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V PARTE

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V PARTE

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LeiLão9 de Novembro

19h00

exposiçãoa partir 1 de Novembro

das 11h00 às 13h00das 15h00 às 19h00

ecLéctica — saLa de LeiLõesTv. André Valente, 26

Lisboa

LeiLãoBiBLioteca particuLar

parte v

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AVISODe acordo com as condições do leilão impressas no final do

catálogo, os lotes são vendidos no estado em que se encontram, não se aceitando devoluções.

(according with our general conditions all objects are no subject of return. Condition reports in english on request.)

[ notas sobre a organização do catálogo ]

O catálogo foi organizado por Nuno Gonçalves, sendo da sua responsabilidade todo o grafismo;

Para a descrição bibliográfica de cada lote usou-se, com ligeiras adaptações, as Regras Portuguesas de Catalogação;

A indicação da data de impressão é sempre dada em números árabes, mesmo que no fronstispício ou similar esteja em romano;

Para as obras impressas antes de 1800 é apresentado o formato do caderno e, dentro do possível, as respectivas assinaturas;

Em caso de omissão deverá ser entendida a existência das capas de brochura para as obras impressas depois de 1900 e a sua inexistência antes daquela data;

As imagens deste catálogo, apesar de obtidas a partir dos exemplares nele constantes, são apenas ilustrações, não podendo portanto tirar-se qualquer ilação sobre o seu estado de conservação.

[ contactos ]

Nuno Gonçalves, Leiloeiro, Livreiro, Unip., LdaTravessa André Valente, 26 | 1200-043 Lisboa (Portugal)tel + (351) 213 470 344 | + (351) 968 088 [email protected]@nova-eclectica.com

iban pt50 0036 0439 9910 3233 8882 5swift mpioptpl

[ ficha técnica ]

autor Nuno Gonçalves título Biblioteca Particular editor Ecléctica, Livraria Alfarrabista tiragem 1 000 exemplares

consultor gráfico Pixel Power geral@pixelpower www.pixelpower.pt

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5lote 2

1 AFFERDEN (Francisco de)EL ATLAS Abreviado ó compendiosa geographia del mundo antiguo, y nuevo, conforme à las ultimas Pazes Generales del Haya. En Amberes: Por Viuda de Henrico Verdussen, 1725

A-P8; [8], 230, [2] pp., 42 mapas coloridos de época: il.; 185 mm. Encadernação inteira de pele da época, cansada; corte das folhas carminado.

€ 80 — 100

TERCEIRA EDIção, ComplETo Com os 42 mApAs DEsDobRávEIs. RARo. Ӭ Palau, 2955c

2 AlCAlá (pedro de)ARTE para ligeramente saber la lengua rauiga emendada y añadida y segundamente imprimida. [VOCABULISTA arauigo en letra castellana]� . Granada: Juan Varela de Salamanca, 1505

2 partes em 1 v.; a-f8, a-z8, A-K8, L6; [48], [270] ff.; 200 mm. Bom exemplar, encadernação inteira de chagrin moderno; dourado por folhas; alguma acidez; ocasionais notas manuscritas.

€ 15.000 — 20.000

pRImEIRA GRAmáTICA áRAbE ImpREssA. pRImEIRA EDIção DA sEGuNDA pARTE, sEGuNDA edição da primeira parte. Obra extremamente rara foi impressa 13 anos depois da tomada de Granada, último enclave árabe em Espanha, tendo desempenhado um papel importante na conversão e evangelização dos mouros que permaneceram na Península.

Depois da capitulação dos mouros de Granada em 1492, Hernando de Talavera, confessor de Fernando e Isabel, foi nomeado o primeiro arcebispo da cidade e encarregue da evangelização do povo. Homem tolerante, o arcebispo e os seus companheiros começam a aprender árabe tendo ganho o res-peito do povo árabe através do seu bom testemunho. É então chamado à cidade Pedro de Alcalá para ajudar o arcebispo nesta tarefa e que resultou na primeira gramática árabe alguma vez publicada.

Os dois volumes foram impressos por Juan Varela de Salamanca que viajou de Sevilha, onde estava instalado, para Granada a pedido do arcebispo.

O frontispício da primeira parte está adornada com as armas de Hernando de Talavera, tendo no verso uma grande gravura em madeira representando o autor a entregar a obra ao arcebispo, encontran-do-se estas duas gravuras reproduzidas também no ‘Vocabulista...’. Encontram-se também impressos

sessão únicalotes 1 a 159

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vários caracteres árabes e um alfabeto. Os primeiros seis fólios do caderno f da primeira parte foram impressos a preto e a vermelho. No verso da última folha da primeira parte encontra-se uma gravura, também em madeira, representando o Rei David. O último fólio da segunda parte apresenta a marca do impressor e as armas de Espanha no verso. RARíssImo E vAlIoso.

Ӭ Norton, 349 [segunda parte] e 352 [primeira parte]; Salvá, 2190 e 2191; Palau, 5697

3 AlENCE ( Joachim d’)TRAITTES des Barométres, Thermométres, et Notiométres, ou Hygrométres . A Amsterdam: Chez Henry Wetstein, 1688

*6, A-E12, F-G6; [12], 140, [4] pp., 35 gravs.: il.; 165 mm.Encadernação inteira de pele; corte das folhas carminado; limpo.

€ 200 — 300

EDIção oRIGINAl DEsTE CATáloGo DE INsTRumENTos mETEREolóGICos IlusTRADo Com 35 belas gravuras de autoria de Adriaen Schoonebeek. As gravuras representam o uso dos instrumentos ou das experiências realizadas. Raro.

4 AlvAREs (manuel) DE INSTIUTIONE Grammatica libri tres . Olyssipone: Excudebat Ioannes Barrerius, 1572

[]4, A-Z4, Aa-Zz4, a-p4, q6, r2; [4], 245, [1 br.], [2] ff.; 200 mm. Encadernação moderna com pergaminho antigo manuscrito; rótulo em chagrin com títulos a ouro na lombada; bom exem-plar.

€ 400 — 600

pRImEIRA EDIção DA FAmosA ‘ARTE DA GRAmáTICA’ Do p. mANuEl AlvAREs, A pRImEIRA Do género a ser publicada. Mais tarde conheceu uma nova edição com notas do P. António Velez, publicado em Évora, por Manuel de Lira em 1596 e na qual se baseia a nova edição de 1728.

O P. Manuel Alvares, natural da Madeira, no lugar da Ribeira Brava, distinguiu-se como um dos mais eruditos padres jesuítas da época, versando as línguas clássicas e a filosofia. Tendo vindo para Portugal pouco depois de ordenado sacerdote pelo seu bispo local, ingressou no colégio de Coimbra em 1546 tendo ensinado nos colégios de Coimbra e Lisboa. Esta sua ‘Arte da Gramática’ foi utilizada durante muito tempo como o principal manual de estudo dos colégios jesuítas em Portugal. RARíssImo.

Ӭ Barbosa, v. 3, p. 170; Inocêncio, v.5, p. 352 e v. 16, p. 107; Anselmo 213; D. Manuel, n.137; Travel and Explora-tion, 1713

5 ApolóNIo DE pERGACONICORUM Lib. V. VI. VII. Paraphraste Abalphato Asphahanensi nunc primum editi [...]� Archi-medis Assumptorum liber [...]� . Florentiae: Ex Typographia Iosephi Cocchini, 1661

*6, **-****4, A-Z, Aa-Zz, Aaa-Fff4; [36], 495 pp.: il.; 370 mm.Encadernação inteira de per-gaminho da época; exemplar limpo e com enormes margens.€ 300 — 400

pRImEIRA EDIção Dos TRês úlTImos lIvRos DA obRA mAIoR DE ApolóNIo DE pERGA, o sEu tratado sobre formas cónicas, e importante fonte para os trabalhos de Newton ou Descartes. Os primeiros quatro livros foram publicados originalmente em 1537, mas os restantes só foram traduzidos por Borelli a partir de um manuscrito arábico existente em Florença, em 1568. Raro.

lote 7

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6 ARAGão (manuel pedro Tomás pinheiro e)ELEGIA à deplorável morte do insigne poeta Manoel Maria de Barbosa du Bocage por M.P.T.P. e A.: aliás Almêno Tagideo, apaixonadissimo elogiador, e admirador do seu estro. Lisboa: na impressão Regia, 1805

16 pp.; 195 mm. Brochado.€ 15 — 20

FolhETo muITo RARo Com váRIos soNETos E umA ElEGIA Em mEmóRIA DE boCAGE. o autor foi professor de filosofia em Portalegre e de gramática latina em Lisboa.

Ӭ Inocêncio, v. 6, p. 77

7 ARQuImEDEsDE INSIDENTIBUS Aquæ� Liber primus [- secundus]. Venetiis: Apud Curtium Troianum, 1565

A6, A-D4; 6, 16 ff.; 210 mm. Encadernação inteira de pergaminho moderno; ex-libris The John Crerar e carimbo a seco picotado; ligeira acidez.

€ 1.000 — 1.500

EDIção pRINCEps Do TRATADo DE ARQuImEDEs sobRE os CoRpos FluTuANTEs, TRADuzIDA para latim pelo matemático italiano Nicolas Tartaglia. Divide-se em duas partes, cada uma com uma página de título e uma paginação diferente e ilustrada com várias figuras geométricas no texto. Muito raro.

8 ARRIANus (Flacius)ARRIAN’S History of Alexander’s Expedition Translated from the greek with notes historical, geographical, and critical by Mr. Rooke. London: T. Worrall, 1729

2 v.; v.1: A4, [a]-[g]8, B-T8 de [24], XCVI, 288 pp., 1 mapa; v.2: []1, B-Z8, Aa-Bb8, Cc4 de [2], 342, [50] pp.: il.; 200 mm.Encadernações inteiras de carneira da época; corte das folhas carmi-nado; ligeira acidez.

€ 80 — 100

RARA EDIção DA DEsCRIção DA ExpEDIção DE AlExANDRE TRADuzIDA pARA INGlês poR Rooke e ilustrada com um mapa desdobrável.

9 ARTIGOS das Sisas nouamente emendados per mandado Delrei nosso senhor . Lixboa: em casa de Manuel Ioam, 1566

[ ]2, A-D8, E6 [E6 br.], A8; [2],xxxvii, [1 br.], 7, [1] ff.; 280 mm. Encadernação em pergaminho da época; anotações manuscritas coevas; ligeira acidez.

€ 300 — 500

ImpoRTANTE DIplomA pARA A ECoNomIA poRTuGuEsA. As sIsAs ERA um ImposTo INDIRECTo que recaía sobre as mercadorias que entravam em contrato de compra e venda e troca. Aparecendo inicialmente como imposto municipal extraordinário para socorrer a despesas extraordinárias, depressa se transformou em imposto régio também provisório, e apartir do reinado de D. João I com carácter permanente e geral de que nem o Rei ou a Raínha estavam isentos. A importância deste imposto pode verificar-se logo no reinado de D. João I, onde o total arrecadado representou cerca de três quartos de todas as rendas da coroa. Foi, por isso, várias vezes regulamentado e alterado para melhor satisfazer

lote 11

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as necessidades dos vários momentos históricos (Dic. Hist. Port., VI, p. 1). A primeira vez que foram impressos estes Artigos das Sizas foi em 1542, por Germão Galharde.

A obra é composta, nos dois fólios inumerados preliminares pelo frontispício tendo no verso o Alvará que permite Duarte Nunes de Leão publicar os presentes artigos de Sisas e prólogo (verso em branco); o texto inicia-se com o título no fólio numerado fo.j, terminando no fo. xxxvij com “Estes arti-gos com seu repertorio se não poderão vender [...]”, tendo o verso em branco; segue-se um fólio branco; no final, com numeração em árabe de 1 a 7 o “Repertorio dos Artigos das sisas pela divisão dos artigos novos & velhos, em que per esta letra N. se mostrão os novos que vão numerados per si” e um fólio inu-merado com os “Erros da impressão”, verso em branco.

Raro. Ӭ Inocêncio, v.1, p. 309; Anselmo, 716

10 bARbuDA (Cláudio lagrange monteiro de)HUMA Viagem de Duas Mil Legoas pelo [...], extraída da Revista Universal Lisbonense, en-riquecida com várias peças, e offerecidas aos patrícios, e a amigos do auctor por Filippe Nery Xavier. Nova-Goa: Na Imprensa Nacional, 1848

XIV, 100, 136, 104 pp.: il.; 210 mm. Encadernação com lombada em pele da época.€ 50 — 80

obRA RARA, ImpREssA Em NovA-GoA, QuE RElATA umA vIAGEm DE lIsboA A GoA Em 1839, NumA rota mediterrânica, passando por Gibraltar, Barcelona, Marselha, Malta, Alexandria, Cairo, Suez, Mar Roxo e Bombaim. A seguir ao texto que descreve a viagem, inclui o autor um pequeno dicionário de nomes próprios e alusões, incluindo notas corográficas das regiões e pequenos povoados, que se referem no texto e, por fim, um conjunto extenso de tabelas de medida, distâncias, etc.

Monteiro de Barbuda (1803-1845), natural de Setúbal foi “homem estudioso em diversos ramos, e dotado de bastante inteligência” [Inocêncio]. Comendador da Ordem de Cristo, Cavaleiro das ordens da Torre e Espada e Conceição, capitão do R. Corpo de Engenheiros e, por fim, Secretário geral do Gov-erno da Índia, nomeado em 1839, cargo que o levou a Goa, escrevendo este relato de viagem.

Ӭ Inocêncio, v.2, p. 79; Importante Biblioteca Particular, 8, 49

11 bARRos ( João de) A PRIMEIRA Parte da Cronica do Emperador Clarimundo, donde os Reyes de Portugal descendem . Em Lisboa: Por Antonio Alvarez, 1601

[]7, A-Z, Aa-Cc8, Dd4; [7], 211, [1] ff.; 260 mm.Encadernação em chagrin, ricamente decorada a ouro nas pastas, lombada e seixas; dourado por folhas; algumas manchas; fólio final de colo-fon facsimilado.

€ 1.500 — 2.000

TERCEIRA EDIção DEsTE RomANCE DE CAvAlARIA EsCRITo poR João DE bARRos «EsCRIpTA pelo auctor quando contava pouco mais de vinte annos, com o fim de exercitar seu ingenho para argumentos mais graves» (Inocêncio). Segundo D. Manuel, não se conhece um único exemplar de uma suposta edição de 1522 e o exemplar de El-Rei de 1555 era o único que conhecia levando a vários erros nas informações prestadas.

A obra “é uma história fabulosa, que João de Barros, querendo torná-la ainda mais fantástica, es-creveu vomo se tivesse sido tirada de linguagem Hungara na portuguesa” [D. Manuel, p. 466) e, segundo a tradição, contou com a colaboração de D. João III que terá corrigido o texto. É o próprio autor que escreve na Ásia que este seu texto era preparar-se para escrever essa sua obra maior e de maior respon-sabilidade, servindo de “debuxo” para “aparar o estitolo” [cf. D.Manuel]. RARíssImo E vAlIoso.

Ӭ Inocêncio, v. 3, p. 320; Barbosa, v.2, p. 606; Palha, 1309; D. Manuel 86 (para a edição de 1555); Travel and Exploration, 1719

12 bEbRIJA (Antonio de)SEGMENTA ex Epistolis Pauli, Petri, Jacobi, et Ioannis:� necnon ex prophetis quæ in re divina leguntur per anni circulum, tam in diebus Dominicis qua[m] in sanctorum festis & pfestis quibus Antonius Nebrissen adiecit Grammatica quædam Scholia non contenenda. Apud Inc-lytam Granatam: [Xantus et Sebastianus Nebrissensis], 1541

Y4 [de 6], Z8, a-j8, k9; xciii ff.; 190 mm. Encadernação inteira de pele moderna; ligeira acidez; com falta do frontispício e uma outra folha preliminar.

€ 150 — 200

RARA EDIção DEsTA obRA DE ANTóNIo DE NEbRIJA, ImpoRTANTE humANIsTA EspANhol QuE ganhou fama no Real Colégio de Espanha em Bolonha. Ocupa um lugar destacado na história da língua espanhola por ser o autor da primeira gramática castelhana e de um dicionário latim-espanhol.

Ӭ Palau 189328

13 bloNDEl (François)HISTOIRE du Calendrier Romain, qui contient son origine & les divers changemens qui lui sont arrivez� . A La Haye: Chez Arnout Leers, 1684

[]1, A-R12, R8, S3; [2], 400, [6] pp., 6 tábuas: il.; 160 mm. Encadernação em pergaminho da época; limpo.

€ 100 — 150

sEGuNDA EDIção. INvulGAR.

14 boNNE (Rigobert) et alliaATLAS Moderne ou Collection de Cartes sur toutes les parties du Globe Terrestre par plusiers au-teurs. A Paris: chez Delamarche, s.d. [1782-1806]

portada, 2 ff., 37, [1] mapa; 395 mm. Exemplar com um mapa desdobrável de França, não per-tencente ao Atlas, da autoria de Delamarche; encadernação inteira de pele moderna, decorada com uma esfera armilar e cercadura com motivos florais nas pastas a ouro; ligeira acidez. Mapas coloridos.

€ 400 — 600

FAmosA REImpREssão Do ATlAs DE RIGobERT ImpREssA poR DElARChE, um Dos mAIs importantes geógrafos e cartógrafos franceses da segunda metade do século XVIII, sucessor de Nicolas Sanson, Robert de Vaugondy e de Rigobert Bonne, autor deste conhecido Atlas.

A obra é composta por 37 mapas desdobráveis, sendo as duas primeiras a representação das es-feras de Ptolomeu e da Rosa dos Ventos, a segundo um planisfério e as restantes os mapas do mundo conhecido.

Raro.

15 bRuNE ( Jean de la)MEMOIRES pour servir a l ’Histoire de Louis Bourbon, Prince de Conde . A Cologne: chez Pierre Marteau, 1693

2 v.; v.1: *4, []1 br., A-S12, T4; [8], [2 br.], 460, [2 br.] pp., 1 retrato; v.2: A-N12; 330, [2 br.] pp.: il.; 155 mm. Encadernação inteira de pergaminho da época; corte das folhas carminado; ligeira acidez.

€ 80 — 120

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Obra rara, escrita por este jornalista francês do século XVII. Ilustrado com um retrato de Louis Bourbon.

16 CABINET de Pierres Antiques gravées ou Collection Choisie de 216 bagues et de 682 pierres Egypti-ennes, Étrusques, Grecques, Romaines, Parthiques, Gauloises, &c. Tirées du Cabinet de Gorlée, & autres célebres Cabinets de l’Europe. A Paris: Chez Lamy, 1778

2 v.: [4], 8 pp., 109 gravs; [2], 20 pp., 172 gravs.: il.; 295 mm. Encadernações da época inteiras de pele, cansadas; acidez.

€ 100 — 150

obRA RARA Com A REpRoDução DE váRIAs pEçAs Em pEDRAs pRECIosAs ANTIGAs GRAvADAs. Profusamente ilustrado com mais de duas centenas de gravuras.

17 CAlADo (manuel)O VALEROSO Lucideno, e Triumpho da Liberdade . Em Lisboa: por Paulo Craesbecck, 1648

[]8, A-Z, Aa-Ff6, Gg4; [8], 356 pp.; 295 mm. Encadernação inteira de pele da época restaurada em caixa; restauros marginais; restauro no último fólio afectando ligeiramente o texto; carim-bos a óleo da Quinta das Lágrimas.

€ 5.000 — 8.000

pRImEIRA EDIção DEsCRITo poR boRbA DE moRAEs Como um Dos mElhoREs lIvRos sobRE a guerra com os Holandeses e considerado por Boxer como absolutamente indispensável sobre o tema.

Escrito pelo Fr. Manuel Calado, natural de Vila Viçosa, a obra é um relato vivo dos acontecimen-tos na guerra contra os Holandeses. Como personagem do próprio drama da guerra, Fr. Calado chegou a organizar guerrilhas populares, o texto assemelha-se bastante a um relato de um correspondente de guerra no local. Escrito entre Setembro de 1645 e Julho de 1646, o livro pretendia recolher apoio popular e oficial aos Pernambucanos e serviu de fonte para dois outros importantes trabalhos sobre o tema, o ‘Castrioto Lusitano’ de Fr. Rafael de Jesus e a ‘História da guerra de Pernambuco’ de Diogo Lopes de Santiago.

O texto foi impresso pela primeira vez em 1648, mas em 1655 foi listado nos livros proibidos e apreendido apenas recebendo novas licenças em 1668. Então o impressor aproveitou o que mantinha impresso, tendo-lhe apenas acrescentado um novo frontispício e as novas licenças.

Segundo Borba de Moraes, de todos os livros impressos em Portugal sobre o Brasil no século XVII, este é o mais dificil de encontrar.

Raríssimo e valioso. Ӭ Inocêncio, v.5, 384 e v.16, 146; Sabin, 9868; Pinto de Matos, p. 96; Palha, 4250; Boxer, C.R., The Dutch in

Brazil, Oxford, 1957, pp. 298-299

18 CAmARA (paulo perestrelo da) BREVE Notícia sobre a Ilha da Madeira. Ou Memórias sobre a sua Gegraphia, História, Genea-logia, Topographia, Agricultura, Commercio etc. Lisboa: Typographia da A. das Bellas Artes, 1841

[4], 136 pp.; 195 mm. Encadernação moderna em papel.€ 15 — 20

RARo.

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19 CAmÕEs (luís de) [RIMAS de Luis de Camões]� Primeira Parte . Agora novamente emendadas nesta ultima im-pressao [...]. [Lisboa]: [Paulo Craesbeeck], [1645]

[]0 [de []6], A-R12; 0 [de 6], 200 [de 203] ff.; 120 mm. Exemplar com falta dos folios prelimi-nares, D1, G3 e O10; fólio M6 com perda de suporte afectando o texto; fólios F7 e O3 fora do lugar; exemplar totalmente remarginado e restaurado; encadernação inteira de pergaminho moderna, decorada a ouro nas pastas e lombada.

€ 80 — 100

RARA EDIção oNDE é publICADo pElA pRImEIRA vEz umA ComéDIA DE luís DE CAmÕEs intitulada “Comedia del Rey Seleuco”.

Ӭ José do Canto, 28; Inocêncio, v. 14, p. 71 [Brito Aranha, 33]

20 CAmÕEs (luís de) OS LUSÍADAS de Luis de Camões . Em Lisboa: Por Paulo Craesbeeck, 1644

[]2, A-R12, S4; [2], 204 ff.; 120 mm. Encadernação moderna inteira de pergaminho decorada nas pastas e lombada a ouro; exemplar totalmente restaurado, tendo-se reconstruído todas as margens; fólios B3 e B4 trocados entre si.

€ 100 — 150

boNITA EDIção ExECuTADA poR pAulo CRAEsbECCk, A pRImEIRA A sAIR DEpoIs DA restauração da independência. No final desta edição vem um Índice de nomes próprios inclusos no poema de João Franco Barreto. Rara.

Ӭ José do Canto, 26; Inocêncio, v. 14, p. 71 [Brito Aranha, 32]

21 CAmÕEs (luís de) OS LUSÍADAS do Grande Luís de Camoens. Principe da Poesia Heroica. Commentados pelo Licen-ciado Manoel Correa [...]� . Em Lisboa: Por Pedro Craesbeeck, 1613

†6, A-Z, Aa-Pp8, Qq4; [6], 308 ff.; 195 mm. Encadernação inteira de carneira da época, cansada junto à lombada e com alguns restauros; frontispício com restauro marginal no verso; corte de traça na margem inferior sem afectar o texto nos primeiros cadernos e mais acentuado nos cadernos G a I; fol. I5 com ligeira perda de suporte afectando o texto; anotações manuscritas à margem; cadernos T e V com restauros marginais junto ao festo, ocasionalmente afectando o texto.

€ 1.200 — 2.000

bElíssImA EDIção Do poEmA mAIoR DA líNGuA poRTuGuEsA, EDITADo poR pEDRo DE mARIz que reformou os comentários originais de Manuel Correia, já falecido à data da publicação. Os comentários do Pe. Manuel Correia são bastante importantes, pois, segundo José do Canto, era amigo pessoal de Camões, tendo aqui sido publicado o primeiro esboço biográfico do poeta.

Muito raro. Ӭ José do Canto, 18

22 CAmÕEs (luís de) RIMAS de Luis de Camões Acrescentadas nesta Terceyra Impressaõ. Dirigidas à inclyta Univer-sidade de Coimbra. Lisboa: Por Pedro Craesbeeck, 1607

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8.º; *4, A-Z8, a-b8. c7; [4], 202, [5] ff.; 200 mm. Encadernação moderna inteira de chagrin ver-melho, decorada com motivos florais nas pastas a ouro, casas fechadas e roda nas seixas a ouro; ligeira acidez; bom exemplar, sem defeitos de maior e com boas margens.

€ 1.000 — 1.500

TERCEIRA EDIção. muITo RARA. DE ACoRDo Com os váRIos bIblIóGRAFos QuE sE dedicaram ao estudo das várias edições camoneanas, esta terceira edição conheceu uma variante com várias diferenças nem sempre coincidentes, colocando diversos problemas no estudo bibliográfico. As descrições detalhadas quer de José do Canto, quer de Brito Aranha diferem umas das outras, existindo diversas variantes desta mesma edição.

Ӭ José do Canto, 14; Importante Biblioteca Particular, p. 7; 164 (4.ª ed.); Inocêncio, v. XIV, n. 11 (p. 39)

23 CANNING (George)CORRECTED Report of Speeches delivered by the Right Hon. George Canning in the House of Commons, December 12, 1826, on the motion for an address to the King, in answer to his Maj-esty’s Message relative to the affairs of Portugal. London: James Ridgway, 1826

62, [2] pp.; 210 mm. Encadernação inteira de pele moderna com duplo filete a ouro nas pastas e títulos a ouro na lombada; corte superior das folhas carminado; limpo.

€ 40 — 60

CompIlAção Dos DIsCuRsos DE GEoRGE CANNING DA CAsA Dos ComuNs sobRE o pEDIDo de ajuda da coroa portuguesa depois da invasão de tropas espanholas no contexto das guerras peninsulares. George Canning, importante diplomata e político inglês ao tempo das Invasões Francesas, foi um dos responsáveis pela partida da família real para o Brasil. Raro.

24 CARNEIRo (mário de sá) PRINCÍPIO:� Novelas Originais . Lisboa: Livraria Ferreira, 1912

348 pp.; 205 mm. Brochado; assinatura de posse no frontispício.€ 300 — 400

pRImEIRA EDIção DEsTE lIvRo DE NovElAs DE umA DAs FIGuRAs DE mAIoR RElEvo DA suA geração, mas apenas conhecido depois da sua morte, muito por culpa do seu amigo Fernando Pessoa, companheiro da aventura órfica. Composto por quatro novelas - Loucura, O Sexto Sentido, Diários, O Incesto - Princípio, o seu primeiro trabalho individual publicado em livro, é já característico de toda a sua obra literária e epistolográfica. “Génio na arte, não teve Sá Carneiro nem alegria nem felicidade nesta vida”, deixou Pessoa escrito sobre o seu amigo. A busca de um absoluto inalcansável marca toda a sua obra, sendo também, porventura, um dos motivos profundos do seu suícidio, que é aludido em contos, poemas e cartas enviadas a Fernando Pessoa, mostrando como o “mal de vivre” cedo se lhe instalou na alma. Como tem sido sublinhado em diversos estudos, toda a obra é uma encenação de suicídio e a ele o conduz e novelas como O Incesto onde as personagens são sombras ou reencarnações de outras como forma de amplificação do eu até à sua anulação, ou Loucura, onde precisamente esse estado mental do artista, ser singular e genial, mata ou se mata por causa da sua sede de Absoluto, são expressões claras do que irá ser toda a obra do poeta.

Ӭ Biblos, 4, col. 1037

25 CARTA Constitucional da Monarchia Portuguez�a Decretada, e dada pelo Rei de Portugal e Al-garves D. Pedro, Imperador do Brasil aos 29 de Abril de 1826 . Lisboa: Na Impressão Regia, 1826

62 pp.; 150 mm. Brochado.€ 30 — 50

pRImEIRA EDIção DA CARTA CoNsTITuCIoNAl ouToRGADA poR D. pEDRo Iv CINCo DIAs após ter recebido a notícia da morte de D.João VI, trazida para Portugal por Lord Stuart. Muito raro.

Ӭ Bib. Geral, 5143

26 CARTA Topographica do Districto Administrativo de Lisboa . S.l.: s.n., s.d.

1 mapa, 990x660 mm. Mapa em caixa da época.€ 40 — 60

INTEREssANTE mApA Do s. xIx, ColoRIDo, Do DIsTRITo DE lIsboA.

27 CARTARI (vincenzo) IMAGINI delli Dei de gl ’antichi di Vicenz�o Cartari Reggiano . Venetia: Presso il Tomasini, 1647

a8, b4, A-Z, Aa8, Bb6; [24], 400 pp., 2 grav.; il.; 225 mm. Encadernação em pergaminho da época, cansada; mancha junto ao festo nos primeiros fólios; restauros nos primeiros fólios.

€ 100 — 150

EDIção CoNsIDERADA Com bRuNET Como A mAIs ComplETA DEsTA EsTImADíssImA obRA do século XVI, impressa pela primeira vez em 1556, mas sem as ilustrações. A primeira edição ilustrada é de 1571. O trabalho é dedicado às mitologias, cosmogonias e ritos dos povos da antiguidade e é soberbamente ilustrada com gravuras de representando os vários deuses, mitos e ritos tratados. Muito raro.

Ӭ Brunet, v.1, c.1601

28 CAsAl (manuel Aires de)COROGRAFIA Braz�ilica ou Relação Histórico-Geografica do Reino do Braz�il composta e dedicada a Sua Magestade Fidelissima por hum Presbítero Secular do Gram Priorado do Crato. Rio de Janeiro: Na Impressão Regia, 1817

2 v.: [12], 420, [4] pp. e [4], 380, [4] pp.; 205 mm. Encadernação inteira de pele cansada; ligeira acidez.

€ 100 — 150

pRImEIRA EDIção, RARíssImA DEsTA ImpoRTANTE E obRA ClássICA DA bIblIoGRAFIA brasiliana onde se imprimiu pela primeira vez a Carta de Pero Vaz de Caminha. Anunciada pela primeira vez na Gazeta do Rio de Janeiro em 1815, onde se fazia apelo aos subscritores, foi impressa com dificuldade, paga pelo seu autor, chegando mesmo a haver uma queixa escrita pelo Pe. Joaquim Damazo, director da Biblioteca Pública, pela demora e falta de interesse na publicação da obra.

Compõe-se de dois volumes e faz uma descrição de todo o território brasileiro, descrevendo cada província e vilas nelas existentes, partindo de uma divisão regional de acordo com as bacias fluviais. Cada um dos volumes tem um índice alfabético onde predominam termos de origem indígena, no qual parece ter colaborado Luís Joaquim dos Santos Marrocos que, em carta de 18 de abril de 1816 afirmava estar a formar um dicionário ou lista dos termos brasílicos “e que servem de objecto notável da dita obra, o que há-de ser adicionado no fim” [Imp.Regia]. Como já referido, é aqui que aparece impressa pela primeira vez a Carta de Pero Vaz de Caminha.

Transcrevendo Varnhagen, Inocêncio escreve: “a Corografia Brasilica e o nome de Ayres de Casal hão de passar aos seculos mais remotos pelas preciosas notícias geographicas que a obra encerra, pelo método e clareza do corógrafo escritor, e até por uns tantos erros, principalmente históricos, que com-

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eteu; e que servem a provar o muito que desde então temos adiantado em tais estudos”. Segundo Melo Morais, o Pe. Aires de Casal preparou uma segunda edição revista, mas cujos originais manuscritos se perderam após a sua morte. Pouco se sabe da biografia de Aires de Casal, comummente aceite que era nacionalidade portuguesa e nascido por volta de 1754, possando ao Brasil com a família real e com ela regressado em 1821, morrendo pouco depois.

Ӭ Rodrigues, 582; Inocêncio, v.5, p. 367; B.Moraes, Imp.Régia, 547.

29 CAsTElo bRANCo (pedro de sousa de)., trad ELEMENTOS da Historia, ou o que he necessario saber-se da Chronologia, da Geografia, do braz�ão, da História universal, da Igreja do Testamento velho, das Monarquias antigas, da Igreja do Testa-mento novo, e das Monarquias novas, antes de ler a História particular pelo Abbade de Vallemont, traduzida da lingua franceza na portugueza, e accrescentada com algumas noticias de Portugal por [...]. - Quinta impressão accrescentada com huma explicação de medalhas Imperiaes desde Julio Cesar até Heraclio . Lisboa: Na Officina de Antonio Vicente da Silva, 1767

5 v.; 210 mm.Encadernações uniformes, inteiras de carneira da época; ligeira acidez.€ 80 — 120

sEGuNDo INoCêNCIo (vI, p. 449) A INDICAção DE QuINTA ImpREssão é FEITA Em RElAção Ao original francês, não conhecendo mais que esta e outra, impressa em 1734-1751. Além das matérias referentes ao original francês, o autor acrescentou originais que dizem respeito à História de Portugal. No tomo I: Cronologia de Portugal desde a fundação do reino, continuada em cinco épocas; Descrição de Portugal, repartido em três governos, ecclesiastico, civil e militar, com os catálogos dos Vice-Reis e Governadores gerais da Índia e do Brasil, dos Capelães Mores, Inquisidores gerais, Reitores da Universidade, Presidentes do Desembargo do Paço, e mais tribunais civis, Governadores do Algarve, etc.; tomo II: Descrição dos escudos de armas das famílias portuguesas; tomo V: Catálogo dos Reis e sucessos de Portugal, continuados de 1734 a 1750. Raro.

30 CAsTRo (Afonso Nunes de) HISTORIA da Vida, Acções heroycas, e Virtudes insignes do Glorioso S. Fernando, Rey de Castella, e Leam [...]� escripta por [...]; traduzida, e accrescentada na lingua portugueza pelo Padre Joseph Pereira Bayam. Lisboa Occidental: Na Officina de Pedro Ferreira, 1728

8.º;§-§§8, A-Z8, Aa-Dd8, Ee-Hh4, Ll2; [32], 468 pp.; 210 mm. Encadernação inteira de per-gaminho da época; corte das folhas carminado; bom exemplar.

€ 30 — 50

o TRADuToR DA obRA, o pE. José pEREIRA bAIão, RECEbE vAsTos EloGIos Aos sEus trabalhos históricos por Barbosa. Invulgar.

Ӭ Ameal, 1747

31 CAsTRo ( João baptista de) MAPPA de Portugal Antigo, e Moderno pelo Padre [...]�. - Nesta segunda edição revisto, e augmentado pelo seu mesmo author [...]� . Lisboa: Na Officina Patriarcal de Francisco Luiz Ameno, 1762-1763

4.º; 3 v., [16], 466, [2] pp., 1 mapa (de 7); [12], 480; [4], 504, 100 pp.: il.; 210 mm. Encadernação inteira de pele da época; corte das folhas carminado. Com falta dos 6 mapas das provincias.

€ 80 — 120

sEGuNDA EDIção, A mAIs EsTImADA poR TER sIDo AumENTADA pElo AuToR. A obRA, publicada originalmente em cinco tomos, está dividida da seguinte forma: v. I: Uma exacta descrição geográfica do Reino de Portugal com o que toda à sua História Secular e Política; v.II: trata da História

Eclesiástica, Literária e Militar do Reino; v.III: Recompila em Tábuas Topográficas as Povoações principais da Estremadura, com a descrição exacta da Cidade de Lisboa e seu Termo, antes e depois do Terramoto; a que se ajunta o Roteiro Terrestre do mesmo Reino, com as derrotas por travessia. O primeiro volume está ilustrado com sete mapas desdobráveis, o primeiro de todo o Reino e os restantes de cada uma das províncias - Entre Douro e Minho, Trás os Montes, Beira, Estremadura, Alentejo e Algarve. Raro e muito estimado.

32 CATAlDo síCulo ou CATAlDo pARísIoEPISTOLE et Orationes . Lisboa: Valentim Fernandes, 1500, 21 de Fevereiro

a-h6, i8; [56] ff.; 300 mm. Bonito exempla, desencadernado em caixa inteira de pele, reproduz-indo o título do primeiro fólio do incunábulo a seco na pasta anterior; pequenos furos de traça ao longo do volume não afectando a legibilidade; anotações marginais e sublinhados da época; fol. c5 com pequena perda de suporte afectando o texto; fol. d4 com rasgão a meio sem perda de suporte; fol. i8 facsimilado.

€ 8.000 — 12.000

pRImEIRA EDIção DEsTE pRECIoso E ImpoRTANTE INCuNábulo poRTuGuês. “EsTE pRECIoso incunábulo é, certamente, um dos livros mais raros da nossa Bibliotheca” [D. Manuel, v. 2, p. 51]; “una raritá bibliografica e costituiscono uno dei più preziozi cimeli della tipografia portoguese del secolo XV” [Guido Battelli, p. 4]

A biografia de Cataldo não é de fácil elaboração. Segundo Costa Ramalho [cf. Epistolæ..., Univ. Coimbra, 1988] o humanista é natural de Sciacca na Sicilia, tendo nascido por volta do ano de 1455. Graduou-se em Direito em Ferrara em Fevereiro de 1484 e chegou a Portugal no ano de 1485 ou 1486, a convite de D. João II. Foi entre nós que “o seu contributo para a introdução do humanismo e para a ac-tualização do nosso País com a cultura literária da Europa mais adiantada, a partir da fonte que era então a Itália, o seu papel na europeização cultural dos portugueses foi de grande significado” [Ramalho, p. 11].

Chegou a Portugal por convite de D. João II com a tarefa de educar o filho D. Jorge. Não re-stringindo a sua actuação a esse discípulo, ensinou, directamente ou por correspondência, variadíssimos nobres da corte, entre eles D. Manuel enquanto Duque de Beja [cf. Bibliografia Geral, p. XLVII]. Tal o seu trabalho como formador que Carolina Michaelis de Vasconcelos lhe dá o título de “præceptor Por-tugaliæ” [cf. Notas Vicentinas, p. 28].

Neste ano de 1500, Valentim Fernandes fez sair mais duas obras do autor, ‘Poemata’ e ‘Visiones’ [cf. Bibliografia Geral n. 27 e 28], mas é este seu Epistolæ a maior e mais interessante. A obra contém várias cartas tanto a D. João II como a D. Manuel I, bem como às principais figuras da nobreza, “cheias de curiosos informes sobre a vida portuguesa naquele período do Renascimento” [Bibliografia Geral, p. XLVII]. E é também neste livro que se publica uma celebrada carta do Conde de Alcoutim a Valentim Fernandes.

Sobre o valor do epistolário de Cataldo escreve Guido Battelli: “Se in giorno qualcuno penserá a ripubblicare l’epistolario di lui, quanta luce sulle relazioni culturali dell’Italia col Portogallo! Egli é in corrispondenza con tutti gli uomini più colti del suo tempo; e noi possiamo facilmente immaginarci che gioia e che festa ognuna delle lettere da lui ricevute dall’Italia acranno destato a Corte” [p. 11].

Saiu uma segunda parte das cartas de Cataldo, também por Valentim Fernandes por volta do ano de 1513.

RARÍSSIMO, valioso e muito importante. Ӭ Hain, 4678; Haebler, 136; D. Manuel, 274 [com frontispício e último fólio facsimilado] e v. 2pp. 51-52; Bib-

liograf ia Geral, v. 1, 26 e pp. XLV-LI; Biblios, v. 5, c.14; BATTELLI, Guido, Cataldo Siculo, Coimbra, Imprensa da Universidade, 1930; SICULO; Cataldo Parisio, Epistolæ et Orationes, Edição fac-similada, introdução de Américo da Costa Ramalho, Coimbra, Universidade, 1988

33 CATECHISMO Romano do Papa Pio Quinto de Gloriosa Memoria. Novamente tresladado de latim em lingoagem por mandado do Illustrissimo, & Reverendissimo Dõ Miguel de Castro.

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Em Lisboa: por Antonio Alvarez, 1590

[]�3, A-Z, Aa-Zz�, Aaa-Ddd8, Eee2; [3]�, 402 ff.; 200 mm. Encadernação com lombada em pele; limpo.

€ 150 — 200

pRImEIRA EDIção. A TRADução Do CATECIsmo DE pIo v é ATRIbuíDA Ao pE. CRIsTóvão DE Matos. “Esta tradução é obra de puríssimo e elegantíssimo estilo, e uma das boas prosas que possuímos na língua portuguesa” [Inocêncio]. Raro.

Ӭ Inocêncio, v. 2, p. 70; Anselmo, 11; Pinto Matos, p.383; Palha, 81.

34 CEllEs (François bedos de)LA GNOMONIQUE Pratique, ou l+Art de Tracer les Cadrans Solaires avec la plus grande précision [...]� . A Paris: Chez Briasson, Despilly & Hardy, 1760

[]3, a8, b3, A-X8, Y-Z, Aa-Cc4, Dd3, Ee8, Ff5; [6], XVII, 404, [4] pp., 35 gravs.: il.; 200 mm. Encadernação inteira de pele da época com lombada cansada; acidez.

€ 100 — 150

pRImEIRA EDIção DEsTA obRA INTEREssANTíssImA sobRE RElóGIos DE sol, IlusTRADo com 35 gravuras impressas à parte no final do volume. Raro.

35 CEvAllos (D. pedro) EXPOSIÇÃO DOS FACTOS, e Maquinações com que se preparou a Usurpação da Coroa de Hes-panha, e dos Meios que o Imperador dos Francez�es tem Posto em Pratica para Realiz�alla Escrita em Hespanhol por [...] Traduzida em Portuguez. Lisboa: Na Impressão Regia, 1808

[2]-80 pp.; 200 mm. Encadernação moderna com lombada em pele; corte superior das folhas carminado; limpo.

€ 20 — 30

EsCRITo políTICo CoNTRA A oCupAção FRANCEsA DE EspANhA. RARo.

36 CHRONICA DO CÕDESTABRE DE PORTVGAL Dom Nvnalvrez� Pereyra Principiador da Casa de Bragança Sem mudar dantiguidade de suas palauras, nem estilo. E deste inuictissimo Condestabre procedem el Rey Dom Ioão terceiro, & o Emperador Carlos V. Reys, Principes, Potentados, & grandes Senhores da Christandade, desta nossa Europa. Ao Excell.mo Senhor Dom Theodosio Dvqve de Bragança, &c. Em Lisboa: Por Antonio Alvarez, 1623

6.º; [ ]2, ¶2, A-M6; [4]-73 [aliás 72] ff.; 260 mm. Encadernação inteira de pele não contem-porânea com grandes margens; ex-libris de Francisco Leite Pinto.

€ 200 — 300

TERCEIRA EDIção DEsTA ImpoRTANTE E pRoCuRADA CRóNICA. As DuAs pRImEIRAs EDIçÕEs são raríssimas e foram publicadas em Lisboa, Germão Galharde, 1526 e 1554 na mesma cidade e pelo mesmo impressor. Raro.

Ӭ Inocêncio, v.2, 109; Pinto Matos, p. 160; Importante Biblioteca Particular, III, 257; Samodães, 752; Bib. Geral, 5798

37 CIRuElo (pedro)REPROVACION delas supersticiones y hechiz�erias Libro muy util y necessario a todos los buenos christianos. El qual compuso y escrivio el Reverendo maestro Ciruelo [...] y agora d[e] nuevo

lo a revisto y corregido: y aun le ha asiadido algunas mejorias. Con sus acotaciones por las mar-genes. Salamanca: Guillermo de Milis, 1539

A-J8, K4; [1], lxxxii ff.: il.; 200 mm.Encadernação com lombada e cantos em pergaminho mod-erno um pouco aparado; acidez; restauros marginais; frontispício aparado e com pequenas per-das.

€ 1.200 — 2.000

sEGuNDo pAlAu TRATA-sE DA TERCEIRA EDIção DEsTA obRA, A mAIs CélEbRE Do AuToR segundo o mesmo bibliógrafo e a única edição da obra que descreve em primeira mão, fazendo apenas publicidade das referências dadas por Salvá. “Es un verdadero retrato de las costumbres de aquellos tiempos que aun hoy perduran”. Ilustrada com uma representação do Calvário no verso do frontipicio.

Pedro Ciruelo foi um importante matemático e teólogo espanhol, natural de Zaragoza em 1470 e falecido em Salamanca em 1548. Publicou várias obras em áreas de saber desde a música, matemática, filosofia e a sua espantosa erudição deu origem a uma expressão espanhola “saber más que Ciruelo” para alguém muito erudito. Esta sua importante obra trata de temas relacionados com a bruxaria, cartomân-cia, artes divinatórias e todo o tipo de superstições existentes na época. muITo RARo.

Ӭ Palau, 54937

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38 ColAço ( José maria Delorme) GALLERIA dos Vice-Reis, e Governadores da Índia Portuguesa:� Dedicada aos illustres descendentes de taes heroes . Lisboa: Typographia de A. S. Coelho, 1841

[4] pp. 18 est.: il.; 270 mm. Brochado.€ 60 — 80

REpRoDução Dos DEzoITo RETRATos ExIsTENTEs NAs sAlAs Do pAláCIo Do GovERNo Em Pamgim, acompanhada de um resumo histórico sobre os factos mais notáveis de cada um dos Vice-Rei e Governadores da Índia. Muito raro e estimado.

39 COLEÇAÕ de Estampas Intitulada Ruas de Lisboa. Contem figuras iluminadas que representaõ os diversos trajes, e maneiras mais constantes das gentes que servem, e habitão a Cidade . Lis-boa: s.l., [1830]

[1] ff., 30 litografias: il.; 280 mm. Encadernação inteira de pele moderna, decorada a ouro nas pastas e lombada; um pouco aparado; acidez.

€ 1.000 — 1.500

úlTImA EDIção DEsTA ExTRAoRDINáRIA ColECção DE lIToGRAFIAs ColoRIDAs publICADA pela primeira vez em 1809 e reimpressa em 1819 e em 1830, onde se apresenta o conjunto completo de 30 gravuras. Publicada em fascículos com cinco estampas cada, a presente edição conta com as seguintes estampas: Varredor, Quem merca o Leite?, Água, Oh que tico safio gordo!, Quer bote?, Almas Santas, Fava Rica, Carvoeiro, Merca uma duzia de nabos, Compra colheres palitos rocas, Compra Papel?, Merca a Laranja da China?, Queijadas de Cintra?, Mariola, Moço de Fretes, Compra Méchas, Frialeira, Compra Folhinhas, Amolador, Compra Chitas e Algodoens, Alimpa Chaminés, Tremóços, Gorazes Frescos, Castanhas Açadas, Vendedeira de Hortaliça; Mulher vendilhona - vulgo - Praça da Figueira; O Cego Filarmónico e Caiador de Cazas. RARo E vAlIoso.

Ӭ Rocha Madahil, Trajos e Costumes Populares.., pp. 19-21

40 [COLECÇÃO DE GRAVURAS DE COSTUMES]� .

44 gravs.; 270 mm. Encadernação com lombada em pele, decorada a seco e a ouro nas pastas e lombada; alguma acidez.

€ 500 — 800

mIsCElâNEA DE lIToGRAFIAs poRTuGuEsAs Do séCulo xIx DAs váRIAs ColECçÕEs QuE sE publicaram. O álbum tem as seguintes gravuras: pAlhAREs — Homem da Covilhã; Lavadeira saloia; Camponezes da Ilha de S. Miguel; Pastor do Alemtejo; Mulher vendendo capachos em Lisboa; Pescadores Ilhavos; Lavrador da Ilha de S. Miguel; Mulher d’Aveiro vendendo mexilhões e ovos moles; Pobres recolhidos no Azylo de mendicidade; Algarve, remador do bergantim Real; Agoadeiro na cidade do Porto; Homem e Mulher d’Ovar. JoubERT — Campino e Pastor do Alem-Tejo; Despedida de um Marinheiro; Conductores de Tojo d’Alcochete; A família de um Apanha Trapos e Ossos; Namoro Saloyo; Almocreve de Torres; Pescador do Seixal ou Barreiro; Marchante de Gado da Provincia do Alem-Tejo; Ilhavos Pescadores de Sardinha; Vendedores de Palitos Naturais de Coimbra, Condexa e seis Contornos; Emcaixadores de Laranja oriundos das Alturas de Barrozo; Ilhavas Vendedoras de Sardinha; Pescadores da Terceira. mACphAIl — Mariola de pao e corda; Vareiro dos lugares de Pardilhó, e Murtosa…; Vendelhão de vassouras; Camponez proprietário do Alentejo; Mulher da terra da Feira; Saloia Padeira; A Condução d’uma pobre mulher para o Hospital; Frade Capuxo; Mulher da Cidade do Porto; Mulher vendilhona de melancia na Praça de Setúbal; Peditorio para a Festa do Espírito Santo; Varina de Pardilhó e Murtoza; Molher d’Ovar; Paizano dos arrabaldes de Mafra [com corte de traça]; Trabalhadores d’enchida naturais d’Ovar e suas immediações [com corte de traça]; Porqueiro do Alentejo; Catraeiro; Saloia Lavadeira de Lisboa; Molher que vende fruta pelas ruas de Lisboa.

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41 COLLECÇÃO de Constituições Antigas e Modernas com o projecto d’outras, seguidas de hum exame comparativo de todas ellas Por dois Bachareis. Lisboa: Na Typographia Rollandiana, 1820-1821

15 v [de 16]; 170 mm. Exemplar com falta do fascículo XV; brochados e em bom estado de conservação.

€ 80 — 100

publICAção Em FAsCíCulos DAs CoNsTITuIçÕEs DE váRIos pAísEs, FoRmANDo um ToTAl DE 4 volumes. Os textos incluem as constituições portuguesas e de França, Estados Unidos, Espanha, Países Baixos e de vários países sul americanos. Muito raro.

42 COLLECTION Complete des Tableaux Historiques de la Révolution Française . A Paris: Chez Auber; de l’Imprimerie de Pierre Didot l’Ainé, 1802

3 v.; 1.v: VI, 272 pp., 78 gravs; 2.v: 424 pp., 78 grav; 3.v: [4], 28, 12, 10, 32, 10, 20, [2], 12, 4 pp., 67 gravs.; 495 mm. Bonito exemplar, de grandes margens, encadernado inteira de pele moderna, ricamente decorada a ouro nas pastas, lombadas e seixas; dourado por folhas à cabeça.

€ 1.000 — 1.500

sEGuNDA EDIção DEsTA moNumENTAl EDIção, A mAIs ImpoRTANTE DA époCA QuE Nos oferece uma cronologia ilustrada dos acontecimentos relativos à Revolução Francesa.

Publicada pela primeira vez em 1791, a obra conheceu várias edições até 1817. As abundantes il-ustrações compreendem um total de 223 gravuras, das quais 60 são retratos a água-forte executados por Choffard, Berthault, Copia, Malapeau, Niquet, entre outros. Raro e importante.

43 [ColoNNA (Francesco)]HYPNEROTOMACHIA Poliphili, ubi humana omnia non nisi somnium esse docet atque obiter plurima scitu sanequam digna commemorat . Veneza: Alde Manuce, 1499, Dezembro

[]4, a-y8, z10, A-E8, F4; [234] ff.: il.; 290 mm. ExTRAoRDINáRIo ExEmplAR, encadernação inteira de marroquim ver-melho, dourado por folhas, ex-libris de Charles Filippi; sem qualquer defeito de maior.

€ 50.000 — 80.000

pRImEIRA EDIção DE um Dos mAIs belos e curiosos livros publicados na renascença, conhecido também como “Canto de Polifilo”, está ilustrado com 172 gravuras, 11 delas de página inteira de vários artistas. Porventura o mais enigmático livro alguma vez publicado, a Hypnerotomachia Poliphili é ao mesmo tempo um romance em prosa de quatrocentos, uma viagem alegórica e espiritual ao universo da beleza feminina, da natureza e dos jardins, uma aventura amorosa, um elogio aos prazeres amorosos.

O livro começa com Polifilo, que passou uma noite intranquila por causa da sua amada Polia, transportado em sonho para uma floresta onde se perde. Acorda do primeiro sonho para um segundo, sonhado no primeiro, em que é levado por várias ninfas até à sua raínha onde lhe é pedido que declare o seu amor por Polia, sendo depois encaminhado para três portões. Escolhendo o terceiro encontra a sua amada com quem é levado para se unirem. No caminho atravessam cinco procissões celebrando a união dos amantes e daí, para uma ilha. A narrativa é interrompida e uma segunda voz aparece, descre-vendo os acontecimentos pelo olhar de Polia. Depois de Polifilo reiniciar a sua descrição, Polia rejeita-o, aparecendo depois Cupido e Vénus que convencem Polia a receber Polifilio e o seu amor é celebrado finalmente. Quando Polifilio está prestes a receber Polia nos braços, Polia desaparece e Poliphilo acorda. Desconhecendo-se o verdadeiro autor da obra, é consensual que o seu nome está escondido nas primei-ras letras de cada capítulo que juntas formam a frase “Poliam frater Franciscus Columna peramauit” (Frei Francesco Colonna amou Polia intensamente).

A obra foi impressa por Aldus Manatius, também conhecido como Aldus, o Velho para se destin-guir do seu neto, e é reconhecida como uma das mais importantes obras saídas dos seus prelos pela novidade da arte tipográfica empregue. Ao contrário do que era costume na época, a obra é impressa em caracteres romanos de uma enorme legibilidade. É de realçar também o arranjo tipográfico de vários títulos arranjados em forma de brasão ou cálice, únicos no seu tempo.

Ainda que não se saiba ao certo quem foram os autores das 172 gravuras impressas no texto, actu-almente é reconhecido como seu autor Benedetto Bordone (1460-1531). As ilustrações representam per-sonagens hebraicos e orientais, tendo como temas a beleza feminina, o desejo, a arquitectura, a ourivesari e os costumes. Particularmente célebre é a gravura de página inteira constante no fólio m6.

Obra raríssima, de extraordinária importância para a cultura e história da tipografia universal. Ӭ Hain, 5501; Sotheby’s, Bibliotéque Carlo de Poortere, 4

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44 CombE (William)A HISTORY of Madeira with a series of twentie-seven coloured engravings, illustrative of the cos-tumes, manners, and occupations of the Inhabitants of that Island . London: R. Ackermann, 1821

VIII, 118 pp., 27 gravs.: il.; 275 mm. Bonito exemplar; encadernação inteira de chagrin, decorada a ouro nas pastas, lombadas e seixas em caixa também em pele; dourado por folhas à cabeça; limpo.

€ 1.200 — 2.000

pRImEIRA EDIção DEsTA boNITo lIvRo sobRE A IlhA DA mADEIRA, suA hIsTóRIA, usos E costumes, ilustrado com 27 águas tintas e uma vinheta no frontispício das quais “vinte e seis das gravuras são deliciosas charges, e a última, já sem feição caricatural, representa a fortaleza do Ilhéu, o celebrado Loo Fort dos ingleses. O frontispício da obra tem uma vinheta que mostra uma vista do Funchal”. Vinte das gravuras vêm reproduzidas na História do Trajo popular em Portugal de Alberto de Sousa.

As gravuras têm os seguintes títulos: West View of Lee Fort; Inside of a Cottage; Rural Occupa-tions; Peasants going to Market; Manner of Cultivating the Ground; A Farmer & his Daughter going to Town; Rural Toil; Costume peculiar to some of the Western Inhabitants of the Island; Fishermen; Manner of bringing Wine to Town when clear; Manner of drawing Pipes &c. by means of the Sledge; An Accident upon the Road; A Piror of the Order of St. Francis, & a Lay Brother; A Franciscan Friar collecting Donations for his Convent; A Franciscan Father on a Journey; Priests in different Attire; Lay Sisters of the Order of the Lady of Mount Carmel; A Nun and her Attendant; A Lady & her Servant going to Church; Usual Manner of Travelling in Hammocks; Manner of Visiting among the Ladies at Funchal; Members of the Senate; Official Dress of the members of the Camera or Senate on the Death of the King and Accession of his Successor; An Officer & private of the Garrison of Funchal. muITo RARo E EsTImADo.

45 CONSTITUYÇÕES da jurisdiçam ecclesiastica da Villa de Tomar, e dos mays lugares que pleno iure pertençem aa ordem de nosso senhor Jesu Christo . [Lisboa]: [Germão Galharde], [depois de 12 de Janeiro de 1555]

+6, A-E6, F3; [6], XXXII, [1] ff.; 295 mm.Encadernação inteira de pele moderna decorada a seco nas pastas com pequenos defeitos e perdas; alguma acidez.

€ 2.000 — 3.000

RARíssImA EDIção DAs CoNsTITuIçÕEs DE TomAR. José Dos sANTos, No momENTo DA realização do catálogo da biblioteca de Azevedo-Samodães afirmava apenas conhecer dois exemplares, não sendo descrita na biblioteca de D. Manuel.

Estas constituições de Tomar, editadas sem nome de impressor, lugar ou data, foram as primeiras e as únicas a serem publicadas, sendo a sua compilação devida a Cristóvão Teixeira, prelado de Tomar. Segundo o prólogo da obra, até então eram usadas as constituições do Funchal, que haviam sido adopta-das pelo seu bispo de então D. Diogo Pinheiro, quando era ao mesmo tempo bispo de Tomar. Anselmo atribui a impressão da obra a Germão Galharde identificando o seu trabalho pelos tipos usados e carac-terísticas da portada.

Ӭ Anselmo, 656; Samodães, 868; Pinto Matos, p. 185; Inocêncio, v.9

46 CosTA (António Anastácio bruto da)GOA sob a dominação portuguez�a. O que era, o que chegou a ser, o que hoje é, e para onde mar-cha. Narração estribada sobre testemunhos autorisados e totalmente insuspeitos, acompanhada de algumas reflexões. Margão: Na Typographia do Ultramar, 1896

128 pp.; 185 mm. Brochado; perda de suporte marginal no canto superior.€ 15 — 20

lote 45

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obRINhA QuE pRoCuRA TRAçAR o RETRATo DE GoA DEsDE A ChEGADA Dos poRTuGuEsEs até à época da publicação. Invulgar.

47 CosTA (Diogo da)RELAÇAM das Guerras da India desde o Anno de 1736 até o de 1740 . Lisboa: Na Officina de Antonio Isidoro da Fonseca, 1741

§4, A-B4, C1; [26] pp.; 200 mm. Encadernação inteira de pele moderna, decorada a seco nas pastas e a ouro na lombada; limpo.

€ 100 — 150

RARo FolhETo QuE DEsCREvE A bATAlhA DE bAçAIm E A moRTE Do GENERAl mARTINho DA Silveira, Pedro de Melo e João Malhão.

Ӭ Inocêncio, v.2, p. 153; Travel and Exploration, 474

48 CosTA (p. António Carvalho da) COROGRAFIA Portuguez�a, e descripçam topografica do famoso Reyno de Portugal Com as Noti-cias das Fundações das Cidades, Villas, & Lugares, que contem, Varões illustres, Genealogias das Familias nobres, fundações de Conventos, Catalogos dos Bispos, antiguidades, maravilhas da natureza, edificios, & outras curiosas observaçoens. Lisboa: Na Officina de Valentim da Costa Deslandes, 1706-1712

3 v.; V.1: [8], 642 pp; v.2: [16], 534 pp.; v.3: [16], 672 pp.; 300 mm. Encadernações inteiras de pele da época; ligeira acidez; p. 667/668 com pequena perda de suporte afectando o texto.

€ 200 — 300

pRImEIRA EDIção DEsTA ImpoRTANTE CoRoGRAFIA poRTuGuEsA. o pADRE ANTóNIo Carvalho da Costa nasceu em Lisboa a 20 de Abril de 1650. Foi distinto nas ciências matemáticas, históricas e principalmente na topografia. Raro.

Ӭ Inocêncio, v. 1, p. 105

49 CouTo (Diogo do) OBSERVAÇÕES sobre as principaes Causas da Decadencia dos Portuguez�es na Asia Escritas por Diogo do Couto, em Forma de Dialogo, com o Titulo de Soldado Pratico. - Publicadas de Ordem da Academia Real das Sciencias de Lisboa, por António Caetano do Amaral. Lisboa: Na Offic. da Acad. Real das Sciencias, 1790

8.º; XVI, 162, 110 pp.: 215 mm.Encadernação inteira de pele da época ligeiramente cansada na lombada; acidez; cortes de traça marginais.

€ 60 — 80

pRImEIRA EDIção DEsTE ImpoRTANTE EsCRITo DE DIoGo Do CouTo, CoNhECIDo Como o Soldado Prático, que trata dos abusos e males que se haviam introduzido no governo do Estado da Índia. Raro e estimado.

Ӭ Inocêncio, v.2, p. 156

50 CuNhA (D. Rodrigo da) DA HISTORIA Ecclesiastica dos Arcebispos de Braga, e dos Santos, e Varoes illustres, que florescerão neste Arcebispado . Em Braga: por Manoel Cardozo, 1634-1635

2 v.: †4, A-Z6, Aa-Pp6, Qq8, Rr-Tt6, Vv4, [8], 472, [44] pp.; A-Z6, Aa-Qq6, Rr3, [2], 474 pp.; 260 mm. Frontispício do primeiro volume fac-similado; com falta das folhas de índice final da segunda parte. Encadernações inteiras de pele não contemporâneas; ligeiramente aparado.

€ 150 — 200

pRImEIRA EDIção. obRA mAIs RARA QuE o ‘CATáloGo Dos bIspos Do poRTo’ Do mEsmo autor, que trata das mais importantes personalidades naturais do Arcebispado de Braga, contendo as suas biografias. Entre os biografados encontram-se importantes personalidades como Paulo Osório, S. Martinho de Dume, S. Frutuoso, entre muitas outras personalidades não apenas religiosas importantes para a história daquela região.

Ӭ Inocêncio, 7, p. 167; Samodães, 976

51 DAlGADo (sebastião Rodolfo) DICCIONARIO Komkani-Portuguez� Philologico-Etymologico Composto no alphabeto devana-gari com a transliteração segundo o systema jonesiano. Bombaim: Na Typographia do Indu-Prakash, 1893

xl, 562 pp.; 230 mm. Encadernação moderna com lombada em pele; apenas ligeiramente apara-do à cabeça; conserva as capas de brochura.

€ 40 — 80

DICIoNáRIo DA líNGuA komkANI, TAmbém CoNhECIDA ENTRE Nós poR ‘CoNARIm’, umA língua indo-ariana falda em Goa uma das mais próximas línguas do sanscrito. Muito raro.

52 DEFINIÇÕES, e Estatutos dos Cavalleiros, e Freires da Ordem de Nosso Senhora Jesus Christo, Com a Historia da Origem, e Principio della, [...]� . Lisboa: Na Officina de Miguel Manescal da Costa, 1746

4.º: [ ]2, a-g, A-Z, Aa4, Bb2; [60]-194-[2] pp., 4 est.: il.; 290 mm. Encadernação inteira de pele da época; ligeira acidez; gravura da capa dos professos proveniente de outro exemplar, aparada.

€ 100 — 150

QuARTA EDIção DEsTEs EsTATuTos DE umA DAs mAIs ImpoRTANTEs oRDENs mIlITAREs portuguesas, ilustrada com quatro estampas impressas a vermelho das várias cruzes usadas pelos noviços e professos nas roupetas e capas. Antes dos Estatutos propriamente ditos, a obra inclui vários documentos de constituição e organização da Ordem. Na primeira parte dos Estatutos surgem capítulos sobre a formação da Ordem, dos Mestres e sobre o Convento de Tomar como cabeça da Ordem. Estimado e raro.

Ӭ Inocêncio, v.2, p. 132

53 DESCRIPCION Geografica Historica de todo el Reyno de Portugal En que se haze relacion del numero, y calidad de todas sus Provincias, Ciudades, Villas, y Fortalezas. En Sevilla: Herederos de Thomas Lopez de Haro, 1704

¶8, A-L8, [16], 172, [4] pp.; 150 mm. Encadernação em pergaminho da época; ligeiramente aparado; acidez.

€ 60 — 80

RARA CoRoGRAFIA DAs CIDADEs E vIlAs poRTuGuEsAs, publICADA Em EspANhA sEm NomE de autor.

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54 ECCLESIASTERIUM:� Jornal Literário Luso-Brasileiro. 1.ª Série, n.º 1 Agosto de 1878 - n.º 12 Julho de 1879. Lisboa: Typ. Universal de Thomaz Quintino Antunes, 1878-1879

12 n.ºs: il.; 345 mm. Brochado em caixa moderna com lombada e cantos em pele.€ 50 — 80

ColECção ComplETA DEsTA INTEREssANTE publICAção pERIóDICA, DE CuNho marcadamente católico, que reune um conjunto amplo de artigos, biografias, poesias, análises sociais sobre as mais diversas temáticas.

Cada número trazia na primeira página uma fotografia de destacada personalidade eclesiástica, militar e civil, que passamos a enumerar: O Papa Leão XIII, Dona Estefania Frederica Guilhermina Antonia, D. Ignacio I: Cardeal Patriarcha de Lisboa, D. Fr. Vital Maria Gonçalves d’Oliveira: Bispo de Olinda (Brazil), O Conselheiro Belchior José Garcez: General de Brigada, Manuel Joaquim Barradas: Cónego da Sé d’Évora, Dr. Manuel Augusto de Sousa Pires de Lima: Vigario Geral d’Aveiro, António José dos Reis: Prior d’Estombar e reitor do Seminário de Faro, Cypriano Duarte: Soldado Veterano, D. João Bosco: Um apóstolo d’este século, Monsenhor Joaquim Pinto de Campos: Prelado Domestico de Sua Sanctidade, Fr. Agostinho da Annunciação.

Ӭ Jornais e Revistas Portugueses do séc. XIX, vol. 1, 1775

55 ENCARNAção ( João da)GRAMMATICA Linguæ� Sanctæ� a multis scriptoribus excerpta . Coninbricæ: Typis Academiæ, 1789

*4, **2, A-Z, Aa-Zz, Aaa-Yyy4, Zzz3; IV, 549 pp.; 220 mm. Encadernação inteira de pele da época; corte das folhas carminado.

€ 40 — 60

obRA QuE, sEGuNDo INoCêNCIo, sERvIA pARA CompêNDIo DA AulA DE TEoloGIA DA Universidade de Coimbra. Raro.

Ӭ Inocêncio, v.10, p. 240

56 ESTATUTO da Veneravel Irmandade dos Clerigos Pobres, com o titulo da Caridade, e patrocinio da Santissima Trindade [...]� . Lisboa Occidental: Na Officina de Pedro Ferreira, 1732

a-f, A-Q2, R1; [24], 60, [6] pp.; 260 mm. Encadernação inteira de carneira da época.€ 50 — 80

EsTATuTos DEsTA IRmANDADE RElIGIosA pERTENCENTE à CApElA Do hospITAl REAl DE todos os Santos. Raro.

57 EsTRAbãoLIBRO Terceiro de la Geografía de Estrabon, que comprehende un tratado sobre España Antigua Traducido del Latin por Don Juan Lopez. Madrid: Por la Viuda de Ibarra, 1787

[]2, a-v8, x4; [6], 290, [6] pp., 1 mapa desdobrável: il.; 170 mm. Encadernação inteira de pele da época; corte das folhas carminado; limpo.

€ 50 — 80

EDIção CuIDADA E RARA Do TERCEIRo lIvRo DA GEoGRAFIA DE EsTRAbão QuE TRATA sobRE a Península Ibérica. Ilustrado com um mapa desdobrável da Península.

Ӭ Palau 84303

58 FARIA (manuel severim de) NOTICIAS de Portugal [...]� Declarãose as grandes Commodidades que tem para crescer em gente, industria, comercio, riquezas, & forças militares por már, & terra. As Origens de todos os appelidos, & armas das Familias nobres do Reyno. As moedas que corrérão nesta Provincia do tempo dos Romanos até o presente. E se referem varios Elogios de Principes, & Varoens Ilustres Portugueses. Lisboa: Na Officina Craesbeeckiana, 1655

a6, A-Z, Aa-Ff6, Gg-Hh2; [12], 342, [14] pp.; 275 mm. Encadernação inteira de carneira da época; corte das folhas carminado; assinatura de posse no frontispício da época; ligeira acidez.

€ 100 — 150

pRImEIRA EDIção. RARA. Ӭ Inocêncio, v.6, p.107

59 FARIA (manuel severim de) VARIOS Discursos Politicos . Em Evora: Impressos por Manoel Carvalho, 1624

¶6, A-T8, V6, X-Z8, Aa4; [6], 185 ff., 2 retratos.: il.; 200 mm. Encadernação inteira de carneira da época restaurada; corte superior das folhas carminado por vezes afectando os títulos.

€ 100 — 150

pRImEIRA EDIção DEsTA obRA DE sEvERIm DE FARIA oNDE EsTão As bIoGRAFIAs DE luís DE Camões, João de Barros e Diogo do Couto. Ilustrado com os retratos de João de Barros e Luís de Camões.

Ӭ Inocêncio, 6, p. 106

60 FloREz (Fr. henrique) CLAVE Historial con que se abre la puerta a la historia eclesiastica y politica [...]� . En Madrid: En la Imprenta de Manuel Fernandez, 1743

¶-¶¶¶¶4, ¶¶¶¶¶2, A-Z, Aa-Zz, Aaa-Ccc4, Ddd2; [36], 396 pp.; 210 mm. Encadernação em pergaminho; ligeira acidez; perda de suporte no canto em alguns fólios.

€ 100 — 150

pRImEIRA EDIção. RARo. A obRA FoI ComposTA pElo AuToR DA FAmosA E moNumENTAl obra “España Sagrada”. Este é o primeiro trabalho histórico de Henrique Florez que consiste numa cronologia século por século com a lista dos mais importantes acontecimentos e personalidades.

Ӭ Palau, 92693

61 FoRTuNATo (Fr.), trad.SUMMARIO da Vida, Acçoens e Gloriosa Morte do Senhor D. Fernando chamado assim dentro como fóra de Portugal o Infante Santo . Modena: Na Impressão Regia Cameral, 1836

62, [2 br.], XXX, [2 br.] pp.; 170 mm. Brochado.€ 15 — 20

pRImEIRA EDIção DE um mANusCRITo ExIsTENTE NA bIblIoTECA vATICANA Com um REsumo da vida e martírio do Infante Santo. Raro.

62 GAlvão (lourenço Anastasio mexia)VIDA do Famoso Heroe Luiz� de Loureiro . Lisboa: na Officina de Simão Thaddeo Ferreira, 1782

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*, A-Z, Aa-Ll4; [8], 256, XV pp.; 205 mm. Encadernação inteira de pele da época; limpo.€ 80 — 120

pRImEIRA EDIção DEsTA bIoGRAFIA DE luís DE louREIRo, vulGARmENTE ChAmADo GRANDE Luís de Loureiro, um nobre e notável capitão português que durante mais de 40 anos serviu a coroa nas praças do norte de África. Raro.

Ӭ Inocêncio, v. 5, p. 194

63 GARCIA ( Joseph)BREVE Cotejo y Valance de las Pesas, y Medidas de varias Naciones [...]� . En Madrid: En la Im-prenta de la Viuda de Francisco del Hierro, 1731

¶-¶¶4, ¶¶¶2, A-Z, Aa-Rr4, Ss2; [20], 308, [16] pp.; 220 mm.€ 150 — 200

CuRIosísIsmo lIvRo sobRE os pEsos, mEDIDAs E moEDAs DE ToDAs As NAçÕEs Do muNDo, tanto clássicas como contemporâneas à obra, precedido de um tratado sobre várias medidas utilizadas. Raro.

Ӭ Palau, 98614

64 GEmEllI CARERI (Giovanni Francesco)GIRO del Mondo del Dottor D. Gio. Francesco Gemelli Careri. Nuova Edizione accresciuta, ricorretta, e divisa in nove volumi. Con un Indice de’ Viaggiatori, e loro opere. Venezia: Presso Sebastiano Coleti, 1728

9 v.em 5: il.; 180 mm. Encadernações inteiras de pergaminho da época; corte das folhas carmi-nado; ligeira acidez.

€ 1.000 — 1.500

ColECção ComplETA NEsTA EsTImADA EDIção, pRoFusAmENTE IlusTRADA Com CENTENAs de grauvuras. Dividida em 9 volumes, a obra tem os seguintes títulos: v. 1: Contenente le cose piu ragguardevoli vedute nella Turchia; v. 2: Contenente le cose piu ragguardevoli vedute nella Persia; v. 3: Contenente le cose piu ragguardevoli vedute nell’Indostan; v.4: Contenente le cose piu ragguardevoli vedute nella Cina; v.5: Contenente le cose piu ragguardevoli vedute nell’isole Filippine; v.6: Contenente le cose piu ragguardevoli vedute nella nuova Spagna; v.7: Contenente la prima parte de’viaggi per Europa divisati in varie lettere famigliari scritte al Sig. Consigliere Amato Danio; v.8: Contenente la seconda parte de’viaggi d’Europa, cioe la relazione di due campagne fatte dall’autore in Ungberia per mezzo di varie lettere a varie persone indirizzate; v.9: Cioe aggiunta a viaggi di Europa.

Ӭ Sabim, 26850

65 GoDINho (manuel)COLLECÇÃO dos Costumes Servis da Cidade de Lisboa. . Lisboa: s.n., 1806

frontispício, 20 gravs., folha de subscritores (no fascículo 2); 255x340 mm. Brochado, com as capas de brochura de cada um dos 4 fascículos publicados.

€ 1.800 — 2.500

pRImEIRA EDIção Do pRImEIRo álbum DE GRAvuRAs DE CosTumEs EDITADo Em poRTuGAl. Seguindo uma tradição que se inicia no final do século XVIII de publicar descrições de costumes portugueses com várias gravuras, esta é a primeira vez que os editores portugueses decidem acompanhar essa tendência. Composto por um total de 20 gravuras em cobre contendo aspectos da vida popular, elas

“correspondiam ao que o lisboeta achava de mais pitoresco na vida citadina de todos os dias” [Madahil, p 19].

Da responsabilidade do gravador Manuel Godinho, a colecção possui as seguintes gravuras: Car-reteiro do Moinho; Padeira - moço de forno; Vendedor de presuntos - Magarefe; Peixeira - Cabazeiro; Frieleira - Pescador do alto; Tripeira - Tripeiro; Vendedor de galinhas - Vendedor de caça; Vaqueiro; Cabreiro; Leitira - Vendedor de queijos; Mulher que vende frutos - Chanfaneiro; Vendedor de bolos - Vendedor de Caramelo; Aguadeiros; Vendedor de alhos - Vinagreiro; Azeiteiros; Maltez de alféloa - Melaceiro; Aguadeiro - Vendedor de Limonada; Camponesa que vende pinhões - Vendedor de aguar-dente; Vendedor de hóstias doces - Saloia que vende queijadas. RARíssImo E vAlIoso.

Ӭ Rocha Madahil, pp. 18-19

66 GomARA (Francisco lopez de)HISTOIRE Generale des Indes Occidentales, et Terres neuves, qui iusques à present ont esté descou-vertes Augmentée en ceste cinquiesme edition de la description de la nouvelle Espagne, & de la grande ville de Mexicque, autrement nommee, Tenuctilan. A Paris: Chez Michel Sonnius, 1587

ã4, A-Z, Aa-Zz, Aaa-Ooo8, Ppp4, Qqq-Rrr8, Sss4; [4], 485, [19] ff.; 175 mm. Encadernação da época restaurada com super libros a ouro nas pastas; carimbo de posse de “Albassiana Biblio-theca” no frontispício; limpo.

€ 300 — 500

boA EDIção DEsTA obRA ClássICA sobRE A hIsTóRIA DA pREsENçA EspANholA NA AméRICA. Francisco Lopez de Gomara foi um conhecido historiador que trabalhou em Sevilha, tendo-se destacado principalmente pelos seus trabalhos na história da conquista do México com a expedição de Herman Cortes, mesmo não tendo nunca acompanhado Cortes ou saído de Sevilha. Apesar disso, teve acesso directo com os conquistadores desde o momento da sua chegada, servindo-se do seu testemunho em primeira mão para escrever os seus textos. Raro.

Ӭ Sabin, 27748; Palau, 141161

67 GuERREIRo (bartolomeu)IORNADA dos Vassalos da Coroa de Portugal, pera se recuperar a Cidade do Salvador, na Bahya de todos os Santos, tomada pollos Olandez�es, a oito de Mayo de 1624. & recuperada ao primeiro de Mayo de 1625 . Em Lisboa: Por Mattheus Pinheiro, 1625

A4, B-I8, K6; 74 ff., 1 mapa.: il.; 205 mm. Encadernação inteira de carneira da época decorada a seco na lombada e pastas restaurada; corte das folhas carminado; ligeira acidez; carimbos de posse da Casa de Cadaval. Exemplar sem a folha de Advertência que, segundo Borba de Moraes, deveria estar colada no final do Prólogo.

€ 1.500 — 2.000

pRImEIRA EDIção, pRImEIRA TIRAGEm DE umA DAs mAIs EmblEmáTICAs E RARAs obRAs sobre a recuperação da Baía aos Holandeses. Segundo Borba de Moraes, existiram duas tiragens, a primeira com a taxação no final do verso do primeiro fólio e com o capítulo I a iniciar-se na f. 4; a segunda sem a taxação e o capítulo I a iniciar-se na f. 6, sendo a seguinte a numerada 5.

O Pe. Bartolomeu Guerreiro ingressou na Companhia de Jesus a 7 de Dezembro de 1578. Natural de Almodovar, foi prefeito da Universidade de Évora, viajou por vários pontos do país tendo falecido com 78 anos em Lisboa em 1642. Segundo Rodrigues, é um dos mais importantes folhetos sobre a res-tauração da Baía, também o afirmando Borba de Moraes. Está ilustrada com uma gravura que raramente aparece representando a chegada da armada portuguesa à Baía. Assinada “Benedictus mealius lucidam faciebat” tem o título “Philippo Augusto Lusitano Monarchæ Africo Æthiopico Arabico Persico Indico Brasilico Felicitas et Gloria”. RARíssImo.

Ӭ Inocêncio, v. 1, p. 332; Rodrigues, 1168; BdM3, p.436; Travel and Exploration, 1055

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41lote 67

68 hARpE ( Jean François de la)ABRÉGÉ de l ’Histoire Générale des Voyages [...]� . A Paris: Hotel de Thou, 1780

32 vols.: il.; 205 mm. Encadernações uniformes, inteiras de pele da época; corte das folhas car-minado; defeitos menores.

€ 1.000 — 1.500

ColECção DE vIAGENs CompIlADA poR JEAN FRANçoIs DE lA hARpE A pARTIR Dos RElATos de viagens publicados por Prevost. La Harpe retirou desses registos de viagens as passagens duplicadas, desnecessárias ou que considerou desinteressantes e compilou nesta publicação. Da responsabilidade de La Harpe são os primeiros 21 volumes, publicando-se dois volumes adicionais sobre a viagem de Cook em 1786 e os restantes até 1801.

Com um total de 78 mapas e 101 gravuras ao longo dos 32 volumes, destacam-se os seguintes mapas: (1). Essay d’une Carte Reduite, Contenant les Parties Connuees du Globe Terrestre; (2). Carte de la Floride, de la Louisiane (3). Carte de la Virginie, de la Baye Chesapeack (4). Carte de la Nouvelle Angleterre, Nouvelle Yorck, et Pensilvanie (5). Carte de la Caroline et Georgie (6). Carte du Golphe du Mexique et des Isles de l’Amerique (7). L’Empire de la Chine (8). Carte de l’Empire du Japon (9). Carte de l’Hemisphere Austral Montrant les Routes des Navigateurs les Plus Celebres par le Capitaine Jacques Cook. muITo RARo.

69 holCoT (Robert)Super Libru[m]� Sapientie . Basileia: s.n., 1489

cadernos de 6 e 8 ff. alternados no total de 33 cadernos; [229] ff.; 330 mm.Encadernação inteira de pele em madeira, recentemente restaurada, tendo sido a lombada completamente recon-struída; todas as capitulares manuscritas a vermelho; boas margens.

€ 1.200 — 1.800

RARíssImA EDIção DE umA DAs mAIs INFluENTEs obRAs Do pERíoDo mEDIEvAl INGlês. Robert Holcot, um frade Dominicano que estudou e ensinou em Oxford de 1326 a 1334, foi um importante teólogo e exegeta com enorme influência na alta idade méda. Este seu comentário ao livro da Sabedoria (e que nesta época ainda não tinha entrado no Cânone Bíblico católico) é tido como uma das fontes para a obra de Chaucer. Publicado pela primeira vez em 1480, conheceu várias edições, entre elas a presente.

Ӭ Hain, 8758

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70 INDEX Librorum Prohibitorum Cum Regulis confectis per Patres à Tridentina Synodo delec-tos, autoritate Sanctissimi Domini nostri Pii. IIII. Pont. Max. compobratus. Nunc recens de mandato Illustriss. ac Reverendiss. D. Georgii Dalmeida Metropolyt. Archiepiscopi Olysip-ponensis, totius q; Lusitanicæ ditionis Inquisitoris Generalis in lucé editus [...]. Olyssipone: Excudebat Antonius Riberius, 1581

4.º; A-C4, D-G8, H-S4; 44, 44 ff.; 190 mm. Encadernação inteira de pergaminho da época; assinatura de posse coeva; limpo.

€ 200 — 300

sEGuNDo íNDICE DE lIvRos pRoIbIDos publICADo Em poRTuGAl CooRDENADo poR FR. Bartolomeu Ferreira. No final, com frontispício e paginação própria vem o «Catálogo dos Livros que se prohibem nestes Regnos & Senhorios de Portugal por mandado do Illustrissimo & Reverendissimo Senhor Dom Jorge Dalmeida [...]». Raro.

Ӭ Inocêncio, v. 3, p. 219; Samodães, 1608

71 ÍNDICE Geral dos Documentos Registados nos Livros das Chancelarias existentes no Real Archivo da Torre do Tombo. Mandado fazer pelas Cortes na Lei do Orçamento de 7 de Abril de 1838. Lisboa: Na Typographia de G.M. Martins, 1841

186 pp.; 215 mm. Brochado.€ 10 — 15

pRImEIRo íNDICE publICADo Dos ARQuIvos ExIsTENTEs No ARQuIvo NACIoNAl DA ToRRE do Tombo. Único volume publicado.

72 [ JESUÍTAS]�. CARTAS Edificantes, y Curiosas, escritas de las missiones estrangeras por algunos mis-sioneros de la Compañia de Jesus. Traducidas del Idioma Francés por el Padre Diego Davin. En Madrid: En la Oficina de la Viuda de Manuel Fernandez, 1753-1755

15 [de 16] v.: il.; 205 mm. Exemplar com falta do volume 16 e apenas com 2 gravuras de 23. Encadernações inteiras de pergaminho da época; carimbos de posse;ligeira acidez.

€ 800 — 1.000

lote 70

pRImEIRA EDIção EspANholA DEsTA ImpoRTANTE ColECção DE CARTAs ENvIADAs poR missionários jesuítas de várias partes do mundo, relatando diversos aspectos relacionados com a história e costumes dos países. Entre os lugares referidos estão a China, Turquia, Siria, Pérsia, Palestina, Paraguai, Filipinas, México, Canadá, Brasil, Chile, etc. [Palau faz uma descrição completa]. Muito raro e procurado.

Ӭ Palau, 46363; BdM3, v.1, p. 202; Sabin 40705

73 JoNEs ( John Thomas)MEMORANDA relative to eh Lines Thrown up to Cover Lisbon in 1810 . London: s.n., 1829

[2], 188 pp., 1 mapa, 5 gravuras: il.; 220 mm. Encadernação inteira de carneira da época, um pouco cansada; carimbo de venda no frontispício, várias anotações a carvão ao longo do texto.

€ 40 — 60

pRImEIRA EDIção. JohN ThomAs JoNEs, CoRoNEl INGlês Com pARTICIpAção ACTIvA NA Guerra Peninsular, foi destacado para Torres Vedras em 1810. Publicou outras obras, testemunhos interessantes da Guerra Peninsular.

Acompanhado de um mapa desdobrável de grandes dimensões com o levantamento das linhas militares defensivas montadas pelos exércitos inglês e português naquela região do país, e de mais cinco gravuras desdobráveis. Raro.

74 JosEph (Flavius) HISTOIRE DES JUIFS Ecrite par Flavius Joseph sous le titre de Antiquitez� Judaiques Traduite sur l’Original Grec reveu sur divers Manuscrits par Mons. Arnauld d’Andilly. Edition nouvelle, enrichie de quantité de figures en taille-douce. Amsterdam: Chez la Veuve Schippers, & Henry Wetstein, 1681

6.º; portada gravada, [22], 464, [20], 477-758, [22] pp.: il.; 310 mm. Exemplar soberbamente restaurado no papel, lavado e com reconstrução de algumas margens, por vezes afectando ligei-ramente o texto junto ao festo, mas sem grande prejuízo para as gravuras; Encadernação com lombada em pele moderna.

€ 200 — 300

boNITA EDIção DEsTE ClássICo, umA DAs mAIs pRoCuRADAs Em vIRTuDE DAs mAIs DE DuAs centenas de gravuras a talhe doce impressas ao longo do texto. Segunda edição desta importante tradução de Arnauld d’Andilly, originalmente publicada em menor formato e sem gravuras em 1676.

Flávio Josefo, historiador judeu do século I, desde muito jovem se notabilizou como fariseu. Em 64, seguiu numa embaixada para Roma, a fim de obter a graça de uns sacerdoes condenados pelo pro-cônsul Félix, no que foi bem sucedido. Organizou na Galileia a resistência aos Romanos invasores, e foi capturado na fortaleza de Jotapata em 67. Prisioneiro de Vespasiano, vaticinou-lhe o império, o que veio a granjear-lhe a liberdade e o favor do novo monarca e de seu filho Tito, dos quais tomou o apelido de Flávio. A partir de então foi muito dedicado aos dois e à causa romana. Esta sua obra, que conheceu várias edições ao longo dos tempos, é tida como uma das principais fontes para o conhecimento da re-ligião Judaica no tempo de Jesus Cristo.

Muito raro. Ӭ Brunet, 3, c. 572

75 JussIEu (Antoine laurent de)RAPPORT de l ’un des Comissaires chargés par le Roi, de l ’examen du Magnétisme Animal . A Paris: Chez la Ve Herissant; Théophile Barrois, 1784

A-E8; 80 pp.; 200 mm. Encadernação inteira de pele da época; ligeira acidez.€ 80 — 120

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CREmos TRATAR-sE DA pRImEIRA EDIção Do RElATóRIo pRoDuzIDo poR umA ComIssão criada por Luís XVI para estudar o magnetismo animal criado e defendido por Franz Anton Mesmer no século XVIII. A teoria afirmava que os animais possuiam uma força natural invisível com efeitos físicos, incluindo a cura. Esta comissão procurou estudar a teoria de Mesmer estabelecendo uma evidência científica da mesma. Raro.

76 kosTER (henry)TRAVELS in Braz�il . London: Longman Hurst, Rees, Orme, and Brown, 1816

xii, 502, [2] pp., 2 mapas, 8 águas-tintas; 280 mm. Encadernação com lombada e cantos em pele moderna; corte das folhas pintado; limpo e com boas margens.

€ 800 — 1.200

pRImEIRA EDIção DEsTA obRA ClássICA Do NoRDEsTE bRAsIlEIRo “pElos sEus pREDICADos intrínsecos de descrições verídicas e de juízos desapaixonados, será, permanentemente, uma das mais copiosas e mais puras fontes de informação sobre as condições económico-sociais da antiga Capitania geral de Pernambuco” (Borba de Moraes).

Henry Koster nasceu em Portugal, no final do século XVIII, sendo seu pai comerciante de açu-car estabelecido no Porto. Doente de tubercolose procurou um clima mais quente e seco e aproveitou a oportunidade para viajar até Pernambuco com um amigo, onde se estabeleceu até à sua morte, em 1809.

Segundo Borba de Moraes, Koster não tinha qualquer intenção de escrever um livro sobre o Brasil, mas apoiado por Southey que havia conhecido em Portugal e cuja biblioteca utilizou, acabou por publicar este livro. Obteve enorme sucesso pelos críticos, conhecendo várias edições logo a partir do ano seguinte, assim como traduções para francês e alemão. RARo.

Ӭ BdM3, v.1, p. 502

77 lAIREssE (Gerardo) PRINCIPIOS da Arte da Gravura trasladados do Grande Livro dos Pintores de Gerardo Lair-esse, Livro Decimo Terceiro para servirem de appendice aos principios do Desenho do mesmo author, em Beneficio dos Gravadores do Arco do Cego . Lisboa: na Typographia Chalco-graphica, Typoplastica, e Litteraria do Arco do Cego, 1801

[4], 42, [4] pp.; 200 mm. Brochado; exemplar com falta da gravura.€ 20 — 30

pEQuENo mANuAl sobRE As váRIAs TéCNICAs DE GRAvAção sAíDA Dos pRElos DA FAmosA E importante Tipografia do Arco do Cego, servindo de complemento aos Princípios do Desenho do mesmo autor descrito no lote seguinte. Ilustrado com uma gravuras sobre a prespectiva. Raro.

Ӭ A Casa Literária do Arco do Cego, n.º 44

78 lEssEps (Ferdinand de)ORIGINES du Canal de Suez� . Paris: C. Marpon et E. Flammarion, s.d.

[4], 220 pp.; 160 mm. Encadernação com lombada em precalina; ligeiramente aparado.€ 20 — 30

EDIção oRIGINAl sobRE o CANAl Do suEz EsCRITo pElo homEm QuE o FEz CoNsTRuIR E pelo escândalo no Panamá pelo qual foi condenado. raro.

79 lEssING (Gotthold Ephraim)DU LAOCOON, ou des limites respectives de la poésie et de la peinture Traduit de l’allemand de G.E. Lessing, par Charles Vanderbourg. A Paris: Chez Antoine Augustin Renouard, 1802

xvi, 384 pp., 1 est.: il.; 205 mm. Encadernação com lombada em chagrin da época; ante-rosto e frontispício com perda de suporte marginal.

€ 40 — 80

pRImEIRA EDIção DA TRADução FRANCEsA DEsTA obRA. IlusTRADA Com umA GRAvuRA DE J.G. Salvage, gravada por Augustin de Saint Aubin.

80 lIsboA (Fr. marcos de)CRONICHE de Gli Ordini Instituiti dal Padre S. Francesco Che contengono la sua vita, la sua morte, i suoi Miracoli, e di tutti i suoi santi Discepoli, & compagni composte dal R. P. F. Marco da Lisbona in lingua Portughese: Poi ridotte in Castigliana dal R. P. F. Diego Navarro et tra-dotte nella nostra Italiana da Horatio Diola Bolognese, & hora di nuovo ristampate, & con somma diligenza ricorrette. In Venetia: Apresso Fioravante Prato, 1585

2 v.; 1v.: a8, b2, A6, c7, A-Q8; [46], 256, [16] pp.; 2v.: †8, Aa-Mm8, Nn4; [16], 200 pp.; 205 mm. Encadernação em pergaminho da época, cansada; limpo.

€ 150 — 200

EDIção ITAlIANA DA obRA mAIoR DE FR. mARCos DE lIsboA, A bIoGRAFIA DE s. FRANCIsCo E a crónica da Ordem. A primeira parte da obra foi publicada originalmente com o título “Primeira parte das Chronicas da Ordem dos Frades Menores do Serafico Padre Sam Francisco...” impressa em Lisboa, Joanes Blavio de Colonia, 1557 e a segunda parte em 1562 no mesmo lugar e impressor. Saiu uma terceira parte em castelhano, em Salamanca, 1570. Segundo Barbosa, a primeira edição italiana foi publicada em 1566. Raro.

Ӭ Barbosa, v. 3, p. 407; Inocêncio, v. 6, p. 129

81 [LITERATURA DE CORDEL]�. Séc. XVIII.

5 v. Encadernados inteira de pele com rótulo e títulos aouro na pasta.€ 30 — 50

ColECção DE CINCo FolhETos DE lITERATuRA DE CoRDEl Com os sEGuINTEs TíTulos: (1). Historia Curioza da Bella Aurora Princeza de Sicillia e de Ricardo Principe de Polonia dado à Luz por A.J.D.O., s.d.; (2). Retrato da Paciencia, delineado em hum painel caseiro, ou pela pintura do que em sua casa chega a experimentar hum mal affortunado Marido, pelos excessos de huma altiva, e presumida Mulher..., Lisboa, Na Offic. de José de Aquino Bulhoes, 1789; (3). Serração da Velha, Lisboa, Na Offic. de Francisco Luiz Ameno, 1789; (4). Disputa devertida das grandes bulhas, que teve hum Homem com sua Mulher, por lhe não querer deitar huns fundilhos n’uns calçoens velhos, Lisboa, Francisoc Borges de Sousa, 1789; (5). Traças do Jarreta Fura-Vida, Lisboa, Lino da Silva Godinho, 1789.

82 [LITERATURA DE CORDEL]�. Séc. XVIII.

5 v. Encadernações inteiras de pele com rótulo e títulos a ouro nas pastas, com a excepção de um volume encadernado em papel moderno.

€ 30 — 50

ColECção DE CINCo FolhETos DE lITERATuRA DE CoRDEl Com os sEGuINTEs TíTulos: (1). Ecloga Pastoril de Fido e Umbrano por José Ventura Cerqueira, Lisboa, Ignacio Nogueira Xisto, 1765; (2). Loa com Gracioso, para se representar antes de qualquer comedia; ainda que não tenha obecto determinado, s.d.; (3). Novo Entremez intitulado O Tutor Enganado, s.d.; (4). Emperatriz Porcina historia novamente da emperatriz Procina..., Lisboa Occidental, Manuel Fernandes da Costa, 1718; (5).

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Passatempo Dramatico em que se mostra o valor de hum bom concelho, para a emenda de huma vida desordenanda, Lisboa, Caetano Ferreira da Costa, 1775.

83 [LITERATURA DE CORDEL]�. Séc. XVIII e XIX.

5 v.; Encadernações inteira de pele com rótulo e títulos a ouro na lombada.€ 25 — 40

ColECção DE CINCo FolhETos DE lITERATuRA DE CoRDEl Com os sEGuINTEs TíTulos: (1). Relação curiosa e exemplar do caso que succedeo na cidade de Florença a hum homem rico muito ambicioso com huma pobre mulher viuva, Lisboa, Ignacio Nogueira Xisto, 1765; (2). Distinto Raguaglio del Sontuoso Treno delle Carrozze..., Roma, Stamperia di Gio, 1716; (3). Le Pere de Famille, Comédie par Mr. Diderot, Paris, 1785; (4). Historia Jocosa dos Tres Corcovados de Setuval Lucrecio, Flavio, e Juliano..., Lisboa, Galhardo e Irmãos, 1842; (5). Testamento que fez Manuel Braz ... por Francisco David, Lisboa, Lino da Silva Godinho, 1789.

84 [LITERATURA DE CORDEL]�. Séc. XVIII.

5 v. Encadernações inteiras de pele com rótulo e títulos a ouro nas pastas.€ 30 — 50

ColECção DE CINCo FolhETos DE lITERATuRA DE CoRDEl Com os sEGuINTEs TíTulos: (1). A Peta de Nova invenção ou o ciozo enganado, Lisboa, Francisco Borges de Sousa, 1790; (2). A Farofia das Farofias ou a Loucura dos Cazamentos, Lisboa, Typographia Nunesianna, 1789: (3). Écloga Pastoril de Febo e Feniza, Lisboa, Ignacio Nogueira Xisto, 1764; (4). Sonhava o Cego que Via pois que he o que via o Cego?, por Alexandre António de Lima, Lisboa, Francisco Borges de Sousa, 1763; (5). A Aldeia de Loucos, Lisboa, José de Aquino Bolhões, 1789.

85 [LITERATURA DE CORDEL]�. Séc. XVIII.

4 v. Encadernações inteiras de pele com rótulo e títulos a ouro nas pastas.€ 20 — 30

ColECção DE CINCo FolhETos DE lITERATuRA DE CoRDEl Com os sEGuINTEs TíTulos: (1). Historia da Donzella Theodora, Lisboa, Francisco Borges de Sousa, 1758; (2). Caro Custa o querer bem, Lisboa, Francisco Borges de Sousa, 1766; (3). Noite e Dia de Lisia de João Martins Lima Viana, Lisboa, Joaquim José Florêncio Gonçalves, 1793; (4). Amor sem Pés nem Cabeça, Lisboa, Francisco Borges de Sousa, 1789.

86 loll (Ramon)ARBOR Scietia venerabilis [et] celitus illuminati patris Raymundi lulli Maioricensis: cuius farrago [et] fructus admirabilis a tergo huius indicatibur [et] in cuius commendationez est hoc extemporane~u Jodoci Basii Ascensi ad pium lectorem epigrama. Lugduni: opera Gilberti de villiers, 1515

a-z8, A-E8; ccxxiiii ff.: il.; 195 mm. Ilustrado com 17 gravuras em madeira no texto. Encader-nação moderna inteira de pele verde, um pouco cansada; frontispício restaurado na cabeça não afectando os títulos; ligeira acidez e algumas manchas; corte das folhas carminado, em alguns fólios afectando muito ligeiramente os títulos.

€ 800 — 1.000

lote 87

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TERCEIRA EDIção DE umA DAs obRAs ClássICAs DE RAmoN lull, um Dos mAIs ImpoRTANTEs nomes da cultura espanhola dos séculos XIII e XIV.

Conhecido no seu tempo com os títulos de ‘Arabicus Christianus’, ‘Doctor Inspiratus’ ou ‘Doctor Illuminatus’, Ramon Lull foi uma das maiores figuras na teologia e literatura espeanholas da Idade Mé-dia. Mordomo Real de Jaime, filho de Jaime I de Aragão e futuro Jaime II de Maiorca, transformou-se em missionário especialmente dedicado à conversão dos muçulmanos ao cristianismo, tendo para isso estudado línguas orientais e desenvolvido um forte pensamento contra a filosofia árabe. Fundou uma es-cola em Maiorca, tendo viajado depois para Paris e, por volta de 1291 para Tunes onde ensinava e debatia com os Sarracenos. Escreveu mais de 300 trabalhos, na sua maioria com o objectivo proposto pela sua actividade missionária, tendo desenvolvido uma “máquina lógica” na qual as proposições teológicas eram arrumadas em formas geométricas por forma a que, movendo o aparelho, as proposições se arranjassem afirmativa ou negativamente e se revelassem verdadeiras. Natural de Palma de Maiorca entre 1232 e 1236, morreu em Tunes a 29 de Junho de 1315.

A primeira edição deste ‘Arbor Scientia’ foi publicada em 1482, tendo conhecido uma segunda edição em 1505. Do mesmo ano da presente terceira edição, saiu, também em Leão uma por J. Pillehotte e ainda uma nova edição pelo mesmo impressor da presente e que difere nos tipos usados. muITo RARo.

Ӭ Palau, 143725

87 lopEz DE vIllAlobos (Francisco)LIBRO intitulado los problemas de Villalobos que trata de cuerpos naturales y morales. Y dos dialogos de medicina: y el tratado de las tres gra[n]des: y una ca[n]ciõ: y la Comedia de Am-phytrion. Sevilla: por Christoval Alvarez, 1550

A7, b-h8, i5; [3], LXVII ff.; 275 mm. Encadernação inteira de pergaminho moderno, decorado a ouro na lombada, pastas e seixas; acidez e manchas; frontispício e dois primeiros fólios com perda de suporte provocado por traça; vários restauros marginais, por vezes afectando ligeira-mente o texto; último fólio com perda de suporte retaurado afectando o texto.

€ 800 — 1.200

RARíssImA EDIção DA obRA mAIoR DE FRANCIsCo lopEz DE vIllAlobos, méDICo EspANhol natural de Villalobos (Zamora) em 1473 e falecido em Valderas em 1549. Filho de um médico judeu, declarou-se abertamente cristão, condição que lhe valeu algumas dificuldades, tendo até conhecido alguns problemas com a inquisição espanhola. Formou-se em medicina pela Universidade de Salamanca exercendo depois a actividade na sua cidade natal, acabando por ser nomeado médico de Fernando, tendo desde esse momento mantido a ligação à corte. A sua primeira obra, publicada com apenas 25 anos, intitulava-se ‘El Sumario de la Medicina’, impresso em Salamanca em 1498, e que trazia anexo um texto sobre a sifilis, o segundo a ser publicado em Espanha. FInalmente, publica-se esta sua obra que compila vários manuscritos escritos 25 anos antes e acompanhada da tradução de Amphitrion de Platão que havia publicado já em 1515. Tendo saído pela primeira vez em 1543, esta é uma das mais estimadas edições. Raro.

Ӭ Palau, 142236

88 mACEDo ( José Agostinho de) O DESENGANO, periódico político, e moral. N.º 1 (1830) – n.º 27 (1831) . Lisboa: Na Impressão Régia, 1830-1831

22 [de 27] n.ºs; 210 mm. Exemplar com falta dos n.ºs 23 a 27; Encadernação com lombada e cantos em pele; restauros.

€ 30 — 50

ColECção ComplETA. pRImEIRA EDIção DEsTE pERIóDICo, o úlTImo publICADo poR José Agostinho de Macedo, tendo o último número sido publicado póstumo. Raro.

Ӭ Inocêncio, v.5, J. 2282

89 mANDRIlloN ( Joseph)RÉVOLUTIONS des Provinces-Unies sous l ’Étendard des Divers Stadhouders, suivies des Aned-octes Modernes . A Nimegue: s.n., 1788

3 v.; v.1: [4], 302 pp.; v.2: [4], 328 pp.; v.3: [4], 230 pp.; 190 mm. Encadernações inteiras de pele; corte das folhas carminado; limpo.

€ 80 — 120

INvulGAR.

90 MANUAL del Baratero, ó Arte de Manejar la Navaja, el cuchillo y la tifera de los jitanos . Madrid: Imprenta de D. Alberto Goya, 1849

[2], 54 pp.: il.; 170 mm. Encadernação em papel; exemplar limpo e com as capas de brochura.€ 60 — 80

pRImEIRA EDIção DEsTE RARíssImo FolhETo QuE ENsINA o moDo DE mANEJAR ARmAs brancas. Publicado anomimamente, a obra procurava fornecer alguns instrumentos de defesa para homens honrados contra uma sociedade com “ciertos males irremediables para los cuales no bastan los preceptos de la relijion, ni los tratados de la moral [...]”, e contra os quais “conviene adoptar un media a fin de hacer que dichos males sean menos crueles”. A obra está ilustrada ao longo do texto com várias gravuras representando as várias situações e manobras de defesa no uso de arma branca.

• MANUSCRITOS •

Ӭ Brasil, Produção de Açucar91 CORRESPONDÊNCIA entre os irmãos Manuel Brandão Pantoja e Antré de Aguillar Pantoja,

família de Pedro Gouveia de Mello, provedor mor da fazenda do Estado do Brasil em 1618, escrivão da Câmara do Rei e do Desembargo do Paço, fidalgo e Cavaleiro da Ordem de Cristo, escritas no contexto das invasões holandesas no Brasil.

€ 300 — 500

Com TRês CARTAs DE GRANDE ExTENsão, são REFERIDos ImpoRTANTEs DETAlhEs, Não só sobre a produção do açucar em particular, mas também do contexto social, económico e político vivido na época pelos proprietários de grandes plantações de açucar, em particular o relato de vários ataques dos holandeses, quer por mar, através das acções de pirataria, quer em terra, com queimas e outro tipo de acções.

Contém três cartas: (1) s. d., incompleta; carta de Manuel Brandão Pantoja ao irmão André Pan-toja, 8 pp., 310x215 mm.; (2) 1649, 18 de Outubro, Lisboa, Carta de André Pantoja a Manuel Pantoja, 27 pp.; (3) 1650, 20 de Julho, Baía; Carta de Manuel Pantoja a André Pantoja, 7 pp.; (4) outros documentos e árvores genealógicas

Conjunto valioso.

Ӭ Iluminura Medieval92 [CALENDÁRIO & REGRA DE S. BENTO]� . 1273

Manuscrito sobre pergaminho, 82 ff. calendário; 47 ff., Regra S. Bento em Latim; 50 ff., Regra de S. Bento português; 290 mm. Com falta dos primeiros fólios, correspondendo às calendas

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lote 92

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de Janeiro; primeiro fólio do manuscrito com perda de suporte, afectando o texto; pequenos defeitos menores em poucos fólios.

€ 20.000 — 30.000

lINDíssImo mANusCRITo mEDIEvAl, ComposTo NumA pRImEIRA pARTE Com o CAlENDáRIo religioso, uma segunda parte com a Regra de S. Bento, esta iniciada com uma bonita iluminura e, finalmente, a Regra de S.Bento em português, provavelmente de finais do século XV.

No final das duas primeiras partes que compõem o manuscrito podemos ler, a vermelho: “Frat petrus salamantinº monachº vallis paradisi scripsit [et] perfecit kalendariu[m] [et] utam regulam ad honore[m] fillij dei [et] bte virginis marie [et] [ilegível] ad utilitate[m] monastij Sti iohis de tharauca. [...] Era m.ccc.xi”.

Portanto, o manuscrito será de 1273 e, segundo esta inscrição, foi executado pelo Frei Pedro de Salamanca para o convento de S. João de Tarouca em Viseu. Documento de grande valor e raridade.

Ӭ Terramoto de 175593 mAYA (manuel da)

DISSERTAÇÃO sobre a Renovação de Lisboa . S.l.: 1755-1756

[40] ff.; 220 mm. Encadernação inteira de pergaminho da época, guardas novas; em bom estado de conservação.

€ 500 — 800

ImpoRTANTE TRAbAlho DA lAvRA DE mANuEl DA mAIA, ENGENhEIRo-moR Do REINo aquando do terramoto de 1755 e grande responsável pela reconstrução da cidade de Lisboa. Segundo Cristóvão Aires são conhecidas algumas cópias deste manuscrito em organismos públicos e de acordo com as indicações de Brito Aranha no Suplemento ao Dicionário Bibliográfico, existe uma cópia na posse dos herdeiros de António Ferreira Simas com a seguinte nota manuscrita: “Deixou o autor de fazer a quarta parte não se sabe porquê”, nota essa que está presente na cópia que aqui apresentamos.

Este trabalho de Manuel da Maia apresenta um “complexo plano de obras de aterramento, de esgotos, de higiéne, de alinhamento de ruas e travessas nas partes da cidade a reconstruir ou a construir de novo, de construção de edifícios públicos, entre eles os Paços Reais, a Biblioteca e as Alfandegas, e também particulares, nas devidas condições de segurança contra tremores de terra e de isolamento do fogo” [Cristóvão Aires, p. 24]. A terceira parte trata dos serviços de limpeza, esgotos, abastecimento de água, bocas de incêndio, reconstrução dos edifícios do Terreiro do Paço, etc. Manuscrito de enorme im-portância para a história da reconstrução da cidade de Lisboa.

Ӭ AYRES, Christovam, Manuel da Maya e os engenehiros militares portugueses no Terramoto de 1755, Lisboa, Imprensa Nacional, 1910; Inocêncio, v.16, p. 258

Ӭ Macau94 CARTAS Autógrafas dirigidas à Condessa do Redondo.

1785, 23 de [?]. Carta de Agostinho Vila, da Missão de Macau à Condessa. 2 pp. em papel, as-sinada.

1785, 23 de Dezembro. Carta de Manuel Correia Vieira, sacerdote da Missão de Macau. 3 pp. em papel, assinada.

€ 30 — 50

ColECção DE DuAs CARTAs DIRIGIDAs à CoNDEssA Do REDoNDo oRIuNDAs DA mIssão DE Macau. O primeiro está escrito em língua italiana, a segunda em português, ambas dão notícia de vários acontecimentos relacionados com as missões na China, referindo-se a primeira delas a um pedido de ajuda para a obtenção da licença na abertura de um seminário em Macau.

As duas cartas com perdas de suporte, encontrando-se a primeira sem uma parte do texto. Se-gunda carta também com perda de suporte.

95 [oRsINI (latino)]FABRICA do Radio Latino [tradutor Pedro Vaz Pereira? ]. s.l.: s.n., s. XVII

[61] ff.; 250 mm. Encadernação em pergaminho da época com atilhos; limpo e bastante legível, sem a acidez natural do pigmento.

€ 200 — 400

CópIA mANusCRITA DE umA TRADução poRTuGuEsA DA CoNhECIDA E ImpoRTANTE obRA DE Latino Orsini, ‘ Trattato del Radio Latino […]’, publicado originalmente em língua italiana em 1583. Esta cópia está ilustrada com desenhos também manuscritos,copiando as gravuras originais da edição italiana impressa e está numa belíssima letra do século XVII.

O Radio Latino era um instrumento de medição inventado por Latino Orsini no final do s. XVI e que tornava todas as medições necessárias, seja para navegação, engenharia ou táctica militar bastante mais simples.

Barbosa faz referência a esta obra e atribui a sua tradução a Pedro Vaz Pereira, segundo o bib-liógrafo, natural de Portalegre e “muito perito na Arquitectura e Matemática”. Ainda segundo Barbosa, este autor compôs e dedicou esta obra em 1603 a D. Teodósio II, Duque de Bragança. Inocêncio não faz qualquer referência à obra ou ao autor. Presumimos que a obra referida por Barbosa é uma das cópias manuscritas conhecidas desta tradução para português.

Ӭ Barbosa, v. 3, p. 624

96 [TRATADO sobre Estratégia militar Terrestre e Naval]�. S.d.

páginas numeradas de 21-26, 31-227, 236-242 seguidos de 2 ff. em branco, terminando com 4 ff. de índice incompleto. Encadernação moderna em pergaminho com atilhos; ocasionais restau-ros; acidez própria da tinta da época.

€ 200 — 300

CuRIosíssImo mANusCRITo, pRovAlvEmENTE DE FINAIs Do séCulo xvII, EsCRITo Com cuidado e esmero, encontrando-se o texto enquadrado por uma cercadura também manuscrita e espessura considerável, encimado pela numeração das páginas. Apesar de incompleto, a obra começa pelos conceitos matemáticos utilizados pelos militares, passando depois aos aspectos mais práticos e terminando com os assuntos relacionados com a marinha.

Com ilustrações também manuscritas, relativamente simples, representando as posições das tro-pas nas mais variadas situações. Termina com uma bonita rosa dos ventos colada sobre a página cor-respondente.

97 1374, 15 de Agosto; 1 fol. em pergaminho de 330x205mm.

TESTAMENTO de Martim Afonso Valente, escudeiro e morador em Lisboa, fazendo seus filhos herdeiros universais. Entre outras disposições manda enterrar o seu corpo no mosteiro de São Francisco. Sinal de tabelião, Vasco Gonçalves. Aparado.

€ 80 — 120

98 AFoNso v (D.)1471, 8 de Maio. Confirmação que fez D. Afonso V a D. Maria de Souza da vila de Alvito, Vila Nova, e Ribeira de Niza para as possuir na mesma forma que seu pai Diogo Lopes.

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55lote 99

Documento sobre pergaminho, assinado, com falta do selo pendente; 400x520 mm. Acom-panha o documento uma cópia realizada em 1787 pelo tabelião Bernardo José de Figueiredo e Silva.

€ 150 — 200

99 ANTóNIo pRIoR Do CRATo (D.)CARTA AUTÓGRAFA dirigida a D. Diogo Botelho. [1581(?) ou 1589(?)], 15 de Setembro, assi-nada, 4 ff. em bifólios de papel, 6 pp. de texto; 320 mm. .

Caixa em veludo vermelho com títulos a ouro na pasta anterior; carta em perfeito estado de conservação apenas com pequeno restauro para reforço das margens, sem afectar qualquer linha de texto; letra bastante legível e sem manchas; lacre em belíssimo estado de conservação; papel protegido com folha de pergaminho antigo que não lhe pertence.

€ 1.500 — 2.000

mAGNíFICo DoCumENTo. CARTA EsCRITA poR D. ANTóNIo pRIoR Do CRATo A D. DIoGo Botelho, provavelmente no ano de 1589, logo após a tentativa falhada de desembarque das tropas inglesas em Lisboa, comandadas por Francis Drake.

D. António havia já tentado o apoio da Raínha Isabel I sem sucesso, refugiando-se na corte francesa para o apoio necessário à resistência na Ilha Terceira. Fracassado este, D: Isabel manda chamar D. António a Inglaterra e aí se procurou organizar uma ofensiva, apenas retardada pela tentativa de con-quista das ilhas britânicas por Filipe II e a sua Invencível Armada. Enfim em 1589 é encarregue Francis Drake, famoso corsário, da ofensiva que fracassou estrondosamente, regressando ao porto de Plymouth junto com D. António.

A carta começa por relatar um encontro entre D. António e alguém não identificado a quem D. António expressa o desejo de se encontrar com a Raínha para cumprir com o “devido oficio de fazer reverência”, de manifestar de forma clara que os portugueses não eram a causa de um insucesso — “apos iso [do oficio de reverência] para lhe desfazer com razões de que se elaa notase a mera enformação que tinha de averem procedido mal a nação portuguesa et se esa a causa do mao sucesso et de lhes porem nome de traidores” —, e de pedir alguma ajuda financeira. Mas se o pedido de audiência não pudesse ser satisfeito por algum impedimento da soberana, suplica D. António por esmola nos seguintes termos: “lhe pidia me fizese esmola de com q podesse desempenhar meus criados et mandalos et se ma quisese também fazer de ma dar algum entretenimento p.a poder esperar milhor tempo et com ese crédito ir buscar algum remedio me faria mui grande [..]”.

Estes dois assuntos da carta — o insucesso dos portugueses e a súplica por ajuda financeira — fazem crer como mais provável datação 1589, podendo o insucesso referir-se à incursão da armada inglesa nesse ano a Lisboa e a situação financeira e de desobrigação dos criados de D. António uma consequên-cia desse facto. Outros sinais existem que podem ajudar a corroborar esta possibilidade, nomeadamente junto ao sinete lacrado, vem uma indicação manuscrita em língua francesa, com letra do século seguinte, que afirma “Lettre originale que le Roy Don Anthoine a escrit au Seigr. Dom Dieguo Bouttellio”. D. Diogo Botelho esteve com D. António até à sua morte em 1595 em Paris.

No entanto, também é verdade que já antes D. António havia estado em Inglaterra para tentar um primeiro apoio da coroa Inglesa em vez de França. Em 1581, por influência de D. Diogo, D. António tentou que a raínha Isabel I lhe prestasse auxílio na guerra contra D. Filipe II. Segundo a cronologia in-dicada por Veríssimo Serrão, que terá regressado a França a 30 de Setembro de 1581, mês que é o mesmo desta missiva. É também referido que D. Manuel, filho de D. António, partiu “com tenção de se valler do Conde de Essex”. O Conde de Essex chegou a estar na expedição comandada por Francis Drake desobe-decendo a Isabel, mas foi mandado regressar pela soberana. É verdade que o Conde manteve influência junto da raínha até 1599, mas parece pouco provável que D. António tentasse obter daí qualquer apoio tão próximo do fracasso de 1589.

Mantemos por isso a ressalva quanto à data da missiva que só uma crítica mais apurada, impos-sível neste contexto, pode dissipar.

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Além de D. Manuel e do Conde de Essex, são referidos outros nomes na carta, em particular Francisco António, Francisco Gomes - “de ser preso Francisco Gomes me pesa eu procurarei de mandar as provisões que disseis” —, Manuel Fernandes, tesoureiro mor de D. António; Fr. José Teixeira, que ha-via estado preso em Lisboa depois da campanha da Terceira, tendo conseguido fugir em 1583 para França.

Carta bastante interessante, e com algumas notas que podem ser interessantes para o estudo daquele período da história portuguesa.

Ӭ SERRÃO, Joaquim Veríssimo, História de Portugal, v. 4, p23 e seguintes

100 ARQUIVO DA CASA DO POÇO, LAMEGO .

€ 400 — 600

ARQuIvo Com DoCumENTAção váRIA DA CAsA Do poço, lAmEGo, ACTuAl musEu DE ARTE Sacra da Diocese de Lamego, situado em lugar priveligiado daquela cidade, mesmo em frente à Sé. A casa do Poço pertenceu famílias da alta nobreza portuguesa, tendo pertencido à família “Carvalhos” até ao final do século XIX (cf. Felgueiras Gayo, v. IX, §15). Pertenceu a esta Casa, por exemplo, o ilustre e distinto autor do “Tratado das Cores”, Diogo de Carvalho Sampaio.

No arquivo consta vária correspondência epistolar, cópias de documentos, etc., desde finais do século XVIII, tratando de vários assuntos, entre eles sobre as propriedades na região do Douro.

101 ARQUIVO DO PAÇO DE GOMINHÃES .

€ 2.500 — 3.000

ARQuIvo pRovENIENTE Do pAço DE GomINhãEs, Em CAlDAs DE vIzElA, pAço sENhoRIAl que remonta ao século XIII e hoje património de interesse público. A construção do Paço senhorial remonta ao reinado de D. Sancho I, conforme é descrito numa inquirição de 1280 tendo uma rica história desde esse momento até ao presente.

O Paço de Gominhães, inicialmente ligado à família dos Carvalhos do Poço, Lamego, é, ao longo dos séculos, lugar de encontro das mais nobres famílias portuguesas daquela região do país. “A meio do terreiro, no Paço de Gominhães, está plantado um robusto carvalho, nome deta Família, representante dos Carvalhos do Poço. O vento, ao fazer dansar os ramos, falta também nos Cirnes, de Gominhães, casa hoje sua, a vir pela bisavó, e nos Viscondes de Peso da Régua, a varonia actual. Diz dos Condes de Vila Pouca, dos da Feira e dos Arcos, dos de Avintes. Murmura mais nomes: os Pereiras, de Bertiandos, os Ferreira d’Eça de Cavaleiros, os de Ribalonga e Espinhosa, os do Arco, em Vila Real. Sussurra os Re-belos da Beira, os Menezes do Morgadio de Paredes a figurarem nos seus apelidos. As rajadas traz mais casas: as dos Soares de Albergaria, dos Silveiras, dos Lemos da Trofa. E vínculos: o de Celeirós, o de Ramalde, o da Pena e o da Torre de Azevedo. Não pára de cantar do vento: são os de Minotes, os Silvas de Alcobaça, os Guedes, os Leites de Tagilde. Os Lancastres de varonia real, (D. João II) os dos Marquês de Vila Real da Praia Grande, os Viscondes de Asseca. Encontra também os Condes de Castro, os de S. Martinho. E todos os outros, entre a ramagem, emaranhados” [Moraes, pp. 316-317].

O arquivo é constituído por 37 pergaminhos que remontam a 1405, e outros documentos do século XVIII, na sua maioria relativos a propriedades e heranças pertencentes ao morgado.

Pergaminhos, alguns de legibilidade muito difícil pelo seu estado de conservação, mas a grande maioria com boa legibilidade. ImpoRTANTE E vAlIoso.

102 COPIADOR de vários documentos do século XVII e compilado no século seguinte. De entre os docu-mentos existem várias sentenças da Inquisição, testamentos, por exemplo o de D. João IV ou de D. Teodósio, descrições várias, por exemplo sobre a morte de D. João IV e as suas circunstân-cias, documentos relativos à guerra com Espanha na sucessão a D. Sebastião, entre eles várias sentenças contra D. António e prisão de pessoas associados à sua causa, entre muitos outros assuntos.

1 v. com 258 ff., das quais 248 manuscritas, 10 brancas e 4 ff. dactilografadas de índice. Encader-nação com lombada em pele.

€ 80 — 120

No FINAl Do volumE EsTá um íNDICE DACTIloGRAFADo DE ToDos os DoCumENTos constantes no volume. Curioso.

103 CuNhA (D. luís da) Manuscritos de D. Luis da Cunha [...]� q contem huma Carta a seu sobrinho Monsenhor Patriar-cal, derigindo-lhe a Carta, que tinha feito a instancia do Secretario d’Estado Marco António d’Azevedo Coutinho: e as observaçoens em Carta escripta ao S.or Infante D. Manuel sobre o projecto das condições em que concordarão os Reys de França, e Gran Bretanha, para fazerem as pazes, entre S.M. Imp.al e El Rey de Cecilia, cujo projecto se foi realizar no Congresso de Ultrecht, aberto aos 29 de Jan.ro de 1712. s.l.: s.n., 1819

190 [de 205] ff.; 220 mm. Exemplar em brochura com papel decorativo a servir de capa; com falta de fólios de texto; letra legível e assinado pelo copista.

€ 80 — 120

CópIA mANusCRITA Do séCulo xIx Do mANusCRITo DE D. luís DA CuNhA, ImpoRTANTíssImo diplomata português da primeira metade do século XVIII com vários escritos seus que só muito mais tarde vieram a conhecer a publicação.

O presente manuscrito contém a seguinte indicação no final: “esta copia destes preciozos M.S. do Grande D. Luis da Cunha, tal como a achei, no M.S. que houve: e em hua alteração se fes no estilo, palavras, e orthographia que em muitos lugares e palavras (que se conservarão segundo o original) cum-pria grandes retoques; e a orthographia se acha muito variada, e inverta, sendo obra do copista, e não do A. Pelo que tal qual era, assim a deixamos; e para nossa resalva, deixamos aqui registado o nosso parecer. Feito em Anelhe aos 20 de Fev.ro de 1819”. Trata-se, portanto, de uma das várias cópias dos textos de D. Luís da Cunha que circulavam e que foram durante algum tempo a única forma de os conhecer, pois só mais tarde (em alguns casos só no s.XX) foram impressos.

Este manuscrito, com falta dos fólios numerados manuscritamente de 2 a 17, contém os seguintes textos de D. Luís da Cunha: (a) Carta a seu sobrinho Mons. da Patriarcal e em que lhe remette o Dis-curso que tinha feito às instancias do Secretário de Estado Marco António de Azevedo Coutinho, e o motivo porque lha não mandou; (b) Carta ou Discurso dirigido a Marco António de Azevedo Coutinho; (c) Carta sobre a empreza e descobrimento, que se deve intentar na comunicação pelo interior do Certão de Angola, Monomotapa, e chegar a Mossambique, derigida ao Cardeal D. Nuno da Cunha em 1725; (d) Observaçoens derigidas ao Snr. Infante D. Manuel sobre o Projecto das condicoens, com que comcor-darão os Reys de França, Gr. Bret.ª para fazerem as Pazes entre S. Mag. Imp., e El Rey de Cicilia, cujo projecto se foi realizar no Congresso de Ultrecht, aberto em 29 Jan.ro de 1712.

Interessante manuscrito. Ӭ Inocêncio, A.274

104 hERCulANo (Alexandre) CARTA Autógrafa, datada de Outubro de 1974. 10 ff.; 210 mm. .

Encadernação moderna em precalina com título a ouro na pasta anterior.€ 40 — 80

ExTENsíssImA CARTA AuTóGRAFA DE AlExANDRE hERCulANo, DIRIGIDA A um desconhecido, escrita durante o período de refúgio em Vale de Lobos sobre o problema da emigração rural para as grandes cidades do país.

Refere-se, ao que parece, a uma polémica com Paulo de Moraes que argumenta contra Alexandre

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Herculano sobre as suas considerações àcerca do assunto. A partir daí, Herculano refere-se aos prob-lemas de levantamento dos problemas da indústria agrícola e dos dados estatísticos obtidos pelos meios oficiais como fonte principal para o estabelecimento de políticas concretas no que respeita à agricultura e aos trabalhadores agrícolas em particular.

Ao longo de todo o texto, refere-se à situação dos operários agrícolas e à condição salarial. Por exemplo, sobre a proposta que Paulo de Moraes faz sobre salários capitalizados escreve Herculano: “No pensar do Snr Paulo de Moraes a pouco onerosa acquisição da terra pelo aforamento, a parceria agrícola, e, às vezes, as sobras do salário estão facilitando ao trabalhador rural o gozo da propriedade. Ignoro como a parceria agrícola facilita ao trabalhador o gozo da propriedade. Saberá explicá-lo o Snr. Paulo de Moraes. Os salários capitalisados a que se refere conheço-os de ha muito; de uma epocha em que elle, provavelmente, apenas começava os seus longos e profundos estudos sobre estas complexas matérias”.

Termina a carta propondo, antes de mais, a supressão da “anarchia moral e estabelecer o respeito mútuo” entre os direitos das várias classes ou categorias sociais.

105 MENTIRA (A) manifestada por si mesma:� ou Analiz�e da Sentença proferida em 12 de Jan.º de 1759 Contra o Duque de Aveiro e mais Fidalgos . s.l.: s.n., s.d.

136 pp.; 215 mm.€ 80 — 120

INTEREssANTíssImo mANusCRITo ANóNImo sobRE o pRoCEsso DE ExECução Do DuQuE DE Aveiro. Cremos ser obra inédita, de uma data relativamente próxima aos acontecimentos e, provavelmente escrita por um padre jesuíta pelas várias referências que se faz à inocência da Companhia de Jesus nos acontecimentos e perseguições a que foram sujeitos em Portugal e que levou até à sua suspensão pelo próprio Papa.

Também manuscritos estão os dizeres “Carmo” e “Braga” podendo indicar que o manuscrito pertenceu ao mosteiro dos padres carmelitas de Braga, provavelmente até à extinção das ordens em 1834. Possui também o carimbo de posse do Seminário das Missões de Viana do Castelo.

106 PRINCIPIOS Gerais da Astronomia Para o uz�o das Sciencias Naturais, e Bellas Letras Necessarios ao Estudo da Mocidade Portuguez�a. s.l.: s.n., s.d.

111 ff.; 23 desenhos manuscritos, 1 gravura impressa; 220 mm. Encadernação moderna inteira de pele com títulos a ouro na lombada; corte das folhas carminado.

€ 200 — 300

CuRIosíssImos mANusCRITo DE AsTRoNomIA, IlusTRADo Com váRIos DEsENhos manuscritos representando aspectos da ciência tratados na obra, escrito depois de 1772 e antes de 1781.

De autor desconhecido, possui a indicação manuscrita de ter pertencido a um padre Jesuíta. A obra possui a seguinte organização: Ao Leitor; Dalguns termos necessarios para a inteligencia da Astro-nomia, e Geografia, e bellas Letras; Breve introdução da Astronomia; Da Astronomia e Esfera.

Não existe qualquer indicação da data do manuscrito, mas compulsando o volume verificamos que se refere ao sistema solar sem qualquer referência a Urano, descoberto em 1781 por William Her-schell, pelo que se torna possível dizer que a obra é de data anterior a 1781. No §37 do capítulo “Breve Introdução...”, é possível ler sobre o estabelecimento da disciplina em Portugal e aí se refere D. José I e a reforma da Universidade de Coimbra em 1772. Portanto, o manuscrito será do período compreendido entre essas duas datas.

107 pusICh (António)MEMÓRIA ou Descripção Físico-Política das Ilhas de Cabo-Verde . s.l.: s.n., 1810

26 ff.; 250 mm. Encadernação com lombada em pele da época; manuscrito em bom estado de conservação, numa letra bastante legível e em papel de boa qualidade.

€ 100 — 150

CópIA mANusCRITA DEsTA obRA só publICADA Em 1956 poR oRlANDo RIbEIRo NA REvIsTA ‘Garcia de Orta’. A obra foi escrita pelo autor enquanto foi intendente de Marinha das Ilhas e depois governador daquelas ilhas.

Figura importante do seu tempo, António Pusich, nobre natural de Ragusa, actual Croácia, dedi-cado à navegação comercial. De fina instrução visitou Portugal pela primeira vez em finais do século XVIII, tendo, junto da corte portuguesa, conhecido a sua futura mulher, Ana Maria Isabel Nunes, filha do valido de D. Maria I Manuel Nunes. Aqui se estabelece, tendo então acumulado variadíssimas fun-ções na marinha portuguesa, chegando a intendente da Marinha em Cabo Verde em Março de 1801 e Governador a partir de 1818. É nessa ilha que nasce a sua quinta filha, António Pusich, uma grande figura das mulheres portuguesas.

O manuscrito está dividido em vários temas e procura traçar um retrato social, político, económi-co e cultural das ilhas de Cabo Verde.

108 REGIMENTO para a Casa da India, Mina, e Guine. Que mandou fazer o muito alto e muito poderoso Principe Dom Ioão IV [...]. s.l.: s.n., 1655

[2], 65 ff.; 295 mm. Encadernação em pergaminho da época.€ 150 — 200

INTEREssANTE CópIA mANusCRITA Do REGImENTo DA CAsA DA íNDIA, mINA E GuINé DEpoIs da restauração da independência em 1640, numa bonita e muito legível letra do s. XVII. Com carimbo de Bicker.

109 TRATADO de Cosmographia . s.l.: s.n., s.d. [s. XVIII?]

135 ff com 3 gravuras manuscritas desdobráveis, 19 ff. e 12 ff. desdobráveis. Encadernação em pergaminho da época.

€ 150 — 200

CuRIosíssImo mANusCRITo, Em líNGuA EspANholA DE AuToR Não IDENTIFICADo, contendo um tratado completo de cosmografia. A obra está ilustrada com três desenhos manuscritos em folha dupla desdobrável. Depois de um fólio com a palavra “FIN” vêm mais 19 ff com tabelas e representações trigonométricas e mais 12 ff. desdobráveis. Muito interessante.

• fim de manuscritos •

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110 mARTINEllI (Dominico)TRATADO de los Reloz�es Elementares Ó el modo de hacer reloxes con el Agua, la Tierra, el Ayre, y el Fuego. Y en que, con la mayor facilidad, y poquisima costa, se aprende á añadirles los mas prodigiosos movimientos de los Astros, y Planetas, como de diversas figuras, el canto de las aves, y otras invenciones. Traducido del Frances al Castellano por Don Francisco Perez Pastor. En Madrid: en la Imprenta de Don Juan Antonio Lozano, 1770

[]4, B-X4; [6], 162 pp., 14 gravs.: il.; 210 mm.Encadernação inteira de pergaminho da época restaurada; acidez; carimbo da Sociedade Hebraica Argentina no verso do frontispício.

€ 500 — 800

RARíssImA pRImEIRA E úNICA EDIção Em CAsTElhANo DEsTA obRA ClássICA sobRE A construção de relógios. A primeira edição da obra foi publicada em língua latina em 1669 e foi uma das primeiras que teorizou sobre a construção de relógios com figuras e toques às respectivas horas. É tida como uma das obras que possibilitou a origem dos relógios de cuco que surgiram já no século XVIII.

A obra divide-se em quatro partes, referindo-se a primeira aos relógios de pêndulo de água e a respectiva explicação do mecanismo de circulação; a segunda sobre o relógios de terra ou areia, a terceira sobre os relógios de ar e a quarta sobre os relógios de fogo. Cada uma das gravuras de página inteira representa mecanismo, pêndulos, rodas, tambores, etc.

Nesta tradução para castelhano, Francisco Perez Pastor acrescentou valiosas notas e observações para melhor compreender o texto original. Muito raro.

Ӭ Palau, 154141

111 MÉMOIRE sur l ’antiquité des z�odiaques d’Esneh et de Denderah Tradution de l’Anglais. A Paris: J.M. Eberhart, 1822

[8], 184 pp., 3 gravs.; 230 mm. Encadernação com lombada e cantos em pergaminho; corte das folhas pintado com o mesmo motivo das folhas de guarda; bom exemplar.

€ 40 — 60

EDIção RARA, sEGuNDo bRuNET NumA TIRAGEm DE ApENAs 60 ExEmplAREs, IlusTRADA Com três gravuras, duas delas desdobráveis.

Ӭ Brunet, 8192

112 mEsA (sebastian de)IORNADA de Africa por el Rey Don Sebastian. y Union del Reyno de Portugal a la Corona de Cas-tilla . En Barcelona: Por Pedro Lacavalleria, 1630

[]2, A-Z, Aa-Tt4, Vv2; [2], 169, [1] ff.; 235 mm. Encadernação moderna em pergaminho com lombada decorada a ouro; nada aparado; ligeira acidez. Belíssimo exemplar.

€ 200 — 400

obRA muITo RARA sobRE A JoRNADA Em áFRICA DE D. sEbAsTIão E A pRoblEmáTICA DA uNIão das coroas de Portugal e Castela.

Ӭ Sousa Câmara, 1919; Salvá, 3360; Palau, 166152; Vilhena, 5, 273

113 mIRANDA (Francisco sá de) AS OBRAS do Doctor Francisco de Saa de Miranda Agora de novo impressas com a Relação de sua calidade, & vida. Lisboa: Vicente Alvarez, 1614

¶4, ¶¶8, A-V8; [12], 160 ff.; 200 mm. Encadernação inteira de pele da época, cansada; corte das folhas carminado; acidez e manchas de humidade; alguns cortes de traça; frontispício restau-rado.

€ 600 — 800

muITo RARo. sEGuNDA EDIção. publICADA oRIGINAlmENTE Em 1595, As obRAs DE FRANCIsCo Sá de Miranda revelam-se das primeiras manifestações portuguesas de géneros renascentistas como a écloga e a sextina, assim como o soneto e a canção.

Ӭ Samodães, 2933; Inocêncio,v.3, p. 53

114 moNCoNYs (balthasar de)VOYAGES de M. de Monconys, conseiller du roi et lieutenant criminel au Siege Presidial de Lyon . Paris: Pierre Delaulne, 1695

4 tomos em 5 v.; 1v: portada, [46], 538 pp., 16 gravs; 2v. 1.ª parte: [4], 346 pp., 10 gravs.; 2v, 2.ª parte: [6], 374 pp., 14 gravs; 3v.: [2], 534 pp., 5 gravs.; 4 v.: [8], 546, [102] pp., 7 gravs.: il.; 155 mm. Encadernações uniformes da época, cansadas; corte das folhas carminado; acidez.

€ 400 — 600

EDIção RARA, IlusTRADA Com um ToTAl DE 52 GRAvuRAs, DEsTE DIáRIo DE vIAGENs publicado pela primeira vez numa versão curta pelo filho do autor. Monoconys foi um viajante francês, diplomata e magistrado. As suas viagens ocorreram de 1628 a 1664.

A obra está dividida da seguinte forma: v.1: Portugal, Itália e Egipto; V.2, p.1: Siria, Constanti-nopla e Ásia Menor; v.2, p.2: Inglaterra e pasíses baixos; v.3: Alemanhã e Itália; v. 4: a última viagem de Monconys a Espanha e um longa carta escrita por ele de Constantinopla em 1648 sobre a porte do Sultan Ibrahin e outras cartas entre o autor e os seus amigos, bem como alguns tratados sobre poesia, química, receitas, etc.

Raro.

115 mouRA (miguel de)CHRONICA do Cardeal Rei D. Henrique e Vida de Miguel de Moura escripta por elle mesmo. Lis-boa: Sociedade Propagadora dos Conhecimentos Úteis, 1840.

XIV, 186, [4] pp. Junto com:

GoDINho (pe. manuel)RELAÇÃO do Novo Caminho que fez� por terra e mar, vindo da Índia para Portugal, no anno de 1663, o Padre Manuel Godinho da Companhia de Jesus. Segunda edição. Lisboa: Sociedade Propagadora dos Conhecimentos Úteis, 1842.

XVI, 234, [4] pp. Junto com:

s. bERNARDINo (Fr. Gaspar de)ITINERARIO da India por Terra até a Ilha de Chypre [...]�. Lisboa: Typographia de A. S. Coel-ho, 1842

[8], 260 pp.; 200 mm. Encadernação da época, sem a lombada; acidez.€ 15 — 20

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116 NEvEs ( José Acurcio das) NOÇÕES Históricas, Económicas, e Administrativas sobre a Produção, e Manufactura das Sedas em Portugal, e particularmente sobre a Real Fabrica do Rato e suas Annexas . Lisboa: Na Impressão Regia, 1827

VIII-406-[2] pp.; 165 mm. Brochado; assinatura de posse no frontispício.€ 40 — 60

José ACúRCIo DAs NEvEs FoI Juíz DE FoRA Em ANGRA Do hERoísmo DEsDE 1796 ATé 1807, ANo em que regressou ao continente, tendo sido nomeado Deputado da Real Junta do Comércio em 1810, chegando a Desembargador da Relação do Porto. Defendeu D. Carlota Joaquina em 1822 como Deputado às Cortes. Foi um fervoroso apoiante da causa de D. Miguel. Natural de Coimbra, 1766, morreu em Sarzedas em 1834. Da sua provecta obra escrita, este seu estudo histórico foi um dos primeiros a dedicar-se à história industrial portuguesa.

Ӭ Inocêncio, v. 4, p. 181

117 NoRoNhA (D. leonor de)CORONICA Geral de Marco Antonio Locio Sabelico des ho começo do mundo at nosso tempo. Tre-sladada de latim em lingoage Portugues por Dona Lianor filha do Marques de Vila real Don fernando [...]. Coimbra: João Alvarez e João de Barreira, 1550-1553

2 v.: ¶4, A-X8, Y6, Z7; [8], ccclxiii pp.; *4, A-Z8, a-d8, e7; [8], ccccxliii pp.; 285 mm. Encader-nações modernas inteiras de pele grená, decoradas a ouro nas pastas e lombadas; guardas em papel de ceda; roda decorativa a ouro nas seixas; corte superior dourado por folhas, restantes cortes carminados; carimbo de posse “T. Norton”; frontispício do primeiro volume restaurado com pequena perda de suporte, aparado; manchas de acidez e humidade com maior intensidade no primeiro volume; segundo volume um pouco aparado por vezes afectando notas marginais.

€ 1.500 — 2.000

RARíssImA EDIção QuINhENTIsTA poRTuGuEsA Com A TRADução DA ENEIDA DE mARCo António Sabelico realizada por D. Leonor de Noronha, filha de D. Fernando, marquês de Vila Real e natural de Évora no ano de 1488. Segundo António Caetano de Sousa (História Genealógica, v. 5, p. 204) foi discípula de André de Resende, facto de que alguns autores duvidam, mas seguramente discípula de Cataldo sobre quem o próprio humanista dizia ter sido uma das suas mais brilhantes alunas.

No final da primeira Eneida, vem um capítulo sobre Job que alguns autores intitulam “Tratado da historia de Job”, um original de D. Leonor de Noronha de que Inocêncio chegou a duvidar a sua existência. Obra raríssima e valiosa.

Ӭ Inocêncio, v. 5, p. 179; Samodães, 2223; Anselmo, 271 e 294; Pinto de Matos, 423

118 olIvEIRA (Fr. Nicolau d’)LIVRO das Grandez�as de Lisboa Composto pelo Padre Frey Nicolao d’Oliveira. Em Lisboa: por Jorge Rodriguez, 1620

[]2, §4, ¶-¶¶4, A-Z8, Aa6; [14], 186, [4] ff.; 205 mm. Encadernação inteira de pergaminho não contemporânea; boas margens; manchas nos últimos fólios, com perdas de texto no último folio de índice.

€ 150 — 200

pRImEIRA EDIção DEsTA ImpoRTANTE obRA QuE CoNTém NA pARTE TopoGRáFICA E descritiva muitas e interessantes notas. A obra é dividida em dez tratados, sendo os três primeiros dedicados à origem do reino de Portugal, os quatro seguintes à descrição de Lisboa, o oitavo às pocessões de África, Índia, Ásia e Brasil e os dois últimos às despesas do reino de Portugal. Muito raro.

Ӭ Inocêncio, v.6, p. 289

lote 117

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119 ouDIN (Cesar)REFRANES o Proverbios Castellanos Traduz�idos en lengua Francesa Proverbes Espagnols traduits en François, par Cesar Ordin [...]. Revues, corrigez & augmentez en ceste troisieme edition, de plus de quatre cens Proverbes, par le mesme. A Paris: Chez Pierre Billaine, 1624

a4, A-S8, T4; [8], 296 pp.; 170 mm. Encadernação inteira de pergaminho da época; mancha de humidade.

€ 100 — 150

CompIlAção DE váRIos pRovéRbIos CAsTElhANos, TRADuzIDos pARA FRANCês poR CésAR Oudin, o primeiro tradutor de D. Quixote para francês. A primeira edição é de 1608. Raro.

Ӭ Palau, 207297

120 pAsCAl (blaise)PENSÉES de Blaise Pascal Précédées d’une notice sur sa vie, par Mme Périer, sa soeur. A Paris: Chez Lefévre, 1838

retrato, [4], 424 pp.; 215 mm. Bonita encadernação inteira de pele, ricamente decorada a ouro nas pastas e lombada com motivos florais e o super-libros falante “La Marquise de Saldanha”.

€ 50 — 80

CuRIosA EDIção Dos pENsAmENTos DE pAsCAl IlusTRADo Com um RETRATo Do AuToR.

121 pEllICER Y sAFoRCADA ( Juna Antonio)ENSAYO de una Bibliotheca de Tradutores Españoles donde se da noticia de las traducciones que hay en Castellano de la Sagrada Escritura, Santos Padres, Filosofos, Historiadores, Medicos, Oradores, Poetas, asi Griegos como Latinos; y de otros autores que han florecido antes de la invencion de la imprenta. Preceden varias noticias literarias para las vidas de otros escritores españoles. En Madrid: por D. Antonio de Sancha, 1778

lote 122

¶-¶¶, A-Z, Aa-Cc, A-Y4; [8], 206, [2 br.], 175 pp.; 210 mm. Bom exemplar; encadernação in-teira de pele da época; corte das folhas carminado; limpo.

€ 100 — 150

pRImEIRA EDIção DEsTA ExCElENTE obRA DIvIDIDA Em DuAs pARTEs, A pRImEIRA Com biografias de autores espanhóis, entre eles, Cervantes, e a segunda com notas biobibliográficas sobre tradutores para língua espanhola de obras clássicas. Raro.

Ӭ Palau, 216851

122 pEREIRA (António pinto) HISTORIA da India no Tempo em que a Governou o VisoRey Dom Luís de Ataíde . Em Coimbra: Na Impressam de Nicolao Carvalho, 1616

[]1, ¶11, §4, A-I8, K4, Aa-Tt8, Vv10, ¶3; [32], 152 pp., 162, [3] ff.; 270 mm.Encadernação moderna inteira de pele, lombada cansada; frontispício restaurado e ligeiramente aparado; acidez; fólios finais de índice da segunda parte com restauro no canto inferior afectando o texto no último fólio.

€ 1.500 — 2.000

pRImEIRA EDIção, pRImEIRA TIRAGEm, RARíssImA, DEsTA DEsCRIção DA hIsTóRIA DA íNDIA enquanto foi governador Luís de Ataíde. A obra foi publicada postumamente, por iniciativa de Miguel da Cruz, religioso da ordem de Cristo e segundo o editor, tinha-se começado a imprimir o segundo livro trinta anos antes, mas não o continuara, pelo que só mais tarde o recuperou, integrando a primeira parte.

Segundo Inocêncio, a obra foi escrita “com suma elegância, estilo nobre e agradável, mostrando-se imparcial com o seu herói, tão próprio a inspirar paixão quando dele se fala. Refere sim os sucessos com a grandesa que neles se dá, porém só com aqueles ornatos que se tiram sem violência do fundo das coisas”. Saiu uma edição, em nada diferente da presente, com um frontispício datado de 1617. Raríssimo, não referido por Travel and Exploration.

Ӭ Inocêncio, v.1, p. 238; Samodães, 2494; Ameal, 1798; Palha, 4173.

123 pEREs (Fernando)CRONICA da fundaçam do moesteyro de san Vicente dos conegos regrantes:� da hordem do aurelio doc-tor sctõ Augustinho:� e[m]� a cidade de Lixboa . Coimbra: Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, 1538

a-f4; [24] ff.; 190 mm. Encadernação inteira de carneira do século XIX com pequenos furos de traça; corte das folhas carminado; aparo excessivo no frontispício afectando ligeiramente a cercadura gravada; últimos três fólios com pequena perda de suporte afectando ligeiramente o texto; o nosso exemplar possui a indicação manuscrita a carvão de que pertenceu a Martinho da Fonseca, facto que não podemos de todo confirmar, ficando apenas a nota interessante que foi precisamente o exemplar desse bibliófilo que foi utilizado por Anselmo para a sua bibliografia.

€ 1.500 — 2.000

obRA RARíssImA, Não REFERIDA No CATáloGo DE D. mANuEl (lIvRos ANTIGos poRTuGuEsEs e catálogo da biblioteca organizado pelo Dr. João Ruas) nem na grande maioria das bibliografias consultadas. Ameal, Samodães e Manuel dos Santos (Bibliografia Geral) apenas referem a edição fac-similada de 1873 mandada executar por Nepomuceno.

A ‘Crónica da Fundação do mosteiro de São Vicente foi provavelmente recompilada em Santa Cruz entre os séculos XIII e XIV, apresentando exemplos de cavaleiros mártires. A sua primeira versão no século XII tinha o título latino ‘Indiculum Fundationis Beati Sancti Vicentii’ estando a crónica or-ganizada em torno da fundação da cidade de Lisboa. A obra é atribuía a Fernando Peres (ou Pires) que, segundo Barbosa, nasceu em Lisboa tendo exercido o cargo de Regedor das Justiças e assistido à con-quista da cidade de Lisboa em 1147. Inocêncio, inadvertidamente, diz que Barbosa não menciona a obra,

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provavelmente devido à atribuição da autoria que não se encontra em qualquer lugar da obra.A impressão, esmerada, inicia-se com um frontispício gravado, estando decorada com bonitas

letras capitais. No último fólio uma gravura representando o Cordeiro de Deus (Agnus Dei). Ӭ Barbosa, v.2, p. 49; Anselmo, 454; Inocêncio, v. 2, p. 111; Pinto de Matos, p. 160

124 pINhEIRo (António)TRASLADAÇAM dos ossos dos muytos altos [et]� muyto poderosos el Rey dom Manuel [et]� a Rainha dona Maria de mouvada memoria f eita por o muito alto [et] muyto poderoso Rey dom Joam o. iii. deste nome seu filho nosso senhor. [Lisboa]: [Germão Galharde], [1551]

a10; x ff.; 185 mm. Encadernação em pergaminho moderno; limpo.€ 200 — 300

obRA RARA QuE CosTumA vIR JuNTo Com ouTRA, Do mEsmo AuToR, INTITulADA “summARIo da pregação funebre, que o Dr. Antonio Pinheiro [...] fez [...] no dia da trasladaçam dos ossos [de] El Rey dom Manuel e a rainha D. Maria...”.

D. António Pinheiro, natural do Porto de Moz, foi bispo de Miranda e de Leiria, tendo sido mestre de D. João, guarda-mor do Arquivo Geral e, segundo Inocêncio, partidário da causa de Filipe II.

Ӭ Inocêncio, 236; Anselmo, 642A

125 [pluChE (N.A.)] CONCORDE de la Géographie des Différens Âges . A Paris: Chez les Frères Estienne, 1765

a-b12, c6, A-X12, Y6; LX, 512, [4] pp., 1 retrato, 13 mapas; 170 mm. Encadernação inteira de pele da época, cansada; corte das folhas carminado; mapa da América com perda de suporte afectando a mancha de impressão.

€ 100 — 150

RARA EDIção DEsTA obRA publICADA posTumAmENTE. pluChE, um pADRE FRANCês, é mAIs conhecido pelo seu “Spectacle de la Nature”, um trabalho popular de oito volumes sobre História Natural. Foi professor de humanidades e retórica na sua cidade natal, Rheims, antes de receber o sacramento da ordem.

126 pluTARCoLAS VIDAS de los Ilustres y Excellentes Varones Griegos y Romanos escritas primero en lengua Griega por el grave Philosopho Plutarcho de Cheronea, y agora nuevamente traduzidas en Castellano por Juan Castro de Salinas. Colonia: en Casa de Arnoldo Bircman, 1562

[]2, A-Z, Aaa-Zzz, AA-FF6, GG8, Aaa-Lll6, Mmm5; [2], 320, 71 ff.; 275 mm. Encadernação inteira de pele da época; corte das folhas carminado; acidez.

€ 200 — 300

EDIção RARA DAs “vIDAs pARAlElAs” DE pluTARCo, Em TuDo IGuAl à pRImEIRA ImpREssA Em 1551 e traduzida por Francisco de Enzinas. Segundo Palau, a obra foi adquirida por Bircman que lhe mudou o frontispício e mais alguns fólios, alterando o nome do tradutor que era protestante para um pseudónimo.

A obra tem duas numerações, encontrando-se na primeira as vidas de Teseo, Rómulo, Licurgo, Numa Pompilio, Solon Valerio, Publicola; e a segunda com Temistocles e Furio Camilo.

Ӭ Palau, 229195

127 PUNHADO (Um) de Verdades a propósito do barbaro assassinato d’El Rey D. Carlos de Portugal e de seu augusto filho o principe D. Luiz� Philippe. Por um patriota portuguez. S.l.: Typ. d’O Mu-zambinho, 1908

20 pp.; 210 mm. Brochado.€ 10 — 15

RARo FolhETo, CoNTEmpoRâNEo DAQuElE TRáGICo ACoNTECImENTo DA hIsTóRIA nacional.

128 QuENTAl (Antero de) ODES Modernas . Coimbra: Imprensa da Universidade, 1865

160 pp.; 210 mm.Encadernação com lombada em pele moderna; corte superior das folhas car-minado; apenas ligeiramente aparado à cabeça; sem capas de brochura.

€ 30 — 50

pRImEIRA EDIção DE umA DAs mAIs ImpoRTANTEs obRAs DE ANTERo E DA lITERATuRA portuguesa do século XIX. Raro.

129 REGIomoNTANus ( Johannes)[CALENDARIUM]�. In Laudem Operis Calendarij a Joanne de monte regio Germanorum decoris nostre etatis Astronomos principio editi Jacobi Sentini Ricinensis Carmina. [Veneza: ex Officina Petri Liechtenstein, 1507

a10, b8, c10; 28 ff.: il.; 190 mm. Encadernação moderna com lombada e cantos em pergaminho; aparado, afectando por vezes textos e imagens; fólios a3 e a4 com perda de suporte restaurado afectando os nomes dos meses a que dizem respeito as tabelas; acidez.

€ 800 — 1.000

EDIção lATINA Do FAmoso AlmANAQuE DE JohANNEs REGIomoNTANus, o pRImEIRo A sER publicado na Europa. Regiomontanus foi um importante astrónomo alemão que se estabeleceu em Nuremberg onde, com Bernhard Walther, um filantropo rico e seu discípulo, construiu o primeiro observatório europeu para o qual o próprio Regiomontanus contruis vários instrumentos. As suas observações do grande cometa de Janeiro de 1472 estabeleceram os primórdios do estudo daqueles fenómenos astronómicos. Esta sua obra continha originalmente o calendário para 32 anos (de 1474 a 1506) e no qual o método das distâncias lunares para determinar a longitude no mar era recomendade e explicada. Em 1472, Regiomontanus foi contratado pelo Papa Sisto IV para ajudar na reforma do calendário, moreendo em Roma, provavelmente de peste em Julho de 1476.

A obra está impressa a preto e vermelho numa primeira parte, com as tabelas de efemérides, seguido de um conjunto de representações dos eclipses lunares e solares e respectivas datas. No final apresentam-se gravuras sobre instrumentos de medição. Raro.

130 REGRA do Glorioso Patriarcha Sam Bento Tirada de Latim em lingoaje[m] Portuguesa, por in-dustria do muito R.P. F. Placido Villalobos Geral nesta Congregação de Portugal. Em Lisboa: por António Ribeiro, 1586

A4, b-g8; [1], 49, [1] ff.; 195 mm. Bonito exemplar, encadernado por Império Graça em encad-ernação inteira de pele decorada a seco nas pastas e lombada e numa caixa; corte das folhas carminado; alguma acidez.

€ 400 — 600

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pRImEIRA EDIção. sEGuNDo INoCêNCIo A TRADução é DA REspoNsAbIlIDADE Do FR. João Pinto, monge beneditino que a dedica ao então Geral da Congregação, Fr. Plácido Vilalobos.

A obra, de cuidada impressão, está ilustrada no fólio final inumerado com uma vinheta quadran-gular representando a imagem de S. Plácido na parte superior e na inferior a marca do impressor. No verso desse mesmo fólio, está o mesmo pórtico utilizado por António Gonçalves para a impressão do frontispício da primeira edição de Os Lusíadas em 1572, servindo agora de moldura a uma representação da Transfiguração de Cristo (e não as Tentações no deserto como refere José dos Santos). Muito raro.

Ӭ Inocêncio, v. 7, p. 60; Samodães, 2655; Anselmo, 972; Pinto Matos, p. 480; D. Manuel, 191

131 RELAÇAM da Grande Vitoria que os Portugueses alcansaram contra El Rey do Achem no cerco de Malaca, donde lhe destruirão todo seu exercito, & lhe tomarão toda sua Armada . Em Lisboa: por Pedra Craesbeeck, 1630

A2; [4] pp.; 300 mm. Encadernação em percalina, cansada.€ 80 — 120

RARíssImo FolhETo, Não REFERIDo poR INoCêNCIo ou bARbosA E, DE ACoRDo Com umA nota manuscrita no exemplar, apenas referido por Figaniére. Esta pequena relação trata de um dos muitos cercos a que a fortaleza de Malaca foi sujeita, numa tentativa de tomar a cidade aos portugueses, o que só viria a suceder em 1641.

132 RELAÇAM Universal dos Reynos, & Provincias de Europa, com alguas noticias do Estado da India pelas relações de Italia, & Fra[n]�ça, & novas do Estado da India . Em Lisboa: Por Manoel Gomez de Carvalho, 1649

¶6; [12] pp.; 200 mm. Encadernação moderna em papel decorado; acidez.€ 40 — 60

RARA RElAção publICADA sEm NomE DE AuToR.

133 REsENDE (André de) ANTIQUITATUM Lusitaniæ�, et de Municipio Eborensi Lib. V [...]� . Coloniae Agrippinae: In Officina Birckmannica sumptibus Arnoldi, 1600

)(8, *4, A-X8, Y7, A-Z, Aa8, Bb6, Cc8, Dd5, A-G8, H2; [24], 346, [4], 90, [4], 304, [26], 116 pp.; 150 mm. Encadernação em pergaminho da época, decorada a seco nas pastas e lombada; cansada

€ 150 — 200

RARA sEGuNDA EDIção DAs DuAs obRAs mAIoREs DE ANDRé DE REsENDE. Ӭ Barbosa, v.1, p. 165

134 RolEWINCk (Werner)FASCICULUS temporum omnes antiquorum cronicas complectens . [Estrasburgo]: [ Johann Prüs], [1490?]

[]6, A8, B-O6, P5; [6], XC, [1 br.] ff.: il.; 235 mm. Bonito exemplar, encadernado em chagrin moderno, decorado a ouro nas seixas e lombada numa caixa.

€ 1.000 — 1.500

RARA EDIção DA mAIs CoNhECIDA obRA DE RolEWINCk. Não é FáCIl A ATRIbuIção CoRRECTA da edição, já que conheceu várias, de vários impressores e em alemão, latim e francês só no século XV. Hain descreve 32 edições da obra.

Pelo que nos foi dado compreender pela consulta da obra de Hain, esta é a edição de cerca de 1490, impressa em Estrasburgo por Johann Prüs, coincidindo exactamente na descrição das várias refer-ências que o bibliógrafo dá.

Werner Rolevinck nasceu em 1425 na região da Westfalia. Filho de uma família abastada, entra para no mosteiro cartuxo de Santa Bárbara em Colónia no ano de 1447 onde morreu em 1502. Sobre a sua vida pouco sabemos, mas parece ter sido um influente membro da sua ordem tendo tomado parte activa em sínodos.

Autor prolífero em trabalhos teológicos e históricos a sua maioria ainda permanece manuscrito. Uma das suas maiores obras é a descrição de costumes da sua cidade natal que publicou com o título ‘De laude veteris Saxoniæ nunc Westphaliæ dictæ’, mas o trabalho por que é mais conhecido é esta história universal. A popularidade da obra foi enorme, tendo sido impressas perto de 40 edições apenas durante a vida do autor, sendo a última edição de 1726, e deveu-se principalmente às ilustrações que acompan-havam o texto.

Ӭ Hain, 6915; JOSEPHSON, Aksel G.S., «Fifteenth-Century Editions of Fasciculus Temporum in American Libraries» in The Papers of the Bibliographical Society of America, v. 11, n. 2 (Abril, 1917, pp. 61-65

135 s. boAvENTuRA (António Caetano de) PARAISO Mystico da Sagrada Ordem dos Frades Menores plantado no campo fecundo da Igreja Militante [...]� . Porto: Na Officina Episcopal de Manoel Pedroso Coimbra, 1750

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§-§§, A-Z, Aa-Zz, Aaa-Zzz, Aaaa-Zzzz, Aaaaa-Ggggg4, Hhhhh-Mmmmm2; [8], 812 pp.; 305 mm. Encadernação inteira de pele da época, cansada; acidez.

€ 80 — 120

FR. ANTóNIo DE s. boAvENTuRA, NATuRAl DE lIsboA E NEsTA CIDADE FAlECIDo Em 1749 Com 80 anos de idade, foi Mestre em Teologia, Guardião em vários Conventos e Custódio Geral dos Franciscanos da Província de Portugal. Raro.

Ӭ Inocêncio, v. 1, p. 100

136 s. boAvENTuRA (Fr. Fortunato de) A CONTRA Mina Periódico Moral, e Político. n. 1 (1830) — n.59 (1832). Lisboa: Imprensa Régia, 1830-1832

59 n.ºs e suplementos; 220 mm. Encadernação com lombada em pele; corte superior das folhas carminado; limpo.

€ 40 — 60

ColECção ComplETA DEsTE pERIóDICo DE FR. FoRTuNATo DE s. boAvENTuRA. RARo. Ӭ Inocêncio, v. 2, p. 313

137 sANTA mARIA (Agostinho de) HISTORIA Tripartida. Compreendida em tres tratados [...]. Lisboa Occidental: Na Officina de Antonio Pedrozo Galram, 1724

*8, **2, A-Z, Aa-Pp8, Qq4; [20], 612, [4] pp.; 205 mm. Encadernação inteira de pergaminho da época, cansada; pequenos cortes de traça nos primeiros fólios.

€ 80 — 120

pRImEIRA EDIção. A obRA EsTá DIvIDIDA Em TRês pARTEs, A pRImEIRA sobRE máRTIREs padroeiros de Lisboa, a segunda sobre o Apóstolo Santiago em Espanha e a origem da ordem com o seu nome em Portugal, na terceira e última sobre a história da formação do Real Convento de Santos. Invulgar.

Ӭ Inocêncio, v.1, p. 18.

138 sARRão ( Jerónimo Freire)DISCURSO Politico da Excelencia, aborrecimento, perseguição, & z�elo da verdade. Em que tam-bém se trata das causas, & razões porque Deus castigou este Reino, & da misericordiosa lem-brança, que delle teve, na justa restituição del Rey nosso Senhor D. Joham o IV. o Desejado, Libertador da Patria, Felice Pio, sempre Augusto Monarcha da Lusitania. Em Lisboa: Por João Rodrigues, 1647

8.º; §8, A-z8, Aa-Rr8; [16], 642 pp.; 200 mm. Encadernação em pergaminho da época; ligeira acidez.

€ 50 — 80

obRA muITo RARA sobRE A REsTAuRAção. Ӭ Inocêncio, v.3, p. 265; Samodães, 1323

139 SCENES in China, exhibiting the Manners, Customs, Diversions and Singular Peculiarities of the Chinese Together with the Mode of Travelling, Navigation, &c. in that vast Empire. London: Printed for E. Wallis, s.d.

portada gravada, VI, 182 pp., 5 gravs.: il.; 140 mm.Encadernação com lombada em pele, cansada; ligeiramente aparado; acidez.

€ 80 — 120

CuRIosA E INTEREssANTE DEsCRIção Do ImpéRIo DA ChINA, IlusTRADA Com 5 GRAvuRAs impressas à parte. Invulgar.

140 sChEDEl, hartmann[LIBER Chronicarum]� Registrum huius operis libri cronicarum cu[m] figuris et ymagibus ab initio mu[n]di. Nuremberg: Anthon Koberger, 1493, 12 de Julho

325 [de 326] ff.; frontispício xilogravado; [19] ff. de índice; CCXCIX de texto, ff. CCLVIIII-CCLXI em branco excepto títulos; mapa da Alemanha no fol. CCXCIX(vo) e fol. seguinte; [5] ff. finais; com falta de ff. final branco. Encadernação inteira de pergaminho do século XVII, decorada com motivos florais nas pastas; corte das folhas pintado; assinatura de posse ( John Mimo?) numa folha branca final datada de 1663; folhas de guarda recentes; excelentes restauros junto ao festo, ocasionalmente chegando próximo da mancha tipográfica. Bom exemplar.

€ 18.000 — 25.000

pRImEIRA EDIção DE um Dos mAIs ImpoRTANTEs lIvRos AlGumA vEz ImpREssos, TAmbém conhecido por ‘Crónica de Nuremberg’ ou ‘Liber Cronicarum’. Impressa em Nuremberg por Anton Koberger em 1493, a Crónica de Nuremberg apresenta a primeira descrição histórico-geográfica do mundo acompanhada de mais de 1800 gravuras em madeira.

O texto é uma história universal do mundo cristão desde o princípio dos tempos até cerca de 1490, escrito em latim pelo médico e humanista Hartmann Schedel sob o patrocínio dos mercadores Sebald Schreyder e Sebastian Kammermeister. Escrito a partir de fontes medievais e renascentistas, a Crónica trata também de aspectos geográficos e históricos sobre algumas cidades e países europeus. Está dividida em 11 partes e está ilustrada com imagens bíblicas, acontecimentos hsitóricos e vistas de várias cidades da Europa e do Médio Oriente, entre as quais Jerusalém e a sua destruição e Bizâncio.

Quase simultaneamente Georg Alt traduziu o original latino para alemão, tendo sido impressa a respectiva edição em vernáculo entre os meses de Janeiro e Dezembro de 1493, tendo-se completado a 23 de Dezembro de 1493.

A impressão da obra ficou a cargo de Anton Koberger, proprietário da maior imprensa alemã do s. XV, trabalho que desenvolveu entre Maio de 1492 e Outubro de 1493. Descendente de uma antiga família de conhecidos artesãos, Koberger terminou a impressão do seu primeiro livro a 24 de Novembro de 1472. Imprimiu durante o s. XV cerca de 200 trabalhos e praticamente até ao final do século foi o mais importante impressor da época. Entre os mais notáveis trabalhos destaca-se uma Bíblia, publicada em 1483 ilustrada com 109 vinhetas, trabalho que abriu um caminho importante para a técnica empregue para a impressão da Crónica de Nuremberg, obra que influenciou decisivamente a gravura em madeira, especialmente o trabalho de Dürer que havia trabalhado com Michael Wolgemut, um dos gravadores da Crónica, de 1486 a 1489.

Quer a edição latina, quer a alemã estão ilustradas com mais de 1800 gravuras em madeira com trabalhos de Michael Wolgemut e Wilhelm Pleydenwurff, um mapa do mundo mostrando o Golfo da Guiné descoberto pelos portugueses em 1470 e um mapa da Europa Central e Nórdica por Hieronymous Münzer. Alguns exemplares foram coloridos na época por artistas alemães.

Trata-se, sem sombra para dúvidas, de um dos mais belos exemplos da tipografia de 400 e um dos grandes legados culturais deixados à humanidade.

Ӭ Hain, 14508; Harley, J.B. & Woodward, David ed., History of Carthography, v.3, p.2, pp.1193-1194; sobre o impressor veja-se Wallau, Heinrich. “Anthony Koberger.” The Catholic Encyclopedia. Vol. 8. New York: Robert Appleton Company, 1910. 4 Out. 2016 <http://www.newadvent.org/cathen/08684b.htm>.

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141 sIlvA ( Joaquim José ventura da)DESCRIPÇÃO Topografica da Nobilissima Cidade de Lisboa, e Plano para a sua limpez�a, e Con-servação da Saúde de seus habitantes . Lisboa: Na Impressão de Melitão, 1835

40 pp.; 220 mm. Brochado.€ 10 — 15

RARo FolhETo sobRE políTICA DE sAúDE públICA Em lIsboA.

142 soAREs (Fr. João) ELOGIOS Funebres de la Serenissima Magestad de Nuestro Muy Catholico, Muy Alto, y Muy Poderoso S. D. Manuel [...]� . S.l.: Por Diogo Soares de Bulhoens, 1670

§2, A-D4, E3; [4], 38 pp.; 180 mm.€ 30 — 50

TRATA-sE DE um Dos pouCos opúsCulos QuE CoNsTAm No CoRpo Do DICIoNáRIo Bibliográfico de Inocêncio por se tratar de uma obra, ainda que escrita em língua castelhana, “tão conexo com a vida e morte do nosso monarcha venturoso, que mal poderia omitir-se a sua citação no Dicionario Bibliographico”. Tido como orador insigne orador, este é o único sermão que se conhece de Fr. João Soares. Muito raro.

Ӭ Inocêncio, v.4, p. 39

143 sousA (D. António Caetano de) MEMORIAS Historicas, e Genealogicas dos Grandes de Portugal, que Contem a Origem, e Antigu-idade de suas Familias:� os Estados, e os Nomes dos que actualmente vivem, duas Arvores de Costado, as alianças das Casas, os Escudos de Armas, que lhes competem até o anno de 1754 [...]�. Segunda impressão, continuada até o presente . Lisboa: Na Regia Officina Sylviana e da Academia Real, 1755

4.º; §-§§§§4, §§§§§6, A-Z, Aa-Zz, Aaa-Zzz, Aaaa-Vvvv4, Xxxx3; [44], 714, [4] pp.: il.; 210 mm. Encadernação inteira de pele não contemporânea; corte das folhas pintado; alguma acidez.

€ 100 — 150

obRA ClássICA Do AuToR DA hIsTóRIA GENEAlóGICA DA CAsA REAl poRTuGuEsA, IlusTRADA com os brasões de armas e as árvores genealógicas das famílias tratadas, acrescentada nesta sua segunda edição até ao ano de 1754 (a anterior chegava até ao ano de 1742). Raro e estimado.

144 sousA ( João de) CADERNO de Todos os Barcos do Tejo, tanto de carga e transporte como d’pesca . S.l.: s.n., 1785

frontispício, 20 gravs.; 160x210 mm. Brochado; boas margens.€ 1.000 — 1.500

pRImEIRA EDIção. RARíssImo álbum Com 20 GRAvuRAs A REpREsENTAR os bARCos QuE então navegavam no Tejo. A única gravura que está datada é a primeira chamada “Yate Portugues”, encontrando-se todas as outras sem qualquer indicação de data e possuem de mancha a medida aproximada de 160x120mm. Encontra-se também assinada “Ramalho f. em 1785”, José Joaquim Ramalho.

Na obra de Volkmar Machado existe uma referência a este gravador como sendo discípulo de Joaquim Carneiro da Silva, responsável por uma das primeiras aulas de gravura existentes em Portugal, criada no contexto da contratação de gravadores estrangeiros em meados do século XVIII. Segundo o autor, Ramalho morreu “moço em 1795”. [cf. Collecção das Memorias..., p. 284]

A obra representa a primeira documentação gráfica credível das embarcações a navegar no Tejo e é um registo muito importante sobre a matéria. Raro e valioso.

145 sTAplEToN (Thomas)PROMPTUARIM Morale super Evangeliz� Dominicalia [...]�. Pars Æstivalis . Lugduni: Apud Ioannem Baptistam Buysson, 1592

*8, A-Z, a-n8, o4; [16], 566, [18] pp.; 180 mm. Encadernação inteira de pergaminho da época, cansada; corte das folhas carminado; algumas manchas.

€ 100 — 150

pRImEIRA EDIção DA sEGuNDA pARTE DEsTA obRA DE ThomAs sTAplEToN, CATólICo INGlês do século XVI que se radicou em Lovaina como professor por Filipe II em 1590. Teve grande fama como teólogo, tendo sido convidado por Clemente VIII para uma visita por duas ocasiões, chegando mesmo a ser apontado como possível cardeal. Destacou-se também pelo seu trabalho de socorro aos católicos ingleses perseguidos. Raro.

146 sTÖFFlER ( Johannes)COSMOGRAPHICAE Aliquot descriptiones Ioannis Stofleri Iustingeñ Mathematici insignis. De Sphara Cosmographica, hoc est de Globi terrestris, artificiosa structura. De Duplici Terræ proiectione in planum, hoc est, qua ratione cõmodius chartæ Cosmographicæ, quas Mappas mundi vocant, designari queant.. Marpurgi: Apud Eucharium Cervicornum, 1537

lote 144

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A-E4; [40] pp., 5 mapas.: il.; 205 mm. Encadernação inteira de pergaminho da época; guardas novas; algumas manchas; mapas facsimilados.

€ 600 — 800

RARo E um Dos mAIs ANTIGos TRATADos sobRE o Globo E mApAs.Johannes Stöffler, filho de uma família nobre de Württemberg e um dos primeiros estudantes da

Universidade de Ingolstadt em 1472, passou as primeiras três décadas dos seus estudos científicos na sua cidade natal como pastor e professor privado de astronomia, astrologia e produção de instrumentos. Este seu tratado sobre o Globo terrestre é um dos principais trabalhos desse período. Em 1507 tornou-se pro-fessor em Tübingen tendo aí produzido um dos mais influentes trabalhos, o ‘Elucidatio fabriæ ususque astrolabii’, uma introdução sobre a contrução e uso do astrolábio publicado pela primeira vez em 1513.

147 suAREz (Rodrigo)LECTURA legu[m]� aliquaru[m]� huius regni utilem et praticabilem materiam continentiu[m]� con-silia etiam et allegationes notande valde . Medina del Campo: Diego Fernandez de Córdoba, 1539

[]1, ✣11, a-z, [et]8, A-C8; [12], ccxvi ff.; 310 mm. Exemplar desencadernado e com manchas de humidade; perda de suporte nos cantos sem afectar o texto; anotações manuscritas da época.

€ 150 — 200

sEGuNDA EDIção DEsTA obRA DE RoDRIGo suAREz, pRolíFERo AuToR E JuRIsCoNsulTo Em Espanha. A obra foi publicada originalmente em 1536 e saiu pela terceira vez em 1550. Raro.

Ӭ Palau, 323776

148 TEIxEIRA (Fr. Domingos)VIDA de D. Nuno Álvares Pereyra, segundo Condestavel de Portugal, [...]�. Novamente composta pelo M. R. Padre Fr. Domingos Teixeira . Lisboa Occidental: Na Officina da Musica, 1723

§5, §§4, A-Z, Aa-Zz, Aaa-Rrr6; [18, 2 br.], 756 pp.; 300 mm. Encadernação inteira de pele não contemporânea; acidez.

€ 150 — 200

pRImEIRA EDIção DEsTA INTEREssANTE bIoGRAFIA Do CoNDEsTávEl, muITo EsTImADA poR Inocêncio. Fr. Domingos Teixeira, natural de Celorico de Basto, professou a regra de Santo Agostinho no convento da Graça de Lisboa em 1695 e foi sacristão-mór do convento da Penha de França. Faleceu em 1726.

Raro. Ӭ Inocêncio, v.2, p. 199; Samodães, 3332

149 TEIxEIRA (pedro)RELACIONES de Pedro Teixeira d’el origen descendencia y succession de los Reyes de Persia, y de Harmuz�, y de un viage heccho por el mismo autor dende la India Oriental hasta Italia por tierra . En Amberes: En casa de Hieronymo Versussen, 1610

†4, A-Z8, Aa8, Bb4, a-n8, o4, p8; [8], 384,[8], 216, [16] pp.; 170 mm. Encadernação inteira de carneira da época, ligeiramente cansada e com pequenas perdas na lombada; acidez; corte das folhas carminado.

€ 1.200 — 2.000

pRImEIRA EDIção, muITo RARA. A obRA TEm umA pRImEIRA pARTE sobRE os REIs DA péRsIA E uma segunda parte com o relato e descrição da viagem que empreendeu de Goa a Veneza.

Pedro Teixeira foi um judeu português, natural de Lisboa que morreu em meados do século XVII ou em Verona ou em Antuérpia. Homem educado, viajou durante dezoito meses pelas Filipinas, China e partes da América e, depois de ter estado dois anos em Lisboa, empreendeu uma viagem científica pela Índia, Persia e outros países orientais. Desta última viagem resultou a presente obra com a história dos reis da Pérsia assim como informações detalhadas sobre os judeus em Allepo, Bagdad e outras cidades, com notas para monumentos judaicos.

Ӭ Travel and Exploration, 733; Inocêncio, 7, p. 10; Palau, 328892

150 ToRIJA ( Juan de)TRATADO breve sobre las Ordenanz�as de la Villa de Madrid, y Policia de Ella . En Burgos: por Juan de Viar, 1664

¶8, A-L8; [16], 164, [12] pp.; 195 mm. Encadernação inteira de pergaminho da época; acidez generalizada; carimbo de posse da Casa de Cadaval.

€ 100 — 150

lote 149

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sEGuNDA EDIção DEsTA obRA, publICADA pElA pRImEIRA vEz Em 1661, Em mADRID. JuAN DE Torija foi um importante construtor ligado a uma família de importantes arquitectos madrilenos por casamento, sendo uma das suas mais conhecidas obras o Hospital de Montserrat perto da c. Atocha. Raro.

Ӭ Palau, 334334

151 ToRREs (Dinis de sant’Ana, pe.)NOVO Methodo da Cultura d’Abelhas . Lisboa: Imprensa de C.A. Silva Carvalho, 1846

72 pp.; 210 mm. Brochado.€ 15 — 20

muITo CuRIosA obRA sobRE ApICulTuRA. RARo. Ӭ Inocêncio, v.9, p. 118

152 TROVAS e Cantares de um Códice do XIV século. Ou antes, mui provavelmente, “O Livro das Cantigas” do Conde de Barcelos. Madrid: Imprensa de Alexandro Gomes Fuentenebro, 1849-1868

xlii, 400 pp.; 140 mm. Encadernação inteira de pele decorada a ouro nas pastas, lombada e seixas em caixa; limpo.

€ 20 — 30

publICAção DE TRovAs E CANTAREs Do séCulo xIv QuE o AuToR ATRIbuI Ao CoNDE DE Barcelos. Raro.

153 ussIEux (loius d’)COMPENDIO Historico del Descubrimiento, y Conquista dela India Oriental refierense las prim-eras navegaciones de los Portugueses, carios acontecimientos en ellas, Islas, Cabos, Puertos, Ci-udades, y sus habitantes de la India Oriental: Guerras de diferentes Reyes de ella, su Comercio, Naciones, que las habitan, y trafican: sus producciones, usos, y costumbres de aquellos Barbaros; y raros sucesos del Cristianismo. Traducido del Francés por D. Manuel Antonio Ramirez. En Cordoba: en la Oficina de D. Juan Rodriguez, 1773

4.º; A-V/4, [8], 156, [4] pp.; 205 mm.Encadernação em pergaminho da época; limpo; carimbo a óleo no frontispício não identificado.

€ 150 — 200

pRImEIRA TRADução EspANholA DEsTA obRA DE louIs D’ussIEux sobRE os DEsCobRImENTos portugueses no oriente. Publicado originalmente com o título “Histoire abrégée de la découverte et de la conquête des Indes par les Portugais”, foi publicado em Bouillon, em 1770. Raro.

154 vAsCoNCElos (Agostinho manuel de)VIDA y Acciones del Rey Don Juan el Segundo, Decimotercio de Portugal . En Madrid: en la Im-prenta de Maria de Quiñones, 1639

¶4, ¶¶3, A-K8, L-Z4, Aa-Ll4; [14], 348 [aliás 350] pp.; 190 mm. Encadernação inteira de car-neira da época, perda do rótulo com títulos na lombada; corte das folhas carminado; acidez um pouco mais acentuada a partir do caderno L; fólios preliminares aparados, por vezes afectando ligeiramente o texto; com falta de um fólio branco no final das folhas preliminares. Bom ex-emplar.

€ 100 — 150

pRImEIRA EDIção. obRA RARA DE AGosTINho mANuEl DE vAsCoNCElos, um NobRE, NATuRAl de Évora em 1584, e depois de ter sido “grande venerador da Casa de Bragança, cujos direitos ao trono de Portugal sustentou de viva voz e por escripto, veio a morrer degolado na praça do Rocio de Lisboa a 29 de Agosto de 1641 [...], convencido de conspirador contra a pessoa e governo d’el-Rei D. João IV”.

Todas as suas obras foram escritas em castelhano, mas na opinião de Inocêncio “merecem tal conceito, que não poderiam ser expungidas deste Dicionário sem flagrante injustiça”, referindo-se ao critério de não inclusão de obras em língua estrangeira na sua obra.

Referir ainda como curiosidade bibliográfica que a obra possui repetidas as pp. 159-160 diferindo um pouco no texto. A este propósito, José dos Santos, único a referir tal acidente, transcreve uma nota do Conde de Azevedo no exemplar da sua colecção e que aqui também o fazemos: «Tem este livro a talvez singularidade de que as páginas 159 e 160 se acharem repetidas, sendo todavia um pouco variantes os seus conteúdos; é de notar que a folha repetida faz sentido com a página 161, que se lhe segue, em quanto que a primeira de igual numeração não faz.» É de notar que a primeira versão da folha em causa corresponde ao fólio K8 e que a repetição pertence já ao caderno L e que a partir desse caderno a impressão é em formato 4.º [quatro folhas por caderno] e até aí 8.º sendo visível também uma diminuição na qualidade do papel.

Ӭ Inocêncio, 1, p. 18 que data a obra erroneamente de 1629; Travel and Exploration, 1472; Palau 150185; Palha 2851; Samodães, 3436; BdM, v. 2, p. 332

155 vElAzQuEz (luís Joseph)ENSAYO sobre los Alphabetos de las Letras Desconocidas, que se encuentran en las mas antiguas Medallas, y Monumentos de España . En Madrid: en la Oficina de Antonio Sanz, 1752

4.º; ¶-¶¶, A-X/4; [16], 164, [4] pp., 20 gravs.: il.; 250 mm. Encadernação inteira de pergaminho da época; corte das folhas carminado.

€ 200 — 300

pRImEIRA EDIção Do pRImEIRo TíTulo DEsTE hIsToRIADoR EspANhol DEDICADo Ao estudo da arte monumental espanhola e sobre a qual escreveu várias obras. Raro.

Ӭ Palau, v.7, p. 142

156 vERDE (Cesário) O LIVRO de Cesário Verde 1873-1886 . Lisboa: Typographia Elzeviriana, 1887

XX-104-[4] pp., 1 ret.: il.; 195 mm. Exemplar sem capas; encadernação inteira de pele não con-temporânea com duplo filete nas pastas e títulos e ferros decorativos na lombada a ouro; corte superior das folhas carminado; apenas ligeiramente aparado à cabeça.

€ 600 — 800

pRImEIRA EDIção Do lIvRo DE poEmAs DE “umAs DAs pERsoNAlIDADEs mAIs oRIGINAIs, mais renovadoras da poesia portuguesa do séc. XIX” (Dic. Literatura). Publicado e organizado postumamente por Silva Pinto, reúne dispersos e autógrafos dividindo-os em duas secções, não respeitando a ordem cronológica.

Oriundo de uma família burguesa abastada, Cesário Verde ocupava o seu tempo em duas activi-dades familiares – a agricultura e o comércio – dedicando apenas uma parte às letras. Chegou a frequen-tar o Curso Superior de Letras, sem o concluir. Em 1873, publica a sua primeira composição no Diário de Notícias, fazendo um interregno na publicação de 1880 a 1884, época em que aparece o poema “Nós”, escrito em 1881 ou 1882, revelando já uma enorme maturidade literária. É o real que interessa a Cesário Verde - “a mim o que me rodeia é o que me preocupa”, escreve a Silva Pinto – carregando a sua poesia de um amor do real, do que observa à sua volta, do que lhe transmitem os sentidos, sendo esta a carac-terística mais original dos seus textos. “A sua poesia é a dum artista plástico, enamorado do concreto, que deambula pela cidade ou pelo campo e descreve de modo vivo, exacto, as suas experiências” ( J.Prado

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Coelho, Dicionário de Literatura Portuguesa, p. 1140). Pelos ensaístas que se têm ocupado da sua obra é tido como o percursor de dois heterónimos de Pessoa – Álvaro de Campos, o poeta citadino, e Alberto Caeiro, o camponês – na dupla dimensão urbana e camponesa, sem ser bucólica, que se encontra patente nas suas poesias.

O único livro publicado do autor é «O Livro de Cesário Verde». Ao contrário do que o organiza-dor afirma, parece que a organização da obra não obedeceu a nenhum outro critério que não o seu, e não a um plano deixado por Cesário Verde e que o seu irmão, Jorge Verde, terá facultado a Silva Pinto. É bastante procurada pelos coleccionadores de Literatura Portuguesa contemporânea. Raríssimo e valioso.

Ӭ Dic. Literatura, 1139.

157 VITA Seraphicæ� Virginis S. Mariæ� Magdalenæ� de Paz�z�is . S.l.: s.n., s.d.

portada gravada, 49 gravs.: il.; 310 mm. Encadernação em pergaminho da época; acidez; cortes de traça marginais; boas margens.

€ 100 — 120

álbum DE GRAvuRAs Do séCulo xvIII Com A vIDA DE s. mARIA mADAlENA DE pAzzIs, umA santa mística do final do s. XVI. Cada uma das gravuras possui legenda em latim, francês e holandês. Raro.

158 VOYAGES au Thibet faits en 1625 et 1626, par le pére d’Andrada et en 1774, 1784 et 1785 par Bogle, Turner et Pourunguir Traduits par J.P. Parraud et J.B. Billecoq. A Paris: de l’Imprimerie de Hauteout l’Ainé, 1796

a6, A-O6, P5, Q-R6; XII, 204 pp., 1 grav.: il.; 135 mm. Encadernação inteira de pele, decorada a ouro nas pastas e lombada; corte das folhas pintado.

€ 100 — 150

RARo. IlusTRADo Com umA GRAvuRA DE CosTumEs.

159 xAvIER (Felipe Neri)RESUMO Histórico da Maravilhosa Vida, Conversões, e Milagres de S. Francisco Xavier [...]�. Se-gunda edição augmentada consideravelmente [...]. Nova Goa: Na Imprensa Nacional, 1861

28, XVI, 584 pp., 9 gravs.: il.; 180 mm.€ 40 — 60

RARA bIoGRAFIA DE s. FRANCIsCo xAvIER, NEsTA sEGuNDA EDIção muITo ACREsCENTADA Em relação à primeira publicada em 1859.

Ӭ Inocêncio, v.9, p. 230

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| ordem de compra | data_____________

n.º licitante ______

DEpoIs DE DEvIDAmENTE pREENChIDo E AssINADo, ENvIAR pARA:

Ecléctica, Livraria Alfarrabista | Travessa André Valente, 26 - 1200-023 Lisboa (Portugal)+ (351) 213 470 344 | + (351) 968 088 344 | [email protected] | [email protected]

lote descrição oferta(em euros)

Leilão S017, Biblioteca Particular, parte V

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cod.postal país

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telefones fax

assinatura

QuEIRAm lICITAR Em mEu NomE, No lEIlão supRA REFERIDo, os sEGuINTEs loTEs, ATé Ao preço mencionado, concordando inteiramente com as condições de aquisição impressas neste catálogo.

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e ao respectivo estado de conservação, sem prejuízo de as poder corrigir pública e verbalmente até ao momento da sua venda.3.2. As fotografias ou representações do bem no ca-tálogo destinam-se exclusivamente à identificação do bem sujeito a venda e à ilustração do catálogo, podendo corre-sponder a exemplares diversos dos leiloados.3.3. Os bens a leiloar e colocados em praça serão ar-rematados no estado em que se encontrarem, cabendo aos potenciais compradores confirmar pessoalmente, mediante exame e verificação prévios, a descrição efectuada no re-spectivo catálogo e as condições dos referidos lotes, desig-nadamente no que diz respeito a eventuais restauros, faltas ou defeitos que se mencionem nos catálogos.3.4. Para que os potenciais interessados possam verifi-car as condições, o estado em que se encontram os bens a leiloar e a descrição efectuada nos respectivos catálogos, a Leiloeira promoverá, pelo menos, 4 (quatro) horas de ex-posição, antes da realização do leilão, em lugar indicado no catálogo. 3.5. Atento o disposto nos parágrafos anteriores e após a venda de qualquer lote, não haverá lugar a qualquer rec-lamação, a menos que se verifique a existência de uma dis-crepância relevante entre a descrição efectuada no catálogo e as características e/ou estado do bem e no momento da arrematação, desde que tal discrepância implique uma alte-ração significativa do valor do bem a leiloar. Neste caso, o interessado poderá apenas solicitar a devolução da quantia total da venda mediante a restituição do bem, no estado de conservação em que se encontrava no momento da arrema-tação, não tendo, no entanto, direito a qualquer compensa-ção, indemnização ou juros.

4. pAGAmENTo E lEvANTAmENTo DE loTEs4.1. A Leiloeira poderá exigir ao licitante bem suce-dido na compra de um ou mais bens, logo após a sua ar-rematação, o pagamento de um sinal no valor não inferior a 30% da importância da arrematação. 4.2. Sobre o valor da arrematação, incidirá uma comissão a favor da Leiloeira, correspondente a 13,01% desse valor, e sobre esta a taxa legal de 23% de IVA, o que totaliza o valor de arrematação acrescido de 16%.4.3. Os lotes poderão ser pagos em dinheiro, através de cheque ou de transferência bancária realizada para a conta bancária a indicar pela Leiloeira, podendo ainda sê-lo através de pagamento efectuado com cartão de débito ou de crédito, casos em que acrescerão as respectivas despe-sas bancárias, a indicar oportuna e atempadamente pela Leiloeira.4.4. Os bens arrematados só poderão ser levantados após o pagamento na sua totalidade e nos termos definidos nos números anteriores. A titularidade do bem só se trans-fere para o comprador após boa cobrança da quantia total da venda.

4.5. Os bens não levantados após 5 (cinco) dias úteis da data do leilão serão enviados à cobrança para a morada do licitante, acrescendo as respectivas despesas de envio ao valor total definido no número 4.2 supra.4.6. Caso o comprador não proceda ao pagamento da quantia total da venda no prazo de vinte e um (21) dias con-tados da data da arrematação do bem, a Leiloeira poderá, a todo o tempo, por si e em representação do vendedor e sem que o comprador possa exigir quaisquer compensações e indemnizações por tal facto:

a. Intentar acção judicial de cobrança da quantia total da venda; b. Notificar o comprador da anulação da venda, sem prejuízo do direito da Leiloeira receber a comissão devida pelo comprador e da consequente possibilidade de ser intentada acção judicial para cobrança desta.

5. bENs vENDIDos5.1. A verificação de qualquer dano, roubo ou extravio sobre algum bem vendido e pago ou sinalizado, mas não entregue, confere ao licitante apenas o direito a receber uma quantia igual à por ele paga, não lhe assistindo o direito a quaisquer juros, indemnização ou compensação. 5.2 A Leiloeira não será responsável, em caso algum, perante o comprador de um bem que, por facto imputável ao vendedor ou a terceiro, venha a ser objecto de reclamações ou reivindicações de terceiros, nem em caso de apreensão, a título provisório ou definitivo, de qualquer bem arrema-tado, independentemente da data em que haja sido deter-minada ou efectivada a respectiva reclamação, reivindica-ção ou apreensão e da natureza ou montante de quaisquer prejuízos, perdas ou danos que para o comprador possam decorrer desse facto, os quais deverão ser reclamados pelo comprador directamente ao vendedor ou terceiro causador. 5.3. De igual forma, a Leiloeira também não será re-sponsável, em caso algum, se um bem arrematado vier a ser impedido de sair do país, designadamente ao abrigo da leg-islação de protecção do património cultural, independente-mente da data em que haja sido efectivada a respectiva in-ventariação, arrolamento ou classificação, e da natureza ou montante de quaisquer prejuízos, perdas ou danos que para o comprador possam decorrer desse impedimento.

6. DIsposIçÕEs váRIAs6.1. As presentes Condições Gerais para Aquisição de Bens poderão ser objecto de alteração, bastando, para o efei-to, a sua prévia publicação ou afixação no local da realização do leilão, antes do início do mesmo..

6.2. Para dirimir quaisquer litígios emergentes da ex-ecução das presentes Condições Gerais para Aquisição de Bens será competente o foro da comarca de Lisboa com expressa renúncia a qualquer outro.

Nuno Gonçalves, Leiloeiro, Livreiro, Unipessoal, Lda, com sede social na Travessa André Valente, n.º 26 em Lisboa, com o capital social de cinco mil euros, e com o NIPC n.º 507520980, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa, sob o n.º 507520980 (anterior n.º 15638), adiante designada como Leiloeira, sujeita a aquisição de bens em leilão às seguintes condições:

1. REGIsTo1.1. Qualquer interessado na aquisição de peças ou obras a leiloar pela Leiloeira, deverá requerer previamente o seu registo como licitante, sendo-lhe então atribuído o re-spectivo número de licitante, com o qual poderá licitar. Do pedido de registo deverá constar, obrigatoriamente, nome, morada, número de telefone e número de contribuinte do interessado, devendo este assinar a respectiva ficha declar-ando conhecer as presentes condições de aquisição. 1.2. No acto da inscrição ou em qualquer outro mo-mento poderá a Leiloeira solicitar ao licitante a apresenta-ção de um documento de identificação válido, assim como uma garantia de pagamento, na forma e montante que, de acordo com o seu exclusivo critério comercial, por bem en-tender.1.3. Qualquer pessoa, singular ou colectiva, que se queira fazer representar na praça, deverá fazer chegar à Leiloeira, procuração ou credencial devidamente autenti-cada, pelo menos 24 horas antes do início do leilão. 1.4. A Leiloeira reserva-se o direito de recusar a ad-missão nas suas instalações e locais de exposição e leilão a quaisquer pessoas, bem como recusar a inscrição ou registo como licitante de quem quer que seja, ignorando, conse-quentemente, qualquer lance oferecido pelas mesmas.

2. lICITAção E ARREmATAção2.1. A licitação dos lotes pelos respectivos interessados far-se-á pessoalmente, no local em que decorrer cada leilão, para o que a comparência dos mesmos será essencial, com excepção das situações previstas no parágrafo seguinte.2.2. A Leiloeira poderá licitar lotes em nome de in-

condições Gerais para aquisição de Bens

teressados que tenham dado ordem expressa para o efeito, serviço que poderá disponibilizar de forma gratuita e confi-dencial e a título de mera cortesia, não podendo, no entanto, a Leiloeira, nem os seus colaboradores, em caso algum, ser responsabilizados por qualquer erro, negligência, omissão ou falta na sua execução que eventualmente possam ocorrer. 2.3. A Leiloeira poderá admitir as licitação de lotes pelo telefone, devendo o licitante encontrar-se disponível, através do contacto previamente fornecido à Leiloeira, para proceder à licitação do lote, desde a hora marcada para o início do leilão e até que receba um contacto por parte da Leiloeira.2.4. A manifestação de vontade em proceder à licitação de um lote através do telefone corresponde, para todos os efeitos, à licitação do mesmo pelo respectivo valor de co-locação em praça pela Leiloeira, pelo que, caso a Leiloeira não consiga contactar o licitante por motivo que não seja imputável à Leiloeira ou caso o licitante não efectue qual-quer lance pelo telefone, o lote em questão será adjudicado ao licitante pelo valor de colocação em praça, no caso de não existirem mais lances para tal lote.2.5. O montante segundo o qual os lances se sucederão na licitação de cada lote será exclusiva e discricionariamente decidido, em cada lote em concreto, pelo pregoeiro, nunca podendo, porém, o pregoeiro exceder 10% do valor do lance anterior, nem qualquer lance ser inferior a € 5.2.5. A Leiloeira atribuirá o direito à aquisição do bem ou peça a leiloar ao licitante que ofereça o valor da aqui-sição mais elevado, devendo o pregoeiro decidir, com total poder discricionário, qualquer dúvida que ocorra durante a realização do leilão, podendo, inclusivamente, determinar a colocação de novo em praça do mesmo bem, pelo valor em que se suscitou a dúvida, de forma a dissipá-la.

3. EsTADo Dos loTEs3.1. A Leiloeira assume a responsabilidade pela exac-tidão das descrições dos bens efectuadas nos catálogos, no-meadamente quanto à descrição bibliográfica dos mesmos

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Nuno Gonçalves, Leiloeiro, Livreiro, Unipessoal, Lda., whose registered office is lo-cated at 26, Travessa André Valente, Lisbon, with the share capital of five thousand euros and taxpayer identification number 507 520 980, registered at the Commercial Registry Office in Lisbon under the number 507 520 980 (previously, number 15638), hereinafter referred to as the Auctioneer, subjects the purchase of goods by auction/auctioning to the following conditions:

1. reGistration

1.1. Any person interested in buying goods to be auctioned by the Auctioneer, must request his/hers prior registration as a bidder, being then assigned the corresponding bidder number, with which he/her can bid. Every interested person is required to, in the registration application, give his/her name, address, telephone number and taxpayer identification number, and sign the form acknowledging the present pur-chasing conditions.1.2. At the moment of registration or at any other moment, the Auctioneer may require the bidder to provide a valid identification document, as well as a payment guarantee in the form and amount chosen by the Auctioneer and at its sole com-mercial discretion.1.3. Any person, natural or legal, who wants to be represented in the auction, must ensure that the Auctioneer receives a power of attorney or a duly authenticated cre-dential, at least 24 hours before the auction.1.4. The Auctioneer reserves the right, at its sole discretion, to refuse admission to its facilities, exhibition and auction premises to any person as well as to reject the registration of any person as a bidder to any person, consequently ignoring any bid made by them.

2 . conduct of auction and BiddinG

2.1. The bidding of the lots by the interested bidders will be made in person, in the premises where each auction will take place, for which their presence shall be of the essence, with the exception of the situations described in the following paragraph.2.2. The Auctioneer may bid for any lot acting on behalf of intending purchasers who have given him express order for that purpose. The Auctioneer will be pleased to ex-ecute these bids confidentially and no charge will be made for this service. However, neither the Auctioneer nor its employees shall, in any case, be responsible for any error, negligence, omission or failure that might occur in its execution.2.3. The Auctioneer may accept bidding for any lot or lots made by telephone, but the bidder must be available at the number previously provided to the Auctioneer to bid, from the beginning of the auction until he/she receives a telephone call from the Auctioneer.2.4. The expression of intention to make a bid for a lot over the telephone corresponds for all purposes, to bidding for a lot by its auctioning value, so that, if the Auctioneer cannot contact the bidder for reasons not attributable to the Auctioneer or if the bidder does not make any bid by phone, the lot will be sold to the bidder by the auctioning value, in the event no more bids for this lot are made.2.5. The amounts of the bids, in the bidding for each lot, shall be exclusively and arbi-trarily decided for each specific lot by the Auctioneer. However, the Auctioneer can never exceed 10% of the previous bid amount, and the bids cannot be lower than € 5.2.6. The Auctioneer will grant the right to purchase the good or piece to be auctioned to the bidder that makes the highest accepted bid, and in the event of any dispute arising during the auction, the Auctioneer may, at his sole discretion and without being required to give a reason summarily settle such dispute or immediately re-offer the good for sale, by the price that raised the dispute in order to dispel it.

3. condition of the Lots

3.1. The Auctioneer will make every effort to ensure the accuracy of the descriptions of any good or lot in the catalogues, especially regarding its bibliographic description and their condition, subject to public and verbal amendments by the Auctioneer up to the time of their sale.3.2. The photographs or representations of the goods in the catalogue shall be used solely to identify the goods to be auctioned and to the catalogue illustration, which may correspond to diverse goods from those auctioned.3.3. The goods to be put for auction will be purchased in their physical condition at the time of the auction, being up to potential buyers to personally verify, by prior examination and inspection, the description in the catalogue and the conditions of

these lots, namely regarding possible restoration works, faults or defects mentioned in the catalogues.3.4. So that those prospective buyers may verify the physical condition of the goods to be auctioned and the description made in the auction catalogues, the Auctioneer will promote, at least 4 (four) hours to exhibit the goods before the auction, in a location indicated in the catalogue.3.5. In light of the preceding paragraphs and after the sale of any lot, the Buyer(s) shall have no right to claim damages or a reduction in the price paid or payable, un-less it occurs a significant discrepancy between the description made in the catalogue and the characteristics and/or physical condition of the good at the time of the auc-tion, provided that such a discrepancy involves a significant change in the value of the good to be auctioned. In this case, the interested party may only request the refund of the total amount paid by the restitution of the good, in the same condition as it was at the time of the auction, but no compensation, indemnity or interest shall be paid.

4 . payment and removaL of Lots

4.1. The Auctioneer may request the Buyer of one or more goods, immediately upon the sale, the payment of a deposit of not less than 30% of the amount of the ham-mer price.4.2. All Buyer(s) shall pay an Auctioneer’s commission of 13,01% of the hammer price, together with VAT at the legal rate in force of 23%, which amounts to the hammer price plus 16%.4.3. Lots can be paid in cash, cheque or electronic bank transfer made to the bank ac-count specified by the Auctioneer. Debit and credit cards are also accepted, in which case their bank charges will be added to the total sum, which will be indicated in due course by the Auctioneer.4.4. The purchased goods can only be claimed or removed after payment in full and as established in the preceding paragraphs. The ownership of the goods will only pass to the buyer upon receipt of full payment.4.5. If the Buyer fails to remove his/her goods within 5 (five) days from the date of the auction, those goods will be shipped to his/her address and these shipping costs will be added to the total amount specified in paragraph 4.2 above.4.6. If the Buyer fails to pay the full purchase price within 21 (twenty-one) days from the date of the sale of the good, the Auctioneer may, at any time, by itself and on behalf of the Seller, and without the Buyer having the right to demand any compen-sation or indemnity for that fact:a. Take legal action to recover the full purchase price;b. Notify the Buyer of the annulment of the sale, subject to the right of the Auction-eer to receive the commission due by the Buyer and to the consequent possibility of legal action to recover the mentioned commission.

5. soLd Goods

5.1. The occurrence of any damage, loss or theft of any good sold and fully or partly paid, but not removed, only gives the Buyer the right to receive an amount equal to that already paid, excluding the right to any interest, indemnity or compensation.5.2 The Auctioneer shall not be liable in any event, to the Buyer of a good that, for reasons attributable to the Seller or to a third party, will be subject to complaints or claims by third parties, nor in case of seizure, either temporary or permanent of any sold good, regardless of when the complaint, claim or seizure was determined or enforced and of the nature or amount of any damages, losses or damages that may result to the Buyer thereof, which must be claimed by the Buyer directly to the Seller or to the third party.5.3. Similarly, the Auctioneer will also not be responsible, in any case, if any sold good is prevented from leaving the country, particularly under the legislation for the protection of cultural heritage, regardless of the date of its cataloguing or classifica-tion, and of the nature or amount of any damage or loss that may arise for the Buyer from such an impediment.

6 . GeneraL provisions

6.1. These General Terms for the Purchase of Goods may be subject to changes, being enough its prior publication or posting on the auction site before it begins.6.2. To settle any disputes arising from the implementation of these General Condi-tions for the Purchase of Goods shall have jurisdiction the Lisbon District Court, expressly excluding any other.

GeneraL conditions fot the purchase of Goods

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