[EEspecial Halloween] 01 - Limite de Sangue [RevHM]

7/31/2019 [EEspecial Halloween] 01 - Limite de Sangue [RevHM]

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Aaron Michaels

Mitch, um vampiro com séculos de idade, recebe mais do que negociou

quando ele se alimenta de Patrick, um funcionário da loja de conveniência que

vende-se a vampiros pelo prazer. Mitch pode se alimentar de um lugar muito

mais íntimo do que o pescoço de um homem, mas ele nunca se sentiu vinculado

a qualquer homem. Não até Patrick.

Os vampiros não podem sentir amor, é então o boato que existe.

Se for esse o caso, por que Mitch encontrar-se obrigado a estar com

este homem?



Conto de Halloween

Mitch apertou sua passagem por um bando de adolescentes rindo

amontoados em frente ao refrigerador na loja de conveniência.

― Cara, é a partir da série de TV ― , um dos meninos disse, segurando

uma garrafa de algo que parecia sangue. ― Aquele com os vampiros.

― É aquela com a garota do X Men, certo? ― Disse uma das meninas.

Ela tinha cabelo preto, delineador demais, lábios cheios que prometiam coisas

que Mitch poderia ter se importado menos, pelo menos com ela, mas ele prestava

atenção enquanto ele fingiu que não. Mitch sempre prestou atenção quando ele

estava à espreita.

Um dos outros meninos deu à menina uma olhada que dizia você é tão

babaca querendo intimidar.

― O que? ― a menina de cabelos negros disse. ― Foi na TV a cabo,

por isso me processe. Além disso, Wolverine é quente.

― Você está certa ―, disse o primeiro garoto. ― Anna alguma coisa. ―

Ele sorriu.

― Você começa a ver seus peitos.

― Mamas ― , outro menino disse, rindo e começou de novo.



Mitch sintonizou para eles. Eles eram apenas um bando de crianças que

procuravam um bom tempo. A loja vendia True Blood, o refrigerante baseado na

série com o mesmo nome, e as crianças pensavam que era bonito.

O que uma carga de lixo.

Eles eram jovens demais para estar fora à meia-noite, mas a polícia

tinha as mãos cheias com crimes reais. Vadios deram uma pausa nos dias dehoje, se você poderia chamá-lo assim. As Coisas que haviam escondidas nas

sombras por décadas caminhavam pelas ruas com impunidade depois de

escurecer. Mitch não sabia por que, ele duvidava que alguém fizesse. Era uma

maravilha que programas como True Blood ainda estivessem no ar. Quer ver um

vampiro de verdade? Basta olhar nas sombras depois que o sol se pôs.

Essas crianças tinham coisas mais sérias para se preocupar do que ficar

de castigo pela mãe e pai, mas não tinham entendido a pista. Se tivessem sorte,eles aprenderiam antes que as coisas que viviam nas sombras os pegasse.

Mitch parou no final do corredor e fingiu procurar a marca certa de

cerveja enquanto estudava o funcionário no reflexo do vidro.

O homem estava atrás do balcão na lateral da loja. Ele estava em seus

vinte e poucos anos, pele lisa, olhos desconfiados, e cabelos escuros muito

arrumado para um cara que era apenas um caixa em uma loja de conveniência

aberta toda a noite.

Sua camisa do uniforme pendurada solta em seu quadril. Mitch não

poderia dizer se o tecido escondia músculos ou flacidez. O nome no bolso de sua

camisa era Patrick; Mitch havia notado em seu caminho para dentro.



Os adolescentes riram e cada um pegou uma garrafa de True Blood do

refrigerador. Eles pagaram pelas bebidas junto com sacos de batatas fritas e um

donut obsoleto de um display antigo. Patrick pegou o seu dinheiro sem

comentário ou sorriso. Ou qualquer queima de suas narinas.

Mitch resmungou.

Patrick tinha o cheiro das sombras nele, Mitch tinha cheirado isso,também, mas ele não tinha feito uma jogada sobre as crianças.

Ele era exatamente o tipo de homem que Mitch estava procurando.

As crianças levaram suas bebidas falsas de sangue e seus lanches e

atravessaram as portas de vidro para a quente noite de Las Vegas.

Mitch era o único cliente na loja.

Ele pegou uma garrafa de cerveja aleatória do refrigerador e se dirigiuao balcão.

Hora do Show.

Ele manteve seu passo firme, não havia necessidade de pressa, ainda

não. Ele colocou a cerveja para baixo e tirou a carteira. Patrick registrou a

compra sem nunca tirar os olhos do rosto de Mitch.

Mitch colocou o dinheiro no balcão, mas não fez nenhum movimento

para pegar a cerveja.

― Isso é demais ― disse Patrick. Sua voz estava cheia, profunda sem

ser ruidosa. O pulso batendo no oco de sua garganta; Mitch podia vê-lo. Inferno,

ele quase podia sentir o gosto.

― Não é pela cerveja ― , disse Mitch.



― O que é isso?

― Você sabe.

Patrick olhou para o conjunto de espelhos de segurança no canto da

loja. Mitch não tinha um reflexo no espelho, mas alguém como Patrick já sabia

disso. Os olhos do homem eram quase pretos, mas não com medo. Algo muito

mais primal fazia as pupilas de um homem dilatar assim.― Sim ― disse Patrick. ― Eu sei.

Ele pegou o dinheiro de Mitch fora do balcão e enfiou-o no bolso da

calça jeans. Ele trancou a registradora e fechou as portas de vidro da loja. A

trava fez um ruído surdo metálico quando Patrick trancou as portas.

Mitch seguiu Patrick para um canto atrás da máquina de refrigerante.

Quando eles estavam fora da vista de qualquer pessoa que pudesse olhar através

do vidro que dava para a loja, Mitch assumiu.

Ele bateu as costas de Patrick contra a parede. Os olhos desconfiados de

Patrick se ampliaram, mas não em alarme. Mitch podia cheirar sua excitação.

Isso quase o deixou selvagem.

Patrick começou a desabotoar o colarinho da sua camisa. Mitch balançou

a cabeça. ― Não ai ― disse ele.

Patrick engoliu em seco. ― Aonde?

Mitch sorriu. Ele puxou o cinto de Patrick. ― Aqui!

Outro engolir em seco. ― Vai custar-lhe mais.



― Não é problema. ― Mitch tirou uma nota de cem dólares da carteira

e enfiou-a no bolso de Patrick, então ele quase arrancou o jeans do homem fora

de seus quadris.

Patrick já estava duro.

Mitch grunhiu e enterrou seu rosto na virilha de Patrick, a carne dura

roçando sua bochecha. Ele precisava cravar os dentes na carne, mas ele tinhaoutra necessidade para satisfazer primeiro. Uma que ele tinha comprado e pago.

Uma que deixaria Patrick vivo e bem, e talvez com um novo tipo de fome.

A necessidade de dentes.

Uma necessidade que Mitch ficaria feliz em cumprir mais e mais e outra

vez.

O sangue que corria no pau de um homem era a coisa mais doce que a

vida tinha a oferecer a uma criatura como Mitch, e ele teve séculos para

aperfeiçoar sua técnica.

Uma vez que Mitch tinha um homem que estava disposto, ele tomaria

aquele homem no fundo de sua garganta, levá-lo para a beira de novo e de novo



até que ele estivesse louco para gozar, e então, assim quando o homem ficasse

tenso com a primeira onda do seu orgasmo, Mitch mordia.

Não profundamente como se ele mordesse a pele do pescoço de um

homem. Não havia necessidade. Mal picar a superfície de um pau duro já era o

suficiente. O sangue que corria na garganta de Mitch, misturado com a liberação

do homem, mais do que satisfazia a sua fome.

Se qualquer dos homens de que ele alimentava se mantivesse bastante

autoconsciente para olhar para Mitch, teriam visto que ele estava tão duro como

o pau marcado por seus dentes.

Eles teriam observado Mitch tomar-se na mão e trabalhar a sua própria

carne fria tão intensamente quanto ele trabalhava na deles.

Eles teriam percebido o êxtase correndo por eles, de modo muito mais

intenso do que qualquer coisa que ele já sentiu, vinha de Mitch se como o fizesse

a partir da sensação de sua boca e dentes em seu pênis.

Nenhum dos homens de que Mitch se alimentou desta forma notou o

que a alimentação fazia com Mitch.

Ninguém, até Patrick.



Patrick levantou-se do chão muito tempo após o vampiro sair da loja.

Ele mantinha um pano no bolso de trás da calça jeans. Ele puxou-o para

fora agora para limpar-se. Seu pênis ainda estava pesado, não duro, não,

definitivamente não duro, mas não flácido também.

Havia surpreendentemente pouco sangue.

Os vampiros que pagavam Patrick para se alimentar dele não eram tão

limpos, e este não foi o primeiro que se alimentou de um lugar diferente do seu

pescoço ou pulso.

Duas pequenas perfurações em cada lado do seu pênis logo abaixo da

cabeça já estavam curando. Se isso deixasse cicatrizes, simplesmente pareceria

como um piercing fechado.

Não que Patrick devesse ser marcado.

A pele do pescoço era suave, e ele perdeu a noção de quantos vampiros

haviam se alimentado lá, Patrick balançou a cabeça como um gato sacode um

rato, enquanto seus dentes ficaram trancados em sua carne.

Patrick se arrumou, feliz por que o seu jeans era muito grande. Seu

pênis ainda estava incrivelmente sensível. Apenas limpando-se havia dado a

Patrick a ideia de que ele deveria ir se trancar no banheiro e se masturbar até

que ele gozasse novamente.

Será que ele poderia voltar a ficar duro tão cedo?

O vampiro o tinha mantido na borda por tanto tempo. Ninguém,

humano ou criatura, já havia feito isso com Patrick.



Não enquanto eles estavam se masturbando.

Ele não conseguia tirar a visão do vampiro, de joelhos com o pau de

Patrick enterrado profundamente até as bolas em sua boca e o seu próprio pênis

grosso, duro curvado em direção à sua barriga. Ele queria tocar o vampiro,

ansiava por tocá-lo, saboreá-lo, fazê-lo gozar com suas próprias mãos e boca,

mas o vampiro não tinha dado uma chance a Patrick. Ele colocou Patrick contra a

parede com apenas uma mão, e apoiou-o com a mão, quando os joelhos de

Patrick se dobraram com a força de seu orgasmo.

Patrick balançou a cabeça para limpar a visão. Seis horas até o

amanhecer e o final do seu turno. Fez-se caminhar até a frente da loja. As portas

ainda estavam bloqueadas, o vampiro tinha ido embora pela parte de trás,

conseguindo o código do alarme dos lábios dispostos de Patrick. Seus dedos se

sentiam entorpecido e desajeitado quando ele colocou a chave na fechadura eabriu as portas.

Ele tinha que mudar o código do alarme. Mentir para o seu gerente.

Dizer ao homem que o código estava em sua carteira, e sua carteira foi roubada.

O gerente iria acreditar nele. A loja estava muito longe da agitação da Strip e do

brilho de néon-iluminado da Fremont Street.

As outras lojas que compartilharam o pequeno espaço no shopping

Center com a loja de conveniência fechavam ao anoitecer, e havia grades nas

suas janelas.

Patrick tinha escolhido este bairro especificamente por sua perigosa

vantagem quando ele foi à procura de um emprego. Seus amigos achavam que



ele era louco, e eles nem sabiam que ele se vendeu para os vampiros tarde da

noite, quando ninguém estava olhando.

O dinheiro era bom, muito melhor do que o salário miserável que ele

ganhava na loja, e nenhum dos vampiros que estavam dispostos a pagar

abusavam dele, pelo menos não mais do que um predador que quer que a sua

presa sobreviva para a próxima vez.

Não que Patrick tivesse muito como repetir os negócios.

Em uma cidade como Las Vegas, havia um monte de homens e

mulheres como Patrick. Os traficantes que distribuíam folhetos publicitários de

bares de stripper e serviços de acompanhantes agora venderam-se para os

vampiros que estavam dispostos a pagar por aquilo que os outros vampiros

tomavam pela força, e eram mortos, se eles fossem capturados.

Patrick já tinha sido mordido em seu pênis, mas nunca da forma como o

vampiro tinha feito esta noite. O único prazer que Patrick já havia chegado era

quando os dentes picavam a pele e ele sentia o sangue sendo sugado para fora

dele. Ele supôs que os vampiros nunca saíram das sombras, ele pode encontrar o

mesmo tipo de prazer saltando de paraquedas ou bungee jumping.

Mas hoje com esse vampiro, ele tinha tratado Patrick como mais do que

uma bolsa de sangue coberto de pele. O vampiro tinha tido tempo para dar a

Patrick tanto prazer que ele pensou que poderia estar arruinado para o sexo com

qualquer outro homem.

Dentro de sua calça jeans, o pau de Patrick se contraiu.

― Droga ―, ele murmurou. Ele não sabia quanto sangue o vampiro

tinha tirado dele, mas isso sempre fez Patrick levar alguns dias para ficar duro



depois que um vampiro tinha se alimentado a partir dele. ― O que, eu sou uma

ninfomaníaca agora?

Olhou-se no espelho de segurança. A superfície arredondada distorcida

de seu corpo, mas era fácil o suficiente para ver as manchas escuras sob os olhos

e a palidez sob seu bronzeado. Correu os dedos pelo cabelo para tentar corrigir o

estilo que ele tinha pago um bom dinheiro apenas naquela tarde, e, acima de

tudo, ele tentou esquecer a maneira como o vampiro parecia em seus joelhos,

seu pau duro se elevando em direção à sua barriga.

Não funcionou. Seu próprio pênis estava pressionando insistentemente

contra o zíper na calça jeans. Ele não seria capaz de aguentar até que ele

chegasse em casa.

A caixa registadora ainda estava bloqueada. Patrick não viu ninguém na

rua em frente a loja. Não havia nem mesmo tráfego.

Ele praticamente correu para o banheiro. Uma vez dentro, ele abriu o

zíper e passou a trabalhar em seu pau que estava tão duro, que parecia que ia

explodir. Ele pensou no vampiro e se perguntou qual seria o sabor do seu pênis.

Ele pensou sobre passar suas mãos através de barriga do vampiro. Sobre o

deslizamento do seu próprio pênis duro profundo dentro da boca do vampiro,

enquanto seus dedos exploravam o corpo do vampiro. Pensou em fazer o vampiro

gozar tão duro quanto Patrick tinha quando os dentes do vampiro o tomou.

No final, Patrick só encontrou alívio quando ele curvou seus dedos e

apertou suas unhas na pele sensível abaixo da cabeça do seu pênis.

O mesmo lugar onde os dentes do vampiro tinham perfurado sua pele.



Mitch observou Patrick olhar para a rua e depois correr para o fundo da

loja.

Ele nunca ficou para observar os homens de quem ele se alimentava,

especialmente aqueles que ele se alimentava de seus paus em vez de seus

pescoços. Levava tempo para um homem se recuperar de uma experiência como

essa, e Mitch estava mais do que disposto a dar a um homem o tempo que ele

precisava. Quando o tempo de vida era medido em séculos, um ou dois dias eraum tempo pequeno para ser paciente.

Além disso, Mitch sempre sabia quando eles estavam prontos para ele

voltar. Alimentação como ele fazia, de forma tão íntima, estabeleceu uma

conexão de baixo nível entre Mitch e os homens.

Mitch sentia sua necessidade. Isso era o suficiente. Se um homem

ansiava atenções especiais de Mitch, Mitch voltaria uma vez que o corpo do

homem havia se recuperado o suficiente para Mitch se alimentar novamente. Nas

raras ocasiões em que os homens simplesmente desejavam esquecer, Mitch dizia

obrigado e seguia em frente.



Claro, ele preferia voltar. Ele nunca teve que pagar por um desempenho

de retorno, e desde que os homens estavam dispostos, ele não enfrentava a

ameaça de ser morto por um policial excessivamente zeloso.

Mas ele nunca ficou para assistir depois da primeira mordida, como ele

nunca retornou ao mesmo homem mais do que duas vezes. Mitch era cauteloso

por natureza, e isso havia lhe servido bem ao longo de sua vida, muito solitária.

Alimentando-se de um homem mais de três vezes se tornava hábito, que se

tornava rotina previsível, e rotinas previsíveis tinha você morto.

Então, por que ele tinha demorado nas sombras em frente a loja de

conveniência, enquanto o homem se recuperava?

Por que ele ficou quando o homem levantou-se, sua recuperação muito

mais rápida do que Mitch tinha esperado?

Por que não podia se mover, quando ficou claro que o homem, Patrick,

realmente não tinha se recuperado em tudo, mas havia ido ao banheiro para que

ele pudesse dar prazer a si mesmo... enquanto pensava em Mitch?

E não apenas pensando em Mitch, mas se lembrando de detalhes de seu

encontro que nenhum dos anteriores de Mitch já tinha feito antes.

Como isso foi possível?

Sons fracos da The Strip flutuavam no ar quente da noite, juntamentecom o cheiro de comida gordurosa, cigarros e álcool. Mais próximo, o cheiro de

combustível diesel, pneus, e óleo se espalhavam como um fungo do posto de

gasolina, no final desta quadra muito longa.



E escondido embaixo de tudo isso, como a névoa que abraçou o chão,

separado e distinto da camada de nuvens, estava um odor que Mitch estava

muito familiarizado.

O cheiro de um predador à espreita.

Criaturas da noite tinha quebrado as luzes das ruas na área de Las

Vegas muitas vezes suficiente para que a cidade já não tentava substituí-las. Aloja de conveniência era um farol de luz na quadra, mas havia muitas sombras

em que se esconder. Mitch se encolheu ainda mais para trás da luz, pouco mais

do que olhos brilhantes em uma forma escura à noite ainda mais escura.

Havia dois deles, bastante incomum, criaturas da noite geralmente

caçavam sozinhos, mas quando eles chegaram mais perto da loja, Mitch viu que

eram gêmeos, dois vampiros do sexo masculino vestidos com coletes de

motoqueiro e calças de couro sobre jeans desbotado, que estavam baixo em seusquadris. Seus pés estavam descalços. Sua idade era impossível dizer, e moviam-

se com graça, silenciosa desumana em suas roupas roubadas.

Estes não eram predadores que pagaram por sangue. Eles pegavam o

que queriam, e iriam continuar a tomar até que a lei os matasse ou a sua própria

espécie os matasse para roubar a caça.

Como eles estavam fazendo agora.

Um rosnado baixo formou na garganta de Mitch quando um dos gêmeos

abriu a porta de vidro da loja de conveniência. O rosnado o surpreendeu, mas

não tanto quanto a onda de possessividade que tomou conta dele.

Ele não observava os homens de quem ele se alimentava.



Ele não os considerava como seus.

Ele não demarcava território, e ele não os defendia de caçadores.

Ele especialmente não arriscava sua vida por um pau e uma promessa

de mais sangue doce para vir quando milhares de outros homens estavam

dispostos a deixar Mitch fazer a mesma coisa com eles por menos do que o preço

de uma noite passada jogando na Strip.Então, por que ele estava correndo através da rua, abrindo a porta na

loja de conveniência com força suficiente para quebrar o vidro?

Por que ele rasgaria a garganta do primeiro gêmeo que ele viu?

Por que ele puxou o segundo fora de Patrick antes do primeiro ter batido

no chão, o sangue voando de seus lábios da mesma cor que o sangue escorrendo

pelo pescoço de Patrick, encharcando a sua camisa e manchando seu crachá de

vermelho?

Por que ele pegou a estaca que ele sabia que iria estar escondida por

trás do balcão de donut ao lado da caixa registradora e bateu no peito do

vampiro, mesmo quando o vampiro gritou e arranhou o rosto de Mitch?

Quando Mitch voltou a si o suficiente para considerar o que ele tinha

feito, os vampiros gêmeos estavam mortos, cada corpo rodeado por um mar de

sangue.

Ele tinha usado a estaca no vampiro antes dele poder tropeçar para fora

da porta, e se esconder enquanto sua garganta arruinada se reparava. O corpo

não explodia em uma poça de sangue ou em uma chuva de cinzas e pó. Isso era

obra de ficção. Vampiros reais deixaram corpos para as autoridades



sobrecarregadas. Mitch não tinha a intenção de estar aqui quando a polícia

encontrasse os dois.

Patrick gemeu e caiu no chão. Eles haviam saído do banheiro e colocado

ele na frente do corredor de doces. Ele bateu nas prateleiras, derramando Twix e

Milky Ways e M & Ms pelo chão ensanguentado.

Mitch precisava sair de lá. O cheiro de sangue e morte estavaesmagando seus sentidos, lentamente, levando-o à loucura com a necessidade de

se alimentar.

Ele não podia. Ele não podia deixar Patrick para trás.

Os olhos de Patrick se arregalaram quando Mitch se inclinou sobre ele,

mas não com medo. ― Você voltou ―, ele murmurou, a mesma maravilha em

sua voz que estava em sua expressão. ― Você voltou.

E, incrivelmente, ele sorriu.

Ele ainda estava sorrindo quando Mitch o pegou, levantando Patrick por

cima do ombro como um bombeiro.

― Você me salvou ― disse Patrick, sua voz agora muito suave para os

ouvidos humanos, mas Mitch ouviu.

Mitch tinha salvado o homem, e ele não tinha ideia de por que.



Patrick acordou antes do amanhecer.

Seu corpo doía, e ele estava mais incrivelmente cansado do que já tinha

estado em sua vida. A ferida em seu pescoço ainda sentia- sensível e dolorida.

Ele não se surpreendeu. O vampiro que o tinha atacado na loja o tinha tratado

como comida, nada mais, e que ele tinha sido um comedor, ganancioso

bagunçado. Era uma maravilha que Patrick tinha qualquer sangue no seu corpo

em tudo.

Ele piscou quando seus olhos se acostumaram à pouca luz na sala. Ele

não estava em sua própria casa. Claro que não. O vampiro que tinha resgatado

ele, aquele que tinha tomado tal cuidado com Patrick quando ele se alimentou,

não seria capaz de cruzar o limiar da casa de Patrick, sem um convite.

O que muito da sabedoria popular era verdade, mas muitas outras

coisas estavam erradas. Alho e água benta não faziam nada. Prata não queimavanem os detinha. Os símbolos religiosos os desaceleravam, como faziam as balas e

facadas. Eles eram incrivelmente fortes, mas não desumanamente rápido. Uma

estaca no coração poderia matá-los, o era por isso que Patrick mantinha uma

estaca afiada de madeira ao lado da caixa registradora. Cortando suas cabeças

também os matava, mas Patrick nunca tinha visto esse feito e não queria,



embora depois do que tinha acontecido com ele hoje à noite, ele podia mudar de

ideia.

Rumor também que o amor os parava, já que não poderiam olhar para a

única coisa que nunca poderiam ter. Patrick não acreditava nisso. Cada criatura

era capaz de amar à sua maneira. Ele estava longe de ser um romântico, se não

ele não iria vender a si mesmo do jeito que ele fez, se ele estava esperando pelo

Sr. Certo, mas ele pensou que o amor podia ser uma possibilidade para ele um

dia.

Se os vampiros não o matasse primeiro.

Sentou-se lentamente, a sala girando na escuridão enquanto sua cabeça

tentou se ajustar à nova posição. Ele foi colocado em um colchão nu em um

quarto vazio. Era aqui, onde o vampiro dormia? Não, não poderia ser. A luz fraca

que penetrou no quarto veio através de uma janela fechada. Nem as luzes darua, mas a luz ambiente do néon brilhante da Strip a distância. Durante o dia,

este quarto seria banhado pelo clarão do sol do deserto. Nenhum vampiro pode

dormir aqui.

Então, onde ele tinha sido deixado? Isso era apenas uma outra sala na

casa do vampiro? Las Vegas tinha muitas casas vazias, suas vítimas anteriores

ocupantes da epidemia de encerramento que passou por Nevada.

Criaturas da noite, como os vampiros, mudaram-se quando as pessoas

saíram, e havia bairros inteiros agora onde até os bancos tomaram suas perdas e

deixaram as criaturas da noite ficar.

Patrick colocou as pernas sob si mesmo e levantou-se lentamente

quando ele se sentou. Se o vampiro tinha deixado sozinho em um desses bairros



abandonados, ele estava em grandes problemas até o sol nascer. Criaturas da

noite sentiam o cheiro de uma presa ferida assim como todos os predadores, e

Patrick não estava em forma para lutar contra qualquer um deles.

Ele fez o seu caminho para a janela com as pernas que pareciam de

borracha e não tão resistente. Ele inclinou-se contra a parede de um lado da

janela e olhou para fora.

O quarto era na lateral da casa perto da frente, e uma cerca curta

separava a casa em que Patrick estava do seu vizinho. Luzes não estavam acesas

na casa ao lado. Nenhuma das luzes da rua, tanto quanto Patrick podia ver

estavam trabalhando. O outro lado da rua estava escondido na escuridão, sem luz

em tudo. Acima, o céu ainda tinha o fraco brilho da Strip, mas era isso. Nenhum

sinal de aproximação do amanhecer.

Ele estava em apuros. Ele não poderia até mesmo quebrar a janela eusar um pedaço da estrutura fragmentada como uma estaca improvisada. A

armação da janela era feita de metal.

― Eu ficaria longe da janela, se eu fosse você.

Patrick pulou ao som súbito e inesperado da voz do vampiro. Ele se

virou para ver os olhos brilhantes olhando para ele a partir do corredor. Ele não

podia ver o vampiro, o corredor estava escuro demais para isso. Apenas os olhos

do vampiro, refletindo a luz ambiente, dizendo a Patrick onde ele estava.

― Obrigado ―, disse Patrick. ― Por me salvar.

Parecia uma coisa estranha de se dizer, porque se o vampiro deixasse

Patrick sozinho nesta casa, ele estaria morto antes do amanhecer, mas Patrick

estava grato, no entanto.



― Eu não te salvei. Eu só os impediu de matar você. Há uma diferença.

O vampiro parecia quase zangado. Patrick decidiu manter a boca

fechada.

O vampiro entrou no quarto. Ele estava com roupas diferentes do que

ele estava usando antes, jeans escuro e uma camisa escura, de mangas

compridas aberta no colarinho. Sem dúvida, a camiseta que ele tinha usado naloja de conveniência estava coberta de sangue. Seu cabelo era loiro e pendurado

nos ombros. Ele era menor do que Patrick, mas de queixo quadrado e

poderosamente construído. Em vida, ele deve ter sido um homem formidável.

― Eu disse, fique longe da janela. Eu não tenho vontade de matar

nenhum dos meus vizinhos. Eu matei o suficiente por você para uma noite.

Patrick se afastou da janela, mas ele só deu três passos antes de seus

joelhos cederem e as pernas fraquejarem debaixo dele, jogando-o no chão de

madeira.

O vampiro não fez nenhum movimento para pegá-lo. O Coração de

Patrick parecia vibrar no peito, falhando várias batidas, antes de começar de

novo, mas agora as batidas eram dolorosas.

― Você está morrendo ―, disse o vampiro. A raiva havia desaparecido

de sua voz, mas não havia nenhum sinal de compaixão, apenas, talvez, surpresa.Patrick pensou que o vampiro podia estar certo. Em vez de limpar a

cabeça, o esforço para sentar-se, levantar-se e caminhar para a janela o minou

de qualquer energia que ele havia deixado. Seu peito ainda doía, seu batimento

cardíaco parecia muito duro, e um distante zumbido tinha começado em seus

ouvidos. Parecia demais até mesmo para tentar sair do chão.



― Então, por quê? ― Patrick perguntou. ― Por que você me trouxe

aqui?

― Por que, de fato...

O vampiro se deteve sobre Patrick e estudou-o. Patrick tentou olhar nos

olhos do vampiro, mas ele não tinha força para erguer a cabeça.

Incrivelmente, porém, ele sentiu uma onda de desejo passar atravésdele. Isso fez seu corpo enfraquecido tremer. Patrick se deitou de lado e fechou

os olhos, pensando na maneira como o pau do vampiro tinha se curvado, duro e

cheio, contra a sua barriga. Se Patrick ia morrer hoje à noite, isso era a imagem

que ele queria em sua mente.

O vampiro rosnou. ― Ah, não, você não vai. ― Ele pegou Patrick e o

deitou na cama, não despejando-o, mas colocando-o suavemente sobre o colchão

nu. Ele pegou uma faca do bolso de trás da calça jeans e cortou seu pulso, depois

o segurou em frente da boca de Patrick. ― Beba.

O cheiro do sangue do vampiro virou o estômago de Patrick, mas, ao

mesmo tempo, ele se sentiu obrigado a fazer o que o vampiro ordenou e não

havia dúvida de que era um comando. ― Eu vou ser como você? ― Patrick

perguntou.

― Não. Isso vai evitar que você morra, nada mais.O ato parecia íntimo e de alguma forma errado, o que era estranho,

considerando o que o vampiro tinha feito a Patrick mais cedo naquela noite. Algo

estava errado. Algo estava faltando. O vampiro... É isso. ― Qual o seu nome? ―

Patrick perguntou. ― Eu preciso saber o seu nome.



O vampiro inclinou a cabeça, e parecia um simples gesto para diminuir a

ameaça que derramava fora dele. Seus olhos escureceram, e uma emoção

sombria passou sobre suas características que iam e vinham antes que Patrick

pudesse tentar identificá-las.

― Mitchell ―, disse o vampiro. ― Eu fui batizado por Mitchell, mas os

poucos que me conhecem me chamam de Mitch. ― Ele empurrou seu pulso

sangrando mais perto até que a carne fria tocou os lábios de Patrick. ― Agora,

beba, ou não. A escolha é sua.

A compulsão desapareceu, deixando Patrick somente com o

conhecimento de que ele estava morrendo e a decisão se devia ou não fazer algo

sobre isso.

Ele fechou os lábios sobre o pulso do vampiro e bebeu.

Ninguém tinha bebido de Mitch em mais de 300 anos.

O homem tinha sido um soldado morrendo no campo de batalha. Mitch

tinha sido um vampiro jovem então. Compaixão não tinha morrido

completamente nele ainda. Ele ofereceu ao soldado uma forma de sobreviver,



mas o homem tinha sido ganancioso. Ele quase tomou muito, e Mitch prometeu

que ele nunca iria transformar qualquer homem na coisa que ele se tornou.

O soldado havia sobrevivido, mas com um ódio queimando da coisa que

o havia salvo. Mitch não sabia que a fé do soldado ensinou que criaturas como

Mitch eram demônios. O soldado acreditava que sua alma foi para sempre

manchada com o sangue de um demônio, e ele tinha caçado Mitch com fervor

religioso.

Mitch superou o soldado, como foi o caminho dos mortais que juraram

vingança contra as criaturas imortais, o tempo finalmente terminou a batalha,

mas o homem tinha perdido as décadas restantes de sua vida que Mitch tinha lhe

presenteado. Mitch prometeu nunca novamente salvar um homem que estava

morrendo, e ele não tinha.

Até esta noite.

Mitch vigiou Patrick enquanto o homem dormia. Ele não estava mais em

perigo de morrer, embora seu corpo precisasse de tempo para se adaptar ao

sangue do vampiro antes que ele pudesse usar o sangue para curar a si mesmo.

O homem dormiu durante o resto da noite e o dia, e dada a proximidade que ele

tinha estado da morte, provavelmente a noite além.

Por que Mitch se sentiu compelido a salvar este homem?

Este homem, que mesmo morrendo tinha estado pensando em Mitch.

Não no prazer que Mitch lhe tinha dado, mas no prazer que ele queria dar de

volta a Mitch.



Isso era sem precedentes. Ao longo de muitos anos, Mitch tinha se

alimentando de homens dessa forma, ninguém jamais havia pensado em voltar o

prazer que recebeu dele.

Ninguém nunca o tinha tocado como ele o tocou.

Ninguém jamais o quis.

E ninguém, ninguém, jamais lhe perguntou seu nome.

Ele correu um dedo sobre a etiqueta com o nome bordado na camisa de

Patrick. O bordado, como grande parte do resto da camisa, estava duro com o

sangue seco, mas Mitch ainda podia ver claramente o nome.

Uma coisa tão simples de perguntar, “Qual é o seu nome?”, Isso tinha

despertado algo em que Mitch pensou que tinha morrido na noite em que o

soldado acordou com ódio e auto aversão em seus olhos.

Então Mitch iria sentar aqui até de madrugada, e depois voltar ao pôr do

sol. Ele iria manter sua vigília até que Patrick acordasse. Se Mitch visse o mesmo

ódio nos olhos de Patrick, a mesma auto aversão e repugnância que o soldado

tinha sentido, Mitch iria matar Patrick e poupar ambos de décadas desperdiçadas.

Ele não se deixou pensar sobre o que poderia acontecer se o olhar de

Patrick fosse outra coisa, algo raro e maravilhoso, em vez disso.



O quarto ainda estava escuro quando Patrick acordou.

A primeira coisa que notou foi que suas roupas tinham desaparecido.

A próxima coisa que notou foi o vampiro - Mitch - encostado na parede

ao lado da porta, observando-o.

Patrick sentou-se muito rapidamente. Ele esperava que sua cabeça

girasse, talvez a ponto dele desmaiar, mas o quarto ficou estável. Seu corpo não

protestou contra o movimento repentino. Sua cabeça estava clara. Mesmo o seu

pescoço parecia bem. Ele levantou uma mão para tocar onde os vampiros gêmeos

tinham atacado, mas os ferimentos se foram. Sua pele era lisa. Ele pode até não

ter uma cicatriz.

― Isso foi rápido ―, disse ele.

― Você tem estado adormecido por um dia ―, disse Mitch. Sua

expressão era ilegível.

Um dia. Assim essa era a noite seguinte, e era para Patrick estar no

trabalho. O gerente não era um homem tolerante, não quando ele tinha que

cobrir turnos para funcionários que desapareceram sem aviso prévio.



― Acho que estou demitido, então. ― Patrick olhou para si mesmo. Ele

nem sequer estava de cueca. Ele nunca tinha estado completamente nu na frente

de um vampiro antes. Fazia muito tempo que ele esteve nu na frente de alguém.

Ele pensou em cobrindo-se, mas por que se preocupar? Mitch já tinha visto a

parte dele, que ele poderia cobrir com as mãos. ― Uh... o que aconteceu com a

minha roupa? Minha carteira? ― As roupas ele poderia substituir. O dinheiro e ID

seria mais difícil, especialmente se ele precisasse para conseguir um novoemprego.

Mitch se moveu para longe da parede. Ele ainda estava estudando

Patrick com a mesma expressão ilegível. ― Isso é o que você quer saber? O que

eu fiz com suas roupas e o seu dinheiro?

― A primeira coisa que me veio à mente. ― Outra coisa veio à mente,

e Patrick olhou para o seu pênis. Não havia novas marcas de mordida que elepudesse ver. Além disso, ele se lembraria de uma coisa tão intensa, não iria? ―

Será que você... nós... ― Ele apontou para sua virilha.

Um dos lados da boca do vampiro curvou para cima só um pouquinho.

Patrick deixou-se relaxar um pouco.

― Não, nós não ―, disse Mitch. ― Eu acho que essa atividade é muito

mais agradável quando o homem com que eu estou está acordado. ― Ele

atravessou a sala até que ele ficou na frente de Patrick. ― Mas eu acredito que

você sabe disso.

Patrick sentiu seu rosto esquentar. Por que, de repente, se sentiu como

um voyeur? Especialmente desde que ele era o único que estava nu e Mitch ainda

estava com todas as suas roupas.



― Sim. Sobre isso... ― Patrick limpou a garganta. ― Se não era para

eu olhar, me desculpe, mas bem...

Ele olhou para o chão, sem vontade de encontrar o olhar de Mitch.

― Eu não me importo que você olhou. O que eu quero saber é o por

que.

― Eu...

Patrick parou de falar quando sentiu a mãos do vampiro no seu queixo.

Mitch inclinou a cabeça de Patrick até que Patrick não tinha escolha, além de

olhar nos olhos do vampiro.

― Diga-me ―, disse Mitch.

― E não... Eu não sei, exatamente. ― Patrick engoliu em seco. ― Eu

não costumo olhar quando eles me mordem, mas você foi a primeira pessoa queme pagou para... ― Ele apontou para si mesmo. ― E você me surpreendeu. Você

trabalhou comigo, fez com que eu gozasse, antes de tomar alguma coisa de mim.

Eu nunca senti nada como isso antes e eu queria compartilhá-lo, então eu olhei

para ver se o que você estava fazendo teve qualquer efeito sobre você, para ver

se você ainda queria isso. ― Agora Patrick apontou para Mitch. ― Você é bonito,

e você estava duro por causa de mim, e eu queria você nesse momento mais do

que qualquer coisa que eu sempre quis na minha vida. Eu queria fazer você sentiro que eu senti. ― Ele engoliu em seco novamente. ― Eu queria que fizemos isso

importante para você, porque isso foi importante para mim. Eu queria que fosse

mais do que apenas sobre o fato de que você me pagou por isso. ― Ele arriscou

roçar as pontas de seus dedos contra o lado de jeans de Mitch. ― Eu ainda o

faço.



Os olhos de Mitch ficaram escuros, mas seu rosto não endureceu na

expressão que um predador usa antes dele comer a sua presa. Sua mão caiu

longe do queixo de Patrick, mas Patrick manteve os olhos fixos em Mitch.

― Você sabe o que isso implica? ― Mitch perguntou a ele.

― Eu tenho que morrer? ― Patrick perguntou. ― Tornar-me como

você?― Não.

O olhar de Mitch caiu para o pau de Patrick. Patrick ficou duro. Ele

sentiu-se crescer pesado e duro durante sua resposta, e seu pênis se contraiu

agora sob o olhar de Mitch.

― Isso significa que você pertence a mim. ― Mitch pegou uma das

mãos de Patrick, e juntos eles envolveram os dedos ao redor do pênis de Patrick.

― Eu não compartilho isto ou qualquer outra parte de você. Eu vou matar

qualquer criatura que tocar você, e se você se perder, eu vou te matar. Você

entende? É isso que você quer?

Patrick não teve que pensar em sua resposta. ― Sim ― Ele colocou a

outra mão sobre a protuberância visível no jeans de Mitch. ― Eu tenho os

mesmos direitos sobre você?

Mitch não piscou. ― Vou precisar de mais sangue do que você pode medar.

― Você não tem que se alimentar assim. ― Patrick testou um pequeno

sorriso. ― Você ainda se lembra como morder um pescoço, certo?



Mitch resmungou, mas parecia mais divertido do que irritado. ― Foi a

muitos anos, mas sim, eu acredito que eu ainda me lembro.

― Então isso ― , Patrick disse, apertando o pau de Mitch através do

brim bruto, ― É meu.

As narinas de Mitch queimaram. Patrick sentiu um tipo totalmente

diferente de fluxo de calor através do seu corpo com a reação de Mitch.― Concordo ―, Mitch disse, e ele caiu sobre Patrick.

As primeiras mordidas minúsculas foram no pescoço de Patrick. Patrick

ficou tenso involuntariamente, seu corpo se lembrando do ataque dos gêmeos,

mesmo que o seu cérebro estivesse focado apenas na sensação deliciosa da boca

de Mitch em sua pele, o corpo de Mitch em cima dele.

― Eu posso fazer você esquecer ―, disse Mitch contra o oco do ombro

de Patrick.

Mas Patrick não queria esquecer. ― Não. Eu quero me lembrar de tudo

desde o momento em que nos encontramos.

Mitch assentiu e, em vez de uma mordida, o próximo toque dos lábios

dele foi algo perto de um beijo.

Eles conseguiram obter as roupas de Mitch fora. Sua pele era pálida na

penumbra da sala e não tão fria como Patrick esperava. No calor da noite de Las

Vegas, o corpo frio de Mitch era maravilhoso contra a pele de Patrick. Ele tocou e

acariciou Mitch em todos os lugares que ele pode chegar e beijou seu pescoço

quando Mitch virou sua boca longe.

― Você não gosta do sabor ―, disse Mitch.



Patrick duvidava disso, mas ele estava disposto a esperar até Mitch

confiar nele o bastante para deixá-lo tentar.

Quando Mitch deslizou para baixo do corpo de Patrick, sua intenção

clara, Patrick puxou o braço de Mitch. ― Vire-se ―, disse ele quando Mitch

encontrou seu olhar. ― Eu quero provar você, também.

Mitch não hesitou.Seu pênis estava tão grosso e cheio como Patrick se lembrava, e se

curvou duro e necessitado contra a barriga de Mitch. Mesmo quando Patrick

envolveu sua mão ao redor dele, ele se perguntou quanto tempo fazia que

alguém havia tocado Mitch lá.

Ele pretendia trabalhar Mitch lentamente, mas tão logo Mitch pôs a boca

no pau de Patrick, Patrick estava perdido. Ele quase engoliu Mitch inteiro. O corpo

de Mitch ficou rígido. Seus dentes roçaram a base do pênis de Patrick, e Patrick,

por sua vez, amassou a bunda musculosa de Mitch enquanto ele trabalhava o pau

do vampiro com a boca.

Patrick gozou quando os dentes de Mitch o perfurou, e ele ainda estava

tremendo quando Mitch resmungou, baixo e profundo, e gozou também.

Patrick não tirou a sua boca fora de Mitch até que o pau do vampiro

ficou flácido e, mesmo assim, ele beijou a cabeça, uma vez que saiu da sua boca.Patrick caiu de costas contra o colchão nu, exausto, mas alegre ao mesmo tempo.

Mitch virou-se ao redor com a graça do predador que ele era. Seus

olhos brilhavam na penumbra, e seu hálito cheirava a sangue e gozo.

― Eu ainda não entendo o porquê ―, disse Mitch.



Patrick sorriu um sorriso feliz. ― Eu também não, não inteiramente. ―

Patrick levantou a mão para ajeitar os cabelos de Mitch. Ele deve ter sido um

homem tão bonito uma vez. Ele ainda era bonito agora. Para um não-romântico

como Patrick, a vida poderia ter sido muito pior. ― Será que isso importa?

Em vez de responder, Mitch se deitou ao lado dele. ― O amanhecer virá

em cinco horas. Eu vou me recuperar antes. Você vai?

― Talvez.

Mitch levantou uma sobrancelha.

― Bem, eu nunca tive sangue de vampiro dentro de mim antes. ―

Patrick deu de ombros. ― Eu vou ter que descobrir isso.

Mitch beliscou o ombro de Patrick. ― Nós vamos ― , disse ele.

A cama no apartamento de Patrick tinha lençóis.

Fazia décadas que Mitch tinha dormido em uma cama com lençóis.

Ele mudou-se com Patrick, logo que Patrick tinha colocado cortinas

opacas nas janelas. A casa que Mitch tinha reivindicado como sua era em um

bairro muito perigoso para manter Patrick lá, e, além disso, o homem tinha que



trabalhar como Mitch tinha que se alimentar. Ele precisava de um lugar onde ele

poderia ir e vir sem a ameaça de outra coisa que Mitch tentando comê-lo.

O que começou para Mitch como mero instinto territorial onde dizia

respeito a Patrick se transformou em algo mais.

Ele não estava pronto para nomeá-lo, ainda não, e talvez nunca.

Amor era negado para os vampiros, ou assim era o boato.

Ele nunca tinha visto um de sua espécie professar que sabia como era o

amor, e Mitch a muito tinha esquecido da vida que ele tinha levado como um

homem.

Patrick afirmou não ser romântico, mas Mitch não acreditou nele.

Mitch não tinha obrigado Patrick para fazer qualquer coisa desde o

comando que tinha dado para Patrick beber de seu pulso naquela noite, elesalvou a vida de Patrick.

Cada escolha que Patrick tinha feito desde então tinha sido de sua

própria vontade. Mitch tinha visto isso em seus olhos.

Mitch nunca tinha esperado se tornar próximo de ninguém, nunca mais.

O soldado tinha tomado esse desejo dele. Patrick tinha dado de volta.

Mitch estava feliz?

Ele nunca considerou que ele poderia ser feliz, mas quando Patrick lhe

perguntou isso uma noite, ele disse que sim.

E ele estava feliz, pelo menos por agora.

Talvez fosse tudo o que podia esperar do seu tipo de existência sombria.



A ficção não era a realidade.

Ele não sabia se o seu tipo poderia amar verdadeiramente.

Se ele tivesse muita sorte, um dia ele poderia descobrir.

Mas, por agora, ele estava feliz, e isso era bom o suficiente.

Fim

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