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EFETIVIDADE DE GESTÃO DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO FEDERAIS E ESTADUAIS DO PROGRAMA ARPA RAPPAM Método de Avaliação Rápida e Priorização da Gestão de Unidades de Conservação ARPA Programa de Áreas Protegidas da Amazônia

EFETIVIDADE DE GESTÃO DAS UNIDADES DE … · excessiva e redução e/ou destruição de habitat e que não constam das listas oficiais. c) A UC tem níveis significativos de biodiversidade

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EFETIVIDADE DE GESTÃO DAS UNIDADES

DE CONSERVAÇÃO FEDERAIS E

ESTADUAIS DO PROGRAMA ARPA

RAPPAM – Método de Avaliação Rápida e Priorização da Gestão de Unidades de Conservação

ARPA – Programa de Áreas Protegidas da Amazônia

GESTÃO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

2

Quais os principais aspectos / itens necessários para

fazer uma boa gestão?

Ter uma boa

imagem da área Equipe para fazer

gestão

Planejamento e

orçamento Plano de manejo

/ informações

Infraestrutura Afinidade com o

trabalho

Conhecer bem

todos os

aspectos da

unidade

Parcerias para

viabilizar as

ações

O QUE É EFETIVIDADE DE GESTÃO?

3

Conseguir atingir o impacto positivo

esperado da política pública para unidades

de conservação

Ir em direção ao que a unidade pretende

Atingir os objetivos pelo qual a UC foi

criada

EFETIVIDADE DE GESTÃO

4

1995 – criação do grupo de estudo para efetividade de manejo de

áreas protegidas

2000 – quadro de referência para avaliação (Hockings et al. 2000)

EFETIVIDADE

sf.

1. Qualidade ou estado do que é efetivo; estado ativo de fato (efetividade profissional)

2. Capacidade de produzir um efeito real (efetividade mecânica)

3. Resultado ou efeito verdadeiro; realidade, existência

4. Capacidade ou possibilidade de ser usado para um objetivo (efetividade dos recursos).

Comissão Mundial de Áreas Protegidas (WCPA)

Por que avaliar a efetividade de gestão?

5

Estratégia de planejamento

Direcionar as ações de gestão

Tornar mais eficiente as

aplicações dos recursos

Por que avaliar a efetividade da gestão?

• Base para a melhoria das estratégias do

planejamento e para o desenvolvimento de

ações de gestão mais eficientes;

• Parte normal do processo de gestão, uma

ferramenta para auxiliar os gestores a

melhorar seu trabalho.

6

Ciclo de gestão e avaliação 7

Visão

Onde queremos chegar?

Alcance dos objetivos

Aonde chegamos?

Resultados

O que fizemos?

Processos de gestão

Como realizamos a gestão?

Recursos

Do que precisamos?

Planejamento

Como chegaremos lá?

Contexto: situação e problemas

Onde estamos agora?

AVALIAÇÃO

RAPPAM

J. Ervin

2003

WWF- Metodologia para Avaliação Rápida

e a Priorização do Manejo de Unidades de

Conservação

(RAPPAM - Rapid Assessment and

Prioritization of Protected Area

Management)

8

ESTRUTURA RAPPAM

9

A UC ALCANÇOU

SEU OBJETIVO?

CONTEXTO

PERFIL

PRESSÕES E AMEAÇAS

IMP. BIOLÓGICA

IMP. SOCIOECONÔMICA

VULNERABILIDADES

ESTRUTURA RAPPAM

10

A UC ALCANÇOU

SEU OBJETIVO?

GESTÃO

PLANEJAMENTO

INSUMOS

PROCESSOS

RESULTADOS

ESTRUTURA RAPPAM

11

Desenho do sistema

Políticas de unidades de conservação

Ambiente político

SISTEMA DE UCs

Publicações no Brasil

12

Publicações

13

PARTE 1 Contexto: Perfil e Pressões e ameaças

14

ESTRUTURA RAPPAM

15

A UC ALCANÇOU

SEU OBJETIVO?

CONTEXTO

PERFIL

PRESSÕES E AMEAÇAS

IMP. BIOLÓGICA

IMP. SOCIOECONÔMICA

VULNERABILIDADES

GESTÃO PLANEJAMENTO

INSUMOS

PROCESSOS

RESULTADOS

SISTEMA DE UCs

PERFIL DA UNIDADE

16

ESTRUTURA RAPPAM 17

A UC ALCANÇOU

SEU OBJETIVO?

CONTEXTO

PERFIL

PRESSÕES E AMEAÇAS

IMP. BIOLÓGICA

IMP. SOCIOECONÔMICA

VULNERABILIDADES

GESTÃO PLANEJAMENTO

INSUMOS

PROCESSOS

RESULTADOS

SISTEMA DE UCs

PRESSÕES E AMEAÇAS

• PRESSÕES

Atividades ou forças já existentes que provocam impacto negativo sobre a UC

• AMEAÇAS

Impactos iminentes ou potenciais que podem ocorrer no futuro

18

Turismo e recreação

Disposição de resíduos

Processos seminaturais

Espécies exóticas invasoras

Uso de recursos por populações residentes

Influências externas

Incêndios de origem antrópica

Ocupação humana

Extração de madeira

Agricultura e silvicultura

Extração mineral

Pastagem

Construção e operação de infraestrutura

Caça

Pesca

Coleta de produtos não madeireiros

PRESSÕES E AMEAÇAS

Critérios de avaliação

• Tendência

aumento ou diminuição

19

Criticidade

extensão – de localizado a predominante

impacto – suave a severo

permanência – de <5 anos a >100 anos

◦ Probabilidade de muito baixa a muito alta

Pressões Ameaças

Últimos 5 anos Próximos 5 anos

PRESSÕES E AMEAÇAS

Critérios de avaliação

20

A probabilidade

dessa ameaça se

concretizar é:

A severidade desta ameaça nos próximos 5 anos será provavelmente:

❍ Muito alta

❍ Alta

❍ Média

❍ Baixa

❍ Muito baixa

Abrangência

❍ Total (>50%)

❍ Generalizada (15–50%)

❍ Espalhada (5–15%)

❍ Localizada (<5%)

Impacto

❍ Severo

❍ Alto

❍ Moderado

❍ Suave

Permanência do dano

❍ Permanente (>100 anos)

❍ A longo prazo (20–100 anos)

❍ a médio prazo (5–20 anos)

❍ a curto prazo (<5 anos)

4

3

2

1

4

3

2

1

4

3

2

1

grau de criticidade da pressão ou ameaça

2

1

0

— 1

— 2

3 x 3 x 1 = 9

EXEMPLO DE PRESSÕES E

AMEAÇAS

Extração de madeira

• Pressão

• Extração ilegal de madeira na região sul da UC em

pequena escala, de forma artesanal, pelos próprios

moradores para construções locais (casas e outros).

• Ameaça

• Aumento da extração ilegal de madeira devido à

instalação de assentamento no entorno da UC.

21

quem

onde

como

motivo

Expectativa da evolução

EXEMPLO DE PRESSÕES E

AMEAÇAS

Extração de madeira

• Pressão

• Extração ilegal de madeira na região sul da UC em

grande escala, de forma intensa, pela indústria

madeireira para comercialização.

• Ameaça

• Aumento da extração ilegal de madeira devido à

grande procura pelo produto.

22

quem

onde

como

motivo

Expectativa da evolução

PRESSÕES E AMEAÇAS

23

PONTOS DE ATENÇÃO

• PRESSÕES E AMEAÇAS

• Na UC

• No ENTORNO – impactos sobre os recursos existentes no

entorno da UC.

• INFLUÊNCIAS EXTERNAS NO ENTORNO

• Indicar que não houve pressão e nem ameaça na análise do

entorno.

24

PARTE 2 Contexto: Importância biológica

Importância socioeconômica

Vulnerabilidades

25

ESTRUTURA RAPPAM

26

A UC ALCANÇOU

SEU OBJETIVO?

CONTEXTO

PERFIL

PRESSÕES E AMEAÇAS

IMP. BIOLÓGICA

IMP. SOCIOECONÔMICA

VULNERABILIDADES

GESTÃO PLANEJAMENTO

INSUMOS

PROCESSOS

RESULTADOS

SISTEMA DE UCs

CONTEXTO

27

IMPORTÂNCIA BIOLÕGICA

• Espécies ameaçadas

• Espécies sobre-explotadas

• Biodiversidade

• Endemismo

• Função na paisagem

• Representatividade

• Espécies-chave

• Conservação da área

• Ecossistemas reduzidos

IMPORTÂNCIA SOCIOECONÔMICA

• Emprego

• Subsistência

• Desenvolvimento para o uso

sustentável

• Importância religiosa

• Atributos relevantes

• Espécies de interesse

econômico

• Valor recreativo

• Serviços ambientais

• Valor educacional e/ou científico

VULNERABILIDADE

• Monitoramento de atividades

ilegais

• Aplicação dos instrumentos

legais

• Instabilidade política

• Usos tradicionais conflitantes

• Valor de mercado

• Acessibilidade

• Demanda de recursos

• Pressões políticas e

econômicas

• Contratação de funcionários

• Permanência da equipe

MODELO DE QUESTIONÁRIO

28

CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO

29

S 5 Sim / Concordo totalmente

P/S 3 Predominantemente sim / Concordo parcialmente

P/N 1 Predominantemente não / Discordo parcialmente

N 0 Não / Discordo totalmente

9a) Há recursos humanos em número suficiente

para a gestão efetiva da UC.

EXEMPLO DE AVALIAÇÃO • 9a) Há recursos humanos em número suficiente para a gestão

efetiva da UC.

• SIM - indica que todas ou quase todas as exigências foram

cumpridas

• PREDOMINANTEMENTE SIM - indica que a maioria das exigências

foi cumprida, provavelmente serão cumpridas no futuro próximo

• PREDOMINANTEMENTE NÃO - indica que poucas exigências

foram cumpridas ou, a maioria das exigências foi cumprida mas os

resultados são insatisfatórios

• NÃO - indica que nenhuma ou quase nenhuma das exigências

foram cumpridas

30

Respostas P/S ou P/N

31

IMPORTÂNCIA

BIOLÓGICA

32

Considerações preliminares

• Para avaliar o grau de significância, considerar como

indicadores:

• Tamanho e conservação da área

• Conectividade

• Pressões existentes

• Caso não existam pesquisas realizadas na UC, considerar as

informações sobre os ecossistemas ou biomas existentes,

pesquisas realizadas na região e o conhecimento local.

33

3. IMPORTÂNCIA BIOLÓGICA a) A UC contém um número significativo de espécies que constam da lista brasileira e ou das listas estaduais de espécies

ameaçadas de extinção.

Presença de espécies na UC que se encontram nas listas oficiais de espécies ameaçadas (federais e ou estaduais, se

houver).

b) A UC contém um número significativo de espécies cujas populações estão sobre-explotadas, ameaçadas de sobre-

explotação e/ou reduzidas por pressões diversas.

Espécies que sofrem diferentes tipos de pressão como, por exemplo, caça de subsistência, caça ilegal, coleta e exploração

excessiva e redução e/ou destruição de habitat e que não constam das listas oficiais.

c) A UC tem níveis significativos de biodiversidade.

A diversidade biológica considera os níveis de espécies, comunidades, ecossistemas e genético. Considerar a riqueza de

espécies e heterogeneidade espacial e de ecossistemas em relação à área da UC e ao bioma.

d) A UC possui níveis significativos de endemismo.

Espécies endêmicas ocorrem em uma área geográfica específica. Considerar o nível de comprovação da informação

(pesquisa, conhecimento local, etc.) e a distribuição das espécies endêmicas.

e) A UC exerce uma função crítica na paisagem.

Unidades de conservação que exercem uma função crítica na paisagem possuem áreas de importante valor para a

alimentação, reprodução, migração e dispersão de espécies cuja existência seria ameaçada devido a qualquer mudança em

tais áreas. Exemplos de funções críticas na paisagem incluem pontos de descanso de espécies migratórias e locais de

alimentação ou reprodução.

f) A UC contribui significativamente para a representatividade do sistema de UCs.

Unidades de conservação com representatividade significativa são aquelas áreas com ecossistemas pouco representados

/conservados no sistema de UCs, como por exemplo, ecossistemas restritos a pequenas áreas ou não protegidos em

demais UCs.

34

3. IMPORTÂNCIA BIOLÓGICA

g) A UC sustenta populações mínimas viáveis de espécies-chave.

Espécies-chave são aquelas cuja conservação e manejo provavelmente beneficiarão uma ampla diversidade de outras espécies

(indicar as espécies consideradas no campo de evidências). População mínima viável de uma espécie se refere ao número de

indivíduos necessário para que a espécie persista ao longo do tempo (normalmente 500 anos). Este indicador considera se a UC

possui populações adequadas de espécies-chave, hábitats suficientes, assim como manutenção de processos naturais necessários

para sustentar essas populações.

Considerar que o tamanho da área, a conectividade e pressões existentes podem indicar a existência de populações mínimas

viáveis de espécies-chave, uma vez que dados concretos nem sempre estão disponíveis.

h) O grau de conservação dos elementos e ecossistemas da paisagem se mantém ao longo do tempo.

Considerar o grau de conservação dos elementos e ecossistemas da paisagem ao longo do tempo. Caso existam áreas onde

ocorreram distúrbios antrópicos intensivos, avaliar o estágio de recuperação em relação às condições ambientais.

i) A UC protege ecossistemas cuja abrangência tem diminuído significativamente.

Ecossistemas altamente reduzidos são aqueles que foram extensos e predominantes na paisagem no passado, mas que foram

amplamente convertidos em outros usos da terra. Exemplos: remanescentes de Mata Atlântica e áreas úmidas e áreas de Cerrado

nativas que foram convertidas em áreas agrícolas.

j) A UC conserva uma diversidade significativa de processos naturais e de regimes de distúrbio naturais.

Os processos naturais de um ecossistema abrangem as relações intra e interespecíficas e com o meio físico que permitem seu

funcionamento. Relações predador-presa, ciclagem de nutrientes, polinização, dispersão e migração são exemplos. A frequência,

magnitude, intensidade e severidade de distúrbios naturais com o tempo imprimem a estrutura da paisagem. Exemplos de tais

distúrbios incluem fogo, inundações, secas, superpopulação de insetos e patógenos.

35

4. IMPORTÂNCIA SOCIOECONÔMICA a) A UC é uma fonte importante de emprego para as comunidades locais.

Inclui vagas remuneradas ou empregos indiretos, por meio de serviços associados à UC (ex. brigadistas, auxiliar de campo, serviços

de guia e negócios relacionados ao ecoturismo).

b) As comunidades locais subsistem do uso dos recursos da UC.

Inclui recursos tradicionalmente usados pelas comunidades locais, tais como: alimento, medicamentos, abrigo e outros. Considerar

populações residentes ou do entorno e recursos essenciais para sua subsistência ou que contribuam para a sua segurança alimentar.

c) A UC oferece oportunidades de desenvolvimento da comunidade mediante o uso sustentável de recursos.

O uso sustentável de recursos se refere a qualquer uso de um recurso da UC para fins econômicos ou para a subsistência, estando

de acordo com a categoria e os objetivos da UC, com a capacidade de regeneração do mesmo e exercendo um impacto mínimo

sobre os demais recursos. Exemplos incluem o manejo de espécies, comercialização de plantas medicinais e ecoturismo realizados

de forma sustentável.

d) A UC tem importância religiosa ou espiritual.

Exemplos de locais com importância religiosa ou espiritual incluem florestas ou grutas sagradas, usadas tradicionalmente para fins

religiosos ou de onde se extraem produtos utilizados em cultos ou rituais.

e) A UC possui atributos de relevante importância estética, histórica e/ou cultural.

Exemplos incluem vistas pitorescas, águas termais, formações rochosas, grandes cachoeiras e atributos arqueológicos ou histór ico-

culturais. Indicar os atributos considerados no campo evidências.

f) A UC possui espécies de plantas de alta importância social, cultural ou econômica.

Exemplos de plantas incluem parentes silvestres de espécies domésticas utilizadas na alimentação, plantas tradicionalmente usadas

em cerimônias religiosas e plantas medicinais.

36

4. IMPORTÂNCIA SOCIOECONÔMICA g) A UC contém espécies de animais de alta importância social, cultural ou econômica.

Exemplos de animais incluem os símbolos nacionais, espécies-bandeira e os animais com um alto valor alimentício ou com

propriedades medicinais.

h) A UC possui um alto valor recreativo.

Locais de alto valor recreativo incluem áreas destinadas a trilhas, pesca, passeios de barco, acampamentos, visitas a grutas e sítios

arqueológicos, entre outras. O valor recreativo dependerá da frequência e da intensidade de uso e a sua importância como local de

recreação.

i) A UC contribui significativamente com serviços e benefícios ambientais.

Exemplos de tais serviços incluem a proteção de mananciais (recarga de água), controle de inundações e de erosão e prevenção da

desertificação. Considerar a área da UC e a relevância dos serviços ambientais.

j) A UC possui um alto valor educacional e/ou científico.

Exemplos incluem áreas com estudos científicos de longo prazo; com características, espécies ou processos de interesse cientí fico;

com uma diversidade de métodos de manejo; e, áreas próximas a escolas e universidades. O valor educacional e/ou científico

dependerá da frequência e da intensidade de uso para estes fins.

37

5. VULNERABILIDADES a) As atividades ilegais na UC são difíceis para monitorar.

Condições de monitoramento incluem características da UC (ex. tamanho, acessibilidade...) e dos tipos de atividades ilegais (ex. coleta de produtos não madeireiros,

caça...).

b) A aplicação dos instrumentos legais é baixa na região.

Os instrumentos legais para a proteção ambiental na região da UC, tais como multas e decisões judiciais, não são aplicados ou efetivos, favorecendo ou estimulando

as atividades ilegais.

c) A UC está sofrendo distúrbios civis e/ou instabilidade política.

Considerar a existência de conflitos civis ou militares existentes ou iminentes (invasões por sem-terra, sem-teto, guerrilha, rota de tráfico) que possam limitar as

ações de gestão na UC.

d) As práticas culturais, as crenças e os usos tradicionais estão em conflito com a categoria e os objetivos da UC.

Dentre os exemplos de usos em conflito podemos incluir o uso medicinal de espécies ameaçadas, as práticas recreativas prejudiciais aos recursos da unidade e

níveis insustentáveis de uso para subsistência ou em desacordo com os objetivos e categoria da UC.

e) O valor de mercado de recursos da UC, por exemplo, o valor da terra, é alto.

O alto valor para o mercado pode ser representado por recursos valiosos, como madeira e minerais, pelo potencial de geração de energia elétrica ou pela alta aptidão

para uso da terra tais como agricultura, pecuária, reflorestamento e expansão urbana. Indicar os recursos considerados no campo evidências.

f) A UC é de fácil acesso para atividades ilegais.

Exemplos de acessibilidade que podem facilitar as atividades ilegais incluem a proximidade a estradas e rios, acesso fácil a mercados locais e internacionais e

fronteiras internacionais pouco fiscalizadas.

g) Existe uma grande demanda por recursos naturais da UC.

Exemplos de recursos naturais da UC que podem sofrer grande demanda são: plantas medicinais, ornamentais, palmito, recursos madeireiros, peixes ornamentais e

espécies da fauna para comércio ilegal.

h) A gestão da UC sofre pressão para desenvolver ações em desacordo com os objetivos da UC.

Interesses especiais, pressões políticas e econômicas podem pressionar a gestão da UC, visando desenvolver ações não condizentes com os objetivos da UC.

i) A contratação e a manutenção de funcionários são difíceis.

Exemplos de fatores que podem inibir a contratação e a manutenção de funcionários podem incluir níveis muito baixos de desemprego, um baixo nível de

capacitação dos funcionários, condições inóspitas de moradia e doenças como malária, febre amarela e leishmaniose. Dificuldades de contratação estão associadas

às políticas governamentais, sobretudo as de recursos humanos e de natureza orçamentária.

38

ESTRUTURA RAPPAM

39

A UC ALCANÇOU

SEU OBJETIVO?

CONTEXTO

PERFIL

PRESSÕES E AMEAÇAS

IMP. BIOLÓGICA

IMP. SOCIOECONÔMICA

VULNERABILIDADES

GESTÃO PLANEJAMENTO

INSUMOS

PROCESSOS

RESULTADOS

SISTEMA DE UCs

Ciclo de gestão e avaliação 40

Visão

Onde queremos chegar?

Alcance dos objetivos

Aonde chegamos?

Resultados

O que fizemos?

Processos de gestão

Como realizamos a gestão?

Recursos

Do que precisamos?

Planejamento

Como chegaremos lá?

Contexto: situação e problemas

Onde estamos agora?

AVALIAÇÃO

GESTÃO DA UC 41

PLANEJAMENTO DA UC

• OBJETIVOS DA UC

• AMPARO LEGAL

• DESENHO E PLANEJAMENTO DA ÁREA

INSUMOS

• RECURSOS HUMANOS

• COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO

• INFRAESTRUTU-RA

• RECURSOS FINANCEIROS

PROCESSOS

• PLANEJA-MENTO DA GESTÃO

• TOMADA DE DECISÃO

• PESQUISA E MONITORA-MENTO

RESULTADOS

Ações dos últimos 2 anos

PLANEJAMENTO DA UC

OBJETIVOS DA UC

• Objetivos gerais

• Objetivos específicos

• Coerência

• Compreensão pelos

funcionários

• Apoio da comunidade

• Compreensão pelos

conselheiros

AMPARO LEGAL

• Amparo legal

• Situação fundiária

• Demarcação dos limites

• Aplicação das leis

• Gestão de conflitos

DESENHO E PLANEJAMENTO DA

ÁREA

• Localização

• Desenho

• Zoneamento

• Usos no entorno

• Conectividade

• Processo participativo

• Adequação da

categoria

42

6. OBJETIVOS a) Os objetivos expressos no decreto de criação da UC incluem a proteção e a conservação da biodiversidade.

Considerar se os objetivos da UC incluem a proteção e a conservação da biodiversidade e estão claramente explícitos no

decreto de criação. Caso não exista decreto, indicar em Evidências o outro instrumento legal utilizado para a criação da UC..

b) Os objetivos específicos relacionados à biodiversidade são claramente expressos no plano de manejo ou outros

instrumentos de gestão..

Os objetivos específicos da UC, relacionados à biodiversidade, devem ser detalhados e claramente expressos nos

instrumentos de planejamento, pois oferecem a base para ações e estratégias de gestão..

c) Os planos e projetos são coerentes com os objetivos da UC.

Considerar se os planos anuais e projetos específicos incluem metas claramente ligadas aos objetivos da UC.

d) Os funcionários e gestores da UC entendem os objetivos e as políticas da UC.

Os gestores e funcionários entendem e incorporam os objetivos da UC nas práticas de gestão pelas quais são responsáveis

por implementar.

e) As comunidades locais apoiam os objetivos da UC.

Possíveis indicadores de apoio comunitário incluem baixos níveis de conflito, baixos níveis de usos ilegais na UC, alto grau

de envolvimento comunitário com a UC (ex. voluntariado). Trata-se das comunidades residentes na UC ou entorno.

43

7. AMPARO LEGAL a) A UC e seus recursos naturais possuem amparo legal.

Considerar se a UC possui instrumento legal de criação e amparo legal para proteção dos seus recursos naturais.

b) A situação fundiária está regularizada.

A Regularização Fundiária da UC inclui a dominialidade da terra e a Concessão de Direito Real de Uso - CDRU às

populações residentes. Conflitos fundiários incluem: Sobreposição com TIs, Territórios Quilombolas, e outras UCs, disputas

com relação à posse ou direitos de uso, disputas entre instituições governamentais para a destinação da área, existência de

terras privadas e de populações residentes em desacordo com a categoria da UC.

c) A demarcação e sinalização dos limites da UC são adequadas.

A demarcação e sinalização da UC compreendem a instalação de marcos e de placas indicativas de limites, sendo que em

alguns casos, um rio ou outra característica natural pode servir como marco. A demarcação e sinalização devem ser

estratégicas garantindo que as comunidades locais, os visitantes e os funcionários da UC conheçam seus limites.

d) Os recursos humanos e financeiros são adequados para realizar as ações críticas de proteção.

Considerar a disponibilidade de pessoal capacitado e de recursos financeiros para executar as ações de proteção e

prevenção de atividades ilegais na UC.

e) Há amparo legal para a gestão de conflitos.

Devem ser consideradas a existência de procedimentos estabelecidos em comum acordo para a gestão de disputas e a

compensação adequada por conflitos de uso. Dentre estes procedimentos podem-se citar acordos de pesca, termos de

compromisso, concessão de uso, termos de ajustamento de conduta, dentre outros.

44

8. DESENHO E CONFIGURAÇÃO DA ÁREA a) A localização da UC é coerente com os seus objetivos.

A localização da UC possibilita que ela cumpra com os objetivos para os quais foi criada. Exemplos de uma localização efetiva podem

incluir o estabelecimento de uma UC com base em dados de campo precisos (ex. distribuição de espécies, análises do hábitat,

existência de populações tradicionais) e que viabilizem sua gestão.

b) O desenho da UC favorece a conservação da biodiversidade e/ou aspectos socioculturais e econômicos.

Um desenho efetivo pode incluir as UCs que abrangem grandes áreas intactas, que contêm uma variedade de gradientes altitudinais,

inclusive transições de ecossistemas, e que mantêm os processos naturais, que considera a extensão da área e limites naturais e,

ainda, que permita a perpetuação dos modos de vida de populações tradicionais. Sempre considerar a categoria e os objetivos para a

criação da UC.

c) O zoneamento da UC é adequado para alcançar os objetivos da UC.

O zoneamento da unidade pode incluir, por exemplo, zonas de uso intensivo, extensivo, histórico-cultural, de recuperação, dentre

outras. O zoneamento (tamanho, tipo, normatização da zona) deve garantir o cumprimento dos objetivos da UC.

d) Os usos no entorno propiciam a gestão efetiva da UC.

Deve-se considerar o impacto do uso do entorno sobre os recursos e o funcionamento da UC. Exemplos: áreas urbanas,

infraestrutura, reservas legais, outras áreas protegidas, tipo de atividades agrícolas, dentre outros.

e) A UC é conectada à outra unidade de conservação ou a outra área protegida.

A unidade pode ser adjacente ou interligada a outras áreas protegidas, como corredores ecológicos, mosaicos e demais ambientes

conservados que permitam a conectividade entre as áreas e promovam o fluxo gênico entre as espécies.

f) A definição do desenho e da categoria da UC foi decorrente de um processo participativo.

A escolha da localização, delimitação, áreas abrangidas e da categoria de manejo foram resultado de um processo participativo.

Deve-se explicitar nas evidências como ocorreu a participação e se houve consulta pública.

45

INSUMOS

46

RECURSOS HUMANOS

• Recursos humanos

• Capacidade técnica

• Capacitação

• Avaliação de

desempenho

• Condições de

trabalho

COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO

• Estrutura de

comunicação

• Disponibilidade de

informação

• Meios de coleta

• Meios de

processamento

• Comunicação com

comunidade

• Comunicação entre

comunidades

INFRAESTRUTURA

• Transporte

• Equipamento de

trabalho

• Instalações para

equipes

• Instalações para

visitantes

• Manutenção

RECURSOS FINANCEIROS

• Histórico de recursos

• Previsão de recursos

• Práticas de

administração

• Alocação de

recursos

• Perspectiva

financeira

• Capacidade de

captação

9. RECURSOS HUMANOS a) Há recursos humanos em número suficiente para a gestão efetiva da UC.

A quantidade adequada de pessoas na equipe depende de fatores como a intensidade de manejo da UC (ex. o tipo e o nível de

ações de manejo propostas) e o nível de pressões e ameaças. Os recursos humanos suficientes devem propiciar a realização

pontual das atividades necessárias para atendimento dos objetivos da UC (fiscalização, integração com entorno, gestão

participativa, recuperação de áreas etc.), em um tempo apropriado.

b) Os funcionários possuem capacidade técnica adequada para realizar as ações de gestão.

A gestão de uma UC exige uma variedade de habilidades (ex. gerenciamento dos recursos humanos, planejamento, proteção,

monitoramento, comunicação). Possuir a capacidade técnica adequada significa que os funcionários detêm o treinamento, a

experiência e a capacitação para realizar as ações necessárias para atendimento dos objetivos da UC.

c) Há oportunidades de capacitação e desenvolvimento da equipe, apropriadas às necessidades da UC.

Exemplos de desenvolvimento dos recursos humanos incluem a educação formal de longo prazo, oficinas, cursos, viagens de

estudo, revezamento de responsabilidades, seminários e trocas informais. Idealmente as oportunidades de capacitação e de

desenvolvimento dos recursos humanos fazem parte de uma estratégia mais ampla e de longo prazo.

d) Há avaliação periódica do desempenho e do progresso dos funcionários.

A avaliação dos funcionários inclui a avaliação e o monitoramento periódico da sua produção em relação às metas.

e) As condições de trabalho são suficientes para manter uma equipe adequada aos objetivos da UC.

As condições de trabalho incluem benefícios diretos (salários, planos de saúde, segurança, moradia funcional), benefícios não

tangíveis (oportunidades de capacitação, reconhecimento, etc..) e o ambiente de trabalho (instalações adequadas, escalas de

trabalho e motivação).

47

10. COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO a) Há estrutura de comunicação adequada entre a UC e outras instâncias administrativas.

A comunicação adequada significa possuir tanto o equipamento (ex. telefones, aparelhos de fax, computadores), quanto os

serviços de comunicação adequados (ex.: energia elétrica, serviços de internet, correio e de telefonia).

b) As informações ecológicas e socioeconômicas existentes são adequadas ao planejamento da gestão.

Exemplos de informações ecológicas incluem mapas e outros materiais visuais para propiciar análises espaciais (ex. imagens de

satélite, fotos aéreas), informações geológicas, biológicas (ex. informações sobre biodiversidade, estrutura da vegetação) e dados

sobre os processos ecológicos. Exemplos de informações socioeconômicas incluem estudos antropológicos, pesquisas

socioeconômicas, níveis de uso dos recursos da UC, mercados, avaliações das necessidades para o desenvolvimento comunitário.

c) Há meios adequados para a coleta de dados.

Entende-se como meios de coleta, recursos financeiros e equipamentos, para utilização por equipe própria ou através de

parcerias.

d) Há sistemas adequados para o armazenamento, processamento e análise de dados.

Os sistemas incluem equipamentos, programas de informática, recursos financeiros, parcerias e pessoal capacitado dentre outros.

e) Existe comunicação efetiva da UC com as comunidades locais.

A comunicação efetiva significa que as comunidades têm acesso aos planos, metas e estratégias referentes à gestão da UC, em

linguagem apropriada. Se não existirem comunidades locais, responder Sim..

f) Existe comunicação efetiva entre as comunidades locais.

Há interação entre as diversas comunidades locais que estão direta ou indiretamente relacionadas aos processos de gestão da UC.

A comunicação deve ser fluente entre seus membros a fim de propiciar condições adequadas para que participem das discussões e

tomadas de decisão para a gestão da UC. Se não existirem comunidades locais, responder Sim..

48

11. INFRAESTRUTURA a) A infraestrutura de transporte é adequada para o atendimento dos objetivos da UC.

A adequação da infraestrutura de transporte (ex. veículos, estradas, trilhas, barcos, motocicletas) depende da intensidade de

manejo e o nível de pressões e ameaças. O transporte adequado deve propiciar a realização das ações necessárias ao

atendimento dos objetivos da UC (monitoramento de áreas frágeis, fiscalização, recuperação de áreas etc.), em um tempo

apropriado. No caso de infraestrutura não adequada, no campo de evidências, apontar se se refere a equipamentos ou

condições locais.

b) O equipamento de campo é adequado para o atendimento dos objetivos da UC.

O equipamento de trabalho inclui os equipamentos necessários para cumprir as ações necessárias ao atendimento dos

objetivos da UC (monitoramento de áreas frágeis, fiscalização, recuperação de áreas etc.), de forma segura e efetiva. Por

exemplo, barracas, saco de dormir, isolante térmico, lanterna, cantil, binóculos, equipamentos fotográficos, de orientação e

localização geográfica, de segurança, entre outros específicos para as características de cada região..

c) As instalações da UC são adequadas para o atendimento dos seus objetivos.

As instalações abrangem, por exemplo, escritórios, bases de apoio em campo, postos de fiscalização, bases de pesquisa,

unidades de beneficiamento, instalações das associações, moradia funcional, instalações para a capacitação, etc.

d) A infraestrutura para usuários é apropriada para o nível de uso.

A adequação da infraestrutura para usuários (turistas, educadores, estudantes e pesquisadores) depende dos objetivos de

gestão, da vulnerabilidade dos recursos da UC, e da intensidade de uso. Infraestrutura para usuários pode incluir centros de

visitantes, suprimentos de água potável, banheiro, áreas de acampamento, trilhas para passeios etc.

e) A manutenção e cuidados com os equipamentos e instalações são adequados para garantir seu uso a longo prazo.

A manutenção de equipamentos e instalações inclui a manutenção preventiva programada regularmente, corretiva e melhorias

periódicas.

49

12. RECURSOS FINANCEIROS a) Os recursos financeiros dos últimos 5 anos foram adequados para atendimento dos objetivos da UC.

Deve-se refletir se os recursos existentes propiciam a realização de ações necessárias ao atendimento dos objetivos da UC

(monitoramento de áreas frágeis, fiscalização, recuperação de áreas etc.).

b) Estão previstos recursos financeiros para os próximos 5 anos para atendimento dos objetivos da UC.

Recursos financeiros adequados podem incluir o comprometimento de doadores ou doações iminentes, apoio do Estado mediante

impostos, compensação ambiental, receitas próprias (por exemplo, entrada de visitantes e venda de produtos), conversão de multas,

juros de investimentos ou dotações, e/ou outras fontes de financiamento definidas e reais.

c) As práticas de administração financeira propiciam a gestão eficiente da UC.

Práticas eficientes e efetivas de administração financeira incluem autonomia do gestor para o uso de recursos, relatórios pontuais,

contabilidade precisa, previsão orçamentária sólida, gestão de contratos de prestação de serviços, aquisições, etc.

d) A alocação de recursos está de acordo com as prioridades e os objetivos da UC.

Os gastos reais estão de acordo com os objetivos da UC, possuem justificativas claras e definidas relacionadas às ameaças, às

pressões e às restrições na gestão da UC.

e) A previsão financeira a longo prazo para a UC é estável.

Uma previsão financeira estável a longo prazo pode incluir compromissos de longo prazo com doadores e parceiros; um fundo para a

gestão da UC; mecanismos legais de financiamento (ex. impostos, apoio do Estado, compensação ambiental, conversão de multas);

sistema de cobrança do usuário, e / ou outros mecanismos de financiamento. No mínimo, uma previsão financeira estável significa

uma estratégia para a sustentabilidade financeira a longo prazo, que não comprometa os objetivos da UC e a sustentabilidade de

seus recursos.

f) A UC possui capacidade para a captação de recursos externos.

Entende-se por externos os recursos não orçamentários. Questiona-se se a unidade possui informação, recursos humanos e

infraestrutura operacional e base legal para a captação de recursos externos, como elaboração de projetos, comercialização de

produtos, doações, parcerias, cooperação etc.

50

PROCESSOS

51

PLANEJAMENTO DA GESTÃO

• Plano de manejo

• Inventário

• Estratégia para pressões e

ameaças

• Instrumento de planejamento

operacional

• Aprendizado

TOMADA DE DECISÃO

• Organização interna

• Transparência

• Parcerias

• Participação comunitária

• Fluxo de comunicação

• Conselho efetivo

• Articulação interinstitucional

• Educação ambiental

PESQUISA, AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO

• Impactos legais

• Impactos ilegais

• Pesquisa ecológica

• Pesquisa socioeconômica

• Acesso a resultados de

pesquisas científicas

• Identificação de necessidades

• Acesso ao conhecimento

científico

13. PLANEJAMENTO DA GESTÃO a) Existe um plano de manejo adequado à gestão.

Um plano de manejo deve incluir: um diagnóstico ambiental e socioeconômico, zoneamento, metas e objetivos claramente

definidos, e as ações estratégicas de manejo, e um mecanismo e/ou um processo para monitorar a implementação do plano de

manejo e atualizá-lo com base em novas informações. Considerar a existência, publicação, estágio de elaboração, adequação,

atualização e a ocorrência de monitoramento.

b) Existe um inventário dos recursos naturais e culturais adequados à gestão da UC.

Um inventário adequado à gestão da UC inclui, por exemplo, lista de espécies, identificação e localização das espécies- chaves, e

informações necessárias para conservação dessas espécies. Um inventário de recursos culturais identifica a variedade de usos dos

recursos da UC pelas comunidades locais, a localização de áreas e manifestações sociais de importância cultural e áreas com

concentração populacional na UC. Esses inventários devem incluir mapas com detalhes suficientes para propiciar a gestão efetiva

da UC.

c) Existe uma análise e também uma estratégia para enfrentar as ameaças e as pressões na UC.

Uma análise de ameaças identifica a abrangência total das pressões passadas e contínuas, bem como ameaças futuras, e prioriza

a importância de cada uma delas. O estabelecimento de uma estratégia identifica os passos específicos para a mitigação dos

impactos das pressões passadas e para a prevenção de ameaças futuras.

d) Existe um instrumento de planejamento operacional que identifica as atividades para alcançar as metas e os objetivos de gestão da

UC.

O instrumento de planejamento operacional, periódico, pode descrever as atividades necessárias para o alcance das metas e

objetivos de gestão da UC, define os indicadores de resultados e parâmetros de acompanhamento, etc.. O instrumento pode ser

utilizado para monitorar a execução das atividades e cumprimento das metas.

e) Os resultados da pesquisa, monitoramento e o conhecimento tradicional são incluídos rotineiramente no planejamento.

Deve haver mecanismos e procedimentos sistemáticos para a aplicação dos dados de pesquisa, monitoramento e conhecimento

tradicional no planejamento da UC.

52

14. TOMADA DE DECISÃO a) Existe uma organização interna nítida da UC.

Uma organização interna inclui estruturas administrativas definidas, canais e processos de comunicação nítidos e descrições de

responsabilidades bem definidas. Contempla ainda as estruturas de participação da comunidade, como conselhos, associações entre

outras.

b) A tomada de decisões na gestão é transparente.

Exemplos de tomadas de decisões transparentes incluem registros precisos e acessíveis das decisões mais importantes (ex.

relatórios, atas), procedimentos e mecanismos claramente definidos para tomada de decisão e participação dos atores envolvidos.

c) A UC colabora regularmente com os parceiros, comunidades locais e outras organizações.

Os parceiros podem ser organizações de conservação locais, nacionais e internacionais; escolas, colégios e universidades; agências

de desenvolvimento comunitário; comércio local; grupos recreativos; agências de turismo; grupos comunitários voluntários. As

comunidades locais podem ser representadas por associações de moradores, cooperativas, sindicatos etc.

d) As comunidades locais participam efetivamente da gestão da UC, contribuindo na tomada de decisão.

Os indicadores de participação comunitária incluem mecanismos claros de participação na gestão da UC e retorno de informação (ex.

encontros de cidadãos, conselhos); e a existência de programa para a integração com entorno. O nível de participação comunitária

dependerá do nível em que as comunidades locais são afetadas pela gestão e pelos recursos da UC e/ou dependem dos mesmos.

e) Existe a comunicação efetiva entre os funcionários da UC e Administração.

A comunicação efetiva se define como fluxo e tempo adequados para o trâmite de informações exigidas para a gestão da UC e para o

bom relacionamento da equipe. Esse indicador compreende a comunicação efetiva entre os diversos níveis da UC (ex. administrat iva,

operacional e de coordenações) e entre UCs e diretorias. Nas Reservas Extrativistas e Reservas de Desenvolvimento Sustentável

deve se considerar o conselho deliberativo no fluxo de comunicação.

f) Existe conselho implementado e efetivo.

Esse item considera as seguintes possibilidades: não há conselho; o conselho existe, mas não está implementado; o conselho existe,

está implementado, mas tem pouca participação; e o conselho está implementado e é efetivo (situação ideal).

53

15. PESQUISA E MONITORAMENTO a) O impacto das atividades legais na UC é monitorado e registrado de forma precisa.

São consideradas legais as atividades de pesquisa, uso público, manejo de recursos naturais, dentre outras, desde que devidamente planejadas e

autorizadas. Um programa de monitoramento deve ser cuidadosamente planejado e executado para assegurar que seja efetivo, ou seja, possa

fornecer as respostas às necessidades da gestão. Um registro preciso dos usos da UC deve servir como um referencial a partir do qual se pode

comparar as possíveis mudanças no ecossistema.

b) O impacto das atividades ilegais na UC é monitorado e registrado de forma precisa.

Um registro preciso das atividades ilegais existentes na UC, área circundante e zona de amortecimento, pode servir como um referencial a partir do

qual se pode comparar as mudanças na unidade. Devem-se considerar evidências acessos irregulares, de atividades de caça e coleta ilegais de

animais, sementes, frutos e outros recursos da flora, incêndios provocados, as pesquisas realizadas ilegalmente, sistematização e espacialização de

autos de infração e outros registros, dentre outras atividades.

c) As pesquisas sobre questões ecológicas são coerentes com as necessidades da UC.

Considerar a realização de pesquisas ecológicas estratégicas para a gestão da UC. Exemplos: pesquisas sobre espécies-chave e suas interações

ecológicas, sustentabilidade ecológica das atividades extrativistas e outras diretamente relacionadas aos objetivos da UC.

d) As pesquisas sobre questões socioeconômicas são coerentes com as necessidades da UC.

Considerar a realização de pesquisas sociais e econômicas estratégicas para a gestão da UC. Exemplos: pesquisas sobre a sustentabilidade

econômica dos usos dos recursos da UC (ex. produtos não madeireiros, usos para a subsistência e usos culturais), as oportunidades de

desenvolvimento comunitário (ex. programas sustentáveis de cultivo ou comercialização de plantas medicinais) e/ou outras questões sociais

relacionadas aos objetivos da UC ou significativas para sua gestão efetiva a longo prazo.

e) A equipe da UC e comunidades locais têm acesso regular às informações geradas pelas pesquisas realizadas na UC.

Considerar acesso aos resultados das pesquisas desenvolvidas e do monitoramento da UC; grupos de discussão, trabalhos publicados relacionados

à gestão da UC. Inclui a participação de pesquisadores na gestão da unidade (câmaras técnicas, elaboração de pareceres etc.).

f) As necessidades críticas de pesquisa e monitoramento são identificadas e priorizadas.

As necessidades de pesquisa e monitoramento devem ser claramente vinculadas aos objetivos da gestão. Exemplos incluem os estudos para

entender o impacto de ameaças sobre os recursos da UC, as causas das ameaças, as necessidades das espécies-chave e as suas interações com

outras espécies, os processos naturais e o uso e manejo dos recursos naturais.

54

RESULTADOS

• Planejamento da gestão

• Recuperação

• Manejo

• Divulgação

• Controle de visitantes

• Infraestrutura

• Prevenção de ameaças

• Gestão de pessoal

55

Capacitação

Relação com comunidades

locais

Desenvolvimento de

pesquisas

Monitoramento de

resultados

Educação ambiental

RESULTADOS 56

S P/S

P/N

N 16. RESULTADOS

NOS ÚLTIMOS DOIS ANOS, as seguintes ações foram coerentes com a minimização de ameaças e de pressões, os objetivos da UC e o plano de trabalho anual:

a) A UC realizou o planejamento da gestão nos últimos dois anos.

b) A UC realizou a recuperação de áreas e ações mitigatórias adequadas às suas necessidades nos últimos dois anos.

c) A UC realizou o manejo da vida silvestre, de habitat ou recursos naturais

adequado às suas necessidades nos últimos dois anos.

d) A UC realizou ações de divulgação e informação à sociedade nos últimos dois anos.

e) A UC realizou o controle de visitantes adequado às suas necessidades nos

últimos dois anos.

f) A UC realizou a Implantação e manutenção da infraestrutura nos últimos dois anos.

g) A UC realizou a prevenção, detecção de ameaças e aplicação da lei nos últimos

dois anos.

h) A UC realizou a supervisão e avaliação de desempenho de funcionários nos últimos dois anos.

i) A UC realizou capacitação e desenvolvimento de recursos humanos nos últimos

dois anos.

j) A UC apoiou a organização, capacitação e desenvolvimento das comunidades locais e conselho nos últimos dois anos.

k) Houve o desenvolvimento de pesquisas na UC nos últimos dois anos, alinhadas

aos seus objetivos.

l) Os resultados da gestão foram monitorados nos últimos dois anos.

m) A UC desenvolveu ações de educação ambiental nos últimos dois anos.

ESTRUTURA RAPPAM 57

A UC ALCANÇOU

SEU OBJETIVO?

CONTEXTO

PERFIL

PRESSÕES E AMEAÇAS

IMP. BIOLÓGICA

IMP. SOCIOECONÔMICA

VULNERABILIDADES

GESTÃO PLANEJAMENTO

INSUMOS

PROCESSOS

RESULTADOS

SISTEMA DE UCs

17. DESENHO DO SISTEMA DE UCs a) O sistema de UCs representa adequadamente a diversidade dos ecossistemas na região.

O grau em que os ecossistemas são representados no sistema de unidades de conservação dependerá da série histórica da

variabilidade dos ecossistemas e de até que ponto a variedade desses ecossistemas foi reduzida. A representatividade deve ser

avaliada tanto no âmbito da paisagem quanto em escala regional.

b) O sistema de UCs protege adequadamente contra a extinção ou a redução populacional das espécies.

A proteção adequada para as espécies animais vulneráveis envolve uma análise das populações mínimas viáveis no sistema e a

conectividade adequada para manter os padrões sazonais de alimentação, reprodução e migração. A proteção adequada das

espécies de plantas exige uma análise sistêmica do grau em que as plantas raras, ameaçadas e em perigo são protegidas pelo

sistema de unidades de conservação.

c) O sistema de UCs consiste primariamente de ecossistemas íntegros.

Os ecossistemas íntegros são aqueles que conservam a totalidade da biodiversidade nativa, a variedade total de processos naturais e

os padrões da paisagem e uma distribuição de espécies consistente com a amplitude histórica da variabilidade.

d) Áreas de alto valor para a conservação de espécies-chave são protegidas sistematicamente.

As espécies-chave que podem ser de importância regional ou para o sistema, incluem as espécies limitadas à área, espécies

limitadas a processos ecológicos, espécies bandeira e espécies guarda-chuva. As áreas com alto valor para a conservação são áreas

que fornecem recursos críticos à sobrevivência das espécies-chave.

e) Áreas de alto valor para uso sustentável dos recursos naturais são protegidas sistematicamente.

Exemplos de áreas de alto valor para uso sustentável são aquelas ocupadas por populações tradicionais que por gerações exploram

racionalmente os recursos naturais, áreas de florestas localizadas próximas aos principais centros urbanos, áreas com alto potencial

para produção florestal, madeireira e não madeireira (ex. artesanato, fitoterápicos, cosméticos, etc.), e áreas com atividade de

extração mineral precisam ser protegidas de forma a conter a degradação da UC.

f) O sistema de UCs mantém os processos naturais ao nível da paisagem.

Os exemplos de processos naturais ao nível da paisagem incluem a manutenção do fogo em ecossistemas que dependem do mesmo

e a manutenção de padrões migratórios através da paisagem.

58

17. DESENHO DO SISTEMA DE UCs h) O sistema de UCs abrange todos os estágios sucessionais.

A diversidade sucessional se refere ao padrão de composição das espécies em um ecossistema. A diversidade

sucessional abrange a variedade completa de estágios sucessionais, incluindo os estágios inicial, médio,

avançado e clímax.

i) Áreas de alta biodiversidade são protegidas sistematicamente.

As áreas de ocorrência natural de alta biodiversidade, particularmente em relação à paisagem do entorno (e.g.

hotspots de biodiversidade e áreas prioritárias para a preservação), são protegidas sistematicamente.

j) Áreas de alto endemismo são protegidas sistematicamente.

As espécies endêmicas são oriundas de uma área geográfica específica e são restritas a ela. O grau de

endemismo de uma área é dado pela quantidade de espécies endêmicas que contém. As áreas proporcionalmente

com um alto grau de endemismo devem ser sistematicamente protegidas e permitir conservar a integridade

genética e a particularidade das espécies endêmicas. Pode-se citar como exemplos as áreas prioritárias para

fauna e hábitats únicos no país, como campos de altitude. Assim como para o nível local, será útil demarcar uma

área geográfica para determinar os níveis relativos de endemismo.

k) O desenho e a configuração do sistema da UC otimizam a conservação da biodiversidade.

Um sistema de unidades de conservação bem estruturado inclui um conjunto de unidades de conservação de

tamanho adequado para a conservação da biodiversidade, com ecossistemas exemplares e íntegros, abrangendo

uma variedade de gradientes altitudinais e as transições de ecossistemas em uma matriz que mantém processos

naturais entre as unidades de conservação. Considerar na configuração também as categorias de manejo.

59

17. DESENHO DO SISTEMA DE UCs l) O sistema de UCs possibilita a manutenção da cultura e das populações tradicionais.

De acordo com seus objetivos e diretrizes o sistema deve proteger os recursos naturais necessários à subsistência

de populações tradicionais e o seu estabelecimento nas áreas que tradicionalmente exploram, valorizando e

respeitando seu conhecimento e sua cultura e promovendo-as social e economicamente.

m) O sistema de UCs garante a proteção de características relevantes de natureza cultural.

As populações tradicionais há gerações desenvolvem técnicas de exploração e utilização dos recursos naturais,

que mudam de região para região e de acordo com os grupos sociais (seringueiros, quilombolas, caiçaras,

pescadores, ribeirinhos, indígenas), com características socioculturais peculiares que precisam ser preservadas.

n) As categorias existentes no sistema são pertinentes.

As categorias de UC existentes não possuem objetivos conflitantes e atendem aos objetivos e diretrizes do

sistema. As categorias existentes contemplam os princípios de proteção e uso sustentável da natureza.

60

18. POLÍTICAS DE UCs a) As políticas governamentais de UCs refletem a visão, as metas e os objetivos do sistema de UC.

Os objetivos governamentais devem descrever claramente o que o sistema de unidade de conservação (federal, estadual ou

municipal) procura atingir.

b) A área de terras protegida é adequada para conservar os processos naturais ao nível da paisagem.

A adequação da extensão de áreas protegidas irá variar dependendo do grau de biodiversidade, dos padrões de uso do solo

existentes, do grau de modificação dos ecossistemas e dos padrões de variação histórica.

c) Existe um claro comprometimento com a proteção de uma rede de UCs viável e representativa.

O compromisso pode ser avaliado em todos os níveis de governo. Indicadores de um forte compromisso com as unidades de

conservação incluem não apenas a afirmação de políticas claras, mas também um compromisso financeiro, uma disposição para

avaliar periodicamente as unidades de conservação e criar novas unidades, se necessário, e o apoio aos incentivos privados voltados

à conservação de recursos naturais.

d) Há um inventário abrangente da diversidade biológica da região.

Um inventário deveria incluir uma lista das espécies encontradas na região, a identificação das espécies-chave e a priorização da

conservação dessas espécies no sistema.

e) Existe uma avaliação da série histórica da variabilidade dos ecossistemas na região.

Uma avaliação da série histórica da variabilidade dos ecossistemas permitiria aos formuladores de políticas estabelecerem metas

para a cobertura vegetal das unidades de conservação e a sua representatividade.

f) Há metas de recuperação para os ecossistemas sub-representados e/ou muito reduzidos.

As metas de recuperação dependerão de vários fatores, inclusive a atual distribuição e extensão dos tipos de ecossistema, o nível de

degradação de cada um e a série histórica da variabilidade da distribuição dos ecossistemas. As metas de recuperação podem incluir

tanto as unidades de conservação (e.g. novo plantio ou ampliação da cobertura vegetal de ecossistemas sub-representados ou

bastante reduzidos) como as mudanças no uso da terra fora das unidades de conservação.

61

18. POLÍTICAS DE UCs g) Há pesquisas contínuas sobre as questões críticas relativas às UCs.

Assuntos críticos para a pesquisa referem-se a questões ecológicas, sociais e/ou econômicas que afetam a integridade e a

sustentabilidade da unidade de conservação (e.g. influenciam a efetividade de manejo, mitigam ou exacerbam as ameaças ou as

pressões).

h) O sistema de UCs é revisto periodicamente para identificar lacunas ou pontos fracos (e.g. análises de lacunas).

Uma análise de lacunas é uma comparação da distribuição dos elementos da biodiversidade com a sua cobertura em unidades de

conservação, a fim de identificar as espécies inadequadamente representadas ou protegidas pelo sistema.

i) Existe um programa efetivo de treinamento e capacitação para os funcionários das UCs.

Um programa efetivo de capacitação incluiria uma avaliação precisa das necessidades dos gerentes, dos funcionários e da

administração da unidade de conservação; um programa estratégico e direcionado de treinamento e recursos financeiros adequados

para implementar o programa.

j) Existe um programa efetivo de capacitação dos atores envolvidos no processo de gestão.

Uma capacitação efetiva incluiria um programa estratégico voltado aos diferentes atores sociais envolvidos no processo de gestão e

manejo das unidades de conservação, visando o alcance dos objetivos das diferentes categorias de manejo do sistema.

k) O manejo da UC é avaliado rotineiramente.

As avaliações de rotina se referem a avaliações contínuas da situação da efetividade de manejo.

l) Existem diretrizes, metas e estratégias voltadas para a sustentabilidade do uso dos recursos naturais, no interior e/ou no entorno da

UC.

As estratégias de governo devem ser pautadas em diretrizes e metas voltadas a sustentabilidade do uso e a conservação dos

recursos naturais. Estas estratégias devem conectar as políticas de meio ambiente com as de desenvolvimento (agrária, energia,

crédito, transporte, etc.), garantindo, entre outros a proteção da natureza e a longevidade dos estoques naturais de matéria-prima

para uso tradicional e para as indústrias de transformação.

62

18. POLÍTICAS DE UCs m) Existem diretrizes, metas e estratégias correlacionadas com os aspectos socioculturais, comprometidas com o desenvolvimento das

populações tradicionais tanto dentro como no entorno da UC.

As estratégias de conservação devem ser pautadas em diretrizes e metas que considerem os aspectos socioculturais, permitindo que

as populações tradicionais atinjam níveis de desenvolvimento em bases sustentáveis, os quais lhes garantam índices satisfatórios de

qualidade de vida, sem comprometer suas culturas e as áreas naturais que tradicionalmente ocupam e exploram. No caso de

unidades de proteção integral, o desenvolvimento das populações tradicionais está relacionado às atividades de uso indireto ou no

entorno.

n) A estrutura organizacional para o sistema de UCs propicia a efetividade de gestão.

A estrutura organizacional, canais e processos de comunicação e descrições de responsabilidades são bem definidos e favorecem o

alcance dos objetivos do sistema.

o) As instituições gestoras priorizam a elaboração de planos de gestão para todas as UCs.

Há recursos e meios para a elaboração de planos de manejo e outros instrumentos para a gestão adequada das UCs.

63

19. CONTEXTO POLÍTICO a) A legislação relacionada às UCs complementa os objetivos das mesmas e promove a efetividade de manejo.

As leis relacionadas às unidades de conservação podem incluir o planejamento de uso da terra; leis voltadas às práticas florestais, à

caça e à agricultura; regulamentação e políticas de âmbito nacional, regional e local. As leis complementares propiciam ou melhoram

os objetivos da unidade de conservação e da efetividade de manejo.

b) Há compromisso e recursos financeiros suficientes para o manejo efetivo do sistema de UCs.

Compromisso e recursos financeiros suficientes podem significar que mecanismos seguros e de longo prazo foram adotados para

financiar adequadamente o sistema de unidades de conservação.

c) As metas de proteção ambiental estão incluídas em todos os aspectos da política de desenvolvimento.

Por exemplo, as avaliações de impacto ambiental são incluídas rotineiramente no desenvolvimento da infraestrutura; as práticas de

planejamento de uso da terra controlam a expansão de áreas urbanas; as leis proíbem a venda de espécies ameaçadas ou em

perigo, ou partes das mesmas.

d) Existe um alto nível de comunicação interinstitucional.

As políticas públicas para preservação e uso sustentável dos recursos naturais são afetadas por outras políticas setoriais, sobretudo

as de desenvolvimento. A comunicação coerente e bem estruturada entre os diversos setores da administração pública, certamente

propiciará ao governo maior capacidade de desenvolver e implementar um plano ambiental coordenado. Os setores da administração

pública incluem os ministérios, autarquias, agências e unidades descentralizadas dos três poderes.

e) Existe a aplicação efetiva das leis e dos regulamentos relacionados às UCs em todos os níveis.

A aplicação efetiva significa que as atividades ilegais são detectadas e que a justiça é aplicada devidamente no sistema, em todas as

esferas, federal, estadual e municipal.

f) As políticas governamentais estabelecem a ampla divulgação da educação ambiental em todos os níveis.

A educação ambiental pode incluir a educação não formal (e.g. anúncios públicos, panfletos e outra literatura) bem como a educação

formal (e.g. o desenvolvimento de currículo em instituições de ensino fundamental, médio e superior).

64

19. CONTEXTO POLÍTICO g) As políticas governamentais fomentam o manejo sustentável dos recursos naturais.

O manejo sustentável dos recursos naturais inclui práticas sustentáveis florestais, agrícolas e de pesca. Políticas de fomento são

medidas estabelecidas para incentivar, viabilizar ou direcionar o desenvolvimento de atividades, como isenção de impostos,

disponibilização de crédito, fornecimento de orientação técnica, desde que seguindo critérios de sustentabilidade.

h) As políticas governamentais fomentam um conjunto de mecanismos de conservação de recursos naturais.

As políticas que fomentam a conservação de recursos naturais podem incluir incentivos fiscais (e.g. para estabelecer reservas

particulares ou ICMS ecológicos); apoio a políticas para desenvolvimento de mecanismos de mercado (e.g. certificação de produtos

florestais); e também medidas tradicionais de política de conservação (e.g. zoneamento ecológico-econômico).

i) Existe o treinamento adequado sobre a área ambiental para todos os funcionários governamentais em todos os níveis.

O treinamento e a formação adequados podem incluir um amplo conjunto de tópicos relacionados à conservação.

j) Políticas governamentais favorecem o diálogo e a participação da sociedade civil organizada.

Exemplos de políticas que fomentam o diálogo incluem o estabelecimento de parcerias entre agências governamentais e ONGs e

desenvolvimento de mecanismos transparentes para a participação do público no desenvolvimento de políticas.

65

BIBLIOGRAFIA • ERVIN, J. Metodologia do WWF para avaliação rápida e a priorização do manejo de unidades de conservação (Rappam). São Paulo, SP,

WWF-Brasil. 70 p. 2003a. (Tradução WWF-Brasil.).

• Ervin, J. WWF rapid assessment and prioritization of protected area management (RAPPAM) methodology. Gland, Swizertland, WWF. 70

p. 2003b.

• HOCKINGS, M.; STOLTON, S.; DUDLEY, N. Evaluating Effectiveness – A Framework for Assessing Management Effectiveness of

Protected Areas. Best Practice Protected Areas Guidelines Series (6). University of Cardiff and IUCN, Suíça. 2000. 121 p.

• HOCKINGS, M.; STOLTON, S.; LEVERINGTON, F.; DUDLEY, N.; COURRAU, J. 2006. Evaluating effectiveness: a framework for

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• IUCN & UNEP-WCMC. 2010. The World Database on Protected Areas (WDPA). Cambridge, Reino Unido: UNEP-WCMC.

• LEVERINGTON, F., COSTA, K. L, COURRAU, J., PAVESE, H., NOLTE, C., MARR, M., COAD, L., BURGESS, N., BOMHARD, B.,

HOCKINGS, M. Management effectiveness evaluation in protected areas – a global study. 2nd Edition. The University of Queensland.

Brisbane Australia. 87 p. 2010.

• LEVERINGTON, F.; HOCKINGS, M.; COSTA, K.L. 2008. Management effectiveness evaluation in protected areas. Report for the project

‘Global study into management effectiveness evaluation of protected areas’. Gatton: The University of Queensland, IUCN WCPA, TNC,

WWF. 70 p.

• WWF-BRASIL; Fundação Florestal; Instituto Florestal. Rappam: implementação da avaliação rápida e priorização do manejo das

unidades de conservação do Instituto Florestal e da Fundação Florestal de São Paulo. WWF, Programa de Preservação da Mata

Atlântica, Instituto Florestal de São Paulo, Fundação Florestal, Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. São Paulo, SP.

42p. 2004.

66

BIBLIOGRAFIA • Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, Efetividade de gestão das unidades de conservação federais do

Brasil. Ibama, WWF-Brasil. – Brasília: Ibama, 2007. 96 p.

• WWF-BRASIL, IEF-AP, SEMA-AP & ICMBIO. Efetividade de Gestão das unidades de conservação no Estado do Amapá. Brasília, DF. 57 p.

2009.

• WWF-BRASIL, SEMA-AC, SEF-AC & ICMBIO. Efetividade De Gestão das unidades de conservação no Estado do Acre. Brasília, DF. 62 p.

2009.

• WWF-BRASIL, SEMA-MT &ICMBIO. Efetividade de Gestão das unidades de conservação no Estado do Mato Grosso. Brasília, DF. 68 p.

2009.

• WWF-BRASIL, SDS-AM, ICMBIO. Efetividade de Gestão das unidades de conservação do Estado do Amazonas. Brasília, DF. 69 p. 2011

• WWF-BRASIL, SEDAM-RO, ICMBIO. Efetividade de Gestão das unidades de conservação do Estado de Rondônia. Brasília, DF. 66 p. 2011

• WWF-BRASIL, SEMA–PA, ICMBIO. Efetividade de Gestão das unidades de conservação do Estado do Pará. Brasília, DF. 62p. 2011

• WWF-BRASIL & IMASUL. Efetividade de Gestão das unidades de conservação no Estado do Mato Grosso do Sul. Brasília, DF. 68 p. 2011

• ICMBio. Avaliação comparada das aplicações do método Rappam nas unidades de conservação federais, nos ciclos 2005-06 e 2010.

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, WWF-Brasil. Brasília: ICMBio, 2011. 134p.

• WWF-BRASIL, ICMBIO. Efetividade da gestão das unidades de conservação federais do Brasil: resultados de 2010. Brasília, DF. 43 p.

2012

• WWF-BRASIL & Semarh-GO. implementação da avaliação rápida e priorização da gestão de unidades de conservação (Rappam) em

unidades de conservação estaduais em Goiás. Brasília, DF. 105 p. 2014

67

Publicações • http://observatorio.wwf.org.br/biblioteca/

68

Filtrar pelo tema

GESTÃO

APLICAÇÃO DO

QUESTIONÁRIO

69

PROGRAMAÇÃO • LANÇAMENTO DURANTE O VIII CBUC – 21 a 25/set/2015

• PREENCHIMENTO COM O APOIO DOS PONTOS FOCAIS E

APOIO REMOTO

• Apoio remoto

• Manhã: 9h00 às 12h00 – 01, 06, 14 e 15/out/2015

• Tarde: 14h00 às 17h00 – 01, 08 e 15 /out/2015

• APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS E

REALIZAR REVISÃO DAS RESPOSTAS EM 5 OFICINAS –

nov-dez/2015

70

OBRIGADA!!!

71

72

Manacá Avaliação e Monitoramento Socioambiental

Cristina Aragão Onaga

[email protected]

11 99655.9955

Henrique Marques

[email protected]

61 8453-3550

Carolina Genu Nakazato

[email protected]

61 2028-9769