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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ DÉDRIO VINICIUS CAMARGO DA SILVA EFICIÊNCIA REPRODUTIVA EM GADO LEITEIRO Trabalho de Conclusão apresentado ao Curso de Medicina Veterinária da Universidade Tuiuti do Paraná como requisito parcial para a obtenção do grau de Médico Veterinário. Orientador Acadêmico: Prof. Msc. João Filipi S. Pereira Orientador Profissional: Prof. Msc Márcio S. Segui CURITIBA 2015

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

DÉDRIO VINICIUS CAMARGO DA SILVA

EFICIÊNCIA REPRODUTIVA EM GADO LEITEIRO

Trabalho de Conclusão apresentado ao Curso de

Medicina Veterinária da Universidade Tuiuti do

Paraná como requisito parcial para a obtenção do

grau de Médico Veterinário.

Orientador Acadêmico: Prof. Msc. João Filipi S.

Pereira

Orientador Profissional: Prof. Msc Márcio S. Segui

CURITIBA

2015

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

REITOR

Prof. Luiz Guilherme Rangel Santos

PRÓ-REITOR ADMINISTRATIVO

Carlos Eduardo Rangel Santos

PRÓ-REITORA ACADÊMICA

Prof. Dra. Carmen Luiza da Silva

DIRETOR DE GRADUAÇÃO

Prof. Dr. João Henrique Faryniuk

COORDENADOR DO CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

Prof. Dr. Welington Hartmann

COORDENADOR DE ESTÁGIO CURRICULAR

Prof. Dr. Welington Hartmann

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TERMO DE APROVAÇÃO

DÉDRIO VINICIUS CAMARGO DA SILVA

EFICIÊNCIA REPRODUTIVA EM GADO LEITEIRO

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado e aprovado para

obtenção do título de Médico (a) Veterinário (a) pela Comissão Examinadora do

Curso de Medicina Veterinária da Universidade Tuiuti do Paraná.

Comissão Examinadora:

Presidente: Prof. João Filipi Scheffer Pereira

Prof. Odilei Prado

Prof. Welington Hartmann

Curitiba, 08 de dezembro de 2015

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha avó Conceição Bueno da Silva, já falecida mas

que assim como eu tinha o sonho de me ver formado, aos meus pais e mestres

que sempre dedicaram-se ao máximo para contribuir com minha vida

acadêmica.

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AGRADECIMENTOS

Agradecer primeiramente a Deus, afinal o que seriamos sem ele?

Olhando-nos, dando forças e abençoando todos os dias quando abrimos os

olhos e partimos para uma nova jornada.

Aos meus pais que em hipótese nenhuma me deixaram faltar alguma

coisa, fosse material ou sentimental. Meu Pai sempre um homem mais duro,

mas com um só objetivo: Que eu realmente fosse o melhor possível me

esforçasse para conquistar o que queria e minha mãe sempre mais sutil, com

palavras mais calmas e mais sentimentos também, na mesma busca pelo meu

sucesso. Meus irmãos tanto pelo incentivo em ser “médico dos bichinhos”

como na compreensão de fazer silencio quando eu precisava estudar.

A toda a família, tanto os presentes como os ausentes que sempre

participaram desse sonho, me dando forças diretamente ou indiretamente.

Aos meus amigos e colegas de faculdade, em especial a Ana Fernanda,

sempre apoiando, motivando e estudando juntos.

Aos profissionais que me ajudaram, sendo professores, supervisores de

estágio, amigos da vida e aos meus orientadores e coorientadores pela

paciência em ensinar e corrigir, tempo disponibilizado para conversas.

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SUMÁRIO

LISTA DE TABELAS.................................................................................................. 8

LISTA DE FIGURAS................................................................................................... 9

LISTA DE QUADROS................................................................................................. 10

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS.................................................................... 11

RESUMO.................................................................................................................... 12

1 INTRODUÇÃO............................................................................................................ 13

2 LOCAL DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO................................................................. 14

2.1 UNIDADE LEITEIRA FEGA/PUC ............................................................................. 14

3 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS............................................... 16

3.1 ATIVIDADES CIRURGICAS...................................................................................... 17

3.1.1 ORQUIECTOMIA ....................................................................................................... 17

3.1.2 DESCORNA CIRURGICA .......................................................................................... 18

3.1.3 DESLOCAMENTO DE ABOMASO A ESQUERDA..................................................... 19

3.1.4 DESLOCAMENTO DE ABOMASO A DIREITA.......................................................... 20

3.2 ATIVIDADES REPRODUTIVAS................................................................................. 21

3.2.1 DIAGNOSTICO DE GESTAÇÃO............................................................................... 22

3.2.2 LAVAGEM UTERINA.................................................................................................. 22

3.2.3 PALPAÇÃO RETAL................................................................................................... 22

3.2.4 TRANSFERÊNCIA DE EMBRIÃO.............................................................................. 23

3.2.4.1 PROTOCOLO DA DOADORA................................................................................. 23

3.2.4.2 PROTOCOLO DA RECEPTORA................................................................................ 23

3.2.4.3 MATERIAL................................................................................................................ 23

3.2.4.4 TÉCNICA ............................................................................................................. 23

3.3 ATIVIDADE CLINICA................................................................................................ 24

3.3.1 ACOMPANHAMENTO CLINICO DOS ANIMAIS DO HOSPITAL ........................... 24

3.3.2 ATENDIMENTO EXTERNO.................................................................................... 25

3.3.3 DERMATITE INTERDIGITAL..................................................................................... 25

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3.3.4 DESCORNA CIRÚRGICA...................................................................................... 25

3.3.5 ESTEFANOFILARIOSE......................................................................................... 25

3.3.6 FERROSCÓPIO......................................................................................................... 25

3.3.7 MASTITE............................................................................................................... 26

3.3.8 ULCERA DE SOLA................................................................................................ 26

4 REVISÃO DE LITERATURA..................................................................................... 27

4.1 EFICIENCIA REPRODUTIVA.................................................................................... 27

4.2 MONITORAMENTO DO REBANHO........................................................................ 28

4.3 NUTRIÇÃO E CONDIÇÃO CORPORAL.................................................................... 29

4.4 BEM ESTAR ANIMAL............................................................................................ 30

4.5 FISIOLOGIA DA FEMEA BOVINA......................................................................... 31

4.6 FATORES QUE AFETAM A EFICIENCIA REPRODUTIVA...................................... 32

4.6.1 SANIDADE............................................................................................................. 32

4.6.1.1 VULVOVAGINITE PUSTULAR INFECCIOSA.................................................. 33

4.6.1.2 DIARRÉIA VIRAL BOVINA (BVD)............................................................................. 33

4.6.1.3 BRUCELOSE............................................................................................................ 34

4.6.1.4 LEPTOSPIROSE...................................................................................................... 34

4.6.1.5 NEOSPOROSE BOVINA.......................................................................................... 35

4.6.1.6 CAMPILOBACTERIOSE........................................................................................... 35

4.6.1.7 TRICOMONOSE........................................................................................................ 35

4.6.2 IDADE AO PRIMEIRO PARTO............................................................................... 36

4.6.3 NÚMERO DE SERVIÇOS POR CONCEPÇÃO......................................................... 36

4.6.4 PERCENTAGEM DE PRENHEZ ............................................................................ 37

4.6.5 TAXA DE NATALIDADE........................................................................................ 37

4.6.6 PERCENTAGEM DE VACAS EM LACTAÇÃO......................................................... 37

4.6.7 PERIODO DE SERVIÇO........................................................................................... 38

4.6.8 INTERVALO ENTRE PARTO................................................................................ 38

5 CONCLUSÃO............................................................................................................ 40

6 REFERENCIAS........................................................................................................ 41

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 16

TABELA 2 PARAMETROS DE EFICIENCIA REPRODUTIVA 28

TABELA 3 ESCORE DE CONDIÇÃO CORPORAL 29

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9

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 GRAFICO DE ATIVIDADES DESENVOLVIDAS...................... 17

FIGURA 2 TESTICULOS APÓS ORQUIECTOMIA................................... 18

FIGURA 3 REALIZAÇÃO DE SUTURA DE PELE APÓS DESCORNA CIRURGICA..............................................................................

19

FIGURA 4 SUTURA DE PELE EM NÓS SIMPLES INTERROMPIDOS APÓS DESCORNA CIRURGICA..............................................

19

FIGURA 5 INCISÃO DE FLANCO ESQUERDO PARA LOCALIZAÇÃO DE ABOMASO.......................................................................

20

FIGURA 6 ABOMASO EXTERIORIZADO.................................................. 21

FIGURA 7 GRAFICO DE ATIVIDADES REPRODUTIVAS........................ 21

FIGURA 8 GRAFICO DE ATIVIDADES CLINICAS ................................... 24

FIGURA 9 CASQUEAMENTO.................................................................... 26

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LISTA DE QUADROS

QUADRO 1 FASES DO CICLO ESTRAL............................................................ 31

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AGNE's Ácido Graxos Não Estratificado

BEM Balanço Energético Negativo

BVD Diarreia Viral Bovina

CL Corpo Lúteo

DAD Deslocamento de Abomaso a Direita

DAE Deslocamento de Abomaso a Esquerda

ECC Escore de Condição Corporal

ECP Cipionato de estradiol

FEGA Fazenda Experimental Gralha Azul

FSH Hormônio Folículo Estimulante

GNRH Hormônio Liberador de Gonadotrofina

IA Inseminação Artificial

IBR Rinotraqueite Infecciosa Bovina

IEP Intervalo Entre Partos

IGF-I Insulin Growth Factor I

IMS Ingestão de Matéria Seca

P4 Progesterona

PBS Phosphar Buffer Solution

TE Transferência de Embriões

UHAF Unidade Hospitalar de Animais de Fazenda

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RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo relatar as atividades desenvolvidas

no estágio obrigatório supervisionado, sendo divididas em 3 etapas:

1) Atividades Reprodutivas (50,57%), 2) Atividades Clinicas (43,53%), 3)

Atividades Cirúrgicas (2,68%) totalizando 520 casos.

Uma revisão de literatura sobre eficiência reprodutiva e parâmetros a

serem avaliados como: nutrição, sanidade, bem estar animais e parâmetros

reprodutivos que podem afetar a eficiência reprodutiva (idade ao primeiro parto,

número de serviços por concepção, percentagem de prenhez, taxa de

natalidade, percentagem de vacas em lactação, período de serviço e intervalo

entre partos).

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INTRODUÇÃO

A produção de leite brasileira se iniciou em 1532, quando a expedição

colonizadora de Martin Afonso trouxe as primeiras vacas e touros para a então

colônia portuguesa e começou uma significada modernização em 1950 quando

o país entrava na era da industrialização.

O Brasil possui hoje o maior rebanho comercial de bovinos do mundo,

com aproximadamente 212 milhões de cabeças sendo o quinto maior produtor

de leite do mundo, com cerca de 35 bilhões de Litros/Ano Financeiramente as

cadeias de carne e de leite totalizando um valor bruto de R$ 67 bilhões para

economia brasileira (MAPA, 2015).

A produção de leite está diretamente ligada à parição e seu objetivo

principal é alcançar a maior produtividade, com menor custo e no menor tempo

possível. Uma vez que este objetivo não seja alcançado o reflexo financeiro

negativo será imediato.

A eficiência reprodutiva certamente é o fator que mais afeta a

lucratividade de um rebanho, pois determina longevidade, numero de animais

de reposição e numero de bezerros nascidos durante o ano em uma

propriedade. Existem inúmeros fatores entre a realidade e os melhores

resultados como: alta taxa de mortalidade embrionária e fetal, intervalo entre

partos (IEP) prolongados, grande numero de serviços por concepção, idade

avançada ao primeiro parto. Todos esses fatores afetam diretamente no

sucesso de uma propriedade, causando um forte impacto negativo sobre a

rentabilidade e produção.

A eficiência produtiva de um rebanho deve ser avaliada considerando as

condições fisiológicas e o manejo adotado. A buscar por um objetivo cuja os

resultados são cada vez mais altos na produção leiteira estão ligados

diretamente com a reprodução, com vacas criando a cada 12 a 13 meses e um

intervalo médio entre parto e concepção de 85 a 115 dias.

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LOCAL DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO

O estágio supervisionado de conclusão de curso foi realizado na

Unidade Hospitalar de Animais de Fazenda (UHAF) na Fazenda experimental

Gralha Azul PUC-PR, localizada segundo as coordenadas geográficas -

25.658115, -49.288114, situado no município de Fazenda Rio Grande PR, às

margens da Rodovia BR-116, na região metropolitana de Curitiba, Paraná,

Brasil.

O hospital veterinário foi fundado em 23 de maio de 1999, sendo

compostos por baias, troncos de contenção, troncos de reprodução em

equinos, curais de manejo, balança eletrônica, laboratório de parasitologia,

laboratório de reprodução, farmácia veterinária, consultório de atendimento de

pequenos animais e sala cirúrgica de pequenos animais.

A rotina hospitalar consiste da alimentação dos animais, limpeza das

baias, atendimentos dos animais que chegam ao hospital, animais da leiteria e

visitas a propriedades que solicitam o atendimento.

UNIDADE LEITEIRA – FEGA/PUCPR

A fazenda é composta por 850 ha, dos quais 50 ha são destinados para

a unidade leiteria, sendo 30 ha de lavoura de milho para silagem e 20 ha para

os piquetes.

A unidade conta com 132 animais, divididos em 4 lotes, composto de, 62

vacas em lactação, 10 vacas secas, 20 novilhas e 40 bezerras.

A produção diária de leite totaliza 2300 L, em média de 37

litros/vaca/dia. A ordenha é realizada em ordenhadeira tipo carrossel com

capacidade para 12 vacas.

O manejo das bezerras é realizado em um piquete próprio, onde os

animais permanecem presos por correntes em casas individuais e são

alimentados com feno, capim e ração a vontade, além de 4 L de leite nos

primeiros 15 dias e 6 L/dia até o 75º dia de vida.

Após os 75 dias de vida os animais são desmamados e recebem

suplementação de 2 kg de ração até os 12 meses de idade, feno e capim a

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15

vontade. Aos 14 meses, e aproximadamente 450 kg são inseminadas de

acordo com seu estado corporal e sistema reprodutivo.

As vacas lactantes comem em média 28 kg de silagem, 12 kg de

concentrado e 7 kg de bagaço de cevada por dia.

Todo o leite produzido na unidade é destinado ao laticínio da empresa

Brazil Foods, na cidade de Carambeí.

O custo por litro de leite é em torno de R$ 0,85 reais, sendo que o leite é

vendido a R$ 1,15/L, segundo o responsável técnico (Alceu M. Grebogi em 24-

09-15).

A taxa de prenhez é aproximadamente 2,2 serviços por concepção, onde

os animais permanecem 115 dias em aberto, gerando um intervalo entre partos

de 14 meses.

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3- ATIVIDADES REALIZADAS

O estágio obrigatório foi realizado do dia 03-08 ao dia 16-10 totalizando

432 horas, realizado na Unidade Hospitalar de Animais de Fazenda (UHAF) na

Fazenda experimental Gralha Azul - PUC-PR, onde foram realizadas atividades

cirúrgicas, clinicas e reprodutivas.

Tabela 1: Atividades desenvolvidas

Atividades N° de casos Proporção

Acompanhamento clinico 42 8,08%

Atendimento externo 17 3,27%

Atendimento leiteria 20 3,85%

Atendimento UHAF 15 2,88%

Aulas 11 2,12%

Castração 2 0,38%

Dermatite interdigital 36 6,92%

Descorna bezerro 5 0,96%

Descorna cirúrgica 4 0,77%

Deslocamento de abomaso direita 2 0,38%

Deslocamento de abomaso esquerda 6 1,15%

Diagnostico gestação 65 12,50%

Enriquecimento ambiental 1 0,19%

Estefanofilariose 40 7,69%

Ferroscópio 20 3,85%

Lavagem uterina 8 1,54%

Mastite bovina 2 0,38%

Mastite ovina 1 0,19%

Necropsia 4 0,77%

Palpação UHAF 188 36,15%

TE 3 0,58%

Ulcera de sola 28 5,38%

TOTAL 520 100,00%

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3.1- ATIVIDADES CIRÚRGICAS

Figura 1: Gráfico de atividades cirúrgicas

3.1.1- ORQUIECTOMIA

Dois machos bovinos de aproximadamente 14 meses, pertencentes a

UHAF foram submetidos ao processo cirúrgico de orquiectomia.

A anestesia foi feita localmente, sendo o anestésico de eleição à

lidocaína, 10 ml em cada testículo, 20 ml na linha da incisão. A antissepsia

realizada com iodo 1 % sobre a pele.

Incisão única sobre a pele e túnicas, localizando-se o cordão

espermático ligado com ponto transfixante, seguido de vários pontos simples, o

fio de eleição foi catgut 4. A antibióticoterapia realizada com oxitetraciclina 40

ml.

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18

Figura 2: Testículos após orquiectomia.

3.1.2- DESCORNA CIRÚRGICA

Foram submetidos a descorna cirúrgica com dermorrafia 4 bovinos

pertencentes ao UHAF. Os animais foram separadamente contidos em tronco

de contenção, a tranquilização foi realizada administrando 2 ml de xilazina

intramuscular.

Como procedimento inicial preconiza-se a tricotomia na base do estojo

córneo com realização de antissepsia utilizando água, clorexidina, água

oxigenada e iodo 1%. O procedimento anestésico utilizado é o bloqueio nervo

(frontal), na altura do arco zigomático com lidocaína, sendo aplicado 2ml de

lidocaina sobre ele, 3 ml ao seu redor, 40 ml de lidocaína ao redor de cada

corno.

Na sequencia foi realizada a incisão, de maneira perpendicular a base

do estojo córneo alcançando o periósteo ósseo. A divulsão da pele e seu

destacamento teve como objetivo a maior amplitude de tecido para a realização

de sutura final. Após a retirada dos cornos foi aplicado oxitetraciclina em pó

diretamente no especo pneumático ósseo, a pele foi suturada com fio de

algodão, em plano único, com sutura simples interrompida.

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19

3.1.3- DESLOCAMENTO DE ABOMASO A ESQUERDA

Seis bovinos foram submetidos a tratamento cirúrgico por diagnóstico de

deslocamento de abomaso a esquerda. O diagnostico foi realizado através de

sinais clínicos (súbita diminuição do apetite, apatia, desidratação, isquemia

periférica e diminuição da produção de leite) e exame clínico (auscultação).

Como tratamento foi realizado a correção cirúrgica através técnica de

abomasopexia pelo flanco esquerdo, com fixação do abomaso em sua posição

anatômica original ou o mais próximo possível.

Figura 4: Sutura de pele em nós simples interrompida após descorna

cirúrgica.

Figura 3: Realização de sutura de pele após descorna cirúrgica.

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20

Figura 5: Incisão de flanco esquerdo para localização do abomaso.

3.1.4- DESLOCAMENTO DE ABOMASO A DIREITA

Foram submetidos a tratamento cirúrgico por diagnóstico de

deslocamento de abomaso a direita (2 bovinos). O diagnostico foi realizado

através de sinais clínicos (súbita diminuição do apetite, apatia, desidratação,

isquemia periférica e diminuição da produção de leite) e exame clínico

(auscultação). Como tratamento foi realizado a correção cirúrgica através da

técnica de omentopexia no flanco direito (fossa paralombar), método de

Hannover. Que permite a fixação indireta do abomaso ao flanco direito,

podendo ser utilizada no tratamento do DAE e DAD (ROLIZ, 2010).

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Figura 6: Exteriorização do abomaso.

3.2- ATIVIDADES DE REPRODUÇÃO

Figura 7: Gráfico de atividades reprodutivas

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3.2.1- DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO

O Diagnóstico de gestação foi realizado através do método de palpação

retal ou ultrassonografia. Em ambos os métodos observa-se assimetria de

corno do úterino, presença de anexos fetais ou líquido intracornual, presença

de carúnculas, concepto e pulso da artéria uterina média (frêmito), cada uma

das observações está relacionada a determinada fase da gestação.

3.2.2- LAVAGEM UTERINA

Foram submetidos a lavagem de útero para treinamento 8 animais

pertencentes ao UHAF. Os animais foram contidos individualmente em um

tronco de contenção.

Para a realização desta técnica, utiliza-se anestesia epidural (8 ml de

lidocaína), cateter de Foley, mandril de inseminação, sonda em Y e solução

fisiológica.

O cateter de Foley deve ser acoplado ao mandril de inseminação para

que se mantenha rígido. Após a introdução por via vaginal procede-se a

passagem da cérvix, e infla-se o cuff com 10 ml de ar, para evitar que o liquido

seja extravasado para a vagina, conecta-se a solução fisiológica a sonda em Y

liberando a saída do liquido em pequenas quantidades. Na medida em que o

liquido é introduzido deve-se cessar a passagem de liquido para que o útero

possa ser massageado e esgotado.

3.2.3- PALPAÇÃO RETAL

Método utilizado no exame ginecológico de fêmeas bovinas, utilizado

para determinar a posição de estruturas do sistema reprodutor feminino (cérvix,

corpo do útero, cornos uterinos e ovários), bem como possíveis patologias do

aparelho reprodutor da fêmea, acesso realizado pela ampola retal.

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3.2.4- Transferência de Embriões

3.2.4.1- PROTOCOLO DOADORA

Dia 0-Implante intravaginal de Progesterona (P4) + 3 ml de benzoato de

estradiol.

Dia 5 – 4 ml de FSH manhã e tarde.

Dia 6 - 3 ml de FSH manhã e tarde.

Dia 7 – 2 ml de FSH manhã e tarde + 3ml Prostaglandina manhã e tarde

Dia 8 – Retirada do implante de P4 + 1 ml de FSH manhã e tarde

Dia 9 – 2 ml GNRH (manhã) + visualizar Estro

Dia 10 - Inseminação artificial (tarde e noite)

3.2.4.2- PROTOCOLO RECEPTORA

Dia 0 – Implante intravaginal de Progesterona (P4) + 2 ml de benzoato de

estradiol.

Dia 8 – Retirada do implante de P4 + 0,4 ml cipionato de estradiol (ECP)+ 1 ml

Gonadotrofina Coriônica Equina (ECP)

Dia 10- 2 ml de GNRH

Dia 11- Observar Corpo Lúteo (CL) através de ultrassonografia.

3.2.4.3- MATERIAL

Cateter de silicone (2 vias), PBS, filtro coletor, agulhas, seringas, placa

de Petri, pipetas de manipulação, estereoscópio, sonda em Y.

3.2.4.4- TÉCNICA

A receptora foi contida e higienizada, realizada palpação retal e para

detectar a presença de CL’s nos ovários. Constatado que haviam CL’s,

procedesse com a anestesia epidural caudal baixa (5 a 7 ml de Lidocaína).

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Através do método transcervical com o auxilio do cateter associado a um

mandril de metal (torna-lo rígido) foi introduzido e posicionado em um dos

cornos uterinos. Posteriormente o balão é inflado com 10 a 20 ml de ar, e em

seguida retirado o mandril de metal. O animal foi submetido a lavagem de útero

com 500 ml de PBS (Phosphar Buffer Solution) em cada corno. Após a

lavagem e filtração do PBS em um filtro coletor, o liquido foi colocado em uma

placa de Petri, para a localização dos embriões. Foram obtidos 9 embriões

onde apenas 2 se apresentavam em uma classificação G2 (bom), e devido a

problemas com os materiais se optou por não transferir nenhum embrião.

3.3- ATIVIDADES CLINICAS

Figura 8: Gráfico de atividades clinicas

3.3.1- ACOMPANHAMENTO CLINICO DE ANIMAIS INTERNADOS

Na rotina hospitalar eram realizadas auscultações da frequência

cardíaca, respiratória, ruminal, aferição da temperatura, cor das mucosas e

apetite dos animais.

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3.3.2- ATENDIMENTO EXTERNO

Realizado sempre que solicitado por algum produtor.

3.3.3- DERMATITE INTERDIGITAL

Animais eram submetidos ao casqueamento, com remoção de partes

necrosadas, higienização do casco (clorexidina 2% e iodo 1%) e curativo

(algodão hidrofóbico, atadura, esparadrapo e alcatrão).

3.3.4- DESCORNA

Bovinos (5 animais) pertencentes ao UHAF de idade inferior a cinco

meses foram submetidos a descorna. Contidos individualmente no chão e

imobilizados com o auxilio de uma corda. Procedeu-se com a tricotomia ao

redor do botão córneo, o qual foi cauterizado com ferro quente.

3.3.5- ESTEFANOFILARIOSE

Animais da unidade leiteira FEGA submetidos ao tratamento de

estefanofilariose. Realizada a limpeza mecânica com o auxilio de uma escova,

higienizadas (iodo 1% e água oxigena), pomada manipulada a base de pomada

cicatrizante (alantol), vermífugo (pour-on) e tanidil sobre o local da lesão.

3.3.6- FERROSCÓPIO

Realizado exame clinico com o auxilio do aparelho ferroscópio (indica

presença de corpo estranho ferroso) em um lote de bovinos (20) pertencentes

ao UHAF. O aparelho é passado na região do flanco esquerdo entre a 5º e o 7º

espaço intercostal (região do reticulo).

Apenas um animal foi positivo para o exame, o qual seria submetido a

colocação de um imã por via oral com o objetivo de localizar este corpo

estranho ferroso e posteriormente retirado.

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3.3.7- MASTITE

Diagnosticado por meio do teste da caneca de fundo preto e california

mastitis test (cmt) 3 bovinos da unidade leiteira FEGA. O tratamento instituído

foi com antibiótico intramamário dose única (Anamastit L-200) e anti-

inflamatório (flunixin) na dose 1ml/50kg.

3.3.8- ULCERA DE SOLA

Animais eram submetidos ao casqueamento, com remoção de partes

necrosadas, higienização do casco (clorexidina 2% e iodo 1%) e curativo

(algodão hidrofóbico, atadura, esparadrapo e alcatrão).

Figura 9: Casqueamento

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4- REVISÃO DE LITERATURA

4.1- EFICIÊNCIA REPRODUTIVA

Vários estudos mostram que o aumento continuo da produção de leite

reflete em uma queda na fertilidade das vacas, com consequente queda na

produtividade (INCHAISRI et al., 2010; MOTA e SANTOS 2001; LEITE et al.,

2001). A eficiência reprodutiva, é um dos fatores que, isoladamente, tem um

maior impacto sobre a produtividade e lucratividade de um rebanho, pois

existem inúmeros obstáculos para que seus objetivos sejam alcançados

(BERGAMASCHI et al., 2010).

O manejo reprodutivo determina a longevidade dos animais, número de

reposições, progresso genético, duração do período seco e a maior parte da

vida média de produção de leite de uma vaca (MOTA e SANTOS, 2001). Caso

esse manejo seja ineficiente haverá um aumento no número reposições por

ano, prejudicando a intensidade de seleção genética (AZEVÊDO et al., 2001),

menor progresso genético, aumentando os custos com inseminações e

medicamentos, uma queda na produção de leite e um consequente aumento

no intervalo entre partos, período seco e um número maior de vacas secas no

plantel (BERGAMASCHI et al., 2010).

A detecção de cio pode ser realizada com o auxilio de rufiões, buçal

marcador, KaMar, pedômetro (avalia a intensidade com que esse animal se

movimenta), equipamentos que medem a resistência elétrica na secreção da

musculatura da vulva e vagina (menor durante o estro) e a observação a

campo que deve ser feita no mínimo duas vezes ao dia por 30 minutos que

seria a mas fidedigna (CAMARGO, 2001). Porém é difícil para o tratador

mesmo que experiente identificar com precisão o estro em mais de 80% das

vacas de um rebanho médio, porém com a associação a outra técnica já citada

à eficácia de detecção de estro tem resultados razoáveis a bons (NAAS et al.,

2008).

A obtenção de padrões ideias de eficiência reprodutiva se dá através da

interação de padrões genéticos, reprodutivos sanitários e nutricionais. Deve-se

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avaliar a eficiência animal, com o estabelecimento, instalações e dos

parâmetros dos índices de reprodutivos, para que se possa traçar metas e

solucionar fatores que estão comprometendo os resultados (PEREIRA et al.,

2013).

Em uma boa eficiência reprodutiva visamos diminuir o intervalo entre

partos, através da monta natural ou da inseminação artificial e uma gestação o

mais cedo possível após o último parto, respeitando o período de serviço.

Devido a muitas falhas na detecção de cio, a queda nas taxas de concepção e

o intervalo entre partos é cada vez maior (SARTORI, 2006).

Tabela 2: Parâmetros de eficiência reprodutiva

Parâmetro Objetivo

Idade ao primeiro parto 22 a 25 meses

N° de serviços por concepção 1,5 a 1,7

Percentagem de prenhez 70 a 75%

Taxa de Natalidade Próximo ao 100%

Período de serviço 75 a 85 dias

Intervalo entre partos 12 a 13 meses (Adaptado de AZEVÊDO et al., 2001)

4.2- MONITORAMENTO DO REBANHO

O monitoramento do rebanho se baseia em um sistema de identificação

individual dos animais. O acompanhamento reprodutivo gera dados, os quais

geram índices que propiciam um diagnóstico com pontos mínimos e pontos

máximos de produtividade, sendo possível assim estabelecer estratégias e

intervenções para aumentar a eficiência reprodutiva (BERGAMASCHI et al.,

2010).

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4.3- NUTRIÇÃO E CONDIÇÃO CORPORAL

A nutrição na bovinocultura de leite está intimamente ligada a

reprodução, tem efeitos em todas as categorias (machos, novilhas e vacas)

(AZEVÊDO et al., 2001). Devem ser alimentados de maneira que recebam

todos os nutrientes essenciais para o desenvolvimento corporal normal e ganho

de peso, porém sem que tenham deposição de gordura principalmente em

órgãos do sistema reprodutor (úbere, por exemplo), para que não haja

comprometimento futuro de sua produção de leite (CHOL et al., 1997; FORD e

PARK, 2001). Afetando diretamente os aspectos fisiológicos dos animais

(SARTORI e GUARDIEIRO, 2010).

Há relação com os índices de queda de fertilidade, principalmente em

vacas leiteiras devido ao balanço energético negativo (BEN), evidenciado pela

queda de escore de condição corporal (ECC) pós-parto (MOREIRA et al., 2000;

LOPEZ-GATIUS et al.,2002).

Tabela 3: Escore de condição corporal

Escore Condição Corporal

1 Muito Magro

2 Magro

3 Moderado

4 Bom

5 Gordo (Adaptado de BERGAMASCHI et al., 2010)

Esse BEN ocorre por que a energia demandada para a produção de leite

e manutenção é maior do que a energia fornecida através da alimentação

(SARTORI e GUARDIEIRO, 2010). Aumentando as concentrações sanguíneas

de ácidos graxos não estratificados (AGNE’s), ureia e β-hidroxibutirato,

enquanto a IGF-I (Insulin Growth Factor 1), glicose e insulina estão baixas

(ligadas a síntese do leite). Essas alterações em níveis sanguíneos estão

associadas ao comprometimento da função ovariana e fertilidade em vacas

com BEN logo após o parto (LEROY et al., 2005), pois alteram a frequência de

pulsos de LH (hormônio luteinizante) comprometendo o crescimento folicular

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(GRIMARD et al., 1995), ou seja, o atraso na ovulação pós-parto está

diretamente ligado com o estado energético desse animal, quando maior for o

BEN maior será o tempo de retorno a ciclicidade normal (BEAM e BUTLER,

1998).

Vacas bem alimentadas no período pré-parto e que se mantem bem

alimentadas, ou seja, com um bom balanço energético tem maior produção de

leite (em média até 120 dias), pois apresentam uma melhor conversão

alimento/leite, possibilitam uma nova cobertura em 45 a 90 dias pós-parto,

mantendo um intervalo entre partos de 12 meses e reduzindo a frequência de

partos distócicos (AZEVÊDO et al., 2001).

4.4- BEM ESTAR ANIMAL

Por mais que todas as técnicas de reprodução estejam corretas, em

fêmeas bem nutridas e livre de doenças os índices reprodutivos não serão

alcançados se o bem estar não for considerado, que nada mas seria o conforto

desse animal (local seco, macio, sombreado, arejado, calmo e com acesso fácil

a água) (AZEVÊDO et al., 2001).

Regiões úmidas e com temperatura elevada (tropicais), podem vir a

causar o estresse térmico nos animais (ROCHA et al., 1998; SILANIKOVE,

2000). Vacas de alta produção são extremamente sensíveis ao calor,

manifestando suas alterações em suas funções reprodutivas como aciclicia,

redução da fertilidade e degeneração de embriões, assim como na produção

com a diminuição da produção de leite (AZEVÊDO et al., 2001), e seu padrão

diário de ingestão de alimentos e ruminação (PORTUGAL et al., 2000;

MORAND-FEHR e DOREAU, 2001).

Para que os índices reprodutivos sejam atingidos o controle do estresse

térmico e o conforto desses animais devem ser rigorosamente efetivados,

favorecendo a concepção e a manutenção da gestação (BERGAMASCHI et al.,

2010).

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4.5- FISIOLOGIA DA FÊMEA BOVINA

A puberdade da fêmea tem início quando a mesma apresenta seu

primeiro estro fértil, ou seja, com ovulação. Está dependerá da criação do

animal, considerando questões: nutricional e manejo sanitário em que foram

mantidas após a desmama (STANKO et al., 1994).

Quadro 1: Fases do ciclo estral.

Proestro

Normalmente o comportamento da fêmea é normal sendo

percebido apenas pelos touros ou rufiões, não aceita monta, porém

monta em outras vacas, tendência ao agrupamento, redução na

produção de leite, vulva edemaciada, mugido constante. Tem

duração média de 3 dias.

Estro

Tem como sinal característico a aceitação de monta tanto por

machos ou fêmeas, os mesmo sinais de proestro, porém mais

acentuados. Tem duração média de 18 horas podendo variar de 10

a 30 horas dependendo da raça, estado nutricional, temperatura e

manejo sanitário.

Metaestro

É a fase onde ocorre a ovulação (cerca de 6 a 12 horas após o final

do estro), a fêmea já não aceita mais a monta e seu

comportamento volta ao normal, tem duração de 2 a 3 dias.

Diestro

Fase de reconhecimento da gestação (duração de 14 dias), caso

não aconteça sobre influência hormonal, se dará início a um novo

ciclo. O diagnóstico de gestação pode ser realizado aos 40 dias

após a inseminação ou monta natural, através de palpação retal ou

ultrassom.

Adaptado de AZEVEDO e BEZERRA, 2006; BARUCELLI, 2000; BARUCELLI et al., 2006; FERNANDES,2000.

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Em média em fêmeas taurinas a puberdade começa dos 9 as 12 meses,

fêmeas zebuínas são mais tardias podendo entrar em puberdade até os 24

meses (AZEVÊDO et al., 2001).

Associado ao primeiro estro fértil devemos acompanhar a maturidade

sexual, estado corporal desta fêmea, que deve se apresentar crescente e com

ganho de peso, evitando possíveis complicações de parto (COLEMAN et al.,

1985; DIAS et al., 1985; HOFFMAN, 1997; SUAREZ et al., 2001).

Nos bovinos o ciclo estral tem em média 21 dias e que pode ter uma

variação de 17 a 24 dias, dividido em 4 fases:

A gestação normalmente é de 285 dias, podendo variar em 15 dias para

mais ou para menos dependendo de alguns fatores, como sexo do bezerro,

estado nutricional, raça e condições externas. O parto é o evento mais

importante para a propriedade leiteira, pois é dele que se desencadeia a

produção leiteira (AZEVÊDO et al., 2001).

Após o parto é importante que a própria vaca cuide de sua cria (corte de

cordão umbilical com os dentes, remoção de restos placentários com lambidas

que estimulam a respiração e a movimentação do trato gastrointestinal). O

útero necessita de alguns dias, em média de 30 a 45 dias (MARQUES

JÚNIOR, 1993). Para que possa entrar em atividade reprodutiva novamente

(AZEVÊDO et al., 2001).

4.6- FATORES QUE AFETAM A EFICIENCIA REPRODUTIVA

4.6.1- SANIDADE

Medidas de defesa sanitária são implantadas visando evitar a

contaminação de um animal suscetível a doenças infectocontagiosas,

impedindo a disseminação do agente e eliminando as condições

predisponentes (GONÇALVES, 1990).

Algumas doenças infecto contagiosas são de fundamental importância

na reprodução, pois são responsáveis por baixar os índices de prenhezes e

nascimentos, tais como Rinotraqueite Infecciosa Bovina (IBR), Diarreia Viral

Bovina (BVD), Brucelose e Leptospirose. Estão disseminadas em território

nacional, havendo necessidade da prevenção (FAVA et al., 2003).

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4.6.1.1- VULVOVAGINITE PUSTULAR INFECCIOSA

Causada pelo Herpesvírus Bovino (HVB- 1), com transmissão direta

horizontal, contato dos animais e também pela copula, pode também causar

infecção vertical com o feto ou embrião por via transplacentária. A transmissão

indireta ocorre principalmente por aerossóis, fômites, tendo a inseminação

artificial como grande porta de entrada da doença em rebanhos, onde está

inexistente (LEMAIRE et al., 1994).

A infecção por HVB 1 pode causar danos tanto ao embrião quando a

fetos já formados, sendo observado um maior número de abortos no 2° e 3°

trimestre de gestação (BARR e ANDERSON, 1993; KIRKBRIDE, 1985).

O tratamento não é praticado, o que nos permite apenas fazer a

profilaxia e diagnostico da doença através da técnica de reação em cadeia pela

polimerase e o descarte de animais positivos (TAKIUCHI et al., 2001).

4.6.1.2- DIARREIA VIRAL BOVINA (BVD)

Causada por um vírus da família Flaviviridae, gênero Pestivírus

(WENGLER et al., 1995). São constituídos de dois biótipos; um não citopático e

outro citopático (SILVA et al., 2011). Sendo o não citopático o causador de

infecção persistente (MOENNING e LIESS, 1995). A BVD está altamente

disseminada nos rebanhos do mundo, no Brasil as taxas de prevalência são de

aproximadamente 60 a 85% de animais soropositivos para BVD (HOUE,1999).

A maior perda está no aumento da taxa de retorno ao cio, se a infecção

ocorrer nos primeiros meses de gestação, ou em abortos e bezerros mal

formados se a infecção for a partir do 5° mês de gestação. Como se trata de

um vírus com vários subtipos de cepas não existe uma vacina especifica. A

melhor forma de controle é identificando os animais doentes e os eliminando do

rebanho, e após vacinar todos os animais comprovadamente livres, é valido

associar as medidas de biossegurança para o controle (FAVA et al., 2003).

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4.6.1.3- BRUCELOSE

Causada por uma bactéria do gênero Brucella sp. , subdividida em

B.melitensis, B. suis, B. canis e B. abortus (FAVA et al., 2003). B. abortus tem

preferência por bovinos, porém todos os subtipos podem acometer bovinos e

outros animais incluindo o homem, sendo uma importante zoonose (ROXO,

1995).

Normalmente causa aborto no terço final da gestação, resultando em

perdas diretas diminuindo o índice de reprodução, aumentando o intervalo

entre partos (20 meses), diminuindo a produção de leite (20 a 25%) e morte de

bezerros (15%), aumento na taxa de reposição de fêmeas (30%) (ACHA;

SZYFRES, 2001).

A prevenção da doença é feita através da vacinação de animais entre 3

e 8 meses de idade, com a vacina B-19. O tratamento para brucelose não é

praticado, sendo realizado o abate de animais soropositivos (FAVA et al.,

2003).

4.6.1.4- LEPTOSPIROSE

É uma antropozoonose de alta prevalência em países com clima tropical

(LEVETT, 2001). Causado por bactérias do gênero Leptospira, referidos cerca

de 212 sorovares que, devido sua semelhança estão agrupados em 23

sorogrupos (FAVA et al., 2003). Infectam os mamíferos, tanto os silvestres

como os domésticos (ROLIM et al., 2012).

Nos bovinos interfere diretamente na reprodução e na produção,

podendo causar aborto, infertilidade, (aumentando o intervalo entre partos)

hemoglobinúria e parasitismo renal persistente (animal assintomático, apenas

libera a leptospira através da urina) (FAVA et al., 2003).

A profilaxia e controle da leptospirose na grande parte das vezes se faz

por vacinação, para que possa proporcionar uma resposta imune humoral,

impedindo assim a transmissão entre os animais e até mesmo ao ser humano

(ROLIM et al., 2012).

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4.6.1.5- NEOSPOROSE BOVINA É uma doença infecciosa de origem parasitária, causada pelo

protozoário Neospora caninum, parasita intracelular obrigatório, sendo uma das

principais causas de aborto na bovinocultura. O aborto é causado normalmente

em segundo e terço final da gestação podendo resultar em abortos,

mumificações, mortes no útero seguidas de absorções e natimortos. Alguns

bezerros podem nasce vivos porém, podem apresentar sinais clínicos como:

paralisia, baixo crescimento e ganho de peso (Dubey & Lindsay, 1996).

A variação das manifestações clínicas depende da idade do feto, do

estágio de desenvolvimento do sistema imune, tempo de exposição ao parasita

e distribuição das lesões no SNC (Anderson et al., 1997).

O diagnóstico direto é realizado através de histopatologia e

imunohistoquimica. Alguns métodos indiretos como IFI e ELISA detectam

anticorpos anti- N. caninum (Dubey & Lindsay, 1996).

4.6.1.6- CAMPILOBACTERIOSE

Doença infecciosa causada pelo Campylobacter fetus subespécie

venerealis, transmitida através do coito ou por IA com sêmen contaminado

causando repetição de cio, morte embrionária e infertilidade em fêmeas

infectadas (DEKEYSER, 1984).

O diagnóstico pode ser realizado através da imunofluorescência direta,

testes imunoenzimaticos e por PCR (GOMES e FERNANDES, 2006).

4.6.1.7- TRICOMONOSE

É uma doença causada pelo Tritrichomonas foetus, transmissão por via

sexual. A principal forma de contaminação é a partir da compra de animais

infectados e sêmen contaminado (Lage 2001).

Para um controle efetivo, a melhor forma seria o correto diagnostico dos

animais a partir dos sinais clínicos: repetição de cio em intervalos aumentados

e irregulares (decorrente da morte embrionária), muco purulento e maceração

fetal (ALVES, 2010).

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4.6.2- IDADE AO PRIMEIRO PARTO

Este parâmetro está intimamente ligado a base genética, uma vez que a

idade de puberdade possui uma herdabilidade grande. Alguns fatores como

temperatura, manejo sanitário, alimentação, manejo reprodutivo (AZEVÊDO et

al., 2001). Podem contribuir para um aumento da idade ao primeiro parto

(RIBAS et al., 1988, 1995; PIMPÃO et al., 1995).

A idade ideal para o primeiro parto seria entre os 22 e 25 meses de

idade com no mínimo 90% do seu peso a idade adulta (FETROW et al., 1997),

que deveria ser considerada como critério de seleção, uma vez que a fêmea

que atinge a maturidade com maior precocidade, possibilita um maior numero

de gestações durante a vida produtiva, passando está característica a suas

proles, que podem ser usadas como animais de reposição (BERGAMASCHI et

al., 2010).

4.6.3-NUMERO DE SERVIÇOS POR CONCEPÇÃO

Este parâmetro se baseia pelo número total de doses ou saltos de um

touro até que a fêmea se apresente prenha. Sendo bastante influenciada pelo

manejo nutricional, reprodutivo, qualidade de sêmen e qualidade da técnica de

inseminação artificial. O ideal seria que o número de serviços por concepção

fosse de 1 porém como esse número é difícil de ser atingido devido a

dificuldades de manejo e fisiológicos, ainda se aceita uma taxa de 1,5 a 1,7

(AZEVÊDO et al., 2001).

Algumas alterações relacionadas a IMS (ingestão de matéria seca)

/energia podem interferir nesses resultados, proporcionando queda da

qualidade embrionária, em vacas de alta produção, devido ao alto fluxo

sanguinho hepático, onde os hormônios são metabolizados causando

alterações nas concentrações de hormônios esteroidais (estradiol e

progesterona), aumentando o tempo da ovulação após a luteólise (SATORI e

GUARDIEIRO, 2010). Concentrações reduzidas de progesterona após a IA,

estão ligadas a baixa fertilidade devido ao desenvolvimento retardado do

embrião (MANN et al.,1998; MANN e LAMMING, 2001; LONERGAN et al.,

2007; CARTER et al., 2008).

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4.6.4- PERCENTAGEM DE PRENHEZ

Este parâmetro relaciona o número totais de vacas do rebanho que

foram submetidas a emprenhar com o número total de vacas prenhas, a

avaliação deste parâmetro deve ser mensal para que os resultados sejam mais

fidedignos possível. O resultado entre 70 e 75% indica uma boa eficiência

reprodutiva (AZEVÊDO et al., 2001).

As taxas de perdas de gestação em vacas de leite, desde a concepção

até o parto podem atingir 60%, uma vez que as maiores perdas são após a

fertilização (95%) afetando diretamente a taxa de concepção (BERGAMASCHI

et al., 2010).

A suplementação de com ácidos graxos (AGV’s) podem contribuir para a

um aumento na taxa de prenhez. Vacas suplementadas com sais de cálcio de

ácido graxo linoleico tem maior qualidade de embriões (CERRI et al., 2009),

pois reduzem a síntese ovariana e endometrial de prostaglandina (PGF2α),

auxiliam na produção de interferon t pelo embrião e modificam o ambiente

uterino e do oviduto, reduzindo a morte embrionária e estabelecendo a prenhez

(SARTORI e GUARDIEIRO, 2010).

4.6.5-TAXA DE NATALIDADE

Está relacionada entre o número de bezerros nascidos e o número total

de vacas do rebanho, que se diferencia do número de serviço por considerar os

bezerros que nascem e permanecem vivos. Uma taxa ótima seria próximo ao

100% (10 vacas com 10 bezerros ao pé) então um número quando mais

próximo disso indicaria a uma maior eficiência reprodutiva (AZEVÊDO et al.,

2001).

4.6.6-PERCENTAGEM DE VACAS EM LACTAÇÃO

Percentagem em lactação é um parâmetro que não se pode avaliar

sozinho uma vez que os animais podem ter uma maior ou menor persistência

de lactação. Está altamente ligada com a taxa de parição e intervalo de partos

(AZEVÊDO et al., 2001).

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38

4.6.7- PERIODO DE SERVIÇO

É o período entre um parto e uma nova concepção, variando de 75 a 85

dias, para que esse animal possa cumprir a meta de um bezerro a cada 12

meses (PEREIRA et al., 2013). Não inclui novilhas, vacas inférteis, fêmeas que

entraram no plantel durante a avaliação. (AZEVÊDO et al., 2001)

Está ligado ao manejo nutricional, involução uterina e fatores de

sanidade (FREITAS et al., 1997).

Um aumento nesse período pode estar ligado com distúrbios puerperais

como: infecções uterinas, retenção de placenta, anestro, cistos ovarianos.

Outras causas como: distocias, má qualidade de sêmen, realização imperfeita

da técnica de inseminação artificial e ausência de registros ginecológicos

periódicos, também causam o aumento no período de serviço (LEITE et al.,

2001). Ao mesmo tempo se o manejo nutricional não é bem feito pode atrasar a

ovulação pós-parto, fazendo com que o balanço energético negativo aumente,

ocasionando um maior tempo de retorno a ciclicidade (SARTORI e

GUARDIEIRO, 2010).

4.6.8- INTERVALO ENTRE PARTOS

É o intervalo entre um parto e o outro, é a medida mais utilizada para se

medir a eficiência reprodutiva de um rebanho, que deve ser em média entre 12

e 13 meses (MOTA e SANTOS, 2001). Método exato que indica a fertilidade

individual dentro do rebanho (AZEVÊDO et al., 2001). Pode ser obtido através

de anotações zootécnicas, registrando as datas dos nascimentos na

propriedade (PEREIRA et al., 2013). Método que mais recebe influência de

fatores ambientais com uma herdabilidade próximo ao zero (BALIERO et al.,

1999).

Para que essa meta de intervalos entre partos seja obtida deve-se

contar com um bom controle sanitário preventivo e uma boa alimentação, o que

irá garantir um aumento na produção de leite e no número de bezerros

nascidos (KINSEL e ETHERINGTON, 1998).

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Um intervalo entre partos aumentado pode elevar também as taxas de

reposição de fêmeas/ano, diminuir a seleção prejudicando o descarte de vacas.

E tem um maior efeito ainda se os animais explorados tiverem uma baixa

persistência de lactação que seria uma característica que melhor define uma

matriz leiteira, sendo aquela que apresenta produção média de 60% ao decimo

mês de lactação da média de leite produzido no pico de lactação (60 dias pós-

parto) (AZEVÊDO et al., 2001). Vacas com alta persistência de lactação podem

produzir leite por mais de 10 meses, sendo que animais que não possuem está

mesma característica produzem de 5 até 9 meses (SANTOS,2002).

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40

5- CONCLUSÃO

Resultados satisfatórios da eficiência reprodutiva em gado leiteiro são

responsáveis para a máxima produtividade, consequentemente maior lucro da

propriedade. No entanto, inúmeros fatores podem afetar os resultados, sendo

um risco a rentabilidade, pois prejudicam diretamente a produção de leite e

reprodução. Contudo podemos amenizar os riscos com trabalho de seleção

genética, manejo sanitário e nutricional adequando assim os parâmetros

reprodutivos do rebanho.

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