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EFEITO ESTUFA E A SALVAÇÃO DO PLANETA Apresentação e Considerações Gerais O que vocês vão ler a seguir não é propriamente um TRABALHO completo. O que está sendo apresentado a vocês é uma pequena parte de um TRABALHO que es- crevi recentemente, chamado UNIVERSO: FÍSICO, QUÍMICO OU DIVINO? Como sou da área QUÍMICA, já com 50 anos de formado, tendo trabalhado ba- sicamente no setor rodoviário, mas com passagens que me foram marcantes no assunto ECOLOGIA, ou mais especificamente, na parte de Controle de Poluição, creio que a minha experiência profissional possa dar uma pequena ajuda aos militantes desse meio. Não recomendo o trabalho como um todo para quem não é de formação científi- ca, ligado aos ramos de Química ou de Física. Do capítulo 5 ao 9, é apresentado assunto científico desses ramos com certa profundidade, razão pela qual, não aconselho os leito- res que não sejam do ramo. A primeira parte do que lhes é apresentado é um dos itens do nono capítulo do referido trabalho, e ainda apresenta alguns poucos conceitos de ciência, mas mais leves e transcritos com a maior simplicidade possível, que se torna acessível a todos. O restante é o Décimo capítulo do citado Trabalho, este totalmente dedicado a parte relativa a forma como o ser humano se comporta com relação ao seu habitat, o planeta Terra. Os conceitos de ciência que aparecem são pouquíssimos e sem maiores complicações para seu entendimento. Para a Ecologia propriamente dita, os itens 10-4 e 10 - 5 não têm grande influên- cia, mas deixei porque pode ser assunto de interesse de algum estudioso que goste de divagar sobre esses temas: origem e a morte do homem. Pelo menos como curiosidade. Espero que a leitura lhes seja agradável e, se possível, útil.

Efeito Estufa a Salvação Do Plantea

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Um analise sobre o aquecimento da terra

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EFEITO ESTUFA E A SALVAÇÃO DO PLANETA

Apresentação e Considerações Gerais

O que vocês vão ler a seguir não é propriamente um TRABALHO completo. O

que está sendo apresentado a vocês é uma pequena parte de um TRABALHO que es-

crevi recentemente, chamado UNIVERSO: FÍSICO, QUÍMICO OU DIVINO?

Como sou da área QUÍMICA, já com 50 anos de formado, tendo trabalhado ba-

sicamente no setor rodoviário, mas com passagens que me foram marcantes no assunto

ECOLOGIA, ou mais especificamente, na parte de Controle de Poluição, creio que a

minha experiência profissional possa dar uma pequena ajuda aos militantes desse meio.

Não recomendo o trabalho como um todo para quem não é de formação científi-

ca, ligado aos ramos de Química ou de Física. Do capítulo 5 ao 9, é apresentado assunto

científico desses ramos com certa profundidade, razão pela qual, não aconselho os leito-

res que não sejam do ramo.

A primeira parte do que lhes é apresentado é um dos itens do nono capítulo do

referido trabalho, e ainda apresenta alguns poucos conceitos de ciência, mas mais leves

e transcritos com a maior simplicidade possível, que se torna acessível a todos.

O restante é o Décimo capítulo do citado Trabalho, este totalmente dedicado a

parte relativa a forma como o ser humano se comporta com relação ao seu habitat, o

planeta Terra. Os conceitos de ciência que aparecem são pouquíssimos e sem maiores

complicações para seu entendimento.

Para a Ecologia propriamente dita, os itens 10-4 e 10 - 5 não têm grande influên-

cia, mas deixei porque pode ser assunto de interesse de algum estudioso que goste de

divagar sobre esses temas: origem e a morte do homem. Pelo menos como curiosidade.

Espero que a leitura lhes seja agradável e, se possível, útil.

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9 – 5 – Desvio de Fótons na Terra (A TERRA é AZUL!) e o Efeito ESTUFA

Os assuntos avaliados nos itens 2 e 3 deste capítulo, mostram que se deve ter

cautela na interpretação dos eventos, e o atravessar por todos os tipos de questionamen-

tos antes de considera-lo certo. Em todos os eventos até aqui citados, a observação é

sempre a mesma, de que “na colisão de radiações eletromagnéticas (fótons) com ma-

téria, SEMPRE ocorre perda de parte da energia do fóton, que transfere essa

energia para a matéria e continua seu caminho com seu comprimento de onda au-

mentado, ou seja, sua frequência menor, ou ainda, menor conteúdo energético. É

isto que ocorre nos efeitos fotoelétrico e Compton.

Nosso habitat, o planeta Terra, recebe diuturnamente fótons de diversos pontos

do Universo, mas em termos práticos, pode-se afirmar que os fótons que recebemos são

emitidos maciçamente pelo Sol, nosso Astro, centro de nosso sistema.

A chegada aqui dos fótons emitidos pelo Sol, é um evento de uma simplicidade

singular, respeitando as leis já conhecidas pelo homem. O fóton chega em nossa atmos-

fera superior depois de ter percorrido o trajeto de cento e cinquenta milhões de quilôme-

tros, distância que nos separa. Ele viaja a trezentos mil quilômetros por segundo no vá-

cuo (ou seja, enquanto a Terra se desloca rotacionalmente em 464 m), valor obtido pela

expressão: c = 1 / (ɛ0.µ0)1/2, onde ɛ0 é a permissividade elétrica e µ0 é a permeabilidade

magnética. Esse valor já foi determinado experimentalmente e comprovado. As ondas

eletromagnéticas não necessitam de meio material para se propagarem, e sua velocidade

será tanto menor quanto maiores forem os valores de ɛ0 e µ0. Como esses valores pra-

ticamente não variam entre os meios vácuo e ar, sua velocidade nesses meios é a mes-

ma.

Assim, depois de emitido pelo Sol, o fóton gasta 500 segundos para nos atingir,

ou seja, nos atinge em um ponto da superfície da Terra que estava distante rotacional-

mente 231 Km atrás do ponto onde ele é recebido e translacionalmente 15 mil quilôme-

tros atrás.

No vácuo e sem corpos volumosos nos locais de sua propagação, a luz caminha

em linha reta. Ao passar para outros meios, inclusive o ar, devido a presença de matéria

nesses meios, as ondas eletromagnéticas sofrem reações diferentes, como no caso de sua

penetração em nossa atmosfera, onde elas podem ser:

- transmitidas

- refletidas

-refratadas

- difratadas

- absorvidas

Page 3: Efeito Estufa a Salvação Do Plantea

- espalhadas

Segue uma resumidíssima explicação de cada evento citado.

- Transmitidas são as ondas que passam pela matéria sem serem absorvidas.

- Refletidas são as ondas que se propagam em determinado meio e, após inci-

dência de um feixe dessas ondas sobre a interface de separação deste com outro meio,

apresentam retorno total ou parcial.

- Refratadas são as ondas que mudam sua direção de propagação ao mudar de

um meio para outro.

- Difratadas são as ondas que contornam a borda de uma barreira ou passam

através de uma abertura, fenômeno que em geral provoca aumento de seu comprimento

de onda e interferem nas frentes de onda, que criam regiões de maior ou menor intensi-

dade, sendo que a barreira pode ser formada por fendas óticas ou átomos de uma rede

cristalina.

- Absorvidas são as ondas que colidem com qualquer obstáculo material e

transferem para a matéria todo o seu conteúdo energético em forma de calor.

- Espalhadas são as ondas que incidem em partículas coloidais e sofrem desvio

em diversos ângulos.

A reflexão e a difração mudam a direção de propagação da onda eletromagnéti-

ca, como também modifica sua Amplitude, porém não altera sua frequência.

Alguns raios incidentes são transmitidos, ou seja, atravessam diretamente as ca-

madas superiores de nossa atmosfera e chegam a superfície terrestre, geralmente com

menor conteúdo energético, ou seja, com maior comprimento de onda. Se o raio inci-

dente for na faixa visível, deverá chegar na forma avermelhada. Entretanto, se se tratar

de raios cósmicos, de altíssimo conteúdo energético, pode chegar a superfície e nos

atingir ainda com conteúdo energético bem acima da nossa capacidade de suportar, de

onde vem o risco de doenças como câncer de pele, e outras.

Entretanto, o mais importante desse item, e que é o que importa agora, é saber

que nossa atmosfera superior é povoada por enorme quantidade de partículas materiais

de vários tipos e tamanhos. O tamanho das partículas que nos interessam para o desen-

volvimento desse item está compreendido na faixa de 1 a 100 nm, ou seja, de 10-9 a 10-7

m, já as partículas de tamanho molecular NÃO interferem no caminho da luz. Esta faixa

corresponde ao chamado “tamanho coloidal” que tem propriedades específicas. Para

não ser repetitivo, não vou transcrever sua conceituação aqui, pois o mesmo está feito

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com detalhes no capítulo 10 (no item 3), chamado de ‘(As Coincidências da “Criação”

ou “Evolução”)’.

As partículas com pelo menos uma dimensão nessa faixa, são chamadas partícu-

las coloidais, e têm um comportamento sui generis quando atingidas pela luz. Esse

comportamento é um questionamento que desejo fazer, pois é exatamente contrário ao

primeiro; é que a maioria dos fótons que chegam, colidem com as partículas coloidais

que existem nas nossas camadas superiores e após a colisão sofrem desvio em diversos

ângulos, formando um “espalhamento” da luz, que é intensificado nas tonalidades de

azul, logo, nos menores comprimentos de onda. Por essa razão é que vemos tudo azul

no “infinito”, embora nada seja azul por lá. Entretanto, como os menores comprimentos

de onda significam maiores frequências e, em consequência, maior conteúdo energético,

fica-se obrigado a aceitar que o fóton GANHOU ENERGIA DURANTE A COLISÃO.

Pelo princípio da conservação de energia, a energia total antes do choque per-

manece a mesma após o choque. Como é evidente que depois da colisão o fóton saiu

com maior conteúdo energético do que tinha antes, a conclusão é que aparece um gran-

de questionamento aos efeitos fotoelétrico e Compton, que impõe que a colisão de fóton

com matéria transfere o conteúdo energético deste para a matéria. Entretanto, no caso

presente, OCORRE o OPOSTO, ou seja, o fóton incidente “ganha energia” da partícula

coloidal, com consequente aumento de sua frequência e diminuição de seu comprimento

de onda. Como a partícula cede energia para o fóton, ela fica com menor conteúdo en-

trópico, logo, diminui seu movimento e/ou sua Temperatura, enquanto essa diferença de

entropia passa para o fóton, que chega a superfície terrestre mais entrópica. A energia

entrópica do Universo se mantém, já que houve só troca de portador, mas o ambiente

ocupado pelas partículas coloidais, com certeza ficará menos entrópico, logo, possivel-

mente mais frio, enquanto esse calor passado para o fóton irá chegar a nossa superfície

com maior conteúdo energético total, logo, aquecerá e aumentará o caos no local de seu

recebimento.

O fato dos fótons de luz se espalharem ao colidir com partículas de tamanho

coloidal, permite o estudo dessas partículas, tais como determinação de seu tamanho,

sua forma etc.

Entretanto, em relação ao recebimento de luz no interior do nosso Planeta, fica

uma questão complexa de resolver, já que podemos ver a luz intensificada no azul por

motivos diferentes:

- o primeiro é o recebimento de fótons de maior conteúdo energético, que seja Transmi-

tido, logo, diminui seu comprimento de onda e, portanto, dependendo do seu conteúdo

energético original, pode ser refratado, perder energia e seguir seu novo trajeto com

energia correspondente ao azul;

- o segundo é o recebimento de fótons de menor conteúdo energético que seja Espalha-

do por partículas coloidais e, com isso, tenha seu comprimento de onda diminuído pelo

recebimento de energia da partícula coloidal com quem colidiu e, dependendo do ângu-

Page 5: Efeito Estufa a Salvação Do Plantea

lo de desvio, pode ganhar energia suficiente para se transformar em um fóton com com-

primento de onda correspondente ao azul.

Com certeza existem os dois fenômenos, mas não tenho dados para avaliar qual

deles ocorre com maior intensidade.

O estudo de coloides é bastante evoluído atualmente, com grandes contribuições

de Einstein, Smoluchowiski, Debye, e outras “feras”. Estabeleceram equações que per-

mitem quantificar o fóton desviado, o fóton incidente, sua energia e outros parâmetros

através do valor do ângulo de desvio, e muitas outras coisas importantes. Por isso, esse

fenômeno é muito utilizado em medicina, na avaliação de turbidez e em inúmeros ou-

tros setores.

Outro ponto a ser discutido, exatamente oposto, é a incidência de fótons sobre as

partículas coloidais pretas, como as que saem das chaminés das grandes indústrias tais

como fuligem, carbono coloidal, negro de fumo, e outros.

Sabe-se da química coloidal que os coloides com micelas pretas são absorventes

totais, ou seja, NÃO espalham a luz incidente nele; simplesmente absorvem totalmente

sua energia e a incorporam na forma de energia TÉRMICA (calor). Dessa forma, a regi-

ão ocupada por essas partículas, fica aquecida.

O estudo de coloides é feito através desse fenômeno, o espalhamento dos raios

incidentes. Na medicina é usado amplamente no evento chamado nefelometria, que es-

tuda o material através de determinado ângulo de espalhamento.

Já o estudo do asfalto é bastante prejudicado pelo fato de não poder ser analisado

através da luz, porque suas “micelas” são pretas, logo, absorvem e não espalham a luz.

Para a maioria das pessoas, esse efeito é que é o responsável primeiro pelo ca-

minho de destruição de nosso planeta através do chamado “efeito estufa”.

Entretanto, como visto acima, sobre colisões de fótons com partículas coloidais,

pode-se afirmar que, do feixe incidente nas partículas coloidais NÃO PRETAS, parte é

absorvida em forma de calor, parte é refletida e retorna com o mesmo conteúdo energé-

tico e parte é desviado segundo vários ângulos de espalhamento, sempre com os raios

espalhados intensificados nos menores comprimentos de onda.

Não tenho conhecimento dos quantitativos existentes (e nem sei se eles existem)

das partículas coloidais pretas e não pretas na nossa atmosfera, pois existe um grupo

de cientistas que afirmam que o planeta está caminhando para uma nova “era do gelo”.

Evidentemente os dois grandes grupos são antagônicos:

- de um lado os que se preocupam com o efeito estufa, que vai nos destruir por excesso

de calor (logo, entropia).

- de outro lado os que consideram que caminhamos para uma nova “era do gelo”.

Page 6: Efeito Estufa a Salvação Do Plantea

É evidente que existe motivo de preocupação real em ambos os casos, mas só se

pode se engajar efetivamente em um dos lados, com pleno conhecimento das expectati-

vas para futuro, o que só seria possível com o conhecimento, pelo menos aproximado,

dos quantitativos existentes hoje e sua tendência futura (de aumento ou diminuição) dos

quantitativos das partículas coloidais pretas e não pretas na nossa atmosfera, para tentar

prever o destino final disso tudo.

Não gosto de emitir opinião sobre assunto que eu não tenha conhecimento pro-

fundo ou dados confiáveis para me apoiar. Por essa razão não posso defender nem criti-

car nenhum dos dois grupos. Entretanto, com a volúpia com que o homem caminha no

seu desenvolvimento sem medida de consequências, com o violento aumento com que

as últimas décadas apresentaram do número de indústrias jogando “partículas pretas” de

suas chaminés (sem nenhum tratamento), o aumento na produção de combustíveis fós-

seis, e outros fatores que, embora de menor expressão, se somam aos maiores no total

da capacidade de destruição eu, como leigo, optaria pela preocupação maior com o efei-

to estufa.

Entretanto, por ser químico e conhecer um pouco de Termodinâmica, tenho que me

posicionar com equidistância, já que:

- o caminho para nova era do gelo, levaria evidentemente a um ambiente de baixíssimas

temperaturas, logo, amplamente favorável a coesão, atração, organização;

- o caminho para a destruição por degeneração através de excesso de calor, de velocida-

de, de desorganização, desorientação, levaria ao CAOS total.

É evidente que como químico, tenho que ficar equidistante, pois o Segundo

Princípio da Termodinâmica afirma que “a entropia do Universo tende para um má-

ximo”. Bem entendido: a entropia do UNIVERSO. A Terra é parte do Universo. Peque-

níssima parte, é verdade, mas é parte do Universo e com isso, a análise tem que levar

em conta:

Planeta Terra + Resto do Universo = Universo

o que obrigatoriamente deixa claro que, sendo apenas uma parte do Universo, a Terra

tem que ser avaliada como um sistema qualquer e tem que respeitar a equação, que diz

que quem NÃO pode DIMINUIR a entropia é o Universo, não parte dele.

Assim sendo, dentro da ciência as duas possibilidades têm a mesma probabilida-

de de ocorrer, pois se nos aquecermos demais, aumentamos nossa entropia (da Terra), o

que pode manter ou aumentar a entropia do Universo. Entretanto, se esfriarmos até um

possível congelamento, estaremos aumentando quase infinitamente nossa energia coesi-

va, atrativa, organizada, logo, a diferença entre o estado anterior e o futuro libera uma

quantidade incomensurável de energia entrópica para o Universo, o que também contri-

bui para o aumento da entropia do Universo e, portanto, satisfaz plenamente o Segundo

Princípio da Termodinâmica.

Page 7: Efeito Estufa a Salvação Do Plantea

Uma avaliação não científica, através da observação do comportamento do ho-

mem em relação ao meio ambiente, que vai ser detalhado minuciosamente no capítulo

10, indica maior probabilidade de irmos para o caos, devido a sanha ensandecida do

homem pela riqueza, com as últimas décadas apresentando um terrível aumento do nú-

mero de chaminés lançando partículas coloidais pretas na atmosfera sem nenhum trata-

mento nem proteção.

No capítulo 10 esse assunto será abordado novamente, mas sob outra ótica, a

forma como o homem atua e como ele poderia agir para minimizar os efeitos da destrui-

ção que parece já ter dado seu “ponta pé” inicial a bastante tempo.

10 - O HOMEM E O SEU HABITAT

10– 1 - Considerações

É claro que depois de ver tanta coisa sobre ciência, Física e Química, e um pou-

co sobre a parte Divina, que será completada no próximo capítulo, creio ser importante

avaliar o comportamento do ser humano, enquanto espécie, qual seu comportamento,

principalmente frente ao seu habitat já que, como mostramos antes, o homem quantifica

tudo no Universo em função dos movimentos de rotação e translação de sua própria

moradia, o planetinha Terra.

O homem sempre considerou que, antes de existir qualquer coisa, só existia evi-

dentemente Deus e seu habitat que, por acaso, era a Terra, apesar de ser “sem forma e

vazia e havia trevas sobre a face do abismo” (Gênesis, Bíblia). Lá também diz que Deus

criou TUDO em função de nós, os seres criados a Sua imagem e semelhança, logo, per-

feição.

No livro chamado O Apocalipse (também na Bíblia), o que vemos é um relato de

um Céu (ou Paraiso) onde moram Deus e os homens que já passaram pela Terra e agora

estão sem matéria, logo, lá com seu Criador a sua imagem e semelhança. Durante o rela-

to, observa-se que os habitantes do Céu não têm nenhuma tarefa, nem obrigações, nem

absolutamente nada, a não ser “adorar o Cordeiro” e passar todo o resto do tempo em

função da Terra e dos homens. Vigiam diuturnamente cada ato dos homens, cada praga

ocorrida, o comportamento das pessoas, tudo com o maior interesse. A eles nada inte-

ressa do que esteja ocorrendo na imensidão das milhões ou bilhões de galáxias de todos

os tipos e tamanhos. Afinal, tudo isso só foi criado para nos nortear a noite, e o Sol,

apesar de quinta grandeza, é o único astro importante, por ser o nosso, logo, divino.

Page 8: Efeito Estufa a Salvação Do Plantea

Fica óbvio que para Deus e os demais habitantes do Céu, todo esse Universo

sem fim em grandiosidade e, talvez, perfeição, não vale absolutamente nada. A única

coisa dentro do Universo que interessa a eles é esse planetinha insignificante e fedoren-

to, mas onde morava Deus e onde hoje moram os seres criados a Sua imagem e perfei-

ção. Para não tomar conhecimento de um Universo tão grande, complexo, quase (ou?)

divino, para viver a eternidade em função só de nós, é porque “devemos ser seres perfei-

tos (sic duplo!)”.

Entretanto, vamos colocar os pés no chão, acordar para a realidade e começar a

avaliar como é o comportamento desse ser “divino” que é o homem, que habita a mora-

da de Deus, e que mede tudo no Universo a partir da “casa de Deus”, que por acaso,

também é a sua.

Tendo em vista que raros seres humanos são ateus, descrentes de qualquer coisa

superior que tenha nos criado etc, esperar-se-ia que a esmagadora maioria dos homens,

certos da existência desse Deus Criador de tudo, inclusive dele próprio (homem) a Sua

imagem e semelhança, e exatamente no local em que esse Deus morava, cuidasse do seu

(e de Deus) habitat com o mais profundo amor e respeito a TUDO, especialmente às

demais Criações de quem o criou com tanto amor e perfeição. Então, estaríamos real-

mente no Paraiso, pois além do homem ser uma imagem de Deus, também passou a

morar junto com Ele no Seu habitat eterno, o planeta Terra. Isto justifica porque os reli-

giosos adotam como parâmetro medidor e regulador, ou seja, quantificador de tudo no

Universo, em função de sua moradia, com a defesa de que não o fez pela moradia ser

sua, mas sim de Deus. E parece lógico que o local que seja a moradia de Deus, seja re-

almente o parâmetro identificador e quantificador de tudo que possa existir.

Assim sendo, temos o homem, com todo esse paraíso chamado Terra, morada

eterna de Deus e temporariamente sua também, com a incumbência de mantê-la nos

moldes em que lhe foi concedido o direito de Utilização dela. Pelo transcorrer dos even-

tos ligados a criação, pode-se deduzir que a Terra continua sendo de Deus, tendo o ho-

mem o direito de habita-la enquanto estiver aqui, com direito inalienável ao usufruto de

tudo que tenha sido colocado a sua disposição.

Neste capítulo vamos fazer uma análise o mais imparcial possível de como é

esse habitat e da forma como ele é cuidado pelos homens criados a “imagem e seme-

lhança de Deus”.

10 – 2 - O Habitat

Não se pode negar que a Terra seja um planeta simpático. Sua massa é de 6 x

1024 Kg, sua densidade média é de 5,515 g/cm3, logo, seu volume é de 1,083 x 1012

Page 9: Efeito Estufa a Salvação Do Plantea

Km3. É o terceiro planeta em afastamento do Sol, sua superfície mede aproximadamente

510.072.000 Km2, dos quais três quartos (382.554.000 Km2) é constituída por água,

com belas praias, e o restante um quarto (127.518.000 Km2) é constituído pela parte

sólida, com desertos, florestas tropicais, e uma parte dessa área total coberta com cama-

da orgânica (húmus), apropriada para plantar vegetais que servem de alimento. Sua at-

mosfera é constituída por uma mistura de dois gases, um inflamável (o oxigênio) e o

outro não, sendo inerte (o nitrogênio).

Como nesse capítulo o assunto é o homem, seu habitat, e como ele cuida e man-

tém sua moradia, logo, trata-se do que se convencionou chamar de “meio ambiente”.

Como o homem se comporta em relação a manutenção e proteção da Casa de Deus, que

ele como Sua imagem e semelhança tem o direito de usufruir dela também.

Claro que este assunto pode ocupar um sem número de páginas, com trechos

enaltecendo Deus e o amor dos homens por Ele, como também outros tantos mostrando

tantos erros e incoerências observadas no nosso dia a dia, que pode tanto comprometer a

Divindade de Deus ou mostrar o lado puramente maligno do ser humano.

Não quero me estender demais nesse assunto, razão pela qual só estou preparan-

do o caminho para uma análise mais equilibrada do nosso comportamento em relação ao

meio ambiente de nosso habitat. Por isso, vou apenas fazer pequenas citações para lem-

brar os leitores do que já foi dito anteriormente.

Pertencemos ao sistema solar, cujo astro SOL é uma estrela de QUINTA gran-

deza. Somos o terceiro planeta em afastamento do nosso astro (Sol), mais distante ape-

nas do que Mercúrio e Vênus. Somos 335.000 vezes menor que o Sol e somos maiores

apenas 181 vezes que Mercúrio, o menor de todos. Nossa massa total é de 6 x 1024 Kg e

giramos em torno do Sol a uma velocidade translacional de 30 Km/s, logo com uma

energia cinética de 2,65 x 1033 J, preso a sua órbita pela atração gravitacional do Sol

sobre nós, metade da atração gravitacional Sol-Terra, que é de 5,325 x 1033 J. Também

apresentamos movimento de rotação, ou seja, “rodamos” em torno de nosso próprio

eixo na velocidade de 464 m/s.

Curiosamente, apesar de ter sido a moradia exclusiva de Deus e de ter se tornado

também o nosso habitat, já que somos imagem e semelhança Dele, não somos o maior

em nada nem o menor em nada, apenas o de maior densidade, ou seja, massa por unida-

de de volume. Somos um planetinha intermediário em TUDO e participantes de um

sistema de uma estrela de apenas QUINTA grandeza. E lembrar que todo o resto desse

imenso Universo foi criado em função somente de nós e de nossos interesses (?).

10 – 3 - As Coincidências da “Criação” ou “Evolução”

O planeta Terra é constituído por três quartos de agua, logo, pode-se dizer com

absoluta certeza que o planeta é “majoritariamente agua”. Curiosamente, quer seja pro-

Page 10: Efeito Estufa a Salvação Do Plantea

positalmente ou não, o Homem é constituído por TRÊS QUARTOS DE AGUA. Assim,

o Planeta Agua é habitado por um ser humano constituído basicamente por Agua.

Só por curiosidade, para quem nunca pensou no assunto, se desidratarmos com-

pletamente um homem de oitenta quilos, a agua vai para a atmosfera e o que sobra dele

não passa de vinte quilos, que cabe num pequeno balde de obras. O homem nunca con-

segue imaginar que cabe dentro de um pequeno balde de obra, muito menos que a mis-

tura dessa matéria insignificante com mais três partes iguais de agua (constituinte básico

do Planeta) se transforma nessa “maravilhosa imagem e semelhança de Deus”. Muita

gente pode até duvidar que esse ser robusto, forte, que anda, corre, pensa, e faz tudo que

fazemos no nosso dia a dia, possa ser na verdade uma solução de 1/4 de matéria sólida

em 3/4 de agua.

Entretanto, a explicação Química para o fato é extremamente simples. Pode-se

dividir todas as substâncias existentes em função de suas dimensões. Existem substân-

cias que medem menos de um nano (1 nano = 10-9 m), que pelas suas dimensões têm

sempre energia cinética o suficiente para vencer a força de gravidade e se manter em

solução. Por outro lado existem substâncias que medem mais de um micron (1 micron =

10-6 m), que pelas suas dimensões têm sempre energia cinética insuficiente para vencer

a força de gravidade, de forma que não conseguem se manter em solução, precipitando e

separando o sistema em macro fases distintas.

O sistema coloidal é de constituição micro heterogênea, sendo que as partículas com

pelo menos uma de suas dimensões dentro da faixa de tamanhos citada, é chamada de

“fase dispersa” (ou micelas) e a fase contínua que as mantém em solução é o meio de

dispersão, ou a fase dispersante.

Entre esses valores, ou seja, de 1 nano a 1 micron encontramos um conjunto de

substâncias que são altamente dependentes da Temperatura, isto é, enquanto os solutos

(que fazem as soluções verdadeiras) apresentam as mesmas características em longo

intervalo de temperaturas, o mesmo ocorrendo com as suspensões grosseiras, as subs-

tâncias que ocupam este intervalo coloidal têm propriedades altamente dependentes da

temperatura. Pelo tamanho das partículas, até determinados valores de temperatura a

energia cinética dessas partículas é pequena e não consegue vencer a força da gravidade

e precipita, fazendo geralmente com estruturação total abrangendo todo o volume do

sistema, formando uma estrutura chamada de coagulação. Numa pequena faixa de tem-

peraturas, o sistema sai da condição de aglomerado (coagulado) e se se solta, já que as

partículas, com leve aumento de temperatura, já adquirem suficiente energia cinética

para vencer a força da gravidade e se soltarem, formando um outro tipo de coloide, o

coloide fluido. Os coloides do tipo fluidos, soltos, são chamados do “tipo SOL” e aque-

les aglomerados, coagulados, são chamados do “tipo GEL”.

É bom deixar o aviso para que não digam que errei nos valores, que o limite su-

perior do tamanho coloidal tem divergência na ciência. Inicialmente era realmente 1

micron, mas atualmente a maioria adota para tamanho coloidal a faixa 1 a 100 nanos, ou

seja, 10-9 a 10-7 m. Eu compartilho da maioria que adota esse valor, mas só coloquei o

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limite de 1 micron para ser mais abrangente e esclarecer a todas as correntes de pensa-

mento.

Outro ponto que deve ser esclarecido é que as estruturações citadas acima, sis-

tema disperso livre (SOL) e sistema disperso ligado ou coagulado (GEL), não são os

únicos tipos de coloide existentes. Na verdade existem inúmeros tipos de coloides, e são

muitas as classificações deles, cada uma em função de determinado parâmetro ou finali-

dade etc. Aqui preferi SÓ colocar esses dois tipos de situação coloidal por uma razão

simples: eles são as formas de constituição do homem, com seu um quarto de matéria

sólida e três quartos de agua líquida.

O homem é uma mistura de tipos de estruturação coloidal, pois varia desde sis-

temas altamente estruturados como ossos e tendões (os ossos têm o meio de dispersão

sólido e a fase dispersa líquida), passando por sistemas geleificados como fígado, indo

até sistemas coloidais fluidos, como liquor, sêmen e sangue.

Assim, como disse certa vez um cientista, o Prof. Zukov: “o homem é um coloi-

de andante”, serve para mostrar que somos apenas isso, um conjunto coloidal que anda,

corre, fala, pensa, se reproduz e tem sentimentos, igual a todos os mamíferos. A única

coisa que o homem tem a mais que os demais mamíferos, e que o distingue deles, é a

parte do cérebro chamada neo cortical, com seus neurônios vibrando e que dá a quem os

possui, a capacidade de avaliar e entender as coisas em que ele pensa. Em suma, dá a

seus possuidores a capacidade de discernimento das coisas. Se o homem, mesmo com o

neo cortical, não tem a capacidade de saber exatamente o que é certo e o que é errado,

pelo menos permite avaliar e distinguir o que o bom senso indica como certo e como

errado.

Só o homem tem a parte neo cortical do cérebro, logo é o único animal que tem

capacidade de distinguir tudo que o bom senso indica como certo, logo, deveria ser o

único a saber que matar ou prejudicar qualquer outro ser vivo é errado, e pior ainda,

para quem crê na existência de Deus, além de crime deveria considerar um pecado sem

perdão! Se matar outro ser vivo já é um crime hediondo e um pecado sem perdão, ima-

gine-se matar um semelhante seu, que é tão filho de Deus quanto ele. Ele mata um filho

de Deus e depois reza para Deus! Gostaria de saber o que ele diz para Deus nesse mo-

mento. Como seu neo cortical justifica tal ato perante Deus?

Infelizmente, na minha opinião, o homem conseguiu bloquear seu neo cortical, pois o

assunto morte ainda apavora o ser humano, embora seja a única coisa certa nessa nossa

“vida”.

No planeta Agua, não existe somente o ser humano. O planeta é habitado por um

sem número de espécies animais e vegetais, todos convivendo com o ser humano. São

formas de vida que se distribuem em tamanhos desde minúsculos seres unicelulares até

seres da complexidade dos animais superiores, com seus ciclos de vida, de reprodução,

de respiração, de digestão, etc. Dentre eles o mais complexo é considerado o ser huma-

no. Apesar do homem ter seus ciclos exatamente igual ao de seus pares mamíferos, é o

Page 12: Efeito Estufa a Salvação Do Plantea

único dos seres vivos que tem a parte neo cortical do cérebro, única coisa que o distin-

gue dos demais.

Tirando o homem, tudo no Planeta funciona como um relógio; cada espécie tem

seu predador natural, justo para manter o equilíbrio delas. Existem espécies que vivem

dentro da agua, dentre os quais alguns mamíferos, mas a maioria tem estrutura apropri-

ada para sua condição, que permita respirar dentro da agua, escamas, etc. Esses seres

são apropriados para a vida submarina, logo, são aptos a enfrentar todos os desafios

inerentes a vida aquática, neste planeta com três quartos de agua.

Fora da agua, existem inúmeras espécies que se deslocam somente na parte sóli-

da do planeta, e alguns que possuem estrutura para voar, com asas apropriadas em fun-

ção de seu peso, etc.

A evaporação da agua, que existe nessa imensidão, forma acúmulos de agua no

ar, chamados nuvens que, de quando em quando, caem de volta a superfície, no fenô-

meno chamado chuva. A chuva é o retorno da agua que evaporou. Isto mantém a rela-

ção agua/terra constante.

Devido a esses fenômenos, todos os habitantes do planeta são sujeitos a ação da

água, já que a constituição dos seres vivos, curiosamente segue a mesma proporção, ou

seja, todo ser vivo que habita o planeta é constituído por mais quantidade de agua do

que por partículas sólidas. A estruturação desses seres todos, inclusive dos seres huma-

nos, sempre com predominância de agua, é uma forma de estruturação um pouco dife-

rente do que certamente a maioria das pessoas conhece, chamado coloide, explicado

acima.

Só para esclarecer aos leigos como é possível a estruturação do homem com uma

parte sólida para três partes de agua líquida, e formar essa estrutura forte, robusta, de

conformação bem definida, basta lembrar o que todos já sabem, mas não correlacionam,

e que é um alimento gostoso, que qualquer pessoa no mundo sabe fazer: a GELATINA.

A gelatina é uma molécula de tamanho relativamente grande, com suas dimen-

sões se enquadrando na faixa de tamanho coloidal. Sua forma é alongada e cheia de

ramificações tipo “sovacos”, que têm a capacidade de prender moléculas de agua. Seria,

por exemplo, como uma lacraia, ou mesmo uma centopeia, com aquela enorme quanti-

dade de sovacos por cabeça. Por isso a molécula tem grande capacidade de reter agua,

presa dentro de sua estrutura. Por acaso, a molécula de gelatina é a que mais aumenta

seu volume em relação a sua matéria seca (centenas de vezes, em condições especiais,

claro).

Em condições ideais, com agua destilada ou deionizada, a gelatina pode adquirir

consistência com uma parte do pó para noventa e nove partes de agua. Mas na prática

usual, isso não funciona perfeitamente. Mas como comparação com os seres vivos, bas-

ta considerar cinco ou dez por cento de pó para noventa ou noventa e cinco por cento de

agua. É só dissolver o pó da gelatina, comprado em qualquer mercado, em noventa (ou

Page 13: Efeito Estufa a Salvação Do Plantea

noventa e cinco) vezes seu volume em agua. Como a molécula é grande, sua energia

cinética a frio não é suficiente para a dissolução total. Recorre-se então ao pequeno

aquecimento, justo para dissolver completamente a gelatina na agua. Assim pode-se

garantir que a molécula já está estruturada completamente com agua presa em seus so-

vacos tridimensionais, só que ainda em movimento devido a energia cinética.

A seguir basta colocar a solução na geladeira para baixar a energia cinética das

partículas o suficiente para a formar a estruturação das moléculas com participação de

todo o volume de meio de dispersão, que no caso é a agua. Forma-se um sistema coloi-

dal “ligado”, logo, do tipo GEL (que é exatamente a origem do nome GEL: da gelatina).

Esse sistema com cinco por cento de matéria sólida e noventa e cinco por cento

de agua líquida forma um sistema estável (e gostoso de se comer). Com tanto líquido,

claro que ele não pode ter uma estrutura rígida (rochosa). É maleável, e sacudido lembra

muito (e que lembrança boa) o bumbum das maravilhosas mulatas das escolas de sam-

ba. Essa estruturação se dá com cinco por cento de matéria sólida. Lembrar que o ho-

mem tem da ordem de vinte e cinco por cento (e as mulatas das escolas de samba tam-

bém!).

10 – 4 - A Origem do Homem

Antes de entrar no assunto principal que é a relação do homem com o Meio Am-

biente, ou seja, como ele se comporta e como cuida da moradia de Deus da qual ele tem

direito a usufruir enquanto estiver por aqui, preciso fazer uma breve análise sobre uma

questão bastante cáustica e, certamente criadora de arestas, seja com um seja com o ou-

tro grupo, dentre os que defendem cada facção. Trata-se da origem do homem: fruto da

Criação ou fruto da Evolução!

Vou me ater apenas no presente item, a fazer um resumo de um capítulo chama-

do O Evolucionismo, que escrevi no Trabalho POR QUE DEUS NÃO REPONDE, dis-

ponível para quem se interessar na página www.franciscoguerreiro.com.br.

Sempre deixei claro em tudo em minha vida, que sou um poço de dúvidas, já que

considero que a evolução é uma busca e só busca algo quem tem dúvidas. Tenho opini-

ão formada e consolidada de que todo aquele que tem certeza de alguma coisa é digno

de profunda piedade, porque creio que a certeza é a principal consequência da Vaida-

de, que dominou inteiramente o ser humano, tornando-o uma máquina de competição e

não de amor e convivência.

Quando o homem é vencido pelo mal, ao passar a ter vaidade, a esquecer que

todos os seres humanos são absolutamente iguais, simples transportadores ambulantes

de coco fedorento, então ele passa a ter certeza de tudo e é levado a cometer qualquer

Page 14: Efeito Estufa a Salvação Do Plantea

erro ou crime, pois ele é divino e tudo que ele faz é a vontade de Deus. Até matar seus

irmãos, filhos do mesmo Deus, é a vontade de Deus, porque ele assim o quer que seja.

Espero que um dia o homem, se não conseguir parar sua desesperada corrida a

lugar nenhum, pelo menos que consiga diminuir a velocidade e comece a pensar em si

mesmo e nos demais seres vivos, principalmente seus semelhantes humanos. Talvez ele

comece a perceber que se for virado do avesso fede igual a uma latrina cheia. Alias, a

latrina fede exatamente por causa dele mesmo. Só que ele não tem inteligência para

observar isso, porque bloqueou seu neo cortical, para não ter que pensar no seu fim,

pois o homem não entende nem admite seu próprio fim.

Se o homem, vaidoso como é, tentar tomar uma lavagem intestinal para se livrar

da sua parte que mais fede, ele vai desidratar e terá que ir a um hospital ficar atrelado a

um soro para se re hidratar e começar a comer comida sólida que vai virar coco fedoren-

to dentro dele. Aí, quando ele estiver novamente cheio de coco fedorento por dentro, ele

pode levantar e ir embora porque voltou a ser um homem normal, ou seja, um transpor-

tador ambulante de coco fedorento. Mas nem assim o homem acorda, se julga uma ima-

gem e semelhança de um Deus Todo poderoso, divino e sempre se acha mais querido

por Deus do que seus irmãos humanos. O dia que o homem descobrir isso, ele saberá o

que é ser feliz e realista, e descobrirá onde está e como age o mal, do qual ele deveria

estar se defendendo.

Voltando ao assunto desse item, sempre fui cético quanto a aparecer alguma

coisa do nada. A ciência atualmente aceita como modelo inicial do universo físico (não

divino) o modelo da grande explosão térmica, conhecido como Big Bang. Não vou co-

mentar aqui a impossibilidade de sua existência por já ter trabalho para isso, também

disponível na página www.franciscoguerreiro.com.br.

O que me deixa curioso é tanto cientista inteligente achar possível uma compres-

são de fótons até volume zero, violando a termodinâmica e depois gerar uma explosão

tão violenta. De qualquer forma, o insumo na explosão era o mesmo, os fótons. Só com

fótons explodindo pode-se gerar um Universo tão grande, tão complexo, que até hoje

sequer o conhecemos totalmente? Me é difícil aceitar que do nada (volume zero) ou

mesmo de grande quantidade do mesmo insumo aparecerem tantas espécies, e tão dife-

rentes entre si, como minerais, vegetais e até animais, inclusive o homem! E qual a ex-

plicação para o mesmo insumo gerar produtos tão diferentes? Houve sequência lógica

ou foi tudo ao acaso? A partir da Grande Explosão Térmica (???) todos os fótons saíram

à mesma velocidade formando esferas cada vez mais amplas, logo, sempre sujeitas às

mesmas condições energéticas. Porque não seguiram todas o mesmo destino? Porque

tanta diversidade no universo a partir do mesmo insumo seguindo sempre com as mes-

mas condições energéticas?

A evolução das espécies vivas, em si, é coisa comum e sem nada passível de

dúvida e sem nada a se acrescentar. É apenas uma adaptação dos seres vivos às novas

condições que vão aparecendo com o tempo. E isso é fruto de um período longo de evo-

Page 15: Efeito Estufa a Salvação Do Plantea

lução quando atingiu as características que consideramos como definidas e definitivas

para os seres atuais. Mas quem garante que a evolução já atingiu sua meta?

Sempre haverá a pergunta: o homem atual já é o definitivo ou vai continuar evoluindo?

Porque o homem evoluiu tanto no sentido de andar de pé e não de quatro, criou muscu-

laturas próprias para esse fim, ao invés de evoluir no sentido de criar asas e poder voar,

já que desde os primórdios o homem sempre sonhou em voar, então porque sua evolu-

ção foi em outro sentido? Ou será que nesse caso não houve evolução e sim involução?

Porque algumas espécies não evoluíram no sentido de adquirir capacidade de correr

como os felinos, deixando de ser presa fácil deles? Porque os felinos evoluíram tanto

em termos de velocidade, garras para pegar suas vítimas e presas para as dilacerar, e

não evoluiu no sentido de se tornar herbívoro? Afinal, a quantidade de verde que existe

em nosso planeta seria suficiente para abastecer todos os felinos por toda a eternidade,

além do que eles não necessitariam emboscar e matar outros animais para sobreviver. O

que fica muito difícil de fazer quando ele envelhece e talvez isso acelere sua morte. Isto

também é evolução?

Entretanto, minha dificuldade maior está em entender o evolucionismo como ele é con-

siderado pelos seus defensores, todos só se referindo a evolução de seres vivos, mas não

para os seres inanimados. Porque um conjunto de fótons conseguiu evoluir a ponto de se

tornarem animais com ciclo vital perfeito etc, e outros não conseguiram passar de ina-

nimados minerais?

Pelo exposto, pode-se perguntar qual o final da evolução? Tudo vai continuar evoluindo

até que ponto? A evolução caminha para um ponto de equilíbrio ou continua até reduzir

tudo a pó? Nós também? Já chegamos ao ponto de máxima evolução possível ou esta-

mos em um estágio primitivo, passível de todas as mudanças imagináveis (ou inimagi-

náveis) ainda por vir? Nesse caso como seríamos no futuro? Voltaríamos ao bom senso

e andaríamos de quatro ou continuaríamos de pé? E os demais mamíferos conseguirão

adquirir o neo cortical ou se limitarão para sempre com o lumbical? Da mesma forma

pode-se inquirir dos evolucionistas porque com o mesmo tempo de evolução os répteis e

ofídios não adquiriram o lumbical (a parte do cérebro que dá o conceito de sentimento)

como os mamíferos? E porque a cobra não evoluiu no sentido de criar asas ou pernas

para se deslocar com mais facilidade? É claro que isso tudo é assunto com boa dose de

subjetividade e é passível de questionamentos acalorados para sempre.

Entretanto tem uma coisa que considero ponto de honra e não aceito parecer contrário

de nenhum ser, mesmo com pouca inteligência, é que tem que manter a coerência:

“Num processo evolutivo as coisas sempre evoluem. Pode haver ocasionalmente curtos

ou longos períodos estacionários (platôs), para depois continuar a evolução, fato que

pode se repetir tantas vezes quanto se queira. Mas, depois de cada platô, OBRIGATO-

RIAMENTE o sistema tem que continuar evoluindo”.

Page 16: Efeito Estufa a Salvação Do Plantea

Assim sendo, a evolução, intercalada ou não por platôs, SÓ pode conter períodos esta-

cionários e evolutivos. Jamais meus neurônios aceitarão que a parte INVOLUTIVA

possa fazer parte do processo EVOLUTIVO. Seria a negação de tudo, da razão, do bom

senso, da inteligência e de tudo o mais que o homem conseguir coordenar.

E é aí que o Evolucionismo esbarrou nos meus neurônios: “o ser humano”.

Frente aos demais mamíferos, o homem é visivelmente um estágio acima, sem nenhuma

dúvida. Mas isso é realmente fruto da Evolução?

A evolução (ou desenvolvimento) do homem chegou a beira do inimaginável!

Uma simples molécula, invisível a olho nu, chamada DNA detém o código genético e

todas as características que o futuro ser humano vai ter.

Sai de uma simples molécula, consegue evoluir até criar carne, ossos, cabelos etc. De-

pois evolui aumentando o volume inicial, enrijecendo os ossos, os tendões, consegue se

estruturar em forma coloidal com um volume de água mais de três vezes superior ao de

sólidos, e aí manter a configuração atual de um sistema coloidal íntegro, composto por

várias formas de estruturação coloidal deferentes, desde sóis líquidos a géis consistentes

e até mesmo sistema coloidal com o meio de dispersão sólido, como os ossos, aumentar

sua resistência às intempéries, chegar ao ápice da força, do conhecimento, da capacida-

de de discernimento, de reprodução, da utilização racional da força, etc. Enfim, o ho-

mem sai de uma simples molécula, se encorpa, aumenta, evolui material e espiritual-

mente, se reproduz, chega ao ápice. Realmente um processo evolutivo digno de elogio e

inveja.

De repente, a partir daí começar a decair, a degenerar, a perder tudo que conseguiu

amealhar durante o fabuloso processo evolutivo, e culmina por chegar ao seu fim atra-

vés da morte. Da molécula (DNA) ao ápice, foi realmente uma evolução.

Mas aí cabe uma pergunta: o período de decaimento, enfraquecimento, degeneração e

morte também faz parte da evolução? Por que um sistema que sai de uma simples molé-

cula, cria um ser vivo, que nasce, evolui até a condição do ser adulto, com vigor, capa-

cidade de locomoção, de pensar, de andar, correr, nadar, etc, e depois que tudo isso é

conseguido, começa tudo a andar para trás, começando a desfazer tudo que foi feito

antes, culminando com o desaparecimento de tão bela obra da evolução? Será que do

nada (um conjunto de fótons) já seria possível estabelecer um sistema evolutivo tão in-

teligente que previsse que depois de tanto tempo necessário para produzir uma obra tão

perfeita, que ela, tão logo produzida, iniciaria seu declínio e destruição?

Na minha opinião, que me desculpem os evolucionistas, o decurso do ciclo vital está

parecendo muito mais ser atrelado a algum modelo previamente estabelecido para ser

cumprido dessa forma (na verdade uma curva de Gauss), do que ser o produto de uma

evolução que, de repente estaciona, “involui” e acaba morrendo, com tudo isso fazendo

parte de um processo evolutivo (??).

Page 17: Efeito Estufa a Salvação Do Plantea

É claro que todos esses questionamentos e suas possíveis respostas vão continuar cami-

nhando juntas para sempre e no campo da pura subjetividade. Talvez essa seja a coisa

mais importante para o ser humano racional: tudo ser sempre no campo subjetivo, pois

se houvesse alguma evidência objetiva, as respostas seriam obvias e de consenso e então

o homem não teria mais sobre o que pensar e procurar. Será que o homem continuaria

existindo a partir do momento em que tudo fosse esclarecido de forma objetiva? O que

ele procuraria dali para a frente? Que motivos ele teria para continuar vivo?

Evidentemente o assunto não se esgota por aqui. Claro que, como me considero racional

e honesto, e como a avaliação do modelo Evolucionista, que é o único contraponto co-

nhecido hoje ao modelo Criacionista, sou obrigado a reconhecer que, se o modelo Evo-

lucionista tem mais furos do que queijo suíço, o modelo Criacionista que, apesar de

apresentar enorme número de falhas, o faz menos que o Evolucionista, então sou obri-

gado a dar mais crédito ao modelo Criacionista.

É evidente que no estágio atual do conhecimento humano, não se pode garantir que o

único contraponto possível ao modelo Criacionista seja o Evolucionista, razão pela qual,

daqui para a frente, vou continuar buscando a existência de algum outro contraponto

mais razoável. Mas, enquanto não o encontrar, sou obrigado a dar mais crédito ao mo-

delo Criacionista do que ao modelo Evolucionista Darwiniano, pelas evidências apre-

sentadas.

10 – 5 - O Homem e a Morte

Após ter falado tanto sobre a origem do homem, por Criação ou por fruto de

Evolução, e depois dos conceitos emitidos anteriormente sobre a Termodinâmica, que

na minha opinião é o balizador final de tudo que ocorre, tenho que colocar aqui uma

análise do assunto que mais incomoda a maioria dos homens: seu fim, ou seja, sua mor-

te.

No item anterior deixei bem clara a minha opinião pessoal sobre os modelos

possíveis de surgimento de tudo, do Universo ao homem. Muito me incomodou o fato

de considerar sem sentido nenhum alguma possibilidade de escolha, por mais imprová-

vel que seja, pois sempre preferi ter como possibilidade a alternativa da opção, para o

que é sempre necessário existirem soluções alternativas possíveis, mesmo com probabi-

lidades muito diferentes.

Quanto ao evento morte, ou seja, o fim do homem, que ele não aceita e por isso,

com o inerente medo do desconhecido, bloqueia seu neo cortical, que é a parte do cére-

bro que fornece a razão, logo, o possível entendimento para este ou qualquer outro fato

de nossas vidas. Pela honestidade de propósitos de meus estudos, no item anterior ter-

Page 18: Efeito Estufa a Salvação Do Plantea

minei embasbacado e o pior, neste item que vou transcrever como segui o raciocínio de

início ao fim e mostrar no final, que acabei neste, talvez mais embasbacado ainda. Mas

acho que a evolução é assim mesmo; ora achamos uma coisa, e depois a reconhecemos

absurda e assim sucessivamente.

Mas vamos ao estudo, sua sequência e as conclusões a que cheguei.

Conforme foi visto detalhadamente no primeiro item do capítulo 9, a avaliação

termodinâmica de um evento é sempre feita dividindo o Universo em duas partes: a

primeira constituída pelo sistema que se quer estudar e o segundo, o resto do Universo,

de tal forma que a soma das duas partes recompõe o Universo íntegro.

No caso presente, o evento que me propus a estudar é o homem, ou seja, o ser

humano. Dessa forma temos o seguinte conjunto em equilíbrio:

Homem + Resto do Universo = Universo

O princípio e o mecanismo de análise é exatamente o mesmo, já que o homem

constitui um sistema e somado ao resto do Universo, reconstitui o Universo. Todas as

trocas eventuais tem que seguir as mesmas leis, ou seja, a Entropia do Universo tem que

aumentar (em alguns casos, como em reações em equilíbrio, pode se manter). Mas, sob

hipótese alguma a Entropia do Universo pode diminuir.

No caso dos seres vivos, como no caso do homem, aparece um dado novo, que

não impede nem atrapalha a avaliação Termodinâmica, mas que vai causar um incômo-

do mais adiante.

Trata-se do fato do homem ser um “ser vivo”, com auto suficiência de locomo-

ção, pensamento, respiração, reprodução, etc. Por essa razão vou considerar essa situa-

ção como:

Homem VIVO + Resto do Universo = Universo

É claro que a introdução da palavra vivo não afeta em nada a continuidade do

estudo, tendo-se sempre em mente que as trocas entre os dois lados participantes têm

obrigatoriamente que manter ou aumentar a Entropia do conjunto (Universo). É eviden-

te que durante a vida do homem, ele vive trocando Energia e Entropia com seu parceiro

(o resto do Universo), sempre respeitando as leis vigentes.

Entretanto, no caso dos seres vivos, principalmente no caso presente por se tratar

do homem, ocorre um evento desconhecido e imprevisível: de repente o homem MOR-

RE.

É claro que no ato da morte mudam muito os parâmetros analisados, de forma

que a condição de estudo passa a ser:

Homem MORTO + Resto do Universo = Universo

Page 19: Efeito Estufa a Salvação Do Plantea

Daí para a frente, é só definir os parâmetros e suas variações e continuar fazendo

a análise termodinâmica. Entretanto, o ponto crucial da questão não é esse, pois se sabe

que ambas as situações vão atender as leis termodinâmicas. O grande problema, e que

me pegou desprevenido, foi a grande mudança que ocorre nos balanços energético e

entrópico feitos antes e depois do evento MORTE, que se pode até chamar de SINGU-

LARIDADE. É como os dois cones representativos do passado absoluto do evento e do

futuro absoluto do evento, definidos por Einstein.

Para ele, os dois cones eram ligados pelo bico e representava para ele a chamada

singularidade, que ele considerou como sendo o evento presente e definiu que as ocor-

rências contidas no cone de eventos passados não poderiam ter nenhuma influência nas

ocorrências do cone de eventos futuros. Ou seja, a singularidade era uma ruptura brusca

e total entre os acontecimentos passados e os acontecimentos futuros.

Sempre me incomodou muito essa conclusão dele, ou seja, dois cones ligados

mas desvinculados pelo bico comum.

Em trabalho anterior já fiz minha crítica a esse conceito, que como é curto, vou

descrever aqui. O exemplo que usei foi de um médico atender a uma criança com febre.

Se o médico lhe der um antitérmico, vai baixar a febre por um período, e voltará em

seguida. Porque a febre não é um evento auto suficiente; ela é consequência de uma

infecção que gera o cone de eventos futuros, chamado febre. Assim, se o médico só lhe

der antitérmicos vai acabar matando a criança. O que o médico precisa fazer é pesquisar

para descobrir o local, a natureza e a intensidade da infecção. Curando a infecção acaba

a febre.

Dessa forma pode-se considerar que a infecção é o evento presente ou singulari-

dade e a febre é a constituição do cone de eventos futuros. Assim, em princípio me pa-

rece mais lógico considerar que o bico tem influência direta no cone de eventos futuros.

Geralmente, depois de certo tempo, a infecção volta. Nesse caso, o procedimento

do médico tem que ser ainda mais profundo. Não basta confirmar os dados da infecção e

trata-la, pois fará com que ela volte mais a frente. Assim, o médico tem que fazer uma

pesquisa dos eventos passados que desembocaram na infecção. Evitando os eventos que

causaram a infecção, ele cura o paciente de forma definitiva.

Este foi o exemplo que eu dei; na verdade trata-se do modelo de um aconteci-

mento bastante semelhante ao que utilizaram para a elaboração do modelo do Big Bang.

A condição impositiva de que nada do que ocorreu no cone de eventos passados pode

influir nos acontecimentos do cone de eventos futuros, passou a me incomodar um pou-

co, por ser aparentemente descabida.

Uma outra avaliação que fiz em torno disso, é que seus promotores, provavel-

mente estudando uma possível existência de vida após sairmos daqui, de nossa viagem

planetária em forma material, certamente acreditavam que existe realmente uma vida

NÃO material quando desembarcarmos de nossa nave em movimento eterno (Terra),

Page 20: Efeito Estufa a Salvação Do Plantea

porém não tendo encontrado nenhuma forma, por mais subjetiva que seja, de contato,

preferiram considerar que o ato da morte, que é um evento singular, seja uma ruptura

TOTAL entre o cone de eventos passados (nossa vida material) e o cone de eventos

futuros (nossa vida não material, se ela existir, é claro). Acho válido a busca, como

qualquer pesquisa teórica ou experimental que alguém se disponha a fazer, pois isso é

que faz o homem evoluir. A única coisa que critico veementemente é a assertiva de que

a singularidade acaba com qualquer vínculo possível entre os cones de eventos passado

e futuro. É mais um exemplo da arrogância, consciente ou inconsciente do homem, que

não encontrando resposta ao que procura, define como “verdade absoluta” a conclusão a

que ele chegou. Deve-se sempre respeitar o direito de qualquer outro homem também

pensar no mesmo assunto e chegar a conclusões totalmente opostas, sem que se possa

afirmar que ele esteja errado, pois a verdade é uma busca, e só sabe “a verdade absolu-

ta” os pobres de espírito dignos de profunda piedade por parte de quem pensa com seus

neurônios. É isso que realmente eu sinto de todos os que “sabem a verdade”, pois estão

no chão da escada do conhecimento da vida. Alias, no chão bastante elameado.

Depois disso, vamos voltar ao evento morte e as duas situações criadas:

- Homem VIVO + Resto do Universo = Universo

- Homem MORTO + Resto do Universo = Universo

A avaliação fria das duas situações, mostra realmente um hiato entre elas. Mes-

mo com as duas situações independentemente uma da outra estarem atendendo as leis,

mas o fato é que não são DOIS sistemas, duas situações independentes. Estes dois cones

são ligados entre si pelo evento MORTE, que é a singularidade do evento estudado.

Antes da morte, o homem tinha determinado conteúdo entrópico, já que ele tem

todos os tipos de movimento: mexer as pernas, mexer os braços, executar o ciclo respi-

ratório, o ciclo reprodutivo, o ciclo digestivo, todos os órgãos se movimentando, especi-

almente o coração, o sangue circulando ao longo de vários metros dentro de artérias e

veias, os neurônios vibrando, mantendo todo esse sistema coloidal complexo a uma

temperatura em torno de trinta e sete graus, e por aí afora.

No ato da MORTE, todo o sistema perde seus movimentos, o coração para de

bater, o sangue fluente deixa de ser um sistema coloidal livre, solto, do tipo SOL e coa-

gula, passando a ser um sistema coloidal do tipo GEL (coagulado, aglomerado, com

retenção de todo o volume de meio que o constitui, o que diminui drasticamente a en-

tropia) e, finalmente, diminui violentamente o maior contribuinte para a Entropia: a

Temperatura. Claro que a diminuição da entropia no homem morto em relação ao ho-

mem vivo, que é devido a coagulação do sangue, diminuição de temperatura, e outros,

onde tudo favorece o aumento da coesão, energia coesiva ou atrativa. Essa diferença em

forma de entropia é enviada ao resto do Universo. Só que é fácil perceber que a quanti-

Page 21: Efeito Estufa a Salvação Do Plantea

dade de entropia contributiva para a entropia do Universo promovida pelo Homem Vivo

é visivelmente maior do que a promovida pelo Homem morto.

Nesse ponto parei para pensar profundamente em quaisquer alternativas possí-

veis. Depois de tudo que mostrei antes, não posso me negar a aceitar que o evento morte

realmente modificou bastante a condição reinante: vivo x morto. A aceitar que o bico

(evento presente ou singularidade) que no caso presente é a morte, seja uma interrupção

total entre os dois cones de eventos passado e futuro, pode ser até aceito, mas precisa

primeiro justificar como essa enorme quantidade de energia e entropia sumiu! Se o sis-

tema VIVO tinha toda aquela quantidade de energia entrópica, através dos movimentos

e do calor, e de repente vem a MORTE e acaba com tudo isso sem uma compensação do

parceiro do sistema, que é o “resto do Universo”, então eu seria obrigado a reconhecer

que a Termodinâmica está errada: não passa de um blefe!

Mas admitir que ela atende TUDO que ocorre no Universo inteiro, e só erra em

um único caso: a Morte do ser vivo, é difícil de aceitar. Sinceramente, para aceitar isso,

eu ficaria na obrigação moral de acreditar em Papai Noel, Chapeuzinho Vermelho, etc.

Usando a razão, pelo menos que eu penso ter, a Termodinâmica não pode ser tão

perfeita para tudo menos para esse caso específico, que permite que o Universo como

um todo, Diminua muito seu conteúdo entrópico. Seria a ÚNICA exceção ao Segundo

Princípio da Termodinâmica. Assim, tem que haver alguma explicação que localize essa

quantidade de energia entrópica que “sumiu”.

De todas as alternativas que me vieram a cabeça, a única que faz algum sentido,

é a possibilidade de realmente termos na nossa constituição, uma parte Não Material,

cujo conteúdo tenha mais Entropia do que a quantidade diminuída no ato da Morte.

Esta possibilidade satisfaz a Termodinâmica, mas fica faltando identificar o tipo

e quantifica-la além, é claro, de descobrir sua origem e que papel ela desempenhava

dentro do organismo vivo, e porque sai com a ruptura pela morte. Da identificação e sua

compreensão, vai depender a definição de um dos pontos que mais me incomoda, con-

forme mostrei no item c do capítulo 3, sobre as consequências do atraso sideral, em re-

lação a rapidez do deslocamento dessa forma não material até seu destino final.

10 – 6 - O Trato da Casa e o Meio Ambiente

Depois de tudo que foi avaliado e comentado sobre o Homem, a morada de Deus (e do

Homem), nosso sistema em relação ao restante do Universo, nossa vida temporária na

casa de Deus, etc, vamos avaliar o comportamento do homem em relação ao seu (e de

Page 22: Efeito Estufa a Salvação Do Plantea

Deus) lar. Como o homem cuida de si, de seus irmãos, das demais criações de Deus,

enfim do meio ambiente e da preservação da casa que ele usufrui.

Inicialmente, como já vimos, sabemos que nosso planeta é constituído por três quartos

de agua. Coincidência ou não, o homem também o é, e a maioria dos animais e vegetais

do planeta também são constituídos primordialmente por agua.

Em princípio parece um pouco de covardia, todos os habitantes formados majoritaria-

mente por agua e largados num planeta constituído basicamente por agua. Seria um fim

rápido e trágico para todos os seres vivos desse planeta. Além disso, outra covardia era

colocar nossa atmosfera com oitenta por cento de um gás inerte, sabendo que após o

consumo dos vinte por cento respirável pelo homem, transformando-o em outro gás

irrespirável pelo homem (gás carbônico), cuja mistura com nitrogênio levaria todos os

seres vivos a dolorosa morte por asfixia.

Entretanto, nada disso aconteceu nem acontece, e isso por algumas razões que vamos

começar a analisar, como por exemplo, como as coisas da natureza se equilibram e onde

e como o homem entra nesse circuito, como morador temporário deste “lar divino”.

Os assuntos ligados a ecologia e meio ambiente, assim como o comportamento médio

do ser humano em relação a eles, são tantos e tão vastos que daria para escrever vários

compêndios sobre o assunto. No caso presente, esse assunto é apenas um tópico do que

é a finalidade do trabalho. Por essa razão, vou avaliar alguns assuntos o mais sucinta-

mente possível, e para não me alongar demais em nenhum deles nem perder a sequência

que me propus, vou identificar cada um deles como um sub item.

10 – 6 – 1 - O primeiro ponto de abordagem é a aparente covardia de seres vivos cons-

tituídos primordialmente por água terem que sobreviver em um planeta com maioria

absoluta de agua.

Como os seres vivos precisam se defender da agua para sobreviver, é só ter um pouco

de percepção para verificar que todos foram muito bem protegidos, quer seja por Cria-

ção quer seja por Evolução. Todos os seres vivos são protegidos por uma fina camada

de “repelente a agua”.

Explicando: só existem dois tipos de substâncias, em uma visão genérica, que são as

POLARES e as APOLARES. As Polares são aquelas que apresentam alguma polarida-

de e são representadas por sua forma mais geral: a água ou hidro. De outro lado exis-

tem aquelas que não têm nenhuma polaridade, ou seja, são absolutamente Apolares,

cuja representação mais geral é o óleo.

Assim temos que a agua (hidro) é POLAR e o óleo é APOLAR. Os dois tipos são abso-

lutamente antagônicos, opostos. Quem tiver afinidade por um deles, obrigatoriamente

terá aversão pelo outro.

Page 23: Efeito Estufa a Salvação Do Plantea

A afinidade é definida pelo termo FILIA e a aversão é definida pelo termo FOBIA. As-

sim, todos os produtos polares, têm afinidade (filia) pela agua (hidro) e por isso são

considerados como tendo HIDROFILIA e são classificados como HIDRÓFILOS. Ten-

do filia pela hidro (polar) obrigatoriamente terá aversão (FOBIA) pelo óleo, logo, são

portadores de OLEOFOBIA e são chamados de OLEÓFOBOS.

O oposto segue o mesmo raciocínio: quem tem FILIA por óleo é chamado OLEÓFILO,

logo, obrigatoriamente um HIDRÓFOBO.

Dessa forma, podemos observar que os seres vivos foram muito bem preparados para

enfrentar os desafios da vida no planeta agua. Todos têm uma fina proteção HIDRÓ-

FOBA, o que obriga que seja OLEÓFILA. O homem mergulha o braço na agua, ao tirar

basta sacudir um pouco ou passar um pano (toalha) e está novo em folha. Entretanto, se

ele mergulhar o braço no óleo (petróleo, querosene, gasolina, etc) ou seja, qualquer pro-

duto Hidrófobo, logo, oleófilo, que portanto tem afinidade pela superfície atingida, a

aderência é de tal forma que dá imenso trabalho para remover e voltar ao normal. Isso, o

homem, que tem inteligência e todos os recursos disponíveis para tais ações. Mas, e os

demais seres vivos? Estão protegidos pela natureza porque nela Não existe óleo dispo-

nível, que possa lhes causar danos. Alguns tipos de óleo, em pequenas quantidades, co-

mo parte de frutos, que depuramos para usarmos como comestíveis. Nada afeta aos de-

mais seres vivos porque o óleo que existe em abundância, não tem a menor chance de

incomodar ninguém. Está a inúmeros quilômetros de profundidade, a maioria abaixo do

fundo do mar. É uma forma de garantir a segurança dos seres vivos que têm proteção

hidrofóbica, logo ficam vulneráveis aos produtos oleosos. O equilíbrio e a segurança

estão garantidos pela Natureza, pelo meio ambiente, por Deus, ou seja lá pelo que for.

Cada um que credite a proteção e segurança àquilo em que ele acredite.

Infelizmente, aí entra a única coisa maligna que existe no planeta: o homem. Consegue

furar um sem número de quilômetros abaixo do fundo de quilômetros de lâmina d’agua,

para buscar óleo em quantidade suficiente para lhe dar conforto e riqueza.

Com grande frequência ocorrem enormes vazamentos de petróleo em diversos pontos

do planeta. Os seres vivos, por terem proteção contra a agua, que poderia destruí-lo, se

tornam altamente vulneráveis, porque para se defender da agua, tem que ter um produto

que abre sua guarda para o óleo. A fauna e a flora atraem o óleo por terem estrutura de

mesma natureza e se tornam vítimas fatais porque o óleo molha bem as superfícies hi-

drófobas, por terem que ser oleófilas. E lhes conduz a um triste fim.

Tristes vítimas do tresloucado maligno ser humano, que sequer diminui seu ritmo de

destruição. Mas reza para Deus e considera que Deus está de acordo e ponto final.

Assim, as vítimas deixam de ser problemas seus, passam a ser de Deus.

10 – 6 – 2 - O segundo aspecto que desejo abordar é sobre a respiração.

Page 24: Efeito Estufa a Salvação Do Plantea

O ciclo de respiração do ser humano é a inspiração de oxigênio e a consequente expira-

ção de gás carbônico. Assim, o que se deveria esperar é que nossa atmosfera fosse cons-

tituída de oxigênio. Entretanto, o oxigênio é o comburente natural. Se a atmosfera fosse

só dele, bastava riscar um fósforo que o planeta explodiria. A natureza é sábia: ele exis-

te na proporção de uma parte dele para quatro partes de um outro gás, este inerte, o ni-

trogênio, que impede isso.

Mas ao respirarmos, vamos inspirar o nitrogênio junto com o oxigênio. Certo, vamos,

mas o nitrogênio é inerte, entrará em nossos pulmões e sairá da mesma forma que en-

trou. Não participa de nada nem interfere no serviço do oxigênio. Equilíbrio perfeito.

Entretanto, nosso ciclo de respiração completo consta da inspiração do oxigênio junto

com o nitrogênio e, após a realização do ciclo, expiramos o nitrogênio intacto (entrou e

saiu sem participar de nada). Por outro lado, o oxigênio inspirado, após a realização do

ciclo, é expirado na forma de gás carbônico. Dessa forma, gradativamente vamos trans-

formando a mistura inicial de nosso equilíbrio e condição de vida, a mistura de oxigênio

com nitrogênio, para uma nova mistura constituída por nitrogênio e gás carbônico. Com

essa mistura, o homem não sobrevive, é condenado a morte por asfixia.

Mais uma vez a natureza mostra que não precisa de nós, de nossos favores para nada.

Ela é auto suficiente em tudo. Inclusive nesse caso, que solução simples, tranquila e

objetiva da natureza: os VEGETAIS respiram ao contrário de nós, ou seja, enquanto os

animais inspiram oxigênio e expiram gás carbônico, os vegetais inspiram gás carbônico

e expiram o oxigênio puro, renovado. Animais e vegetais vivendo juntos e comparti-

lhando a mesma atmosfera, ou seja, um dando respaldo às condições de vida do outro.

Equilíbrio simples e perfeito.

Os vegetais nos devolvem o oxigênio que destruímos formando gás carbônico, trans-

formando-o novamente em oxigênio, puro, independentemente de ter sido utilizado an-

tes por outros seres com qualquer tipo de doença, contagiosa ou não, não importa: ele

sempre volta limpo e puro, como se nunca tivesse sido usado antes. Assim, os vegetais

nos equilibram, nos ajudam a viver com saúde e tranquilidade.

Infelizmente, novamente entra em cena o mal do planeta, o ser humano, que destrói os

vegetais para amealhar o maldito dinheiro, a custa da eliminação de quem nos garante

vida e saúde.

10 – 6 – 3 - O terceiro aspecto que desejo avaliar é o radicalismo de muitos ambienta-

listas (ou ecologistas) no sentido de defender o meio ambiente.

Agem e querem que todos participem desse tipo de ação, como se o meio ambiente fos-

se um retardado mental que não sabe o que faz e muito menos se defender. É bom que

os que desconhecem o assunto com certa profundidade, não caiam na esparrela dos de-

sesperados defensores de um mongoloide indefeso. A verdade não é bem essa. O meio

ambiente não precisa de nossa ajuda, por uma razão muito simples e que eu tenho inte-

Page 25: Efeito Estufa a Salvação Do Plantea

ligência suficiente para saber e reconhecer com toda humildade: o meio ambiente (ou, a

natureza) é muito mais inteligente do que nós todos juntos. Ela sabe se defender, tem

todos os mecanismos de defesa, se não, já tínhamos ido todos “para o brejo”.

Digo isso conscientemente porque sou um observador da natureza e já trabalhei em con-

trole de poluição, na Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (FEEMA),

hoje INEA.

Para ficar mais didático vou subdividir.

10 – 6 – 3 a- O Oceano

O oceano sabe se defender bem; se vocês nunca repararam, tudo que se joga no oceano

e que não presta, ele devolve, jogando nas praias. Os interceptores oceânicos despejam

todo o esgoto orgânico bem longe da rebentação. A agua do mar depura toda a massa

atirada, retém aquilo que precisa, como os coliformes, por exemplo, que servem de ali-

mentos para micro organismos marinhos. O restante, em forma de bolo fecal mas já

seco, inservível para ele, é jogado de volta para as praias. Se nós morrermos afogados,

em tempo reduzido o oceano devolve para as praias, ou seja, o oceano se livra de tudo

que não presta, inclusive nosso corpo.

É com tristeza que temos que reconhecer que sanha maligna do homem é infinita. Ele

não dá tempo para o oceano se limpar, tal a velocidade com que ele o agride. Assim,

creio que os ecologistas deviam parar de se preocupar com o oceano e se preocupar com

o mal, que é o homem.

10 – 6 – 3 - b - Os Rios

Os rios são formados por agua corrente, o que, por si só, já mostra que ele não precisa

de ajuda. Quando trabalhei na Feema, eu próprio, com minha equipe, fiz esse teste no

Rio Paraiba do Sul. Na beira de uma pequena cidade de interior, onde o esgoto era lan-

çado ao vivo no rio, medimos a velocidade da agua e marcamos outro ponto mais dis-

tante cerca de duzentos metros.

Claro que a quantidade de coco não era como de uma cidade grande. Mas no momento

do lançamento fizemos coleta de material ali, e depois do tempo que garantia que aquela

mesma massa de agua estava passando no ponto posterior, repetimos a coleta.

Resultados do Laboratório:

- agua do local do lançamento: Nº de coliformes: incontáveis

Page 26: Efeito Estufa a Salvação Do Plantea

- agua do local 200 metros adiante: Nº de coliformes: zero

A conclusão é que o esgoto orgânico (coliformes) serve de alimento para os micro orga-

nismos (cujos nomes são de conhecimento dos biólogos, zootecnistas etc). O que não

for consumido no caminho, será lançado ao mar, que devolverá tudo a terra.

A poluição que realmente acaba com a saúde dos rios e de seus habitantes marinhos,

quer sejam micro ou macroscópicos é o despejo industrial, contendo metais pesados,

letais até para os humanos, detergentes etc.

Novamente me entristece o fato de saber que os malditos que cometem esses crimes são

os homens, com o desespero de aumentar cada vez mais o lucro, e contam com a coni-

vência dos servidores públicos venais que, em troca de propinas, permitem esse crime

de lançamento diretamente nos rios, não obrigando às indústrias a remover todos os

materiais nocivos no despejo.

10 – 6 – 3 – c - Baia de Guanabara

Só vou relatar este fato porque pode servir de base para alguma investigação que possa

vir a ajudar aos abnegados que atuam no combate a poluição.

Todas as baías apresentam as mesmas características, visíveis para quem observa de

fora dela: durante a enchente, observa-se nitidamente a agua entrando na baía, e durante

a maré vazante, é visível a agua saindo da baía em direção ao mar. Esta é a principal

característica de uma baía e é exatamente o que a distingue de um rio, onde a agua corre

sempre para o mar, quer seja na enchente quanto na vazante, com pequenas exceções

onde a agua do mar adentra no rio, mas em pequeníssimas distâncias, para logo retornar

seu trajeto natural para o mar.

A Baia de Guanabara tem uma característica que parece ser única no mundo. Talvez

devido ao seu formato de um útero, ela apresenta a seguinte característica: na vazante a

agua realmente SAI da baia para o mar. Entretanto, curiosamente, durante a enchente a

agua continua saindo para o mar, embora seja visível o aumento de volume do interior

dela.

A explicação parece ser simples: devido a seu formato, durante a vazante a agua sai para

o mar como qualquer outra baía. Entretanto, durante a enchente, a agua entra em grande

volume por baixo (correntes inferiores), o que faz com que, devido as correntes de ma-

rés, parte da agua continua saindo pela superfície. Desse modo, para um observador

externo, a agua está SEMPRE saindo, logo, parece se tratar de um rio e não de uma ba-

ía. Isto já era sabido pelos Portugueses há quinhentos anos. Só depois de adentrar no

“rio” é que se vai descobrir que se trata de uma baía.

Page 27: Efeito Estufa a Salvação Do Plantea

Mas o que quero apresentar não é isso. Quando lá trabalhei, havia um convênio da Ma-

rinha de Guerra (Governo Federal) e a Feema (Governo Estadual), convênio esse no

qual fui secretário durante algum tempo. Era o Convênio de Controle de Poluição da

Baía de Guanabara.

Haviam os “feras” que comandavam o controle, a partir de modelo matemático, com

dezenas de pontos de coleta de agua, em três profundidades (superfície, meio e fundo),

feitos sistematicamente (não me lembro mais se a frequência era mensal ou quinzenal).

As amostras eram levadas ao laboratório, ensaiadas e os resultados fornecidos ao grupo

encarregado da execução do modelo. Não sei o resultado final desse estudo porque na

mudança de Governo do Estado saí e fui trabalhar em outro órgão.

Mas o importante é que, enquanto estive lá, responsável e participante das coletas das

amostras, e muito amigo de dois excelentes profissionais da área da Química, o Dr Mar-

cos K. Barreto, chefe geral da Divisão de Laboratório, e seu assessor científico, o sau-

doso Dr Hélio Ramos da Costa.

Estes dois, com suas excelentes cabeças de cientistas, observadores dos eventos quími-

cos, responsáveis pelo abastecimento de dados aos “modeladores”, claro que tinham a

obrigação de fazer uma avaliação prévia, para detectar possíveis erros de amostragem,

de resultados de ensaios ou qualquer indício de equívoco, para não levar problemas so-

bre assunto de tal seriedade. Nas avaliações, começaram a perceber que os resultados de

cada ponto de coleta, não mudavam demasiadamente com o tempo. E, o pior, os resul-

tados eram uma verdadeira “salada de frutas”. Começaram a detectar pontos extrema-

mente próximos entre si apresentando valores altamente divergentes, ao mesmo tempo

em encontravam pontos muito distantes um do outro, com características bem mais pró-

ximas.

Claro que, com a capacidade intelectual dos dois, aliado ao profundo conhecimento pro-

fissional, começaram a montar planilhas e conduziram uma avaliação paralela a modela-

tória oficial. Depois de longo e penoso estudo, conseguiram unir graficamente os pontos

de mesmas características, e obtiveram um conjunto de curvas que faziam como que

contornos reduzidos bastante semelhante ao formato da Baía de Guanabara.

Ao procurarem o esclarecimento dos resultados obtidos, descobriram que o conjunto de

curvas que obtiveram eram exatamente as curvas da Carta de Marés da Baía de Guana-

bara fornecida pela Marinha.

Não sei qual o resultado final disso tudo, pois saí de lá e fui para outro órgão, logo de-

pois Dr Hélio faleceu e o Dr Marcos deixou de ser o diretor após a mudança do Gover-

no.

Só citei isso para mostrar ao leitor como as coisas funcionam, pelo menos por aqui. Da

mesma forma como conversei muito com ambos sobre esse assunto, concluímos que era

bastante óbvio o resultado: você joga o esgoto em determinado ponto, que a corrente

marinha se encarrega em distribui-lo ao longo do circuito que ela perfaz.

Page 28: Efeito Estufa a Salvação Do Plantea

A minha conclusão, que me valeu alguns xingamentos, é de que “controlar a poluição

da baia de Guanabara” é “jogar dinheiro fora”. E por que disse isso? Ora, se em deter-

minado ponto, como por exemplo, no desembocadouro do canal do mangue, fétido, que

só tem coco e despejo industrial, a corrente o distribui por toda a área de circulação de-

la. Daí, para mim, não precisa nem ser inteligente para saber que, basta jogar agua limpa

nesse ponto, que a corrente se encarregará de distribui-la, ou seja, a baia não precisa de

nossa ajuda, ela sabe se defender sozinha: basta que parem de jogar esgoto e despejo

nela. Claro que a despoluição total, ou sua limpeza completa não é somente isso. Seria

simples demais. Acontece que isso serve para mostrar que a limpeza dela poderia custar

pequeníssima parte do que é gasto anualmente, e com a baia sempre com as mesmas

fétidas condições.

Claro que sei porque fui xingado por alguns colegas, por toda pecha de ofensas; o con-

trole de poluição, não só da baia, como também todos os outros tipos, se transformaram

numa espécie de “indústria”. Hoje se vê tanta gente ganhando muito dinheiro a custa de

controlar a poluição, que por seu lado está cada vez maior. Atualmente está como a “in-

dústria da seca do nordeste brasileiro”, cantada em verso e prosa desde a época do Im-

pério, no século XlX. Até hoje a seca leva grande parte da riqueza nacional, majoritari-

amente nas mãos da “coronelidade” da região. Nenhum projeto sério para solução do

problema consegue sair do papel.

10 – 6 – 4 - O quarto ponto que tenho experiência e posso colaborar falando da

minha tentativa frustrada de ajudar, é no tocante a proteção de animais silvestres.

Trabalho há bastante tempo na área de pavimentação. Quando se faz uma estrada, que

vai cortar uma área de terreno, o usuário observa que o asfalto fica bem elevado em

relação ao terreno natural, normalmente mais de um metro. Isto é feito por detalhes téc-

nicos, que não cabem aqui comentar. O que importa é que, antes de passar a rodovia, o

terreno como um todo, plano ou não, já era habitado por animais silvestres, que anda-

vam de um lado para outro com segurança e tranquilidade. Geralmente existem trilhas

preferenciais pelas quais eles se deslocam.

Quando se faz a estrada, o terreno fica “dividido em dois”, os dois lados da estrada e os

animais para irem de um lado para o outro, têm que subir a “rampa” de um lado, atra-

vessar a rodovia e descer do outro lado. Isto leva a dois problemas sérios: o primeiro é o

risco a que ficam os motoristas, principalmente a noite, de perder o controle do carro ao

tentar se desviar dos animais, pelo menos os que ainda têm algum respeito aos animais

dentro de si, pois a maioria se lixa e passa por cima e pronto; o segundo é que, antes da

estrada, os animais viviam sua vida em seu habitat natural, com paz, tranquilidade e

segurança. Nós, homens, por interesse nosso, é que fomos levar desconforto e insegu-

rança a vida deles.

Por essas razões, sempre considerei que era obrigação moral nossa (infelizmente o ho-

mem, com seu desespero pelo maldito dinheiro nem se lembra mais do que seja a tal de

Page 29: Efeito Estufa a Salvação Do Plantea

“moral”) tentar minimizar nossa violência contra eles. Antes da construção da estrada,

eles caminhavam livremente, passando de um lado para o outro de onde ela seria cons-

truída. Claro que eles usam trilhas preferenciais, então minha sugestão era no sentido

de, antes da abertura da estrada, fazer um levantamento para descobrir os pontos de tri-

lha preferencial dos “moradores” daquela área.

Durante a construção da rodovia, principalmente quando cortava ou tangenciava alguma

reserva, minha sugestão era fazer nesses pontos uma “travessia” para eles. Coisa sim-

ples e barata. Simplesmente nesses pontos, atravessar a estrada, no nível do terreno na-

tural, com um bueiro celular, um tubo armco, ou mesmo manilhas armadas. O local de-

veria ser revestido pelo piso e pelos lados, com material e vegetação natural do local.

Claro que deveria haver um cuidado inicial dos animais, mas certamente com o tempo,

se sentindo seguros, voltariam a fazer a travessia sem passar pela rodovia (da morte).

Era o mínimo que eu achava que tínhamos obrigação moral de fazer para minimizar o

mal que fizemos a eles.

Claro, para quem conhece o ser humano, isso nunca foi aceito, porque “não tem recurso

destinado para isso”. Talvez não influa no custo da obra nem 0,1%. Mas não pode.

Também é claro que pode sair valores centenas ou milhares de vezes maior para propi-

nas, para caixas de campanha de partidos políticos, etc. Mas, para preservar a vida de

“seres vivos criados por Deus” nem pensar! Mas, os causadores direta ou indiretamente

pelas mortes dos animais (e até de seres humanos em acidentes ocasionais) não se preo-

cupam, porque a culpa não é deles: afinal ele acredita em Deus, segue alguma religião e

semanalmente dedica uma ou duas horas de seu precioso tempo para rezar para esse

Deus Todo Poderoso, que ele ama, como ama e respeita tudo que esse Deus fez e faz. E

continua feliz com sua fé e seu amor a Deus.

10 – 6 – 5 - O quinto aspecto que precisa ser avaliado é a questão do lixo.

O lixo é um problema crônico em nossas cidades. O chorume produzido contamina o

solo e, muitas vezes atinge o lençol freático, causando danos muito mais sérios.

Não sou especialista em lixo, como não conheço a tecnologia para produzir energia a

partir dele. Portanto, por não conhecer os quantitativos envolvidos, não devia dar opini-

ão nem sugestões a respeito. Entretanto, como me considero um homem preocupado

com o meio ambiente e com o futuro do planeta, como também trabalhei alguns anos

em meio ambiente, e tendo trabalhado minha vida quase toda em usina de asfalto, creio

que minha opinião pode ser um ponto de partida para algum especialista avaliar melhor.

Uma usina de asfalto é composta de um sistema de silos e correias para abastecimento

dosado dos materiais frios. Tudo é transportado para dentro de um tambor rotativo, que

é um secador, alimentado por um maçarico que eleva a temperatura o suficiente para

secar totalmente o material que tem sua umidade natural ou oriundo de chuva, orvalho,

etc, e elevar a temperatura desse material seco até determinado valor adequado para a

Page 30: Efeito Estufa a Salvação Do Plantea

mistura com o asfalto, formando a mistura que será transportada e aplicada nas estradas

de rodagem e em vias urbanas.

O tambor secador de uma usina de asfalto, mede em torno de dez metros, não muito

mais, e o maçarico é programado para elevar a temperatura do material até pouco mais

de duzentos graus.

Claro que tecnicamente tanto o tambor como o maçarico podem ser projetados para

alcançar temperaturas muito superiores e produção muito maior. É evidente que o aque-

cimento remove a agua do material, assim como queima toda a matéria orgânica presen-

te (contaminando os materiais frios) formando gás carbônico e ocasionalmente fuligem,

partículas de tamanho coloidal pretas (negro de fumo, etc) O tambor tem acoplado um

exaustor que suga isso tudo para uma chaminé, que joga tudo para o ar (para o meio

ambiente).

É uma violência contra o meio ambiente, com certeza. E isso foi assim durante décadas.

Até que começaram a fabricar os chamados “filtros de mangas”. É um equipamento

implantado ao lado da usina de asfalto, e todo o material (vapor d’agua, gás carbônico,

fuligem, negro de fumo, e demais impurezas) que contaminavam os materiais, são pu-

xados por um exaustor e lançados por dentro de longas mangas feitas com tecido espe-

cial, que retém todas as partículas, só deixando passar para a atmosfera o vapor d’agua e

o gás carbônico. Todo o material sólido fica aderido as paredes das mangas e intervala-

dos pulsos (sacudidelas) faz todo esse material sólido ser despejado em um silo (depósi-

to localizado abaixo do filtro). Este material, muito fino, é reutilizado na própria massa

asfáltica, como material de enchimento.

Porque citei tudo isso antes de dar alguma sugestão para o caso do lixo? Foi porque a

solução apresentada acima, para as usinas de asfalto podem ser ampliadas para uma

solução ambiental de grande porte.

Em primeiro lugar vamos falar do lixo. Acredito que seja possível a instalação de equi-

pamentos idênticos às usinas de asfalto, com produção e queimadores dimensionados

por especialistas para atender a demanda de cada caso particular, que poderia ser em

cada Município ou em cada conjunto de municípios próximos, desde que estudos mos-

trassem sua viabilidade econômica. O lixo é constituído basicamente por matéria orgâ-

nica, como papel, plásticos, restos de alimentos, tudo junto com latas e vidros. Qual é a

ideia principal: esse material todo seria transportado por correias para dentro do sistema

tambor-maçarico dimensionado para tal, e teria seu funcionamento de forma absoluta-

mente idêntica a produção de massa asfáltica.

O resíduo sólido depositado no silo, seria submetido a análise química para saber sua

composição e descobrir se ele tem finalidade nobre para seu uso. Se não tiver finalidade

nobre, esse pó seria adicionado ao pó de pedra com que se faz tijolos de cimento, ou

mesmo ao barro com que se faz tijolos e telhas. Assim teríamos os produtos que estão

começando a destruir o planeta passando a nos ajudar a viver melhor, barateando custo

de material de construção, que favoreceria muito os pobres.

Page 31: Efeito Estufa a Salvação Do Plantea

Deixei propositalmente para o final o destino a ser dado a fumaça que sai da chaminé

dos filtros de manga. Essa fumaça é constituída por vapor d’agua e gás carbônico.

10 – 6 – 6 - A Fumaça das Chaminés

Deixei a avaliação da fumaça das usinas de lixo para o final, porque aqui entra o

sexto ponto a ser comentado e avaliado, que é a questão das emissões das chaminés das

dezenas ou centenas de milhões de indústrias que jogam diuturnamente sua fumaça para

a atmosfera, emitindo as partículas coloidais pretas, absorvente de energia que, se alo-

jando nas camadas superiores da atmosfera, recebem os fótons de luz que aqui chegam,

principalmente do Sol. Nas colisões, o coloide preto não espalha a luz, ele é absorvente

integral, logo ele recebe a energia trazida pelo fóton e aumenta seu conteúdo energético,

logo, aumenta sua temperatura, causando o famoso “efeito estufa”, para muitos o inicia-

dor do fim da vida no planeta.

Então, qual seria a sugestão do autor? Que todas as chaminés do planeta recebessem o

mesmo tratamento de uma usina de asfalto, que também foi proposta para a caso do lixo

urbano, qual seja, ser acoplada a um filtro de mangas (ou algo mais eficaz), que captasse

toda aquela fumaça preta que vai para a atmosfera e a filtrasse, produzindo o pó residual

no silo abaixo dos filtros, com destino em função de sua composição química ou na fa-

bricação de tijolos e telhas, e terminando da mesma forma que nas usinas de asfalto e de

lixo, só jogando pelas chaminés dos filtros, a mistura de vapor d’agua e gás carbônico.

Livres do efeito estufa, o planeta já agradeceria, mas para os homens que utilizam seu

neo cortical, isso ainda é muito pouco. Podemos ajudar mais, é só se dedicar mais um

pouco.

O gás carbônico, que muitos dizem ser culpado pelo efeito estufa, não é verdade. Ele

não tem tamanho de micela coloidal e sim de molécula, e molécula não retém os fótons,

logo não aumenta seu conteúdo energético. Isso é específico dos coloides. Além disso, o

gás carbônico expelido pelas chaminés NÃO nos traria nenhum problema se quem foi

colocado pela natureza para nos proteger, transformando-o novamente em oxigênio pu-

ro, NÃO tivesse sido já destruído em um nível altamente comprometedor da nossa inte-

gridade: os VEGETAIS. Infelizmente o homem, em sua sanha desesperada de destrui-

ção de tudo que puder ser destruído, o que satisfaz sua malignidade íntima, AINDA

continua destruindo o que resta de “nossos parceiros de vida”.

Com a violenta diminuição de nossos equilibradores vegetais, o gás carbônico passa a

ser nocivo, primeiro porque quanto mais dificuldade de elimina-lo, mais difícil vai fi-

cando a recomposição do oxigênio que nos permite a vida, e segundo porque ele vai

saturando toda a agua do planeta, que com sua dissolução, vai diminuindo a dissolução

do oxigênio na agua, para permitir a vida dos seres marinhos.

Page 32: Efeito Estufa a Salvação Do Plantea

Este é o triste quadro que o homem criou e continua alastrando cada vez mais e com

mais intensidade, parecendo que realmente o que ele quer é a rápida destruição do pla-

neta.

Mas, ainda tem solução? Claro que sim! Infelizmente depende do homem! E o pior é

que depende do par que tem mais FILIA nesse planeta, e uma filia insana e maldita: o

homem e o dinheiro. É preciso que haja determinação dos homens para tal, mas também

é necessário recursos financeiros para tal. E conseguir fazer com que os ricos diminuam

sua riqueza para salvar o planeta é uma utopia impensável.

Como exemplo é só lembrar o passado bem recente: em 2001 a OMS apresentou um

relatório mostrando que a quantia de duzentos e vinte bilhões de dólares acabaria com a

fome no continente africano. Claro que ninguém, governos, multinacionais, bancos,

todos coitadinhos, no momento estão em sérias dificuldades e não podem fazer nada,

mas desejam boa sorte às vítimas (qualquer semelhança com Pilatos terá sido coinci-

dência?).

No entanto poucos anos depois anunciou-se uma crise no mundo financeiro do capita-

lismo, e todos já devem saber o que é uma catástrofe para os ricos, não sabem? É quan-

do eles deixam de ganhar um milhão por dia e passam a ganhar SÓ novecentos mil. Isto

é uma desgraça inadmissível! Imediatamente o Sistema Reinante deu seu jeito de arran-

jar quase três trilhões de dólares para recompor o nível anterior de riqueza dos ricos e

repor seus lucros ao nível desejado.

Dessa forma, esperar que dirigentes de grandes corporações, banqueiros, grandes indus-

triais e outros bilionários se dignem diminuir seu lucro, por mínimo que seja, para “sal-

var o planeta” é de uma infantilidade a toda prova. Temos que ter os pés no chão e saber

que “quem aceita dinheiro em quantidade que sacrifique a vida de seus semelhantes, não

o gasta, só o investe para receber mais, logo a frente”. Eles se tornaram muito ricos por-

que sofreram uma mutação: os olhos de todos eles perderam a retina e foi criado no lu-

gar dela um enorme e maligno cifrão! Dessa forma, eles tanto compram vidas e consci-

ências como vendem as suas também. O único objetivo da vida deles é aumentar o ta-

manho do cifrão que ocupa o lugar de sua retina.

Então o que eu proponho é muito simples: compra-los! Como? É muito simples.

A colocação de filtros em todas as chaminés do mundo, vão custar um pouco de cada

um, mas eles preferem morrer a fazer isso. Então os governos dos países podem ajudar

ao próprio planeta e aos pobres de um modo geral tomando uma atitude extremamente

simples.

Todos sabem que o solo disponível para plantio é ácido. O ideal para o plantio é fazer

uma correção dessa acidez. Essa correção é feita com um produto chamado calcário

(que é o carbonato de cálcio). E como se obtém o calcário? Pode ser obtido diretamente

a partir das chaminés das usinas de asfalto e de lixo e de TODAS as chaminés do plane-

ta.

Page 33: Efeito Estufa a Salvação Do Plantea

Depois de depurado, todas ela emitem o que? Agua e gás carbônico. O gás carbônico

mergulhado em um tanque de soda cáustica produz o carbonato de sódio. Este, reagindo

com cloreto de cálcio, forma o carbonato de cálcio, o famoso e indispensável CALCÁ-

REO.

É essa a minha proposta: instalar filtros de manga (ou um sistema mais eficiente) que

separe as partículas sólidas (inclusive as coloidais) que serão usadas em tijolos e telhas,

e deixe sair pela chaminé somente agua a gás carbônico. Ao invés dessa mistura ir para

a atmosfera, ela seria sugada por um exaustor e mergulhada num tanque de soda cáusti-

ca, que com a adição de uma quantidade apropriada de cloreto de cálcio, produz o calcá-

rio, que seria ensacado e fornecido aos agricultores, gratuitamente ou a preço de custo.

Os governos comprariam das grandes corporações toda a produção de calcário, por um

preço que desse a eles o reembolso do investimento mais um lucro (sem o qual eles não

vivem).

Resultado: o plantio ia melhorar no planeta inteiro, os pequenos agricultores iriam dei-

xar de gastar boa parte de sua produção para aquisição desse adubo imprescindível, e

planeta teria uma vida bem melhor. E, claro, nós também.

Os dirigentes das grandes corporações iriam passar o resto de suas vidas rindo de

orelha a orelha, felizes com o aumento do seu “cifrão retínico”. O único inconveniente é

que isto obrigaria aos que vêm TV com frequência (que felizmente não é o meu caso) a

passar a ver todos os dias matéria paga por eles com pequena parte do lucro auferido,

enfiando goela abaixo dos espectadores que eles são maravilhosos, que estão “investin-

do pesado na vida do planeta para ajudar aos pobres, etc e etc”. Nunca dizem que estão

ganhando com isso. Todo esse bla, bla, bla, que já estamos saturados de ouvir e, mesmo

todos sabendo que é mentira, somos obrigados a engolir as mentiras deles, cantadas e

declamadas por artistas muito bem pagos para tentar nos convencer que são verdades e

que eles realmente são bonzinhos. Ainda bem que já estou próximo do meu fim. Tenho

é muita piedade dos que hoje são crianças ou jovens e, principalmente, daqueles que

ainda estão por chegar.

Esperando ter contribuído, por menos que seja, para os militantes da inglória luta

pela defesa da vida e do Meio Ambiente, devo dizer que estou junto com vocês até meu

último suspiro. Infelizmente, devido a idade e às precárias condições de saúde, não pos-

so participar “de corpo presente”, mas estarei sempre junto com vocês “em pensamen-

to”, “convocando” a maior quantidade possível de “energia positiva do Universo” para

os iluminar e proteger, levando-os a Vitória Final!

Francisco Guerreiro Martinho, um Químico brasileiro

[email protected]

www.franciscoguerreiro.com.br