ELEMENTOS DE TRANSMISSAO

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FACULDADES INTEGRADAS IPITANGA PROFESSOR (A): Camila Ruiz DISCIPLINA: Elementos de Mquinas

ELEMENTOS DE TRANSMISSO

Polias As polias so classificadas de acordo com sua superfcie de contato com as correias, sendo planas (reta ou abaulada) ou trapezoidais (em V). A escolha depende da aplicao, por exemplo, a polia reta conserva melhor a correia, enquanto a abaulada guia melhor a correia.

Correias Transmisso por correias redutora de velocidade: o dimetro da polia motora menor do que o dimetro da polia movida. Transmisso por correias ampliadoras de velocidade: o dimetro da polia motora maior do que o dimetro da polia movida.

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Tipos de correias Planas: uma das correias mais utilizadas em rvores paralelas ou reversas. Trapezoidais: so escolhidas quando se quer: evitar deslizamento, utilizar polias bem prximas, eliminar rudos e choques (tpicos de correias planas). Dentada: utilizada para se eliminar totalmente e risco de deslizamento (ex: comando de vlvulas nos automveis). So construdas geralmente de materiais polimricos, e no caso de polias trapezoidais, possuem revestimento de lona e cordonis em seu interior, para aumentar a resistncia trao. So utilizadas em equipamentos como: agitadores, ventiladores, exaustores, bombas centrfugas, transportador de carga leve, geradores, eixos de transmisso, peneiras vibratrias, etc. possvel rotacionar as polias na mesma direo ou sentido inverso, dependendo da montagem da correia. possvel tambm transmitir movimento em eixos no paralelos, conforme e desenho abaixo.

A relao de transmisso (i) calculada dividindo as frequncias (rotao por um perodo de tempo) ou os dimetros das polias. Isso se deve ao fato de que as velocidades tangenciais das polias ser a mesma. Sendo V = Ento .N e V1 = V2, e i= 2/ 1 = N2/N1

. 1 . N1 = . 2 . N2

Onde V = velocidade tangencial das polias i = relao de transmisso 1 = dimetro da polia 1 2 = dimetro da polia 2 N1 = rotao da polia 1 N2 = rotao da polia 2 Correntes So utilizadas em locais em que transmisses por meios de engrenagens ou correias no sejam possveis. So elementos de transmisso, geralmente metlicos, constitudos de uma srie de anis ou elos. Existem vrios tipos de corrente e cada tipo tem uma aplicao especfica. Podem suportar mais carga do que as correias.

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A transmisso ocorre por meio de acoplamento dos elos da corrente com os dentes da engrenagem. A juno desses elementos gera uma pequena oscilao durante o movimento, isso pode ser reduzido com uso de amortecedores especiais. Quanto menor for o passo da corrente, melhor para a transmisso que tem diminuda a sua intensidade, o nmero de dentes da engrenagem e o passo da corrente limitam a rotao da engrenagem menor. Isso protege contra choques, fora centrfuga e atrito. A rotao mxima do pinho para o passo correspondente ser: Passo: RPM Max: 3300 5/8 2650 2200 1 1650 1.1/4 1300

Tipos de Correntes Corrente de Rolo: so constitudos de pinos e latas, sendo aqueles travados nestes com cupilhas ou pinos elsticos. Os rolos ficam sobre buchas. So utilizadas nos casos em que necessria a aplicao de grandes esforos para baixa velocidade como, por exemplo, na movimentao de rolos para esteiras transportadoras.

Corrente de buchas: essa corrente no tem rolos, por isso, os pinos e as buchas so feitas com dimetros maiores, o que confere mais resistncia a esse tipo de corrente do que corrente de rolo. Entretanto, a corrente de bucha se desgasta mais rapidamente e provoca mais rudo.

Corrente de elos: so constitudas de simples elos de ao. Sua utilizao se d para o transporte de grandes cargas e com baixa velocidade.

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Cabos de ao Os cabos so elementos que transmitem movimento e suportam grandes cargas (fora de trao), deslocando-as na posio horizontal, vertical ou inclinada. So muito empregados em equipamentos de transporte e na elevao de cargas, como em elevadores, escavadeiras e pontes rolantes. A fixao das extremidades se d por meio de ganchos ou laos (formados pelo tranamento do prprio cabo). Os cabos so normatizados e possuem limites de cargas tabeladas pelos fabricantes.

A estrutura dos cabos de ao so fabricadas com arame de ao trefilado a frio. Inicialmente, o arame enrolado de modo a formar pernas. Depois as pernas so enroladas em aspirais em torno de um elemento central, chamado ncleo ou alma.

Existem vrios tipos de distribuio dos fios, sendo os seguintes mais comuns: Distribuio normal: todos os fios possuem o mesmo dimetro. Distribuio seale: as camadas so alternadas em fios grossos e finos. Distribuio filer: As pernas contm fios de dimetro pequeno que so utilizados como enchimento dos vos dos fios grossos. Distribuio warrington: Os fios das pernas tm dimetros diferentes numa mesma camada.

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As almas podem ser de vrios materiais, dependendo da aplicao: Fibra: a mais comum para cargas no muito pesadas, podendo ser naturais (sisal ou rami) ou artificiais (polipropileno). Algodo: o mais utilizado em cabos de pequenas dimenses. Asbesto: Utilizado em cabos especiais, sujeito a altas temperaturas. Ao: para grandes cargas. Tipos de toro

A carga de trabalho para cabos, em casos gerais, no deve exceder 1/5 da carga de ruptura mnima efetiva especificada para ele. O passo de um cabo a distncia na qual uma perna d uma volta completa em torno da alma do cabo. O dimetro de um cabo aquele de sua circunferncia mxima. Para manusear corretamente um cabo de ao deve-se enrolar e desenrolar com cavaletes ou mesas giratrias.

Acoplamento um conjunto mecnico que transmite movimento entre duas rvores ou eixos. Podem ser fixos (unem rvores como se fosse pea nica), elsticos (suavizam movimentos bruscos e admitem desalinhamento paralelo e/ou angular) ou mveis (somente acoplam com movimento atravs de acionamento).

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Tipos de Acoplamentos Fixos com flanges parafusadas: prprio para transmisso com grande potncia em baixa velocidade.

Fixo com luva de compresso ou de aperto: Esse tipo de luva facilita a manuteno de mquinas e equipamentos, com a vantagem de no aferir no posicionamento das rvores, podendo ser montado e removido sem problemas de alinhamento.

Fixos de discos ou pratos: empregado na transmisso de grandes potncias em casos especiais, como, por exemplo, nas rvores de turbinas. As superfcies de contato nesse tipo de acoplamento podem ser lisas ou dentadas.

Elstico de pinos: os elementos transmissores so pinos de ao com mangas de borracha.

Elstico perflex: os discos de acoplamento so unidos perifericamente por uma ligao de borracha apertada por anis de presso. Esse acoplamento permite o jogo longitudinal dos eixos.

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Elstico de garras: as garras, constitudas por tocos de borracha, encaixam-se nas aberturas do contra disco e transmitem o movimento de rotao.

Elstico de fita de ao: consiste de dois cubos providos de flanges ranhuradas, nos quais est montada uma grade elstica que liga os cubos. O conjunto est alojado em duas tampas providas de juntas de encosto e de retentor elstico junto ao cubo. Todo o espao entre os cabos e as tampas preenchido com graxa. Apesar de esse acoplamento ser flexvel, as rvores devem estar bem alinhadas no ato de sua instalao para que no provoquem vibraes excessivas em servios.

Elstico de dentes arqueados: os dentes possuem a forma ligeiramente curvada no sentido axial, o que permite at 3 graus de desalinhamento angular. O anel dentado (pea transmissora do movimento) possui duas carreiras de dentes que so separadas por uma salincia central.

Elstico com junta homocintica: esse tipo de junta usado para transmitir movimento entre rvores que precisam sofrer variao angular, durante sua atividade. Essa junta constituda de esferas de ao que so alojadas em calhas.

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Mveis de garras ou dentes: a rotao transmitida por meio de encaixe das garras ou dos dentes. Geralmente, esses acoplamentos so em aventais e caixas de engrenagens de mquinas-ferramenta convencionais.

Rocas So salincias de perfil constante, em forma de hlice (helicoidal). As roscas se movimentam de modo uniforme, externa ou internamente, ao redor de uma superfcie cilndrica ou cnica. As salincias so denominadas filetes. Existem roscas de transportes ou movimento que transformam o movimento giratrio num movimento longitudinal. Essas roscas so usadas, normalmente, em tornos e prensas, principalmente quando so freqentes as montagens e desmontagens.

Tipos de Roscas Roscas de perfil quadrado: esse tipo de perfil usado e equipamentos e mquinas que sofrem grandes esforos (ex: prensas e morsas). Possibilita o uso de roscas mltiplas (at quatro entradas), que realiza avano axial maior por volta completa.

Roscas de perfil trapezoidal: resiste a grandes esforos e empregada na construo de fusos e porcas, os quais transmitem movimento de forma mais suave e uniforme a alguns componentes de mquinas-ferramenta como, por exemplo, torno, plaina e fresadora.

Roscas de perfil trapezoidal tambm so usadas em rosca-sem-fim e coroas (engrenagens helicoidais).

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Roscas de perfil misto: essa rosca muito utilizada na construo de conjuntos fuso e porca com esferas recirculantes. Os fusos de esferas so elementos de transmisso de alta eficincia, transformando movimento de rotao linear e vice-versa, por meio de transmisso por esferas. Por sua transferncia de fora e mnimo atrito, utilizado em centros de usinagem por CNC (Comando Numrico Computadorizado).

Engrenagens So rodas com dentes padronizados que servem para transmitir movimento e fora entre os eixos. So usadas tambm para variar o nmero de rotaes e o sentido da rotao de um eixo para o outro. Para que haja engrenamento entre duas engrenagens, condio indispensvel que os mdulos sejam iguais. A engrenagem com maior nmero de dentes chamada coroa, enquanto a menor chamada de pinho. Transmisso redutora: quando o pinho aciona a coroa, o numero de dentes do pinho menor do que o nmero de dentes da coroa. Transmisso ampliadora: quando a coroa aciona o pinho, o nmero de dentes do pinho maior do que o nmero de dentes da coroa.

Qualidade das Engrenagens a norma DIN especifica 12 qualidades de engreagens.

01 Raramente utilizada 02 Indstria de preciso (relojoaria e aparelhos de preciso) 03 Engrenagens de preciso, padro em laboratrios de controle 04 Engrenagens padro para aviao, de alta preciso para torres de radar 05 Utilizadas em avies, maquinas operatrizes, instrumentos de medidas, turbinas, etc 06 Utilizadas em automveis, nibus, caminhes, navios, mecanismos de alta rotao 07 Utilizadas em veculos, mquinas operatrizes, levantamento e transporte 08 e 09 Mquinas em geral 10 a 12 Utilizadas em mquinas agrculas

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Caractersticas gerais das engrenagens:

So utilizadas em eixos paralelos e reversos A relao de transmisso constante Transmitem foras sem deslizamento Seu funcionamento seguro Possui vida longa em relao a outros tipos de transmisso Resiste bem s sobrecargas Custo com manuteno reduzido Possui bom rendimento O ndice de rudo maior em relao a outras transmisses Tipos de Engrenagens Cilndrica de dentes retos: uma das mais conhecidas. O eixo paralelo entre si e paralelo ao eixo. So as engrenagens mais simples que existe e so muito utilizadas em mquinas para variao de rotao, transmitindo movimento entre eixos paralelos. Aplicaes: agitadores, alimentadores, bombas, britadores, clarificadores, classificadores, elevadores, embobinadeiras, engarrafadoras, escadas rolantes, etc.

Cilndrica de dentes helicoidais: esse tipo de engrenagem possui dentes paralelos entre si, mais oblquos em relao ao eixo. Podem transmitir movimento em eixos no paralelos. Os dentes helicoidais funcionam de forma mais suave, quando comparada aos dentes retos. Por isso, so usadas em sistemas com maior velocidade produzindo menos rudo.

Engrenagens cnicas: tem a forma de tronco de cone e podem ter dentes retos ou helicoidais. Estas so as que transmitem movimento entre eixos concorrentes, isto , que formam 90 graus entre si. Caractersticas: So utilizadas em eixos reversos,

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A relao de transmisso mxima que dever ser utilizada 1:6.

Cremalheira: uma barra provida de dentes, destinada a engrenar uma roda dentada. Com esse sistema, pode-se transformar movimento de rotao em movimento retilneo e vice-versa. Pode possuir tambm dentes helicoidais. Uma aplicao o sistema de direo de automveis.

Rosca sem fim: utilizada quando se deseja reduo do movimento entre eixos concorrentes. Os dentes da engrenagem que acopla a rosca sem fim cncava, isto , possui uma curvatura negativa nos dentes.

Caractersticas das engrenagensDi=dimetro interno De=dimetro externo Dp=dimetro primitivo e=espessura v=vo P=passo a=cabea do dente (mdulo) b=p do dente h=altura do dente L=largura da engrenagem z=nmero de dentes

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