes estão: O autismo Síndrome de Kanner, a Síndrome de
Asperger, Síndrome de Williams, Síndrome de Rett.
ESTUDO DE CASO -06 TRANSTORNO GLOBAL DE DESENVOLVIMENTO (TGD)
AUTISMO é um transtorno com influência genética causada por defeitos em partes
do cérebro, como o corpo caloso (que faz a comunicação entre os dois hemisférios), a amídala
(que te funções ligadas ao comportamento social e emocional) e o cerebelo ( parte mais
anterior dos hemisférios cerebrais, os lobos frontais).
Dificuldades de interação social, de comportamento (movimentos estereotipados,
como rodar uma caneta ou enfileirar carrinhos) e de comunicação (atraso na fala). "Pelo
menos 50% dos autistas apresentam graus variáveis de deficiência intelectual", afirma o
neurologista José Salomão Schwartzman, docente da pós-graduação em Distúrbios do
Desenvolvimento da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo. Alguns, porém,
têm habilidades especiais e se tornam gênios da informática, por exemplo. Para minimizar a
dificuldade de relacionamento, crie situações que possibilitem a interação. Tenha paciência,
pois a agressividade pode se manifestar. Avise quando a rotina mudar, pois alterações no dia a
dia não são bem-vindas. Dê instruções claras e evite enunciados longos.
SÍNDROME DE ASPERGER é a condição genética que tem muitas semelhanças com
o autismo. Características de focos restritos de interesse são comuns. Quando gosta de
Matemática, por exemplo, o aluno só fala disso. "Use o assunto que o encanta para introduzir
um novo", diz Salomão Schwartzman. Recomendações às mesmas do autismo
SÍNDROME DE WILLIAMS Definição: desordem no cromossomo N 7.
Características, dificuldades motoras tais como, demora a começar a andar e falta de
habilidade para cortar papel e andar de bicicleta, entre outros de orientação espacial. Quando
desenha uma casa, por exemplo, a criança costuma fazer partes dela separadas: a janela, a
porta e o telhado ficam um ao lado do outro. No entanto, há um interesse grande por música e
muita facilidade de comunicação. "As que apresentam essa síndrome têm uma amabilidade
desinteressada", diz Mônica Leone Garcia. Recomendações: na sala de aula, desenvolva
atividades com música para chamar a atenção delas.
SÍNDROME DE RETT definição: doença genética que, na maioria dos casos, atinge
meninas. Características: regressão no desenvolvimento (perda de habilidades anteriormente
adquiridas, movimentos estereotipados e perda do uso das mãos, que surgem entre os 6 e 18
meses. Há a interrupção no contato social. A comunicação se faz pelo olhar. Recomendações
"Crie estratégias para que esse aluno possa aprender, tentando estabelecer sistemas de
comunicação", diz Shirley Rodrigues Maia. Muitas vezes, crianças com essa síndrome
necessitam de equipamentos especiais para se comunicar melhor e caminhar.
ESTUDO DE CASO -06 TRANSTORNO GLOBAL DE DESENVOLVIMENTO (TGD)
Percebida nas falas acima a necessidade da AEE (Atendimento Educacional
Especializado). A dificuldade desta implantação é percebida na fala de (CARVALHO p.45
2007).
Sem a escuta das próprias pessoas que têm uma história concreta, real e única,
pessoas que experimentam, no contexto em que vivem as limitações impostas pelas
deficiências de que são portadoras, corremos o risco de nos enredarmos em
pensamentos essencialistas que examinam a deficiência em si mesma, numa espécie
de abstração teórica, distante do sujeito. Este tem organismo, corpo, mente e
sentimentos que variam segundo suas próprias histórias de experiência da
deficiência. Suas falas é que devem nos orientar para que sejamos bem-sucedidos
nos prol da melhoria da qualidade de suas vidas e de sua inclusão social e
educacional escolar.
O elo que uni a escola inclusiva e a AEE é sincronia da determinação com o
comprometimento das bases necessárias para ver no outro, igualdades antes das diferenças. A
medicina percebe deficiência onde a psicologia e a pedagogia percebem possibilidades. O
olhar humanista vai além da superação e do tomar capaz; dizer que todos são iguais perante a
lei e citar a Constituição Federal no artigo quinto como catecismo não resolve as necessidades
básicas dos que por serem diferentes no modo de pensar e agir devam ser deficientes. Afirma
Rosita Edler Carvalho no seu artigo para além da diversidade, a diferença.
Somos diferentes e queremos ser assim e não uma cópia malfeita de modelos
considerados ideais. Somos iguais no direito de sermos, inclusive. Diferentes!
Pretendi levantar questões acerca do que aprendemos de e na diversidade entendida
como integração das diferenças numa unidade que não as anula, mas que ativam o
potencial criativo da interação dos sujeitos entre si com seus contextos.
(CARVALHO 2007 p. 49 op. cit.)
Essa nova forma de olhar e perceber o outro ainda alcançará a legislação ainda cruel e
inoportunamente impraticável, e no olhar humano de Rosita Edler de Carvalho torna possível
o enxergar e não somente ver o outro sem preconcebida ideia, mas por estar ali como parte de
um todo maior e só por isso ser respeitado. Salamanca (1994) buscou essa ideia nos diversos
pensares, pois educar a todos também construir com diferenças. O mesmo vem buscando
Guatemala em (1999). “Muitos desanimam e desistem (de si mesmos, eu diria). Mas,
felizmente, há outros que decidem lutar, conscientes da importância do papel para que
desempenhem e que, além de pedagógico, é também político e social”. (Carvalho Op. Cit.).
O olhar de educadora vê o aluno TGD por sua fala, como diferente na igualdade da
diversidade e se necessita de AEE, definitivamente precisa de políticas públicas, que partam
da sua vivência e experimentação de mundo a que se desenvolvam metodologias e ações
pedagógicas. Se partirmos das limitações, todos as temos em maior e em menor grau,
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compensáveis e não compensáveis, e não as percebemos por estarmos inseridos ou não na
igualdade do diverso.
O nível macro político inspirado nos ditames internacionais e nos pactos dos quais o
país é signatário, segue o padrão do estereotipo idealizado e construído na possibilidade da
inclusão onde não há respeito ao incluindo e suas possibilidades dados os diagnósticos. Na
fala de Rosita Edler Carvalho, uma esperança.
O MEC tem exercido uma ação efetiva, desenvolvendo programas que objetivam a
transformação de sistemas educacionais em âmbito estadual e municipal para que as
escolas que os integram possam ser positivamente qualificadas para o trabalho na
diversidade. Tenho acompanhado essas ações, algumas vezes participando de
eventos e constato, com satisfação, que o Brasil vem se empenhando para que
nossas escolas assumam seu verdadeiro papel para garantir o exercício da plena
cidadania do alunado. (CARVALHO 2007 p. 54 Op. Cit ).
A adversidade no foco da inclusão ainda é sistemática e orgânica, as melhorias
acontecem como favores e não como comprimento do dever legal. Essa fragmentação da
cidadania possibilita na política executiva interpretações duvidosas e atitudes menos
empenhadas na solução da educação qualitativa e pautadas na equidade. O discurso da
inclusão morre na falta de acessibilidade e na capenga relação do Ministério com a política de
inclusão que não chega a escola com severidade e compromisso ou na realidade da sala de
aula, que permanece Superlotada regida por um professor sem condições de se preparar para o
exercício da docência.
No meio a escola que num pacto medíocre continua condicionada, a indicies para
executar verbas e ações pedagógicas, e não percebe que só haverá mudanças reais, quando as
relações forem sinceras; e construídas a partir da relação social, da relação de subjetividade,
da relação de identidade e da experiência gerada por estes vários conceitos.
O nível mesopolítico estagnado pela condicionante aos indicies de resolutividade
estatísticos não dão acessibilidade, na visão da escola do futuro, que responde aos objetivos
internacionais no plano macro, quando se rebela e se busca no horizonte uma solução
verdadeira e autogestada na participatividade buscando a humanização e a continuada
aprendizagem do professor permitiu-nos esperanças. A escola tem suas ações presas a
verticalização do sistema macro que constrói os sistemas hierarquicamente subordinados.
Dessa sorte como pode fazer diferente o microssistema a sala de aula elencada ao IDEB,
condicionando a docência e a regência a seguir indicies antes da qualidade. Por esse Rosita
Elder Carvalho et all afirma:
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Nos relatórios por mim examinados encontrei, como declarações do êxito da
proposta inclusiva, afirmativas muito vagas tais como: “ele aprendeu uma série de
coisas”; “houve expressivo aumento das matrículas”; “a educação inclusiva
melhorou o comportamento da escola”; “hoje ele está aprendendo mais rápido”. Nos
relatórios por mim examinados encontrei, como declarações do êxito da proposta
inclusiva, afirmativas muito vagas tais como: “ele aprendeu uma série de coisas”;
“houve expressivo aumento das matrículas”; “a educação inclusiva melhorou o
comportamento da escola”; “hoje ele está aprendendo mais rápido”. Nos relatórios
por mim examinados encontrei, como declarações do êxito da proposta inclusiva,
afirmativas muito vagas tais como: “ele aprendeu uma série de coisas”; “houve
expressivo aumento das matrículas”; “a educação inclusiva melhorou o
comportamento da escola”; “hoje ele está aprendendo mais rápido”.(CAVALHO
2007 p.57 Op.Cit.).
O TGD, numa escola sem a devida preparação mais atrapalha que ajuda. E como bem
coloca Rosita, o que parece ser não é isso está intimamente ligado ao décimo quarto e quinto
salários. Não é provocado o educador a buscar oferecimento de treino ou de especialização
em AEE, pois lhe resta à escolha ou come e paga o aluguel, ou compra livros, ou paga uma
especialização e fica com fome. Não existe interessa político partidário em pessoa culta, e
visivelmente fica exposto ao observar o trato com o profissional da educação.
Sem medo de errar afirmamos que, a escola brasileira não tem condições técnicas de
receber no ensino regular o aluno diagnosticado com TGD. O aproveitamento indicado em
qualquer relatório de inclusão nesse sentido, que não tenha no contra turno, um atendimento
Educacional Especializado em Transtorno de Desenvolvimento Global, ou um
acompanhamento que se nivele não terá resposta satisfatório com base científica.
Na realidade acreditamos que o processo é invertido para uma ação de inclusão, pois
todo aluno do ensino público brasileiro deve ser incluso na escola verdadeira, uma escola
construída pelo princípio da receptividade e da qualidade de conteúdo e estrutura, que
independente de ter ou não nos seus quadros discente ou docente, um cidadão ou cidadã, com
dificuldades de aprendizagem ou locomoção por qualquer que seja o diagnóstico
especializado deve estar pronta, com sala de AEE, biblioteca e toda a acessibilidade que é
devida a cidadania. Na afirmação de Rita V. Figueira no Salto para o Futuro:
A valorização do papel social do aluno só é possível na medida em que ele é
reconhecido por seus pares como uma pessoa que traz uma contribuição, mesmo que
seja modesta, ao desenvolvimento de saberes, de saber-fazer e do saber ser coletivo.
A criança percebe-se como um indivíduo que contribui para o desenvolvimento de
saberes e do saber-fazer coletivo e retira disso múltiplas vantagens. Entretanto, essa
participação ativa do aluno com deficiência no contexto da sala regular só é possível
se o professor perceber esse aluno como sujeito de aprendizagem e se conseguir
organizar propostas didáticas que favoreçam essa participação. (FIGUEIRA 2010
p.8)
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Essa valorização só acontece quando, o individuo é olhado como cidadão, de forma
holística, respeitado na sua cidadania e na sua diferença reconhecida em suas superações e
com atendimento Especializado para sua educação. Na escola receptiva, o processo de
engajamento se dá pelo constante acompanhamento escolar dos filhos. No Trabalho de Rita
Vieira Figueiredo quando fala da escola da diferença ela observa:
A escola que está atenta à questão das diferenças dispensa grande relevância ao
ensino e à gestão da sala de aula, uma vez que a grande marca dessa escola é a
valorização do papel social do aluno, quaisquer que sejam suas características, pois
tem como referência o princípio da contribuição. Deste modo, a classe do ensino
regular se constitui em um agrupamento no qual cada aluno deve colaborar com o
processo de construção do conhecimento dentro de suas possibilidades. A
valorização do papel social do aluno só é possível na medida em que ele é
reconhecido por seus pares como uma pessoa que traz uma contribuição, mesmo que
seja modesta, ao desenvolvimento de saberes, de saber-fazer e do saber ser coletivo.
A criança percebe-se como um indivíduo que contribui para o desenvolvimento de
saberes e do saber-fazer coletivo e retira disso múltiplas vantagens. Entretanto, essa
participação ativa do aluno com deficiência no contexto da sala regular só é possível
se o professor perceber esse aluno como sujeito de aprendizagem e se conseguir
organizar propostas didáticas que favoreçam essa participação. ( FIGUEIREDO
2010 p. 11).
Fica evidente, que há de se mudar a escola de inclusiva para receptiva, que nós
pedagogos sejamos mais professores e menos gestores, e assim seremos mais humanos e
menos normalizadores. Todos têm diferenças, mas é o matiz de nossos preconceitos que torna
a diferença do outro maior ou menor que as nossas. A escola enquanto mesopolítica de
educação do cidadão está atrelada as normas elaboradas no plano macro e distante da
realidade da micropolítica praticada na sala de aula. Esses choques de correntes e abordagens
evoluídas em pensamentos diversos ditados de cima para baixo não terão forças para romper o
pacto da mediocridade, que resiste, persiste e acaba promovendo a exclusão de todos os
alunos por não alcançar seus objetivos mais básicos, fazer a criança ler e contar nos primeiros
anos do ensino fundamental.
Olhando com olhar mais apurado o que foi nos dito pelas leituras feitas concluímos
que, a inobservância da lei mais falta de vontade política, consequência da politicagem na
educação, visto que a partidarização e o multi-interesse produzido por está infecção moral e
administrativa não permite que a escola evolua e com isso temos salas de aulas funcionando
como depósitos e fabricas de excluídos. A alienação dos professores pela falta de tempo para
o preparo de aulas, e de autopreparo. Como essa escola vai receber se não é sequer inclusiva.
Os alunos ditos Especiais necessitam de escolas com equipe multiprofissionais, salas de
atenção especial a todo e qualquer aluno com dificuldade de aprendizagem.
ESTUDO DE CASO -06 TRANSTORNO GLOBAL DE DESENVOLVIMENTO (TGD)
Esse perceber o outro deveria ir de baixo para cima, mostrando pelas experiências
vividas e pelas soluções desenvolvidas por cada um no dia a dia, construídas a partir de
reflexões conjuntas e dados verdadeiros uma sala de aula, que pudesse mudar a escola, uma
escola que pudesse mudar o olhar do Ministério, que não fosse subordinado a políticas
externas e ao sabor do humor de políticos medíocres e incompetentes, que para manter o
status quo, marginalizam a sociedade brasileira.
Se não consegue a escola trabalhar o aluno dito comum imagine um aluno TGD, dito
especial. Esquecem que ambos são cidadãos brasileiros e que não necessitam de legislação
especial. Precisam de escolas de qualidade com professores qualificados e com qualidade de
vida profissional. A escola não tem que ser inclusiva. É direito do cidadão que a escola seja
receptiva, qualificante, elaborativa e dignificante do ponto de vista laboral.
Referências:
CARVALHO, Rosita Edler.- PARA ALÉM DA DIVERSIDADE, A DIFERENÇA- Artigo
2007-Programa de Pós-graduação-Educação Especial na Perspectiva Inclusiva- Galileo
Business School.-2012
CARVALHO, Rosita Edler.- TRABALHO PEDAGÓGICO NA DIVERSIDADE- Artigo
2007-Programa de Pós-graduação-Educação Especial na Perspectiva Inclusiva- Galileo
Business School.-2012
FIGUEIREDO, Rita Vieira. – ESCOLA DA ATENÇÃO AS DIFERENÇAS- Um Passo
Para o Futuro- TV Escola – 2010
i Alunos de Pós-graduação em Educação – Galileo Business School.