188
I ELABORAÇÃO DE ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SAQUAREMA - RJ PRODUTO 8 Proposições AGOSTO/2013

ELABORAÇÃO DE ESTUDOS E PROJETOS PARA … · IPCA – ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR AMPLO LNSB - LEI NACIONAL DE SANEAMENTO BÁSICO ... Tabela 27 - Resumo de Investimentos

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I

ELABORAÇÃO DE ESTUDOS E PROJETOS

PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL

DE SANEAMENTO BÁSICO DE SAQUAREMA -

RJ

PRODUTO 8

Proposições

AGOSTO/2013

i

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

DE SAQUAREMA– RJ

PLANO DE GESTÃO INTEGRADA

DE RESÍDUOS SÓLIDOS

PRODUTO 8

Prognósticos

AGOSTO/2013

ii

GLOSSÁRIO

AGENERSA – AGÊNCIA REGULADORA DE ENERGIA E SANEAMENTO BÁSICO DO

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

AEMERJ - ASSOCIAÇÃO ESTADUAL DE MUNICÍPIOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

ANAMMA - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE ÓRGÃOS MUNICIPAIS DE MEIO AMBIENTE

ANP – AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS

ATT – ÁREA DE TRANSBORDO E TRIAGEM

CADUNICO - CADASTRO ÚNICO PARA PROGRAMAS SOCIAIS DO GOVERNO FEDERAL

CEPERJ - FUNDAÇÃO CENTRO ESTADUAL DE ESTATÍSTICAS, PESQUISAS

CETESB – COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL

CTDR - CENTROS DE TRATAMENTO E DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS

E FORMAÇÃO DE SERVIDORES PÚBLICOS DO RIO DE JANEIRO

EMATER – INSTITUTO DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL

ERJ - ESTADO DO RIO DE JANEIRO

ETA – ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA

ETE – ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO

FUNASA – FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE

GLP – GÁS LIQUEFEITO DO PETRÓLEO

IBAM - INSTITUTO BRASILEIRO DE ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL

INEA - INSTITUTO ESTADUAL DO AMBIENTE

INEA – INSTITUTO ESTADUAL DO AMBIENTE

IPCA – ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR AMPLO

LNSB - LEI NACIONAL DE SANEAMENTO BÁSICO

PAC – PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO

PCMS - PROJETO DE COMUNICAÇÃO E MOBILIZAÇÃO SOCIAL

PEV – PONTO DE ENTREGA VOLUNTÁRIA

iii

PGRIND – PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS

PGRS – PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

PLANARES – PLANO NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

PLANSAB - PLANO NACIONAL DE SANEAMENTO BÁSICO

PMGIRS - PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS

PMS – PREFEITURA MUNICIPAL DE SAQUAREMA

PMSB - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

PNRS – POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

PPA - PLANO PLURIANUAL

RAS – RELATÓRIO AMBIENTAL SIMPLIFICADO

RCC – RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

RSS – RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE

RSU – RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

SEA - SECRETARIA DE ESTADO DO AMBIENTE

SINMETRO - SISTEMA NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE

INDUSTRIAL

SISNAMA - SISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

SMSB – SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

SNVS -SISTEMA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA

SUASA - SISTEMA UNIFICADO DE ATENÇÃO À SANIDADE AGROPECUÁRIA

UFMG – UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

UNICEF – FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA

iv

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO – CONTEXTO REGIONAL............................................................. 14

2 POPULAÇÕES ADOTADAS ................................................................................... 16

3 PROGNÓSTICOS ................................................................................................... 19

3.1 Conceituação ................................................................................................... 19

3.2 Metodologia Adotada....................................................................................... 20

3.3 Técnicas de Construção de Cenários ............................................................. 22

3.4 Roteiro de Auxilio na definição dos Cenários ................................................. 26

3.5 Sistematização das Informações – CDP ......................................................... 28

3.6 Definição dos Cenários ................................................................................... 38

3.6.1 Produção/Redução de Resíduos Sólidos ................................................ 40

3.6.2 Disposição Final ....................................................................................... 50

3.6.3 Gestão Integrada ..................................................................................... 57

3.6.4 Educação Ambiental ................................................................................ 59

3.7 Recomendações .............................................................................................. 61

4 LIMPEZA URBANA ................................................................................................. 75

4.1 PROCEDIMENTOS DE CONTROLE E FISCALIZAÇÃO ............................... 78

5 PROGRAMAS, METAS E AÇÕES .......................................................................... 79

6 ESTUDO ECONÔMICO-FINANCEIRO PARA O SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ............................................................................... 99

6.1 Investimentos .................................................................................................. 99

6.2 Memorial de Cálculo ...................................................................................... 104

6.3 Custos Operacionais dos Serviços de Limpeza Urbana ............................... 109

6.4 Receitas e Sustentabilidade .......................................................................... 112

7 ANÁLISE INSTITUCIONAL ................................................................................... 120

7.1 Análise Institucional Local ............................................................................. 121

7.2 Modelos Institucionais para Prestação dos Serviços de Saneamento Básico

122

7.2.1 Estrutura Organizacional Proposta ........................................................ 136

7.2.2 Modificações, Adaptações ou Complementações ao Arranjo Institucional

Proposto 149

v

7.3 Análise Institucional Regional ....................................................................... 150

7.3.1 Arranjo Institucional na Região dos Lagos ............................................ 150

7.3.2 Fiscalização e Regulação dos Serviços de Saneamento Básico .......... 156

7.3.3 Inter-relação Poder Concedente/Prestadores de Serviços /Regulador . 159

7.3.4 Análise Jurídica ...................................................................................... 166

7.3.5 Proposta para criação do Consórcio Público para Gestão do Saneamento

Básico da Região dos Lagos/RJ ........................................................................... 179

8 ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA ................................................................. 182

9 RECOMENDAÇÕES INSTITUCIONAIS ............................................................... 184

9.1 Racionalização e sistematização dos serviços prestados ............................ 184

9.2 Avaliações sistemáticas da efetividade, eficiência e eficácia dos serviços

prestados 185

9.3 Instrumentos e mecanismos de divulgação, controle social na gestão dos

serviços de saneamento básico ............................................................................................ 185

10 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ............................................................................ 186

vi

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Integração Nacional da Legislação de Saneamento Básico e Resíduos Sólidos ....... xii

Figura 2 - Estruturação do trabalho............................................................................................. xiii

Figura 3 - Macrozoneamento Saquarema .................................................................................. 19

Figura 4- Esquema Geral da Metodologia para a Elaboração dos Cenário ............................... 21

Figura 5 - Cenário Indutivo .......................................................................................................... 25

Figura 6 – Cenário Dedutivo ....................................................................................................... 25

Figura 7 - Alternativas ................................................................................................................. 38

Figura 8 - Integração das alternativas ......................................................................................... 39

Figura 9 - Gráfico da projeção de geração de resíduos ............................................................. 46

Figura 10 - Itinerário ao destino final (Rota 1) ............................................................................. 52

Figura 11 - Itinerário ao destino final (Rota 2) ............................................................................. 52

Figura 12 - Itinerário ao destino final (Rota 3) ............................................................................. 53

Figura 13 - Itinerário ao destino final (Rota 4) ............................................................................. 53

Figura 14 - Itinerário ao destino final (Rota 5) ............................................................................. 54

Figura 15 - Arranjos Regionais para Disposição Final de Resíduos Sólidos Urbanos, Cenário

Tendencial ................................................................................................................................... 55

Figura 16 - Fluxograma do Sistema de Limpeza Pública e Manejo de Resíduos Sólidos ......... 57

Figura 17 - Alternativas propostas para a coleta seletiva de materiais recicláveis .................... 62

Figura 18 - Proposta de gestão de resíduos domiciliares/comerciais ........................................ 63

Figura 19 - Disposição Integrada de Resíduos Sólidos Orgânicos ............................................ 64

Figura 20 - Fluxograma para o Sistema de Coleta Seletiva de Resíduos Orgânicos para a

Compostagem/Vermicompostagem – Alternativas Propostas .................................................... 65

Figura 21 - Modelo de ECOPONTO............................................................................................ 66

Figura 22 - Proposta de planta de ECOPONTO ......................................................................... 66

Figura 23 - Modelo de veículo de coleta de resíduos ................................................................. 72

Figura 24 - Modelo para logística reversa ................................................................................... 74

Figura 25 - Custos operacionais Manejo de RSU ..................................................................... 112

Figura 26 - Custos Operacionais X Receitas ............................................................................ 116

vii

Figura 27 - Modelo Institucional do Saneamento Básico de Saquarema ................................. 122

Figura 28 - Evolução dos Munícipios que firmaram contratos de concessão. Período 1995 –

2010 (número de municípios) .................................................................................................... 126

Figura 29 - Investimentos privados em concessões de serviços de água e esgoto. Período 1995

– 2010 (em milhões de reais) .................................................................................................... 127

Figura 30 – Evolução da população atendida pelas concessionárias. Período 1995 – 2010 (em

milhões de habitantes) .............................................................................................................. 127

Figura 31 - Arranjo Institucional Genérico ................................................................................. 133

Figura 32 - Arranjo Institucional Municipal ................................................................................ 134

Figura 33 - Arranjo Institucional Intermunicipal ......................................................................... 135

Figura 34 – Esquema do tripé de elementos fundamentais do PMSB ..................................... 137

Figura 35 – UGPLAN ................................................................................................................ 139

Figura 36 – Estrutura proposta para a UGPLAN ...................................................................... 144

Figura 37 - Modelo Institucional para a Gestão do PMSB ........................................................ 149

Figura 38 - Comitê da Bacia Hidrográfica Lagos São João (CBHLSJ) ..................................... 152

Figura 39 - Consórcio Intermunicipal Lagos São João (CILSJ) ................................................ 153

Figura 40 - Agência Estadual Reguladora de Energia e Saneamento (AGENERSA).............. 154

Figura 41 - Fluxograma - Governo do Estado do Rio de Janeiro, Municípios, Agência

Reguladora, Consórcios Intermunicipais, Comitê da Bacia e Concessionárias ....................... 155

Figura 42 – Mapa Geral das Agências Reguladoras no setor de saneamento Básico. ........... 159

Figura 43 – Localização do Município ....................................................................................... 180

Figura 44 – Modelagem Proposta ............................................................................................. 181

LISTA DE TABELAS

viii

Tabela 1 - População Residente Adotada .................................................................................. 17

Tabela 2 - População de Temporada .......................................................................................... 18

Tabela 3 - Condicionantes, Deficiências e Potencialidades ....................................................... 29

Tabela 4 - Ameaças e Oportunidades do atual modelo de gestão ............................................. 32

Tabela 5 - Modelo Numérico para Ponderação das Ameaças ................................................... 34

Tabela 6 - Gestão Integrada ....................................................................................................... 36

Tabela 7 - Produção/Redução de Resíduos ............................................................................... 37

Tabela 8 - Disposição Final ......................................................................................................... 37

Tabela 9 - Educação Ambiental .................................................................................................. 37

Tabela 10 - Resumo da pontuação por grupo ............................................................................ 38

Tabela 11 - Projeção da geração de resíduos ............................................................................ 40

Tabela 12 - Composição dos resíduos de Saquarema ............................................................... 41

Tabela 13 - Projeção da geração de resíduos (Cenário Previsível) ........................................... 42

Tabela 14 - Metas do PLANARES para Região Sudeste ........................................................... 44

Tabela 15 - Projeção da geração de resíduos (Cenário Normativo) .......................................... 45

Tabela 16 - Definição de responsabilidades ............................................................................... 68

Tabela 17 - Investimentos Programa Produção/ Redução de Resíduos .................................... 99

Tabela 18 - Investimentos Programa Disposição Final............................................................... 99

Tabela 19 - Investimentos Programa Gestão Integrada de Resíduos ...................................... 100

Tabela 20 - Investimentos Programa Educação Ambiental ...................................................... 101

Tabela 21 - Resumo dos Investimentos .................................................................................... 101

Tabela 22 - Resumo dos Investimentos por Programa............................................................. 102

Tabela 23 - Despesas por fonte de recursos para o Programa Produção / Redução de

Resíduos ................................................................................................................................... 102

Tabela 24 - Despesas por fonte de recursos para o Programa Disposição Final ................... 102

Tabela 25 - Despesas por fonte de recursos para o Programa Gestão Integrada ................... 103

Tabela 26 - Despesas por fonte de recursos para o Programa Educação Ambiental .............. 103

Tabela 27 - Resumo de Investimentos por Fonte de Recursos ................................................ 103

Tabela 28 - Memorial de Cálculo Programa 1 .......................................................................... 104

ix

Tabela 29 - Memorial de Cálculo Programa 2 .......................................................................... 105

Tabela 30 - Memorial de Cálculo Programa 3 .......................................................................... 106

Tabela 31 - Memorial de Cálculo Programa 4 .......................................................................... 109

Tabela 32 - Média do IPCA ....................................................................................................... 109

Tabela 33 - Custos operacionais de Limpeza Urbana .............................................................. 110

Tabela 34- Custos Operacionais de Manejo de RSU ............................................................... 111

Tabela 35 - Receitas Manejo de RSU ....................................................................................... 115

Tabela 36 - Metas Contratuais de Atendimento da Prolagos fixadas no Edital de Licitação. .. 162

Tabela 37 - Estrutura Financeira ............................................................................................... 182

Tabela 38 - Recurso por serviço ............................................................................................... 183

x

APRESENTAÇÃO

Em Janeiro de 2007, o Governo Federal aprovou um diploma legal o qual

instituiu em nosso País, a Universalização do Saneamento Básico, Lei Nº

11.445, 2007, compromisso de todos os brasileiros em vencer importantes

desafios. Esses desafios requerem dos governos federal, estaduais e

municipais, dos prestadores de serviços públicos e privados, da indústria de

materiais, dos agentes financeiros e da população em geral, através de canais

de participação, um grande esforço concentrado na gestão, no planejamento,

na prestação de serviços, na fiscalização, no controle social e na regulação dos

serviços de saneamento ofertados a todos. Os desafios propostos devem

consolidar as agendas nacional, estaduais e municipais de investimentos

direcionados pelo Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, cujo foco

principal é a promoção da saúde e a qualidade de vida da população brasileira.

Entende-se como saneamento básico o conjunto de serviços, infraestruturas e

instalações operacionais de:

a) Abastecimento de água potável;

b) Esgotamento sanitário;

c) Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de

atividades, infraestruturas, e instalações operacionais de

coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final do

lixo doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza de

logradouros e vias públicas, e,

d) Drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.

O pacto pelo Saneamento Básico, firmado em 2008, foi o passo inicial do

processo participativo de elaboração do PLANSAB, Plano Nacional de

Saneamento Básico, coordenado pelo Ministério das Cidades e Secretaria

Nacional de Saneamento. Na sequência, é editado o Decreto Nº 7.217, de 21

de junho de 2010, o qual regulamenta a Lei Nº 11.445/2007, elaborando-se o

PLANSAB, pela cooperação entre Universidades Brasileiras, lideradas pela

UFMG, entrando em Consulta Pública no ano de 2011.

xi

Paralelamente, o então Presidente da República, aprovou a Lei Nº 12.305, de

02 de agosto de 2010 que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos e a

regulamenta pelo Decreto Nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010. Tendo por

base esses novos marcos legais, integrados à Política Nacional de

Saneamento Básico, ficam os municípios responsáveis por alcançar a

universalização dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos,

devendo ser prestados com eficiência para evitar danos à saúde pública e

proteger o meio ambiente, considerando a capacidade de pagamento dos

usuários e a adoção de soluções progressivas, articuladas, planejadas,

reguladas e fiscalizadas, com a participação e o controle social.

A mesma lei e seu decreto regulamentador impõem novas obrigações e formas

de Cooperação entre o poder público-concedente e o setor privado, definindo a

responsabilidade compartilhada, a qual abrange fabricantes, importadores,

distribuidores, comerciantes e consumidores, fazendo com que também o

poder público municipal seja responsável, mas não o único.

Complementa o marco legal anteriormente referido a Lei dos Consórcios

Públicos, Nº 11.107/2005, seu Decreto Regulamentador Nº 6.017/2007, a Lei

Nacional de Meio Ambiente, Nº 6.938/1981, a Lei da Política Nacional de

Educação Ambiental Nº9.795/1999 e a Lei da Política Nacional de Recursos

Hídricos Nº 9.433/1997.Relativamente aos resíduos sólidos urbanos assume a

Coordenação, o Ministério do Meio Ambiente, Secretaria de Recursos Hídricos

e Ambiente Urbano, sendo editado o Plano Nacional de Resíduos Sólidos, em

sua Versão Preliminar para Consulta Pública, em setembro de 2011. A figura a

seguir, representa a integração dos marcos legal anteriormente referida.

xii

Figura 1 - Integração Nacional da Legislação de Saneamento Básico e Resíduos Sólidos

Fonte: SERENCO, 2012

O presente relatório COMPREENDE o PRODUTO 8 (Proposições) dos

Estudos e Projetos para Consecução do Plano de Gestão Integrada de

Resíduos Sólidos do Município de Saquarema, localizado no estado do Rio de

Janeiro, ABRANGENDO os Serviços de Limpeza Urbana e Manejo de

Resíduos Sólidos, conforme apresentado na figura a seguir.

Este foi elaborado conforme previsto no Edital e Anexos da Tomada de Preços

TPn.º 11/2011 do Instituto Estadual do Ambiente (INEA) e ao CONTRATO n.º

48/2012 firmado no dia 24 de Julho de 2012 entre o INEA e a empresa

SERENCO.

xiii

Figura 2 - Estruturação do trabalho

Fonte: SERENCO, 2013

14

1 INTRODUÇÃO – CONTEXTO REGIONAL

A assinatura dos contratos firmados entre o Governo do Estado do Rio de Janeiro, os

Municípios de Arraial do Cabo, Armação dos Búzios, Cabo Frio, Iguaba Grande e São

Pedro da Aldeia com a empresa Prolagos, em 1998, e dos Municípios de Araruama,

Saquarema e Silva Jardim, com a Concessionária Águas de Juturnaiba – CAJ,

constituiu-se em marco referencial da despoluição da Lagoa de Araruama em

continuidade aos trabalhos até então desenvolvidos. A Região em questão, tem sua

economia dependendo substancialmente do turismo, revelando a necessidade de

investimentos contínuos na preservação de lagoas e praias dos entornos urbanos, em

busca de sua preservação ambiental. Ambos, Prolagos, e CAJ implementaram o

abastecimento de água e passaram a adotar como tecnologia para o esgotamento

sanitário, o sistema de tomada em tempo seco, conhecida por sistema unitário. A

utilização do sistema municipal de drenagem pluvial como rede coletora de esgotos

sanitários, a construção de cordões interceptores, estações elevatórias e estações de

tratamento, ao longo do tempo, reduziram drasticamente a poluição de lagoas e praias,

retomando-se gradativamente o ciclo econômico de desenvolvimento turístico da Região

dos Lagos. A presença do Comitê de Bacias Hidrográficas das Lagoas de Araruama,

Saquarema e dos Rios São João, Una e Ostras, criado pela Lei Estadual Nº3.239/1999,

trouxe novo reforço à Região, na preservação dos recursos hídricos. Na sequência,

criou-se o Consórcio Intermunicipal para Gestão Ambiental das Bacias Hidrográficas da

Região dos Lagos, Rio São João e Zonas Costeiras, consolidando-se ainda mais o

reforço institucional na Região.

Ampliam-se os serviços de saneamento básico, tais como limpeza urbana e manejo de

resíduos sólidos, drenagem e manejo de águas pluviais. Implanta-se pela iniciativa

privada, o Aterro Sanitário DOIS ARCOS, em São Pedro da Aldeia, passando a receber

os resíduos sólidos urbanos de Arraial do Cabo, Cabo Frio, Armação dos Búzios, São

Pedro da Aldeia, Iguaba Grande e recentemente Silva Jardim e Casimiro de Abreu ou

ainda, Araruama e Saquarema no futuro.

15

Ampliam-se as áreas inundáveis pelas águas pluviais em todos os municípios, tendo em

vista o aumento da impermeabilização e o crescimento das áreas urbanas dentro das

bacias hidrográficas.

A lei da Política Nacional de Saneamento Básico de 2007, e a que institui a Política

Nacional de Resíduos Sólidos, de 2010, determinam para todo o País, programas e

metas a serem cumpridas por todos os municípios brasileiros, dentro de cenários futuros

para um horizonte de 20 (vinte) anos. Novas regras são detalhadas e indicadores e

metas são definidas em busca da universalização do saneamento básico para toda a

população brasileira.

Os tempos são outros, as regras são novas e a gestão do saneamento básico praticado

até o momento carece de uma ampla reflexão em busca de novo modelo institucional,

preparando o caminho por onde os municípios deverão trilhar nos próximos 20 (vinte)

anos. A consolidação de uma nova gestão integrada deverá ocorrer nos próximos anos

mediante um forte apoio técnico e uma sólida base financeira, supervisionados por

equipes bem preparadas para os novos cenários que se estabelecem.

O Produto ora apresentado descreve os prognósticos do sistema de limpeza urbana e

manejo de resíduos sólidos, ajustados aos cenários propostos, suas metas, programas e

ações. As propostas para os sistemas de abastecimento de água, esgotamento sanitário

e drenagem e manejo de águas pluviais urbanas, são apresentadas em separado, no

PRODUTO 7, de acordo com o Termo de Referência do INEA.

Ao final, descreve-se a análise do atual modelo institucional, as suas características

jurídicas e a Proposta inicial de Criação de um Consórcio Público para a Gestão do

Saneamento Básico na Região dos Lagos/RJ.

Espera-se com a realização dos 2º Seminários obter valiosas contribuições para a

consolidação dos prognósticos do PMSB, momento importante da construção dos

16

Planos, consolidando-se os elementos da próxima etapa dos trabalhos, a versão

preliminar do Plano.

2 POPULAÇÕES ADOTADAS

Na elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico, e Plano Municipal de Gestão

Integrada de Resíduos Sólidos, o Produto 6 – Estudo Populacional e Arranjos

Institucionais, apresenta as projeções de crescimento da população para os próximos 20

anos, tendo em vista os últimos Censos do IBGE, e informações sobre a população

flutuante dos municípios da região.

Análises matemáticas

De acordo com o Censo realizado pelo IBGE em 2.010, o município de Saquarema

possui as seguintes características:

População = 74.234 hab.

Taxa de Urbanização = 94,91%

Área da Unidade Territorial = 353,57 km²

Densidade Demográfica = 209,96 hab./km²

Para o Estudo Populacional, foram utilizados os seguintes métodos:

Métodos Matemáticos (aritmético e geométrico);

Ajustamento linear;

Equação da Curva de Potência;

Equação exponencial.

Método baseado na equação logarítmica, e,

Método baseado na equação Polinomial

17

O método da Equação Polinomial foi o que apresentou taxas de crescimento mais

próximas das observadas na série histórica analisada, sendo assim, a população

residente adotada é evidenciada na Tabela 1.

Tabela 1 - População Residente Adotada

ANO Taxa de

crescimento (%)

População Residente

(habitantes)

-1 2.012 3,04% 75.086

0 2.013 3,01% 77.349

1 2.014 2,99% 79.659

2 2.015 2,96% 82.018

3 2.016 2,93% 84.424

4 2.017 2,91% 86.878

5 2.018 2,88% 89.380

6 2.019 2,85% 91.930

7 2.020 2,83% 94.528

8 2.021 2,80% 97.174

9 2.022 2,77% 99.868

10 2.023 2,74% 102.609

11 2.024 2,72% 105.399

12 2.025 2,69% 108.236

13 2.026 2,67% 111.122

14 2.027 2,64% 114.055

15 2.028 2,61% 117.036

16 2.029 2,59% 120.066

17 2.030 2,56% 123.143

18 2.031 2,54% 126.268

19 2.032 2,51% 129.441

20 2.033 2,49% 132.661

Fonte: SERENCO, 2013

Para a obtenção da população flutuante foram utilizadas as seguintes premissas:

População em Domicílios de Uso Ocasional - multiplicou-se o número de

domicílios pelo número médio de moradores por domicílio, obtido para a Região

dos Lagos no censo de 2.010, que era de 3,45 pessoas por domicílio.

População acomodada na rede hoteleira e pousadas - foi utilizada a capacidade

de leitos instalada no ano de 2.012 e o seu crescimento futuro projetado

18

utilizando-se as mesmas taxas anuais de crescimento utilizadas para as

projeções feitas na obtenção dos domicílios de uso ocasional, em virtude da forte

e consolidada vocação turística da região como um todo.

População Flutuante em Domicílios Permanentes - adotou-se o critério de utilizar

uma taxa de ocupação equivalente a 1 hóspede por domicílio permanente.

A seguir apresenta-se a Tabela 2 que resulta na população total de temporada, ou seja,

a soma das populações: fixa (residente) e flutuante total.

Tabela 2 - População de Temporada

Fonte: SERENCO, 2013

POPULAÇÃO

RESIDENTE

POPULAÇÃO

FLUTUANTETOTAL

-1 2.012 75.086 92.633 167.719

0 2.013 77.349 95.425 172.774

1 2.014 79.659 98.274 177.933

2 2.015 82.018 101.185 183.203

3 2.016 84.424 104.153 188.577

4 2.017 86.878 107.180 194.058

5 2.018 89.380 110.363 199.743

6 2.019 91.930 113.512 205.442

7 2.020 94.528 116.720 211.248

8 2.021 97.174 119.987 217.161

9 2.022 99.868 123.314 223.182

10 2.023 102.609 126.810 229.419

11 2.024 105.399 130.258 235.657

12 2.025 108.236 133.764 242.000

13 2.026 111.122 137.330 248.452

14 2.027 114.055 140.955 255.010

15 2.028 117.036 144.767 261.803

16 2.029 120.066 148.515 268.581

17 2.030 123.143 152.321 275.464

18 2.031 126.268 156.187 282.455

19 2.032 129.441 160.111 289.552

20 2.033 132.661 164.094 296.755

ANO

19

O município é divido em três distritos denominados:

1.º Distrito – Sede

2.º Distrito – Bacaxá

3.º Distrito – Sampaio Correia

A Figura 3 demonstra a divisão territorial de Saquarema:

Figura 3 - Macrozoneamento Saquarema

Fonte: Plano Diretor de Saquarema

3 PROGNÓSTICOS

3.1 Conceituação

A construção de cenários futuros é uma ferramenta importante para o planejamento e a

tomada de decisões futuras apropriadas, ou seja, o estabelecimento de prognósticos. É

importante ressaltar que a construção de cenários permite a integração das ações que

atendam às questões financeiras, ambientais, sociais e tecnológicas, estabelecendo a

percepção da evolução do presente para o futuro.

20

A geração dos cenários para o setor de resíduos permite antever um futuro incerto e

como este futuro pode ser influenciado pelas decisões propostas no presente. Por isso,

os cenários não são previsões, mas sim tendências alternativas do futuro que foram

subsidiadas por um diagnóstico, conhecimento técnico, e demandas da comunidade

expressas no processo construtivo do planejamento.

A técnica de planejamento baseada na construção de cenários é pouco conhecida no

Brasil. Dos diversos planos municipais de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

consultados, poucos deles abordam, mesmo que superficialmente, o tema.

Entretanto, o documento intitulado “Metodologia e Técnicas de Construção de Cenários

Globais e Regionais” elaborado por Sérgio C. Buarque, em 2003, para o Instituto de

Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, órgão vinculado ao Ministério de Planejamento,

Orçamento e Gestão, fornece uma base teórica e fundamentos metodológicos práticos

muito importantes, sendo utilizados como referência na construção de cenários futuros.

De acordo com a metodologia de Buarque (2003), estes cenários foram interpretados da

seguinte maneira:

Um cenário previsível, com os diversos atores setoriais agindo

isoladamente e sem a implantação e/ou interferência do PMGIRS, e,

Um cenário normativo, com o PMGIRS agindo como instrumento indutor de

ações planejadas e integradas entre si.

3.2 Metodologia Adotada

A técnica de cenários baseia-se na prospecção e na projeção de ocorrências

imprevisíveis e, tem como princípios básicos a intuição e o livre pensamento. Portanto,

não é recomendável estabelecer uma metodologia rígida, com tabelas, gráficos e

fórmulas que limitem a intuição e a divagação por mais absurda que possa parecer. Não

21

existe uma única forma de delinear cenários devido às peculiaridades de cada atividade

ou região.

Entretanto, é necessário que se estabeleça um roteiro (não obrigatório) que evite a

dispersão de ideias e conduza ao objetivo pretendido. A Figura 4 apresenta, de forma

sucinta, a metodologia adotada.

Figura 4- Esquema Geral da Metodologia para a Elaboração dos Cenário

Fonte: SERENCO, 2013

Neste contexto poderíamos resumir os seguintes cenários: (i) Desejado – O Município

alcançará, no futuro (indefinido e utópico), o melhor índice de desenvolvimento humano

(IDH) do país; (ii) Previsível – crescimento urbano mais controlado do que hoje, e (iii)

Normativo – crescimento urbano ordenado.

Propõe-se o seguinte roteiro, num processo de aproximações sucessivas:

a) elaboração do primeiro esboço do cenário desejado (ideias, desejos, e utopias);

22

b) listagem exaustiva e aleatória das ameaças, oportunidades e incertezas;

c) análise da consistência, aglutinando semelhantes, identificando as mais críticas;

d) formulação de esboço do cenário previsível (tendência) resultado das ameaças

e incertezas;

e) aponte de prioridades e objetivos que conduziram ao cenário normativo

(possível e planejado);

f) seleção de objetivos e ações prioritárias, e,

g) reinício do processo quantas vezes forem necessárias.

3.3 Técnicas de Construção de Cenários

A crescente geração de resíduos urbanos, consequência do aumento populacional, da

concentração urbana, da rápida industrialização e do crescimento de consumo,

contribuem para o modelo de desenvolvimento e do padrão de consumo e estilo de vida

contemporâneo disseminado pelo capital. É de fundamental importância o planejamento

da gestão de resíduos sólidos em todas as cidades, apoiando-se no contexto de dados

históricos necessários para a compreensão do seu processo de geração. Para isso, o

diagnóstico dos sistemas de gestão apoiado em uma base histórica de dados acerca da

geração e composição dos resíduos gerados pela população é de fundamental

importância.

A técnica de cenários é uma ferramenta utilizada no planejamento estratégico em

diversas áreas bem como na gestão dos resíduos sólidos urbanos. Vários autores

utilizam a técnica de cenários para projetar esta geração e sua influência no futuro. Essa

técnica de cenários consiste em um modo disciplinado para se identificarem possíveis

futuros como parte do processo de planejamento estratégico.

Para a construção dos cenários, parte-se de um modelo mental (teórico) que interpreta

as variáveis centrais e as interações entre elas, reduzindo-se a complexidade da

realidade.

23

Constrói-se o cenário atual a partir do diagnóstico do sistema de gestão existente

projetando-se para o futuro (10 ou 20 anos), os cenários alternativos. Constroem-se

assim, os cenários alternativos futuros, em função de visões prospectivas elaboradas.

MELO (2009), no estudo realizado para Curitiba, utilizou como fatores críticos, os

parâmetros que podem influenciar a produção de resíduos sólidos em termos de

quantidade e composição, a população e o padrão de vida conforme trabalhos

elaborados por vários autores.

O padrão de vida normalmente, nesses trabalhos, é representado pelo produto interno

bruto (PIB) per capita, obtido em órgãos oficiais como o IBGE. O PIB indica, como

hipótese, a capacidade da população de adquirir bens e produtos, podendo ainda, ser

representado pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) que mede a

variação dos custos e dos gastos da população com alimentos, bebidas, produtos

residenciais, habitação, saúde, despesas pessoais, transporte, vestuário, entre outros.

A formulação de cenários consiste no exercício do livre pensamento, portanto, é

necessário que não se perca o foco do principal objetivo contratual, que é a elaboração

do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – PMGIRS. O excesso de

preciosismo ou a abertura de um leque imenso de alternativas e participações poderá

conduzir a um estudo ficcional, sem aplicação prática, que consumirá um tempo de

formulação, discussão, e aprovação muito maior do que o requerido para elaborar o

próprio PMGIRS, que é o objeto do presente contrato. O PMGIRS, em elaboração,

deverá ser encarado como um instrumento auxiliar a ser incorporado ao Plano Municipal

de Saneamento Básico também em elaboração.

A construção de cenários dentro do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos

Sólidos deverá ser a mais objetiva possível, limitada a sua capacidade de intervenção,

de forma a se tornar um instrumento eficaz de prevenção e remoção de obstáculos e,

principalmente, no estabelecimento de prioridades.

24

Em tese, o futuro é uma construção social onde a população de uma determinada

cidade ou região define o futuro desejado (ideal ou almejado). Porém, se os debates não

forem direcionados para as questões realmente relevantes, a construção de cenários se

dispersará em pequenos detalhes sem importância coletiva.

O processo inicia (em cada etapa) com uma relação aleatória de ideias, desejos,

ameaças, oportunidades e incertezas, as quais vão sendo gradativamente organizadas,

aglutinadas, excluídas e priorizadas – processo indutivo. Também poderá seguir o

caminho inverso, partindo da síntese do futuro desejado, o qual vai sendo

gradativamente detalhado – processo dedutivo.

Do documento elaborado por Sérgio C. Buarque para o IPEA, em 2003, outro trecho

explica com muita clareza a questão:

“... as metodologias de construção de cenários podem ser diferenciadas em

dois grandes conjuntos distintos segundo o tratamento analítico: (a) Indutivo -

os cenários emergem do particular para o geral e, se estruturam pelo

agrupamento das hipóteses, formando blocos consistentes que expressam

determinados futuros..., surgindo por si mesmos como resultado da

organização dos eventos, sem uma definição apriorística do desenho do

futuro; (b) Dedutivo -... saindo do geral e indo para o particular, por meio de

uma descrição do estado futuro que traduza a natureza básica da realidade.”

A Figura 5 e Figura 6, ilustram as metodologias de construção destes dois tipos de

cenários.

25

Figura 5 - Cenário Indutivo

Fonte: SERENCO, 2013

Figura 6 – Cenário Dedutivo

Fonte: SERENCO, 2013

- Universalidade; - Integralidade;

- Equidade (dos Serviços de SB)

Saneamento - Direito de todo

cidadão

- Água; - Esgotos Sanitários; - Drenagem; - Resíduos Sólidos.

Saneamento Básico Integrado

- Proteção de mananciais; - Proteção ambiental; - Tarifas e subsídios transparentes; - Regras estáveis; - etc.

Regulação adequada

SALUBRIDADE

AMBIENTAL

Melhor

IDH do

país

- Crescimento Ordenado;

-Desenvolvimento

Social e Econômico;

- Salubridade Ambiental

- Oferta de serviços de SB

maior que a demanda;

- Universalidade,

Integralidade e equidade

do SB;

- Balneabilidade das

praias;

- Proteção Ambiental;

- Regulação suficiente;

- Orientação por bacias

hidrográficas;

- Participação popular;

- Integração

intermunicipal;

- Cooperação entre os

diversos agentes;

- Oferta de serviços de água e

esgotos para a população,

comércio e indústria;

- Reserva de oferta para atender a

população flutuante;

- Proteção de mananciais;

- Local mais indicado para

disposição final de resíduos sólidos;

- Estações de tratamento de

esgotos na sua melhor localização

e disposição final pactuada;

- Definição de áreas de risco

ecológico à inundação e as

restrições à impermeabilização;

- Educação sanitária e ambiental;

- Fluxo de recursos de

financiamentos e não onerosos

compatíveis com as necessidades

de investimentos;

- etc.

26

Após o esboço do cenário desejado tem início a etapa mais importante, que consiste na

identificação das ameaças e incertezas que poderão dificultar ou até impedir o alcance

deste futuro desejado.

“A essência do trabalho de construção de cenários concentra-se,

portanto, em dois grandes momentos fundamentais: a identificação das

incertezas críticas e a formulação das hipóteses.”

Não basta elaborar uma lista detalhada de ameaças, é preciso compará-la com a lista de

oportunidades (regulação existente, ações e projetos em andamento, recursos

disponíveis ou contratados, alternativas já aprovadas pela população, etc.). Deste

confronto surgirá uma lista depurada de ameaças ou incertezas aglutinando as

semelhantes, eliminando as sem plausibilidade ou sem relevância. O passo seguinte

define as mais críticas e relevantes, o que é feito através de matrizes ou tabelas, e a

adoção de graus de avaliação. Sugerem-se três graus de relevância: A – alta, M – média

e, B – baixa. A partir deste ponto será possível projetar os demais cenários, definir

objetivos e prioridades.

3.4 Roteiro de Auxilio na definição dos Cenários

Isto posto, conforme já mencionado, o momento mais importante na definição de

cenários é a identificação das ameaças críticas de maior relevância e de maior

incerteza. Para tanto, é apresentado a seguir o roteiro a ser utilizado na definição dos

cenários.

a) Lista Aleatória e Exaustiva de Ameaças

Através do exercício chamado de “tempestade cerebral” ou “brainstorm”, os membros da

equipe de consultoria foram estimulados a citar qualquer ameaça ao sucesso do

PMGIRS, sem preocupação com ordem ou relevância. As sugestões foram anotadas.

Ao analisarem-se as peculiaridades e as características geográficas, ambientais e de

uso e ocupação do solo do Município, constatou-se ser mais racional focalizar os

problemas (ameaças).

27

b) Análise de Consistência e Aglutinação

Algumas ameaças discriminadas anteriormente poderão ser inconsistentes com o objeto

do contrato - elaboração do PMGIRS. Havendo consenso elas serão eliminadas.

Portanto, efetua-se uma revisão metódica da lista proposta para a eliminação de

inconsistências conforme acima mencionado, por não serem pertinentes ao tema. Por

outro lado, pode-se ter uma aglutinação de sugestões semelhantes.

c) Identificação de Oportunidades

A identificação de oportunidades é importante para que na próxima etapa seja possível

quantificar e qualificar as ameaças. Por exemplo: uma ameaça do tipo “aterro sanitário

com área de expansão adquirida, EIA/RIMA aprovado em Audiência Pública e tempo de

vida útil para mais 05 anos” pode ser de baixa relevância e baixa incerteza se tiver o

projeto aprovado, financiamento garantido e obras em licitação ou andamento. Assim, é

correlacionar-se para cada ameaça, as oportunidades correspondentes. Definem-se as

ameaças críticas mais relevantes e mais incertas e consequentemente as ações

prioritárias.

d) Ponderação das Ameaças Críticas – Modelo Matemático Adotado

Embora a teoria de elaboração de cenários não recomende a utilização de tabelas e

gráficos pré-definidos para não limitar a criatividade e a intuição, o modelo matemático

que será aplicado para a ponderação das ameaças críticas relativas à Construção dos

Cenários do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Município de

Saquarema será utilizado. As notas adotadas para a relevância e para a incerteza são

as seguintes: 05 para Alta, 03 para Média e 01 para Baixa. A prioridade (P) é definida

pela multiplicação de relevância (R) e incerteza (I), (P=RxI).

Em vista do exposto, qual o caminho ou tipo de cenário a adotar? Indutivo ou dedutivo é

uma decisão da equipe técnica de especialistas da Consultora SERENCO, já que isto irá

se configurar somente após a realização das consultas públicas programadas ao longo

da construção do PMGIRS.

28

A teoria de montagem de cenários tem demonstrado que o caminho adotado não se

identifica a priori sem as consultas públicas. Quando um caminho não traz os resultados

desejados, tenta-se outro. É preciso entender que Cenários são um exercício livre de

pensamento a ser ajustado a cada passo. É importante salientar que a Consultora

propõe uma tecnologia de construção de cenários para alcançar os resultados

desejados, e cabe a ela, portanto, total responsabilidade no caminho adotado. A função

da Contratante INEA será o de analisar e debater os resultados alcançados com os

participantes das consultas públicas.

Desta forma, a identificação do caminho adotado somente se dará quando da conclusão

dos trabalhos relativos a Construção dos Cenários para o PMGIRS do Município de

Saquarema, os quais serão submetidos à análise por parte dos grupos técnicos

responsáveis pelo contrato – INEA, Prefeitura Municipal, Consórcio Lagos São João.

3.5 Sistematização das Informações – CDP

A Sistemática CDP aplicada normalmente na elaboração do Plano Municipal de

Saneamento Básico e por consequência no PMGIRS apresenta basicamente um método

de ordenação criteriosa e operacional dos problemas e fatos, resultantes de pesquisas e

levantamentos, proporcionando apresentação compreensível e compatível com a

situação atual da cidade, ou seja, do Diagnóstico.

A classificação dos elementos segundo Condicionantes/Deficiências/ Potencialidades,

(CDP) atribui aos mesmos uma função dentro do processo de desenvolvimento da

cidade. Isto significa que as tendências desse desenvolvimento podem ser percebidas

com maior facilidade.

De acordo com esta classificação é possível estruturar a situação do Município com

referência a gestão de resíduos sólidos da seguinte maneira:

29

Condicionantes: Elementos existentes no ambiente urbano, planos e decisões

existentes, com consequências futuras no saneamento básico ou no desenvolvimento do

Município, e que pelas suas características e implicações devem ser levados em conta

no planejamento de tomadas de decisões. Exemplos: rios, morros, vales, o patrimônio

histórico e cultural, sistema viário, legislação, etc.

Deficiências: São elementos ou situações de caráter negativo que significam

estrangulamentos na qualidade de vida das pessoas e dificultam o desenvolvimento do

Município.

Potencialidades: São aspectos positivos existentes no Município que devem ser

explorados e/ou otimizados, resultando em melhoria da qualidade de vida da população.

As deficiências e as potencialidades podem ter as seguintes características: técnicas,

naturais, culturais, legais, financeiras, sociais, administrativas e econômicas.

A utilização da sistemática CDP possibilita classificar todos os aspectos levantados nas

leituras técnicas e comunitárias (diagnóstico dos resíduos sólidos) nestas três

categorias, visando a montagem dos cenários, identificando as ações prioritárias e as

tomadas de decisões. A Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta a

aplicação do método.

Tabela 3 - Condicionantes, Deficiências e Potencialidades

C D P Fator

Falta de projetos de encerramento e recuperação ambiental do Lixão de

Bacaxá

Falta de envio dos dados de gestão do sistema, ao Ministério das Cidades,

Secretaria Nacional de Saneamento – SNIS

Falta de revisão do Estatuto da ACRAMA-VERDE

Presença de grande número de catadores no Lixão

Inexistência de estudos de caracterização física/gravimétrica dos resíduos

do município

Crescimento significativo da população em épocas de veraneio e sazonal

(Ano Novo e Carnaval)

30

C D P Fator

Falta de um Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e

Demolições, com definição de ECOPONTOS e/ou ATT’s

Falta de um Programa bem estruturado de Coleta Seletiva de Resíduos

Urbanos para a Reciclagem

Falta de um cadastro efetivo de catadores, carrinheiros, depósitos, aparistas,

sucateiros e indústrias recicladoras

Projeto de engenharia do CTDR – Saquarema.

Existência de indústrias de beneficiamento de materiais recicláveis no

município (Domingão, Brasilpet)

Existência de coleta de pneus inservíveis, encaminhados ao ECOPONTO de

Araruama

Falta de definição da forma de entrega (acondicionamento) dos resíduos

sólidos ao sistema de coleta

Necessidade de implantação da taxa de lixo e efetiva cobrança desvinculada

do IPTU

Falta de integração entre os diversos agentes dos órgãos municipais

envolvidos com os resíduos sólidos

Falta de estudo/plano/projeto para a coleta seletiva de materiais orgânicos

para implantação do programa de compostagem, vermicompostagem e

eventualmente bioenergia e/ou briquetagem

Falta de definição dos acordos setoriais locais, regionais e estaduais para

disciplinamento da logística reversa

Falta de regulação dos serviços prestados, terceirizados, concessionados,

subconsessionados

Falta de um programa bem estruturado de educação ambiental voltada ao

correto manejo dos resíduos sólidos pela população residente e sazonal

Instalação do Fórum da Agenda 21 Local de Saquarema

Formalização do Consórcio de Resíduos Sólidos para Disposição Final,

entre Saquarema, Silva Jardim e Araruama;

RAS – Relatório Ambiental Simplificado CTDR Saquarema;

Existência de diversos depósitos de recicláveis que compram resíduos da

população

31

C D P Fator

Lei n° 848 de 10 de outubro de 2006 - Dispõe sobre o Plano Diretor

Estratégico - Participativo do Município de Saquarema.

Lei Ordinária nº 1.038 de 11 de dezembro de 2009 - Dispõe sobre o Título de

Utilidade Pública a Associação dos Catadores Recicladores e Amigos do

Meio Ambiente (ACRAMA).

Lei nº 985, de 29 de abril de 2009, - institui o Fórum da Agenda 21 Local.

Lei nº 1.055 de 19 de março de 2010 - Dispõe sobre o Código Municipal de

Meio Ambiente, e dá outras providências.

Lei nº 1.140 de agosto de 2011 - Cria o Fundo Municipal de Meio Ambiente

no âmbito do Município de Saquarema.

Projeto em desenvolvimento para construção de um Porto (TPN – Terminal

de Ponte Negra) em Jaconé, entre os municípios de Maricá e Saquarema

Existência de empresas privadas para coleta de resíduos de construção civil

Existência de um Condomínio Industrial em Sampaio Correia

Existência da Associação Núcleo de Educação Ambiental da Região da

Bacia de Campos (NEA-BC)

Existência de cobrança de taxa de lixo

Existência de consórcio para resíduos sólidos firmado entre Silva Jardim,

Saquarema e Araruama

Construção dos Cenários

A aplicação do CDP no item anterior abre o caminho para aplicação da metodologia

proposta para construção dos Cenários Futuros para Saquarema.

A sequência do trabalho obedece a metodologia descrita e proposta para a construção

dos cenários futuros, de acordo com os parâmetros a seguir identificados:

I - Ameaças e oportunidades do atual modelo de gestão;

Primeiro são elencadas todas as ameaças e oportunidades do atual modelo

de gestão de resíduos no município (Tabela 4).

II - A identificação das ameaças criticas através de matriz numérica (Tabela 5);

32

A segunda etapa consiste em identificar as prioridades, através do produto das

Relevâncias e Incertezas de cada Ameaça, anteriormente elencadas. Sendo os índices

de relevância e incerteza os seguintes:

III - A convergência das ameaças críticas.

IV - A hierarquização dos principais temas.

Na última etapa é realizada a hierarquização por ordem decrescente, do grupo que mais

pontuou, para o que menos pontuou.

Tabela 4 - Ameaças e Oportunidades do atual modelo de gestão

item Ameaças Oportunidades

I

Falta de projetos de encerramento e

recuperação ambiental do Lixão de

Bacaxá

- Projeto do CTDR Saquarema elaborado

- Existência de pagamento de ICMS Verde

pela recuperação de lixões.

II

Falta de envio dos dados de gestão do

sistema, ao Ministério das Cidades,

Secretaria Nacional de Saneamento –

SNIS

- Todo o ano o município pode disponibilizar

os dados no SNIS atualizados.

III Presença de catadores no Lixão - Projeto do CTDR Saquarema elaborado

IV

Inexistência de estudos de

caracterização física/gravimétrica dos

resíduos do município

- Existência de metodologia da ABNT

10004, para quarteamento de resíduos

V

Falta de um Plano de Gerenciamento

de Resíduos da Construção Civil e

Demolições, com definição de

ECOPONTOS e/ou ATT’s

- Existência da Resolução CONAMA

307/2002

PRIORIDADE = RELEVÂNCIA X INCERTEZA

Alta = 05 Média = 03 Baixa = 01

33

item Ameaças Oportunidades

VI

Falta de um Programa bem estruturado

de Coleta Seletiva de Resíduos

Urbanos para a Reciclagem

- Existência do Programa Coleta Seletiva

Solidária, do INEA, que auxilia na

implantação dos programas municipais

VII

Falta de definição da forma de entrega

(acondicionamento) dos resíduos

sólidos ao sistema de coleta

- Existência de diversos modelos já

implantados em municípios brasileiros

VIII

Necessidade de implantação da taxa

de lixo e efetiva cobrança desvinculada

do IPTU

- Lei nº 12.305/2010 – Política Nacional de

Resíduos Sólidos

- Meta PLANARES: desvinculação da

cobrança da taxa de lixo do IPTU

IX

Falta de integração entre os diversos

agentes dos órgãos municipais

envolvidos com os resíduos sólidos

- Proposição de novo modelo institucional

do PMSB

X

Falta de estudo/plano/projeto para a

coleta seletiva de materiais orgânicos

para implantação do programa de

compostagem, vermicompostagem e

eventualmente bioenergia e/ou

briquetagem

- Existência de uma central de

aproveitamento de resíduos orgânicos no

município de Araruama

XI

Falta de definição dos acordos

setoriais locais, regionais e estaduais

para disciplinamento da logística

reversa

- Acordos Setoriais estão sendo firmados a

nível federal, com intermediação do

Ministério do Meio Ambiente

XII

Falta de regulação dos serviços

prestados, terceirizados,

concessionados, subconsessionados

- Existência da AGENERSA, que está em

processo de reformulação para poder

regular os serviços de limpeza urbana e

manejo de resíduos sólidos

XIII

Falta de Legislação específica para o

manejo de resíduos sólidos, com

definição de grandes geradores

- Lei nº 12.305/2010, Política Nacional de

Resíduos Sólidos

34

item Ameaças Oportunidades

XIV

Falta de um programa bem estruturado

de educação ambiental voltada ao

correto manejo dos resíduos sólidos

pela população residente e sazonal

- Adesão ao Programa Coleta Seletiva

Solidária do INEA

Tabela 5 - Modelo Numérico para Ponderação das Ameaças

item Ameaças Relevância

(1)

Incerteza

(2)

Prioridades

(3)

I

Falta de projetos de encerramento e

recuperação ambiental do Lixão de

Bacaxá

5 5 25

II

Falta de envio dos dados de gestão do

sistema, ao Ministério das Cidades,

Secretaria Nacional de Saneamento –

SNIS

3 3 9

III Presença de catadores no Lixão 5 5 25

IV

Inexistência de estudos de

caracterização física/gravimétrica dos

resíduos do município

5 3 15

V

Falta de um Plano de Gerenciamento

de Resíduos da Construção Civil e

Demolições, com definição de

ECOPONTOS e/ou ATT’s

5 3 15

VI

Falta de um Programa bem estruturado

de Coleta Seletiva de Resíduos

Urbanos para a Reciclagem

5 5 25

35

item Ameaças Relevância

(1)

Incerteza

(2)

Prioridades

(3)

VII

Falta de definição da forma de entrega

(acondicionamento) dos resíduos

sólidos ao sistema de coleta

5 3 15

VIII

Necessidade de implantação da taxa

de lixo e efetiva cobrança desvinculada

do IPTU

3 3 09

IX

Falta de integração entre os diversos

agentes dos órgãos municipais

envolvidos com os resíduos sólidos

3 1 03

X

Falta de estudo/plano/projeto para a

coleta seletiva de materiais orgânicos

para implantação do programa de

compostagem, vermicompostagem e

eventualmente bioenergia e/ou

briquetagem

5 3 15

XI

Falta de definição dos acordos

setoriais locais, regionais e estaduais

para disciplinamento da logística

reversa

3 3 09

XII

Falta de regulação dos serviços

prestados, terceirizados,

concessionados, subconsessionados

5 5 25

XIII

Falta de Legislação específica para o

manejo de resíduos sólidos, com

definição de grandes geradores

5 3 15

XIV

Falta de um programa bem estruturado

de educação ambiental voltada ao

correto manejo dos resíduos sólidos

pela população residente e sazonal

5 5 25

36

Convergências das Ameaças Críticas

Após a definição dos valores de prioridades, as ameaças foram agrupadas em quatro

itens: Gestão Integrada (Tabela 6), Produção/Redução de Resíduos (Tabela 7),

Disposição Final (Tabela 8) e Educação Ambiental (Tabela 9).

A seguir estão apresentadas ameaças agrupadas, e ordenadas de acordo com as que

receberam maior pontuação, consideradas de maior prioridade para busca de ações:

Tabela 6 - Gestão Integrada

Item Ameaças Prioridades

XII Falta de regulação dos serviços prestados, terceirizados,

concessionados, subconsessionados 25

V

Falta de um Plano de Gerenciamento de Resíduos da

Construção Civil e Demolições, com definição de

ECOPONTOS e/ou ATT’s

15

VII Falta de definição da forma de entrega (acondicionamento)

dos resíduos sólidos ao sistema de coleta 15

XIII Falta de Legislação específica para o manejo de resíduos

sólidos, com definição de grandes geradores 15

II Falta de envio dos dados de gestão do sistema, ao Ministério

das Cidades, Secretaria Nacional de Saneamento – SNIS 09

VIII Necessidade de implantação da taxa de lixo e efetiva

cobrança desvinculada do IPTU 09

XV Falta de definição dos acordos setoriais locais, regionais e

estaduais para disciplinamento da logística reversa 09

IX Falta de integração entre os diversos agentes dos órgãos

municipais envolvidos com os resíduos sólidos 03

100

37

Tabela 7 - Produção/Redução de Resíduos

Item Ameaças Prioridades

VI Falta de um Programa bem estruturado de Coleta Seletiva de

Resíduos 25

IV

Inexistência de estudos de caracterização física/gravimétrica

dos resíduos do município

15

X

Falta de estudo/plano/projeto para a coleta seletiva de

materiais orgânicos para implantação do programa de

compostagem, vermicompostagem e eventualmente

bioenergia e/ou briquetagem

15

55

Tabela 8 - Disposição Final

Item Ameaças Prioridades

I Falta de projetos de encerramento e recuperação ambiental do

Lixão de Bacaxá 25

IV Presença de catadores no Lixão 25

50

Tabela 9 - Educação Ambiental

Item Ameaças Prioridades

XIV

Falta de um programa bem estruturado de educação

ambiental voltada ao correto manejo dos resíduos sólidos pela

população residente e sazonal

25

25

Resumidamente as pontuações atingidas em cada grupo (

Tabela 10):

38

Tabela 10 - Resumo da pontuação por grupo

Programa Pontuação

Gestão Integrada 100

Produção/Redução de Resíduos 55

Disposição Final 50

Educação Ambiental 25

3.6 Definição dos Cenários

Pela hierarquização das ameaças, é possível observar que a gestão integrada apresenta

o maior número de pontos, seguida da disposição final, produção de resíduos e

educação ambiental. O modelo aplicado poderia conduzir a situações diferenciadas,

como por exemplo, disposição final ou produção de resíduos com a maior pontuação e

não a gestão integrada. Combinando-se entre si as convergências pontuadas nos quatro

setores selecionados é possível estabelecer as seguintes estruturas básicas alternativas

para a hierarquização dos cenários futuros (Figura 7):

Figura 7 - Alternativas

Fonte: SERENCO, 2013

Pela integração das alternativas desenhadas anteriormente obtém-se a Figura 8:

39

Figura 8 - Integração das alternativas

Fonte: SERENCO,2013.

Por esta imagem, é possível verificar que a pontuação da Gestão Integrada acrescida de

Educação Ambiental alcançou 125 pontos e a pontuação de Produção de Resíduos e a

consequente Disposição Final alcançou 105 pontos. Esses números sugerem a

montagem dos cenários a partir da Gestão Integrada (100), Produção de Resíduos (55),

Disposição Final (50) e Educação Ambiental (25).

Para melhor entendimento metodológico e para o detalhamento dos cenários

(prognósticos) pesquisados optou-se pela seguinte sequência:

- Produção de Resíduos;

- Disposição Final;

- Gestão Integrada, e,

- Educação Ambiental.

40

3.6.1 Produção/Redução de Resíduos Sólidos

Para determinação da projeção de geração dos resíduos domésticos, foram adotados os

dados considerados no Diagnóstico.

Na Tabela 11, tem-se o cenário previsível, que representa se nada for feito ao longo dos

próximos 20 anos e o cenário normativo com o alcance das metas estabelecidas para a

Região Sudeste no Plano Nacional de Resíduos Sólidos.

Tabela 11 - Projeção da geração de resíduos

Fonte: SERENCO,2013

3.6.1.1 Cenário Desejado

Orgânico

(51,4%)

Reciclável

(31,9%)

Rejeito

(16,7%)% t/ano % t/ano

2.013 101.205 0,708 26.166 13.449 8.347 4.370

2.014 104.228 0,717 27.264 14.014 8.697 4.553 25% 6.523 22% 10.931 22.007

2.015 107.314 0,725 28.398 14.597 9.059 4.742 30% 6.341 25% 10.947 22.031

2.016 110.462 0,733 29.567 15.197 9.432 4.938 32% 6.414 28% 10.942 22.294

2.017 113.673 0,742 30.772 15.817 9.816 5.139 33% 6.577 30% 11.072 22.788

2.018 116.971 0,750 32.021 16.459 10.215 5.347 35% 6.640 33% 11.027 23.014

2.019 120.308 0,758 33.300 17.116 10.623 5.561 37% 6.692 35% 11.126 23.379

2.020 123.708 0,767 34.618 17.793 11.043 5.781 38% 6.847 37% 11.210 23.838

2.021 127.171 0,775 35.973 18.490 11.476 6.008 40% 6.885 40% 11.094 23.987

2.022 130.697 0,783 37.368 19.207 11.920 6.241 41% 7.033 43% 10.948 24.222

2.023 134.312 0,792 38.810 19.949 12.381 6.481 42% 7.181 45% 10.972 24.634

2.024 137.964 0,800 40.285 20.707 12.851 6.728 42% 7.454 46% 11.182 25.363

2.025 141.677 0,808 41.801 21.486 13.334 6.981 43% 7.601 47% 11.387 25.969

2.026 145.455 0,817 43.358 22.286 13.831 7.241 44% 7.745 49% 11.366 26.352

2.027 149.294 0,825 44.956 23.107 14.341 7.508 45% 7.888 50% 11.554 26.949

2.028 153.228 0,833 46.607 23.956 14.868 7.783 46% 8.028 51% 11.738 27.550

2.029 157.195 0,842 48.292 24.822 15.405 8.065 47% 8.165 53% 11.666 27.896

2.030 161.223 0,850 50.020 25.710 15.956 8.353 49% 8.138 54% 11.827 28.318

2.031 165.315 0,858 51.792 26.621 16.522 8.649 50% 8.261 55% 11.979 28.889

2.032 169.469 0,867 53.609 27.555 17.101 8.953 52% 8.209 57% 11.849 29.010

2.033 173.685 0,875 55.470 28.512 17.695 9.264 55% 7.963 60% 11.405 28.631

Cenário Normativo

Redução de

resíduos

recicláveis

dispostos em

aterro

Redução de

resíduos

orgânicos

dispostos em

aterro

Projeção

de

resíduos

(t/ano)

Projeção

de

resíduos

(t/ano)

Média Pop.

Residente +

Flutuante

(hab.)

ANO

Geração de

resíduos per

capita

(kg/hab.dia)

Cenário Previsível

Composição (t/ano)

41

O Cenário desejado é aquele que utopicamente se define como “desperdício zero” ou

ainda “produção zero de resíduos”. Cenário este que não pode ser atingido, pois sempre

existirão resíduos a serem descartados, pois ainda não existem condições de

reciclagem/reuso.

Admite-se que a redução deverá ocorrer caso sejam adotadas medidas articuladas de

ação, porém o esforço normativo, operacional, financeiro e de planejamento exercido

sobre todos os aspectos que ligam o gerador à disposição final poderão não ser

suficientes, restando no final, resíduos sólidos, diferentemente do que se deseja –

produção zero. Pela Lei Nº 12.305/2010 e Decreto Nº 7.404/2010, a logística reversa, a

reciclagem energética e a coleta seletiva com inclusão social dos catadores deverão

estar presentes na definição desse cenário.

Da mesma forma, admite-se que sempre existirão áreas disponíveis que poderão ser

licenciadas para receber os resíduos para serem dispostos utilizando-se de tecnologias

ambientalmente satisfatórias. Também se admite que os recursos financeiros

necessários sempre sejam disponibilizados.

3.6.1.2 Cenário Previsível

Comparando-se com os valores obtidos pelo PLANARES, a respeito da caracterização

de resíduos, foi possível estabelecer os dados da Tabela 12:

Tabela 12 - Composição dos resíduos de Saquarema

Município Produção de resíduos

(t/dia)

Orgânicos Recicláveis Rejeitos

(%) (t/dia) (%) (t/dia) (%) (t/dia)

Saquarema 71,68 51,4% 36,84 31,9% 22,86 16,7% 11,97

Fonte: SERENCO,2013

42

Através da previsão populacional adotada (item 1) e com a quantificação de resíduos

calculada com a média da população residente + flutuante e a geração “per capita” é

possível construir o cenário previsível para o ano de 2033 (Tabela 13).

Tabela 13 - Projeção da geração de resíduos (Cenário Previsível)

Fonte: SERENCO,2013

Logo, pelo cenário previsível para 2033, considerando a média da população urbana

residente e a população flutuante de Saquarema terá um crescimento de 101.205

habitantes para 173.685, acarretando acréscimos na produção anual de resíduos de

Orgânico

(51,4%)

Reciclável

(31,9%)

Rejeito

(16,7%)

2.013 101.205 0,708 26.166 13.449 8.347 4.370

2.014 104.228 0,717 27.264 14.014 8.697 4.553

2.015 107.314 0,725 28.398 14.597 9.059 4.742

2.016 110.462 0,733 29.567 15.197 9.432 4.938

2.017 113.673 0,742 30.772 15.817 9.816 5.139

2.018 116.971 0,750 32.021 16.459 10.215 5.347

2.019 120.308 0,758 33.300 17.116 10.623 5.561

2.020 123.708 0,767 34.618 17.793 11.043 5.781

2.021 127.171 0,775 35.973 18.490 11.476 6.008

2.022 130.697 0,783 37.368 19.207 11.920 6.241

2.023 134.312 0,792 38.810 19.949 12.381 6.481

2.024 137.964 0,800 40.285 20.707 12.851 6.728

2.025 141.677 0,808 41.801 21.486 13.334 6.981

2.026 145.455 0,817 43.358 22.286 13.831 7.241

2.027 149.294 0,825 44.956 23.107 14.341 7.508

2.028 153.228 0,833 46.607 23.956 14.868 7.783

2.029 157.195 0,842 48.292 24.822 15.405 8.065

2.030 161.223 0,850 50.020 25.710 15.956 8.353

2.031 165.315 0,858 51.792 26.621 16.522 8.649

2.032 169.469 0,867 53.609 27.555 17.101 8.953

2.033 173.685 0,875 55.470 28.512 17.695 9.264

Projeção

de

resíduos

(t/ano)

Média Pop.

Residente +

Flutuante

(hab.)

ANO

Geração de

resíduos per

capita

(kg/hab.dia)

Cenário Previsível

Composição (t/ano)

43

26.166,00 toneladas para 55.470,00 toneladas. O crescimento na geração de resíduos

deve-se também à projeção do aumento da geração per capita no município, estimado

com um incremento de 25% até 2033, chegando a 0,875 kg/hab.dia. Essa taxa foi

estimada de acordo com o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, 2012 (ABRELPE)

que demonstra um crescimento médio de 1,3% na geração de resíduos por ano.

Portanto, para os próximos 20 anos foi adotada uma taxa de 25% de crescimento.

O crescimento na geração de resíduos orgânicos será de 13.449,00 para 28.512,00

t/ano; recicláveis de 8.347,00 para 17.695,00 t/ano; e rejeitos de 4.370,00 para 9.264,00

t/ano

Essas quantidades poderão sofrer pequenos acréscimos ou decréscimos, em função da

variação do poder aquisitivo da população sempre que o PIB (IPCA) cresça ou diminua

influenciando o poder de compra da população ou ainda diminuindo em função de

programas bem definidos de minimização da geração de resíduos.

3.6.1.3 Cenário Normativo

Na montagem do cenário normativo buscou-se apoio no planejamento para o

desenvolvimento de estratégias de gestão interferindo-se diretamente sobre os

parâmetros que determinam a produção de resíduos. Destacam-se os seguintes:

Educação ambiental da população geradora tendo em vista a mudança de

atitudes, de hábitos e de costumes;

Incentivo à reutilização de materiais, dando nova utilidade aos materiais

que são considerados inúteis;

Separação dos materiais potencialmente recicláveis (secos e orgânicos)

enviando-os/entregando-os para a coleta seletiva formal e/ou informal;

Adoção de um conjunto articulado de ações normativas, operacionais,

financeiras e de planejamento com base em critérios sanitários, ambientais

44

e econômicos para coletar, transferir, transportar, tratar e dispor os

resíduos sólidos gerados;

Aumento de investimento na infraestrutura de Coleta Seletiva de Materiais

Recicláveis, e,

Implantação de programa de Coleta Seletiva de Materiais Orgânicos para a

Compostagem, Vermicompostagem, Digestão Anaeróbia/Bionenergia e

Briquetagem.

A Versão Preliminar do Plano Nacional de Resíduos Sólidos – PLANARES definiu metas

de redução de resíduos dispostos em aterros sanitários até 2031, de acordo com as

características de cada região do país (Tabela 14).

Tabela 14 - Metas do PLANARES para Região Sudeste

Metas Plano de Metas (Região Sudeste)

2015 2019 2023 2027 2031

Redução dos resíduos recicláveis secos dispostos em aterro, com base na caracterização nacional em 2013

30% 37% 42% 45% 50%

Redução dos resíduos úmidos dispostos em aterro, com base na caracterização nacional em 2013

25% 35% 45% 50% 55%

Fonte: PLANARES, 2012

De acordo com as metas estabelecidas, na região Sudeste os municípios deverão

reduzir em 50% a quantidade de resíduos recicláveis secos dispostos em aterro, e em

55% a quantidade de resíduos úmidos (orgânicos) até 2031. Como este Plano tem

horizonte de 20 anos, portanto até 2033, as metas foram extrapoladas para 55% e 60%,

respectivamente, iniciando em 2014.

Na Tabela 15 é possível observar a redução da quantidade de resíduos com as metas

previstas no PLANARES.

45

Tabela 15 - Projeção da geração de resíduos (Cenário Normativo)

Fonte: SERENCO, 2013

A tabela anterior apresenta a projeção da população, mantendo a estimativa de

acréscimo da geração per capita de resíduos, e com o alcance das metas do

PLANARES, chega a uma estimativa de quantidade de resíduos a ser destinada em

aterro sanitário de 28.631,00 toneladas no ano de 2033.

Essa quantia prevista pelo cenário normativo pode também ser comparada à projeção

da quantidade de resíduos produzida em 2033. Caso seja atingida a meta do

% t/ano % t/ano

2.013 101.205 0,708

2.014 104.228 0,717 25% 6.523 22% 10.931 22.007

2.015 107.314 0,725 30% 6.341 25% 10.947 22.031

2.016 110.462 0,733 32% 6.414 28% 10.942 22.294

2.017 113.673 0,742 33% 6.577 30% 11.072 22.788

2.018 116.971 0,750 35% 6.640 33% 11.027 23.014

2.019 120.308 0,758 37% 6.692 35% 11.126 23.379

2.020 123.708 0,767 38% 6.847 37% 11.210 23.838

2.021 127.171 0,775 40% 6.885 40% 11.094 23.987

2.022 130.697 0,783 41% 7.033 43% 10.948 24.222

2.023 134.312 0,792 42% 7.181 45% 10.972 24.634

2.024 137.964 0,800 42% 7.454 46% 11.182 25.363

2.025 141.677 0,808 43% 7.601 47% 11.387 25.969

2.026 145.455 0,817 44% 7.745 49% 11.366 26.352

2.027 149.294 0,825 45% 7.888 50% 11.554 26.949

2.028 153.228 0,833 46% 8.028 51% 11.738 27.550

2.029 157.195 0,842 47% 8.165 53% 11.666 27.896

2.030 161.223 0,850 49% 8.138 54% 11.827 28.318

2.031 165.315 0,858 50% 8.261 55% 11.979 28.889

2.032 169.469 0,867 52% 8.209 57% 11.849 29.010

2.033 173.685 0,875 55% 7.963 60% 11.405 28.631

Cenário Normativo

Redução de

resíduos

recicláveis

dispostos em

aterro

Redução de

resíduos

orgânicos

dispostos em

aterro

Projeção

de

resíduos

(t/ano)

Média Pop.

Residente +

Flutuante

(hab.)

ANO

Geração de

resíduos per

capita

(kg/hab.dia)

46

PLANARES, em 2033 serão destinados para aterro sanitário somente 51,73% do total,

ou seja, 48,27% dos resíduos produzidos no município serão reaproveitados.

Figura 9 - Gráfico da projeção de geração de resíduos

Fonte: SERENCO, 2013

Ainda pelo Plano Nacional de Resíduos Sólidos, do Ministério do Meio Ambiente, de

agosto de 2012, Capitulo 5, definem-se as metas que se espera alcançar no horizonte

temporal de 2031. Resumidamente para a Região Sudeste:

Resíduos Sólidos Urbanos

Meta 1 – Eliminação Total dos Lixões até 2014 (%)

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 100 --- --- --- --- %

Meta 2 – Áreas de lixões reabilitadas (queima pontual, captação de gases para geração

de energia mediante viabilidade técnica e econômica, coleta de chorume, drenagem

pluvial, compactação da massa e cobertura vegetal). (%)

47

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 10 20 50 75 100 %

Meta 3 – Redução dos Resíduos Recicláveis Secos dispostos em Aterros, com base na

caracterização Nacional 2013(%)

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 30 37 42 45 50 %

Meta 4 – Redução dos Resíduos Úmidos dispostos em Aterros, com base na

caracterização Nacional de 2013 (%)

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 25 35 45 50 55 %

Meta 5 – Recuperação de gases de aterro sanitário.

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 50 100 150 200 250 MW/h

Meta 6 – Inclusão e fortalecimento da organização de catadores.

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 109.564 152.607 172.172 195.650 234.780 Nº

Com relação as metas do PLANARES de Qualificação da Gestão dos Resíduos

Sólidos, elencamos apenas as relacionadas ao município.

Meta 2 – Planos Municipais e Intermunicipais elaborados até 2014.

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 100 100 100 100 100 %

Meta 4 – Municípios com cobrança por serviços de RSU, sem vinculação ao IPTU (%).

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 44 60 72 81 95 %

Metas para Resíduos de Serviços de Saúde

Meta 1 - Tratamento implementado (RDC ANVISA 306/2004 e CONAMA 358/2005).

48

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 100 100 100 100 100 %

Meta 2 - Disposição Final ambientalmente adequada de RSS

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 100 100 100 100 100 %

Meta 3 – Lançamento de efluentes provenientes de serviços de saúde, de acordo com

os padrões CONAMA 357/2005 – 370/2006 – 397/2008 – 410/2009 – 430/2011 e

Resolução CONAMA 358/2005.

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 100 100 100 100 100 %

Meta 4 - Inserção de informações sobre quantidade média mensal de RSS gerado por

grupo e quantidade de RSS tratada no Cadastro Técnico Federal (CTF).

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 100 100 100 100 100 %

Resíduos de Portos, Aeroportos e Passagens de Fronteiras.

Meta 1 - Adequação do Tratamento de resíduos gerados, conforme normas vigentes.

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 100 100 100 100 100 %

Meta 2 - Coleta seletiva implementada nos pontos de entrada de resíduos e aplicação de

logística reversa, conforme legislação vigente.

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 100 100 100 100 100 %

Meta 3 - Inserção das informações de quantitativo de resíduos (dados do PGRS) no

Cadastro Técnico Federal do IBAMA.

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 100 100 100 100 100 %

49

Resíduos Industriais

Meta 1 – Disposição Final ambientalmente adequada de rejeitos industriais

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 100 100 100 100 100 %

Meta 2 – Redução da geração de rejeitos da indústria, com base no Inventário Nacional

de Resíduos Industriais de 2014

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 10 20 40 60 70 %

Resíduos Agrossilvopastoris

Meta 1 - Inventário de resíduos agrossilvopastoris

2015 2019 2023 2027 2031

Meta Favorável 100 100 100 100 100 %

Resíduos Sólidos da Mineração

Meta 1 - Levantamento de dados dos resíduos gerados pela atividade mineral (%)

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 80 90 100 --- --- %

Meta 2 – Destinação Ambientalmente Adequada de resíduos da mineração (% peso)

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 80 85 90 95 100 %

Meta 3 - Implantação de Planos de Gerenciamento de Resíduos de Mineração – PGRMs

(%)

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 90 95 100 --- --- %

Resíduos da Construção Civil (RCC)

Meta 1 - Eliminação de 100% de áreas de disposição irregular até 2014. (Bota Foras)

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 100 --- --- --- --- %

50

Meta 2 – Destinação de RCC para Aterros Classe A licenciados em 100% dos

municípios, até 2014.

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 100 --- --- --- --- %

Meta 3 - Implantação de PEV’s, Áreas de Triagem e Transbordo em 100% dos

municípios, até 2014.

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 100 --- --- --- --- %

Meta 4 - Reutilização e Reciclagem de RCC em 100% dos municípios, encaminhando os

RCC para instalações de recuperação.

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 50 70 85 100 --- %

Meta 5 - Elaboração de Planos de Gerenciamento de Resíduos da Construção, pelos

grandes geradores, e implantação de sistema declaratório dos geradores,

transportadores e áreas de destinação, até 2014.

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 100 --- --- --- --- %

Meta 6 - Elaboração de diagnóstico quantitativo e qualitativo da geração, coleta e

destinação dos RCC, até 2014.

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 100 --- --- --- --- %

3.6.2 Disposição Final

Os cenários apresentados anteriormente se refletem diretamente sobre o cenário

relativo a disposição dos resíduos.

51

Atualmente existem várias tecnologias para o tratamento e disposição final de resíduos.

Desde os tradicionais Aterros Sanitários, Incineração de resíduos, sistemas como a

pirólise, queima na ausência de O2, usinas compactas de separação mecânica (rejeitos

+ recicláveis + orgânicos) com ou sem aproveitamento energético, entre muitos outros

processos, já se encontram disponibilizados no mercado internacional e chegando ao

Brasil.

Não se pode descartar em nível de disposição final os efeitos positivos a serem

implementados por um Sistema de Coleta Seletiva de Resíduos Recicláveis bem

estruturado, desviados para as indústrias recicladoras que geram novos produtos.

Também os efeitos positivos causados pela Coleta Seletiva de Resíduos Orgânicos

desviados para a Compostagem/ Vermicompostagem, Digestão Anaeróbia associada a

produção de Bioenergia e a Briquetagem, precisam ser levados em consideração.

Atualmente, a disposição final dos resíduos de Saquarema concentra-se no Lixão do

Bacaxá, estando irregular com as legislações vigentes. A seguir estão apresentados os

itinerários realizados pelos veículos de coleta para disposição final dos resíduos no

Lixão do Bacaxá.

52

Rota 1 – Distrito Sede, via Av. Saquarema (8 km)

Figura 10 - Itinerário ao destino final (Rota 1) Fonte: Google Earth, 2013.

Rota 2 – localidade de Jaconé, via Rod. Amaral Peixoto e Estrada Sampaio

Correia Jaconé/RJ-118 (24 km)

Figura 11 - Itinerário ao destino final (Rota 2) Fonte: Google Earth, 2013.

53

Rota 3 – Distrito de Sampaio Correia, via Rod. Amaral Peixoto (16 km)

Figura 12 - Itinerário ao destino final (Rota 3) Fonte: Google Earth, 2013.

Rota 4 – Distrito de Bacaxá, via Estrada Rio da Areia e Rod. Amaral Peixoto (3 km)

Figura 13 - Itinerário ao destino final (Rota 4) Fonte: Google Earth, 2013.

54

Rota 5 – Vilatur, via Rod. Amaral Peixoto e Av. Nova Saquarema (15 km)

Figura 14 - Itinerário ao destino final (Rota 5) Fonte: Google Earth, 2013.

A realidade do município de Saquarema com relação a destinação final de seus resíduos

não é diferente de muitos municípios do Estado. Para resolver este problema a Política

Estadual para Resíduos Sólidos, criou o Programa Pacto pelo Saneamento, que tem

como sub programa o Lixão Zero de erradicação dos lixões, remediação e construção de

aterros sanitários consorciados. Para tanto financiou os Projetos de Engenharia para

implantação de Centros de Tratamento e Destinação de Resíduos (CTDR). Dentre esses

centros previstos para todo o Estado, Saquarema possui um Projeto de Implantação do

CTDR.

55

Os resíduos a serem tratados no Complexo de Tratamento e Disposição Final de

Resíduos Sólidos do Município de Saquarema Consorciado – CTDR, serão oriundos dos

municípios de Saquarema, Araruama e Silva Jardim, segundo Consórcio Intermunicipal

formalizado em 2010 entre esses municípios para o tratamento e a disposição final de

resíduos sólidos conforme pode ser observado na Figura 15:

Figura 15 - Arranjos Regionais para Disposição Final de Resíduos Sólidos Urbanos, Cenário Tendencial

Fonte: SEA, 2013.

Apesar do Consórcio já estar formalizado e o projeto de engenharia aprovado, a

novidade não foi bem recebida pelos moradores de Saquarema, que temem a

possibilidade do surgimento de um novo lixão na cidade pelo fato do município receber

também resíduos das outras localidades integrantes do consórcio.

56

Percebendo que parte da reação negativa em relação à obra era fruto da falta de

informações, o Fórum da Agenda 21 Local assumiu o compromisso de promover a

comunicação entre os envolvidos na criação do aterro sanitário e a população.

O Fórum realizou um seminário a fim de divulgar como funciona e o que é um aterro

sanitário. Um dos motivos que levou o Fórum a se envolver foi a importância dada ao

tema na Agenda 21 de Local, lançada em 29 de abril de 2011, que tem entre suas

propostas a realização de campanhas para informar à população sobre o destino mais

adequado para os resíduos sólidos em Saquarema.

O projeto prevê a construção de um Aterro Sanitário para receber resíduos gerados nos

municípios, que representam uma população de 220.126 habitantes (2012), e chega a

uma população de projeto de 452.300 habitantes em 2036, portanto com uma vida útil

de 25 anos. De acordo com dados do projeto, o volume aterrado acumulado será de

2.901.473,10 m³. Considerando um acréscimo de 30% de material de recobrimento, o

total aterrado será de 3.771.915,04 m³ em 25 anos. Infelizmente mais um ano já se

passou e o Projeto do Aterro Sanitário em Saquarema ainda não foi implantado.

Com relação a disposição final dos resíduos sólidos gerados no município de

Saquarema, duas alternativas encontram-se com possibilidade de implantação:

1º Implantação do Centro de Tratamento de Resíduos – CTR, em Saquarema,

recebendo os resíduos de Saquarema, Araruama e Silva Jardim, através do consórcio

formalizado.

2º Implantação de Estação de Transbordo em Araruama, para transferência dos

resíduos sólidos de Saquarema, Silva Jardim e Araruama para o Aterro Sanitário Dois

Arcos, em São Pedro da Aldeia.

57

3.6.3 Gestão Integrada

A gestão da Limpeza Pública e Manejo de Resíduos Sólidos de Saquarema obedece ao

modelo apresentado na Figura 16:

Figura 16 - Fluxograma do Sistema de Limpeza Pública e Manejo de Resíduos Sólidos

Fonte: SERENCO, 2012

- Poder Concedente dos Serviços de Saneamento Básico – Prefeitura

Municipal de Saquarema.

- Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos, conjunto de Atividades,

infraestrutura e instalações operacionais de coleta, transporte,

transbordo, tratamento e destino final do resíduo doméstico/comercial e

do resíduo originário da varrição e limpeza de logradouros e vias

públicas.

58

- Secretaria Municipal de Meio Ambiente executa a Política Municipal de

Meio Ambiente.

- Secretaria Municipal da Fazenda supre com recursos financeiros, os

diferentes programas, projetos e serviços terceirizados ou executados

diretamente; responsável pela arrecadação de tributos, entre eles a

Taxa de Limpeza Pública.

- Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (através do

Departamento de Serviços Públicos) gerencia os diversos contratos de

prestadores de serviços relacionados à gestão da limpeza pública e o

manejo de resíduos sólidos do Município, conforme segue:

THALLIS, com sede em Saquarema. Realiza a coleta e

transporte dos resíduos sólidos domiciliares, comerciais e de

serviços de saúde. Também opera o Lixão do município.

NP CONSTRUÇÕES E SERVIÇOS, sede em Saquarema.

Realiza os serviços de capina, roçagem e varrição de

logradouros públicos, além da coleta e transporte dos

resíduos gerados nesses serviços.

As ameaças elencadas refletem as principais preocupações a serem atendidas pelo ente

concedente dos serviços de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos – o Município

de Saquarema.

Este cenário atrai e envolve todos os atores públicos e/ou privados responsáveis pela

gestão dos serviços de limpeza urbana, pelo manejo de resíduos sólidos e também, de

forma direta, envolvendo todos os geradores, sejam eles domiciliares, comerciais,

prestadores de serviços, industriais, públicos e privados.

59

3.6.4 Educação Ambiental

Conforme definido pela Política Nacional de Educação Ambiental (Lei Nº 9.795, de 27 de

abril de 1999), “educação ambiental” são “os processos por meio dos quais o indivíduo e

a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e

competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do

povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade”.

Portanto, para atingir as metas propostas neste Plano, é de fundamental importância a

definição de um programa bem estruturado de educação ambiental para que as pessoas

e instituições possam se sensibilizar e participar dos programas de coleta seletiva de

recicláveis, resíduos orgânicos, entre outros, de forma efetiva.

Acredita-se que os efeitos da educação ambiental somente apresentarão resultados

positivos quando a gestão adequada dos resíduos sólidos associada a um forte

programa de educação ambiental for materializada através de programas, projetos e

ações que apresentem resultados satisfatórios e positivos.

De nada adianta separar os materiais recicláveis para a coleta seletiva, se no dia e hora

marcados essa coleta não ocorrer. De nada adianta separar os materiais recicláveis e os

orgânicos se no final das contas tudo for parar no aterro sanitário.

A ação reguladora dos governos nacional, estadual e municipal que obriguem os

fabricantes de produtos a usarem menos embalagens e a cobrança de certificação do

cumprimento (selo verde, por exemplo) podem conduzir à minimização, a qual é uma

das áreas importantes para o Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos.

Da mesma forma, ações da sociedade civil e programas como o DUAL da Alemanha,

que incentivam a compostagem, o uso de embalagens retornáveis e fortes campanhas

de educação sanitária, estimulam as populações urbanas a se envolverem e

participarem nos programas de reciclagem e compostagem/vermicompostagem/

bioenergia e briquetagem.

60

O Plano Nacional de Resíduos Sólidos diagnosticou uma variabilidade de formas de

atuação de ações de educação ambiental, conforme as tipologias a seguir:

Tipo 1 - Informações orientadoras e objetivas para a participação da

população ou de determinada comunidade em programas ou ações ligadas ao

tema resíduos sólidos. Normalmente está ligada a objetivos ou metas específicas

dentro do projeto ou ação em que aparece. Podemos citar informações objetivas

a respeito de como aquela população deve proceder na segregação dos seus

resíduos para uma coleta seletiva municipal ou qual o procedimento mais

adequado para o encaminhamento de determinados resíduos, entre outras

informações pertinentes.

Tipo 2 - Sensibilização/mobilização das comunidades diretamente

envolvidas. Aqui os conteúdos a serem trabalhados envolvem um

aprofundamento das causas e consequências do excesso de geração e na

dificuldade de cuidado, tratamento e destinação adequados dos resíduos sólidos

produzidos em um município, região ou país. Destaca-se ainda, neste caso, o uso

e a necessidade de utilização de instrumentos, metodologias e tecnologias sociais

de sensibilização e mobilização das populações diretamente atingidas pelos

projetos ou ações implantados. Neste caso ainda os conteúdos variam e podem

incluir desde os vários aspectos ligados ao cuidado com os recursos naturais e à

minimização de resíduos (3Rs), até os vários temas relacionados à educação

para o consumo sustentável/consciente/responsável e às vantagens sociais e

econômicas da coleta seletiva.

Tipo 3 – Informação, sensibilização ou mobilização para o tema resíduos

sólidos desenvolvidos em ambiente escolar. Neste caso o conteúdo

desenvolvido tem claro objetivo pedagógico e normalmente o tema Resíduos

Sólidos é trabalhado para chamar a atenção e sensibilizar a comunidade escolar

para as questões ambientais de uma forma mais ampla. Podem envolver desde

informações objetivas, como as encontradas no tipo 1, até um aprofundamento

61

semelhante ao do tipo 2, além de tratamento pedagógico e didático específico

para cada caso, faixa etária e nível escolar.

Tipo 4 – Campanhas e Ações Pontuais de Mobilização - Neste caso os

conteúdos, instrumentos e metodologias devem ser adequados à cada caso

específico. A complexidade do tema e a necessidade premente de mudança de

hábitos e atitudes necessários à implantação dos novos princípios e diretrizes

presentes na PNRS impossibilitam que estas ações alcancem todos os objetivos

e metas propostos em um trabalho educativo. Podem, entretanto, fazer parte de

programas mais abrangentes de educação ambiental, podendo ainda envolver um

público mais amplo, a partir da utilização das várias mídias disponíveis, inclusive

aquelas com grande alcance e impacto junto á população.

3.7 Recomendações

Várias considerações, sugestões e alternativas surgem ao final dos Cenários

anteriormente construídos. As principais delas estão apresentadas a seguir:

1. Institucionalização da Coleta Seletiva de Materiais Recicláveis

Implantação de infraestrutura necessária;

Definição do acondicionamento dos materiais recicláveis;

Logística de coleta porta a porta, em PEV’s e/ou ECOPONTOS;

Implantação de Associação ou Cooperativa de catadores;

Capacitação dos catadores membros das associações;

Regularizar o levantamento dos depósitos, aparistas e sucaterios;

Comercialização dos materiais recicláveis;

62

Figura 17 - Alternativas propostas para a coleta seletiva de materiais recicláveis

2. Reformulação e complementação do sistema de Acondicionamento, Coleta,

Transporte e Destinação Final de Resíduos Domésticos/Comerciais

Definição do acondicionamento dos resíduos sólidos domésticos/comerciais;

Definir detalhadamente e fiscalizar os grandes geradores.

63

Figura 18 - Proposta de gestão de resíduos domiciliares/comerciais

No caso de Saquarema, como os serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos

sólidos são terceirizados com a iniciativa privada, os pontos de apoio são definidos e de

responsabilidade das mesmas.

3. Institucionalização da Coleta Seletiva de Resíduos Orgânicos

Implantação de infraestrutura necessária para o programa de coleta seletiva de

materiais orgânicos;

Definição do acondicionamento dos resíduos orgânicos com prioridade aos

Grandes Geradores;

Definição do modelo de veículo coletor;

Logística de coleta, em bombonas com tampa, de ponto a ponto, PEV’s e/ou

ECOPONTOS;

64

Definição da disposição final em conjunto ou não, com os resíduos da poda,

capina e roçagem, tendo em vista a compostagem, vermicompostagem, digestão

anaeróbia para bioenergia e/ou briquetagem, e,

Definição da comercialização dos produtos gerados.

Figura 19 - Disposição Integrada de Resíduos Sólidos Orgânicos

65

Figura 20 - Fluxograma para o Sistema de Coleta Seletiva de Resíduos Orgânicos para a Compostagem/Vermicompostagem – Alternativas Propostas

(1)

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66

4. Implantação de ECOPONTOS

Figura 21 - Modelo de ECOPONTO

Figura 22 - Proposta de planta de ECOPONTO

67

A norma ABNT NBR 15.112/2004 estabelece as diretrizes para projeto, implantação e

operação de Áreas de transbordo e triagem para resíduos da construção civil e resíduos

volumosos. A norma também define as seguintes condições para implantação de ATT’s:

Isolamento;

Identificação;

Equipamentos de segurança;

Sistemas de proteção ambiental, e,

Condições específicas para pontos de entrega de pequenos volumes.

Além disso, especifica condições gerais para o projeto e de operação que deverão ser

levados em conta quando da implantação destas áreas.

5. Monitoramento dos antigos lixões

Projetos de remediação dos passivos ambientais encontrados no

município, implementação e monitoramento completo da área (solo, ar,

lençol freático e águas superficiais). O principal passivo ambiental

relacionado a resíduos sólidos no município é o Lixão do Bacaxá,

referenciado em mapa no produto 5.

6. Responsabilidades pelo gerenciamento de resíduos de grandes geradores

Os geradores de resíduos incluídos no art. 20 da Lei 12.305/2010 são responsáveis pelo

gerenciamento dos seus resíduos, devendo ser definidas a implementação e

operacionalização.

Quanto ao poder público, cabe a fiscalização e orientação aos grandes geradores para

cumprirem a legislação vigente.

A tabela a seguir define as responsabilidades de implementação, operacionalização e

fiscalização para os resíduos enquadrados no art. 20:

68

Tabela 16 - Definição de responsabilidades

Fonte: SERENCO, 2013

7. Transporte de resíduos de grandes geradores

De acordo com a Lei 12.305/2010, os geradores de resíduos das atividades listadas no

art. 20, deverão elaborar seu Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. Também

deverão contratar, independente da coleta de resíduos domiciliares, empresa para

realizar a coleta e transporte desses resíduos para destiná-los adequadamente.

Para o serviço de transporte de resíduos, as empresas deverão possuir licenciamento e

autorização ambiental junto ao INEA (ou órgão ambiental municipal), que define os

critérios baseados na legislação, normas e resoluções existentes. Para os resíduos

classe I, por exemplo, deverá ser atendida a seguinte legislação:

NBR 13.221 – Transporte Terrestre de Resíduos;

NBR 7500 – Transporte de Cargas Perigosa Simbologia;

NBR 7501 – Transporte de Cargas Perigosas – Terminologia;

NBR 7502 – Transporte de Carga Perigosa – Classificação;

Geradores Implementação/

Operacionalização Órgão

Fiscalizador Resíduos Industriais Instalações industriais Secretaria do Meio

Ambiente

Resíduo de Serviço de Saúde Prestadores de serviço de saúde Secretaria de Meio Ambiente/ Vigilância

Sanitária

Resíduo de Mineração Atividade de pesquisa, extração ou beneficiamento de minérios

Secretaria de Meio Ambiente

Estabelecimentos Comerciais e de Prestação de serviços

(Supermercados, Shopping Centers, Centros Comerciais e etc)

Secretaria de Meio Ambiente

Empresas de Construção Civil Atividades de construção beneficiamento de materiais para

construção

Secretaria de Meio Ambiente/Secretaria Municipal de Obras

Empresas de Transporte Portos, Aeroportos, Terminais Alfandegários, Rodoviárias,

Ferroviárias, Passagens de Fronteira

Secretaria de Meio Ambiente

Atividades Agrossilvopastoris Atividades Rurais, e beneficiamento de produtos agrossilvopastoris

Secretaria de Meio Ambiente/Secretaria

Municipal de Agricultura

69

NBR 7503 – Ficha de Emergência para Transporte de Cargas Perigosas;

NBR 7504 – Envelope para Transporte de Cargas Perigosas, Dimensões e

Utilizações;

NBR 9735 - Conjunto de equipamentos para emergências no transporte

terrestre de produtos perigosos;

Decreto Federal 96.044/88 – Dispõe sobre transporte rodoviário de produtos

perigosos;

Resolução CONAMA N° 001/86 - Dispõe sobre transporte de produtos

perigosos em território nacional, e,

Resolução 420/04 da ANTT. – Declaração de Destinação do Resíduo.

O veículo deve portar placas de identificação de risco e classificação ONU e

equipamento de controle de emergência inspecionado e capacitação, em validade,

atestando a sua adequação, emitido pelo Instituto de Pesos e Medidas - IPEM ou

entidade por ele credenciada.

O condutor do veículo deve ter habilitação, certificado do curso MOPP (Movimentação e

Operação de Produtos Perigosos) com a informação: “Transportador de Carga

Perigosa”. Além disso, o condutor deve estar provido de Equipamentos de Proteção

Individual (EPI), em atendimento a NBR 9735.

Como precaução deve ser solicitado ao transportador o plano de emergência e cópia do

contrato com a empresa responsável em atendimentos de emergências para transporte

de resíduos perigosos.

Para contratar empresa prestadora de serviços de transporte para resíduos Classe I, é

necessário verificar se:

A empresa é habilitada para realizar o transporte de resíduo perigoso de

acordo com a Resolução 420 da ANTT;

A empresa possui Licença Ambiental emitida pelo INEA (ou órgão ambiental

municipal);

Os veículos estão identificados conforme determina a legislação;

70

Os veículos possuem a documentação necessária para o transporte de

produto perigoso, bem como plano de emergência, no caso de acidentes;

Os condutores possuem a documentação necessária exigíveis por lei para

esse tipo de transporte;

Solicitar o plano de emergência;

Encaminhar junto ao resíduo transportado o Manifesto de Transporte/Notas

fiscais, solicitando devolução de uma das vias carimbada tanto pelo

transportador quanto pelo receptor final do resíduo;

Para contratar empresa prestadora de serviços de transporte para resíduos classe II - A

e Classe II - B, é necessário verificar se:

A empresa possui licença ambiental para transporte;

A empresa solicita ao INEA (ou órgão ambiental municipal) a autorização de

transporte quando necessário;

É encaminhado junto ao resíduo transportado o Manifesto de

Transporte/Notas Fiscais, solicitando devolução de uma das vias carimbada

tanto pelo transportador quanto pelo receptor final do resíduo.

Antes de contratar empresas prestadoras de serviços pertinentes a atividade de

tratamento e disposição final de resíduos se faz necessário verificar:

Se a empresa possui Licença de Instalação e de Operação

Se a licença permite que a empresa receba o tipo de resíduos que está sendo

destinado para tratamento

Se o Aterro está licenciado para receber os resíduos gerados durante o

processo de tratamento.

Se a empresa emite o certificado de Tratamento dos Resíduos.

Se a empresa encaminha os relatórios de recebimento de resíduos ao INEA.

Se a empresa está em dia com suas obrigações fiscais e trabalhistas,

solicitando, Certidão de Regularidade com o INSS – CND, Certidão de

71

Regularidade com o FGTS, Certidão de Regularidade com as Fazendas

Municipal, Estadual e Federal.

Em caso de resíduos encaminhados para empresas que geram insumos

provenientes do processo de tratamento, como por exemplo: cinzas do

processo de incineração, solicitar documentação ambiental do

empreendimento de destinação final dos rejeitos.

Ao encaminhar o resíduo para Tratamento/Destinação Final deve ser preenchida a

planilha de Controle de Movimentação de Resíduos, com isso os controles das

atividades propostas no PGRS ficam efetivamente monitorados.

8. Mecanismos para criação de fontes de negócio, emprego e renda

A Prefeitura Municipal deverá criar incentivos fiscais para atrair indústrias de reciclagem

e beneficiamento de materiais, para o município, criando assim fontes de negócio,

emprego e renda mediante a valorização de resíduos sólidos.

Ainda deverão ser incluídos nos incentivos as Associações e Cooperativas de catadores

de materiais recicláveis que estejam organizadas para serem beneficiadas gerando

fontes de negócio, emprego e renda.

9. Sugestões ao programa de Educação Ambiental

O Programa de Educação Ambiental proposto nesse Plano, estão baseados nos

programas já desenvolvidos pelo Estado do Rio de Janeiro, como o Programa Coleta

Seletiva Solidária, detalhados no produto 5.1.

Sugere-se que no programa a ser implantado, além da divulgação através de folders,

cartazes e cartilhas, seja feita a divulgação do mesmo utilizando os veículos da coleta de

resíduos, assim como já é realizado em outros municípios do país.

72

Figura 23 - Modelo de veículo de coleta de resíduos

Fonte: SERENCO, 2013

10. Periodicidade de revisão do Plano

O Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos deverá ser revisado a cada quatro

anos, observando prioritariamente o período de vigência do plano plurianual municipal.

11. Resíduos de Serviços Públicos de Saneamento

Os resíduos de serviços públicos de saneamento gerados no município são de

responsabilidade da concessionária CAJ, que deve buscar alternativas para seu

tratamento e disposição final.

Os lodos gerados tanto nas ETE’s quanto na ETA operados pela CAJ, são destinados

para o aterro sanitário Dois Arcos, conforme apresentado no produto 4.

12. Diretrizes para Logística Reversa

A logística reversa é definida pela Lei 12.305/2010 como instrumento de

desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações,

procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos

73

sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos

produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.

O Governo Federal instalou, no dia 17 de fevereiro de 2011, o Comitê Orientador para

Implementação de Sistemas de Logística Reversa. O Comitê é formado pelos

ministérios do Meio Ambiente, da Saúde, da Fazenda, da Agricultura, Pecuária e

Abastecimento e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e tem por finalidade

definir as regras para devolução dos resíduos (aquilo que tem valor econômico e pode

ser reciclado ou reutilizado) à indústria, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em

outros ciclos produtivos.

O Grupo Técnico de Assessoramento (GTA), que funciona como instância de

assessoramento para instrução das matérias a serem submetidas à deliberação do

Comitê Orientador, criou cinco Grupos Técnicos Temáticos que discutem, desde o dia 5

de maio, a Logística Reversa para cinco cadeias.

As cinco cadeias identificadas, inicialmente como prioritárias, são: descarte de

medicamentos; embalagens em geral; embalagens de óleos lubrificantes e seus

resíduos; lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista, e

eletroeletrônicos.

Esses Grupos tem por finalidade elaborar propostas de modelagem da Logística

Reversa e subsídios para o edital de chamamento para o Acordo Setorial.

Os sistemas de devolução dos resíduos aos geradores serão implementados

principalmente por meio de acordos setoriais com a indústria. A lei prevê a Logística

Reversa para as cadeias produtivas de agrotóxicos, pilhas e baterias, pneus, óleos

lubrificantes, lâmpadas e produtos eletroeletrônicos.

Portanto, o município deverá acatar as regras definidas a nível federal para poder

implementar as ações de logística reversa localmente.

74

Figura 24 - Modelo para logística reversa

Fonte: PIRES, 2007

75

4 LIMPEZA URBANA

Em Saquarema toda a população urbana do município é atendida pelos serviços de

limpeza urbana. O que varia é a frequência da prestação desses serviços.

O principal serviço do sistema de limpeza urbana é a varrição, que deve ocorrer

regularmente nos logradouros públicos, podendo ser executado manualmente, com

emprego de mão-de-obra munida do ferramental e carrinhos auxiliares para

recolhimento dos resíduos, ou mecanicamente com emprego de equipamentos móveis

especiais de porte variado.

O serviço de varrição manual de vias e logradouros públicos pode ser executado por

equipe ou individualmente, e deve obedecer a roteiros previamente elaborados, com

itinerários, horários e frequências definidas em função da importância de cada área na

malha urbana do Município, do tipo de ocupação/uso e grau de urbanização do

logradouro. Além disso, deve haver serviços de varrição nos canteiros e áreas

gramadas, que deverão ser executados de maneira análoga ao serviço de varrição de

vias. O serviço de limpeza de logradouros públicos tem por objetivo evitar:

Problemas sanitários para a comunidade;

Interferências perigosas no trânsito de veículos;

Riscos de acidentes para pedestres;

Prejuízos ao turismo;

Inundações das ruas pelo entupimento dos ralos.

Complementando a atividade de varrição, e inseridos no sistema de limpeza urbana,

estão normalmente associados os serviços de:

Capina;

Roçada;

Poda;

Lavagem de vias e logradouros;

76

Pintura de meio fio;

Raspagem de terra/areia;

Limpeza e desobstrução de caixas de ralos;

Limpeza de feiras-livres;

Limpeza das Lagoas de Saquarema e Jaconé, e,

Limpeza das Praias.

Para a melhoria da eficiência dos serviços de varrição, De acordo com PMGIRS de

Campo Largo, 2007:

Métodos de Varrição

Apenas em algumas situações particulares recomenda-se o uso de máquinas.

A limpeza por meio de jatos de água, pelo seu alto custo, deve ser restrita a situações

especiais.

Normalmente não é preciso varrer a faixa mais central de uma via, o trânsito de veículos

basta para empurrar a sujeira para as sarjetas e estas, sim, deverão ser varridas.

A limpeza das calçadas fica por conta dos moradores, podendo inclusive constar no

Código de Posturas ou outra legislação pertinente.

Deve ser incentivado o reuso de água para a limpeza das calçadas.

Mão-de-obra Direta para Varredura

Estudos comparativos efetuados em algumas cidades comprovaram que o serviço

executado por um só varredor é geralmente mais produtivo.

- Um só gari varrendo, recolhendo e vazando os resíduos no ponto de

acumulação;

- Dois homens, sendo um varrendo e juntando os resíduos, enquanto outro gari

coleta e vaza o material no ponto de remoção.

77

Limpeza de Feiras

Após o término da feira, a retirada do resíduo deve ser rápida. É preciso desobstruir logo

o trânsito no logradouro e, acima de tudo, evitar a fermentação da matéria orgânica

(geralmente é acelerada devido ao clima).

Para diminuir os problemas, deve ser estabelecido um horário rígido para término da

feira livre. Além disso, os feirantes terão de manter, ao lado dos pontos de venda,

recipientes para resíduo.

Para executar uma limpeza eficiente é recomendado:

- Iniciar o serviço tão logo à feira termine;

- Varrer toda a área utilizada, e não, como frequentemente ocorre apenas a faixa

das sarjetas;

- Varrer o resíduo do passeio e do centro da rua para as sarjetas, de onde será

removido (feiras instaladas em ruas);

- Recolher o resíduo, à medida que for varrendo, através de equipamento

adequado (caminhão compactador, por exemplo);

- Lavar o logradouro após a varredura e remoção utilizando, de preferência,

equipamentos do tipo pipa d’água (quando o piso for pavimentado);

- Aplicar desodorizante no setor de venda de peixe.

Tipos de Varrição

Os tipos de varrição podem ser definidos como varrição normal ou de conservação:

Normal ou corrida

Pode ser executada diariamente, duas ou três vezes por semana, ou em

intervalos maiores. Tudo irá depender da mão-de-obra existente, da disponibilidade de

equipamentos e das características do logradouro, ou seja, da sua importância para o

município.

78

Conservação

É uma atividade em geral implantada nos locais com grande circulação de

pedestres: áreas centrais das cidades; setores de comércio mais intenso, pontos

turísticos, etc. Neste caso, os garis terão de efetuar tantas varrições (repasses) quantas

sejam exigidas para que o logradouro se mantenha limpo.

Definido o tipo de serviço ideal para cada logradouro, deve-se então, indicar em

um mapa o nível de frequências da varrição adotado. Conforme já diagnosticado, o

município apresenta uma frequência da varrição adequada, portanto, devendo ser

mantidos.

Velocidade da varrição

A velocidade da varrição é expressa em metros lineares de sarjeta por

homem/dia, referente a uma jornada de trabalho. Antes de determinar a velocidade, é

preciso classificar os logradouros de acordo com suas características que influenciam na

produtividade do varredor, como:

tipo de pavimentação das vias e passeios;

a existência ou não de estacionamentos;

a circulação de pedestres;

fluxo de veículos no local a ser prestado o serviço.

A velocidade varia também de cidade para cidade, tendo uma média para a varrição de

meio fio de vias pavimentadas entre 180 metros / homem / hora a 350 metros / homem /

hora.

Extensão de sarjeta a ser varrida

Deve ser levantada a extensão de todas as ruas atendidas pelo serviço de varrição. A

extensão das sarjetas irá corresponder às extensões de ruas multiplicadas por dois.

Considerando-se as frequências, será possível definir a extensão linear a ser varrida por

dia.

4.1 PROCEDIMENTOS DE CONTROLE E FISCALIZAÇÃO

79

Na implantação e fiscalização dos serviços de limpeza urbana é preciso fazer ajustes e

atualizações constantemente conforme as demandas e modificações que estão sempre

ocorrendo na cidade. É imprescindível uma boa fiscalização, não apenas dos serviços

executados. Infrações do gênero têm que ser previstas nos códigos de posturas ou

regulamentos de limpeza e devem ser punidas. Alguns fatores que orientam no controle

e fiscalização podem ser observados a seguir:

Peso dos resíduos;

Controle das frequências e horários dos diversos serviços;

Quantidade e tipo dos equipamentos utilizados;

Condições gerais dos equipamentos utilizados;

Adequação dos utensílios usados (carrinhos, vassouras, etc.);

Padrão de qualidade dos serviços;

Controle de absenteísmo;

Condições de trabalho dos empregados (higiene e segurança do trabalho);

Quantidade e capacitação profissional do pessoal empregado;

Aferição do volume de serviços extraordinários/emergenciais;

Forma de acondicionamento temporário do resíduo público;

Controle da coleta dos resíduos;

Identificação dos pontos críticos (locais de lançamento frequente de resíduos pela

população).

5 PROGRAMAS, METAS E AÇÕES

Apresentam-se a seguir, os programas, planos, projetos, metas e ações tendo em vista

os cenários anteriormente construídos e sugeridos, suas alternativas concebidas, a

serem compatibilizadas com os demais setores do PMSB, com seus programas e metas

imediatas, curto, médio e longo prazos em busca da universalização do sistema de

Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos de Saquarema, admitindo-se

soluções graduais e progressivas.

80

A compatibilização do atual Plano com os demais planos plurianuais e governamentais

correlatos também deverá ocorrer apoiando-se nos programas, planos, projetos e ações

necessárias para atingir os objetivos e as metas previstas.

As carências atuais (ameaças) diagnosticadas, apoiam o estabelecimento das metas

indicadas, tendo em vista a tomada de decisões que os executores tais como o poder

executivo local, os prestadores de serviços e o ente regulador tenham em mãos os

indicativos necessários para o atendimento dos objetivos, metas e ações propostas

neste Plano.

Resumidamente, destacam-se os seguintes pontos referenciados ao sistema de limpeza

urbana e manejo de resíduos sólidos de Saquarema.

I – Programa Produção de Resíduos.

II – Programa Disposição Final.

III – Programa Gestão Integrada.

IV – Programa Educação Ambiental.

81

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síd

uo

se

aval

iar

seo

sp

rogr

amas

imp

lan

tad

os

est

ãose

nd

o

efi

cie

nte

s.

84

PR

OG

RA

MA

1

OB

JETI

VO

1.4

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

MU

NIC

ÍPIO

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SAQ

UA

REM

A-

PLA

NO

MU

NIC

IPA

L D

E G

ESTÃ

O IN

TEG

RA

DA

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RES

ÍDU

OS

SÓLI

DO

S

LIM

PEZ

A U

RB

AN

A E

MA

NEJ

O D

E R

ESÍD

UO

S SÓ

LID

OS

Pro

du

ção

/Re

du

ção

de

Re

síd

uo

s

Min

imiz

ar o

de

scar

te d

e ó

leo

ve

geta

l usa

do

nas

gal

eri

as d

e á

guas

plu

viai

s e

esg

oto

s sa

nit

ário

s

FUNDAMENTAÇÃO

leo

vege

tal

usa

do

em

frit

ura

um

resí

du

ocu

jod

esc

arte

po

de

rep

rese

nta

rd

ano

sam

bie

nta

issi

gnif

icat

ivo

s,co

mp

ote

nci

al

po

luid

or

ele

vad

ore

laci

on

ado

aos

amb

ien

tes

híd

rico

s,u

ma

vez

qu

e10

0m

ld

leo

éca

paz

de

po

luir

20li

tro

sd

eág

ua.

O

de

scar

ted

leo

sob

reo

solo

éig

ual

me

nte

dan

oso

,e

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spe

cial

pe

laim

pe

rme

abil

izaç

ãod

oso

loe

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laco

nta

min

ação

do

len

çolf

reát

ico

.Em

Saq

uar

em

aal

gum

ase

sco

las

mu

nic

ipai

sp

oss

ue

mP

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-P

on

tos

de

Entr

ega

Vo

lun

tári

ap

ara

rece

bim

en

tod

e

óle

ove

geta

lu

sad

o,

po

rém

não

info

rmaç

õe

sso

bre

ose

ud

est

ino

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Pro

gram

ad

eve

ráse

rin

cen

tiva

do

pe

laP

refe

itu

ra

Mu

nic

ipal

.

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)P

OSS

ÍVEI

S FO

NTE

S

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

NO

SLO

NG

O P

RA

ZO -

16

A 2

0 A

NO

S

Ap

oio

e M

anu

ten

ção

Ap

oio

e M

anu

ten

ção

Ap

oio

e M

anu

ten

ção

Ap

oio

e M

anu

ten

ção

PR

OG

RA

MA

S, P

RO

JETO

S E

ÕES

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l d

e S

aq

ua

rem

a1.

4.1

Ap

oia

r e

dar

man

ute

nçã

o a

o P

roje

to d

e c

ole

ta

de

óle

o v

ege

tal u

sad

o p

ela

s e

sco

las

mu

nic

ipai

s-

--

-

85

PR

OG

RA

MA

2

OB

JETI

VO

2.1

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

-IN

EA

2.2.

2O

pe

rar

o C

TDR

Saq

uar

em

a-

618.

085,

8369

9.53

4,78

802.

438,

82Pr

efe

itu

ra M

un

icip

al

de

Saq

ua

rem

a, A

raru

am

a e

Sil

va

Jard

im

2.2.

1Im

pla

nta

r o

CTD

R S

aqu

are

ma

14.2

89.6

90,4

6-

-

17.5

00,0

02.

2.5

Mo

nit

ora

r a

áre

a d

o li

xão

10

.500

,00

21.0

00,0

021

.000

,00

Mo

nit

ora

me

nto

da

áre

a

PR

OG

RA

MA

S, P

RO

JETO

S E

ÕES

2.2.

4Ex

ecu

tar

as o

bra

s d

e r

em

ed

iaçã

o-

500.

000,

00-

-Pr

efe

itu

ra M

un

icip

al

de

Sa

qu

are

ma

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l d

e S

aq

ua

rem

a2.

2.3

Ence

rrar

e E

lab

ora

r p

roje

to d

e r

em

ed

iaçã

o d

o L

ixão

60.0

00,0

0-

--

MU

NIC

ÍPIO

DE

IGU

AB

A G

RA

ND

E- P

LAN

O M

UN

ICIP

AL

DE

GES

TÃO

INTE

GR

AD

A D

E R

ESÍD

UO

S SÓ

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OS

LIM

PEZ

A U

RB

AN

A E

MA

NEJ

O D

E R

ESÍD

UO

S SÓ

LID

OS

Dis

po

siçã

o F

inal

Pro

jeto

, re

me

dia

ção

, lac

re d

o a

tual

lixã

o e

Imp

lan

taçã

o d

o C

TDR

Saq

uar

em

a

FUNDAMENTAÇÃO

Loca

liza

do

no

Dis

trit

od

eB

acax

á,o

Lixã

oe

stá

em

op

era

ção

ace

rca

de

12an

os.

Re

lato

sd

em

ora

do

res,

de

scre

vem

acr

ític

asi

tuaç

ãod

o

loca

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lixã

od

eso

rde

nad

oo

cup

au

ma

gran

de

ext

en

são

nu

ma

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ad

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ata

atlâ

nti

can

ativ

a,ju

nto

aoR

ioB

acax

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ob

airr

oR

iod

e

Are

ia.O

rio

,ali

ás,v

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sen

do

tran

sfo

rmad

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md

ep

ósi

tod

ep

ne

us

velh

os

en

um

lago

de

cho

rum

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líqu

ido

ven

en

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qu

eva

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oli

xo

de

po

sita

do

na

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a".E

mvi

sita

real

iza

aolo

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foic

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stat

ado

ap

rese

nça

de

cerc

ad

e50

cata

do

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qu

eti

ram

seu

sust

en

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olo

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É

ne

cess

ário

en

cerr

aro

en

vio

de

resí

du

os

ae

ste

loca

l,al

ém

de

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ed

iar

em

on

ito

rar

par

am

inim

izar

os

imp

acto

sam

bie

nta

is

exi

ste

nte

s.P

ara

reso

lve

re

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pro

ble

ma

aP

olít

ica

Esta

du

alp

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Re

síd

uo

sSó

lid

os,

crio

uo

Pro

gram

aP

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pe

loSa

ne

ame

nto

,q

ue

tem

com

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bp

rogr

ama

oLi

xão

Zero

de

err

adic

ação

do

sli

xõe

s,re

me

dia

ção

eco

nst

ruçã

od

eat

err

os

san

itár

ios

con

sorc

iad

os.

Par

ata

nto

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anci

ou

os

Pro

jeto

sd

eEn

gen

har

iap

ara

imp

lan

taçã

od

eC

en

tro

sd

eTr

atam

en

toe

De

stin

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de

Re

síd

uo

s(C

TDR

).D

en

tre

ess

es

cen

tro

s p

revi

sto

s p

ara

tod

o o

Est

ado

, Saq

uar

em

a p

oss

ui u

m P

roje

to d

e Im

pla

nta

ção

do

CTD

R, j

á e

lab

ora

do

.

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l d

e S

aq

ua

rem

a

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. E

nce

rram

en

to d

o L

ixão

do

Bac

axá

2. Im

pla

nta

ção

do

CTD

R S

aqu

are

ma

3. C

ole

ta d

e a

mo

stra

s d

os

po

ços

de

mo

nit

ora

me

nto

a s

ere

m im

pla

nta

do

s n

o L

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Re

me

dia

do

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

a 15

AN

OS

LON

GO

PR

AZO

- 1

6 A

20

AN

OS

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)P

OSS

ÍVEI

S FO

NTE

S

Ence

rrar

o L

ixão

do

Bac

axá

Imp

lan

tar

o C

TDR

Saq

uar

em

a

Elab

ora

ção

do

pro

jeto

de

rem

ed

iaçã

o

Exe

cuçã

o d

as o

bra

s d

e

rem

ed

iaçã

oM

on

ito

ram

en

to d

a ár

ea

86

PR

OG

RA

MA

3

OB

JETI

VO

3.1

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

-P

refe

itu

ra M

un

icip

al

de

Sa

qu

are

ma

3.1.

2In

stit

uci

on

aliz

ar a

co

bra

nça

de

svin

cula

da

do

IPTU

3.1.

3

Co

bra

r a

taxa

de

man

ejo

de

re

síd

uo

s só

lid

os

urb

ano

s,

de

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cula

da

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, atr

avé

s d

a co

nta

de

águ

a o

u

con

ta d

e e

ne

rgia

- -

--

-P

refe

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ra M

un

icip

al

de

Sa

qu

are

ma

--

-P

refe

itu

ra M

un

icip

al

de

Sa

qu

are

ma

3.1.

1

De

fin

ir a

no

va t

axa

de

man

ejo

de

RSU

, de

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cula

da

do

IPTU

, atr

avé

s d

e c

on

trat

o c

om

em

pre

sa d

e

Enge

nh

aria

30.0

00,0

0-

-

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)P

OSS

ÍVEI

S FO

NTE

S

Co

ntr

atar

o e

stu

do

da

no

va t

axa

de

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ejo

de

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síd

uo

s e

Inst

itu

cio

nal

izar

a c

ob

ran

ça

de

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cula

da

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Co

bra

r a

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de

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e

resí

du

os

sóli

do

s u

rban

os,

de

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cula

da

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, atr

avé

s d

a

con

ta d

e á

gua

ou

co

nta

de

en

erg

ia

--

PR

OG

RA

MA

S, P

RO

JETO

S E

ÕES

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

NO

SLO

NG

O P

RA

ZO -

16

A 2

0 A

NO

S

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. C

om

par

ação

en

tre

re

ceit

a (s

) e

de

spe

sa (

s) p

ara

veri

fica

ção

do

su

pe

rávi

t o

u d

efi

cit

2. A

pro

vaçã

o d

a Le

i qu

e e

stab

ele

ce a

co

bra

nça

de

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cun

lad

a d

o IP

TU

MU

NIC

ÍPIO

DE

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UA

REM

A-

PLA

NO

MU

NIC

IPA

L D

E G

ESTÃ

O IN

TEG

RA

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DE

RES

ÍDU

OS

SÓLI

DO

S

LIM

PEZ

A U

RB

AN

A E

MA

NEJ

O D

E R

ESÍD

UO

S SÓ

LID

OS

Ge

stão

Inte

grad

a

Sust

en

tab

ilid

ade

do

sis

tem

a d

e a

cord

o c

om

a L

ei n

º 11

.445

/200

7

FUNDAMENTAÇÃO

De

aco

rdo

com

op

revi

sto

na

Lei

11.4

45/2

007

ese

uD

ecr

eto

Re

gula

me

nta

do

rn

º7.2

17/2

010,

ab

usc

ad

asu

ste

nta

bil

idad

e

eco

mic

o-f

inan

ceir

ad

osi

ste

ma

de

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pe

zau

rban

ae

man

ejo

de

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du

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do

su

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os

de

verá

ser

atin

gid

a.P

elo

dig

o

Trib

utá

rio

Mu

nic

ipal

,C

apit

ulo

II,

ob

serv

a-se

qu

ea

Taxa

de

Co

leta

do

Lixo

.A

rt.

265

-A

taxa

será

de

vid

aan

ual

me

nte

,p

or

un

idad

eim

ob

iliá

ria

ed

ific

ada

eca

lcu

lad

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mfu

nçã

od

au

tili

zaçã

od

oim

óve

le

da

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mre

colh

ida.

Atu

alm

en

tea

taxa

é

cob

rad

am

asn

ãoat

inge

asu

ste

nta

bil

idad

ed

osi

ste

ma.

São

uti

liza

do

sre

curs

os

orç

ame

ntá

rio

sp

ara

com

ple

me

nta

ção

do

s

cust

os.

De

aco

rdo

com

oP

LAN

AR

ESa

Me

tap

ara

Re

gião

Sud

est

qu

eat

é20

15,

44m

un

icíp

ios

de

verã

ote

ra

cob

ran

çap

elo

man

ejo

do

s re

síd

uo

s só

lid

os

de

svin

cula

do

s d

o IP

TU.

87

PR

OG

RA

MA

3

OB

JETI

VO

3.2

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

-Pr

efe

itu

ra M

un

icip

al

de

Sa

qu

are

ma

3.2.

1

Cri

ar le

gisl

ação

esp

ecí

fica

par

a o

man

ejo

de

resí

du

os

sóli

do

s u

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os

no

mu

nic

ípio

, co

m a

de

fin

ição

de

gra

nd

es

gera

do

res

8.00

0,00

--

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)P

OSS

ÍVEI

S FO

NTE

S

Cri

ar L

egi

slaç

ão p

ara

man

ejo

de

resí

du

os

sóli

do

s, c

om

de

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ição

de

gra

nd

es

gera

do

res

--

-

PR

OG

RA

MA

S, P

RO

JETO

S E

ÕES

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

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A 8

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

09

A 1

3 A

NO

SLO

NG

O P

RA

ZO -

14

A 2

0 A

NO

S

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. C

adas

tram

en

to d

os

gran

de

s ge

rad

ore

s e

aco

mp

anh

ame

nto

do

s se

rviç

os

pre

stad

os

pe

lo M

un

icíp

io.

MU

NIC

ÍPIO

DE

SAQ

UA

REM

A-

PLA

NO

MU

NIC

IPA

L D

E G

ESTÃ

O IN

TEG

RA

DA

DE

RES

ÍDU

OS

SÓLI

DO

S

LIM

PEZ

A U

RB

AN

A E

MA

NEJ

O D

E R

ESÍD

UO

S SÓ

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OS

Ge

stão

Inte

grad

a

De

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ição

de

pro

ced

ime

nto

s e

spe

cífi

cos

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s gr

and

es

gera

do

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FUNDAMENTAÇÃO

Os

gran

de

sge

rad

ore

sd

ere

síd

uo

s,aq

ue

les

qu

ep

rod

uze

mm

ais

de

100

litr

os

po

rd

ia,

de

vem

pag

arp

elo

sse

rviç

os

pre

stad

os

atra

vés

de

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se

spe

ciai

se

pro

po

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nai

sao

sre

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sge

rad

os,

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mco

mo

pe

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isp

osi

ção

no

ate

rro

san

itár

io.

De

fin

ira

ne

cess

idad

ed

ee

lab

ora

ção

eap

rova

ção

do

sP

lan

os

de

Ge

ren

ciam

en

tod

eR

esí

du

os

(PG

RS)

do

s

gran

de

s ge

rad

ore

s p

ara

ob

ten

ção

de

lice

nci

ame

nto

am

bie

nta

l.

88

PR

OG

RA

MA

3

OB

JETI

VO

3.3

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. S

atis

façã

o c

om

os

serv

iço

s p

rest

ado

s;

2. S

atis

façã

o c

om

os

pre

ços

pag

os

pe

los

serv

iço

s;

MU

NIC

ÍPIO

DE

SAQ

UA

REM

A-

PLA

NO

MU

NIC

IPA

L D

E G

ESTÃ

O IN

TEG

RA

DA

DE

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ÍDU

OS

SÓLI

DO

S

LIM

PEZ

A U

RB

AN

A E

MA

NEJ

O D

E R

ESÍD

UO

S SÓ

LID

OS

Ge

stão

Inte

grad

a

Re

gula

ção

do

s se

rviç

os

pre

stad

os

FUNDAMENTAÇÃO

De

aco

rdo

co

m o

pre

vist

o n

a Le

i nº

11.4

45/2

007

e s

eu

De

cre

to R

egu

lam

en

tad

or

nº7

.217

/201

0, A

rt. 2

7. S

ão

ob

jeti

vos

da

regu

laçã

o: I

- e

stab

ele

cer

pad

rõe

s e

no

rmas

par

a a

ade

qu

ada

pre

staç

ão d

os

serv

iço

s e

par

a a

sati

sfaç

ão d

os

usu

ário

s; II

- g

aran

tir

o c

um

pri

me

nto

das

co

nd

içõ

es

e m

eta

s e

stab

ele

cid

as; I

II -

pre

ven

ir e

re

pri

mir

o a

bu

so d

o p

od

er

eco

mic

o, r

ess

alva

da

a co

mp

etê

nci

a d

os

órg

ãos

inte

gran

tes

do

sis

tem

a n

acio

nal

de

de

fesa

da

con

corr

ên

cia;

e IV

- d

efi

nir

tar

ifas

e o

utr

os

pre

ços

bli

cos

qu

e a

sse

gure

m t

anto

o e

qu

ilíb

rio

eco

mic

o-

fin

ance

iro

do

s co

ntr

ato

s, q

uan

to a

mo

dic

idad

e t

arif

ária

e d

e o

utr

os

pre

ços

bli

cos,

me

dia

nte

me

can

ism

os

qu

e

ind

uza

m a

efi

ciê

nci

a e

efi

cáci

a d

os

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iço

s e

qu

e p

erm

itam

a a

pro

pri

ação

so

cial

do

s ga

nh

os

de

pro

du

tivi

dad

e.

Re

cen

tem

en

te a

AG

ENER

SA -

Agê

nci

a R

egu

lad

ora

de

En

erg

ia e

San

eam

en

to B

ásic

o d

o E

stad

o d

o R

io d

e J

ane

iro

,

com

eço

u a

se

est

rutu

rar

par

a re

aliz

ar a

re

gula

ção

da

cole

ta e

dis

po

siçã

o f

inal

de

re

síd

uo

s só

lid

os

pre

stad

os

pe

las

em

pre

sas

ou

torg

adas

, co

nce

ssio

nár

ias

e p

erm

issi

on

ária

s e

po

r se

rviç

os

autô

no

mo

s d

os

mu

nic

ípio

s.

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 8

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

09

A 1

3 A

NO

SLO

NG

O P

RA

ZO -

14

A 2

0 A

NO

S

-Pr

efe

itu

ra M

un

icip

al

de

Saq

ua

rem

a

Esta

be

ler

con

trat

o d

e r

egu

laçã

o

com

a A

GEN

ERSA

--

-

PR

OG

RA

MA

S, P

RO

JETO

S E

ÕES

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)P

OSS

ÍVEI

S FO

NTE

S

3.3.

1Es

tab

ele

r co

ntr

ato

de

re

gula

ção

co

m a

AG

ENER

SA-

--

89

PR

OG

RA

MA

3

OB

JETI

VO

3.4

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. P

orc

en

tage

m d

e u

suár

ios

sati

sfe

ito

s co

m a

co

leta

se

par

ada

em

re

síd

uo

s se

cos

e ú

mid

os,

e,

2. P

orc

en

tage

m d

e r

ed

uçã

o d

e r

esí

du

os

seco

s e

úm

ido

s d

ire

cio

nad

os

ao C

TDR

Saq

uar

em

a.

MU

NIC

ÍPIO

DE

SAQ

UA

REM

A-

PLA

NO

MU

NIC

IPA

L D

E G

ESTÃ

O IN

TEG

RA

DA

DE

RES

ÍDU

OS

SÓLI

DO

S

LIM

PEZ

A U

RB

AN

A E

MA

NEJ

O D

E R

ESÍD

UO

S SÓ

LID

OS

Ge

stão

Inte

grad

a

Pad

ron

izaç

ão d

o A

con

dic

ion

ame

nto

de

Re

síd

uo

s D

om

icil

iare

s/C

om

erc

iais

par

a a

Co

leta

FUNDAMENTAÇÃO

Co

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ro

sre

síd

uo

ssó

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os

sign

ific

are

colh

er

oli

xoac

on

dic

ion

ado

po

rq

ue

mo

pro

du

zp

ara

en

cam

inh

á-lo

,

me

dia

nte

tran

spo

rte

ade

qu

ado

,e

ven

tual

trat

ame

nto

dis

po

siçã

ofi

nal

.Em

Saq

uar

em

a,a

cole

taé

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ap

ort

a-a-

po

rta,

com

oac

on

dic

ion

ame

nto

do

sre

síd

uo

se

msa

cos

plá

stic

os

(sac

ola

sd

esu

pe

rme

rcad

oo

usa

cos

de

lixo

)co

ma

uti

liza

ção

de

veíc

ulo

sco

mp

acta

do

res

con

ven

cio

nai

s.Es

tab

ele

cer

mu

dan

ças

no

sh

ábit

os

da

po

pu

laçã

oe

stim

ula

nd

o

sua

cola

bo

raçã

op

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en

tre

gar

os

resí

du

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de

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ame

nte

sep

arad

os

em

reje

ito

s,ac

on

dic

ion

ado

se

msa

cos

(sac

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s)

plá

stic

os

pre

tos,

reci

cláv

eis

em

saco

s(s

aco

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plá

stic

os

azu

is,

eo

rgân

ico

se

mb

om

bo

nas

(tam

bo

res)

plá

stic

os,

de

po

sita

nd

o-o

s e

m lo

cais

de

term

inad

os,

PEV

's e

EC

OP

ON

TOS.

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)P

OSS

ÍVEI

S FO

NTE

S

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 8

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

09

A 1

3 A

NO

SLO

NG

O P

RA

ZO -

14

A 2

0 A

NO

S

Re

du

ção

de

32%

de

re

síd

uo

s

reci

cláv

eis

e 2

8% d

os

resí

du

os

org

ânic

os

dis

po

sto

s n

o A

terr

o

San

itár

io

Imp

lan

taçã

o d

e 2

Eco

po

nto

s

Re

du

ção

de

40%

de

re

síd

uo

s

reci

cláv

eis

e o

rgân

ico

s

dis

po

sto

s n

o a

terr

o s

anit

ário

Re

du

ção

de

44%

de

re

síd

uo

s

reci

cláv

eis

e 4

9% d

os

resí

du

os

org

ânic

os

dis

po

sto

s n

o a

terr

o

san

itár

io

Re

du

ção

de

55%

de

re

síd

uo

s re

cicl

áve

is

e 6

0% d

e r

esí

du

os

org

ânic

os

dis

po

sto

s

no

ate

rro

san

itár

io

PR

OG

RA

MA

S, P

RO

JETO

S E

ÕES

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l d

e

Saq

ua

rem

a

INEA

Imp

lan

tar

eco

po

nto

s 3.

4.2

200.

000,

00-

--

3.4.

1D

efi

nir

fo

rmas

de

aco

nd

icio

nam

en

to d

e r

esí

du

os

con

ven

cio

nai

s e

re

cicl

áve

is30

.000

,00

--

-

90

PR

OG

RA

MA

3

OB

JETI

VO

3.5

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. N

úm

ero

de

cat

ado

res

incl

uíd

os

no

Pro

gram

a e

m r

ela

ção

ao

s ca

tad

ore

s ca

das

trad

os

ou

est

imad

os;

2. U

tili

zar

ind

icad

ore

s I0

31, I

032,

I033

, I03

4, I0

35, I

038,

I039

, I04

0 e

I053

(SN

IS),

e,

3. N

úm

ero

de

cat

ado

res

e q

uan

tita

tivo

s d

e m

ate

riai

s re

cicl

áve

is c

ole

tad

os

po

r G

rup

os/

Ass

oci

açõ

es/

Co

op

era

tiva

s

MU

NIC

ÍPIO

DE

SAQ

UA

REM

A-

PLA

NO

MU

NIC

IPA

L D

E G

ESTÃ

O IN

TEG

RA

DA

DE

RES

ÍDU

OS

SÓLI

DO

S

LIM

PEZ

A U

RB

AN

A E

MA

NEJ

O D

E R

ESÍD

UO

S SÓ

LID

OS

Ge

stão

Inte

grad

a

Incl

usã

o S

oci

al e

Pro

du

tiva

do

s C

atad

ore

s e

Ap

oio

às

Ass

oci

açõ

es/

Co

op

era

tiva

sFUNDAMENTAÇÃO

De

aco

rdo

com

op

revi

sto

na

Lein

º12

.305

/201

0e

seu

De

cre

toR

egu

lam

en

tad

or

7.40

4/20

10,o

sist

em

ad

eco

leta

sele

tiva

de

resí

du

os

sóli

do

s p

rio

riza

rá a

par

tici

paç

ão d

e c

oo

pe

rati

vas

ou

de

ou

tras

fo

rmas

de

ass

oci

ação

de

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ado

res

de

mat

eri

ais

reu

tili

záve

is e

re

cicl

áve

is

con

stit

uíd

asp

or

pe

sso

asfí

sica

sd

eb

aixa

ren

da.

Ain

da

oP

LAN

AR

ESte

mco

mo

me

taa

incl

usã

oe

fort

ale

cim

en

tod

ao

rgan

izaç

ãod

e

cata

do

res.

No

lixã

od

eSa

qu

are

ma

cerc

ad

e50

cata

do

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tira

mse

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ste

nto

do

loca

l,re

aliz

aro

cad

astr

ame

nto

do

sca

tad

ore

sd

o

mu

nic

ípio

e a

sse

sso

rar

na

con

stit

uiç

ão d

e u

ma

asso

ciaç

ão é

tar

efa

do

mu

nic

ípio

.

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

NO

SLO

NG

O P

RA

ZO -

16

A 2

0 A

NO

S

Cri

ar u

ma

Ass

oci

ação

/Co

op

era

tiva

de

Cat

ado

res

Re

du

ção

de

40%

de

re

síd

uo

s

reci

cláv

eis

dis

po

sto

s n

o a

terr

o

san

itár

io

Re

du

ção

de

44%

de

re

síd

uo

s re

cicl

áve

is

dis

po

sto

s n

o a

terr

o s

anit

ário

Re

du

ção

de

55%

de

re

síd

uo

s re

cicl

áve

is d

isp

ost

os

no

ate

rro

san

itár

io

PR

OG

RA

MA

S, P

RO

JETO

S E

ÕES

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)

3.5.

1

Re

aliz

ar c

amp

anh

a d

e c

adas

tram

en

to d

e t

od

os

os

cata

do

res

de

mat

eri

ais

reci

cláv

eis

da

cid

ade

de

Saq

uar

em

a

10.0

00,0

0-

-

PO

SSÍV

EIS

FON

TES

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l d

e S

aq

ua

rem

a-

91

45.0

00,0

0-

--

Imp

lan

tar

un

idad

e d

e t

riag

em

Imp

lan

tar

o p

rogr

ama

cole

ta s

ele

tiva

so

lid

ária

3.

5.2

--

-

An

alis

ar o

s re

gist

ros

de

CA

NIC

O p

ara

ide

nti

fica

r

os

cata

do

res

de

mat

eri

ais

reci

cláv

eis

cad

astr

ado

s 2.

500,

00-

--

Atu

aliz

ar p

eri

od

icam

en

te o

cad

astr

o d

e c

atad

ore

s

de

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ais

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, de

sito

s, a

par

ista

s,

suca

teir

os

e in

sdú

stri

as r

eci

clad

ora

s

3.5.

4C

riar

ass

oci

ação

de

cat

ado

res

Imp

lan

tar

pro

gram

a d

e a

po

io à

s o

rgan

izaç

õe

s d

e

cata

do

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sis

tem

átic

o e

pe

rman

en

te, i

ncl

uin

do

asse

sso

ria

técn

ica

par

a o

rie

nta

ção

do

man

use

io d

e

risc

o d

e p

rod

uto

s co

leta

do

s p

elo

s ca

tad

ore

s e

par

a

auxí

lio

no

tra

bal

ho

ad

min

istr

ativ

o e

ge

ren

cial

das

Ass

oci

açõ

es

e C

oo

pe

rati

vas

200.

000,

00-

-

20.0

00,0

0-

-

Cri

ar a

mp

lo p

rogr

ama

de

cap

acit

ação

e d

e

alfa

be

tiza

ção

co

m m

eto

do

logi

a ap

rop

riad

a p

ara

est

e s

egm

en

to

3.5.

814

4.00

0,00

288.

000,

0028

8.00

0,00

3.5.

7

3.5.

6

3.5.

3

3.5.

5

20.0

00,0

050

.000

,00

50.0

00,0

0

12.0

00,0

0

240.

000,

00

INEA

Min

isté

rio

da

s C

ida

de

s

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l d

e S

aq

ua

rem

a

Pre

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ura

Mu

nic

ipa

l d

e S

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ua

rem

a

Pre

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ura

Mu

nic

ipa

l d

e S

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ua

rem

a

Pre

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ura

Mu

nic

ipa

l d

e S

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ua

rem

a

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l d

e S

aq

ua

rem

a

- -

50.0

00,0

0

92

PR

OG

RA

MA

3

OB

JETI

VO

3.6

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. U

tili

zaçã

o d

os

ind

icad

ore

s (a

com

pan

ham

en

to)

a se

rem

fix

ado

s p

elo

Min

isté

rio

do

Me

io A

mb

ien

te;

2.

Pe

rce

ntu

al d

e r

esí

du

os

esp

eci

ais

dis

po

sto

s n

o A

terr

o S

anit

ário

;

MU

NIC

ÍPIO

DE

SAQ

UA

REM

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PLA

NO

MU

NIC

IPA

L D

E G

ESTÃ

O IN

TEG

RA

DA

DE

RES

ÍDU

OS

SÓLI

DO

S

LIM

PEZ

A U

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AN

A E

MA

NEJ

O D

E R

ESÍD

UO

S SÓ

LID

OS

Ge

stão

Inte

grad

a

Esta

be

leci

me

nto

de

um

a C

ade

ia d

e R

esp

on

sab

ilid

ade

Am

bie

nta

l a p

arti

r d

a d

efi

niç

ão e

imp

lan

taçã

o d

e P

lan

os

Seto

riai

s

(aco

rdo

s) p

ara

a Lo

gíst

ica

Re

vers

a

FUNDAMENTAÇÃOD

eac

ord

oco

ma

Lei

12.3

05/2

010

ese

uD

ecr

eto

7.40

4/20

10,

fica

mo

bri

gad

os

ae

stru

tura

re

imp

lan

tar

sist

em

asd

e

logí

stic

are

vers

ad

os

pro

du

tos

apó

so

con

sum

o,d

efo

rma

ind

ep

en

de

nte

do

serv

iço

bli

cod

eli

mp

eza

urb

ana

em

ane

jo

de

resí

du

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sóli

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sfa

bri

can

tes,

imp

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res,

dis

trib

uid

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se

com

erc

ian

tes

de

agro

tóxi

cos,

pil

has

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ate

ria,

pn

eu

s,

em

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ns

de

óle

os

lub

rifi

can

tes,

lâm

pad

asfl

uro

resc

en

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pro

du

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ele

trô

nic

os,

be

mco

mo

em

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ns

plá

stic

as,

me

táli

cas

ou

de

vid

ro,

ed

em

ais

pro

du

tos

ee

mb

alag

en

sca

usa

do

ras

de

imp

acto

àsa

úd

ep

úb

lica

eao

me

ioam

bie

nte

.

Par

ata

nto

,oM

un

icíp

iod

eSa

qu

are

ma,

de

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pro

mo

ver

ein

term

ed

iar

os

Aco

rdo

sSe

tori

ais,

de

fin

ind

oro

tas,

cen

tro

sd

e

rece

pçã

o, m

eta

s e

açõ

es

ne

cess

ária

s p

ara

qu

e a

logí

stic

a re

vers

a se

ja im

ple

me

nta

da

em

to

do

o t

err

itó

rio

mu

nic

ipal

.

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)P

OSS

ÍVEI

S FO

NTE

S

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

NO

SLO

NG

O P

RA

ZO -

16

A 2

0 A

NO

S

Pro

mo

ver

e In

term

ed

iar

os

Aco

rdo

s Se

tori

ais

Aco

mp

anh

ar e

Fis

cali

zar

Aco

mp

anh

ar e

Fis

cali

zar

Aco

mp

anh

ar e

Fis

cali

zar

PR

OG

RA

MA

S, P

RO

JETO

S E

ÕES

276.

000,

00Pr

efe

itu

ra M

un

icip

al

de

Saq

ua

rem

a

3.6.

1

Pro

mo

ver

e in

term

ed

iar

os

Aco

rdo

s Se

tori

ais,

est

imu

lan

do

as

em

pre

sas

par

a a

imp

lan

taçã

o d

a

logí

stic

a re

vers

a

10.0

00,0

0-

--

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l d

e

Saq

ua

rem

a

3.6.

2A

com

pan

har

e f

isca

liza

r a

imp

lan

taçã

o d

os

aco

rdo

s

seto

rias

165.

600,

0033

1.20

0,00

331.

200,

00

93

PR

OG

RA

MA

3

OB

JETI

VO

3.7

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l d

e

Saq

ua

rem

a

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l d

e

Saq

ua

rem

a

3.7.

2Im

pla

nta

r a

SMSB

Cri

ar a

SM

SB

Equ

ipe

da

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S

Aco

mp

anh

ar e

Fis

cali

zar

os

serv

iço

s p

rest

ado

s

Equ

ipe

da

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S A

com

pan

har

e

Fisc

aliz

ar o

s se

rviç

os

pre

stad

os

Equ

ipe

da

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S A

com

pan

har

e F

isca

liza

r

os

serv

iço

s p

rest

ado

s

PR

OG

RA

MA

S, P

RO

JETO

S E

ÕES

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. C

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eta

ria

Mu

nic

ipal

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San

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en

to B

ásic

o -

SM

SB

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

NO

SLO

NG

O P

RA

ZO -

16

A 2

0 A

NO

S

MU

NIC

ÍPIO

DE

IGU

AB

A G

RA

ND

E- P

LAN

O M

UN

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AL

DE

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TÃO

INTE

GR

AD

A D

E R

ESÍD

UO

S SÓ

LID

OS

LIM

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A U

RB

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A E

MA

NEJ

O D

E R

ESÍD

UO

S SÓ

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OS

Ge

stão

Inte

grad

a

De

fin

ição

de

mo

de

lo in

stit

uci

on

al

FUNDAMENTAÇÃO

AP

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tíca

Nac

ion

ald

eSa

ne

ame

nto

Bás

ico

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PLA

NSA

B,d

efi

ne

an

ece

ssid

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bo

raçã

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oP

lan

oM

un

icip

al

de

San

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en

toB

ásic

o,a

carg

od

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Mu

nic

ipio

s,ti

tula

res

do

sse

rviç

os

de

san

eam

en

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o,p

od

en

do

de

lega

ra

org

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ação

,a

regu

laçã

o,

afi

scal

izaç

ãoe

ap

rest

ação

de

sse

sse

rviç

os,

no

sTe

rmo

sd

oar

t.21

1d

aC

on

stit

uiç

ão

Fed

era

le

da

LeiN

º11

.107

/200

5.N

oca

sod

eSa

qu

are

ma,

afi

scal

izaç

ãod

os

serv

iço

sd

eli

mp

eza

urb

ana

em

ane

jo

de

resí

du

os

sóli

do

se

stão

aca

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da

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eta

ria

Mu

nic

ipal

de

Tran

spo

rte

se

Serv

iço

sP

úb

lico

se

are

gula

ção

a

carg

od

aA

GEN

ERSA

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cria

ção

de

um

aSe

cre

tari

aM

un

icip

ald

eSa

ne

ame

nto

Bás

ico

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SB,

trar

áao

Mu

nic

ípio

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po

ssib

ilid

ade

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lho

r o

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izar

e f

isca

liza

r o

s se

viço

s d

e s

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ame

nto

bás

ico

do

Mu

nic

ípio

.

-

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)P

OSS

ÍVEI

S FO

NTE

S

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l d

e

Saq

ua

rem

a3.

7.1

Enca

min

har

à C

âmar

a M

un

icip

al m

inu

ta d

e L

ei

par

a cr

iaçã

o d

a SM

SB8.

000,

00-

-

3.7.

3

100.

000,

00-

--

Tre

inam

en

to e

Cap

acit

ação

da

eq

uip

e t

écn

ica

da

SMSB

20.0

00,0

035

.000

,00

35.0

00,0

035

.000

,00

94

PR

OG

RA

MA

3

OB

JETI

VO

3.8

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

Elab

ora

r P

lan

o d

e G

ere

nci

ame

nto

de

Re

síd

uo

s

da

Co

nst

ruçã

o C

ivil

Elab

ora

ção

do

Pla

no

de

Ge

ren

ciam

en

to d

e R

CC

Re

uti

liza

ção

e R

eci

clag

em

do

s

RC

C 5

0%

Re

uti

liaz

ação

e R

eci

clag

em

do

s

RC

C 1

00%

PR

OG

RA

MA

S, P

RO

JETO

S E

ÕES

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)

3.8.

145

.000

,00

--

-

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

NO

SLO

NG

O P

RA

ZO -

16

A 2

0 A

NO

S

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. N

úm

ero

de

áre

as p

úb

lica

s e

/ou

pri

vad

as p

ara

rece

bim

en

to d

e R

CC

;

2. In

dic

ado

r I0

26 (

SNIS

).

MU

NIC

ÍPIO

DE

SAQ

UA

REM

A-

PLA

NO

MU

NIC

IPA

L D

E G

ESTÃ

O IN

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RA

DA

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RES

ÍDU

OS

SÓLI

DO

S

LIM

PEZ

A U

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AN

A E

MA

NEJ

O D

E R

ESÍD

UO

S SÓ

LID

OS

Ge

stão

Inte

grad

a

De

stin

ação

ad

eq

uad

a d

e R

CC

FUNDAMENTAÇÃO

OM

un

icíp

iod

eIg

uab

aG

ran

de

não

po

ssu

iP

lan

od

eG

ere

nci

ame

nto

de

Re

síd

uo

sd

aC

on

stru

ção

Civ

il.

Falt

ad

efi

nir

e

lice

nci

aras

áre

asp

úb

lica

se

/ou

pri

vad

asp

ara

rece

bim

en

toe

dis

po

siçã

od

ess

es

resí

du

os

ten

do

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vist

aa

eli

min

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do

s"b

ota

fora

"cl

and

est

ino

se

não

lice

nci

ado

s,e

ola

nça

me

nto

ind

evi

do

no

Bar

reir

os.

AC

on

sult

aP

úb

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do

PLA

NA

RES

,re

com

en

da

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lim

inaç

ãod

os

Bo

taFo

ra,a

imp

lan

taçã

od

eA

terr

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Cla

sse

A,E

CO

PO

NTO

S,Á

reas

de

Tria

gem

eTr

ansb

ord

o(A

TT),

até

2014

.A

reu

tili

zaçã

oe

reci

clag

em

de

100%

de

RC

D,

em

inst

alaç

õe

sd

ere

cup

era

ção

,at

é20

23.

Tam

mre

com

en

da

até

2014

,a

ela

bo

raçã

od

os

Pla

no

sd

eG

ere

nci

ame

nto

pe

los

gran

de

sge

rad

ore

s,si

ste

ma

de

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ató

rio

do

sge

rad

ore

s,tr

ansp

ort

ado

res

eár

eas

de

de

stin

ação

até

2014

,a

cara

cte

riza

ção

do

sR

CD

ere

jeit

os

ea

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bo

raçã

o d

e d

iagn

óst

ico

qu

anti

tati

vo e

qu

alit

ativ

o d

a ge

raçã

o, c

ole

ta e

de

stin

ação

até

201

4. P

OSS

ÍVEI

S FO

NTE

S

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l d

e

Saq

ua

rem

a

95

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l d

e

Saq

ua

rem

a

Cri

ar le

gisl

ação

esp

ecí

fica

par

a ge

ren

ciam

en

to

de

RC

C

---

3.8.

58.

000,

00-

--

3.8.

4C

riar

ince

nti

vos

par

a in

icia

tiva

pri

vad

a im

pla

nta

r

cen

tral

de

pro

cess

ame

nto

de

RC

C-

--

3.8.

3Im

pla

nta

r EC

OP

ON

TOS

e Á

reas

de

Tri

age

m e

Tran

sbo

rdo

(A

TT)

-39

8.00

0,00

-

3.8.

2

Cad

astr

ar e

lice

nci

ar á

reas

bli

cas

e/o

u

pri

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as p

ara

rece

bim

en

to e

dis

po

siçã

o d

os

resí

du

os

(ate

rro

cla

sse

A)

e e

lim

inaç

ão d

os

"bo

ta-f

ora

"

--

-Pr

efe

itu

ra M

un

icip

al

de

Saq

ua

rem

a

INEA

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l d

e

Saq

ua

rem

a

96

PR

OG

RA

MA

3

OB

JETI

VO

3.9

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

3.9.

150

.000

,00

--

-

3.9.

2-

--

-

3.9.

319

7.60

0,00

331.

200,

0033

1.20

0,00

276.

000,

00

3.9.

4-

--

-P

ree

nci

me

nto

e e

nvi

o d

os

dad

os

de

Lim

pe

za

Urb

ana

e M

ane

jo d

e R

esí

du

os

Sóli

do

s ao

SN

IS

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l d

e

Saq

ua

rem

a

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. S

afis

façã

o d

a p

op

ula

ção

co

m o

s se

rviç

os

de

Lim

pe

za U

rban

a;

2. P

on

tos

de

de

scar

te ir

regu

lare

s n

o m

un

icíp

io

MU

NIC

ÍPIO

DE

SAQ

UA

REM

A-

PLA

NO

MU

NIC

IPA

L D

E G

ESTÃ

O IN

TEG

RA

DA

DE

RES

ÍDU

OS

SÓLI

DO

S

LIM

PEZ

A U

RB

AN

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MA

NEJ

O D

E R

ESÍD

UO

S SÓ

LID

OS

Ge

stão

Inte

grad

a

Ge

ren

ciam

en

to d

os

serv

iço

s d

e L

imp

eza

Urb

ana

FUNDAMENTAÇÃO

De

aco

rdo

com

op

revi

sto

na

Lei

11.4

45/2

007

ese

uD

ecr

eto

Re

gula

me

nta

do

rn

º7.2

17/2

010,

os

serv

iço

sp

úb

lico

sd

e

san

eam

en

tob

ásic

op

oss

ue

mn

atu

reza

ess

en

cial

ed

eve

rão

ser

pre

stad

os

com

bas

ee

mal

gun

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rin

cíp

ios,

sen

do

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pri

nci

pai

sa

un

ive

rsal

izaç

ãod

oac

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o;

inte

gral

idad

e,

com

pre

en

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aco

mo

oco

nju

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de

tod

asas

ativ

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es

e

com

po

ne

nte

sd

eca

da

um

do

sd

ive

rso

sse

rviç

os

de

san

eam

en

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ásic

o,

pro

pic

ian

do

àp

op

ula

ção

oac

ess

on

a

con

form

idad

ed

esu

asn

ece

ssid

ade

se

max

imiz

and

oa

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cáci

ad

asaç

õe

se

resu

ltad

os

ese

gura

nça

,q

ual

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ee

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lari

dad

e.

Atu

alm

en

teo

sse

rviç

os

de

Lim

pe

zaU

rban

asã

oe

xecu

tad

os

po

re

mp

resa

terc

eir

izad

a,n

ãoh

ave

nd

o

regi

stro

s d

e f

isca

liza

ção

e c

on

tro

le d

os

serv

iço

s p

rest

ado

s.

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)P

OSS

ÍVEI

S FO

NTE

S

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

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OS

CU

RTO

PR

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- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

NO

SLO

NG

O P

RA

ZO -

16

A 2

0 A

NO

S

Cri

ar C

en

tral

de

Ate

nd

ime

nto

e

Info

rmaç

õe

s; C

riar

Dis

qu

e-

De

nci

a e

Me

lho

rar

Fisc

aliz

ação

Fisc

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e a

utu

açõ

es

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e A

utu

açõ

es

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e A

utu

açõ

es

PR

OG

RA

MA

S, P

RO

JETO

S E

ÕES

Me

lho

ria

da

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aliz

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Cri

ar D

isq

ue

-de

nci

a

Cri

ar u

ma

Ce

ntr

al d

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ten

dim

en

to e

Info

rmaç

õe

sPr

efe

itu

ra M

un

icip

al

de

Saq

ua

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a

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l d

e

Saq

ua

rem

a

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l d

e

Saq

ua

rem

a

97

PR

OG

RA

MA

3

OB

JETI

VO

3.10

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

3.10

.116

5.60

0,00

331.

200,

0033

1.20

0,00

276.

000,

00Fi

scal

izar

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l d

e

Saq

ua

rem

a

Fisc

aliz

arFi

scal

izar

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aliz

arFi

scal

izar

PR

OG

RA

MA

S, P

RO

JETO

S E

ÕES

DIG

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ÃO

PR

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S/IN

VES

TIM

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OSS

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S

MET

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IATA

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MÉD

IO P

RA

ZO -

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SLO

NG

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0 A

NO

S

MU

NIC

ÍPIO

DE

SAQ

UA

REM

A-

PLA

NO

MU

NIC

IPA

L D

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ESTÃ

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TEG

RA

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DE

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ÍDU

OS

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S SÓ

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Inte

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aliz

ar o

s ge

rad

ore

s d

e R

esí

du

os

de

Se

rviç

o d

e S

aúd

e -

RSS

FUNDAMENTAÇÃO

São

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99

6 ESTUDO ECONÔMICO-FINANCEIRO PARA O SISTEMA DE LIMPEZA URBANA

E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

6.1 Investimentos

A partir dos programas, projetos e ações propostos, foi possível estabelecer um

cronograma físico-financeiro para os investimentos na área de Limpeza Urbana e

Manejo de Resíduos Sólidos, divididas em imediato, curto, médio e longo prazos.

A seguir estão apresentados detalhadamente os custos projetados por programas:

Tabela 17 - Investimentos Programa Produção/ Redução de Resíduos

Tabela 18 - Investimentos Programa Disposição Final

IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

1.1.1 60.000,00R$ - - -

1.1.2 486.000,00R$ - -R$ -R$

soma 546.000,00R$ -R$ -R$ -R$

total

1.2.1 60.000,00R$ - - -

1.2.2 118.602,00R$

soma 60.000,00R$ 118.602,00R$ -R$ -R$

total

1.3.1 45.000,00R$ 45.000,00R$ 45.000,00R$ 45.000,00R$

soma 45.000,00R$ 45.000,00R$ 45.000,00R$ 45.000,00R$

total

1.4.1 - - - -

soma -R$ -R$ -R$ -R$

total

soma 651.000,00R$ 163.602,00R$ 45.000,00R$ 45.000,00R$

total

1.3 Realizar a caracterização

dos resíduos sólidos urbanos

gerados no município 180.000,00R$

1.1 Implantar Sistema de

Coleta Seletiva de Materiais

Recicláveis546.000,00R$

178.602,00R$

TOTAL DE INVESTIMENTOS

NECESSÁRIOS 904.602,00R$

1.2 Implantar sistema de

coleta seletiva de materiais

orgânicos

CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO

PROGRAMA OBJETIVO CÓD.PRAZOS

1. P

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1.4 Apoiar e dar manutenção

ao Projeto de coleta de óleo

vegetal usado -R$

IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

2.2.1 14.289.690,46R$ - - -

2.2.2 - 618.085,83R$ 699.534,78R$ 802.438,82R$

2.2.3 60.000,00R$ - - -

2.2.4 - 500.000,00R$ - -

2.2.5 10.500,00R$ 21.000,00R$ 21.000,00R$ 17.500,00R$

soma 14.360.190,46R$ 1.139.085,83R$ 720.534,78R$ 819.938,82R$

total

soma 14.360.190,46R$ 1.139.085,83R$ 720.534,78R$ 819.938,82R$

total

OBJETIVO CÓD.PRAZOS

17.039.749,89R$

2.1 Projeto, remediação, lacre

do atual lixão e Implantação

do CTDR Saquarema

TOTAL DE INVESTIMENTOS

NECESSÁRIOS 17.039.749,89R$

100

Tabela 19 - Investimentos Programa Gestão Integrada de Resíduos

IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

3.1.1 30.000,00R$ - - -

3.1.2 -R$ - - -

3.1.3 - -R$ -R$ -R$

soma 30.000,00R$ -R$ -R$ -R$

total

3.2.1 8.000,00R$ - - -

soma 8.000,00R$ -R$ -R$ -R$

total

3.3.1-R$ - - -

soma -R$ -R$ -R$ -R$

total

3.4.1 30.000,00R$ - - -

3.4.2 200.000,00R$ - - -

soma 230.000,00R$ -R$ -R$ -R$

total

3.5.1 10.000,00R$ - - -

3.5.2 20.000,00R$ - - -

3.5.3 200.000,00R$

3.5.4 45.000,00R$

3.5.5 12.000,00R$

3.5.6 2.500,00R$

3.5.7 20.000,00R$ 50.000,00R$ 50.000,00R$ 50.000,00R$

3.5.8 144.000,00R$ 288.000,00R$ 288.000,00R$ 240.000,00R$

soma 453.500,00R$ 338.000,00R$ 338.000,00R$ 290.000,00R$

total

3.6.1 10.000,00R$ - - -

3.6.2 165.600,00R$ 331.200,00R$ 331.200,00R$ 276.000,00R$

soma 175.600,00R$ 331.200,00R$ 331.200,00R$ 276.000,00R$

total

3.7.1 8.000,00R$ - - -

3.7.2 100.000,00R$ - - -

3.7.3 20.000,00R$ 35.000,00R$ 35.000,00R$ 35.000,00R$

soma 128.000,00R$ 35.000,00R$ 35.000,00R$ 35.000,00R$

total

3.8.1 45.000,00R$ - - -

3.8.2 - - - -

3.8.3 - 398.000,00R$ - -

3.8.4 - - - -

3.8.5 8.000,00R$ - - -

soma 53.000,00R$ 398.000,00R$ -R$ -R$

total

3.9.1 50.000,00R$ - - -

3.9.2 - -R$ - -

3.9.3 197.600,00R$ 331.200,00R$ 331.200,00R$ 276.000,00R$

3.9.4 - -R$ - -

soma 247.600,00R$ 331.200,00R$ 331.200,00R$ 276.000,00R$

total

3.10.1 165.600,00R$ 331.200,00R$ 331.200,00R$ 276.000,00R$

soma 165.600,00R$ 331.200,00R$ 331.200,00R$ 276.000,00R$

total

soma 1.491.300,00R$ 1.764.600,00R$ 1.366.600,00R$ 1.153.000,00R$

total

1.186.000,00R$

TOTAL DE INVESTIMENTOS

NECESSÁRIOS

3.8 Destinação adequada de

RCC

5.775.500,00R$

8.000,00R$

-R$

230.000,00R$

1.419.500,00R$

451.000,00R$

3.9 Gerenciamento dos

serviços de Limpeza Urbana

3.10 Fiscalizar os geradores de

Resíduos de Serviço de Saúde -

RSS 1.104.000,00R$

OBJETIVO CÓD.PRAZOS

3.1 Sustentabilidade do

sistema de acordo com a Lei

nº 11.445/2007

30.000,00R$

3.3 Regulação dos serviços

prestados

3.2 Definição de

procedimentos específicos

para os grandes geradores

3.4 Padronização do

Acondicionamento de

Resíduos

Domiciliares/Comerciais para

1.114.000,00R$

3.5 Inclusão Social e Produtiva

dos Catadores e Apoio às

Associações/Cooperativas

233.000,00R$

3.6 Estabelecimento de uma

Cadeia de Responsabilidade

Ambiental a partir da

definição e implantação de

Planos Setoriais (acordos)

para a Logística Reversa

3.7 Definição de modelo

institucional

101

Tabela 20 - Investimentos Programa Educação Ambiental

Tabela 21 - Resumo dos Investimentos

Nota-se pela Tabela 21, que os investimentos para Limpeza Urbana e Manejo de RSU

estão diluídos entre os 20 anos do Plano, considerando imediato, curto, médio e longo

prazos.

Na Tabela 22, a seguir, pode-se observar que os investimentos estão concentrados no

Programa de Disposição Final, devido a implantação do CTDR Saquarema. O valor

médio anual foi feito pela divisão do custo total pelos 20 anos.

IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

4.1.1 150.000,00R$ - - -

4.1.2 3.039.882,30R$ 6.079.764,60R$ 6.079.764,60R$ 5.066.470,50R$

4.1.3 75.000,00R$ 150.000,00R$ 150.000,00R$ 150.000,00R$

soma 3.264.882,30R$ 6.229.764,60R$ 6.229.764,60R$ 5.216.470,50R$

total

soma 3.264.882,30R$ 6.229.764,60R$ 6.229.764,60R$ 5.216.470,50R$

total

OBJETIVO CÓD.PRAZOS

4.1 Elaborar e Implementar de

Programa de Educação

Ambiental

20.940.882,00R$

TOTAL DE INVESTIMENTOS

NECESSÁRIOS 20.940.882,00R$

IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

1. Produção/Redução de

Resíduos651.000,00R$ 163.602,00R$ 45.000,00R$ 45.000,00R$

2. Disposição final 14.360.190,46R$ 1.139.085,83R$ 720.534,78R$ 819.938,82R$

3. Gestão Integrada 1.491.300,00R$ 1.764.600,00R$ 1.366.600,00R$ 1.153.000,00R$

4. Educação Ambiental 3.264.882,30R$ 6.229.764,60R$ 6.229.764,60R$ 5.216.470,50R$

Soma 19.767.372,76R$ 9.297.052,43R$ 8.361.899,38R$ 7.234.409,32R$

TOTAL

QUADRO-RESUMO DO CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO

PROGRAMAPRAZOS

44.660.733,89R$

102

Tabela 22 - Resumo dos Investimentos por Programa

Foi possível também, estimar valores de investimentos por fontes de recursos, sendo

elas Prefeitura Municipal, INEA, Funasa e Ministério das Cidades.

As tabelas a seguir demonstram, por programas, quais as possíveis fontes de recursos:

Tabela 23 - Despesas por fonte de recursos para o Programa Produção / Redução de Resíduos

Tabela 24 - Despesas por fonte de recursos para o Programa Disposição Final

1. Produção/Redução de

Resíduos904.602,00R$ 45.230,10R$

2. Destinação Final 17.039.749,89R$ 851.987,49R$

3. Gestão Integrada 5.775.500,00R$ 288.775,00R$

4. Educação Ambiental 20.940.882,00R$ 1.047.044,10R$

TOTAL 44.660.733,89R$ 2.233.036,69R$

INVESTIMENTOS POR PROGRAMA

PROGRAMATOTAL DE

INVESTIMENTOSVALOR MÉDIO ANUAL

Programa 1. Produção/

Redução de ResíduosValor total (20 anos) Valor médio anual

Prefeitura Municipal 904.602,00R$ 45.230,10R$

INEA - -

Ministério das Cidades - -

TOTAL 904.602,00R$ 45.230,10R$

DESPESAS ESTIMADAS POR FONTE DE RECURSOS

Programa 2. Disposição Final Valor total (20 anos) Valor médio anual

Prefeitura Municipal 2.750.059,43R$ 137.502,97R$

INEA 14.289.690,46R$ 714.484,52R$

Ministério das Cidades -R$ -R$

TOTAL 17.039.749,89R$ 851.987,49R$

DESPESAS ESTIMADAS POR FONTE DE RECURSOS

103

Tabela 25 - Despesas por fonte de recursos para o Programa Gestão Integrada

Tabela 26 - Despesas por fonte de recursos para o Programa Educação Ambiental

Portanto, pode-se concluir que os investimentos necessários para os próximos 20 anos

na área de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos no município de Saquarema,

estarão concentrados como fonte de recursos o INEA, com a implantação do CTDR

Saquarema, seguido pela Prefeitura Municipal (Tabela 27).

Tabela 27 - Resumo de Investimentos por Fonte de Recursos

Programa 3. Gestão Integrada Valor total (20 anos) Valor médio anual

Prefeitura Municipal 4.957.500,00R$ 247.875,00R$

INEA 618.000,00R$ 30.900,00R$

Ministério das Cidades 200.000,00R$ 10.000,00R$

TOTAL 5.775.500,00R$ 288.775,00R$

DESPESAS ESTIMADAS POR FONTE DE RECURSOS

Programa 4. Educação

AmbientalValor total (20 anos) Valor médio anual

Prefeitura Municipal 20.940.882,00R$ 1.047.044,10R$

INEA - -

Ministério das Cidades - -

TOTAL 20.940.882,00R$ 1.047.044,10R$

DESPESAS ESTIMADAS POR FONTE DE RECURSOS

Despesa Total Valor total (20 anos) Valor médio anual

Prefeitura Municipal 29.553.043,43R$ 1.477.652,17R$

INEA 14.907.690,46R$ 745.384,52R$

Ministério das Cidades 200.000,00R$ 10.000,00R$

TOTAL 44.660.733,89R$ 2.233.036,69R$

DESPESAS ESTIMADAS POR FONTE DE RECURSOS

104

6.2 Memorial de Cálculo

Tabela 28 - Memorial de Cálculo Programa 1

1.1.1

1.1.2

1.2.1

1.2.2

1.3.1

1.4.1

OBJETIVO 1.4 Minimizar o descarte de óleo vegetal usado nas galerias de águas pluviais e esgotos sanitários

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

Apoiar e dar manutenção ao

Projeto de coleta de óleo vegetal

usado pelas escolas municipais

-

Contratação de estudo de

caracterização

Contratação de consultoria especializada para elaboração do estudo de

Caracterização Gravimétrica de resíduos 300 horas de trabalho a R$

150,00/hora = R$ 45.000,00, foi considerado um estudo a cada 5 anos

Elaboração do Plano de coleta

seletiva de materiais orgânicos

para a compostagem/

vermicompostagem

Implantação do sistema

Contratação de consultoria especializada para elaboração do Plano de

Coleta Seletiva Resíduos Sólidos Orgânicos para

Compostagem/Vermicompostagem/ Bioenergia/Briquetagem 400 horas

de trabalho a R$ 150,00/hora = R$ 60.000,00

Aquisição, por parte da empressa concessionária, dos caminhões para

transporte de bombonas de plásticos com tampa; aquisição de 20

bombonas por caminhão + 20 bombonas de reposição (total = 40

tambores). 80 bombonas de plástico com tampa (200 l) Tipo Azeitona

Tampa Rosca = R$ 55,00 (unitário) = R$ 4.400,00

1 Caminhão Iveco Daily Chassi 35S14 CS 3450, ou similar = R$ 99.202,00

1 carrocerias adaptada para transporte de tambores, com plataforma

elevatória Serro Carrocerias ou similar = R$ 15.000,00

OBJETIVO 1.3 Realizar a caracterização dos resíduos sólidos urbanos gerados no município

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

Adquirir veículo com carroceria

apropriada Caminhão Baú WV 7100 ou similar = R$ 162.000,00 x 3 = R$ 486.000,00

OBJETIVO 1.2 Implantar do sistema de coleta seletiva de materiais orgânicos

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

Elaborar Plano de Coleta Seletiva

para materiais recicláveis

Contratação de consultoria especializada para elaboração do Plano de

Coleta Seletiva para materiais recicláveis

400 horas de trabalho a R$ 150,00/hora = R$ 60.000,00

PROGRAMA 1 - PRODUÇÃO DE RESÍDUOSOBJETIVO 1.1 Implantar Sistema de Coleta Seletiva de Materiais Recicláveis

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

105

Tabela 29 - Memorial de Cálculo Programa 2

2.2.1

2.2.2

2.2.3

2.2.4

2.2.5 Monitorar a área

Valores análises laboratoriais da amostra do

poço de monitoramento, valor estimado R$

3.500,00 por ano

PROGRAMA 2 - DISPOSIÇÃO FINAL

OBJETIVO 2.1 Projeto e remediação do antigo lixão

Elaborar projeto de remediação

Contratação de consultoria especializada para

elaboração da remediação do antigo lixão 400

horas de trabalho a R$ 150,00/hora = R$ 60.000,00

Executar as obras Valor estimado R$500.000,00

Operar o CTDR SaquaremaValor estimado no RAS do CTDR, Quadro 1.2.20-

1: Plano de avanço do CTDR.

Implantar o CTDR SaquaremaValor estimado no RAS do CTDR, Quadro 1.2.23-2:

Cronograma físico-financeiro de implantação do

empreendimento.= R$14.289.690,46

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

106

Tabela 30 - Memorial de Cálculo Programa 3

Aquisição de equipamentos (balança, prensa, esteira,

baias, tambores, carrinhos para transporte,

empilhadeira, material de informática e escritório) =

R$ 100.000,00

3.5.2

3.5.3

Implantar o programa coleta seletiva solidária

Adequar unidade de triagem existente

Valor estimado =R$ 50.000,00

OBJETIVO 3.5 Inclusão Social e Produtiva dos Catadores e Apoio às Associações/Cooperativas

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

3.5.1

Realizar campanha de cadastramento de todos os

catadores de materiais recicláveis da cidade de

Saquarema

Valor estimado = 20.000,00

3.4.2

Definir formas de acondicionamento de resíduos

convencionais e recicláveis

Implantar ecopontos

-

Valor estimado = 200.000,00

OBJETIVO 3.4 Padronização do Acondicionamento de Resíduos Domiciliares/Comerciais para a Coleta

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

3.4.1

3.3.1 Estabeler contrato de regulação com a AGENERSA -

OBJETIVO 3.2 Definição de procedimentos específicos para os grandes geradores

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

3.2.1

Criar legislação específica para o manejo de

resíduos sólidos urbanos no município, com a

definição de grandes geradores

Elaboração de minuta de lei. Valor estimado =

R$8.000,00

PROGRAMA 3 - GESTÃO INTEGRADAOBJETIVO 3.1 Sustentabilidade do sistema de acordo com a Lei nº 11.445/2007

CÓD.

3.1.1Definir a nova taxa de lixo, desvinculada do IPTU,

através de contrato com empresa de Engenharia

3.1.2 Institucionalizar a cobrança desvinculada do IPTU

3.1.3

Cobrar a taxa de manjo de resíduos sólidos

urbanos, desvinculada do IPTU, através da conta

de água ou conta de energia

DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

Contratação de consultoria especializada para

elaboração de estudo para definir nova taxa de

manejo de RSU 200 horas de trabalho a R$ 150,00/hora

= R$ 30.000,00

-

-

OBJETIVO 3.3 Regulação dos serviços prestados

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

107

3.7.2

3.7.3

Encaminhar à Câmara Municipal minuta de Lei

para criação da SMSB

Implantar a SMSB e manutenção

Treinamento e Capacitação da equipe técnica da

SMSB

Elaboração de minuta de lei. Valor estimado =

R$8.000,00

Valor estimado = 100.000,00

Treinamento de 20 técnicos, curso de 16hrs,

R$1.000/técnico, 20.000,00

OBJETIVO 3.7 Definição de modelo institucional

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

3.7.1

3.6.2

Promover e intermediar os Acordos Setoriais,

estimulando as empresas para a implantação da

logística reversa

Acompanhar e fiscalizar a implantação dos

acordos setorias

Valor estimado= R$ 10.000,00

Contratação de equipe de fiscalização dos acordos

setoriais da logística reversa, constituída por 2

técnicos R$ 2.300,00/mês ou R$ 55.200,00/ano

OBJETIVO 3.6 Estabelecimento de uma Cadeia de Responsabilidade Ambiental a partir da definição e

implantação de Planos Setoriais (acordos) para a Logística Reversa

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

3.6.1

Contratação de 1 equipe com 3 técnicos para auxiliar

na criação da associação de catadores. Valor estimado

= R$ 3.000,00 x 3 = R$ 7.500,00/mês x 6 meses = R$

45.000,00

Contratação de 1 equipe com 2 técnicos para

atualização cadastramento. Valor estimado = R$

2.000,00 x 2 = R$ 4.000,00/mês x 3 meses = R$ 12.000,00

Valor estimativo = R$ 6.000,00 a cargo de funcionários

da Secretaria de Meio Ambiente

Reunir técnicos das entidades representativas do

setor para definição do programa. Valor estimado = R$

20.000,00

3.5.8

Criar amplo programa de capacitação e de

alfabetização com metodologia apropriada para

este segmento

Contratação de equipe especializada (1 pedagogo)

para alfabetização e capacitação de catadores. Valor

estimado = R$ 4.000,00/mês = R$ 48.000,00/ano

3.5.5

3.5.6

3.5.7

Atualizar periodicamente o cadastro de catadores

de materiais recicláveis, depósitos, aparistas,

sucateiros e insdústrias recicladoras

Analisar os registros de CADÚNICO para identificar

os catadores de materiais recicláveis cadastrados

Implantar programa de apoio às organizações de

catadores, sistemático e permanente, incluindo

assessoria técnica para orientação do manuseio

de risco de produtos coletados pelos catadores e

para auxílio no trabalho administrativo e gerencial

das Associações e Cooperativas

3.5.4 Criar associação de catadores

108

3.9.1

3.9.2

3.9.3

3.10.1

Criar uma Central de Atendimento e Informações

Criar Disque-denúncia

Melhoria da Fiscalização

Valor estimado = R$50.000,00

-

Aquisição de 1 carro (Gol VW) = R$ 32.000,00

Contratação de 2 técnicos, R$2.300,00/mês X 2 ou

R$55.200,00/ano

Elaboração de minuta de lei. Valor estimado =

R$8.000,00

OBJETIVO 3.9 Gerenciamento dos serviços de Limpeza Urbana

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

3.8.5

Cadastrar e licenciar áreas públicas e/ou privadas

para recebimento e disposição dos resíduos

(aterro classe A) e eliminação dos "bota-fora"

Implantar ECOPONTO e Áreas de Triagem e

Transbordo (ATT)

Criar incentivos para iniciativa privada implantar

central de processamento de RCC

Criar legislação específica para gerenciamento de

RCC

3.8.2

3.8.3

3.8.4

-

Aquisição de 1 terreno com área aproximada de 450

m² com valor médio de R$ 430,00/m² = R$ 193.500,00

Cercamento da área, portão e guarita = R$ 4.500,00

(unitário) Construção Civil, valor estimado

R$200.000,00

-

OBJETIVO 3.8 Destinação adequada de RCC

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

3.8.1

Contratação de consultoria especializada para

elaboração do PGRCC 300 horas de trabalho a R$

150,00/hora = R$ 45.000,00

Elaborar Plano de Gerenciamento de Resíduos da

Construção Civil- PGRCC

OBJETIVO 3.10 Fiscalizar os geradores de Resíduos de Serviço de Saúde - RSS

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

Fiscalizar

Contratação de equipe de fiscalização dos geradores

de RSS, constituída por 2 técnicos. R$ 4.600,00/mês ou

R$ 55.200,00/ano

109

Tabela 31 - Memorial de Cálculo Programa 4

6.3 Custos Operacionais dos Serviços de Limpeza Urbana

Com base nos custos operacionais levantados no Diagnóstico do Plano (PRODUTO 5),

foram projetados os custos operacionais da prestação de serviços de limpeza urbana e

manejo de resíduos sólidos.

Foi considerando na projeção dos custos a correção monetária de 6% ao ano, com base

na média do IPCA dos anos de 2010, 2011 e 2012 (Tabela 32). Cabe observar que

estes custos estarão sujeitos a variações decorrentes do processo de licitação a que

serão submetidos.

Tabela 32 - Média do IPCA

Fonte: IBGE, 2013

4.1.3 Formação de Educadores AmbientaisTreinamento de 30 educadores ambientais,

curso de 32hrs, R$2.500/técnico, R$75.000,00

PROGRAMA 4 - EDUCAÇÃO AMBIENTALOBJETIVO 4.1 Elaborar e Implementar de Programa de Educação Ambiental

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

4.1.2

Elaborar o Programa

Implantar o Programa ( Comunição

para Ed. Ambiental, oficinas, fóruns,

workshops...etc)

Contratação de consultoria especializada para

elaboração Programa de Educação Ambiental

350 horas de trabalho a R$ 150,00/hora = R$

52.500,00

Valor estimado= R$ 13,65/hab.ano

4.1.1

ANO IPCA (%)

2010 5,79

2011 6,55

2012 5,77

Média 6,04

110

Os custos operacionais dos serviços de limpeza urbana foram estimados, de acordo

com os seguintes parâmetros:

- Para os serviços de varrição, capina, roçagem e poda, que atualmente é

realizado pela empresa NP CONTRUÇÕES E SERVIÇOS (Tabela 33).

Tabela 33 - Custos operacionais de Limpeza Urbana

Ano

Custos operacionais Limpeza Urbana

Varrição, Capina, Roçagem e Poda

2012 R$ 7.216.781,16

2013 R$ 7.649.788,03

2014 R$ 8.108.775,31

2015 R$ 8.595.301,83

2016 R$ 9.111.019,94

2017 R$ 9.657.681,14

2018 R$ 10.237.142,00

2019 R$ 10.851.370,52

2020 R$ 11.502.452,76

2021 R$ 12.192.599,92

2022 R$ 12.924.155,92

2023 R$ 13.699.605,27

2024 R$ 14.521.581,59

2025 R$ 15.392.876,48

2026 R$ 16.316.449,07

2027 R$ 17.295.436,02

2028 R$ 18.333.162,18

2029 R$ 19.433.151,91

2030 R$ 20.599.141,02

2031 R$ 21.835.089,48

2032 R$ 23.145.194,85

2033 R$ 24.533.906,54 Fonte: SERENCO, 2013

Os custos operacionais dos serviços de manejo de resíduos sólidos foram estimados, de

acordo com os seguintes parâmetros:

- Coleta e transporte de resíduos sólidos urbanos domiciliares/comerciais,

atualmente realizado pela empresa THALLIS;

- Manutenção do Lixão de Saquarema realizado pela empresa THALLIS;

111

- Locação da área do Lixão;

Na projeção dos custos de Manejo de Resíduos Sólidos foi aplicado a correção

monetária de 6% ao ano (Tabela 34).

Tabela 34- Custos Operacionais de Manejo de RSU

Fonte: SERENCO, 2013

Analisando a composição dos custos, é possível perceber que a coleta e o transporte de

resíduos tem um custo bem mais elevado que a manutenção do lixão e locação da área

(Figura 25), otimizar esta atividade poderá contribuir com a redução destes valores.

Coleta e transporte de

resíduos sólidos

urbanos

domiciliares/comerciais

Manutenção do Lixão

de Saquarema

Aluguel da área do

Lixão

Total Serviços

terceirizados

Manejo de RSU

2013 R$ 3.040.084,07 R$ 1.136.018,93 R$ 235.936,54 R$ 4.412.039,53

2014 R$ 3.222.489,11 R$ 1.204.180,06 R$ 250.092,73 R$ 4.676.761,91

2015 R$ 3.415.838,46 R$ 1.276.430,87 R$ 265.098,29 R$ 4.957.367,62

2016 R$ 3.620.788,77 R$ 1.353.016,72 R$ 281.004,19 R$ 5.254.809,68

2017 R$ 3.838.036,10 R$ 1.434.197,72 R$ 297.864,44 R$ 5.570.098,26

2018 R$ 4.068.318,26 R$ 1.520.249,58 R$ 315.736,31 R$ 5.904.304,15

2019 R$ 4.312.417,36 R$ 1.611.464,56 R$ 334.680,49 R$ 6.258.562,40

2020 R$ 4.571.162,40 R$ 1.708.152,43 R$ 354.761,32 R$ 6.634.076,15

2021 R$ 4.845.432,14 R$ 1.810.641,58 R$ 376.047,00 R$ 7.032.120,72

2022 R$ 5.136.158,07 R$ 1.919.280,07 R$ 398.609,82 R$ 7.454.047,96

2023 R$ 5.444.327,55 R$ 2.034.436,88 R$ 422.526,41 R$ 7.901.290,84

2024 R$ 5.770.987,21 R$ 2.156.503,09 R$ 447.877,99 R$ 8.375.368,29

2025 R$ 6.117.246,44 R$ 2.285.893,27 R$ 474.750,67 R$ 8.877.890,39

2026 R$ 6.484.281,23 R$ 2.423.046,87 R$ 503.235,71 R$ 9.410.563,81

2027 R$ 6.873.338,10 R$ 2.568.429,68 R$ 533.429,85 R$ 9.975.197,64

2028 R$ 7.285.738,39 R$ 2.722.535,46 R$ 565.435,64 R$ 10.573.709,50

2029 R$ 7.722.882,69 R$ 2.885.887,59 R$ 599.361,78 R$ 11.208.132,07

2030 R$ 8.186.255,65 R$ 3.059.040,85 R$ 635.323,49 R$ 11.880.619,99

2031 R$ 8.677.430,99 R$ 3.242.583,30 R$ 673.442,90 R$ 12.593.457,19

2032 R$ 9.198.076,85 R$ 3.437.138,30 R$ 713.849,47 R$ 13.349.064,62

2033 R$ 9.749.961,46 R$ 3.643.366,59 R$ 756.680,44 R$ 14.150.008,50

Ano

Custos operacionais Manejo de RSU

112

Figura 25 - Custos operacionais Manejo de RSU

Fonte: SERENCO, 2013

6.4 Receitas e Sustentabilidade

Em termos da remuneração dos serviços, o sistema pode ser dividido em serviços de

limpeza urbana (capina, roçada, poda e varrição) e em manejo de resíduos sólidos,

considerando os serviços de coleta, transporte, tratamento e disposição final de resíduos

sólidos domiciliares/comerciais.

Os serviços de limpeza urbana não podem ser cobrados dos munícipes por serem

serviços indivisíveis. Já os serviços de manejo de resíduos sólidos podem ser cobrados

através de taxa, conforme proposto no presente Plano.

De acordo com o Código Tributário Nacional:

Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos

Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o

exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço

público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.

113

Parágrafo único . A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos

que correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas.

(Redação dada pelo Ato Complementar nº 34, de 30.1.1967)

Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que,

limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou a

abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à

higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício

de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder

Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos

individuais ou coletivos. ( Redação dada pelo Ato Complementar nº 31, de

28.12.1966 )

Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando

desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância

do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária,

sem abuso ou desvio de poder.

Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se:

I - utilizados pelo contribuinte:

a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título;

b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua

disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento;

II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de

intervenção, de unidade, ou de necessidades públicas;

III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada

um dos seus usuários.

Os outros serviços relativos à limpeza urbana como a retirada de entulhos em geral,

resíduos da construção civil, e etc. são considerados serviços esporádicos. De acordo

com a proposta apresentada neste plano, os pequenos geradores de resíduos são

aqueles que geram até 100L/dia, portanto a coleta será incluída no sistema limpeza

urbana. É preciso que a prefeitura garanta, por meios políticos, as dotações

orçamentárias que sustentem adequadamente o custeio e os investimentos no sistema.

114

Pelo Código Tributário Municipal, Capitulo II, observa-se que a Taxa de Coleta do Lixo,

Art. 265 - A taxa será devida anualmente, por unidade imobiliária edificada e calculada

em função da utilização do imóvel e da cubagem recolhida. Atualmente a Taxa de Coleta

do Lixo é lançada anualmente, junto ao talão do IPTU.

O valor arrecadado com a Taxa de Coleta de Lixo, vinculada ao IPTU no exercício de

2011, foi de R$ 709.413,31. Pela Meta proposta neste plano deverá ser criada uma taxa

de manejo de RSU e está não deverá ser vinculada ao IPTU. Sugerimos que seja

cobrada junto a conta de água ou de luz, como já ocorre em outros municípios

brasileiros. Com o objetivo de aumentar a arrecadação, devido a queda da

inadimplência. . No caso da cobrança pela conta de água ou luz, a concessionária

repassaria os valores da taxa de resíduos sólidos diretamente à Prefeitura.

Para o custeio dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, as

alternativas de recursos são a cobrança de uma taxa, ou subsídio (proveniente do ICMS

Verde, ou de recursos orçamentários). Investimentos de ampliação do sistema, deverão

ser custeados com recursos orçamentários ou recursos externos (INEA/FECAM,

governo federal, e outras fontes de financiamento).

No Estado do Rio de Janeiro outra fonte de receita para os municípios é o ICMS Verde,

criado pela Lei 5.100/2007 e regulamentado pelo Decreto 41.844/2009, o ICMS Verde é

um esforço do Estado para incentivar ações de conservação ambiental, contemplando

os municípios que desenvolvem melhorias nesse âmbito com uma maior parcela de

repasse do ICMS, proporcionalmente ao desempenho de cada um.

O repasse é realizado de acordo com o Índice de Conservação Ambiental. Para o

cálculo dos índices percentuais por município, o critério de conservação ambiental é

desmembrado em 3 componentes, e a cada um desses componentes é atribuído um

peso percentual para a composição final do índice: 45% para a existência e a

implantação de reservas ambientais, 30% para a qualidade ambiental dos recursos

hídricos e 25% para a coleta e disposição adequada dos resíduos sólidos.

115

Saquarema não recebe nada de ICMS Verde com relação ao componente de resíduos

sólidos pois destina os resíduos gerados no Lixão.

Para as receitas também foi aplicado a correção monetária de 6% ao ano. A estimativa

de receitas feitas para o município considerando o cenário atual, apresenta-se na Tabela

35:

Tabela 35 - Receitas Manejo de RSU

Fonte: SERENCO, 2013

Taxa de Coleta de

Lixo e Limpeza

Urbana

ICMS Verde

Total de Receitas

Diponíveis para o

Manejo de RSU

709.413,31R$ -R$ 709.413,31R$

751.978,11R$ -R$ 751.978,11R$

797.096,80R$ -R$ 797.096,80R$

844.922,60R$ -R$ 844.922,60R$

895.617,96R$ -R$ 895.617,96R$

949.355,04R$ -R$ 949.355,04R$

1.006.316,34R$ -R$ 1.006.316,34R$

1.066.695,32R$ -R$ 1.066.695,32R$

1.130.697,04R$ -R$ 1.130.697,04R$

1.198.538,86R$ -R$ 1.198.538,86R$

1.270.451,19R$ -R$ 1.270.451,19R$

1.346.678,26R$ -R$ 1.346.678,26R$

1.427.478,96R$ -R$ 1.427.478,96R$

1.513.127,70R$ -R$ 1.513.127,70R$

1.603.915,36R$ -R$ 1.603.915,36R$

1.700.150,28R$ -R$ 1.700.150,28R$

1.802.159,30R$ -R$ 1.802.159,30R$

1.910.288,86R$ -R$ 1.910.288,86R$

2.024.906,19R$ -R$ 2.024.906,19R$

2.146.400,56R$ -R$ 2.146.400,56R$

2.275.184,59R$ -R$ 2.275.184,59R$

Receitas Manejo de RSU

116

Comparando-se a projeção das receitas com os custos operacionais do manejo de RSU,

na Figura 26 é possível perceber que sempre haverá um déficit, se o cenário

permanecer como está.

Figura 26 - Custos Operacionais X Receitas

Fonte: SERENCO, 2013

De acordo com a Lei nº 11.445/2007, Art. 29, a sustentabilidade econômica dos serviços

de saneamento precisa ser assegurada, sempre que possível, mediante remuneração

pela cobrança dos serviços.

§ 2º Poderão ser adotados subsídios tarifários e não tarifários para os usuários e

localidades que não tenham capacidade de pagamento ou escala econômica

suficiente para cobrir o custo integral dos serviços.

Art. 35. As taxas ou tarifas decorrentes da prestação de serviço público de limpeza

urbana e de manejo de resíduos sólidos urbanos devem levar em conta a adequada

destinação dos resíduos coletados e poderão considerar:

I - o nível de renda da população da área atendida;

117

II - as características dos lotes urbanos e as áreas que podem ser neles edificadas;

III - o peso ou o volume médio coletado por habitante ou por domicílio.

Conforme apresentado no Produto 5, item 3.12 Sustentabilidade do Sistema, o custo dos

serviços de manejo de resíduos (coleta e transporte) por habitante por ano é de R$53,06

no município de Saquarema, se o município fizer a destinação correta dos resíduos este

valor tende a aumentar, por outro lado, o município vai arrecadar ICMS Verde para o

setor de resíduos.

De acordo com o IBGE, 2010, a média de moradores em domicílios particulares

ocupados em Saquarema é de 3,20.

Portanto, admitindo-se 3,20 habitantes por domicílio, a taxa de manejo de resíduos a ser

cobrada de cada domicílio, será de R$169,72/ano ou R$14,15/mês, mantidas as

condições contratuais vigentes com as empresas prestadoras dos serviços.

Todavia, esse valor pode ser adequado às peculiaridades dos diferentes bairros da

cidade, levando em consideração alguns fatores, tais como os sociais (buscando uma

tarifação socialmente justa) e os operacionais. Para tanto, faz-se necessário um estudo

detalhado, que deverá ser contratado pela Prefeitura Municipal.

Com a implantação dos programas como Coleta Seletiva de Materiais Recicláveis,

Coleta Seletiva de Resíduos Orgânicos, implantação do CTDR Saquarema, desvincular

do IPTU e recalcular a taxa de Manejo de RSU este cenário pode ser modificado, para

garantir a sustentabilidade do sistema como preconiza a Lei nº 11.445/2007 e seu

Decreto Regulamentador nº 7.217/2010.

Os custos poderão ser reduzidos pois, a quantia de materiais a serem aterrados deverá

diminuir significativamente e as receitas poderão ser aumentadas, com uma maior

arrecadação através da taxa desvinculada do IPTU e com o repasse do ICMS Verde ao

município.

𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑀𝑎𝑛𝑒𝑗𝑜 𝑑𝑒 𝑅𝑒𝑠í𝑑𝑢𝑜𝑠 = 𝑅$53,06

ℎ𝑎𝑏.𝑎𝑛𝑜. 𝑋 3,20 = 𝑅$169,72/ 𝑑𝑜𝑚𝑖𝑐𝑖𝑙𝑖𝑜.𝑎𝑛𝑜

118

O Índice Final de Conservação Ambiental (IFCA), que indica o percentual do ICMS

Verde que cabe a cada município, é composto por seis subíndices temáticos com pesos

diferenciados, sendo 20% para a Destinação de Lixo (IDL) e 5% para Remediação de

Vazadouros (IRV).

Cada subíndice temático possui uma fórmula matemática que pondera e/ou soma

indicadores. Após o cálculo do seu valor, o subíndice temático do município é

comparado ao dos demais municípios, sendo transformado em subíndice temático

relativo pela divisão do valor encontrado para o município pela soma dos índices de

todos os municípios do Estado.

O Índice Final de Conservação Ambiental (IFCA) é recalculado a cada ano, dando uma

oportunidade para os municípios que investiram em conservação ambiental de aumentar

sua arrecadação de ICMS. Para aumentar seu IFCA, o município precisará saber como

o IFCA é calculado e, principalmente, quais variáveis são consideradas.

Destinação do lixo (IDL) é avaliado o local onde os resíduos gerados no município são

depositados:

Vazadouro/lixão não recebe nada (peso 0);

Aterros controlados somente se houver tratamento do percolado (peso: 1). Se

também for feita captação e queima dos gases, recebe peso 1,5.

Os aterros sanitários licenciados são os grandes beneficiados. Iniciam a

contagem com peso 3 e adicionam 1 ponto para cada um dos seguintes itens:

tratamento avançado de percolado, geração de energia/biogás. Para

coprocessamento ou incineração em usina de geração de energia: 5 pontos.

Caso se trate de consórcio intermunicipal, o município-sede acrescenta de 1 a 4

pontos em sua avaliação. Também são beneficiados municípios que realizam

prévia coleta seletiva de resíduos sólidos urbanos gerados em seu território, com

a adição de 1 a 6 pontos em sua avaliação.

119

Coleta Seletiva: Participa da avaliação da destinação e pode acrescentar de 1 a 6

pontos na avaliação. Sendo o percentual da coleta seletiva maior ou igual a 1% e

menor que 3%, acrescenta-se 1 ponto; maior ou igual a 3% e menor do que 5%, 2

pontos; maior ou igual a 5% e menor que10%, 3 pontos; e caso o percentual seja

maior ou igual a 10%, acrescentam-se 4 pontos.

Se no município ocorre coleta seletiva domiciliar porta a porta, abrangendo pelo

menos 50% dos domicílios localizados na área urbana do município, mais 1

ponto. No entanto, se o município dispõe de programa municipal de Coleta

Seletiva Solidária consolidado, assim atestado pelo Instituto Estadual do

Ambiente (Inea), terá 1 ponto a mais em sua avaliação.

Remediação de vazadouros/lixão (IRV):

Municípios que possuam vazadouros remediados recebem peso 2; se fizer

captação e queima de gases, recebe peso 3. Municípios que estão tomando

medidas concretas para a completa remediação de seus vazadouros recebem

peso 1.

120

7 ANÁLISE INSTITUCIONAL

Apresenta-se a seguir, um primeiro ensaio sobre os modelos institucionais existentes e

os possíveis arranjos a serem implementados na Região dos Lagos São João, Estado

do Rio de Janeiro, tendo em vista a Gestão dos Sistemas de Saneamento Básico,

referenciados na Lei Nº 11.445/2007, a qual institui a Política Nacional de Saneamento

Básico no País, e regulamentada pelo Decreto Nº7.217/2010.

Define a Política Nacional de Saneamento Básico o conjunto de serviços, infraestruturas

e instalações operacionais de:

a) Abastecimento de água potável: constituído pelas atividades, infraestruturas e

instalações necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a

captação até as ligações prediais e respectivos instrumentos de medição;

b) Esgotamento sanitário: constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações

operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição final adequados dos

esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu lançamento final no meio

ambiente;

c) Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades,

infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo,

tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e

limpeza de logradouros e vias públicas;

d) Drenagem e manejo das águas pluviais urbanas: conjunto de atividades,

infraestruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais,

de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias,

tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas.

A referida Lei e seu Decreto Regulamentador detalham o inter-relacionamento entre o

Poder Concedente, no caso os Municípios da Região dos Lagos, os Prestadores de

Serviços e o Ente Regulador. As combinações e acordos possíveis entre as três partes

envolvidas formatará os arranjos institucionais a serem apresentados e debatidos em

consultas públicas e implementadas, caso aprovadas, em audiências públicas quando

da conclusão do Plano Municipal de Saneamento Básico do Município de Saquarema.

121

7.1 Análise Institucional Local

No início deste documento – Produto 8, foram elencadas e descritas as instituições

envolvidas pelo arranjo institucional vigente na Região dos Lagos São João. Detalham-

se a seguir, o Modelo Atual e a Modelagem Proposta, em forma de Estudo Inicial, uma

vez que a Proposta Final será obtida após os debates que irão acontecer no Seminário,

após a Consulta Pública e finalmente após a Audiência Pública.

Os serviços de Saneamento Básico prestados no Município referem-se a:

Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário são operados em regime de

concessão pela Prolagos, destacando-se que os esgotos sanitários, em sua

grande maioria são coletados pelo sistema de drenagem urbana da Prefeitura

Municipal de Saquarema, pelo chamado “tomada em tempo seco”. Os serviços

prestados são fiscalizados pelo Consórcio Intermunicipal para Gestão Ambiental

das Bacias da Região dos Lagos, do Rio São João e Zonas Costeiras (Consórcio

Intermunicipal Lagos – São João/CILSJ) e regulados pela Agencia Estadual

Reguladora de Energia e Saneamento – AGENERSA.

Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos são administradas pela

Secretaria Municipal de Transporte e Serviços Públicos de Saquarema, a qual

terceiriza os serviços de coleta, transporte e disposição final dos resíduos

domésticos/comerciais/de serviços de saúde/limpeza pública. Não sofre

fiscalização da Consórcio e nem Regulação por parte da AGENERSA.

Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas, são administradas pela

Secretaria Municipal de Obras e Urbanismo, e Secretaria Municipal de Transporte

e Serviços Públicos de Saquarema. A Defesa Civil opera em parceria direta com a

Secretaria Municipal de Segurança e Ordem Pública.

122

Figura 27 - Modelo Institucional do Saneamento Básico de Saquarema

Fonte: SERENCO, 2013

7.2 Modelos Institucionais para Prestação dos Serviços de Saneamento Básico

123

A história do saneamento básico em nosso país registra diferentes momentos

relacionados aos modelos institucionais utilizados na prestação dos serviços de

abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza pública e manejo de resíduos

sólidos urbanos, e drenagem e manejo das águas pluviais urbanas. Historicamente, de

forma resumida, os modelos institucionais utilizados partem dos antigos

Departamentos/Serviços de Água e Esgotos e dos Departamentos /Serviços/

Superintendências de Limpeza Urbana e/ou de Lixo.

O Ministério da Saúde, através da Fundação Serviços de Saúde Pública, inicialmente

Serviços de Saúde Pública, (1942), do Ministério da Saúde, hoje FUNASA, investiu nos

Serviços Autônomos de Água e Esgoto (SAAE’s) e também nos Serviços Autônomos

Municipais de Água e Esgotos (SAMAE’s) implantando os modelos na década de 1950,

difundindo-os pelo país a fora, atingindo mais de mil cidades. DAE’s/SAAE’s e SAMAE’s,

constituíram-se nos modelos institucionais municipais escolhidos por vários Munícipios,

buscando a implantação/ampliação dos sistemas de abastecimento de água, cujos

índices de atendimento em termos de quantidade e qualidade eram muito baixos.

A partir daí, segundo NIEBUHR, 2009, o arcabouço legal brasileiro disponibiliza à

Administração Municipal, enquanto titular dos serviços públicos de saneamento básico,

uma série de modelos para sua gestão. A prestação de serviços passa a ser gerenciada

pelo setor público, pelo setor privado, ou por ambos. Essa prestação é eminentemente

pública quando: (a) o próprio titular da atividade, o município, executa os serviços

através da administração direta, ou de autarquia, ou empresa municipal, através de

empresas públicas estaduais, as Companhias de Saneamento, por intermédio de

contratos e/ou convênios, e ainda através de empresas regionais, cujo modelo reúne um

conjunto de municípios interligados pela figura dos consórcios.

A terceirização dos serviços com empresas privadas, principalmente na gestão do lixo

(resíduos sólidos urbanos) acontece, e ainda, se materializa e se diversifica através de

Concessões Privadas Plenas ou de Parcerias Público-Privadas. Paralelamente a esse

panorama de modelos institucionais, cresce nos dias atuais, a prestação indireta dos

124

serviços de saneamento básico, por empresas privadas, tendo em vista que elas

realizam o aporte de capital necessário para a expansão das atividades. As leis

N°8.987/92, 9.074/95 e 11.445/07 viabilizam juridicamente a prestação exclusiva por

empresas privadas através de concessão/subconcessão autorizadas pelo poder

concedente - o município. A concessão outorga ao particular, o exercício da prestação

dos serviços de saneamento básico, retendo, para si, o município, a titularidade dos

mesmos. O concessionário encarrega-se, com recursos próprios ou captados em seu

nome, em ampliar e melhorar a prestação dos serviços contratados.

O contrato deverá prever metas e padrões de desempenho, obrigando-se a

concessionária/subconcessionária a manter os serviços públicos delegados de forma

adequada aos termos do contrato, atendendo as metas quantitativas (número de

usuários atendidos-universalização dos serviços), bem como as qualitativas (padrões e

normas vigentes, aferidos por indicadores setoriais do saneamento básico).

A combinação de fatores melhor técnica e menor taxa/tarifa define a autorga dos

serviços licitados pela Administração Municipal. A Associação Brasileira de

Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto – ABCON, contabiliza

mais de 200 contratos de concessão no território nacional. Ainda segundo NIEBUHR,

2009, no período 2000/2005 os investimentos médios, por habitante, registraram:

Concessionárias/subconcessionárias-------------------------- R$ 39,08

Empresas públicas estaduais--------------------------------------R$ 21,55

Empresas públicas municipais ------------------------------------R$ 10,21

O outro modelo de gestão referenciado anteriormente é o sistema misto, ou público-

privado disciplinado pela Lei N°11.079/2004, ou seja, as parcerias público-privadas,

onde o Estado/Município participa, integral ou parcialmente, da remuneração da

concessionária/ subconcessionária.

Ainda, em concessões patrocinadas, a administração pública paga ao

concessionário/subconcessionário a contraprestação pecuniária ao lado das tarifas/taxas

125

cobradas dos usuários dos serviços públicos, de modo a complementar a remuneração

do particular.

Já nas concessões/subconcessões administrativas, a Administração Pública remunera

integralmente a parceria privada. Este modelo se aplica para atividades que não

comportam cobrança direta de taxas/tarifas dos usuários, seja pela impossibilidade de

se identificar uma relação contratual entre o tomador e o prestador do serviço, ou pelos

interesses sociais envolvidos na questão.

A participação privada nos serviços de água e esgoto teve início em 1995 com o

primeiro contrato de concessão assinado no município de Limeira, interior de São Paulo.

Desde então tem crescido gradativamente. Em 2004 com a promulgação da Lei

11.079/04 que regulamentou as Parcerias Público- Privadas e mais recentemente em

2007, com a promulgação da Lei 11.445/2007 que estabeleceu as diretrizes nacionais

para o saneamento básico, regulamentada pelo Decreto 7.217 de 21.06.2010, a

participação privada foi fortalecida, baseada em regras claras e segurança jurídica para

os investidores.

Em 2010 eram 214 contratos, entre eles concessões plenas, parciais, BOT´s(1) e

PPP´s(2) em 229 municípios, 13 estados brasileiros, atingindo direta ou indiretamente o

atendimento de 16,30 milhões de habitantes, correspondendo a 11,3% da população

urbana. Estavam previstos investimentos de R$ 8,04 bilhões nesses contratos. A

projeção para 2017, 10 anos após a promulgação da Lei é atender 30% do mercado

nacional.

(1) Build, Operate and Transfer) (2) Parceria Público – Privada).

126

Figura 28 - Evolução dos Munícipios que firmaram contratos de concessão. Período 1995

– 2010 (número de municípios)

Fonte: SIDCON – Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de

Água e Esgoto, 2010.

127

Figura 29 - Investimentos privados em concessões de serviços de água e esgoto. Período

1995 – 2010 (em milhões de reais)

Fonte: SIDCON – Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de

Água e Esgoto, 2010.

Figura 30 – Evolução da população atendida pelas concessionárias. Período 1995 – 2010

(em milhões de habitantes)

Fonte: SIDCON – Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de

Água e Esgoto, 2010.

Enfim, a consolidação do saneamento básico impulsionada por toda a legislação vigente

possibilita a escolha de modelos de gestão distintos. A opção menos onerosa para os

municípios é a concessão comum (privada e plena), dado que nela todos os

investimentos são realizados pela empresa privada, que presta o serviço por conta e

risco, sem necessidade de aporte público. Já na parceria público-privada, quer na

modalidade concessão patrocinada, quer na modalidade concessão administrativa, há,

ao menos, a possibilidade de os municípios remunerarem diretamente a empresa

privada, além da tarifa já cobrada dos munícipes. Para que a retomada do serviço

traduza ganho em eficiência é imperativo que os municípios cotejem as alternativas

disponíveis, considerando suas especificidades locais e regionais.

Resumidamente tem-se:

128

Modelos Institucionais para a prestação dos Serviços de Saneamento Básico

(i)

- Administração direta pela Municipalidade (Centralizada) por órgãos e servidores públicos – Secretaria, Divisão, Serviço ou Departamento.

(ii)

- Administração direta descentralizada (outorga) por pessoa com personalidade jurídica distinta do Município:

(iia) - Autarquia Municipal

(iib) - Empresa de Economia Mista

(iic) - Empresa Pública

(iid) - Fundação

(iii) Administração indireta (delegação) através de licitação:

(iiia) - Empresas Privadas – Terceirização por Autorização, Permissão ou Concessão.

(iiib) - Por Concessão Privada Plena

(iiic)

- Por Parceria Público – Privada (PPP) em forma de Concessão Patrocinada ou Administrativa.

(iv)

- Gestão Associada através de Consórcio Público Intermunicipal ou Convênio de Cooperação, mediante contrato de programa, e

(iva) - Companhia Estadual de Saneamento. Fonte: SERENCO, 2013.

Segundo VARGAS, 2004, mais importante do que a existência de posições favoráveis

ao aumento da participação privada na prestações dos serviços de saneamento, é a

baixa capacidade de investimento na expansão deste setor demonstrada pela União,

favorecendo o crescimento das concessões ao setor privado. É possível observar que o

Governo Federal, Estadual e Municipal apresentam baixa capacidade de investimento

no setor saneamento básico. Neste contexto, parece improvável que o setor público

possa garantir sozinho, os recursos necessários para universalizar o atendimento da

população urbana com serviços adequados de abastecimento de água, esgotamento

sanitário, limpeza pública e manejo de resíduos sólidos e drenagem e manejo de águas

pluviais urbanas, tendo em vista os déficits de cobertura acumulados e as estimativas de

investimentos para superá-los.

Ainda segundo VARGAS, 2004, dentro do panorama atual percebe-se que a

participação privada na prestação dos serviços de saneamento básico é ainda bastante

restrita, o que contrasta muito com o potencial do nosso mercado para a chamada

129

“indústria da água”. Afinal, considerando o tamanho e a concentração da população

brasileira nas cidades, a magnitude dos déficits de atendimento, o baixo desempenho

operacional de boa parte dos operadores estaduais e municipais, e as limitações do

investimento público, o Brasil representa um imenso mercado para as companhias

transnacionais que atuam na área de saneamento e serviços urbanos. Aliás,

multinacionais francesas, norte-americanas e da península ibérica já estão prestando

serviços de saneamento entre nós, através de consórcios com empresas nacionais.

O que explica a fraca participação de concessionárias privadas, sejam de capital

nacional ou estrangeiro, na prestação de serviços neste setor, não é tanto a resistência

política organizada das corporações envolvidas e seus aliados na sociedade civil, mas

principalmente alguns obstáculos jurídico-legais presentes no seu ordenamento

institucional.

As considerações sobre a organização administrativa e institucional do saneamento na

atual conjuntura política e econômica indicam que o envolvimento privado na prestação

dos serviços de água e esgotos tende a continuar crescendo em nosso país.

Começando pelas oportunidades, a possibilidade de atrair capital privado para investir

na melhoria e ampliação da infraestrutura, numa época de recursos públicos escassos e

comprometidos com o pagamento de dívidas, é sem dúvida a principal vantagem

potencial da concessão dos serviços para companhias privadas nacionais ou

estrangeiras. Para assegurar que este objetivo seja cumprido satisfatoriamente, no

entanto, é preciso contar com um aparato regulatório consistente, envolvendo contratos

de concessão equilibrados, nos quais os direitos e obrigações do poder concedente e da

concessionária sejam plenamente assegurados, nos moldes do que prevê a Lei de

Concessões, além de entidades reguladoras dotadas de qualificação técnica e de

autonomia decisória e financeira para fiscalizar o seu cumprimento. Resta saber se

estas condições estão sendo ou não asseguradas nas concessões que vêm sendo

realizadas pulverizadamente no país

130

Além do investimento, outra vantagem de uma ampliação da participação privada na

prestação dos serviços de saneamento bastante citada na literatura diz respeito ao

aumento da eficiência global do setor que seria incentivada pelo aumento da competição

entre operadores públicos e privados.

Neste caso, uma participação de companhias privadas transnacionais no contexto

brasileiro, ainda que minoritária diante das enormes disparidades sociais e regionais do

país, é vista como vantajosa por incentivar a busca de maior eficiência e competitividade

por parte das CESBs, além de possibilitar transferência de tecnologia avançada para o

setor.

A literatura especializada também aponta vários riscos potenciais do crescente

envolvimento privado na prestação de serviços de água e esgotamento sanitário. SILVA

e BRITTO, 2002, por exemplo, tecem as seguintes considerações a este respeito:

a regulação política do saneamento deixaria de ser baseada na lógica dos direitos

sociais, mas antes subordinada à lógica econômica do mercado. Os principais

prejudicados seriam as populações mais pobres que vivem em favelas e

assentamentos urbanos irregulares nas periferias das cidades, cuja exclusão

seria mantida ou aprofundada, na medida que o atendimento a essas áreas

demanda complexas intervenções integradas nos planos urbanístico e social, que

fogem à capacidade gerencial e aos interesses do setor privado;

é imperativa a necessidade de regulação deste setor, não apenas por ser

essencial à saúde pública e à qualidade do meio ambiente, mas também por

envolver serviços prestados em regime de monopólio. A regulação seria

imprescindível para garantir a permanente expansão, melhoria e universalização

dos serviços, bem como para evitar preços abusivos e a exclusão das camadas

de baixa renda;

a ênfase na prestação privada dos serviços através de novas concessões poderia

resultar no aviltamento da noção de saneamento ambiental, agravando a falta de

131

integração entre as infraestruturas e os serviços de abastecimento de água,

esgotamento sanitário, drenagem urbana e resíduos sólidos, especialmente nas

áreas pobres e desprovidas destes equipamentos e serviços.

Além das considerações acima, uma ênfase acentuada na prestação privada levaria a

uma fragmentação da oferta de serviços outrora integrados em sistemas mais

abrangentes, que garantiam a viabilidade econômica dos sistemas menores e o acesso

da população de baixa renda através de subsídio cruzado e tarifação progressiva ou

social. Haveria, portanto, um risco de abafamento social que se associa ao interesse

exclusivo do capital privado pelas regiões e segmentos mais rentáveis, deixando para os

governos o ônus de arcarem sozinhos com o atendimento das áreas e populações mais

pobres.

Outro risco mais amplo citado na literatura é a possibilidade de captura do regulador

pelo regulado, devido à assimetria de poder e informação que resulta de concessões de

serviços municipais a grandes corporações transnacionais, as quais agem orientadas

por comportamento estratégico destinado a privilegiar os interesses dos acionistas em

detrimento dos interesses dos usuários e do poder público. Esse risco favoreceria a

manipulação de informações contábeis e renegociações contratuais visando obter lucros

e aumentos tarifários excedentes, ou ainda a renovação automática, através de

esquemas fraudulentos e/ou corrupção ativa de funcionários e autoridades públicas.

Contudo, não se pode prever um comportamento padrão dos operadores privados em

nenhum dos aspectos citados, até porque sua atuação depende de outros fatores como

a qualidade da legislação que enquadra a concessão, do contrato, da autonomia e

independência das entidades reguladoras e, sobretudo, do capital social presente no

município ou região na forma de entidades da sociedade civil mobilizadas para exigir

transparência na administração dos assuntos de interesse público.

Assim, concluindo, segundo VARGAS, 2004, nada impede a priori que operadores

privados possam atuar de forma articulada com as prefeituras e entidades comunitárias

132

em intervenções urbanas integradas, visando atender populações desfavoráveis em

áreas de sub-habitação; a necessidade de regulação e as assimetrias de informação e

poder entre reguladores e regulados não são menos importantes em relação aos

operadores públicos, da mesma forma que as dificuldades de integração entre as

infraestruturas e serviços de saneamento ambiental; enfim, a gestão pública não é

menos sujeita à corrupção, e nem toda concessão ao setor privado implica

necessariamente aumentos extraordinários de tarifas ou o fim de subsídios cruzados. Há

evidências empíricas contraditórias de todos estes aspectos, podendo ser citados casos

de fracasso e sucesso tanto da gestão pública quanto da gestão privada em cada um

deles.

Resumidamente apresentam-se as três Figuras a seguir, as quais ilustram o

anteriormente detalhado: A) Arranjo Institucional Genérico, B) Arranjo Institucional

Municipal, C) Arranjo Institucional Intermunicipal.

133

Figura 31 - Arranjo Institucional Genérico

Fonte: SERENCO, 2013.

134

Figura 32 - Arranjo Institucional Municipal

Fonte: SERENCO, 2013.

135

Figura 33 - Arranjo Institucional Intermunicipal Fonte: SERENCO, 2013.

Relativamente à modelagem da prestação dos serviços de limpeza urbana e manejo de

resíduos sólidos, pode ser semelhante aos serviços de abastecimento de água es

esgotamento sanitário tendo em vista que vários municípios já possuem arranjo

institucional responsável pela gestão dos três serviços e alguns como Santo André/SP,

136

Gaspar/SC, Rio Negrinho/SC e Colatina/ES, os quatro serviços, cobrando uma só taxa

de saneamento a qual representa a soma das taxas/tarifas de cada serviço prestado.

7.2.1 Estrutura Organizacional Proposta

A definição das diretrizes de ação, projetos e intervenções prioritárias no horizonte de

planejamento já consiste em grande avanço. Entretanto, tais definições poderão se

tornar inócuas, caso não venham acopladas a um mecanismo institucional e operativo

robusto e eficiente de operacionalização das mesmas. Tal mecanismo tem que ser

capaz de garantir o fortalecimento e estruturação do arranjo institucional específico para

viabilização dos Planos Municipais, adequação normativa e regularização legal dos

sistemas, estruturação, desenvolvimento e aplicação de ferramentas operacionais e de

planejamento.

Dentro desta lógica, os PGIRS estão sendo concebidos como um tripé composto de

elementos fundamentais: estruturais, normativo e gestão. Tal configuração é mostrada

na Figura a seguir.

137

Figura 34 – Esquema do tripé de elementos fundamentais do PMSB

Fonte: SERENCO, 2013

Para responder aos desafios e para alcançar o sucesso do PMSB e PGIRS, o presente

documento preliminar propõe, além do conjunto de programas estruturais nas áreas de

abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos urbanos e

manejo de drenagem urbana, a implantação de um programa estruturante na área de

gestão. Nessa perspectiva, o programa proposto procura sistematizar as articulações

entre a operação, ampliação e modernização da infraestrutura setorial e a gestão

integrada sob o ponto de vista político-institucional, técnico e financeiro do Plano. Dentro

da lógica atual do planejamento público em qualquer setor, tais objetivos não deverão

estar dissociados da busca, em nível macro, da sustentabilidade ambiental e da

melhoria de qualidade de vida da população.

Vale lembrar que as questões ambientais e seus desdobramentos legais e normativos

são suscitados quando se pensa nas relações de apropriação dos recursos naturais

(água em especial), empreendidas por determinada sociedade em seu respectivo

espaço geográfico. Essas relações de apropriação, relacionadas a esforços e iniciativas

para a promoção do desenvolvimento e provimento de serviços essenciais à

infraestrutura urbana, geram impactos sobre os espaços da própria malha urbana e

sobre o tecido social, na medida em que os problemas de disponibilidade quantitativa e

qualitativa dos recursos hídricos estarão relacionados, como vantagem competitiva ou

como fator limitante, às demandas da produção e do consumo regional e/ou a aspectos

de conservação/preservação do meio ambiente.

Os desafios de implementar um Plano da magnitude do PMSB mediante uma

perspectiva integrada não são triviais e requerem uma base institucional e legal

consistente e inovadora, em termos de sua instrumentalização e da forma como atua o

poder público. Neste sentido, o setor de saneamento básico no âmbito das Prefeituras

Municipais da Região dos Lagos parece reunir alguma vantagem relativa, em

decorrência da existência do Consórcio Intermunicipal Lagos São João (CILSJ), do

Comitê da Bacia Hidrográfica da Região dos Lagos São João e Quatro Subcomitês: Rio

138

São João, Lagoa de Araruama, Lagoa de Saquarema e Rio Una e recentemente o

Consórcio Público Intermunicipal de Manejo de Resíduos Sólidos da Região dos Lagos -

com arcabouços técnicos, administrativos, financeiros e jurídicos próprios. Apesar da

existência das estruturas citadas já representaram um grande avanço em termos

institucionais é necessário atentar para o fato de que apesar de bem estruturadas, já

contam com grande demanda de serviços, sendo que o acúmulo das atribuições atuais

somadas àquelas que serão decorrentes da implementação dos Planos, poderá, ao

invés de trazer melhorias ao setor, resultar na geração de ineficiências.

Assim sendo, um dos principais aspectos a serem incorporados no Plano, no bojo do

Programa de Gestão a ser proposto, é a reestruturação e ampliação da capacidade

funcional das Estruturas Regionais existentes, por meio da estruturação de um arranjo

institucional que contemple em cada Município uma Unidade de Gestão do Plano –

UGPLAN. A criação desta Unidade, de forma centralizada (regional) e descentralizada

(nos Municípios) e adequada junto às atuais atribuições distribuídas em várias

Secretarias Municipais, permitirá às Prefeituras criarem condições estruturais de

governabilidade e de governança, ambas essas condições contemplando um modelo

institucional que se vislumbra com potencial elevado focando-se a modelagem proposta

na criação de Secretarias Municipais de Saneamento em cada Município, interligadas

em um Consórcio Público para Gestão do Saneamento Básico da Região dos Lagos/RJ,

a ser criado ou ainda a ser adaptado e/ou ajustado nos atuais Consórcios existentes.

139

Figura 35 – UGPLAN Fonte: SERENCO, 2013.

Pelo exposto, as principais diretrizes que regem a estruturação do Programa de Gestão

são:

Ênfase no estabelecimento de mecanismos de gestão (aspectos legais,

institucionais, de planejamento e da base de informações), apoiado em

estudos e projetos consistentes sob o ponto de vista técnico;

Proposição de arranjo institucional, a fim de promover o fortalecimento

institucional das Estruturas Municipais e Regionais Existentes;

Organização, monitoramento e avaliação da operação e manutenção dos

sistemas existentes, de modo a evitar a perda de patrimônio público e o

desempenho inadequado das infraestruturas já instaladas;

Ampliação progressiva das infraestruturas, de modo a otimizar os recursos

disponíveis e evitar dispersões, conferindo prioridade às obras para o

atendimento de demandas mais urgentes e para a viabilização dos

benefícios esperados pelos Planos;

Estruturação de um sistema de informações capaz de ordenar o fluxo,

acesso e disponibilização das informações inerentes aos setores e aos

Planos, que se configure não apenas como banco de dados, mas como

sistema de apoio à decisão, e,

140

Atenção com os encargos relativos ao gerenciamento da implementação do

Programa de Gestão, para o qual dever-se-á contar com o apoio de

consultores especializados e estruturar um conjunto de indicadores de

acompanhamento da execução que explicitem avanços nas obras físicas,

nas metas de qualidade dos serviços e ambiental e nos objetivos de

natureza institucional, além de contemplar aspectos relevantes de

comunicação social e de educação sanitária e ambiental, nesta e em fases

de extensão futura do Plano.

O Programa de Gestão do PMSB tem por objetivo principal criar condições gerenciais

para a consecução das metas estabelecidas no conjunto de programas estruturais, a

implementação de um sistema integrado de informações e a constante avaliação dos

resultados com vistas à eficiência e à sustentabilidade dos sistemas e serviços

integrantes do setor de saneamento básico nos Municípios da Região dos Lagos.

Para a consecução do objetivo geral do Programa, em decorrência das diretrizes

expostas anteriormente, destacam-se os seguintes objetivos específicos:

regularizar os serviços de saneamento;

adequar o arcabouço legal vigente, quando necessário;

criar em cada Município uma estrutura institucional especifica para o

Saneamento Básico, fortalecendo as ações do Poder Concedente – as

Prefeituras locais;

implementar o cadastro dos sistemas.

implantar rede integrada de monitoramento e avaliação;

implantar sistema integrado de informações.

A lógica empregada para o estabelecimento e ordenamento das metas deste Programa

de Gestão são o gerenciamento, regularização e operacionalização voltada à efetivação

do PMSB.

141

A efetividade deste Programa de gestão estará associada aos respectivos Programas de

abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza pública e manejo de resíduos

sólidos urbanos, e drenagem e manejo de águas pluviais urbanas, tendo como substrato

fundamental a abordagem dos aspectos normativos intervenientes. Para tanto, torna-se

essencial criar em cada Município uma estrutura institucional especifica para aumentar a

eficiência e eficácia dos Serviços de Saneamento, conferindo-lhe condições de atuação

respaldada pelo devido aparato em termos de recursos humanos, tecnológicos,

operacionais e financeiros.

Assim sendo, este programa deve estar voltado ao Planejamento Institucional

Estratégico e a estruturação organizacional da Secretaria Municipal de Saneamento

Básico a ser criada, incluindo o estudo de funções, gestão das pessoas (plano de cargos

e salários e funções gratificadas) e programas de capacitação e treinamento, além de

reforço institucional em termos de instalações e equipamentos básicos.

O desenvolvimento de Regularização tem como substrato fundamental a abordagem dos

aspectos legais intervenientes. Para tanto, torna-se essencial averiguar a legalidade

jurídica dos sistemas implantados, especialmente em termos de licenciamento ambiental

e atendimento à legislação de recursos hídricos, dentre outras, de modo a garantir o

funcionamento dos mesmos em consonância com a lei, reduzindo a fragilidade existente

frente a ações judiciais, multas e embargos.

Em adição, na gestão do PMSB será necessário acrescentar preocupações relativas à

operacionalização e à sistemática de monitoramento e avaliação dos resultados

pretendidos, por meio de indicadores relativos à execução física e financeira, às metas

previstas e aos objetivos de cunho institucional.

Para tanto, a Operacionalização demanda o desenvolvimento de ferramentas de apoio

ao planejamento e decisão. Partindo de uma visão abrangente e estratégica na

perspectiva da gestão integrada de todo o mosaico de obras, projetos e sistemas que

compõem os PMSB, este componente contempla:

142

o desenvolvimento e implantação de um sistema integrado de informações capaz

de congregar informações técnicas, operacionais, financeiras e gerenciais de

todos os sistemas que integram o PMSB;

a elaboração de cadastro dos sistemas de cada setor;

implantação de uma rede de monitoramento e avaliação, e,

elaboração de planos de contingência para o enfrentamento de situações de

calamidades, especialmente inundações.

Além deste conjunto de ações, torna-se relevante, na interlocução junto aos atores e

setores sociais diversos, o desenvolvimento de ações de comunicação social. Tendo em

vista ainda que o saneamento básico não deve ser visto apenas como infraestrutura,

mas como elemento de saúde pública, torna-se fundamental transcender as proposições

e a atuação do PMSB à questão do controle social. Desta forma é fundamental o

desenvolvimento e implementação permanente de ações de informação ao usuário, por

meio de um Sistema de Informações de Saneamento Básico da Região dos Lagos.

Para a efetiva implementação do Plano Municipal de Saneamento Básico com a ampla

variedade de ações é necessário que seja montada uma estrutura organizacional que,

ao mesmo tempo: (i) possua legitimidade institucional, no bojo da organização da

administração pública municipal; (ii) tenha condições de agilidade e eficiência

necessárias à implantação de Planos desta natureza.

Neste sentido, este documento tem por objetivo apresentar uma primeira proposta para

a modelagem do arranjo institucional para a execução do PMSB, delineado

fundamentalmente a partir da criação e estruturação da Secretaria Municipal de

Saneamento Básico em cada Município da Região e as suas respectivas integrações.

A estrutura proposta é composta de dois elementos principais, uma instância

participativa e de controle social, representada por um Conselho Deliberativo e uma

instância executiva e operacional representada por uma Unidade de Gerenciamento do

143

Plano – UGPLAN, a ser criada ou adaptada no âmbito municipal e regional das

estruturas já existentes ou a serem criadas.

Sugere-se portanto, a implantação em cada Município de uma Unidade de

Gerenciamento do Plano – UGPLAN/PMSB. Serão as unidades de planejamento e

execução dos PMSB’s, criadas no âmbito das Prefeituras Municipais, subordinadas às

Secretarias de Saneamento Básico a serem criadas. A proposição da criação desta

unidade se justifica uma vez que o PMSB representa toda uma reestruturação na lógica

de pensar e gerir o saneamento básico em âmbito municipal, com o estabelecimento de

metas a serem cumpridas, com indicadores de desempenho. A criação desta nova

concepção integrada que irá perpassar toda a estrutura gerencial e operacional das

Secretarias a serem criadas, demandará uma estrutura de pessoal e de equipamentos

adicional, a fim de não sobrecarregar as estruturas hoje existentes, o que poderá tornar

toda a proposta ineficiente, prejudicando, inclusive, as tarefas já hoje desenvolvidas.

Assim sendo, apresenta-se um primeiro esboço da estrutura necessária à UGPLAN,

cabendo, posteriormente, a definição em conjunto com a Secretaria de Saneamento

Básico, da necessidade de adequação em função das atuais estruturas existentes.

A Unidade de Gerenciamento do PMSB - UGPLAN será responsável pelo

gerenciamento, coordenação e execução dos estudos, planos, e projetos integrantes do

plano, bem como do monitoramento e avaliação dos mesmos.

A estrutura proposta para a UGPLAN, responsável pelo gerenciamento e

operacionalização do PMSB é composta das seguintes Unidades, apresentadas no

organograma a seguir:

144

Figura 36 – Estrutura proposta para a UGPLAN

Fonte: SERENCO, 2013

A UGPLAN tem por objetivo geral executar as atividades de gerenciamento e a

coordenação da implementação das ações do PMSB, devendo, no âmbito de suas

competências, desempenhar as seguintes funções:

• realizar, com apoio de auditorias independentes, a supervisão física das ações

em execução;

• preparar, em conjunto, as Diretrizes para Elaboração do Plano Operativo Anual –

POA com vistas a aprovação prévia pelo Conselho Municipal de Saneamento

Básico;

• coordenar e supervisionar a execução dos estudos, projetos e obras integrantes

do PMSB;

• realizar o acompanhamento e gestão administrativa e financeira das ações

integrantes do PMSB aprovadas no respectivo POA;

• realizar o acompanhamento físico-financeiro das atividades integrantes do PMSB;

• solicitar a mobilização de recursos e preparar propostas orçamentárias para os

exercícios financeiros anuais;

• encaminhar os procedimentos para autorização de pagamento direto pela

Prefeitura Municipal, e

145

• manter documentação técnica, jurídica e financeira em sistema de informação

automatizado, com vistas a permitir maior transparência na atuação pública.

A seguir serão apresentadas, em linhas gerais, as atribuições da UGPLAN, que deve ser

estruturada com pessoal técnico qualificado para atender as demandas de atribuições

assim estabelecidas.

Coordenação Executiva da UGPLAN

• Coordenar a implementação do PMSB;

• Revisar e preparar os POA’s para apresentação ao Conselho Municipal de

Saneamento Básico;

• Assessorar o Secretário de Saneamento Básico nas ações relacionadas ao

PMSB;

• Propor orçamento anual para implementação dos POA’s.

Superintendência de Planejamento, Administração e Finanças

A Superintendência de Planejamento, Administração e Finanças é composta por três

gerências técnicas e deve ser estruturada com pessoal técnico qualificado para atender

estas atividades estabelecidas.

• Gerência de Planejamento

• Gerência de Acompanhamento Técnico

• Gerência de Administração e Finanças

Superintendência de Implementação de Programas e Projetos

A Superintendência de Implementação de Programas e Projetos é composta por duas

gerências técnicas e deve ser estruturada com pessoal técnico qualificado para atender

estas atividades estabelecidas.

• Gerência de Controle Técnico de Estudos e Projetos

• Gerência de Controle Técnico de Obras

Superintendência de Monitoramento e Informação

146

A Superintendência de Monitoramento e Informação é composta por duas gerências

técnicas e deve ser estruturada com pessoal técnico qualificado para atender estas

atividades estabelecidas.

• Gerência de Monitoramento Geral.

• Gerência de Informações.

Tendo em vista o complexo arcabouço legal referente aos temas recursos hídricos,

saneamento, resíduos sólidos e meio ambiente, tanto no nível federal, quanto estadual e

municipal, e, tendo em vista que os sistemas integrantes do PMSB podem ter sido

implantados em momentos distintos sem muitas vezes se adequar à legislação vigente à

época ou superveniente, torna-se necessário avaliar o conjunto dos sistemas à luz da

legislação atual, de modo a permitir o planejamento para regularização dos mesmos.

A regularização dos sistemas poderá passar pela adequação ao arcabouço hoje

existente ou pela proposição da institucionalização de novos instrumentos e diplomas

legais, em nível Municipal, de modo a conferir condições para a efetiva gestão dos

elementos constituintes do Saneamento Básico no âmbito dos Municípios da Região dos

Lagos.

O objetivo geral é, portanto, o de empreender a adequação da infraestrutura existente

e/ou do arcabouço legal municipal, de modo a remover entraves e inconsistências, cobrir

lacunas e proceder às complementações necessárias à regulamentação da organização

institucional e da operacionalização dos instrumentos de gestão, formalizando práticas e

encaminhamentos identificados como adequados à promoção de novos e significativos

avanços na implementação do PMSB.

Sempre tendo em vista uma perspectiva integrada e integradora, os encargos de

adequação da legislação municipal e, mais especificamente, a cobertura das lacunas e

complementações, acima referidas, não deve esquecer as indispensáveis interfaces com

outros setores intervenientes com os da gestão do meio ambiente e de recursos

hídricos.

147

Deve-se reforçar que os recursos hídricos não integram os serviços públicos de

saneamento básico, porém o PMSB deverá ser compatível com os planos de recursos

hídricos e com enquadramento dos corpos de água e seu programa para efetivação,

tudo de acordo com o Comitê de Bacias existente.

Para tanto, deverá ser elaborado estudo visando a implementação de ato normativo para

a regulação do setor de saneamento básico no Município, de forma a disciplinar ou

organizar este serviço público. O estudo deve considerar as características, padrões de

qualidade, impacto socioambiental, direitos e obrigações dos usuários e dos

responsáveis por sua oferta ou prestação e fixação e revisão do valor de taxas e tarifas

e outros preços públicos. Em função da natureza e complexidade, o estudo deve

contemplar a elaboração de normas de regulamentação especifica para cada setor de

saneamento, devendo ser editadas por legislação.

Tornam-se necessários Estudos Específicos de Avaliação da legislação municipal, do

Plano Diretor do Município e do conjunto de decretos, resoluções e portarias que

compõem a sua regulamentação, com identificação de lacunas ainda não

regulamentadas, inconsistências internas e das complementações necessárias. Os

estudos devem propor a elaboração de propostas para as adequações legais, mediante

minutas de projetos de lei, de decretos ou de simples resoluções e portarias de âmbito

municipal.

No âmbito da gestão associada, os municípios da Região dos Lagos, titulares dos

serviços de saneamento básico, devem firmar Contratos de Programa com as

concessionárias de Abastecimento de Água e Esgoto, sendo esses Contratos

subordinados aos Planos de Saneamento Básico, e, finalmente, deverá ocorrer a revisão

periódica dos planos de Abastecimento de Água, Esgotamento Sanitário, Limpeza

Pública e Manejo de Resíduos Sólidos, e Drenagem e Manejo de Águas Pluviais

Urbanas, em prazo não superior a 4(quatro) anos, anteriormente à elaboração dos

Planos Plurianuais. A revisão dos planos de saneamento básico deverá efetivar-se, de

148

forma a garantir a ampla participação da comunidade, dos movimentos e das entidades

da sociedade civil.

Para a efetiva implementação do Plano Municipal de Saneamento Básico é necessário

aparelhar a Secretaria Municipal de Saneamento Básico, de uma série de ferramentas

gerenciais e de planejamento, de modo a permitir a efetiva gestão eficiente e eficaz do

conjunto de propostas, planos e projetos contidos no PMSB.

Esta proposta remete à elaboração e implantação de Sistema de Informações de

Saneamento Básico no Município. Este Sistema deverá assegurar aos usuários de

serviços públicos de saneamento básico, no mínimo, o conhecimento dos seus direitos e

deveres e das penalidades a que pode estar sujeito; o acesso as informações sobre os

serviços prestados; ao manual de prestação dos serviços e de atendimento ao usuário,

elaborado pelo prestador e aprovado pela respectiva entidade de regulação e ao

relatório periódico sobre a qualidade da prestação dos serviços. Deverá conter de forma

sistematizada os dados relativos às condições da prestação dos serviços públicos de

saneamento básico; disponibilizar estatísticas, indicadores e outras informações

relevantes para a caracterização da demanda e da oferta de serviços públicos de

saneamento básico; permitir e facilitar o monitoramento e avaliação da eficiência e da

eficácia da prestação dos serviços de saneamento básico e permitir e facilitar a

avaliação dos resultados e dos impactos do PMSB. Estas informações deverão ser

públicas e acessíveis a todos, independentemente da demonstração de interesse,

devendo ser publicadas por meio da internet.

Deverá também, ser implementado um cadastro municipal georeferrenciado integrado

para o setor de saneamento básico. Este cadastro será alimentado pelos responsáveis

de cada serviço, sendo coordenado pela Secretaria Municipal de Saneamento Básico,

permitindo a avaliação periódica do PMSB. Logo, na sequência, apresenta-se o modelo

inicial de debate sobre a proposta de modelo (arranjo) institucional para a gestão dos

PMSB’s da Região dos Lagos.

149

Figura 37 - Modelo Institucional para a Gestão do PMSB

Fonte: SERENCO, 2013.

7.2.2 Modificações, Adaptações ou Complementações ao Arranjo Institucional Proposto

Na sequência da construção do PGIRS serão inseridas as complementações ao Arranjo

Institucional Proposto, superadas a consulta e a audiência pública. Porém, as

modificações, adaptações e complementações que vierem a ser propostas após a

150

condução do PGIRS deverão obedecer os trâmites institucionais, legais e jurídico-

administrativos, correspondentes à cada instância especifica.

7.3 Análise Institucional Regional

7.3.1 Arranjo Institucional na Região dos Lagos

Tendo como referência o complexo quadro estrutural que hoje caracteriza a estruturação

e operacionalização dos serviços públicos de saneamento básico dos municípios da

Região dos Lagos, compreendendo os serviços de abastecimento de água, de

esgotamento sanitário, drenagem e manejo de águas pluviais urbanas e de limpeza

urbana e manejo de resíduos sólidos urbanos nos municípios da Região, por serem

serviços públicos que possuem natureza essencial, buscou-se formular a proposição de

ferramentas organizacionais e de planejamento capazes de aparelhar os Municípios da

Região para o efetivo enfrentamento destas questões, gestão efetiva do PMSB e

construção dos alicerces para um cenário futuro de sustentabilidade ambiental e do

Setor Saneamento Básico.

Para problemas dessa natureza o administrador enfrenta dificuldades institucionais e

financeiras, na medida em que as ações requeridas exigem forte cooperação entre

organizações públicas diversas, e dessas com a sociedade civil, como também, em

muitos casos, com agentes privados. A multiplicidade de demandas, que na grande

maioria das vezes vem capitaneadas por grupos de interesses políticos, econômicos e

setoriais diversos, finda muitas vezes por influenciar diretamente na definição da

alocação de recursos, imobilizando a administração pública, que se torna uma instância

meramente executora de uma “política” e não definidora da política.

Os Planos Municipais de Saneamento Básico dos Municípios da Região dos Lagos

estão sendo concebidos e construídos no sentido de se tornarem o marco lógico e

executivo do efetivo planejamento para o Setor, estabelecendo as diretrizes, programas

e ações prioritárias no horizonte de 20 anos, envolvendo os quatro eixos

151

Isto posto, os fluxogramas a seguir, detalham os arranjos institucionais existentes sobre

os quais deverão ser lançados os novos cenários para a gestão do saneamento básico

da Região dos Lagos São João.

Detalham-se a seguir as instituições envolvidas na Região:

152

Comitê da Bacia Hidrográfica Lagos – São João (Lei Estadual Nº3.239/1999).

Figura 38 - Comitê da Bacia Hidrográfica Lagos São João (CBHLSJ)

Fonte: SERENCO, 2.013

153

Consórcio Intermunicipal para Gestão Ambiental das Bacias da Região dos

Lagos, do Rio São João e Zonas Costeiras (CILSJ)

Figura 39 - Consórcio Intermunicipal Lagos São João (CILSJ)

Fonte: SERENCO, 2.013

154

Agência Estadual Reguladora de Energia e Saneamento (AGENERSA)

Figura 40 - Agência Estadual Reguladora de Energia e Saneamento (AGENERSA)

Fonte: SERENCO, 2013

155

Governo do Estado do Rio de Janeiro, Municípios, Agência Reguladora,

Consórcios Intermunicipais, Comitê da Bacia e Concessionárias

Figura 41 - Fluxograma - Governo do Estado do Rio de Janeiro, Municípios, Agência Reguladora,

Consórcios Intermunicipais, Comitê da Bacia e Concessionárias

Fonte: SERENCO, 2013.

156

7.3.2 Fiscalização e Regulação dos Serviços de Saneamento Básico

Outro aspecto do modelo institucional para gestão dos serviços de saneamento básico,

de fundamental importância, refere-se à regulação, fiscalização e controle dos serviços

prestados. São condições para a regulação:

Existência de plano de saneamento básico;

Existência de estudo comprovando a viabilidade técnica e econômico-financeira

da prestação universal e integral dos serviços;

A existência de normas de regulação que prevejam os meios para o cumprimento

das diretrizes estabelecidas na Lei N°11.445/2007 e seu Decreto N° 7.217/2010,

incluindo a designação da entidade de regulação e fiscalização;

A realização prévia de audiência e de consultas públicas sobre o edital de

licitação, no caso de concessão, e sobre a minuta do contrato;

Indicação dos respectivos prazos e metas a serem atendidas;

Definição de metas progressivas e graduais de expansão dos serviços, de

qualidade, de eficiência de uso dos recursos naturais;

Diferença das condições de sustentabilidade e equilíbrio econômico-financeiro

dos serviços incluindo: o sistema de cobrança, a composição de taxas e tarifas e

a sistemática de reajustes e de revisões, e a política de subsídios, e,

Definição dos mecanismos de controle social e as hipóteses de intervenção e de

retomada dos serviços.

Destaca-se ainda que no caso em que mais de um prestador execute atividade

interdependente com outra, a relação entre eles deverá ser regulada por contrato e

haverá entidade única encarregada das funções de regulação, fiscalização e controle. O

conteúdo mínimo desse contrato, similares às do contrato de concessão, além das

garantias de pagamento recíproco, que inclui a obrigação de destacar nas contas dos

157

usuários os valores devidos a cada prestador, e a impossibilidade de alteração e

rescisão administrativa unilateral.

O exercício da função de regulação deverá atender aos seguintes princípios:

Independência decisória, incluindo autonomia administrativa, orçamentária e

financeira;

Transparência, tecnicidade, celeridade e objetividade das decisões;

Edição de normas relativas às dimensões técnicas, econômicas e sociais de

prestação dos serviços tais como:

o Padrões e indicadores de qualidade;

o Requisitos operacionais e de manutenção dos sistemas;

o Medição, faturamento, cobrança e monitoramento dos custos, e,

o Aplicação das regras relativas a estrutura, reajuste e revisão de taxas e

tarifas e de auditoria e certificação dos investimentos.

Segundo a publicação Valor Econômico, de 22/08/2012, a regulação dos serviços de

saneamento alcançou 2.296 municípios em junho de 2012, crescimento de 19% em

relação ao número daqueles que possuíam regras definidas para o segmento em 2011.

Apesar do avanço, a normatização chegou a apenas 41,3% dos municípios do país,

conforme dados divulgados pela Associação Brasileira de Agências de Regulação

(ABAR).

A Lei 11.445/2007 estabelece que todos os serviços de saneamento básico

(abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos e drenagem

de águas pluviais) devem ser regulados, sob pena de terem seus contratos invalidados,

de não serem autorizados a praticar reajustes ou revisões tarifárias e, até mesmo, de

não terem acesso a recursos da União, uma vez que os planos municipais de

saneamento básico devem ter sua execução acompanhada por agências reguladoras.

A mesma fonte revela que, os municípios também têm tido dificuldade de avançar na

implementação de planos de saneamento básico, requisito obrigatório para o acesso aos

158

recursos da União a partir de janeiro de 2014. Dos 2.296 municípios com regulação,

somente 26% dispõem de planos de saneamento.

Modelos Institucionais para a Regulação, Fiscalização e Controle dos Serviços de Saneamento Básico

(i) Abrangência Estadual------------------------------------------------- 23 (xx)

(ii) Abrangência Distrital ------------------------------------------------- 01

(iii) Abrangência Municipal ----------------------------------------------- 19

(iv) Abrangência Intermunicipal------------------------------------------ 01

(v) Consórcios--------------------------------------------------------------- 03

TOTAL 47 (x) (x) Segundo a ABAR – Associação Brasileira de Agências de Regulação, 2012. Número de delegações reguladas = 2.296 (2012), representando 41,3% dos municípios brasileiros. (xx) AGENERSA – Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro – Águas de Juturnaiba (Araruama, Silva Jardim e Saquarema) e Prolagos (Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia).

Ver figura a seguir.

159

Figura 42 – Mapa Geral das Agências Reguladoras no setor de saneamento Básico.

Fonte: ABAR, 2012.

7.3.3 Inter-relação Poder Concedente/Prestadores de Serviços /Regulador

No estudo comparativo entre Limeira (SP), Niterói (RJ) e a Prolagos (RJ), VARGAS,

2004, tece algumas considerações sobre o modelo de concessão na escala micro

regional, que julga-se de grande importância para o estabelecimento dos debates que

irão advir quando das consultas e audiências públicas a serem ora realizadas na Região

160

dos Lagos, orientando a busca de propostas de arranjos institucionais para a gestão do

saneamento básico na Região.

Segundo VARGAS, 2004, a concessão envolvendo a companhia Prolagos apresenta

diversos aspectos originais e relevantes para o tema da privatização/regulação do setor

de saneamento, a começar pelas características da então concessionária: tratava-se de

empresa controlada 100% pelo grupo Águas de Portugal, que se caracterizava como um

conglomerado de “empresas privadas de capital público” controlado pelo Estado

português. Por outro lado, era uma das únicas concessões multi-municipais do país na

qual o poder concedente foi compartilhado entre os cinco municípios envolvidos (Arraial

do Cabo, Armação dos Búzios, Cabo Frio, Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia) e o

Estado do Rio de Janeiro, revelando que o conflito sobre a titularidade dos serviços de

saneamento em áreas urbanas interdependentes (regiões metropolitanas, aglomerações

urbanas e microrregiões) pode ser equacionado através de soluções negociadas e

cooperação intergovernamental. Enfim, a concessão é regulada e fiscalizada por uma

agência reguladora estadual multi-setorial, a ASEP, hoje a AGENERSA, dotada de um

grau relativamente elevado de autonomia financeira e decisória, além de independência

em relação aos poderes concedentes e às concessionárias.

A concessão da Prolagos e a da Concessionária Águas de Juturnaiba - CAJfaz parte de

um processo mais amplo de privatização do saneamento na Região dos Lagos

fluminense, que envolveu oito municípios previamente atendidos pela concessionária

estadual do Rio de Janeiro, a CEDAE, através de um sistema integrado de

abastecimento de água, tendo a represa de Juturnaíba como manancial único. É uma

região turística cuja população residente totalizava pouco mais de 400 mil habitantes em

2000, de acordo com o censo do IBGE, mas cuja demanda de água quase triplica no

verão dado o elevado afluxo de turistas e de pessoas domiciliadas noutros municípios

que aí possuem residências secundárias.

Diante da má qualidade dos serviços, com racionamento de água e rede de esgotos

praticamente inexistente, devido à falta de investimentos da CEDAE, que apresentava

161

prejuízos na região, os oito municípios, juntamente com o Estado, firmaram em meados

de 1996 um convênio para preparar a concessão dos serviços de saneamento dos oito

municípios à iniciativa privada, com apoio da própria CEDAE. Conforme este convênio,

posteriormente reforçado pela criação da micro-região dos Lagos, coube ao Estado

preparar o edital e conduzir o processo licitatório, com participação assegurada aos

municípios em todas as etapas. A região foi dividida em duas áreas de concessão: a

área 1, que viria a ser atendida pela Prolagos, abrangendo os cinco municípios

mencionados, cuja população atingia quase 250 mil habitantes em 2000; e a área 2,

envolvendo os municípios de Araruama, Saquarema e Silva Jardim, com pouco mais de

150 mil habitantes no mesmo período, cujos serviços foram concedidos em 1998 ao

mesmo consórcio formado por empresas nacionais que venceu a licitação em Niterói,

Aguas de Juturnaíba(CAJ).

Através de contrato firmado em abril de 1998 entre a Prolagos, o governo estadual e os

municipais envolvidos, a empresa assumiu a concessão dos serviços de produção e

distribuição de água, coleta e tratamento de esgotos da área urbana de Armação dos

Búzios, Cabo Frio, Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia e Arraial do Cabo (somente

água) por um período de 25 anos. Tratando-se de uma concessão onerosa precedida de

obras públicas, o principal critério para selecionar o vencedor da licitação foi o da maior

oferta a ser paga pelo direito de exploração dos serviços (outorga). O valor da outorga

atingiu o montante de R$ 34,3 milhões de reais, cujo pagamento foi escalonado da

seguinte maneira: dois milhões de reais pagos a vista ao Estado, na data em que a nova

concessionária assumiu a operação dos serviços, acrescidos de 24 parcelas anuais de

R$1.346.800,00. Destas parcelas, cujo valor é reajustado anualmente junto com as

tarifas, metade fica com o Estado, enquanto a outra metade é dividida com os

municípios, proporcionalmente à população de cada um.

O edital de licitação previu um conjunto abrangente de obras e serviços a serem

realizados pela nova concessionária ao longo da concessão, especialmente nos

primeiros anos. Para o abastecimento de água, a lista incluía a implantação de um novo

sistema produtor (captação, adutoras, estação elevatória e estação de tratamento);

162

construção de novos reservatórios; ampliação e substituição da rede distribuidora;

implantação de novas ligações e de sistemas de micro e macromedição. Para o

esgotamento sanitário, além da implantação e substituição da rede coletora, incluindo

novas ligações e estações elevatórias, o edital previu a construção de estações de

tratamento em todos os municípios. De acordo com o edital, “por razões de ordem

econômica”, caberia à concessionária atingir, ao longo do período de concessão, as

“metas mínimas de atendimento às populações residente e flutuante” estabelecidas na

tabela a seguir.

Tabela 36 - Metas Contratuais de Atendimento da Prolagos fixadas no Edital de Licitação.

Ano Sistema de Água Sistema de Esgotos

03 80% 30%

08 83% 40%

10 85% 50%

13 85% 65%

15 90% 70% Fonte: Vargas, 2002.

Conforme especificado no edital, as metas mínimas acima deveriam ser atingidas “nos

períodos de pico da demanda”, enquanto a área de atendimento da concessão ficaria

limitada à cota 90, ou seja, a população residente em áreas urbanas situadas acima de

90 metros de altitude não precisaria ser atendida pela concessionária. Para financiar o

conjunto das obras e serviços necessários ao cumprimento das metas do edital, foram

previstos investimentos da ordem de R$ 160 milhões ao longo da concessão, dos quais

cerca de 90% seriam concentrados nos primeiros cinco anos de vigência desta.

Calculado como uma projeção das receitas a serem auferidas ao longo da concessão, o

valor global do contrato foi estimado em R$ 667 milhões no edital. Passados cinco

anos do início da concessão, o balanço desta não é dos mais favoráveis, quando se

considera que as metas de atendimento, seja para água ou para esgotos, não foram

plenamente cumpridas dentro dos prazos estabelecidos. Porém, a produção de água foi

ampliada em 120% ao final dos primeiros seis meses de concessão, enquanto os

investimentos em esgotamento sanitário foram antecipados, de modo que as estações

de tratamento já se encontravam em construção ou prestes a serem inauguradas em

todos os municípios. Além disso, a concessionária foi devidamente multada pela agência

163

reguladora, que intermediou a negociação de uma revisão contratual equilibrada com o

poder concedente, na qual evitou-se aumentos significativos de tarifa, compensando

antecipações de investimentos e outros aumentos de custos devidos a alterações

contratuais determinadas pela agência com descontos na taxa de outorga.

Portanto, em que pesem as deficiências do contrato e as dificuldades encontradas nas

concessões (problemas estruturais de rentabilidade, altos índices de inadimplência e

roubo de água), podia-se dizer que as concessionárias estariam exibido um

desempenho favorável, especialmente quando comparado ao desempenho prévio da

CEDAE, na Região. Todavia, é preocupante a ausência por parte da empresa de

qualquer tipo de atuação voltada para garantir o acesso das populações de baixa renda

aos serviços (tarifa social, descontos nas taxas de ligação, uso de tecnologia apropriada,

intervenções integradas com as prefeituras, etc.), as quais vinham aumentando a um

ritmo bastante acelerado na região via migrações e assentamentos irregulares fora das

áreas urbanas.

Na Região dos Lagos, a CEDAE nada investiu em esgotamento sanitário, que era

praticamente inexistente nos oito municípios envolvidos; por outro lado, o abastecimento

de água também era altamente deficiente, pois a rede distribuidora não atingia as áreas

urbanas mais altas e afastadas, enquanto a área central das cidades sofria interrupções

no abastecimento, especialmente durante as temporadas de verão, quando a

população quase triplica com o afluxo de turistas e visitantes. Em ambos os casos, as

operadoras privadas investiram pesadamente na expansão e melhoria dos serviços,

majoritária ou exclusivamente com recursos próprios (aportes dos acionistas),

apresentando resultados visíveis, especialmente no abastecimento de água, inclusive

com antecipação das metas contratuais. Apesar das dificuldades iniciais da Prolagos,

parcialmente superadas com a repactuação do contrato, a sustentabilidade econômica

foi amplamente assegurada.

Na realidade, apesar do aumento da tarifa média registrada nos anos 2004 nas

concessões privadas do Estado do Rio de Janeiro, que ficaram acima da tarifa média da

164

CEDAE, ou mesmo das alterações promovidas na estrutura tarifária, com possíveis

efeitos perversos sobre determinadas famílias de baixa renda, especialmente na área de

concessão da Prolagos, onde as tarifas correspondentes ao consumo mínimo da

operadora privada permaneceu abaixo da praticada pela concessionária estadual na

faixa correspondente. Contudo, como os déficits de cobertura se concentram na

população de baixa renda, que vive em moradias precárias em assentamentos urbanos

irregulares, a busca de universalização do atendimento envolve necessariamente

esquemas de tarifação social, entre outras medidas, como descontos nas taxas

de ligação e/ou intervenções urbanas integradas nestes assentamentos, mediante

parceria com as prefeituras e a própria comunidade.

Entretanto, a questão das estratégias para garantir o acesso da população mais pobre

aos serviços de saneamento é um problema que está mais na esfera do poder

concedente, ou da própria entidade reguladora, do que na esfera das concessionárias,

cabendo aos primeiros definir objetivos e metas sociais a serem atingidos pelas últimas

de maneira articulada com as prefeituras e as comunidades afetadas. No que tange à

sustentabilidade ambiental, em que pese a falta de informações mais detalhadas sobre

esta dimensão antes e depois da privatização, é evidente que a necessidade de

investimentos pesados em tratamento de esgotos representou um dos principais motivos

alegados para a concessão analisada. Na Região dos Lagos, cuja economia depende

substancialmente do turismo, a necessidade de investir na despoluição de lagoas e

praias dizia respeito não apenas à recuperação de sua qualidade ambiental, mas

também à maximização das oportunidades de desenvolvimento socioeconômico local e

regional. De qualquer modo, os contratos de concessão revelaram-se relativamente

deficientes na fixação de metas neste aspecto, uma vez que os parâmetros de qualidade

dos efluentes tratados e outros aspectos relacionados aos impactos ambientais dos

serviços foram fixados com base numa perspectiva estritamente setorial e local, sem

qualquer articulação elaborada com os sistemas de recursos hídricos e meio ambiente

na escala regional.

165

Finalmente, no que diz respeito à dimensão político-institucional, que envolve a

regulação pública e o controle social sobre os aspectos mais amplos da prestação dos

serviços, trata-se, sem dúvida, do aspecto mais problemático do conjunto das

concessões analisadas.

No caso da Prolagos e CAJ, como a regulação é exercida por uma agência estatal multi-

setorial, dotada de autonomia financeira e administrativa criada especificamente para

este fim, cujo quadro de pessoal vem sendo ampliado e qualificado através de atividades

de treinamento adequadas, os riscos de captura do regulador pelo regulado parecem

afastados. Aliás, a agência vem demonstrando sua independência em diversas

deliberações sobre tarifas ou ajustes contratuais em todos os setores que regula. Mas

ainda precisa desenvolver uma regulação proativa do setor, em sinergia com os

sistemas de limpeza pública e manejo de resíduos sólidos, e drenagem e manejo de

águas pluviais urbanas.

De qualquer modo, há problemas de falta de transparência em aspectos significativos da

concessão (taxa de retorno, fórmula que traduz o equilíbrio econômico financeiro dos

contratos, etc.) e ausência de qualquer instância formalizada de caráter consultivo ou

fiscalizatório que envolva a participação de usuários ou entidades autônomas da

sociedade civil. Trata-se do reconhecimento da necessidade de se criar instâncias de

controle social mais amplo sobre os serviços, que sejam autônomas em relação ao

Estado e envolvam a participação dos usuários, cuja função não se confunda com as

atividades reguladoras propriamente ditas, sendo exercida igualmente sobre a prestação

dos serviços, o financiamento e a própria regulação do setor.

Mas não se trata de propor que a gestão privada seja sempre e necessariamente mais

eficiente em termos técnicos e econômicos, ou mais transparente e melhor regulada que

a gestão pública, pois a primeira apresenta dificuldades específicas no que se refere ao

alcance social e à regulação dos serviços. Na realidade, há exemplos de desvios, tanto

quanto de eficiência e ineficiência em ambos os campos, de modo que a retomada da

gestão pública também pode ser, como o foi no passado, uma estratégia para superar

166

gargalos no financiamento e expansão dos serviços enfrentados por operadores

privados. Sugere-se a necessidade de se manter um quadro institucional e regulatório

ao mesmo tempo abrangente e flexível para a prestação dos serviços de saneamento no

país, que não feche as portas à iniciativa privada, nem tampouco a coloque como eixo

principal da política nacional de saneamento. Há que reconhecer, como foi feito no

âmbito dos primeiros estudos do PMSS (1995), que a participação da gestão privada no

âmbito da política nacional de saneamento, embora crescente, deverá ser sempre

minoritária, dadas as desigualdades estruturais de distribuição de renda entre os grupos

sociais, os Estados e os Municípios do país. Não se pode deixar de observar que a

Prolagos, e a CAJ, onde a iniciativa privada vem desempenhando um papel globalmente

positivo, a despeito dos aspectos problemáticos apresentados, estão concentrados na

região sudeste, a mais rica do país.

7.3.4 Análise Jurídica

O modelo jurídico a ser adotado deve contemplar todos os municípios que fazem parte

da Região dos Lagos/RJ, em especial, aqueles consagrados no contrato

INEA/SERENCO, assegurando a efetiva execução do plano de saneamento com a

precaução em manter ininterrupta, a prestação dos serviços de distribuição de água

potável e coleta, transporte, tratamento e disposição dos efluentes de esgotos sanitários

atualmente prestados pelas concessionárias Águas de Juturnaíba S/A e Prolagos.

O Estado do Rio de Janeiro participa diretamente dos contratos de concessão de

prestação dos serviços públicos mencionados, seja através da colaboração direta de

suas secretarias, seja através do repasse da outorga de subsídios.

O Estado detém convênio administrativo com os municípios desta região e compartilha a

função de poder concedente dos serviços de saneamento básico delegados para as

concessionárias citadas.

167

Em dezembro de 1999, instalou-se na Região, o Consórcio Intermunicipal para Gestão

Ambiental das Bacias da Região dos Lagos, Rio São João e Zona Costeira, formado

pelos municípios de Arraial do Cabo, Armação dos Búzios, Araruama, Cabo Frio,

Cachoeiras de Macacu, Casimiro de Abreu, Iguaba Grande, Rio Bonito, São Pedro da

Aldeia, Saquarema e Silva Jardim (Consórcio Intermunicipal Lagos São João - CILSJ).

A área de atuação do Consórcio abrange a parcela do território dos Municípios que o

compõem, situada nas bacias hidrográficas da Região dos Lagos, dos Rios Una, São

João e Zona Costeira adjacente, podendo atuar como entidade delegatória de Comitês

de Bacias em outras Regiões Hidrográficas do Estado do Rio de Janeiro.

O Consórcio representa o conjunto de associados que o integram em assuntos de

interesse comum e de caráter ambiental, perante quaisquer entidades de direito público

e privado, nacionais ou internacionais. Tem por objetivo planejar, adotar e executar

planos, programas e projetos destinados a promover e acelerar o desenvolvimento

sustentável e a conservação ambiental, além de outras ações previstas em seu Estatuto.

Desde sua instalação, em 1999, o Consórcio Lagos São João, desempenhou um

importante papel nas ações relacionadas à política pública e ao meio ambiente, com

foco na preservação ambiental das bacias hidrográficas e na recuperação das lagoas e

praias da Região.

O Consórcio conta com uma equipe altamente qualificada, com grande capacidade de

gerenciamento e desde sua fundação participa de atividades como a criação do Comitê

da Bacia Hidrográfica Lagos São João, em 2004, e do Consórcio Intermunicipal de

Manejo de Resíduos Sólidos da Região dos Lagos, em 2011, entre outros projetos e

iniciativas ambientais, que são de suma importância para a Região.

O Consórcio foi constituído sob a forma jurídica de Associação Civil, sem fins lucrativos

e regido pelas disposições do Código Civil Brasileiro, pela legislação pertinente e pelo

seu Estatuto, desempenhando seu papel como principal ator de agregação dos

168

municípios membros, na busca por melhores soluções para a gestão ambiental da

Região.

Dentro das diversas conquistas do Consórcio, ressalta-se a opção pelo sistema

conhecido como “Tomada em Tempo Seco” para coleta de esgoto sanitário em conjunto

com as águas pluviais, para os oito municípios objeto deste Plano. Esta inovação

garantiu em um curto prazo, a recuperação da Lagoa de Araruama e de algumas praias,

principais atrativos da região que caracteriza-se como polo turístico do Estado do Rio de

Janeiro e do País.

Isto posto, a partir da Lei Federal 11.107/05 (que regulamenta a criação de consórcios

públicos), iniciaram-se debates a respeito do modelo adotado na Região dos Lagos, pois

o Consórcio Intermunicipal Lagos São João não foi criado especificamente para a gestão

do saneamento básico, mas sim, para um objetivo maior e que envolve toda a gestão

ambiental da Região.

Desta forma, resta saber, como reunir todos esses entes da Federação e atingir o

objetivo de assegurar a execução coletiva das diretrizes previstas nos planos de

saneamento, garantindo o desenvolvimento das cidades, a continuidade da prestação

dos serviços públicos de água e esgoto, sem, contudo, ferir os contratos e

compromissos até então assumidos pelos diversos municípios que compõe o Consórcio,

e, ainda, permitir a participação do Estado do Rio de Janeiro, peça extremamente

importante para o desenvolvimento conjunto e ordenado da Microrregião em questão.

O Estado do Rio de Janeiro já participa dos contratos de concessão dos serviços de

água e esgoto, firmando-os juntamente com municípios e concessionárias, utilizando-se

de sua agência reguladora, AGENERSA, para normatizar e fiscalizar a prestação destes

serviços.

Recentemente, uma nova decisão veio nortear a região metropolitana do Rio de Janeiro

e a Região dos Lagos. O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, quando do

169

julgamento da ADI 1842 ingressada pelo Partido Democrático Trabalhista – PDT, que a

gestão dos serviços de saneamento deve ser compartilhada entre Estados e Municípios

em regiões metropolitanas e microrregiões. O objetivo da decisão é impedir a

transferência da legitimidade, do âmbito municipal para o âmbito estadual, das

competências administrativas e normativas próprias dos municípios, que dizem respeito

aos serviços de saneamento básico consolidando o Poder Concedente (Município (s) e

Estado) nessas Regiões de interesse comum.

A ideia é assegurar a participação decisória dos municípios proporcionalmente ao seu

peso específico do ponto de vista político, econômico, social e orçamentário, sem,

contudo, excluir a participação estatal, de suma importância para os interesses regionais

como um todo.

Nesta decisão, não se descarta a participação das entidades civis, uma vez que os

Ministros entendem correto delegar a execução das funções públicas de interesse

comum a uma autarquia territorial intergovernamental e plurifuncional, desde que a lei

complementar instituidora da entidade regional lhe confira personalidade jurídica própria,

bem como, o poder concedente quanto aos serviços de interesse comum. O STF

procurou evitar, com esta decisão, que a má prestação do serviço em uma cidade não

prejudique as demais, havendo, portanto, decisões conjuntas quando dos interesses

comuns.

A decisão do STF é recente e o município que esteja nesta situação irá precisar de

tempo para se adequar a nova realidade. Analisando a situação dos envolvidos, pode-se

concluir que a gestão compartilhada é uma forma compatível e eficaz de solucionar o

problema da Região. Para tanto é preciso formar um novo consórcio, desta vez, público,

entre os municípios e o Estado do Rio de Janeiro, tendo em vista a Responsabilidade

compartilhada entre os Municípios e o Estado do Rio de Janeiro na gestão

(sustentabilidade) do saneamento básico da Região.

170

Com o advento da Lei n. 11.107/05, criou-se uma nova figura, que embora seja instituída

por intermédio de um procedimento que culmina com a celebração de um instrumento

contratual, tem identidade diversa da desse instrumento. Não se trata de um contrato

destinado a regulamentar relação jurídica entre dois sujeitos de direitos que se mantêm

autônomos enquanto partes signatárias do contrato. Trata-se de um instrumento

contratual que objetiva criar uma nova pessoa jurídica, um novo sujeito de direitos e

deveres, por intermédio da cooperação entre os contratantes (consorciados).

Entretanto, há duas espécies distintas de consórcios no Direito brasileiro. A primeira é

um tipo de relação jurídica entre entes federativos de mesma espécie objetivando

atender a interesses comuns e a segunda modalidade de pessoa jurídica criada por

intermédio da associação de entes federativos que objetivam prestar serviços públicos

de modo conjunto. Vale lembrar, que anteriormente à edição da Lei n. 11.107/05, os

consórcios públicos não tinham personalidade jurídica própria. Diferenciavam-se dos

convênios em virtude dos sujeitos participantes do ajuste.

Atualmente é seguro dizer que, após a edição da Lei Nº 11.107/05, os consórcios não

mais se confundem com os convênios.

Pode-se conceituar os consórcios públicos como pessoas jurídicas com personalidade

de Direito Público ou Privado, formadas exclusivamente por entes federativos, criadas

por lei ou por intermédio de autorização legislativa dos entes federados, que desejam

associar-se, para, sem objetivar lucros, atender a serviços públicos de interesse comum

dos consorciados.

Desta forma, repita-se, somente podem participar dos consórcios públicos os entes

federados. É o que se extrai do disposto no art. 241 da Constituição Federal e do caput

do art. 1º da Lei n. 11.107/05. Isso significa dizer que somente podem ser sujeitos de um

consórcio público a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.

171

Não podem participar do consórcio, portanto, entidades privadas ou da administração

indireta. Há também restrições expressas e implícitas na lei quanto à formação dos

consórcios pelos entes federativos.

O objeto dos consórcios é a prestação de serviços públicos de modo associado. Os

objetivos devem ser de interesse comum. O consórcio público deverá ter sempre por

objeto principal a prestação de um serviço público em sentido estrito. Não se podem

realizar por intermédio de consórcio simples aquisições de bens ou a realização de

obras.

Tampouco se pode delegar o poder de polícia, atos políticos ou atividades inerentes aos

poderes Legislativo e Judiciário.

A razão para essas afirmações consiste na redação do art. 241 da Constituição Federal

que admite apenas a gestão associada de serviços públicos.

Somente pode o consórcio adquirir bens, realizar obras ou exercer atividades de polícia

administrativa quando estas atividades forem instrumentais à prestação dos serviços.

São vantagens da cooperação: 1) racionalização do uso dos recursos existentes,

destinados ao planejamento, programação e execução de objetivos de interesses

comuns; 2) a criação de vínculos ou o fortalecimento dos vínculos preexistentes, com a

formação ou consolidação de uma identidade regional; 3) a instrumentalização da

promoção do desenvolvimento local, regional e nacional; 4) a conjugação de esforços

para atender as necessidades da população, as quais não poderiam ser atendidas de

outro modo diante de um quadro de escassez de recursos, e etc...

Os consórcios públicos possuem competência para a prática de todos os atos que visem

atender a sua finalidade de acordo com os termos do protocolo de intenções e das leis

que os ratificaram.

Para o cumprimento de seus objetivos, o consórcio público poderá firmar convênios,

contratos, acordos de qualquer natureza, receber auxílios, contribuições e subvenções

sociais ou econômicas de outras entidades e órgãos do governo, promover

desapropriações e instituir servidões nos termos de declaração de utilidade ou

172

necessidade pública, ou interesse social, realizada pelo Poder Público, ser contratado

pela administração direta ou indireta dos entes da Federação consorciados, dispensada

a licitação.

Os consórcios públicos, segundo o § 2º do artigo 2º da Lei 11.107/05, poderão emitir

documentos de cobrança e exercer atividades de arrecadação de tarifas e outros preços

públicos pela prestação de serviços ou pelo uso ou outorga de uso de bens públicos por

eles administrados ou, mediante autorização específica, pelo ente da Federação

consorciado. Já o parágrafo 3º do art. 2º da Lei n. 11.107/05 confere, ainda, aos

consórcios públicos competência para outorgar concessão, permissão ou autorização de

obras e serviços públicos. Para isso, no entanto, exige-se prévia autorização no contrato

de consórcio público, que deverá indicar de forma precisa o objeto da concessão,

permissão ou autorização e as condições que estas deverão atender além do respeito

às normas gerais em vigor.

A contratação de pessoal poderá ser realizada de três maneiras: através de cessão de

servidores feita ao consórcio pelos entes consorciados (§ 4º do artigo 4º da Lei

11.107/05); por processo de contratação a ser celebrado pelo próprio consórcio por

intermédio de concurso público e por fim, pela nomeação para cargos em comissão.

É necessário ressaltar que cargos e empregos públicos somente podem ser criados por

lei. Os consórcios não fogem a essa regra. Esse requisito é satisfeito mediante a

previsão no protocolo de intenções dos cargos a serem criados e posterior edição da lei

ratificadora de cada um dos entes federados.

A Lei Nº 11.107/05 não prevê expressamente a existência de cargos em comissão. É

possível, contudo, a criação de tais cargos eis que expressamente previstos na

Constituição Federal. A peculiaridade existente em relação a esses cargos consiste na

forma de provimento dos mesmos. No protocolo de intenção deverá constar a quem

compete indicar as pessoas que deverão exercer os cargos comissionados.

O estatuto poderá dispor sobre o exercício do poder disciplinar e regulamentar, as

atribuições administrativas, hierarquia, avaliação de eficiência, lotação, jornada de

173

trabalho e denominação dos cargos, em relação aos empregados do consórcio público.

Tudo deve constar previamente no protocolo de intenções, o qual deve ser subscrito por

todos os pretendentes, devendo conter aquelas cláusulas previstas no artigo 4º da Lei

11.107/05 e no artigo 5º do Decreto Nº 6.017/07, em especial, previsão de que o

consórcio público é associação pública e que a instância máxima do consórcio público é

a assembleia geral.

Lembrando que o protocolo de intenções nada mais é que um contrato preliminar, que

deverá ser ratificado pelos entes da Federação interessados, convertendo-se ao final em

contrato de consórcio público. O protocolo de intenções deverá definir o número de

votos que cada ente da Federação consorciado possui na assembleia geral, sendo

assegurado 1 (um) voto a cada ente consorciado.

O protocolo de intenções deverá ser publicado resumidamente, desde que a publicação

indique o local e o sítio da rede mundial de computadores em que se poderá obter seu

texto integral. O consórcio público será organizado por estatutos cujas disposições, sob

pena de nulidade, deverão atender a todas as cláusulas do seu contrato constitutivo,

devendo ser aprovado pela assembleia geral. Com a formação deste novo consórcio

público, será constituída uma nova personalidade jurídica, que fará a gestão

compartilhada dos serviços públicos de água e esgoto, colocando em prática o plano de

saneamento básico ora formulado.

Este novo modelo de gestão, uma vez autorizado por lei, assume a posição de poder

concedente, podendo dar continuidade aos contratos vigentes, com suas necessárias

adaptações ou então optar pela extinção e uma nova concessão, o que talvez não seria

a melhor opção. Desta forma, tanto a concessionária Águas de Juturnaíba, quanto a

Prolagos, poderão manter-se na operação dos sistemas, também em forma de consórcio

de empresas ou isoladamente. O cumprimento do prazo contratual é de suma

importância para todas as partes, em razão da continuidade da prestação dos serviços,

da segurança jurídica e economicidade.

174

Para tanto, haverá necessidade de algumas adaptações, justamente para que as

concessionárias se mantenham na prestação dos serviços de água e esgoto, evitando a

extinção da concessão e a consequente indenização prevista em lei.

Deve-se levar em conta o prazo elastecido destes contratos de concessão e seus

respectivos termos aditivos, que além de fixarem novo prazo para o término da

concessão, também preveem novas obrigações, investimentos e principalmente metas a

serem cumpridas no transcorrer deste período, as quais são importantíssimas para o

poder concedente, sendo que muitas destas metas já foram alcançadas ou estão em

andamento.

Assim, é importante observar, caso seja optado pela formação de um consórcio público,

a melhor forma de dar continuidade a prestação dos serviços e como as concessionárias

irão operar a partir de então. É importante frisar que não há impedimento que duas

prestadoras de serviços operem simultaneamente em regiões distintas, contudo, o plano

de saneamento deverá ser cumprido, independentemente de quem esteja operando o

sistema. É possível a divisão de áreas entre as duas concessionárias que atualmente

estão responsabilizadas pela prestação dos serviços, desde que, o plano de

saneamento seja respeitado e colocado em prática.

A participação do Estado do Rio de Janeiro no consórcio público é de fundamental

importância para o controle do desenvolvimento ordenado e simultâneo dos municípios

que comporão o consórcio, podendo a AGENERSA, continuar como a agência

reguladora responsável pela fiscalização e regulação da prestação do serviços ou ainda,

ser criada nova Agencia Reguladora Intermunicipal.

A estrutura organizacional do consórcio público exige a existência de uma assembleia

geral que será integrada pelos diferentes entes federativos consorciados. Não há

obrigatoriedade de que os consorciados tenham participação igualitária na assembleia.

Admite-se que o número de votos de cada ente seja diverso em virtude do que dispõe o

§2º do art. 4º da Lei Nº 11.107/05.

175

Compete à assembleia eleger o representante legal do consórcio público que deverá ser

obrigatoriamente o chefe do Poder Executivo de algum dos entes federados.

As condições de administração e atuação do consórcio deverão constar no protocolo de

intenções prévio ou ser objeto de aprovação por lei específica de cada um dos entes

consorciados. Além da assembleia geral, o consórcio normalmente terá outros órgãos. A

criação desses órgãos e a competência de cada um deles devem estar previstos no

protocolo de intenções. A assembleia geral deverá elaborar um estatuto que discipline a

organização e o funcionamento de cada um dos órgãos integrantes do consórcio. Vale

frisar que é possível a participação de representantes da sociedade civil ou de

representantes dos entes consorciados nos órgãos colegiados do consórcio.

Já o estatuto do consórcio deverá ser elaborado pela assembleia geral, conforme dispõe

o inciso VI do art. 4º da Lei Nº 11.107/05, devendo dispor originariamente acerca da

organização e funcionamento dos órgãos que compõe o consórcio público, conforme

prevê o art. 7º da Lei Nº 11.107/05.

Há algumas regras previstas no Código Civil Brasileiro que são aplicadas sobre a forma

de condução da associação e não são incompatíveis com as regras de Direito Público

em geral, podendo ser aplicadas a ambas as espécies de consórcio, ou seja, tanto

público quanto privado.

A título de exemplo, destacam-se as seguintes regras do novo Código Civil a serem

seguidas pelo consórcio público:

a) os atos dos administradores desde que praticados nos limites dos poderes

definidos nos atos constitutivos obrigam o consórcio (art. 47);

b) na ausência de disposição acerca do quórum, as decisões serão tomadas pela

maioria dos votos dos presentes quando a administração for coletiva (art. 48);

c) o conteúdo do estatuto sob pena de nulidade deverá conter os elementos

estabelecidos no art. 54;

d) a possibilidade de instituir categorias de associados com vantagens especiais

(art. 55);

e) as hipóteses de justa causa para a exclusão de consorciado e o procedimento a

ser seguido, que deve assegurar o direito de defesa e o direito de recurso (art.

57);

f) o direito de o consorciado exercer por intermédio de seu representante legal as

funções que lhe tenham sido atribuídas (art. 580);

176

g) a competência da assembleia geral para destituir administradores e alterar o

estatuto (art. 59);

h) a exigência de convocação de assembleia específica para a destituição de

administradores ou alteração do estatuto (parágrafo único do art. 59);

i) previsão da forma de convocação dos órgãos deliberativos assegurando-se a

convocação desde que 1/5 dos consorciados tenha interesse em promovê-la (art.

60).

Referente à constituição de consórcios públicos, pode-se dizer que o art. 3º da Lei

11.107/05, dispõe que o consórcio será constituído por intermédio de um contrato.

Já o procedimento de formação, envolve as seguintes fases:

a) subscrição de protocolo de intenções (art. 3º);

b) publicação do protocolo de intenções na imprensa oficial (art. 4º §5º);

c) lei promulgada por cada um dos partícipes, ratificando, total ou parcialmente, o

protocolo de intenções (art. 5º) ou disciplinando a matéria (art. 5º §4º);

d) celebração do contrato (art. 3º);

e) atendimento das disposições da legislação civil, quando se tratar de consórcio

com personalidade de Direito Privado (art. 6º, II).

Vale ressaltar que há possibilidade expressa em lei para o ingresso de novos

consorciados. Ela consiste na hipótese prevista no § 1º do art. 5º da Lei n. 11.107/05,

que permite a constituição do consórcio sem a assinatura de todos os entes subscritores

do protocolo de intenções.

O protocolo de intenções deve, nessa hipótese, estabelecer qual o número mínimo de

consorciados necessário para a formação do consórcio. Atingido o número mínimo o

consórcio tem início.

Sendo assim, os municípios de Arraial do Cabo, Armação de Búzios, Cabo Frio, Iguaba

Grande, São Pedro da Aldeia, Saquarema, Araruama e Silva Jardim podem formar um

novo Consórcio, desta vez Público, e posteriormente agregar mais municípios que

tenham interesse de participar.

Como esses municípios, juntamente com o Estado do Rio de Janeiro, tem concessão de

serviço público em andamento, a continuidade da prestação dos serviços deve ser

observada, mantendo-se as duas concessionárias, cujos contratos ainda estão vigentes.

Para tanto, deverá haver a adequação, através de termo aditivo, de seus contratos, com

previsão destas adequações no protocolo de intenções, como também a divisão mais

177

conveniente das áreas de atuações de ambas as concessionárias, tudo conforme

previsto no Plano de Saneamento.

Acrescenta-se ao exposto, um resumo do Parecer Nº010/2012/MPMA – ASJUR/SEA,

Processo Nº E-07/000.636/2012, relativamente ao Projeto de Lei, sem número, de 2012,

o qual autoriza a outorga de subsidio pelo Estado na concessão pública dos serviços de

água, de coleta e tratamento de esgotos de Armação dos Búzios, Cabo Frio, Iguaba

Grande e São Pedro da Aldeia, e distribuição de água potável para o Município de

Arraial do Cabo, visando a transposição dos efluentes das estações de tratamento de

esgotos de Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia da Lagoa de Araruama para o Rio

Uma, firmado em 26/12/2012, pelo Procurador do Estado Raul Teixeira, Assessor Chefe

da ASJUR/SEA.

Da transferência de Recursos Públicos para a Concessionária dos Serviços de

Saneamento Básico da Região dos Lagos.

Dos serviços de Saneamento da Região dos Lagos: Desafios e Superações da

Gestão – Parecer/RT/ASJUR/SEAN/Nº , Processo Nº E-07/000-009/2012: não há

como negar que existe certa margem de insegurança na relação travada entre o

Estado do Rio de Janeiro e os Municípios dessa Região, pois, calçados em um

mero convênio administrativo, compartilham a função de Poder Concedente dos

Serviços de Saneamento Básico delegados para as concessionárias Águas de

Juturnaiba S/A e Prolagos S/A.

Isto posto, é o Parecer:

“a) por razões de segurança jurídica é recomendável a constituição de

consórcio público, na forma de associação pública, nos termos da Lei nº

11.107, de 6 de abril de 2005, a ser formado pelo Estado do Rio de

Janeiro e pelos Municípios de Araruama, Saquarema e Silva Jardim,

devendo o referido consórcio, por sucessão contratual, figurar no polo

ativo da concessão, como poder concedente, que tem no polo passivo a

concessionária ÁGUAS DE JUTURNAÍBA S/A.

b) mediante contrato de rateio a ser celebrado entre o Estado do Rio de

Janeiro e o Consórcio Público a ser constituído, poderão ser repassados os

178

recursos do FECAM para contratação das obras de esgotamento sanitário em

Praia Seca.

c) o Protocolo de Intenções, a ser subscrito por todos os entes consorciados

deverá prever expressamente a autorização para a gestão associada de

serviços públicos de saneamento básico, nos termos do artigo 4º, inciso XI,

alíneas “a”, “b” e “c”, da Lei nº 11.107/05” (g. n.).

Outrossim, é forçoso concluir, no lastro do PARECER/RT/ASJUR/ SEA/N.º002/2012,

que o Estado do Rio de Janeiro junto com os Municípios de Arraial do Cabo, Armação

de Búzios, Cabo Frio, Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia devem evoluir para a via do

consorciamento, a fim de promover a transferência da função de Poder Concedente para

este consórcio público, que, assim, promoverá, de per si, a gestão associada dos

serviços de saneamento básico concedidos para a concessionária PROLAGOS S.A; o

que, certamente, conferirá segurança jurídica e institucional para o setor.

Afora isso, é recomendável que o Estado do Rio de Janeiro juntamente com os

Municípios de Arraial do Cabo, Armação de Búzios, Cabo Frio, Iguaba Grande e São

Pedro da Aldeia busquem a contratação de consórcio público, que assuma, de per si, o

papel de Poder Concedente com vista à conferir segurança jurídica e institucional para a

gestão associada dos serviços de saneamento básico concedidos para a concessionária

PRÓLAGOS S.A.

Conclusão:

“Aprovo, em seus termos, o Parecer n.º010/2012/MPMA-ASJUR/SEA que opinou pela

legalidade do Projeto de Lei, sem número de 2012, que constitui medida geral de

outorga de subsídio indireto para a concessionária, PROLAGOS S.A., a ser concedido

pelo Poder Concedente, do qual o Estado faz parte, para assegurar a modicidade de

tarifa com a realização do reequilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão,

desde que (i) haja a comprovação que a prestação dos serviços de saneamento básico

da região – que é essencial por excelência – é economicamente inviável e, ainda, (ii)

179

sejam cumpridos os requisitos legais constantes nos incs. I até IV, do art. 11, da Lei

Estadual n.º2.831/1997.

O Parecer n.º010/2012/MPMA-ASJUR/SEA opina, ainda, com lastro no

PARECER/RT/ASJUR/SEA/N.º002/2012 exarado em sede do Processo n.ºE-

07/000.009/2012 (fls. 45/85), que o Estado do Rio de Janeiro juntamente com os

Municípios de Arraial do Cabo, Armação de Búzios, Cabo Frio, Iguaba Grande e São

Pedro da Aldeia devem buscar a contratação de consórcio público, que assume, de per

si, o papel de Poder Concedente com vista a conferir segurança jurídica e institucional

para a gestão associada dos serviços de saneamento básico concedidos para a

concessionária PRÓLAGOS S.A.” Raul Teixeira, 26/12/2012.

7.3.5 Proposta para criação do Consórcio Público para Gestão do Saneamento Básico

da Região dos Lagos/RJ

A proposta ora detalhada, busca orientar as intervenções e a gestão do saneamento

básico instituído para Lei N°11.445/2007, nos municípios da Região dos Lagos/RJ,

estimulando as parte interessadas em buscar uma solução integrada e consorciada aos

problemas e conflitos inerentes ao saneamento básico. Fazem parte do contexto, a Lei

Nº 12.305/2010 (Política Nacional de Resíduos Sólidos), a Lei Nº 9.705/1999 (Educação

Ambiental) e a Lei Nº 11.107/2007 dos Consórcios Públicos.

Tanto pelas ações nacionais quanto pelas ações do Governo do Estado do Rio de

Janeiro, a gestão regionalizada é vista como uma forma eficiente de se garantir a

viabilidade da gestão do saneamento básico, e, portanto, o Plano Municipal de

Saneamento Básico do Município de Saquarema, aqui em construção, é uma ferramenta

importante do planejamento constante. Como os laços de união entre os Municípios da

Região dos Lagos, representados pelo atual arranjo institucional, bem como pelas

estruturas operacionais compartilhadas tais como captação, potabilização, adução e

reservação de água, esgotamento sanitário, e aterramento de resíduos sólidos, sobram

poucas proposições institucionais, destacando-se a criação do Consórcio Público

Intermunicipal para a Gestão do Saneamento Básico da Região dos Lagos/RJ e

180

caracterizando-se como um acordo entre os municípios de Araruama, Armação dos

Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia, Saquarema e

Silva Jardim e o Estado do Rio de Janeiro com o objetivo de alcançar metas comuns

previamente estabelecidas afim de viabilizar a implantação dos programas, ações e

projetos detalhados e propostos no presente PGIRS.

A viabilidade de recursos, sejam técnicos ou financeiros dos municípios integrantes,

serão reunidos sob a forma de um Consórcio Público, a ser gerido pela Lei Federal Nº

11.107/200, Lei dos Consórcio Públicos e seu Decreto Regulamentador Nº 6.017/2007.

A área abrangida pela Consórcio Público é representada pela Figura a seguir.

Figura 43 – Localização do Município

Fonte: SERENCO, 2013.

Os Municípios integrantes do futuro Consórcio, foram detalhados nos Produtos 3 –

Caracterização, 4 e 5, Diagnósticos e 6 – Estudo Populacional. O produto 8 ora

apresentado, representa a elaboração das proposições.

181

A reunião do Governo do Estado do Rio de Janeiro e as Prefeituras da Região dos

Lagos, cada qual com seu Conselho Municipal de Saneamento Básico e suas

respectivas Secretarias Municipais de Saneamento Básico, devidamente estruturadas,

cada qual com sua Unidade de Gerenciamento do PMSB – UGPLAN, serão

responsáveis pela Gestão do Saneamento Básico apoiando-se na estrutura de um

Consórcio Intermunicipal Público, a ser criado na Região, ou ainda, pela conversão dos

Consórcios existentes.

A proposta também se apoia no ponto central discutido na Ação Direta de

Inconstitucionalidade (ADI) 1842 do STF para questionar normas que tratam da região

metropolitana do Rio de Janeiro e da microrregião dos Lagos e disciplinam a

administração de serviços públicos, conforme figura a seguir.

(X) UGPLAN – Unidades de Gestão dos PMSB’s

Figura 44 – Modelagem Proposta

Fonte: SERENCO, 2013.

182

8 ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA

O atual arranjo institucional para a prestação dos serviços de saneamento básico na

Região dos Lagos, obedece aos modelos anteriormente detalhados. Esses modelos

demonstraram as interligações do Poder Concedente (Estado do Rio de Janeiro e

Municípios) aos Prestadores de Serviços (Concessionárias Prolagos e CAJ), aos

Consórcios existentes, ao Comitê de Bacias, às empresas terceirizadas (THALLIS, NP

SERVIÇOS e CONSTRUÇÕES, entre muitas outras) e à Agência Reguladora

(AGENERSA).

Essas interligações deverão se fortalecer ainda mais, após a conclusão e a aprovação

do PMSB e do PGIRS, concentrando-se na busca e geração de recursos financeiros

para custear a execução dos serviços para a universalização dos mesmos.

O modelo econômico-financeiro se apoia nos seguintes elementos:

Recursos 1 – Dotações orçamentárias municipais;

Recursos 2 – Cobrança de taxas/tarifas em busca da sustentabilidade da prestação dos

serviços programados;

Recursos 3 – Recursos para investimento em obras, equipamentos, serviços,

provenientes de fontes estaduais (FECAM), federais (Caixa, Econômica Federal,

BNDES, PAC, FUNASA, MINCIDADES, e MMA) e internacionais (BID, BIRD e bancos

de fomento), e,

Recursos 4 – Repasse estadual do ICMS Verde.

Pelo diagnóstico apresentado (Produto 4) e pelos elementos analisados nas proposições

(Produto 7 e Produto 8) foi possível verificar a seguinte situação atual.

Tabela 37 - Estrutura Financeira

Recursos Abastecimento de Água Esgotamento Sanitário

Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas

Limpeza Urbana e Manejo de Resíduo Sólidos

1 Não Sim (todos) Sim (maior parte)

2 CAJ (x) Não Sim

183

3 FECAM (SEA, INEA) FECAM (SEA, INEA), DER FECAM (SEA, INEA)

4 Sim (ao Município) Não Sim Fonte: SERENCO, 2013

(x) Valores detalhados nos Produtos 4 e 7.

Isto posto, é possível ainda, detalhar o total dos investimentos que serão necessários

para atender os diferentes programas elencados nos próximos 20 (vinte) anos.

Tabela 38 - Recurso por serviço

SERVIÇOS VALOR TOTAL

ABASTECIMENTO DE ÁGUA R$ 158.271.000,00

ESGOTAMENTO SANITÁRIO R$ 97.821.391,56

DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS R$ 151.248.000,00

LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS R$ 44.660.733,89

TOTAL R$ 452.001.125,45

Fonte: SERENCO, 2013.

Logo, é possível concluir que:

O Município não investe recursos orçamentários em abastecimento de água e

esgotamento sanitário;

O Município assume todas as despesas com drenagem e manejo de águas

pluviais urbanas;

O Município assume a maior parte das despesas com Limpeza Urbana e Manejo

de Resíduos Sólidos;

Há cobrança de taxa de resíduos sólidos, porém vinculada ao IPTU, que não

cobre todas as despesas;

A CAJ arrecada as taxas/tarifas do abastecimento de água e esgotamento

sanitário para sustentabilidade dos sistemas e para remuneração dos serviços

prestados, investindo ainda, os recursos programados pelo Termo Aditivo em

vigor;

184

O FECAM (SEA, INEA) investe em obras, equipamentos e serviços nos quatro

sistemas, através de repasses de recursos à Prefeitura Municipal;

Através de parceria firmada, o DER-RJ cede equipamentos e elabora projetos

para drenagem de águas pluviais, e,

O Município recebe recursos, do ICMS Verde (somente esgotamento sanitário) e

os incorpora ao Orçamento Municipal.

9 RECOMENDAÇÕES INSTITUCIONAIS

Tendo em vista a elaboração dos Produtos 9.1 e 9.2 – Versão Preliminar do Plano

Municipal de Saneamento Básico e do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos,

a serem disponibilizadas a todos os interessados e aos Municípios, em Consulta

Pública, com o objetivo de colher contribuições dirigidas à construção dos mesmos e

consequentemente na Construção das Versões Finais, destacam-se as recomendações

a seguir listadas.

9.1 Racionalização e sistematização dos serviços prestados

Para a racionalização e sistematização dos serviços prestados:

- abastecimento de água;

- esgotamento sanitário;

- limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, e,

- drenagem e manejo de águas pluviais urbanas, recomenda-se às futuras

Secretarias Municipais de Saneamento Básico implantação de Procedimentos

(Regulamentos) Normativos para todos os serviços prestados pela iniciativa pública

e/ou privada nas quatro áreas anteriormente relacionadas, sugerindo-se os

seguintes procedimentos:

Administrativos – leitura e emissão de contas, verificação e afeição

de medidores, suspensão/religação do fornecimento de água,

execução de novas ligações de água e/ou conexão de esgotamento

sanitário, entre outros;

185

Técnicos – qualidade da água distribuída, qualidade dos efluentes

tratados de esgoto sanitário, entre outros;

Operacionais – de ETA’s, estações elevatórias, adutoras,

reservatórios, redes, perdas e água, de ETE’s, estações elevatórias,

tomadas em tempo seco, micro e macrodrenagem urbana, entre

outros, e,

Atendimento aos usuários pelos meios de comunicação disponíveis

ou pessoalmente.

9.2 Avaliações sistemáticas da efetividade, eficiência e eficácia dos serviços

prestados

As avaliações sistemáticas para aferição da efetividade, eficiência e eficácia dos

serviços prestados deverão ser implementadas através de indicadores. Os indicadores

para abastecimento de água, esgotamento sanitário e limpeza urbana e manejo de

resíduos sólidos já estão consagrados em nosso País, obedecendo ao disposto pelo

Ministério das Cidades, Secretaria Nacional de Saneamento, Sistema Nacional de

Informações em Saneamento Ambiental (Básico), SNIS. Deverão ser instituídos em

todos os Municípios da Região, sugerindo os trâmites oficiais para seu encaminhamento.

Quanto aos indicadores de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas, ainda não

estão disponibilizados, mas em breve serão instituídos.

Essas avaliações ficam a cargo das Secretarias Municipais de Saneamento Básico a

serem criadas e seus dados armazenados em um banco de dados junto às UGPLAN’s.

9.3 Instrumentos e mecanismos de divulgação, controle social na gestão dos

serviços de saneamento básico

O Plano deverá ter ampla divulgação por todos os meios de comunicação

disponibilizados pela Prefeitura Municipal de Saquarema. Recomenda-se a criação de

um Portal Saneamento, com acesso via Internet, tendo em vista manter grande parte da

população notificada das ações em desenvolvimento. Cópias dos PMSB e do PGIRS

deverão ser disponibilizadas aos Centros de Ensino e Cultura do Município, às

186

Bibliotecas, Associações de Classe, entre outras. O processo tem por objetivo divulgar

as características, critérios e procedimentos recomendados pelo Plano, bem como, em

fases posteriores, os resultados de desempenho físico-financeiro e de gestão para

subsidiar um nova etapa de planejamento, quando das revisões do Plano.

Quanto aos mecanismos de participação e controle social na gestão dos serviços de

saneamento básico, o PMSB e o PGIRS remete às Conferências Anuais de Saneamento

Básico a serem realizadas anualmente, ao Conselho Municipal de Saneamento Básico,

à Secretaria Municipal de Saneamento Básico (Ouvidoria), ao Consórcio Público para

Gestão do Saneamento Básico, a ser instituído, aos Prestadores de Serviços

(Ouvidoria), à Agência Reguladora, ao PROCON e em última instancia à Promotoria

Pública.

Essas recomendações e outras que poderão ser acrescentadas serão inseridas no

Produto 9.2 (Versão Preliminar do PGIRS)

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